Esta é a versão integral da apostila do Workshop Posigraf 2000

Transcrição

Esta é a versão integral da apostila do Workshop Posigraf 2000
Esta é a versão integral da apostila do
Workshop Posigraf 2000 - Produção gráfica na era digital.
Foram ministradas 21 palestras em 18 diferentes cidades do
Brasil, para um público aproximado de 3 mil pessoas entre
profissionais de comunicação, produtores e designers gráficos.
WORKSHOP POSIGRAF
PRODUÇÃO GRÁFICA NA ERA DIGTAL
Palestrante: Luiz Seman - Gerente de
Luiz Seman
Produção Gráfica da Gráfica e Editora
Posigraf S.A.
Faculdade de Artes Plásticas - Comunicação
Visual da FAAP - SP
Concepção: Giem Guimarães
Texto técnico, design e produção gráfica: Luiz Seman
Texto mercado e CtP: Lucas Raduy Guimarães
Texto Pré-produção digital e Transmissão de dados via
Internet - PDF: Henrique José Fernandes
Todos os direitos reservados - Gráfica e Editora Posigraf
S.A. - 2000
Direitos reservados e protegidos pela Lei 5988 de 14/12/73.
Nenhuma parte desse livro, sem autorização prévia por escrito da
editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os
meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou
quaisquer outros.
Graduado Técnico em Artes Gráficas pela Escola
SENAI Theobaldo de Nigris
Editor, designer e produtor gráfico com 30 anos
de experiência no setor.
Editor executivo da Trama Editorial e Editorial
Escala de S. Paulo de 1992 a 1994.
Criou o logotipo do Depto. de Artes Gráficas do
MAM-SP, e do UnicenP-PR, entre outros.
Produtor e designer gráfico free-lance para DPZ
Propaganda, Degussa S.A., Dacon,
Phillip Morris, Lion Tratores, MIS - Museu da
Imagem e do Som de SP, entre outros.
2000
O mercado gráfico no Brasil
1
2
Produção Gráfica na era digital
3a. Pré-produção digital
3b. Formatos e medidas gráficas
3c. Impressão plana X Impressão rotativa
3d. Análise de provas gráficas
3e. Gráfica e fotolito - por uma visão única: a do cliente
3f. Transmissão de dados via Internet - PDF
3g. CtP - Computer to plate
O mercado gráfico no Brasil
P O S I G R A F
1
3
Os principais insumos gráficos são commodities (Ex.: papel e chapas), tendo seu preço ditado
pelo mercado ou são importados (Ex.: tinta, filmes e equipamentos). Tanto no caso das
commodities como no caso dos insumos importados, o preço dos insumos é fortemente
influenciado pelo comportamento do real face ao dólar e demais moedas ditas “estáveis” (marco
alemão, libra esterlina, etc..).
Com a alta do dólar em 99, a indústria de papel do Brasil, principal fornecedora das gráficas,
pode ajustar seus preços em até 60%, pois o preço do papel importado, que segurava os preços
no mercado interno, disparou devido a desvalorização cambial. O impacto sobre o custo gráfico
foi enorme. A inflação setorial foi muito acima da inflação geral da economia, tornando 99 um
ano de muito desgaste para as empresas gráficas que se viram obrigadas a aceitar os aumentos
de insumos de um lado e a negociar o repasse desses aumentos aos seus clientes, gerando
muitas discussões em torno do preço final e composição de custos. Seguiram o comportamento
do papel em 99: tinta, chapa, filmes e equipamentos.
Também devido a desvalorização cambial, muitas gráficas enfrentaram e enfrentam até hoje
sérios problemas financeiros. As empresas que não se protegeram com hedge cambial, viram
seu passivo em dólar/marco/libra praticamente duplicar em 99. Matéria prima importada comprada
a prazo e equipamentos importados financiados no exterior tornaram-se para muitas gráficas
um pesadelo em 99, incentivando a competição predatória por parte de alguns empresários que
se viram muito pressionados a fazer caixa para quitar suas obrigações. A qualidade desses
serviços prestados contudo é no mínimo questionável.
Um terceiro fator conseqüência direta da desvalorização cambial de 99 foi um aumento do
interesse de grandes grupo gráficos internacionais (Quebecor, Donneley, etc) no mercado
brasileiro. Ficou mais fácil adquirir gráficas brasileiras, muitas delas enfrentando problemas
financeiros, com “moeda forte”.
O ano 2000 começa portanto com um cenário bastante diferente daquele do início de 99,
quando o preço médio do produto gráfico era cerca de 30% inferior ao que verifica-se hoje.
Verificou-se no mercado por exemplo, uma maior procura por outras mídias por parte de clientes
já tradicionais de impressos. Mídias como rádio e televisão, internet, entre outras, não tiveram
seu valor vinculado ao dólar e portanto mostraram-se mais atrativas no início de 2000. Exemplo:
Mudança de estratégia promocional do Carrefour que firmou parceria com a Rede Globo reduzindo
a verba destinada a encartes. Esse movimento em direção a outras mídias também foi verificado
nos EUA em 95 pela PIA, quando houve um aumento expressivo no preço do papel.
O ano 2000 já apresenta um cenário macro econômico mais estável e espera-se que o setor
gráfico acompanhe o crescimento geral da economia, mas poucos empresários arriscam maiores
prognósticos. Em 2000 uma flutuação sazonal, já tradicional no mercado gráfico, aquecendo a
atividade de maneira acentuada no segundo semestre, já é esperada. Mas isto não é novidade.
Atualmente identifica-se alguns investimentos na aquisição de equipamentos de impressão,
menor do que em outros anos, mas ganhando fôlego em comparação a 99. A corrida pela
especialização também merece algum destaque. Muito se importou durante o plano real e ter
máquinas modernas de impressão tornou-se “lugar comum”. A diferenciação, tanto através de
equipamentos específicos de acabamento quanto através de serviço diferenciado prestado aos
clientes, passaram a ser componentes importantes para a sobrevivência de muitas gráficas.
P O S I G R A F
4
RANKING ECONÔMICO-FINANCEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA, EDITORIAL E DE EMBALAGEM SEGMENTO DE
IMPRESSOS PROMOCIONAIS E EDITORIAIS – 1998 (Milhares de reais)
Fonte: ABIGRAF
Colocação
Receita líq.
Lucro bruto
Ativo total
Patrimônio líq.
1ª - Posigraf
84.603
38.538
91.607
70.783
2ª - W. Roth
38.469
10.570
33.760
12.941
3ª - Bandeirantes
37.848
11.009
20.375
12.163
FATURAMENTO GRÁFICO POR SEGMENTO EMPRESARIAL (em US$ milhões)
1998 – Fonte: ABIGRAF
SEGMENTO
1997
EDITORIAL(1)*
1.530
23.6
1.550
24.1
EMBALAGENS(2)
1.390
21.4
1.290
20.0
PROMOCIONAL*
875
13.5
835
13.0
FORMULÁRIOS
810
12.5
795
12.3
ART. PAPELARIA(3)*
485
7.5
540
8.4
IMP. COMERCIAIS(4)*
440
6.8
465
7.2
PRÉ – IMPRESSÃO*
300
4.6
290
4.5
DIVERSOS(5)
660
10.1
675
10.5
TOTAL
6.490
100.0
6.440
100.0
*Presença
% FAT.
