Principais Instalações e Equipamentos

Transcrição

Principais Instalações e Equipamentos
•
Principais Instalações e Equipamentos:
1 alto forno a carvão vegetal, aciaria LD – convertedor de 20 t/corrida, 2
máquinas de lingotamento contínuo com 2 veios cada uma para produção de
tarugos de 80x 120mm, 1 laminador a quente de barras redondas, cantoneiras
e vergalhões.
USINA DE DIVINÓPOLIS
Avenida Gabriel Passos, 102 – Porto Velho
35500-450 - Divinópolis – MG
Antiga Siderúrgica Pains
•
Capacidade instalada: 550.000 t/ano
•
Tecnologia de Produção: Sinterização, Alto-forno a carvão vegetal, Aciaria
LD, Laminação.
•
Principais Produtos: Vergalhões GG50, Vergalhões para Exportação, Barras
Mecânicas
Chatas,
Barras
Mecânicas
Redondas,
Barras
Mecânicas
Quadradas.
EMPRESA: USIMINAS – USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS
Rua Prof. José Vieira de Mendonça, 3011
Engenho Nogueira
31310-260 - Belo Horizonte – MG
USINA INTENDENTE CÂMARA
Avenida Pedro Linhares Gomes, 5431
Bairro Usiminas – Caixa Postal 22
35160-900 - Ipatinga – MG
•
Área da Usina: 10.000.000 m²
•
Início de Operações: 26/10/1962 (Privatizada em 1991)
•
Tecnologia de Produção:
Coqueria – Sinterização – Alto Forno.
Aciaria LD – Lingotamento Contínuo (LTT)
Laminações : Chapas Grossas – Bobinas, chapas
Galvanização EG e HDG
•
Capacidade Instalada: 4.800.000 t /ano
•
Principais Produtos e Aplicações: Laminados a quente (bobinas, chapas e
chapas grossas), laminados a frio e galvanizados, aplicações na indústria
automobilística, petróleo e gás naval, construção civil e indústria mecânica em
geral.
•
Instalações e Equipamentos:
- Coqueria: 2 baterias ; 1 com 100 fornos e capacidade de 545.000 t/na, outra
com 110 fornos e capacidade de 1.120.000 t/ano.
- Sinterização: 3 máquinas Dwight Lloyd, capacidade de 6.000.000 t/ano.
- Altos-Fornos: 3 altos-fornos; 2 de 885 m³ de volume interno, diâmetro do
cadinho de 7 m – produção anual de 2.000.000 t ou 2.000 t/dia; injeção de
finos de carvão capacidade de 535.000 t/ano; e 1 de .2700 m³ de volume
interno, diâmetro do cadinho de 11,5m – produção anual de 2.800 t ou 8.000
t/dia; injeção de finos de carvão capacidade de 1.960.000 t/ano (150 kg/t).
- 3 estações de dessulfuração de gusa à base de Ca/Mg em carros torpedo
(4.200.000 t/ano) e 2 estações de dessulfuração à base de CaO/Mg
panela (2.000.000 t/ano)
em
•
Aciarias:
Aciaria 1: 3 convertedores LD – KGC de 80 t/corrida (1.000.000 t/ano) 1
máquina de lingotamento contíno de placas de 1 veio 200 – 250 x 900 – 2.060
x 2.400 – 12.000) mm, molde vertical-curvo.
Aciaria 2: 2 convertedores LD – KGC de 180 t/corrida (4.800.000 t/ano) com
controle dinâmico (3.600.000 t/ano)
2 máquinas de lingotamento contíno de placas de 2 veios curvos (Hitachi
/
Demag)
(200 – 300 x 2.060 - 3.500 x 3.500– 10.500) mm, 3.200.000 t/ano
•
Metalurgia Secundária:
Aciaria 1: 1 forno panela – 300.000 t/ano – com injeção de finos para
dessulfuração de aço e tratamento de inclusões. 2 unidades para correção de
temperatura e ajuste de adições de liga.
Aciaria 2: 1 forno panela – 750.000 t/ano, 1 unidade de dessulfuração a vácuo
RH com injeção de oxigênio (600.000 t/ano), 2 unidades de ajuste de
temperatura
•
Laminação a quente:
Chapas grossas: 2 fornos tipo viga caminhante (“walking beam”) 150 t/h; 1
laminador quadruo-reversível – 1.200.000 t/ano; 2 fornos de tratamento
térmico com resfriamento acelerado (“roller quench”) – 240.000 t/ano; 1 ultrasom “on line” – 480.000 t/ano – 2 linhas de corte.
Laminação a quente: 1 forno tipo “pusher “
100 t/h; 2 fornos tipo viga
caminhante (“walking beam”) 250 t/h; 1 laminador duo-reversível – 3.400.000
t/ano - 1 laminador quadruo-reversível; 1 laminador – trem acabador de 6
cadeiras; 1 linha de resfriamento de fluxo laminar; 2 bobinadeiras; 1 laminador
de acabamento superficial (“hot skin”) – 600.000 t/ano – 1 linha de corte.
Capacidade total da laminação a quente: chapas grossas 1.200.000 t/ano e
bobinas e chapas finas 3.400.000 t/ano
•
Laminação a frio:
Laminação a frio 1: linha contínua de decapagem, 1 laminador contínuo
(quádrio) de 5 cadeiras 1.760.000 t/ano –
linha de limpeza eletrolítica –
360.000 t/ano, 192 bases de recozimento (27 com H2 e 165 com HN).
Laminação a frio 2: linha contínua de decapagem acoplada a 1 laminador a
frio, contínuo (PLTCM) de 5 cadeiras 1.000.000 t/ano.
- Linha de recozimento contínuo (CAPL – limpeza eletrolítica – recozimento e
revenimento – 600.000 t/ano, 2 laminadores de encruamento.
•
Revestimentos:
- 1 linha de galvanização eletrolítica – 360.000 t/ano
- 1 linha de galvanização por imersão a quente – ver UNIGAL.
- Capacidade total da laminação a Frio 1: Não revestidos 1.040.000 t/ano.
Revestidos (eletrogalvanizados) 360.000 t/ano.
- Capacidade total da laminação a Frio 2: Não revestidos 600.000 t/ano.
Revestidos (galvanização a quente) 400.000 t/ano.
•
Principais Certificações de Sistema de Gestão:
ISO 9001 (NDV): 1992; ISO 1401 (DNV): 1996; QS 9000 (DNV):1996; ISO
9001 – 2000 (DNV): 2001
•
Outras Informações
Empresas Coligadas:
COSIPA (Brasil); TERNIUM (Argentina); RIO NEGRO (São Paulo); USIFAST
(Betim); USICORT (Belo Horizonte); FASAL (Belo Horizonte); UMSA
(Ipatinga); MRS LOGÍSTICA (Juiz de Fora); USIMINAS OVERSEAS (Caribe);
USIPAR (Belo Horizonte); USIMPEX (Vitória); USIPARTS (Pouso Alegre);
UNIGAL (Ipatinga); USIROLL (Ipatinga); USIMINAS MINERAÇÃO (Belo
Horizonte).
EMPRESA: VALLOUREC & MANNESMANN TUBES
USINA DO BARREIRO
Avenida Olinto Meireles, 65 – Barreiro
30640-010 - Belo Horizonte - MG
•
Área da Usina: 2.500.000 m²
•
Início de Operações: 09/09/1952 (desde 2000: V&M do Brasil)
•
Capacidade Instalada: 600.000 t/ano
•
Tecnologia de Produção: Sinterização – Alto-Forno a carvão vegetal
Aciaria LD – Laminação de Tubos sem costura
•
Capacidade Instalada: 750.000 t/ano
•
Principais Produtos e Aplicações:
Ferro-gusa para aciaria; aço ao C e ligados para fabricação de tubos sem
costura para as aplicações:
- Indústria de automóveis – tubos para rolamentos, sistemas de freios, injeção
diesel, suspensão,
juntas homocinéticas, cardans, barras de impactos e
coluna de direção; eixos para caminhões, ônibus, caminhonetes, pick-ups,
máquinas agrícolas e tubos para trucks e carretas.
- Indústria de óleo e gás – tubos de condução de gás, óleo, água e outros
fluídos; tubos para caldeiras, trocadores de calor, superaquecedores; para
fabricação de cilindros de alta pressão e extintores.
- Indústria de Petróleo (OCTG) – Tubos para extração de petróleo e
revestimento de poços conforme especificações API 5CT e tubos especiais
para extração em ambientes críticos: High Collapse, Sour Service, 13 Cr com
conexão API ou VAM Premium.
- Construção Civil – Tubos para estacas e estruturas metálicas na construção
civil e revestimentos de linhas de transmissão de dados.
- Usinagem – Tubos para construção mecânica.
•
Principais Instalações e Equipamentos:
2 alto-fornos a carvão vegetal, Aciaria LD com forno panela, Desgaseificação a
Vácuo, Lingotamento Contínuo de barras redondas, duas laminações de tubos
com linha de têmpera e revenimento e linhas de rosqueamento de tubos e
recalque para solda.
EMPRESA: CIAFAL – COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE FERRO E
AÇO LTDA.
USINAS 1) CISAN (Alto-Forno e Aciaria)
Pará de Minas
2) CIAFAL (Laminação)
Divinópolis
•
Empregados: 800 empregos diretos
•
Tecnologia de Produção: Alto Forno a carvão vegetal - Aciaria Elétrica AOD
– Laminação
•
Capacidade Instalada: 300.000 t/ano
•
Principais Produtos e Aplicações:
Billets de aço comum e aços especiais de alta qualidade.
Barras chatas, quadradas, redondas, cantoneiras e tarugos.
Aplicações: Estruturas metálicas, implementos agrícolas, setor rodoviário e
setor automobilístico.
•
Principais Instalações e Equipamentos:
1 alto-forno a carvão vegetal – 16.000 t/mês – 250.000 t/ano, aciaria elétrica
AOD, Injeção de argônio, COJET e IRS 20t/corrida; 200.00 t/ano.
(2ª etapa: 300.000 t/ano); forno de reaquecimento de blocos/tarugos , tipo
empurrador
(pusher);
laminação
a
quente:
gaiolas
desbastadoras,
intermediárias e acabadoras (trio e duo).
•
Principais Certificações de Sistema de Gestão:
ISO 9001 - 2000
Em 2008 a produção de aço líquido de Minas Gerais foi de 11.990 milhões de
toneladas, correspondendo a 35,6% da produção brasileira de milhões de toneladas.
O bom desempenho do setor confirmou a classificação do Estado como o maior
produtor brasileiro de aço, conforme as tabelas 5.2.2 e 5.2.3, resumida na Tabela
5.3.1.1.
Tabela 5.3.1.1 – Produção siderúrgica de Minas Gerais (Mt)
PRODUÇÃO DE AÇO DAS USINAS INTEGRADAS
ANO
2005
2006
2007
2008
BRASIL
31.610
30.901
33.782
33.712
MINAS GERAIS
11.755
11.918
11.914
11.990
PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA A CARVÃO VEGETAL
ANO
2005
2006
2007
2008
BRASIL
9.774
9.467
9.628
8.342
MINAS GERAIS
5.765
5.354
5.043
4.383
Fonte: Instituto Aço Brasil/ SINDIFER
INTRODUÇÃO
O gusa, ou ferro-gusa, matéria prima para a fabricação do aço, é uma liga de ferrocarbono obtida num alto-forno por um processo de redução do minério de ferro pelo
carvão vegetal ou coque e calcário. Normalmente, contém até 5% de carbono,
necessitando de um tratamento posterior para uma boa aplicação.
O Brasil se destaca como produtor de ferro-gusa a partir do carvão vegetal, sendo o
maior produtor mundial. Minas Gerais é o estado com maior número de produtores,
destacando-se as cidades de Sete Lagoas e Divinópolis como principais pólos
produtores.
PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE FERRO GUSA
O ferro-gusa pode ser produzido por quatro processos distintos:
•
Alto-Forno
•
Corex
•
Tecnored
•
Finex
No Brasil a produção de ferro-gusa é realizada totalmente via alto-forno,
compreendendo:
•
Altos-Fornos a coque (usinas integradas)
•
Altos-Fornos a carvão vegetal (produtores independentes)
•
Altos-Fornos a carvão vegetal (usinas integradas)
TIPOS DE FERRO-GUSA
De acordo com a especificação química o ferro gusa pode ser dividido em 3
categorias:
•
Ferro-gusa de aciaria: matéria prima utilizada na produção de aço;
•
Ferro-gusa de fundição: matéria prima para peças fundidas;
•
Ferro-gusa modular: matéria prima utilizada na produção de peças especiais
SITUAÇÃO DA INDÚSTRIA DE FERRO-GUSA
A produção de gusa é feita em Minas Gerais usando como fonte redutora o carvão
mineral ou o carvão vegetal. O carvão mineral é utilizado na siderurgia de grande
porte, integrada, como a Usiminas e a Gerdau Açominas. E a siderurgia a carvão
vegetal, tradicional em Minas Gerais, é usada para a produção de gusa tanto em
Usinas Integradas como ArcelorMittal (usinas de João Monlevade, Acesita e Juiz de
Fora), Vallourec & Mannesmann e Gerdau (Barão de Cocais e Divinópolis), quanto
pelos produtores de gusa independentes – chamados guseiros.
A ArcelorMittal – usinas de João Monlevade e Acesita – que desde as suas
fundações operavam com carvão vegetal, recentemente passaram a utilizar o coque
em alguns de seus fornos. Contudo, atualmente, desenvolvem um programa de
retorno ao uso de somente carvão vegetal.
A Vallourec & Mannesmann que sempre operou com carvão vegetal (Usina de
Barreiro) está implantando uma nova usina também a carvão vegetal, em Jeceaba –
MG, parceria com a Sumitomo Metals (Japão), para a produção de 1.000.000 t de
aço (tubos sem costura).
Estas siderúrgicas intensificam o plantio de eucalipto, almejando assim tornarem-se
auto-suficientes para atender, inclusive, os seus planos de expansões.
“Esta visão baseia-se no reconhecimento de que a siderurgia integrada a carvão
vegetal em Minas Gerais opera com base em reflorestamentos de eucalipto que
totalizam 1,5 milhões de hectares plantados, que representam projetos econômicoambiental e socialmente responsáveis, conforme tem sido atestado pelas diversas
consultorias ambientais e sociais que têm analisados esses empreendimentos
florestais” . (L..A. & ASSOCIADOS).
A siderurgia a carvão vegetal, englobando os produtores independentes de ferrogusa, também representa um segmento importante para Minas Gerais. Foram
produzidos, em 2007, 5.000.000 t de gusa dos tipos modular, aciaria e fundição,
sendo comercializados no mercado externo 1.900.000 t, principalmente, para
Estados Unidos, Japão, Taiwan e União Européia.
Nesta categoria existem atualmente, em Minas Gerais cerca de 62 empresas,
totalizando 106 fornos de variadas capacidades de produção, concorrendo para uma
capacidade produtiva instalada de 8.000.000 t. O ritmo de produção dessas
unidades é variada, acompanhando as oscilações do mercado: procura e preços.
As Tabelas a seguir, tendo como fonte o Sindifer, apresentam a situação atual da
produção e comercialização do ferro-gusa no Brasil e em Minas Gerais,
considerando somente os produtores independentes.
Tabela 5.3.2.1 - EMPRESAS PRODUTORAS DE FERRO-GUSA NO BRASIL
(USINAS NÃO INTEGRADAS)
CAPACIDADE INSTALADA PARA PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA
ESTADO
Minas Gerais
Espírito Santo
Carajás (PA e MA)
Mato Grosso do
Sul
Brasil
Fonte:Sindifer
CAPACIDADE
INSTALADA (t/ano)
8.112.000
804.000
5.136.000
792.000
14.844.000
Tabela 5.3.2.2 - EMPRESAS PRODUTORAS DE FERRO-GUSA EM MINAS GERAIS – 2008
UNIDADE EM TONELADAS
N°
REGIÃO NOROESTE
Cidade
Cap.Inst/Mês
Nº. FORNOS
1
AVG Siderurgia Ltda.
