KIDS em FESTA - Dona Comunicação

Transcrição

www.kidsinrio.com.br
Distribuiçãogratuita-Ano
gratuita - Ano1-nº6-Outubro/Novembro
1 - no6 - Outubro / Novembro
2010
Distribuição
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Ano 1 - no 6 - Outubro / Novembro de 2010
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toda a família e para todas as ocasiões.
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Indice
CAPA
64
Religião e crianças, como lidar?
MODA
56
Um editorial de moda cheio
de bossa em homenagem ao
Dia das Crianças
GUIA DE FESTAS
15 Very
Important Kid
Cupons destacáveis
para serviços e
espetáculos
28
Tudo para montar a festa
dos sonhos para o seu filho
BATE-PAPO
08
Pedro Werneck conta a história
que deu origem à ONG
Instituto da Criança
07
Destaques
Novidades para pais e filhos
20
Guia de Compras
Brincadeira consciente e atemporal
12
Com a palavra...
A Neurologista Carla Jevoux
22
Esporte
Polo Aquático
13
Segurança
Cuidados com os olhos das crianças
24
Educação
Ensinar a aprender
17
Pet & Cia
Cuidando do seu pet
41
Guia de Anunciantes
Ache o que o Rio tem a oferecer
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47
Saúde
Alimentação infantil
74
Guia de Programação
Turista na Cidade Maravilhosa
50
Lazer
Brincando com a comida: um dia na feira
77
Por Perto
Turista pelos arredores do estado
52
Gastronomia
Assim eles vão querer mais brócolis
80
Diário de Bordo
Do outro lado do mundo
54
Decoração
Brincando de decorar
88
Espaço Kids
Hora do recreio
68
Palavra de mãe
Games infantis: abaixo ao excesso!
92
Mural Kids
Festa das crianças
70
Beleza
Cuidados com os cabelos das crianças
94
Onde nos achar
Kids por aí
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Editoria
Para a hora do lazer, o Guia de Programação traz dicas para seu filho se tornar um
verdadeiro turista no lugar onde mora; os
cuidados necessários com seu bichinho de
estimação; um dia inteiro de diversão em
uma feira livre, conhecendo os alimentos;
e o incrível diário de bordo de uma mãe
viajando com a sua pequena filha por uma
terra distante e ainda pouco conhecida por
muitos brasileiros, o Japão.
Mas como nem tudo é só folia, vamos falar também de alguns assuntos sérios, que
prometem ajudar os pais na criação de seus
filhotes: há informações sobre as diferentes metodologias de ensino utilizadas nas
escolas - fundamentais nesta época de começar a decidir o colégio para o ano que
vem, um artigo sobre enxaqueca infantil,
uma matéria sobre a alimentação dos pequenos e outra sobre os cuidados com uma
das partes mais delicadas do nosso corpo,
os olhos. E para finalizar, o diretor da
ONG Instituto da Criança, Pedro Werneck, fala sobre o empreendedorismo social e
como cada um pode fazer a sua parte para
melhorar seu pedacinho de mundo.
Aproveite!
Kids in Rio
Outubro / Novembro de 2010
Outubro é o mês das crianças e, como não
poderia deixar de ser, a Kids in Rio faz uma
homenagem toda especial para a garotada.
São 7 páginas de um editorial de moda descolado com o que há de mais in para os pequenos das mais variadas idades, tamanhos
e estilos. E os mimos não param por aí:
temos matérias com dicas de como cuidar
da cabeleira da criançada, brinquedos ecologicamente corretos e dos nossos tempos,
objetos de decoração que mais parecem
brincadeira e um guia completo de festas
infantis com opções diferentes e inusitadas.
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Expediente
Direção: Cynthia Jacques ([email protected])
Assistente de Direção: Elaine Godinho ([email protected])
REDAÇÃO
Jornalista Responsável: Marcella Sarubi MTB: 30864
Reportagens: Aline Zanella, Luciana Baroni, Marcella Sarubi, Naia Maciel e
Thaís Freitas (Dona Comunicação – [email protected])
Colunista: Allan Wajnberg (Pet & Cia)
Colaboraram nesta edição: Dra. Carla Jevoux (Com a palavra...), Flavio Salles
(Espaço Kids), Gabriela Soares Maia (Gastronomia), Daniel Tornaim Spritzer
(Palavra de mãe), Daniela Fortes (Diário de Bordo)
Capa e Editorial de Moda: Gostaríamos de agradecer às crianças que se
divertiram conosco para fazer A FESTA, voluntárias da bagunça e cheias de bom
humor, e a seus pais, extremamente pacientes e excelentes educadores.
João Felipe Vicente Lopes de Azevedo, Renata Maria de Alencar Gomes Gonzalez,
Julio César Vicente Lopes de Azevedo, Clara Ribeiro Langer, Gabriel Ráfare de
Paiva, Vitória Soares Bueno, Henrique Soares Bueno, Guilhermina Silveira Freitas
Guimarães, Fabio Puente Varela, Luisa de Alcantara Roxo Brea
Produção: Kids in Rio e Priscilla Jacques ([email protected])
Assistentes de Produção: Elaine Godinho e Iara Souza
Empresa Parceira: Marcelo Vallin Fotografia (21 7883-8014)
Fotógrafos: Marcelo Vallin e Emmanuel Carvalho (21 7698-8494)
Assistente de fotografia: Caio Amy (21 7818-3547)
Beleza: Tehúli Resende (21 7118-3823) e Beth Ribeiro (21 3071-4006)
Apoio: La Fábrica Ipanema (21 3813-1010 / 3813-2255) e
Panos Pra Manga (21 8840-1089 / [email protected])
Direção de Arte: Charlles Amorim ([email protected])
Edição/Design: Mario Lima ([email protected])
PUBLICIDADE
Comercial: Daniel Vieira ([email protected]) e
Iara Souza ([email protected])
Sugestões de Pauta: [email protected]
Impressão: Gráfica Ideal
Tiragem: 25.000 exemplares
Distribuição:
Matriz: Kids in Rio – www.kidsinrio.com.br
Tel: (21) 4063-8004
(11) 4063-8004
E-mail: [email protected]
Rua Maria Quitéria 121/202 – Ipanema
Cep: 22410-040
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Destaqu
Para experimentar em casa
A grife paulistana Maria Florzinha, especializada em roupas,
gifts e goodies só para meninas, chega ao Rio de Janeiro
trazendo a sua tão cobiçada e irresistível “malinha”. É muito
simples: pelo site ou pelo telefone, o cliente escolhe as roupas
que gostaria que a filha experimentasse. A loja fecha todas as
opções numa fofíssima mala e entrega na casa da pessoa, para
que as florzinhas possam experimentá-las, sem compromisso e
com todo o conforto. Depois de escolhidas as peças, a marca
recolhe o restante e recebe o pagamento referente ao que foi
selecionado. Além de uma brincadeira divertida para as meninas, que se sentirão verdadeiras princesas, o serviço evita os
provadores, as “saias justas” e manhas, que acontecem quando
a filha gosta da roupa, mas a mamãe não.
Tel.: (21) 9103-6948 – Ju Bereicôa ([email protected])
Site: www.mariaflorzinha.com.br.
Praticidade e design
Criança pequena dá um trabalhão, não é? Sem falar
em carregar todos os objetos e utensílios necessários
para garantir a segurança da turminha. Por isso, optar por produtos práticos, desenvolvidos de maneira
funcional, é a saída para facilitar a vida. O cadeirão
portátil dinamarquês HandySitt Minui, que acaba
de chegar ao Brasil, oferece um conceito novo em praticidade e segurança para o dia a dia de famílias com
crianças de 6 meses a 5 anos de idade, além de ter um
design pra lá de arrojado. A cadeira é facilmente dobrável, portátil e pesa somente 2,5kg. A partir de R$
452, na Scandinavia Designs - Tel.: (11) 3081-5158
ou na Best Baby - Tel.: (11) 3083-6444
Projeto Sambebê
Ter filho pequeno é privar-se de alguns programinhas
culturais e de lazer. Era! O Sambebê é o projeto ideal
para os papais e mamães que estão nessa: adoram curtir seus pequenos, mas querem ouvir uma boa música
com amigos, de vez em quando. Os shows do Sambebê
tem ambiente preparado para o “pequeno público”:
não é permitido fumar, o som é mais baixo, há um
trocador à disposição e tapetinhos com brinquedos
no chão. Não existe idade mínima para e pode levar
o bebê-conforto e “estacionar” os carrinhos em locais
apropriados. Slings ou cangurus são bem vindos facilitam a locomoção e dão mais liberdade para bailar
com os pequenos. A próxima edição acontece no último domingo de outubro, dia 31. Mais informações,
basta acessar o site www.sambebe.com.br
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po
Bate-pa
Gente do Bem
Conheça a história de Pedro Werneck e do Instituto
da Criança, organização assistencial que trabalha
com um conceito pouco difundido no Brasil, o
empreendedorismo social.
Por Luciana Baroni e Marcella Sarubi
Com sede no Rio de Janeiro, em São Paulo,
e um comitê de captação em Nova Iorque,
o Instituto da Criança (IC) é uma das principais organizações do país a lutar por melhores condições de vida para cidadãos que
vivem em situação de risco social. Com 16
anos de existência, o grande diferencial no
trabalho do IC é que ele levanta uma bandeira diferente e ainda pouco difundida no
Brasil: a do empreendedorismo social. Em
homenagem ao Dia das Crianças, a Kids in
Rio conta a história dessa iniciativa incrível
e de Pedro Werneck, seu fundador, que dedica a vida à causa. Sabe aquele ditado de
que se deve ensinar a pescar em vez de dar o
peixe? Pois é, Pedro Werneck segue à risca.
A ideia de criar uma espécie de “incubadora social” foi de Pedro, que, desde o
início de 2008, destina a sua rotina diária
integralmente às tarefas do Instituto da
Criança. À experiência dele como empresário, juntou-se a do irmão, Carlos Werneck, que é atuante no mercado hoteleiro e
parceiro de Pedro na empreitada. Unidos,
desenvolveram o conceito base do IC: usar
o empreendedorismo a serviço das causas
sociais: “O objetivo principal é mostrar o
que cada um pode fazer para contribuir em
processos de transformação social e para o
desenvolvimento sustentável. Orientamos
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como as pessoas podem aprimorar a gestão
de seus projetos, ações e atividades ligadas
ao Terceiro Setor. Somente boa vontade
não basta, é preciso ter experiência e visão
corporativa”, explica Pedro, que tem 47
anos e é pai de três filhas.
Basicamente, o Instituto da Criança atua
em três frentes diferentes, mas interligadas
pela missão do grupo: capacita instituições,
líderes, funcionários e pessoas envolvidas
no voluntariado para gerir e administrar
as instituições sob moldes empresariais;
oferece consultoria a empresas privadas
interessadas em responsabilidade social,
almejando sempre uma melhor forma de
administrar ações assistenciais; e, ainda, desenvolve três programas próprios, o Hora
da Leitura, uma atividade extracurricular,
que procura incentivar a leitura em regiões
de vulnerabilidade social; o Pense Alto, de
inserção de jovens de baixa renda no mercado na área de vendas; e o Espaço Cidadão, de resgate à cidadania, focando em
orientação aos pais, que já atendeu mais de
7 mil adultos em sete anos.
Buscando unir indivíduos com o objetivo comum de fazer o bem, o Instituto da
Criança já ofereceu apoio a milhares de
pessoas, colaborou com 21 instituições e
contou com a participação de mais de 550
voluntários e parcerias com 165 empresas.
Atualmente, além da capacitação ao Terceiro Setor, a organização apoia nove instituições, entre creches, centros comunitários,
uma casa de apoio a crianças com paralisia
cerebral e abrigos.
Como tudo começou
Em 1994, um momento único mexeu
com a vida do carioca, e até então empresário, Pedro Werneck. Talvez não um momento propriamente dito, mas uma pessoa. Era Flordelis dos Santos, uma “mãe
de coração” (e bota coração nisso) de mais
de 30 filhos, entre adotivos e biológicos,
que viviam na favela do Jacarezinho, no
Rio de Janeiro, em condições de extrema
precariedade.
Inicialmente, Pedro apenas contribuía
com um valor mensal, sem grande envolvimento, imaginando ser apenas mais um
doador. Depois, por conta de um problema na Justiça, relativo à guarda das mais
de 30 crianças, Flordelis foi considerada
uma “fora da lei” e ele decidiu suspender
o auxílio. Mas, qual não foi sua surpresa, quando a própria Flordelis entrou em
contato, informando a importância de sua
ajuda e como ela garantia o sustento da
numerosa família. Ele descobriu que o lar
não possuía mais doações além da dele e
de seu outro irmão, Zeca Werneck, que
na época também contribuía. Finalmente, Pedro teve a oportunidade de conhecer
pessoalmente Flordelis e foi tocado por
um sentimento maior ainda, de compaixão. Não pensou duas vezes. Convocou
o irmão Carlos e, juntos, decidiram abraçar de vez a causa, mobilizando amigos
e quem mais fosse possível para socorrer
àquela mãe e a seus mais de 30 filhos.
Conseguiram. A família permaneceu
unida, recebeu novos membros e, hoje, é
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composta por 50 “filhos de coração”. Esse
pessoal aprendeu tão bem a lição, que decidiu multiplicar o conhecimento e fundou o
Instituto Flordelis, responsável por desenvolver quatro projetos de educação musical,
dança, reabilitação de usuários de drogas e
apoio a jovens vítimas de abuso sexual.
co mais de 20 anos, cuidava de 35 crianças
portadoras de paralisia cerebral, que foram
abandonadas pelos pais. O espaço era mantido com recursos escassos, provenientes
do Estado. Fernanda, sem experiência em
administração, tinha muita dificuldade em
manter em dia as contas do local. Era hora
de arregaçar as mangas e fazer tudo de novo:
Essa primeira experiência foi o bastante os irmãos recorreram aos amigos, fizeram
para alterar o sentido da vida de Pedro Wer- novos contatos e deram início a mais uma
neck. “Na medida em que contribuíamos ação conjunta. Conseguiram novamente!
para mudar a realidade de algumas pesso- Hoje, Fernanda e as crianças moram numa
as de forma tão significativa, adquirimos sede própria, com recursos obtidos pelo IC
uma percepção de realização extraordinária, e as contas estão todas em dia.
até então desconhecida para nós. O que fazíamos era um pequeno esforço, mínimo, Daí para o trabalho evoluir e ser fundado o
perto do efeito que causava. Descobrimos Instituto da Criança foi um caminho natualgo muito importante: o sentimento de ral... O que era apenas uma apoio informal
utilidade. Assim fomos estimulados a fazer e improvisado, fruto da iniciativa de um
mais, ainda que sem saber muito bem de homem e seu irmão em buscar ajuda para
que maneira”, conta.
quem necessitava, foi ganhando corpo e se
transformando em uma instituição sólida,
Foi aí que, mais uma vez, uma mãe de cora- cada dia mais reconhecida e respeitada dengem atravessou o caminho de Pedro e Carlos tro e fora do país.
Werneck. No Lar Santa Catarina, em Petrópolis, cidade serrana do Rio de Janeiro, a Conheça melhor a instituição e participe
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deve ser tratada desde cedo
Dra. Carla Jevoux
A enxaqueca infantil é mais comum do
que se imagina. Ela atinge cerca de 10%
das crianças com idade entre 7 e 15 anos
e tem como principal sintoma as dores
de cabeça constantes. Muitos pais ficam
sem saber o que fazer e em que momento
devem realmente se preocupar com o problema, já que, em geral, a criança não consegue expressar bem a intensidade da dor.
Além das fortes dores de cabeça, casos
crônicos de enxaqueca podem levar a
criança a ter crises de vômito e até dor abdominal. Os motivos das crises durante a
infância são muito variados. Alimentação
inadequada, horas em frente à televisão,
computador ou videogame, associadas
à diminuição das horas de sono podem
desencadear a dor. O problema é tão
grave que chega a ser limitante para as
crianças, podendo, até mesmo, reduzir o
rendimento escolar e fazer com quem atividades rotineiras, como correr e brincar
sejam deixadas de lado em razão da dor.
Na maioria dos casos, o tratamento para
crianças que sofrem de enxaqueca não
requer o uso de medicamentos e as crises
costumam melhorar apenas com repouso
em um lugar calmo, que facilite o sono.
A melhor maneira de evitar a doença é
prevenir as crises, pois alguns fatores são
responsáveis por desencadear a enxaqueca
infantil e devem ser evitados, como o consumo frequente de alimentos com conservantes em excesso, gordurosos, cítricos,
embutidos, leite e derivados, adoçantes
artificiais, chá e refrigerantes, bem como
jejum prolongado, problemas no sono,
excesso de atividades extracurriculares,
alterações emocionais, barulho excessivo
e exposição ao sol ou a odores fortes.
Os pais devem ficar atentos no caso de
queixas frequentes de dores de cabeça em
seus filhos e buscar um especialista o mais
rápido possível. Isso porque, as crises costumam ser bastante intensas e dolorosas.
Por se tratar de uma doença bioquímica
do cérebro, transmitida geneticamente,
não pode ser curada. Mas com o passar
do tempo, especialmente quando os casos
são prevenidos e tratados, as crises podem
desaparecer sozinhas. Por isso, não pense
duas vezes antes de procurar um médico
neurologista, a fim de acabar com o sofrimento da criança e evitar que o problema
persista na vida adulta.
Dra. Carla Jevoux é neurologista, especializada em
dor de cabeça. Central de
marcações: (21) 2255-1055
e (21) 2235-2688
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Seguran
Obra de Marco Antonio Portella
Menina dos
Olhos
Por Thaís Freitas
Os olhos são uma das partes mais delicadas do corpo humano e, no caso das
crianças, das que mais correm risco de
ferimentos durante as brincadeiras. Os
perigos são muitos, variando desde o
contato com produtos de higiene, como
shampoo e sabonetes, até situações mais
graves, como perfurações por objetos
pontiagudos e queimaduras químicas
por substâncias cáusticas. Por isso, é essencial que os pais fiquem de olhos bem
abertos, para evitar consequências graves.
- A melhor medida é mesmo tentar
manter esses produtos longe do alcance das crianças, mas, se um imprevisto acontecer, é preciso lavar os olhos
com água limpa em abundância. No
caso de perfurações oculares, os pais
devem levar a criança imediatamente
ao pronto-socorro, evitando a compressão do globo ocular até a avaliação
da extensão dos ferimentos pelo oftalmologista – aconselha a especialista,
ressaltando que colírios e outros medicamentos nunca devem ser usados
sem prescrição médica.
