A Exploração Espacial - Agrupamento de Escolas da Trofa
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A Exploração Espacial - Agrupamento de Escolas da Trofa
A Exploração Espacial Uma introdução Nuno Silva, 4 Janeiro 2013 Objectivo, Agenda e Organização Objectivo: sensibilizar os alunos para a indústria espacial (desafios, utilidade, custos, oportunidades…) Agenda: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Percurso Pessoal O ambiente cósmico Foguetões Automated Transfer Vehicle Solar Orbiter ExoMars Rover Perguntas no final de cada módulo Esta apresentação é para vocês! Não têm de se limitar ao tema apresentado, sobretudo no final Apresentação sem aplicação do AO 1990 4 Janeiro 2013 - 2 Percurso Pessoal Escola Primária de Bairros: 1984-1988 Escola Preparatória da Trofa: 1988-1990 Escola Secundária da Trofa: 1990-1996 Instituto Superior Técnico (Lisboa): 1996-2001 Engenharia Aeroespacial École Nationale Supérieure de l’Aéronautique et de l’Espace (Toulouse): 2000-2001 Ingénieur Supaero Astrium Space Transportation (Paris): 2001-2007 Ariane 5 e Automated Transfer Vehicle (ATV) Astrium Satellites (Londres): desde 2008 ExoMars Rover e Solar Orbiter 4 Janeiro 2013 - 3 O ambiente cósmico Diferente Aceleração da Gravidade Radiação Solar O Sol é uma central nuclear gigante (Tsuperfície~5500ºC) A potência do Sol é de 3.85x1026 W Se todos os recursos fósseis da Terra fossem gastos a esse ritmo terminavam em 0.05s… O vento solar chega à Terra a ~450km/s com uma densidade de ~9 protões/cm3 As tempestades Solares são cíclicas (~11 anos) e correspondem a um aumento destes níveis (rádio, gama, X) 4 Janeiro 2013 - 4 O ambiente cósmico À volta da Terra A Terra está a 1.5x108km do Sol, uma massa 3x10-6 mais pequena que o Sol, possui atmosfera e campo magnético A fronteira da atmosfera com o espaço está a h~120km O campo magnético protege a superfície terrestre da radiação Solar A cintura de Van Allen são zonas fixas pelo campo magnético onde electrões, protões e iões pesados estão presos Interno (máx) h ~ 1.3 a 3 RTerra Externo (máx) h ~ 4 a 5 RTerra Degradação de componentes electrónicos, da performance dos painéis solares e SEUs 4 Janeiro 2013 - 5 O ambiente cósmico Pressão A fronteira da atmosfera com o espaço está a h~120km Quando os constituintes se comportam isoladamente, não é o “final” da atmosfera Para órbitas baixas (300-900km) a densidade é pequena mas não insignificante Para a órbita geoestacionária (36000km) a densidade é a mesma que no meio interplanetário (10-20 kg/m3) Portanto, o espaço geralmente assemelha-se a um vácuo A diferença de pressão entre a superfície terrestre e o espaço exclui vários materiais devido à desgaseificação Ou porque o gaz preso dentro do material escapa, ou porque o próprio material evapora Ex. borracha, cádmio, zinco, magnésio, PVC, tinta… 4 Janeiro 2013 - 6 O ambiente cósmico Temperatura Os veículos em órbita trocam energia com o meio Recebem radiação solar directa Recebem radiação reflectida por outros planetas (albedo) Recebem energia radiada por outros planetas Perdem energia por radiação para o espaço As faces expostas ao Sol ou planetas estão muito quentes As faces expostas ao escuro do espaço ficam muito frias É preciso equilibrar a temperatura por métodos activos ou passivos, senão os