Sete Lagoas
21.000
2
2
Bandeirante
Sete Lagoas
9.900
2
3
Barão de Mauá
Sete Lagoas
1.000
1
4
Citygusa Siderurgia Ltda
Pedro Leopoldo
7.000
1
5
Cosimat-Sid.Matoz.Ltda
Matozinhos
14.000
2
6
Cossisa
Sete Lagoas
18.000
3
7
Fergubel
Matozinhos
6.000
1
8
Gerdau
2
9
Harma Ltda
10
Sete Lagoas
18.000
Prudente de Morais
6.000
1
Insivi – Ind. Sid. Viana Ltda
Sete Lagoas
17.000
4
11
Ironbras (Cofergusa)
Sete Lagoas
23.000
2
12
Itasider Sete Lagoas
Sete Lagoas
24.300
2
13
Lucape Siderurgia Ltda
Curvelo
12.000
2
14
MGS – Minas Gerais Sid. Ltda
Sete Lagoas
12.000
1
15
Noroeste
Sete Lagoas
8.000
1
16
Plantar Siderúrgica S/A
Sete Lagoas
17.500
2
17
R.V.R
Prudente de Morais
6.000
1
18
Sama – Santa Marta Siderurgia
Sete Lagoas
5.700
1
19
Sicafe Prod. Siderúrgicos Ltda
Sete Lagoas
15.000
3
20
Siderbrás
Sete Lagoas
4.500
1
21
Siderlagos Ltda (Globo)
Sete Lagoas
7.000
1
22
Sidermin Siderurgia Ltda
Sete Lagoas
15.000
2
23
Siderpa – Sid. Paulino Ltda
Sete Lagoas
17.500
2
24
USIPAR(Mantiqueira)
Sete Lagoas
15.000
2
25
Usisete-Sid.Sete Lagoas
Sete Lagoas
12.000
2
26
Veredas
Sete Lagoas
12.500
2
V.M
Sete Lagoas
27
TOTAL
Fonte: Sindifer
5.400
1
330.300
47
Tabela 5.3.2.3 - EMPRESAS PRODUTORAS DE FERRO-GUSA EM MINAS GERAIS – 2008
UNIDADE EM TONELADAS
N°
REGIÃO OESTE
1
Alterosa Ltda
2
Brasil Verde Siderurgia
3
Cidade
Cap.Inst/Mês
Nº. FORNOS
3
Pará de Minas
26.000
Conceição do Pará
6.000
1
Carmense Comercial Ltda
Carmo da Mata
1.500
1
4
Cisam Siderurgia Ltda
Pará de Minas
12.000
1
5
Divigusa Siderurgia Ltda (S. Maria)
3
6
Ferdil - Prod. Metal.Ltda (Delta)
7
Ferguminas
8
Ferroeste Industrial Ltda
9
Gafanhoto
10
Hubner Siderurgia
11
Itasider - Usina Siderúrgica S/A
12
Lagoa da Prata
13
Matprima Com.Met.Ltda
14
Minasgusa Ltda
15
Nether Iron Siderurgia do Brasil S/A
16
Piratininga
17
18
19
S.Luiz Ltda(S.Cristóvão)
20
Santo Antônio Ltda
21
SBL Ind. e Com. Ltda
22
Sideral - Siderúrgica Álamo Ltda
23
Siderúna Ind.e Com. Ltda
24
Sinduminas (Carmense)
Divinópolis
5.500
2
25
Simar
Maravilhas
4.000
1
26
TMG Siderurgia Ltda
Divinópolis
4.000
1
Nova Serrana
Divinópolis
18.000
Divinópolis/São Gonçalo
6.000
2
Itaúna
22.500
2
Divinópolis
6.000
1
Nova Serrana
7.000
1
São Gonçalo do Pará
3.500
1
2
Nova Serrana
16.200
Lagoa da Prata
8.800
2
Divinópolis
14.700
3
Itaúna
4.000
1
Bom Despacho
4.500
1
Itaguara
5.000
1
Pitangui
Pitangui
26.000
3
S. S. Itatiaiuçú
Itatiaiuçu
8.000
1
Divinópolis
10.000
2
Itaúna
12.000
1
Bom Despacho
12.000
2
Divinópolis
4.800
1
Itaúna
4.500
1
27
Transtril Com.Exp.Ltda(Cajuru./M.Leme)
Carmo do Cajurú
3.000
2
28
Unisider - União Siderurgia
Divinópolis
6.000
1
29
Valinho S/A
Divinópolis
TOTAL
10.000
2
271.500
46
Tabela 5.3.2.4 - EMPRESAS PRODUTORAS DE FERRO-GUSA EM MINAS GERAIS – 2008
UNIDADE EM TONELADAS
N° GRANDE BH/OUTROS MUNICÍPIOS **
1 Ex Gagé
2 Lucape Siderurgia Ltda
3 Metalsider Ltda
4 Socoimex
5 Usival - Sid.Gov.Valadares Ltda
6 VDL Siderurgia Ltda
TOTAL
TOTAL GERAL MG
Fonte: Sindifer
CIDADE
CAP.INST/MÊS
Nº FORNOS
Gagé
Alfredo Vasconcelos
Betim
Itabira
Governador Valadares
Itabirito
10.000
10.000
35.000
8.500
3.700
7.000
74.200
1
2
7
1
1
1
13
676.000
106
Tabela 5.3.2.5 - PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE FERRO-GUSA NO BRASIL
SITUAÇÃO DA INDÚSTRIA DE FERRO-GUSA NO BRASIL - 2007 e 2008
106
PRODUÇÃO (106 t) 2007
5,1
PRODUÇÃO (106t) 2008
4,3
17
40
3,2
3,3
Espírito Santo
4
8
0,5
0,3
Mato Grosso
4
6
0,24
0,4
BRASIL
87
160
9,6
8,3
ESTADO
Nº. EMPRESAS
Nº. FORNOS
Minas Gerais
62
Pará + Maranhão
Fonte: Sindifer
Os gráficos, a seguir, mostram a evolução da produção de ferro-gusa do Brasil, por Estado, no período de 1993 a 2008, em toneladas
e a variação percentual.
PRODUÇÃO DE FERRO GUSA POR ESTADO
12.000
Mat G. Sul
Esp. Santo
MA e PA
M. Gerais
10.000
x 1.000 t
8.000
Fonte: Sindifer
6.000
4.000
2.000
0
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DOS ESTADOS
NA PRODUÇÃO DE FERRO GUSA
100,0
90,0
MG
MA e PA
ES
MS
80,0
Percentagem
70,0
60,0
Fonte: Sindifer
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Tabela 5.3.2.6 - PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA
2000
BRASIL
2001
2002
2003
2004
2005
(t)
2006
2007
2008
6.669.700 6.733.100 6.967.400 8.428.500 10.085.072 9.773.684 9.466.619 9.628.057 8.341.967
MINAS GERAIS 4.191.100 4.111.600 4.259.500 5.285.000
6.302.964
5.765.440 5.353.665 5.042.637 4.383.302
Fonte: Sindifer
Tabela 5.3.2.7 - PRODUÇÃO TOTAL DE FERRO-GUSA NO BRASIL
Ano
2004
2005
2006
2007
Tipo/Mês
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Fonte: Sindifer
Jan
69.541
607.980
61.975
739.496
76.869
757.681
56.333
890.883
66.734
573.482
20.600
660.816
62.131
655.863
34.800
752.794
Fev
54.699
599.973
56.797
711.469
72.315
700.569
52.567
825.451
55.915
600.302
30.519
686.736
57.266
716.924
35.176
809.365
Mar
66.522
610.347
59.768
736.637
86.773
695.882
64.947
847.602
70.581
627.690
37.589
735.860
63.456
668.624
42.404
774.484
Abr
59.226
631.457
50.840
741.523
81.140
643.615
69.066
793.821
81.747
625.450
30.915
738.112
71.031
704.196
34.250
809.477
Mai
63.030
657.686
81.334
802.050
88.703
614.698
85.929
789.330
83.879
590.027
41.213
715.119
74.355
725.559
32.692
832.607
Jun
82.123
679.025
69.364
830.512
70.474
587.078
70.449
728.001
81.164
665.851
37.714
784.729
72.041
688.623
45.549
806.213
Jul
75.156
706.556
80.910
862.622
78.547
609.933
60.424
748.904
72.213
741.861
41.492
855.566
75.069
646.051
42.388
763.509
Ago
88.693
694.038
74.417
857.148
88.528
636.714
46.807
772.049
79.997
808.235
45.974
934.206
70.070
691.700
46.498
808.268
Set
88.211
749.862
73.242
911.315
90.000
769.237
41.063
900.300
79.164
774.860
58.586
912.610
60.853
672.679
55.026
788.558
Out
92.545
799.362
72.069
963.976
107.105
772.371
37.615
917.091
82.114
730.448
40.339
852.901
68.403
687.799
51.291
807.493
Nov
83.795
831.823
51.450
967.068
72.904
709.720
43.198
825.822
70.130
662.047
53.159
785.336
66.856
766.936
49.798
883.590
Dez
77.049
836.248
47.959
961.256
47.501
656.490
30.439
734.430
64.899
694.662
45.067
804.628
66.155
665.959
59.586
791.701
Total
900.590
8.404.357
780.125
10.085.072
960.859
8.153.988
658.837
9.773.684
888.537
8.094.915
483.167
9.466.619
807.687
8.290.914
529.457
9.628.057
Total Geral
10.085.072
9.773.684
9.466.619
9.628.057
Tabela 5.3.2.8 - PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA EM MINAS GERAIS
Ano
2004
2005
2006
2007
Tipo/Mês
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Fonte: Sindifer
Jan
52.786
344.897
61.975
459.658
49.855
437.993
56.334
544.182
45.677
256.498
20.600
322.775
41.081
306.400
34.800
382.280
Fev
36.316
340.234
56.797
433.347
52.571
363.687
52.567
468.825
38.631
282.867
30.519
352.017
37.491
281.446
35.176
354.113
Mar
45.785
351.096
59.768
456.649
65.849
383.588
64.947
514.384
44.406
316.841
37.589
398.836
44.794
340.107
42.404
427.304
Abr
47.201
360.945
50.840
458.986
60.797
412.292
69.065
542.154
55.551
322.449
30.915
408.915
49.146
361.212
34.250
444.608
Mai
49.414
375.800
81.334
506.548
61.352
405.386
85.929
552.667
59.706
361.121
41.212
462.039
52.003
393.147
32.692
477.842
Jun
63.388
381.578
69.364
514.330
48.621
359.362
37.890
445.873
59.668
413.714
37.715
511.097
51.923
355.740
45.549
453.212
Jul
54.298
400.661
80.910
535.869
70.366
341.816
60.424
472.606
49.319
437.952
41.492
528.763
58.731
318.318
42.388
419.436
Ago
62.497
398.240
74.417
535.154
60.585
358.758
46.807
466.150
53.973
418.477
45.974
518.424
61.045
342.606
46.498
450.149
Set
61.226
447.489
73.242
581.957
62.538
392.472
41.063
496.073
52.085
386.379
58.586
497.050
50.490
320.764
55.026
426.281
Out
65.402
466.976
72.069
604.447
78.693
381.016
37.615
497.324
56.433
381.894
40.339
478.666
51.811
337.589
51.291
440.691
Nov
57.293
504.263
51.450
613.006
44.167
339.424
43.199
426.790
47.689
342.202
53.159
443.050
48.027
303.283
49.798
401.108
Dez
51.440
503.614
47.959
603.013
25.170
282.802
30.440
338.412
41.475
345.491
45.067
432.033
46.654
259.373
59.586
365.613
Total
647.046
4.875.793
780.125
6.302.964
680.564
4.458.596
626.280
5.765.440
604.613
4.265.885
483.167
5.353.665
593.194
3.919.985
529.457
5.042.637
Total Geral
6.302.964
5.765.440
5.353.665
5.042.637
Tabela 5.3.2.9 - COMERCIALIZAÇÃO DE FERRO-GUSA NO MERCADO INTERNO - MG
Ano
2004
2005
2006
2007
Tipo/Mês
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Fonte: Sindifer
Jan
36.090
186.969
20.758
243.817
41.454
170.393
16.968
228.815
39.198
109.033
18.831
167.062
32.631
99.121
21.969
153.720
Fev
31.230
195.907
16.939
244.076
36.120
161.323
17.253
214.696
39.697
180.350
19.602
239.649
29.530
215.824
14.921
260.275
Mar
39.511
191.319
18.768
249.598
43.125
217.248
20.208
280.581
49.127
267.207
20.119
336.453
34.712
229.500
21.343
285.555
Abr
36.184
192.626
17.378
246.188
41.456
259.400
16.729
317.585
37.966
96.588
14.797
149.351
32.555
266.516
17.437
316.508
Mai
40.134
209.473
20.361
269.968
34.507
212.704
19.591
266.802
42.581
214.948
20.191
277.720
40.260
250.616
19.029
309.905
Jun
40.984
223.462
20.749
285.195
37.022
112.063
15.275
164.360
37.890
232.710
14.859
285.459
34.050
203.658
17.152
254.860
Jul
45.972
200.554
20.831
267.357
32.227
136.365
16.671
185.263
34.711
276.048
13.336
324.095
38.350
229.119
12.153
279.621
Ago
42.688
185.044
23.209
250.941
37.655
151.101
15.577
204.333
37.444
242.980
21.791
302.215
42.791
209.898
24.927
277.615
Set
42.498
223.223
21.587
287.308
37.576
168.777
12.026
218.379
35.764
138.424
14.972
189.160
32.489
223.687
16.206
272.382
Out
45.112
137.196
29.298
211.606
38.823
118.353
23.301
180.477
33.679
239.201
27.180
300.060
40.028
106.659
17.098
163.785
Nov
46.026
141.519
21.278
208.823
33.225
80.931
12.727
126.883
32.992
227.455
16.025
276.472
46.543
179.930
22.500
248.974
Dez
32.707
242.624
17.830
293.161
29.042
80.926
11.973
121.941
26.560
171.555
13.778
211.893
35.939
120.381
15.792
172.112
Total
479.136
2.329.916
248.986
3.058.038
442.232
1.869.584
198.299
2.510.115
447.609
2.396.499
215.481
3.059.589
439.878
2.334.908
220.527
2.995.313
Total Geral
3.058.038
2.510.115
3.059.589
2.995.313
Tabela 5.3.2.10 - COMERCIALIZAÇÃO DE FERRO-GUSA NO MERCADO EXTERNO - MG
Ano
2004
2005
2006
2007
Tipo/Mês
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Nodular
Aciaria
Fundição
Total
Fonte: Sindifer
Jan
11.521
165.329
42.279
219.129
6.205
279.835
30.484
316.524
7.228
153.016
8.251
168.495
11.255
198.773
17.260
227.288
Fev
8.213
145.291
39.191
192.695
16.251
195.053
32.830
244.134
13.250
95.921
15.890
125.061
8.924
76.643
16.618
102.185
Mar
12.341
159.218
43.502
215.061
21.878
154.905
49.445
226.228
12.472
54.711
30.938
98.121
17.324
120.494
24.155
161.973
Abr
9.466
163.833
33.778
207.077
13.419
143.967
47.420
204.806
19.649
77.913
19.757
117.319
12.843
93.365
14.064
120.272
Mai
11.414
159.764
56.708
227.886
16.055
169.288
60.976
246.319
25.054
172.912
20.565
218.531
5.934
132.929
13.212
152.076
Jun
13.293
158.608
53.183
225.084
7.163
264.339
51.670
323.172
18.985
176.190
23.905
219.080
5.164
143.064
22.110
170.338
Jul
13.692
218.315
55.564
287.571
28.416
194.770
41.842
265.028
18.293
156.176
17.738
192.207
34.799
97.010
27.164
158.972
Ago
16.428
204.231
56.490
277.149
28.513
205.953
32.526
266.992
9.398
177.972
25.396
212.766
13.587
122.340
25.291
161.218
Set
21.198
192.737
44.184
258.119
10.422
222.719
29.352
262.493
8.183
257.739
34.266
300.188
7.744
88.753
34.167
130.664
Out
15.581
304.822
45.259
365.662
31.165
254.371
14.000
299.536
19.342
124.073
26.875
170.290
17.439
105.111
30.161
152.711
Nov
15.581
349.633
32.257
397.471
15.691
285.586
16.441
317.718
22.936
117.998
36.871
177.805
23.578
105.697
48.048
177.323
Dez
19.677
242.980
25.103
287.760
8.803
266.928
20.374
296.105
17.775
154.449
35.877
208.101
7.466
141.878
30.362
179.707
Total
168.405
2.464.761
527.498
3.160.664
203.981
2.637.714
427.360
3.269.055
192.565
1.719.070
296.329
2.207.964
166.057
1.426.057
302.613
1.894.726
Total Geral
3.160.664
3.269.055
2.207.964
1.894.726
AÇÕES DE APOIO DO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Para o desenvolvimento sustentável da indústria não-integrada de produção de
ferro-gusa e atendendo a uma solicitação dos setores envolvidos o Governo de
Minas Gerais criou e instalou:
•
Câmara Técnica de Silvicultura
•
Câmara Setorial da Indústria de Ferro-Gusa
Câmara Técnica de Silvicultura
Por meio de Resolução nº. 20/2003 foi instalada pelo Secretário de Estado de
Desenvolvimento Econômico a Câmara Técnica de Silvicultura com os seguintes
objetivos:
I. criar uma ação coordenada e co-partilhada dos diversos agentes
responsáveis pelo setor de silvicultura, em sinergia com as diretrizes
governamentais, visando potencializar as interseções, sem existência de
tendências predominantes, valorizando as lideranças;
II. apoiar e integrar as múltiplas ações locais, estaduais e federais para o
desenvolvimento do setor;
III. apoiar e incentivar ações visando eliminar os entraves burocráticos que
oneram o setor e nivelá-lo, em termos de recursos e facilidades, a outros
componentes do agro-negócio;
IV. sugerir o estabelecimento de mecanismos para a integração das ações de
órgãos e entidades públicas e particulares garantindo a unidade de
programas e otimização de recursos;
V.
apoiar e opinar sobre projetos de lei que digam respeito aos interesses do
setor;
VI. cadastrar as entidades não governamentais, instituições e associações
que atuem no setor de silvicultura;
VII. buscar estruturas de fomento e aporte financeiro e tecnológico para
qualificar e requalificar o setor e seus profissionais;
VIII. estimular debates, movimentos e ações de mobilização, que apóiem a
difusão dos produtos produzidos em nosso Estado;
IX. buscar formas de integrar o setor nos processos de internacionalização e
globalização de mercados.
