Oficina de Esterilização
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Oficina de Esterilização
OFICINA: ESTERILIZAÇÃO Coordenação: Profª Dra. Kazuko Uchikawa Graziano-EEUSP Participação especial do Engenheiro Roberto Chimionato APRESENTAÇÃO Roberto Chimionato Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos e MBA em Administração de Empresa pela Universidade de São Paulo. Atualmente é Gerente de Melhoria Continua e Qualidade dos Hospitais do Grupo São Francisco. Kazuko Uchikawa Graziano Graduada em Enfermagem (Habilitação em Enfermagem Médico-Cirúrgica e Licenciatura) pela Universidade de São Paulo. Mestre e Doutora pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - EEUSP. Atualmente ocupa o cargo de Professora Titular do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da EEUSP e Chefe Técnico de Divisão de Hospitalidade do Hospital Universitário da USP. Representa a EEUSP como Membro Titular de Câmaras Técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Líder do Grupo de Pesquisa "Controle de infecção relacionada a procedimentos assistenciais: sub tema - Centro de Material e Esterilização". Experiência em pesquisa na área de Enfermagem com atuação principal em processamento de materiais (limpeza/desinfecção/esterilização, reuso de materiais de uso único e infecção hospitalar). OBJETIVOS DISCORRER CRITICAMENTE SOBRE: Projeto “Lean” na Central de Materiais: diminuindo custos e infecções. Reuso de materiais e uso único: como validar? Como entender a lista negativa da ANVISA? Tempo de validade de esterilização: como determinar? Embalagens de tecido x não tecido: como escolher? Processos de esterilização: como fazer boas escolhas com orçamento reduzido? Reprocessamento de endoscópios e colonoscópios: como eu faço? Uso de novas tecnologias: há lugar para ciclo flash na CME? Reuso de materiais e uso único: como validar? Como entender a lista negativa da ANVISA? Justificativas para RMUU? Os critérios existentes atualmente para registrar os materiais como sendo de uso único são pouco sensíveis e de baixa especificidade. A incorporação da biotecnologia de alto custo em “carcaças” de material plástico ou elastoméricos redundou em materiais de uso único de alto custo. Seguradoras e operadoras de saúde que restringem o pagamento integral A leislação atual RDC 156/2006 e seus anexos, REs 2605 e 2606, permitem e norteiam o Reuso de MUU, apesar das dificuldades na sua implementação. Nem todos os materiais de uso único, de alto custo, têm um equivalente reutilizável como opção: falta uma política norteadora para fabricação de MUU de alto custo. Virtude ecológica e do NÃO desperdício Prática do Reuso de Materiais Comercializados como sendo de USO ÚNICO Dentro da complexa problemática do reuso dos materiais de uso único, é possível afirmar que: a) é terminantemente proibido o reuso de materiais de uso único por contrariar uma determinação do produtor; b) o paciente usuário é quem deve decidir e consentir; c) é possível o reuso, mediante critérios bem definidos, atitude transparente e programas de validação e controle; d) é um ato para que os pacientes, que não tenham direito ao material de uso único, possam usufruir os benefícios destes; e) a condição de países em desenvolvimento confere a possibilidade de reusar artigos de uso único. Riscos do RMUU crítico e de conformação 3 complexa SÓCIO POLÍTICO ENDOTOXINA? PLASTICIDADE? 2 1 ÉTICO BIOÉTICO TÉCNICO CME OUTROS ESTERILIZAÇÃO? matéria orgânica biofilmes INTEGRIDADE E FUNCIONALIDADE? REMOÇÃO TOTAL DE RESÍDUOS ORGÂNICOS E DE PRODUTOS DE LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO? “PIROGENIAS” É possível o reuso? Sim... Contanto que... • Seriedade da alta administração e do corpo técnico (Comitê de reuso). • Decisão pautada em análise custo – efetividade ou outro motivo claramente definido. • Julgamento do risco e certeza da funcionalidade preservada. • Controle do processo de trabalho na CME. • Acesso a métodos automatizados para limpeza e esterilização a baixa temperatura (ETO). • Monitoramento de efeitos adversos. Fluxo 1 para tomada de decisão sobre reúso O material de uso único é material de implante? Risco de estar contaminado com os prions? SIM 2 NÃO Seguir os fluxos 2 (esterilidade) e 3 (funcionalidade) Fluxo 2 para tomada de decisão sobre reúso (limpeza e esterilidade) 1. O material de uso único é não critico? Baixo risco SIM NÃO 2. A evidencia de que o reúso aumente o risco de infecção hospitalar quando comparado ao material novo? SIM Alto risco NÃO 3. A conformação do material de uso único impede a limpeza, desinfecção/ esterilização? SIM continuação SIM Baixo risco NÃO NÃO Baixo risco 4. A dificuldade equivale a de um material permanente? 