equipamentos podem não funcionar. “Cooler” 4 Janeiro 2013 - 7 O ambiente cósmico O lançamento (números Ariane 5) Níveis de ruído/vibrações de ~140dB Aceleração para atingir uma velocidade final de 9.5km/s Acelerações da ordem de 4.5g Choques devido a vários eventos (separações, ignições,…) Alta temperatura (fricção) até separação da fairing/coiffe (“touca”) Queda de pressão com a altitude Ventos que perturbaram a trajectória e que podem excitar a estrutura do foguetão 4 Janeiro 2013 - 8 O ambiente cósmico: exemplo das implicações Vega Ariane 5 4 x 1.4GHz Processador Motorola 68020* 16 MHz ~1 a 2 MIPS 2Mb de memória 136.6 x 70.6 x 8.6 mm 133g ATV 2 x 1.2GHz 123.8 x 58.6 x 7.6 mm 112g Computador Pessoal ˃ GIPS Solar Orbiter 20 MHz 260 x 260 x 278 mm 11 kg ExoMars Rover (x2) 4 Janeiro 2013 - 9 Processador LEON2 100Mhz 84MIPS Processador ERC32 ~10 a 20 MIPS 16Mb de memória Órbitas Síncrona Solar 4 Janeiro 2013 - 10 O ambiente cósmico Perguntas?... 4 Janeiro 2013 - 11 Foguetões • • • • • • • • • 4 Janeiro 2013 - 12 Família de foguetões Lançamentos recentes A família Ariane Ariane 4 Ariane 5 Propulsão A5 & outros elementos Trajectórias Ariane 5 Quanto custam os lançamentos? Vídeos lançamentos Ariane 5 Família de foguetões A5 Atlas Delta Falcon Soyuz Sea Shuttle Sat. ES/ECA V IV 9 todos launch V MGTO(ton) 8/10 5 13 7 3 6 5.9 N/A MLEO(ton) 21 9 22.6 10.5 8.5 14 28.8 120 Nº voos 67 34 21 4 ˃815 34 135 13 4 Janeiro 2013 - 13 Lançamentos nos últimos anos 16 Abril 2009-Setembro 2009 Outubro 2009–Março 2010 Abril 2010-Setembro 2010 Outubro 2010–Março 2011 Abril 2011-Setembro 2011 Outubro 2011–Março 2012 14 11 EUA CHINA EUROPA ÍNDIA Poucos lançamentos são JAPÃO 1% RÚSSIA EUA 1% 0% 25% EUROPA 38% ÍNDIA JAPÃO 18% 2% 4% 9% MULTI RÚSSIA COREIA DO SUL IRÃO ISRAEL 1 Shavit 11 Safir 2 11 KSLV 1 Molniya 2 11 Zenit Dnepr Soyuz 33 22 22 2 1 11 11 1 1 1 CHINA 2% 4 Janeiro 2013 - 14 Proton MULTI comerciais A Europa lidera nos lançamentos comercias Vários lançamentos são institucionais e militares 1 Zenit-3SLB 1 11 1 2 1 1 Zenit-3SL 11 H-IIA Vega Soyuz 2 Ariane 5 Long March 1 2 1 1 H-IIB 2 22 1 11 GSLV 2 Pegasus XL Falcon 9 Falcon 1 Taurus Minotaur Shuttle Delta IV Delta II Atlas V 2 2 11 44 333 3 PSLV 4 3 333 3 33 3 2 2 2 22 2 2 22 2 11 11 111 1 11 1 11 1 Kosmos 5 Rockot 7 6 6 6 66 5 5 44 3 Soyuz 2 7 6 COREIA IRÃO ISRAEL DO SUL A família Ariane Datas em serviço Ariane 1: 1981-1986 Ariane 2: 1986-1989 Ariane 3: 1984-1989 Ariane 4: 1988-2003 Ariane 5: 1996 -… Ariane 1 24.12.79: 1º teste em voo Satélite de 1ton em GTO Foguetão de 3 andares 2º teste falhou Operacional desde 81, 11 voos Ariane 2 a 3: melhorias Ariane 3: 1º voo em 4.8.84 4 Janeiro 2013 - 15 Ariane 4 Primeiro foguetão Europeu competitivo Concorrência Atlas e Delta (USA) Participação de 60 empresas e 11 países Europeus França continuou a liderar (€) Vantagens Altamente modular De 2100kg a 4720kg em GTO 6 versões disponíveis Sucesso inegável Em escassos anos, A4 capturou cerca de 60% do mercado mundial comercial de lançamentos Desde Março 1995 teve 73 sucessos consecutivos até ser desactivado – record! 