ZOOLOGIA Protozoários As características gerais dos protozoários

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ZOOLOGIA Protozoários As características gerais dos protozoários
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ZOOLOGIA
Protozoários
O Filo PROTOZOA (protos = primeiro, + zoon = animal) compreende geralmente protistas unicelulares semelhantes a animais, de
tamanho microscópico. Estrutural e funcionalmente a única célula de um animal metazoário e por este motivo estes organismos são
classificados no reino protista. Alguns protozoários têm estrutura muito simples e outros são complexos, com organelas (órgão
celular) que executam processos vitais particulares e são funcionalmente análogas aos sistemas de órgãos dos animais multicelulares.
Um total de 50.000 tipos de Protozoa é conhecido e, em número de indivíduos, excedem de longe o de todos os animais. Cada
espécie vive em determinado tipo de habitat úmido – na água do mar ou no fundo do oceano; e na água doce, salobra ou poluída, na
terra; no solo ou matéria orgânica em decomposição. Muitos são de vida livre e de natação livre, enquanto outros são sésseis e
alguns de ambas as categorias formam colônias. Ainda outros vivem sobre ou dentro de protistas, algumas plantas e de todos os tipos
de animais, inclusive do homem. Em diferentes casos as inter-relacões variam de ocorrência casual até parasitismo estrito. Por sua
vez, alguns tipos de bactérias vivem sobre ou dentro de certos protozoários, casualmente, como simbiontes ou parasitos. Muitos
protozoários servem de alimento para outros organismos de minutos. Alguns são úteis na purificação de filtros de água e de esgotos
em estações de tratamento, mas espécies causadoras de moléstias, como as que causam a disenteria amebiana, a malária e a doença
africana do sono, são um flagelo para a humanidade.
A classificação dos Protozoa é complexa, apresenta quatro (4) subfilos e oito (8) classes ou superclasses, agora reconhecidos por
maioria dos zoólogos.
As características gerais dos protozoários
Pequenos, geralmente unicelulares, alguns em colônias de poucos a muitos indivíduos semelhantes; simetrias ausentes,
bilaterais, radiais ou esféricas.
Forma da célula geralmente constante, oval, alongada, esférica ou outra, variada em algumas espécies e mudando com
ambiente ou idade em muitas.
Núcleos distintos, únicos ou múltiplos; outras partes estruturais, como organelas; sem órgão ou tecido.
Locomoção por flagelos, cílios, pseudópodes ou movimentos da própria célula.
Algumas espécies com envoltórios protetores ou tecas; muitas espécies produzem cistos ou esporos resistentes para
sobreviver em condições desfavoráveis e para dispersão.
Modos de vida: livres, comensais, mutualísticos ou parasitos.
Nutrição variada: a.holozáica, subsistindo de outros organismos (bactérias, fermentos, algas, vários protozoários etc.)
b.saprofítica, vivendo em substâncias dissolvidas em arredores; c.saprozóica, subsistindo de matéria animal morta;
d.holofítica, produzindo alimento pela fotassíntese como as plantas. Alguns combinam dois modos.
Reprodução assexuada por divisão binária divisão múltipla ou brotamento; alguns com reprodução sexual pela fusão de
gametas ou por conjunção
O tamanho dos protozoários
Os protozoários geralmente são tão pequenos que são medidos em micrômetros (um micrômetro, m = 1/1000mm). Alguns
medem apenas 2 ou 3 m de comprimento. Uma dúzia de Babésia (esporozoários) pode habitar uma emacia ou várias centenas
de Leishmania (flagelado) uma única célula. A maioria das espécies mede menos de 250 m de comprimento, porém
Spirostomum (ciliado) alcança 3mm e Porospora gigantea (esporozoários), 16mm
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O subfilo Sarcomastigophora
Classe Sarcidina Amebas etc
A ameba comum (Amoeba proteus), de água doce e limpa, que contenha vegetação verde, serve para uma introdução aos
Protozoa e aos Sarcodina (sarcodes = carnoso). A ameba parece ser a forma de vida mais simples do reino protista, uma célula
independente com núcleo e citoplasma, mas com poucas organelas permanentes. Ela tem sido estudada intensivamente, na
esperança de descoberta de alguns aspectos fundamentais de vida. A despeito de sua aparente simplicidade ela pode mover-se,
capturar, digerir e assimilar alimento complexo, eliminar resíduos não digeridos, respirar, produzir secreções e excreções,
responder a mudanças de vários tipos, tanto do ambiente interno como do externo, crescer e reproduzir-se. Realiza, assim, todas
as atividades vitais e essenciais e mostrar especialização fisiológica em vários processos sem ter muitas partes estruturalmente
diferenciadas para fazê-lo.
Estrutura
A ameba viva é uma massa de protoplasma claro, incolor, gelatinoso, até 0,60mm de comprimento, que é flexível, de forma
irregular e passa por freqüentes mudanças de forma. Consiste de uma membrana celular externa ou plasmalema, elástica, muito
fina e abaixo desta, uma zona estreita de ectoplasma claro, não-granular, circulando, a massa principal do corpo de endoplasma
granular. Este consiste de um plasmagel externo, mais duro e um plasmassol interno, no qual movimentos de correnteza são
visíveis (CICLOSE). Dentro do endoplasma há um núcleo disciforme, não facilmente visível no animal vivo; um vacúolo
contrátil esférico preenchido de líquido, o qual periodicamente se move para a superfície, contrai-se, descarrega seu conteúdo na
água circundante e então se refaz; um ou mais vacúolos digestivos de vários tamanhos, contendo pequenas porções de alimento
em digestão e vários outros vacúolos, cristais, glóbulos de óleo e outras inclusões celulares, decrescendo em tamanho até o
limite de visibilidade microscópica ou mesmo abaixo deste.