A oftalmologista chama atenção para o
fato de que o trabalho de prevenção de
acidentes deve ser feito em conjunto pelos pais e professores, que devem estar
atentos ao ambiente onde a criança vive,
brinca ou estuda. “Os traumas oculares também são frequentes em crianças
maiores durante as atividades de recreação, esportes, no trânsito e com o uso
de fogos de artifícios. Muitos traumas
A idade principal em que costumam
ocorrer os traumas oculares é entre 5 e
14 anos, e os meninos são os que correm
mais riscos. De acordo com a oftalmologista Andrea Lima Barbosa, da Clínica de Olhos São Francisco de Assis, os
incidentes com garotos são duas vezes
mais frequentes do que com meninas,
devido ao fato de as brincadeiras deles
serem mais brutas. Entre os acidentes
mais comuns, a médica cita os traumas
com objetos como lápis, tesouras e brinquedos; e as queimaduras químicas por
alvejantes, acetonas, álcool e substâncias
cáusticas em geral.
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costumam ser minimizados e as pessoas
acabam não procurando um médico, o
que é um erro, pois parte do olho não é
visível a olho nu e engloba a retina e o
nervo óptico, estruturas oculares muito
sensíveis”, diz a Drª. Andrea.
Cuidado também com as alergias
e infecções
Outra preocupação para os pais são as
alergias e inflamações, comuns na vista
dos filhotes. As principais são as conjuntivites virais e alérgicas, mais frequentes
nos meses de abril a setembro, e o tersol, uma infecção de glândulas na borda
ou sob a pálpebra, perto dos cílios, que
costuma ser frequente devido ao hábito infantil de coçar os olhos. “O tersol
geralmente se cura com a aplicação de
compressas mornas de água limpa. Já as
conjuntivites virais são altamente contagiosas, razão pela qual as crianças com
esse diagnóstico devem ficar afastadas
das outras até receberem alta do oftalmologista, pois é extremamente difícil
fazer com que elas não levem a mão aos
olhos com frequência”, explica a Drª.
Andrea Lima Barbosa. Ela lembra ain-
da que, nos quadros muito intensos de
conjuntivite alérgica, é preciso o acompanhamento não só por um oftalmologista, mas também por um alergista.
Quando procurar um oftalmologista?
Os cuidados com os olhos da garotada
devem começar já antes dos 30 dias de
vida, quando é necessária uma visita
ao médico para fazer o teste do reflexo vermelho (teste do olhinho). É um
exame de extrema importância para o
diagnóstico e tratamento precoce das
principais causas de cegueira: catarata
congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma (tumor ocular comum em
crianças), retinopatia da prematuridade
e infecções congênitas. Caso nenhuma
alteração seja identificada com esse teste, a próxima visita ao oftalmologista
deverá ser entre os 3 e 4 anos de idade,
quando será preciso identificar se a visão
da criança funciona normalmente ou se
precisa de óculos. O uso dos óculos é essencial para a correta formação da visão,
que acontece até aproximadamente os 8
anos de idade.
Dicas para evitar acidentes
- Não dê objetos pontiagudos para as crianças, como facas ou tesouras com
pontas, e mantenha os produtos de limpeza fora do alcance delas.
- Plantas venenosas e espinhosas devem ficar longe dos baixinhos. Principalmente as que soltam líquido leitoso, pois podem causar irritação quando
em contato com os olhos.
- Produtos químicos, germes e poluentes geram problemas nos olhos dos pequenos nadadores. Por isso, o uso de óculos de natação é sempre indicado.
- Criança e cigarro não combinam. Nunca fume perto delas.
- É fundamental ensinar a garotada a lavar as mãos assim que acabarem
de brincar com os animais. O contato com as fezes de alguns bichinhos,
principalmente gatos e aves, pode transmitir a toxoplasmose, doença que
provoca inflamação nos olhos, podendo levar à cegueira.
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a
Pet & Ci
Zoo...
O quê?
Por Allan Wajnberg
A palavra é bem esquisita, mas você certamente já ouviu falar dela por aí. É a zoonose. Bem, caso nunca tenha ouvido ou
se informado sobre esse assunto, saiba que
ele é mais do que importante para quem
tem bicho em casa. Zoonoses são as doenças dos animais que podem ser transmi-
tidas ao homem e vice-versa. Gatos, por
exemplo, podem transmitir toxoplasmose
(olha aí, outra palavra esquisita!). Já os
cães podem passar raiva (essa já é conhecida, não?). E a lista de doenças não para
por aí. Saiba como se prevenir. E viva feliz
para sempre ao lado do seu pet.
•Limpe as fezes e a urina o mais rápido possível e desinfete adequadamente o local.
•Nunca compartilhe a cama ou alimentos com o seu bichinho.
•Evite beijos ou lambidas muito próximos de lábios, nariz e olhos.
•Procure um médico sempre que alguém for arranhado e/ou mordido por um animal.
•Consultas periódicas ao veterinário podem (e devem) ser feitas.
•Evite levar a mão à boca, sem que a tenha lavado, depois de algum tipo de contato
com animais.
Alguns cuidados que podem ser tomados com todos os tipos de animais:
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Cuidados com cães
- Com os cachorros, tenha um cuidado específico com as brincadeiras de morder,
pois é através da mordida que o bicho pode transmitir a raiva, uma doença causada por vírus e que pode levar à morte. Muita gente não sabe, mas a raiva também
é transmitida por gatos, ratos, macacos, morcegos, entre outros.
- Tome cuidado com as pulgas do bicho, pois elas também podem transmitir doenças, como verminoses. Mantenha sempre o seu animal limpo, dê banho nele
regularmente. Isso evita também que ele desenvolva sarna, que é causada por ácaros.
Cuidados com gatos
- Evite ao máximo os arranhões e as mordidas dos felinos e tome cuidado ao mexer em locais onde os gatos costumam fazer as suas necessidades. É assim, principalmente, que a toxoplasmose é transmitida. Essa doença é séria especialmente
em mulheres grávidas, pois há risco de ser transmitida ao feto. E em crianças ela
pode causar problemas neurológicos, cardíacos e até cegueira.
- Assim como com os cães, os gatos também transmitem raiva, por isso não deixe
de ir ao médico caso seja mordido por um felino.
Cuidados com répteis
- Por terem uma temperatura corporal muito diferente da do ser humano, os répteis não apresentam muitas zoonoses. Ainda assim, podem hospedar algumas bactérias, causando doenças como a gastroenterite. Lave as mãos sempre que mexer
com esses animais ou com suas fezes.
Cuidados com hamsters e coelhos
- Uma das doenças mais preocupantes que podem ser transmitidas por esses bichos é a leptospirose. Ela é contraída através da urina do animal infectado e seus
sintomas são diarreia, dores no abdôme, hipotensão. Em alguns casos a leptospirose leva até a morte. Evite, claro, contato com a urina desses animais.
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Boneco Melão
Cheio de semente de melão dentro, depois de brincar,
enterre-o de no vaso e espere nascer um pé de melão.
Quanto: Boneco Cha-cha Melon látex R$ 275
Onde: Vendas pelo site e entregas em todo Brasil
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Monstronela
Feita 100% de papelão reutilizável, pode ser pintada e personalizada de acordo com o dono. Brinquedo porta brinquedo!
Quanto: Maleta Monstronela R$ 39 (com seis lápis de cera)
Onde: Loja Objeto – Rua Visconde de Pirajá, 351
Fórum de Ipanema, lj. 220. Tel.: (21) 2523-7794
Brincadeira
consciente
Por Marcella Sarubi
A preocupação com o futuro do planeta já é regra na vida
das crianças. Então colabore com presentes à altura!
Bolas de futebol orgânicas
As mini-bolas de futebol, em brim e algodão despertam a consciência ecológica nos mais miudinhos, são macias e não machucam.
Quanto: U$ 20. Onde: www.loomstate.org
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Aprendendo a cuidar da natureza, criançada vai adorar ver
crescer o cabelinho verde do Boneco Eco!
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Onde: [email protected]
ou nos telefones (21) 3010-4713 e (21) 3020-3423
Ecolivro
Além dos temas eco-conscientes, os livros são confeccionados com material
98% reciclado e contém um guia com dicas que ajudam a preservar a natureza.
Quanto: R$ 17 (cada). Onde: Zeide e Zazá – R. Visconde de Pirajá, 580 sl.
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Onde: PB Kids – Est. Da Gávea, 899 – Shopping Fashion
Mall. Tel.: (21) 3322-4449
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Quanto: R$ 129,88
Onde: Zeide e Zazá – R. Visconde de Pirajá, 580 sl.
206 – Ipanema. Tel.: (21) 2540-6083 / (21) 2512-4702
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Como
nossos pais
Por Cynthia Jacques
Sabe os brinquedos e jogos que você amava quando era criança?
Seus filhos também podem ter!
Buzina de Bicicleta
Sistema das antigas, design moderno com carinha da
joaninha ou de Sapo.
Quanto: R$ 49
Onde: Pylones - Av. das Americas, 5777 quiosque 35
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Lego
Para soltar a criatividade, montar, desmontar,
remontar!
Quanto: variam com os modelos e tamanhos
Onde: Lego - Av. Magalhães de Castro, 12.000,
2º. piso – Shopping Cidade Jardim, São Paulo.
Tel.: (11) 3758-2173 ou (11) 3758-2293
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esporte
Pra jogar bola até
debaixo d’água
Na forma de uma divertida brincadeira,
polo aquático ajuda no desenvolvimento
de aptidões como comando, liderança,
disciplina e trabalho em equipe
Por Luciana Baroni
Embora ainda pouco difundido no Brasil, o polo aquático vem conquistando
aqueles que curtem esportes na água e,
ao mesmo tempo, uma boa competição
em grupo. Para as crianças mais elétricas, o jogo, semelhante ao handebol mas
praticado na água, é uma oportunidade
de gastar energia, aprender a manter o
equilíbrio e a disciplina, além de aliviar
o calor carioca com uma dose de brincadeira. Os mais introspectivos também
costumam se identificar com a atividade, que por estimular o convívio e o trabalho em equipe, ajuda a fazer amigos.
Sem falar que faz bem para a saúde dos
pequenos e pode representar o início de
uma carreira como esportista.
Se as crianças adoram, muitos são os
motivos para os pais apoiarem essa onda:
o esporte é considerado uma atividade
física completa, por trabalhar a coordenação motora dos membros superiores e
inferiores e auxiliar no controle de peso
e em problemas respiratórios, além de
estimular a capacidade de raciocínio da
molecada. A partir das primeiras aulas,
os alunos já aprendem a lidar melhor
com os movimentos dentro d’água, o
que também pode reduzir riscos de afo-
gamentos no mar ou na piscina.
A prática é indicada para meninos e meninas a partir dos seis anos, pois com
essa idade eles já conseguem assimilar
algumas das regras da competição, que
são mais complexas e interpretativas
do que as do futebol, por exemplo. É o
que explica Carlos Eduardo Carvalho,
supervisor e técnico principal de polo
aquático do Fluminense F.C., uma das
instituições filiadas à Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro (FARJ):
“Como as regras têm significados muito
diferentes dependendo de cada árbitro, é
necessário que a criança tenha um nível
maior de entendimento para conhecê-las
e começar a interpretá-las”.
Eduardo Alcofra, de seis anos, é um desses praticantes-mirins apaixonados pela
modalidade, e já fez muitos amigos na turma. O pequeno jogador está aprendendo
as regras das competições e desenvolvendo
capacidades e usufruindo dos benefícios
que o exercício pode trazer: “Eu gosto mesmo é de quando jogamos todas as crianças
contra o professor, de roubar a bola e fazer
gol”, conta o menino, a respeito de uma
das técnicas de treino.
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O treinador Carlos Eduardo Carvalho
afirma, ainda, que o diferencial das escolinhas do Rio está no fato de a maioria
delas não ter como finalidade a arrecadação, mas sim descobrir novos talentos do
esporte: “Para os que querem competir, as
oportunidades são muitas, com destaque
para o Festival Nacional Infantil, organizado pela Confederação Brasileira de
Desportos Aquáticos (CBDA), que acontece duas vezes por ano”, complementa.
Já para Antônio Pereira, professor de polo
aquático do Espaço Stella Torreão, no Rio
de Janeiro, o incentivo e participação da
família são fundamentais, ainda que não
se tenha a intenção prioritária de formar
um atleta: “A atividade infantil não tem
o caráter de treino propriamente dito. São
encontros que ensinam o esporte, mas
envolvem brincadeiras, com o objetivo de
aproximar a criança das regras do jogo e
da prática com a bola. É importante que
os pais levem os filhos às aulas com regularidade, pelo menos duas vezes por semana e, sempre que possível, promovam
atividades com bola, a fim de estimular as
habilidades da meninada”.
Como funciona o jogo
Uma partida de polo aquático é disputada por dois times de sete jogadores,
sendo um participante de cada equipe
o “guarda redes”, o que equivaleria ao
goleiro no futebol. Eles jogam em uma
piscina de aproximadamente 25 m de
Onde praticar:
Espaço Stella Torreão – Rua
Fonte da Saudade, 146. Lagoa.
Tel.: (21) 2579-3138
Federação Aquática do Estado
do Rio de Janeiro – Rua Santa
Luzia, 799. Centro.
Tel.: (21) 2262-5688
América F. C. – Rua Campos
Sales, 118. Tijuca.
Tel.: (21) 2567-7478
Botafogo F. R. | Sede Mourisco Mar – Av. Repórter Nestor
Moreira, s/n. Botafogo.
Tel.: (21) 2295-3247
C. R. Flamengo – Av. Borges de
Medeiros, 997. Lagoa.
Tel.: (21) 2159-0100
Fluminense F. C. – Rua Alvaro
Chaves, 41. Laranjeiras.
Tel.: (21) 2554-5199
Complexo Esportivo do Maracanã | Parque Aquático Júlio
Delamare – Professor Eurico
Rabelo, s/n. Maracanã.
Tel.: (21) 2334-1602
Tijuca Tênis Clube – Rua Conde
de Bonfim, 451, Tijuca.
Tel: (21) 3294-9300
Como o primeiro contato e o possível interesse pelo esporte dependem muito da
forma como ele é apresentado, é importante que, na hora de matricular a criança, os pais fiquem atentos e conheçam
bem a linha de trabalho dos instrutores.
Uma boa ideia é assistir uma aula e ver o
comportamento da equipe com a turma,
para analisar como lidam com questões
como comando, liderança e disciplina.
Além de certificar-se, claro, de que são
profissionais capacitados para ensinar o
esporte.
comprimento por 15 m de largura, sempre atacando e buscando a possibilidade
de fazer um gol, em uma jogada que
pode envolver todos os jogadores, mas
sem passar de 24 segundos, cronometrados pelo juiz. São quatro tempos de oito
minutos e as regras principais são: nunca
segurar a bola com as duas mãos juntas,
exceto o guarda redes, e nunca afundar a
bola na água quando atacado.
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ao
Educac
Lições para
a vida toda
Optar por escolas com correntes pedagógicas similares à
proposta de educação aplicada pela família é fundamental
para o pleno desenvolvimento das crianças
Por Luciana Baroni
Muitas são as questões que rondam a cabeça dos pais na hora de escolher a melhor escola para matricular as crianças.
Segurança, estrutura física, conteúdo e
planos de aula são quesitos que não podem ser deixados de lado ao analisar as
diversas opções de instituições existentes. Mas, afinal, você sabe qual a linha
pedagógica utilizada no local onde o seu
filho é formado, adquire conhecimento e
passa boa parte do dia?
Segundo a psicopedagoga, Maria Lúcia
de Oliveira Figueiredo, professora assistente do Departamento de Estudos da
Infância da Faculdade de Educação da
Universidade do Estado do Rio de Ja-
neiro (UERJ), é muito importante que
os pais fiquem atentos à dinâmica pedagógica que a escola emprega, que deve
ser semelhante à proposta de educação
aplicada pela família no dia a dia, dentro de casa. “Pais que são mais liberais,
por exemplo, não devem buscar estabelecimentos extremamente tradicionais.
Aqueles que valorizam atividades artísticas e culturais, também podem optar
por instituições que trabalhem esses aspectos. Já os que têm práticas religiosas
enérgicas precisam procurar uma escola
ligada à sua fé e à conduta que querem
passar aos filhos”, explica.
No país existem, basicamente, quatro
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correntes de ensino principais, que são
aplicadas pela maioria dos colégios da
rede pública e particular: tradicionalista,
construtivista, montessoriana e Waldorf.
Geralmente, em uma primeira busca por
colégios, os pais se deparam com o método tradicionalista, mais antigo e difundido no sistema educacional brasileiro.
Nele, o aluno é estimulado e preparado,
desde o início da vida acadêmica, para
exames como o vestibular e concursos
públicos, que primam pela quantidade
de conteúdo adquirido. Uma das características dessa linha é que o professor
tem a função primordial de transmitir
informações ao aluno, havendo certa
distância entre eles. As instituições que
adotam a corrente tradicionalista acreditam que a formação de um indivíduo
crítico e criativo depende da bagagem
de informação adquirida por ele e do
domínio do conhecimento consolidado
pelas aulas teóricas. Para psicopedagoga
Maria Lúcia Figueiredo, cada vez mais,
esse modelo se mescla a outras metodologias pela instituições de ensino fundamental, de forma que sua aplicação não
é tão rígida: “Acredito que o papel mais
importante da escola é favorecer o pleno
desenvolvimento da criança, aliando aspectos cognitivos, sociais e emocionais.
Assim, na época do vestibular, o indivíduo certamente estará preparado para
vencer esse desafio, que será apenas mais
um obstáculo de sua vida, e não a principal experiência e objetivo único de sua
dedicação aos estudos.
A filosofia montessoriana também é uma
possibilidade para os pais que querem opções diferentes do sistema tradicionalista
de aprendizado e avaliações convencionais.
Criada por Maria Montessori, o método
parte do pressuposto de que a criança tem
potencialidades natas e que devem ser exploradas. Assim, as aulas levam em consideração a personalidade do indivíduo para
propor atividades sensoriais e motoras ligadas às ciências, às artes e à música.