1998
% FAT.
da Posigraf
(1) Impressão de livros, revistas e fascículos (não inclue jornais)
(2) Semi-rígidas de cartão, sacolas, rótulos e envoltórios
(3) Agendas, cartões de mensagem, cadernos, envelopes, etiquetas, guias fiscais, livros contábeis, papel de presente, fichas de controle
(4) Calendários, notas fiscais, timbrados, talonários, convites e impressos em geral de pequenos formatos e baixas tiragens (inclue gráficas rápidas)
(5) Serigrafia, papel fantasia, baralhos, puzzles, cartões magnéticos (de crédito e de telefone)
INDICE MÉDIO DE ATIVIDADE (OCUPAÇÃO)
Fonte : CET/IBRE/FGV/ Sondagem industrial
94
95
96
97
76%
87%
83%
81%
P O S I G R A F
98
82%
99
78%
5
NÍVEL TECNOLÓGICO DO SETOR GRÁFICO
Fonte: ABIGRAF
Índice de Atualização Tecnológica (IAT): 63%
BALANÇA COMERCIAL DE TINTAS GRÁFICAS (Mil toneladas)
Fonte: ABIGRAF
97
98
99
Produção Brasil
43,5
54,2
26,4
Exportação
0,5
0,6
0,3
Importação
11,0
13,5
5,9
Consumo
54,0
67,1
31,8
PORTE EMPRESARIAL DOS ESTABELECIMENTOS E EMPREGADOS - 1998
Fonte : ABIGRAF
Pessoal
Estabelecimentos
Empregados
Quant.
%
Quant.
%
Até 19
11.940
86,9
41.644
22,1
de 20 a 49
990
7,2
23.934
12,7
de 50 a 99
391
2,9
21.010
11,1
de 100 a 249
224
1,6
27.178
14,4
de 250 a 499
135
1,0
37.004
19,6
de 500 acima
54
0,4
37.833
20,1
TOTAL
13.374
100,0
188.603
100,0
BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS GRÁFICOS (US$ milhões FOB)
Fonte: ABIGRAF
P O S I G R A F
Período
Exportações
Importações
1997
82.4
92,0
1998
129,0
431,4
1999
122.0
269.5
6
BALANÇA COMERCIAL DE PAPEL E CELULOSE (Milhões de toneladas)
Fonte: ABIGRAF
Papel
Cartão
Total
97
98
99
97
98
99
97
98
99
Produção Brasil
1,98
1,97
1,54
0,65
0,65
0,51
2,63
2,62
2,05
Exportação
0,84
0,74
0,60
0,05
0,06
0,05
0,89
0,80
0,65
Importação
0,23
0,25
0,13
0,06
0,05
0,02
0,29
0,30
0,43
Consumo
1,37
1,48
1,07
0,66
0,64
0,48
2,03
2,12
1,55
OBSOLESCÊNCIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Fonte: ABIGRAF
10 ANOS
INVESTIMENTOS DO SETOR GRÁFICO (US$ milhões)
Fonte : SECEX/MICT – ABIMEG – DECES/ABIGRAF
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2
Produção Gráfica na era digital
P O S I G R A F
8
3a. Pré-produção digital
Os arquivos podem ser enviados para a Posigraf nas seguintes mídias:
Zip Drive de 100 Mb. (Mac/PC)
Jaz Drive de 1Gb. e 2 Gb. (Mac/PC)
Syquest de 5.1/4” de 200 Mb. (Mac) e 270 Mb. (PC)
Discos ópticos de 5.1/4” de 1.3Gb (Mac)
CD-ROM (Mac/PC)
Escreva o nome de sua empresa em etiquetas coladas no disco. No início do trabalho eles
serão cadastrados com o número da ordem de serviço, para controle e rastreabilidade,
facilitando sua devolução ao término do trabalho.
Quando você for fechar um arquivo, ou seja, gerar um PostScript, siga os seguintes
passos:
[ Antes de gerar os arquivos PostScript, verifique se os links estão corretos e se não falta
nenhum elemento da página (EPSs e TIFFs).
[ Faça a separação de cores em Composite, pois nossas imagesetters realizam a separação
automática.
[ As fontes devem ser inclusas no arquivo PostScript (download font).
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[ Checar se existe sangria de 5mm em todas as fotos e fundos que estiverem no limite do
corte ou no formato da página.
[ Aconselhamos que o nome de seus arquivos não ultrapasse oito (08) dígitos e não
utilize caracteres especiais ( / * ~ _ - } + )
[ Utilize sempre programas de editoração (p. ex.: Page Maker e Quark Xpress) para
revistas e trabalhos com mais de 20% de texto em seu conteúdo. Não use programas de
ilustração, mesmo que tenham recurso de formatação em blocos de texto.
O birô da Posigraf possui a imagesetter/platesetter Crescent 42 e o software Impostrip
(Mac), de imposição de páginas. Este software permite que seja dada saída em cadernos de 8
páginas já com a imposição das páginas de uma revista ou livro, economizando tempo e
aumentando a precisão de registro.
Nosso bureau está equipado com plataformas PC e Mac e scanner cilíndrico de alta
definição, disponíveis 24 horas para tratamento de imagens e saída de filmes.
Informações básicas dos arquivos
Os arquivos devem conter:
[ Todos os elementos da página.
[ Uma cópia das imagens em alta resolução, e do arquivo original de outros elementos
(artes, ilustrações, logotipos etc).
[ Fontes de tela e de impressão utilizadas no material.
A Posigraf disponibiliza a todos seus clientes o processo OPI ( Open Prepress Interface ),
gerando imagens de baixa resolução automaticamente, o que reduz o tempo de
processamento de arquivos e impressão, agilizando o fluxo de seu serviço. Para obtermos a
máxima performance em seus trabalhos, alguns cuidados devem ser tomados para o uso do
OPI: As imagens de alta resolução enviadas ou digitalizadas pelo birô da Posigraf serão
armazenadas no servidor OPI durante o processo de produção. A grande vantagem é permitir
a redução do tamanho dos arquivos, facilitando sua transferência, agilizando a importação
de imagens, o fechamento de arquivos, a impressão de provas e outras tarefas de paginação.
As imagens de baixa resolução retornam para serem reposicionadas nos arquivos originais.
Estas imagens não poderão ser renomeadas senão perderão o link, e não serão substituídas
na saída de filmes.
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3b. Formatos e medidas gráficas
As tabelas a seguir seguem os padrões vigentes no mercado. A nomenclatura pode variar,
mas esta aqui adotada é a mais usual. Todas as medidas estão em milímetros, e são
propostas para o melhor aproveitamento no papel com formato 660 X 960 mm.
Impressos Institucionais
NOME
FORM. MÍN. / MÁX.
PAPEL (gr/m2)
Memo/Notas/Recados
Papel carta
Carta duplo
Envelope carta
Envelope saco
Pasta
90 x 100 - 150 x 210
200 x 280 - 215 x 325
400 x 280 - 430 x 325 (FA)
90 x 200 - 114 x 229 (FF) (1)
180 x 240 - 360 x 460 (FF) (1)
150 x 210 - 230 x 350 (FF)
75 a 90
54 a 90
54 a 75
52 a 90
80 a 120
150 a 250
CÔRES F
1
1
1
1
1
1
a
a
a
a
a
a
4
4
4
4
4
4
CÔRES V
0
0
1a
1a
1a
1a
4
4
4
4
ACABAMENTO
Blocado, espiral ou folhas soltas
Blocado ou folhas soltas
Folhas soltas
Corte & vinco, colagem
Corte & vinco, colagem
Corte & vinco, colagem
(FA) = Formato aberto. (FF) = Formato fechado - (1) - RPC (Recomendado pelos Correios).
Impressos Sociais
NOME
FORM. MÍN. / MÁX.
PAPEL (gr/m2)
Cartão de visita
Cartão comemorativo
Convites
Cartão postal
45 x 55 - 60 x 105
60 x 120 - 160 x 215 (FF)
60 x 120 - 210 x 305 (FF)
105 x 150 (RPC)
CÔRES F
CÔRES V
ACABAMENTO
1a4
1a4
1a4
1a4
0
1a4
1a4
1 ( a 4)
Refile
Vinco, dobra, refile
Vinco, dobra, refile
Refile
PAPEL (gr/m2)
CÔRES F
CÔRES V
ACABAMENTO
60 a 90
90 a 120
60 a 120
80 a 120
150 250
(3)
90
110
(6)
60 a 90
1a4
1a4
1a4
1a4
(4)
(4)
1a4
(4)
1a4
1a4
1a4
1a4
1a4
1a4
0
(4)
0
0
0
1a4
Grampo
Dobras, refile
Refile
Refile
Refile
Corte & vinco, colagem
Colagem (+ elementos tridim.)
