História de Primavera do Leste - Câmara Municipal de Primavera do

Transcrição

História de Primavera do Leste - Câmara Municipal de Primavera do
História de
Primavera do
Leste
Introdução
Ficha catalográfica
Índice
As origens ................................................................................................
5
Os pioneiros . ........................................................................................... 13
Passos largos ........................................................................................... 33
Evolução política . .................................................................................... 49
Emancipação política . ............................................................................. 53
Gabinetes e administrações .................................................................... 67
Símbolos privativos . ................................................................................ 97
Poder judiciário ....................................................................................... 103
As origens
BA
MT
Cuiabá
Primavera
do Leste
GO
Diamantina
MG
Mapa da região.
MS
0
130
260km
SP
Vila Rica
(Ouro Preto)
Em sua busca febril pela ‘riqueza fácil’, desprezaram a riqueza ofertada
pelo solo, fazendo lembrar a velha parábola do idoso, que, à beira da morte,
manda chamar os filhos e lhes revela a existência de um enorme tesouro em suas
terras e morre em seguida. Os filhos, inebriados pela informação, sem refletir
sobre a mensagem do pai, saíram a cavar e a revolver o solo da propriedade
agrícola, sem nada encontrar. Decepcionados, quase perderam a opulência
promovida pela terra, agora lavrada, nascida da agricultura sistematizada.
Aprenderam com o tempo, porém, que a ‘felicidade não está no ouro, mas no
trabalho’.
A região vivenciou longo ostracismo econômico-demográfico até o início
do século XX, quando o terceiro Presidente civil da República Brasileira, o
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História de Primavera do Leste
Primavera do Leste, cidade referencial na produção agrícola de Mato
Grosso, destacadamente na produção algodoeira que guarda relação simbiótica
com a presença da Embrapa Algodão, tem seu primeiro relato histórico
associado aos bandeirantes que, em busca de remédio ao mal da miséria que
os abatia, vasculharam a região no século XVII. Buscavam riquezas minerais,
ouro e diamantes em especial, desflorando as matas para construírem opções
econômicas ao Brasil colonial. Relatos dão conta de que os bandeirantes
cruzavam o morro de São Jerônimo, vindos de onde é hoje Mato Grosso do Sul,
para chegar a Cuiabá na segunda metade do século XVII, mais precisamente
em 1673. Foram os aventureiros bandeirantes, mestiços em sua maioria, que
no século XVIII descortinaram a ‘região das minas gerais’, em especial as
áreas de Cuiabá, Vila Rica, Tijuco, Diamantina, etc., construindo nova fase de
progresso econômico ao longo do século XVIII.
História de Primavera do Leste
mineiro Afonso Pena, resolveu organizar um projeto de integração nacional
capaz de atender às necessidades de expansão da borracha na região amazônica,
com a assinatura do tratado de Petrópolis, que previa a aquisição da região do
atual Estado do Acre e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré. Os serviços de
reconhecimento da região, com mapeamento de povos
indígenas, terras e águas de boa parte da Amazônia
Legal, ficaram a cargo de Cândido Mariano da Silva
Rondon. Dessas atividades resultou a formação da
Comissão Rondon, que tinha o objetivo de estender as
linhas telegráficas até o Acre, a partir de Mato Grosso.
A dedicação de Rondon produziu, entre outros efeitos
imediatos, o nascimento do Serviço de Proteção ao
Índio (SPI), de que Rondon foi o primeiro diretor, e
o primeiro traçado telegráfico entre Cuiabá e Barra
do Garças, passando pela atual região de Primavera Cândido Mariano da Silva Rondon.
do Leste. Embora as linhas telegráficas despertassem
os horizontes agrícolas aos homens em busca de
oportunidade e sucesso, a região permaneceu aguardando as oportunidades e
condições socioeconômicas, principalmente com a derrocada da expansão da
extração da borracha e do megaempreendimento da Fordlândia na Amazônia
Legal.
Embora o governo Getúlio
Vargas tenha alargado os horizontes
econômicos, com criação de
institutos de pesquisas para avaliar
as possibilidades econômicas nas
diferentes regiões brasileiras e a
instituição de três novas Unidades
federativas na região (os territórios
federais de Rio Branco, Amapá e
Guaporé), o efeito sobre a região de
Primavera do Leste foi nenhum.
Foi com a fase democrática
da política nacional, que surge com
o fim da Segunda Guerra Mundial,
Desmatamento da Amazônia.
que renasceram as perspectivas de
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História de Primavera do Leste
desenvolvimento da região sul da Amazônia Legal e de todo o interior do país.
Mormente com a Constituição de 1946, que estabeleceu a obrigatoriedade de
um plano econômico capaz de viabilizar a ocupação e o desenvolvimento da
região da Amazônia Legal. Na regulamentação da referida Constituição nasceu,
em 1953, pela Lei no 1806, a Superintendência do Plano de Valorização da
Amazônia (SPVEA), que em linhas gerais deveria promover a seleção de áreas
geográficas em condições de receber investimentos econômicos formadores de
polos disseminadores para uma área maior e outras regiões.
A bem da verdade, é bom destacar que os anos democráticos do
populismo, florescido após a deposição da ditadura do Estado Novo de Getúlio
Vargas, fez bem ao país, com crescimento econômico e rara euforia quanto
ao futuro da nação, principalmente com o projeto de nova capital federal do
governo Juscelino Kubistchek.
A euforia populista, frustrada politicamente com o golpe militar de
1964, renasceu com os projetos nacionalistas dos militares, que, em defesa da
soberania do país, propunham a integração nacional sob o lema “Integrar para
não Entregar”. Com esse objetivo fora criada a Sudam —Superintendência
para o Desenvolvimento da Amazônia —, que no governo do militar-presidente
Humberto de Alencar Castelo Branco definiu o modelo de ocupação de
toda a Amazônia Legal, pautado pela abertura das rodovias capazes de
ligar o norte do país aos centros econômicos e financeiros, especialmente
as estradas Transamazônica e a Belém-Brasília, pelo apelo publicitário
para atrair populações de todo
o território nacional e por farta
distribuição de áreas de floresta aos
que se dispusessem a explorá-las
economicamente. Seduzidos pelo
que então se apelidou de Milagre
Econômico Brasileiro, centenas de
milhares de brasileiros deixaram
suas casas no Sul em busca das
terras do Norte, em uma das
maiores epopeias da História.
A pujança econômica e social
de Primavera do Leste tem origem
Paisagem do Cerrado.
direta na euforia da ocupação
História de Primavera do Leste
amazônica, dos benefícios dos programas do governo federal e especialmente
do programa Polo-Centro, de ocupação do Cerrado brasileiro, que distribuiu
incentivos fiscais e empréstimos aos que se dispusessem a enfrentar as
dificuldades, e da terra tirar algo mais além do sustento. Os riscos pessoais
do trabalho e a luta contra a natureza desconhecida eram amenizados pelas
condições técnicas e pelos financiamentos disponibilizados pelos órgãos
oficiais e bancos estatais. As políticas públicas e os investimentos eficientes
na ‘nova fronteira agrícola’, capaz de produzir e exportar, davam ao homem
do campo a certeza de ser capaz de construir a felicidade naquelas terras
estranhas. Rapidamente, novos grupos eram atraídos em busca de terras e
trabalho, colaborando na formação daquele que seria o próspero e progressista
município de Primavera do Leste.
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Os pioneiros
História de Primavera do Leste
A memória, essa senhora do tempo, fez o favor de eternizar na História o
nome da senhora Joana — a mais antiga habitante entre os primaverenses. Diz
a tradição local que a “velha Joana” (forma carinhosa de tratamento popular a
essa senhora cujo nome completo é desconhecido) morou por todo o tempo de
memória popular junto ao rio que recebe hoje seu nome, próximo da Chácara
75 do Parque Eldorado.
Consta ser a senhora Joana muito determinada e corajosa: destemida,
viajava até Cuiabá e Poxoréu para realizar as suas compras em carro de bois,
por trilhas, enfrentando o cerrado. Essas viagens duravam em média mais
de trinta dias, com todos os imprevistos, intempéries e adversidades de uma
longa jornada por terras inóspitas. Seu falecimento ocorreu por volta de 1955,
antes da inauguração da BR-070, e está sepultada na quadra nº 60, lote nº 04,
do Parque Eldorado. Seu espírito altaneiro, a força e a determinação de sua
luta cotidiana influenciaram os poucos moradores e viajantes a denominar de
forma carinhosa o berço da Cidade de Primavera do Leste como Cabeceira da
Velha Joana. É fato que consta da memória da cidade que também era usado o
nome de Bela Vista das Placas como forma de localizar a área em questão até
o início da década de 1960.
Assim, os topônimos Cabeceira da Velha Joana ou Bela Vista das
Placas ficaram registrados na memória popular por outros moradores que
precederam a marcha de ocupação dos cerrados. Entre eles destacaram-se o
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Hotel Estrelado.
Sabino Arias, porém, é considerado o grande pioneiro nas atividades
de exploração agropecuária de Primavera do Leste, ainda na metade da
década de 1950. Médico de prestígio em Passo Fundo, Rio Grande do Sul,
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História de Primavera do Leste
senhor Bido e o Velho Cirilo, que moravam próximo à linha telegráfica. Já o
Seu Casemiro e a família dos Leite haviam se fixado no atual entroncamento
da BR-070 com a estrada que liga a Poxoréu. O baiano João Basílio, nascido
em Santana das Neves na Bahia e proveniente de Alto Coité, na região da
Cabeceira da Velha Joana, em 1961, fixou-se na região da atual fazenda Santa
Adriana, pertencente à época ao município de Poxoréu e hoje uma das maiores
propriedades de Primavera. O trajeto da Bahia até o Alto Coité foi realizado
em longa caminhada de mais de 130 dias, cortando rios e abrindo picadas na
mata, com ajuda dos jegues para a bagagem e os filhos pequenos. A busca era
pelos abundantes diamantes cantados em prosa e verso nas terras baianas pelos
aventureiros provenientes de Mato Grosso e Goiás.
Quando
João
Basílio
(13/8/1929 – 28/3/2007) chegou ao
atual entroncamento da BR-070, ali
existia uma pensão de propriedade
de Sebastião Nobre Dourado,
vendida depois para José Eurípides
Pereira, que por fim repassou a
administração do estabelecimento,
rebatizado como Hotel Estrelado,
João Basílio.
em 1975, para Adivino Castelli.
História de Primavera do Leste
que pouco conhecia das atividades de agricultura e pecuária, acreditou nas
potencialidades do cerrado brasileiro para o fornecimento de víveres ao país
em expansão geográfica e demográfica.
Segundo documentos, a área de 10 mil hectares, denominada de
Promissão, no município de Poxoréu (hoje parte da Fazenda Santa Adriana)
foi adquirida em 7 de novembro de 1955 e registrada no cartório de títulos
dessa cidade em 24 de julho de 1959 e no Ministério da Agricultura em 5 de
fevereiro de 1963. É também desse ano o envio, por Sabino Arias, da cidade
de Passo Fundo, de 400 burros para a fazenda Granja Santa Adriana. Foram
necessários seis meses de jornada para vencer os quase 2 mil quilômetros do sul
do país ao sul da Amazônia Legal. À frente dessa empreitada estavam o Velho
Catu, Otávio e Santo.
Foi o Dr. Sabino quem abriu os primeiros 30 quilômetros da atual
rodovia MT-130. Em 1965, o município de Poxoréu construiu uma ponte
sobre o rio das Mortes, entre os rios Várzea Grande e Sapé, sob o comando
do vereador Tarquínio Soares da Silva, transformando os 30 quilômetros da
estrada particular de acesso àquela fazenda em estrada municipal, com a sede
daquela propriedade ficando à distância de 600 metros da MT-130.
A sala de sessões da Câmara Municipal de Poxoréu homenageia o vereador Tarquínio Soares da Silva.
Nessa fase era comum a presença dos índios xavantes, que estavam em
fase de catequização pelos padres salesianos de Cuiabá, sem relato de nenhum
incidente. A bem da verdade, os contatos eram restritos pela dificuldade
natural das diferenças entre as línguas.
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Antigas instalações da Fazenda Riva, bairro Jardim Riva.
Antigas instalações da Fazenda Riva/vista aérea da Av. Davi Riva.
No final de década, em 1968, os primeiros migrantes do Rio Grande do
Sul começaram a chegar à região dispostos a reconstruir no cerrado as histórias
de progresso e felicidade dos imigrantes alemães e italianos nas terras do Sul.
Os primeiros desbravadores gaúchos que aportaram foram Lindolfo e Edemar
Trampusch, que organizaram a abertura da fazenda Tuparandi¸ de propriedade de
Meno Koln. Em resposta ao anseio familiar e esperançoso de vencer as dificuldades
dos primeiros tempos, Lindolfo Trampusch trouxe a família no ano seguinte.
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História de Primavera do Leste
A década de 1960 sinalizou tempos de mudança com a demarcação
da rodovia BR-070 até as margens do ribeirão Sapé. Os primeiros a chegar
àquela região, no ano de 1962, com objetivo de abrir a área e dar uso racional
ao solo, foi Estoessel de Oliveira Neves, com a exploração da fazenda Riva, nas
proximidades do atual Jardim Riva. Coube a João Basílio a responsabilidade de
executar o cercamento dessa propriedade, em regime de empreita.
História de Primavera do Leste
Lindolfo Trampusch, abaixado,
com seus ajudantes na construção
de um galpão na fazenda.
Da esquerda para a direita: Ingrid, Lenir, Nelda e
Lindolfo Trampusch. As crianças são Leonel,
filho de Lindolfo, e Eunice, filha de Ingrid.
Ainda em 1968 tinham início as atividades, ao longo da rodovia MT-130, do projeto Fazenda Volta Grande, idealizado por empresários paulistas
proprietários do grupo Campiglia. Os sócios dessa empresa eram Hélio Pires
de Oliveira Dias, Milton Jingio Paes de Almeida e Américo Osvaldo Campiglia,
representados pelo diretor-gerente Manoel Arcanjo Dama Filho. Também
nas proximidades da MT-130 estavam Frederico José Thimóteo, da fazenda
Primavera, e Wilson e Armindo, de Itapira (SP), desbravadores da fazenda
Iberê; a família de Taufic Miguel Chedick, que implantaram a fazenda Santa
Luzia, e Geraldo, que não poupou esforços nem investimentos na fazenda
Luciana. Nesse mesmo período, a fazenda Passo Fundo, do grupo Yoschpe,
iniciava suas atividades, dirigida por Artur Maister.
Aquelas ‘veredas empreendedoras’ da década de 1960 finalmente
formaram um grande rio em busca do oceano na década de 1970, com fôlego
redobrado pelos projetos governamentais de integração nacional voltados para
a Amazônia Legal e maiores possibilidades de liberação de recursos pelas
instituições públicas e privadas.