4 Janeiro 2013 - 16 Ariane 5 Dados 47 a 57m de altura 5.4m de diâmetro Massalançamento: 750 a 780ton MassaGTO: 6.2 a 10ton MassaLEO: 16 a 21ton Propulsão: 1200 a 1300ton Estatísticas 67 lançamentos 2 falhanços: 1º de cada modelo 2 sucessos parciais (502, 510) 4 Janeiro 2013 - 17 Propulsão Ariane 5 & outros elementos Étage d’Accélération à Poudre 90% da aceleração na descolagem (237.7ton) Não podem ser apagados (ex. Challenger 1986) Podem ser recuperados após o voo Pólvora: 68% Perclorato de Alumínio (oxidante), 18% Alumínio (redutor), 14% Polibutadeno (ligante) Étage Principal Cryogénique Enorme “termos” de 30.525m de altura, 5.458m de diâmetro e massa de 12300kg vazia Reacção de Hidrogénio com Oxigénio 26ton de H2 (-253ºC) e 132.5ton de O2 (-183ºC) Étage à Propergols Stockables Usado no Ariane 5 GS MonoMetilHidrazina e Tetróxido de Nitrogénio Étage Supérieur Cryotechnique Usado no Ariane 5 ECA Reacção de Hidrogénio com Oxigénio 4 Janeiro 2013 - 18 Trajectórias Ariane 5: órbitas GTO (1/2) 4 Janeiro 2013 - 19 Trajectórias Ariane 5: órbitas GTO (2/2) H0: lançamento H0+1s: ligar EPC H0+7.05s: ligar EAP H1: separação EAP FJ: separação “touca” H2: extinção e separação EPC H3: extinção andar superior 4 Janeiro 2013 - 20 16000 14000 Custo LEO (€/kg) Custo GTO (€/kg) Custo Lançamento (M€) 12000 10000 8000 Custo Lanlamento (M€) 18000 Custo (€/kg) Quanto custam os lançamentos? 250 200 150 100 6000 4000 50 2000 0 0 Ariane 5 Atlas V Delta IV Falcon 9 Proton Vega O Space Shuttle custaria US$450 milhões/voo (330M€), mas outros dizem que custou ~US$1500 milhões/voo 450M$ seria 11.5k€/kg para LEO e 56k€/kg para GTO 13 voos do Saturno V custaram ~34mil M€ Custo de 2.6 mil M€ por voo… 4 Janeiro 2013 - 21 Primeiro lançamento Ariane 5 4 Janeiro 2013 - 22 Lançamento do ATV1 (Jules Verne) 4 Janeiro 2013 - 23 Perguntas?... 4 Janeiro 2013 - 24 http://www.arianespace.com http://www.astrium.eads.net/en/programme/ariane-5.html http://www.cnes.fr/web/CNES-fr/311-ariane-5.php http://www.esa.int/Our_Activities/Launchers/Launch_vehicles/Ariane_5 Automated Transfer Vehicle • • • • • • • • • 4 Janeiro 2013 - 25 A missão do ATV Como chegar até à ISS O veículo: módulo de carga Mecanismo de atracagem O veículo: módulo de serviço Números chave Vídeo da atracagem – ATV 1 Vídeo da separação – ATV 2 Vídeo da reentrada – ATV 1 Missão ATV Suporte à ISS (Estação Espacial Internacional) Durante 6 meses desde a atracagem ao lado Russo Fornecer um suporte propulsivo: reboost, controlo de atitude, descarregar CMGs (actuador giroscópico), evitar destroços espaciais Levar bens, água, gás e armazenar os resíduos da estação Abastecer a estação em combustível 4 Janeiro 2013 - 26 Missão ATV Garantir a segurança da ISS e da equipagem Desenho robusto incluindo função segregada MSU com uma CAM Sequência Lançamento pelo Ariane 5 e operações iniciais em órbita Voo orbital para alcançar a mesma órbita da ISS (“fasagem”) Rendez-vous (“encontro”) com a ISS e atracagem Fase “ligada” à ISS em que o ATV é parte integrante da estação Separação e afastamento da ISS, desorbitação e reentrada atmosférica Portanto o ATV é altamente automático mas flexível CAM – Collision Avoidance Manoeuvre MSU – Monitoring & Safing Unit 4 Janeiro 2013 - 27 Como chegar até à ISS 4 Janeiro 2013 - 28 O veículo – módulo de carga (1/2) O módulo de carga (ICC) contém Uma parte pressurizada EPM (Equipped Pressurised Module) Uma parte não pressurizada EEB (Equipped External Bay) Inclui o sistema Russo para atracagem, que