Refile, corte & vinco
Montagem
Refile
120
150
180
150
a
a
a
a
250
300
300
250
Impressos promocionais
NOME
FORM. MÍN. / MÁX.
Catálogo de produto(s)
205 x 275 - 210 x 308
Folder
297 x 210(AB) 99 x 210(FF) (1)
Folheto
105 x 150 - 205 x 275
Flyer (2)
180 x 240 - 320 x 420 (FF)
Cartaz
300 x 420 - 700 x 1000
Bandeirola
(3)
Out door
9000 x 3000 (5)
Adesivo
diam. 10 - 700 x 1000 (1)
Display
105 x 150 - 600 x 1600
Encarte (ou tablóide)
135 x 205 - 275 x 420 (FF)
(1) - Formato sugerido. (2) - Serve para filipeta, jato, volante, folheto. (3) - Tamanho padrão inexistente, podendo ser
confeccionado em papel ou vinil. (4) - Policromia (CMYK + especial(ais). (5) - Formato padrão no Brasil. (6) - Composto (base +
revestimento).
Impressos Editoriais
NOME
COMUM
FORMATO
MÍN. / MÁX. (mm)
PAPEL
CAPA (gr/m2)
PAPEL
MIOLO (gr/m2)
CÔRES
CAPA
CÔRES
MIOLO
ACABAMENTO
USUAL
Livro de bolso
75 x 105/105 x 150
150 a 180
48,8 a 60
4x0 (1)
1x1 (1)
Grampo ou lombada quadrada
Livro
105 x 150/305 x 305
150 a 350
54 a 150
4x1 (1)
(2)
Lomb. quadrada ou capa dura
Revista
130x180/230x320 (1)
120 a 180
54 a 90
(2)
(2)
Grampo ou lombada quadrada
-
46 a 52
4
4
Encartamento e dobras
Jornal diário FA 640 X 560 - FF 320 X 280
(1) - Usual. (2) - Policromia - CMYK + especial(ais).
P O S I G R A F
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Impressos Especiais
NOME
FORM. MÍN. / MÁX.
PAPEL (gr/m2)
CÔRES F
CÔRES V
ACABAMENTO
Cartucho
Caixa
Etiqueta
20x30x40 - 90x120x160 (FF)
100 x 120 x 180 (FF) - (1)
Diâm. 10 - 150 X 210
150 a 250
150 a 400
90 a 110
1a4
(2)
(2)
1a4
(2)
(2)
Corte & vinco, colagem
Corte & vinco, colagem
Corte & vinco ou refile
Selo
Sacola
Papel de embrulho
7 x 7 - 70 x 90
120 x 140 - 450 x 500 (FF)
(4)
52 a 115
120 a 180
54 a 170
(3)
(2)
(2)
0
(2)
(2)
Rótulo
Dinheiro
30 x 50 - 380 x 120
140 x 65 (5)
60 a 180
170 (6)
(3)
(7)
0 ou 1
(7)
Corte & vinco ( perfuração), cola
Colagem, aplicação de alça
Colagem, aplicação de alça
Refile ou corte & vinco
Refile
(1) - Formato máximo indefinido. (2) - Sujeito ao sistema de impressão. (3) - Policromia (CMYK + especiais). (4) - Em folhas planas:
320X480 - 750 X 1100 / em bobinas: 300 - 1200 (largura da bobina). (5) - Dinheiro brasileiro. (6) - Estimado. (7) - Segundo
informações coletadas, são aplicados 2 níveis de marca d’água, 1 fita de poliéster com 1 cr de impressão, 2 impressões com tinta e
verniz de segurança, 7 cores em Offset e duas cores em relevo timbrado.
Formatos de máquina
Planas
Formatos do papel, em folhas planas, das máquinas Heidelberg Speedmaster:
Máx.: 720 X 1.020 mm - Mín.: 350 X 440 mm
Sendo que os formatos finais após refile são:
Máx.: 700 X 1.000 mm - Mín.: 320 X 420 mm
P O S I G R A F
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Rotativas
Para máquinas rotativas existem diferentes medidas de largura de bobinas, que determinam
os formatos finais dos impressos. Abaixo, medidas das rotativas Harris para tablóides, nos
papéis mais comercializados:
Largura
da bobina
655
675
800
840
860
900
mm
mm
mm
mm
mm
mm
Área
do cutof
578
578
578
578
578
578
X
X
X
X
X
X
655
675
800
840
860
900
Área máxima de
impressão
560
560
560
560
560
560
X
X
X
X
X
X
655
675
800
840
860
900
Área máxima
após refile (FA)
550
550
550
550
550
550
X
X
X
X
X
X
648
660
788
830
850
890
Medida
final (FF)
275
275
275
275
275
275
X
X
X
X
X
X
324
330
395
415
425
445
FA: Formato aberto – FF: Formato fechado
Dobras de rotativa
As impressoras offset rotativas imprimem o papel em bobinas. Na saída das máquinas, existe
a unidade de dobra, que dobra e corta a fita de papel.
Tablóides - A altura do impresso, chamada de medida pé/cabeça, é determinada pela largura
da bobina. A medida lombada/frente (largura do tablóide) é determinada pela área de corte
no sentido perimetral do cilindro de impressão, chamada cutof (do inglês cut off, corte), ou
giro de máquina. As rotativas da Posigraf têm unidade de refile após a dobra. Por isso, os
tablóides de ofertas já saem refilados e separados, prontos para embalagem.
As impressoras rotativas têm várias
medidas de cutof. Na Posigraf, essa
medida é de 578 mm. A área útil de
impressão é de 560 mm, pois devem
ser preservadas áreas “cegas” para
pegada e transporte do papel na
unidade de dobra. Considerando-se a
limitação da área útil e a necessidade
de refile posterior, a medida máxima
de lombada/frente dos tablóides é de
275 mm.
As medidas mais comuns de largura
do papel em bobinas são 675 mm e
860 mm, sendo que a largura máxima
de papel para máquinas com cutof de
578 mm é de 900 mm.
P O S I G R A F
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Revistas – As medidas padrão de revistas para impressão em rotativas são:
Revista formato magazine (cadernos de 16 págs.)
Largura da bobina
860
Medida máxima da revista
205 X 275
Revista formato “duplo” (cadernos de 32 págs.)
Largura da bobina
860
P O S I G R A F
Medida máxima da revista
135 X 205
14
Imposição de páginas
É a distribuição das páginas no formato de impressão, para que após a dobra, as páginas
fiquem na ordem correta.
Para produção de revistas, pergunte ao bureau se é necessário fazer a imposição; não tente
fazê-la manualmente, pois podem ocorrer problemas de quebra de frames de textos e
desaparecimento de imagens.
Abaixo, esquema de imposição para cadernos de 16 páginas, formato magazine (revista).
As aberturas entre as páginas existem para o posterior acabamento.
Imposição de caderno de 16 páginas - formato magazine (205 X 275 mm)
FRENTE
VERSO
10
mm
10
mm
11
6
7
10
12
5
8
9
6 mm
14
3
2
15
6 mm
16
1
4
13
Quantidade de páginas de publicações
Para decidir a quantidade de páginas de uma publicação, mais uma vez a consulta à gráfica
que vai imprimir é fundamental.
A definição da quantidade de páginas deve seguir critérios que variam de gráfica a gráfica.
O critério básico é calcular cadernos de 16 páginas, podendo haver cadernos de 8 páginas.
Evite cadernos de 4 páginas, a não ser para papéis superiores a 90 gr/m2.