Por último, a linha Waldorf, elaborada
pelo filósofo Rudolf Steiner em 1919, é
a que mais enfatiza a relação da criança com a família. O método se baseia
na crença de que a atividade motora é
a base para que o aprendiz se desenvolva física, social e individualmente. Os
educadores são contra o uso de televisão, videogame e brinquedos industrializados, dando preferência a ações que
envolvem pedaços de madeira e sucata,
de forma que a própria criança os trans
Já a linha construtivista, elaborada
pelo filósofo Jean Piaget e que chegou
ao Brasil na década de 70, propõe que
os educadores devem buscar aproximar a
criança da inspiração que o próprio ambiente que a cerca proporciona, para que
o aprendizado aconteça espontaneamente. De acordo com essa metodologia, o
estudante tem capacidade de aprender e
se alfabetizar sozinho, desde que o seu
contato com a leitura seja estimulado no
decorrer da vida. O professor de uma
escola que segue a linha construtivista
tem o papel de coordenar as atividades
e simplesmente perceber como cada aluno evolui, sem conceitos rígidos e priorizando a auto-avaliação. A partir daí, é
que ele sugere situações de aprendizado
individualizadas e nas quais o estudante
se desenvolve através de relações e comparações. As escolas e os pais que optam
por esse estilo educacional defendem a
ideia de que estão formando cidadãos
mais críticos, opinativos e investigativos.
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forme em brinquedos. Nas escolas Waldorf os alunos são divididos em classes
por faixa etária, sem possibilidade de
repetência. Para uma relação de aproximação, o mesmo professor guia a turma
durante ciclos de sete anos, que buscam
especialmente o amadurecimento emocional dos pequenos. A avaliação é feita
com base nas atividades diárias dos estudantes, que são descritas em boletins
onde estão detalhadas habilidades e virtudes da criança, como perseverança,
motivação e força de vontade.
Das mais conservadoras às mais liberais, atualmente, na prática, as escolas
acabam por integrar essas quatro linhas
educacionais e, ainda, várias outras utilizadas mundo afora. Com ajustes e adaptações, o objetivo é que, no relacionamento diário entre alunos e educadores,
a criança absorva o que cada filosofia tem
de melhor, sem conceitos rígidos.
Vale frisar que o método utilizado para
aprendizagem, seja qual for, deve priorizar o desenvolvimento das principais
potencialidades de cada pessoa e sua
capacidade de enfrentar os desafios da
vida: “As crianças têm necessidades
particulares e é comum que pais com
dois filhos que possuem personalidades
distintas optem por matriculá-los em
instituições diferentes”, analisa Maria
Lúcia. Dessa forma, a psicopedagoga
indica que os pais devem respeitar as
peculiaridades dos pequenos e, ao mesmo tempo, o que acreditam ser o melhor em termos de educação para eles:
“É importante que a família visite e
conheças os estabelecimentos de ensino de seu interesse com os filhos, pois
a criança também precisa se identificar
com o local e os educadores para opinar. Juntos, todos podem analisar as
opções e decidir por aquela que melhor
se enquadra ao seu estilo de vida”.
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Funcionam
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Festas
Veja só que festa
de arromba!
Por Aline Zanella, Luciana Baroni e Marcella Sarubi
Nada mais excitante para as crianças do
que a chegada do tão esperado aniversário. Mas, até a festinha mais simples, se
não for bem planejada, pode se transformar em uma verdadeira dor de cabeça
para os pais. Entre convites, decoração,
balões de gás, lembrancinhas e quitutes,
para não correr o risco de decepcionar
os pimpolhos e fazer uma festa cheia
de surpresas, selecionamos uma lista de
empresas e serviços que vão fazer da comemoração do seu filho um momento
inesquecível.
Casas de festas
4 Teen Festas
Quando os pais forem escolher o local em que irão realizar as festinhas, é
importante que fiquem atentos para
oferecer atrações adequadas à idade da
garotada. Com os pré-adolescentes, por
exemplo, as baladinhas costumam fazer
sucesso. A 4 Teen Festas tem ambientes
criados especialmente para a turma de
nove a 14 anos que é ligada em música,
games, fotos e no mundo virtual.
O que oferece: ambientes temáticos, DJ,
jogos eletrônicos, espaço cyber, foto maluca, sala de bate-papo e buffet completo.
Preço médio: R$ 3.460.
Endereço: Rua Alice, 67. Laranjeiras.
Informações: (21) 3253-5533.
www.4teen4.com.br
Arca dos Sonhos
A casa de festas Arca dos Sonhos, em
Botafogo, promete uma tarde com
brincadeiras que não acabam mais. Isso
porque, o espaço oferece, em forma de
circuito integrado, pula-pula, tobogã,
piscina de bolinhas, labirinto, pontes e
túneis. A garotada animada ainda pode
gastar a energia que sobrou na discoteca,
nas máquinas de fliperama, jogar play
gol, basquete e dardo eletrônicos, ou subir no muro de escalada. Achou pouco?
Um camarim com fantasias, uma sala de
bonecas, um carrossel e a famosa “sala
do arrepio” completam a diversão. Ufa!
O que oferece: infra-estrutura em espaço de 1.000 m², buffet completo, mesa
de guloseimas, mesa de frios, buffet de
sorvete, decoração temática, recreação
dirigida, segurança, foto e filmagem.
Endereço: Rua Dezenove de Fevereiro,
22. Botafogo.
Preço médio: R$ 5.800.
Informações: (21) 2226-6872 e
(21) 3281-0700.
www.arcadossonhos.com.br
Espaço Encantado
A farra fica muito animada quando a
galera que adora uma aventura pode
praticar arvorismo, tirolesa, andar em
simulador de montanha russa ou em um
trenzinho elétrico que passa por dentro
de uma mina, entre tantas outras escolhas divertidas. O Espaço Encantado é
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uma das casas de festas mais completas
do Rio, com atrações diferenciadas, que
fazem até os adultos ficarem doidos de
vontade de brincar.
O que oferece: equipe de animação,
decoração, buffet completo e dezenas
de brinquedos com a supervisão de dois
monitores em cada um deles.
Endereço: Av. Ministro Afrânio Costa,
161. Barra da Tijuca.
Preço médio: a partir de R$ 5.600.
(21) 7892-2735.
www.espacoencantado.com.br
Festarte e Pintando o 7
As festinhas na Tijuca são só animação
com duas casas que deixam a garotada
que é antenada em novidades fascinada.
A Festarte tem um salão para 250 convidados e atrações que são o maior barato:
touro mecânico, body jump, mini-teleférico e até uma lan house. Já na casa Pintando o 7, a diversão é certa para os que
gostam de emoções radicais: há pista de
autorama, simulador espacial e de kart,
tirolesa, parede de escalada e cinema 4D.
O que oferecem: área baby, buffet, serviços de segurança e equipe completa de
copa e cozinha.
Maison Tropical
A casa de festas Maison Tropical, localizada no Grajaú, tem capacidade para
150 pessoas e conta com pista de dança,
varanda com queda d’água, espaço lounge, open bar, garçons, manobristas, DJs
e segurança.
O que oferece: além do local com toda
a infra-estrutura para a comemoração, a
casa acaba de lançar o Mayson Delivery,
que leva cerimonial, assessoria, decoração, buffet, animadores e tudo o que
for necessário para realizar uma festa em
qualquer lugar escolhido pelo aniversariante.
Endereço: Rua Teodoro da Silva, 998.
Grajaú.
Preço médio: R$ 4.500 para uma festa
com 100 convidados.
(21) 2578-4501
www.maisontropical.com.br
Animação
Newronio Malabares
Se depender dessa trupe, o circo está
Endereços: Festarte: Rua Uruguai, 328
/ Pintando o 7: Av. Maracanã, 1.306.
Ambos na Tijuca.
Preço médio: a partir de R$ 3.500. As
duas casas oferecem facilidades para parcelamento.
(21) 3238-5418
www.aquisuafesta.com.br
29
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montado. A equipe da Newronio Malabares se apresenta em festas e ensina a
turma a fazer acrobacias na hora, participando do show. O resultado são olhinhos vidrados, muita atenção, suspense
e vibração.
O que oferece: acrobacias, shows de
equilíbrio com monociclo e pernas de
pau, oficinas para as crianças e brindes.
Endereço: Av. Mem de Sá, 138, 2º andar. Lapa.
Preço: R$ 500 para uma oficina com
crianças e apresentação de dois malabaristas. O serviço deve ser solicitado com,
pelo menos, um mês de antecedência.
Informações: (21) 2509-5072 ou
(21) 2232-4660.
www.newronio.net
Caricaturma
A vida real sempre ganha um toque de
graça a partir do trabalho de um caricaturista, não é? Agora é possível levar
a brincadeira toda para sua festinha e os
convidados ainda ganham um brinde
divertido e único. A Caricaturma conta
com seis profissionais que, além de desenhar, animam a criançada. É sucesso
garantido!
O que oferece: além das caricaturas,
apresentações para entreter os convidados.
Preço: a combinar.
(21) 8161-4725.
www.caricaturma.kit.net
Embala Embola
Os tradicionais palhaços continuam
agradando e as crianças adoram. Mas
existem muitas atrações diferentes e novidades voltadas especialmente para elas.
Atividades como teatro e contação de
histórias com canções folclóricas e ritmos popularmente brasileiros estão na
lista de novas brincadeiras que, no fundo, lembram a infância lá de antigamente. Com a turma de recreação do Embala
Embola, a garotada é estimulada a criar
desenhos, historinhas e instrumentos
musicais guiados pelos temas dos shows
e peças de teatro apresentados pelos animadores. Como complemento, os convidados ganham desenhos nos rostos e nas
mãos, inspirados em animais e personagens da cultura popular brasileira.
O que oferece: shows de música e teatro; oficinas de instrumentos musicais,
desenhos, colagem e dobradura; atividades culturais interativas; pintura de
mãos e rostos, sempre inspirados em histórias do folclore nacional.
Preço médio: R$ 600. O serviço deve
ser solicitado com, pelo menos, dois meses de antecedência.
Informações: (21) 9536-1440.
www.embalaembola.blogspot.com
Gato Mia
Já imaginou uma festinha em que as
crianças possam criar perfumes e biju-
30
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terias, elaborar uma receita ou plantar
flores? As oficinas da Gato Mia ensinam
atividades diferentes para cada idade. A
turma costuma ficar orgulhosa quando
consegue montar, com as próprias mãos,
objetos a partir de sucata, vasos decorados com plantinhas, sabonetes, shampoos e condicionadores, além de uma
infinidade de produtos customizados.
O que oferece: oficinas de arte, culinária, teatro, jardinagem, pintura de camisetas, perfumaria, moda, bijuterias,
agendas, costura e fábrica de bonecas.
Preço médio: R$ 1.000 para festas com
cerca de 30 ou 40 crianças.
(21) 8111-9833.
www.gatomia.com
Panos pra Manga
Os mais miúdos, de um a três anos,
também ganham atenção especial na
comemoração. Com a Panos pra Manga,
especializada em animação para os bem
pequenos, cada festa é preparada com
base no gosto e na cultura que o aniversariante recebe em casa e na escola,
buscando criar um momento de emoção
para pais e filhos.
O que oferece: entretenimento para bebês com brincadeiras sensório-motoras,
atividades plásticas, música e contação
de histórias.
Preço médio: a partir de R$ 700, dependendo do número de animadores.
Informações: (21) 8840-1089
www.panospramanga.com
Brindes e Papelaria
Meu Quebra Cabeça
É possível personalizar de tudo na festinha do seu baixinho. A promessa vem
da empresa de papelaria e brindes Meu
Quebra Cabeça que, para facilitar ainda
mais a vida dos papais antenados, faz
vendas pela internet e entrega em casa.
Desde os básicos convites e a decoração, até as mais diversas lembrancinhas,
pode-se optar por personalizar qualquer
objeto com a foto ou o personagem preferido do aniversariante.
O que oferece: opções personalizadas
de convites e qualquer tipo de material
ou lembrançinha que os pais e os pequenos possam imaginar.
Preço médio: de R$ 300 a 3.000, dependendo do tipo de produto solicitado.
A empresa recomenda que os kits sejam
solicitados com, pelo menos, 45 dias de
antecedência.
Informações: (22) 2653-4454.
www.meuquebracabeca.com.br
Ideias & Kits
A empresa de design Ideias & Kits monta convites e lembranças a partir de qualquer tema, inclusive customizados um a
um, com o nome de cada convidado. E
o mais legal é que se pode usar qualquer
formato e deixar a imaginação fluir sem
limites. A casa já fez dedoches de palhacinhos para festas com o tema circo e até
convites em forma de travesseiro para
Companhia de Teatro
Andréa Tatata
O grupo leva o que há de mais belo na
arte do teatro para as comemorações
infantis. São bailarinos, cantores, esportistas e maquiadores que impressionam
pela forma inusitada de conduzir os
eventos. Todos se divertem dentro de
um ambiente interativo e surpreendente.
O que oferece: espetáculos teatrais com
temas pré-definidos, ou a partir de qualquer ideia dos pais ou da criança.
Preço médio: a partir de R$ 1.370. A
reserva de data deve ser feita com três
meses de antecedência.
(21) 9942-1116.
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De
Festa
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De Feltro
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Lembranças
Personalizadas...
Preço médio: a partir de R$ 6 para
convites (unidade) e de R$ 5 a 20 por
lembrancinha, dependendo do material
utilizado. Deve-se fazer o pedido com
antecedência, pois o serviço é totalmente
artesanal.
(21) 3507-3142.
www.ideiasekits.com.br
Arrivé Convites
Se a festinha é toda personalizada e cada
detalhe foi definido com a maior dedicação, o convite tem que ser “no capricho”, não é mesmo? A Arrivé Convites se
preocupa tanto com isso que personaliza
cada trabalho com imagens, desenhos,
tipos de fontes e cores exclusivas. Além
disso, o aniversariante pode escolher entre cinco formatos diferentes e 25 cores
de envelopes e todos os detalhes podem
ser solicitados pela internet, com entrega
em casa.
O que oferece: convites personalizados
com layouts exclusivos.
Preço médio: de R$ 1,99 a R$ 3,49 por
unidade.
Informações: (21) 3684-0523.
www.arriveconvites.com.br
Super Festas 153
Não importa o tipo de festa, a diversão
da molecada é entrar em um mundo de
animação e fantasia. Para ajudar a imaginação dos pequenos a correr solta, a
Crika
rika
(21)9111-4870
De Batismo
uma festa de pijama.
O que oferece: convites, lembrancinhas
e papelaria de qualquer tipo, formato ou
material.
Fernanda
ernanda
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De Comer
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Super Festas 153 comercializa brindes e
artigos como chapéus, óculos, fantasias,
máscaras, perucas, tiaras, coroas, acessórios havaianos, enfeites, piscas e neons.
Tudo muito colorido e brilhante, desenvolvido especialmente para deixar sua
comemoração ainda mais maneira.
O que oferece: brindes e adereços para
festas.
Preço médio: de R$ 150 a R$ 300 para
uma festa com 100 convidados.
Endereço: Rua Senhor dos Passos, 153 -
Saara. Centro.
www.superfestas153.com.br
Maria Quituteira
Não é porque a comida é natural que
as crianças precisam fazer cara feia, não
é mesmo? O buffet Maria Quituteira
consegue colocar na mesa das crianças
alimentos praticamente sem gordura e
visualmente atraentes. São lanchinhos coloridos e com carinha de brincadeira. As
crianças adoraram e os pais mais ainda.
O que oferece: buffet completo e natural, com opções de doces, salgados, bolos, biscoitos, cupcakes e muito mais.
Preço médio: de R$ 1.800 a 5.000
9338-1653
www.mariaquituteira.blogspot.com
Pote Cheio
É possível incrementar mais ainda o
cardápio com o buffet Pote Cheio, que
serve comidinhas de acordo com o gosto do aniversariante, e até sugestões que
as próprias mães podem dar. Para os
bebês, a pedida é biscoito maisena recheado. A empresa desenvolve menus
específicos com alimentos a base de soja
e vegetarianos.
O que oferece: buffet completo e barraquinhas, com cardápios tradicionais
ou inusitados. A empresa também atua
na assessoria e organização das festas,
aluguel de brinquedos, decoração, recreação, brindes, convites, cartões de agradecimento, foto e filmagem.
Luciana Trotta Festas
A delicadeza das festas infantis ganha
ainda mais evidência com lembrancinhas de biscuit, cupcakes decorados e
convites personalizados. O estilo da empresa Luciana Trotta Festas com certeza
vai agradar os pais que optarem por uma
festinha com decoração suave e detalhada, já que cada biscuit é trabalhado artesanalmente, sem moldes. As peças são
confeccionadas com base em um estudo
do perfil do aniversariante, sempre com
o maior carinho e dedicação.
O que oferece: brindes e enfeites em
biscuit, decoupage, decoração, doces,
bolos e convites temáticos.
Preço médio: de R$ 16 a R$ 25 por
peça, dependendo do formato, detalhes
e materiais utilizados.
Informações: (021) 7854-6557.
www.lucianatrottafestas.com
Buffet, bolos e
docinhos
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Preço médio: entre R$ 2.400 e R$
2.600 (apenas para o Buffet).
(21) 9997-0048.
www.potecheio.com.br
Ateliê Culinário
Há mais de 18 anos, o Ateliê Culinário
desenvolve receitas artesanais, que não
levam aditivos químicos, usando frutas
da estação, folhas sem agrotóxico, chocolate de altíssima qualidade e creme de
leite fresco. Além de saborosas, as comidinhas encantam pelo visual.
O que oferece: serviços de buffet com
bolo, doce, mini-muffins, cupckaes,
cookies, mini-panquequinhas americanas, scones de banana com canela (uma
espécie de bolinho inglês), mini-brownies, balas de gelatina, mini-quiches,
mini-pastéis e mini-sanduíches, sucos de
frutas, água de coco, refrigerante, mate
e cafés (para os pais). Com uma cafeteria localizada bem na entrada do cinema
Estação Vivo Gávea, o espaço também
realiza Cinefesta, com direito a muita pipoca, pão de queijo e diversão.
Preço médio: R$ 2.300 o buffet e R$
4.000 na opção Cinefesta.
Informações: (21) 2539-1505.
www.atelieculinario.com.br
Zazá para filhotes
O badalado restaurante carioca Zazá
Bistrô, famoso por seus deliciosos buffets para adultos, agora oferece uma opção saudável e divertida também para as
crianças. O Zazá para filhotes é o novo
serviço da casa, que produz comidinhas
muito atraentes, sem fritura, com ingredientes saudáveis e de altíssima qualidade. A equipe prepara sanduichinhos coloridos de pão de beterraba com cenoura
e castanha de caju, de espinafre com
tomate seco e de cenoura com peito de
peru, além de hamburguinho no pão de
espinafre, cachorro quente com salsichinha de peru e muito mais. O destaque
vai para seu delicioso ketchup caseiro e
sem conservantes, de fabricação própria.