permite as ligações mecânicas, eléctricas, e de fluidos; mas também o acesso à tripulação Um escudo anti-meteoritos e anti-resíduos (MPDS) protege o módulo O Módulo Pressurizado é sobretudo dedicado à carga, mas também: Equipamento para assegurar o ambiente vital para os Astronautas (ECLS) Painel de controlo para água e gazes Sistema Russo de atracagem e electrónica associada Sistema Russo de controlo para a atracagem, reabastecimento e interfaces eléctricas com a ISS Módulo de comando e monitorização, e apenas para o Jules Verne, o radar Russo KURS para permitir aos astronautas acesso a medidas independentes 4 Janeiro 2013 - 29 O veículo – módulo de carga (2/2) Na sua parte externa 2 Telegoniómetros (monitorizar rdv) e 2 Videómetros (executar rdv) Posição e atitude relativas à ISS (menos de 250m da ISS) 2 sensores estrelares (para saber atitude absoluta) 2 miras com iluminação para vigilância por vídeo pelos astronautas 8 motores para controlo de atitude (ACS) - total de 28 no ATV A antena KURS Um antena montada numa barra extensível (ligação de proximidade ATV-ISS) 4 Janeiro 2013 - 30 Mecanismo de atracagem 4 Janeiro 2013 - 31 O veículo – módulo de serviço (1/2) O módulo de carga contém Uma zona para equipamento aviónico e uma zona para a propulsão A zona aviónica (EAB) contém 4 baterias recarregáveis NiCd e 4 unidades de condicionamento e distribuição de energia eléctrica (PCDU) 1 computador de bordo tolerante a falhas com 3 unidades de tratamento Sensores para o piloto automático (acelerómetros e giroscópios) 2 computadores em caso de falha do computador principal (MSU) Equipamentos de telecomunicações 4 unidades de controlo térmico 1 unidade para comando e controlo Exterior Antenas TDRSS (Terra), Prox Link (ISS) e GPS Redundância Veículo tolerante a 1 falha – missão com performance nominal Veículo tolerante a 2 falhas – missão garante a segurança da estação 4 Janeiro 2013 - 32 O veículo – módulo de serviço (2/2) 8 tanques: 4 MON e 4 MMH 20 motores ACS 220N cada 4 motores OCS 500N cada 4 Janeiro 2013 - 33 ATV – números chave Dimensões Comprimento total 10.77m (c/ adaptador, sonda retraída) 10.27m (s/ adaptador, sonda estendida) Diâmetro externo 4.48m Volume Pressurizado 42m3 Envergadura 22.28m Massa Vazio 10470kg Módulo Carga 5150kg Módulo Serviço 5320kg Máx descolagem 20750kg (c/ adaptador) Capacidade de Carga Total 7667kg Dentro Módulo Pressurizado 5500kg Água 840kg Gás 100kg (O2, N2, ar) Combustível Módulos Russos 860kg Combustível boost ISS 4600kg Para o ATV 2613kg Resíduos no final da missão 6340kg 4 Janeiro 2013 - 34 Custo 1000M€ ATV1, 2000M€ ATV2 a ATV5 ATV-1 (Jules Verne) - Docking 4 Janeiro 2013 - 35 ATV-2 (Johannes Kepler) - Undocking 4 Janeiro 2013 - 36 ATV-1 (Jules Verne) – Reentrada 4 Janeiro 2013 - 37 Perguntas?... ATV3 (Edoardo Amaldi) docking 4 Janeiro 2013 - 38 http://blogs.esa.int/atv/ http://www.astrium.eads.net/en/programme/atv.html http://www.cnes.fr/web/CNES-fr/8698-atv-2.php http://blogs.airspacemag.com/pettit/2012/03/dueling-dragons/ Solar Orbiter • • • • 4 Janeiro 2013 - 39 A Missão Instrumentos O veículo Vídeo explicativo Missão Solar Orbiter Ajudar a explicar como o Sistema Solar funciona Explicar como o Sol cria e controla a heliosfera Observações na banda visível, extremos da banda ultravioleta, e raios