pelo Dr. João Gonçalves da Costa - XVIII Congresso de Medicina

Transcrição

pelo Dr. João Gonçalves da Costa - XVIII Congresso de Medicina
XXVIII CONGRESSO DE MEDICINA POPULAR DE VILAR DE PERDIZES
VIDA ANTES E DEPOIS (Anexo)
VIDA ANTES E DEPOIS DA MORTE (X)
PRIMEIRA PARTE
QUEM SOMOS - DE ONDE VIMOS - PARA ONDE VAMOS
Por João Gonçalves da Costa
1.PITRIS LUNARES E PITRIS SOLARES
A Teosofia Moderna ensina que os Pitris Lunares foram os criadores do
nosso corpo humano (veículo humano) e dos princípios inferiores
(Doutrina Secreta, I, 386). A Lua é, por excelência, a Divindade dos
Cristãos, sem que eles próprios o reconheçam, por mediação dos Judeus
mosaicos e cabalistas. Alguns padres da Antiga Igreja, tais como
Orígenes (séc. II e III) e Clemente de Alexandria (séc. II e III) a Lua era
o símbolo vivo de Jehovah, o doador da vida e da morte, aquele que
dispõe da existência no nosso mundo atual.
O Cristianismo é uma religião totalmente baseada nos cultos solar e
lunar (D.S.,I, 415). A Lua é, hoje, um astro morto, que exala emanações
nocivas, como um cadáver. Este planeta, que outrora regia a Terra, agora
vampiriza-a e os seus numerosos habitantes, de modo que, se alguém
dormir sob os eflúvios lunares (a menos que esteja protegido por um
indumento branco) experimenta seus nefastos efeitos, perdendo um
pouco da sua força vital. Sob a influência da Lua, as plantas
desenvolvem maior atividade, quando são colhidas sob a influência dos
raios lunares. Quanto ao enrolamento das plantas lianas, as lunares
enrolam-se da Direita para a Esquerda; enquanto as solares são ao
contrário. Há plantas cujas flores desabrocham durante a noite, dizendose lunares; enquanto a maioria desabrocha depois do nascer o Sol,
dizendo-se plantas solares. Contudo, sabe-se que esta influência varia
sob as diversas fases do astro noturno. Assim se lê no Zend-Avesta, que
a Lua aquece e dá ânimo e paz; quando está no novilúnio e no plenilúnio
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favorece o crescimento, o desenvolvimento e a vegetação e tem uma
influência que favorece o crescimento, enquanto que o desenvolvimento
da vegetação tem, geralmente, uma influência benfazeja e saudável.
A Lua é a Diva triformis, o Três em Um: Luna no céu, Diana na Terra e
Hécate no Inferno. No exoterismo, a Lua é símbolo do Manas inferior,
tal como é da Luz Astral ( energias dos desencarnados). Este satélite da
Terra figurou como emblema das religiões na Antiguidade, sendo
representada no feminino. Cada cultura tem seu nome para a Lua:
Latinos - Luna; Gregos: Selene e os seus habitantes os Selenitas;
Hebreus: Lebanah; no Egipto: estava associada a Ísis; na Fenícia:
Astarté; Babilónia: Ishtar. A Lua era considerada pelos antigos como um
ser andrógino.
2. OS AMERICANOS NA LUA
Não compreendemos o que foram fazer à Luna os astronautas
americanos Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins, os três
tripulantes da Missão Apolo 11, visto que na Lua, não há água, nem
petróleo, nem minerais ricos para ser explorados. A Lua dos nossos dias
é um planeta perfeitamente morto, movendo-se à volta da Terra, graças
às energias cósmicas e do lixo negativo, acumulado na Lua, durante
milhões da anos. Os Estados Unidos da América, numa incompreensível
competição com a Rússia, ou melhor a antiga União Soviética,
resolveram enviar para a Lua, em 16-06-1969, três astronautas, de
enorme coragem, dignidade e, sobretudo, grande perigo para as suas
vidas. As peripécias destes três corajosos astronautas, depois de muitas
tentativas, acabaram por se desviar duma enorme cratera, na sua frente, e
acabaram por desviar o módulo da Apolo 11 para um espaço menos
perigoso, no Mar da Tranquilidade. Não se sabe, objetivamente, se esses
heróis americanos também levavam dentro de si mesmos um “mar de
tranquilidade”, enquanto os seus compatriotas rebentavam de alegria, a
300 mil quilómetros de distância, entre o Centro Espacial Johnson, em
Houston e a base do Módulo 11. Finalmente e depois de algum tempo,
Armstrong pegou na Câmara TV, a preto e branco, deu um salto para o
solo lunar e exprimiu a sua enorme alegria: “É um pequeno salto para o
homem, um salto de gigante para a Humanidade” (sic). Os Astronautas
aprenderam bem a lição.
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Mais adiante, veremos quem são os Pitris Solares em confronte com os
Pitris Lunares. E também como os Pitris se deslocaram da Lua para a
Terra, bem como e quem os orientou para hoje ser tão altivos. No planeta
Terra.
3.DEFINIÇÃO DE PITRIS
Podemos comparar os Pitris lunares e os Pitris solares a deuses, em
sentido teosófico, mas não imanente. No que diz respeito ao Sistema
Solar, todos os planetas visíveis pelos astrónomos, dentro do nosso
Sistema Solar, pertencem ao Sol (ou Hélios) que ilumina e apoia a Terra,
em tudo o que lhe diz respeita. Também pertencem ao nosso Sol alguns
planetas, ainda desconhecidos dos astrónomos nossos coevos, se embora
tenham descoberto alguns mais, nos tempos próximos passados. Também
pertencem ao nosso Sistema Solar todas as luas invisíveis e também os
planetas que ultimamente foram ou serão detetados pelos astrónomos
modernos, exceto Neptuno. Em termos esotéricos, pode dizer-se que os
planetas atuam mais objetivamente na nossa Consciência. Os regentes dos
sete planetas secretos não têm qualquer influência no Planeta Terra, como
o planeta tem sobre outros planetas. Pode dizer-se que o Sol e a Lua são
os que realmente produzem um efeito não só mental, mas também
psicológico. O efeito do Sol sobre a humanidade está em relação com o
Kâma-Manâsico, como os elementos mais físicos e existentes no Ser
Humano. É o princípio vital que favorece o desenvolvimento. O efeito
Lua é principalmente Kâma-Manâsico, ou psicofisiológico. Atua sobre o
cérebro fisiológico, ou a mente cerebral (D.S., III, 563).
Os espaços Lua e suas fases não estão a ser controlados em termos
astronómicos, de outro modo, a Lua é um planeta morto, em termos de
energia cósmica, sem controle cósmico, como sucede com o Sol (ou
melhor, os seus Sóis). Se a Terra é para os humanos um centro de vida,
de progresso e manifestação da divindade; a Lua é, hoje, um monte de
rochas, sem vida e uma força de energia “morta” que, nos próximos
manvantaras, poderá ser absolvida pelos numerosos “buracos negros”,
recentemente descobertos no Cosmos. Mesmo não sendo infinita, a
energia solar dará para muitos milhões de anos-luz, enquanto a maioria
dos Humanos trabalha para subir até “ao Pai ” – o macrocosmos, donde
provimos.
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4.VIDA EM VÉNUS
Julga-se que, no passado, Vénus possuía oceanos do tipo dos da Terra,
que se evaporaram, quando a sua temperatura se elevou. Hoje resta uma
paisagem desértica, seca e poeirenta, com muitas pedras em forma de
placas. A pressão atmosférica, na superfície de Vénus, é 92 vezes a da
Terra. Vénus tem saído objeto de especulações e, até, de alguns
segredos, mais tarde revelados pela ciência planetária, no séc. XX,
graças ao Projeto Magalhães (1990-91). O solo apresenta evidência de
extenso vulcanismo, como na Terra, e o enxofre na atmosfera pode
indiciar que teve algumas erupções recentes. Escasseia a existência do
fluxo de lava acompanhando algumas caldeiras visíveis ainda não
compreendidas. Não se encontraram muitas crateras de impacto, dando a
entender que a superfície deste planeta é relativamente nota, cuja idade
se calcula aproximadamente em 300-600 milhões de anos. Os dois
planetas irmãos ou “Gémeos” possuem tamanho e massa parecida: o
diâmetro de Vénus é de 650 km menor que a Terra; e a sua massa é de
81,5 % a da Terra. Entretanto, as condições na superfície venusiana
diferem radicalmente daquelas da Terra, devido à sua densa atmosfera de
dióxido de carbono (C02).
A massa da atmosfera de Vénus é composta em 96,5 % de carbono,
sendo o nitrogénio a maior parte restante. A semelhança entre Vénus e a
Terra em tamanho e densidade sugere que os dois planetas possuem uma
estrutura interna similar: núcleo, manto e crosta. O núcleo de Vénus é tal
como o da Terra, pelo menos parcialmente líquido. As sondas russas e
americanas, enviadas para Vénus detetaram alguns elementos: atividades
vulcânicas correntes em Vénus; fluxo constante de raios e tb. ruído do
poderoso trovão no solo. A Sonda Vénus Express detetou e registou
abundantes raios na alta atmosfera. Não chove na superfície de Vénus (a
não ser a chuva do ácido sulfúrico na atmosfera superior). Notou-se tb. a
concentração de dióxido de enxofre (S02).
Acima da camada C02, estão impressas nuvens, constituídas por
numerosas gotículas de dióxido de enxofre e ácido sulfúrico. Essas
nuvens absorvem cerca de 60 % da luz solar, que incide sobre elas e
dificultam a visibilidade à superfície de Vénus. Vénus apresenta-se ao
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lado da Terra, de aspeto levemente oblongo e menos alta, parecendo
formalmente semelhantes. Mercúrio e Marte aparecem como dois
planetas muito menores, ou quase circulares. Vénus “ultrapassa” a Terra
em cada 584 dias, enquanto orbita o Sol. Nessa ocasião, ele muda de
“Estrela Vespertina “, visível após o pôr do Sol, para a “Estrela
Matutina”, visível ao nascer do Sol. Galileu descobriu que Vénus possui
fases como as da Lua e, por isso tb. provou que Vénus orbita o Sol enão
a Terra. O planeta Vénus é conhecido desde os tempos pré-históricos.
5.VÉNUS DESDE A ANTIGUIDADE
O planeta Vénus tem sido muito enfatizado pelos Seres humanos, nos
últimos tempos, a pontos de se afirmar que os humanos também são
descendentes de Vénus, o que não é totalmente verdade, em termos de
Pitris, ou consciência cósmica. Na realidade, Vénus tem sido confundido
com uma brilhante estrela que, em determinados dias, nos aparece ao
romper da manhã, graças à sua luminosidade. No entanto, Vénus não é
uma Estrela, mas sim um planeta irmão da Terra, pertencente à mesma
galáxia. Além da sua luminosidade, o planeta Vénus tem uma rotação
muito mais rápida do que a Terra e daí que os seres terrestres tenham a
possibilidade de ver o mesmo planeta duas vezes por dia, mas somente
em determinados dias e situações, e devido à diferença de horário da
Terra e de Vénus. Veremos como é ou foi possível que alguns irmãos
terrestres se deslocaram da Terra a Vénus e regressaram. Mas isso não é
para qualquer ser humano.
Devido à diferença de velocidade dos dois planetas, Vénus tem tomado,
desde os tempos antigos, vários nomes, tais como: Estrela da Manhã (ou
Estrela de Alva) e também Estrela da Tarde (Vésper), também chamada
Estrela do Pastor. Por outro lado, o planeta Vénus é considerado um
planeta telúrico, por isso se diz: um planeta irmão da Terra, que ambos
são semelhantes, quanto ao tamanho, massa e composição. Vénus
encontra-se coberto por uma camada opaca de nuvens de ácido
sulfúrico, altamente reflexivas, impedindo que a sua superfície seja vista
do espaço à luz visível. Vénus possui a mais densa atmosfera entre todos
os planetas terrestres do Sistema Solar. Vénus não tem o Ciclo de
Carbono para fixar o carbono em rochas ou outros elementos, por
exemplo a flora.
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O Planeta Vénus ganhou fama e posição na Antiguidade, especialmente
nas Culturas Orientais, Médio Oriente e países Sul-Americanos. Este
planeta foi descrito em textos babilónicos de escrita cuneiforme, como a
placa de Vénus em Ammisduga, onde se relatam observações com data
possível de 1.600 a. C. Em língua da Babilónia este planeta era
designado planeta Ishtar (do sumério Innan), correspondendo à
personificação da feminilidade e deusa do Amor. No Egipto Faraónico,
Vénus era tido como dois corpos, visto que correspondia a duas estrelas
cósmicas: Tioumoutiri – para a Estrela da Manhã; a Estrela da noite
chamava-se Ouarti.
Da mesma forma, os Gregos antigos chamavam à Estrela matutina de
Phosphoros (que, latinizado, deu: Phosphorus), significando “Aquele
que traz a Luz”. Mais tarde o planeta fora cognominado de Lucifer (ver
atrás). Aparece tb. a designação grega de Euphoros e Fosphoros
(latinizado: “aquele que trás o amanhecer”). Na Grécia antiga a Estrela
da noite chamava-se “Esperos” e “Hesperos” (latim: Hesperus) – a
Estrela da noite. No auge da Antiga Grécia, os gregos compreenderam
que os dois elementos cósmicos de Vénus representavam o mesmo
planeta. Por isso, eles deveriam identifica-lo com a Deusa do Amor,
Afrodite (do fenício Astarté). Mais tarde, os latinos traduziram para o
latim como Vesper, Phosphoros e Lucifer (de “Lux,” lucis), significando
o Portador da Luz, uma designação poética, mais tarde usada para
chamar o anjo caído, expulso do Paraíso. Então, os Romanos facilitaram
as coisas e passaram a designar o planeta Vénus com o sentido grego da
Deusa do Amor. Por isso, o naturalista romano, Plínio, o Velho,
identificou o planeta Vénus como a Ísis dos Gregos.
Na Mitologia persa, o planeta Vénus corresponde à deusa Anahita. Em
algumas partes da literatura Palávia, as divindades Aredvi, Sura e
Anahita são vistas como entidades separadas. No texto avéstico Mehr
Yassiut há uma possível ligação antiga a Mitra. O nome persa atual deste
planeta é Nahid, um derivado de Anhita. Isto prova, ao menos, que os
poetas antigos já se respeitavam uns aos outros, como agora.
6. O DIABO EM VÉNUS
Antes de Milton, Lucifer nunca tinha sido nomeado Diabo. Pelo
contrário, visto que no apocalipse (XXII, 16) o Salvador Cristão faz
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dizer de si mesmo: “Eu Sou … a resplandecente estrela da manhã”, ou
Lucifer. Um dos primeiros papas de Roma tinha nome Lucifer e havia
até, no séc. IV, uma seita cristã chamada os Luciferinus.
Realmente, não se devia confundir questões de ordem religiosa com
nomes de planetas, ou intensidade luminosa de estrelas ou planetas.
Qualquer pessoa sabe que Lucifer deriva do latim e este da sua forma
nominativa (Lux) e no genitivo Lucis, correspondente na língua grega a
Phosphoros, com o sentido de Luz. A Igreja moderna dá hoje ao Diabo o
nome de trevas, ou seja escuridão, enquanto que no livro de Jó chama-se
“Filho de Deus”, a brilhante Estrela da Manhã, ou seja a Lucifer. Nisto
tudo, existe uma filosofia de artifício dogmático, devido ao fato de que o
primeiro Arcanjo, que se diz ter surgido das profundidades do Caos, foi
chamado de Lux, daí Lucifer, o luminoso “Filho da Manhã”, ou antes a
“Aurora Manvantárica”. Daí que a Igreja o tenha transformado em
Lúcifer ou Satã”, porque era anterior e superior a Johvah, por isso devia
ser sacrificado ao nosso dogma. (H.P.B, D.S., I, 99).
Temos de compreender e aceitar que Lucifer é o portador da Luz na
nossa terra, quer em sentido físico, quer em sentido místico. Na
Antiguidade e na realidade, Lúcifer ou Luciferus, é o nome da Entidade
Angélica que preside à Luz da Verdade, ou seja, a própria luz do dia.
Assim, Lúcifer é o símbolo da Luz Divina que transporta o “Espírito
Santo” e “Satã” ao mesmo tempo. Portanto, está em nós; é nossa Mente,
nosso Tentador e Redentor, o que de puro e divino princípio Maht
(Inteligência) que irradia, de um modo direto da Mente Divina, com toda
a certeza, não seríamos superiores aos animais. Lucífer e o Verbo são um
só, em seu aspeto dual. Equivale ao Ezanas-Sucra da Índia (vide
Chandra-vanza; Luz Astral, Satã).
7. PITRIS LUNARES
Pitris (propriamente Pitaras, do sânscrito, o mesmo que pais ou
progenitores da humanidade, desde os tempos ancestrais). Consideramse, em termos esotéricos, de duas origens planetárias. Daí a designação
de Pitris Lunares (de origem lunar) e Pitris Solares (mais ligados ao
desenvolvimento solar). Seguimos as categorias de H.P.B (Doutrina
Secreta, e Ísis Sem Véu, mesma A.). Há sete classes de Pitris ancestrais,
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dos quais três classes são incorpóreas (ditas arûpas-Pitris) e quatro
corpóreas que se reportam à sua Geneologia, sendo que uns proveem do
planeta Lua e outras derivam duma Geneologia muito complicada.
É possível que grande parte dos Seres Terrestre tenham vindo (em
“consciência”) do planeta Vénus, ou mesmo de outro planeta, mas não
está bem definido, nem isso interessa muito, para agora). Não é de pôr de
lado o facto de os Seres Humanos, em tempos muito anteriores ter sido
orientados e conduzidos por Seres de Luz provenientes de Vénus com
vista a orientar os terrestres pelo caminho do regresso ao Pai. Já todos
devem ter lido ou ouvido falar dos Grandes Senhores que vieram de
Vénus (em Alma e Espírito) para ajudar à reconstrução do planeta Terra,
tantas vezes destruído e juntamente com tais cataclismos, ter sido total ou
parcialmente destruídas as culturas que foram sendo implementadas na
Terra sob orientação dos Senhores Kumaras (vindos de Vénus). Estamos
a falar de muitos milhões de anos.
Aqui seria interessante que o Leitor se desse conta da teoria da
Reencarnação, Lei do Retorno, ou do Karma, que sempre funcionou
quer na Terra, quer noutros planetas adstritos ao Sol. Durante milhões de
anos, os seres terrestres foram nascendo e retornando à Terra para
continuar a sua missão neste planeta e, simultaneamente, preparar-se
para, lentamente, se ajustar às leis evolutivas, segundo os interesses e
processos evolutivos de cada ser, regressado aos planos inferires do
próprio planeta. Chamamos a atenção do leitor para o fato deste
conhecimento ter estado bloqueado e tantas vezes negado pelos
humanos com maior responsabilidade, na formação integral dos ser
humano. Contudo, a formação e compreensão dos seres humanos está
muito longe de ajudar a todos aqueles que queiram enveredar pelo
caminho mais seguro e fiável dos princípios Teosóficos. Naturalmente
que este não é um problema que implique somente os líderes
portugueses, mas sim a maioria dos dirigentes das grandes e pequenas
organizações do planeta, que deviam orientar o ser humano pelo
caminho da ascensão em termos filosóficos, teosóficos, espirituais e
demais elementos para chegar ao conhecimento, mais ou menos
concreto, e compreender o que abaixo havemos de explicar melhor: “A
Vida Antes e Depois da Morte”. Alias, este é o objetivo destes
elementos. Mais adiante veremos como é que os Hindus, os Buddhistas
e os Lamas do Tibete entendem estes problemas. Cada leitor destas notas
ficará melhor avisado para compreender o futuro de sua Alma. O nosso
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objetivo não é comercial nem propagandista de coisas que ignora, ou a
raiva a alguém, ou a muitos. Tudo quanto se aprende deve ser
amavelmente retransmitido àqueles que ainda não compreenderam o que
andámos a fazer, neste e noutros planetas, desde há milhões de anos. Eis,
portanto, a questão.
Realmente, como dissemos atrás, os Pitris Lunares foram enviados para
a Terra com vista a poupar alguns milhões de Selenitas (da Lua) fossem
destruídos em todos os planos, de vida e morte. Em conclusão, sabe-se
que os Pitris Lunares foram transferidos para a Terra apenas parte de si
mesmos, mas nunca transferiram seus veículos (corpos). Paralelamente,
outros Pitris Solares tiveram a sorte de ser orientados, desde os planos
superiores, de passar para o planeta Vénus, onde havia muito Sol e
tiveram a orientação de irmãos muito mais evoluídos. Tais como os
Senhores Kumaras, que eram Seres muito puros e inocentes, tal como é
o seu significado. Os Seres de Luz que trabalhavam em Vénus são
chamados os Filhos do Fogo, visto que eram os primeiros Seres dotados
da Mente e traziam, como se compreendeu depois, grande vontade de
ajudar os trânsfugas do planeta Lua para o planeta Terra, incluindo
muitos Kumaras que se passaram (em Mente Superior) de Vénus para a
Terra, onde desenvolvem um importante trabalho na condução dos
povos menos evoluídos, que eram os Selenitas (Lunares). Por Pitris
entendem-se tb. os manes dos antepassados (pais, avôs, isto é, os
descendentes diretos duma família).
À Tal classe de Pitris refere-se o Bhagavad-Gîtâ (I, 42-44), ao reportarse às oferendas funerais prescritas nos livros sagrados, oferendas que
devem ser praticadas pelos chefes de família até à terceira geração, no
dia da Lua Nova de cada mês, para assegurar no outro mundo, a
felicidade dos seus ancestrais. Supõe-se que S. Paulo, (quando se referia
às “Congregações dos primogénitos que estão alistados nos céus,
Hebreus, 12-23), talvez se quisesse referir aos Pitris. Tb. entre os
Latinos, se conservavam os Penates e Lares Herciis. Em Português,
ainda são referidas, em certos alturas, as Almas Penadas, quando se
deixa a toalha por levantar, depois da sei de Natal. Esse era um velho
costume da nossa avó, na Aldeia.
8. PITRIS SOLARES
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“Os Pitris Solares constituem uma das quatro classes de Mânasa-putras, ou
Filhos da Mente. São os Dhyânis inferiores, procedentes da Lua, que se
subdividem em duas espécies. Durante o intervalo entre a Cadeia lunar, a
terrestre e o dilatado período das três e meia primeiras Rondas da Cadeia
terrestre, estes Pitris permaneceram no Nirvâna lunar. A segunda divisão
ingressou na humanidade terrestre depois da separação dos sexos, na
terceira Raça (Lemuriana); enquanto que a primeira subdivisão ingressou,
durante a Quarta Raça (Atlântida). São Mónadas da Cadeia lunar,
demasiadamente avançadas para entrar na quarta Cadeia planetária (a
Terrestre) durante as primeiras Rondas. Porém, não o suficiente ainda para
ingressar nas hostes dos Pitris-Barhichads (A.B.,Geologia do Homem).”
A Maestrina Helena Petrovna Blavatzky (HPB) dedicou-se,
enormemente, ao estudo dos Pitris Lunares e Solares. Diz ela que “os
Pitris não são os nossos antepassados humanos atuais. Há aqui mais de
um conceito errado, diz ela, Trata-se de Raças Humanas que, na grande
escala da evolução descendente, precederam as nossas raças de homens e
foram fisicamente, assim como espiritualmente, muito superiores a nós,
modernos pigmeus. No Manava-Dharma Shâstra dá-se-lhes o nome de
Antecessores lunares”. (HPB, Isis Sem Véu, I,38). A Doutrina Secreta
explica agora aquilo que cautelosamente fora adiantado nos primeiros
livros de Teosofia.
“Durante o manvantara lunar, a evolução produziu sete classes lunares de
Pitris (“Pais”) pelo fato de ter engendrado os seres do Manvantara
terrestre. Estes seres são os antecessores da atual humanidade. Assim,
pois, os Pitris (Pais, Antecessores, Divindades, Espíritos ou Regentes
lunares) são as Mónadas que, tendo terminado seu ciclo de vida, na
cadeia Lunar, inferior à terrestre, encarnaram-se em nosso planeta e
passam a ser, realmente, homens. Sãos as Mónadas que entram no ciclo
de evolução no Globo A e, dando a volta pela Cadeia de globos,
desenvolvem a forma humana. No início do período humano da Quarta
Ronda, neste globo, “exsudam”, por assim dizer, seus chhâtyâs (sombras
ou duplos astrais das formas), semelhantes àquelas do macaco que havia
desenvolvido, na Terceira Ronda, e esta forma subtil, mais fina, é a que
serve como modelo, ao redor do qual a Natureza constrói o homem físico
(D.S, I, 202-203).”
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“Os livros exotéricos Hindus mencionam 7 classes, ou hierarquias de
Pitris, sendo três delas incorpóreas (Arûpa-Pitris) desprovidos de forma
ou corpo, mais 4 corpóreos, tb. chamados de Barhichards; os primeiros,
com variados nomes, são inteligentes e espirituais, enquanto que os
restantes são materialistas e desprovidos de intelecto. Esotericamente, os
Asuras constituem as três primeiras classes de Pitris – “Nascidos no
Corpo da Noite, enquanto que as outras quatro foram produzidas no
“Corpo da Aurora”. Os Pitris ou antecessores são, além disso, divindades
em dois géneros distintos a saber: os Berhichads-Pitris e os AgnishvattaPitris. Os primeiros possuem o “Fogo Sagrado”, enquanto que os
segundos estão privados do Fogo. Em termos esotéricos, os Pitris da
classe mais elevada, isto é, os Agnichvattas, são os representados, na
alegoria exotérica, como Brâhmanes, os chefes de família que, por se
descuidar da manutenção dos seus fogos sagrados domésticos e por ter
oferecido em holocaustos suas existências, em anteriores manvantaras,
por tudo isso perderam o direito de receber oblações em fogo (partilha
das dádivas celestiais). Pelo contrário, os Barhichads, por ser Brahmanes
que mantiveram seus fogos domésticos, ainda são atualmente honrados.
No entanto, a filosofia esotérica declara que as qualificações originais são
devidas às diferenças existentes entre as naturezas de ambas as classes.
Os Agnichvattas são desprovidos de fogo, isto é, de paixão criadora,
porque são demasiadamente puros e divinos; já os Barhichads-Pitris por
ser espíritos lunares, mais estreitamente ligados à erra, tornaram-se os
Prajapitis inferiores, os Elohim “criadores” da forma ou do Adão de pó
(D.S., II, 81), isto é, do homem físico”.
9. COMPREENDER O PRÃNA E SUAS FUNÇÕES
É verdade que, em tempos de Aquário, muitos cientistas e pensadores se
têm esforçado por demonstrar a Origem e o Destino do Homem, nosso
coevo, inclusive as diversas deslocações a outros planetas para além da
Terra. Ao mesmo tempo, outros investigadores têm-se esforçado por não
ter encontrado o que vulgarmente têm designado por “Partícula de
Deus”. Além das dificuldades, o mais difícil e complexo tem sido a
busca, por numerosos caminhos, para compreender o que é a morte e para
onde levam (quando levam) os restos daquele nosso Irmão, que nos
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deixou desta vida para sempre. Para ajudar a compreender e explicar aos
leitores estes assuntos, teríamos de escrever alguns livros acerca destes
temas e só assim é que poderíamos ajudar o leitor a melhor compreender
o que já se pode adquirir, em Instituições fidedignas, bibliografia
adequada.
Pois é nosso objetivo, desde já, fazer compreender e divulgar, tão breve
quanto possível, o que é o Prâna, suas relações com Deus; e outros
conhecimentos que derivam, como é evidente, deste importante
conhecimento que é mais antigo que o próprio Ser Humano, com raízes
Cósmicas, mas que, infelizmente, ninguém se tem debruçado,
cientificamente a fim de permitir, em breve tempo, a compreensão total
de tudo quanto se liga a todos os Seres desde o mais simples ao mais
complexo dos elementos à face do Universo provenientes do Sol, neste
caso, da nossa Galáxia Cósmica.
9.1.Noções Básicas sobre o Prâna (Shangrilá):
Entre as inúmeras forças que emanam do Sol, fertilizando e interpretando
as próprias energias dos planetas físicos, que compõem o seu sistema
planetário, a pedagogia espiritual do Oriente destaca três Forças ocultas,
que são as que se seguem:
a) Fohat, muito conhecida no Ocidente por Eletricidade, que também se
poderá transformar em calor, magnetismo, luz e força ou movimento.
b) Kundaline ou fogo serpentino, isto é, energia solar muito vigorosa, que
se encontra no meio da Terra e, depois, flui violentamente para a
periferia, aliviando as coisas e os seres num impulso dinâmico, do alto
poder transformativo e criativo; finalmente, a terceira força ou elemento,
que é o elemento mais importante em termos de Energia:
c) O Prâna, cuja energia, ou Vitalidade em potência, é responsável por
todas as manifestações da Vida, nos Universos.
