Ginástica Rítmica – Histórico e aparelhos
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Ginástica Rítmica – Histórico e aparelhos
EDUCAÇÃO FÍSICA PROFESSOR / ASSUNTO Antonio Carlos / GINÁSTICA RITMICA: histórico e aparelhos. GINÁSTICA RÍTMICA A história da Ginástica Rítmica remete a uma mistura entre a ginástica tradicional (artística) e a dança. A ginástica rítmica começou a ser praticada por volta da década de 20, após o final da Primeira Guerra Mundial, quando várias escolas de ginástica começaram a acrescentar novos exercícios e música à ginástica artística. Em virtude da adição desses elementos, em 1961, na União Soviética, a modalidade passou a ser chamada de ginástica rítmica. Disputada unicamente por mulheres, a intenção inicial desta modalidade era suavizar os movimentos da ginástica e realçar a interação entre o corpo e os aparelhos. A ênfase na feminilidade foi outra constante na ginástica rítmica que incorpora, inclusive, posições e técnicas derivadas do balé clássico. (Canal Olímpico, 2011) Essa ginástica muito deve ao coreógrafo moderno Émile Jacques Dalcroze, seu aluno Rudolf Bode e a bailarina Isadora Duncan. Dalcroze desenvolveu uma técnica que unia movimentos ginásticos ao ritmo, trabalho que foi aperfeiçoado posteriormente por Bode. Isadora Duncan carregou essa técnica à ex-URSS e passou a ensiná-la como modalidade independente das artes. Paralelamente ao trabalho de Duncan, Heinrich Medeau, alemão, anexou aos elementos rítmicos corporais alguns aparelhos, como o arco, a bola e a maça. Foi apenas em 1961 que esse tipo de ginástica foi incorporado à FIG – Federação Internacional de Ginástica – quando alguns países do leste Europeu organizam o primeiro campeonato internacional da modalidade, e em 1963 foi organizado o primeiro campeonato mundial dessa modalidade. No entanto, foi apenas em 1975 que os movimentos rítmicos com aparelhos foram denominados de Ginástica Rítmica Desportiva. Esse esporte ganhou visibilidade mundial a partir de sua inserção nos jogos Olímpicos: em 1984 foi incluído como modalidade individual, e em 1996, também em categoria coletiva. (Rondinelli, S.D.) Em uma modalidade disputada apenas por mulheres, são distribuídas oito medalhas de ouro. Há competição individual e por equipes, chamada de conjunto, composto por cinco atletas. As apresentações por equipes duram entre 2min15s e 2min30s, enquanto no individual, entre 1min15s e 1min30s. As atletas devem realizar vários movimentos combinados tanto com os aparelhos como com a música. A apresentação deve acabar junto com a música, caso contrário a equipe ou o atleta individual tem descontado 0,05 ponto em sua nota para cada segundo sem sincronia. (TV Record, 2012) Brasil na GR A Ginástica Rítmica foi introduzida no Brasil pela prof. Ilona Peuker, da Hungria, que chegou ao Rio de Janeiro na década de 1950, quando ministrou vários cursos para profissionais da educação. Esta professora formou a primeira equipe competitiva de GR chamado Grupo Unido de Ginastas (GUG), alcançando grande sucesso devido à experiência e participação ativa da Prof. Ilona Peuker na ginástica internacional. O Brasil participou pela primeira vez em um campeonato mundial de GR com uma ginasta daquele grupo, a ginasta Daise Barros em 1971 na cidade de Copenhagen, Dinamarca. O Grupo Unido de Ginastas representou o Brasil em campeonatos internacionais e Gimnastradas, tendo conseguido o 13º lugar no Campeonato Mundial de GR em 1973 em Roterdam na Holanda, realizando exercícios de Conjunto. As componentes daquela equipe posteriormente difundiram a GR pelo Brasil. (CBG, 2009) Com a criação da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), no ano de 1978, esta modalidade começou a evoluir devido ao apoio recebido, resultando na classificação de ginastas para disputarem Jogos Olímpicos: a ginasta Rosane Favilla foi a primeira brasileira a participar dos Jogos Olímpicos, em 1984, Los Angeles, USA, com exercícios individuais. Em 1988, na Olimpíada se Seul, Coréia, a ginasta Marta Cristina Schonhorst esteve presente realizando exercícios individuais. O crescimento da CBG, o apoio das entidades governamentais ao esporte e o exaustivo trabalho de ginastas e técnicas, levaram a um grande crescimento da GR, possibilitando a equipe Brasileira alcançar a vitória em três Pan-americanos, nos exercícios de conjunto: Winnipeg, Canadá, em 1999, classificando o Brasil para a Olimpíada de Sydney, na Austrália; Santo Domingo, República Dominicana, em 2003, classificando o Brasil para a Olimpíada de Atenas na Grécia; Rio de Janeiro, Brasil, em 2007, classificando o Brasil para as Olimpíadas de Pequim, na China. Nas duas Olimpíadas com a participação da equipe brasileira de Conjunto – Sydney e Atenas – o Brasil foi finalista, obtendo o resultado de 8º lugar. (CBG, 2009) Aparelhos da Ginástica Rítmica CORDA O aparelho Corda para GR pode ser de sisal ou sintético, com o comprimento variando de acordo com o tamanho da ginasta. O exercício corporal predominante no aparelho corda é o salto. ARCO O aparelho Arco para GR mede 80 a 90 cm de diâmetro e pesa no mínimo 300 g. Não existe um exercício corporal predominante para o aparelho Arco. Deve haver um equilíbrio entre os exercícios apresentados: salto, equilíbrio, pivots, flexibilidade e ondas. BOLA O aparelho Bola para a GR deve ter de 18 a 20 cm de diâmetro externo, pesar 400 g no mínimo e ser de borracha. O exercício corporal predominante do aparelho Bola é a flexibilidade e ondas. MAÇAS O aparelho Maças é composto de duas maças de 40 a 50 cm e ter 150 g, no mínimo, cada uma. Cada maça deverá ter 3 cm, no máximo, na cabeça e poderá ser de madeira ou material sintético. O exercício corporal predominante do aparelho maças é o equilíbrio. FITA O aparelho Fita para a GR deve ter 6 metros no mínimo e pesar 35 g. A largura da Fita é de 4 a 6 cm e o material pode ser de cetim de qualquer qualidade. O estilete onde prende a Fita deve ter de 50 a 60 cm e a base deste estilete deve ter no máximo 1 cm de diâmetro. O exercício corporal predominante no aparelho Fita é o pivot. Obs.: Para crianças, as medidas dos aparelhos podem variar a fim de facilitar o seu manejo. REFERÊNCIAS Leister Filho, Adalberto et al. Ginástica rítmica / Adalberto Leister Filho, Karina Rodrigues e Guilherme Costa. Núcleo Olímpico da TV Record. Disponível em: http://rederecord.r7.com/londres-2012/esportes/ginastica-ritmica/. São Paulo, 2012. S. A. Historia da Ginástica Rítmica. Revista eletrônica Canal Olímpico. Disponível em: http://www.canalolimpico.com.br/jogos/historia/a-historia-da-ginastica-ritmica/. S. L., 2011. Rondinelli, Paula. Ginástica Rítmica Desportiva. Paula Rondinelli / Revista eletrônica Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/educacaofisica/ginasticaritmica-desportiva.htm. C.B.G. Ginástica Rítmica. Confederação Brasileira de Ginástica. Disponível em: http://cbginastica.com.br/web/index.php?option=com_content&task=view&id=36&Itemi d=53.
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