Em 1971 foram os empresários paulistas que chegaram à região da
BR-070 para iniciar o grande projeto agropecuário com base nas coordenadas
estratégicas de ocupação econômica das áreas consideradas ‘inóspitas’ pelo
regime militar e desenvolvidas pela Superintendência para o Desenvolvimento
da Amazônia (a Sudam). Com um corpo técnico capacitado, recursos em
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História de Primavera do Leste
grande parte originários de empréstimo em instituições de fomento agrícola,
logística planejada e incorporação de modernas tecnologias, foi estruturado o
projeto da fazenda Primavera, cuja base empreendedora e mantenedora ficou a
cargo da empresa Primavera D’Oeste S.A., composta pelos sócios André Beer,
Luiz Eulálio Bueno Vidigal Filho, Edgard Cosentino, Pedro Botelho, Mário
Cordeiro de Menezes, James Watus Júnior (norte-americano) e Frederico José
Themóteo, proprietário das terras destinadas ao projeto. Importante destacar
que o governo federal empreendeu esforços de infraestrutura e logística
rodoviária capazes de dar vazante à produção projetada pelos empreendimentos
na região, lançando mão de diferentes instituições e programas para o êxito
econômico das operações em curso, com destaque para o Programa de Integração
Nacional (PIN), subordinado à Sudam, e para a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), sob a orientação do Ministério da Agricultura.
Não por acaso, grande parte dos empreendimentos na região Norte do país
estão ao longo das rodovias. Também desse processo decorre a multiplicação
do intercâmbio entre as principais cidades da região (Paranatinga, Poxoréu e
Rondonópolis) e destas com os grandes centros econômicos, sociais, culturais
e financeiros, fator fundamental para viabilização das atividades empresariais
da agropecuária no cerrado da região de Primavera do Leste. Com a malha
viária aberta, foram confirmadas as possibilidades e a viabilidade do cerrado
como grande opção para a agricultura brasileira, transformando a região em
nova fronteira agrícola, com possibilidade de progresso para a região e o país.
No dia 19 de fevereiro de 1971, Florindo Gasparotto e sua esposa Ângela
Coloniedo Gasparotto chegaram à região da BR-070 para abrir a fazenda Santa
Ângela e iniciar a plantação de arroz em área adquirida por Florindo Gasparotto de
Arlindo Torneli e outros. Parte dessa área atualmente abriga o loteamento Parque
Eldorado, da Imobiliária FG/Ltda. O
restante dessa fazenda, pertencente a
Paulo Nicodemos Gasparotto, recebeu
o nome de fazenda Velha Joana,
em homenagem à antiga pioneira.
Quando da transação imobiliária, em
1971, João Basílio era o único morador
da área e o responsável pelas atividades
em nome da família Torneli.
Trabalhadores da Santa Ângela.
História de Primavera do Leste
O primeiro teto que acolheu o casal Gasparotto na região foi a pensão
existente na atual quadra 1 do lote 4 do Parque Castelândia I, que pertencia a
Sebastião Nobre Dourado. Um detalhe sempre reportado pelos pioneiros: era
de folhas de buriti a cobertura daquele estabelecimento.
Pensão coberta de folhas de buriti, de Sebastião Nobre Dourado.
Florindo, o primeiro fazendeiro a plantar arroz na região, precisou
enfrentar o descrédito dos órgãos governamentais quanto às possibilidades
de sucesso do produto na região, recebendo a recusa do Banco do Brasil para
o custeio agrícola. Confiante fez a plantação a expensas de suas poupanças,
utilizando de artifício inerente aos empreendedores para conseguir o dinheiro
necessário para a colhedeira: levar o chefe da Carteira Agrícola do Banco
do Brasil e seu pessoal para lhes mostrar a plantação. Empréstimo agrícola
aprovado no campo, facilitando outros empreendimentos rizicultores,
incluindo o primeiro plantio mecanizado do produto realizado em 1975 por
Florindo Gasparotto.
Em 1972 foi a vez dos empresários do Estado do Paraná darem
iniciou a outro projeto agroindustrial com base de sustentação nas pesquisas
e levantamentos desenvolvidos pela Sudam, com a colaboração de demais
órgãos a serviço dos governos federal e estadual, na área que ficara conhecida
como Mesopotâmia dos Rios das Mortes e Araguaia. Os empreendimentos
desenvolvidos na fazenda Brasholanda pelos proprietários Hans Bruinjé
e Henrique Horst Hoentrup coincidiram com a fase das atividades de
planejamento e desenvolvimento do Policentro Xavantina, junto à macrorregião
do Paralelo 12, com abrangência nas cidades de Barra do Garças, Poxoréu,
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Parte da Fazenda Nova Esperança, destinada por Edgard Cosentino ao Projeto
Loteamento Cidade Primavera, em 1978.
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História de Primavera do Leste
Canarana, Água Boa, Cocalinho, Xavantina e Primavera do Leste, promovendo
a abertura/melhoria de estradas, balsas, subestações e termelétricas.
Apesar das críticas à dinâmica das atividades de implantação das
melhorias necessárias à produção, merecem destaque a ligação das áreas das
jazidas de calcário aos centros carentes do produto para a correção do solo, a
viabilização dos transportes pela interligação das rodovias MT-110, BR-158 e
BR-070 e estas com o sistemas de balsas de Barra do Garças e Cocalinho, que
deram novo fôlego à produção e ao escoamento das safras de toda a região.
Em resposta à precariedade da manutenção das vias e diante da
necessidade crescente de ligação eficiente entre as propriedades e os núcleos
populacionais de toda a região, foi criada em 1972 uma patrulha de conservação
das vias e alças de acesso às rodovias e aos núcleos urbanos. Essa patrulha fora
formada pelas fazendas Passo Fundo, Volta Grande e Agropecuária Primavera
do Oeste S. A.
Ainda em 1972, Edgard Cosentino adquiriu as terras da fazenda Nova
Esperança, com abertura dos primeiros 1.100 hectares no ano seguinte. Em
1978, esse então jovem administrador destinou 205 hectares da área para o
projeto Loteamento Cidade Primavera, cujo lote foi o marco inicial do projeto
que deu origem ao município de Primavera do Leste, uma homenagem à
fazenda que administrava.
História de Primavera do Leste
Nesse mesmo ano, Edgar Cosentino ciceroneou a diretoria das Centrais
Elétricas Mato-Grossenses (Cemat) na escolha do local para a construção da
usina hidrelétrica que abasteceria Primavera.
Obras da usina hidroelétrica sobre o Rio das Mortes, em Primavera do Leste.
Usina hidroelétrica sobre o Rio das Mortes em pleno funcionamento.
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Comunidade russa chega a Primavera no ano de 1979.
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História de Primavera do Leste
As duas primeiras turbinas foram inauguradas em dezembro de 1995,
outras três ficaram prontas em 1998 e as duas últimas em 1999. A potência de
cada turbina é de 1160kW, sendo o uso da totalidade da potência instaurada
possível em época das cheias, com o sistema operacional mantendo média de
funcionamento de quatro ou cinco turbinas no restante do ano. A Central
Hidrelétrica de Primavera do Leste faz parte do sistema integrador das
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCEs), coordenado pela Agência Nacional
de Energia Elétrica, (Aneel).
Em 1973 principiam-se as atividades de duas novas áreas destinadas ao
plantio: a fazenda Gaspar, de propriedade de Manuel Gaspar, e a fazenda Terra
Nova, de propriedade de Eugênio Vergueiro Malheiros. Nesse mesmo ano,
Pavel Kusnetsov, juntamente com mais quatro amigos russos, saíram da cidade
de Maracaju, em Mato Grosso do Sul, para conhecer a região da Amazônia.
Em meados de fevereiro daquele ano, realizaram uma pausa técnica para
passar a noite no atual entroncamento da BR- -070 com MT-130, local em que
existia um posto de combustíveis. Ao pernoitar no local, constataram brusca
queda da temperatura, com o termômetro que os acompanhava registrando a
temperatura de 170 centígrados. A baixa temperatura noturna contribuiu em
muito para aquisição da fazenda Massapé e a transferência da família Pavel
para a região em 1979.
História de Primavera do Leste
No mesmo ano de 1973, o espírito desbravador motivou um grupo de
gaúchos a esclarecer suas dúvidas e curiosidades sobre a região amazônica in
loco. Saídos da cidade de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, cerca
de 1600km distantes de Primavera, aqui aportaram dispostos a deixar suas
marcas no progresso e desenvolvimento da região. No grupo destacavam-se
Adilson Cerutti, Onofre Dal Piva, Adão Donin, Darnes Egydio Cerutti e os
irmãos Irineu e Ítalo Borghetti. Darnes, Donin e Borghetti constituíram então
uma sociedade para aquisição de terras na região. Darnes Egydio Cerutti, que
enveredou por outros caminhos além da agricultura, destacou-se na área de
comércio de combustíveis com a constituição, em sociedade com Adivino
Castelli, da empresa Comércio e Transportes de Petróleo Nossa Senhora
Aparecida¸ matriz do Posto Barril — a primeira empresa de Primavera do Leste
registrada na Jucemat (5 de dezembro de 1975). Seu prestigio e dinamismo
o conduziram à presidência da Comissão de Emancipação de Primavera do
Leste, com ampla participação na escolha do nome do novo município e na
organização do plebiscito de 21 de abril de 1986, que deu vitória ao processo
emancipacionista do distrito de Primavera do Leste, a ser desmembrado de
Poxoréu.
Antigas instalações do Posto Barril.
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História de Primavera do Leste
Posto Barril.
Na trilha desses primeiros desbravadores, Primavera viu chegar em 1974
Adivino Castelli; Pedro, Lucilo e Jaime Locatelli; João Zelinski; Jorge Zenatti
e família; Estácio Grozimenski e família; Darci Luiz Scopel; Antoninho
Tomazi; Cláudio Mahl; Leônidas Otonelli e família; Eugênio Foking; Jeová
Copetti Viana; Antônio Zanuto Honosa; João Argenta; Ivo Dalla Nora; Júlio
Buzato; Nelson Viccari; Família Luchese; Antônio Santo Renosto e outros.
O grupo crescente de migrantes aumentava as dificuldades viscerais da região
quanto a transporte, saúde, combustíveis e alimentação, mormente em período
de chuvas intensas e prolongadas, com as cidades mais próximas (Poxoréu,
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História de Primavera do Leste
Cuiabá e Rondonópolis) ficando a dezenas de quilômetros por estradas de chão
batido. Mas nada o bastante para impedir a fé no progresso da maioria dos
que aqui passaram a investir suas forças e seus sonhos no promissor cerrado
denso, sempre a acreditar nas potencialidades da região, desenvolvendo
potencialidades e adaptações diante dos desafios da sobrevivência e da busca do
sucesso pessoal, capaz de resistir e de estabelecer perenidade, feito o cacupari
do cerrado, que floresce lindo e sempre, para agraciar com seus frutos e folhas
a existência.
Atraídos pelas possibilidades de empreender na região sul da Amazônia,
em que predominava o Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, menor
apenas que a floresta Amazônica, os grupos de migrantes eram mais constantes
e maiores a cada ano. Destacaram-se no meio da década de 1970 Paulo
Cosentino; José Guilherme e sua esposa, Nenê, que foram fixar residência
às margens do rio Combuco, onde desenvolveram o projeto da Agropecuária
Primavera D’Oeste em associação com o engenheiro Paulo Cosentino Filho
e José Abílio Silveira Cosentino. Foram por muitos anos as atividades da
Agropecuária Primavera D’Oeste S. A. — fazenda Primavera — em associação
com as fazendas Santa Adriana, Passo Fundo, Volta Grande, Cidade Verde e
Várzea Grande, que polarizaram os interesses desenvolvimentistas regionais.
No ano de 1974, mais
precisamente no dia 11/02/1974
chegou nestas terras o Sr. Gailorde
Reynaud com sua esposa Cecília
Ribeiro e os filhos Nivaldo, Nivalcir,
Gailord,
Guaracy,
Ubiratan,
Berenice, Gimena, Ubiracy, Irani,
Gamaliel e Olíbia, todos vindos de
Santa Catarina. Em 1983 montou
a primeira borracharia do local
Gailorde ao lado da filha Nivalcir
denominada “Borracharia Santa
e do genro Paulo Cezar.
Cecília” às margens da BR 070.
O ano de 1975 registra novos rumos na história de Primavera do
Leste com Adivino Castelli assumindo novos desafios. Após a participação
na empresa Comércio e Transportes de Petróleo Nossa Senhora Aparecida,
parte para o enfrentamento direto dos problemas comuns a todos na região,
visualizando soluções e oportunidade de progresso comercial numa época em
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História de Primavera do Leste
que muitos produziam apenas lamentações. Primeiramente buscou adquirir
o bar e a pensão então existentes para a construção do primeiro dormitório
da localidade. Para a cozinha, contratou Ilka Zimmermann no Rio Grande
do Sul, que trouxe a família. Adivino adquire também uma área com 349
hectares de terras vizinhas à propriedade de José Eurípides Pereira, onde
construiu um galpão de madeira bruta, sem aparelhamento, com cobertura
de zinco, para o depósito de safra. Esse galpão tinha sido o palco da primeira
missa da região, celebrada pelo bispo Camilo Faresin e pelo padre Geovani,
pároco da igreja católica de Poxoréu, e o abrigo a receber a primeira colheita de
arroz de Primavera do Leste.
Registre-se que, ao abrir a propriedade agrícola, Adivino Castelli
encontrara próximo ao rio Várzea Grande uma espada, usada pelos
bandeirantes, que continha a inscrição CRUCIFIGO – palavra latina que
significa “eu crucifixo, eu prego na cruz”, artefato que é considerado uma ‘prova’
da passagem daqueles antigos aventureiros paulistas pela região. Também
foram encontradas na região, pela família de Darnes Cerutti, uma panela de
ferro e uma peça usada na instalação da linha telegráfica pela equipe do marechal
Cândido Rondon — esta com produção identificada na Checoslováquia.
Em 1976 Adivino Castelli
construiu um barracão metálico em
que se realizaria, em 25 de setembro
de 1982, o primeiro Baile do Chopp
da cidade de Primavera do Leste,
sob a animação do conjunto Danúbio
Azul. Esse barracão já tinha sido
alugado à Casemat (Companhia
de Armazéns e Silos do Estado de
Escola Municipal Monteiro Lobato (atual
Mato Grosso) para o recebimento
Quadra 3, Lote 3, Parque Castelândia I).
da colheita de arroz da região.
Nesse mesmo ano de 1976, atendendo à necessidade de uma área
destinada à edificação de uma escola, o Sr. Adivino Castelli doa ao prefeito
de Poxoréu uma área próxima ao Varejão do Takashi — atualmente Quadra
3, Lote 3, do Parque Castelândia I, num prédio de madeira às margens da BR
70. Nesse local se desenvolveram as primeiras atividades de educação formal
da Escola Municipal Monteiro Lobato, no primeiro ano com 14 alunos, Com
a disparada de migrantes para o cerrado, houve a necessidade de aumentar o
História de Primavera do Leste
número de salas de aula e transferiu-se a escola para o já criado Distrito de
Primavera no qual, constrói-se um prédio de alvenaria com 05 salas de aula,
inaugurada em 1983 com o nome de “Escola Estadual de 1o e 2o Graus Monteiro
Lobato, pelo decreto 332/83. Nessa escola, funcionaram outras atividades do
vilarejo, dentre as quais merece destaque a realização das missas dominicais.
1a Escola Municipal Monteiro Lobato.
Escola Monteiro Lobato, a primeira de Primavera do Leste. Atualmente esta casa de
ensino leva o nome de Alda Scopell, em homenagem à pioneira professora do lugar.