Posteriormente, conforme ofício da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, de 25/05/2007, foi estabelecido um acordo, assumindo esta
Secretaria a coordenação desta Câmara, com a seguinte denominação: Câmara
Técnica de Desenvolvimento Florestal.
Câmara Setorial da Indústria de Ferro-Gusa
Por meio da Resolução 004 de 6 de fevereiro de 2006 foi instalada pelo Secretário
de Estado de Desenvolvimento Econômico a Câmara Setorial da Indústria de FerroGusa com os seguintes objetivos:
I. propor e sugerir a implementação de políticas, em sua área específica de
atuação, fixando diretrizes e prioridades para a consecução de ações e a
captação de recursos;
II. propor e sugerir a implementação de políticas públicas que promovam a
competitividade na área da Indústria de Ferro-Gusa pela qualidade e
eficiência, com sustentabilidade ambiental;
III. propor o estabelecimento de mecanismos para a integração das ações de
órgãos e entidades públicas e particulares, garantindo a unidade de
programas e otimização de recursos;
IV. apoiar e opinar sobre projetos de lei em tramitação e que digam respeito aos
interesses do setor;
V. articular e promover condições necessárias como aporte financeiro e
tecnológico para qualificar e requalificar o setor e seus profissionais;
VI. estimular debates, movimentos e ações de mobilização, que apóiem a difusão
das formas de trabalho do setor, no Estado de Minas Gerais;
VII. criar uma ação coordenada e compartilhada dos diversos agentes
responsáveis pelo setor, em sinergia com as diretrizes governamentais;
VIII. apoiar e incentivar ações visando a eliminar os entraves burocráticos que
oneram o setor e nivelá-lo, em termos de recursos e facilidades, ao que
houver de mais avançado em âmbito internacional;
IX. estudar alternativas que garantam a melhoria das condições comerciais,
logísticas, fiscais e tributárias visando a assegurar competitividade do setor,
tanto no mercado interno quanto no externo;
X. apoiar e incentivar as ações que visem garantir o suprimento sustentável de
matéria-prima vegetal.
PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA DE FERRO-GUSA
Pontos positivos:
●
Mercados como Estados Unidos, Europa e Japão abandonando o processo de
redução;
●
Mercado mundial puxado pelo desenvolvimento da China e Índia;
●
Aproveitamento de resíduos sólidos gerados;
●
Utilização de escória na fabricação de cimentos;
●
Proporcionar as vantagens da fotossíntese pelo plantio de florestas renováveis
Pontos que requerem aprofundamento de discussões:
●
Crédito de ICMS / Dificuldade de aproveitamento / Normatização mais ampla do
regulamento do ICMS;
●
Financiamentos para reflorestamentos;
●
Reposição florestal em Minas e estado de origem do carvão;
●
Legislação ambiental;
●
Viabilização da logística de transporte;
●
Infraestrutura portuária;
●
Minério de ferro – concentração
●
Taxa cambial
Fonte: Sindifer
Pontos Recomendáveis para análise do setor:
Setor:
1. Intensificar o reflorestamento;
2. Ampliar a aplicação de novas tecnologias;
3. Buscar a verticalização;
4. Ampliar a aplicação de tecnologia de carbonização mais limpa;
5. Aperfeiçoar os estudos para a viabilização econômica da utilização de
qualquer tipo de biomassa (madeira, coco de babaçu, casca de coco, capim
elefante, etc.) para a produção de carvão vegetal;
6. Co-geração de energia elétrica;
7. Implantar a injeção de finos de carvão vegetal;
8. Investir em sistemas de gestão de qualidade;
9. Investir no marketing de ferro-gusa / carvão vegetal.
Fonte: Ferro-gusa > Perfil Setorial - INDI
Tabela 5.3.2.11 - PROJETOS DE MIGRAÇÃO DE GUSA PARA ACIARIA
REGIÃO E EMPRESA
NORTE
Maragusa
MMX
Sinobras
Usipar
CENTRO OESTE
Cia siderúrgica do Planalto
MMX
Fergosul
SUDESTE
Cisam
Siderpita
SUL
Hiibner
Fonte: SBB
CAPACIDADE E PRODUTOS
PROGRAMAÇÃO
500.000 t / ano tarugos
500.000 t / ano tarugos
300.000 t / ano
(fios máquinas e vergalhões)
2.000.000 t / ano placas
2009
em estudos
2009
400.000 t / ano (longos)
Não definido
Não definido
Em estudos
2008
2009
250.000 t / ano tarugos
480.000 t / ano tarugos
120.000 t / ano
(longos especiais)
2009
em desenvolvimento ~ 2009
INTRODUÇÃO
Ferroligas são ligas de ferro e outros elementos, que têm por principal finalidade a
incorporação de elementos de liga aos aços e ferros fundidos.
Devido a razões técnicas e econômicas os elementos de liga são adicionados aos
aços ou em ferro fundido sob a forma pura ou sob a forma de ferroligas.
No Brasil são produzidos ferroligas à base de manganês, manganês metálico;
ferroligas à base de silício, silício metálico; ferroliga à base de cromo, cromo
metálico; ferroliga à base de níquel, níquel (eletrolítico); ferro nióbio e inoculantes.
Outros, como ferro-titânio, ferro-molibdênio, ferro-vanádio, ferro-tungstênio, ferrofósforo e ferro-boro são importados.
- Minerais encontrados no Brasil / Minas Gerais utilizados na produção de ferroligas.
(Fonte: DNPM – Sumário Mineral 2008)
CROMO
Tabela 5.3.3.1 –
As reservas mundiais de minério de cromo (medidas e indicadas) em Cr2 O3 contido,
são da ordem de 1,8 bilhões t.
O Brasil, praticamente o único produtor de cromo no continente americano, continua
com uma produção modesta, da ordem de 0,3% das reservas. No contexto mundial
o Brasil participa com 1,3% da oferta de cromita.
As reservas Brasileiras são da ordem de 14,2 milhões de toneladas de Cr2O3
contido, sendo que 87,2% das reservas estão localizadas na Bahia (Campo
Formoso e outros). Os demais estados que possuem reservas de cromo são o
Amapá (Marzagão) – 9,4% e Minas Gerais (Alvorada de Minas) – 3,4%.
MANGANÊS
Tabela 5.3.3.2 –
As reservas mundiais de manganês atingiram a cifra de 5,6 bilhões de toneladas. O
Brasil detém 570 milhões de toneladas, o que equivale a 10%. E a produção
brasileira, perdendo a liderança da produção mundial para a África do Sul, que em
2007 foi de 2,3 milhões ou 20,4% atingiu 1,8 milhões de toneladas ou 16,6%.
NIÓBIO
Tabela 5.3.3.3 -
As reservas mundiais são da ordem de 4,2 milhões de toneladas, estando no Brasil
a maior parte (98%) concentradas em Minas Gerais e a produção brasileira de 134,0
mil toneladas, em 2007. A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM),
de Minas Gerais foi responsável por 90,3% do total de divisas geradas por
exportações de produtos à base de nióbio, ficando a Anglo American do Brasil (GO)
com o restante.
NÍQUEL
Tabela 5.3.3.4 -
O Brasil classifica-se na 1ª posição em reservas mundiais de níquel distribuídos
entre os Estados de Goiás (40%), Pará (33,3%), Piauí (23,7%), Minas Gerais (2,5%)
e São Paulo (0,5%). A produção nacional participou com 3,44% do total ofertado,
sendo Goiás responsável por 92,2% e Minas Gerais com os 7,8% restantes.
- TIPOS DE FERROLIGA - SUMÁRIO DA APLICAÇÃO
•
Ferro Cromo Alto Carbono
É usado na produção de uma grande variedade de aços e ligas especiais. Tem
como característica básica a presença de carbono acima de 4%.
Suas principais utilizações ocorrem na produção de aços resistentes à corrosão,
aços de alta liga (indústria automobilística), anti-oxidação e na produção de aços
inoxidáveis.
Os aços inoxidáveis são utilizados na indústria de alimentos, produtos químicos,
celulose, petróleo, nos produtos da chamada linha branca, utensílios domésticos,
construção civil, etc.
•
Ferro Cromo Baixo Carbono
É usado na produção de aços para corrigir os teores de cromo sem provocar
variação, indesejáveis no teor de carbono. Tem como característica básica a
presença de carbono de no máximo 0,15%.
A sua utilização industrial é a mesma do FeCrAC ou seja, na produção de aços
inoxidáveis, que têm larga aplicação nas indústrias de bens de consumo.
•
Ferro Silício 75
O FeSi75 standard é utilizado na produção de aço como desoxidante e elemento
de liga; na indústria de fundição como agente grafitizante. Além disso, aumenta a
resistência elétrica, à corrosão e à tração do aço, prejudicando, entretanto, a
capacidade de soldagem do mesmo.
O FeSi HP (alta pureza) é usado na fabricação de aços ao silício de grão
orientado e grão não orientado.
Os aços grão orientado são utilizados para a fabricação de transformadores de
potência e de distribuição de energia elétrica.
Os aços de grão não orientado são utilizados para a fabricação de geradores de
usinas hidrelétricas, motores elétricos, compressores herméticos para geladeiras,
freezers e aparelhos para ar condicionado.
•
Ferro Silício Cromo
É usado como elemento redutor na fabricação de ferro cromo baixo carbono e
em aços para adição de cromo e silício.
Fonte: Ferbasa
•
Ferro Nióbio
O Nióbio é adicionado ao aço liquido forma de ferro-nióbio (FeNb).
A aplicação mais importante do nióbio é como elemento de liga para conferir
melhoria de propriedades em produtos de aço especialmente nos aços de alta
resistência e baixa liga, usados na fabricação de automóveis e de tubulações
para transmissão de gás sob alta pressão. Vem a seguir seu emprego em
superligas que operam a altas temperaturas em turbinas de aeronaves a jato. O
nióbio é também adicionado ao aço inoxidável utilizado em sistema de
escapamento de automóveis e ainda na produção de ligas supercondutoras de
nióbio – titânio, usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de
ressonância magnética. Encontra aplicação também em cerâmicas eletrônicas e
em lentes para câmeras.
Fonte: CBMM
•
Silício Metálico
Existem três tipos de silício metálico:
Grau eletrônico – Basicamente destinado para a indústria de semicondutores, é
a principal matéria-prima na produção de triclorosilanos, que são transformados
em células solares e componentes eletrônicos diversos.
Grau químico – É a matéria prima básica para a produção de silicones, usados
nas indústrias de materiais médicos, cosméticos, engenharia civil, eletrônica,
aeroespaciais e automotiva, entre outras.
Grau metalúrgico – Este tipo de silício metálico está presente em ligas de
alumínio para as indústrias metalúrgica, automotiva, aeronáutica, entre outras.
•
Ferro Manganês
É utilizado na fabricação de praticamente todos os tipos de aço, em virtude de
sua capacidade de dessulfurizar o aço líquido (retirar o enxofre) durante um
processo de produção e elevar a sua resistência mecânica. Em média, para cada
1% de manganês, a resistência à tração do aço cresce em 100 MPa.
•
Outros Ferroligas
Existe ainda um conjunto de outros ferroligas composto pela adição de ferro com
molibdênio, tungstênio, titânio, vanádio, etc.
Estas ligas são utilizadas como matéria-prima para a produção de aços
especiais.
EMPRESAS PRODUTORAS DE FERROLIGAS
O parque industrial de ferroligas no Brasil possui 20 empresas com 83 fornos e
potência total de 1225 MVA. O setor emprega milhares de pessoas e gera ainda
empregos indiretos nas atividades de mineração, reflorestamento, produção de
carvão vegetal, transporte, etc. As usinas concentram-se na Região Sudeste,
principalmente no estado de Minas Gerais, onde encontram-se 17 empresas
com 64 fornos e potência total de 750 MVA.
Dos ferroligas empregados na siderurgia somente são produzidos em Minas
Gerais: FeSi75, FeSiMn, FeMn, FeNb, FeCaSi e Si Metálico. Os demais são
importados de diferentes países.
A Tabela 5.3.3.5 mostra as empresas produtoras de ferroligas em Minas Gerais
e respectivas ligas.
Tabela 5.3.3.5 - PRODUTORES DE FERROLIGAS E SILÍCIO METÁLICO EM MINAS GERAIS
CIA. FERROLIGAS MINASGERAIS –
MINASLIGAS
CIA. BRASILEIRA DE CARBONETO DE CÁLCIO –
CBCC
GRANHA LIGAS
PIRAPORA
SANTOS DUMONT
6
5
CONSELHEIRO
LAFAIETE
RIMA INDUSTRIAL S/A
6
1
6
x
117,0
X
1
X
X
2
2
BOCAIÚVA
1
1
x
FeNb
FeMn
FeSiMn
FeSi75
Si
Metálico
112,5
X
6
POTÊNCIA TOTAL
INSTALADA (MW)
x
1
CAPITÃO ENÉAS
OURO PRETO
4
5
SÃO JOÃO DEL REY
VÁRZEA DA PALMA
Nº. DE
FORNOS
FORNOS/PRODUTOS
D.I.
URBANA
LOCALIZAÇÃO
MUNICIPIO
RURAL
EMPRESAS
x
78,5
x
50,0
x
22,5
3
10
3
10
x
x
9,0
SANTA RITA DO
JACUTINGA
SÃO JOÃO DEL REI
1
1
x
5,0
3
3
3
33,0
ELETROLIGAS S/A
SÃO GOTARDO
1
1
X
4,0
NOVA ERA SILICON
NOVA ERA
3
3
SABARÁ
1
1
BARBACENA
VALE MANGANÊS
BOZEL MINERAÇÃO S.A
FeCaSi
FERTILIGAS
INONIIBRASINOCULANTES
PIRAPORA
2
2
x
74,4
1
x
15,0
ITALMAGNÉSIO NORDESTE
VÁRZEA DA PALMA
6
6
x
100,0
LIGAS DE ALUMINIO – LIASA
PIRAPORA
4
4
x
131,4
CIA BRASILEIRA DE FERRO LIGAS
RIO CASCA
1
1
x
PUIATTI&FILHOS IND. E COM. LTDA
BARROSO
1
1
x
PASSA TEMPO
2
2
x
FERLIG. FERRO LIGAS S/A
LIGAS GERAIS IND. E COMÉRCIO LTDA
CIA BRASILEIRA DE MET. E MINERAÇÃO - CBMM
SÃO JOÃO DEL REI
1
1
ARAXÁ
4
4
3,5
7,0
x
12,0
X
EMPRESA: BOZEL MINERAÇÃO S.A
BR 265 - km 264 - Vila Jardim São José
36309-560 - São João del Rei – MG
A Bozel possui 3 fornos elétricos e é a única produtora brasileira de ferro cálcio
silício.