O que oferece: buffet infantil e adulto.
Preço médio: a combinar.
(21) 2247-9102.
www.zazabistro.com.br
Crys Leão Cake Designer
As festas infantis tradicionais e temáticas
continuam em alta, mas existem outras
alternativas muito transadas que os pais
podem escolher para tornar a comemoração ainda mais surpreendente. A cake
designer Crys Leão desenvolve produtos
com receitas próprias para buffets específicos e exclusivos, ao gosto do freguês.
O que oferece: docinhos, chocolates,
bolos, cupcakes e receitas super originais
para festas.
Preço médio: de R$ 500 a 10.000. É
bom ficar atento, pois a chefe de cozinha
é muito requisitada e as reservas devem
ser feitas com cerca de seis meses de antecedência.
(21) 9648-9999.
www.crysleao.com.br
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Decoração
www.robertaniemeyer.com.br
Roberta Niemeyer
Já imaginou entrar em uma festa e se
sentir dentro de um desenho animado? É isso que a empresa Roberta Niemeyer oferece aos clientes. Do Mickey
ao Nemo, todos os personagens têm o
mesmo tamanho da criançada, criando a
sensação de que o baixinho faz parte do
mesmo mundo de fantasia. Entre as decorações mais pedidas estão “Uma noite
no cinema”, “Fadas” e “Disney”.
O que oferece: além da decoração especial, a empresa também oferece buffet, convites que servem como brindes
- como jogos americanos, garrafinhas
de água e esteiras de praia, animadores
para interagir nos cenários e produção
fotográfica, que pode virar um foto-livro
para o aniversariante.
Preço médio: de R$ 3.000 até R$ 16 mil.
Duarte com Balões
Flores, personagens de histórias em quadrinhos, Copa do Mundo e os mais diferentes temas infantis são elaborados com
os balões coloridos na Duarte Balões. As
bolas ainda podem ser parte de cenários
extravagantes, como a montagem de castelos e ornamentos em piscinas.
O que oferece: tudo o que se possa imaginar em matéria de balões. São bolas metalizadas, impressas (pode conter o nome
do aniversariante, por exemplo), revoada
e chuva de balões, murais e painéis.
Preço médio: a consultar.
(21) 3393-9780
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Brincando de festa
A arrumação clean e a decoração personalizada proporcionam ao aniversário da
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# Festas Infantis
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criança um “ar” de festa de gente grande. A empresa Brincando de Festa ornamenta o local do aniversário de maneira
moderna, com elegância e bom gosto.
Decorações como da gatinha Marie, da
Sininho e do Pequeno Príncipe constam
no catálogo da empresa.
O que oferece: brindes personalizados,
convites, embalagens para as guloseimas,
arranjo de balões e diversas fantasias.
Preço médio: a partir de R$ 1.800
www.brincandodefesta.com
Fotografia
Estúdio Casa do Meu Bebê
Não vão faltar imagens registradas do
momento mais especial da vida do seu
filho. Isso porque o fotógrafo da Casa do
Meu Bebê fica no evento o tempo que a
festa durar. Além disso, antes da comemoração, a criança ainda tem a oportunidade de posar no estúdio da empresa.
O que oferece: as fotos da sessão no estúdio podem servir para a produção do
convite, do ímã de geladeira (lembrancinha) e de um banner para a decoração
da festa, além de álbuns personalizados,
diagramados com efeitos variados.
Preço médio: R$ 600. Desconto de
10% para pagamentos à vista.
(21) 9917-3478.
www.casadomeubebe.com.br
Immagini Studio Digital
Imagem e criatividade, essas são algumas
das características da Immagini Studio Digital. A empresa proporciona ao
cliente a possibilidade de receber as fotos
impressas na hora da festa em formatos
tradicionais ou em bottons, exibindo o
tema da decoração.
O que oferece: álbuns personalizados
com o tema da festa em vários tipos de
encadernação; e filmagem com entrega
de dois DVD’s.
Preço médio: álbuns variam de R$ 850
a R$ 1.500 dependendo da quantidade
de páginas e fotos. A foto brinde varia
de R$ 700 a R$ 1.000, para pacote de
100 fotos.
(21) 8894-8141
www.immagini.com.br
Marcelo Vallin
Qualidade na edição de fotos: é o que
promete Marcelo Vallin. As imagens são
editadas uma a uma, ou seja, a palavra de
ordem é personalização. O profissional é
especializado em eventos sociais e culturais para o público infantil e são deles
as fotos que você confere no editorial de
moda desta edição.
O que oferece: cobertura de 4 horas durante a festa, mais 30 minutos no início
para registrar os detalhes da decoração
com os familiares mais próximos; livros
fotográficos com layouts personalizados;
capa fotográfica; e páginas com laminação fosca.
Preço médio: R$ 500. Desconto para
pagamento à vista.
(21) 9824-9014
www.marcelovallin.com.br
Daniel Polly
Para o fotógrafo Daniel Polly o importante é não perder nenhum detalhe do
que acontece durante a festinha e captar
cada movimento e expressão com o máximo de espontaneidade. Além da diferenciada cobertura fotográfica, o cliente
tem à disposição outros serviços, como a
filmagem da comemoração e a revelação
instantânea de alguns cliques.
O que oferece: ensaios fotográficos; álbum personalizado; slide-show; banner
com fotos de qualquer tamanho; e muitas outras opções.
Preço médio: R$ 1.600 (foto-livro 30
x 30 cm, com 30 páginas diagramadas).
(21) 9459-7553.
www.danielpolly.com.br
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oferece, com maquiagem, manicure e
cabeleireiros.
O que oferece: locação de brinquedos,
buffet infantil com mesa de guloseimas,
decoração e animação.
(21) 9958-1745 e (21) 7882-9067
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Produção de Eventos
Adoleta Festas
Você nem precisa se preocupar com os
detalhes da organização do evento. A
Adoleta Festas faz tudo para você, desde
a decoração, passando pelo Buffet, até a
animação infantil. As meninas vão adorar o serviço de camarim que a empresa
Imagem Infantil
Além de todos os serviços e etapas da
produção de uma festa, a Imagem Infantil produz um Open Bar para a criançada, com coquetéis preparados especialmente elas, sem álcool, com frutas
coloridas, sorvete, doces e refrigerante.
São servidas bebidas como a famosa vaca
preta (coca-cola com sorvete), caipifrutas feitas com guaraná, coquetéis de frutas e Milk Shake.
O que oferece: personagens vivos, brinquedos (tobogãs, touro mecânico, piscina de bolinhas), oficina de culinária
infantil (as crianças podem aprender a
fazer chocolates, pizzas, entre outras guloseimas) e impressão de fotos na hora
da festa.
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Preço médio: R$ 2.590
(21) 2717-9903
www.imageminfantil.com.br
Buffet Casa Branca
Além dos serviços habituais, o Buffet
Casa Branca oferece opções como rodízio de pizza, massa e churrasco para os
pais que querem sair um pouco do convencional na preparação do evento dos
filhotes.
O que oferece: buffet, brinquedos, animação e decoração.
Preço médio: rodízio – R$ 23 ou
R$ 30 por pessoa / buffet – R$ 1.600
a R$ 1.700
(21) 9758-0858
www.buffetcasabranca.com
Bolimbola
Para poucos convidados e comemorações na escola, a empresa Bolimbola
oferece a opção “box”. Uma caixinha
toda decorada com o tema da festa, que
é entregue pelo personagem preferido do
aniversariante onde ele escolher. Ou seja,
Além do Arco Íris
Será que a festa do meu filho vai ficar
muito parecida com a de algum coleguinha? Esse é um dos questionamentos
mais normais entre os pais, que querem
que o aniversário do pequeno seja autêntico e único. É por isso que a empresa
Além do Arco Íris busca oferecer serviços diferenciados. Além das decorações
personalizadas, a empresa disponibiliza
camarins infantis, diversos brinquedos
para a criançada, entre outras atrações.
O que oferece: animação; brindes
(como kit higiene e toalinhas); decoração; buffet; e toda organização da festa.
www.alemdoarcoirisfestas.com.br
*Todas as cotações e valores são de responsabilidade dos fornecedore. Estimativas feitas com base em festas para 100
convidados.
Veja outras opções em
FESTAS do Kids in Rio:
Castelo Dourado
Acabou aquela história de ficar distribuindo cachorro-quente, batata frita,
entre outros petiscos, durante o festejo. Agora, os as crianças podem agir
iguaiszinhos aos adultos, indo até a
lanchonete e fazendo seu próprio pedido. Isso porque a Castelo Dourado coloca à disposição dos clientes a opção de
montar uma lanchonete infantil dentro
da festinha. A empresa de produção de
eventos oferece mais de 80 temas de decoração infantil.
O que oferece: brinquedos, som e DJ,
buffet, bolo, mesa de guloseimas, animação com teatro de fantoche e som.
Preço médio: R$ 3.800, dependendo
das opções escolhidas pelo cliente.
(21) 9781-0283
www.castelodouradofestas.kit.net
dá pra fazer a maior farra com os amiguinhos no cinema, em um piquenique
no parque, em casa, ou onde a imaginação mandar. Além disso, a empresa bola
uma decoração deliciosamente comestível, toda feita com doces.
O que oferece: buffets diferenciados por
faixa etária, bolos, docinhos e bebidas,
entregues em qualquer lugar e decoração
temática, que pode ou não ser comestível.
Preço médio: Bolimbola Box: R$ 480
para 16 crianças. Decoração comestível:
R$ 1.290 para 80 convidados. Buffet
tradicional: R$ 25 por convidado, com
direito a docinhos, bolo e bebidas.
Informações: (21) 7834-1401.
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Saude
Comer bem se
aprende em casa
Por Thaís Freitas
As razões para essas mudanças negativas
na alimentação infantil são muitas, mas
se devem, principalmente, à vida corrida
das grandes cidades, onde a falta de tempo acaba fazendo com que os pais deixem a comida saudável de lado em busca
de opções mais práticas para a garotada.
“Falta tempo dos pais para se dedicarem
a uma tarefa essencial: formar o hábito
alimentar dos filhos. Com isso, no fim
das contas, o que se considera é se eles estão comendo ou não, sem uma real preocupação com a qualidade do alimento,
que na maioria das vezes é o produto industrializado, cheio de sal, açúcar e gorduras que viciam o paladar. As crianças,
então, acabam gostando sempre desse
tipo de sabor e rejeitando a comida caseira e nutritiva”, explica a nutricionista
funcional Gabriela Soares Maia, da Clínica Patricia Davidson Haiat Nutrição
Funcional, em Ipanema.
Dia desses, em um de seus programas
sobre alimentação nas escolas, o chef
Jamie Oliver mostrou um pedaço de
frango empanado no formato de um
pé a um garotinho e perguntou a ele o
que era aquilo. O moleque, do alto de
seus seis anos, prontamente respondeu
se tratar de uma pata de galinha. A história pode até ser engraçada, mas ilustra
o desconhecimento das crianças a respeito do que comem todos os dias. Uma
verdade principalmente nas grandes
cidades, onde o consumo de alimentos
industrializados vem afastando cada vez
mais os pequenos de uma alimentação
saudável e natural, resultando em obesidade e outras doenças que, geralmente,
tornam-se problemas que perduram por
toda a vida adulta.
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Opinião semelhante compartilha Elaine Pádua, nutricionista do Ambulatório
de Saúde do Adolescente do Hospital
das Clínicas de São Paulo e diretora da
clínica DNA Nutri. Ela acredita que a
transição nutricional ocorrida no século
passado, envolvendo o declínio do gasto
de energia nas atividades cotidianas e a
adoção de uma dieta rica em gorduras,
sódio, açúcar e alimentos refinados e industrializados, é o que vem fazendo com
que os pequenos ganhem peso acima do
adequado e sofram com problemas de
gente grande, como hipertensão e altos
índices de colesterol e triglicérides. “As
crianças, hoje em dia, não são ensinadas
a mastigar de forma correta e comem
vorazmente, com péssimos hábitos alimentares, como o de não seguir horários
de refeições regulares e comer o que quiserem a qualquer hora, principalmente
alimentos ricos em carboidratos, açúcar
e frituras”, diz a especialista.
Entre os principais vilões da alimentação saudável, as nutricionistas apontam
aquelas guloseimas que a garotada adora, como biscoitos recheados, bolinhos
prontos, pães tipo “bisnaguinha”, achocolatados e refrigerantes, que contêm
quantidades enormes de açúcar. Nos
biscoitos salgados, tipo snack, o problema é o excesso de sal e gordura, sem
contar o fato de serem ricos em aditivos
artificiais, como corantes, conservantes
e glutamato monossódico, que além de
alterar o sabor, retarda a sensação de satisfação, sendo mais um ponto para o
aumento da obesidade. “Também exigem cautela os produtos coloridos artificialmente, como gelatinas e balas. A
maioria dos corantes artificiais em uso
no Brasil tem sua difusão limitada na
Europa, pois vários estudos ligam seu
consumo a problemas que afetam a saúde das crianças, como a hiperatividade,
complicações respiratórias e alergias”,
ressalta Gabriela.
Para evitar esses problemas, o melhor
mesmo é priorizar uma alimentação
natural e deixar o consumo desses alimentos industrializados para situações
esporádicas, além de prestar muita
atenção nos rótulos do que for ser consumido. “Saber ler um rótulo é essencial, principalmente no que se refere à
lista de ingredientes. O primeiro item
da lista é o que está em maior quantidade, ou seja, o produto é quase todo
composto daquele material. Por isso,
deve-se fugir de alimentos que tenham
açúcar e gordura entre os dois primeiros componentes. E se tiver nomes que
até para ler é difícil, o melhor mesmo
é manter distância, pois com certeza
ele não terá nada de saudável”, destaca a nutricionista funcional, lembrando que esse cuidado é de importância
fundamental devido ao fato de que as
crianças ainda têm um organismo fisiologicamente imaturo, ou seja, despreparado para receber essas substâncias e sem a facilidade de expulsá-las
que tem o organismo adulto.
Mas de nada adianta querer que a criançada se alimente direito se o exemplo
não vier de casa, diariamente. “A maior
queixa dos pais no consultório é a de
que as crianças não querem comer frutas, verduras e legumes. Mas, quando
perguntamos se eles comem e se incentivam o consumo, geralmente a resposta
é não. É normal, inclusive, vermos mães
obrigarem seus filhos a tomar suco enquanto elas mesmas bebem refrigerante
na frente deles”, afirma a especialista
Elaine Pádua, ressaltando que o processo de formação do hábito alimentar
infantil é contínuo e dá trabalho, mas
vale muito a pena. “Os pequenos nem
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sempre vão gostar de um alimento da
primeira vez que comerem, por isso, é
importante tentar oferecê-lo de diferentes formas, até ter a certeza de que
eles realmente não gostam. A maioria
dos pais não oferece mais de uma vez
e, com isso, o hábito e as escolhas da
criança ficam bastante limitadas, com
uma alimentação pobre em nutrientes”,
acrescenta.
A preocupação com a comida da criançada não acontece somente no Brasil.
O movimento por uma alimentação
mais saudável e natural para os pequenos ganha cada vez mais força em países da Europa e nos Estados Unidos,
onde os índices de obesidade infantil
são alarmantes. Só para se ter uma
ideia, pesquisas mostram que uma em
cada seis crianças da terra do Tio Sam
estão obesas, enquanto na Inglaterra,
são cerca de 30% delas. A questão é
tão séria que diversas instituições e
personalidades estão aderindo à causa.
Cada um ajuda como pode: enquanto
a Disney, por exemplo, faz um movimento pela venda de alimentos mais
saudáveis em seus parques e hotéis, o
chef Jamie Oliver lança um programa
de tevê (“Revolução de Jamie na Co-
mida”, do canal GNT) com o objetivo
de melhorar a alimentação nas escolas
norte-americanas. A iniciativa, inclusive, já conseguiu resultados muito positivos nas notas e no estado de saúde
geral das crianças quando realizada
nas escolas britânicas, com um aumento de cerca de 5% nas notas de Inglês e
Ciências e redução do uso de inaladores por asmáticos, indicando uma melhora geral no estado de saúde. Outra
ideia interessante é a da primeira-dama
estadunidense Michelle Obama, que
comanda um grupo de trabalho contra
a obesidade infantil e criou, em pleno
jardim da Casa Branca, uma horta orgânica para produzir, com a ajuda de
alunos de escolas primárias de Washington, vegetais para a cozinha da
sede do governo norte-americano.
A opinião é compartilhada pela nutricionista funcional Gabriela Soares
Maia, que dá um importante conselho
para os pais desses pequenos comilões:
“É difícil retirar do dia a dia das crianças todos os produtos industrializados de
uma só vez, por isso, o ideal é ir diminuindo aos poucos, deixando só para os
fins de semana. Com o tempo, até nesses
dias conseguimos diminuir essa ingestão. Além disso, outra dica importante
é levar os filhos à feira ou ao hortifruti,
por exemplo. As crianças precisam ter
contato com os alimentos, saber o que
é um tomate, um chuchu, uma maçã.
Conhecer os legumes, frutas e verduras
e se encantar com as cores e os cheiros
dos alimentos. Isso é um grande começo
para a mudança do hábito alimentar”.
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Lazer
Eu fui à feira
e comprei…
Por Cynthia Jacques
Diversão e nutrição andando juntas pelas ruas da cidade!
Nem todo mundo gosta, mas eu A-D-OR-O feiras livres. E olha que nem gosto
de fazer compras, mesmo de roupas, ou
qualquer outra, mas feira é bom demais.
Os cheiros, as cores, a variedade, tudo
fascinante.
O que é um trabalho doméstico pode
ser também uma boa forma de ajudar
seu filho a comer melhor. Se para um
adulto a feira pode sempre trazer uma
novidade, como uma fruta desconhecida, um diferente tipo de verdura e
variações de legumes, imagine para
uma criança que nem conhece a comida na sua forma natural por só comer
alimentos industrializados que usamos
para facilitar nossas vidas corridas.