Exemplo: para uma revista de 44 páginas, serão rodados 2 cadernos de 16, 1 caderno de 8
e 1 caderno de 4 páginas, ou seja, quatro acertos de máquina na impressão. Se o papel for
de gramatura inferior a 90 gr/m2, serão rodados 3 cadernos de 16 páginas, sendo impressas
em branco e descartadas as 4 páginas centrais, que posteriormente serão arrancadas. Ou
seja, é mais barato jogar 4 páginas fora e ter 3 acertos de máquina do que ter 4 acertos de
impressão.
P O S I G R A F
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3c. Impressão plana X impressão rotativa
Ambos os equipamentos utilizam o sistema de impressão Offset, onde a imagem é obtida
pela transferência indireta da tinta para o
suporte, ou seja, a matriz não entra em
contato direto com o papel.
Este sistema de impressão é baseado na
repelência entre água e tinta (substância
gordurosa).
A transferência da imagem original para a
matriz (chapa de impressão) é feita através do
fotolito. Após a exposição ao fotolito, a chapa de impressão é revelada, e nela obtêm-se duas superfícies
diferentes: a imagem, que conterá a tinta de impressão, e
a contra-camada, que deixará o suporte (papel) à mostra.
Primeiro, a máquina de impressão aplica uma camada
de água sobre toda a chapa. Em seguida, os rolos de
tintagem espalham a tinta sobre a mesma.
As áreas de imagem recebem a tinta, e as partes que
não têm imagem a repelem pois a tinta, gordurosa,
não se mistura à água.
Com a chapa devidamente entintada, entra em ação um cilindro revestido com uma “capa”
de borracha chamada de blanqueta, ou cauchú (do francês cautchout, borracha), que é
impressa pela chapa entintada. A imagem, transferida da chapa para a blanqueta, é então
transferida para o papel.
Máquinas de impressão plana
A unidade de alimentação leva o papel empilhado (uma folha sobre a outra) para dentro da
máquina. Na mesa de esquadro, o papel é margeado e introduzido na unidade de impressão.
Nela, o papel é recolhido por pinças pelo cilindro de pressão. Junto a ele roda o cilindro da
blanqueta, fazendo com que a imagem seja transferida para o papel. O cilindro da chapa
também roda em contato com a blanqueta, transferindo para esta a imagem.
A tinta no sistema Offset plano seca por oxidação e evaporação do solvente. Após a
impressão, as folhas do papel são novamente empilhadas, sendo encaminhadas para
acabamento.
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A qualidade de impressão das planas é excelente, imprimindo papéis de 40 a 400 gr/m2.
Máquinas planas para impressão de 5 ou 6 cores simultaneamente, em formato de folha
inteira, rodam entre 13.000 e 15.000 impressões por hora, em perfeito registro.
Registro: As unidades de alimentação e a mesa margeadora fornecem para
a unidade de impressão uma folha plana por vez, pronta para ser impressa.
Uma impressão com registro satisfatório é aquela na qual as folhas entram
na máquina sempre na mesma posição. Guias de um lado e na frente do
papel o levam até as pinças do cilindro de pressão, as quais o levam preso e
sob pressão, para receberem a imagem da blanqueta.
Máquinas de pequeno formato, em condições ideais de manutenção e clima, variam a
posição de entrada de cada folha numa razão de 0,850 mm, enquanto as de grande formato e
alta velocidade variam na faixa de 0,250 mm.
Para obter-se preços competitivos, deve-se imprimir no mínimo 5.000 folhas inteiras,
devendo-se multiplicar o número de imagens que cabem na folha inteira para obter-se a
tiragem final. Por exemplo, 5.000 folhas inteiras proporcionam 40.000 impressos de duas
páginas no formato 210 X 297 mm.
Máquinas de impressão rotativa
As impressoras rotativas são divididas em três categorias básicas:
Diretas - Máquinas de uma cor frente e verso, sem sistema de secagem por calor.
Utilizadas para impressão em uma ou duas cores de jornais, outros periódicos e livros.
Com forno (Heat set) - Imprimem de uma a quatro cores frente e verso. A troca de bobinas
é executada automaticamente, sem necessidade de paradas de máquina. Oferecem sistema de
secagem onde a fita, após a impressão, passa por fornos de calor e, logo em seguida, por rolos
resfriados com água. Ao retornar à temperatura ambiente, o pigmento da tinta sofre vitrificação,
o que causa o alto brilho da impressão obtido com esse tipo de equipamento. Ainda há aplicação
de silicone sobre o impresso, para minimizar riscos ocasionados por atrito.
As rotativas Harris Heat Set da Posigraf possuem controle digital de registro de impressão e
de dobra, fazendo também refile em linha, dispensando o uso posterior de guilhotinas.
São utilizadas para impressão de revistas e tablóides (ou encartes de jornais).
P O S I G R A F
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Mistas - Impressoras diretas a quatro cores frente e verso, que possuem várias unidades de
impressão, dobra e intercalação de cadernos, utilizadas na impressão de grandes jornais
periódicos. Todas as rotativas são equipadas com elementos de dobra em sua saída. Aí, são
dobrados os cadernos que depois serão colecionados.Por serem impressoras de alta
velocidade (entre 25.000 e 60.000 cadernos/hora), ocorrem variações de dobra que podem
ocasionar problemas no produto final.
Características das rotativas
A cada giro dos cilindros é rodada uma medida de papel que formará os cadernos, chamada
cutof (corruptela de cut off - corte, em inglês). Três dobras no cutof formam um caderno de
16 páginas. Nessas dobras, ocorre variação. Como essa variação de dobra ocorre nos sentidos
longitudinal e radial dos cilindros, ela ocorre em todos os sentidos do caderno dobrado. Daí
a necessidade de que haja margens de segurança de 5 mm, tanto na sangra de imagem
quanto na distância de imagens do refile.
O acerto de rotativas se dá após a máquina atingir a velocidade de 25.000 I p/h.
A tintagem da chapa é feita no sentido perpendicular ao eixo do cilindro (nas planas
também). Não há possibilidade de haver um controle da tintagem em foco. Por isso, deverá
haver um critério diferenciado para análise de carga de tinta na impressão.
Nas rotativas, o princípio de impressão é exatamente o mesmo das planas (água, tinta,
chapa, blanqueta, pressão, etc.). O que muda:
[ Características dos materiais de transporte de imagem (chapas, blanqueta,
tinta).
[ Unidade de alimentação do papel: aqui, o papel entra em bobinas.
[ Sistema de saída: na saída das rotativas, o papel é dobrado e refilado, já
saindo pronto o impresso.
[ Secagem da tinta: devido à velocidade e ao fato de dobrar o papel na saída,
as impressoras rotativas têm um sistema de secagem por calor (HeatSet). São
fornos por onde passa a fita de papel, sendo logo depois a fita resfriada para a
temperatura ambiente. Quando da dobra e refile, a tinta já estará seca.
[ Velocidade de impressão: rodam entre 30.000 e 60.000 impressões (ou giros,
ou cutofs) por hora (pode-se considerar um giro igual a uma folha inteira)
[ A qualidade de impressão é muito boa, imprimindo papéis de 50 a 120 gr/m2.
[ As margens de registro são maiores, variando segundo a tensão da fita de
papel. As rotativas Harris HeatSet da Posigraf são equipadas com controle
eletrônico de registro, o que minimiza estes índices até o aceitável.
[ Para obter-se preços competitivos, deve-se imprimir no mínimo 20.000 giros.
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Comparar os dois tipos de máquina de impressão é como comprar camisas de seda e de
algodão. Ambas são camisas, mas sua qualidade e seu custo são diferentes.