Fonte: www.bozel.com
EMPRESA: COMPANHIA BRASILEIRA CARBURETO DE CÁLCIO – CBCC
Rua Voluntários da Pátria, 45 – sala 1304
Bairro Botafogo
22290-070 - Rio de Janeiro – RJ
Unidade produtiva:
Santos Dumont – MG
A CBCC possui 5 fornos elétricos para produção de silício metálico.
EMPRESA: COMPANHIA BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO –
CBMM
Rua Pequetita, 111
04552-902 - São Paulo – SP
A CBMM, com a unidade produtiva em Araxá – Minas Gerais, é a única produtora de
nóbio com presença em todos os segmentos do mercado. Possui subsidiárias na
Europa – CBMM, Europe BV – Amsterdam, Ásia – CBMM Ásia Ptecingapura e na
América do Norte – Reference Metals Company Inc. Pittsburgh.
Auto-sustentável em matéria prima, a empresa disponibiliza os seguintes produtos,
obtidos em seus 4 fornos elétricos.
Ferro Nióbio, Ferro Nióbio de Alta Pureza, Níquel Nióbio, Óxido de Nióbio de Alta
Pureza, Óxido de Nióbio Grau Ótico, Nióbio Metálico (Grau Comercial e Grau
Reator), Nióbio-Zircônico (Grau Comercial e Grau Reator)
Fonte: www.cbmm.com.br
EMPRESA: COMPANHIA BRASILEIRA DE FERROLIGAS
Rio Casca – MG
A companhia Brasileira de Ferroligas, localizada em Rio Casca- MG opera com um
forno elétrico para a produção de FeMn.
EMPRESA: ELETROLIGAS LTDA
Estrada da Usina - Km 03
Zona Rural
São Gotardo – MG
Fundada em 1983, a Eletroligas Ltda é uma indústria de ferroligas que atua na
produção de FeMn Alto Carbono, operando com 3 fornos elétricos.
Fonte: www.eletroligas.com.br
EMPRESA: FERLIG FERROLIGAS S.A
Passa Tempo – MG
A Ferlig localizada em Passa Tempo – MG opera com um forno elétrico para a
produção de FeMn.
EMPRESA – FERTILIGAS
Sabará – MG
A Fertiligas localizada em Sabará – MG opera com um forno elétrico para a
produção de FeMn.
EMPRESA – GRANHA LIGAS
Rua Ribeiro Bastos, 142 – Centro
36307-354 - São João Del Rei – MG
- Unidade I - São João Del Rei
Rodovia BR 265 – Km 2 – Estrada dos Moinhos
36300-000 - São João Del Rei – MG
- Unidade II – Conselheiro Lafaiete
Rodovia BR 040 – Km 624 – Barreiro
36400-000 - Conselheiro Lafaiete – MG
A Granha Ligas, com suas duas unidades de produção, é responsável pela
produção de 2.000 toneladas/ mês de ferroligas de manganês e carvão vegetal de
eucalipto usado como redutor.
Fonte: Catálago “Granha Ligas”
EMPRESA: INONIBRÁS INOCULANTES E FERROLIGAS NIPO-BRASILEIROS
S.A.
Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2504 – Cj. 152
São Paulo – SP
- Unidade produtiva:
Pirapora – MG
A Inonibrás opera com 2 fornos elétricos para a produção de Fe Si 75.
EMPRESA: ITALMAGNÉSIO NORDESTE S.A
Av. Nossa Senhora de Sabará, 2.077
046685-004 - São Paulo – SP
- Unidade Produtiva
Várzea de Palma – MG
A Italmagnésio opera com 6 fornos elétricos para a produção de Fe Si 75 e ligas de
MG.
EMPRESA: LIGAS DE ALUMÍNIO S.A – LIASA
Av. Contorno, 1.977 – Floresta
30110-009 - Belo Horizonte – MG
- Fábrica:
Av. Dr. José Patrus de Sousa, 1000
39270-000 - Pirapora – MG
A LIASA foi estabelecida em 1966 e é a pioneira na produção de Silício Metálico na
América Latina, que se iniciou em 1972. A planta opera com 4 fornos elétricos de
redução, sendo os 2 primeiros projetados pela ELKEN e os 2 posteriores pela
Mannesmann Demag, possuindo uma capacidade instalada de 97 MVA.
A capacidade de produção é de 46 mil toneladas por ano de silício metálico de alta
qualidade. Este produto se aplica na industria química para produção de silicone,
como semi-condutor para usos na eletrônica e na fundição de alumínio primário para
produzir ligas especiais de alumínio, onde são requeridos baixos teores de ferro e
cálcio.
Fonte: www.liasa.com.br
EMPRESA: LIGAS GERAIS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
Rodovia BR-265 - km 264
Distrito Industrial
36315-000 - São João Del Rei – MG
A Ligas Gerais é especializada na produção e comercialização de ferroligas, ligas
especiais e insumos para metalurgia de não ferrosos, siderurgia e refratários, com
uma capacidade produtiva de 2.200 toneladas/ mês de ligas metálicas.
Iniciou a sua produção em março de 1999 (Matozinhos – MG) e na sua atual
unidade (São João Del Rei), que produz ligas de silício em um forno de 30 MVA de
capacidade.
Fonte: Catálogo “ Ligas Gerais”
EMPRESA MINASLIGAS – COMPANHIA FERROLIGAS DE MINAS GERAIS
Rua Paraíba, 1122 - Funcionários
30130–141 - Belo Horizonte – MG
- Fábrica:
Av. Oeste, 1120
Distrito Industrial Ministro Jorge Vargas
39270–000 - Pirapora – MG
A MINASLIGAS iniciou suas atividades em 1980 e possui atualmente 6 fornos,
totalizando uma capacidade instalada de 112,5 MVA, o que permite uma produção
anual de até 60.000 t de Ferro Silício 75 e de 20.000 t Si Metálico, além de um
volume expressivo de Microsílica. É a maior fabricante brasileira de Ferro Silício 75.
A empresa é auto suficiente de carvão vegetal – matéria prima utilizada como
redutor nos fornos elétricos – e possui uma jazida de quartzo – matéria prima para a
produção de ferro silício.
Fonte: www.minasligas.com.br
EMPRESA: NOVA ERA SILICON S.A
Mina de Piçarrão, S/Nº
35920-000 - Nova Era – MG
A Nova Era Silicon iniciou a sua produção em outubro de 1985 e atualmente tem
uma capacidade nominal de 45.000 toneladas/ ano de Fe Si 75%, operando três
fornos elétricos com uma capacidade de 74,4 MVA.
Fonte: Catálogo “Nova Era Silicon”
EMPRESA: PUIATTI & FILHOS IND. E COM. LTDA
Barroso – MG
A Puiatti localizada em Barroso – MG opera com um forno para a produção de
FeMn.
EMPRESA – RIMA INDUSTRIAL S.A
Anel Rodoviário Km 4,5
30622-910 - Belo Horizonte – MG
A RIMA Industrial S.A foi fundada em 1987 e, atualmente lidera no Brasil a produção
e a comercialização de ligas à base de silício, sendo o maior produtor nacional e o
quarto mundial de Silício Metálico. Possui a segunda maior Fundição sob Pressão
de Magnésio do mundo, além de ser a única produtora de magnésio primário da
América Latina. Situada em Minas Gerais, possui três unidades industriais (Capitão
Enéas, Várzea da Palma e Bocaiúva), além das reservas próprias de quartzo com
alta pureza, para produzir às ligas à base de silício e dolomita, matéria-prima
empregada na fabricação de magnésio e suas ligas.
Nas suas três unidades industriais produz:
Silício Metálico (Graus: metalúrgico Extra Alta Pureza, Químico e Micromizado),
Magnésio e Ligas de Magnésio, Cálcio Silício e Ligas de Cálcio Silício, Ferro Silício
Magnésio, Ferro Silício 75%, Inoculantes, Ferro Ligas Especiais em Cored Wire e
fundição sob pressão de Magnésio.
Fonte: www.rima.com.br
EMPRESA: VALE MANGANÊS S.A
Av. de Ligação, 3580 - Prédio 3
34000-000 - Nova Lima – MG
A VALE MANGANÊS S.A foi constituída em 2003, a partir dos ativos da SIBRA –
Eletro-siderúrgica Brasileira S.A. e incorporando, em 2004, a Companhia Paulista de
Ferroligas (CPFL). São quatro plantas produtoras de ferro manganês em Minas
Gerais (Barbacena, Ouro Preto, Santa Rita e São João del Rei).
Em 2008 foram comercializadas 759 mil toneladas de minério de manganês.
PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO BRASILEIRA DE FERROLIGAS
A Tabela 5.3.3.6 mostra a evolução da produção brasileira de ferroligas no período
de 2000 a 2008. Observa-se que enquanto, entre 2007 e 2006, houve uma variação
positiva de 13,5%, entre 2008 e 2007 a variação caiu para 3,9%, reflexo da crise
econômica mundial do último trimestre de 2008.
Tabela 5.3.3.6 - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO – BRASIL
Unidade/t
FERROLIGAS
Fe Mn AC
Fe Si Mn
Fe Mn MC/BC
Ferroligas a base de
Manganês
Fe Si 75%
Fe Si 45%
Si Metálico
Ferroligas a base de Silício
Fe Cr AC
Fe Si Cr
Fe Cr BC
Ferroligas a base de Cromo
Fe Ni AC
Fe Ni BC
Ferroligas a base de Níquel
Fe Si Mg
Fe Si Zr
Fe Nb
Inoculantes
Ligas Especiais
Ferroligas Especiais
TOTAL
Fonte: ABRAFE
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
88.845
171.304
32.432
292.581
66.111
180.235
29.905
276.251
188.735
1.200
166.344
356.279
124.227
7.790
10.335
142.352
0
19.315
19.315
9.658
0
27.359
20.232
35.190
92.439
902.966
159.345
ND
112.123
271.468
76.951
5.899
7.477
90.327
0
17.966
17.966
11.032
0
37.411
14.684
16.623
79.750
735.762
2008
126.680
182.731
29.755
339.166
124.418
261.658
52.317
438.393
122.409
285.629
57.562
465.600
209.481
341.565
47.602
598.648
61.434
198.753
ND
260.187
135.757
225.373
ND
361.130
149.882
238.128
ND
388.010
%
08/07
10.4
5,6
ND
7,4
145.910
ND
133.390
279.300
118.701
10.522
4.474
133.697
0
19.874
19.874
14.552
ND
36.450
11.100
25.300
87.402
859.439
156.824
ND
180.937
337.761
160.816
8.151
10.441
179.408
0
19.378
19.378
14.040
ND
37.303
18.300
38.559
108.202
1.083.142
177.245
ND
219.813
397.058
158.222
11.560
19.054
188.836
0
20.338
20.338
37.031
ND
35.863
31.988
45.868
150.750
1.222.582
199.856
ND
229.294
429.150
140.304
15.429
14.570
170.303
0
23.707
23.707
43.980
ND
58.616
33.885
42.588
179.069
1.400.877
196.814
ND
226.380
423.194
113.293
8.221
17.699
139.213
0
28.865
28.865
31.314
ND
60.826
32.230
44.280
168.650
1.020.109
196.403
ND
225.120
421.523
141.427
12.943
13.170
167.540
0
29.171
29.171
30.221
ND
71.676
31.537
45.330
178.764
1.158.128
182.790
ND
ND
402.38
163.052
13.674
22.598
199.234
0
26.694
26.297
30.808
ND
81.591
26.605
47.849
186.853
1.203.269
-6,9
ND
ND
-4,5
15,3
5,7
71,6
19,0
0,0
-8,5
-8,5
1,9
ND
13,8
-15,6
5,6
4,5
3,9
Tabela 5.3.3.7 - EVOLUÇÃO DAS VENDAS INTERNAS
Unidade/t
FERROLIGAS
Fe Mn AC
Fe Si Mn
Fe Mn MC/BC
Ferroligas a base de
Manganês
Fe Si 75%
Fe Si 45%
Si Metálico
Ferroligas a base de Silício
Fe Cr AC
Fe Si Cr
Fe Cr BC
Ferroligas a base de Cromo
Fe Ni BC
Ferroligas a base de Níquel
Fe Si Mg
Fe Si Zr
Fe Nb
Inoculantes
Ligas Especiais
Ferroligas Especiais
TOTAL
Fonte: ABRAFE
1998
1999
2000
2001
2002
73.631
94.108
18.104
185.843
53.849
87.914
20.517
162.280
50.078
104.289
22.363
176.730
47.348
102.559
23.812
173.719
67.244
116.938
25.758
209.940
80.093
132.667
42.100
254.860
64.857
137.284
33.256
235.397
59.428
4.796
10.430
74.654
51.729
106
6.911
58.746
17.732
17.732
7.147
150
1.434
2.519
69.758
6.211
13.170
89.139
77.200
427
8.616
86.243
16.998
16.998
4.393
114
1.260
5.815
5.787
17.369
372.029
80.191
0
18.643
98.834
88.524
442
10.018
98.984
12.659
12.659
5.139
0
1.197
8.010
11.141
25.487
412.694
80.231
0
11.483
91.714
98.151
565
8.575
107.291
15.166
15.166
6.825
0
1.511
7.201
6.500
22.037
409.917
79.700
0
17.459
97.159
109.931
379
9.842
120.152
17.031
17.031
5.100
0
1.859
5.700
6.000
18.659
462.941
81.592
0
16.036
97.628
146.349
513
11.402
158.264
15.046
15.046
5.973
0
2.195
6.388
7.000
21.556
547.354
87.619
0
20.927
108.546
140.386
168
16.741
157.295
17.635
17.635
11.024
0
2.475
10.421
8.363
32.283
551.156
11.250
348.225
2003
2004
2005
2006
2007
65.087
134.719
35.000
234.806
87.468
188.234
ND
275.702
109.012
242.753
ND
351.765
%
07/06
24,6
29,0
ND
27,6
72.619
0
26.316
98.935
127.579
16
17.077
144.672
19.480
19.480
12.035
0
2.956
11.211
8.720
34.922
532.815
72.363
0
31.938
104.301
127.245
26
14.434
141.705
25.050
25.050
9.496
0
3.566
10.240
9.100
32.402
579.160
78.303
0
34.010
112.313
125.507
49
13.633
139.189
22.279
22.279
12.545
0
3.791
7.351
8.920
32.607
658.153
8,2
0
6,5
7,7
-1,4
88,5
5,5
-1,8
-11,1
-11,1
32,1
0
6,3
-28,2
2,0
0,6
13,6
Tabela 5.3.3.8 - EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES
FERROLIGAS
Fe Mn AC
Fe Si Mn
Fe Mn MC/BC
Ferroligas a base de
Manganês
Fe Si 75%
Fe Ca Si e outras
Si Metálico
Ferroligas a base de Silício
Fe Cr AC
Fe Si Cr
Fe Cr BC
Ferroligas a base de
Cromo
Fe Ni BC
Ferroligas a base de Níquel
Fe Nb
Fe Mo
Fe V
Fe Ti
Fe W
Fe P/ Fe B
Ligas Especiais
Ferroligas Especiais
TOTAL
Fontes: SECEX/DTIC
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Unidade/t
2008
42.640
80.803
9.974
133.417
15.841
65.633
6.360
87.834
58.216
77.903
10.524
146.643
40.325
124.213
11.137
175.675
41.725
101.519
11.716
154.960
49.861
115.221
10.254
175.336
30.094
68.509
18.913
117.516
19.772
67.236
15.107
102.115
30.414
60.366
12.720
103.500
%
08/07
53,8
-10,2
-15,8
1,36
159.521
22.677
154.009
336.207
25
110
135
93.852
16.379
105.538
215.769
4
0
140
144
81.403
22.414
148.040
251.857
185
0
241
426
96.665
18.594
182.943
298.202
27
0
128
155
97.366
22.011
202.372
321.749
148
0
511
659
99.447
13.696
194.644
307.787
116
0
25
141
112.144
14.859
196.033
323.036
185
1
53
239
98.839
17.440
203.876
320.155
4.779
0
2.380
7.159
78.821
22.110
185.350
286.281
33.201
1.624
34.825
-20,3
26,8
-9,1
-10,6
594,7
-31,8
386,5
6.656
6.656
27.936
0
12
0
0
0
29.113
57.061
533.476
2.518
2.518
28.429
3
9
52
0
0
25.852
54.345
360.610
3.401
3.401
31.256
12
13
52
0
0
22.865
54.198
456.525
3.332
3.332
33.689
7
14
10
ND
0
34.408
68.128
545.492
3.193
3.193
35.767
5
11
7
128
1
36.946
72.865
553.426
3.799
3.799
51.672
5
896
101
0
31.965
84.639
571.702
4.301
4.301
59.345
60
14
1.265
169
0
30.624
91.477
536.569
6.101
6.101
71.856
341
172
4.988
84
0
3.355
80.796
514.526
3.172
3.172
72.771
760
603
4.002
107
81
34.474
78.324
506.102
-48,1
-48,1
1,3
122,87
250,6
19,8
27,4
ND
-3,1
-1,6
Tabela 5.3.3.9 - EVOLUÇÃO DAS IMPORTAÇÕES
Unidade/t
FERROLIGAS
Fe Mn AC
Fe Si Mn
Fe Mn MC/BC
Ferroligas a base de
Manganês
Fe Si 75%
Fe Si 45%
Fe Ca Si e outras
Si Metálico
Ferroligas a base de Silício
Fe Cr AC
Fe Si Cr
Fe Cr BC
Ferroligas a base de Cromo
Fe Ni AC/ BC
Ferroligas a base de Níquel
Fe Nb
Fe Mo
Fe V
Fe Ti
Fe W
Fe P/ Fe B
Ligas Especiais
Ferroligas Especiais
TOTAL
Fontes: SECEX/DTIC
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
6.745
7
1.307
8.059
17.774
77
10.142
27.993
6.357
65
7.655
14.077
5.721
625
9.702
16.048
6.341
1.175
11.413
18.929
5.010
1.469
15.616
22.095
6.848
1.457
17.908
26.213
7.009
1.376
29.174
37.559
9.263
7.558
19.816
36.637
%
08/07
32,2
449,3
-,32,1
-2,5
129
0
457
1.224
1.810
2.148
60
8.481
10.689
120
120
0
863
1.350
2.442
486
431
480
6.052
26.730
1.964
0
530
1.430
3.924
1.829
40
5.353
7.222
81
81
0
851
1.503
2.186
322
359
395
5.616
44.836
699
0
327
2.619
3.645
1.682
1
7.239
8.922
195
195
5
855
1.120
2.134
338
0
464
4.916
31.755
2.097
0
238
2.427
4.762
906
0
9.681
10.587
317
317
0
1.031
1.326
2.300
424
0
1.575
6.656
38.370
8.595
0
1.970
6.944
17.509
923
4
12.442
13.369
17
17
5
1.382
1.346
2.009
475
1.059
1.060
7.336
57.160
10.512
0
907
6.694
18.113
786
4
10.408
11.198
33
33
0
1.164
1.402
1.897
425
743
1.042
6.673
58.112
7.972
0
1.839
10.316
20.127
8.730
33
14.693
23.456
661
661
0
1.440
1.632
655
336
0
2.707
6.770
76.227
10.811
0
3.430
12.168
26.409
11.862
5
13.026
24.893
2.466
2.466
0
1.298
1.711
766
603
0
4.451
8.829
100.156
23.934
0
6.475
20.106
50.515
4.632
536
6.432
11.600
5.644
5.644
3
895
1.899
631
377
628
2.200
6.633
111.029
121,4
0
88,8
65,2
91,3
-61,0
ND
-50,6
-53,4
128,9
128,9
ND
-31,1
11,0
-17,6
-37,5
ND
-50,6
49,0
10,8
Consumo Específico de Matérias Primas e Consumo de Energia Elétrica para a
Produção Brasileira
O consumo específico indicativo para a produção de 1t de alguns tipos de ferroliga
é:
Fe Si 75%
Si Metal
- Carvão vegetal: 4,34 m³
- Quartzo: 2,0 t
- Carepa: 290 kg
- Pasta eletródica: 58 kg
- Energia Elétrica: 8,0 MWh
- Carvão vegetal: 6 m³
- Quartzo: 2,8 t
- Madeira: 3,0 m³
- Eletrodo: 115 kg
- Energia: 11,5 MWh
A produção de Fe Si 75% é a maior consumidora de energia elétrica entre todas as
ferroligas. Assim, a liga de silício está atrelada à energia, que representa cerca de
40% a 50% do seu custo de produção, fato que torna o custo de produção de ferroligas altamente dependente das variações de fornecimento e custos energéticos.