A primeira professora, Marlei Entz,
foi substituída pelos professores Natálio
Kuntz do Amaral, Jussara Denkil Silva,
Ruth Rodrigues da Veiga e Alda Gawlinski
Scopel — esta reconhecida por muitos como
exemplo de educadora.
Esta escola teve como diretores em
1984, a professora Kariley M. Viecili; em
1985 a professora Sonia Maria Nogueira
Barbosa; em 1986 a professora Mircinéia
28
29
História de Primavera do Leste
Maria Fuzetti Nascimento; em 1988 a professora Alda Gawlinski Scopel
como 1a diretora eleita pela comunidade escolar, com voto. Em 1989, morre a
professora Alda Gawlinski Scopel, e em 1990, essa escola passa a se chamar
Escola Estadual de I e II Graus Alda Gawlinski Scopel.
Durante muitos anos, essa foi a única escola de Primavera do Leste,
com o recinto utilizado para reuniões e para as decisões mais importantes para
o futuro da comunidade. Atualmente essa escola está localizada na Quadra 42
do Loteamento Primavera I, na Av São João, 212.
No ano de 1975, haviam chegado as famílias Meyer e Brescovisci —
estes foram empreender abertura de propriedade rural logo após a chegada.
Também aportaram em Primavera do Leste nesse ano os paulistas Plínio
Vidigal Xavier da Silveira e Martins Afonso Xavier da Silveira Júnior, que,
em parceria com associados, adquiriram a Agropecuária Volta Grande. Nesse
mesmo ano chegou o chileno Mario Eugenio Echeverría Peres, que desenvolveu
atividades no ramo agropecuário.
Atraídos pela euforia que brotava do solo e facilitada pelas veredas
abertas pelos primeiros desbravadores, outras forças vieram se somar aos
esforços desenvolvimentistas da região. Entre esses novos imigrantes locais
é possível destacar Antoninho Ravanello, Avelino de Oliveira, Cesil Stefani,
Nerci Antônio Mazzonetto e as famílias Marcon e Pasinatto.
Em março de 1976 os irmãos
Ravanello (Antoninho, Ciro, João, José,
Ari e Aires) chegaram ao município em
carona com Avelino Oliveira, após o
enfrentamento do ciclo das chuvas típicas
do período. Sua primeira ‘parada’ foi
junto ao estacionamento da lanchonete
e dormitório (construído em paredes de
barro e cobertura de capim) próximo do
posto Barril — então em construção. A
primeira memória dos irmãos da terra que
os acolheu é a de um trator CBT atolado
Yoiti Tabata (participante da
no buraco onde seria instalado o tanque
Comissão Pró-Emancipação Política
de combustível, próximo ao local que seria
de Primavera do Leste e comprador
do arroz produzido no município).
espaço de lazer masculino com a construção
um campo de futebol.
História de Primavera do Leste
O ano de 1976 também registra o início das atividades comerciais de
Yoiti Tabata, participante da comissão em prol da emancipação política de
Primavera do Leste (1984/86). Até fixar residência na região, Tabata a percorria
negociando a compra do arroz aqui produzido para escoamento para outras
regiões, atividade que manteve após transferir residência para Primavera do
Leste em 1978.
Em meio às dificuldades, homens e mulheres visualizavam oportunidades, com o Entroncamento BR-070 — também conhecido por Cabeceira da
velha Joana ou Bela Vista das Placas — que se desenvolvia sem parar. Em 1977,
os comerciantes Antoninho Ravanello, Avelino de Oliveira e Nerci Mazzonetto
instalaram o comércio Secos e Molhados, Bar, Restaurante e Dormitório, onde
mais tarde funcionaria o hotel Santo Antônio no entroncamento da BR-070
com a MT-130, na saída para Paranatinga. O crescimento da cidade motivou
a construção do Supermercado Santo Antônio, depois Supermercado São
Rafael. Em 1978 chegaram Luiz Comiram, Antônio Santo Renosto, Amado
Franco, a família Furlan, Ademir Augustinho Zanchi, Antônio Afonso
Bressan e Jandir Zanchet.
Em 1979 registra-se a chegada do Senhor Florentino Rodrigues dos
Santos casado com Ita Maria dos Santos, tiveram quatro filhos: Gilmar
Rodrigues dos Santos, Galdino Rodrigues dos Santos, Elenir Rodrigues
Mesquita e Gildésio Rodrigues dos Santos. Adquiriu um terreno em Primavera
do Leste e se mudou com a família em 23 de janeiro de 1980. Este considerado
um dos pioneiros do município, também proveniente da Bahia, vindo de lá
ainda jovem, se dedicou a várias atividades dentre elas foi lavrador, garimpeiro,
furador de poços e comerciante, atividade esta que deu prosseguimento quando
aqui chegou e montou o estabelecimento comercial Bar e Sorveteria Nossa
Senhora Aparecida (1a sorveteria da cidade).
Florentino Rodrigues dos Santos e
seu genro Leônidas Antonio Lopes
Mesquita, 1o taxista da Cidade.
30
Florentino Rodrigues dos Santos.
1a loja de Takashi nas imediações do trevo.
Prédio atual, na Rua Comércio.
Relatos de Terezinha Cerutti dão conta de que
a Vila da Palha, às margens da BR-070, com seus
barracos de lona, já existiria em 1976. Dessa forma,
é possível afirmar que ‘a favela precedeu a cidade’ e
teve crescimento geográfico-populacional para abrigar
os excluídos da expansão econômico-social, passando
a ocupar a margem direita da rodovia, sem abandonar
a área inicial à margem esquerda.
No ano de 1978 também chegou em
Primavera o Sr. José Luiz Frota com sua esposa
Neide Mozer Frota e seus filhos: Luís Ricardo
Frota, Ana Paula Frota e Amanda Cristina Frota.
José Luiz Frota trabalhou na Fazenda Primavera
de propriedade de Edgar Cosentino e também
foi um dos primeiros corretores participando
ativamente da venda dos primeiros lotes do
núcleo urbano “Cidade Primavera”.
No ano de 1982 também chegaram em
Primavera do Leste o agrimensor José Alves
Ferreira com sua esposa Ivete Pires Ferreira e
seus três filhos Túlio Alves Ferreira, Renata Pires
José Luiz Frota.
31
História de Primavera do Leste
O Senhor Takashi Takahara chegou no município de Primavera do
Leste no ano de 1982 com sua esposa Yoko Takahara e o filho Sérgio Takahara.
Com tino para os negócios, logo abriu um comércio de secos e molhados,
intitulado “Varejão do Takashi” às margens da Rodovia BR 070, na Rua do
Comércio, onde funciona até os dias atuais.
História de Primavera do Leste
Ferreira e Rafaele Pires Ferreira.
Ele atua na área de agrimensura
até os dias atuais “Agrimensura
Técnica Ferreira” e sua esposa
trabalha em seu estabelecimento
comercial “Patotinha”, na venda de
confecções.
José Alves Ferreira e Ivete Pires Ferreira.
32
Passos Largos
Carta ao Poder Executivo de Poxoréu buscando
permissão para implantar um núcleo urbano.
A 26 de maio do mesmo ano, a
Câmara Municipal de Poxoréu aprovou
a autorização por unanimidade de
votos. A resposta oficial, com a permissão, foi enviada em 30 de maio. Em 19
de dezembro a Prefeitura do Município
de Poxoréu enviou à Construtora
e Imobiliária Cosentino Ltda., em
cumprimento à deliberação aprovada
pela Câmara Municipal no dia 24 de
novembro, a Resolução 32/78 (assinada
pelo vereador Tarquínio Soares da
Silva), que isentava de impostos, por
cinco anos, todo o Loteamento Cidade
Primavera.
Poxoréu autoriza a implantação do núcleo urbano.
Resolução 32/78: isenção de impostos do
Loteamento Primavera por 5 anos.
35
História de Primavera do Leste
Em 9 de maio de 1978, Cosentino enviou uma carta ao Poder Executivo
de Poxoréu buscando permissão para implantar um núcleo urbano no
entroncamento da BR-070.
História de Primavera do Leste
A venda dos lotes foi assumida pelos corretores Ciro Ravanello e José
Luiz Frota antes mesmo da abertura das ruas, da colocação dos postes e da
instalação da rede elétrica em 1979. O fornecimento de energia elétrica era
controlado por uma comissão de moradores que assumira a responsabilidade
de controlar o recebimento dos valores necessários a custear o diesel do motor
gerador, da marca Scania. A comissão tinha a dura responsabilidade de cortar
o fornecimento daqueles em débito com seus pagamentos, responsabilidade
assumida por Luiz Carlos Stump da Silva. Em 1981, a Cemat assumiu a
distribuição da energia, que continuava dependente de gerador elétrico.
Antecipando-se ao processo
burocrático, já no início de 1978 o
empreendedor colocou uma placa
bem grande no entroncamento
da BR-070 com MT-130, com
os seguintes dizeres: Núcleo
urbano CIDADE PRIMAVERA
O ano de 1978 representou o período do marco inicial da
brevemente neste local. Loteamento Cidade Primavera. Esta placa foi colocada no entroncamento
da BR-070 com a MT-130 pela Colonizadora Cosentino.
dotado de moderna infra-estrutura.
A placa tornou-se ‘o primeiro ponto turístico’ do futuro município, com
infinitas fotografias a registrar a ‘chegada do futuro’.
Em 1979, funcionários da Colonizadora Cosentino e da
Procel instalam postes de concreto no
Projeto Cidade Primavera.
Vista aérea parcial dos primórdios de Cidade Primavera.
Poucas casas salpicavam aqui ou acolá.
O projeto Cidade Primavera teve como arquiteto responsável o
professor Antônio Carlos Cândia, da Universidade Federal de Mato Grosso.
O responsável técnico foi o engenheiro Francisco Braga dos Santos, com a
administração e coordenação do projeto realizadas pelo economista Marcos
Martinelli.
36
37
História de Primavera do Leste
O projeto Loteamento
Cidade Primavera foi aprovado pelo
Incra, com certificado de aprovação
com data de 7 de janeiro de 1980.
Consta que o nome do loteamento
foi escolhido pela professora Lilian
Maria Ometto Cosentino, esposa
Certificado de aprovação do loteamento.
de Edgard Cosentino.
O ano de 1979 manteve as características de rápida presença dos
migrantes que buscavam a região na certeza de encontrar condições favoráveis
ao desenvolvimento econômico e social, com ampliação da diversidade de
empreendedores à disposição da expansão populacional. Mozart de Oliveira
Melo construiu nesse ano, além da
residência, um bar com uma cancha
de bocha, que vivia sempre cheio,
principalmente dos homens das
fazendas da região em busca de
diversão saudável e local para bateJosé Luiz Frota.
-papo.
Em 1979 existia a residência
do Sr. José Luiz Frota e família e o
escritório de vendas do loteamento.
Nesse mesmo ano o Sr. Mozart de
Oliveira Melo construiu em sua
residência um Bar com uma Cancha
de Bocha, que ficava cheia de gente
que vinham das fazendas da região.
Acibaldo Meert chegou com
o objetivo de comprar um terreno e acabou ficando para montar a primeira
farmácia da região, com o nome de Posto de Medicamentos Primavera — hoje
Primavera Drogaria e Perfumaria. À frente dessa farmácia instalara-se nesse
mesmo ano o primeiro dentista Elmo dos Santos Bertinetti. A família Sary veio
juntar-se aos pioneiros primaverenses nesse mesmo ano, juntando forças para o
enfrentamento das muitas dificuldades, entre elas a falta constante de energia
elétrica, de água encanada, do telefone, etc. Tudo dependia de Rondonópolis
ou de Cuiabá: uma simples ligação DDD (Discagem Direta a Distância) só era
História de Primavera do Leste
possível em Cuiabá. Anos depois seria inaugurado um PS (Posto de Serviço
Telefônico) em Rondonópolis, que, por contar com apenas dois aparelhos,
estava sempre lotado e algumas vezes ficava horas fora de serviço. Quando da
instalação do serviço DDD em Poxoréu, Darnes Egídio Cerutti adquiriu uma
linha, que não foi ativada pela negativa da Telemat (Telecomunicações de Mato
Grosso) em ligar o aparelho pelo fato de ser intenção do proprietário instalar
um PS — serviço que necessitava da autorização da Cia. Telefônica. Diante
da negativa, foi solicitada a instalação de um posto de serviço telefônico com
DDD e DDI, fato concretizado em 26 de setembro de 1981 com a instalação
de duas cabines telefônicas. Nessa mesma data foi comemorada a elevação
do Loteamento Cidade Primavera à categoria de distrito de Poxoréu, com a
presença do Governador do Estado, Frederico Campos, nos eventos.
Comemoração em homenagem à elevação de Cidade Primavera à condição de
Distrito. Na ocasião, Mauro Weis (esquerda) e um autêntico representante da
colônia gaúcha seguram um bolo em forma de avião.
No período em que Cidade Primavera foi elevada à categoria de Distrito
o lugar recebeu ilustres visitantes, a contar da esquerda para direita (foto à
direita): Carlos Bosco, Rômulo Vandoni (então secretário da Agricultura do
Estado), o primeiro dentista da Cidade Primavera, Dr. Valdino Alécio, Sr.
Ajax, o então governador Frederico Campos, Dr. Edgar Cosentino, Lilian
Ometto Cosentino, José Luís Frota, Dep. Moisés Feltrin, Dep. Afro Stefanini,
Sr. Paulo Cosentino, D. Elza Cosentino, Srª Luíza Maria Nascimento, Dep.
Bento Porto.
38
Em 1985, depois de muitos esforços, os telefones foram disponibilizados
às residências de Primavera do Leste — o primeiro distrito mato-grossense a
dispor de telefones residenciais e comerciais, segundo informações da Telemat.
Não foi jornada fácil. A empresa telefônica com monopólio de todo
Estado de Mato Grosso fez exigências e impôs burocracia que acabaram por
ganhar ‘foro de piada’ entre os primaverenses. Primeiramente, os interessados
passavam uma procuração ao prefeito de Poxoréu para que este realizasse, em
nome do grupo, a compra das linhas (na época as linhas eram compradas).
De posse das linhas adquiridas, o prefeito repassava as linhas, mediante
procuração, para os reais compradores — os moradores do distrito de Primavera
do Leste. Para o funcionamento dos telefones foi necessária a construção de
uma central telefônica da Telemat em Primavera do Leste, dentro dos padrões
e determinações impostos pelo contrato da concessionária do serviço, com
os custos ancorados pelos moradores interessados naqueles serviços. Corre a
história de que a inauguração foi atrasada por um empecilho insólito: uma
fechadura de porta não atendia às especificações da Telemat...
Para os ansiosos moradores, a central foi inaugurada em 5 de outubro
de 1985. Na busca por atender à cota mínima de 200 linhas telefônicas exigida
pela Telemat, alguns moradores assumiram a compra de várias linhas, com
alguns assumindo mais de 20 linhas.
Central telefônica, inaugurada em 5 de outubro de 1985.
39
História de Primavera do Leste
Festividades escolares em comemoração à elevação de Cidade Primavera à
condição de Distrito no ano de 1981. Na ocasião vê-se Alda Scopell (à direita),
então diretora da Escola Monteiro Lobato (foto à esquerda).
História de Primavera do Leste
Com o desenvolvimento e a necessidade de expansão telefônica, os
números foram negociados com famílias ou empresas que iam se instalando
no Distrito.