Portanto, o que diferencia os dois equipamentos:
Tecnicamente:
[ Formato (rotativas: limitado; planas: variado)
[ Forma de apresentação do papel (rotativas: bobinas; planas: folhas)
[ Velocidade de impressão (rotativas: 2 a 3 vezes mais rápidas que as planas)
[ Preparação para acabamento (rotativas: dobram e refilam; planas: só imprimem)
[ Capacidade de gramatura (rotativas: limitado; planas: variado)
[ Registro (rotativas: satisfatório; planas: excelente)
[ Capacidade de produção (rotativas: alta; planas: média/alta)
[ Tiragem mínima (rotativas: limitada; planas: variada)
Comercialmente:
[ Custo/hora (rotativas: baixo custo/benefício; planas: médio custo/benefício)
[ Prazos (rotativas: pequeno; planas: médio)
Outro fator diferencial entre os dois sistemas de impressão está no ganho de ponto.
Quando da impressão, o percentual de pontos que está gravado no fotolito pode sofrer uma
alteração para cima (“ganha” pontos) ou para baixo por vários fatores:
[ Pressão exercida sobre o papel
[ Velocidade de impressão
[ Absorção da tinta pelo papel
Podem ocorrer também:
[ Falhas técnicas (de tintagem, de limpeza, de manutenção e estado do equipamento,
incapacidade do operador)
[ Fatores mecânicos (tais como vibrações do equipamento)
Quando estes fatores não são levados em conta devido à proficiência da gráfica, existe a
diferença de tonalidade causada pelo ganho de pontos.
A imagem é gravada no fotolito, depois gravada na chapa, impressa na blanqueta e
transferida para o papel. Essa transferência aumenta a proporção de pontos por cm2. Para
que esse acréscimo seja minimizado, prepara-se o fotolito para que, antes da impressão,
haja uma compensação. Diminue-se a concentração de pontos no fotolito para que, quando
houver a impressão, os pontos cheguem às proporções desejadas.
Confira nossos padrões de compensação de ganho de ponto no capítulo “Gráfica e fotolito por uma visão única - a do cliente”.
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C o m p a r a n d o:
PLANAS
ROTATIVAS
Folhas
Bobinas
Na tinta
Por calor
Velocidade
10.000 a 20.000 I p/h
20.000 a 60.000 I p/h
Qualidade
Excelente
Muito boa
Gramatura
40 a 400 gr/m2
50 a 120 gr/m2
Registro
Ótimo
Muito bom
Tiragem
Média/alta
Alta
5.000 folhas
20.000 giros
Papel
Secagem
Tiragem mínima
Outros sistemas de impressão e suas principais características:
SISTEMA
TIPO DE
MATRIZ
SECAGEM
DA TINTA
VELOCIDADE
DE IMPRESSÃO
QUALIDADE
TIPOGRAFIA
ALTO RELEVO
OXIDAÇÃO
1.500 A 5.000 P/H
BOA P/ TIPOS
BAIXA P/ IMAGENS
FLEXOGRAFIA
ALTO RELEVO
EVAPORAÇÃO
5.000 A 25.000 P/H
BOA P/ TIPOS
BOA P/ IMAGENS
ROTOGRAVURA
BAIXO RELEVO
EVAPORAÇÃO
15.000 A 75.000 P/H
MÉDIA P/ TIPOS
ÓTIMA P/ IMAGENS
RELEVO
BAIXO RELEVO
OXIDAÇÃO
1.500 A 3.000 P/H
ÓTIMA P/ TIPOS
BAIXA P/ IMAGENS
TAMPOGRAFIA
BAIXO RELEVO
OXIDAÇÃO
1.500 A 2.000 P/H
ÓTIMA P/ TIPOS
BAIXA P/ IMAGENS
OFFSET
PLANA
OXIDAÇÃO
10.000 A 18.000 P/H (1)
25.000 A 80.000 P/H (2)
ÓTIMA P/ TIPOS
ÓTIMA P/ IMAGENS
LITOGRAFIA
PLANA
OXIDAÇÃO
100 A 500 P/H
ÓTIMA P/ TIPOS
ÓTIMA P/ IMAGENS
SERIGRAFIA
(SILK SCREEN)
VAZADA
EVAPORAÇÃO
E OXIDAÇÃO
500 A 1.500 P/H
ÓTIMA P/ TIPOS
BOA P/ IMAGENS
(1) - Planas formato grande. (2) - Rotativas.
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3d. Análise de provas gráficas
Provas digitais comuns
Na editoração eletrônica, o que se vê na tela não é exatamente aquilo que se verá no
impresso, apesar do “what you see is what you get” (o que você vê é o que você consegue)
já conhecido. Os raios luminosos que compõem as imagens coloridas na tela do computador
sintetizam as cores em RGB, e na impressão são sintetizadas em CMYK.
Por isso, é necessário ter à disposição equipamentos que forneçam provas em todas as
fases do processo, desde o projeto até antes da impressão. Mas apenas até aí; as provas
descritas a seguir não devem servir como parâmetro de comparação com a impressão de uma
máquina gráfica.
Na editoração, existem impressoras que podem fornecer provas preto e branco ou coloridas,
a custos acessíveis. As impressoras tem como características básicas o formato máximo de
impressão, a quantidade de memória disponível, sua velocidade, a resolução obtida como
resultado da impressão e o sistema de transferência do pigmento (tinta): jato de tinta, laser,
térmica ou Die Sublimation.
Nenhuma dessas impressoras fornecem provas totalmente fiéis em termos de cores para
artes gráficas, mesmo que calibradas para tal. A princípio, servem apenas para referência
antes da impressão; não servem como padrão para impressão e nem como amostra de cor,
salvo exceções (ver abaixo).
Jato de tinta -Apesar da baixa qualidade, o custo acessível e a facilidade de manutenção
são seus pontos fortes. Boas para prova de diagramação, apesar da limitação do formato.
Para conseguir uma prova de uma página de revista em tamanho natural (100%), deve-se
ter uma impressora com capacidade para imprimir até o formato A3 (297 X 420 mm). Caso
se popularize o uso da retícula estocástica, as provas a jato de tinta de alta definição
servirão como padrão para artes gráficas, devendo ser consideradas apenas as compensações
de praxe. Com uso de retícula convencional, podem ser utilizadas as provas de alta definição
a 6 cores (2 Cyans, 2 Magentas [normal e mais claro para ambos], Amarelo e Preto) para
acompanhar a impressão em máquina, principalmente para imagens. Deve-se tomar cuidado
com o resultado de impressão dos bendays (traço).
Laser -As de toner preto (provas preto e branco) dão definição bastante razoável, podendo
sua impressão servir como original traço (arte final). Para impressos de baixa qualidade,
prints em suporte translúcido (vegetal ou laserfilm) podem ser utilizados em substituição
ao fotolito, com sensível redução de custos. As coloridas têm boa definição de imagem,
porém custo muito alto.
Térmica -Cores vivas e brilhantes são a principal vantagem, apesar da baixa resolução.
O uso de papel especial é fator que limita seu uso.
Die Sublimation -Usam folhas de pigmento que derretem por ação de calor, depositando
uma camada de tinta sobre o suporte. Caras e de manutenção difícil, compensam essas
limitações com excelente definição, principalmente de imagens.
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Provas gráficas
Na produção de impressos, além das provas de lay out obtidas pelas máquinas descritas na
página anterior, deve-se ter provas gráficas que reproduzam exatamente o que está gravado
no fotolito, para que a gráfica possa fazer o controle da impressão e fornecer um resultado
satisfatório e dentro das expectativas. Além das provas heliográficas, que servem para
controle e conferência de vários itens do impresso (podendo ser substituídas por plotters
tiradas antes da saída de filmes), após a saída dos filmes temos quatro tipos de provas
confiáveis em termos de controle de impressão.
Provas de prelo - Gravam-se chapas semelhantes às que serão utilizadas na gráfica,
usa-se tinta de impressão e pode-se usar o mesmo papel do impresso final. Um prelo
imprime a sequência de cores em sua ordem ideal. Uma prova perfeita? Nem tanto.