Locomoção
A ameba move-se formando e estendendo projeções temporárias digitiformes, ou pseudópodos (pseudos = falso + podos = pé),
em qualquer lugar de seu corpo. Este tipo de fluxo irregular é chamado movimento amebóide; ocorre em muitos Protozoa e
também nos amebócitos de esponjas e nos gçóbulos brancos do sangue dos vertebrados. O movimento amebóide é
provavelmente uma característica básica do protoplasma não-especializado e nunca foi satisfatoriamente explicado, embora
várias teorias tenham sido propostas. É provável que o movimento amebóide não seja só de um tipo, mas que seja diferente nos
vários organismos que o utilizam, na mesma proporção em que os pseudópodes variam.
Alimentação
A ameba come outros protozoários, algas, rotíferos e protoplasma morto, preferindo pequenos flagelados e ciliados vivos.
Ela pode comer vários paramércios ou várias centenas de pequenos flagelados diariamente e mostra-se capaz de selecionar
alimento. A ameba é atraída pelo movimento da presa pretendida ou por substâncias que dela se difundem; materiais não
desejados ou indigeríveis são usualmente evitados como o são organismos que mostram intensa atividade. O alimento pode ser
tomado em qualquer parte da superfície celular. A ameba estende pseudópodos que circulam o alimento, o qual, com alguma
água, é incluído no endoplasma como um vacúolo digestivo. Mais água é englogada com um organismo ativo do que um que é
quieto. Os vacúolos são deslocados por movimentos de correnteza do endoplasma e assim põe-se em contato com várias partes
deste. Um vacúolo recentemente formado tém reação ácida, provavelmente devido a uma secreção que mata a presa
rapidamente. Mais tarde a reação torna-se alcalina e a ação de enzimas secretadas pelo endoplasma é evidente. Partículas de
alimento perdem suas linha definidas, dilatam-se, torna-se mais transparente e então diminuem em quantidade à medida que os
produtos da digestão são absorvidos pelo protoplasma circundante.
Respiração e Excreção
A água na qual a ameba vive contém oxigênio dissolvido. Este difunde-se através da membrana celular, como na respiração
interna das células dos animais superiores, que retiram seu oxigênio do sangue e de outros líquidos do corpo. O metabolismo
resulta na produção de produtos de excreção tais como dióxido de carbono e uréia. Para o bem-estar do organismo estes devem
ser eliminados; sua eliminação, principalmente por difusão através da membrana celular, é o processo de excreção.
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O vacúolo contrátil provavelmente serve, em parte, para a excreção, mas sua função principal é regular o conteúdo de água no
corpo celular. A água entra com os vacúolos digestivos, é um subproduto da oxidação do alimento e também provavelmente
penetra na célula por osmose, pois o protoplasma contém uma concentração de sais mais alta do que a água circundante. Uma
ameba colocada em água com um conteúdo de sais mais alto que o usual forma um vacúolo menor, que descarrega menos
freqüentemente do que antes; algumas amebas marinhas não tem vacúolo. O vacúolo contrátil forma-se gradualmente pela fusão
de vacúlos menores, que começam com como finas gotículas. Quando cheio, ele é circundado por uma “membrana de
condensação” temporária, que desaparece quando o vacúolo descarrega através da membrana celular para a água circundante.
Em algumas amebas, contudo, o vacúolo pode ser extirpado embaixo da água, com a membrana intata. Sarcodinos marinhos não
tem vacúolos contráteis; isto sugere que o principal papel do vacúolo seja a manutenção do conteúdo da água.
Comportamento
As repostas de uma ameba a estímulos ou mudanças em seu ambiente interno ou externo constituem em seu comportamento. A
fome é um estímulo interno o qual a ameba responde com a procura de alimento. Contato com uma partícula alimentar é um
estímulo externo ao qual ela responde emitindo pseudópodos para capturar o alimento. A resposta ao toque ou contato
(tigmotaxia) é variada. Uma ameba flutuante, com pseudópodos espalhados, responde positivamente ao contato com um objeto
sólido, fixando-se a ele; mas uma ameba rastejante, tocada levemente com uma agulha responde negativamente retraindo e
afastando-se. Como na natureza a ameba é exposta a luz de intensidades variáveis, ela não responde a mudanças graduais de
iluminação. Mas se um jato luminoso forte e repentinamente lançado sobre um indivíduo que está em luz fraca, ele responde
negativamente: o protoplasma flui afastando-se do estímulo e pseudópodos logo se formam para auxiliar a retirada. Ainda mais,
se uma ameba penetrar repetidamente em um campo de luz intensa, o número de tentativas para continuar na direção original
diminui à medida que o número de experiências aumenta – uma mudança no comportamento semelhante ao processo de
aprendizado nos animais superiores. Resposta à temperatura é mostrada pelas mudanças na locomoção e ritmo de alimentação,
que diminuem à medida que a temperatura da água se aproxima do congelamento a locomoção é acelerada em temperaturas
altas, mas cessa acima de 30°C. Á soluções salinas fortes (ou outros produtos químicos) a ameba responde negativamente, mas a
substanciais difundidas do alimento ela responde positivamente. As respostas da ameba aos estímulos são de natureza a
beneficiar o indivíduo e a espécie evitando condições desfavoráveis e procurando aquelas que lhe são úteis.
Reprodução
Quando a ameba atinge um certo tamanho, ela se reproduz fissão binária. O corpo celular torna-se esférico e coberto por
pseudópodos curtos, depois alonga-se e finalmente constringe-se em duas partes; enquanto isso, o núcleo dividiu-se por mitose.
Em condições ordinárias de laboratório a ameba divide-se cada poucos dias e a mitose requer cerca de 33 minutos a 24°C.