9.2.Importante:
O Prâna está expansivo em todos os fenómenos do mundo exterior à
matéria, mental, astral e etério. Essas três manifestações energéticas,
emanadas do Sol, Centro principal da Vida na Terra, conhecidas no
Oriente, por Fohat, Kundaline e Prâna. jamais se transformam noutras
formas de energia, pois são tipos específicos, à parte, que atendem,
exclusivamente, às necessidades atrás mencionadas. (É tão simples
seguras as Leis de Deus, no micro e macrocosmos cosmos).
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9.3.O Prâna tem sentido objetivo, com raiz na nossa língua que é o
Sânscrito: “prâ” - “para fora”; mais “na”, que significa respirar, viver;
energia cósmica, força vital e dinâmica, que vitaliza todas as coisas e
todos os planos de atividade do Espírito, Imortal, de Onde se manifesta a
Vida.
9.4.O Prâna é a vida manifestada em cada plano de atividade do Espírito
etéreo. É o Sopro Vital de cada objeto e de cada ser. Na matéria, ele é a
energia que edifica e coordena as Moléculas físicas, ajustando-as de modo
a compor a coesão molecular, as formas (corpos) em todos os reinos,
como o mineral, o vegetal, o animal e o humano. Sem Prâna, sopro
indispensável, não haverá coesão molecular, nem a consequente formação
de um todo definido (Deus), pois é Ele que congrega todas as células
independentes e as interliga em íntima relação, sustentando as formas. A
coesão celular, formada pelo Prâna, assegurada, pela existência duma
consciência vital instintiva, garante uma unidade sensível e dominante,
que atua em todos os demais planos internos da Vida na Terra e no
Cosmos.
9.5.O Espírito, ao “ baixar” do seu plano espiritual, para constituir sua
individualidade consciente no Mundo das Formas, submete-se a um
processo gradativo, inerente a cada plano da Vida, sendo um fenómeno em
todo o Universo (Através do qual se Expande Deus).
9.6.No estado mineral, essa “consciência” em formação, permanece
estática ou adormecida, para mais tarde evoluir e retomar a expansão da
consciência gradual, uma espécie de vegetal ainda em “sonho”, princípio
vital, um Kâma-rûpa Kósmico. Seguidamente, vivendo novos estágios de
adaptação, ele alcança o estado de Consciência instintiva animal; e,
finalmente, atinge o raciocínio glorioso do Ser Humano! Entretanto, em
todo esse modelamento progressivo e demorado, o Prâna, energia Vital, é o
fio dadivoso que une as contas de um imenso colar de moléculas para
plasmar as múltiplas formas da Vida!
9.7.Se recorrermos a um rude exemplo, dir-se-ia que, assim como o
cimento une os tijolos de um edifício, o Prâna é a liga, o elo vital, ou o
elemento oculto, que associa os átomos, as moléculas e as células para
compor o Universo (Durante cada Vida, na Terra, Deus oferece-nos Sua
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Energia, Seu Prâna, suas Células.) (Experimentem; não é publicidade).
9.8.“O Prâna não é um eleito da Vida, tal como ainda supõem alguns
espiritualistas do Ocidente, pois o mineral, o vegetal, o animal e o homem
é que são, realmente, seus produtos ou elementos resultantes, visto
observar em sua intimidade o de quantum dessa energia vital indispensável
para se manifestar no Mundo. O Prâna está presente e atuante em todas as
expressões de Vida no Universo porque ele é a essência vital que alimenta,
desde o “combustível” mental, necessário ao Homem para compor os seus
pensamentos e ideias, assim como também vivifica a substância astralina
que fotografa e manifesta todos os sentimentos das emoções do Espírito.
9.9.O Prâna é “sangue vital” de incrível poder e amplitude cósmicas, que
se manifestam em todos os planos da Vida, visto que a sua ausência
implicaria na desintegração e no desaparecimento instantâneo do Universo
exterior, que é visível à Consciência Humana.
(Nota pessoal: Se as Igrejas Ocidentais tivessem encontrado e respeitado o
verdadeiro sentido Espiritual de Deus, que afinal se decompõe no Prâna,
talvez hoje o Planeta Terra e (possivelmente) outros planetas, seguidores
da mesma ignorância, decerto que haveria mais compreensão Espiritual e
teríamos, sem dúvida, menos Irmãos arrogantes, incultos e, infelizmente,
destinados ao eterno retorno sucessivo à Terra, mais conhecido por
Reencarnação humana).
9.10. Os organismos vivos, quando em equilíbrio e harmonia só absorvem
a quantidade exata de Prâna indispensável para manter o seu corpo vital
(veículo) sadio e eufórico. Ora, quando há excesso de Prâna no homem,
isso afeta-lhe a saúde, visto que o sistema nervoso excita-se e descontrolase. É um estado mórbido que se torna num campo favorável à sua
enfermidade física; e, em certos casos, pode mesmo até chegar à morte.,
sob a paradoxal diagnose “apoplexia vital”. Tal facto é semelhante ao que
acontece com a eletricidade, quando a voltagem muito elevada danifica e
“queima" os fusíveis elétricos de capacidade reduzida, para menor
quantidade de força elétrica. Também se dá, em caso idêntico, ao do
sangue que, em excesso, é danoso para o organismo humano, podendo daí
resultar ataque de apoplexia. Com estas precauções, estamos a ajudar os
nossos Irmãos a saber usar o Prâna, mas isso talvez não passe duma gota
de água.
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Infelizmente, em nosso tempo, ainda muitos elementos ligados à Ciência
Médica, Farmacopeia, onde numerosos oportunistas, possivelmente
desatariam em estúpidas de respostas loucas para quem ousasse abordar
estes temas, ancestrais, ligados a estudos milenares mas que,
paradoxalmente, não seriam assunto capaz de lhes encher bolsa. E quanto
à Medicina? Bem, se este assunto não ajuda aos Líderes Espirituais, muito
menos os de Medicina aceitariam como verdade, porque, de
“conhecimento” estão eles saturados. Ficam, no entanto, os que realmente
se têm esforçado para ajudar a Terceira Idade e os valores atinentes
àqueles que depositam nos cofres do Estado grande parte de sua Pensão e
ainda não descobriram a partícula de Deus. visto que parte deles não
estuda nem compreendem
9.11.Lamentamos que milhões de terrestres ainda subestimem os
ensinamentos tradicionais esotéricos, pois se, realmente se dispusessem a
investigar e conhecer a natureza, o potencial e a função do Prâna, sabendo
ativa-lo nas entranhas de seu organismo, eles conseguiriam eliminar certas
moléstias ainda frequentes em sua existência. Através da purificação de
sua respiração e pela graduação consciente e proporcional dessa
maravilhosa energia vital para uso de seu corpo, o homem inteligente
viveria à semelhança de um seguro aparelho biológico. Ele gozaria de um
equilíbrio vital, qual máquina viva a fornece energia vigorosa e criadora
para vitalizar os seus próprios familiares e proporcionar saúde aos
enfermos. Dominando o metabolismo e função dos “Chakras”, do duplo
etério, então ele seria capaz de repor, de imediato, a carga vital em falta
nas relações com as criaturas desvitalizadas. Basta ao Homem um
conhecimento simples da fisiologia e dinâmica do Chakra Esplénico, que
absorve o Prâna, à altura do baço físico, para ele saber melhorar a cota à
qualidade do seu sangue, assim logrando uma purificação sanguínea capaz
de livrar sua pele e seu corpo de excrescência, verrugas, manchas e
impurezas.
9.12. As mulheres que usam excesso de maquiagem envelhecem mais cedo
que as recatadas na pintura. Os antigos Iniciados podiam apresentar-se
remoçados e belos; a sua viçosa epiderme assemelhava-se à “pele”
acetinada do pêssego, visto que eles conheciam todos os segredos do
Prâna, e distribuíam-no harmoniosamente na sua constituição psicofísica.
Muitos Yogas, já no limite da morte física, concentram tal dose de Prâna
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no seu corpo carnal que o seu cadáver pode resistir dias, meses e até anos
sem se decompor, mantendo-se num aspecto incomum. No caso do Yoga
Paramhansa, sepultado na Flórida, nos Estados Unidos, aquando da
abertura do seu caixão, 20 dias depois de ter sido enterrado, foi encontrado
perfeitamente sem qualquer sinal de decomposição, ou odor. Felizmente
que, muitos médiuns quando ingressam no trabalho de caridade, doando
suas energias, verificam que alcançam sua harmonia, doando o seu excesso
de fluídos prânicos nos passes magnéticos (ou mediúnicos). Diz-se que
muitos deles vivem noites de insónias, devido ao Prâna, e somente
encontram o alívio e acabam com sua insónia, depois das doações de seu
excesso de Prâna, ou então fazendo longas caminhadas a pé, ou exercícios
fatigantes para descarregar na natureza o excesso de Prâna de que é
portador.
OBS.:
Para os leitores que desejem proteger a saúde e equilibrar o Prâna,
recomendamos devem dirigir-se à Editora Pensamento, Brasil.
Em Portugal, poderão encontrar, também, no Centro Lusitano de
Unificação Cultural (C.L.U.C.) - Rua Pascoal de melo, 4, 1º - 1170-294
LISBOA- TELF. 218 128 596.
10. LIVRO DOS SETE RAIOS
«Aqui estou cumprindo a minha intenção de escrever um livro a respeito
dos Sete Raios. Este tópico sempre foi de real interesse para os estudantes,
mas pouco se abe a respeito desses raios. Sabemos, da Doutrina Secreta,
que eles são as Forças construtivas e a totalidade e a totalidade de tudo que
existe na universo manifestado, mas seu efeito no reino humano e a sua
essencial natureza e qualidade continuam a ser um mistério, Ser-me-á
necessário evitar a nota cósmica, se assim posso chamá-la pois procuro
tornar a informação de valos prático para o estudante e o leitor inteligente.
Portanto, abordarei o assunto inteiramente do ponto de vista da família
humana e lidarei com o tema em termos de valores psicológicos,
estabelecendo as bases para a nova psicologia que é muito necessária e,
assim. Lidando primeiramente com a equação humana. O que tenho a
dizer será um comentário sobre uma expansão das palavras encontradas no
Poema d Doutrina Secreta, que “Todas as Almas estão em unidade com a
Superalma.”
Aceitaremos de saída, a alma como um facto. Não levaremos em
consideração os argumentos a favor ou contra a hipótese de haver uma
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alma-universal, cósmica e divina, ou individual e humana. Para os fins
desta discussão, a alma existe e a sua realidade intrínseca é assumida,
como um princípio básico e provado. Todavia, os que não admitiram esta
premissa poderão estudar o livro sob o ângulo de uma hipótese
temporariamente aceite e assim procurar as analogias e indicções que
procuram reunir as analogias e as indicações que procuram demonstrar a
existência da alma visto que eles acreditam na sua existência, isto é na
expressão das suas leis e tradição, da sua natureza, origem e
potencialidades tornar-se-ão um fenómeno gradualmente aprofundado e
experimentado.
Aquilo que Eu indico e as possíveis sugestões que faça, serão
demonstradas no sentido científico, que eu antecipei, durante a Era de
Aquário, em que já entrámos. A Esta ciência terá, então, penetrado um
pouco mais no campo do fenómeno real, ainda que intangível; ela terá
descoberto (pode ser que até já tenha feito esta descoberta) que o denso e o
concreto não existam; ela saberá que só existe uma substância, presente na
natureza, em variados graus de densidade, de atividade vibratórias, e que
esta substância é impelida pelo propósito urgente e expressivo da intenção
divina. Procuremos evitar, na medida do possível, as indefinidas
generalidades, tão desagradáveis para uma mente crítica e académica, nas
quais o místico encontra grande alívio e alegria. Por isso, pedirei aos que
estudaram este Tratado, que reservem sua opinião e não façam qualquer
juízo cristalizado até que a proposição inteira lhes tenha sido apresentada,
seus contornos claramente percebidos e seus detalhes de certo modo
elaborados.
Ser-nos-á necessário apresentar o assunto e ligar o individual ao geral e
isto poderá a princípio parecer um tema muito basto, uma apresentação
muito especulativa e um contorno muito impreciso. Mas isto não poderá
ser evitado, pois o argumento – como deve ser o caso em todo o trabalho
verdadeiramente ocultista – deve ser considerado do universal para o
particular, do cósmico para o individual. Os homens de então, por
enquanto, muito interessado pelo particular e o individual, para achar fácil
aplicar o mesmo interesse ao Todo maior no qual eles “vivem, se movem,
e tê a mesma existência” e não possuem, atualmente, via de regra, o
mecanismo interno de pensamento e a perceção intuitiva da verdade que
lhes capacite alcançar com facilidade o significado daquilo que o
simbolismo das palavras representa, ou ver claramente o contorno
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subjetivo sob a forma objetiva. Mas o esforço para compreender traz
consigo a recompensa, e a tentativa de alcançar e compreender a Almacósmica, universal, planetária e individual –conduzem inevitavelmente a
um desenvolvimento do equipamento mental (com um subsequente
desenvolvimento das células cerebrais até então inativas) que deverá
finalmente produzir uma coordenação da faculdade de pensar e resultante
iluminação.
A natureza do nosso universo deve ser levada em consideração e a relação
do ser humano tríplice com divina Trindade deve ser registada. Uma ideia
geral do quadro simbólico inteiro tem seu valor. Cada estudante, à medida
que avança no estudo dos raios, deve firmemente ter em mente que ele
próprio – como uma unidade humana- encontra seu ligar em algum desses
raios. O problema assim produzido é muito real. O corpo físico pode ser
capaz de responder a um tipo de força de raio, enquanto que a
personalidade como um todo pode vibrar uníssono com o outro. O Ego ou
alma pode achar-se ainda num terceiro tipo de raio, respondendo assim a
um outro tipo de energia de raio. A questão do raio monádico introduzir
ainda um fator em muitos casos, mas isto somente poderá ser citado e não
realmente elucidado da terceira iniciação que pode entrar em contato com
o seu raio monádico, ou o aspecto mais elevado da sua vida, e o humilde
aspirante não pode, por enquanto, afirmar se ele próprio é uma Mónada de
Poder, de Amor ou de Atividade Inteligente.
Concluindo, peço a sua sincera cooperação na obra que estamos
empreendendo. Ela pode ser de mais valor público e geral do que qualquer
outro dos meus escritos. Procurarei tornar este tratado sobre a alma
relativamente breve. Procurarei expressar estas verdades abstratas de tal
maneira que o público em geral, com seu profundo interesse na alma Possa
ter sua curiosidade e ser conquistado para um interesse mais profundo por
aquilo que por enquanto é uma conjetura velada. A Era de Aquário, em
vivemos, depois da Era de Peixes, verá a demonstração da alma como um
facto. Esta é uma tentativa, conduzida em meio ás dificuldades de m
período de transição ao qual falta até a necessária terminologia capaz de
ajudar nessa demonstração.
Encerrando, exorto a todos vós a prosseguir. Que nada do passado –
inércia física, depressão mental, falta de controle emocional – vos
impeçam de assumir, com alegria e interessa da sua parte, procedendo ao
necessário progresso que vos tornará aptos a um serviço mais ativo e mais
útil. Que nenhum de vós se deixe impedir pelo passado ou pelo presente,
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mas possam viver todos como Observadores, é a prece, constante e
confiante, do vosso Instrutor”.
O TIBETANO, 8-07-2014
11. COMPREENDER AS ERAS
Para melhor compreender as eras das humanidades terrestres, devemos,
concomitantemente, compreender os períodos de duração das Raças e SubRaças da Humanidade, desde quando os Humanos começaram,
lentamente, a fixar-se nos bordos terrestres deste planeta, que já
completou, até ao séc. XXI, a 5ª sub-raça da 5ª Raça-Raiz (Ariana), muito
desenvolvida, sob a proteção de Buddha, com o objetivo de proceder ao
desenvolvimento da Mente humana. Conhecer as sete conhecer as sete
aças-Raiz e as suas 7 x 7 sub-raças, na totalidade do desenvolvimento da
Humanidade, é um dom, uma grande aventura para a Humanidade a que
pertence a maioria dos nossos irmãos. Claro que ainda vamos pouco mais
da metade da 5ª-subraça da Raça-Raiz e ainda nos falta completar a Raça
em que vive a maioria dos nossos Irmãos Terrestres ou Lunares, para
depois nos transferimos para as duas Sub-Raças com as suas 7 X 17 SubRaças, para que este planeta entre em Pralaya, ou seja terrivelmente
destruído, conforme se explicará mais adiante (Veremos este assunto mais
adiante para não perder o fio dos Pitris Lunares e Solares).
Um Pralaya (sânsc.) é um período de obscuridade ou repouso (planetário,
cósmico ou universal). É o oposto ao manvantara. Um Pralaya assemelhase a um ser humana que, de tanto trabalhar e de ser explorado, por uns e
outros, resolveu descansar durante, um tempo considerado suficiente, para
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recuperar o trabalho, ou o Projeto a concretizar. Assim acontece com os
planetas, depois de tanta agressão à terra onde nascemos, à falta de
respeito, carinho e dignidade por todos os seres existente em determinado
planeta, então os chefes ou aquelas individualidades que há muito
trabalham para mantar o planeta em boas condições, mas existem forças
que se opõem às diretivas supra-humanas, então mais vale que os inimigos
da Paz, da Concórdia, da partilha dos bens e do desejo de evolução aberta
a todos quantos desejem ir mais além, subir muitos mais degraus do Saber
Espiritual, quando grupos, fações egoístas que vivem para destruir, então,
mais vale que o planeta entre de Férias durante uns milhares de anos, isto é
um Pralaya. Em termos técnicos, um Pralaya é o período de dissolução,
sono ou repouso relativo ou total do Universo, que subrevém ao fim de um
Dia, de uma Idade ou de uma Vida de Brahmâ. No entanto, este termo não
se aplica unicamente a cada “Noite de Brahmâ”, isto é, quando se resolve
proceder à dissolução do mundo que se segue a cada Manvantara. Aplicase, também a cada “Obscuridade” e a cada “cataclismo” que põe fim,
através do fogo (Cósmico), ou da água, literalmente, a cada Raça-Mãe. Há
muitos tipos de Pralaya que seria maçador enumerá-los aqui. Convém, no
entanto fixar alguns pontos. Há Pralayas “ocasionais”, “acidentais”,
“Elementais”, “Pralaya Individual” ou Nirvana, cujo objetivo é pôr termo a
determinados abusos por seres humanos que abusam dos bens de todos
através do próprio planeta.
O Problema das Raças e sub.-Raças Humanas, sobre a Terra, é também um
grave problema Humano, em todas os Planos supra-Humanos que, em
determinados intervalos de desenvolvimento tem, obrigatoriamente, que
ser eliminados do respetivo descontrolo. Por ex., se um maníaco qualquer
resolve destruir uma Nação, um Continente ou coisas do género, com
armas de destruição maciça, os diretores dos planos superiores entrarão em
ação, de imediato e põem cobro ao desvario. Claro que este exemplo não é
um Pralaya, mas antes um cataclismo absurdo, que bem poderá gerar um
Pralaya. Temos muitos maníacos.
Como síntese de um tema que, à primeira vista, pareça um impossível, tal
juízo só poderá provir de seres que, infelizmente, ignoram que os planetas
têm controle e que cada invejoso não pode (não deve) poder reunir suas
armas atómicas e tentar destruir qualquer coisa que encontre,
aparentemente sem controle cósmico, como se encontra o planeta Lua ou
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outras Luas que dificilmente se enxergam a olho nu. Mesmo a Lua tem
dono e sua defesa. Consideramos, infelizmente, ridículo e pueril que
algum astronauta seja enviado para qualquer planeta da nossa Galáxia e
regresse a casa dizendo que não encontrou seres humanos “naquele
espaço”. Só por estupidez e falta de conhecimentos esotéricos que, ainda
nestes tempos, muitos cientistas, cosmonautas e outros nautas ignoram os
níveis evolutivos dos Seres Humanos. Só por ridículo e ignorância é que
algum (s) cientista venha dizer ao Mundo que, finalmente, encontrou a
“Partícula de Deus” no Cosmos ou no lugar da sua investigação.
Isso mostra o quanto evoluídos são muitos cientistas do Mundo, embora
não sejam todos. Deixamos aqui um apelo a todos os Leitores: o Estudo da
Teosofia, de Metafísica, dos diversos departamentos da Cosmografia
apresenta-se como um trabalho aberto ao Homem, ao Mundo (s) que estão
muito para lá daquilo que muitos cientistas ainda não compreenderam que
a Ciência, a Filosofia, a Pesquisa das Ciências Quânticas não colidem com
os estudos mais densos, ligados as coisas mais densas do Planeta Terra.
Então, se o Homem comunica por Telepatia, ou concentração da Mente
Superior, e outras formas de comunicação Cósmicas e Transcendentes não
se chocam entre si, no Cosmos, mas antes se complementam, cada vez
mais, entre si. Isto não é um desejo, mas antes uma realidade dos tempos
que se abrem ao Homem do Futuro.
Um Manvantara ou Manvantara (sânsc.) significa um período de
manifestação, oposto ao Parlaya. Aplica-se a vários ciclos, especialmente de
um Dia de Brahmâ, que compreende 4.320.000.000 de anos solares e ao
reinado de um Manu, equivalente a 306.720.000 (D.S.,II,69). Literalmente
um Manvantara significa um período entre dois Manus. Cada Manvantara
divide-se em 7 períodos ou Rondas, e assim, cada Globo tem 7 períodos de
atividade durante um Manvantara (A.B. – Sabedoria Antiga, 419). A soma
dos tempos e dos Manvantaras continua.
As Rondas têm a ver com as Cadeias Planetárias e os globos, ou mundos, em
forma de dois arcos, um descendente (Letras: A, B. e C.) e outro ascendente
(globos: E, F e G), figurando o globo D no ponto de união entre os dois
arcos. Os 7 globos da Cadeia constituem numerosos agregados: 7
Encarnações, ou reinado dos Logos planetários e as ondas de Vida
(“Rondas”), que completam um Manvantara. Cada cadeia destas Rondas, ou
voltas, completa um Manvantara. As Ondas de Vida estão relacionadas com
as 7 Raças-Raiz e as 7 Sub-Raças da Humanidade. Etc.
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12. GENEOLOGIA DO HOMEM
Segundo Annie Wood Besant (AWB), em Geneologia do Homem, há grandes
diferenças entre os Pitris lunares e os Pitris Solares, embora uns e outros
provenham da mesma origem, visto que há (nos planos superiores) origens
diversas. Diz ela que os verdadeiros Pitris, geralmente designados de
Barhichads-Pitris são as entidades mais avançadas da Cadeia Lunar que, ao fim
desta Ronda entraram na Sétima Hierarquia Criadora. Estes são os Deuses
Lunares ou os Senhores da Lua, tendo como encargo orientar a evolução física
na Cadeia Terrestre. Estes foram os que prepararam as formas (corpos ou
veículos) para as Mónadas exlunares e transmitiram aos homens os quatro
princípios inferiores (por exemplo: duplo etéreo, prâna, kãma animal e germe
animal da mente, isto é, o Mânas inferior. Com eles atuam, de modo secundário,
duas classes de Mónadas, menos desenvolvidas (centelha divina),
indistintamente chamadas Dhyanis inferiores, ou Pitris Solares (que, na cadeias
lunar, sucedem imediatamente aos Pitris Barhichads).
A primeira dessas duas classes já tinha desenvolvido o seu corpo causal,
enquanto que a segunda estava a ponto de o formar, o que, devido à sua
evolução demasiadamente avançada, não lhes permitiu entrar nas primeiras
Rondas da 4ª Cadeia Planetária (isto é, a terrestre), chegando, durante o
período intermediário da 4ª Ronda, na Terceira e Quarta Raças-Mãe (veremos
adiante as Raças e sub-raças).Estes Pitris atuam sob a direção de Yama, que é
o deus ou Senhor da Morte que, por tal razão, é chamado pelo epíteto de
“Senhor dos Pitris(Pitripati). Por isso, os corpos e os princípios inferiores que
conferem ao homem, são mortais, visto que Yama não pode conferir a
imortalidade (AB, Geneologia do Homem).
13. O SOL E OS PLANETAS
Como vimos atrás, vimos como funcionam os seres que passaram pelo
planeta Lua e pelo planeta Terra, onde se encontram, neste momento, grande
parte dos Seres Humanos. À Volta do planeta Terra giram numerosas
planetas, sendo uns perfeitamente visíveis e outros que, embora tenham sido
detetados por Seres Humanos Clarividentes (Iniciados), os astrónomos ainda
não detetaram estes planetas que giram, em planos secretos, à volta da Terra.
Há, ainda, outros reduzidos planetas, em pequenas órbitas, mas pouco
interesse têm para a ciência. O importante é saber que quase todos os
planetas, satélites da Terra são dependentes do Sol, donde provém toda a
energia que consumimos no planeta Terra. Então, convém saber que apenas
sete dos nossos planetas se encontram tão intimamente relacionados com o
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nosso globo, como se encontra o Sol com todos os corpos dependentes do
Sistema Planetário.
O nosso Sol gira no Centro da calote da Via Látea, juntamente o mais de 200
milhões de Estrelas.
A velocidade da translação do Sol é de 225 km por segundo. Na sua rotação à
volta da Galáxia, o Sol leva, aproximadamente 200 milhões de anos. A Via
Látea (ou Estrada de Santiago) é uma galáxia em espiral e os seus braços
giram em torno do núcleo da Galáxia. No centro desta, o Sol não passa de um
minúsculo grão de areia, à volta do Universo. Os planetas que giram à volta
do Sol podem ser: sete planetas primários ou principais (dos quais há três
que ficam sem nome, que são esferas dos sete espíritos neles residentes).
Todos os restantes são, sobretudo, planetoides do que de verdadeiros
planetas, cada um desses planetas, dentre eles, apenas sete se designam
planetas “Sagrados”, porque são governados por regentes mais elevados, isto
é, Deuses. Trata-se de um septenário como sucede, também, com a Cadeia à
qual pertence o planeta Terra. Os princípios que animam os planetas,
designam-se de Anuphanim, em termos cabalísticos, ou sejam os Anjos das
esferas, tb. designados Espíritos Planetários, que regem os destinos dos
homens, que assentaram vida na Terra, sob uma ou outra das suas
constelações.
Planetas Solares são: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte e Plutão. Incluem
também os satélites dos planetas, muitos cometas, asteroides e meteoritos. Os
planetas terrestres ou Jupiterianos são: Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno. (A
classificação moderna não acerta bem com os trabalhos ligados à Teosofia).
No entanto, modernamente multiplicam-se os trabalhos sobre Cosmografia.
Todas as faculdades mentais, emocionais, psíquicas e espirituais são
influenciadas pelas propriedades mentais ocultas, da escala das causas que
emanam das Hierarquias dos Regentes Espirituais dos seres humanos, com os
metais, os dias da semana, os sons, as cores, como de seguida vamos analisar.
14.CORRESPONDÊNCIAS
Há uma correspondência entre as Energias dos Planetas e os Seres Humanos
e os elementos que os regem: os dias, as cores, as Notas Musicais e os
metais. Por exemplo: Marte corresponde ao Kâma-rûpa - ao ferro; a terça - à
terça-feira, à nota musical Do, à cor – Vermelho; o Sol (Hélios) –
corresponde ao Prâna, ao Ouro; o Domingo – à Nota ré e à cor laranja;
Mercúrio – corresponde ao Buddhi, ao Mercúrio; a quarta-feira – à nota
musical Mi e ao amarelo; Saturno – corresponde ao Kâma-manas, ao
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chumbo; O Sábado – à nota Fa, ao verde; Júpiter – corresponde ao Invólucro
Áureo, ao estanho; a quinta-feira – à nota musical La, e ao Indigo; Vénus –
corresponde ao Manas, ou Mente Superior ; a Lua – corresponde ao Lingha
Shârira, ao prâna; a segunda-feira – à nota Si, ao Violeta.
É de notar que Âtmâ (Espírito Universal ou Mónada Divina), procedente do
Sol Espiritual, não corresponde a qualquer planeta visível e não há qualquer
relação com as cores ou o som, porque incluía todos os elementos que
orbitam ao seu redor. Nos primeiros séculos do cristianismo, eram admitidas,
como coisas normais, as boas ou más influências planetárias, como provam
de modo incontestável certas tábuas astrológicas, onde supunham estar os
bons ou maus presságios correspondentes a cada hora do dia e da noite. Estas
tábuas tinham assinalados os bons e os maus presságios para uso dos fiéis.
Em numerosas igrejas antigas estão patentes a maioria dos planetas com as
expressões das crenças da Renascença, e muitas igrejas católicas. (Ver Abade
de Martigny, Dict. des Antiq. Chrét.,pg.804).