X Usará uma órbita elíptica em torno do Sol Periélio de 0.28 AU* Inclinação crescente até 25º do equador Solar Duração de 7 anos (nominal) 9.5 anos (estendida) Lançamento Janeiro 2017 (Atlas V) Custo Missão: ~1M€, veículo: ~300k€ AU – Unidade Astronómica (distância da Terra ao Sol) 4 Janeiro 2013 - 40 1AU 0.28 AU Instrumentos Heliosféricos in-situ Analisador de Vento Solar (SWA): medir composição e propriedades Detector de Partículas Energéticas (EPD): medir iões, electrões, etc Magnetómetro (MAG): medições detalhadas do campo magnético Analisador de ondes rádio e plasma (RPW): campos mag. e elect. Observação Solar remota Câmara Polarimétrica e Hélio-sísmica (PHI): campo mag. fotosférico Câmara EUV* & Alta Resolução (EUI): várias camadas da fotosfera Câmara espectral EUV* (SPICE): espectro do disco e corona solar Telescópio/espectrómetro raios X (STIX): emissões raios X do Sol Medidor da corona Solar (METIS): visão UV e visível da corona Câmara heliosférica (SoloHI): comportamentos quasi-estáticos e transientes do vento Solar *EUV – Extreme Ultra Violet 4 Janeiro 2013 - 41 O veículo Massa: 1800kg Precisão 1arcsec/10s RPE*, 3.5arcmin APE* Dados lançamento Se 23/01/2017, Vinf=3.65km/s,=35.5º Se 07/09/2018, Vinf=3.69km/s,=-48.4º Janela de lançamento: 30 dias Motores (9+9) x 10N Vídeo 1.2m 3m 7.9m 4.4m 2.4m 13m 17m 4 Janeiro 2013 - 42 *{R,A}PE – Erro de Orientação {Relativo, Absoluto} 1arcsec=1/3600º, 1arcmin=1/60º Rodas de Reacção Perguntas?... 4 Janeiro 2013 - 43 ExoMars Rover • • • • • • • • 4 Janeiro 2013 - 44 Objectivos Arquitectura da missão A missão em 2016 Os instrumentos em 2018 O Rover Desafios específicos Mobilidade autónoma Demonstração num terreno e simulador Objectivos Saber se há ou houve vida em Marte Demonstrar tecnologias para trazer amostras de Marte para a Terra na década de 2020… – Mars Sample Return Objectivos Tecnológicos Entrada, Descida e Aterragem (EDL) de instrumentos em Marte Aquisição, preparação, distribuição e análise de amostras Mobilidade na superfície de Marte Acesso ao subsolo Objectivos Científicos Procurar sinais de vida, no passado ou presente Investigar como a água e o ambiente geoquímico varia Investigar os gazes raros de Marte A Rússia fornece os dois lançamentos 2016 e 2018 4 Janeiro 2013 - 45 Arquitectura da Missão – estado actual Programa ExoMars: 2 missões lançadas em 2016 e 2018 A missão 2016 consiste num detector de gases raros (TGO) e 1 módulo de demonstração de aterragem (EDM) A missão 2018 consiste num Rover dentro dum módulo de descida (DM) transportado até Marte por outro módulo (CM) Larga cooperação internacional com Roscosmos e algumas contribuições da NASA 4 Janeiro 2013 - 46 A missão em 2016 Lançamento em Janeiro 16, chegada 9 meses depois Um sonda em órbita A cerca de 400km de altitude Trace Gaz Orbiter: detector de gases raros (1%). Por exemplo, detectar metano porque poderia ser sinal de vida Sistema de telecomunicações (UHF) para ser usado pelo EDM mas sobretudo pelo Rover (missão 2018): Marte (Rover) ↔ Sonda ↔ Terra Um módulo de entrada (EDM), descida e aterragem Activado algumas horas antes entrar na atmosfera a 5.8km/s Permitir à Europa ter capacidade para aterrar em Marte Alguma ciência, mas muito limitada (max 2-8 dias de ciência) Limitado pela energia disponível (bateria) 