A feira em minha família vira programação, desde sempre. Eu ia com minha
mãe, pois adorava sentir os cheiros diferentes, provar as frutas nas barracas,
escolher qual seria o legume preparado
naquele dia e fechar o programa com
um copo de caldo de cana e um pastel de carne delicioso! Isto seguiu com
minha filha que, quando criança, tinha
seu próprio carrinho de feira, e hoje
mantém o meu hábito de adolescência,
indo a feira ao lado da Carlota Portella
(Escolad de Dança no Jd. Botânico),
em época de ensaios.
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menos, com música típica de Portugal ao
vivo, gente animada dançando e bolinho
de bacalhau, febras (carne de porco), sardinhas e bacalhau, feitos na brasa, servidos com batatas cozidas e cebolas, tudo
regado a azeite, como manda o “figurino” lusitano.
Também influenciados pela minha
mãe, quando casei e ganhei dois filhos
emprestados, passamos a ir não só a feira, mas também ao Cadeg – Centro de
Abastecimento do Estado da Guanabara, que surgiu para substituir o Mercado
Municipal que existiu na Praça XV. Em
sua enorme construção de concreto em
São Cristóvão, estão espalhadas inúmeras lojas dos mais diversos artigos e serviços - advogados, decoração, artesanato,
vinhos, contabilidade, roupas, hortifruti, avicultura, floricultura, etc.
Um mundo paralelo! Os produtores começam a chegar com suas mercadorias
(flores, frutas, legumes e verduras fresquíssimos) às 19h para arrumar tudo, e
as vendas começam às 23h. Donos de
lojas, floriculturas, restaurantes, passam
boa parte da madrugada abastecendo
seus estoques e quando o dia amanhece,
chegam pessoas como eu.
É hora de matar a fome. Vá até o Cantinho das Concertinas, numa das ruas
transversais à rua de acesso ao primeiro
piso. Um reduto portugês que fica super
movimentado a partir das 11h, mais ou
Muitas vezes, ainda se encontra os pães recheados artesanais e acessórios tradicionais
da terra do fado, como os lindos chales estampados e de longas franjas.
Um festival de cores e sabores para ocupar boa parte do seu dia e povoar a memória das crianças!
Gostamos de ir nos finais de semana,
chegar por volta das 9h, que ainda tem
muitas lojas abertas e bastante flores à
venda. Aí você compra tudo que gosta,
algumas coisas para experimentar, muitas
flores coloridas, das mais comuns às mais
exóticas, e guarda tudo no seu carro para
seguir a programação.
Caso você se incomode com o excesso de
barulho e os pés de valsa, você pode sentar no corredor interno, onde a música
é ouvida mais baixo e ninguém dança,
só come! Lembre-se de guardar um espacinho para os doces do Eurico, que são
vendidos no início da rua: barrigas de
freira, pastel de Belém, quindim…Tudo
de melhor em doces com receitas vindas
direto de Portugal.
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omia
Gastron
Truques para
tapear o paladar
das crianças
Aproveitando a onda da alimentação saudável, que tal receitas cheias de
dicas para driblar o paladar seletivo dos pequenos e garantir bons hábitos
alimentares? Eles vão adorar!
Hamburguer Caseiro de Frango
Ingredientes
Ingredientes:
300g de peito de frango pequeno sem
pele e sem osso cortado em pedaços
1 cebola média
1/2 colher de sopa de sal
1 colher de sopa de molho inglês
1 clara de ovo
1 colher de sopa de orégano seco
Óleo de canola para untar
Modo de Fazer
1- No processador, bata todos os
ingredientes até obter uma pasta.
Divida a mistura em quatro
porções;
2- Sobre uma superfície lisa untada
com óleo, forme com cada porção
um hambúrguer usando um
cortador de biscoito de 8 cm de
diâmetro; e
3- Aqueça bem uma grelha em
fogo alto. Pincele-a ligeiramente
com óleo e reduza a chama para
média. Deixe-os dourar por cerca
de 2 minutos de cada lado e sirvaos quentes.
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Purê Rosado
Ingredientes
1 batata média
1 beterraba média
1 colher de sopa de azeite de oliva
extra-virgem
Modo de Fazer
1- Cozinhe a beterraba e a batata
separadamente; e
2- Amasse com um garfo ainda
quentes e misture o azeite de oliva
até formar um purê. Sirva em
seguida.
Obs.: Para qualquer purê, coloque
metade de batata e o outra de
cenoura, beterraba, batata baroa,
inhame... Pra que aos poucos a
criança se acostume com o sabor.
Bolo de Chocolate Integral
Ingredientes
1 xícara de cenoura crua picada
2 xícaras de inhame cru, descascado e ralado
1/2 xícara de cebola picada
1 xícara de farinha de trigo integral
1 ovo caipira
1/2 xícara de cebolinha picada
1/2 xícara de salsinha picada
1 colher de sobremesa de orégano
Sal marinho a gosto
Modo de Fazer
1-Misture todos os ingredientes;
2-Separe em porções, dando-lhes o
formato de bifes; e
3-Asse em forma untada.
Modo de Fazer
1- Aqueça o forno em temperatura média;
unte bem a forma (redonda, de buraco no
meio) com margarina; bata as claras em neve;
acrescente as gemas e bata mais um pouco;
acrescente o açúcar e bata mais por uns 5
minutos ; coloque o óleo batendo; acrescente
o chocolate e bata por mais alguns minutos ;
desligue a batedeira e ponha as farinhas misturadas com o fermento, mexendo sem bater;
adicione o leite quente e misture; coloque na
forma e leve ao forno
*As receitas foram elaboradas pela nutricionista Gabriela Soares
Maia, da Clínica Patricia Davidson Haiat de Nutrição Funcional.
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Ingredientes
1 xícara de chá de farinha de trigo integral
fina peneirada (com o fermento)
1 xícara de chá de farinha de trigo branca
1 xícara de chá de açúcar
1 xícara de chá de chocolate em pó
2 xícaras de chá de leite de soja bem quente
1 xícara de chá de óleo de canola
1 colher de sopa de fermento químico em pó
3 ovos
Bife de Cenoura
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ao
Decorac
Pura nostalgia: Brinquedo
retrô Robot Charle – R$ 95
Onde: Loja Benedixt.
Como comprar: pelo site
www.benedixt.com.br
entregas em todo o Brasil.
Espírito de aventura: Mini
Land Rover – R$ 283,50
Onde: Loja Cecília Dale.
www.ceciliadale.com.br
entregas em todo o Brasil.
É de brincar
ou de enfeitar?
Por Marcella Sarubi
Guardando a bufunfa: Cofrinho
em formato de Kombi – R$ 54
Onde: La Papeterie.
Endereço: Av. das Américas, 7700,
loja 121. Tel.: (21) 3329-0529 ou
3329-0095.
Para mamãe brincar: Esfregão de pia
com bolhinhas de sabã – U$ 46,56
(com envio)
Onde: Compras online na
www.amazon.com
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Voando por aí: Móbile em formato
de balão - R$ 39
Onde: Rede Asta
www.redeasta.com.br ou pelos
telefones (21) 3976-3159 / 3976-3152.
Com jeitinho de travessura: Cadeira
dobrável para colorir – R$ 240.
Onde: 2 Funny
Endereço: Av. Armando Lombardi, 350
lj. 120 – Shopping Barra Point. Barra da
Tijuca. Tel.: (21) 2491-0910.
Primavera na
escrivaninha: Porta Clips
Desk Daisy – U$ 47,97
(com envio)
Onde: Compras online na
www.amazon.com
‘Tá’ dentro do seu bolso: Saco de
brinquedos canguru – R$ 59
Onde: Rede Asta
www.redeasta.com.br ou pelos
telefones (21) 3976-3159/3976-3152.
Jeito de Outono em NY: Para porta em forma de folha – U$ 46,98 (com envio)
Onde: Compras online na www.amazon.com
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Moda
Hoje é dia
O bom de ser criança é poder soltar a imaginação, ser o que der
vontade, fazer careta, pular sem motivo, comer o que faz bem
(para saúde e para o paladar) e brincar, brincar muito!
João Felipe se diverte de camiseta
Mixed Kids, calça cargo Chicletaria
e tênis Bibi para Pikorruxos
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de Brincar
Junte-se a Kids in Rio para curtir esta bagunça com
dicas charmosas e divertidas de moda para a criançada.
Renata pula corda com vestido
Mixed Kids, sandália Bibi para
Pikorruxos e presilha de flor
(acervo produção). Corda
e bambolê - acervo Panos
Pra Manga, flores – acervo
produção
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Julio anda de bichiclo com calça
Minois para Di Ricci, camiseta Owoko
e tênis Bibi para Pikorruxos. Plasma
car - acervo produção e Bichiclo da
Zeide e Zazá
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Clara dança de vestido e presilha de laço de gorgurão Mixed Kids e sandália Pampili
para Pikorruxos. Bambolê – acervo Panos Pra Manga e flores – acervo produção
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Gabriel passeia de calça jeans
e camiseta Owoko e tênis Bibi
para Pikorruxos
Vitória saltita de vestido jeans Owoko, sandália Pampili para Pikorruxos
e arco e pulseira de flores (acervo produção). Pedrinha de amarelinha
Zeide e Zazá, bambolês – acervo Panos Pra Manga
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Henrique faz caretas usando calça jeans, polo e camisa
manga longa Owoko e sandália Klin para Pikorruxos
Guilhermina bamboleia de vestido e faixa Maria Florzinha
e sapato Melissa Vivienne Westwood (acervo pessoal).
Bambolê – acervo Panos Pra Manga
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Fabio brinca de sorveteiro com camisa e
calça jeans Owoko e sandália Klin para
Pikorruxos. Carrinho de sorveteiro e
cachorro Totó da Zeide e Zazá
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Luisa rodopiando com vestido Maria Florzinha, sandália Mixed Kids e
presilhas de joaninha (acervo produção). Cachorro Totó da Zeide e Zazá.
Bambolês – acervo Panos Pra Manga.
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João Felipe com camisa listrada e bermuda cargo Chicletaria, tênis Bibi para Pikorruxos. Fabio de polo e Bermuda cargo Mixed Kids. Henrique vestindo jardineira e
camiseta Chicletaria e sandália Bibi para Pikorruxos. Julio (ao fundo) de camisa polo,
camiseta e calça jeans Owoko e tênis Bibi para Pikorruxos. Gabriel usando short
xadrez e blusa vermelha Chicletaria com tênis Bibi para Pikorruxos.
Guilhermina de biquini e roupão
Owoko e Fabio de roupão Owoko
Renata de calça jeans e bata Minois para Di Ricci, Vitória de short xadrez e bata Mixed Kids, Clara
usa vestido Chicletaria e presilhas de laço de gorgurão Mixed Kids, Guilhermina com vestido xadrez
e arco de laço de gorgurão Mixed Kids e Luisa com Bermuda branca, bata xadrez e arco de laço de
gorgurão, todos da Mixed Kids. Kit Piquenique (cesta e toalha) da Maria Florzinha, Kit casinha
(copos e pratos) e carrinho de sorveteiro Zeide e Zazá. Sanduíches de miga da La Fábrica.
Serviço
Owoko – Av. Ataúlfo de paiva, 270 lj. 303 B,
Shopping Rio Design Leblon.
Tel.: (21) 2512-8624. www.owoko.com
Maria Florzinha – Ju Bereicôa: ju@
mariaflorzinha.com.br .Tel.: (21) 9103-6948
www.mariaflorzinha.com.br
Pikorruxos – Av. Das Américas, 500 bl. 3 lj.
110, Shopping Downtown – Barra da Tijuca.
Tel.: (21) 3433-8643 www.pikorruxos.com.br
Zeide e Zazá – R. Visconde de Pirajá, 580
slj. 206 – Ipanema. Tel.: (21) 2540-6083 e
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(21) 2512-4702 www.zeideezaza.com.br
Mixed Kids – Est. da Gávea, 899 1o piso,
Shopping Fashion Mall – São Conrado.
Tel.: 2422-0848 www.mixed.com.br
Di Ricci – R. Visconde de Pirajá, 282
lj. L – Ipanema. Tel.: (21) 3738-4004
Chicletaria – Av. Afrânio de Melo Franco,
290 lj. 207, Shopping Leblon.
Tel.: (21) 2512-4020 www.chicletaria.com.br
La Fábrica – R. Visconde de Pirajá,
621 – Ipanema. Tel.: (21) 3813-1010 e
(21) 3813-2255
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Capa
Maria, Ilan
e Victória
Religião e crianças
Como os pais de hoje em dia lidam com a questão e de que
maneira a prática da fé pode ajudar na formação dos pequenos
cidadãos no futuro
Por Marcella Sarubi
Aquela velha frase de que religião não
se discute não se aplica mais às famílias contemporâneas, que buscam, de
maneira leve, mas nem por isso menos
séria, estimular algum tipo de prática
religiosa junto aos filhos. O objetivo
desses pais é garantir não só uma perspectiva além daquilo que se vê, mas
também ajudar a garotada a ter uma
vivência mais plena e saudável.
Gabriela é filha de Ana Paula Amaral,
publicitária e sócia da Dazzling Photobooks. A pequena frequenta as aulas
dominicais do templo budista do qual
a mãe é membro e, com apenas 5 anos,
sempre pergunta quando será o próximo encontro, além de viver fazendo
questionamentos a respeito dos temas
que desconhece. Gabriela é um exemplo de criança cujos pais acham fundamental o estímulo da prática religiosa
à vida dos filhos.
Os médicos Gabriela e Sandro Prior são
da mesma opinião e têm o hábito de levar Sophia, de 3 anos, para a evangelização infantil no centro espírita que cos-
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tumam frequentar: “Acho fundamental
para formação do caráter, principalmente com relação à visão ética do mundo e
das pessoas. Acredito que a religião pode
ajudar muito no que diz respeito à noção
de limite e fazer com que minha filha se
desenvolva melhor, principalmente nas
relações interpessoais”, explica Gabriela,
que além de levar Sophia à evangelização, costuma ler livros com a temática
espírita para a menina e falar a respeito
do assunto, sempre que possível citando
exemplos reais, mas acessíveis à criança.
Mas, se em ambos os casos as famílias
têm certeza de como se deve lidar com
o assunto religião e crianças, muitos pais
ainda convivem com questionamentos a
respeito de que postura adotar diante do
tema e se realmente a fé pode contribuir
para a formação dos filhos.
De uma maneira geral, as religiões pregam os mesmos valores, tais como praticar o bem, viver sob preceitos éticos, respeitar o próximo e a natureza. Com base
nisso, é que a psicóloga Suely Engelhard,
terapeuta de casal e família e membro da
Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica e da International Association for
Analytical Psychology, acredita na importância do estímulo à prática de ritos
religiosos, sejam eles quais forem, para
o pleno desenvolvimento da criança em
vida adulta: “A religião é um sistema de
crenças responsável por dar sentido e
pertencimento à vida dos indivíduos e
que tem por objetivo principal ajudá-los
a se tornarem mais conscientes de sua
inserção no universo. É também uma
das formas de sugerir e potencializar atitudes positivas frente à vida e é papel da
família colaborar para este desenvolvimento. Dessa forma, é bom lembrar que
estimular significa tornar algo atraente e
com sentido”.
Superada a dúvida a respeito da importância da fé na vida desses aspirantes
a cidadãos do mundo e que ainda estão em formação, surge outra questão:
como fazer isso? A especialista alerta
que todo o cuidado é pouco para que
não se confunda o ato de incentivar
com o de forçar o filho à prática reli-
Ana Paula, o marido Ricardo
e a filhota Gabriela
65
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giosa: “Motivar a criança a conhecer o
desconhecido, mostrando o valor de um
novo aprendizado, é algo que deve ser
feito de maneira lúdica e agradável. Os
pais precisam tornar a prática de uma
crença um desafio e não uma obrigação,
com castigos impostos. O ideal é sugerir a ida da criança ao templo, ao culto
ou às missas mas, se ela não quiser, não
é saudável puní-la. Além disso, um bom
artifício para fazê-las adquirirem gosto
pela crença é contar histórias, falar dos
personagens principais do credo e das
personalidades relevantes da atualidade
que são fiéis daquela causa.
Como religião é um assunto pra lá
de polêmico, há ainda outra situação:
quando o casal tem religiões diferentes. É o que acontece na família da assessora de imprensa Fernanda Cotta.
A família dela tem formação católica,
já o marido é umbandista. Quando
se casaram, decidiram que o filho seria batizado tanto na Igreja quanto na
umbanda e, hoje, o pequeno acompanha Fernanda e o marido às reuniões
do centro de Umbanda e adora ficar ao
lado do som dos atabaques.
Outra experiência que mostra uma das
maneiras como as famílias modernas estão lidando com a religião é a de Maria
Goldberg, que também teve formação
católica, mas casou-se com um judeu.
Como ela é mais flexível em relação à religião do que o marido, que é mais ligado
às crenças, decidiram de comum acordo
que a filha teria educação judaica: “Acho
importante que ela saiba as origens dos
pais e que tenha discernimento sobre os
dogmas das religiões, de modo absorver
o que elas têm para ensinar. No entanto,
não concordo com aquilo que é exagerado, pois não beneficia a ninguém”.
Pensa que acabou? Há ainda mais uma
situação que costuma deixar os pais de
cabelo em pé: quando os filhos escolhem
por conta própria uma religião com-
pletamente diferente da dos pais ou da
família. Nesse caso, a dica da psicóloga
Suely Engelhard é ter jogo de cintura e
sensatez, para não recriminar a escolha
da criança: “Se ensinamos a respeitar as
diferenças, devemos ter esta atitude com
a escolha que a criança faz, procurar conhecer a proposta que esta religião traz
e, como isto responde as questões dela de
modo mais abrangente do que a religião
que lhe oferecemos como caminho espiritual anteriormente”.
A orientação final da psicóloga para os
pais é que eles devem vislumbrar na religião uma maneira de ensinar e estimular
nos filhos o respeito às diferenças. Além
disso, os pais devem buscar orientação
sobre os diferentes credos religiosos para
esclarecerem os filhos: “Conhecer é o
melhor caminho para compreender diferenças e fazer escolhas mais conscientes”.