Tabela 5.3.3.10 - CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
9.000.000
8.000.000
7.000.000
6.000.000
5.000.000
UNIT./UNIT.MWh
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
0
1999
ENERGIA ELÉTRICA
MWh
2000
2001
2002
2003
1999
2000
2001
2002
2003
5.463.844 6.393.614 5.277.536 5.621.976 6.631.764
2004
2004
7.096.689
2005
2006
2007
2005
2006
2007
2008
7.218.438 7.460.714 7.620.989 7.520.047
Mercado Consumidor – cotação
Em 2007, o parque produtor de ferroligas em Minas Gerais, o maior do país, operou
no ponto de equilíbrio de uma balança comercial. Uma vez que exportou cerca de
50% de sua produção, pesa a desvalorização do dólar frente ao real. Contudo, a
valorização do preço das commodities metálicas foi aumentada pela expansão da
demanda internacional.
O câmbio provoca uma grande preocupação no setor, seguido dos custos de
energia.
Apesar do crescimento dos setores de siderurgia (chapas) e fundição, elevado pelo
aquecimento das indústrias automotivas e de construção civil, a indústria de ferroligas teme expandir o nível de capacidade instalada, principalmente devido à
importação de produtos, sobretudo da China. As exportações de Minas Gerais têm
sido principalmente, para os Estados Unidos e Europa.
Sumário da Aplicação de Ferroligas nos Aços
Influência dos Elementos de Liga nos Aços
Resumidamente, pode-se afirmar que a incorporação de ferroligas aos aços visa a
melhoria de propriedades:
Melhoria de Propriedades Mecânicas:
•
Aumento da resistência do aço bruto de fabricação.
•
Aumento da tenacidade ou da plasticidade do aço, a uma dada dureza
mínima ou resistência.
•
Aumento da máxima secção permissível, que pode ser endurecida por
têmpera até o nível desejado.
•
Diminuição da capacidade de endurecimento por têmpera
•
Aumento da taxa de encruamento por trabalho a frio.
•
Diminuição da plasticidade, a baixas durezas, em proveito de melhor
usinabilidade.
•
Aumento da resistência à abrasão ou da capacidade de corte.
•
Diminuição da tendência ao empenamento e ao trincamento durante o
processo de obtenção de um certo grau desejável de dureza.
•
Melhoria de propriedades físicas tanto a altas, como a baixas temperaturas.
Melhoria de Propriedades Magnéticas:
•
Aumento da permeabilidade inicial e da indução máxima.
•
Diminuição da força coerciva, histerese e perdas (ferro magneticamente
“mole”).
•
Aumento da força coerciva e da remanência (ímas permanentes).
•
Diminuição de todas as respostas magnéticas.
Melhoria da Passividade Química:
•
Diminuição da ferrugem em ambientes úmidos.
•
Diminuição da oxidação pelo ar a elevadas temperaturas.
•
Diminuição do ataque por reagentes químicos.
Tabela 5.3.3.11 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS ELEMENTOS DE LIGA
Formar uma dispersão fina com oxigênio ou nitrogênio que restringe o crescimento de grão da
austenita
Formar uma camada endurecível por nitretação
Agente desoxidante
Aplicação em ligas magnéticas
Promover resistência ao amolecimento quando dissolvido na ferrita ou na austenita
Aumentar a resistência à corrosão e à oxidação
Aumentar a endurecibilidade
Contribuir para a resistência à abrasão em aços de alto C
Contribuir para resistência mecânica a altas temperaturas
Elevar a temperatura de crescimento dos grãos de austenita
Apresentar resistência ao amolecimento após o revenimento e propiciar dureza secundária
Formar partículas resistentes de carbonetos nos aços-ferramenta
Desenvolver dureza, a quente, em aços temperados e revenidos
Contribuir para a resistência à (“creep”) em ligas de aplicação a altas temperaturas
Aumentar a resistência dos aços de baixo carbono
Conferir resistência à corrosão aos aços de baixo carbono
Melhorar a usinabilidade dos aços de alto enxofre
Agente específico para formar sulfetos de forma não prejudical, mas que favorece a usinabilidade
Produzir aço de alto carbono, austenítico
Produzir aços Cr – Ni – Mn austeníticos de baixo carbono
Aumentar a resistência da ferrita mas diminuindo sua plasticidade
Elemento universalmente presente em chapas magnéticas, nas quais as composições de baixo C
contribuem para a produção de cristais e para o aumento de resistividade)
Contribuir para a resistência à oxidação de ligas resistentes ao calor
Aumentar a endurecibilidade de aços contendo outros elementos não endurecedores
Aumentar a resistência de aços temperados e revenidos e de aços perlíticos
Tornar austeníticos os aços de alto Cr
Conferir moderada ou alta endurecibilidade aos aços, requerendo baixa temperatura de
aquecimento no movimento e alta tenacidade neste estado
Aumentar a tenacidade de aços ferritico – perlíticos
Al
X
Cr Co Mn Mo Ni
P
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Si
Ti
X
X
X
W
X
V
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
PERSPECTIVAS
A indústria de ferroligas tem apresentado elevado crescimento nos últimos anos, por
conta da forte relação existente entre este setor e a siderurgia. Esta relação pode
ser vista no quadro que indica a quantidade de ferroliga usada na siderurgia e na
fundição.
Tabela 5.3.3.12 - ÍNDICES MÉDIOS DE CONSUMO
FERROLIGAS
Fe Mn AC
Fe Si Mn
Fe Mn MC/BC
Fe Si 75%
Fe Si 45%
Fe Ca Si
Fe Cr AC
Fe Si Cr
Fe Cr BC
Fe Ni
Fe Si Zr
Fe P
Fe Nb
Fe Ti
Fe Si Mg
SIDERURGIA kg/t aço
3,5
4,5
0,6
2,4
0,01
0,08
2,9
0,02
0,5
1,7
0
0,03
0,05
0,01
0,03
FUNDIÇÃO kg/t peça
8,6
2,3
0,4
9,4
3,1
0,5
5
0,04
1,1
0,2
0,06
0,5
0,08
0,05
5,7
Gráfico 5.3.3.1 - DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DO CONSUMO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
85% siderurgia
15% fundição
Complementando, pode-se ver no gráfico 5.3.3.2 o crescimento de 54% da demanda
mundial de aço no período de 2000 a 2007.
Gráfico 5.3.3.2 – DEMANDA MUNDIAL DE AÇO – Período 2000 a 2007
1,3
1,3
1,2
1,1
1
0,9
0,84
0,8
0,7
0,6
(em bilhão de toneladas)
0,5
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Fonte: Veja 23/07/2008
Mesmo com a adoção de inovações tecnológicas na produção de aços, como maior
utilização de metalurgia de panela, obtendo-se maior rendimento com redução da
adição de elementos de liga e aprimoramento de técnicas de laminação (laminação
controlada e “acelerated cooling”) e tratamentos térmicos, o consumo de ferroligas
apresentará uma tendência de crescimento, acompanhando a produção da
siderurgia.
Analogamente, com o setor de fundição apresentando um desempenho crescente,
proporcionado pelos números recordes da indústria automobilística, apresenta-se
uma situação promissora para o setor de ferroligas.
INTRODUÇÃO
A indústria de fundição de peças em ferro, aço e ligas não ferrosas consiste na fusão
de minerais metálicos com o objetivo de fabricar uma determinada peça ou produto
e agregar certas propriedades a este produto final.
Estando na forma líquida, as ligas derivadas de tal processo são colocadas em
moldes para reproduzir o formato das peças que se deseja produzir.
Os principais insumos utilizados são gusa, sucata, ferroligas, energia elétrica,
produtos químicos, areia de fundição e óleo combustível. Os produtos gerados são
utilizados por indústrias de diversos segmentos, sendo os mais importantes: a
indústria automobilística, siderurgia, bens de capital, indústria naval e ferroviária,
mineração e construção civil.
No Brasil existem cerca de 1250 empresas de fundição, com uma forte concentração
em São Paulo, com 34% do total; Minas Gerais com 25% e toda a Região Sul 26%.
LIGAS USADAS NA INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO
Ferro Fundido:
É uma liga de ferro com elementos à base carbono e silício. Os ferros fundidos
dividem-se em três tipos principais: cinzento, branco e modular.
Ferro Fundido Cinzento:
Entre os ferros fundidos é o mais comum, devido às suas características como baixo
custo (em geral, é fabricado á base de sucata), elevada usinabilidade, alta fluidez
(permitindo a fundição de peças com paredes finas e complexas) e facilidade de
fabricação.
Este tipo de material é utilizado em larga escala pela indústria de máquinas e
equipamentos, indústria automobilística, ferroviária, naval e outras.
Ferro Fundido Branco:
Menos comum que o anterior, é utilizado em peças, em que se necessite elevada
resistência à abrasão.
É utilizado na fabricação de equipamentos para montagem de minérios, pás de
escavadeiras e outros equipamentos similares.
Ferro Fundido Nodular:
É uma classe de ferro fundido que possui elevada dutilidade, próxima à do aço, e
boa usinabilidade.
É utilizado na indústria para a confecção de peças que necessitem de maior
resistência a impacto em relação aos ferros fundidos cinzentos, além de maior
resistência à tração e resistência ao escoamento.
Outras ligas também usadas na indústria da fundição são: aço, alumínio, cobre,
zinco e magnésio.
PRODUÇÃO MUNDIAL DE FUNDIDOS
A produção mundial de fundidos (base 2006 e 2007) é apresentada na tabela
seguinte, observando que o Brasil ocupa o 7º lugar. Observa-se uma troca de
posição da Rússia e do Japão, comparando os dois anos, enquanto que os demais
países conservam a mesma posição.
Tabela 5.3.4.1 – PRODUÇÃO MUNDIAL DE FUNDIDOS
(t)
PAÍSES
PRODUÇÃO
2006
CHINA
1º
28.094.168
EUA
2º
12.454.738
JAPÃO
3º
7.927.626
INDIA
4º
7.179.300
RÚSSIA
5º
6.900.000
ALEMANHA
6º
5.480.900
BRASIL
7º
3.087.045
ITÁLIA
8º
2.637.400
FRANÇA
9º
2.408.241
CORÉIA
10º
1.968.300
MÉXICO
11º
1.675.212
TAIWAN
12º
1.556.726
Fonte: Anuário ABIFA 2008-2009
2007
1º 31.269.630
2º 11.686.000
5º
6.960.765
4º
7.771.100
3º
7.800.000
6º
5.840.022
7º
3.249.573
8º
2.742.914
9º
2.471.700
10º 2.023.900
11º 1.675.212
12º 1.627.129
Nos últimos 5 anos a produção brasileira acumulou um crescimento de 48,3%,
ultrapassando 3.000.000 t.
Tabela 5.3.4.2 – PRODUÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE FUNDIDOS
(mt)
ANO
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2249
2830
2969
3087
3227
3355
PRODUÇÃO
Fonte: Anuário ABIFA 2009
A tabela seguinte mostra a produção e a capacidade instalada da indústria de
fundidos atual e uma projeção até 2013 (mt).
Tabela 5.3.4.3 – PRODUÇÃO E CAPACIDADE INSTALADA DA INDÚSTRIA
DE FUNDIDOS
(mt)
ANO
PRODUÇÃO
CAPACIDADE
INSTALADA
2007
3227
3700
Fonte: Anuário ABIFA 2009
2008
3355
4350
2009
2800
4350
2010
2950
4500
2011
3100
4500
2012
3300
4500
2013
3500
4500
PRODUÇÃO DE MINAS GERAIS DE FUNDIDOS
O setor de Fundição de Minas Gerais conta com um total de 379 empresas,
compreendendo cerca de 20.500 empregos diretos e cerca de 14.000 indiretos. A
região Centro Oeste (Divinópolis, Itaúna e Cláudio), abriga 71% das fundições
mineiras.