Em 4 de abril de 1980 o padre Onesto Costa realizou sua primeira missa
no Loteamento Cidade Primavera, no cruzeiro colocado onde mais tarde seria
construída a igreja matriz.
Primeira missa com padre Onesto Costa.
Constituída a primeira diretoria da igreja católica do futuro município de
Primavera do Leste, coube a Darnes Cerutti dividir a presidência da instituição
com o Pe. Onesto Costa. Foi na administração dessa diretoria que se construiu
o Salão Paroquial e as dependências da igreja matriz do Município.
O Padre Onesto Costa nasceu no dia 13 de julho de 1924 na cidade de
Fornovo di Taro, na Província de Parma, na Itália. Filho de Ercolino Costa e
de Dona Maria Dallafiora Costa. No dia 29 de junho de 1949 foi ordenado
Padre, na basílica catedral de Parma.
O Padre Onesto saiu da Itália rumo
ao Brasil no dia 03 de Julho, de 1979. Veio
em um navio chamado “Eugênio Costa”
numa viagem de 11 dias. Chegou ao Porto de
Santos no dia 14 de julho. Foi para Londrina,
no Paraná. Ali ficou apenas alguns dias na
casa dos Padres Xaverianos e depois foi para
Goiás. Atuou na Igreja de Goiás, em Poxoréu
e em Primavera do Leste, sempre a serviço da
Padre Onesto Costa.
vida e da esperança.
40
Foto atual da Igreja Matriz.
No início de 1980 veio para a Diocese de Guiratinga, especificamente
para a Paróquia de Poxoréu. Estando aí, foi designado para trabalhar na
pequena comunidade emergente no Distrito de Primavera do Leste (então
denominado Entroncamento das Sete Placas).
Quando o Padre Onesto chegou aqui em Primavera, em 1980, ele tinha
56 anos de idade. Atendendo a comunidade da zona urbana e também das
fazendas, dedicou dezoito anos de sua vida a serviço da Evangelização nesta
terra. Para desenvolver seu trabalho na cidade contava com uma bicicleta, e
para percorrer as longas distâncias do interior adquiriu um Fiat – 147.
Padre Onesto Costa faleceu aos 28 de dezembro de 2008 na sua própria
casa cercado pelas Irmãs Ursulinas CJA que cuidaram dele nos últimos 03
anos e dos amigos mais próximos.
Foi sepultado na Igreja Matriz da Paróquia São Cristóvão, a primeira
igreja da cidade construída por ele e que tem o estilo da Paróquia de Neviano
Rossi, onde foi batizado na Itália. Esta Igreja traz também traços de outras
Igrejas onde ele trabalhou na Itália.
41
História de Primavera do Leste
Construção da Igreja Matriz, dedicada à são
Cristóvão, que fica no centro da cidade.
História de Primavera do Leste
OBRAS CONSTRUÍDAS
Relacionamos aqui as obras construídas em Primavera do Leste, nas
quais houve grande participação do Padre Onesto Costa, com recursos vindos
dos amigos da Itália.
Muitas obras não foram relacionadas, tratam-se de ajudas particulares
que fez chegar a muitas famílias necessitadas.
Igrejas:
•
•
•
•
•
Igreja São Cristóvão – Matriz – Av. São João - Centro
Igreja São José – Rua Santa Úrsula - Bairro São José
Igreja Santa Terezinha – Rua Flamingo - Bairro Tuiuiú
Igreja Nossa Senhora Aparecida – Rua Pinheiros - Bairro Igreja Nossa Senhora da Salete – Rua São Vicente – Bairro São
Cristóvão
• Igreja São Marcos – Rua Airton Sena da Silva – Bairro Pioneiro
Centros comunitários e escolas:
• Centro Esportivo Parma – Rua Padre Onesto Costa – Bairro Pioneiro
Escola Maria Dallafiora Costa – Rua Padre Onesto Costa – Bairro
Pioneiro
• Centro Belém – EMEI Pequeno Príncipe – Rua Crisântemos – Bairro
Pioneiro
• Centro Maria de Nazaré: EMEI Maria de Nazaré – Rua Tancredo
Neves – Bairro Castelândia
• Centro São José – EMEI São José – Rua Santa Úrsula – Bairro São José
• Centro Parma I – EMEI Parma I – Av. Santo Antonio – Cohabinha
Parma I
• Centro Galiléia – EMEI Galiléia – Rua Lindolfo Trampuch – Bairro
Novo Horizonte
• Centro Primavera III – EMEI Ercolino Costa - Rua Jabuticabeiras
• Centro Emaús – Projeto Santa Úrsula - Rua Silvina Scopel - Bairro
Castelândia.
42
Centro São Cristóvão - Rua São José – Bairro São Cristóvão
Centro Betânia – Rua Jacó Vagner - Bairro Centro Leste
Centro Cesareia – Rua Maceió – Bairro Primavera II
Centro Jericó – Rua Érico Veríssimo - Castelândia II
Casas Populares:
• Casas Populares: 30 Parma I; 40 Primavera III; 40 São Cristóvão
Outros
•
•
•
•
•
Centro de catequese na Matriz – Av. São João - Centro
Quadra de esportes na Matriz – Rua Piracicaba - Centro
Quadra coberta – Paróquia São Francisco –Rua Benjamin Cerutti
Pronto Atendimento – Rua Silvio Ometto – Bairro Centro Leste
Terreno da casa de Retiro Terceiro Milênio São Francisco de Assis –
Primavera III
• Chácara no Bairro Cohabinha – Rua D. Aquino – Cohabinha Parma I
• Aquisição da secretaria paroquial da Paróquia N. Sra. da Salete– Rua
São Tomé – Bairro São Cristóvão
• Colaboração na construção da casa paroquial São Francisco - Rua
Benjamin Cerutti
FONTE: “Caríssimos, Avanti” – Trajetória de Vida do Padre Onesto Costa.
43
História de Primavera do Leste
•
•
•
•
História de Primavera do Leste
O médico Milton João Braff,
Início da construção do Hospital São Lucas
que seria o primeiro vice-prefeito do
em 1979 pela Colonizadora Cosentino
Município, adquiriu, em setembro
de 1981, obra que estava parada da
Construtora Imobiliária Cosentino
Ltda., que assumiu o término das
edificações enquanto Milton Braff
continuava a residir no Paraná.
Terminada a obra, a futura cidade
ganhou seu primeiro hospital e
maternidade — o São Lucas —,
que iniciou as atividades no dia 11
de agosto de 1982.
A primeira criança nascida no Hospital e Maternidade São Lucas, no
dia 16 de agosto de 1982, foi Viviane Cristina Castelli, filha de Pedro Castelli
e Cleusa Castelli.
A primeira cesariana realizada nesse hospital foi de Cláudia Furlan,
filha de Walter Furlan e Maria Primon Furlan, nascida em 4 de novembro
de 1982.Nesse mesmo ano, em abril, o médico Nelson Pereira radicou-se no
então distrito de Primavera do Leste, atendendo, a princípio, no Hotel Santo
Antônio.
Hospital São Lucas em 2011.
44
Primeira agência bancária de Primavera do Leste, instalada em 12/07/1983.
45
História de Primavera do Leste
Em sintonia com os passos largos do progresso
do distrito de Primavera e da região, Nelson Marcon
construiu, no mesmo ano de 1982, o prédio da rua
Blumenau, na esquina com a rua Piracicaba, que
abrigaria, a partir de outubro em 1983, a Exatoria e
o prédio da Sub-Prefeitura do distrito de Primavera
do Leste, instalada pelo então prefeito de Poxoréu,
Lindberg Ribeiro Nunes Rocha.
Na época da instalação da Sub-Prefeitura
eram servidores públicos Carlos Albano Borghetti
(Engenheiro Civil) e Ronaldo Secco (secretário), que
muito vieram a colaborar para amenizar parte das
dificuldades do distrito ao prestarem alguns serviços
como cadastramento de imóveis, recolhimento de
impostos e licenças para funcionamento (alvarás,
Carlos Albano Borghetti.
correspondências, etc.).
A primeira agência bancária de Primavera do Leste, instalada no dia
12 de julho de 1983, foi do Banco Itaú S.A., que de início contava com os
seguintes funcionários: Rubens Rodrigues Rocha (gerente), Aldenor Alves de
Souza (chefe de serviço), Manoel de Souza Moraes (chefe de seção), Júnior
César Anton e Suzana Riva (escriturários) e José Damaceno (contínuo). Um
dos responsáveis pela conquista da primeira agência bancária fora o ex-ministro
e então embaixador Roberto Campos.
História de Primavera do Leste
No dia 24 de abril de 1984
foi inaugurado o Cartório de
Registro Civil e Tabelionato, que
teve como primeiro juiz de paz
Hilário Fracalossi e como escrivão
Orciole Alves Barbosa. A primeira
certidão de nascimento lavrada no
cartório data de 15 de maio de 1984:
nessa data era lançado o registro de
Banco Itaú em funcionamento na Rua Blumenau,
onde hoje são as instalações da loja Calce Pag.
Noemi de Souza Ribeiro, filha de
Sílvio Ribeiro e Martha de Souza
Ribeiro, nascida a 8 de maio de
1984.
A primeira procuração,
lavrada em 15 de maio de 1984, tinha
como outorgante Celso Kaminski
e como outorgado Mauri Petry.
A primeira escritura de compra e
venda, assentada em 16 de maio
de 1984, tinha como vendedores
Heronias Pinto da Costa e sua
1 certidão de nascimento
mulher, Carminda Alves da Costa, e
registrada em Primavera
do Leste.
como comprador Darci Coradini. O
primeiro casamento lançado em seus
registros foi o de Roque Francisco
Cassol e Elida Salete Sartorero, no
dia 21 de julho de 1984.
Retratos do desenvolvimento do distrito foram a autorização, pela
prefeitura de Poxoréu, para o segundo loteamento de Primavera e decisão
dos bancos Bamerindus e Bradesco de instalarem suas agências no futuro
município. Também de 1984 é a autorização municipal para o loteamento
Parque Castelândia, empreendimento de Adivino Castelli organizado pela
Imobiliária Castelândia Ltda., de propriedade desse pioneiro empreendedor.
Os bancos Bradesco e Bamerindus haviam obtido cartas patentes
para se instalar em Poxoréu, mas ambos preferiram se instalar no distrito
de Primavera. Em 12 de dezembro de 1984 o banco Bamerindus do Brasil
a
46
Encontro de lideranças em Brasília para resolver as questões sobre o litígio de terras com os índios
Foto 1: (de costas) o ministro do interior na época, Ronaldo Costa Couto; do seu lado esquerdo,
Dep. Federal José Amando Barboza; a seguir, Dr. Mário Crema, Dep. Federal João Batista Fagundes,
representantes do INCRA Antônio Castro, Senador Louremberg Rocha, o saudoso Sidney Polato e
outras lideranças.
47
História de Primavera do Leste
S.A. instalou-se em Primavera do Leste com Jorge Francisco Mira (gerente),
Valdomiro .............. (Chefe de Serviço), Elói Bauer de Mello, Inês Fernandes
de Oliveira, Elisabeth Sefrim, Fátima Auxiliadora de Almeida, Rosana
Lorenzzon e Giovani D’Jorge Anton (escriturários). O contínuo era Agnaldo
Montoro.
Em fevereiro de 1985 é a vez de o Bradesco S.A. se instalar no distrito,
no mesmo ano em que inaugurou, no prédio da Sub-Prefeitura, o primeiro
posto dos Correios, que teve como primeira funcionária Rita Marcon. Após
quinze meses, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) assumiu
os serviços.
O advogado Mário Crema fundou, em 1985, a Aproterra, órgão que
passou a trabalhar em defesa dos fazendeiros da região do Projeto Itaquerê, na
questão do litígio de terras com os índios xavantes, que pretendiam reconquistar
42.150 hectares na margem esquerda do rio das Mortes, área excluída quando
da demarcação da Reserva Indígena Sangradouro, em 1972. Na resolução do
problema entre os Xavantes e os fazendeiros, o então presidente da Funai,
Romero Jucá Filho, em 2 de setembro de 1986, emitiu portaria desapropriando
11.660 hectares dos fazendeiros em favor dos indígenas.
História de Primavera do Leste
Foto 2: Da esquerda para a direita: agricultor Claudio Zanoni; Dr. Joel Carneiro, representante do
INTERMAT; Carlos Barros; saudoso líder Sidney Polato; agricultor Antonio Moreira, senador Louremberg
Rocha, ex-governador José Fragelli, Dep. Federal José Amando, Dr. Mário crema, agricultor Vanderlei
Soldera, agricultor Darci Boeck, representante do INCRA, Antonio Castro e agricultor Roberto Zanoni.
A APROTERRA era a Associação dos Proprietários de Terras vizinhas
às reservas indígenas, que iniciou de fato em meados de 1983 e formalizou em
1985, sob a presidência de Mario Crema conforme registro sob o no 1.932 do
livro A, protocolo no 121.068 em 30/08/1985, no 1o oficio de Cuiabá.
48
Evolução política
51
História de Primavera do Leste
Para as eleições municipais de 1978, Lindolfo Trampusch apresentou
sua candidatura a vereador pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático
Brasileiro), com o apoio das famílias Donin, Otonelli, Bayer e Mozart.
Derrotado nas urnas, buscou ampliar sua rede de apoio para as eleições de
1982, quando se elegeu vereador representante do distrito de Primavera na
Câmara de Poxoréu. Darci Luiz Scopel apresentou-se candidato nesse mesmo
ano, mas não se elegeu.
Com a riqueza brotando do chão, após árduo trabalho, os moradores do
Entroncamento BR-070 começaram
a falar em separar o distrito de
Primavera do Leste do município
de Poxoréu, principalmente após
instalação da Sub-Prefeitura no
distrito, com os ânimos políticos
a fervilhar em críticas aos serviços
prestados pela Sub- Prefeitura.
Em 1978, Lindolph Trampusch, antigo
O grande passo rumo à
morador da região, observa a estrada que
emancipação política foi a Assembleia
ia da Cidade de Primavera até Poxoréu.
Geral, realizada em 24 de agosto
de 1984, quando, sob a presidência de José Fernando Barbosa, vereador
de Poxoréu, organizou-se a Comissão de Emancipação. Nessa reunião, os
membros da comunidade, reunidos no Salão Paroquial, elegeram como
representantes Antônio Ravanello, Adivino Castelli, Waldomiro Riva, Nelson
Marcon, Sestílio Segundo Frison, Darnes Egydio Cerutti, Milton João Braff,
Wilson Daltroso, Darci Coradini, Jandir Campos, Adelir Formiguieri, José
Fernando Barbosa, Darci Luiz Scopel, Atílio Reginato, Alcides Lazaretti,
Mauro Wendelino Weis, Itacir Piana Pinto, Sebastião Patrício, Walmor
Luchese, Sérgio Cadore, Mauri Petry, Alfredo Brachina, Ailton Nogueira da
Silva, Jorge Francisco Mira, Carlos Marcon e Yoiti Tabata. Darnes Egydio
Cerutti foi eleito Presidente da Comissão de Emancipação, que deu início à luta
em prol da emancipação do distrito de Primavera. O Rotary Club, entidade
fundada em 1983, possuía, nos anos calorosos do debate político em prol da
emancipação, muitos dos membros na Comissão de Emancipação, fato que fez
dessa entidade uma guardiã de preciosos registros em suas atas.