Ameba
Classe Mastigiphora
Flagelados
A presença de um ou mais flagelos longos e delicados, em algum em todos os estágios do ciclo vital é característica dos
Mastigophora (mastix = chicote + phoros = portador). Os flagelos servem para locomoção e captura de alimento e podem ser
receptores sensitivos. O corpo celular é usualmente de forma definida – oval, longa ou esférica – coberto por uma película firme
e com armadura em certos grupos de flagelos. Muitas espécies contêm plastídeos com pigmentos coloridos; aqueles com
clorofila podem sintetizar alimento com o auxílio da luz solar e são freqüentemente classificados como plantas. Muitos flagelos
são de vida livre e solitários, outros são sésseis e alguns formam colônias de poucos ou até milhares de indivíduos. Abundam em
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água doce e salgada onde, com as diatomáceas, fornecem grande parte dos suprimentos de alimentos para animais aquáticos
diminutos. Diversas espécies habitam o solo. Muitos outros são parasitos do homem e de todos os tipos de animais e alguns
causam moléstias de grande importância. Reprodução usualmente por divisão logitudinal, mas alguns passam, por divisão
múltipla e há reprodução sexual em pelo menos dois grupos. Flagelos de vida livre podem encitar para evitar condições
desfavoráveis.
Actinosphaerium
Estrutura
A euglena é um flagelado comum, solitário, de vida livre que contém clorofila; pode ser cultivada e estudada facilmente no
laboratório. O corpo delicado mede até 0,1mm de comprimento, é de forma constante, com uma extremidade anterior
arredondada, que habitualmente se desloca dirigida para a frente; a extremidade posterior ou oposta é pontiaguda. A forma do
corpo é mantida por uma membrana de revestimento fina e flexível, a película, marcada por estriações ou espessamentos
paralelosespirais. Internamente há uma camada fina de ectoplasma claro, ao redor da massa principal de endoplasma granular,
imóvel. A extremidade anterior contém um citóstoma em forma de funil que conduz a uma citofaringe curta, tubular. Um lango
flagelo estende-se para fora através do citóstoma; consiste de um filamento circundado por uma bainha delicada e surge de um
grânulo basal, bleraloflasto, dentro do citoplasma anteriar. Atrás da citofaringe há um reservatório esférico permanente, e nas
proximidades um vacúolo, no qual vários vacúolos contrateis diminuto esvaziam. Liquido coletado no citoplasma pelos vacúolos
passa para o reserbatório e sai pela citofaringe.
Movimentos
O flagelo bate para trás e para frente para arrastar a euglena através da ´gua, com uma rotação em espiral, seguido ela um curso
reto. O animal pode também rastejar por movimentos espirais do corpo. Às vezes realiza “movimentos euglenóides”
vermiformes, por expanções e contrações locais, que surgem a peristalse do intestino dos vertebrados.
Nutrição
Alguns flagelados de vida livre capturam pequenos organismos, os quais são tomados dentro da citofaringe e digeridos em
vacúolos digestivos no citoplasma, mas tal nutrição holozóica é rara e ausente na euglena. Esta utiliza-se de nutrição holofítica,
pela qual alimentos são sintetizados dentro do corpo. Isto é feito por fotassíntese, como nas plantas verdes, através da ação da
clorofila na presença de luz.
Reprodução
Em culturas ativas, a Euglena reproduz-se freqüentemente por fissão binária longitudinal. O núcleo divide-se em dois por
mitose, então as organelas anteriores – flagelo, blefaroplasto, citofaringe, reservatório e estigma – são duplicados e o organismo
fende-se em dois longitudinalmente. A euglena também possui estágios inativos, quando se torna imóvel e encista-se. O
encitamento é estimulado por falta de alimento ou pela presença de clorofila.
Euglena
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Classe Opalinata
Os Opalinata habitam principalmente o intestino de rãs e sapos. Têm de dois à centenas de núcleos, todos iguais e não possuem
citóstona; na “reprodução sexual” seus gametas fundem-se permanentemente. As opalinas assemelham-se a ciliados pela
presença de numerosas organelas ciliformes em séries obliquas na superfície do corpo. Assemelham-se a flagelados por
possuírem reprodução assexuada com um plano de divisão similar.
Classe Telosporea
Gragarina
Estes organismos, alguns dos maiores esporozoários são parasito extras ou intracelulares de invertebrados. O corpo geralmente é
dividido em um protomérito anterior e um deutométrio posterior. Um exemplo comum é Monocystis, o qual vive nas versículas
seminais das minhocas. O esporo diminuto é um invólucro fusiforme contendo 8 esporozóitos. Escapando do esporo, cada
esporozóito entra numa bola de célula espermática imaturas e transforma-se em um trofozóito que consome as células. Os
trofozóitos então agrupam-se como pares de gametócitos, cada par sendo circundado por um cisto. Segue-se a esporulação, cada
núcleo divide-se muitas vezes, com ulterior subdivisão do citoplasma, resultando assim muitos gametas quase do mesmo
tamanho. Um par de gametas, cada um de uma célula genitora diferente, une-se então com um zigoto, o qual secreta uma cápsula
de esporo fina e dura, o oocisto, ao redor de si mesmo, enquanto ainda dentro do cisto. O núcleo do zigoto divide-se
sucessivamente em 2, 4, e 8 núcleos-filhos e cada um combina-se com parte do citoplasma para tornar-se um esporozóito. A
maneira pela qual os esporos são espalhados de um verme para o outro é desconhecida.
Coccidia
Estes parasitos vivem em células epiteliais de muitos vertebrados, alguns miriápodes e alguns outros invertebrados. Ocorrem
principalmente no revestimento do intestino, mas também nos ductos biliares, rins, testículos, vasos sangüíneos e celoma. Os
ciclos vitais compreendem alternância de esquizogonia, gametogonia e esporogonia, com mudança de hospedeiro em algumas
espécies. Os Coccidia produzem a coccidiose, moléstia que pode ser séria ou mesmo fatal. Espécies de importância econômica
ocorrem em galinhas, mamíferos domésticos e muitos tipos de animais silvestres.