15. RAÇAS PRÉ-HISTÓRICAS
1. Raças Humanas e as Yugas
São em número de sete, estando perfeitamente conectadas com a Doutrina da
Cadeia Planetária e obedecem ao princípio da natureza séptupla do Homem
Espiritual, cuja Origem provem, em termos mentais, da Lua, desde há muitos
milhões de anos. Cada ser humano tem uma relação com um plano, um planeta
e uma raça. As raças humanas seguem a mesma regra, pois cada raça-mãe,
com as suas correspondentes sub-raças, numerosas, nascem uma da outra,
crescem, desenvolvem-se e morrem para dar caminho ao desenvolvimento das
seguintes. Cada raça subdivide-se em numerosas subdivisões em famílias e
tribos, e é inteiramente distinta da raça ou sub-raça anterior e da que se lhe
seguir. Cada uma das sete raças, tem como a menor das suas divisões,
dividem-se em quatro idades a saber: Idade de Ouro, Idade de Prata, Idade de
Bronze e Idade de ferro (embora com nomes sânscritos). Os antigos dividiam
o ciclo da vida em Idades: de Ouro, de prata, de bronze e de Ferro. A Idade de
Ouro era uma Idade de Purga, de simplicidade primitiva e de felicidade geral.
Este fora o Kritayuga, isto quer dizer que as “Yugas” definiam as Idades do
Homem na Terra. A primeira Yuga reporta-se ao tempo dos brâmanes, também
designados de “Saty-Yuga” – um período de duração de 1.728.000 anos de
duração., durante a qual “reinou a verdade e a justiça, e nenhum benefício
produziu a iniquidade dos homens (Leis de Menu, I, pg.81). Nestes tempos de
mudança, especialmente do XXI Milénio, a Humanidade atingiu o ponto mais
baixo da sua evolução, que se reporta à Idade de Kalyuga, correspondente à
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Idade negra do ferro. A duração do Kalyuga começou há 3.102 anos antes de
Cristo-Jesus da Nazaré, no momento da morte de Krishna, e o primeiro ciclo
vai de 5.000 anos e terminou entre os anos de 1897 e 1998. Os tempos de
Kalyuga são da Idade do mal e das discórdias entre os homens. Cada Yuga
representa a milésima parte de um Kalpa, isto é um período duma revolução
do Mundo, também designado por “Um Dia e uma Noite de Brahmâ”. Estes
tempos são uma das quatro Idades do mundo, cuja série persiste em sucessão
durante o ciclo manvantárico. O grupo dos quatro Yugas é computado primeiro
pelos “anos dos deuses, cada um desses anos 1guala 360 anos humano divinos.
Assim se designamos quatro Yugas:
Krita Yuga, Trita Yuga, Dewâpara Yuga e, finalmente Kali Yuga. Total: 2.000
anos. Todo esse período é designado de um Mahâyuga ou Manventara. Dois
mil de tais Mahâyugas, isto é, um período de 8.640.000.000 equivale a um
Kalpa, sendo este último apenas “um Dia e uma Noite equivalentes a 24 horas
de Brahmâ. Então, uma idade de Brahmâ, ou cem anos divinos deve ser igual a
311.040. 000.000.000. de anos terrestres. Os Yugas anteriores ao atuam
(Kalyuga) designam-se de Krita-Yugas (Idade de Ouro), Treta-Yuga (idade da
prata), Dwâ-yuga (Idade do Bronze), sendo o atual chamado de Kalyuga, que
significa Idade Negra, ou do Ferro, em aplicação desde os anos 5.000
anteriores a Cristo, data em que Krishna fora despojado do seu corpo mortal,
tendo sido Jesus levado ao Gólgota, muitos anos depois. Quem se segue?
Realmente, os Leitores bem poderão analisar o que se passa, atualmente, no
Planeta Terra e seus arredores.
16 . RAÇAS HUMANAS
1. “A primeira Raça surgiu sob a proteção do Sol (ou melhor de Úrano,
que misticamente, o representa). Pelo facto de a Consciência residir no
plano Âtmico, as formas (Corpos) denominadas Raças dos Deuses, filhos
do Yoga (visto que os Pitris emanam suas sombras (Chhâyâs), enquanto
se encontravam entregues à meditação e nascidos de si mesmos, por não
ter sido procriados por pais humanos.
Estes seres eram de formas enormes, filamentosos, proteicos e etéricos,
designados Bhûtas (isto é: sombras, hereges, criaturas; aspeto da sombra
de um morto), sem sexo, exsudadas dos corpos etéreos dos seus
progenitores. Esses seres podiam parar, andar, voar, correr; contudo
eram apenas, Chhâyâs, uma sombra insensível, dotada de um único
ouvido rudimentar e de uma vaga consciência do fogo. Esta primeira
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Raça reproduzia-se por excisão ou brotamentos: o ser crescia,
aumentava de tamanho, e então dividia-se em duas partes simétricas, no
início e nas últimas etapas, em porções desiguais, das quais derivavam
seres menores que, por sua vez, cresciam e davam origem à nova prol.
Nesta primeira Raça não se desenvolveu qualquer sub-Raça definida,
embora se pudessem indicar sete etapas de desenvolvimento ou
mudanças evolutivas. Nenhum desses seres poderia morrer, pois nem o
fogo nem a água podiam destrui-los."
Esta Raça, filho do fogo, surgiu na Terra firme, à volta do Monte Meru,
o estremo do Pólo Norte, que se tornou no Começo da Terra Sagrada
Central, onde o clima era uma espécie de deliciosa primavera. Esta Terra
há de ser, por isso, o berço de Cada Raça Humana, sob o Império de
Dhruva, o Senhor da Estrela Polar (Vénus). Aqui começou a Terra
Sagrada, também chamada “Terras dos Devas”, o Império de Drhuva
(vários significados) (Doutrina Secreta, II).
2.A Segunda Raça nasceu sob a influência do planeta Júpiter , ou Brihata
Parti (o Grande Senhor), que é o verdadeiro nome do planeta Júpiter.
Então, os Espíritos da Natureza ou Devas inferiores conglomeraram à
volta dos Chhâyâs (Sombras) películas de matéria mais densa, formando
uma espécie de envoltório externo e os interiores e o exterior Chhâyâs
da Primeira Raça passou a ser o interior (o duplo etérico) da Segunda.
Estas formas filamentosas e de cores brilhantes (amarelo-ouro,
alaranjado, etc.), heterogéneas, na aparência, de figuras diversas,
pareciam-se com os vegetais ou animais, e apresentavam,
frequentemente, contornos semi-humanos. Estes Seres da 2ª Raça
flutuavam livremente no Espaço, subiam e desciam de um para outro
lado, chamando-se entre si por um som do tipo flauta. A consciência da
Mónada, nesta Raça, responde debilmente à consciência búdhica.
Esta Raça adquire um novo sentido, isto é, um táto, respondendo assim
às impressões do ar e do fogo. Esta Raça tinha dois tipos principais de
reprodução: por expansão e brotamento (geração assexuada) e através do
suor, com indícios de sexualidade, facto este que deu a seus indivíduos o
nome dos seres andróginos latentes. Esta Raça Humana passou a residir
no Segundo Continente, chamado de Hiperbóreo (ou Plakcha),
ocupando o espaço atual da Ásia, juntamente com a atual Groenlândia
(Terras Verdes), incluindo a chamado Península de Kamschatka). Ao
tempo, também fazia parte deste espaço sagrado a ilha Spitzberg (ou
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Spitzberg), hoje pertencente à Suécia e Noruega, estendendo-se pelo Sul
até às Ilhas Britânicas. Nesse tempo, a Baía de Baffin era de pé firme. O
clima de então era tropical e o solo estava coberto da Vegetação.
Não foram indicadas quaisquer sub-raças para Segunda Raça.
17.TERCEIRA RAÇA-RAIZ (LEMÚRIA)
“A Terceira Raça-Raiz implica os espaços, largamente dilatados, do
Continente Lemúria. Os Seres Lemurianos apresentam três tipos
perfeitamente definidos, que designamos: Terceira Prima, Terceira
Média e Terceira Última. Vejamos como se desenvolvem estas três SubRaças. A Raça Terceira Prima nasceu sob o Império de Zukra (ou
melhor, Vénus) que, graças à sua influência, desenvolveram-se os
Hermafroditas, ficando as Raças separadas sob Lohitanga (o planeta
Marte), que ia na encarnação de Kama, geralmente identificado como
Maca, o Tentador, o desejo do Amor, a tentação. Nesse tempo, os seres
humanos existentes na Terra de então, o homem era de estatura
gigantesca. Apresentava-se muito avermelhado com muitas variedades
de matizes. Possuía fronte deprimida, nariz chato e as mandíbulas
volumosas e salientes. No entanto, os andróginos divinos eram de uma
bela e esplêndida cor vermelho-dourado. Nesta terceira Raça
desenvolveu-se o órgão da visão. No início, o ser humano tinha um só
olho, situado no meio da fronte (mais tarde designado de Terceiro Olho,
ou olho de Shiva), que brilhava como uma joia em sua órbita.
Posteriormente, surgiram os dois olhos, que não foram usados mesmo
até à terceira sub-Raça da Terceira Raça. Somente na quarta Raça,
quando o terceiro olho retrocedeu para o interior, vindo a converter-se na
Glândula Pineal. Estes dois olhos passaram a ser os órgãos normais da
visão do Homem Lemuriano. Assim, esta Raça acrescentou mais dois
olhos aos dois sentidos anteriores (o tato e a audição). No que se refere à
consciência, a Terceira Raça, pelo seu contacto com Âtma-BuddhiManas, demonstrou uma trindade à consciência dos contactos do fogo e
do ar, acrescentou a água. A Linguagem passou a ser monossilábica. A
reprodução era de três tipos: - na primeira sub-raça processou-se por
gotas de suor e apenas se distinguia o sinal sexual no corpo.
Gradualmente, surgiu a geração ovípara (terceira e quarta sub-raças)
produzindo, inicialmente, seres hermafroditos e, mais tarde com
predomínio de um só sexo, até que, finalmente, nasceram do ovos
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machos e fêmeas. Na quinta sub-Raça, o ovo começou a ficar retido no
seio materno e nasceu uma criatura débil e desvalida. Finalmente, já na
sexta e sétima sub-Raças, houve a geração pela união dos sexos.” O
Homem da terceira Raça é contemporâneo do pterodáctilo, do
Megalossauro e outros animais gigantescos. O Berço desta Raça foi a
Lemúria e Salmali, mais tarde viradas de baixo para cima (como dizem
as Histórias Antigas).
A Lemúria constituiu um enorme e vastíssimo continente que
compreendia o Sul da África, Madagáscar, Sri Lanka, Samatra, Oceano
Índico, Austrália, Nova Zelândia, Timor Lorosa’é, Indonésia, Península
Malaia, Ilhas Papua-Nova Guiné, Ilhas do Oceano Pacífico, etc.,
estendendo-se até grande parte a Sul do Oceano Pacífico, onde deixou
levantados numerosos picos e sinais de elevações que se afundaram no
leito dos mares de então (ver monólitos da Ilha Páscoa). Depois da
destruição terrível do enorme continente lemuriano, surgiu o Continente
da Atlântida, que constituiu a 4ª Raça Raiz que recebeu o nome de
Atlântida. Veremos, de seguida, que se trata de um enorme Continente e
não de uma minúscula Ilha no Oceano Atlântico, aqui mesmo entre a
Grã Bretanha e as Ilhas Berlengas. A Velha Posidónia dos nossos Irmãos
Gregos fazia parte da Atlântida.
18. 4ª RAÇA-RAIZ – ATLÂNTIDA
“A Raça Atlântida foi engendrada pela Terceira Raça, que era a Lemúria.
Há cerca de oito milhões de anos, o Manu da 4ª Raça escolheu os tipos
sociais anteriores que foram transferidos da Raça Lemúria, parecendolhe mais adequados, conduziu-os à Sagrada Terra Imortal, para livrá-los
do enorme cataclismo lemuriano. A Raça Atlânte nasceu sob a
influência de dois planetas: Soma (Lua) e de Zani (Saturno). A
influência deste último astro deveu-se, em parte, ao Grande
desenvolvimento da inteligência concreta, que caraterizou a sub-Raça
tolteca. Este povo tinha uma Linguagem aglutinante, no entanto, no
decorrer do tempo, adquiriu flexão e, nessa modalidade, foi transmitida
para a 5ª Raça. O berço da 4ª Raça foi o vastíssimo Continente da
Atlântida (ou Atlantis, em Grego), que ficou submerso nos oceanos
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Atlântico e Pacífico.
Depois da destruição terrível do enorme continente lemuriano, surgiu o
Continente da Atlântida, que constituiu a 4ª Raça Raiz que recebeu o
nome de Atlântida. Veremos, de seguida, que se trata de um enorme
Continente e não de uma minúscula Ilha no Oceano Atlântico, aqui
mesmo entre a Grã Bretanha e as Ilhas Berlengas. A Velha Posidónia dos
nossos Irmãos Gregos fazia parte da Atlântida.
“De acordo com os ensinamentos secretos de Platão, que foi um Iniciado
nos Mistérios Antigos e o mais eminente dos filósofos gregos,
Antiguidade. Platão viveu, entre os seus conterrâneos, no séc. IV antes
da Era de Cristo-Jesus. Platão conviveu, muito de perto, com os
filósofos da Magna Grécia (Creta) e os sacerdotes do Antigo Egipto
desse tempo. Platão fundou uma escola em Atenas, que se tornou o
Centro Luminoso da Grécia e Atenas, cujo resplandecente atingiu grande
distância. Com efeito, Platão considera Deus como uma causa e
substância, como um Lógos ou Verbo, que contém as ideias eternas,
tipos de todas as coisas. Ele admite que as Ideias são inatas na Alma
humana. Demonstrou, ainda, que a Alma é de origem divina e participa
da substância divina. Platão afirma que é da substância divina e imortal,
que se recebe o prémio ou castigo que se merece pelo seu próprio
procedimento (na Terra), sustentando, além disso, que se sai repetidas
vezes desta vida, para a ela voltar outras tantas vezes (1). Platão
distingue-se pela sua grande pureza, que deixou plasmada em muitos
escritos, por exemplo: Eutífron, Pitágoras, As Leis, A República (2,)
além de outros. Platão deixou-nos no ano de 348 a. C.
Voltando à 4.ª Raça, a Atlântida encontrava-se no apogeu da sua
prosperidade (aproximadamente um milhão de anos atrás), num espaço
que ocupava quase toda a área atualmente coberta pela parte setentrional
do atual Oceano Atlântico, chegando, pelo Norte, até à Escócia, e no
Noroeste até ao Lavrador, e cobrindo a maior parte do Brasil atual. O
enorme Cataclismo ocorrido há cerca de 80.000 anos destruiu quase
tudo quanto restava deste vasto continente. (Scott-Elliot, História da
Atlântida).
Neste momento, a maioria dos habitantes do Globo terreste permanece,
ainda na 4.ª Raça, cujas sete sub-Raças são:1ª. – Ramoahal; 2ª. –
Tlavatli; 3ª. – Tolteca; 4ª.- Turânica; 5ª. - Semíta; 6ª. – Akkadiana e 7ª. –
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Mongólica. Dentre estas 7 sub-raças, merece menção pelo seu alto grau
de civilização, a Tolteca, da América Latina (3).
(l) Esta passagem, da nossa responsabilidade, encaixa-se, perfeitamente, naquilo que agora, nestes
limiares do Terceiro Milénio, se começou a divulgar e explicar, o que é a Lei do Retorno, ou)
Reencarnação das Almas Humanas, na sua Partida e Regresso à Terra.
.
(2) Portanto, já nos tempos de Platão, o processo da Reencarnação era uma realidade e, sobretudo, uma
mais valia espiritual. que citamos: Timeu, Fédon (ou a Imortalidade da Alma), Fedro, O Banquete,
Geórgias, Eutifron, Pitágoras, As Leis, A República, além de outros.
(3)Esta sub-raça, Tolteca, conhecia profundamente a química, a astronomia, a agricultura e a alquimia.
Era, também, muito versada na magia negra, grande parte da qual tinha por instrumento o hábil
emprego dos “raios obscuros” da Lua, ou seja as emanações da porção obscura da Lua.
19.QUINTA RAÇA – ÁRIA
“Os brotos haviam de ramificar em várias direções. É a atual Raça
Branca do planeta Terra, que se desenvolveu sob a proteção de Buddha
(Mercúrio). O principal objetivo desta Raça era o desenvolvimento da
Mente e, para cumprimento desse objetivo, o planeta da Sabedoria
banhou, com seus benéficos eflúvios, o berço da 5ª. Raça, também
designada Raça Ária ou Ariana. Há um milhão de anos, o Manu
Vaiwasbata selecionou, dentre a sub-raça Semita, da raça Atlântica, as
sementes da Quinta Raça-Mãe, e as conduziu à Terra Sagrada Imortal.
Idade após Idade, foi modelando o núcleo da humanidade futura. Ali se
acrescentou o quinto sentido (o olfato) aos outros quatro, ficando o
homem tal como ele é no estado atual. Ali, o Manu congregou as mais
brilhantes inteligências e os carateres mais puros, para que renasçam nas
formas (corpos) que ele desenvolve. Uma vez estabelecida a sua Raça
típica, conduziu-a para a Ásia Central, onde se demorou por longo tempo,
ficando ali a residência da Raça, cujos filhos tinham que se ramificar em
várias direções ou Ramos, cuja Raça-Raiz tem as seguintes sub-Raças: 1ª.
– Ária; 2ª. – Aro-Semita; 3ª. - Irânea ou Pérsica; 4ª. – Celta; 5ª. –
Teutónica ou Germânica (está em desenvolvimento nestes tempos) (1).
(1)As sexta e a Sétima sub-Raças hão de florescer, a seu tempo, no Norte e no Sul das Américas. Julga-se
que nestas duas sub-Raças entrarão povos da Velha Europa, se atendermos ao facto de se ter desenvolvido
uma cultura e uma civilização muito interessantes, porque se tem tentado proceder à fusão dos povos de
todo o Mundo, em termos de reintegração e evolução. Pelo menos na Média e Última das Américas do Sul
(incluindo o Brasil). Talvez se compram os desejos do Quinto Império.
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6.ª - RAÇA (FUTURA)
“A 6ª. Raça, que se seguirá à Raça Ária, será caraterizada pelo
desenvolvimento espiritual, pela aquisição do sexto sentido (Mediunidade
aberta), a clarividência astral e, pelas suas tendências unitárias. Os Seres
da Sexta Raça hão de povoar o continente Zâhna, cuja emersão inicial
ocorrerá no ponto onde atualmente se encontram os Estados Unidas da
América, que previamente será cortada por graves terramotos e fogos
vulcânicos “ (sic). Assim como estamos, com guerras, assassinatos, roubos
destruição do Planeta, não vamos a parte alguma. Nem mesmo com
viagens à Lua, a 4,5 milhões de Dólares por pessoa, sem regresso à Terra.
Pois já se vê como vai correrá o negócio.
7ª. – RAÇA (FUTURA)
“Será caraterizada pelo seu completo desenvolvimento espiritual, pela
aquisição do Sétimo sentido, ou seja a clarividência mental. Esta Sétima
Raça florescerá no Sétimo Continente, chamado Pushkara, cujo Centro
estará no ponto onde atualmente se encontra a América do Sul. Ao
terminar a vida geológica deste Continente, sobreviverá o fim do nosso
globo, caindo em sono suave, depois do longuíssimo trabalho de
vigília”.
NOTA SOBRE O FUTURO DA HUMANIDAE:
O que acabamos de transpor para o papel, em termos de visão de futuro,
presente e passado, envolve muita gente bem preparada de dignidade,
respeito e idoneidade. Queremos, portanto referir algumas Maestrinas
(Mestres) que têm sido incansáveis na busca da verdade do que foram as
diversas Raças, Sub-Raças, os espaços onde apareceram, se
desenvolveram e, finalmente, pereceram (fisicamente) devido aos
numerosos cataclismos que, durante milhões de anos, se construíram, se
desenvolveram e, finalmente, pereceram para sempre. Mas há, em nós,
uma coisa que, felizmente, nunca morreu nem morrerá, porque o
Homem Terrestre, além do seu veículo, tem, felizmente, numerosos
planos de energia que, mais ou menos desenvolvida, ajudá-lo-á, no
presente e no furo, a caminhar até ao fim, se antes não conseguir dar o
nosso salto quântico na caminhada para os nossos Irmãos mais antigos.
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Este e outros trabalhos aqui desenvolvidos têm, graças a Deus, a
Clarividência dessas três Iniciadas na busca do Conhecimento Esotérico:
Helena Petrovna Blavatsky, Annie Wood Besant e Alice Bailey. Claro
que há outros investigadores igualmente competentes e sérios, que, de
quando em vez, me ajudaram a redigir este livrinho.
Por se tratar, neste modesto trabalho, de conhecimentos de alto valor
científico e esotérico, por isso e por outros motivos, possivelmente
contestado por aqueles que, durante muitos milhares de anos, têm
sonegado ao povo, a realidade da consciência por alguns deturpada,
entendemos, portanto não levantar quaisquer comentários de pro ou
contra, neste momento. Noutro lado e melhor documentados sobre estes
interessantes temas, poderemos, eventualmente, dizer ou escrever algo
sobre eles. E só isso, por agora.
20. O GOVERNO DO PLANETA TERRA
Para ajudar os leitores a compreender como funcionam os planetas e a
sua dependência do Sol (Hélios) para cada grupo de planetas, vamos
abrir o livro “As Novas Escrituras” (1). Começamos pela Introdução:
Tudo é energia, e assim, podemos afirmar que “a matéria é o Espírito
descendente e degradado, tal como o Espírito é a matéria ascendente e
glorificada”. “A energia, ao adquirir maior densidade, desce sete planos
(graus ou níveis). O plano mais denso (ou seja, de menor frequência
vibratória) é o físico, que se divide em sete subplanos (ou estados)
sólido, líquido e gasoso e quatro etéricos.
A seguir, por ordem crescente de frequência vibratória, encontram-se os
seguintes planos: emocional (astral ou sensorial), mental, intuicional
(búdico ou de amor crístico), átmico (da vontade espiritual), monádico e
divino.
O homem também tem corpos correspondentes aos diversos planos atrás
apresentados.
A personalidade (ou o Eu inferior) é constituída pelos três corpos mais
densos, a saber: físico (incluindo o etérico), o emocional e o mental
concreto (de que apenas fazem parte os subplanos menos subtis do
mental).
A alma (o eu superior, ou Ego) pode, sob certos aspetos, considerar-se
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constituída pelo mental superior, conjuntamente com os corpos
intuicional e átmico. A alma é a mediadora entre a personalidade e os
corpos mais subtis: o filho do Pai e da Mãe, isto é, o produto da união do
espírito com a Matéria; o princípio sensível que subsiste nas
manifestações externas, impregnando todas as formas, e constituindo a
própria consciência de Deus, etc.
Existe uma Hierarquia de seres que representam uma síntese de energias
conscientemente orientadas para formar a evolução planetária.
Estas forças – exteriorizadas através de mestres de sabedoria –
vinculam-se imediatamente a uma hierarquia maior (a Hierarquia Solar).
Assim como ao Sol preside um Lógos Planetário. O estudo da lei de
correspondência ou analogia é a principal chave para penetrar no
conhecimento dos raios, sistemas e hierarquias. No que diz respeito ao
Planeta Terra, o nosso Lógos é diretamente coadjuvado pelo Senhor do
Mundo (chamado o Ancião dos Dias) que, durante muitos milhares de
anos, foi Sanata Kumara, que veio de Vénus para Chamballa
acompanhado por um grupo de entidades muito evoluídas (pontos
focais de força planetária) que ultimamente têm sido substituídas nos
seus cargos por naturais da Terra (2). Assim, as elevadíssimas funções
desempenhadas por Sanat Kumara passaram a ser exercidas desde o
meio do última século, pelo Senhor Gautama que, portanto, é
atualmente, o Sr. do Mundo (também chamado o Ancião dos Dias).
Quando o Sr. Gautama assumiu estas funções na Terra, o Sr. Maitreya
passou a Buda Divino. Atualmente, o Buda Divino é também o novo
Messias.
Os três departamento fundamentais na Hierarquia, representam, ao nível
planetário, os três aspetos do Lógos manifestado no Sistema Solar:
Vontade ou Poder, Sabedoria e Amor. Cada departamento relaciona-se
com os respetivos aspetos: Os três primeiros aspetos possuem maior
força relação dos temas mais importantes. É importante compreender as
relações de Aspeto com os Departamentos de 1 a 3. Com exceção do Sr.
Sanata Kumara, a quase totalidade dos cargos superiores passaram a ser
entregues a Mestres Iniciados dentro do Planeta terra, embora, durante
milhares de anos, tenham sido os Srs. de Vénus a orientá-nos não só pela
deslocação para a Terra, como a formação e orientação de muitos irmãos
terrestres, que foram enviados para Vénus, onde aprenderam o que não
poderiam aprender na Terra.
Claro que o planeta Terra também beneficiou de muitos Seres de Luz e
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grandes Lógos e Budas, especialmente a partir de Irmãos que muito
trabalharam na 4º. e 5º. Raças (3) terrestres. Milhões de Pitris Lunares
deverão estar contentes por ter sido aceites, como trânsfugas selenitas,
para desenvolver e corrigir as suas deficiências (4). Como se aproximam
Grandes e Graves Cataclismos, com destruições em massa, muito temos
que trabalhar para ajudar as 6ª. e 7ª. Raças-Raiz.
(1)Edição Portuguesa, vol. I, 5ª. Ed., Lisboa, 1992.
(2) Já atrás nos referimos, várias vezes, aos Kumaras que vieram de Vénus para a Terra., por volta de
18.000.000 anos.
(3) Ver anteriormente o tema das Raças Humanas, respetivamente Atlântida e Ária.
(4) Ver atrás os elementos e os comentários das duas Raças Humanas que estão para vir, como se
comportarão e que destino estará reservado para os nossos atuais Irmãos terrestres.
21. A GRANDE FRATERNIDADE BRANCA
Não somos dos primeiros a presentar a Grande Fraternidade Branca
Universal, nem mesmo Shamballa, onde trabalham arduamente
numerosos Irmãos terrestres e não só, como acima acabámos de
apresentar. Felizmente não falta quem fale de isto e aquilo, de tudo e de
nada, apresentando, geralmente, elementos pouco fiáveis ou
apresentados por grupos e instituições com muito interesse nestes
assuntos, mas dificilmente encontramos pouca exigência nas fontes e
nos fatos que nos vêm de longe, ou são expostos sob a capa do interesse
comercial ou, mesmo, confundir as coisas que não merecem ser confusas
e, sobretudo, ajudar os Irmãos a evoluir cada vez mais.
Shamballa (ou Chambala) corresponde, modernamente, ao plano
superior intra-cósmico, onde trabalham arduamente numerosos Mestres,
ditos Seres de Luz, para ali enviados, quer os que provêm do Planeta
Vénus e também os que foram amorosamente ajudados pelos Kumaras
Venusianos. Durante milhões de anos, a Ilha Branca fora o ponto de
encontro de Grandes Seres, quer da Terra, quer de Vénus, a fim de
analisar a situação do planeta Terra, que desde os últimos milénios,
entrou em desajuste grave face às orientações superiores. Realmente, a
Ilha Branca sempre esteve cheia de beleza a todos os níveis, situava-se
num vasto mar interior que, em épocas remotas, estendia-se através da
Ásia Central, onde ultimamente se começaram a descobrir Ossadas de
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muitíssimos Dinossauros e outros
Esta maravilhosa Ilha foi habitada, na ponta final, pelos restos dos
últimos elementos da Raça anterior à atual, que foi a Raça Atlântica.
Estes Restos humanos eram os “Filhos da Vontade e da Yoga, que
sobrevieram ao Grande Cataclismo, que submergiu a Lemúria e depois a
Atlântida. Diz-se que, de tal Ilha restou apenas uma espécie oásis
rodeada pela horrível aridez do grande “Deserto de Gobi”., ainda
conhecido por uns poucos (Doutrina Secreta, II-230-31).
Os Grandes Iniciados desta Sagrada Ilha (situada, anteriormente no
vasto mar interior da Ásia Central, tiveram grande e profícua orientação
dos homens Lemurianos. Verifica-se que, realmente, houve grande
desorientação das terras dos Mongóis, onde parecia que o mar tinha
passado por aqui, onde os Dinossauros eram enormes e numerosos. Mais
tarde, a Ilha Branca deu nome a Shamballa, que hoje se projeta, em
plano superior não acessível aos humanos comuns, mesmo sobre a
Cordilheira dos Andes, na América Latina.
Desta forma, o Leitor fica, desde já, a saber que os Conteúdos esotéricos
válidos, expressos por Mestres sem interesses comerciais nem
competição ou concorrência com quaisquer orientações religiosas ou
outras, podem ter a certeza que lhes não prometemos ascender ao Céu
(por que não existe), mas antes devem seguir pelo melhor caminho que
ajudá-lo-á a evoluir mais e melhor, juntamento com os demais que
compreendem e desejam caminhar em Direção ao Pai (ver atrás da
importância do Prâna).
22. REENCARNAÇÃO
A Reencarnação é a doutrina do renascimento, na qual acreditavam
Jesus e seus Apóstolos, como toda a Gente do tempo de Jesus e de
Platão, e quantos, no decorrer do tempo, foram vítimas das perseguições
de algumas Igrejas ocidentais, só por dizer, em público, que aceitavam e
compreendiam a ida e retorno das almas que ainda não tivessem
completado sua evolução na Terra. Não se trata duma crença, mas sim
duma compreensão das coisas de Deus.