Quando se imprime em máquinas de quadricromia, é desnecessária. Ideal para gráficas
que utilizem máquinas que imprimem uma (monocolor) ou duas (bicolor) cores de cada
vez. Pode-se obter resultados diferentes aos da máquina, por exemplo, utilizando-se
tintas diferentes às que serão usadas na impressão final e chapas de outro fabricante.
Cromalin - Os fotolitos são expostos, por meio de luz ultra-violeta, a uma película
fotossensível. Após a exposição, o equipamento deposita uma camada de toner sobre esta
película, que é então agregada a uma base de papel. A cada cor de impressão é adicionado
o toner da cor de impressão correspondente (Cyan, Magenta, Amarelo e Preto). Obtem-se
uma prova que reproduz fielmente o fotolito. Para controle de tintagem, a prova Cromalin
é indicada. Essa prova não oferece resultados absolutamente confiáveis quando, após
aprovada a Cromalin, a impressão for feita em papéis foscos (tipo Offset), revestidos de
baixa qualidade (LWC) ou calandrados, e quando não forem respeitados os valores de
compensação de ganho de pontos. Fotolitos fornecidos sem a devida correção da curva de
ganho de pontos não serão reproduzidos dentro dos padrões da prova, pois a impressão
sofre este ganho. O sistema Cromalin oferece provas para cores Pantone.
Press Match - É o mesmo sistema da Cromalin, de fabricante diferente. Esse tipo de
prova, por usar papel de base mais áspero e pigmentado, oferece maior proximidade
com resultados obtidos em impressão de papéis de superfície menos lisa e de menor
alvura.
Prova digital gráfica - Prova obtida direto do arquivo de editoração, sem necessidade
de fotolito. Garante fidelidade gráfica graças à decomposiçao da imagem em pontos
(retícula). Pode-se usar essa prova para controle de tintagem, mas o resultado deverá
ser compensado em máquina. O alto custo do equipamento que a produz é fator que
limita sua popularização.
P O S I G R A F
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Check list de revisão de provas
Faça a conferência dos itens abaixo quando for revisar uma prova. Não esqueça de assinar
e datar todas as provas.
MEDIDA (FORMATO)
Conferir, com régua, as medidas de lombada/frente (largura) e pé/cabeça
(altura).
REGISTRO
Ver com uma lente conta-fio as cruzes de registro, e certificar-se de que haja
encaixe das quatro cores.
ERROS DE TIPOGRAFIA
Falhas em tipos, manchas de texto e títulos.
VISÃO MACRO PARA MANCHAS
Coloque a prova a seus pés, e “aperte” os olhos, analisando a prova. Bom para
enxergar manchas em grandes áreas de benday.
PAGINAÇÃO
Confira a seqüência de páginas.
SANGRIAS
Verifique se há margem para sangria. As gráficas costumam fornecer as provas
com um fio na marca de corte; o que estiver além desse fio, será cortado.
POSIÇÃO FRENTE/VERSO, PÉ/CABEÇA
Para que nenhuma página saia de “ponta-cabeça”.
RETRANCA DE TEXTOS
É a seqüência dos textos nas colunas.
ALINHAMENTO FRENTE/VERSO
Confira, colocando a prova contra a luz, se há encaixe entre imagens repetidas na
frente e no verso na mesma posição (por exemplo, numeração de páginas).
ENCAIXES/ESPELHADOS
Espelho é toda imagem que atravessa de uma página para outra. É importante
conferir na prova se a imagem está alinhada nas duas páginas.
P O S I G R A F
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3e. Gráfica e fotolito – por uma visão única: a do cliente.
Na “briga” Gráfica versus Fotolito, quem sofre é o cliente, não a agência (ou designer, ou
produtor autônomo etc.).
Ao surgir um problema na gráfica, muitas vezes chama-se alguém do fotolito para tentar
resolver, já que “...o pessoal da gráfica disse que o problema está no filme”.
Se não houver comunicação entre fotolito e gráfica, a frase acima será verdadeira em pelo
menos sessenta por cento das vezes que for usada.
Ambos, gráfica e fotolito, devem promover interação para atingir o interesse comum - o
melhor resultado final.
A gráfica deve atingir expectativas divulgando seus parâmetros de operação. O fotolito,
preparando os originais para que estes parâmetros sejam seguidos.
A reprodução (impressão) deve apenas reproduzir fielmente, milhares de vezes, o que está
gravado no fotolito - nem mais, nem menos.
Mas a parte da agência (ou designer, ou produtor autônomo etc.) não é menos importante.
No capítulo “Pré-produção digital”, está o caminho do original até a pré-impressão
(fotolito).
Portanto, antes de enviar seus originais para fotolitar (não filmar; filma-se no cinema...),
promova essa interação, perguntando à grafica (após cada pergunta, a resposta da
Posigraf):
1 - Qual o sistema de impressão?
Offset.
2 - Qual o tipo de impressora?
Plana ou rotativa.
3 - Qual o tipo e gramatura do papel sobre o qual ocorrerá a impressão?
Todos os tipos de papel, nacionais e importados (ver gramaturas abaixo).
4 - Em qual lineatura os fotolitos devem ser fornecidos?
Para impressão em planas: 54 linhas/cm2 para papéis não revestidos ou de baixa lisura
(Sulfite, Offset, LWC), em gramaturas entre 50 e 400 gr/m2 (exceto p/ LWC, 60 gr/m2) com
expectativas de qualidade normal. 60 linhas/cm2 para papéis revestidos (Couchês) em
gramaturas entre 90 e 300 gr/m2, com expectativas de qualidade normais, ou 80 linhas/cm2
para expectativas de qualidade cima da média para os mesmos papéis.
Para impressão em rotativas: 48 linhas/cm2 para papéis de baixa lisura ou calandrados
(Bíblia, Jornal, Super Calandrado) em gramaturas entre 40 e 54gr/m2, com expectativas de
qualidade normal. 54 linhas/cm2 para papéis Offset e LWC, em gramaturas entre 60 e 90 gr/
m2, com expectativas de qualidade normal, e 60 linhas/cm2 para revestidos (Couchês).
(LWC: Low Weight Coated, revestido de baixo peso [gramatura])
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5 - O fotolito deverá ser positivo ou negativo?
Positivo.
6 - A camada deve ser legível ou ilegível?
Camada ilegível.
7 - Qual tipo de prova deve ser fornecida?
Cromalin, PressMatch, Kodak Approval PS ou similar. Em certos casos, pode-se aceitar print a
jato de tinta de alta definição. Consulte nossa Gerência de Produção Gráfica.
8 - Qual a curva de compensação de ganho de pontos praticada?
9 - Qual a limitação das tonalidades máximas do fotolito?
Impressão Plana
PORCENTAGEM DO FOTOLITO
5% a 25% (altas luzes e luzes)
26% a 75% (meias-tintas)
76% a 95% (sombras)
COMPENSAÇÃO MÉDIA
menos 5%
menos 7%
menos 10%
As compensações acima são médias, aplicam-se para imagens (não para bendays), e devem
ser respeitadas no escaneamento das mesmas, limitando-se as máximas em:
Cyan: 95%; Magenta: 95%; Amarelo: 95% e Preto: 88%.
Impressão Rotativa
PORCENTAGEM DO FOTOLITO
5% a 25% (altas luzes e luzes)
26% a 75% (meias-tintas)
76% a 95% (sombras)
COMPENSAÇÃO MÉDIA
menos 5%
menos 10%
menos 15%
As compensações acima também são médias, aplicam-se igualmente para imagens (não para
bendays), e devem ser respeitadas no escaneamento das mesmas, limitando-se as máximas
em: Cyan: 92%; Magenta: 92%; Amarelo: 92% e Preto: 85%.
10 - Quais tipos de chapa e tintas serão utilizadas?
Apenas em casos especiais (fora de padrão), deve ser feita consulta prévia.