4 Janeiro 2013 - 47 2018: os instrumentos do Rover (1/2) Câmaras Panorâmicas (PanCam) Para produzir mapas digitais de Marte Espectrómetro de Infravermelhos (ISEM) Determinar a composição das amostras na superfície Câmara de Proximidade (CLUPI) Imagens de alta resolução de rochas, afloramentos, amostras da broca Detec. gelo,obs. depósitos no subsolo (WISDOM) Radar que penetra no solo junto com Adron para seleccionar onde furar Adron Para procurar água e minerais hidratados no subsolo. Usado com WISDOM. Câmara multiespectral - análises no subsolo (Ma_MISS) Localizado dentro da broca, para estudo da mineralogia Marciana MicrOmega Espectrómetro no visível e infravermelho para compostos orgânicos 4 Janeiro 2013 - 48 2018: os instrumentos do Rover (2/2) Espectrómetro Raman (RLS) Identificar compostos orgânicos e minerais Analisador Moléculas Orgânicas Marcianas(MOMA) Detecção de marcadores biológicos Máquina de Furar / Broca Desenhada para Vários tipos de solo 7 ciclos experimentais com pelo menos 2 até 2m de profundidade Pelo menos 17 amostras serão recolhidas para serem analisadas Constituída por Broca final com cerca de 700mm, equipada com instrumentos (ex. recolha) Um conjunto de varas extensivas (~500mm cada)-com contactos eléctricos Uma caixa que serve de estrutura Uma segunda broca final em caso de problemas http://exploration.esa.int/science-e/www/object/index.cfm?fobjectid=43611 4 Janeiro 2013 - 49 High Resolution Camera O Rover - exterior Wide Angle Cameras Deployable Solar Arrays Navigation Cameras Deployable Mast Assembly M=~300kg WISDOM Sun Sensor 2m Localisation Cameras Rover Body 0.9m 2.5m Actuator Drive Electronics (right) Drill Mobility System Bogies 1.7m 4 Janeiro 2013 - 50 Analytical Laboratory Drawer 1.4m 2.6m Quais os desafios específicos de Marte? Baixas temperaturas Oscilam entre -120ºC e +40ºC e com ciclos diários Os componentes electrónicos (inc. espaciais) não são feitos para operar ou até sobreviver a tais extremos – simplesmente partem… É preciso desenvolver tecnologia específica Uso de “Radioisotope Heater Unit” para aquecimento Energia/potência muito limitada em Marte Está ~1.5x mais distante do Sol que a Terra: ~2.3x menos energia Há muito pó na atmosfera que cobre os painéis solares Área dos painéis muito limitada por massa e volume O Rover tem de sobreviver durante a noite em Marte – uso de bateria Uso de resistências para aquecer equipamentos limitado ao vital! Protecção Planetária O Rover não pode poluir Marte com compostos biológicos O Rover tem que assegurar que não compromete as análises Não detectar “vida” que levou da Terra… 4 Janeiro 2013 - 51 Objectivo Tecnológico: Mobilidade Autónoma Apenas há 1 a 2 sessões de comunicações/dia até 30min Atraso nas comunicações até ~21min Controlo remoto impraticável Dados limitados a cerca de 250Mbit/sol* (30Mbyte/sol), MarteTerra Necessário enviar mínima informação alta autonomia O operador apenas diz o ponto (2 coordenadas) em Marte e o Rover determina o caminho e segue-o em segurança sem ajuda Alta precisão necessária O Rover alcança um ponto a 100m de distância com ~2m e 15º de erro O Rover coloca a broca no local para furar com um precisão de 0.15m e 15º de erro Segurança O Rover evita autonomamente zonas perigosas: declives fortes, rochas demasiado grandes, buracos, areia demasiado solta 4 Janeiro 2013 - 52 *sol – 1 dia em Marte = 24h37min23s Mobilidade autónoma – como? (1/2) Saber onde é o alvo em Marte Sensor Solar: usado para saber o Norte em Marte Acelerómetro: usado para saber a inclinação Planear o percurso até ao alvo 1. 