Toxoplasma é o gênero de maior importância médica da subordem EIMERIINA. Os organismos vivem nas células dos tecidos
de muitas aves e mamíferos e atacam uma série de tecidos humanos resultando na moléstia toxoplasmose; o grau de seriedade da
doença varia nos homens de acordo com os tecidos infestados. Pensa-se que a incidência de infestação do homem por este
parasito seja alta.
Haemosporiina
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Estes Teloporea são parasitos de glóbulos sangüíneos e tecidos de vertebrados; não formam esporos resistentes mas são
transferidos por artrópodos sugadores de sangue, como hospedeiros intermediários. O exemplo mais familiar é Plasmodium, o
qual causa a malária. Esta moléstia, um flagelo para o homem desde tempos remotos, tem causado uma enorme soma de
enfermidades e mortes inumeráveis, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Possivelmente é a mais importante de
todas as moléstias. Os parasitos são transmitidos ao homem pelas fêmeas de certas especiais de mosquitos do Gênero Anopheles.
Quando as peças bucais do mosquito picam a pele para obter sangue, os esporozoários infestantes passam das glândulas salivais
para a ferida. Entram nas células do parênquina do fígado e multiplica-se. A infestação mais tarde espalha-se para os glóbulos
vermelhos do sangue, onde se desenvolve trófozoítos amebóides. Depois de cerca de 10 dias os parasitos são tão numerosos que
o choque de sua libertação quase simultânea produz um frio seguido por uma febre violenta em resposta às toxinas dos parasitos
libertados. O ciclo de frio e febre daí para a frente depende da espécie do parasito; cada 48 horas na malária terçã benigna,
causada pelo P. Vivax, e cada 72 horas na malária quartã, causada pelo P.malarie.
Depois de um período de esquizogonia, alguns merozoítos tornam-se ganetócitos, mas não se modificam no hospedeiro humano.
Se chegarem, com sangue, ao intestino de uma fêmea apropriada de Anopheles, o gametócito feminino logo se torna um
macrogameta e o gametócito masculino divide-se em 6 a 8 microgametas em forma de espermatozóide. Dois gametas de sexos
opostos fundem-se em um zigoto. Este torna-se um oocineto vermiforme, que penetra na parede do intestino. Absorve então
nutrientes do inseto e cresce como um oocisto arredondado. Um único mosquito pode conter de 20 a 30 ou mais oocistos. Em 6
ou 7 dias o conteúdo de cada cisto divide-se em milhares de esporozoítos delgados.
Os sintomas agudos da malária do homem usualmente continuam durante alguns dias ou semanas e então freqüentemente
diminuem, à medida que o corpo desenvolve umidade à moléstia, mas recaídas podem ocorrer em intervalos irregulares. Em
pessoas diferentes, a infestação desaparece com o tempo ou mantém-se e causa danos a outros órgãos ou resulta em morte
Classe Ciliata
Os Ciliata possuem cílios durante toda a vida, os quais servem para locomoção e captura de alimentos. Embaixo da película
externa existe um sistema complexo de grânulos basais e de fibrilas, universalmente presente, para o funcionamento dos cílios da
superfície. Cada espécie possui forma constante e características e a maioria delas têm um macronúcleo grande, relacionado com
as funções vegetativas ou de rotina e um ou mais micronúcleos pequenos, importante na reprodução. Os ciliados são os
protozoários mais especializados por terem várias organelas para realizar processos vitais particulares. Isto resulta em divisão de
trabalho entre as partes do organismo análoga àquela entre os sistemas de órgãos em um animal multicelular. No total, os
ciliados são os protozoários mais parecidos com os animais.
Paramecium
É um ciliado comum em água doce que contenha alguma vegetação em decomposição. Multiplica-se rapidamente em
laboratórios em uma “infusão”, feita fervendo-se um pouco de feno ou alguns grãos de trigo em água. Foram descritas 13
espécies que diferem em tamanho, forma, estrutura e reações bioquímicas e reprodutivas. P.aurelia mede 0,1 a 0,2mm de
comprimento e P.caudatum mede 0,15 a 0,3mm. A destrição seguinte relaciona-se principalmente com P.caudatum.
Estrutura
O corpo celular longo é arredondado na extremidade que se move para a frente ou anterior, sua largura máxima situa-se atrás do
meio e é afiliado na extremidade posterior. A superfície externa é coberta por uma membrana elástica distinta, a película, com
cílios finos, dispostos em séries longitudinais e de comprimento uniforme, salvo um tufo caudal de cílios mais longos.
Internamente à película, o conteúdo celular, como em Amoeba, consiste de uma camada externa fina e clara de ectoplasma
denso, ao redor da massa maior de endoplasma mais granular e fluído. O ectoplasma contém muitos tricocistos fusiformes, que
se alteram com as bases dos cílios e podem ser descarregados como longos fios, para servir talves na fixação ou defesa. Da
extremidade anterior um sulco oral raso estende-se diagonalmente para trás, até
cerca da metade da superfície oral ou inferior e contém o citóstoma, na sua extremidade posterior. O citóstoma abre-se em uma
citofaringe curta e tubular, terminado no endoplasma. Na citofaringe os cílios são fundidos para formar duas faixas densas
longitudinais. Em um lado, logo atrás da citofaringe, está o citoprócto, o qual pode ser visto apenas quando partículas são
descarregadas através dele. No endoplasma, há vacúolos digestivos de vários tamanhos, que contém material em processo de
digestão e na direção de cada extremidade do corpo há um vacúolo contrátil, grande e claro. O micronúcleo, pequeno e
arredomdado, é parcialmente circundado pelo macronúcleo maior.