O sentido do termo Reencarnação é isso mesmo: voltar à posse de um
corpo novo (que, em termos esotéricos, se denomina Veículo). Nos
tempos em que o Mestre Jesus passou pelo Mundo (sempre apoiado pelo
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Mestre Maitreya), a palavra Reencarnação era um dado adquirido e
ninguém discutia este assunto, visto que o próprio Jesus e seus apóstolos
(Iniciados) compreendiam, perfeitamente, a ida e as voltas que cada ser
humano tem que concluir até, finalmente, ultrapassar o limite de cada
alma, antes de atingir o Plano Causal (limite da obrigação da estada da
Alma na Terra). Há mais de 2.000 anos, os Povos do Oriente e do
Ocidente desenvolviam, em termos esotéricos, importantes
conhecimentos que, nestes tempos de Kalyuga as igrejas ocidentais e
outras tentam rebater uma ideia (e não princípio) inventada depois do
Concílio de Trento. Basta recordar que as Igrejas mais antigas e
anteriores ao Concílio de Trento, especialmente Budistas, Hinduístas,
Budistas-Tibetanos, e mais para Ocidente, incluindo os Egípcios
Faraónicos (Imhotep), Pérsia, a Palestina, a Grécia Antiga, Roma
…Todas, em uníssono, compreendiam e não desdenhavam da
Reencarnação. No séc. IV a. C., Platão deixou bem explícito este
assunto, usando de um discurso natural e capaz de ser compreendido
pelos seus coevos. Claro que Platão era um Iniciado, um Hierofante e
assim melhor compreendia.
Deixemos o Oriente, com raízes budistas, para mostrar um pouco da
compreensão dos Egípcios do tempo dos Faraós. Estes convertidos ao
Cristianismo Primitivo (Igreja Copta), compreenderam bem a doutrina
reencarnativa, como provam os escritos de muitos faraós. Nos símbolos
ainda existentes no Egipto, a ave com cabeça humana, que voa para uma
múmia, um corpo ou uma alma que se une com seu sahou (corpo
glorificado do Ego, e ainda o invólucro kamalókico) são prova evidente
da compreensão deste povo, espiritualmente desenvolvido, com Raízes
da Atlântida. “O canto da Ressurreição” entoado por Ísis para fazer que
a vida voltasse ao seu esposo defunto, poderia ser traduzido como”canto
de Ressurreição”, visto que Osíris é a Humanidade coletiva (…) A
“Ressurreição” entre os Egípcios, nunca significou a Ressurreição da
mutilada múmia, mas sim a Alma que animava, o Ego num corpo novo.
A Reencarnação tem mais nomes, segundo os textos fidedignos da
Teosofia, esta doutrina ensina que a alma, o princípio vivo, o Ego ou a
parte imortal do Homem, depois da morte do corpo, de modo que, para
um mesmo indivíduo, existe uma pluralidade de existências ou, melhor
dizendo, uma existência única de duração ilimitada, com períodos
alternados de vida objetiva e vida subjetiva, de atividade e repouso,
comummente chamados de “Vida” e “Morte”, comparáveis, de certo
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modo, aos períodos de vigília e sono, na vida terrestre ... (Doutrina
Secreta).
A Reencarnação, com vários nomes, não é uma invenção nova, uma
proposta de salvação e evolução do ser humano. Mas podo ser tudo isso
e muito mais. Basta ler alguns Iniciados antigos para ajudar à
sinceridade desses tempos: Platão, Jesus, Maitreya, Gautama (Budha),
Confúcio, Lau-tzé, Imhotep (Egipto) e outros Hierofantes. Ao tentar
negar a Reencarnação, as Igrejas ditas Cristãs, estão a contradizer a
própria Bíblia, em termos de preservação das Verdades concentradas em
muitos textos sagrados. Objetivamente, o que se deseja não é rebater a
existência ou não existência da Reencarnação, em termos de crença,
acreditar ou não acreditar, porque a maioria dos que partem daqui On
Beyond e breve regressam, embora com outra roupagem por fora, que
esconde o que vai por dentro (ou talvez não lhes sobrou algo). Além do
mais, temos o caso de tentar enganar “os mortos”, quando lhes
prometem que, em breve, cada um estará no Céu, no purgatório ou no
Inferno. Mas se este fora católico e cumpridor do que lhes tentam meter
na cabeça, de certeza que está junto do Senhor. Diríamos nós no
Devachã. A nossa posição é muito simples: as Igrejas, quaisquer igrejas,
para evitar confusões e competições, devem, desde já, explicar e fazer
compreender ao Povo de Deus (sic) como funciona este assunto,
pedindo perdão aos seus afiliados pela demora na correção e devem
suavemente introduzir os elementos concretos e objetivos deste e de
outros assuntos, que foram proibidos ao Povo de se alargar mais no
desejo de saber cada um, quem sou, por que estou aqui e para onde vou,
depois da entrega do veículo ao dono (a terra). Depois disso, “as
Ovelhas do Senhor” jamais perderão tempo e feitio a respeito de um
tema que, no Oriente, há muito deixou de ser polémico, como soí no
Ocidente pro parte.
Falta, ao Povo, a compreensão da origem e destino do veículo humano, a
e partida deste para a outra banda (on Beyond). Em nossa sincera
opinião, seria muito mais produtivo, em termos de evolução dos Seres
Humanos, se as Igrejas tivessem coragem para alterar o esquema,
deixando que os povos de Deus encontrassem seu caminho para, no final
da caminhada, ter a certeza que não serão postos de lado nem cairão em
qualquer buraco negro que os engula pelo caminho. Contudo, sabemos
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que, na realidade, não são fáceis, depois da chamada partida para a
Outra Banda, pois há muitos e complicados níveis de energia, de que
necessitam esses Irmãos, que passaram vidas e vidas atacanhados nos
planos do baixo astral, ignorando, infelizmente, quanto terão de
trabalhar para regressar ao ponto de partida (Terra) e tentar recompor as
verdades que os líderes religiosos lhes esconderam, durante tanto tempo.
Mesmo sem pretender amedrontar alguém, será lógico e razoável que
muitos curadores clericais terão de ser responsabilizados, post-mortem,
pelas infâmias e mentiras incutidas na mente obscura de milhões de
crianças, jovens, idosos com dúvidas e, até, muitos irmãos que se
sentiram, durante as caminhadas pela Terra, falsa e velhacamente
defraudados. Perguntaríamos nós: “Quanto ganharam as Igrejas pela
ocultação da Verdade?” - Decerto que algo de material ganharam, mas
não é do materialismo que falamos, mas sim da Alma Humana.
23. FALAR DE DEUS
Nos nossos anteriores e posteriores trabalhos, fomos falando de Deus,
embora com nomes diversos. Agora vamos insistir no tema:
A palavra Deus deriva do grego Theós e refere-se a um Ser Supremo
infalível, e incompreensível para a inteligência humana. No decorrer dos
tempos, a palavra “Deus” foi sendo aplicada a seres diversificados,
desde os elementos da natureza (Elementais, Devas, Pitris, Mestres,
Hierofantes, etc.). Desta forma, tivemos deuses para todos os níveis,
funções e categorias. Há tempos abrimos o livro sagrado dos
Muçulmanos (Alcorão) e encontrámos 90 a tantas palavras para
confirmar o que não é Deus, ficando na dúvida o que É. Portanto, é
tempo de colocar as coisas no seu lugar, mas não é possível definir o que
é, por sua natureza indefinível. Em “Luzes do Oculto” (L. O.), o Mestre
Koot-Hoomi (Kut´Humi) (1) ajudou-nos a melhor compreender a noção
de Deus. Assim, temos um Mestre ligado a Shamballa que nos ajudará a
evitar equívocos. Na simples designação de Deus, o Mestre responde e
23 questões relacionadas com Deus (em geral). Seguidamente responde
à pergunta referente ao Deus Imanente (1), às perguntas sobre o Deus
Planetário (3) e o Deus Transcendente (3). Vejamos apenas as Respostas
às Perguntas formuladas: “Deus Imanente – É o Ser Absoluto, Eterno,
Incriado e, em Si Mesmo, infinito e Incondicionado. É Aquele que, por
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ser, permite que todas as coisas sejam. É a Causa de todas as Causas, a
Essência de todas as existências. Dele, ciclicamente, promana um raio
(um fragmento da sua inesgotável e perpétua Essência) que dá origem a
todos os universos em manifestação; é Ele que lhes dá o Ser, É Ele a
fonte de onde brotam e onde, por fim, retornam; é o seu ponto
absolutamente sintético, irradiante e reabsorvente, porém, ainda assim,
permanece além deles como incessante movimento (que, entretanto, é
eterna e inalterável quietude)”.
“Como Lógos ou Verbo encarnado, é o Poder que sustém os mundos, o
amor que os justifica e a inteligência que contém o Plano pelo qual se
constroem e evoluem, em cadência cíclica; é a Vida e a Substância de
tudo quanto existe (o Pai e a Mãe Universais), é a Ordem, o Equilíbrio e
a Lei de todos os pequenos e grandes Cosmos; é o garante da
consumação evolutiva de todas as unidades de vida, nas quais está
imanente e que, por isso mesmo, inapelavelmente retornarão à Casa
Eterna de toda a Alegria e de toda a Paz; É o amoroso, o sublime
Sacrifício: Ele está crucificado no Universo inteiro, em todas as
criaturas, até que tudo seja redimido e todas as partes vivenciem e
expressem a Glória do Uno.” (L.O., pg.15).
Quanto à definição do Deus ou Lógos Planetário - temos que “Deus é
uma gloriosa Entidade, cujo corpo de expressão é um planeta, de que
constitui a Divindade ou a Palavra encarnada. Relativamente a cada
planeta, o respetivo Lógos (ou Deus Planetário) executa o Plano Maior
do Lógos do Sistema Solar de que o planeta faz parte, imprimindo-lhe,
porém, a Sua específica qualidade ou tónica-chave, nomeadamente de
Raio. O Lógos Planetário é o Ser que vitaliza, agrega e qualifica toda a
substância de um planeta; é o Divino Pensador que mantém a portentosa
forma mental em que está contido todo o percurso evolutivo desse
planeta (…). Em Resposta ao Deus Transcendente – “Deus está em tudo
como essência pura, isto é, como Ser, como Presença e Potência de Vida;
está dentro de Vós (onde O tendes de encontrar, está em todos os seres à
vossa volta (e que só pode existir porque Ele É.)” (...)
“A Humanidade é toda nascida do Seio do nosso Deus, o Lógos
Planetário terrestre – Aquele em cujo Seio nascemos “Vivemos nos
movemos e temos o nosso ser” – Lê-se em Atos, XVII, 28.
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Numa pergunta acerca da possibilidade, por hipótese, de algum ser
terrestre tivesse emigrado para outro planeta, que lhe aconteceria depois
da morte? - A resposta foi dada assim:- Depois da morte esse ser
voltaria para a Terra, seu planeta de origem. A alma está ligada pela fio
imperecível da Vida – qual cordão umbilical – ao Ser Planetário
Terrestre (Deus Pai ou o Lógos Planetário)”.
Na impossibilidade de entrar em temas com muita complexidade,
deixamos ao Leitor um pouco deste enorme complexo de definições que,
por mais que se tente explicar, cada vez mais se complica. Com as
respostas simples do Mestre Kut`Humi parece-nos o suficiente.
(1) Luzes do Oculto, Perguntas com Respostas, 2ª. Edição, C.L.U.C., Lisboa, 1998.
24. BUDISMO E HINDUISMO
Buddhismo é a Filosofia religiosa ensinada por Gautama Buddha. O
Hinduìsmo é a religião dos Hindus. Buddha Siddhârtha é o nome dado a
Gautama, príncipe de Kapilavastu, aquando do seu nascimento. O nome
Gautama significa “o mais vitorioso na Terra”. Era o nome sacerdotal da
família Sâkya, nome patronímico régio da dinastia a que pertencia o pai
de Gautama, o rei Suddhodhana de Kapilavastu. Kapilavastu era uma
cidade antiga, onde nasceu o grande reformador, que foi destruída no
tempo em que ele viveu. Do título Sâkyamuni, o primeiro elemento
Sâkya deriva do nome da família de Kapilavastu, onde nasceu Buddha
Siddhârtha, no ano de 1024 a. C., segundo o Calendário Chinês.
Gautama passou seis anos em Gaya entregue à meditação, onde concluiu
que a tortura física de si mesmo era inútil para atingir a iluminação e,
então, resolveu ir por um novo caminho até chegar ao estado de Bodhi.
Gautama dizia que tinha passado por milhares de reencarnações até
atingir o estado de Bodhisattva. Ficou célebre o dia em que veio ao
mundo. Para o regresso à Terra, optou pelo ventre de sua mãe, de nome
Maya, como a mais pura da Terra, que se harmonizou com o modelo da
natividade de cada Salvador, Deus ou Reformador Divinizado. Diz-se
que o recém-nascido deu sete passos em quatro direções, quando uma
Flor de Udumbara (Ficus glomertata), se abriu em sua peregrina
beleza, tendo os reis nâgas realizado, sem delongas, o batismo. A vida
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de Gautama Buddha confunde-se com as peripécias da sua vida pessoal,
esotérica e espiritual, onde a verdade se mistura com a ficção.
O Buddhismo é, ainda hoje, uma das mais antigas Filosofias e religiões
do Mundo. Atualmente, o Buddhismo e o Hinduísmo são Igrejas afins,
com raízes da mesma origem, embora com distribuição geográfica bem
distinta. A Filosofia religiosa, ensinada por Gautama Buddha continua a
ser ensinada quer por Budistas, quer por hinduístas. As diferenças são
poucas e entre as duas Igrejas: Buddhistas e Hinduístas não se digladiam
e cada uma prossegue seu caminho. Por razões geográficas e (talvez por
pressão política periférica), o Buddhismo atual divide-se por duas igrejas
distintas: a do Sul e a do Norte. A do Sul parece ser aquela que melhor
conservou a doutrina de Buddha, continuando a ser a Religião de vários
países, como Sri Lanka, Sião, Birmânia, além de outros países. Por outro
lado, o Buddhismo do Norte tem os limites do Tibete, China e Nepal,
onde se encontram os Lamas, que se dividem em dois grupos. Isto talvez
tenha a ver, não com as igrejas em si, mas antes com alguma forma de
elitismo, de que o Mestre teria ajudado a desenvolver. Alguns arhats do
nosso tempo pensam que o Buddhismo não pode ou não deve ser
avaliado pelas duas igrejas em separado, mas sim pela cooperação e
expansão dos ideais proclamados por Buddha. Annie Besant faz uma
síntese das religiões mais antigas com raiz no Sul, onde continua a
desenvolver-se a manifestação divina. Segundo o primeiro Lógos,
Amitabha, a Luz infinita; o 2º Lógos, a valokitesvara; o terceiro Lógos:
Madjusri que representa sabedoria criadora e corresponde e Brahmâ.
Entretanto, o Buddhismo Chinês parece não conter a ideia de uma
Existência Primordial fora do Lógos, enquanto o Buddhismo do Nepal
postula a Âli-Buddha e que procede a Amitâbha. Por seu lado, o
Hinduísmo é a religião da maioria da Índia, com raízes que procedem da
mesma. O Hinduísmo, sistema religioso e social, tem por pilares o
reconhecimento da ortodoxia das Escrituras e das tradições brahmânicas
tais como: a adoração dos deuses e das suas reencarnações, a observação
minuciosa das regras das castas relativas ao casamento, à alimentação e
à bebida. Finalmente, a consideração da vaca e do macaco, como
animais sagrados. As grandes hipopeias, aos Purânas, e o misticismo
mágico dos Tantras servem de cobertura histórica do Hinduísmo,
amálgama, sob o patronato da casta brahmânica, de uma confusa mistura
de tradições hindus. (…)
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Como doutrina, os Hindus têm essencialmente a crença numa alma
individual, que se reencarna no tempo inúmeras vezes que, purificada e
livre do fardo do Karma (das suas obras) é absorvida no Divino, no
Brahmâ. O Hinduísmo compreende uma numerosa variedade de seitas,
porém existe uma tolerância levada ao extremo, uma verdadeira
fraternidade entre elas. Não há, em qualquer outra religião, crentes mais
piedosos do que os hindus. Os muitos milhões que ali adoram suas
divindades, fazem-no sempre, sempre inteira e profundamente. (L. B.
Bergua, Notas do Ramayana, 706-708).
Para alguns, estes templos continuam a ser “Palácios Divinos”, onde
também se fazem oferendas e sacrifícios de animais oferecidos a Vishnu.
O culto doméstico tem coisas de outros tempos: ao levantar, o homem
deve curvar-se frente ao Sol e beber um pouco de água, como oferenda.
Deve, além disso, inclinar-se respeitosamente ao passar pelo santuário
da sua área; e visitar, de tempos a tempos, os templos sagrados e
oferecer um presente aos sacerdotes. As festas religiosas são: as das
lâmpadas (divadi), do Natal (divali) e a do aniversário de Krishna. O
Ritual dos mortos é a queima (em piras) dos cadáveres e depois lançar as
cinzas ao rio Ganges ou outro qualquer. Há festas populares e de família
e os segredos dos brâhmanes. Haverá razões para que as duas religiões
irmãs continuem a servir a grande parte dos povos orientais? Sim,
vejamos:
“Entre todas as religiões e filosofias existentes, a do Buddhismo é a
única absolutamente livre de mancha de sangue: tolerante e generosa,
incluindo a caridade e a compaixão universais, o amor e o sacrifício de
si mesmo, a pobreza e o contentamento com a sorte de cada um, seja
esta qual for. Nem perseguição nem imposição da fé, través do fogo ou
da espada, a cobriram de opróbrio. Nenhum deus que vomita trovões e
raios se imiscuiu em seus preceitos puros. E se o simples, filósofo e
humano código de vida diária que nos deixou o maior HomemReformador conhecido chegar algum dia a ser adotado pela humanidade
em geral, certamente começará para a espécie humana uma era de paz e
bem-aventurança
25. AS LEIS DO KARMA
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Karma ou Karman (sânscrito), fisicamente é ação; metafisicamente, é a Lei
de Retribuição. Ou Lei de Causa e efeito, ou Causa Ética. Némesis, apenas
no sentido de mau Karma. É o décimo primeiro nidâna ou causa de
existência no encadeamento de causa e efeitos, no Budismo ortodoxo; mas
é também o poder que governa todas as coisas, a resultante da ação moral,
o samskâra ou o efeito moral de um ato submetido para a obtenção de algo
que satisfaça um desejo pessoal. Há Karma de mérito e Karma de
demérito. O Karma não castiga nem recompensa; é simplesmente a Lei
única e universal, que dirige infalivelmente e, por assim dizer, cegamente
todas as demais leis produtoras de certos efeitos ao longo dos sulcos de
suas respetivas causas. Quando o Buddhismo ensina que o “Karma é o
núcleo moral de todo o ser, o único que abrevia a morte e continua a
reencarnação ou transmigração” Quer simplesmente que depois de cada
personalidade (morte), não resta nada além das causas – a não que sejam
compensadas por efeitos adequados, durante a vida da pessoa que as
produziu – seguirão o Ego reencarnado e o alcançarão em sua
reencarnação subsequente, até que a harmonia entre efeitos e causas seja
totalmente restabelecida.
Nenhuma personalidade (Corpo) – simples conjunto de átmos materiais e
de pecularidades instintivas e mentais – pode continuar como tal no mundo
do Espírito puro. Só aquele que é imortal em sua própria natureza e divina
essência, isto é, o Ego, pode existir para sempre. E, sendo o Ego aquele
que escolhe a personalidade que vai animar, depois de cada Devachã, e
aquele que recebe através de tais personalidades o s efeitos das causas
Kármicas produzidas, o Ego, o Eu que é o, “núcleo moral “ já mencionado
e Karma encarnado, é o “único que sobrevive à morte. O Karma não cria
nem designa algo. O homem é quem traça e cria as causas e a lei kármica
ajusta os efeitos e tal ajustamento não é um ato, mas a harmonia universal,
que tende a recobrar a sua posição primitiva. O Karma nunca destrói a
liberdade intelectual e individual, como o deus inventado pelos
monoteístas. O Karma é uma lei absoluta e eterna no mundo da
manifestação e, como só pode haver um Absoluto, assim como uma só
causa eterna e sempre presente, os crentes no karma não podem ser
considerados como ateus, ou materialistas, e menos ainda como fatalistas,
visto que o Karma é uno com o incognoscível, do qual é aspeto, e seis
efeitos no mundo fenomenal.
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Possivelmente, já muitas pessoas terão formulado esta pergunta: Será
que há no universo uma justiça que traga bem e ventura a quem o
merece e possa corrigir quem pratica o mal? Se há, como é possível que
se vejam seres humanos virtuosos, justos e generosos a sofrer, enquanto
gente perversa parece estar rodeada de tudo quanto é agradável? Na
realidade, quem leu com atenção o que dissemos acima, ou tenha acesso
a mais documentação, já se convenceu que as coisas não assim como
quem procura o melhor para si e os outros que se lixem. Nada disso.
Cada um de nós é livre de atuar de uma ou outra forma de viver e de ser
no mundo dos homens e dos deuses.
No Ocidente, as conceções religiosas mais vulgares afirmam que há
justiça divina no universo e que o ser humano tem livre arbítrio face ao
que se passa no universo. Contudo, quando são questionados, esses
irmãos têm muita dificuldade em responder a quaisquer interrogações
sobre esse assunto. Entre a fatalidade materialista e as incompreensíveis
justiça e liberdade de que, sem fundamentação, falam as Igrejas, a
Sabedoria Oculta apresenta a Lei do Karma, bem analisada e
documentada permite-nos deduzir que as coisas são bem diferentes das
correntes de pensamento atrás apresentadas. Realmente, o homem, que
se julgue, livre é, frequentemente, quase totalmente escravo da maioria
dos elementos com quem se cruza na vida real. Dito de outro modo, a
verdadeira justiça apenas poderá ser deslumbrada se estendermos a
compreensão das relações de causa e efeito muito mais amplamente do
que aos anos duma única vida. A expressão causa e efeito, define o
essencial da Lei do Karma. Convém compreender que a Lei do Karma
atua em todos os níveis e seres do Universo. No ser humano, manifestase basicamente como lei de causa ética. Aquilo que nos rodeia, as
circunstâncias que nos afetam, o próprio caráter que nos define, tudo
isso é resultado dos nossos anteriores pensamentos, sentimentos e atos.
Além de tudo isto, sobressai aqui outro dos conceitos fundamentais da
Sabedoria Eterna, da Ciência Espiritual que tem a ver com
Reencarnação, ou seja a sucessão das vidas sucessivas. Todos passámos
por incontáveis (milhares) de encarnações. Deste modo, a cadeia de
causas e efeitos, as relações Kármicas provocam-nos sérias e
complicadas existências à superfície do planeta. Além disso, para
compreender o princípio da Reencarnação, temos que analisar e
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compreender os diferentes níveis ou planos do Universo para onde
queremos estar, ou “caminhar” ao fim de tantas e tão difíceis
caminhadas. (esses planos ou níveis energéticos, cada vez mais subtis
serão analisados, mais adiante, neste tratado).
Até aqui, falámos da Lei do Karma em termos terrestes ou
microcósmicos, exclusivamente com referência aos humanos. No
entanto, precisamos compreender que o Karma rege todos os seres
manifestados no Universo, desde o Sistema Solar, até um animal ou
vegetal e, além disso, à produção de qualquer fenómeno. O Karma,
mesmo do ponte de vista humano, não pode ser encarado unicamente
do ponto de vista individual. Grande parte dos nossos
condicionalismos são coletivos. Desde logo, temos determinado
Karma, porque fazemos parte desta humanidade. Partilhamos do
Karma coletivo porque pertencemos a esta humanidade e não a outra.
Aliás, convém compreender que o Cosmos, parecendo aberto para
todos (pelo menos para enviar Cosmo-naves para lugares donde
ninguém deu autorização), torna-se um caso muito grave.
26. OS TRABALHOS DOS MESTRES
Krishna, Buddha Siddhartha (Gautama), Jesus Cristo (e suas
Encarnações anteriores); Senhor Cristo Maitreya e Apolónio de Tina.
Vamos proceder à síntese dos Metres mais ligados ao processo esotérico
do Ocidente, sabido é que os Mestres ligados aos valores inerentes ao
Esoterismo Oriental, especialmente Krishna, Buddha e Maitreya se
reportam aos tempos milenários, sempre mais coerentes onde o povo
mais se esforçou, através dos tempos, na defesa dos valores espirituais na
sua compreensão, devoção e expansão pura. Isso não invalida que grande
parte desse conhecimento esotérico não tenha extravasado para o
Ocidente, onde se detetaram analogias e comparação de factos ligados
aos conhecimentos onde se confundem o Oriente com o Ocidente, como é
o caso de conhecimentos e virtudes atribuídos a Krishna, Buddha e
outros, quando os mesmos se propagaram atribuídos a Jesus Cristo. O
Senhor Cristo Maitreya é um caso específico atendendo que Maitreya se
apresentou como Mestre de Jesus e Apolónio de Tiana, tendo,
ultimamente, transferido para um posto muito mais importante, a nível do
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planeta Terra, sob o nome de Cristo Maitreya, como adiante se vai
explicar.
Este processo de análise, do comportamento esotérico ao nível micro e
macrocósmico, serve de apoio à vertente exotérica, no Ocidente, onde se
continua a expandir uma ideia errada de que o Conhecimento espiritual,
inclusive os textos exotéricos, não têm evoluído, porque as estruturas
eclesiásticas e uma visão, algo vesga, persiste numa perspetiva fixista,
negando cumprir várias componentes: na Reencarnação, a Lei do Karma,
a Evolução dos Mestres Planetários, incluindo, além do mais, a Evolução
Espiritual dos seres humanos, no decorrer dos tempos. Por tal concepção,
algumas Mentes retrógradas imaginam que os planetas não evoluem nem
a Terra nada se tenha desenvolvido, nestes 2000 anos. Para nós, que
temos vivido acelerados, parecem-nos demasiados anos, durante a Era de
Peixes, cujos Reinados e Senhores entregues, respetivamente, aos
Mestres Maitreya e Jesus que, para se poder elevar a Shamballa, depois
do ano 100 d.C., e só depois de ter encarnado, como Apolónio de Tiana,
de quem nos ocuparemos mais adiante. Estamos a tentar fazer
compreender que este planeta, onde muitos milhares de Mestres,
Iniciados e Seres de Luz, ilustres seres Humanos a caminho da ascensão,
muito trabalharam com amor e dedicação dos Mestres que os vão,
lentamente, orientando (mesmo quando eles não se dão conta disso).
27.1. ENHOR CRISTO MAITREYA:
Depois duma breve análise do comportamento dos responsáveis pela
problemática oriental, quanto ao pensamento e leis a que o planeta deve
aderir e ajudar os seres humanos a resolver seus assuntos (Karmas, Leis
do Karma, apoio ao Planete, apresentação dos Hierofantes, Mestres,
Iniciados e discipulados) segundo orientações emanadas das estâncias
superiores, sem, no entanto, entrar em rotura ou discrepâncias, com
outros movimentos, orientações esotéricas para dar cumprimento à Era de
Aquário, cujo ciclo entrou em Janeiro de 1954. Durante cerce de 2 000
anos, vigorou a Era de Peixes, que terminou em Janeiro de 1954, cujo
Mestre ou Diretor, foi, durante os últimos 2 000 anos, Jesus Cristo sob a
orientação espiritual do Senhor Cristo Maitreya. (Aquário) os Seres
Terrestres que esperavam, com ansiedade e dignidade, o advento do Novo
Cristo, as promessas confirmaram-se segundo orientações superiores, sem
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alarido, pompa ou fanfarra exotérica, como se tem constatado nos últimos
tempos da Era de Peixes. “Antes de terminar o Milénio, por todos os
lados se desenvolveu a maior atividade do novo Messias, transmitidas por
via psicográfica, a um dos grupos servidores mais diretamente ligados à
vinda do Avatar. O início do processo reportou-se aos plenilúnios de Maio
e de Junho de 1984, quando o Senhor Maitreya decidiu, em definitivo,
que a conceção e o nascimento dos seus corpos ocorreriam,
respetivamente, nos exatos momentos das luas cheias de Maio e Junho de
1985. Tão sublime acontecimento exigiu intenso trabalho de ordem
espiritual, nomeadamente por parte da Humanidade, através de seus
representantes então encarnados.
O paralelismo entre o que se iria passar e o que acontecera há 2 000 anos
consta da mensagem da Mestra Maria, de 14 de Abril de 1985, em que ela
se refere ao dia do Festival de Wesak, do modo como decorreu a
transferência do corpo do Novo Messias, Individualidades presentes,
incluindo muitas explicações dadas pelo Cristo Jesus, acerca do modo
como tudo se concretizou e cumpriu com vista à descida até (quase) à
humanidade do Novo Messias que, a partir daquele momento passou a ser
entregue ao Senhor Maitreya. Há muito esperados por aqueles que não
desanimam nem mudam de casaco espiritual, como outros o fizeram na
travessia do Deserto, e continuam a fazer disso sua bandeira.