Uma maneira de aprender a respeitar as diferenças
As religiões mais praticadas no mundo
são o cristianismo, o islamismo, o judaísmo, o induísmo, o budismo e o espiritismo. No Brasil, há ainda as religiões
afro-brasileiras, resultado da mistura do
cristianismo e das práticas tipicamente
africanas, que se fundiram no tempo da
colonização. Atualmente, o país se destaca por um caráter religioso bastante forte, cujo sincretismo é a palavra mais fiel
à mistura de credos praticada aqui. Por
todo o mundo, observamos ondas enormes de intolerância religiosa. Embora no
Brasil não exista radicalismo no que diz
respeito às diferenças de credo, é preciso
que os pais, sejam os da turma dos que
valorizam, ou dos que não julgam importante a prática religiosa, ajudem os
filhos a compreenderem e conviverem
com as diferenças, e vislumbrem na religião uma maneira de estimular o respeito ao próximo, que pode ser, inclusive,
estendido a outras áreas da vida. Certamente, a criança vai encontrar algum co-
66
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leguinha na escola com hábitos diferentes dos dele e é preciso evitar confrontos
nesse sentido.
O mais importante é saber que, para
algumas famílias, a religião é algo que
faz parte do dia a dia e funciona como
uma instituição. É algo natural e que faz
parte da dinâmica familiar, vivenciada
pelos pais e pelos filhos, que por tabela
praticam e vivenciam as crenças e acabam tomando-as para si. Já para outras,
a religião não é algo tão presente e forte no cotidiano e é necessário que parta
dos pais a atitude de mostrar, ensinar e,
principalmente, respeitar essas diferenças. Afinal, a melhor maneira de ensinar
qualquer coisa é por meio do exemplo.
DICA
Uma ajuda para os pais que querem fazer com que os filhos compreendam
melhor as religiões de todo o mundo e o papel delas na vida dos seres humanos é o livro A Viagem de Théo (Editora Companhia das Letras), da autora
Catherine Clément. A obra é um romance sobre as crenças mais populares
do planeta e que reforça a necessidade de se permitir que as crianças possam
escolher o credo que querem seguir.
A pequena Sophia e os pais Sandro e Gabriela Prior
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Palavra
de mae
“Meu filho de 6 anos está ‘viciado’ em
Videogame portátil, não querendo fazer mais
nenhuma atividade e se queixando de todo
e qualquer passeio. Como poso despertar o
interesse dele em atividades como cinema,
teatro, museu e passeios ao ar livre?”
Ofereça ao seu filho programas adequados à sua faixa etária e interesse, e convide os
amigos. Siga as dicas do “Kids in Rio”. O que ele gostava de fazer antes do jogo? Limite
o número de horas no videogame ou retire o jogo. Realize viagens de fins de semana em
hotéis com recreadores e brinquedos de aventura. Transforme seu filho numa criança
sociável e feliz.
Simone Kac Diamand
Envie sua dúvida para [email protected]
Ela poderá virar tema do debate da próxima edição.
68
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Participando das tarefas diárias de seu filho
e o co-responsabiliando pelas mesmas. Os
pais, junto com seus filhos, devem escolher
passeios agradáveis e que sejam ao mesmo
tempo educativos, levar amigos... Sempre
fazendo questão de deixar com que o filho
participe das decisões. Isso fará com que
sejam cúmplices e tornará qualquer passeio
educativo, bem agradável.
Cintia Nunes Menezes
Entendo que o estímulo para esses passeios
deve começar desde cedo, para que a
criança crie este hábito. O ideal é começar
a dar oportunidades que possam despertar
o interesse. Tente investir em brinquedos
que estimulem passeios ao ar livre como
patinete, bicicleta, skate... Outra opção é
fazer atividades que explorem mais a cultura como o cinema e teatro, com crianças
amigas, assim o interesse pode ser maior, e
tornar-se hábito.
Andressa das Chagas Dias
Além do diálogo, uma boa alternativa é
começar a limitar o tempo que ele pode
usar por dia os joguinhos. Negociar pode
ser a melhor opção, buscar mostrar as
coisas legais dos passeios e tentar fazer com
que ele ajude na escolha das atividades.
Nunca devemos impor as nossas vontades.
Para a criança é muito importante se
sentir respeitada, entender que os limites
são colocados para o seu bem, mas
nunca de um forma que vá ferir a sua
individualidade.
Fabiana Nair Pereira
Aprendi, nesses 10 anos de maternidade, que os filhos são o nosso reflexo. Seu
filho geralmente irá gostar do que você
apresentar a ele, então dê opções criativas e variadas. O importante é mostrar
tudo que existe, oferecer possibilidades.
Existem muitas atrações maravilhosas na
cidade, é só pensar e agir!
Aline Balbo
Palavra de especialista
são os problemas mais graves.
Os pais têm um papel muito importante na escolha dos jogos de seus filhos (preferindo games educativos ao
invés dos que tem muita violência).
Eles podem sugerir que os filhos joguem com os amigos e não sozinhos,
e também determinar quais atividades são mais importantes - como a
lição de casa, aula de inglês, esportes,
passeio com a família, etc. - e garantir que o jogo ocorra depois destas.
O tempo de uso do videogame e do
computador também deve ser prédefinido.
Daniel Tornaim Spritzer – Psiquiatra da Infância e Adolescência, Mestre em
Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenador do
Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (GEAT).
“O videogame é uma importante
atividade de lazer para crianças e
adolescentes e o uso saudável de jogos eletrônicos facilita o aprendizado, ajuda a desenvolver habilidades
cognitivas, motoras e a socialização. Os jogos podem servir ainda
como inspiração para realização de
outras atividades como desenhar,
ler e ver filmes. Considera-se uso
excessivo quando a criança ou o
adolescente apresenta algum tipo
de prejuízo significativo em sua
vida por conta dos jogos: queda do
rendimento escolar, isolamento social, sedentarismo e agressividade
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Beleza
Cabelinho de Anjo
Por Marcella Sarubi
Engana-se quem pensa que produtos de
beleza e tratamentos para o cabelo são
coisas só de gente grande. A cabeleira das
crianças também merece cuidados. Não
é à toa que salões de cabeleireiro especializados em atender esse público miúdo
e produtos desenvolvidos especialmente para eles são cada vez mais comuns.
Mas, muita atenção com o cabelo e couro cabeludo dos pequenos! Nem tudo
que pode em adulto, pode em criança...
Confira as dicas que vão fazer a cabeça
da garotada!
Domando a juba: serviços sob
medida para os pequenos
O Fashion Mix, localizado na Barra da
Tijuca, atende exclusivamente crianças
e adolescentes. Ele foi projetado e decorado para fazer da experiência no salão
de cabeleireiro uma verdadeira diversão.
Além dos cortes, hidratações para cada
tipo de cabelo, apliques temporários e
babyliss estão entre os tratamentos oferecidos, tudo com muita segurança e com
produtos dermatologicamente testados.
Aline Teixeira, uma das cabeleireiras
que comanda as tesouras e secadores a
serviço dos pequenos no Fashion Mix,
conta que lá é a criança quem manda. A
ordem é agradá-las e deixá-las à vontade:
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“Atendemos meninos e meninas de qualquer idade. Muitas vezes, aos nove meses, o bebê já precisa cortar o cabelinho
e nós fazemos de tudo para que a experiência seja a mais natural possível. Outras
crianças, um pouco mais velhas, chegam
já sabendo o que querem... Aí, negociamos com elas, com as mães e chegamos a
uma conclusão que agrade a todos.”
A profissional orienta ainda que não
existe corte ideal para a garotada: assim
como nos adultos, tudo é possível... Claro, respeitando o tipo de fio de cada um.
A única restrição que Aline Teixeira diz
ser necessária é com relação às franjas, já
que é importante cortá-las observando o
caimento, a fim de que não atrapalhem
a visão.
Cuidados & precauções
A preocupação com os cabelos e o couro cabeludo das crianças é fundamental
para evitar acidentes e garantir a segurança. É o que orienta a dermatologista Renata Roxo, diretora da Clínica
Dermagrupo: “A pele é mais ressecada,
menos espessa e com menos sebo, por
isso, os produtos químicos podem irritar
mais. O ideal é utilizar somente produtos desenvolvidos especialmente para a
pele infantil, pois possuem composição
mais neutra, suave e concentrações mais
baixas de corantes e fragrâncias.
Além da atenção com o quê pode ser utilizado na cabecinha das crianças, é importante também estar atento a alguns
problemas comuns que podem surgir,
Produtos
A Johnson’s & Johnson’s
É a marca mais tradicional
quando o assunto é tratamento e cuidado com
o cabelo das crianças. A
linha
JOHNSON’S®
baby traz diversas opções
e variações para todas as
etnias e características específicas dos cabelos dos
bebês e crianças brasileiras.
Quanto: Linha JOHNSON`S BABY
Shampoo 200 ml R$ 5,99
Condicionador 200 ml R$ 6,99
Condicionador spray para cabelos cacheados 200 ml R$ 10,99
Creme para pentear hidratação intensa
200 ml R$ 10,99
*Preços sugeridos
Onde: Lojas Americanas e Drogaria Pacheco
Shampoo Fom-fom e Condicionador
Io-iô
O Shampoo Fom-fom, da linha infantil Natura Naturé, além limpar e tratar
os fios, é também sabonete para o corpo
Os alisamentos, reflexos e luzes não são
recomendados para crianças, já que são
de uso adulto e podem causar danos,
como reações alérgicas e queda de cabelo. O secador e a chapinha devem ser
evitados, e, quando necessários, utilizados com muito cuidado, para não causar
danos aos fios, eventuais queimaduras e
choques elétricos.
como alergias, micoses e doenças de
fundo emocional. Ao sinal de qualquer
alteração, o ideal é, imediatamente, procurar um dermatologista e nunca fazer
uso de pomadas, cremes ou remédios
sem prescrição médica.
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todo. É só aplicar nos cabelos e deixar
a espuma escorrer ou usar uma esponja
para tornar a hora do banho a maior diversão. Já o Natura Naturé Condicionador Ioiô deixa a cabeleira macia, brilhante e soltinha. Com cheiro de maçã verde,
os produtos são dermatologicamente e
oftamologicamente testados, não agredindo a pele nem os olhos das crianças.
Quanto: Linha Natura Naturé
Shampoo Fom-Fom R$ 12, 90
Condicionador Ioiô R$ 12, 90
Onde: SAC Natura – Tel.: 0800-115566
www.natura.net
Conrado. Tel.: (21) 3322-6218/6329.
www.waltercoiffeur.com.br
Quando o assunto é cabelo encaracolado
ou crespo, com volume demais ou difícil
de pentear, é hora da Turma da Ziquinha entrar em ação. Desenvolvida pelo
salão Beleza Natural, com lojas em diferentes pontos do Rio de Janeiro, a linha
é composta por shampoo, condicionador
e creme para pentear a base de calêndola.
Tendresse, da L’Oreal Professionnel
Cuidados com os cabelos e com o meio
ambiente: é o que oferece a Tendresse,
da L’Oreal Professionnel, primeira linha
profissional natural para tratar a juba da
criançada. O shampoo e o condicionador, com cheirinho suave de pêssego,
têm fragrâncias e corantes de origem
100% natural. Todas as embalagens são
recicláveis e algumas são até mesmo feitas de plástico reciclado pós-consumo.
A fórmula é hipoalergênica, não arde os
olhos e é indicada para crianças a partir
de 4 anos.
Quanto: Linha Tendresse
Shampoo R$ 50.
Condicionador R$ 66.
Onde: Walter’s Coiffeur Fashion Mall
– Est. da Gávea, 899, loja 108 E2 - São
Quanto: Turma da Ziquinha
Shampoo R$ 6,90
Condicionador R$ 7,50
Creme de Pentear R$ 17,50
Kit (shampoo, condicionador e creme de
pentear) – R$ 37,90
Onde: Salão Beleza Natural - Rua Barão
de Mesquita, 280 – galeria verde do Tijuca Off Shopping. Tel.: (21) 2264-9652
e (21) 2264-9937 SAC: 0800.704.4446
Serviço
Fashion Mix
Avenida Armando Lombardi, 350
loja 206. Tel.: (21) 2492-5193
Clínica Dermagrupo
Gávea Medical Center - Avenida
Padre Leonel Franca 110 grupo
203 – Gávea. Tel.: (21) 3204-2521
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Tatuagem temporária colorida
para Festas e Eventos
Tatuagem temporária colorida
para Festas e Eventos Festas Infantis
Corporativos
Teen
Casamentos
15 anos
Entretenimento
www.tattoobodyart.com.br
Cleiton Silva Emmanuelle Gonik
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Guia de
acao
Program
Será que seu filho é um típico carioquinha?
O Rio de Janeiro é uma cidade turística visitada por pessoas de todos os cantos
do mundo. Mas você já parou para pensar se o seu filhote conhece a beleza e
a riqueza cultural da própria cidade onde vive? Há roteiros e pontos turísticos obrigatórios para quem mora no Rio se tornar um verdadeiro anfitriãomirim. Se você ainda não levou a turminha, apresse-se!
Bondinho de Santa Teresa
Uma chance de ensinar um pouquinho
de história e cultura a seu filho é leválo para um passeio de bonde por lá. Por
conta da quantidade de artistas plásticos
que moram no bairro e abrem as portas de seus ateliês à população, o lugar
é comparado a Montmartre, bairro boêmio de Paris, cheio de bossa e cultura,
como Santa Teresa. Há mais de cem anos
o bondinho faz o trajeto, que começa no
centro da cidade, pertinho da Catedral
Metropolitana, passa em cima dos Arcos
da Lapa e segue abrindo passagem pelas
ladeiras do bairro. Pelos caminhos avista-se toda a cidade do alto: da zona sul a
zona norte. Dá pra ver até a Ponte RioNiterói! E os moradores do bairro ainda
usam o bondinho como transporte público diário para se locomoverem, traba-
lharem, saírem do bairro, etc. Depois de
subir Santa Teresa, é só saltar em um dos
dois pontos mais badalados: o Largo dos
Guimarães, onde há um cinema, bares,
restaurantes e uma livraria em cima de
uma grande rocha, ou o Largo das Neves, onde há mais opções gastronômicas
para a família.
Onde fica: Estação de Bondes - ao lado
do Aqueduto da Carioca, na Rua Lélio
Gama - Centro.
Funcionamento: 7h às 21h
Preço: R$ 0,60
Centro da Cidade
O centro da cidade é um passeio cultural em forma de circuito. Primeira
parada: Biblioteca Nacional do Rio
de Janeiro, oitava maior biblioteca
nacional do mundo e maior da América Latina e mais de nove milhões de
peças como cartas da princesa Isabel
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Lagoa Rodrigo de Freitas
Conhecida como “Coração do Rio de
Janeiro”, é um dos pontos turísticos
mais importantes da capital. Com cerca
de dois milhões de metros quadrados de
superfície, o local é um convite para as
crianças curtirem a vida ao ar livre: os
pequenos podem praticar diversas atividades, tais como andar de patins e skate, caminhar ao lado dos pais olhando
a paisagem e contemplando o espelho
d’água, passear de pedalinho, andar
de bicicleta tamanho família ou dirigir
aqueles carrinhos que funcionam à base
de pedaladas. Em um de seus lados, há
o famoso Parque dos Patins, composto
por uma ciclovia arborizada e por quiosques para todos os paladares. Além dos
restaurantes, há ainda as barraquinhas
com as delicias da infância, como milho verde, algodão doce, pipoca, etc.
Transitam por lá, também, vendedores
de balões de gás, bolhas de sabão, tudo
com uma vista da cidade de tirar o fôlego. Há, ainda, um píer, onde é possível
ver os peixinhos que nadam na lagoa.
Ah, e com sorte, a criança ainda terá a
oportunidade de ver um helicóptero de
verdade decolando ou pousando, já que
fica ao lado de um heliporto.
Onde fica: Av. Epitácio Pessoa e Av. Borges de Medeiros, abrangendo os bairros
de Ipanema, Lagoa e Humaitá
e os primeiros jornais do país. Seguindo: Museu de Belas Artes. Ali do
ladinho, com acervo de 16.088 itens,
como quadros, gravuras, desenhos e
esculturas, a dica é a exposição Coleção Brasiliana Itaú, que apresenta
mais de 300 peças ligadas à história
do Brasil, em cartaz até o final de
novembro. Terceira parada: Centro
Cultural Banco do Brasil - diversos
espaços culturais, onde são realizadas
muitas atividades e a exposição permanente “Brasil através da Moeda”.
Você ainda pode levar seu filhote para
conhecer a igreja da Candelária, que,
segundo a história, foi construída por
conta de uma promessa feita por um
casal espanhol na qual construiriam
uma capela dedicada à Nossa Senhora
da Candelária caso escapassem com
vida de uma tempestade que quase fez
naufragar um navio chamado Candelária. O local, com grandes portas esculpidas em bronze e belíssimos murais e vitrais vale a visita. E por fim,
para deliciar as crianças, um passeio
pela Confeitaria Colombo! Com mais
de cem anos de existência, a casa possui decoração luxuosa e características
da Belle Époque do Rio.
Biblioteca Nacional - Av. Rio Branco,
219 - Segunda a sexta: 9 às 20h (entrada
até 19h). Sábado: 9 às 15h (entrada até
14h). Preço: R$ 2. Tel.: (21) 3095 3879
Museu Nacional de Belas Artes - Av.
Rio Branco, 199 - Terça a sexta: 10 às
18h; sábados, domingos e feriados: 12 às
17h. Preço: R$ 5,00. Meia: R$ 2,00. Grátis aos domingos. Tel.: (21) 2219-8474
Centro Cultural do Banco do Brasil –
CCBB - Rua Primeiro de Março, n° 66
Terça a domingo: 9 às 21h. Preço: Gratuito. Tel.: (21) 3808-2020
Candelária - Praça Pio X, s/n - Segunda a sexta: 8 às 16h; Sábado: 8 às 12h;
Domingo: 9 às 13h. Tel.: (21) 2233-2324
Confeitaria Colombo - Rua Gonçalves
Dias, 32 - Segunda a sexta: 9 às 20h;
Sábados e feriados: 9h30 às 17h.
Tel.: (21) 2505-1500
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Praia de Copacabana / Forte de
Copacabana e Museu Histórico
do Exército
“(...) Copacabana, Princesinha do Mar
(...)”. Uma das praias mais famosas do
mundo, Copacabana serviu de inspiração para essa e outras canções, que embalam o estilo carioca. Além da beleza
natural do local, a calçada da Av. Atlântica, montada com pedras portuguesas
no formato de ondas, também fascina os
visitantes. Esse território “preto e branco” cerca a praia e vai até um importante
ponto: o Forte de Copacabana. Levar
as crianças para um passeio em Copacabana significa unir tradição – o local é
símbolo do carioca way of life desde os
idos dos anos 1930; diversão – e que
criança não gosta de praia?; e história, já
que o forte foi construído em 1914 com
o objetivo de reforçar a defesa da Baía
de Guanabara e, hoje, além da bela vista,
abriga o Museu Histórico do Exército,
com muitos artefatos que representam as
conquistas militares do Brasil.