Locomoção
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Os cílios batem para trás, para deslocar o paramércio para a trente e, como suas vibrações são oblíquas, o animal gira em seu
eixo longitudinal. Os cílios do sulco oral batem mais vigorosamente que os outros, de modo que a extremidade anterior desvia-se
aboralmente. O efeito combinado é mover o animal para a frente em um curso espiral, na direção oposta à dos ponteiros do
relógio, quando visto por trás. Assim o animal assimétrico pode locomover-se em um percurso direto. Para nadar para trás o
batimento ciliar é invertido, como também o percurso da rotação. Se, quando nadando para a frente, o paramércio encontra
algum eestímulo químico desfavorável, ele executa uma reação de repulsa; o batimento ciliar inverte-se, o animal move-se para
trás uma curta distância e então gira em um percurso cônico, desviando a extremidade anterior aboralmente, enquanto a posterior
permanece fixa. Enquanto isso, cílios do sulco oral trazem “amostras” de água imediatamente na frente; quando esta não contém
mais o estímulo indesejável o animal move-se normalmente para frente.
Alimentação e Digestão
O paramércio alimenta-se de bactérias, pequenos protozoários, algas e fermentos. O batimento constante dos cílios, no sulco
oral, impulsiona uma corrente de água contendo alimento, na direção do citóstonae movimentos do penículo reúnem o alimento
na extremidade posterior da citofaringe, em vacúolo aquoso. O vacúolo atinge um certo tamanho, constringe-se e começa a
circular no endoplasma como um vacúolo digestivo; um outro então começa a formar-se no seu lugar. Movimentos de correnteza
do endoplasma carregam os vacúolos em uma rota definida, primeiro para trás, então para frente e aboralmente e novamente para
trás até próximo ao sulco oral. Os conteúdos dos vacúolos são ácidos inicialmente e gradualmente tornam-se alcalinos, como é
mostrado pelo vermelho congo e outros corantes e indicadores. Como na ameba, o alimento é digerido pela ação de enzimas
secretadas pelo endoplasma. Este processo continua até que o material digerido seja absorvido pelo protoplasma circundante e,
ou armazenado, ou usado para as atividades vitais e crescimento. Os vacúolos gradualmente tornam-se menores e qualquer
resíduo indigerível é eliminado pelo ânus celular.
Respiração e Secreção
Como a ameba, a respiração no paramércio corresponde à respiração interna das células nos animais multicelulares. O oxigênio
dissolvido na água circundante difunde-se através da película e daí por todo o organismo; o dióxido de carbono e restos
orgânicos resultantes do metabolismo são provavelmente excretados por difusão na direção oposta.
Os vacúolos contráteis regulam o conteúdo de água do corpo e podem servir também na excreção de restos nitrogenados como
uréia e amônia. O líquido do interior do citoplasma é coletado uma série de 6 a 11 canais radiais que convergem na direção de
cada vacúolo e nele descarregam. Os canais são mais conspícuos quando um vacúolo está se formando. Quando cada vacúolo
atinge um certo tamanho, ele contrai-se e descarrega para o exterior, provavelmente através de um poro. Os vacúolos contraemse alternadamente, em intervalos de 10 a 20 segundos. Se a água que contém um paramércio contiver uma suspensão densa de
partículas de carvão ou de carmim, o líquido descarregado por um vacúolo aparecerá momentaneamente como um ponto claro na
suspensão nebulosa circundante, antes de ser disperso pela ação dos cílios.
Comportamento
As repostas do paramércio aos vários tipos de estímulos são verificadas pelo estudo de suas reações e do agrupamento ou
dispersão de indivíduos em uma cultura. A resposta é positiva se o animal se move em direção do estímulo e negativa quando ele
se afasta. A um estímulo desagradável o animal continua a dar a reação de repulsar até escapar. Todos os ajustamentos são feitos
por tentativas de erro. A intesidade da reação pode diferir de acordo com o tipo e intensidade do estímulo. Experimentos indicam
que a extremidade anterior do animal é mais sensível que outras partes.
Ao contato, a resposta é variada; se a extremidade anterior for levemente tocada com uma ponta fina, uma reação de repulsa
forte ocorre, como quando um paramércio nadando colide com algum objeto na água, mas se tocado em outros lugares pode não
haver respostas. O paramércio procura uma temperatura favorável, de 24°C a 28°C; em um gradiente de temperatura os animais
congregam-se em pontos. Calor maior estimula movimentos rápidos e reação de repulsa até que os animais escapem ou morram;
em água gelada eles também procuram escapar, mas podem ficar entorpecidos e afundar.
Reprodução
O paramércio reproduz-se por divisão e também passa por vários tipos desorganização nuclear - conjunção, autogamia e outras.
Na divisão binária, o micronúcleo divide-se por mitose em dois micronúcleos, que se movem para extremidades opostas da
célula e o macronúcleo divide-se transversalmente por amitose; uma segunda faringe forma-se, dois novos vacúolos contráteis
aparecem e então um sulco transversal divide o citoplasma em duas partes. Os dois paramércios “filhos”resultantes são de
tamanho igual, cada um contendo um conjunto de organelas celulares. Crescem até tamanho completo antes que outra divisão
ocorra. A divisão requer cerca de duas horas para completar-se e pode ocorrer de uma a quatro vezes por dia, produzindo de dois
a dezesseis indivíduos. Um único paramércio dá origem assim a 2; 4; 8; 16; 32...2n indivíduos; todos aqueles que resultam de
divisão (reprodução uniparetal) de um único indivíduo; todos aqueles que resultam de divisão de um único indivíduo são
conhecidos coletivamente como um clone. Até 600 “gerações” por ano podem ser produzidas. O ritmo multiplicação depende de
condições externas de alimento, temperatura, idade da cultura e densidade da população; também de fatores internos de
hereditariedade e fisiologia.