O nome Primavera do Leste apareceu como alternativa sugerida à
Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso na Ata no 3, de 27 de junho
História de Primavera do Leste
Alguns dos 26 componentes da Comissão Pró-emancipação do Distrito Cidade Primavera.
de 1985, após a Assembleia Legislativa recusar o nome Primavera D’Oeste,
escolhido por unanimidade pela Comissão de Emancipação em reunião de 20
de junho de 1985.
As possibilidades apresentadas à Assembleia Legislativa eram três:
1º - Primavera do Leste
2º - Nova Primavera
3º - Alto Primavera
52
A emancipação
política
53
História de Primavera do Leste
Representantes de Primavera do Leste aguardam a apuração dos resultados.
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História de Primavera do Leste
A Ata Final do processo de
emancipação marcou a realização de
plebiscito para 21 de abril de 1986,
com o registro de 1.142 eleitores
aptos a votar. Votaram 741, com 704
eleitores pronunciando-se favoráveis
ao desmembramento.
Contagem dos votos favoráveis à
emancipação de Primavera do Leste
Contagem dos votos favoráveis
à emancipação de Primavera do Leste.
Em 13 de maio de 1986, a Lei Estadual no 5.014, publicada no Diário
Oficial do Estado de Mato Grosso, instituiu o município de Primavera do
Leste, desmembrado dos municípios de Poxoréu, Cuiabá e Barra do Garças.
História de Primavera do Leste
LEI Nº 5.014, DE 13 DE MAIO DE 1986 - D.O. 13.05.86.
Autor: Mesa Diretora
Cria o Município de Primavera do Leste, desmembrado dos Municípios de Poxoréu, Cuiabá e Barra do Garças.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO:
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Garças.
Art. 1º Fica criado o Município de Primavera do Leste, desmembrado dos Municípios de Poxoréu, Cuiabá e Barra do
Art. 2º O Município criado é constituído de um só Distrito, o da sede, cujos limites são os seguintes: Começa no ponto
de travessia da BR-070 no ribeirão Sangradourozinho; seguindo pela BR-070 no sentido General Carneiro-Cuiabá, até a estrada
vicinal que liga esta BR à estrada de Poxoréu-Alminhas, nas proximidades da cabeceira do córrego Várzea Grande; por esta estrada
até o ponto mais próximo da margem da Serra Grande; deste ponto em linha reta rumo Leste-Oeste até encontrar a margem da Serra
Grande na cota de 600 metros; seguindo por esta grade na referida serra no seu sentido Norte, encontrando as cabeceiras formadoras
respectivamente do Coité e São João até encontrar o córrego Cachoeirinha; subindo por este córrego, até a sua cabeceira; deste ponto
em linha reta até a cabeceira do ribeirão dos Perdidos; por este abaixo até sua barra no rio das Mortes; por este rio acima até a barra
do córrego Várzea; por este córrego acima até a sua cabeceira mais próxima do ribeirão Chimbica deste ponto em linha reta até a
cabeceira do ribeirão Chimbica; por este ribeirão abaixo até a barra do córrego da Onça; por este córrego acima até a sua cabeceira
deste ponto em linha reta até a cabeceira do córrego Mutum; por este córrego abaixo até sua barra no rio Cumbuco; por este rio acima
até a sua cabeceira na serra do Fica-Faca; daí prosseguindo pelo espigão divisor de águas da Serra do Fica-Faca; até atingir a cabeceira
mais alta do rio Culuene; por este abaixo até a barra do ribeirão Quinze de Agosto; por este ribeirão acima até a sua cabeceira; deste
ponto em linha reta até a primeira cabeceira do rio Suspiro em sua margem esquerda, por este rio abaixo até sua barra no rio Cumbuco
por este rio abaixo até a sua barra no rio das Mortes; por este abaixo até a barra do ribeirão Sangradourozinho; por este ribeirão acima
até o ponto de travessia da BR-070, ponto de partida.
§ 1º Os limites do Município de Cuiabá passam a ser os seguintes: Partindo da foz do córrego Várzea Grande no rio das
Mortes; por este acima até a barra do córrego Capão do Coração; por este acima até a sua cabeceira; daí, por uma linha reta até a
cabeceira mais alta do rio São Lourenço ou Poguba Xoréu; por este abaixo até a barra do córrego Jatobá ou Piraputanga; por este
acima até a sua mais alta cabeceira; deste ponto por uma linha reta até a cabeceira do rio Tenente Amaral, na Serra dos Coroados;
prosseguindo pelo espigão dessa serra até a cabeceira do rio Aricá Mirim; daí prossegue pelo espigão divisor de águas deste rio até
o ponto em que a linha telegráfica o atravessa; daí prossegue acompanhando a linha telegráfica até o ponto em que ela atravessa o
rio Aricá Assu na passagem do Grego; deste ponto por uma linha reta passando pelo Pico do Morrinho vai até a foz do ribeirão dos
Cocais no rio Cuiabá, continua pelo rio Cuiabá até a barra do ribeirão Baús; por este acima até a sua cabeceira principal na serra da
Chapada; prossegue por essa Serra, passando pelas cabeceiras dos rios Coxipó e ribeirão Formoso até a cabeceira do rio Lagoinha
ou Quilombo; por este abaixo até a sua barra no rio da Casca, pelo qual sobe até a barra do córrego Jardim; por este acima até a sua
cabeceira; daí por uma linha reta até atingir a cabeceira do córrego Caiana, na serra do Fica-Faca; prosseguindo por esta serra (divisor
de águas), até a cabeceira principal do rio Cumbuco; por este abaixo até a barra do córrego Mutum; por este acima até a sua cabeceira;
daí por uma linha reta até a cabeceira do córrego da Onça; por este abaixo até a sua barra no rio Chimbica, por este até sua cabeceira;
daí por uma linha reta até a cabeceira do córrego Várzea Grande; por este abaixo até sua barra no rio das Mortes, ponto de partida.
§ 2º Os limites do Município de Poxoréu passam a ser o seguinte: Começa na barra do córrego Louva Deus, no
ribeirão Coqueiau ou Areia; por este acima até o ponto em que é atravessado pelo paralelo que passa pela cabeceira do Córrego da
Aldeia; prossegue por este paralelo até o divisor de águas da serras da Saudade; daí continua por este espigão até a cabeceira do
ribeirão Sangradouro Grande; segue por este ribeirão abaixo até a sua foz no rio das Mortes; por este acima até a barra do ribeirão
Sangradourozinho; por este acima até o ponto de travessia da BR-070, seguindo pela BR-070 sentido General Carneiro-Cuiabá até a
estrada vicinal que liga esta BR a estrada Poxoréu-Alminhas, nas proximidades do córrego Várzea Grande; segue por esta estrada até
o ponto mais próximo do Sopé da Serra Grande; deste ponto por uma reta rumo Leste-Oeste até encontrar o Sopé da Serra Grande
numa cota de 600 (seiscentos) metros; subindo neste “grade” na referida serra no seu sentido Norte e contornando as cabeceiras
formadoras, respectivamente, dos rios Coité e São João até encontrar o córrego Cachoeirinha; subindo por este até a sua cabeceira;
deste ponto em linha reta até a cabeceira do ribeirão dos Perdidos; por este abaixo até sua barra no rio das Mortes; por este acima até o
ponto em que começa o limite intermunicipal entre os municípios de Poxoréu e Dom Aquino; deste ponto por uma reta até a cabeceira
do ribeirão Parnaíba; deste ponto por uma reta até a barra do ribeirão Pombas com o córrego Alcantilado; deste ponto em linha reta
até atingir o morro Areia; daí pelo espigão divisor de águas dos rios Poguba Xoréu ou São Lourenço de Poguba ou Vermelho até
alcançar a cabeceira do rio Biagoréu pelo qual desce até a sua barra no rio Poguba ou Vermelho deste por este até a confluência do
ribeirão Coqueiau ou Floriano, subindo por este até a confluência do córrego Louva Deus, ponto de partida.
§ 3º Os limites do Município de Barra do Garças passam a ser os seguintes: Começa na confluência entre os rios das
Mortes e Araguaia; por este acima até a foz no rio das Garças; por este acima até a foz do rio Barreiro; por este acima até a colônia
Meruri; daí por uma reta margeando a linha telegráfica até a cabeceira do ribeirão Boqueirão por este abaixo até a sua foz no rio das
Mortes; por este acima até a foz do rio Cumbuco; por este acima até a barra do rio Suspiro; por este acima até a sua cabeceira; daí
por uma linha reta até a cabeceira do ribeirão Quinze de Agosto; por este abaixo até a sua barra no rio Culuene; por este rio abaixo a
foz do rio Mimoso; por este acima até a sua cabeceira; daí por uma linha reta até a cabeceira do rio Noidore; por este abaixo até a sua
barra no rio das Mortes; por este acima até a foz do rio Dom Bosco; por esta acima até a sua cabeceira; daí por uma reta até atingir
a cabeceira do rio Zacarias; por este abaixo até a sua barra no rio Pindaíba; por este abaixo até a sua foz no rio das Mortes; por este
abaixo até a sua confluência com o rio Araguaia, ponto de partida.
Parágrafo único O Município somente será instalado com a eleição e posse do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores,
realizada de conformidade com a Legislação Federal.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Palácio Paiaguás, em Cuiabá 13 de maio de 1986.
as) JÚLIO JOSÉ DE CAMPOS
Governador do Estado
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Disputaram as eleições majoritárias pelo PFL (Partido da Frente Liberal)
José Fernando Barbosa, e Darnes Egydio Cerutti pelo PMDB (Partido do
Movimento Democrático Brasileiro),
sagrando-se vencedor, com diferença
de 66 votos, Darnes Egydio Cerutti,
que tomou posse em 1o de janeiro de
1987 para mandato de dois anos. Sem
nenhuma dotação orçamentária nem
arrecadação tributária, a Prefeitura e
a Câmara se instalaram em um prédio
alugado de Mauri Petry, localizado
na esquina da avenida Porto Alegre
Dia das eleições, em 1986.
com a rua Bento Gonçalves.
Primeira eleição, em 1986: concorreram ao mandato
José Fernando Barbosa e Darnes Egydio Cerutti.
Contagem dos
votos em 1986.
O primeiro desafio enfrentado pelo prefeito Darnes foi equacionar a
infraestrutura básica, mesmo sem orçamento à disposição. Comandando
pessoalmente as aquisições de móveis, material e maquinário, o prefeito
conseguiu até mesmo doações para a estruturação da nova administração
municipal, legando ao jovem município um norte de gestão progressista, base
de fundação da próspera cidade.
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História de Primavera do Leste
Em cumprimento aos dispositivos legais, realizaram-se eleições, ainda
em 1986, para prefeito e vereadores em Primavera do Leste.
História de Primavera do Leste
Primeiro prédio alugado para a Prefeitura, com a 1a pá carregadeira.
Com a emancipação política, Primavera do Leste cresce em ritmo
acelerado, atraindo atenção de novos migrantes de todo o Brasil que estavam à
procura de locais para se instalar e investir.
O ritmo das obras era impressionante, com destaque para os prédios
necessários à infraestrutura básica do Município. Entre as obras dessa primeira
fase é possível destacar a instalação
do primeiro Posto de Saúde, ainda
em 1987; a criação e instalação
da Biblioteca Municipal Carlos
Drummond de Andrade; a instalação
das antenas repetidoras das redes
de TV Globo, TVS e Manchete; a
construção de escolas, pontes, postos
de saúde e creches; o asfaltamento
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Prefeitura nos dias atuais na
Rua Maringá, 444, Centro.
Foto: Osmarair Vilela de Melo
Vista aérea da atual Prefeitura.
sede própria do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso),
da Polícia Militar e do Pronto-Socorro Municipal; a instalação de campus
avançado da Universidade Federal de Mato Grosso, inicialmente com o curso de
Ciências Contábeis; a construção do
Estádio Municipal Antônio Santo
Renosto, da Estação Meteorológica,
da rede de coleta e tratamento
de esgoto, da Central de Coleta e
Prensagem de Embalagens Vazias
Tríplice Lavadas de Agrotóxicos, do
laboratório de informática da Escola
Biblioteca Pública Carlos Drumond de Andrade.
Mauro Wendelino Weis, com
59
História de Primavera do Leste
das vias urbanas; a implantação da
praça da Matriz; a construção do
aeroporto municipal Ernesto Ruaro,
da pista de autocross, do ginásio
de esportes Érico Piana Pinto
Pereira (popularmente chamado
de Ginásio Pianão); a instalação da
vaca mecânica; a criação da Ação
Social; o início dos serviços de
transporte escolar; a construção da
História de Primavera do Leste
Biblioteca Pública Carlos Drumond de Andrade nos dias atuais.
informatização das escolas municipais; a implantação do Aterro Sanitário, a
chegada do Linhão 138 e o início de programas de moradia popular.
Os projetos da iniciativa privada também muito contribuíram para
o desenvolvimento do Município, com destaque para o Pronar (Projeto
Nacional de Armazenagem), de 1989, do empresário Edgard Cosentino. O
Pronar proporcionou grande incentivo às safras da região ao instalar unidade
de armazenamento com capacidade para 54.500 toneladas de grãos. O Pronar
de Primavera do Leste foi o primeiro do Estado de Mato Grosso. Em 26 de
Abril de 1987 foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Primavera
do Leste, uma entidade representativa de classe reconhecida pelo Ministério
do Trabalho sob o no 24.230.004.924.87.
Teve como primeiro Presidente Luiz José dos Santos, secretária Iracema
Estádio Municipal Antônio Santo Renosto, que
também é conhecido por Cerradão.
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Vista aérea do Estádio Municipal
Antônio Santo Renosto.
Uma das primeiras sedes do Sindicato,
na Rua José R. Patrício, Centro.
Prédio que sediou o Sindicato durante muitos anos,
na Rua Hermínia Porta, no 60, bairro Centro-Leste.
Prédio atual do Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Primavera do Leste,
na Avenida Campo Grande, 834, no Bairro Primavera I.
Em 26 de Novembro de 1990 foi fundada a Cooperativa de Crédito
Rural de Primavera do Leste Ltda. – Primacredi, com 25 associados fundadores, que abriu suas portas para atendimento no dia 15 de abril de 1991.
O banco teve como primeira diretoria o presidente Cyro Rosa Dias da
Costa, vice-presidente Milton João Braff, secretário Darnes Egydio Cerutti,
61
História de Primavera do Leste
Alves Carvalho e tesoureiro Alberto Pereira Costa. Atualmente sua sede
se encontra na Avenida Campo Grande no 834 no Bairro Primavera I neste
município, sob a Presidência de Silvia Teresinha Beckenkamp Lauschner,
secretário geral Elton Luiz Bamberg e tesoureiro Eres Machado.
História de Primavera do Leste
além de seus conselheiros. Em 2010 o banco Primacredi contava com 3.000
associados, com presença forte em todo o município. A diretoria atual conta
com os trabalhos do presidente Paulo Cesar Borghetti, vice-presidente
José Carlos Meyer, secretário Moasir Pinzon e conselheiros, além de Jorge
Francisco Mira, gerente geral da Primacredi que acompanhou de perto
a consolidação desta cooperativa.