28.2. Jesus Cristo da Nazaré
Jesus, também chamado de Cristo ou de Jesus Cristo, tem sido
apresentado como o Maior e o único Messias do Ocidente, Senhor da
totalidade dos documentos dos Velho e Novo Testamentos. Temos, por
causa disso mesmo, uma distinção entre o Jesus histórico e o Jesus
mítico, com seus compromissos em termos terrestes e extra terrestes. O
primeiro era essénio, nazareno e foi mensageiro da Grande Fraternidade
Branca para pregar aos antigos ensinamentos divinos, que deveriam ser a
base de uma civilização (1). Pelo espaço de três anos foi Mestre divino
dos homens e, para tal, percorreu a Palestina, levando vida exemplar por
sua pureza, compaixão e amor à humanidade. Operou quantidade enorme
de prodígios, ressuscitando mortos, curando doentes, devolvendo a visão
aos cegos, fazendo andar os paralíticos e realizando muitos e variados
atos que, por seu caráter extraordinário, foram qualificados de
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“milagrosos”.
A sublimidade de suas doutrinas ressalta, principalmente, em seu célebre
Sermão da Montanha. Contudo, nem sempre o seu trabalho foi
dignificado pelas estruturas religiosas e políticas do tempo em que usou a
sinagoga para fustigar, pela palavra, os abusos e desvios espirituais de
seus maiores, como aconteceu muitas vezes. Como se apresentava ao
povo com um processo específico da sua pregação, não concordante com
a orientação sinodal, não poucas vezes os usuários da sinagoga não só
desfeitearam a Jesus, mas também detestaram seu modo de agir e do
conteúdo crítico transmitido ao povo assistente, que gostava daqueles
sermões. Muitas vezes Jesus foi vítima das ciladas de seus inimigos, no
sinédrio.
Como Iniciado, que era, isto é, para seus discípulos eleitos, ao Jesus
histórico foram atribuídos vários feitos lendários, que o converteram
noutro personagem puramente mítico, uma verdadeira cópia do deus
Krishna, tão venerado na Índia. Para provar a relação de semelhança entre
Jesus e Krishna, Helena P. Blavatsky apresenta uma interessante
comparação entre os dois Mestres: Jesus e Krishna. Outra questão que
queríamos apresentar consiste na análise da formação esotérica de Jesus,
desde a vinda ao Mundo e suas peripécias de criança à volta de um pai
dito carpinteiro e muito ligado ao trânsito comercial com os camelos e os
seus condutores. Além de toda a ligação da família à Ordem dos Essénios,
é difícil compreender como foi educado nas duas distinções atrás
indicadas, sempre ligado aos Hebreus, que tão mal se comportaram na
sua deslocação para a Terra de Canaã e, mesmo depois da entrada nesse
território, oferecido por deus. Pois tal filosofia, ligada ao Povo Judeu, em
que deus separa o seu povo e lhe promete as referidas terras, que
deveriam ser entregues às tribos de Israel, numa situação muito difícil,
segundo se constata pelos documentos que nos apresentam um Jesus afeto
às graves dificuldades e às patifarias levadas a cabo pelos seus próprios
irmãos de raça e de conceção espiritual, algo fora do normal, e afastada
das linhas esotéricas, largamente desajustadas dos conceitos religiosos e
espirituais, onde foram beber os mais importantes Mestres, Hierofantes,
Iniciados do passado
Torna-se muito difícil compreender, como um Mestre da elevação de
Jesus, se deixou enrolar durante tantas encarnações na mesma tipologia
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rácica, com três antigas Reencarnações (Josué, Rei Salomão e Jeremias)
e, finalmente Apolónio de Tiana (além de mais alguns). Finalmente, a
Alma de Jesus (não falando nos diversos nomes judaicos) deu um enorme
salto espiritual, quando, finalmente, se desligou duma estrutura espiritual
com cinco reencarnações, sendo a última (Apolónio de Tiana) a
descolagem total, pois o Mestre Apolónio de Tiana foi, finalmente,
renascer numa área diferente, bela, socialmente equilibrada, tendo
percorrido o Mundo de então ao serviço daqueles que mais precisavam do
saber. Diz-se que depois de Apolónio, a alma deste nosso Mestre e Irmão
ainda voltou a reencarnar na terra, no séc. 1600 d. C. Algumas dúvidas
nesta última reservam-se para novos estudos.
29.3.Algumas Reencarnações Anteriores a Jesus da Nazaré: Josué,
Salomão e Jeremias.
Não é fácil controlar as reencarnações de qualquer ser humana, no tempo
e no espaço. Não mesmo as de um Hierofante, ou Mestre. Isto também
tem a ver com Raças e sub-Raças humanas na Terra, quando algumas têm
suas raízes em planetas extraterrestres, por ex., a Lua e Vénus, etc. donde
vieram (em espírito) muitos seres terrestres. Além do mais, a Lei do
Karma permite que um ser humano desenvolva o seu trabalho planetário
ligado a determinada Hierarquia, Raça ou sub-raça. Como se
compreende, a alma de um ser é muito complicada, devido a alterações
inerentes ao planeta Terra: cada cataclismo, dilúvio, Tzunami, Desastres
atómicos, abalos sísmicos, Destruições Vulcânicos, etc. Tudo isso impede
a conservação consciente dos atos de cada ser e as datas dos mesmos, no
decorrer dos milénios. No que diz respeito às três Reencarnações de
Jesus, em tempos muito antigos, mas possivelmente controlados pelo
sistema de contagem contínua dos anos pelos povos antigos: Hebreus ou
Israelitas, Semitas, Akadianos, Mongóis, Iranianos ( Persas). Todos Pré
Históricos.
(1)É verdade que, assim fechados, durante tanto tempo, alguns povos da Raça Atlântica, isto é, da 5.º subraça Semita parecia ter grandes problemas a resolver com alguns descendentes da Quarta Raça Raiz
(Atlântica). Talvez porque as coisas não ficaram bem assentes, na Quarta Raça Raiz, seguem-se, na
5º.Raça, mais elementos que, possivelmente, tenham beliscado o povo Semita, que volta a entrar nesta atual
Raça, especialmente: Ária, Ario-semita, Iraniana, Celta e Teutónica. Como muitas destas sub-raças da Raça
Ariana, ainda receberam povos de outras sub-raças, é possível que este povo ainda encontre, pelo caminho,
alguns anticorpos. As guerras, a competição e inveja destroem o mundo. Não nos parece credível que o
Povo de Israel possa sobreviver no meio de tantos inimigos de Raça. Veremos isso em Josué.
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30. JOSUÉ - CONQUISTADOR DA TERRA PROMETIDA
“Filho espiritual de Moisés, depois da morte deste, Josué conduziu o
povo de Israel para a Terra Prometida, e conquistou todos os territórios,
reservados por Deus, ao povo eleito do Antigo Testamento.”
Da origem e juventude desse homem com missão providencial, pouco ou
nada se sabe. A Bíblia apenas nos diz que ele é “filho de Nun, da tribo de
Efraim” (1). Importa compreender que Josué seguiu o modelo que mais
tarde vai, de novo, seguir, aquando do seu regresso sob o nome de Jesus
(da Nazaré), isto é, Josué foi sendo orientado, em termos esotéricos, pelo
seu Mestre Moisés, pois encontrámos, amiúde, frases entre comas que
tinham por objetivo animar e restabelecer, em termos psicológicos e
espirituais, não só todo o seu povo, proveniente do Egipto, e orientando
seu próprio líder, que era Josué. Vejamos algumas dessas frases entre
comas: “Escolhe homens”, diz-lhe Moisés e “vai combater contra
Amelec”. Conclui-se, portanto, que Josué era muito querido de Moisés, o
que se prova que, passado algum tempo, ele passou a ser chamado
“ministro de Moisés”, com quem subiu ao Monte Sinai. Assim fez, mais
tarde, o Senhor Maitreya com o seu discípulo Jesus (da Nazaré) durante,
pelo menos os três anos da sua pregação. Está escrito que Josué fala de
Deus “face a face, como um amigo costuma falar com o seu amigo,
quando regressava para o seu acampamento”, assim se exprimia Josué,
que transferia a orientação do Mestre Moisés para o nome de um Deus,
que para ali não deveria ser chamado.
(\1) É com espanto que vamos desenvolver os feitos do Mestre Josué, como encarnação daquele que, mais
tarde virá a ser Jesus Cristo e, depois Apolónio de Tiana. Por agora, não vamos fazer comentários. Ficamos
pelo espanto do modo como este povo viveu, conviveu e persiste no erro.
31.VIDA E OBRA DE APOLÓNIO DE TIANA
Apolónio de Tiana (encarnação de Jesus da Nazaré) nasceu em 13 de
Março do ano 2 a. C. na cidade de Tiana, província da Capadócia,
integrada na Grécia Antiga, ao tempo ligada ao Império Romano do
Oriente, atualmente em poder da Turquia. Assim, o Mestre Apolónio de
Tiana é grego por nacionalidade e Romano por extensão territorial; e
morreu em Éfeso no ano de 98 d. C. (1). A sua ligação à Cultura grega
serviu de orientação a AT (ler: Apolónio Tiana), que é apresentado como
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um filósofo neoplatónico e professor da língua helénica. Os seus
ensinamentos influenciaram o pensamento científico durante séculos após
a sua morte. AT foi discípulo de Pitágoras, segundo ele explica. AT
estabeleceu um corredor científico, cultural, espiritual e esotérico entre o
Ocidente, o Médio Oriente e o Extremo Oriente, desde Roma, Grácia,
Macedónia, Egipto, Pérsia, Índia, Tibete, etc.
A principal fonte bibliográfica deve-se a Flávio Filóstrato, na qual alguns
historiadores identificaram uma tentativa de construir uma figura rival à
de Jesus Cristo, que era ele mesmo, na sua encarnação na Galileia.
Contudo, essa hipótese, além de absurda, não encaixa mais para os nossos
dias. Há uma interessante Biografia de Apolónio, comentada, dada à
estampa pela Sociedade das Ciências Antigas, Brasil, que se lê com
muito agrado. AT também é citado nas obras “A Vida de Pitágoras”, de
Porfírio, e a “Vida de Pitágoras”, e Jâmblico. Crê-se, ainda que AT seja o
personagem “Apolo”, citado na Bíblia, em “ Atos dos Apóstolos” e
“Coríntios”. De seguida, abordamos a transferência de Jesus para
Apolónio:
Texto de Joshua David Stone: “Ao estudar os livros de Alice Bailey
descobri que o ser que foi Jesus teve duas encarnações depois da sua vida
como Jesus Cristo, o que foi uma grande surpresa para mim (sic). De
acordo com o Mestre Djwhal Kuhl, Jesus recebeu sua quinta iniciação
como Apolónio de Tiana, e depois voltou mais uma vez nos anos de 1600
num corpo sírio. Foi nesse corpo, também segundo Jwhal Kuhl que Jesus
subiu aos planos superiores, nesse séc. XVII. Com quanto não tenhamos
sobre a sua última reencarnação (a mais recente), dispomos de muitos
dados sobre a sua vida como Apolónio de Tiana.”Encontrei numa
enciclopédia um pequeno artigo que diz, para minha surpresa, que os
ensinamentos de Apolónio eram muito parecidos com os de Jesus Cristo.
Sem dúvida, o autor desconhecia completamente que Apolónio de Tiana e
Jesus Cristo eram a mesma alma (sic). Muitas informações sobre
Apolónio devem-se a uma biografia escrita por Flávio Filóstrato,
chamada: “A Vida de Apolónio de Tiana”. A data de nascimento de
Apolónio é incerta, mas é certo que esse ser voltou a reencarnar na Terra
logo depois de sua vida como Jesus (2).
Com a idade de doze anos, Apolónio foi para Tarso, onde estudou
literatura, retórica e todas as formas de filosofia. No templo de Esculápio,
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ele foi iniciado nas artes da cura e comprometeu-se a seguir a filosofia de
Pitágoras. A partir daí, ele tornou-se vegetariano, nunca mais aceitou
comer carne de qualquer espécie, abstendo-se de beber álcool e de toda e
qualquer atividade sexual. Não usava roupa normal, apenas vestia uma
túnica branca; andava descalço. Seus belos braços pareciam os de Jesus;
sua barba era longa e os cabelos davam pelos umbros. Foi nesse período
da sua vida que Apolónio se comprometeu na busca do conhecimento e
da filosofia esotéricos. Quanto aos bens de família, depois do falecimento
da mãe e pai, Apolónio distribuiu parte dos bens, que tinha em seu nome,
pelos parentes mais necessitados. Depois, foi para Antioquia, onde
começou a receber discípulos e a ensinar. Foi ali que ele também estudou
no templo de Apolo. Posteriormente, Apolónio encetou viagem para o
Egipto, a Índia, em busca dos conhecimentos que lhe faltavam. Dizem os
historiadores que as suas viagens eram parecidas com as de Jesus, embora
noutras direções.
Existia alguma confusão onomástica entre Apolónio, Jesus, Krishna e
Maitreya. Este último Mestre foi quem ressuscitou o carpo (físico) de
Jesus, depois da sua crucificação. Em primeiro lugar, Jesus e Apolónio
eram tão parecidos e viveram muito próximos cronologicamente (3). Isto
levar-nos-ia a compreender que Apolónio de Tiana, tendo sido pendurado
no Gólgota e, posteriormente, perdido o contato com o corpo físico,
consta que, tendo sido levado para um sepulcro de pedra, logo partiu sem
deixar rastos. Sendo duvidosa esta morte natural e incompreensível a
colocação do corpo no sepulcro, e como este lugar ficou vazio, leva-nos a
interrogar, na realidade, se tratou de uma morte normal, com a passagem
do corpo da cruz para o sepulcro e deste para um lugar secreto. Pois é
aqui que temos muito que questionar até à compreensão da Ressurreição
de Jesus, sob a forma de transferência rápida e objetiva dos dois corpos
físicos, sem que o corpo de Apolónio tivesse passado pela gestão duma
mãe normal, desde a sua conceção, desenvolvimento uterino e depois
dado à luz do dia. Eis um interessante problema para o qual ainda não
encontrámos explicação, podendo ser uma ponte para a compreensão do
Menino Jesus, dito filho da Virgem Maria, depois d´Ela ter dado à luz
mais dois filhos, segundo dizem vários autores. É evidente que, quando
algumas estruturas clericais lançam para o mundo factos com assuntos
aparentemente obscuros, incompreensíveis, em vez de dar andamento
simples e compreensível, optaram pelo pior: a incompreensão (ou
milagre). Felizmente que, nestes tempos, é mais fácil a solução. Basta
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utilizar a telepatia e pedir a dignidade de um Mestre para certificar a
verdade ou a ilusão (Maya).
Nascido nos primeiros anos da Era de Peixes, A.T. optou pela descolagem
Kármica das Tribos dos Judeus, onde tanto trabalhou, ensinou e foi, por
várias vezes, maltratado pelos líderes tribais de Israel. Veremos, noutro
lugar, como nas suas três encarnações anteriores a Joshua ben Pandira, só
por Karma pessoal e grupal é que Jesus se manteve leal às Tribos de
Israel. Agora, encarnado em Apolónio de Tiana, tudo será diferente, não
só familiar, economicamente e, sobretudo, espiritualmente. Parece-nos
impossível, mas é verdade, que A. T. se tornou o mais famoso filósofo do
mundo greco-latino do primeiro século da Era Cristã. Este jovem da Ásia
Menor, nascido na aldeia da Capadócia, duma família aristocrata, de
antiga linhagem e fortuna considerável, muito cedo demonstrou uma
memória prodigiosa e uma enorme disposição para os estudos,
apresentando-se duma beleza notável. Aos catorze anos foi enviado para
Tarso, que era, ao tempo, um centro famoso de estudos,
para completar a instrução. No entanto, o seu comportamento específico
não se coadunou com o estilo de vida dessas escolas, pelo que resolveu
mudar-se para Egue, cidade do litoral de Tarso, onde encontrou melhor
ambiente para melhor assimilar estudos de Filosofia. Frequentou o templo
de Esculápio, onde se realizavam Curas e adquiriam conhecimentos por
instrutores de Filosofia Platónica, Peripatética e Epicurista. Tendo
observado o que trazia da outra vida e o que melhor servia para continuar
a sua formação, optou pelas lições Pitagóricas sob orientação de Euxeno.
AT tinha necessidade de ir além da palavra, pelo que, aos dezasseis anos
se iniciou na escola Pitagórica. A partir daqui, A.T. sistematiza a sua dieta
mais adequada ao ensino e ao processo evolutivo.
Daí em diante A.T. recusava-se a comer qualquer produto que se
relacionasse com a vida animal, pois que isso densificava a mente,
perturbava o conhecimento e tornava a mente impura. Para AT a única
forma de alimentação pura era a produzida pela terra, isto é, os vegetais.
Também se avezinha do vinho, visto que mesmo feito de frutos, “tornava
o éter túrbido na alma”, e “e destruía a compostura da mente” (5). Para
A.T., alfaiates, os sapateiros e os barbeiros não ganhavam muito com ele,
pois não vestia roupa, não se calçava, não cortava a barba nem o cabelo.
Eis uma figura de corpo belo, bem esculpido, descalço, de barba
comprida e cabelo até aos ombros, com uma pele a cobrir o corpo. Eis um
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autêntico Arahat, que se tinha transformado num asceta, de vida pia e
comportamento exótico, que fazia admiração e atração dos mestres e dos
jovens de Cilícia. A.T. ficou órfão de mãe (antes dos 20 anos) e do pai aos
20, deixando aos filhos uma considerável fortuna, que foi dividida entre o
Apolónio e o seu irmão mais velho, um jovem dissoluto de 23 anos.
Sendo ainda menor, A.T. continuou a viver em sua casa de Egue, mas em
chegando à maioridade, voltou a Tiana, com vista a auxiliar seu irmão a
deixar-se de vícios, pois ele já tinha praticamente dissipado a sua parte na
herança dos pais. Vendo isto, AT resolveu dar ao irmão metade da sua
própria parte e, não podendo salvar o irmão, acabou por devolvê-lo ao
mundo. Depois disto, AT distribuiu o resto do seu património entre alguns
parentes mais pobres, deixando para si apenas uma parte menor.
Depois disto, A.T. fez voto de silêncio por cinco anos, passados em
Panfília e na Cilícia, onde se aplicou ao estudo sem se isolar o mundo a
que pertencia, mantendo-se em movimento, viajando de cidade em
cidade. Mesmo submetido à disciplina do silêncio, AT. persistiu em fazer
o bem. Pois ele já de jovem tinha começado a corrigir abusos e com os
olhos, as mãos e o movimento da cabeça, assim se fazia entender ao
povo.
Através de Filóstrato, seu biógrafo oficial, sabemos que A.T. passou
algum tempo entre os Muçulmanos, e por eles foi instruído. Os locais por
ele visitados estavam longe das grandes rotas para o Oriente, desviados
das grandes massas e cidades agitadas. Costumava dizer que o tema da
sua conversação requeria “homens e não povo”. Sabe-se que A.T. passou
muito tempo a viajar de um para outro desses templos, santuários e
comunidades, fazendo crer que havia algo em comum entre eles, a
natureza de uma iniciação, que batia às portas da sua hospitalidade. Onde
quer que se encontrasse, A.T. registava uma parte regular do dia. Pelo
nascer do Sol, praticava, como esoterista que era, os seus habituais
exercícios sozinho, partilhando dos raios solares, o contacto com a
Natureza, os animais, as plantas e tudo mais que pertence a um místico.
Como é natural, tudo se processava em silêncio, recato e concentração,
cumprindo os “cinco anos de silêncio”. A.T. costumava conversar com os
sacerdotes dos templos ou com líderes das comunidades, fosse onde
fosse, gregos ou não, com ritos públicos ou numa comunidade sempre
com sua disciplina própria, fora do culto público (6). A.T. procurava
devolver aos cultos públicos a pureza das sua antigas tradições, sugerindo
melhoramentos nas práticas das irmandades privadas. O mais importante
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do trabalho de A.T. era com aqueles que estavam a seguir a vida interior e
que já olhavam Apolónio como instrutor do esoterismo científico. Aos
discípulos nestas condições A.T. prestava muitíssima atenção, para os
quais estava sempre atento aos seus problemas, com conselhos e
instrução. Nunca negligenciava o povo, visto que ele sempre costumava,
invariavelmente, orientá-lo e ensina-lo, exprimindo que aqueles que
vivem a vida interior devem, no início de cada dia, penetrar na presença
dos deuses, passando algum tempo em meditação silenciosa,
concentração no nosso Eu maior, dando graças ao Divino, por nos ter
dado graças, saúde e alegria para viver e compartilhar.
A.T. costumava trabalhar no mais subtil até ao meio dia, dando e
recebendo instrução nas coisas santas e, só depois, é que se dedicava aos
afazeres humanos. Isto é, a manhã estava destinada a Apolónio para
Ciência divina; enquanto a tarde estava destinada à instrução em ética e
na vida prática. Depois do trabalho do dia, o Mestre purificava-se em
água fria, tal como faziam os místicos desse tempo.
A.T. aprendeu muito com os Metres do Oriente, especialmente os
Brâhmanes e os Buddhistas. Não sendo esclarecidas as deslocações para
o Oriente, não se tratava de simples viagens pessoais, como uma forma de
turismo atual, A. T. precisava aferir os conhecimentos que lhe eram
ministrados no Ocidente, quer na Grécia, Roma, Egipto e Irão. Afastandose de certas formas menos coerentes das quais A.T. teria sido vítima nas
suas derradeiras encarnações à volta das Areias do deserto. Não sabemos
o que aprendeu no Reino da Pérsia (Irão). Esta ânsia de receber,
confrontar, dar e partilhar, provavelmente entre 41 e 54 d.C. foi muito
importante para ele, para nós e para todos quantos desejaram e desejam
continuar a trabalhar na Causa da Liberdade e na Expansão Cósmica, no
Caminho do Senhor (Hélios) sem desdenhar daqueles poucos que deram
o seu melhor, continuarão a Respeitar a Dignidade de todos os Metres que
percorreram Mundo em busco daquilo que trazem dentro, no Coração.
Diz A,T.: “Os Deuses são meus conselheiros: (“Vamos juntos”, disse
Damis. – “Tu seguirás a Deus e eu a ti”). Foram muitas, distantes e
variadas as viagens de Apolónio de Tiana, em comparação com sua vida
anterior, à volta do deserto: passou pela Babilônia (Nínive), Ecbatana
(Média), Troia; Grécia. Em 66 d. C. já está em Roma, donde Viajou para
Espanha, depois para o Norte de África, Chipre, Alexandria, Egipto.
Entrou na Índia (através de Khaibar), Taxila (Attock), segue os tributários
do Indo até ao Vale do Ganges e, finalmente, entra no “mosteiro dos
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sábios”. (Tibete).
Existe muita confusão entre Apolónio de Tiana, Jesus, Krishna e o Senhor
Cristo Maitreya, sendo este último quem ressuscitou o corpo (físico) de
Jesus, depois da sua crucificação no Gólgota.(7) Em primeiro lugar, Jesus
e Apolónio eram tão parecidos e viveram muito próximos
cronologicamente. Esta confusão talvez tenha levado alguns historiadores
a confundir um com o outro. Em segundo lugar, Apolónio viajou para a
Índia (e as Américas?), durante os 31 anos que se seguiram à ressurreição
de Jesus, o que também serviu para confundir as pessoas desse tempo.
Houve, inclusive, um grupo de historiadores que acreditavam que Jesus
não existiu e que o Messias era Apolónio. É claro que isso não tinha
fundamento. A confusão surgiu devida ao fato de Apolónio e Jesus ser a
mesma Alma e, por isso, os seus ensinamentos eram semelhantes,
diferindo apenas no tempo e no espaço. Poder-se-ia dizer de outro modo:
a comunicação superior, oriunda do Senhor Cristo Maitreya tinha sido do
mesmo Mestre para os dois discípulos, que foram: primeiro Jesus, e
segundo, Apolónio. Então os dois eram tal e qual saídos da mesma grelha
espiritual. Certinho para quem vê, por fora e por dentro.
Na volta das suas viagens à Índia e ao Egipto, A.T. foi para a Grécia a fim
de restaurar a escola de mistérios. Ali, além dos ensinamentos de
Pitágoras, ele transmitia as ideias de Krishna e Budha, que ele estudara na
Índia com o mestre espiritual do Himalaia (Tibete), Iarco.
Durante os seus primeiros anos de treinamento com os pitagóricos, ele
manteve silêncio durante cinco anos e permaneceu asceta durante a vida.
Pelo que se sabe, A.T. era dotado de fortes poderes psíquicos mostrando
que tinha poeres para prever o futuro e acura. Ele acreditava na
imortalidade da Alma e num Deus Criador. A. T. comportou-se como um
reformador, líder social, filósofo e professor de moral. Viajou através de
todo o Império Romano, receb3ndo homenagens divinas em toda a parte.
A. T. foi um dos mestres espirituais que trabalharam na Terra e, por isso é
de estranhar que nem de longe ele seja tão conhecido ele seja tão
conhecido como Jesus, Budha, Krishna, Maitreya, Pitágoras ou S.
Francisco de Assis. Mais de dezassete templos foram erigidos e A. T. Ele
foi um exemplo de perfeição humana em todos os aspetos: físico,
emocional, mental e espiritual. Alguns autores afirmaram que os Essénios
foram seus seguidores. O que é extraordinário, pois fora ele que inicio o
Movimento Essénio numa sua vida anterior (Rei David): como
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Melquisedeque, de seguida foi o Messias dos Essénios, em sua vida
anterior, como Jesus Cristo. O nome da sua religião, na época, foi o
Cristocismo. Essénio, um nome adequado, porquanto ele tinha sido tanto
um Essénio como o Cristo em sua vida passada. No entanto, a Vida de A.
T. acabou por se tronar um pesadelo para a sua Alma: O Imperador
Romano Constantino mandou seus soldados eliminar todos os
descendentes de A. T., depois da sua morte, o que provavelmente explica
por que o Movimento Essénio desapareceu rapidamente dos registos
históricos. O imperador Aureliano dizia que A T. era “o Ser mais parecido
com Deus, o mais santo e o mais venerável de toda a Humanidade, dotado
de atributos muito superiores aos simples poderes mortais.” O imperador
Alexandre Severo mandou fazer uma estátua de A. T. e colocou-a na sua
capela particular, ao lado das imagens de: Orfeu (Budha), Abraão (El
Morya) e Cristo (Jesus e o Senhor Maitreya). A.T. era um ser de grande
modéstia e virtudes. Viajou pelo mundo de então aconselhando, ensinando
e ajudando onde e no que podia, daí surgindo a crença de que ele era o
segundo Cristo, o que de fato ele era.
Num determinado momento da sua vida, A.T. foi preso e condenado à
morte. Contudo suas brilhantes habilidades de oratória aplicada, durante o
julgamento, garantiram-lhe a liberdade. Os habitantes do interior do
Império Romano afirmavam que A. T. era filho de Zeus, embora ele se
dizia “filho de Apolo, como indica seu nome”. A.T. era considerado um
amigo dos deuses No seu livro “Apolónio de Tiana – Renovador dos
Mistérios”, G.R.S. Mead, pode ler-se: “ Apolónio de Tiana foi o mais
famoso do mundo greco-romano do I séc. d. C., ele dedicou a maior parte
da sua longa vida à purificação dos muitos cultos do império e à instrução
de ministros e sacerdotes das suas respetivas religião, exceção feita a
Cristo, nenhum outro personagem notável apareceu no palco da História
Ocidental nesses tempos primitivos.”
Na verdade, A.T. estava num nível de iniciação espiritual superior à de
Jesus, visto eu Jesus recebeu a sua quarta Iniciação na Crucificação e
Apolónio recebeu a quinta Iniciação naquele existência (1). Para Jesus a
Crucificação foi um dos momentos mais pungentes da história da Terra,
porque Jesus crucificado recebia a sua quarta Iniciação no mesmo
momento em que o Senhor Maitreya subia ao Céu. Podemos imaginar a
enorme quantidade de energia espiritual (que se concentrou naquele
momento). O Senhor Maitreya foi o Ser mais elevado a ser graduado na
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Escola de Mistérios Chamada Terra.” Arnóbio, professor em Lactâncio, no
final do séc. III classifica Apolónio entre os grandes Profetas, ao lado de
Zoroastro e outros. Filóstrato compara Apolónio a Pitágoras. A. T.
escreveu muitos e variados livros, dos quais indicamos alguns“Os Ritos de
Mistério Próprios para Sacrifícios, os Oráculos Relacionados à
Adivinhação”, A Vida de Pitágoras”, “O Testamento de Apolónio e Hino à
Memória”. Todas estas, muitas e (possivelmente) outras obras foram
queimadas pelos seus inimigos. Apolónio nunca se casou. Permaneceu
casto, não obstante se apresentar como um homem dos mais atraentes do
seu tempo.