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Conjunção
Em paramércios e outros ciliados há, periodicamente, uma união temporária de indivíduos aos pares, com troca mútua de
materiais micronucleares, que é conhecida como conjugação. Os animais tornam-se “pegajosos”, aderindo um ao outro por suas
superfícies orais e uma ponte protoplástica forma-se entre eles. Os pares continuam a nadar durante esse processo. Uma
seqüência de mudanças nucleares então ocorre em cada animal. O macronúcleo desintegra-se e eventualmente desaparece no
citoplasma. Três dos quatro micronúcleos degeneram e o remanecente divide-se por mitose para produzir dois “pronúcleos” em
cada animal. Um de cada então migra através da ponte protoplástica para o indivíduo oposto, lá unindo-se com o outro
pronúcleos que permaneceu no lugar.
A conjunção difere da união sexuada de gametas em outros Protozoa e em Metazoa porque a progênie não é um produto direto
da fusão; depois da conjunção cada indivíduo continua a divisão assexuada. O
resultado liquido, contudo, assemelha-se à fusão de gametas em outros animais. A conjunção é um processo que possibilita
transferência hereditária, pois os dois exconjulgantes são geneticamente modificados pela troca de material micronuclear. As
trocas nucleares podem ser comparadas com aquelas da meiose e fecundação em Metazoa, com divisões dos micronúcleos e a
união de um micronúcleo com um micronúcleo com um micronúcleo migrador para formar um micronúcleo de fusão. O
macronúcleo, o qual dirige os processos vejetativos em um paramércio, tem sido comparado ao corpo de um animal multicelular
e sua desintegração à morte do corpo. O micronúcleo de fusão então produz outro macronúcleo e continua como o componente
reprodutivo do exconjulgante.
Filo Protozoa
Protozoários. Unicelulares ou em colônias de células semelhantes (sem tecido); simetria esférica, bilateral ou ausente;
tamanho geralmente microscópico; Pré-cambriano a Recente, 50.000 espécies.
Subfilo A. Sarcomastigophora: Órgãos locomotores são pseudópodos; núcleos de um só tipo.
Classe 1. Mastigophora: (Flagellata). Flagelados. Com 1 a muitos flagelos para locomoção; com ou sem pseudópodos.
Subclasse 1. Phytomastigophorea: Geralmente com cromatóforos; a maioria de vida livre.
Ordem 1. Chrysomonadida: Pequenos, solitários ou coloniais, freqÜentemente amebóides; 1 ou 2 ou 3 flagelos;
cromatóforos amarelos, pardos ou ausentes; sem faringe; nutrição holofítica ou holozóica; produzem cistos endógenos de
sílica. Chromulina; synura uvella e Uroglena americana, ambas coloniais, em água doce, causando sabor desagradável em
reservatórios de água.
Ordem 2. Silicoflagellida: Pequenos; esqueleto interno silicoso; flagelo único ou ausente; marinhos. Dictyocha,
Distephanus.
Ordem 3. Coccolithophorida: Flagelados marinhos pequenos, com revestimento externo de placas calcárias; 2 flagelos.
Coccolithus, Rhabdosohaera.
Ordem 4. Heterochlorida: Parede do cisto silicosa; dois flagelos desiguais. Heterochloris, Myxochloris.
Ordem 5. Cryptomonadida: Pequenos, ovais, geralmente achatados, não-amebóides; dois flagelos 1 ou 2 cromatóforos
amarelo-pardacentos ou ausentes com faringe; principalmente holofíticos; alguns vivem como simbiontes em outros
Protozoa e em Metazoa. Chilomonas, em águas poluídas, saprofítico.
Ordem 6. Volvocida: Pequenos, solitários ou em colônias natantes; alguns envolvidos por membrana de celulose; 2 ou 4 ou
8 flagelos; sitóstoma ou faringe; cromatóforos verdes ou ausentes; nutrição holofítica ou saprofítica; reserva alimentar de
amido; a maioria em água doce. Formas solitárias. Chlamydomonas nivalis, na neve. Haematococcus pluvialis, aparece
repentinamente, causando “chuva vermelha” em piscinas. Formas coloniais em água doce. Gonium, como quadros de 4 ou
16 células. Pandorina, globular, 16 células; Eudorina, 32 células próximas à superfície da esfera gelatinosa; Pleodorina, 32,
64, ou 128 células em esfera gelatinosa maciça; Volvox, até 15000células em esfera gelatinosa oca, até 2mm de diâmetro.
Ordem 7. Ebriida: Esqueleto interno, silicoso; 2 flagelos; cromoplastos ausentes; na maioria fósseis. Ébria.
Ordem 8. Euglenida: Forma alongada, geralmente definida; película rígida ou mole; usualmente 1 ou 2 flagelos; em
faringe anterior, próximo ao vacúolo contrátil; cromatóforos verdes ou ausentes; nutrição holofítica, holozóica ou
saprofítica; reserva alimentar de paramilo; a maioria de água doce. Euglena, alguns de até 0,5mm de comprimento; Astasia,
incolor; iTrachelomonas, com carapaça;Copromonas, em fases de sapos e rãs.
Ordem 9. Chloromonadida: 2 flagelos; muitos cromatóforos quando presentes; sem estigma; alimento de reserva
armazenado como gordura. Gonyostomum.
Trabalho de Biologia – Protozoários.
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Ordem 10. Dinoflagellida: Geralmente 2 flagelos, em sulco, um em cintura ao redor do corpo, um propulsor; corpo
geralmente de forma fixa, com armadura de substâncias celulósicas de 2 a muitas placas; muitos cromatóforos, pardos,
amarelos ou verdes; muitas espécies importantes no plâncton
marinho, algumas em água doce, algumas parasitas. Gymnodinium, sem armadura; Peridinium e Ceratium, ambos com
“armaduras”, em água salgada ou doce; Noctiluca, esférica, até 2mm de diâmetro, marinha, luminescente; Gonyaulax,
marinho, produzido as “marés vermelhas”; Blastodinium, no intestino e ovos de copépodos.
Subclasse 2. Zoomastigophorea: Sem cromatóforos; principalmente parasitos ou simbiontes.