Em 23 de junho de 1992, é
instalado o Cartório do Registro
de Imóveis, que tinha como tabeliã
oficial Elza Fernandes Barbosa. A
primeira matrícula foi registrada em
25 de junho de 1992, referente ao
No dia 15/04/1991 a PRIMACREDI iniciou
suas atividades na Rua Paranatinga, 168,
imóvel de Orlando Antônio Barcela.
em Primavera do Leste.
Em 14 de novembro de 1995,
Frederico Wagner França Tanure
inaugura a Tamil Indústria e Comércio de Milho e Derivados Ltda., uma
empresa que passava a contar com laboratório de experimentos alimentares
sob a supervisão de engenheiro de alimentos e nutricionista, com capacidade
de armazenamento estático de um milhão de sacas de milho, sorgo e milheto.
Cooperativa de Crédito Rural do Leste – Primacredi: sede
própria na rua Blumenau, 325.
62
História de Primavera do Leste
Imagem da extinta Indústria de derivados do milho – TAMIL.
Utilizando o sistema vertical de produção, sua linha completa totaliza 22
subprodutos para consumo humano, com capacidade de 7.200 ton./mês.
Com excelente know how, produz também linha completa de ração animal,
com capacidade de 5.000 ton./mês e gerava, em 2010, cerca de 250 empregos
diretos e aproximadamente 1.000 indiretos.
Em 25 de abril de 1998 é criada a Unicotton – Cooperativa dos
Produtores de Algodão do Sudeste de Mato Grosso, sob a presidência de Elói
Brunetta, abrangendo produtores de algodão de Primavera do Leste, Campo
Verde, Dom Aquino, Rondonópolis, Poxoréu, Paranatinga, Nova Brasilândia,
General Carneiro e Novo São Joaquim. A missão da Unicoton era estabelecer
convênios com instituições públicas e privadas, de cooperação tecnológica,
financeira, treinamento de produtores e implantação de sistemas modernos de
administração.
63
História de Primavera do Leste
Cooperativa dos Produtos de Algodão
do Sudeste de Mato Grosso.
Com incentivo do Fundo de Apoio à Cultura de Algodão do Estado de
Mato Grosso (FACUAL), foi firmado convênio para pesquisa de variedades
de algodoeiro com a Cooperativa Central Agropecuária de Desenvolvimento
Tecnológico e Econômico Ltda. (Coodetec). Além disso, a Unicotton também
estabeleceu convênio com o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do
Mato Grosso (Indea), que instalou a primeira sala de classificação visual no
interior do Estado, anexa ao prédio da Unicotton em Primavera do Leste,
e passou a trabalhar em parceria com a Cyanamid Química do Brasil, que
patrocinou a aquisição e instalação dos equipamentos de classificação HVI.
No ano de 2010, contava com 32 produtores associados e participava com
6,5% da área de algodão plantada no Brasil, que representava 13% da produção
nacional de pluma, graças à alta produtividade e à qualidade de suas lavouras,
que produzem 82% de algodão dos tipos 5, 5/6 e 6. Por essa qualidade, em
setembro de 1999 obteve o certificado ISO 9002 e em junho de 2005 recebeu
o Prêmio Cooperativa do Ano, concedido pela OCB – Organização das
Cooperativas Brasileiras e pela revista Globo Rural, na categoria Inovação
Tecnológica. No ano de 2011 a Unicotton está sob a presidência de Cirineu
de Aguiar.
Muitos empreendimentos mereceriam destaque neste município que é
referência em produção agroindustrial e crescimento econômico, em que cada
produtor colabora para fazer de Primavera do Leste uma das mais importantes
economias do Estado e do Brasil.
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Primavera do Leste vive um novo momento em sua história, o avanço
do processo de industrialização. Para a atual administração, a base estrutural
para a continuidade do crescimento de Primavera depende diretamente da
industrialização, atraindo novos investidores e estabelecendo parcerias entre
grandes empresas. A maior expressividade na formatação do processo de
industrialização da cidade está centralizado em grandes empresas como a
Cargill, a Granja Mantiqueira, trazendo profunda expansão econômica a toda
a região. Com atuação em Primavera do Leste há mais de dez anos, a Cargill
instalou sua primeira fábrica de processamento no estado de Mato Grosso em
27 de maio de 2009, representando um importante avanço para o agronegócio
primaverense e brasileiro. A instalação da Cargill trouxe para Primavera a
Ovos Mantiqueira, sua tradicional cliente em Minas Gerais, essa empresa se
prepara para produzir 4,8 milhões de ovos diariamente para exportação.
Cargill em Primavera do Leste.
65
História de Primavera do Leste
Granja Mantiqueira.
Gabinetes e
administrações
História de Primavera do Leste
Primeira Administração – 1987 a 1988
Poder Executivo
Prefeito
Vice-Prefeito Secretário-Geral
Dep. de Finanças
Dep. de Educação e Cultura
Dep. de Saúde Dep. de Obras
Contadora
Darnes Egydio Cerutti
Dr. Milton João Braff
Jorge Francisco Mira
José Gonzaga Tonon
Fátima Auxiliadora de Almeida
Dr. Milton João Braff
Adivino Castelli
Nair Mirovski
Poder Legislativo
a) Mesa Executiva: biênio 87/88
Presidente
Vice-Presidente
1º Secretário
2º Secretário Antônio Santo Renosto
Leonildo Gorri
Waldomiro Riva
Paulo Renato Zeni
Vereadores
Waldemar Anequini
Sérgio Luiz Costa
Benedito Baraldi
O vereador Benedito Baraldi era suplente de Adivino Castelli, que,
apesar de ter sido o mais votado, deixou a Câmara para ser Secretário de Obras.
Prefeito Darnes
Egydio Cerutti
Vice-Prefeito
Milton João Braff
Vereador Antônio
Santo Renosto
69
História de Primavera do Leste
Vereador
Benedito Baraldi
Vereador
Leonildo Gorri
Vereador Paulo
Renato Zeni
Vereador Sergio
Luiz Costa
Vereador
Vadomiro Riva
Vereador Valdemar
Anequini
Breve relato da 1a administração
É incorreto dizer que o 1o prefeito assume o comando do Município.
Na verdade, a prefeitura não existe, o Município está nascendo; assim, o prefeito
empossado assume um vazio, pois está tudo
por fazer. Tem que alugar um prédio. Tem
que mandar fazer os impressos que não são
poucos. Falta todo o mobiliário, precisa montar
uma equipe de funcionários e secretários, tudo
o que se relaciona a esse mundo de coisas que
passam a acontecer.
No primeiro dia de administração, levei
uma mesa e uma cadeira do meu escritório,
instalei-as onde seria o gabinete do prefeito, e
mãos à obra! Como sou empresário, montei
uma empresa de administração, em vez de
uma administração pública, e essa empresa,
que funciona até hoje, é um dos fatores
70
Pelo tamanho dos problemas, deveria ter sido emancipado uns três ou quatro
anos antes. Mas, até 1986 as emancipações eram feitas pelo IBGE. Passamos por
crivo muito forte para apressar e provar que éramos capazes.
Para administrar tamanhos problemas, comecei com uma reunião com
os vereadores, que me deram liberdade para que eu agisse como melhor achasse.
Assim, comecei pela secretaria de obras: primeiro carro para coleta de lixo, compra
de indústria de manilhas, carregadeira, trator de esteira, patrola e caminhão
basculante, pois nossas estradas vicinais nunca tinham recebido um mínimo de
atendimento. Tudo estava por fazer, e já se produziam muito soja e muito arroz.
E o dinheiro para comprar tudo aquilo? Era um grande problema, mas eu
sempre usei o meu crédito pessoal para isso, e graças a Deus vencemos.
Na minha campanha, andando no interior do Município, via adolescentes
com 12 anos, 15 anos, que ajudavam os pais em tratores e caminhões e nunca
tinham entrado em uma escola. Aí estava uma grande preocupação, por isso dei
todo apoio à Secretária, Fátima Auxiliadora de Almeida. Criamos 12 escolas
rurais, sendo 5 com prédios próprios e modernos e com miniposto de saúde anexo.
Na cidade, construí e criei a Escola Municipal de 1o Grau Mauro Wendelino Weis,
reformei a Escola Estadual de 1o e 2o Graus Alda G. Scopel e implantei a Quadra
de Esportes e a biblioteca.
Na área da saúde, construí
o Centro de Saúde Osvaldo Cruz,
adquiri uma ambulância e consegui
outra com o governo do estado.
Na área da habitação, vale
ressaltar que meu mandato foi de 2
anos, mas mesmo assim tive tempo
de construir o Conjunto Habitacional
Tancredo Neves (Cohab).
Conjunto Habitacional Tancredo Neves.
71
História de Primavera do Leste
que mais deram resultado nas administrações que se sucederam em Primavera.
Não teve nenhum cargo político por apadrinhamento: todos foram ocupados por
qualificação pessoal segundo informações ou seus currículos, a exemplo do secretário
de Finanças, o cargo de maior confiança do prefeito: eu conheci José Gonzaga Tonon
por seu currículo.
Passado aqueles primeiros dias, primeiros passos, comecei a cuidar do
município, da cidade, da saúde, da educação, das estradas, das pontes, etc.
História de Primavera do Leste
Pela cidade foi implantado asfalto
nas ruas Piracicaba, Bento Gonçalves,
Blumenau, do Comércio, Rafael Borghetti
e na avenida Porto Alegre.
Nesses dois anos foram plantadas
duas mil mudas de flamboyant nas ruas
e avenidas, implantada a sinalização
básica com placas denominativas de ruas
e numeração das construções. A Bandeira
e o Brasão do Município também foram
Rua Piracicaba em 1984.
Rua Piracicaba em 1984.
72
criados nesses dois anos. Aquela administração também colaborou na construção
da Creche Lar Maria de Nazaré.
Também consegui, com o governador Carlos Bezerra, o asfaltamento da
MT-130, de Primavera do Leste até o rio Várzea Grande, assim como a instalação
do Destacamento da Polícia Militar.
Com a colaboração da Câmara, da equipe de trabalho e dos secretários,
posso dizer que não tive muitos problemas. Foram dois anos de muito trabalho e
satisfação. Consegui cumprir minhas promessas de campanha e entregar o cargo
ao meu companheiro Érico Piana Pinto Pereira sem um tostão de dívidas e uma
administração enxuta e em pleno atendimento.
Nas eleições de 1988 concorreram para prefeito Érico Piana Pinto
Pereira (PMDB) e José Fernando Barbosa (PFL), quando saiu vencedor o
primeiro.
Avenida Porto Alegre.
73
História de Primavera do Leste
Início do asfalto na avenida Porto Alegre.
História de Primavera do Leste
Segunda administração – 1989 a 1992
Poder Executivo (sub 2)
Prefeito
Érico Piana Pinto Pereira
Vice-Prefeito
Ernesto Ruaro
Secretário-Geral
Olavo Della Torre
Assessores de Gabinete
Jorge Francisco Mira - até 19/04/1991
Ulisses Dysarsz – 19/04/1991
Dep. de Finanças
José Gonzaga Tonon
Dep. de Educação e Cultura
Fátima Auxiliadora de Almeida – até 23/04/90
Neusa Chiarelo Riva 23/04/1990
Dep. de Saúde
Dr. Milton João Braff – até 12/03/1990
Dr. Irineu João Veit – 12/03/90 até 19/08/91
Dr. Milton João Braff – 19/08/1991 até 30/07/92
Rosméri Fátima Bevilaqua Shuster –
Interina 03/08/92
Dr. Milton João Braff – 10/09/1992
Dep. de Obras
Ernesto Ruaro – até 20/05/1991
Paulo Aladino de Andrade – 20/05/1991
Darci Luiz Scopel – Interino em 30/01/1992
Dep. de Assistência Social Fátima Auxiliadora de Almeida – 23/04/1990
Dep. de Compras
Darci Luiz Scopel Contadora
Nair Mirovski
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Vice-Prefeito
Ernesto Ruaro
Vereador
Angelin dos
Santos Baraldi
Vereador
Eres Machado
Vereador
Getúlio Luiz
Barchetti
Vereador
José Antonio Leite
Vereador
Luiz Furlan
Vereador
Mauri Petry
Vereador
Sérgio Machnic
Vereador
Sergio Luiz Costa
Vereador Vilceu
Francisco Marchetti
Vereador
Volnei Lorenzzon
História de Primavera do Leste
Prefeito
Érico Piana
Pinto Pereira
75
História de Primavera do Leste
Poder Legislativo
a)Mesa Executiva: biênio 89/90
Presidente
Vice-presidente
1o Secretário
2o Secretário
Sérgio Luiz Costa
Luiz Furlan
Volnei Lorenzzon
Angelin dos Santos Baraldi
b)Mesa Executiva - biênio 91/92
Presidente
Vice-presidente
1o Secretário 2o Secretário Vilceu Francisco Marchetti
Sérgio Machnic
Sérgio Luiz Costa
José Antônio Leite Nogueira
Vereadores
Eres Machado
Getúlio Luiz Barchetti
Breve relato da 2a Administração
A administração do prefeito Érico Piana Pinto
Pereira foi marcada pela grande dedicação e pelo
esforço pra se conseguir, no final, o reconhecimento da
grande maioria da população primaverense.
O Município, que nessa época contava com
apenas dois anos de emancipação política, apesar do
grande trabalho desenvolvido pelo primeiro prefeito
– Darnes Egydio Cerutti –, ainda estava carente de
ações imediatas em todos os setores.
Assim, demos prioridade a alguns deles e
começamos o trabalho.
Na parte administrativa em si destacou-se
a informatização dos departamentos considerados essenciais, como tributação,
contabilidade e pessoal. Dessa forma, pudemos promover o acompanhamento mais
eficiente da administração e dos contribuintes e fornecedores de maneira geral.
76
Construção da Praça da Matriz.
Praça da Matriz: cartão-postal da cidade.
77
História de Primavera do Leste
A parte urbana do Município
também foi priorizada, com projetos
modernos no aspecto de urbanização
de ruas, avenidas e praças.
O asfaltamento, a arborização,
o cuidado com as áreas verdes e a
Planta da praça da Matriz.
iluminação foram ações importantes
que, depois de implementadas, deram
novo aspecto à cidade, que ficou mais bonita e acolhedora, principalmente com
construção da belíssima praça da Matriz, no Centro.
História de Primavera do Leste
A educação sofreu uma mudança radical com o apoio às áreas de
infraestrutura e ao aperfeiçoamento na área de recursos humanos, valorizando sob
todos os aspectos o professor e todos os demais servidores desse setor.
A infraestrutura de então já se mostrava insuficiente para atender à
demanda de alunos vindos de todas as partes do País. Assim, foram construídas
novas escolas, e o ensino foi descentralizado para todos os bairros, bem como para as
vilas e fazendas da zona rural.
Tudo foi acompanhado com a infraestrutura de quadras poliesportivas
dotadas de iluminação, de laboratórios e de material didático.
Da mesma forma, foi construída a Biblioteca Pública Municipal, que
passou a dar oportunidades aos estudantes em estudos e pesquisas usando o acervo
disponível.
Estamos certos de que a educação, naquela administração, obteve avanço
muito significativo, principalmente com os esforços que fizemos, além dessas
melhorias citadas, para trazer à Primavera a UFMT, por meio do programa
Unestado, que possibilitou a implantação do primeiro curso superior de Ciências
Contábeis, até hoje em pleno funcionamento.