Para cores Pantone ou outro tipo de cor especial, deve sempre ser informado o código da
cor. Para código de barras, a tintagem deve ser diferenciada. Consulte sempre a gráfica.
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3f. Transmissão de dados
PDF= Portable Document Format
A Adobe desenvolveu o PDF como uma forma segura de transmitir documentos
universalmente, garantindo que o conteúdo não sofresse modificações durante o processo de
transmissão. Os arquivos PDF são adotados por vários segmentos industriais como formato
de armazenamento digital de documentos ou utilizados dentro do fluxo de trabalho.
Exemplo: o laboratório Pfizer apresentou ao FDA (Food and Drug Administration, o
Ministério da Saúde dos E.U.A.) a documentação para aprovação do Viagra em PDF. Se fosse
em documentos-papel, daria toneladas.
Governos de todo mundo debatem a validade de documentos digitais, e o PDF aparece
como possível modelo para esse tipo de documento ser considerado legal. Certos segmentos
querem um documento a salvo de adulterações, mas a indústria gráfica quer que possam ser
feitas alterações em arquivos salvos em PDF. Hoje, um arquivo PDF pode ser configurado para
ficar travado (sem possibilidade de alterações), pode ser editável ou apenas servir de base
sobre a qual realizem-se modificações.
O formato PDF é completo, contendo todas as fontes, gráficos e informações necessárias
para que o arquivo apareça na tela e seja impresso tal como foi composto. São mais
compactos e leves, pois utilizam algorítmicos de compressão, sem perder nada em qualidade.
A portabilidade é total. Um arquivo PDF criado no Corel, em plataforma Unix, pode ser
editado e lido em Quark Xpress no Mac e impresso em qualquer impressora PostScript nível 2
ou 3. Obtem-se maior confiabilidade na criação de PDF através do aplicativo Adobe Distiller.
Podem-se utilizar ferramentas como o PRE-FLIGHT , para realizar check lists nos
arquivos; o PitStop, que permite adicionar ou excluir páginas de um documento enviado em
PDF; e o Crackerjack, que permite separação de cores direto de um arquivo em PDF
(desaconselhável para a Posigraf, pois trabalhamos em Composite).
Existem dois tipos de PREFLIGHT : o que examina o arquivo original e o que
examina o PostScript ou o PDF.
Arq. Original: examina a integridade, se está completo (com os links), identifica
problemas potenciais e, em certos casos, executa soluções possíveis. Uma vez que
ainda não foi gerado o PostScript, fica mais fácil corrigir eventuais erros.
Arquivo PS: Estes aplicativos “ripam” o arquivo em um formato editável. (RIP:
Raster Image Processor – ferramenta que converte arquivos vetorizados PostScript
para bitmap, para visualização ou impressão – no caso de Artes Gráficas, gravação
de filmes reticulados - em determinada resolução). Possuem ferramentas para corrigir
erros relativos a fontes, trapping e instabilidade dimensional (encolhimento/
alongamento do papel), gráficos e imagens.
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3g. CtP - Computer to Plate
Também conhecido como filmless (sem filme) ou DTP (Direct to Plate - direto na chapa), é
uma das novas evoluções tecnológicas gráficas, que permite a gravação de chapas para
impressão sem uso de fotolito.
Na Posigraf, uma de nossas imagesetters é também uma platesetter (copiadora de chapas ver foto abaixo).
Após a instalação definitiva desse sistema, poderemos ter o envio de arquivos por Internet
e cópia destes arquivos direto nas chapas de impressão, podendo também ser copiadas
chapas a partir de arquivos abertos ou fechados, enviados em disquetes ou outra mídia de
transporte.
A principal vantagem desse sistema é obviamente econômica devido ao corte com custos
de fotolito.
Gráficas de fora do Brasil (principalmente América Latina) utilizavam o sistema CtP como
diferencial, ganhando várias concorrências com gráficas nacionais por oferecerem custo zero
de fotolito.
Outra grande vantagem é a preservação do meio-ambiente, devido à eliminação do
processo químico de revelação dos filmes e da ausência do fotopolímero (base do fotolito)
após seu uso, cuja decomposição pela natureza é lenta.
Os obstáculos técnicos a serem vencidos ainda são as falhas de registro nas pontas da
chapa, repetibilidade de cópia, dificuldades de reprodução de imagens à traço muito finas
(em tipos de corpos reduzidos e fios 0,1) e suavidade de passagem nos blends (degradês).
A fidelidade e exatidão dos arquivos deve ser total, pois não será feita prova dos filmes
como no sistema Cromalin. Para preservar a integridade dos arquivos, deve haver apenas uma
ripagem, para prova digital e chapa (R.O.O.M. - Rip Once, Output-Many).
Uma prova adequada para o sistema CTP é a print a jato de tinta de alta resolução, emitida
antes do envio dos arquivos, sendo necessário gerenciamento de cores para simulação em
CMYK.
P O S I G R A F
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Definição
O CtP* ou direto na chapa, é um processo digital de transferência de imagem para a chapa.
Clientes providenciam todo material editorial e promocional em arquivos digitais (através de
disquetes ou transmissão remota de dados) para gráficas que, por sua vez, gravam
eletronicamente chapas de impressão, eliminando todas as tradicionais fases de preparação
de fotolito.
Breve histórico
Trata-se de uma tecnologia recente. A primeira revista a ser produzida inteiramente com a
tecnologia CtP, foi a “Sport Car International”, edição de maio de 1994, pela Publisher’s
Press, em Kentucky, EUA. Para realização deste feito, muito fotolitos de anunciantes foram
digitalizados através de um scanner, criando arquivos que foram então usados para gravar as
chapas.
A primeira publicação impressa com uma produção completamente digital, isto é, sem que
qualquer filme tenha sido digitalizado, ocorreu apenas em abril de 1995 (Scientific
American, impressa pela R.R. Donnelley&Sons Co., Illinois, EUA).
O que muda com o CtP?
O CtP é o elo que faltava para um fluxo de trabalho inteiramente digital para a produção
gráfica, compreendendo desde a criação até a matriz de impressão (chapa). Com a
tecnologia CtP a digitalização da produção gráfica ganha ainda mais força e a
profissionalização dessa produção digital torna-se muito mais crítica. É importante notar que
toda uma fase do processo, em que os filmes eram conferidos e analisados, deixa de existir.
O caminho entre a criação e o resultado final de impressão torna-se mais curto.
Para o ramo gráfico portanto, não trata-se apenas de uma nova tecnologia, mas de uma
nova forma de trabalhar, envolvendo um processo de aprendizado e transição para todos
envolvidos no processo: clientes finais, agências, bureaus e gráficas.
O bureau deixa de existir?
O bureau deve continuar ocupando seu lugar no mercado, uma vez que seu grande trabalho
não esta na saída de filmes propriamente dita, mas na preparação dos arquivos e aprovação
do trabalho junto ao cliente. O que muda é que ao invés do bureau dar saída nos filmes,
enviará os arquivos para um gráfica dar a saída em chapas. O próprio filme, deve durar por
um bom tempo no mercado e provavelmente nunca deixe de existir, devido a grande
disseminação de seu uso. Ainda hoje se investe muito em imagesetters e em filmes.
Observa-se alguns raros exemplos, como no mercado argentino, de bureaus investindo em
platesetter e no fornecimento de chapas gravadas para as gráficas. Esse movimento também
pode existir, mas a tendência não é esta. É mais fácil transportar arquivos do que chapas
gravadas sensíveis a luz. Para as gráficas por sua vez, a gravação de chapas é um processo
crítico que deve estar alinhado com o acerto das máquinas e treinamento de impressores.
P O S I G R A F
28
Trabalhar diretamente com gráficas vai depender do grau de conhecimento de produção
gráfica digital do cliente e de sua filosofia de trabalho. Alguns departamentos de marketing
ou agências tem equipamentos (servidores, scanners, etc..) e software de ponta e faz parte
da filosofia de trabalho destas empresas terceirizar o mínimo possível. Já outras agências ou
empresas não tem interesse em investir em equipamentos de ponta e preferem terceirizar a
maior parte do trabalho de editoração digital, concentrado-se na criação de suas peças.