A produção de fundidos foi de 1.072.114 t em 2007, correspondendo a 30% da
produção nacional e situando em segundo lugar no Brasil. Em 2008 a produção
recuou para 890.000 t, correspondendo a uma queda de 17% em relação ao ano
anterior. A evolução da produção mineira foi:
Tabela 5.3.4.4 - EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO EM MINAS GERAIS
ANO
PRODUÇÃO
2002
560
2003
640
2004
940
2005
1069
2006
-
2007
1,07
(mt)
2008
890
A produção de 1.072.114t em 2007 corresponde à seguinte distribuição por metais
produzidos:
Tabela 5.3.4.5 - METAIS PRODUZIDOS EM 2007
Ferro
917.024 t
Alumínio 127.483 t
Aço
22.149 t
Bronze
3.763 t
Chumbo
1.530 t
Estanho
165 t
Fonte: SIFUMG
Quanto à energia utilizada temos:
42 empresas possuem fornos de indução;
69 empresas possuem fornos tipo cubilot;
21 empresas possuem fornos a gás;
78 empresas possuem fornos a óleo
Vale ressaltar que 98% das empresas de fundição mineiras são de classes
pequenas e médias.
MERCADO DE FUNDIDOS
O setor industrial de fundição do Brasil tem particularidades muito interessantes. O
setor é composto por cerca de 95% de pequenas e médias empresas e por 5% de
empresas verdadeiramente grandes.
A produção brasileira de fundidos destinou 87% para o mercado interno e 13% para
o mercado externo, em 2008.
A importação de fundidos em bruto atualmente é irrelevante, somente ocorrendo, em
poucos casos, via peças acabadas.
A distribuição setorial da produção brasileira mostra que o setor automobilístico
corresponde a 55%. Outros setores que merecem destaque são as indústrias de
bens de capital (18%), infraestrutura (5%) e siderurgia (2%).
Cerca de 20 a 25% da produção da indústria mineira destinam-se à exportação
atualmente, aproximadamente, 200 mil toneladas. Deste montante exportado, 80%
são destinados para a América do Norte, 15% para a Europa (Inglaterra, Espanha e
Itália) e 5% para a América do Sul.
A produção de Minas Gerais corresponde a 26,5% da do Brasil, sendo destinadas
60% para o setor automotivo.
Tabela 5.3.4.6 - EMPRESAS DE FUNDIÇÃO DE MINAS GERAIS
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
EMPRESA
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Alpha Placa e Fundição Ltda.
Alufec – Artigos de Alumínio e Ferro
Cometa Ltda.
Aluferro Indústria e Comércio Ltda.
Uberaba
Divinópolis
x
Divinópolis
Alugarden Ltda.
Alumforte Ltda.
Cláudio
Divinópolis
Alumínio Alvorada Ltda.
Divinópolis
x
Alumínio Condor Ltda.
Divinópolis
x
Alumínio Jr. Ltda.
Divinópolis
x
Alumínio Liderança Ltda.
Divinópolis
x
Alumínio Oeste Ltda.
Divinópolis
x
Alumínios Jaguar Ltda.
Alumínios Mineiro Ltda.
Alumínios Pala Ltda. Me
Artefatos de Alumínio Arco Íris Ltda.
Cláudio
Cláudio
Cláudio
Divinópolis
x
x
x
x
Itaúna
x
Cláudio
x
Asa Metalúrgica Indústria e
Comércio Ltda.
Belga Móveis Ltda.
Biriba Metais Ltda.
Black & Decker do Brasil Ltda.
Bob’s Indústria e Comércio Ltda.
Aço
Produção (t/ano)
2007
x
x
x
x
x
135
x
São Sebastião do
Paraíso
Uberaba
x
x
Uberlândia
x
TIPOS DE PRODUTOS
Fundição artística
Utensílios domésticos em
alumínio e ferro
Utensílios domésticos em
alumínio
Churrasqueiras
Utensílios domésticos em
alumínio
Chapas, discos e panelas
de pressão
Utensílios em alumínio
repuxado e fundido
Utensílios domésticos em
alumínio
Utensílios domésticos em
alumínio fundido
Utensílios domésticos e
alumínio leve
Utensílios domésticos
Móveis para jardim
Móveis para jardim
Utensílios domésticos em
alumínio leve e fundido
Peças e componentes para
luminárias em alumínio
Móveis para jardim em
alumínio e madeira
Metal
Eletrodomésticos e
ferramentas elétricas
Metalúrgicos e
agropecuários
EMPRESA
Brasil Minas Fundidos Ltda.
Brasil Verde Agroindustrial Ltda.
Brembo do Brasil Ltda.
Cia. Ind. de Produtos Siderúrgicos –
PROSIDER
COFERCOQ Ltda.
Comércio e Indústria de
Equipamentos Contra Incêndios
Ltda.
CPM – Comércio de Peças
Mecânicas
Crisfer Industrial Ltda.
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Cláudio
x
Conceição do Pará
x
Betim
Brumadinho
x
Divinópolis
x
Aço
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
x
Produção (t/ano)
2007
1.200
20.040
x
x
3.800
2.400
Santo Antonio dos
Campos
x
Divinópolis
x
Carmo da Mata
x
Fagor Fundição Brasileira Ltda.
Ferdil Produtos Metalúrgicos Ltda.
Fornac Forjas Nacionais Ltda.
Extrema
Divinópolis
Igarapé
x
Fulig – Fundição de Ligas Ltda.
Fumil - Fundição Mineira Ltda.
Divinópolis
Divinópolis
x
x
Fundiarte Fundição Artística de
Metais Ltda.
Fundiban Ltda.
Uberaba
Cláudio
x
Fundibrás Indústria e Comércio
Ltda.
Fundição Agulha Ltda.
Uberaba
x
Divinópolis
x
x
x
x
x
27.666
x
3.420
1.500
120
x
x
40
TIPOS DE PRODUTOS
Peças para indústria
mecânica e implementos
agrícolas
Peças fundidas, cinzento e
nodular
Auto peça
Peças diversas sob
encomendas
Peças mecânicas,
saneamento e utensílios
domésticos em ferro
Equipamentos hidráulicos
para segurança individual e
industrial
Peças para indústria
ferroviária
Tampões e grelhas em ferro
fundido
Auto peça
Contra peso
Peças mecânicas em aço,
carbono e manganês
Ferroviários
Utensílios domésticos em
ferro
Fundição Artística
Móveis para jardim em ferro e
alumínio
Tubos, conexões e bombas
para o setor petroquímico
Placas inaugurativas e
indicadores numéricos
EMPRESA
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Fundição Aléa Ltda.
Carmo da Mata
x
1.920
Fundição Alfa Ltda.
Cláudio
x
120
Fundação Altivo Ltda.
Fundição Alumiart Ltda.
Fundição Aluminas Ltda.
Fundição Ampla Ltda.
Contagem
Cláudio
Cláudio
Cláudio
x
x
Fundição Araguaia Ltda.
Cláudio
x
Fundição Artística de Sinos Uberaba
Ltda.
Fundição Asiminas Ltda.
Fundição Atlanta Ltda.
Uberaba
Fundição Barão de Cocais
Fundição Batista Indústria,
Comércio e Transporte
Fundição Boa Vista Ltda.
Fundição Califórnia
Fundição Carioca
Fundição Cataguases Indústria
Metalúrgica Ltda.
Fundição Cermica Indústria e
Comércio Ltda.
Fundição Cláudio Star Ltda.
Fundição Corradi S/A.
Fundição de Alumínio Divinópolis
Ltda.
Aço
x
Produção (t/ano)
2007
1.600
x
x
4.500
x
Cláudio
Cláudio
x
Barão de Cocais
x
Pará de Minas
x
2.400
Carmo da Mata
Itaguara
Carmo do Cajuru
Cataguases
x
x
x
x
1.200
1.700
x
Juiz de Fora
x
Cláudio
x
Itaúna
x
Divinópolis
x
1.440
x
TIPOS DE PRODUTOS
Grelhas, tampões em ferro
fundido cinzento e nodular
Grades coloniais, grelhas,
ralos e tampões
Peças em aço e ferro
Móveis em alumínio fundido
Móveis para jardim
Queimadores e grelhas
p/fogões, colar de tomada,
junta gibaut
Tampa de motor, conexões,
tubos e grelhas
Sinos
Móveis para jardim
Móveis para jardim em
alumínio
Peças mecânicas, disco e
concha p/roda pelta, peças p/
engenho
Auto peça
Ferro fundido cinzento
Auto peça, anilhas e halteres
Tampões e Grelhas
Peças automotivas e peças
para máquinas cerâmicas
Tarugo, bucha
Contra peso, tampões, peças
mecânicas sob encomenda
Lingoteiras, carcaças para
motores, engenho de açúcar
Utensílios domésticos em
alumínio
EMPRESA
Fundição Alumínio Minas Brasil
Ltda.
Fundição de Alumínio Minas Oeste
Ltda.
Fundição Diadema Ltda.
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Aço
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
Divinópolis
x
Carmo do Cajuru
x
Produção (t/ano)
2007
Cláudio
x
Dores do Campo
x
Cláudio
x
Carmo da Mata
x
Itaúna
x
Fundição Jodoal Ltda.
Cláudio
x
600
Fundição Libaneza Ltda.
Cláudio
x
1.105
Itaúna
x
Fundição Mariana Ltda.
Fundição Santa Bárbara Ltda.
Cláudio
Cláudio
x
x
1.000
Fundição Santa Clara Ltda.
Cláudio
x
1.600
Fundição Santa Edwirges Ltda.
Cláudio
x
Fundição Santa Terezinha Ltda.
Cláudio
x
3.687
Fundição Santana Ltda.
Cláudio
x
250
Fundição Dores de Minas Brasil
Ltda.
Fundição Fudminas Ltda.
Fundição Imperial Ltda.
Fundição Ita Ltda.
Fundição Líder Ltda.
1.400
TIPOS DE PRODUTOS
Utensílios domésticos em
alumínio
Utensílios domésticos em
alumínio
Grades coloniais, tampões e
grelhas
Espora, estriba de metal,
argolas, fivelas
Anilhas, halteres, barras,
aparelhos para ginástica em
geral
Grelhas, ralos e tampões
para saneamento
Peças sob encomenda em
ferro fundido
Tampões e grelhas para
saneamento, grades
Ralos, utensílios domésticos
e fogão industrial
Peças sob encomenda em
ferro fundido
Saneamento básico
Tampões, ralos, móveis para
jardim e utensílios
domésticos
Grelhas e tampões, caixas de
correio, peças mecânicas
Grelhas, ralos e tampões
para saneamento em geral
Grades, grelhas e tampões,
utensílios domésticos em
ferro
Utensílios domésticos e
peças mecânicas
EMPRESA
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Cláudio
Fundição Sideral Ltda.
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
Produção (t/ano)
2007
TIPOS DE PRODUTOS
x
800
Itaúna
x
19.100
Fundição União Ltda.
Cláudio
x
Fundição Unicláudio Ltda.
Cláudio
x
Fundição Vieira Ltda.
Cláudio
x
Fundição Wagjose Ltda.
Cláudio
x
Fundidos Minas Indústria e
Comércio Ltda.
Fundidos Unibrás Ltda.
Cláudio
x
Tampões para saneamento,
móveis para jardim
Contra peso, polias, carcaças
para o setor petroquímico
Móveis, utensílios
domésticos, peças
ornamentais
Peças de ferro fundido em
geral
Grelhas e tampões, peças p/
implementos agrícolas e
siderúrgicos
Conexões, tampões e grelhas
para saneamento
Móveis para jardim
Fundição São Cristóvão Ltda.
Aço
x
700
x
Cláudio
1.500
Fundigusa Comércio e Indústria
Ltda.
Fundimef Ind. Com. de Prod. Met.
Ltda.
Fundimig Ltda.
Itaúna
x
Cláudio
x
Fundmar Indústria e Comércio Ltda.
Cláudio
x
Fundvinte Ltda.
Cláudio
x
Fundvisa Ltda.
Cláudio
x
Linha esportiva e utensílios
domésticos
1.689
Placas de desgaste, coquilha,
cunhas de fricção
Ventaneiras e buchas
x
20.000
x
1.000
Auto peças, carcaças para
motores, peças para fogões
Grades coloniais, tampões e
grelhas, utensílios
domésticos
Grelhas, ralos, chapas,
grades, escada caracol,
móveis
Tampões para saneamento,
halteres, anilhas e contra
peso
Itaúna
x
2.450
EMPRESA
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Divinópolis
x
Funilar Indústria e Comércio Ltda.
Furaje Indústria e Comércio Ltda.
Belo Horizonte
Divinópolis
x
x
Fusari Indústria e Comércio Ltda.
Cláudio
x
Funfer Fundição de Ferro Ltda.
Gribbs Brasil Die Casting Ltda
Contagem
Imal Indústria Mecânica Automotiva
Ltda.
IMF Indústria Metalúrgica de
Fundidos Ltda.
Divinópolis
Indústria e Comércio Lusar Ltda.
Indústrias Metalúrgicas FRUM
Indústria Montalbam Ltda.
Aço
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
Produção (t/ano)
2007
2.129
x
x
x
x
Cláudio
x
1.200
x
300
Juiz de Fora
Extrema
x
Divinópolis
x
Intercast Ltda.
Itaúna
x
Itafundi Comércio e Indústria Ltda.
Itaúna
x
Itall Itaúna Alumínios Ltda.
Itaúna
x
65
Divinópolis
x
48
Jalice Comércio e Indústria de
Metais Ltda.
Lobofer Indústria e Comércio Ltda.
Mac Alumínio Indústria e Comércio
Ltda.
Carmo da Mata
Uberaba
x
x
x
16.402
TIPOS DE PRODUTOS
Peças mecânicas sob
encomenda
Cinzeiros e lixeiras
Fundição e usinagem de
metais ferrosos e não
ferrosos
Grelhas e tampões p/
saneamento básico e peças
sob encomenda
Componentes e peças em
alumínio
Auto peças, fundidos
diversos sob encomenda
Saneamento, construção
civil, ferramentas
Auto peças, prensas
hidráulicas
Tambor e disco de freio, cubo
de roda, algemas e suporte de
molas
Grelhas e Tampões para
saneamento
Conexões e válvulas para
saneamento, placas de piano
Hidrante, corpo de válvula,
flanges
Peças em alumínio para
indústria, fundidos não
ferrosos
Utensílios domésticos em
alumínio
Ralos, grelhas e tampões
Móveis em alumínio
EMPRESA
Magotteaux Brasil Ltda.
MBA Alumínios Ltda.
Mega Athual Indústria e Comércio
de Fundidos Ltda.
Mepal Metalúrgica Paraense Ltda.
Metal Metalúrgica Apolo Ltda.
Metalúrgica Argos Ltda.
Metalúrgica Belo Horizonte Ltda.
Metalúrgica Betim Ltda.
Metalúrgica Brasminas Ltda.
Metalúrgica Carola Alumínio Oeste
Ltda.
Metalúrgica Continental Ltda.
Metalúrgica Fernandes Ltda.
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Contagem
x
Aço
Itaúna
Cláudio
x
x
x
x
110
x
x
x
x
x
Divinópolis
120
x
Pará de Minas
x
Metalúrgica Jano Ltda.
Divinópolis
x
Metalúrgica Metalmig Ltda.
Metalúrgica Pinheiro Ltda.
Metalúrgica Rodrigues Ltda.
Cláudio
Divinópolis
Divinópolis
Metalúrgica Varb Ltda.
Microfund Indústria e Comércio
Ltda.
Divinópolis
Itaúna
x
TIPOS DE PRODUTOS
Bolas para moinhos, peças
resistentes ao desgaste,
correntes
Peças em alumínio para uso
doméstico
Produtos de fundição
x
Contagem
Belo Horizonte
Betim
Divinópolis
Carmo do Cajuru
Produção (t/ano)
2007
x
Para de Minas
Itaúna
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
Auto peças (discos e
tambores de freio)
Peças de desgaste para
siderurgia e mineração
Buchas, mancais, chapas de
desgaste em bronze
Peças em alumínio
Corpos moedores
Utensílios domésticos
Utensílios domésticos
Utensílios domésticos em
alumínio
Peças para cerâmica,
reposição para mineração
x
2.000
x
70
x
x
x
x
Barras de grelhas, polias em
aço carbono e inoxidável
Utensílios domésticos
Utensílios domésticos
Utensílios domésticos em
alumínio
Registros industriais
Fundição e usinagem de
metais não ferrosos
EMPRESA
Minaço S/A.
Minasca Metalúrgica e Fundição
Minas Cláudio Móveis Ltda.
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Belo Horizonte
Aço
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
x
Cláudio
Cláudio
x
Minasteel Fundição Ltda.
Divinópolis
x
Módulo Itaúna Ltda.