Apolónio diz que encontrou dois caminhos na sua vida;: o caminho do
Hedonismo (O Supremo Bem da Vontade), e O Caminho da Filosofia e da
Sabedoria (9). A.T. era um grande Amigo do Ambiente: pregava a
preservação de todos os seres vivos, incluindo os animais de toda a
espécie. Obviamente Ele se opunha aos desportos cruéis, praticados em
todo o Império Romano. Ele considerava a Cura como a mais importante
das artes divinas. De todos os sistemas filosóficos, por ele estudados, o
pitagórico era o seu preferido, e ele refere-se a Pitágoras como o seu
ancestral espiritual, apesar de ter sido muito influenciado pelos sábios
brâmanes, com os quais ele estudou no Himalaia (Tibete). Iarco, um
grande reformador budista, foi professor de Apolónio, no Himalaia.
Quando os dois se encontraram, pela primeira vez, Apolónio teve,
imediatamente uma visão psíquica da vida dele, e isso o espantou. Iarco e
os sábios brâmanes tinham a capacidade de perscrutar a alma diretamente.
Eles viam-se como deuses entre os homens, devido à sua bondade e ao
compromisso assumido de se conhecer a si mesmos. Segundo Filóstrato,
os Sábios brâmanes levitavam à vontade e Isarco era capaz de realizar
muitos milagres. Arco ensinou a Apolónio as ciências da medicina, da
astrologia e da adivinhação da alma, além de lhe possibilitar o
desenvolvimento de uma compreensão profunda do budismo. Ao despedirse, Iarco ofereceu a Apolónio uma corrente com sete anéis, cada um com o
nome de um planeta, e devendo ser usado num dia específico da semana.
Esses anéis propiciariam a Apolónio boa saúde e uma longa vida.
Muitos estudiosos acreditam que Apolónio teria voltado do Himalaia, mas
isso nunca foi confirmado, Iarco profetizou que Apolónio receberia honras
divinas, e foi de Iarco que Apolónio recebeu a missão de devolver aos
mistérios antigos sua pureza original. Ele manteve-se em comunicação
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telepática com Iarco até ao fim da sua vida. Apolónio propagou os ensinos
orientais paralelamente aos mistérios gregos de Orfeu e Pitágoras. Ao
voltar à Grécia, ele foi visto como um ser divino, com poderes
miraculosos. Grande parte do trabalho de Apolónio consistia em promover
as várias filosofias religiosas e em demonstrar sua origem comum. Ele
também trabalhou imensamente para abolir todo o sacrifício animal e para
substituir a idolatria pelo culto a Deus vivo, dentro de cada um de nós.
Para cumprir a sua missão, ele viajou através de todo o Império Romano, e
para a Síria, Egipto, Grécia, Espanha e Portugal. Segundo Apolónio todo o
ser tem um Eu superior, que ele dizia ser um anjo que habitava o mundo
celestial. Ele foi muito ativo social e politicamente durante a vida, tendo
causado muitos problemas devido às suas francas opiniões. Ele era, além
de um Grande e completo Iniciado e Mestre, mas além disso, um ser muito
incómodo para o Império Romano e, sobretudo, para as Igrejas e
comunidades do seu tempo, mais ou menos como se apresentam no início
do Terceiro Milénio, onde ainda quase todos patinamos. A sua missão
principal foi, porém, ade reformador religioso. Apolónio desapareceu com
o avanço da idade (muito discutida) de cem anos, sem deixar quaisquer
vestígios do modo como morreu, ou sofreu, e para onde foi levado seu
corpo físico. (12).
(1) Alguns anos antes de Apolónio de Tiana, também houve outro cidadão grego com o mesmo nome (ca.
de 295 a.C.), que teve o nom de Apolónio de Rodes (Alexandria), por vezes confundimos um e o outro,
em termos literários, sendo também natural da Grécia Antiga.
(2) Assim sendo, não seria necessário perder mais tempo, com a data da morte de Jesus , pois é certo que
a passagem de Jesus do Gólgota para o Sepulcro de pedra e logo o desaparecimento do corpo, deve ter
sido feito em horas, ou 1-2 dias.
(3) Se realmente “Apolónio e Jesus eram tão parecidos e viveram tão perto, cronologicamente”, um do
outro, isso mais reforça a tese de que Jesus “se transferiu, de imediato, logo depois da sua descida do
Gólgota, para um corpo jovem, que esperava em breve esta transferência, não só física, como também
o acervo cultural e espiritual, já adquirido por Jesus, com o apoio do Senhor
Maitreya, pelo menos durante os últimos três anos da pregação Pública do Nazareno.
(4) Neste caso, aceitar-se-ia a teoria dos Católicos, quando persistem na “Ressurreição de Jesus”, mas
somente ao nível espiritual. Neste caso, embora dúbio, o que melhor convinha a Jesus não era, de modo
algum, salvar a Alma, mas sim o veiculo que estava em perigo, por causa do conluio contra si, entre
Judeus e Romanos.
(5) Realmente, Apolónia estava ciente duma verdade que, mais tarde, vai acabar por destruir em grande
escala, a população romana, quando começou a usar e abusar do vinho e das bacanais, visto que, no
vinho de então, havia enorme quantidade de ferro. Daí que tenha chegado à Grécia.
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(6) Alguns anos antes de Apolónio de Tiana, também houve outro cidadão grego com o mesmo nome (ca.
de 295 a.C.), que teve o nome de Apolónio de Rodes (Alexandria), por vezes confundidos um e o
outro, em termos literários, sendo também natural da Grécia Antiga.
(7) Assim sendo, não seria necessário perder mais tempo, com e data da morte de Jesus , pois é certo que
a passagem de Jesus do Gólgota para o Sepulcro de pedra e logo o desaparecimento do corpo, deve ter
sido feito em horas, ou um a dois dias.
(8) Se realmente “Apolónio e Jesus eram tão parecidos e viveram tão perto, cronologicamente”, um do
outro, isso mais reforça a tese de que Jesus “se transferiu, de imediato, logo depois da sua descida do
Gólgota, para um corpo jovem, que esperava breve esta transferência, não só física, como também o
acervo cultural e espiritual, já adquirido por Jesus, com o apoio do Senhor
Maitreya, pelo menos durante os últimos três anos da pregação Pública do Nazareno. Ao tempo, a
Filosofia compreendia, também, o que hoje designamos de elevação espiritual, a Caminhada para o
Pai. Neste caso, aceitar-se-ia a teoria dos Católicos, quando persistem na “Ressurreição de Jesus”, mas
somente ao nível espiritual. Neste caso, embora dúbio, o que melhor convinha a Jesus não era, de modo
algum, salvar a Alma, mas sim o veiculo que estava em perigo, por causa do conluio contra si, entre
Judeus e Romanos. Jesus Cristo precisava, pois, de um veículo (corpo), em vez de Alma.
(9) Realmente, Apolónia estava ciente duma verdade que, mais tarde, vai acabar por destruir, em grande
escala, a população romana, quando começou a usar e abusar do vinho e das bacanais, visto que, no
vinho de então, havia enorme quantidade de ferro. Daí que tenha chegado à Grécia.
(10)É interessante comparar o que se passa, nestes tempos de Kalyuga, nos templos sagrados, os Mestres
parecem Deuses, supondo que já vivem no plano superior, enquanto os neófitos ainda patinam na lama.
(11) Até neste segunda “morte”, Apolónio demonstrou que se confundia com Jesus Cristo. Portanto, a Alma
dos dois, era uma só para os dois corpos (veículos).
31.LIVRO DOS SETE RAIOS
«Aqui estou cumprindo a minha intenção de escrever um livro a respeito
dos Sete Raios. Este tópico sempre foi de real interesse para os estudantes,
mas pouco se abe a respeito desses raios. Sabemos, da Doutrina Secreta,
que eles são as Forças construtivas e a totalidade e a totalidade de tudo que
existe na universo manifestado, mas seu efeito no reino humano e a sua
essencial natureza e qualidade continuam a ser um mistério, Ser-me-á
necessário evitar a nota cósmica, se assim posso chamá-la pois procuro
tornar a informação de valos prático para o estudante e o leitor inteligente.
Portanto, abordarei o assunto inteiramente do ponto de vista da família
humana e lidarei com o tema em termos de valores psicológicos,
estabelecendo as bases para a nova psicologia que é muito necessária e,
assim. Lidando primeiramente com a equação humana. O que tenho a
dizer será um comentário sobre uma expansão das palavras encontradas no
Poema d Doutrina Secreta, que “Todas as Almas estão em unidade com a
Superalma.”
Aceitaremos de saída, a alma como um facto. Não levaremos em
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consideração os argumentos a favor ou contra a hipótese de haver uma
alma-universal, cósmica e divina, ou individual e humana. Para os fins
desta discussão, a alma existe e a sua realidade intrínseca é assumida,
como um princípio básico e provado. Todavia, os que não admitiram esta
premissa poderão estudar o livro sob o ângulo de uma hipótese
temporariamente aceite e assim procurar as analogias e indicções que
procuram reunir as analogias e as indicações que procuram demonstrar a
existência da alma visto que eles acreditam na sua existência, isto é na
expressão das suas leis e tradição, da sua natureza, origem e
potencialidades tornar-se-ão um fenómeno gradualmente aprofundado e
experimentado.
Aquilo que Eu indico e as possíveis sugestões que faça, serão
demonstradas no sentido científico, que eu antecipei, durante a Era de
Aquário, em que já entrámos. A Esta ciência terá, então, penetrado um
pouco mais no campo do fenómeno real, ainda que intangível; ela terá
descoberto (pode ser que até já tenha feito esta descoberta) que o denso e o
concreto não existam; ela saberá que só existe uma substância, presente na
natureza, em variados graus de densidade, de atividade vibratórias, e que
esta substância é impelida pelo propósito urgente e expressivo da intenção
divina. Procuremos evitar, na medida do possível, as indefinidas
generalidades, tão desagradáveis para uma mente crítica e académica, nas
quais o místico encontra grande alívio e alegria. Por isso, pedirei aos que
estudaram este Tratado, que reservem sua opinião e não façam qualquer
juízo cristalizado até que a proposição inteira lhes tenha sido apresentada,
seus contornos claramente percebidos e seus detalhes de certo modo
elaborados.
Ser-nos-á necessário apresentar o assunto e ligar o individual ao geral e
isto poderá a princípio parecer um tema muito basto, uma apresentação
muito especulativa e um contorno muito impreciso. Mas isto não poderá
ser evitado, pois o argumento – como deve ser o caso em todo o trabalho
verdadeiramente ocultista – deve ser considerado do universal para o
particular, do cósmico para o individual. Os homens de então, por
enquanto, muito interessado pelo particular e o individual, para achar fácil
aplicar o mesmo interesse ao Todo maior no qual eles “vivem, se movem,
e tê a mesma existência” e não possuem, atualmente, via de regra, o
mecanismo interno de pensamento e a perceção intuitiva da verdade que
lhes capacite alcançar com facilidade o significado daquilo que o
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simbolismo das palavras representa, ou ver claramente o contorno
subjetivo sob a forma objetiva. Mas o esforço para compreender traz
consigo a recompensa, e a tentativa de alcançar e compreender a Almacósmica, universal, planetária e individual –conduzem inevitavelmente a
um desenvolvimento do equipamento mental (com um subsequente
desenvolvimento das células cerebrais até então inativas) que deverá
finalmente produzir uma coordenação da faculdade de pensar e resultante
iluminação.
A natureza do nosso universo deve ser levada em consideração e a relação
do ser humano tríplice com divina Trindade deve ser registada. Uma ideia
geral do quadro simbólico inteiro tem seu valor. Cada estudante, à medida
que avança no estudo dos raios, deve firmemente ter em mente que ele
próprio – como uma unidade humana- encontra seu ligar em algum desses
raios. O problema assim produzido é muito real. O corpo físico pode ser
capaz de responder a um tipo de força de raio, enquanto que a
personalidade como um todo pode vibrar uníssono com o outro. O Ego ou
alma pode achar-se ainda num terceiro tipo de raio, respondendo assim a
um outro tipo de energia de raio. A questão do raio monádico introduzir
ainda um fator em muitos casos, mas isto somente poderá ser citado e não
realmente elucidado da terceira iniciação que pode entrar em contato com
o seu raio monádico, ou o aspecto mais elevado da sua vida, e o humilde
aspirante não pode, por enquanto, afirmar se ele próprio é uma Mónada de
Poder, de Amor ou de Atividade Inteligente.
Concluindo, peço a sua sincera cooperação na obra que estamos
empreendendo. Ela pode ser de mais valor público e geral do que qualquer
outro dos meus escritos. Procurarei tornar este tratado sobre a alma
relativamente breve. Procurarei expressar estas verdades abstratas de tal
maneira que o público em geral, com seu profundo interesse na alma Possa
ter sua curiosidade e ser conquistado para um interesse mais profundo por
aquilo que por enquanto é uma conjetura velada. A Era de Aquário, em
vivemos, depois da Era de Peixes, verá a demonstração da alma como um
facto. Esta é uma tentativa, conduzida em meio ás dificuldades de m
período de transição ao qual falta até a necessária terminologia capaz de
ajudar nessa demonstração.
Encerrando, exorto a todos vós a prosseguir. Que nada do passado –
inércia física, depressão mental, falta de controle emocional – vos
impeçam de assumir, com alegria e interessa da sua parte, procedendo ao
necessário progresso que vos tornará aptos a um serviço mais ativo e mais
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útil. Que nenhum de vós se deixe impedir pelo passado ou pelo presente,
mas possam viver todos como Observadores, é a prece, constante e
confiante, do vosso Instrutor.
O TIBETANO, 8-07-2014
.
32. SEGUNDA MORTE
Um pouco mais adiante, neste trabalho, temos sintetizados todos os
passos dados pelos seres humanos, desde o ventre da mãe até aos planos
mais elevados de cada ser humano, desde o abandono de sua ação pessoa,
até aos planos mais elevados a que tenha direito, inclusive a chamada
Segunda Morte ou Morte Segunda. Portanto, é disso que nos vamos
debruçar segundo a nossa capacidade, ao lado dos nossos habituais
colaboradores. Trata-se de um complicadíssimo problema social, humano
e cultural e, sobre o mesmo, numerosas e competentes entidades que,
desde há muito tempo que vêm opinando sobre este importante tema que,
além de humano e sociológico, é moral e espiritual para todos quantos se
debruçam sobre o tema Segunda Morte.
10.
SEGUNDA PARTE
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VIDA ANTES E DEPOIS DA MORTE (1)
A Morte não existe, tal como é apresentada pelas Igrejas dos nossos dias.
O Planeta está em mudança, mas os dogmas e o medo de perder clientes
continuam a amedrontar a gente. Milhões e milhões de criaturas vivem
atormentados pelo medo da morte. Muitos milhões de seres humanos
vivem, igualmente, na ignorância da morte, devido à desinformação da
maioria das Igrejas. Pelo contrário, há alguns (poucos) líderes religiosos
que continuam falar de julgamentos, castigos para todos aqueles que não
seguiram à risca as orientações confessionais da sua Igreja. A maioria
das Igrejas do nosso tempo continuam agarradas aos textos antigos,
cheios de contradições, erros e acréscimos desconexos, mas nem assim
as coisas tomam outro rumo. O Papa já, por várias vezes, rebateu
determinados conceitos com raízes na Idade Média, em que a Igreja
tinha todo o poder para dispor da liberdade de pensamento e crença dos
seus fiéis. Portanto, a culpa já não radica totalmente no Vaticano, mas
antes numa rede de quantos devem estar atentos ao Espírito de mudança
para a Nova Era, em que a ideia de Morte desaparecerá.
O medo da Morte tem muitas vertentes e só poderá ser dissipado da
mente das pessoas depois de muitas alterações dos documentos oficiais,
duma profunda alteração do método de ensino da religião, especialmente
ao nível das crianças, dos jovens e, sobretudo, dos mais débeis física,
mental e psicologicamente. Ter medo à morte significa, além do mais,
que há muitas criaturas agarradas às coisas materiais, especialmente
bens de raiz, dinheiro, lugares de destaque, títulos honoríficos, etc. Para
muitos, morrer significaria perder tudo e deixar para outros que, muitas
vezes, nem mereceriam o que vão receber do trabalho e esforço dos que
partem. Aqui radica, portanto, o medo de ser despojado de toda a
materialidade, o que é, para quem tiver alguma noção de espiritualidade,
uma grande ilusão. Ainda quanto a medos, outros terão receio de ser
castigados, ou penalizados, depois de mortos, pelos desvios, roubos,
enganos de menores, destruição de vidas e outros atentados à dignidade
humana que, segundo os defensores do Inferno, deverão ser lançados
literalmente nas chamas ardentes desse fogo (mental), que arde sem se
ver. Certos conceitos de castigo e depuração servem como uma luva a
muitos, quando se servem disso como arma de arremesso, ou ameaça
para as maldades de alguns.
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Inadmissivelmente, muitos líderes religiosos, numa atitude
perfeitamente ilógica, irreal e separatista, continuam a prometer
ostensivamente o Céu, o Paraíso, ou o Purgatório, apenas àqueles que se
comportaram bem, seguiram à risca as orientações da sua Igreja e,
portanto esses, e só esses, estarão, mais tarde, na Eterna-Bondade-doSenhor (sic), depois de mortos. Outra irracionalidade é o facto de muitas
Igrejas continuar a prometer o melhor aos seus afiliados, negando aos
crentes de outras religiões ou igrejas o mesmo direito ou estado de
graça. Um tal sistema segregativo (por vezes racista) tem sido e continua
a ser a negação da própria divindade em cada ser humano. Tais atitudes,
quando impostas por superiores, provocam Karma e dor a si mesmo e às
vítimas dos mesmos atos. Daí o medo à Morte, ao Inferno por eles
engendrado.
Devemos compreender que a Vida, a Morte, o Renascimento, o Retorno
à Vida de cada criatura, no decorrer dos milénios, fazem parte integrante
do plano evolutivo deste Planeta e sua missão em termos cósmicos e
galácticos. Além de promessas vãs aos nossos Irmãos que tiveram de
abandonar o seu veículo físico, mas continuam a viver, perto de nós, em
planos de energia, será muito mais profícuo e necessário para a
compreensão da vida antes e depois da Morte, como necessidade
planetária e cósmica da continuidade da Vida em todas as dimensões
espirituais. Falta, paradoxalmente, muito que fazer, por parte não só das
criaturas em termos individuais, mas sobretudo das Igrejas com vista a
compreender, sentir e retransmitir a constituição energética do Ser
Humano.
É tempo de compreender em que níveis vibram os diversos corpos dos
seres que vivem à face da Terra, de que o Homem deve ser o paradigma
ou modelo. Ter medo de falar de Morte, depois da vida, é ignorar que a
morte é uma passagem de plano em plano, desde o físico denso, físico
etéreo, astral, emocional, mental inferior, mental superior (ou mundo
espiritual), mundo racional (Nous), Eu Divino e Mundo Divino.
Paradoxalmente, vivemos e acuamos, quase todos, ao nível dos
primeiros quatro corpos, pretendendo que já estamos no mais elevado de
todos, que é aquilo que ainda ignoramos por completo.
Formação do Ser Humano (2)
Durante muitos séculos, a Morte foi apresentada como um mistério.
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Posteriormente, entraram em colisão com o verdadeiro sentido da Vida e
da Morte, relativamente a todos os seres planetários. Por outro lado, a
clivagem entre materialismo e espiritualidade; a ciência e a religião
provocaram irreparáveis feridas na mente das criaturas menos dadas ao
estudo das questões ligadas à verdadeira espiritualidade. Antes de
começar a desenvolver, embora sinteticamente, em que planos se dá a
morte ao ser humano e o retorno das almas à Terra, vamos transcrever o
sentido e as ideias da Introdução ao primeiro Livro de As Novas
Escrituras (1).
(1) C. L. U. C., 5.ª Ed., Lisboa, 1992.
Na Terra, em cada planeta, cometa, estrela e no Cosmos, em cada ser
mineral, vegetal, animal angélico, etérico, espiritual ou material, é
constituído por energia. Esta energia vibra, em cada corpo, a diferentes
níveis, conforme a constituição de cada ser. Portanto, pode dizer-se, em
termos gerais, que a Matéria é o Espírito descendente e degradado,
enquanto o Espírito é a Matéria ascendente e glorificada. Ao adquirir
maior densidade, a energia desce aos sete planos ou níveis dos
microcosmos. Verifica-se, então, que o plano vibratório mais denso, no
corpo humano, corresponde ao corpo físico,
A seguir, por ordem crescente de frequência vibratória, temos os planos:
Emocional, Mental, Intuicional, Átmico, Monádico e Divino. Estes
planos correspondem tanto ao macrocosmos, como ao microcosmos, que
é o Homem na Terra. Os quatro corpos mais densos do ser humano
constituem a personalidade, ou eu inferior, compreendendo assim: o
Corpo Físico Denso, o Corpo Físico Etérico, o Corpo Emocional e o
Corpo Mental concreto. Estes 4 corpos costumam designar-se de
Quaternário Inferior.
O Eu Superior ou Ego Divino, pode, sob determinados aspetos,
considerar-se formado pelo Corpo Mental Superior, conjuntamente com
os corpos Intuicional e Átmico. A Alma Humana é a mediadora entre a
Personalidade e os corpos mais subtis; o filho do Pai e da Mãe, isto é, o
resultado da união do Espírito com a Matéria; o princípio sensível que
subsiste nas manifestações externas, impregnando todas as formas
(corpos) e constituindo a própria consciência de Deus Manifestado, etc.
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Muito para além da terminologia, ou nomenclatura, importa, além do
mais, compreender a realidade expressa pelas diferentes realidades
inerentes ao Ser humano, que se tem que considerar como uma sucessão
de expansões de consciência, no decorrer de muitos milhões de anos.
Essa consciência apresenta-se como uma progressão polarizada na
personalidade para a consciência polarizada na alma e, depois, para uma
polarização na memória, até que a consciência se torne divina. A síntese
das energias, conscientemente orientadas, é feita por uma Hierarquia de
Seres, que canalizam e orientam todas as energias, de acordo com a
evolução do homem e todos os demais elementos conectados com o
planeta Terra.
(1) C. L. U. C., 5.ª Ed., Lisboa, 1992
RENASCER NOUTRA DIMENSÃO (3)
Milhões de seres humanos têm horror em falar da Morte, porque, tendo
um conceito materialista do corpo humano, creem que, depois da Morte,
tudo acaba e ainda poderão, eventualmente, sofrer os castigos das suas
transgressões durante a vida (Lei do Retorno). No entanto, para todos os
milhões que sabem, que têm a certeza (além da fé), que o corpo físico,
nada mais é do que o envoltório passageiro do homem etéreo, isto é, da
individualidade, ou centelha divina, a Morte não existe nem envolve
qualquer mistério digno de ser expandido ao mundo. Não se trata, no
entanto, duma descoberta, muitos milhões de anos anteriores às atuais
Igrejas.
Para os que compreendem o processo evolutivo do ser humano, a morte
é um sonho, uma das maiores ilusões da Terra, visto que se trata
simplesmente duma mudança de estado, de vibração energética,
tornando-se, sobretudo, numa libertação do plano das formas, também
chamado plano rupa.
Aceitar e morte como processo final de cada criatura, ou ser humano, ao
fim de algumas décadas ou, tantas vezes alguns poucos anos, pode
considerar-se uma autêntica blasfémia, a própria negação da Divindade
Crística em cada ser humano que, por dá cá aquela palha, resolve dispor
de cada elemento como alguém dispõe dos produtos da prateleira dos
víveres. Por aqui se nota, além do mais, uma incongruência, uma falta
grave de respeito pelas Leis Divinas, na Terra, que se devem considerar
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extensivas a todos os seres planetários e cósmicos. Então, se assim fosse,
como se justificaria a passagem do homem pela Terra, a existência de
Seres mais elevados, ou Mestres, que periodicamente descem para
ajudar ao equilíbrio desta pobre humanidade? Donde saíram Platão,
Láucio, Confúcio, Moisés, Jesus, Apolónio de Tiana, Maomé, Bacon,
Leibniz, Copérnico, Einstein, Leonardo Da Vinci e tantos outros?
Teriam, por acaso, estes e milhões de Seres de Luz descido de alguma
estrela para a Terra? É preciso que as Igrejas deixem que os seus
afiliados pensem por sua cabeça, compreendam e reflitam no que leem
na Bíblia, deixando de encher a mente com afirmações pueris, ocas,
desajustadas para os tempos modernos, ao nível inferior às crianças das
escolas portuguesas. Estamos na viragem dos tempos.
É preciso fazer compreender a muitos irmãos que a ignorância, a crença
fácil em coisas que nada têm de misterioso, dão muito jeito a
determinadas criaturas que, mesmo com diplomas académicos, se
apresentam em público para dizer as maiores barbaridades a respeito da
morte e da vida, em termos planetários e cósmicos. Como é possível
ensinar aos nossos filhos, aos alunos das faculdades, coisas
perfeitamente obsoletas, deslocadas da realidade dos tempos modernos,
nos limiares do Terceiro Milénio?
Durante milhares de anos, os teólogos egípcios tinham horror à palavra
Morte, porque eles amavam, compreendiam e defendiam a vida em
todas as dimensões planetárias. Não confundir com o que se passa em
muitos países, onde os teólogos confundem os planos da sua Acão
religiosa. Se pretendem que os seres humanos vieram à Terra para andar
a dormir, morfinizados com os dogmas das mais importantes Igrejas do
Ocidente, então está tudo errado e ofendemos a própria Hierarquia e
todos quantos intervêm neste Governo (sim, porque nos planos
superiores, os mandões não têm apelo nem jurisdição alguma).
Aos coveiros do planeta será aplicada, como norma cósmica, a Lei do
Retorno (Karma) (i).
A Morte Não é Tabu!... (4)
No último Milénio, a Morte passou a ser um Mistério, um tabu de que as
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Igrejas não desejam falar, ou emitir opinião. Será porque receiam ter de
explicar o lugar para onde vão os falsos mortos, ou haverá outras razões
para tal? Ora, sendo a morte a meta final da derradeira vida, mas não a
última, não seria um cato de caridade, de amor, de partilha, explicar às
gentes o que é a Morte? No limiar do terceiro Milénio, as pessoas, na
hora da morte, devem ser ajudadas a melhor compreender a caminhada
que, em breve, vão iniciar. Pois, enquanto que estas perguntas esperam
por resposta, vamos tentar, de modo simples, ao de leve, com amor e
compaixão, explicar, aos nossos irmãos cristãos, especialmente católicos
e protestante, como funciona o ciclo de cada vida na Terra, entre o
nascimento e o fim de cada vida, vulgo morte.
Em tempos não muito distantes, o conceito de morte, antes de ser
adulterado pelas doutrinas e dogmas religiosos, a Morte era considerada
por todos como um estado natural, simples e dinâmico, de acordo com
as Leis planetárias e cósmicas. Até então, este conceito era visto e
compreendido como a passagem para outra vida, como uma espécie de
transmutação da natureza que se expressa por todo o Universo, inserida
noutras leis e princípios, inclusive a doutrina dos ciclos, do renascimento
e da evolução. Para as Irmandades, Ordens ou Seitas mais seletivas
antigas, como a Irmandade dos Essénios, da qual fizeram parte Jesus e
toda a sua família; ou para os Sufis, que representam a linha mais interna
e espiritualista dos Muçulmanos; ou para as Ordens bem conhecidas,
como os Templários, a Ordem de Sião; a Maçonaria; a Cabala dos
Judeus, todos aceitavam, compreendiam e ensinavam o funcionamento
da parte espiritual do ser humano. Os Egípcios tentaram sempre afastar a
ideia de morte, porque eles «amavam a vida e detestavam a morte»,
como se lê em textos tumulares. Para estes, os justos desciam à tumba
apenas para ali se preparar para novas existentes na Terra. A semente
morre para que a planta nasça. O Homem morre para que o seu Espírito
viva. O minério morre para que o seu espírito seja aperfeiçoado,
escreveu Azlux. Ao tempo de Platão (séc. V a. C.) havia mais abertura
espiritual e menos dogmas, ou conceitos confusos de espiritualidade.
Até aqui, estivemos a falar da Morte ao nível da personalidade. A Morte
da Alma, ou Segunda Morte, é um assunto, que abordaremos mais
adiante.
Nas últimas décadas, mormente com a globalização dos saberes e o
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abandono das prepotências de todos os lados, as coisas começaram a
fluir, embora lentamente, facilitando a opção entre as diversas correntes
de pensamento, de fé, das práticas religiosas, de conceitos de vida e de
morte, mormente quando se tenta repor a verdade e explicar velhos
conceitos, teorias antigas que os poderes das Igrejas sempre tentaram
abafar, enquanto tiveram força para, ligados ao poder, calar os mais
inconvenientes, quer pela mordaça, quer pela violência da tortura,
fogueiras, etc. Neste especto, a Idade Média foi palco de terror para
muitos irmãos que, pelo seu saber e dedicação amorosa ao Project
Evolutivo do Planeta, tiveram que pagar caro a sua ousadia. Não
podemos esquecer Erasmo de Roterdão, Galileu Galilei, Copérnico,
Giordano Bruno, Leonardo da Avinci, Einstein, etc. Em Portugal,
também houve muitos iniciados que pagaram caro a ousadia de
contradizer alguns dogmas, pelo que tiveram que se exilar, mudar para o
Brasil, ou simplesmente passar pela prisão eclesiástica. Sá de Miranda,
Camões, Gil Vicente, José Agostinho da Silva, o Marquês de Pombal,
Félix de Avelar de Brotero e tantos outros transformaram-se em
«Estrangeirados» dentro da sua própria pátria.