Ordem 1. Choanoflagellida: 1 flagelo anterior circundado basalmente por delicado colarinho; vida livre. Codosiga, com
pedúnculos; Proterospongia, em substância intercelular gelatinosa, possivelmente relacionada com esponjas.
Ordem 2. Bicosoecida: Dois flagelos, um prende a parte posterior do animal a uma concha e o outro livre . Salpingoeca,
Poteriodendron.
Ordem 3. Rhizomastigida: 1 ou mais flagelos; pseudóporos variando em número. Mastigamoeba hylae, no intestino de
girinos e rãs; Histomonas meleagris, causa a “cabeça negra” em perus e outros galináceos, transmitido por contato ou por
um nematodo.
Ordem 4. Kinetoplastida: 1 ou 2 flagelos; corpo plástico ma s sem pseudópodos; cinetoplasto mitocondrial
conspícuo,contendo DNA, situado próximo à base do flagelo ; em água doce limpa ou poluída, vida livre ou parasitos, e
holozóicos: Boda, solitário. Parasitos ou saprozóicos: Hepetomonas, no intestino das moscas; Proteromonas, no intestino de
anfíbios e répteis; Phytomonas, em sulcos leitosos leitosos de asclepiadáceas, euforbiáceas etc.:transmitido por percevejos
sugadores de plantas; Trypanoplasma, no sangue de peixes, tranmitido por sanguessugas; Trypanossoma, estreitos e
foliáceos, no sangue de vertebrados, transmitido principalmente por artrópodos. Crithidia, no intestino de mosquitos.
Ordem 5. Retortamonadida: 2 a 4 flagelos, um citostoma quase ventral, voltado para trás; parasitos. Chilomastix,
principalmente no intestino de vertebrados.
Ordem 6. Diplomonadida: Bilateralmente simétricos, 4 pares de flagelos; principalmente parasitos. Giárdia, no intestino
de vertebrados, comum no homem, transmitido por cisto nas fezes.
Ordem 7. Oxymonadida: 4 ou mais flagelos, tipicamente em 2 pares, um ou mais voltados para a região posterior; todos
parasitos. Oxymonas, Pyrsonympha, comensal no intestino de cupins.
Ordem 8. Trychomonadida: Tipicamente 4 a 6 flagelos, 1 dobrado para trás e freqüentemente associado com membrana
ondulante; todos parasitos. Trichomonas, no trato digestivo e reprodutor do homem e outros animais. T. foetus, causa
abortos em vacas; Devescovima, no intestino de cupins.
Ordem 9. Hypermastigida: Estrutura complexa, muitos flagelos e corpos parabasias; holozáoicos, a maioria ingere
madeira; simbiontes no intestino de cupins e baratas e necessário para digestão de celulose por estes insetos. Trichonympha,
em cupins e baratas; Lophomonas, em baratas; Staurojoenina, em cupins.
Classe2. Opalinata: Ordem Opalinida. Muitas organelas ciliformes em séries oblíquas na superfíce do corpo; citóstoma
ausente; 2 a muitos núcleos, sem conjunção; parasitos. Opalina, Cepedina, no intestino de anfíbios.
Classe 3. Sarcodina: Com pseudópodos para locomoção e captura de alimento; freqüentemente com esqueleto externo ou
interno; a maioria de vida livre.
Subclasse 1. Rhizopoda: Prolongamento protoplasmáticos variados, mas sem filamento central.
Ordem 1. Amoebida: Pseudópodos curtos lobosos, mutáveis; nus, com membrana fina; água doce e outras ou parasitos.
Amoeba; Chãos, até 5mm de comprimento; naegleria, com estágio flagelado; Hartmannella, em águas poluídas, alimenta-se
de bactérias; Entamoeba histolytica, parasita no intestino e tecidos do homem, causando desenteria amebiana; E. gingivalis,
na boca humana, e E. coli, no intestino do homem e macacos, amebas inofensivas; outras em rãs baratas etc...
Ordem 2. Arcellinida: Pseudópodos lobososprotraídos através de aberturas definidas em carapaças unilocular de sílica ou
CaCO; a maioria em água doce. Arcella, com carapaça de grãos de areiasobre base orgânica.
Ordem 3. Aconchulinida: Filópodos afilados, ramificados; nus. Penardia.
Ordem 4. Gromiida: Prolongamentos protoplasmáticos afilando-se e ramificando-se; carapaça com uma abertura distinta.
Euglypha, carapaça de escamas e espinhos silicosos.
Ordem 5. Athalamida: Reticulópodos surgindo de qualquer posição, delicados. Biomyxa.
Ordem 6. Foraminiferida: Prolongamentos protoplasmáticos delicados, ramificados, pegajosos; com carapaçasimples ou
com escamas, de material calcário, quitinoso ou estranho, com 1 ou muitas aberturas; carapaça de 0,01 até 5mm de
diâmetro; reproduzem assexuadamente por divisão múltipla e sexualmente; geralmente marinhos e habitantes do fundo,
alguns pelágicos. Cambriano e Recente, 18.000 espécies viventes e fósseis. Allogromia, sem carapaça, em água doce;
Elphidium;Globigerina, pelágica, suas caraoaças vazias cobrem cerca de 1/3 do fundo do oceano a profundidades de 2.500 a
4.500 metros; Camerina, início do terciário, rochas calcárias européias.
Ordem 7. Mycetozoa: Faze adulta em forma de uma película de protoplásma multinucleado com movimentos de
correnteza; alimenta-se de madeira ou folhas em decomposição ou fungos vivos. Ceratiomyxia, em madeira, massas de
mais de 1 metro de comprimento; Badhamia, em fungos.
Ordem 8. Labyrinthulida: Pseudópodos indistintos; locomoção por rastejamento com rastos mucosos que formam rede;
corpo fusiforme. Labyrinthula, em plantas marinhas.