News Car Indústria e Comércio
Ltda.
Omielan Industrial e Comercial Ltda.
Itaúna
Divinópolis
x
Itaúna
x
Ornal Indústria de Ornamentos
Artísticos Ltda.
Divinópolis
x
Polimetal Ligas e Metais Ltda.
Contagem
x
Polimoldes Modelação e
Componentes Ltda.
Quality do Brasil Metais e Injetados
Ltda.
Contagem
x
Quality Fundidos Ltda.
Rad’s Componentes Ltda.
Saint Gobain Canalização Ltda.
Produção (t/ano)
2007
Tambor e disco de freio, cubo
de roda
Churrasqueiras
Móveis para jardim em
alumínio
x
x
x
Pará de Minas
500
168
x
x
x
Siderurgica São Sebastião de
Itatiaiuçu Ltda.
Somasa Indústria e Comércio Ltda.
Itatiaiuçu
x
Divinópolis
x
Tekfund Indústria e Comércio Ltda.
Cláudio
x
100
870
18.000
1.224
x
Peças para encomenda
Lingote de Alumínio
Peças mecânicas sob
encomenda, anilhas e
halteres
Utensílios Domésticos em
alumínio
Peças em alumínio gotão,
peças em alumínio estrela
Fundição de não ferrosos
x
Cláudio
Contagem
Itaúna
TIPOS DE PRODUTOS
800
Luminárias, cabeçotes para
eletrodutos, caixas de
passagem
Móveis em alumínio
Rotor e peças automotivas
Conexões e tampões para
saneamento
Contra peso, corpos
moedores
Anéis, rolos, revestimentos
para mineração
Ferramentas, Peças
Mecânicas, Peças
automobilísticas
EMPRESA
TIPOS DE LIGA
Alumínio
Cobre Outros
LOCALIZAÇÃO
Ferro
Aço
Betim
Betim
x
x
271.000
Cláudio
x
x
1.440
Thyssenkrupp Fundições Ltda.
Matozinhos
x
Thyssenkrupp Metalúrgica Santa
Luzia S/A.
Titan Fundições Ltda.
Santa Luzia
Teksid do Brasil Alumínio Ltda.
Teksid do Brasil Ltda.
Tenace Indústria e Comércio Ltda.
Produção (t/ano)
2007
x
x
Sete Lagoas
x
x
3.580
VDL Siderurgia Ltda.
Itabirito
x
x
4.500
Vilvio da Silva Pagliaro
Equipamentos Industriais
Uberaba
x
TIPOS DE PRODUTOS
Auto peça
Cabeçotes de alumínio,
coletores p/ indústria
automobilística, bloco de
motor
Conexões e tampões para
saneamento, marreta
Peças diversas em ferro
fundido
Peças automotivas
Tampões para saneamento,
contra peso para elevadores
Fundição de peças em aço e
ferro ligado mandíbulas para
britadores, chapas de
desgaste e peças sob
encomenda
Tubos e Conexões em ferro
Competitividade da Indústria Brasileira de Fundição
O setor é competitivo, do ponto de vista técnico, mas essa competitividade acaba
sendo afetada pelo “Custo Brasil”. Dispõe-se de tecnologia, conhecimento e
equipamentos com padrões similares aos dos países industrialmente mais
avançados. A indústria automobilística, principalmente, é muito exigente, o que
acarreta que o setor esteja capacitado para um perfeito entendimento.
A formação de mão de obra é um fator importante para o aprimoramento das
técnicas de trabalho e uma etapa fortemente em desenvolvimento no setor.Centros
de formação como a Escola de Fundição do SENAI Osasco (SP), Centro
Tecnológico de Fundição do SENAI (Centro de Fundição Marcelino Corradi) Itaúna
(MG) – este o principal centro tecnológico da América Latina na área de fundição –
capacitam os futuros profissionais e são referência assegurando a competitividade
do setor.
Perspectivas
Segundo dados do Sindicato da Indústria de Fundição no Estado de Minas Gerais as
indústrias de fundição estão mantendo um ritmo de crescimento e devem fechar o
ano com desempenho 8% superior ao registrado em 2007. Isto de deve ao bom
desempenho do setor de autopeças, que corresponde por 60% da produção, além
do aquecimento de segmentos como básico e fabricação de equipamentos. Este
bom desempenho ocasionado pela expansão da indústria automotiva nacional,
aliada à fragilidade de grande parte das fundições brasileiras, criou um cenário
atrativo para que grupos estrangeiros procurem oportunidades de negócio no País.
O principal alvo são as pequenas e médias empresas nacionais, que representam
95% das 1254 fundições do Brasil. Esta forte demanda por fusões e aquisições faz
com que as pequenas empresas nacionais sejam cobiçadas principalmente por
empresas Norte Americanas e Européias.
Também a ampliação da demanda internacional é outro fator importante para o
desenvolvimento das empresas mineiras.
Porém, a valorização do real em relação ao dólar (pois as exportações do setor
correspondem a cerca de 25% de produção), o preço crescente das matérias primas
(como ferro-gusa e outros ferroligas) elevados pelo mercado internacional e o custo
da energia são obstáculos que certamente afetarão o desempenho do setor.
A ABIFA prevê uma retração do mercado para o desempenho da fundição no Brasil
devido ao problema do câmbio e a concorrência com os grandes competidores
internacionais como os chineses e os indianos.
A implantação do setor automobilístico brasileiro iniciou-se em 1957 e consolidou-se
com o processo de abertura comercial e o conseqüente aumento da competitividade
interna. Até 1996 o setor compreendia nove fabricantes no Brasil: Agrale, Fiat, Ford,
General
Motors,
Mercedes
Benz,
Scania,
Toyota,
Volkswagen
e
Volvo.
Posteriormente, instalaram-se no país: Mitsubish, Pegeout, Citroen, Renault, Honda,
BMW, etc.
Este setor é de grande importância para a indústria siderúrgica do Brasil, pois teve
uma participação, de cerca de 25,5%, no consumo de aço em 2008, correspondendo
a 6.142.175 t de um total consumido no país de 24.050.000 t (Instituto Aço Brasil),
conforme mostra o gráfico 5.3 (ver pág 19).
Evolução do setor automotivo no consumo aparente de produtos siderúrgicos
(%), mostrado no Capítulo 5
O crescimento da indústria automobilística no Brasil, primeiro país a reunir as dez
maiores montadoras do mundo, além dos benefícios para os produtores de aço,
citados acima, também contribuiu decisivamente para fortalecer a indústria de
fundição que hoje destina 56% de sua produção ao setor (ABIFA).
Segundo a ANFAVEA, o setor automobilístico nacional apresentou um crescimento
de 8,2% na produção de 2008, em relação a 2007.
A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA EM MINAS GERAIS
Em Minas Gerais encontra-se o segundo pólo automotivo do Brasil. Atualmente tem
uma posição consolidada no setor, sendo responsável por 24,6% da produção
nacional de veículos.
Situam-se em Minas Gerais a Fiat (Betim), Fiat Iveco (Sete Lagoas), Fiat Motores
(Betim e Sete Lagoas) e Mercedes Benz (Juiz de Fora).
Para atender a todo o complexo Fiat e outras montadoras no Brasil, instalou-se em
Minas Gerais uma grande e importante rede de produtores de autopeças. São ao
todo 180 fábricas distribuídas em 35 municípios. Somente no entorno de Betim, em
um raio de 50km da montadora Fiat Automóveis concentram-se 110 unidades. No
sul de Minas situam-se 34 unidades. Nestes dois pólos estão localizadas 92% das
empresas instaladas em Minas Gerais.
Tabela 5.3.5.1 - NÚMERO DE EMPRESAS DE AUTOPEÇAS INSTALADAS POR
MUNICÍPIO
Cidade (número de empresas)
Cidade (número de empresas)
Cidade (número de
empresas)
1
Belo Horizonte (15)
13
Itaúna (1)
25
Paraisópolis (1)
2
Alfenas (1)
14
Jacutinga (1)
26
Passa Quatro (1)
3
Betim (32)
15
Juatuba (4)
27
Pitangui (1)
4
Cambuí (2)
16
Juiz de Fora (2)
28
Poços de Caldas (2)
5
Campanha (1)
17
Lagoa Santa (1)
29
Pouso Alegre (3)
6
Conceição dos Ouros (1)
18
Lavras (3)
30
Santa Luzia (2)
7
Contagem (31)
19
Machado (1)
31
Santa Rita do Sapucaí (1)
8
Extrema (3)
20
Mateus Leme (5)
32
São Joaquim de Bicas (4)
9
Governador Valadares (1)
21
Matozinhos (3)
33
Sete Lagoas (12)
10
Ibirité (4)
22
Nova Lima (1)
34
Três Corações (2)
11
Itabirito (1)
23
Ouro Fino (2)
35
Varginha (2)
12
Itajubá (7)
24
Pará de Minas (2)
Estas empresas constituem o setor de autopeças e acessórios (inclusive
carrocerias), atendendo o setor automobilístico propriamente dito (ônibus e
caminhões, veículos comerciais leves – camionetas e utilitários – e automóveis de
passeio) com os seguintes produtos:
- rodas para veículos rodoviários;
- longarinas para caminhões e ônibus;
- auto peças mecânicas;
- auto peças elétricas;
- silenciosos e escapamentos;
- tanques para combustíveis;
- filtros para óleo de ar;
- outras peças ou partes estampadas;
- carrocerias para ônibus, caminhões, basculantes e frigoríficos;
- carrocerias para veículos diversos
- truques e terceiros eixos;
- containers;
- engrenagens;
- transmissões;
- polias e volantes;
- rolamentos;
- molas;
- amortecedores;
- barras estabilizadoras;
- motores;
- direção;
- embreagens;
- câmbio;
- diferencial e semi-árvores;
- freios;
- parafusos e porcas
De acordo com o estudo “ A Nova Configuração da Cadeia Automotiva Brasileira”,
da Poli/ USP (2001), Minas Gerais apresenta um parque fabril diversificado
produzindo 60% das autopeças necessárias para a montagem de um veículo.
Segundo dados apresentados em “ A Indústria Brasileira de Autopeças – Sindipeças
2009”, o estado de Minas Gerais, correspondendo ao segundo lugar no Brasil,
registra:
Tabela 5.3.5.2 - A INDÚSTRIA DE AUTOPEÇAS - BRASIL E MINAS GERAIS
BRASIL
MINAS GERAIS
FATURAMENTO (2007)
US$ 35.053
US$ 3.638,5
(10,38%)
Nº DE EMPREGADOS (2007)
217.000
25.519 (11,76%)
UNIDADES INDUSTRIAIS (2007)
659
61 (9,26%)
EXPORTAÇÕES (2008)
US$ 10.071.303
US$ 889.296 (8,83%)
IMPORTAÇÕES (2008)
US$ 12.609.723
US$ 1.625.393
(12,89%)
Fonte: Sindipeças (Empresas Associadas)
A diversificação do parque industrial mineiro contribuiu para o aumento crescente
das exportações verificada a partir de 2001. a evolução da balança comercial pode
ser observada BA tabela, levando-se em conta a valorização do Real a partir de
2004.
Fornecimento de Chapas
As Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A - Usiminas é a maior fornecedora de
aços para a indústria automobilística nacional. Em parceria com as montadoras,
participa antecipadamente da especificação dos aços para os novos veículos, com o
objetivo de oferecer os melhores produtos para o cliente no momento em que estes
apresentam suas demandas. Em 2008 forneceu 1,9 milhão de toneladas de chapas
de aço para o setor automotivo (montadoras + autopeças) do Brasil, sendo que
destes, 340 mil toneladas destinaram-se ao setor em Minas Gerais.
Tabela 5.3.5.3 - EXPORTAÇÕES, IMPORTAÇÕES E BALANÇA COMERCIAL
AUTOPEÇAS 1996-2006
ANO
EXPORTAÇÃO
IMPORTAÇÃO
BALANÇA
1996
213.837.135
728.236.978
(514.399.843)
1997
372.548.114
920.800.258
(548.252.144)
1998
384.518.481
683.631.203
(299.112.722)
1999
268.853.451
718.859.001
(450.005.550)
2000
256.991.490
466.672.814
(209.681.324)
2001
279.011.307
454.929.443
(175.918.136)
2002
234.506.461
380.826.928
(146.320.467)
2003
262.260.776
295.485.843
(33.225.067)
2004
297.073.750
404.776.726
(107.702.976)
2005
363.865.501
484.293.912
(120.428.411)
2006
451.471.134
548.133.081
(96.715.947)
2007
490.604.979
959.390.727
(468.785.748)
2008
737.770.761
1.533.634.434
(795.863.673)
Fonte: Aliceweb – dados trabalhados pelo INDI
Minas Gerais exporta autopeças e componentes principalmente para os Estados
Unidos, Argentina, Itália, Venezuela e Turquia. E importa da Itália, Argentina,
Estados Unidos, Alemanha e Turquia.
Tabela 5.3.5.4 - A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DE MINAS GERAIS
PRODUTOS
SIDERÚRGICOS
FABRICANTES DE
AUTOPEÇAS/ CENTROS
DE SERVIÇOS
Usiparts
Cabines e conjuntos completos pintado
Usicorte
Chapas (“blanks”)
Tower Automotive
Peças estruturais como conjuntos
estampados e soldados, eixos,
estruturas de bancos, pára-choques, etc.
Aethra Componentes Automotivos
Fundidos
Forjados
Ferramentais , protótipos, corte a laser
5D, linhas de solda e de montagem.
Peças para carrocerias, eixos, travessas
para suspensão, reservatórios de
combustível, bagageiros, etc.
Ver Capítulo - 5.3.2
Auto forjas (Sete Lagoas)
Forjas Thyssen (Acesita)
Aço Forja (Santa Luzia)
MONTADORAS
Chapas (“blanks”)
Usiminas Mecânica
Laminados
Usiminas
PRODUTOS
Peças estruturais, eixos, travessas para
suspensão, etc.
•
•
•
•
FIAT
MERCEDES – BENZ
FIAT IVECO
FIAT MOTORES
PRODUTOS SIDERÚRGICOS PLANOS
Os produtos siderúrgicos laminados planos são classificados, quanto à constituição
e tratamento, em: revestidos, não-revestidos e especiais.
Em geral, os laminados planos são produzidos por grandes usinas siderúrgicas
integradas (CSN e USIMINAS), caracterizadas pela larga escala de produção.
Os principais produtos laminados planos são:
Aços Carbono /
Não Revestidos
Aços Carbono /
Revestidos
Aços Especiais
Ligados
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Chapas e Bobinas Grossas
Chapas Finas e Bobinas a Quente
Chapas Finas e Bobinas a Frio
Folhas de Flandres
Chapas Cromadas
Chapas Zincadas ou Galvanizadas
Chapas e Bobinas Inoxidáveis
Chapas e Bobinas Siliciosas
Chapas e Bobinas de outras ligas
A utilização dos laminados planos é bastante ampla e abrange os setores:
automobilístico, autopeças, construção civil, embalagens, tubos com costura,
utilidades domésticas e comerciais, mecânico e eletro-eletrônico.
PRODUTOS SIDERÚRGICOS PLANOS NÃO-REVESTIDOS
A Siderurgia Brasileira de aços planos não revestidos (LPNR) situa-se com destaque
no cenário mundial, com índices operacionais que igualam, ou até superam, os das
indústrias similares no mundo. Possuindo equipamentos modernos, está apta para
atender os mais rigorosos requisitos de qualidade, vencendo os desafios da
moderna tecnologia nos mais variados setores.
Como dado relevante, o crescimento das exportações atesta ter, a nossa siderurgia,
atingido níveis que lhe permitem concorrer com sucesso com as mais avançadas do
mundo.
O avanço da siderurgia em desenvolvimento de produtos teve como fatores
motivadores, em todo o mundo, a tendência crescente na construção de estruturas
de grande porte, a redução no consumo e melhor aproveitamento de energia e
material, a redução de custo de mão de obra e etapas de processamento e maiores
exigências com relação à segurança e poluição.
DEFINIÇÕES
Os produtos planos são produzidos em seis tipos: CG – chapa grossa; BQ – bobina
quente; CFQ – chapa fina quente; BF – bobina frio; CFF – chapa fina frio; e, folha.
A NBR – Norma Brasileira registrada – 6215 out /82 estabelece a seguinte
terminologia para estes produtos siderúrgicos:
Produto Plano – Produto de seção transversal retangular constante, com largura
nominal maior que duas vezes a espessura.