3 pares de imagens estéreo são tiradas (NavCam) 2. Cada par é utilizado para produzir um mapa de disparidades (entre a esquerda e a direita) 3. O mapa de disparidades é então projectado e transformado num modelo do terreno 4. Este é depois analisado em relação à capacidade do sistema de locomoção e um mapa de navegação é produzido São identificadas zonas proibidas e um “custo” quando difícil 5. Este mapa de navegação é subsequentemente utilizado para planear um percurso seguro e que pode ser executado pelo Rover 6. Isto é repetido de ~2.5m em ~2.5m 4 Janeiro 2013 - 53 Mobilidade autónoma – como? (2/2) Seguir de forma precisa o percurso planeado Localização: o Rover tem de saber onde está A incerteza de onde o Rover está é adicionado em torno dos obstáculos – áreas de “escape” são reduzidas com erros maiores A odometria das rodas é imprecisa porque as rodas escorregam “Localização visual” é necessária para garantir a precisão Apenas possível a 0.1Hz Odometria das rodas e giroscópios usados entre “frames” visuais Controlo de Trajectória Sabendo onde está o Rover e o percurso planeado, é possível executar manobras correctivas (Ackermann, Point Turn) As rodas são sincronizadas para minimizar incompatibilidades na configurações Estas correcções são executadas pela locomoção do Rover 6 rodas, todas com tracção, capazes de rodar e de caminhar (!) http://www.astrium.eads.net/en/media-library/bruno.html 4 Janeiro 2013 - 54 Capacidade de Locomoção Trajectória Ackermann Genérico Point Turn Genérico Velocidade Linear Velocidade de Rotação Ângulo de Derrapagem Centro de Rotação Centro de Rotação Vmax≥80m/h Vnom=40m/h Droda=286mm roda=6.5º/s Rodas Flexíveis - Mesma tracção, menor diâmetro 4 Janeiro 2013 - 55 Demonstração da autonomia num terreno 4 Janeiro 2013 - 56 http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-14789230 http://www.astrium.eads.net/en/news2/astrium-s-mars-roverdemonstrates-autonomous-navigation-capability.html Resultados de uma simulação num vale rochoso Áreas classificadas como obstáculos pelo rover Branco: Inseguro Cinzento escuro: “Não planear percurso através” Alvo do Rover 5m Ponto Inicial do Rover 4 Janeiro 2013 - 57 Percurso planeado pelo Rover durante a travessia http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-14789230 http://www.astrium.eads.net/en/news2/astrium-s-mars-roverdemonstrates-autonomous-navigation-capability.html Áreas classificadas as como seguras pelo rover Verde: Baixo custo Vermelho: Alto custo Localização visual Testes em Junho 2008, CNES Toulouse - França 4 Janeiro 2013 - 58 Chave para mobilidade autónoma Um projecto muito mediático… …mas com dificuldades de financiamento! ■ 1200M€ necessários, ~900M€ disponíveis http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-20407902 http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-16906740 4 Janeiro 2013 - 59 Perguntas?... 4 Janeiro 2013 - 60 http://exploration.esa.int/science-e/www/area/index.cfm?fareaid=118 http://www.astrium.eads.net/en/programme/exomars.html