Onde fica: Área interna: terça a domingo e feriados - 10 às 18h. Área externa:
terça a domingo e feriados - 10 às 20h
Preço: adultos - R$ 4, pessoas acima de
60 anos e estudantes - R$ 2, e Militares das Forças Armadas, maiores de 80
anos, grupos escolares agendados e menores de 10 anos – Isentos
Cristo Redentor
Desde 2007, uma das sete novas maravilhas do mundo é do Brasil! Brasileiros,
em especial os cariocas, podem orgulharse do famoso monumento que atrai milhões de turistas durante todo o ano. No
Parque Nacional da Tijuca, a estátua religiosa é um mirante de onde é possível
contemplar quase toda a cidade do Rio
de Janeiro. Não existe desculpa para que
você nunca tenha levado seu filho para
conhecer o gigantesco e admirável monumento! Há duas formas de acesso: carro
até um ponto limite, de onde só é possível seguir em vans que ficam à disposição
dos visitantes no local ou, ainda, subir no
trem, que sai da Estação do Corcovado,
em Laranjeiras, a cada meia hora. De uma
forma ou de outra, o caminho até o ponto
turístico é muito bonito, garantindo momentos agradáveis de contemplação da
natureza. Já está pensando que esse será o
próximo passeio em família? Então explique ao seu filho que a idéia da construção
do Cristo Redentor surgiu para marcar a
comemoração do Centenário da Independência do Brasil. A pedra fundamental da
construção do símbolo foi lançada no dia
4 de abril de 1922 e em 1926 foram iniciadas as obras de edificação da estátua.
Onde fica: Parque Nacional da Tijuca
Acesso: Estrada de Ferro Corcovado Rua Cosme Velho, 513
Funcionamento: 8h30 às 18h.
Preço: Entrada: R$ 16,70 - durante a
semana e R$ 24,20 nos finais de semana
e feriados. Acima de 60 anos paga metade e crianças até 5 anos não pagam. Subida de Trem: R$ 36 (ida e volta), idosos e crianças até 12 anos pagam metade.
Crianças até 5 anos: grátis. Transporte
nas vans: a consultar
Informações: (21) 2492- 2252
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to
Por per
Turista
Perto de casa
Que tal aproveitar um final de semana para fazer turismo dentro do
próprio Estado do Rio de Janeiro? Nosso Guia Por perto desta edição
selecionou cidades recheadas de atrações e bem próximas do centro do Rio
para sua família curtir e conhecer um pouco mais do estado onde mora.
Pegue seus filhos e pé na estrada!
Fotos: Sergio Quissak
fica a cerca de duas horas do Centro do
Rio. Há muito mais para se fazer por lá.
Para informações sobre hospedagem,
restaurantes e demais atrações, é só
acessar: www.buziosonline.com.br/home/
portugues
Fotos: Sergio Quissak
Como chegar: Saindo do Rio de Janeiro, pegar a Ponte Rio-Niterói, seguir
pela Via Lagos no sentido de Araruama
/ Cabo Frio (Região dos Lagos). Ao final
da Via Lagos, observar as placas que indicam o caminho para Búzios e cair na
RJ-106, onde deverá seguir na direção
Macaé / Búzios
Búzios
Imagina a carinha de surpresa das crianças quando souberem que Búzios já foi,
há muito tempo atrás, povoada por piratas franceses. O passeio é uma ótima
oportunidade para ensinar um pouco
da história do Brasil: mil anos antes
dos portugueses chegarem ao país, tribos de índios Tamoios e Goitacases já
habitavam a região, enquanto a colônia
de pescadores data do Séc. XVII. Para
dar ainda mais charme ao programa,
basta contar que, na década de 60, Brigitte Bardot, a maior estrela de cinema
da época, apaixonou-se pelo local e
instalou-se lá. Depois é só mostrar a escultura de bronze de Brigitte, que fica
na Orla Bardot, pertinho da Rua das
Pedras, caminho mais badalado da cidade. Com mais de 20 praias, Búzios é um
balneário sofisticado, com pousadas para
todos os gostos e uma diversidade gastronômica única. Para a criançada aproveitar, a dica é a Praia da Ferradura ou a
praia João Fernandinho, que têm águas
mais calmas e tranquilas. Mas essas são
apenas algumas atrações da cidade, que
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Nova Friburgo
A colônia de Nova Friburgo foi criada
em 1818 por D. João VI. Cerca de 400
famílias suíças instalaram-se na região,
que depois contou com a chegada de
imigrantes alemães, italianos, espanhóis
e japoneses. Essa mistura inusitada de
culturas reflete na arquitetura e gastronomia da cidadezinha, que tem clima
de montanha. A grande atração para
a garotada é um teleférico, que leva ao
alto do Morro da Cruz. Com 1.500 m
de extensão e 1.320 m de altura, é considerado um dos maiores do país e leva a
criançada a um passeio em duas fases: a
primeira parada acontece em um verdadeiro parque de diversões, com tobogã,
boliche, jogos eletrônicos e lanchonete.
A segunda vai até o pico do Morro da
Cruz, onde há um mirante com vista panorâmica da cidade. A Chocolateria Suiça é mais uma das atrações, com iguarias
que farão a alegria de gente pequena e
grande. Para informações sobre hospedagem, restaurantes e outras dicas, é só
acessar: www.friweb.com.br/
Teleférico de Nova Friburgo: Tel.:
(22) 2522-4834
Chocolataria Suiça: Tel.: (22) 25294000
Como chegar: Indo do Rio de Janeiro:
acesso pelas BR-101 (até Cachoeiras de
Macacu) e RJ-116
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Visconde de Mauá
A região de Visconde de Mauá fica no
alto da Serra da Mantiqueira, e abrange
três vilas: Visconde de Mauá, Maringá e Maromba. O local se destaca pela
abundância de águas cristalinas, sendo
composto por inúmeros rios, cachoeiras
e piscinas naturais. Há mais de cem cachoeiras catalogadas, a maioria de fácil
acesso. Para os pequenos a dica é conferir as Corredeiras do Alcantilado, um
parque ecológico de 50.000 m², com
jardins, piscinas naturais, bóia-cross, rapel em araucária, tirolesa e área de jogos.
Outra atividade interessante é a pesca da
truta, na psicultura Truta Rosa, onde há
pesque e pague. As crianças vão ficar em
polvorosa garantindo o jantar. A família
ainda pode fazer trilhas a pé ou a cavalo, com direito a atravessar rios e piscinas naturais. Uma das cachoeiras mais
famosas do complexo é a Cachoeira do
Escorrega, um tobogã natural de 30 metros que é cartão postal da cidade e já foi
cenário de reportagens e gravações para
a televisão. Ela foi esculpida após uma
forte tempestade em 1966, que deixou
uma superfície lisa desembocando em
uma piscina natural de águas cristalinas.
Como a Cachoeira do Escorrega é ainda
muita emoção para gente miúda, a dica é
conferir a feira de artesanato que acontece por lá, aos finais de semana.
Corredeiras do Alcantilado: Tel.: (24)
9268-0979
Truta Rosa: Tel.: (24) 3387-1149
Como chegar: O acesso para Visconde
de Mauá e região é através da Via Dutra,
no Km 311/RJ. Vindo do Rio, a saída
fica 3 km depois de Resende. Vindo de
São Paulo, é logo depois da Polícia Rodoviária de Itatiaia. Passe a entrada para
Penedo e siga até o fim do asfalto. Depois, são 15 km de estrada de terra até a
entrada de Mauá
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ordo
B
e
d
o
i
Diar
Japão com
minha bebê
* Por Daniela Fortes
Uma viagem de 36 horas, 2 aviões e uma
Van até o local de destino, eu e minha
filha de cinco meses, do Rio de Janeiro
a Shisuoka, no Japão. Parentes e amigos
me chamavam de louca. Eu estava confiante, pois iria acompanhada do meu
marido, Thiago, que é escultor. Já tínhamos ido à Europa e nossa bebezinha
Greta, com 4 meses então, se comportou
maravilhosamente bem. Tiago carregou
e modelou seu trabalho em cerâmica nos
quartos de hotel ou nos bastidores dos
teatros onde eu estava trabalhando e
curtimos, os três juntos, museus, livrarias, lagostas, tortas doces, cappuccinos,
alguns vinhos e mamadas no peito. Até
que ele falou que não poderia ir comigo... Pânico! Imaginava o aviãozinho
cruzando o céu branco opaco pelo vulcão em atividade, na Islândia, tive medo
de sequestros, de doença, de tudo. Mas
sou atriz e tinha um trabalho a fazer. No
ano em que pari minha primeira filha
surgiu este trabalho, uma peça de coprodução internacional, Otro or wek-
nowitsallornothing, dirigida por Kike
Diaz e Cristina Moura, interpretada
pelo Coletivo Improviso, com o qual
trabalho há nove anos. E eu topei fazer
– recomeçando a trabalhar quando ela
ainda tinha 1 mês e meio. Achei que daria pra tocar a vida profissional e aprender a ser mãe, de forma concomitante e
feliz, respeitando também o que há de
mim neste processo - sou hedonista e
adoro viajar. Não posso dizer que é fácil,
e todas as mães sabem que não é. Perguntei às minhas amigas de confiança se
alguém se aventuraria a ir comigo à terra
do sol nascente, ao futuro, 12 horas à
frente e depois voltar no tempo, e, ainda me ajudar com Greta Joana, minha
filha. Ticiana, que mora em Londres,
doce de pessoa com voz aveludada que
acalma corações e que tem o maior jeito
com bebês, topou.
Combinado: eu iria do Rio até Londres com a Greta, contando com com o
apoio do grupo que viajava comigo para
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tra para o chamado “assento conforto”,
que usei para ter o Kike sentado ao meu
lado na primeira fila, perto do bercinho.
Mãe e filha vestidas com a camisa da
seleção brasileira, que tinha ganho o
jogo da Copa, na véspera, desembarcamos em Heathrow, numa fila indiana
e fomos recebidos por cães farejadores.
Lá, sentamos num pub onde Tici nos
encontrou.
O voo Rio–Londres, pela TAM, foi
tranquilo, mas é preciso pagar taxa ex-
fazer a peça – 12 pessoas entre diretores, atores-bailarinos-músicos, iluminador e produção. Mais nossa mascote,
Greta,13. Tici se uniria em Londres,
somando 14 viajantes. Bom sinal, desde 2004, quando o Coletivo Improviso
começou a viajar, principalmente para
França, somos 14 no grupo, que dito em
sotaque françês lembra “catarse”. De lá
iríamos juntos pela Japan Air Lines até
o aeroporto de Narita, em Tokyo, de
onde pegaríamos a Van para Shisuoka.
O processo de compra do ticket, feito
através de uma agência no Japão, por
causa do trabalho, foi kafkiano. Na outra vez que fui ao Japão, vi um biombo
que retratava a chegada dos portugueses
àquela ilha do outro lado do mundo, e,
na minha comunicação digital, percebia influências lusas na lógica nipônica.
Também percebi que os “Dear Miss...
Good morning… (Quando aqui era
“good night”)...Not possible...Thank
you... Best regards...”, do estilo de tratamento respeitoso representava o que
chamei de “gentileza imperativa”. Resultado: teria que ir direto, não poderia
parar por 2 dias em nenhuma cidade de
escala na Europa e a volta seria por Paris
e não por Londres como na ida.
O voo Londres-Tokyo foi lindo! As
poltronas do avião da Japan Airlines
têm design oval, nos proporcionando
a sensação de estarmos num desenho
animado dos Jetsons. Greta dormiu
quase o tempo todo e mamou bastante. Ganhamos uma sacolinha com uma
banana, biscoitos japoneses e fraldas
descartáveis do tamanho dela, com
desenhos graciosos do AMPAMMAM
- um personagem japonês com bochechas maiores que tudo no rosto, o que
faz Greta se identificar. Nos ofereceram
também brinquedinhos da companhia.
aérea (escolhi um pequeno avião inflável, que ela adorou brincar e morder).
As telas individuais com touch screen
tinham canal infantil e Greta ficou bem
entretida com umas animações fofas. A
aeromoça botou e tirou, sem a gente pe-
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dois. Me arrependi de não ter comprado, achando que encontraria no Brasil,
outro livrinho parecido, com sons de
animais, mas com aquele design nunca
mais vi. Os japoneses tem muito bom
gosto e acertam no tamanho das coisas.
dir, as nossas bolsas (bem pesadinhas)
do compartimento sobre nossas cabeças, bem na hora que era preciso. Parecia que ela tinha poderes telepáticos
e uma força de samurai sob o chapéu e
o uniforme.
No aeroporto em Tokyo fui correndo num mini mercado no subsolo que
vendia bentôs - marmitas frias que os
japoneses almoçam no trabalho - umas
bandejinhas com tekamakis e uns sanduichinhos triangulares de alga com
arroz, recheados de salmão, atum ou
pepinos. Comprei tekas, sanduíches e
chá, na máquina “de refrigerante” e entramos no micro-ônibus (ufa! Não era
uma van) que nos levaria para o sul.
A vendinha da parada do ônibus era
colorida com coisas inimagináveis.
Estávamos perto de Yokohama e um
biscoitinho doce parecia ser a especialidade local, mas vi também brinquedos e livrinhos para crianças. Como a
viagem estava apenas começando contive meus impulsos, comprando só um
carrinho do tal AMPAMMAM e um
livro de musiquinhas, que tinha botão
para desligar a música no meio, o que
achei uma vantagem. A Greta ama os
Nossa hospedagem em Shisuoka era
num parque, no meio de uma floresta.
Eu,Tici e Greta morávamos numa casota voltada para o jardim. Greta dormiu
no colchão e brincou bastante sobre
uma manta acolchoada que levei comigo. Convivemos com aranhas, besouros
e outros insetos. Certa manhã uma cobra foi vista atravessando o caminho que
fazíamos até o café da manhã, em direção à plantação de chá verde. Na noite
pós-estreia, fomos comer enguias com
uma amiga japonesa, a Miki. Eu tinha
lido que a região de Shisuoka era próxima a um lago e portanto as enguias ali
eram frescas e bem servidas. Andamos,
seguindo o GPS do I-phone da Miki e
pedimos informação a uma senhorinha de tamancos, yucata (quimono de
verão) e guarda-sol, que nos guiou ao
restaurante. Eu me sentia num filme
do 007. Chegamos a uma casa onde 3
mulheres nos informaram que teríamos
que esperar 40 minutos, pois elas ainda
iriam matar a enguia, limpá-la e colocála na grelha. As 3 mulheres misteriosas,
encantadas com as brasileiras e a bebê,
nos acomodaram num quartinho silencioso no segundo andar e nos serviram
cerveja de garrafa, milho e uma sopinha
com ovo quente (frio) e wasabi (raiz forte). “Moravam as 3 ali com as enguias?
Será que elas eram apenas amigas?” Eu
pensava, imitando o jeito de comer milho da Miki: grão por grão. Chegaram
nossas enguias com arroz: “Oishi!” (delicioso!) dissemos e arrancamos sorrisos.
Elogiar a comida é bem visto no Japão,
eles prezam tanto a gastronomia, quanto a apresentação dos pratos.
No fim quis ver a criação de enguias,
Tici desaconselhou, mas minha curiosi-
82
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dade mata. Achei que ia ver as cobrinhas
nadando num laguinho num jardim zen
e o que vi foi uma pilha de bacias pretas
repletas de cobrinhas passando umas sobre as outras e a senhora, com seu cabelo
curto encaracolado oxigenado, orgulhosa da sua atividade, me mostrou detalhes
do ritual de matança e preparo das enguias, o sentido do corte, a faca, a madeira de base, a churrasqueira e até o saco de
carvão. Greta não deu o prazer de seus
olhos abertos para nossas anfitriãs.
Numa noite, às 2 da manhã, dormíamos no nosso “bangalô”, quando Greta
acordou achando que eram 9 da manhã. Fiquei enrolando até às 4/5 da
matina, brincando com ela, falando no
skype com seu pai, quando decidi sair
para dar uma volta. Ao botar o pé pra
fora, ainda de pijamas e chinelos (com
Greta na faixa, apoiada na minha bacia), achando que seria a única, dei de
cara com Lucas, nosso músico, em plena reunião pelo skype do I-phone, com
o Brasil, andando em círculos entre as
árvores e com o Felipe, ator e também
músico, sentado numa cadeira, numa
estradinha, com o laptop no colo e fone
nos ouvidos, falando com sua filha Mia,
4 anos, que chegara da escola no Rio.
Nos unimos a eles e, terminadas as ligações telefônicas transcontinentais e
transtemporais, fizemos um passeio por
uma trilha selvagem, passando por ca-
sinhas e personagens típicos, laguinho
com carpas peroladas, até chegar num
templo budista ao lado de um cemitério
de cachorros no alto de um morro. Pena
que a bruma nos impediu de ver o Monte Fuji. Fizemos uma sessão de fotos que
nos valeu a insônia.
Outra noite, depois que Greta acordou
e dormiu algumas vezes, eu tive insônia
e cismei que uma cobra atacaria minha
bebê. Ela ali pequenininha, sem o papai dela, no meio daquela selva e ainda
por cima de cabeça pra baixo no Planeta Terra. Até que Tici matou a charada:
”Foram aquelas enguias que você resolveu olhar…”
O teatro onde fizemos nossa peça era na
cidade. Teatro moderno, uma concha
acolchoada e a peça ficou super visual,
com legendas em ideogramas japoneses
logo acima da tela de vídeo, que faz parte do cenário. Tici foi convidada para
assistir a peça com a Greta no colo do
“baby room”- coisa que nunca tinha
visto em lugar algum no mundo, uma
sala acústica, que permite que os bebês
chorem sem perturbar a apresentação,
com uma janela de vidro virada pro palco e um alto falante, para que os adultos
acompanhem o espetáculo. Só no Japão
mesmo, para mães, bebês e crianças participarem ativamente da cultura. Trabalho acabado, pegamos o trem bala para
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Tokyo. Greta ficou exausta com a viagem a 300 km/h. Resolvi trocar a fralda
na estação. O banheiro para deficientes
físicos era o mesmo que o para mães
e bebês e enquanto eu trocava as fraldas da minha filha, uma mulher numa
cadeira de rodas ficou batendo na porta, quando saí, não aguentei, falei um
“sumimasen, ah?!” (dá-licença,ah?!)
e joguei os cabelos, virando de costas.