Placa – Produto plano, com espessura geralmente superior a 100 mm, podendo ser
obtido por laminação de desbaste ou molde (lingotamento contínuo).
Chapa – Produto plano de aço, com largura superior a 500 mm, laminado a partir de
placa.
Chapa grossa – Chapa com espessura superior a 5,00mm.
Tira – Produto laminado plano, com largura igual ou inferior a 500 mm.
Bobina – Chapa ou tira enrolada em forma cilíndrica.
Chapa fina – chapa cuja espessura é igual ou inferior a 5,00 mm e igual ou superior
a 0,30 mm.
Chapa fina a quente - chapa fina cuja espessura final é obtida por laminação a
quente.
Chapa fina a frio - Chapa fina cuja espessura final é obtida por laminação a frio.
Folha – Produto, laminado a frio, plano, com espessura igual ou inferior a 0,30 mm e
com largura superior a 500 mm, produzido com tolerâncias dimensionais mais
restritas que as de chapa fina.
Os produtos siderúrgicos planos não revestidos são produzidos de acordo com as
normas técnicas, sendo as mais conhecidas:
NBR – Norma Brasileira Registrada
ASTM – American Society for Testing and Materials
DIN – Deutsche Industrie Norman
SAE – Society of Automotive Engineers
API – American Petroleum Institute
BS – British Standard
BV – Bureau Veritas
ABS – American Bureau of Shipping
LR – Lloyd’s Register
GL – Germanischer Lloyd
DNV – Det Norske Veritas
E outras normas técnicas de fabricação, próprias de cada empresa produtora de
chapas de aço.
CLASSIFICAÇÃO
Entre os diversos modos diferentes que se pode classificar os aços, preferiu-se, para
os fins do presente estudo, considerar esta classificação apenas de acordo com sua
composição química. Sendo assim, teremos:
•
aços ao carbono
•
aços baixa liga
•
aços ligados
Serão consideradas nesta classificação as especificações indicadas pelas normas
NBR e SAE e uma outra apresentada em Metals Handbook.
Aços ao Carbono
De acordo com a NBR aço ao carbono “é aquele que não contém elementos de liga
além dos teores residuais admissíveis para cada tipo e no qual os teores de Si e Mn
não ultrapassam os limites máximos de 0,60% e 1,65%, respectivamente. A adição
de elementos com o fim específico de melhorar as características de usinabilidade
não descaracteriza o aço-carbono”. Pode ser dividido em três classes:
Aço baixo carbono – “aço carbono com teor nominal de C inferior ou igual
a
0,30%”;
Aço médio carbono - “aço carbono com teor nominal de C superior a 0,30%
e
inferior a 0,50%;
Aço alto carbono – “aço carbono com teor nominal de C acima de 0,50%” (NBR
6215 – out /82).
Segundo a norma SAE “um aço carbono pode conter um máximo de 0,40% de Cu.
E pequenas quantidades de certos elementos residuais, tais como, Cu, Ni, Mo, Cr,
etc., encontram-se inevitavelmente presentes, provenientes das matérias primas.
Estes elementos são considerados incidentais. Contudo, se para certas aplicações
especiais algum deste elemento for considerado prejudicial o teor máximo aceitável
deve ser especificado”. (SAE J411 jun/81).
Segundo Metals Handbook “um aço-carbono contém até cerca de 2% C e pequenas
quantidades de elementos residuais, exceto aqueles adicionados para desoxidação,
com Si usualmente limitado a 0,6% e Mn até cerca de 1,65%.
A tabela abaixo resume as características dos aços ao carbono e a seguir são
apresentadas as especificações, propriedades e aplicações de alguns tipos
específicos que se encontram no mercado.
TABELA 6.1 – TIPOS DE AÇO AO CARBONO
CLASSE
Baixo Carbono
< 0,30
LIMITE DE
RESISTÊNCIA
N/mm²
< 440
Médio Carbono
0,30 ~ 0,50
440 ~ 590
Médias
conformabilidade e
soldabilidade,
média
temperabilidde.
> 0,50
590 ~ 780
Más
conformabilidade e
soldabilidade. Altas
temperabilidade e
resistência ao
desgaste.
Alto Carbono
C(%)
CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS
APLICAÇÕES
Boas conformidade
e soldabilidade.
Baixa
temperabilidade.
Pontes,
edifícios,
navios, vagões,
caldeiras, tubos
gerais,
estruturas
mecânicas, etc.
Em estruturas
rebitadas de
pontes,
edifícios,
navios, vagões,
tubos gerais,
estruturas
mecânicas,
implementos
agrícolas, etc.
Peças
mecânicas,
imlementos
agrícolas, trilhas
e rodas
ferroviárias, etc.
Aços para usos gerais
Estes grupos de aços, chamado qualidade comercial, é usado em componentes
estruturais onde, geralmente, não se exigem propriedades mecânicas especiais,
apenas dobramento e estampagem moderada. As especificações referem-se
somente à garantia de composição química, segundo a norma SAE e ASTM A 366
(laminados a frio) e A 569 (laminados a quente). Estes aços têm uma aplicação
muito vasta, como: tubos industriais (utilização em estruturas de autos, bicicletas,
edifícios, estacas, torres, móveis, etc.), implementos agrícolas, esquadrias, cofres,
aparelhos eletrodomésticos, etc.
Aços para aplicações eletromagnéticas
Esta classe de aços refere-se a laminados a frio para aplicações em núcleo de
geradores e motores elétricos que podem ser classificados em dois grupos. Um
deles correspondendo a aços baixo carbono e o outro baixa liga que será abordado
no capítulo a seguir.
A classe de aços baixo carbono, da ordem de 0,10% máx e adição de Si até
1,90%.é usada principalmente para a fabricação de núcleos de pequenos motores,
com uso intermitente. As características mais importantes destes aços são a
permeabilidade magnética e a perda no núcleo, esta significando perda de energia
no núcleo do motor. Exige-se também um nível adequado de dureza, para facilitar a
operação de corte das lamelas e impedir o desgaste acentuado das ferramentas.
Usualmente,
estes
aços
têm
as
seguintes
aplicações:
motores
para
eletrodomésticos, pequenos motores de corrente contínua, motores de corrente
alternada para uso intermitente, motores para tração, motores auxiliares para carros.
Aços de corte fácil
Esta classe de produtos destina-se principalmente à fabricação seriada de peças,
em que a velocidade de corte na usinagem e o desgaste de ferramentas são fatores
primordiais na produtividade e nos custos finais de produção.
A propriedade da usinabilidade é proporcionada aos aços através da adição de
elementos fragilizantes de inclusões ou da matriz.
Nesse aspecto, destacam-se os elementos de S, Pb e Se. Quanto à micro-estrutura,
os elementos que favorecem a formação da perlita, como o Cr, Mn e Mo, e aqueles
que fragilizam a ferrita, incluindo-se o P, Cu, Sn, As e Si, melhoram também a
usinabilidade.
Aços para chapas de piso
Normalmente, os aços utilizados em chapas de piso não têm especificações quanto
à composição química ou propriedades mecânicas, sendo fornecidas com carbono
equivalente menor ou igual a 0,33%. Para certas aplicações, contudo, pode-se ter
alguma exigência de especificação. Em geral, estes materiais são fornecidos na
forma de chapa grossa, bobina grossa, chapa fina e bobina fina.
Aços para esmaltagem
Esta série refere-se aos laminados a frio para aplicações em peças esmaltadas,
segundo especificações da norma NBR 6651. Compreende três graus de acordo
com o tipo de estampagem: QCV – qualidade comum para esmaltagem vítrea
(estampagem média); EPV – estampagem profunda para esmaltagem e EEV –
estampagem extra profunda resistente ao envelhecimento para esmaltagem. As
aplicações mais usadas destes aços são: fabricações de fogões, fornos,
aquecedores de água, lavadoras, secadoras, refrigeradores, utensílios domésticos e
equipamentos para a indústria química e hospitalar, etc.
Aços para folhas não revestidas
Para certos tipos de embalagens metálicas é necessária a utilização de aços
revestidos; para outros tipos, no entanto pode-se usar um produto que requer
apenas uma proteção com verniz. Este produto é caracterizado por possuir uma
espessura menor que 0,38mm, C máximo de 0,12% e nenhum outro elemento
químico de adição, sendo apenas especificada a faixa de dureza HR 30 T (46 ~ 64).
Atualmente, estes produtos estão sendo utilizados para embalagens de óleos
comestíveis, pilhas, ceras em geral, graxas, etc.
Aços para estruturas gerais
Esta série de aços é aplicada em componentes estruturais em geral, onde se exigem
propriedades mecânicas moderadas, da ordem de 400 N/mm². A composição
química destes aços é relativamente simples, contendo teores máximos de C e Mn
da ordem de 0,30% e 1,20%, respectivamente, além da adição de outros elementos,
em quantidade muito pequenas, principalmente Cu mínimo (0,20%).
Este aços são aplicados na construção de galpões e edifícios de andares múltiplos
onde o projeto exige racionalidade e leveza arquitetônica, além de deformações por
dobramento e boa soldabilidade. Neste grupo destacam-se os aços das
especificações DIN 17100, ASTM e NBR. São usados como laminado, sem trabalho
a frio posterior ou tratamento térmico.
Aço estrutural para a indústria automobilística
Esta classe de aço apresenta escoamento superior a 195 N/mm², composição
química relativamente simples: Cmáx = 0,20%; Mnmá = 1,60% e adição de Timin =
0,08%, sendo produzida segundo especificações , por exemplo, NBR 6655 LN, 6656
LNE e DIN 17100 QST 52,3. Este aços apresentam características muito boas de
conformabilidade, soldabilidade e bom desempenho à fadiga. São usados na
fabricação de longarinas, chassis, aro e disco de rodas, travessas, etc.
Aços Baixa Liga
Segundo a NBR: “aço alta resistência de baixa liga é aquele com teor de C inferior
ou igual a 0,25%, com teor total de elemento de liga inferior a 2% e com limite de
escoamento igual ou superior a 300 MPa”. Usualmente, estes aços são fabricados
com baixo teor de C e pequenas adições de elementos de liga, tais como Ni, Cr, Mo,
V, Ti, Nb, Cu, Zr ou B, além dos elementos básicos (ou Mn e Si em maiores teores),
em algumas combinações e quantidades adequadas, de forma a se obter alta
resistência, mantendo boa dutilidade, tenacidade, soldabilidade, resistência à
corrosão e / ou resistência a abrasão.
Estes aços podem ser produzidos por laminação convencional, laminação
controlada, tratamento térmico. A seguir, são apresentadas as especificações,
propriedades e aplicações de alguns tipos, específicos de aços de alta resistência e
baixa liga, que se encontram no mercado.
Aço estrutural soldável de alta resistência
•
Aço estrutural naval
Devido à necessidade de construção de navios de maior capacidade de carga para
transporte graneleiro e de petróleo, e tendo em vista o consumo de energia e
segurança, tornou-se necessário mudar a concepção sobre os aços até então
empregados. Ao invés de se usar um material de espessura consideravelmente
aumentada, partiu-se para a utilização de aços de mais altas resistências que
proporcionariam uma redução no consumo e melhor aproveitamento de energia e
material. Em complementação aumentaram-se as exigências quanto à segurança.
Os usados na indústria naval são produzidos por laminação convencional, laminação
controlada
e
tratados
termicamente
e
são
homologados
por
Sociedades
Classificadoras, como o LRS, BV, GL e DNV. Estes aços seguem às seguintes
especificações: aços de média resistência – graus A, B, D, DS, CS e E com limite de
escoamento mínimo especificado de 235 N/mm² e aços de alta resistência - graus
AH, DH, e EH com limite de escoamento mínimo especificado de 315 N/mm² ou 350
N/mm².
•
Aços para tubos
Os tubos usados para transmissão e exploração de gás natural e óleo são
geralmente produzidos segundo especificações API. De acordo com esta
especificação os tubos podem ser agrupados em muitas classes, tais como:
a)tubos para revestimento e perfuração de poços de petróleo; b)tubos para
transporte de óleo e gás natural; c) tubo soldado em espiral e d)tubos de alta
resistência. Esta última classe é designada pelo código 5LX e inclui os graus 5LX
42, X46, X52,X56, X60, X65 e X70. Os dois dígitos seguintes ao X indicam o valor
mínimo do limite de escoamento no tubo, expresso em ksi.
O processo de produção dos aços não é estabelecido na especificação API, mas na
maioria dos casos estes aços são produzidos por laminação convencional ou
laminação controlada. A forma do produto tanto pode ser chapa quanto em bobina a
quente. Quando os tubos são usados em ambientes agressivos é necessário que se
tenha uma adição na resistência mecânica, boa soldabilidade, elevada tenacidade,
assim como uma adequada resistência a trincas induzidas pelo hidrogênio.
•
Aço de alta resistência da classe de 700 ~800 N/mm²
Normalmente, os aços desta classe de resistência mecânica são produzidos como
temperados e revenidos. Entretanto, no caso de espessuras menores que 9,0 mm o
tratamento térmico fica dificultado, devido a empeno das chapas. Alguns tipos desta
classe podem ser usados no estado laminado, apresentando redução de custo de
produção em relação aos aços temperados e revenidos. Estes aços, que possuem
baixo teor de C(<0,10%) e relativamente alto teor de Mn (2,0 ~3,0%) apresentam,
além da elevada resistência, boa conformabilidade a frio e soldabilidade; eles são
utilizados na fabricação de lanças de guindastes, tratores,, suportes de caminhões
fora de estrada, torres de transmissão, etc.
•
Aços de alta resistência par a indústria automobilística
Os aços de alta resistência são usados na indústria automobilística com o objetivo
de reduzir o peso dos veículos, proporcionando uma diminuição do consumo de
combustível. A aplicação deste tipo de produto deve concorrer também para um
aumento de segurança dos veículos. Estes aços, que podem ser usados como
laminados a quente ou a frio, apresentam resistência mecânica na faixa de 400 a
1000 N/mm² e boas características quanto à conformação. Aliado à alta resistência,
estes produtos têm um bom desempenho quanto à corrosão, elevando deste modo
a vida útil dos automóveis.
Os produtos laminados a quente são usados na fabricação de aro e disco de rodas,
suspensão, caixa de diferencial, etc. E os produtos laminados a frio podem ser
empregados na confecção de pára-choque, suporte de pára-choque, coluna da
porta, suporte do chassi e outros componentes naturais.
•
Aços para plataformas marítimas
As estruturas marítimas trabalham sob condições altamente adversas, submetidas à
ação corrosiva da água do mar, dos ventos e das ondas, além de baixas
temperaturas. Consequentemente, os aços utilizados para esta aplicação requerem
propriedades especiais. As características mais importantes destes materiais são:
boa soldabilidade e conformabilidade; boas propriedades de tração especialmente
na direção da espessura da chapa; boa tenacidade a baixas temperaturas; elevada
resistência à corrosão pela água do mar; boas propriedades de fadiga a baixo ciclo.
Os aços utilizados para a estrutura de jaqueta (nós) são essencialmente C-Mn, CMnNb e C-Mn-Nb-V da classe de 500 N/mm², basicamente os aços BS 4360 e DIN
17100, produzidos como normalizados. Para outras partes de uma plataforma
marítima, como módulo, convés e tubos de fixação podem ser usados outros tipos
de aços.
•
Aços para usinas nucleares
Em usinas nucleares, o vaso do reator e todo o sistema de resfriamento são
usualmente envolvidos por uma campânula de aço, projetada para conter a
libertação da energia total do sistema. Esta campânula de aço é chamada de vaso
de contenção, que é essencialmente um vaso de pressão de grande volume. Os
aços utilizados nesta aplicação têm de possuir propriedades mecânicas especiais,
tais como, resistência mecânica a elevadas temperaturas (100 a 400° C) e
resistência ao choque a baixas temperaturas, normalmente a -10º C. Nesta série,
são conhecidos os aços WSTE-26 e WSTE-36.
Os aços desta classe, geralmente fornecidos como normalizados, são utilizados na
construção de estruturas e equipamentos nucleares, como vasos, condensadores,
trocadores de calor, vaporizadores, caldeiras, etc.
Estes aços compreendem aqueles cuja resistência à tração situa-se na faixa de 600
a 1200 N/mm² e se caracterizam pela sua utilização após tratamento térmico de
têmpera e revenimento. Estes aços são encontrados numa faixa muito grande de
espessura variando de 2 a 100 mm e se distinguem por combinar alta resistência

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