À saúde também foi dado um atendimento especial, pois, além de equipar o
posto de saúde Osvaldo Cruz, no Centro, procuramos descentralizar o atendimento
nos bairros e na zona rural, construindo minipostos e oferecendo atendimento
médico e odontológico às pessoas de baixo poder aquisitivo.
Implantamos também um programa de atendimento nos postos de saúde,
direcionado aos estudantes, visando prevenir a cárie dentária e dando oportunidade
para que todos participassem desse atendimento. Também procuramos atingir, com
outros programas, aquelas pessoas realmente necessitadas, principalmente as mães
e os recém-nascidos.
A ação social foi um dos setores em que tivemos a felicidade de desenvolver
um trabalho de extrema importância, com o fornecimento de medicamentos,
moradia e programa de valorização, como foi o programa Conviver, que prosperou
maravilhosamente bem na integração das pessoas da terceira idade.
Outra iniciativa importante foi o Clube do Amiguinho, que procura
trazer para o convívio social o menor abandonado, dando oportunidade para sua
profissionalização de acordo com sua vocação.
78
Prédio onde funcionou o Clube do Amiguinho e hoje funciona o Lar Maria das Graças para
atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco, vulnerabilidade ou negligência.
Na área de segurança, embora esta seja de responsabilidade do Estado,
procuramos, num sistema de parceria, melhorar a segurança da população com a
construção dos prédios da delegacia, da cadeia pública e do destacamento da polícia
militar.
Nos setores rodoviário e aeroviário também ocorreram ações muito
importantes, pois a malha viária do Município foi priorizada com a construção
de diversas pontes e bueiros, a abertura de novas estradas e o cascalhamento e a
melhoria das estradas vicinais.
Também construímos o Aeroporto Municipal, com pista de 1600 metros,
classificado como um dos melhores do Estado.
79
História de Primavera do Leste
Prédio onde se iniciaram as atividades do extinto Clube do Amiguinho.
História de Primavera do Leste
Equipamos o parque municipal
de máquinas, caminhões e automóveis,
inclusive com a aquisição de todo o
equipamento necessário para o asfaltamento
das ruas e avenidas da cidade.
No setor de esportes fazemos questão
de destacar o incentivo para a prática de
todas as modalidades, do esporte amador
Primavera do Leste no período colonizatório:
e profissional, apoiando financeiramente e
campo de pouso de aeronaves.
construindo espaços para a prática, como
foi o caso das quadras poliesportivas, do início da construção do Estádio Municipal
e a construção do Ginásio de Esportes, este considerado o mais moderno do Estado
pela sua arquitetura.
Em 1992, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o Partido da Frente Liberal
(PFL) e o Partido da Renovação Nacional (PRN) criaram a União Por
Primavera (UPP).
Nas eleições de 1992 concorreram para prefeito, pela UPP, Vilceu
Francisco Marchetti (que acabou sendo eleito) e, pelo PDT, Edenilson Parente.
Atual Aeroporto Municipal de Primavera do Leste.
80
Poder Executivo
Prefeito Vilceu Francisco Marchetti
Vice-Prefeito
José Roberto Patrício
Secretário-Geral
Ulisses Dysarsz
Assessor municipal
Volnei Lorenzzon – até 19/02/93 e reinício em 01/03/94
Dep. de Finanças
José Gonzaga Tonon – até 19/02/1993
Volnei Lorenzzon – de 19/02/93 até 01/03/1994
Clodinei Lorenzzon – 01/03/1994
Dep. de Educação e Cultura
Neusa Chiarelo Riva
Dep. de Saúde
Osvaldo Gavioli
Dep. de Obras
Sérgio Machnic – até 09/05/1994
Paulo Renato Zeni – de 01/06/1994 até 02/01/1995
Sadi Alvori Cezar – 02/01/1995
Secretário de Agricultura e Meio Ambiente - Zeniro Luiz Elesbão – de 10/05/1993 até 30/08/1993
Luiz Nery Ribas – 15/08/1994
Secretário de Indústria e Comércio – Nelson Melo de Liz – de 29/09/1995 até 01/04/96
José Antônio Leite Nogueira – 02/05/1996
Dep. Ação Social Fátima Auxiliadora de Almeida
Dep. de Compras
Darci Luiz Scopel – até 01/04/1996
Contadora
Nair Mirovski – até 31/12/1993
Contador
Olavo Della Torre – 01/01/1994
81
História de Primavera do Leste
Terceira administração – 1993 a 1996
História de Primavera do Leste
Poder Legislativo – biênio 93/94
Mesa Executiva biênio 93/94
Presidente
Vice-presidente
1o Secretário
2o Secretário
Sestílio Segundo Frison
José Alécio Michelon
Adriano Voigt
Valmor Ezequiel Di Domênico
Mesa Executiva – biênio 95/96
Presidente Vice-presidente
1o Secretário
2o Secretário
Vereadores
José Alécio Michelon
Nereu Gomes de Assis
Valmor Ezequiel Di Domênico
Angelin dos Santos Baraldi
Edna Mahnic
Edeilto Machado
José Antônio Leite Nogueira
Irineu João Veit
3a Legislatura – Mesa Executiva biênio 93/94 e biênio 95/96
Vereadores: Da esquerda para a direita – José Alécio Michelon, Nereu Gomes de Assis,
Sestílio Segundo Frizon, Adriano Voigt, Edna Mahnic, Angelin dos Santos Baraldi, Edeilto
Machado, José Antônio Leite Nogueira, Irineu João Veit e Valmor Ezequiel Di Domênico.
82
Vice-Prefeito José
Roberto Patrício
Vereador
Adriano Voigt
Vereador Angelin
dos Santos Baraldi
Vereador
João Carlos Mino
Vereador
Edelino Machado
Vereadora
Edna Mahnic
Vereador
Irineu João Veit
Vereador
José Alécio
Michelon
Vereador
José Antonio Leite
Nogueira
Vereador
Mauri Petry
Vereador
Nereu Gomes
de Assis
Vereador
Sestílio Segundo
Frizon
Vereador
Valmor Exequiel
Di Domênico
História de Primavera do Leste
Prefeito Vilceu
Francisco Marchetti
83
História de Primavera do Leste
Breve relato da 3a administração
A situação ao longo desses três anos pode
ser considerada boa. Assumimos o Município
como 13a economia do Estado, e hoje já é a 9a. Há
previsão para a 8a em 1996 e em 1997 estar entre
a 6a e a 7a.
Na área da saúde, em 1994 tivemos grande
apoio do Ministro de então, o que possibilitou
implantar em Primavera do Leste um dos melhores
serviços de saúde do Estado. Fizemos o máximo
que pudemos. Dos SUS, o Município recebe
AIH proporcional a quantidade de eleitores, e
Primavera do Leste tem direito a 94 internações
mensais. Isso faz a administração dar prioridade
aos seus moradores. A consulta é para todos, mas a internação hospitalar e os
exames só para quem comprovar residência no Município.
Na área da educação, a administração vem dando todo apoio às escolas
municipais e para o próximo ano deve dar continuidade a esse trabalho e criar
mais duas salas de aula no Conjunto São José e uma escola no bairro Novo
Avenida Angelo Ravanello, bairro São José (antes do asfalto) .
84
Avenida Angelo Ravanello, bairro São José (nos dias atuais).
de energia. Está prevista a inauguração da usina hidrelétrica do rio das Mortes
para este mês de novembro.
Quanto ao Linhão, as obras estão paradas neste governo, mas há
promessas do governador Dante de Oliveira em dar continuidade aos trabalhos.
No setor de habitação criamos o Conjunto São José e há um projeto
para loteamento atrás da Ovetril, onde era o Grilo. Também estamos tentando
conseguir da CEF a liberação de recursos do FGTS para construção de casas
populares.
Assumimos a prefeitura com as finanças em dia e até o momento, apesar
da crise, estamos conseguindo manter as contas em dia, assim como as metas
propostas para nossa administração.
85
História de Primavera do Leste
Horizonte. Em nossa administração, foi criada a Escola de 1o Grau na Colônia
Russa, para que as crianças de lá pudessem estudar, já que os pais não permitem
que elas frequentem escolas na cidade, com medo que elas abandonem a cultura
familiar.
Ainda neste ano está sendo estruturada a Secretaria de Indústria
e Comércio, para ser implantada em 96. Sua principal função será levar o
potencial de Primavera ao Centro-Sul do país e contatar indústrias que
queiram se instalar aqui. Antes, porém, temos que sanar o problema da falta
História de Primavera do Leste
Quarta administração – 1997 a 2000
Poder Executivo
Prefeito
Érico Piana Pinto Pereira
Vice-Prefeito
Dr. Irineu João Veit
Assessor de Planejamento e Coordenador-Geral - Ulisses Dysarsz
Chefe de Gabinete
Volnei Lorenzzon
Assessora de Gabinete
Noerli Spneski Sperotto
Secretário de Finanças
Clodinei Lorenzzon
Secretário de Indústria e Comércio José Antônio Leite Nogueira – até 28/08/98
Secretário de Agricultura e Meio Ambiente Luiz Nery Ribas
Secretário e Educação e Cultura Natal da Silva Rego – até 30/12/1998
Neusa Chiarelo Riva – de 30/12/1998
Secretária de Ação Social
Neiva Piovesan Pereira
Secretário de Saúde
Paulo Eromar Bersch
Secretário de Viação e Obras Públicas Ernesto Ruaro – até 30/09/1998
Paulo Aladino de Andrade – Interino de 30/09/1998
Sestílio Segundo Frison – de 01/02/1999 até 31/03/00
Paulo Aladino de Andrade – de 31/03/2000
Secretário de Administração
Paulo Cezar Pereira Aranda – de 14/07/1997 até 31/07/1998
Contador
Olavo Della Torre
Setor de Compras
Gentil Cabral de Lara
Poder Legislativo
Mesa Executiva – biênio 97/98
Presidente
86
Paulo Renato Zeni
Henrique Alexandre Gatto
José Gonzaga Tonon
Miriam Edela Viecili
História de Primavera do Leste
Vice-Presidente
1o Secretário 2o Secretária Mesa Executiva – biênio 99/00
Presidente
Vice-Presidente
1o Secretária
2o Secretária
Vereadores
Valmor Ezequiel Di Domenico
José Gonzaga Tonon
Miriam Edela Viecili
Marli Inês Martins
Angelin dos Santos Baraldi
Darci Oberdan de Souza
Geovane Herberts
José Alécio Michelon
Mauri Petry
4a Legislatura – Mesa Executiva biênio 97/98 e biênio 99/00
Vereadores: Da esquerda para a direita(à frente) – Geovane Herberts, José Alécio Michelon, Darci
Oberdan de Souza, Marli Inês Martins, Valmor Ezequiel Di Domênico, Angelin dos Santos Baraldi e
Mauri Petry; Da esquerda para a direira(atrás) – Miriam Edela Viecili, Henrique Alexandre Gatto, José
Gonzaga Tonon e Paulo Renato Zeni.
87
História de Primavera do Leste
Prefeito Érico
Piana Pinto Pereira
Vice-Prefeito
Irineu João Veit
Vereador Angelin
dos Santos Baraldi
Vereador Darci
Oberdan de Souza
Vereador
Geovani Herberts
Vereador João
Carlos Mino
Vereador José
Alécio Michelon
Vereador Henrique
Alexandre Gatto
Vereador José
Gonzaga Tonon
Vereadora
Marli Inês Martins
Vereador
Mauri Petry
Vereador Paulo
Renato Zeni
88
Vereador Sestilio
Segundo Frizon
Vereadora Mirian
Edela Viecili
Vereador Valmor
Ezequiel Di
Domenico
Poder Executivo
Prefeito
Érico Piana Pinto Pereira
Vice-Prefeito
Divadir De Pieri
Assessor de Planejamento e Coordenador-Geral - Ulisses Dysarsz
Chefe de Gabinete
Volnei Lorenzzon
Assessora de Gabinete
Cristiane Romagnoli Tavares - 22/07/2002 a 30/06/04
Secretário de Fazenda
Clodinei Lorenzzon
Secretário de Indústria e Comércio Roberto Antônio Lemes – até 31/03/2004
Paula Fernanda Borges Alves Giannasi – de 05/04/2004
Secretário de Agricultura e Meio Ambiente Luiz Nery Ribas
Secretária e Educação e Cultura Neusa Chiarelo Riva
Secretária de Promoção Social
Neiva Piovesan Pereira
Secretários de Saúde
Paulo Eromar Bersch – até 08/03/2001
José Gonzaga Tonon – Interino de 08/03/2001 até 31/03/2004
Haidi Beatriz Wobeto Baraldi – de 05/04/2004 até 04/10/2004
José Gonzaga Tonon – de 05/10/2004
Secretários de Viação e Obras Públicas Paulo Aladino de Andrade – Interino até 14/12/2001
Gabriel da Chari – Interino de 14/12/2001 até 15/01/2002
Sestílio Segundo Frison – de 19/04/2002 até 09/12/2002
Nelson Melo de Liz – de 23/01/2003
Contador
Olavo Della Torre – até 02/07/2002
Jair Kumm – de 02/07/2002
89
História de Primavera do Leste
Quinta administração – 2001 a 2004
História de Primavera do Leste
Setor de Compras
Gentil Cabral de Lara
Poder Legislativo
Mesa Executiva – biênio 01/02
Presidente
Vice-Presidente
1o Secretário
2o Secretário Angelin dos Santos Baraldi
Geovane Herberts
Henrique Alexandre Gatto
Darci Oberdan de Souza
Mesa Executiva – biênio 03/04
Presidente
Vice-Presidente
1o Secretário
2o Secretário
Vereadores
Sestílio Segundo Frison
Marli Inês Martins
Angelin dos Santos Baraldi
Artur Henrique Mohr
Valmor Ezequiel Di Domênico
José Alécio Michelon
Santo Angelo Basso
Milton Bisognin
Prefeito Erico
Piana Pinto Pereira
Vice-Prefeito
Divadir de Petri
90
5a Legislatura – 2001 a 2004
Vereadores: Da esquerda para a direita(frente) – Sestílio Segundo Frizon, Santo
Angelo Basso, Angelin dos Santos Baraldi, José Alécio Michelon, Darci Oberdan
de Souza, Marli Inês Martins e Valmor Ezequiel Di Domênico; Da esquerda
para a direita(atrás) – Milton Bisognin, Vagner Donizete Jesus de Souza, Artur
Henrique Mohr, Geovane Herberts, Sérgio Denardi e Henrique Alexandre Gatto.
Vagner Donizete Jesus de Souza
Sérgio Denardi
Sexta administração – 2005 a 2008
Poder Executivo
Prefeito
Getúlio Gonçalves Viana
Vice-Prefeito Walmir de Souza
Assessor de Planejamento e Coordenador-Geral - Antônio Gonçalves dos Santos – até 04/04/2007
Chefes de Gabinete
Vilso Mazzim Rossato – até 23/04/2007
Artur Henrique Mohr – de 02/05/2007
Assessora de Gabinete
Renata do Carmo Viana
Secretário de Fazenda
Edegar dos Santos
Secretário de Indústria e Comércio Edgard Cosentino – até 11/11/2005
Flábio Ricardo Pawlina do Amaral – 16/11/05 até 05/01/2007
Secretário de Agricultura e Meio Ambiente Jorge Luiz Borghetti – até 03/10/2005
Valmor Luiz Bressan – Interino de 28/03/2006 até 05/01/2007
Lei Municipal 968, de 27 de dezembro de 2006, extinguiu as Secretarias de Indústria, Comércio e Turismo e a de
A
Agricultura e Meio Ambiente, instituindo a Secretaria de Agronegócios e Meio Ambiente.