Deus que me perdoe, mas a gente fica
tão cansada que passa a fazer as coisas
num tempo um pouco mais lento e espera que as outras pessoas respeitem. E
nem tinha sido tanto tempo assim.
Em Tokyo, Tici me convenceu a ficar
num super hotel, que era uma torre de
40 andares, num quarto magnífico, com
vista para a metrópole. O bercinho deste hotel era a coisa mais linda, todo de
madeira e dobrável. Dormimos deliciosamente e tomamos banhos hiper relaxantes – eu e Greta precisávamos muito
disto – e ela ensaiou rolamentos e lagarteou no tapete, longe das aranhas do
parque... Foi gostoso. Passeamos bastante, comemos churrasquinhos coreanos
(mesas com mini churrasqueiras e coifas próprias, onde nós mesmas fazemos
cogumelos e carnes pré-temperadas),
shabu shabu (mesas com chapas quentes
acopladas, onde são colocadas panelas
que cozinham carnes, vegetais e macarrões de arroz...), guiozas (pastelzinho
recheado de carne de porco ou vegetal,
feito no vapor ou frito) e fomos a um
restaurante secreto, onde, numa salinha
privé, pudemos cantar karaokê, dançar
e comer sashimis, ovas, carnes de vacas
que nunca pisaram no chão, sorvetes e
cheese cakes... Tudo isto acompanhadas
da nossa pequena e corajosa garota, que
dormia na faixa no meu colo ou no chão
envolta em cobertas.
Ficamos craques em subir e descer as escadas do metrô de Tokyo com o carrinho
de neném, pois nem sempre decifrávamos o sinalzinho de elevador nas placas.
Depois de investigarmos os sete andares
da loja Tokyo Hands, comprei marmitinhas infantis fofíssimas pra Greta, uma
almofada de fazer massagem nas costas
e uma dezena de lembranças para os
amigos... Pena que quando cheguei no
andar de festinhas infantis já não tivesse
forças para comprar os móbiles coloridos
de papel, tão raros e baratos, na terra do
origami...
Greta andava no carrinho com a mesma
curiosidade que eu e Tici: olhando tudo.
Tokyo é cheia de luzes, de bonequinhos
se mexendo, de musiquinhas tocando, de
placas e sinais representados por perso-
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Atravessam cruzamentos na diagonal,
fazem fila para entrar no metrô, não
jogam guimba de cigarro no chão, não
falam no celular na rua, nem em restaurantes, usam máscaras, se estão resfriados, para não contaminarem as outras
pessoas, enfim, se respeitam. Na última
noite fizemos uma sessão de shiatsu rejuvenescedora.
nagens desenhados, de celulares enfeitados com adesivos, de bolsas com chocalhos…E de pessoas passando, e Greta
adora gente, assim, nada mal estar num
lugar onde milhões delas andam para lá
e para cá. Às vezes juntavam umas 5 japonesas maravilhadas para olhar a cara
da bebê, e ela ria, não sei se por empatia
ou por achar engraçadas as cores de maquiagem que elas colocam nos olhos e os
coques no topo das cabeças, amparados
por franjas cheias e lisas. A vantagem
de observar a multidão de Tokyo é que
é uma multidão educada e silenciosa.
Dia de voltar pra casa: minha mala
maior tinha ido diretamente de Shisuoka para o terminal no aeroporto de
Narita, de onde eu voaria para Paris,
um serviço de courier maravilhoso que
funciona em todo Japão, carregando
sua mala para onde você quiser. Eles são
chiques e não carregam peso.
O voo Tokyo-Paris teve uma descida
um tanto brusca, a sensação era de que
o piloto japonês tinha dormido e esquecido de descer o avião no ponto lá atrás
onde deveria ter começado a descer. O
povo ficou meio enjoado, Greta chorou
incomodada. Ao sair do avião, vimos
uma mulher desmaiada na primeira
fila...Que horror! Brasil jogava contra a
Holanda, saímos do avião perguntando
por uma TV, logo viram que éramos
brasileiras, conseguimos assistir o segundo tempo ali mesmo no aeroporto.
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Brasil fora da Copa, depressão. Tici se
despede para seguir sua vida em London
London.
Uma coisa eu descobri: bebês existem
em qualquer lugar do mundo e, portanto, tudo que os bebês precisam existe em
qualquer lugar do mundo e, portanto,
as pessoas de qualquer lugar do mundo
saberão lidar com isso. O engraçado é
que quem mais ajuda são as mães. Mães
de dois, de três, atoladas, cheias de malas, de mochilas, dando a mão para os
filhos ou com eles no colo... Estas são
as pessoas que vão oferecer carregar sua
mala... Não vou negar que me cansei
bastante, mas como disse meu pai outro
dia: “a vida é cansativa, então o negócio é manter o bom humor”. Greta está
cada dia mais linda e eu só tentando
disfarçar as olheiras com a maquiagem
que comprei por lá!
Eu tinha que ir com carrinho e malas de
mão até o outro terminal do aeroporto
e no caminho até o trenzinho que liga
os dois, ouvi um apito e depois uma explosão. Pensei: “morri”, ”morremos” e vi
minha filha no carrinho, longe de mim
de certa forma, meu dinheiro na mochila, na parte debaixo do carrinho... Então,
peguei Greta no colo e fui ajudada por
uma família americana também assustada. Fiquei pronta para correr com tudo o
que precisava para sobreviver agarrado ao
meu corpo: Greta, passaportes, tickets e
dinheiro. O resto eu poderia largar para
trás, caso o pior acontecesse, verdadeiro
terror. Comentei da explosão no balcão
do check-in e me falaram que era normal,
“principalmente às sextas-feiras, quando
muita gente viaja” pois a polícia francesa
explode malas que são abandonadas nas
esteiras. Descobri que só tinha mais uma
fralda descartável para o voo de volta,
pois havia esquecido as outras na mala
despachada e não tinha farmácia perto do
portão de embarque. Me uni a uma família que tinha fraldas reservas. Cansada e
assustada, tive um ataque de choro, num
telefonema para meu marido. Senti falta
de um espaço onde eu pudesse me recom-
por com Greta, um kid’s zone, como encontrei alguns meses depois no aeroporto
de Madrid. Mas depois de 5 horas, entrei
no avião e a viagem foi tranqüila até em
casa: Greta dormiu e ficou bem a viagem
toda, enquanto um bebê de 1 ano chorou
bastante. Ao chegar, meu marido parecia
o Tom Hanks em “O náufrago” com barba por fazer, descuidado, após 10 dias em
contagem regressiva, sofrendo de saudades. Que delícia estar de volta. Que bom
que fomos também. O Japão é o máximo.
Quero ir sempre pra lá e acho que a Greta
também vai querer voltar.
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Dicas
• Subsolos de estações de metrô e
shoppings são mercados de comida. Compre uma bandejinha com
sushis e sashimis, outra de guiozas
frescos e vá comer num jardim ou
parque – gostei muito de um jardim
chamado Shinjuku Gyoen. Quanto
a bebidas, tem sempre uma máquina com chás e água, só colocar as
moedinhas.
• Levei o carrinho com um bebê
conforto adaptado que também
servia como cadeira para carro. O
bebê conforto foi uma mão na roda
devido aos pequenos espaços: estacionava o carrinho na entrada dos
restaurantes e podia me embrenhar
por qualquer corredor ou salinha
com o bebê conforto, pousando-o
ao meu lado, nos tapetinhos.
• Planeje-se. Não foi tão duro assim,
ir direto, sem parar na Europa, nos
EUA ou no Canadá por 3 dias.
Mas, pode ser uma boa. EUA e Canadá requerem visto para trânsito.
• Una-se à alguém que fale japonês e
aceite dicas dos locais.
• Álbuns de fotografia e adesivos são
lindos e baratos. Marmitas infantis
térmicas (ou não) são deslumbrantes. Pijaminhas e quimonos para
crianças também são lindos de
morrer.
• O fuso é bem radical! O sono da
Greta nunca mais foi o mesmo depois desta viagem. Tudo bem, ela
cresceu, passou a sentir mais fome
e etc, mas não deve ter sido simples
pra ela entender que em alguns lugares fazem sol a noite...
• O que torna esta longa viagem assustadora, também pode ser o que
a torna ideal nesta fase da Greta
– mamando: ela precisa de fraldas
e de mim. Além disto a bebê ainda está levinha, pesando 6 kgs, no
máximo. Daqui para frente tem
utensílios para preparar e esquentar
comida, papinhas, atenção ao engatinhar…Vai ficando mais difícil.
• Se puder, vá! Não deixe de ir! E leve
sua (seu) filha(o) contigo. A casa do
bebê é ao lado da mãe (e do pai),
onde quer que eles estejam.
• Na televisão tem muitos programas
infantis e de culinária. Tem desenho
animado ensinando a criança a fazer
cocô, a fazer tudo e os programas
infantis respeitam as diferentes fases
de crescimento da criança, ex: de 8
às 10h o programa é pra bebês até 3
anos, de 10 à 12h para crianças um
pouco mais velhas. São programas
de auditório em cenários “barrocobaby” cheios de crianças dançando e
cantando juntos e os menores sabem
as coreografias. Fofo!
* Daniela Fortes é atriz e produtora cultural
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Kids
o
c
a
p
s
E
O sinal
Por Flavio Salles*
Em primeiro lugar, minhas amáveis leitoras, esclareço que os personagens desta
crônica, ou as personagens, como melhor
lhe soar, são fictícios, e que visitam estas
linhas, não digo por mero acaso, mas por
desempenho do ofício: uma professora e
um aluno. Um menino muito inteligente, engraçado , mas que faço questão de
enfatizar: não é meu filho.
O cenário é o pátio de uma escola, o que
talvez algumas mais espertas logo percebessem pelo barulho das crianças, que,
por vezes, vaza em alguns travessões.
Mas, preferi lhes poupar o esforço e o
tempo de tais conjecturas, afinal, a qualquer momento a campaninha do recreio
irá tocar, pondo por fim à nossa história,
o que pode trazer tristeza para uns e alí-
vio para outros.
Tudo começa com a professora, Maria
Cecília é o seu nome, observando um
menino que está sentado, sozinho, no
tanque de areia, muito quieto, muito
compenetrado. Ela decide ir até lá ver o
que estava acontecendo. Sem que ela perceba, o menino acompanha atentamente
sua aproximação.
– Oi, Pedro, tudo bem?
Surpreso, ele permanece em silêncio,
olhando para ela, sem piscar.
– De que você está brincando? – ela insiste.
– Ué, você está me vendo, Tia Ciça?
– Claro.
Com um tom um pouco contrariado, ele
88
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– Mas, de manhã, quando estou dormindo, ela diz que eu tenho que parar
de dormir para brincar. Aí eu fico blavo.
– Por que?
– Ué, por que ela não me deixou brincando desde “ontem”?
– É porque...
– E o meu pai vive dizendo “vamos, a
gente está atlasado”. Eu não gosto desta
palavra.
– E qual palavra você gosta?
A resposta sai em tom de confissão:
– Só-mais-um-pouquinho.
– É uma palavra bem longa essa, não é?
– Meu pai também acha muito longa.
Depois que repito ela pela terceira vez,
ele se lembra do meu nome todo: “Pedro
da Silva Salles”. Ele me chama com uma
voz que treme o chão.
– O seu pai fica bravo?
Nova parada para refletir.
– De vez em quando ele fica.
– E ele te põe de castigo?
– Sim – essa ele responde rápido.
– E qual é o castigo?
– Ficar no cantinho pensando. Não jogar joguinho no computador dele.
– Você gosta de jogar?
– Meu pai diz que quando ele era criança
não tinha computador. Só midiogame.
– Video game.
O pequeno conclui:
– Ainda bem que não tinha. Se tivesse
computador, ele ia querer ficar trabalhando o dia todo e não ia brincar, comer
comida saudável e nem ver DVD.
– Quando ele era criança não tinha
DVD – ela corrigiu sem pensar.
– É sério? Nem televisão?
– Televisão tinha, mas não tinha canal
só para criança.
– Não tinha Dino Trem?
– Não.
– Tia Ciça, o meu pai nasceu antes do
pelíodo Cletáceo?
Meio confusa, a mestra resolve retomar o
rumo da prosa:
– O seu pai às vezes briga, mas ele gosta
muito de você.
– Eu sei que ele gosta. Mas é que de vez
quis saber:
– Como você está me vendo, se eu estou
aqui paladinho, fazendo minha cala de
invisível?
Atrapalhada, ela tenta consertar:
– Onde você foi parar? Estou ouvindo
só a sua voz
– Pronto. Apaleci.
– Ufa! Quem bom. Achei que você tinha
ido embora.
A professora decide lhe fazer companhia
e senta ao seu lado.
– Pedra, tesoura, papel!
– Pedro, você sabia que está chegando o
dia da criança?
As nuvens no céu se abrem e a expressão
do pequeno se ilumina no mesmo instante.
– Você sabia que eu vou ganhar uma fantasia do Homem Alanha?
– É? E ele tem superpoderes que nem
você?
– Não. Ele não consegue ficar invisível
– afirma com certo ar de superioridade.
– É verdade. Mas você sobe nas paredes?
– Minha mãe não deixa eu subir nas paledes – e um pouco desgostoso completa
– acho que é porque eu sou criança.
Pelas eventuais trocas de erres por eles,
vocês já devem ter percebido que esta
criança tem por volta de seus quatro
anos. Quatro anos e quatro meses, para
ser mais exato.
– E você não gosta de ser criança?
Ele para, pensa, e responde:
– Mais ou menos.
– Por que?
Ainda reflexivo:
– Porque adulto é melhor. Quer dizer, a
criança... Toda hora ...Tem que parar.
– Como assim?
– Bom, quando estou brincando, minha
mãe me manda parar para tomar banho.
–Ué, tem que tomar banho, Pedro. Vai
ficar sujo?
– Mas quando estou brincando no banho, ela fala que tenho que sair para ir
para a festa. Quando estou na festa, tenho que voltar para casa dormir.
– Dormir é importante para crescer.
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em quando vem o lobo e engole ele.
– Quem te contou esta história?
– Ninguém me contou, eu sei. Aquela
voz de trovão é do lobo. Você dorme de
luz apagada?
– Durmo. Você tem medo de escuro?
– Eu? Não. A minha irmã que tem. Ela
acende a luzinha de dormir. Eu só peço
para a porta ficar aberta.
– Sabe, Pedro, o seu pai quer o melhor
para você.
– Não quer não, porque quando a gente
vai na festa, ele não me deixa comer muita bala. Bala é melhor que salgado.
– É que quem come muita bala passa mal.
– Cachorro-quente é saudável?
– Bom...Os adultos sabem das coisas.
– Mais ou menos. Meu pai não sabe jogar DS. Nem minha mãe. Nem minha
tia. Nem minha vó.
Acreditando que ninguém da família deveria saber jogar, ela tratou de cortar a
sequência genealógica:
– Você tem DS?
– Não. Eu jogo o do meu amigo do prédio. Ele também tem Wii. Eu queria ganhar um no dia da criança, mas meu pai
não vai me dar.
– Ele não deve querer que você passe o
dia inteiro jogando.
Ele abaixou os olhos e começou a afundar o dedo na areia.
– Quando eu era pequeno, ele me deu
uma palmada.
Ah, moleque boquirroto, X9. Entregando o próprio pai.
– Por quêe ele fez isso?
– Quando eu tinha dois ou três anos. Eu
estava no Maternal 3. – Não lembro.
– Você tinha feito uma bobagem?
– Tinha.
– Qual?
– Não lembro.
– Ele deve se lembrar.
Tá vendo, leitora? Se fosse meu filho, esta
hora eu estava encrencado. Essa crônica
ia virar policial.
– E sua mãe briga com você?
– Ana Banana, vegetariana, 24 horas,
abriu!
– Às vezes, mas ela briga baixinho. Outro dia, contei para ela que eu ia encontrar minha namorada na festa.
– Quem é sua namorada?
Meio envergonhado, ele respondeu:
– A Vitória. Minha mãe me disse que
criança de 4 anos não pode namorar.
– Ela tem razão.
– É, mas não tem problema, porque a
Vitória já fez 5 anos.
Esse moleque é meu orgulho.
A professora emendou uma pergunta
para conter o riso:
– Você já contou pra Vitória que ela é
sua namorada?
– Já.
– E o que ela disse?
– Ela achou engraçado. Estrela cadente
existe?
– Existe.
– E onde elas caem?
– Onde elas caem? Bem... Bom... Elas
caem no céu.
– Mas o céu é lá em cima.
– Elas caem nas nuvens.
– Ah, tá. O que enche a lua cheia? De
que é feito o anel de Saturno? Eu posso
escorregar nele? E quem é o presidente
de Portugal?
A situação estava complicada, só um sinal divino poderia salvar a honra daquela professora tão prestimosa:
– Béeeeeeeeeeeeeeennnnnn!
– Acabou o recreio, Pedro. Hora de ir
para a sala.
E ele ainda teve tempo de retrucar:
– Tia Ciça, procura no Google.
Estão vendo? Puxou ao pai.
* Flavio Salles - Pai de Marina e Pedro. Empresário e
autor do livro Pai Crônico: crônicas de um pai
90
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27/09/2010 12:37:36
ids
Mural K
Nicholas Daniel (2 anos):
brincando nas pedrinhas
Alvaro Necchio (2 anos): curtindo
a praia da Barra - RJ
4 anos) :
óes (quase
Lorena G ope Charmosa”
él
super “Pen
ho
os): “Um sapatin
Lara Knof f (6 an
eu vou...”
92
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27/09/2010 12:38:06
Giovanna Rocha (7 anos): momento sereia
Juan (9 anos) e Jose (4 anos)
Largo: curtindo um friozinho
): curtind
o (8 meses as
id
d
n
â
C
r
it
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Pedro X av agoa Rodrigo de Fre
L
um sol na
Quer ser estrela do Mural
do Kids? Envie uma foto
(com 300dpi) na Cidade
Maravilhosa dizendo com
quem e onde ela foi tirada
para [email protected]
O Kids in Rio vai selecionar
algumas fotos para serem
publicadas na revista.
Joanna de Oliveira (2 anos):
joaninha da areia
o
93
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27/09/2010 12:38:34
Revista
Onde nos achar:
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Ano 1 - no 4 - Junho / Julho de 2010
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