Importa lembrar que, paradoxalmente, as mentes mais abertas da
Ciência, das Artes, da Filosofia e dos saberes em geral se deslocaram
para o Brasil, na companhia de D. Pedro IV, enquanto os mais tapados,
mais duros e coniventes com os invasores, ficaram por aqui à espera que
regressassem do Brasil para continuar a minar, na sombra, o trabalho
profícuo de quantos amavam a Pátria e trabalhavam no sentido do
Progresso, da evolução. Ora, como os liberais preferiram jogar pelo
seguro, quem lucrou foi o Brasil, onde o progresso se tornou a mola real
do maior país da América Latina, enquanto a Velha Lusitânia tristemente
declinava ao som da trombeta europeia dos jogos de interesses
mesquinhos, como ainda hoje acontece.
Para melhor compreensão, deve ler-se o egípcio Imohtep de Onde se
manifesta a Vida.!
Constituição Oculta do Ser Humano (5)
Oculto, neste caso, significa ainda não revelado publicamente. No final do
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séc. XIX, o Ensino Esotérico, ou Oculto, começou a ser ensinado, pela
primeira vez, no Ocidente, graças aos estudos dos textos sagrados das
filosofias de altos Seres que deixaram plasmado esse Conhecimento que
nos ajuda a compreender a origem, forma e destino do Universo, a
constituição oculta do ser humano, nos seus numerosos corpos, ou planos
de energia. Já em 1923 foram publicadas «As Cartas dos Mahatmas para
A. P. Sinnet», escritas por Helena Petrovna Blavatsky, vols. I e II, Ed.
Teosófica, S. Paulo, 2001. No terceiro quartel do séc. XIX, começaram a
ser publicados, em Língua Inglesa, numerosos livros, pelos elementos da
Sociedade Teosófica, que teve sede em diversas partes do mundo, menos
em Portugal. Não é possível nem compreensível entrar nos meandros da
Morte sem antes dominar, pelo mínimo que seja, a constituição oculta do
Ser humano. É isso que vamos apresentar de imediato.
1.O Homem Integral
O Ser Humano compõe-se de numerosos corpos de energia que vibra com
a intensidade relativa ao seu estado evolutivo, em termos espirituais.
Podemos, portanto, distinguir nele:
1.Um corpo físico, denso, que nos serve de transporte e canal de captação
de energias em todos os domínios terrestres e cósmicos;
2. O modelo e as causas diretivas deste corpo físico, incluindo a vitalidade
e coesão;
3. Desejos, emoções, adectos e sentimentos pessoais, familiares e outros;
4. Os pensamentos e a capacidade analítica a partir dos elementos
observados e outros;
5. Inteligência criadora, que funciona em termos abrangentes, antes se lhes
sobrepondo;
6. Capacidade intuitiva, ou melhor, uma sabedoria íntima, real e essencial,
oriunda do contacto com o âmago dos seres e das situações, revelando
formas egoístas de Amor forte, lúcido, que se não confina ao próprio e ao
que lhes está próximo;
7. Finalmente, uma Vontade latente, incondicionada de Bem, capaz de se
manifestar somente na ausência de toda a carga de egoísmo e
separatividade, revelando sua conexão com o Plano Divino, segundo as
Leis do Universo Inteligente.
2. A Hierarquia Cósmica
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O Ser humano é simultaneamente microcósmico e macrocósmico, isto é,
faz parte do Planeta Terra, enquanto este se integra noutros sistemas
planetários e galácticos. Torna-se necessária a compreensão destes
princípios, pois de contrário, não fazia sentido o trabalho incessante dos
Grandes Hierofantes, Avatares, Mestres Espirituais que, desde há milhões
de anos consecutivos, se veem ocupando do Governo Oculta da Terra, dos
quais podemos citar alguns: Confúcio, Lao-Tse (Lanto), Budas, CristoJesus, Hermes Trismegisto, Krishna, Sankaracharya, Pantajali, Kapila,
Maitreya, Maomé, Moisés, etc. Todos eles e muitos mais deram o seu
melhor.
Considerando a nossa origem espiritual, donde partimos há biliões de anos,
temos a seguinte Arquitetura ou Hierarquia Cósmica, em termos de
Energia do mais sublime para o mais denso:
3.A Mónada
Mónada é a Unidade Divina Imortal, o Eu Divino. Pode dizer-se que é
como uma centelha diferenciada do Fogo Divino, de cuja essência
participa. O Universo inteiro espelha-se nesta centelha divina, cuja
natureza espiritual é energia pura, imortal e eterna. Tem correspondência
com passagens bíblicas, especialmente»: «O Pai que Está no Céu», de que
falou Jesus (ver Mateus, V; Lucas, XI, 13), relaciona-se com o Purusha da
Filosofia Sankhya, o Yoga e o Atman dos Vedantas. Em si mesma é
Existência e Consciência Divinas e Absolutas, uma pura Unidade.
Ciclicamente, um seu fragmento projeta-se sobre os mundos da evolução
humana, manifestando-se sob a forma de uma Díade, usando Buddhi como
veículo, e seguidamente como uma Tríade, quando Atma-Buddhi (Alma
Espiritual) emprega a Mente Superior (Alma Humana Espiritual) como
veículo. Esta Tríade consiste no Espírito (Mónada) em manifestação.
Seguem-se a Tríade Superior, o Homem Reencarnante, o Quaternário
Inferior (Personalidade).
Compreender a Tríade Superior (6)
Como vimos anteriormente, a Mónada, que em seu próprio plano é pura
Unidade (daí o nome de Mónada, do grego "mónos") manifesta-se como
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trindade, através da projeção de três aspetos prototípicos: Vontade, AmorSabedoria e Inteligência Criadora.
1.
Vontade Espiritual ou Atman
Para interagir nos planos inferiores do homem, a Mónada precisa de uma
natureza mediadora intermediária que é o Eu Superior. Esta manifestação
divina tem seu simbolismo cristão, representando o Pai que envia o Cristo
ou Filho: «O Caminho, a Verdade e a Vida», pelo qual somente se vai ao
Pai. Nos Upanishads distinguem-se Brahman Superior (Deus
Imanifestado) e Brahman Inferior (Deus Manifestado). O Atman Inferior
também é designado Ovo Áurico. Este Princípio é o reflexo da Vontade
Monádica e constitui a afirmação da Vida, do Ser, do Propósito Divino.
Este tipo de Consciência está ainda muito distante da maioria da
Humanidade, para compreender a Vontade de Bem Universal, de acordo
com o Plano Divino. Mesmo S. Paulo, que era um iniciado, escreveu:
«faço não o bem que quero, mas o mal que abomino.»
2. Princípio Intuicional, Búddhico ou Crístico
Quando vibra na substância do Plano Intuicional ou Búddhico. Este Plano
dá ao Ser Humano a capacidade cognitiva, intuitiva (razão pura), que lhe
permite apreender, por comunicação direta, a verdade ou a natureza íntima
dos seres, dos fenómenos, das situações, das coisas, vivenciando uma
forma transpessoal de amor, desinteressado, inegoísta, dirigido ao Todo,
em cada uma das suas partes. Neste princípio, reside a capacidade de
abertura ao Universo, à compreensão dos grandes Mistérios Cósmicos e
Planetários, mormente as Matemáticas Puras, Química, Física, a Música,
num Todo harmonioso, sem dogmas ou sectarismo. É deste princípio que
são dotados os grandes artistas, cientistas, pintores, músicos, místicos,
Mestres e Hierofantes, que desceram à Terra para ajudar ao progresso do
Planeta. Este Princípio é o reflexo do Amor-Sabedoria da Mónada,
representando o verdadeiro discernimento entre o Bem e o Mal, entre a
Verdade e o Erro, a Ética, entre o certo e o errado, capaz de distinguir um
propósito de Sabedoria Superficial baseada na sempre e imutável Ilusão
das Coisas do dia-a-dia. A verdadeira Intuição ainda está muito longe da
maioria da Humanidade e nada tem a ver com as vulgares expressões
intuitivas do comum dos mortais, que se ouvem por aí amiúde.
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1.
Mente Abstrata ou Manas Superior
Quando funciona através das substâncias dos três subplanos mais elevados
do Plano Mental, ou Mundo do Pensamento. Por intermédio deste
Princípio, o homem é capaz de se exprimir em termos de pensamento
abstrato, de conceitos globalizantes, de ideias arquetípicas ou sintéticas.
Dá ao ser humano a capacidade de compreender as leis que regem tanto o
Macrocosmos como o Microcosmos e, senhor dessa iluminação, o homem
fica apto a autoinduzir livremente a sua conduta, deixando de ter de
recorrer a estímulos exteriores ao seu plano evolutivo, evitando de se
tornar escravo e dependente de critérios avulsos, aleatórios, sempre de
feição de outrem, que não de sua vontade, ou da sua mente inferior. Neste
limiar do Terceiro Milénio, o Ser humano ainda tem muito para
desenvolver a Mente Abstrata, sem muletas nem desvios da sua própria
Vontade de trabalhar conscientemente.
4. O Homem Reencarnante
Os três princípios acima descritos formam o Eu Superior, a nossa natureza
perene. É esta a Trindade que encarna milhares de vezes na Terra para
recolher, em cada vida, experiência e sabedoria e desdobrar qualidades nos
mundos inferiores. Mais rigorosamente, a natureza reencarnante é a raiz de
cada uma das existências, isto é, um raio ou simples fragmento de luz, da
Mente Superior, isto é, de Manas, como veículo de Buddhi (da Alma
humana) que, ciclicamente, vem encarnar num quaternário de corpos, a
que se costuma chamar de Quaternário Inferior, ou Personalidade (do latim
persona, que significa máscara).
É destes quatro Corpos ou Planos que nos ocuparemos na próxima
crónica.
Os Corpos da Personalidade (7)
Personalidade deriva da palavra latina persona (máscara), também usada
mais tarde pelos Gregos, com outra designação. No teatro grego, os artistas
costumavam usar prosôpein (careta, máscara), quando entravam em cena.
No entanto, para indicar as características muito peculiares de cada artista,
os gregos usavam a palavra "idiótes", que passou, através do latim, para o
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português, com o nome de "Idiota". Do cruzamento do sentido
depreciativo de persona e idiótes acabou por se compactar, no português
moderno, em idiota. Realmente a personalidade pode ter muito de idiotice,
daquilo que encobre, mascara e confunde o Ser real que todos somos,
mormente nos planos superiores, como vimos antes. Afinal, o nosso
trabalho, enquanto encarnados na Terra, tem a ver com o esforço que todos
devemos fazer para transformar, em cada vida, os agregados psíquicos da
nossa Personalidade. Está escrito que cada vida tem sua personalidade que
se dissolve ao fim dessa mesma vida, na Terra. No entanto, nem tudo se
destrói visto que muitos agregados psicológicos, traumas e complexos, se
transmitem de certa forma para vidas sequentes, como adiante havemos de
explicar. (A recorrência às vidas passadas, muito em voga, justifica o que
afirmamos).
Constituição da personalidade
A Personalidade do Ser humano é também designada de Quaternário
Inferior, porque se compõe, na realidade, de quatro corpos, ou planos de
vibração, a saber: Corpo Mental ou Corpo Mental Inferior, também
designado de Manas; Corpo ou Plano Etérico, ou Duplo Astral (LingaShârira) e, finalmente, o Corpo Físico Denso. Daremos, ao de leve,
algumas características dos primeiros três corpos acima enumerados.
O Kama, designação sânscrita do desejo, é constituído pela substância do
Plano Emocional, através do qual o homem se exprime em termos de
desejos, emoções e adectos meramente personalísticos. Devemos, contudo,
excluir destes adectos o verdadeiro amor, que nada tem a ver com o
egoísmo pessoal. O Ser humano utiliza-o, ao nível do animal, da astúcia,
do instinto, e do subconsciente. É uma das características da Humanidade
destes tempos, quando se exprime, emocionalmente, perante os
acontecimentos do dia a dia, das manipulações de toda a ordem, quer de
políticos, religiosos, falsos mendigos, curandeiros, canalizadores de
mensagens do Além e coisas do género. É, também, uma das vertentes
utilizadas por certos órgãos de Imprensa e, sobretudo, pelo processo pouco
racional de alinhamento da comunicação escrita, áudio e televisiva. Este
processo revela-se, cada vez mais, por uma forma de manipulação das
gentes mais vulneráveis à comunicação, especialmente com o abuso
sistemático, em regra à mesma hora, dos chamados programas de Antena
Aberta. À falta de palavras adequadas, sensatez do que se deve dizer,
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expor ou queixar, as gentes ávidas de falar dizem as maiores barbaridades,
insultam ministros, políticos, autoridades, etc. Tudo ao serviço do
emocional. O Káma é um princípio que permite o impulso para
manifestações objetivas nos mundos inferiores, do inconsciente coletivo.
Os distúrbios psicológicos, doenças psíquicas, desavenças sociais, derivam
daí.
O Corpo Etérico ou Duplo Astral é composto de substância dos subplanos
superiores (não apreensíveis pelos sentidos comuns) do Plano Físico,
permeados e entrelaçados pelos níveis energéticos periféricos do Plano
seguinte (Kámico ou Emocional). É a matriz que gera o Corpo Físico
Denso, servindo também de canal por onde aflui a Vitalidade (Prâna) dos
Mundos Suprafísicos. Em relação ao Plano Físico, é o Corpo das Causas
Formativas, de que fala a Bíblia: «As coisas visíveis são formadas pelas
coisas invisíveis» – Hebreus, XI, 3. Na revista «Das Reich», Rodolfo
Steiner interessa-se por muitas soluções a este nível, com vista a estabilizar
muitas funções ao nível do Corpo Etérico.
O Corpo Físico (Denso) é o único definidamente reconhecido e catalogado
pela ciência oficial, composto de substância dos subplanos inferiores do
Mundo Físico, nomeadamente a do estado gasoso, líquido e sólido da
matéria. Sob o ponto de vista esotérico, o Corpo Físico não representa um
Princípio de consciência: é somente um terminal onde se projectão as
causas dos níveis mais subtis, parecido com um ecrã de um aparelho de
televisão.
Assim é a nossa Morte (8)
A Morte é apenas uma transição para outro plano, ou estado de existência
na Terra, depois de ter abandonado o corpo físico denso. Contudo, temos
que saber analisar que, no estado post-mortem, as coisas não são
exatamente como têm sido apresentadas pelas diversas formas de religião
ocidentais que, quase sempre, ficam entupidas quando alguém se propõe
fazer perguntas sobre este assunto. Estes factos têm sido muito
evidenciados através de diversos programas televisivos, mormente os
transmitidos pelo Canal Infinito, sob o teme Crenças. É evidente que
ninguém pode nem deve tentar explicar aquilo que ignora ou que,
eventualmente, esteja proibido de divulgar sem autorização superior.
Voltando, pois, às Ciências Esotéricas, sabemos que a vida do Homem na
Terra é apenas uma fase do desdobramento do Ego reencarnante, como já
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vimos anteriormente. Assim sendo, está posta de parte a hipótese de que é
a Personalidade que reencarna novamente na Terra, de acordo com as Leis
do Retorno. Repetimos o que dissemos atrás, a Personalidade nasce no
tempo e morre com o tempo, embora em diferentes tempos (e lugares),
visto que as energias personalísticas variam muitíssimo
entre os desencarnados.
Quando se inicia a morte
A classe médica, ainda não chegou a uma conclusão sobre o problema de
saber, com segurança e clareza científicas, quando começa e acaba a Morte
em cada ser humano. Claro que estes estudos jamais se poderão fazer em
ratinhos ou cobaias, como costumam fazer os pesquisadores de ciência.
Ora isto é muito simples de compreender para quem está de fora e tem
algum conhecimento das Ciências Esotéricas, dizemos bem das Ciências
Esotéricas, que também não são ainda perfeitamente compreendidas ou
aceites pelas chamadas Ciências Oficiais. Claro que, perante tal situação,
em que as Ciências Oficiais (materialistas) juntamente com os
responsáveis religiosos, dificilmente vão chegar a um acordo para aceitar
que os Estudos Esotéricos têm tanto e ainda muito mais peso científico do
que muitas pesquisas em ratinhos e outros animais, incluindo os humanos.
Se o leitor pretender constatar como se comportam, na sua maioria, os
desencarnados, poderá, eventualmente, seguir os trabalhos (passados no
Canal Infinito, da TVCabo) onde o médium James Van Praagh apresenta,
ao público americano, as Mensagens dos falecidos, chamados pelo nome, a
testemunhar, perante seus familiares do Lado de Cá, que estão bem, não
precisam de coisa alguma, estão quase todos disponíveis para perdoar as
violências que lhes fizeram em vida, e pedem perdão pelos eventuais
crimes que cometeram por cá na(s) vida(s) passada(s). Contudo, o leitor
terá oportunidade de constatar que, felizmente, muitos dos falecidos,
mortos há muito ou pouco tempo (tempo não conta para a estatística
mortal) não aparecem para depor, apenas mandam dizer que estão bem,
não precisam da nada (nem sequer de missas ou velas) e que continuam a
amar os amigos e familiares do lado de Cá.
Há, ainda, alguns, que, pelo que diz o Sr. Games Van Praagh, nem energia
suficiente têm para vir «falar» àqueles que querem saber coisas deles e,
por isso, é o médium que, nestes casos de insuficiência energética, tem que
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usar da sua energia para que as coisas funcionem. Assim se constata que a
maioria dos mortos continua a manipular os vivos, na Terra.
Através destes programas (que o médium nem precisa explicar)
compreende-se que as almas mais evoluídas continuam, nos planos onde
estão, a trabalhar e a progredir no estudo das ciências e temas que,
eventualmente, tenham descurado, na Terra, ou que o tempo não deu para
tal. Estamos já a falar de seres a caminho de iniciado, portanto com muita
Energia, Conhecimento e Amor-Sabedoria. Destes dependerá o Planeta,
porque dos anteriores nada se espera de futuro, porque viveram como
parasitas planetários e como tal passaram para o Outro Lado (On Beyond),
mas continuam a envolver-se nas coisas mais mesquinhas deste mundo.
Além deste programa, temos outros, como o Backtrack, uma Viagem da
Alma. A recorrência a vidas anteriores ainda não é compreendida nem
aceite pelas Igrejas do Ocidente. É mais fácil prometer a Ressurreição.
Backtrack é um programa norueguês, do Canal Strix, muito interessante,
mas ainda pouco explorado, no que diz respeito ao trinómio Vida-MorteVida.
Revelação da Morte do Corpo Físico (9)
Os conhecimentos, os chamados Mistérios da Morte e a constituição do ser
Humano têm raízes profundas nas culturas da Bacia do Mediterrâneo.
Contudo, depois do estabelecimento da cultura latina, da influência
judaico-cristã e, posteriormente, do domínio crescente, em termos políticoeconómico e religioso, da Igreja Católica, e suas dissidentes protestantes e
afins copiaram e deturparam, igualmente, a Bíblia. Entretanto, as Igrejas
Muçulmanas, na sua diversidade, constituíam o inimigo número um das
Igrejas do Ocidente, senhoras absolutas da religiosidade dos Cristãos do
Ocidente.
Entretanto, foram dados ao Ocidente, sob forma um tanto velada, nos
finais do séc. XIX, os Ensinamentos Esotéricos, ainda conservados em sua
essência, no Oriente, com profundas raízes Budistas. Por tal facto existe
uma nomenclatura exótica, aparentemente estranha às línguas ocidentais,
porque a maioria dos textos conservou a língua sânscrita, que é uma das
principais línguas sagradas da Antiga Índia. E, além do mais, o uso de
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muitos termos técnicos, com vários sentidos e simbolismo, tinha por
objetivo manter a pureza dos termos com a diversidade semântica e
simbólico (como nos primeiros textos sagradas da Bacia do Mediterrâneo).
Aí está, portanto, um bom motivo para apelar ao estudo das línguas
antigas, como é o Sânscrito, o Grego, o Egípcio, que estão, como muitas
mais línguas, na origem das principais línguas da Europa, inclusive a
Grega e a Latina, donde derivam, mais tarde, as línguas Célticas,
Românicas, Germânicas, etc.
A morte do corpo físico
Segundo ensina a Ciência Esotérica, a Morte física deve-se, em grande
parte, à expansão da consciência do ser humano. Efetivamente, a
Consciência, ao expandir-se, muito para além da capacidade aquisitiva do
corpo físico, atinge um pico, que é o limite. Assim limitada e compactada,
a consciência vai, lentamente, provocar o envelhecimento e a senilidade do
corpo humano até que, finalmente, este tenha que ser posto de lado, a
modos de uma máquina usada e gasta, que já não serve aos fins para que
foi construída. Transmitido este sinal aos centros de comando, algum
tempo antes da Morte física ter lugar, os Princípios encarnados no Ser
Humano começam a desagregar-se e as suas energias voltam,
gradualmente, aos planos que lhes deram origem (Cosmos).
Esta decomposição explica o declínio físico, em idade avançada,
variando, no entanto, com a estrutura do corpo, ou veículo, a vários níveis,
e com o bom ou mau uso que lhe fora dado. Aqui começam as
divergências, pois, segundo a Ciência Esotérica, não é a Morte que causa a
dissolução dos princípios, mas antes a dissolução dos princípios que leva à
morte física. Analisando bem esta interessante questão, vemos que a Morte
não resulta da falta de vitalidade, mas antes da abundância excessiva de
atividade prânica que, através dos anos, enfraquece os órgãos vitais pelo
excesso de trabalho (stress) e o esforço a que estes estão sujeitos, enquanto
portadores da circulação vital (o Prâna).
O Prâna representa o Princípio Vital, o alento da Vida, na constituição
septenária do Ser Humano. Esta energia é o alento, a vida do corpo; a Vida
Universal, omnipresente, eterna e indestrutível. Então, ao morrer o corpo
físico, o Prâna retorna ao Oceano da Vida Cósmica, em comunhão com
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todos os elementos da Natureza. É por isso que cada veículo tem uma
capacidade limitada para desempenhar o seu papal, no processo evolutivo
de cada ser humano. Trata-se, portanto, de um veículo com tempo
limitado, cujo seguro depende do estado do veículo pessoal. Finalmente,
dá-se a ruptura com cordão de prata (Sutratma), deixando o corpo físico
desligado da Vida. De seguida, morre o Coração, por falta de Prâna,
seguindo-se o cérebro, que é o último órgão físico, abandonado pelo
Sutratma. Mas ainda não é o fim, pois com o coração parado, o cérebro
ainda tem alguma atividade akáshica, donde se produz o chamado
Panorama da vida passada, enquanto se não proceder à revisão da Vida
passada.
Adiante, falaremos da primeira revisão da vida passada; da importância
dos últimos pensamentos, da entrada no Sono Akáshico, etc.
O Caminho do Kama-Loka (10)
Parado o coração, a última centelha de vida deixa o corpo físico e toda a
atividade do corpo físico, abandonado, vai ser refletida no cérebro do
falecido, que dispõe de algum tempo para reviver, como num écrã TV, a
vida, os seus eventos, minuto a minuto, mesmo aqueles aparentemente
esquecidos. Tudo é recordado ao pormenor, visto que o cérebro, nos
momentos imediatamente anteriores à morte, debita a memória com um
impulso de tal modo violento que, ao assim proceder, restabelece a
totalidade das impressões guardadas durante a última vida. Então, nesse
instante, o Ego ou Eu Espiritual verifica toda a cadeia de causalidade
subjacente à vida que acabou de terminar no plano físico. Eis que, neste
momento, o desencarnado compreende qual era o seu projeto de vida
(qualquer que ela tenha sido) como um espectador, acabando por
reconhecer a justiça de todo o sofrimento (ou alegria) a que esteve
submetido, na Terra, durante o período de duração do seu veículo físico.
Mas eis que, nestes breves instantes de reflexão, a Personalidade do
desencarnado torna-se una com a individualidade, formando um só
veículo. Esta é uma visão que, num sentido abarcante, vai constituir o
princípio da futura existência do candidato ao Devachã.
Últimos pensamentos
Os Hindus aceitam como facto verídico que o futuro nascimento desta
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criatura, que acaba de desencarnar, depende do último pensamento ou
desejo que teve no momento da morte. É natural e compreende-se que os
nossos últimos desejos e pensamentos tenham a ver com o plano de vida
de cada um. Por isso, tais pensamentos, desejos e emoções, manifestados
de modo não controlado, têm um simbolismo muito profundo no
encaminhamento da Alma. Por aqui se podem tirar conclusões mais claras
e objetivas do que cada um tem para fazer, no decorrer da cada vida na
Terra, como projeto de Vida em termos evolutivos, sem violar a Lei do
Retorno (Karma). Esta revisão foca exatamente, em relação aos últimos
desejos, o carácter sintético da vida que passou, a sua natureza mais
interna que, por vezes, nem a personalidade, ou o meio deixaram perceber
com nitidez. Neste momento, já desligado da Personalidade, o Caminheiro
da Luz tem consciência interna daquilo que tinha para fazer (e não fez) e
do que, finalmente fez (de bem ou mal). Está, assim, delineado o seu
futuro regresso à Terra, de acordo com o seu estado evolutivo, vontade de
servir, mas segundo a Lei do Retorno (Karma), como veremos adiante.
Entrada no Kama-Loka
Kama-Loka significa, literalmente, Plano ou Região dos Desejos (Kama),
isto é, dos maus desejos, dos desvios às regras, do mundo subjetivo,
invisível aos normais, onde as personalidades desencarnadas, as formas
astrais, sob energias de baixa vibração, permanecem vagueantes, até se
desvanecer totalmente, pelo esgotamento dos efeitos dos impulsos mentais,
das paixões, desejos humanos e animais. Este Plano tem diversos nomes,
conforme as culturas e religiões: o Hades, dos gregos antigos; o Amenti,
dos egípcios; a região das Sombras Silenciosas; o Summerland, dos
espíritas americanos; o Limbo ou Purgatório, dos católicos romanos. O
Kama-Loka pertence à mansão do desejo, à esfera anímica da Terra (como
se lê na Divina Comedia). No Kama-Loka, as almas impuras dos mortos
vivem (consciente ou inconscientemente) até que seus kâmarûpas (corpos
de desejo) possam ser abandonadas pela segunda morte e, ao desintegrarse, dá-se a separação dos Princípios Superiores. Ao despojar-se dos
princípios inferiores, a entidade imortal do Homem (Tríade Superior), com
seus afetos purificados e os poderes adquiridos durante a sua existência na
Terra, entra no estado de Devachã (Companhia dos Deuses).
Purificados seus afetos e alguns poderes que tenha adquirido na Terra,
durante a última vida, entra então no chamado Devachã (segundo F.
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Hartmann). Vimos, desta forma, que o Kama-Loka é a primeira condição
pela qual passa a entidade humana, depois da morte, condição que precede
o Devachã. A não-aceitação no Devachã, transforma-o em fantasma, sob
formas irracionais, errantes, pelos lugres que mais se aproximem dos seus
desvios espirituais: casa, terras, paisagens, diversões, grupos sociais,
desportos. A maioria dos desencarnados tem seu destino no plano inferior
do Kama-Loka, isto é, no mundo astral, sem consciência do que fizeram na
Terra e dificilmente atingirão o plano do Devachã.
\
Estados de Gestação: Seleção (11)
Para as Almas adormecidas, o destino ainda não está totalmente traçado
com vista ao futuro do candidato a umas férias gratuitas no Devachã. Para
isso, ainda exista um Estado de Gestação, consistindo em períodos
intermédios de preparação para o Devachã. Estes períodos ocorrem entre o
tempo passado no Kama-Loka e a possível entrada no Devachã. É muito
importante este treino, especialmente para os mais adormecidos dentre as
entidades desencarnadas, com vista à sua seleção para entrar no Devachã.
Realmente, nesta fase são recolhidas as sementes de espiritualidade que
poderão germinar e assim contribuir para a formação de uma espécie de
material que lhe poderá ser propício para a entrada no Plano ou Mundo
onde vibra o Ego Espiritual. Temos aqui uma espécie de seleção dos que
ainda puderam recuperar do sono profundo em que viveram e atuaram na
Terra
Este aperfeiçoamento tem duração indefinida, pois depende do conteúdo
espiritual da vida terrestre, sendo através deste processo que se dá a
transferência e assimilação dos conteúdos mais puros da mente pessoal na
Tríade Superior. Para que tal transferência tenha lugar, a Personalidade e o
Ego Espiritual ainda se encontram ligados, no plano inconsciente.
A Luta Mortal
Durante o período de gestação, ocorre um dos momentos mais decisivos de
todos os estados post-mortem: a chamada Luta Mortal, onde será avaliada
a nobreza da vida do ser humano se descartado da sua existência terrena
não for capaz de ser aproveitado nos planos superiores. Esta Luta Mortal
poderá ser melhor compreendida atendendo ao carácter dual do ser
humano, isto é, à existência no Homem duma Personalidade e duma
Individualidade. É, portanto, esta dualidade que distingue o homem dos
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outros animais. Já vimos que a Personalidade se apresenta egoísta e
egocêntrica, com a atenção virada para os impulsos e ambições, sempre a
favor do Eu individual, mesquinho e separatista e separador.