Na medida em que os links de transmissão de banda larga tornem-se mais acessíveis, talvez
alguns clientes prefiram trabalhar diretamente com gráficas, cabendo aos bureaus saber
valorizar a comodidade e acessibilidade de seus serviços (por exemplo, produzindo fotos
digitais, oferecendo banco de imagens e acompanhando a criação de perto).
De qualquer forma o bureau, deve continuar ocupando um importante papel no mercado e
integrando-se cada vez mais às gráficas no controle do fluxo digital de trabalho.
A impressão ficará mais em conta?
O grande ganho do CtP está no processo e em como pode haver economia de tempo e
qualidade para todos os envolvidos. Deve-se observar que, atualmente, os fornecedores de
chapas digitais posicionam seus preços usando a seguinte equação:
Preço da chapa convencional + filme = Preço da chapa digital
Dessa forma, atualmente não há grande economia com o descarte do filme propriamente
dito, mas como a tendência do mercado é de aumentar a produção de chapas digitais e
equipamentos de CtP, com o tempo poderemos observar o preço dessas chapas caindo. Podese dizer que há um “potencial”, com o passar do tempo e com a transição entre as
tecnologias, de haver uma redução no custo final da impressão, mas que os maiores ganhos
são da qualidade e agilidade no processo de produção gráfica. Os ganhos produtivos na
impressão vão variar de gráfica para gráfica.
O mercado hoje
As gráficas que saíram na frente foram as gráficas de grande porte do segmento editorial,
devido ao alto investimento e a facilidade de controle do fluxo digital como um todo, pois
realizam serviços que são concebidos, editados e impressos dentro da mesma empresa . No
Brasil, a exemplo disso temos: Editora Abril, Editora Três e Editora do Brasil. Além disso, as
gráficas que se adaptam mais facilmente ao sistema são aquelas que já trabalham com fotolito
digital, tendo familiaridade com editoração eletrônica e saída de filmes.
Devido as grandes mudanças tecnológicas muita gráficas ainda estão inseguras em “apostar”
na tecnologia errada, pois existem muitas opções no mercado (chapa térmica, fotopolímero,
alido de prata ou híbrida/ tecnologia de tambor interno, externo ou plano/ laser azul ou
vermelho/maior ou menor grau de automação). A tendência é de redução do preço dos
equipamentos e convivência dessas diversas tecnologias, cada uma com suas características,
ainda por algum tempo.
P O S I G R A F
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Os quadros a seguir demonstram como há um clara tendência de crescimento da utilização da
tecnologia CtP acima das previsões iniciais:
Previsão de Instalações de CtP no Mundo – 1995
(com base nos sistemas com chapa de alumínio)
Platesetter
1995
1996
1997
1998
1999
2000
Jornais
4 páginas
8 páginas
16 páginas
Total
79
12
170
10
271
99
82
290
95
566
134
142
460
140
876
194
242
590
185
1211
239
372
700
230
1581
299
560
980
215
2054
-
+295
+310
+355
+370
+473
Crescimento
Previsão de Instalações de CtP no Mundo – revisadas em 1998
(com base nos sistemas com chapa de alumínio)
Platesetter
1995
1996
1997
1998
1999
2000
Jornais
4 páginas
8 páginas
16 páginas
Total
49
12
190
60
311
69
162
390
100
721
104
422
920
140
1686
200
1000
1600
300
3100
400
3000
2400
400
6200
1200
6000
4000
900
12100
-
+410
+965
+1414
+3100
+6200
Crescimento
* projeções da Digital Printing Report
Conclusão
A tecnologia CtP veio para ficar. Entretanto ainda devemos observar um período de
transição do processo atual para o direto na chapa. A tendência é que as grandes gráficas
partam para o CtP primeiramente e com isso o mercado gráfico comece o processo de
mudança de cultura para que essa nova forma de trabalho seja viável.
O bureau deve continuar ocupando seu lugar no mercado, uma vez que seu grande trabalho
não esta na saída de filmes propriamente dita, mas na preparação dos arquivos e aprovação
do trabalho junto ao cliente.
O próprio filme deve durar por um bom tempo no mercado e provavelmente nunca deixe de
existir, devido a grande disseminação de seu uso. Os maiores ganhos são de um processo
mais ágil de produção gráfica e de uma maior qualidade final de impressão, devendo haver
uma leve redução nos custos finais de impressão a médio prazo.
P O S I G R A F
30
Principais adaptações e investimentos no Fluxo Digital de Trabalho via CtP
Adaptações a forma de trabalho
Clientes
Agências
Bureaus
Gráficas
Familiarização ao uso de provas
digitais para aprovação do trabalho
X
X
X
X
Preparação correta de arquivos
“pre-flight” (fontes, imagens, etc)
X
X
X
X
Familiarização a transmissão remota de dados
(provedores, links, formatos apropriados de arquivos,
tipos de compactação de imagem,
cuidados com segurança, etc.)
X
X
X
X
Familiarização a processos de
consistência digital de cores
X
X
X
Acompanhamento de tecnologias digitais em
constante aprimoramento no mercado
X
X
X
Maior integração entre todas as partes
envolvidas no processo
X
X
X
Treinamento de impressores para uso de
nova chapa e novas provas de impressão
Atualização profissional constante (treinamentos
em novas versões de software, novos equiptos., etc...)
Investimentos
X
X
X
X
X
Clientes
Agências
Bureaus
Gráficas
Platesetter e periféricos
X
Infraestrutura digital (RIP, servidores,
computadores de alta performance, etc...)
X
X
Redes de alta velocidade (internas e externas)
X
X
Back up para grande quantidade de informações
X
X
Sistema de prova digital
X
X
Integração de sistemas (software de
gerenciamento de fluxo digital)
X
X
Monitores especiais calibrados
X
X
Processadora de chapas e chapas digitais
X
Software de gerenciamento de cores
X
X
Upgrade constante de software
X
X
P O S I G R A F
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Principais vantagens, economias e ganhos potenciais
Economias
Clientes
Agências
Bureaus
Gráficas
De tempo (mais tempo para criação, aprovação,
menos ociosidade de equipamentop e pessoal
X
X
X
X
Com fretes aéreos e
entregas rápidas
X
X
X
X
Suprimentos (filmes, produtos químicos para filmes)
X
X
X
X
Maior alternativa de fornecedores
(o fator distância pode deixar de ser impeditivo)
X
X
X
Com pessoal (fotolitógrafos, gravadores de chapa,
retocadores)
X
Com acerto de máquina
X
Espaço (até 50% de economia com espaço
na área de pré-impressão)
X
Qualidade
Clientes
Agências
Bureaus
Gráficas
Resultados mais previsíveis
X
X
X
X
Melhor reprodução de máximas e mínimas (1% a 99%)
X
X
X
X
Melhor registro de impressão
Maior qualidade. Ponto de primeira geração
P O S I G R A F
X
X
X
X
X
32
TABELA DE CÁLCULO PARA ESPESSURA DE LOMBADAS
Para calcular a espessura de lombada de livros e revistas, use a seguinte fórmula:
E
X NÚMERO DE PÁGINAS
2
1.000
(E: Espessura - ver tabela)
Tipo de papel
Gr/m2
Espessura
Offset
56
70
Offset
63
79
Offset
75
94
Offset
90
110
Offset
120
143
Offset
150
180
Couchê L1
90
77
Couchê L1
105
90
Couchê L1
125
113
Couchê L2
95
78
Couchê L2
120
99
Couchê L2
150
126
Couchê Matte (fosco)
95
93
Couchê Matte (fosco)
120
114
Couchê Matte (fosco)
150
152
Esta tabela fornece números aproximados
P O S I G R A F
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