Subclasse 2. Actinopoda: Pseudópodos delicados e irradiantes, cada um com um filamento central.
Trabalho de Biologia – Protozoários.
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Ordem 1. Radiolaria: Protoplasma dividido em partes interna e externa por cápsulaesférica porosa de quitina, perfurada
por 1, 3 ou muitos poros; esqueleto ou espículas de sílica; diâmetro desde microscópico até 6cm; marinhos pelágicos, da
superfície até uma profundidade de 4.500m. Pré-cambriano a Recente. Aulacantha, solitária; Sphaeroum, colonial.
Ordem 2. Acantharia: Cápsula central com membrana fina com poros na totalidade; esqueleto de espinhos radiais de
sulfato de estrôncio. Acanthometra.
Ordem 3. Heliozoa: Sem cápsula central; esqueleto de escamas e espinhos silicosos; principalmente em água doce.
Actinophrys; Clathrulina, em esfera de sílica perfurada.
Ordem 4. Proteomyxa Sem carapaça; prolongamentos protoplasmáticos radiais, ramificados, tendendo à fusão.
Vampyrella, perfura células de algas e suga o conteúdo.
Subfilo B. Sporozoa: Sem órgãos locomotores ou vacúolos contráteis; reprodução por divisão assexuada múltipla e fases
sexuadas, usualmente produzindo esporos; todos parasitos internos, geralmente com estágios intracelulares.
Classe 1. Tolosporea: Espozoítos alongados; sem cápsulas polares nos esporos.
Subclasse 1. Gregarinia: Trofozoítos maduro vermiforme, 10 m até 16mm de comprimento, extracelular; zigoto
produzindo esporos com 1 parede contendo 8 esporozoítos; na cavidade digestiva, celomática e outras cavidades dos
invertebrados. Ophryocystis, em túbulos de Malpighi de besouros; Monocystis, em boloas de espermatozóides de minhocas;
Gragarina, em gafanhoto, caruncho de farinha etc...
Subclasse 2. Coccidia: Zigoto imóvel; esporos com uma a muitas paredes; com alternância de esquizogonia assexuada
seguida de esporogonia; pequenos e intracelulares, principalmente em tecidos epiteliais de moluscos, anélidos, artrópodos e
vertebrados.
Classe 2. Piroplasmea: Sem flagelos ou cílios; locomoção por flexão do corpo ou rastejamento. Babesia bigemina,
parasito em glóbulos vermelhos do sangue do gado, tranmitido por carrapatos, causa a febre-texana do gado nos EUA.
Subfilo C. Cnidospora: Esporos com 1 a 4 filamentos polares para fixação no hospedeiro.
Classe 1. Myxosporacea: Esporos originados de diversos núcleos.
Ordem 1. Myxosporida: Esporo grande, bivalve, 1 a 4 filamentos polares; parasitos em cavidades e tecidos dos
vertebrados inferiores, especialmente em peixes, onde infestações severas causam grande mortalidade. Sphaeromyxa,
Myxidium.
Classe 2. Microsporea:
Ordem 1. Microsporida: Esporo pequeno, 1 ou 2 filamentos polares; intrcelulares em artrópodos e peixes. Nosema
bombycis, causa a pebrina em bichos-de-seda; N. apsis, causa a nosema em abelhas.
(...)
Adam, K. M. G., J, Paul, e V. Zaman, 1971. Medical and veteronary protozoology. Edimburgo, Churchill Livingstone.
Viii + 200 pp., 186 figs.
Chandler, A, C., e C. P. Read, 1961. Introducion to parazitology. 10ª, ed Nova York, John Wiley & Sons, Inc. Protozoa,
pp, 37-212, fig.
Corliss, J, O., 1978. The ciliated Protozoa: Characterization, classification, end guide to the literature, 2ª ed. Nova York,
Pergamon Press. 500 pp., 22 ests.
Cushman, J, A., 1948 Foraminifera, their classification and economic use. 4ª ed. Cambridge, Mass., Harvard
University Pres. Viii + 605 pp., 55 ests.
Dogiel, V. A., 1965. General protozoology> nova York, Oxford University Press. XIV + 747 pp., 151 fig.
Trabalho de Biologia – Protozoários.
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Levine, N. D., 1973 Protozoan parazittes of domestic animals and of man, 2ª ed Minneapolis, Burgess Publishing Co. x
+ 406 pp., ilustrar.
www.biologia.com.br/protozoarios
CD de pesquisa Almanaque Brasil 1996
www.gleisinho.palestras.nom.br
CONSIDERAÇÕES
Concluímos que protozoários são pequemos, geralmente unicelulares, alguns em colônias de poucos a muitos indivíduos
semelhantes; simetria ausente, bilateral, radial ou esférica. Tem forma de uma célula geralmente constante oval alongada,
esférica, ou outra, variada em algumas espécies e mudando com o ambiente ou idade em muitas. Núcleos distintos, únicos
ou múltiplos; outras partes estruturais, como organelas; sem órgão ou tecido.
Se locomovem por flagelos, cílios, pseudópodes ou movimentos da própria célula.
Algumas espécies com envoltórios protetores ou tecas; muitas espécies produzem cistos ou esporos resistentes para
sobreviver em condições desfavoráveis e para dispersão.
Modos de vida: livres, comensais, mutualísticos ou parasitos.
Nutrição variada: a.holozáica, subsistindo de outros organismos (bactérias, fermentos, algas, vários protozoários etc.)
b.saprofítica, vivendo em substâncias dissolvidas em arredores; c.saprozóica, subsistindo de matéria animal morta;
d.holofítica, produzindo alimento pela fotassíntese como as plantas. Alguns combinam dois modos.
Reprodução assexuada por divisão binária divisão múltipla ou brotamento; alguns com reprodução sexual pela fusão de
gametas ou por conjunção
Trabalho de Biologia – Protozoários.
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