As características da Personalidade humana são a inteligência da mente
inferior e a parte superior da mente, ligando-a através do Antahkarana.
Pelo contrário, a Individualidade, por contraste, diz respeito a tudo quanto
é altruísta nobre no carácter do ser humano, destacando-se o amor
incondicional (diferente da paixão), a sabedoria, a vontade expressa de
servir, a compaixão, etc. Nisto se envolve a Consciência Superior do
homem.
A Luta Mortal apresenta-se como o processo de separação de dois
processos antagónicos da natureza interna do homem, deixando para trás
tudo o que diz respeito à personalidade. Confrontado o resultado desta
Luta e, se a alma não recolheu elementos suficientes para entrar no
Devachã, o Ego Espiritual acaba por recusar os elementos menos nobres
da personalidade. Então, se tudo aquilo for rejeitado, restará ligado ao
Kama-Loka, sob a forma de memórias e instintos, ao modo de restos da
personalidade rejeitada. Pelo contrário, a sua contraparte superior, que é o
Ego Espiritual, renasce no próximo mundo ou plano de existência (1). Das
lutas travadas, durante a vida, entre a Personalidade, de forma a que o
Manas Superior os possa absorver, especialmente os mais nobres
pensamentos, adectos, sentimentos desejos, aspirações puras, então a parte
mais espiritualizada da mente, esta quintessência acaba por ser absorvida
na Tríade Superior. Então, o ser terá luz verde para entrar na próxima etapa
post-mortem, que é o Devachã. Mas se, pelo contrário, Manas Superior
não encontrou algo de interessante para o Ego Espiritual, então nada feito,
e a Luta Mortal transformou-se numa derrota total para a alma candidata
ao Devachã e não mais constará do Grande Registo das Almas em
evolução, quase perpétua, em direção à Casa do Pai. Sua folha foi riscada
do mapa das almas encarnadas na terra, restando-lhe ser arrastadas,
misturadas com os vivos, através dos espaços que sempre considerou seus.
As almas rejeitadas, depois da Luta Mortal, acabarão por ser lançadas para
a Terra, onde permanecem sob a forma de um «Cascão vazio», vagueando
na atmosfera da Terra, com os seus instintos de posse, de auto-suficiência
espiritual, científica e religiosa. São estas almas equivocadas, abundantes
nos Centros Espíritos do Mundo inteiro, poluindo e manipulando. Para
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estes não haverá mais retornos à Terra, porque foram eles que se isolaram
dela.
(1) Dados extraídos de um trabalho de helena Castanheira, da revista
Biosofia, N.º 31.
Segunda Revisão da Vida (12)
1.Segunda Revisão
Para as Almas mais bem-sucedidas, o reavivar da consciência e a segunda
Revisão da Vida passada têm lugar logo depois do período de Gestação e
imediatamente antes da entrada da alma no estado de Devachã. Este
momento, de grande importância para as almas em evolução, verifica-se,
segundo explica a Ciência Esotérica, após a Luta Mortal, aquando da
separação definitiva da Tríade Imortal do que restou do Quaternário
Inferior, depois da absorção daquilo que se designa o aroma espiritual da
personalidade. Findo o período de gestação, as memórias chegam,
lentamente, ao Ego Espiritual, cujo processo se completa no momento da
entrada em estado de Devachã. Nesse momento, a vida passa novamente,
minuto a minuto, evento a evento, defronte do olho espiritual do Ego.
Contudo, é importante compreender que não é fácil a entrada no Devachã,
pois o candidato tem que despertar sua consciência, especialmente para a
realidade da personalidade individual, exigindo-se os mais altos atributos
do Quinto Princípio (Manas), visto que o Sexto (Buddhi) e o Sétimo
(Atman) princípios são os que constituem a Mónada, eterna e imortal, mas
também inconsciente. Na memória do candidato, do seu passado nada
resta, excerto o que foi sentido e vivido espiritualmente pelo seu Ego. No
Devachã apenas entra o Ego pessoal, depois de purificado e glorificado.
2. O Devachã
O Devachã não é um espaço nem uma mansão para férias espirituais
daqueles que muito trabalharam durante as vidas passadas (como muitas
criaturas pensarão). Por definição esotérica, o Devachã é um estado de
graça em que o Ego Individual recebe a gratificação pelo desempenho, o
trabalho altruísta, durante a sua vida terrena. No estado devachánico, os
seres estão perfeitamente envolvidos na beatitude de todas as suas
afeições, preferências e pensamentos, recebendo os frutos de todas as suas
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acções de mérito individual.
No Devachã, não existem dor, pesar ou lamentação, que possam afetar esta
beatitude espiritual. Aqui, vive-se infinitamente esse momento e outros
momentos de gozo espiritual. Aqui, todas as esperanças, todos os sonhos
por concretizar, tornam-se perfeitamente realizadas, mercê da força
espiritual de cada ser. Tudo aquilo que, no plano da objetividade, dos
sonhos da vida terrena se transforma aqui em realidade existencial neste
mundo de subjetividade. Contudo, é muito difícil entrar no Devachã. Não é
para todos.
Para entrar nesta dimensão espiritual, as almas das vidas terrestres,
pessoais, devem ter conteúdo significativo, que marque positivamente a
consciência superior. O destino das almas no Devachã depende da
Natureza da personalidade e de tudo de bem e altruísta, para a
Humanidade em geral, para o Planeta e o Cosmos. Mas nem tudo é ócio,
aqui.
No Devachã cada alma, ou ser individual, pode desenvolver projetos de
elevação espiritual e catividades que tentaram desenvolver, durante a vida,
na esfera do Mental Superior, mas falharam. Agora, mais livres e com mais
Luz, poderão concretizar seus velhos sonhos Por exemplo, podemos
desenvolver catividades abstratas e ideais, como Música, Pintura,
Metafísica, Ciências Esotéricas, Cósmicas, Astrofísicas, etc. Além da
aprendizagem, as Almas Iluminadas poderão, também, orientar outras
almas nas áreas em que haja necessidade, em termos planetários ou
individuais. Devachã é um Mundo de Luz e Amor.
3.Estada no Devachã
Não há propriamente limite para as almas que entraram no Devachã. A sua
estada tanto pode ser fugaz, de algum tempo, como de milhares ou milhões
de anos, sendo proporcional ao conteúdo espiritual da vidada passada,
podendo, contudo, ser rápida a sua estada e regressar, imediatamente, à
reencarnação, na Terra (às vezes noutros espaços) para continuar o Serviço
e evoluir espiritualmente. Aqui entram as Leis do Retorno e do Karma, no
Devachã, o tempo mede-se de outra forma. Ninguém traz relógio ou
despertador.
O Renascimento da Alma (13)
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1.O tempo no Devachã
Quando se fala de tempo, em termos esotéricos, nada tem a ver com a
noção de tempo físico, mensurável em termos técnicos. É certo que
existem outros conceitos de tempo, quando nos referimos à relação deste
planeta com os demais sistemas planetários e cósmicos. Quanto ao tempo
de estada de cada alma no Devachã, sucede a mesma questão, visto que
não nos é possível, como seres humanos, encarnados na Terra, dizer
quanto tempo estará uma alma no estado de Devachã, nem este estado se
possa dizer eterno para todos, como se ouve, amiúde, em contextos
religiosos. Na realidade, a estada no Devachã dura o tempo necessário até
que o Karma esteja resolvido entre essa alma e todos aqueles com quem
ela se relacionou, durante a última vida, na Terra.
2.Regresso à Terra
Satisfeitas as condições kármicas, no plano anterior, a alma começa a
preparar-se para uma nova área de causa. Isto significa que a residência da
alma no Devachã atingiu seu auge, depois do qual começa, gradualmente,
a perder força vibracional, entrando numa espécie de estado de letargia até
que surja a terceira revisão da sua vida espiritual. De seguida, inicia-se o
processo conducente ao seu regresso à Terra, para uma nova reencarnação.
Trata-se de um renascimento condicionado, conforme vamos ver.
Sabemos que, depois da morte, os seus veículos personalísticos (corpos de
energia) dissipam-se, mas deixam resíduos nos mundos ou planos internos.
Estes resíduos manifestam-se sob a forma de tendências e predisposições
(a que os orientais chamam skandhas) psíquicas, mentais e físicas, como
resultado duma acumulação de experiências nas vidas passadas. A próxima
reencarnação na Terra tem, portanto, relação com o processo das vidas
anteriores. Como se disse acima, no Kama-Loka ficam armazenados os
resíduos de acções e pensamentos insuficientemente puros para dar entrada
nos Planos Superiores. Estes resíduos constituem os assim chamados
elementos humanos. São estes elementos que vão fazer parte da estrutura
energética do novo veículo, que há de nascer do Ovo Áurico. Os skandhas
apresentam-se como átomos vitais, deixados adormecidos da vida anterior.
Estes resíduos energéticos ficaram, neste plano, à espera de ser acordados
para se tornar novamente cativos. Estas características residuais
manifestar-se-ão no carácter futuro do ser humano, no qual o Ego deve
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entrar depois de abandonar o estado devachânico. O novo veículo vai ser
modelado com uma parte da essência akáshica pura e, noutra parte, de
elementos terrestres, recolhidos na vida anterior, de acordo com a Lei de
Retorno (Karma).
3. Formação do novo veículo
O Ego Espiritual não faz escolha, mas, acordado do estado devachânico,
tem uma visão da futura vida e compreende todas as causas que para lá o
conduziram. Assim se completa mais um ciclo de um ser humano, desde a
morte até ao seu próximo renascimento para mais uma Vida na Terra.
Ainda se não chegou a um acordo perfeito acerca do número de vidas que
compõem uma Vida completa de cada Ser Humano. Possivelmente não se
poderá chegar a uma cifra única, visto que o Processo Evolutivo dos Seres
Humanos é complexo, contingente e, sobretudo, específico para cada
individualidade. O Ciclo Vital de que se falou atrás, no decorrer destas
abreviadas crónicas, reporta-se, na sua essência, a Seres de mediana
evolução (e também daqueles cujo projeto evolutivo falhou
redondamente). Por isso, faltava falar de outro Estado espiritual, onde se
recolhem as Almas dos Seres de Luz, dos Mestres, Hierofantes, Buddhas,
Cristos, etc. Também este Plano se tem de compreender não como um
espaço, mas antes como um Estado de Consciência da mais sublime
espiritualidade. Em termos Orientais, este estado costuma designar-se de
Nirvana.
Na nossa próxima crónica, falaremos do Estado Nirvânico, para onde vão
os Iniciados, também chamados Buddhas, Cristos, Hierofantes, Mestres,
Seres de Luz, etc.
Entre o Devachã e o Nirvana (14)
Muito raramente deparamos, em nomenclatura ocidental, com a
designação de Nirvana. Fala-se, pelo contrário, bastante do Devachã e
outras designações idênticas para recolher as almas das criaturas que mais
se destacaram em termos espirituais. No entanto, trata-se de mera ilusão,
por vários motivos: não há nem pode haver separação espiritual ou
evolutiva entre o Oriente e o Ocidente; todos devemos compreender que a
noção de espaço, em termos espirituais, é outra ilusão, visto que as almas,
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ou melhor, as correntes espirituais percorrem o Planeta, em grande
velocidade, sem pedir licença àqueles que se julgam donos da
espiritualidade e do Saber Esotérico.
Para terminar, poder-se-ia acrescentar que, na História da Terra, os
Continentes já deram várias voltas, viraram-se algumas vezes e, além
disso, também o Astro Rei se foi desviando, em termos de eclíptica, devido
à oscilação dos eixos dos movimentos da Terra. Portanto, falar de Nirvana
significa, em termos gerais, a abordagem do Estado Divino, especialmente
dos Deuses, em sentido literal de Nirvana.
Pelo que se disse acima, é difícil compreender o que é um Nirvana (de nir
= ausência, falta + vana = retorno, volta). Portanto Nirvana pode dizer-se
que é um estado livre, liberto de skandhas, em que o Ser de Luz não mais
terá necessidade de voltar a reencarnar, na Terra, a não ser em caso de
necessidade para desenvolver alguma missão específica em favor do
Planeta (mas não diretamente). Há muita confusão entre Devachã e
Nirvana, pelo menos na mente daqueles que pouco sabem de temas
esotéricos, ou de filosofias orientais.
No entanto, se falarmos de uma séria de Seres de Luz que poderão, em
nossa opinião, estar no estado Nirvânico, isso poderá servir de ponto de
referência para melhor compreender o estado nirvânico. Vejamos então
alguns Seres de Luz, que ficaram conhecidos da História da Humanidade
Terrestre pelas seguintes Personalidades:
Jesus da Nazaré, Apolónio de Tiana, Pitágoras, Hermes Trismegisto,
Confúcio, Shankara, Gautama Budha, Lao-Tse (Láucio), Patanjali,
Krishna, Vyasa, os Boddhisattvas, etc. Alguns dos nomes destas
personalidades poderão estar repetidos, visto que nenhum Mestre de
Sabedoria e Compaixão se importa com suas personalidades. O registo
destas fica para os biógrafos que costumam proceder à transcrição dos
eventos duma personalidade importante, mas ainda não conseguem fazer o
alinhamento das suas almas, nos milhares de reencarnações, no decorrer de
milhares ou milhões de anos.
Indicamos, por exemplo, o caso de Jesus e Apolónio de Tiana, que
sabemos que, além destas duas personalidades, outros nomes existem para
indicar a mesma Individualidade, mais conhecida por Jesus-Cristo.
Neste momento, apenas gostaríamos de dizer que devemos ser gratos e
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respeitosos para todos quantos, no decorrer dos tempos, trabalharam e
ajudaram milhões de seres terrestres na condução do Project Evolutivo dos
Seres que se desenvolvem dentro deste Planeta, desde os mais incógnitos,
passando pelo minerais, vegetais, animais, humanos e falanges superiores
de Anjos, Devas, sempre ao serviço do Planeta. Não se trata de ser
candidato ao Devachã ou Nirvana, porque candidatos são todos os seres
ligados à Terra, mesmo aqueles que, infelizmente, têm vivido numa
perpétua sonolência. Já sabemos o destino daqueles que preferem dormir
do que trabalhar pela sua evolução e, concomitantemente, pela evolução
dos restantes elementos planetários.
Assim sendo, é preferível ir e vir, conscientemente, para melhor conhecer
os meandros por onde passámos e ainda por onde havemos de passar,
durante muitas e muitas vidas, no planeta Terra.
Os Níveis Nirvânicos (15)
Como vimos na crónica anterior, no Estado Nirvânico está subjacente o
conceito de libertação, livre de todos e quaisquer obstáculos de ordem
espiritual. A sua raiz semântica é floresta e todos os enganos que ela
representa para um Iniciado ou Yogi. Então, a entrada no Nirvana permitenos toda a libertação dos liames de desejos, ilusões, tendências separatistas
ou racistas (skandhas), que serviram de molde a muitas e diversas
personalidades (máscaras), com que, no decorrer de milhares ou milhões
de anos nos escondemos e mascaramos perante nossa Cristalina Essência.
Há mais de 2500 anos, o Senhor Budha dizia: «Não te iludas, Ananda,
Todo a existência é sofrimento. Por isso, chora a criança desde que
nasce…». A causa desses sofrimentos tem nome tanha, o desejo, que
engloba a ambição, a ligação aos valores perecíveis, efémeros de cada
vida. Noutro lugar, o Mestre afirma que podemos extinguir o sofrimento,
anulando as suas causas e alcançar a libertação, isto é, o Nirvana. Todos
aqueles que alcançaram o Nirvana venceram a Roda do Samsara
(Reencarnações). Tal como dissemos para o Devachã, o Nirvana não é um
espaço, um lugar fixo em qualquer plano planetário, mas antes uma
condição, um estado sublime, perfeitamente livre de qualquer limitação,
dor ou constrangimento espiritual.
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Não se pode, no entanto, dizer que, quando se alcança o Nirvana já
estamos fundidos com o Pai, o Deus Omnipotente, Senhor de todos os
Universos e Cosmos. Também aí tem havido algumas confusões com a
designação de Eterno, Transcendente e Absoluto. Estamos e referir-nos ao
processo de Vida-Morte-Renascimento dos Seres Humanos, como
oriundos e habitantes deste Planeta e nada mais do que isto, por agora. No
entanto, devemos estar atentos para compreender que o Nirvana tem, como
tudo no Cosmos, natureza septenária. Além disso, temos que distinguir que
há o Nirvana e para Além do Nirvana, isto é o Paranirvana,
compreendendo tudo o que está para Além do Nirvana. Além disso, ainda
se pode considerar a existência de desígnios que conduzem ao Nirvana e o
modo como ele é vivido. Além disso, considera-se um estado nirvânico,
até certo ponto independente dos méritos, correspondentes aos períodos
chamados Pralayas.
Vejamos então essas quatro questões correspondentes ao Nirvana.
Nirvana Superior é todo aquele que deixou de se identificar com tudo
quanto se relaciona com separatividade, vivendo e compreendendo a
distinção entre o seu Eu Espiritual e o Ser, as ilusões, a cobiça, a
ofensividade, a limitação, o sofrimento. È aquele que se libertou da sua
pessoalidade e emergiu na impessoalidade espiritual Este é o desejo de
todo o Iniciado.
Paranirvana é todo o Nirvani que está para Além do Nirvana, isto é, no
estado de Paranirvana, um estado cuja definição se nos torna difícil, mas
poder-se-ia aproximar, segundo Helena P. Blavatsky, do Não-Ser, ou do
Absoluto Ser. Mesmo no Paranirvana do nosso Cosmos a Consciência
reporta-se, em termos absolutos, um Cosmos apenas.
Os Seres Paranirvânicos poderão pertencer a outras dimensões cósmicas,
cuja Mónada já está em vias de alcançar dimensões muito mais além do
Paranirvana.
Os Nirvanakayas – os seres que atingiram o Nirvana, podem assumir três
designações assim chamadas, constituindo um trikaya: Armadilha, o mais
elevado dos Trinadas (nirvanas sem resíduos); Sambhogakaya – o corpo ou
veste de compensação; veículo-bem-aventurança. Finalmente, temos os
Nirmanakayas, dotados de vestes inferiores, mais ligados aos mundos dos
homens, de quem se tornam Líderes ou Mestres (Bodhisattvas, Buddhas de
Compaixão).
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CONSTITUIÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO (16)
(dos planos superiores para os inferiores)
Algumas Igrejas dizem e ensinam que o Ser Humano nasce quando se dá o
encontro entre as células do pai e as da mãe. Desse dogma elas fazem
cavalo de batalha e manipulação dos menos esclarecidos, mas não se dão
ao trabalho de investigar em quantos planos se manifestam as energias que
compõe o Ser Humano. O que agora vamos desenvolver é muito velho e
explica das razões por que os Seres Humanos andam neste Planeta há
muitos milhões de anos. Vamos, então, estudar os diferentes veículos de
expressão da Consciência Humana (Corpos).
Em linguagem ocidental, é difícil assentar ideias precisas acerca da
constituição oculta do Ser Humano, onde Mundos, Planos, Princípios,
Emanações, raios, Veículos, Constituição, Níveis, etc., se intercepta e, por
vezes são sinónimos, ou redundantes. Tudo depende dos objetivos
pedagógicos em que se desenvolve a nossa análise. Começamos pelo mais
subtil para o mais denso, ou materializado, que é o mundo dos Humanos (
1)
A:
I PLANO DIVINO:
1.º Cosmos Etérico; Manifestação Logóica; Adi, Maha-Paranirvânico,
Mundo Divino.
II PLANO MONÁDICO:
2.º Cosmos Etérico; Anupadaka; Paranirvânico, Mundo dos Espíritos
Virgens.
III PLANO ESPIRITUAL:
3.º Cosmos Etérico, Átmico; Nirvânico; Mundo do Espírito Divino.
IV PLANO INTUICIONAL:
4.º Cosmos Etérico; Búdico; Amor Crístico; Mundo do Espírito Humano
V PLANO MENTAL (KAMAS):
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Plano Gasoso Cósmico; Manásico; Mundo do Pensamento.
VI PLANO EMOCIONAL:
Plano Liquido Cósmico; Astral; Mundo dos Desejos.
VII PLANO FÍSICO:
Plano denso Cósmico e Mundo Físico (Denso): 1.º Éter, 2.º Éter, 4.º Éter,
Gasoso, Líquido e Sólido.
Não são muito importantes os nomes, mas os Planos ou Mundos em que se
classificam.
DOMÍNIO DOS ELEMENTOS ENUMERADOS:
1.º Cosmos Etérico – Mar de fogo; 2.º Cosmos Etérico – Akasha;
3.ºCosmos Etérico – Éter; 4.º Cosmos Etérico – Ar. Subplanos: Gasoso –
Fogo. Subplanos Líquido Cósmico – Água. Subplanos Denso Cósmico Terra.
Distribuição e Definição dos 7 Raios: Adi – Vontade e Poder (1.º Raio);
Pranirvânico – Amor Sabedoria (2.º Raio); Nirvânico – Inteligência Active
(3.º Raio Pamir Crístico); Harmonia por Conflito (4.º Raio); Mundo do
Pensamento – Conhecimento Concreto (5.º Raio); Mundo dos Desejos –
Devoção e Idealismo (6.º Raio); 4.º Éter – ordem Cerimonial (7.º Raio).
Constituição Oculta do Ser Humano: (do mais denso para o mais subtil ou
espiritual):
1.Mundo Com Forma (Rûpa). Físico, Emocional e Mental Inferior.
Domínio do Quaternário Inferior
(Personalidade). Os Três Átomos Permanentes: Físico, Astral e Mental
inferior.
2.Tríada Superior – Os Mundo Sem Forma (Arûpa): Mental Superior;
Intuicional, Espiritual ou Átmico. Os três Átomos Superiores: Mental
(Manas); Búdico e Átmico.
Dríada: Espiritual, Monádico e Divino - Mónada e Espírito; Homem
Celestial e Logos Planetário.
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Os Três Átomos da Tríada Superior: - Átma- Buddhi – Manas, alimentados
pelas vibrações do Triângulo Logóico: Vontade, Catividade e Sabedoria.
O Primeiro Triângulo Inscrito no Plano Divino (Adi), compreende: Pai Filho - Espírito Santo (1).
(1)
Esquemas propostos pelo Centro Lusitano de Unificação Cultural, Lisboa., com autorização
por escrito.
BIBLIOGRAFIA
Visto que se trata de bibliografia pouco divulgada no Ocidente, citamos, o
Glossário Teosófico, “de Helena Petrovna Blavatsky; a Revista de Estudos
Esotéricos «Biosofia», numa série de números de 1 a 41, alguns textos de
Annie Besant e além de outras leituras pessoais de consulta reservada.
Porto, aos 21-11-2008.
LIVRO DOS SETE RAIOS
«Aqui estou cumprindo a minha intenção de escrever um livro a respeito
dos Sete Raios. Este tópico sempre foi de real interesse para os estudantes,
mas pouco se abe a respeito desses raios. Sabemos, da Doutrina Secreta,
que eles são as Forças construtivas e a totalidade e a totalidade de tudo que
existe na universo manifestado, mas seu efeito no reino humano e a sua
essencial natureza e qualidade continuam a ser um mistério, Ser-me-á
necessário evitar a nota cósmica, se assim posso chamá-la pois procuro
tornar a informação de valos prático para o estudante e o leitor inteligente.
Portanto, abordarei o assunto inteiramente do ponto de vista da família
humana e lidarei com o tema em termos de valores psicológicos,
estabelecendo as bases para a nova psicologia que é muito necessária e,
assim. Lidando primeiramente com a equação humana. O que tenho a
dizer será um comentário sobre uma expansão das palavras encontradas no
Poema d Doutrina Secreta, que “Todas as Almas estão em unidade com a
Superalma.”
Aceitaremos de saída, a alma como um facto. Não levaremos em
consideração os argumentos a favor ou contra a hipótese de haver uma
alma-universal, cósmica e divina, ou individual e humana. Para os fins
desta discussão, a alma existe e a sua realidade intrínseca é assumida,
como um princípio básico e provado. Todavia, os que não admitiram esta
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premissa poderão estudar o livro sob o ângulo de uma hipótese
temporariamente aceite e assim procurar as analogias e indicções que
procuram reunir as analogias e as indicações que procuram demonstrar a
existência da alma visto que eles acreditam na sua existência, isto é na
expressão das suas leis e tradição, da sua natureza, origem e
potencialidades tornar-se-ão um fenómeno gradualmente aprofundado e
experimentado.
Aquilo que Eu indico e as possíveis sugestões que faça, serão
demonstradas no sentido científico, que eu antecipei, durante a Era de
Aquário, em que já entrámos. A Esta ciência terá, então, penetrado um
pouco mais no campo do fenómeno real, ainda que intangível; ela terá
descoberto (pode ser que até já tenha feito esta descoberta) que o denso e o
concreto não existam; ela saberá que só existe uma substância, presente na
natureza, em variados graus de densidade, de atividade vibratórias, e que
esta substância é impelida pelo propósito urgente e expressivo da intenção
divina. Procuremos evitar, na medida do possível, as indefinidas
generalidades, tão desagradáveis para uma mente crítica e académica, nas
quais o místico encontra grande alívio e alegria. Por isso, pedirei aos que
estudaram este Tratado, que reservem sua opinião e não façam qualquer
juízo cristalizado até que a proposição inteira lhes tenha sido apresentada,
seus contornos claramente percebidos e seus detalhes de certo modo
elaborados.
Ser-nos-á necessário apresentar o assunto e ligar o individual ao geral e
isto poderá a princípio parecer um tema muito basto, uma apresentação
muito especulativa e um contorno muito impreciso. Mas isto não poderá
ser evitado, pois o argumento – como deve ser o caso em todo o trabalho
verdadeiramente ocultista – deve ser considerado do universal para o
particular, do cósmico para o individual. Os homens de então, por
enquanto, muito interessado pelo particular e o individual, para achar fácil
aplicar o mesmo interesse ao Todo maior no qual eles “vivem, se movem,
e tê a mesma existência” e não possuem, atualmente, via de regra, o
mecanismo interno de pensamento e a perceção intuitiva da verdade que
lhes capacite alcançar com facilidade o significado daquilo que o
simbolismo das palavras representa, ou ver claramente o contorno
subjetivo sob a forma objetiva. Mas o esforço para compreender traz
consigo a recompensa, e a tentativa de alcançar e compreender a Almacósmica, universal, planetária e individual –conduzem inevitavelmente a
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um desenvolvimento do equipamento mental (com um subsequente
desenvolvimento das células cerebrais até então inativas) que deverá
finalmente produzir uma coordenação da faculdade de pensar e resultante
iluminação.
A natureza do nosso universo deve ser levada em consideração e a relação
do ser humano tríplice com divina Trindade deve ser registada. Uma ideia
geral do quadro simbólico inteiro tem seu valor. Cada estudante, à medida
que avança no estudo dos raios, deve firmemente ter em mente que ele
próprio – como uma unidade humana- encontra seu ligar em algum desses
raios. O problema assim produzido é muito real. O corpo físico pode ser
capaz de responder a um tipo de força de raio, enquanto que a
personalidade como um todo pode vibrar uníssono com o outro. O Ego ou
alma pode achar-se ainda num terceiro tipo de raio, respondendo assim a
um outro tipo de energia de raio. A questão do raio monádico introduzir
ainda um fator em muitos casos, mas isto somente poderá ser citado e não
realmente elucidado da terceira iniciação que pode entrar em contato com
o seu raio monádico, ou o aspecto mais elevado da sua vida, e o humilde
aspirante não pode, por enquanto, afirmar se ele próprio é uma Mónada de
Poder, de Amor ou de Atividade Inteligente.
Concluindo, peço a sua sincera cooperação na obra que estamos
empreendendo. Ela pode ser de mais valor público e geral do que qualquer
outro dos meus escritos. Procurarei tornar este tratado sobre a alma
relativamente breve. Procurarei expressar estas verdades abstratas de tal
maneira que o público em geral, com seu profundo interesse na alma Possa
ter sua curiosidade e ser conquistado para um interesse mais profundo por
aquilo que por enquanto é uma conjetura velada. A Era de Aquário, em
vivemos, depois da Era de Peixes, verá a demonstração da alma como um
facto. Esta é uma tentativa, conduzida em meio ás dificuldades de m
período de transição ao qual falta até a necessária terminologia capaz de
ajudar nessa demonstração.
Encerrando, exorto a todos vós a prosseguir. Que nada do passado –
inércia física, depressão mental, falta de controle emocional – vos
impeçam de assumir, com alegria e interessa da sua parte, procedendo ao
necessário progresso que vos tornará aptos a um serviço mais ativo e mais
útil. Que nenhum de vós se deixe impedir pelo passado ou pelo presente,
mas possam viver todos como Observadores, é a prece, constante e
confiante, do vosso Instrutor.
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O TIBETANO, 8-07-2014

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