Secretário de Agronegócios e Meio Ambiente – Flabio Ricardo Pawlina do Amaral – de 05/01/2007
Secretária e Educação e Cultura Laura Battisti Nardes – até 18/07/2005
Marilena Pimentel de Souza – de 19/07/05 até 04/04/2007
José Antônio Leite Nogueira – de 04/04/2007
Secretário de Administração Jarbas Lopes Mesquita
Secretária de Promoção Social Rosana Galbieri Leal
Secretários de Saúde
Adir Alfredo Wachholz – até 21/10/2005
Anderson Luiz Pasinato – Interino de 24/10/2005
91
História de Primavera do Leste
História de Primavera do Leste
Secretários de Viação e Obras Públicas Paulo Aladino de Andrade- até 04/04/05
César Cleser Leal – de 04/04/2005
Contador
Carlos César Mamus
Setor de Compras
Adelar Radin
6a Legislação – Mesa Executiva biênio 05/06 e biênio 07/08
Vereadores: Da esquerda para a direita – Valdir Machado da Silveira, Osvaldo Gavioli,
José Alécio Michelon, Iris Justina Rossato, José Luiz Bortolo, Luiz Carlos Magalhães,
José Gonzaga Tonon, Eraldo Gonçalves Fortes, Walmir Zeliz dos Santos.
Prefeito Getúlio
Gonçalves Vianna
Vice-Prefreito
Walmir de Souza
Poder Legislativo
Mesa Executiva – biênio 05/06
Presidente
Vice-Presidente
92
Angelin dos Santos Baraldi
Luiz Carlos Magalhães Silva
Walmir Zeliz dos Santos
Eraldo Gonçalves Fortes
História de Primavera do Leste
1o Secretário
2o Secretário
Mesa Executiva – biênio 07/08
Presidente
Vice-Presidente
1o Secretário
2o Secretário
Vereadores
Eraldo Gonçalves Fortes
Walmir Zeliz dos Santos
Luiz Carlos Magalhães Silva
Osvaldo Gavioli
Íris Justina Rossato
José Alécio Michelon
José Gonzaga Tonon
José Luiz Bortolo
Valdir Machado da Silveira Pinto
Sétima administração – 2009 a 2012
Poder Executivo
Prefeito
Getúlio Gonçalves Viana
Vice-Prefeito
Paulo Eromar Berch
Assessor de Planejamento
Carlos César Mamus
Chefes de Gabinete
Renata do Carmo Viana Até 20/01/2011 e Marcos Valério da Silva Arruda A partir de 21/01/2011
Secretária de Gabinete
Maísa Macedo Dysarsz
Secretário de Fazenda
Edegar dos Santos
Coordenador de Indústria e Comércio Sílvio Malamim
Secretário de Agronegócios e Meio Ambiente Lucivaldo Clementino de Lima
Secretários de Educação, Cultura, Esporte e Lazer Edna Mahnic –
até 20/01/2011 e Jarbas Lopes Mesquita –
a partir de 21/01/2011
93
História de Primavera do Leste
Secretários de Administração
Jarbas Lopes Mesquita – até 20/01/2011 e Carlos Laete Pereira da Silva - a partir de 21/01/2011
Secretária de Promoção Social Mari Vone Pasquetti
Secretário de Saúde Artur Henrique Mohr
Secretário de Fazenda
Edegar dos Santos
Secretário de Viação e Obras Públicas César Cleser Leal
Poder Legislativo
Mesa Executiva – biênio 09/10
Presidente
Vice-Presidente 1o Secretário
2o Secretário
Vereadores Paulo Sobrinho Castanon dos Santos
Luiz Carlos Magalhães Silva
Manuel Messias Cruz
Wellington Rosa Campos
Anderson Luiz Pasinato
Felipe Garcia Nogueira
Flábio Ricardo Pawlina do Amaral
Iliseu Carlos Kosiel
Volnei Lorenzzon
Mesa Executiva – biênio 11/12
Presidente
Vice-Presidente
1o Secretário 2o Secretário
Vereadores
Felipe Garcia Nogueira
Flábio Ricardo Pawlina do Amaral
Anderson Luiz Pasinato
Paulo Sobrinho Castañon dos Santos
Iliseu Carlos Kosiel
Luiz Carlos Magalhães Silva
Manoel Messias Cruz Nogueira
Volnei Lorenzzon
Wellington Rosa Campos
Walmir Zeliz dos Santos
94
Vice-Prefeito
Eromar Berchi
Pres. da Câmara
Municipal Felipe
Garcia Nogueira
1o Secretário
Anderson Luiz
Pasinato
2o Secretario
Paulo Sobrinho
Castañon dos
Santos
Vereador
Iliseu Carlos Kosiel
Vereador Volnei
Lorenzo
Walmir Zeliz do
Santos
História de Primavera do Leste
Prefeito Getúlio
Gonçalves Vianna
Pres. da Câmara
Municipal
Flábio Ricardo
Pawlina do Amaral
Vereador
Manoel Messias
Cruz Nogueira
Vereador
Wellington Rosa
Campos
95
Símbolos
privativos
História de Primavera do Leste
A Bandeira
Simbologia
Migrante chegando à cidade de Primavera do Leste.
Sol – Flor – Soja
Sol – Esperança, novos horizontes
Flor – Primavera
Soja – Produção, economia do Município
Princípio da cidade de Primavera do Leste
Entroncamento rodoviário
Planta da Cidade
Fundo amarelo-ouro – riqueza
Verde – esperança de um futuro melhor, agricultura
Branco – paz
Autora da bandeira de Primavera:
Iraci Ruaro Tagliani – Engenheira civil.
99
História de Primavera do Leste
O Brasão
Soja, arroz e gado – nossa economia
Sol e céu – um novo amanhecer
Trator, lavoura – uma nova
agricultura
Autor: Luiz Humberto de
Souza Barbosa.
O Hino
Hino de Primavera do Leste
Letra: Manoel João Braff (1986)
Música: Manoel João Braff
Arranjos: Admilson Jair dos Prazeres
Primavera de clima inconteste
Tua vida está cheia de esperança
No progresso o teu povo sempre avança,
Premiado pelos bens que tu nos deste.
100
Estribilho
Salve, salve! Primavera do Leste.
Deleitosa estação primaveril,
Separando as águas do Brasil,
Tu espraias o altiplano em campo agreste.
Terra de luz, terra de amor,
De tudo produz a linda flor.
E a vida reluz, na linda flor.
Sobranceira do chão desta planura,
Das vertentes dos rios, sul e norte
Tuas terras tratadas desta sorte
Recompensam quem explora a agricultura.
O Hino de Primavera do Leste foi feito por
Manoel João Braff logo após a emancipação e criação
do Município de Primavera do Leste, no ano de 1986,
sendo apresentado à comunidade no dia 13 de maio de
1987 (data de aniversário da cidade).
Manoel João Braff nasceu no dia 09 de abril de
1910, no Município de Santo Antônio da Patrulha RS; filho de Paulo João Calvo e Guilhermina Carlota
Braff. Faleceu em 26 de agosto de 1998 em Primavera
do Leste - MT.
O professor Admilson Jair dos Prazeres fez
o arranjo do Hino de Primavera do Leste sobre a
letra e melodia de Manoel João Braff.
ADMILSON JAIR DOS PRAZERES
nasceu na cidade de Herval d’Oeste, estado de
Santa Catarina. Aos 05(cinco) anos de idade
tocava na igreja a qual seus pais eram membros.
Estudou piano clássico e por mais de 20 anos fez
parte de Bandas renomadas nos estados de Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Foi músico
da Rede Spettus Steak House, tendo trabalhado em Brasília e Rio de Janeiro.
Veio para Primavera do Leste no ano de 1998 quando fazia parte da Banda
Comunica Som. No ano de 2000 passou a lecionar música no Projeto Parma
Vida, onde vários momentos foram marcantes, tais como: Cantar juntamente
com Chitãozinho e Xororó, Daniel, Cezar e Paulinho e Rick e Renner e a
101
História de Primavera do Leste
Primavera do Leste em ti me assento,
Ó rainha de plagas virginais,
Em teus campos vicejam cereais,
Destacada provedora de alimentos.
História de Primavera do Leste
gravação de um CD com o coral do projeto. No ano 2001 foi convidado para
fazer o arranjo do Hino de Primavera do Leste sobre a Letra e Melodia de
Manoel João Braff, tendo feito a primeira gravação oficial após a aprovação do
hino que passou a ser divulgado e trabalhado nas escolas. Hoje leciona no
projeto municipal “Orquestra de Violão”, onde conta com150 alunos, leciona
violão e coral infanto-juvenil no Centro de Ensino Municipal “Nívia Denardi”,
coordena o Coral da UNIC e também leciona canto e instrumentos em igrejas.
Partitura do Hino de Primavera do Leste
102
Poder Judiciário
Elevada a Comarca em 1992, em 10 de maio de 1992 inaugurou-se o Fórum Desembargador Gervásio Leite, denominação escolhida pelo
desembargador Salvador Pompeu de Barros Filho, na época Presidente do
Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.
Gervásio Leite foi com certeza a maior cultura jurídica de Mato
Grosso. Advogado militante, doutrinador jurídico com várias obras publicadas,
foi presidente da OAB-MT e da Assembleia Legislativa, dentre outras
presidências de diversas entidades. Gervásio Leite foi também desembargador
do Tribunal de Justiça do Estado, daí a homenagem a essa grande personalidade
que representou para nosso Estado, segundo o Diário de Primavera, edição de
15 de maio de 1992.
Em 21 de setembro de 1992
foi realizado o primeiro júri popular
da comarca, em cujo banco dos réus
estavam Nílson Francisco Pereira e
Vanildo Francisco Pereira, acusados
de crime constante no artigo 421
do Código Penal Brasileiro. O
advogado de defesa foi Mário
Crema. A juíza, Cleuci Terezinha
Chagas Bombazaro, absolveu os réus. O promotor Manoel Nogueira de
Andrade recorreu da sentença no Tribunal de Justiça do Estado, que também
absolveu os réus.
Em 4 de dezembro de 1993, foi instalada a 40a Zona Eleitoral pelo
desembargador José Ferreira Leite, então Presidente do Tribunal Regional
Eleitoral de Mato Grosso.
Desde a implantação da Comarca, aqui atuaram os seguintes
magistrados, nesta sequência:
- Cleuci Terezinha Chagas Bombazaro
- Almir Lamin – 1o juiz na comarca
- Paulo Sérgio Carreira de Souza
105
História de Primavera do Leste
A Magistratura
História de Primavera do Leste
- Pedro Pereira Campos Filho
- Marcelo Souza de Barros
- Antonio Horácio da Silva Neto
- Carlos Roberto Correia Pinheiro
- Clóvis Mário Teixeira de Mello
- Maria Cristina De Oliveira Simões
- Lúcia Peruffo
- Aristeu Dias Batista Vilella
- Milene Aparecida Pereira Beltramini Pullig
- Alexandre Elias Filho
- Paulo Márcio Soares De Carvalho
- Valdeci Moraes Siqueira
- Gonçalo Antunes de Barros Neto
- Marcos Aurélio dos Reis Ferreira
- Rodrigo Roberto Curvo
- José Luiz Leite Lindote
- Roberto Teixeira Seror
- Tatiane Colombo
- Flávio Miraglia Fernandes
- Luiz Octávio Oliveira Sabóia Ribeiro
- Luis Otávio Pereira Marques
- Eviner Valério
- Adriana Sant’ Anna Coningham
- Viviane Brito Rebello Iserhagen
- Francisco Ney Gaiva
- Ana Paula da Veiga Carlota Miranda
106
O Ministério Público foi instalado em Primavera do Leste em
novembro de 1991. A sede própria foi inaugurada em 13 de maio de 1997, na
rua Blumenau, 285.
Desde aquele ano. Aqui atuaram os seguintes promotores:
- Ivonete Bernardes de Oliveira Lopes
- Natanael Moltocaro Fiúza
- Ezequiel Borges de Campos
- Célio Wilson de Oliveira
- Lidinalva Rodrigues Corrêa
- Joelson de Campos Maciel
- Marcos Bulhões dos Santos
- Clóvis de Almeida Júnior
- Rodrigo Barbosa De Abreu
- Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho
- Ana Cristina Oliveira Ribeiro de Medeiros
- Cláudio Cesar Mateo Cavalcante
- Sílvio Rodrigues Alessi Junior
107
História de Primavera do Leste
O Ministério Público
História de Primavera do Leste
Tribunal Regional do Trabalho – 23a Região
O Tribunal Regional do
Trabalho – 23a Região, mais conhecido
como Vara do Trabalho, criado pela
Lei no 10.770, de 21 de novembro de
2003, instalado em Primavera do
Leste em 1º de agosto de 2005, teve até
agora os seguintes Juízes:
Sede própria da Vara do Trabalho de
Primavera do Leste – 23 Região.
- Célia Regina Marcon Leindorf
(juíza substituta)
- Juliano Pedro Girardello (juiz titular)
Ponto forte: celeridade no andamento processual.
a
A Defensoria Pública
A Defensoria Pública, instalada em Primavera do Leste em 5 de julho
de 2006, teve até a presente data como seus defensores:
Ademilson Navarrete Linhares
Adriana Rodrigues da Silva
Alberto Macedo São Pedro
Alex Campos Martins
Carlos Eduardo Freitas de Souza
Nelson Gonçalves de Souza Junior
Mônica Balbino Cajango
Rosana Esteves Monteiro
Futuras instalações da Defensoria Pública na Avenida Primavera,
bairro Primavera II, ao lado da Câmara Municipal.
108
Foi instalado o primeiro posto policial em 17 de janeiro de 1985, no
Hotel Beija-Flor. Na época, não tinha delegado, apenas o comissário Sadi P.
Oliveira e os soldados Ambrósio e Francisco Vieira de Souza.
Atuais instalações na
Rua Londrina, 118 – Centro.
S.A.M.I.C – Seção de Atendimento à Mulher, Idoso, Criança,
Adolescente e LGBTs: Rua Londrina, 118 – Centro.
O 3o Pelotão da Polícia Militar
A Polícia Militar foi implantada
em Primavera do Leste em fevereiro
de 1988, quando contava com apenas
quatro policiais militares.
Primavera do Leste é na
atualidade uma realidade absoluta em
todos os sentidos, graças à união de seus
pioneiros.
S.A.M.I.C – Seção de Atendimento à Mulher, Idoso, Criança,
Adolescente e LGBTs: Rua Londrina, 118 – Centro.
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História de Primavera do Leste
A Polícia Civil
História de Primavera do Leste
6a Companhia Independente de Bombeiros Militar
A 6a Companhia foi implantada em 12 de maio de 2000. Os comandantes
que passaram pela companhia foram:
CAP BM Vanderlei Bonoto Cante
Major Geovani Eggers
CAP BM Aluísio Metelo Júnior
Major José Carlos Barbosa
TEN BM Neurivaldo Antonio de Souza e
CAP Marcelo Augusto Reveles Carvalho
TEN Jean Carlos Pinto de Arruda Oliveira (assumiu em 10/08/2011)
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