5. Há protocolo consensual recomendado por OEM* ou CDRH** para reprocessamento? SIM Risco Intermediário NÃO Risco Intermediário SIM OEM = Original Equipament Manufacturers. CDRH = Center for Devices and Radiological Health 6. É um material semicrítico? NÃO Alto risco Fluxo 3 para tomada de decisão sobre reúso (funcionalidade) continuação OEM = Original Equipament Manufacturers. CDRH = Center for Devices and Radiological Health FDA - 2002 REFABRICANTES Clear Medical™ • • • • • • Distributor of Remanufactured Brand Name Surgical Devices ClearMedical drives significant cost savings by selling high-volume, disposable, FDA approved laparoscopic, arthroscopic, and general surgical devices at reduced prices. ClearMedical collects used Single-Use-Devices (SUDs) from hospitals, reprocesses them consistent with FDA approvals, and sells them to hospitals and surgery centers wanting to reduce supply acquisition costs. Our device list includes: – Harmonic Scalpels - Ethicon ® – Trocars - Ethicon®, US Surgical® (AutoSuture®) – Laparoscopic Instruments - Ethicon®, US Surgical® (AutoSuture®) – Clip Appliers - Ethicon®, US Surgical® (AutoSuture®) – Linear Cutters and Staplers - Ethicon® – Bone Shavers - Linvatec®, Smith & Nephew®, Stryker® ClearMedical products are remanufactured with FDA approvals, individually tested, and packaged in box level quantities. Hospitals and Surgery Centers purchase these devices, typically at a 30% savings , directly from ClearMedical or through one of our distributors. *ClearMedical is not affiliated with Ethicon EndoSurgery, US Surgical, ConMed, Smith & Nephew, or Stryker. Ethicon is a registered trademark of Johnson & Johnson. AutoSuture and US Surgical are registered trademarks of Tyco Healthcare Group LP. Linvatec is a registered trademark of ConMed Corporation. Stryker is a registered trademark of Stryker Corporation. Brasil MS - ANVISA Reunião de peritos (1985) Portaria nº 4 (1986): Definições e Lista de produtos de uso único proibido de reprocessar. Consulta Pública nº 98 (06/12/2001) Portaria nº 936 (06/12/2002) da Secretaria de Assistência à Saúde: Protocolo para reprocessamento de grampeadores Consulta Pública nº 17 (19/03/2004) Audiência Pública em 03/06/2005 Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 30 16/2/2006. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 156 11/8/2006. Resolução RE nº 2.605 11/8/2006. Resolução RE nº 2.606 11/8/2006. Uso único Proibido reprocessar • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 2 1. Agulhas com componentes, plásticos não desmontáveis; 2. Aventais descartáveis; 3. Bisturi para laparoscopia com fonte geradora de energia, para corte ou coagulação com aspiração e irrigação; 4. Bisturis descartáveis com lâmina fixa ao cabo; (funcionalidade) 5. Bolsa coletora de espécimes cirúrgicos; 6. Bolsas de sangue; 7. Bomba centrífuga de sangue; 8. Bomba de infusão implantável; 9. Campos cirúrgicos descartáveis; 10. Cânulas para perfusão, exceto as cânulas aramadas.;11. Cateter de Balão Intra-aórtico; 12. Cateter epidural; 13. Cateter para embolectomia, tipo Fogart; 14. Cateter para oxigênio; 15. Cateter para medida de débito por termodiluição; 16. Cateter duplo J, para ureter; 17. Cateteres de diálise peritoneal de curta e longa permanência;18. Cateteres e válvulas para derivação ventricular; 19. Cateteres para infusão venosa com lume único, duplo ou triplo; 20. Cobertura descartável para mesa de instrumental cirúrgico; 21. Coletores de urina de drenagens, aberta ou fechada; 22. Compressas cirúrgicas descartáveis; 23. Conjuntos de tubos para uso em circulação extracorpórea; 24. Dique de borracha para uso odontológico; 25. Dispositivo para infusão vascular periférica ou aspiração venosa; 26. Dispositivo linear ou circular, não desmontável, para sutura mecânica; 27. Drenos em geral; 28. Embalagens descartáveis para esterilização de qualquer natureza; 29. Equipos descartáveis de qualquer natureza exceto as linhas de diálise, de irrigação e aspiração oftalmológicas; 30. Esponjas Oftalmológicas; 31. Expansores de pele com válvula; 32. Extensões para eletrodos implantáveis; 33. Equipos para bombas de infusão peristálticas e de seringas; 34 Extensores para equipos com ou sem dispositivo para administração de medicamentos 35. Filtros de linha para sangue arterial; 36. Filtros para cardioplegia; 37. Filtros endovasculares; 38. Fios de sutura cirúrgica: fibra, natural, sintético ou colágeno, com ou sem agulha; 39. Geradores de pulso, implantáveis; 40. Hemoconcentradores; 41. Injetores valvulados (para injeção de medicamentos, sem agulha metálica); 42. Lâmina de Shaiver com diâmetro interno menor que 3mm; 43. Lâminas descartáveis de bisturi, exceto as de uso oftalmológico; 44. Lancetas de hemoglicoteste; 45. Lentes de contato descartáveis; 46. Luvas cirúrgicas; 47. Luvas de procedimento; 48. Óleos de silicone Oftalmológico e soluções viscoelásticas oftalmológicas; 49. Oxigenador de bolhas; 50. Oxigenador de membrana; 51. Pinças e tesouras não desmontáveis de qualquer diâmetro para cirurgias vídeo assistida laparoscópica; 52. Produtos implantáveis de qualquer natureza como: cardíaca, digestiva, neurológica, odontológica, oftalmológica, ortopédica, otorrinolaringológica, pulmonar, urológica e vascular. 53. Punch cardíaco plástico; 54. Reservatórios venosos para cirurgia cardíaca de cardioplegia e de cardiotomia; 55. Sensor débito cardíaco; 56. Sensores de Pressão Intra-Craniana; 57. Seringas plásticas exceto de bomba injetora de contraste radiológico. 58 Sondas de aspiração; 59. Sondas gástricas e nasogástricas, exceto as do tipo fouché; 60 Sondas retais; 61 Sondas uretrais e vesicais, exceto uso em urodinâmica; 62. Sugador cirúrgico plástico para uso em odontologia; 63. Registro multivias de plástico, exceto os múltiplos, tipo manifold; 64.Cúpula isoladas para transdutores de pressão sangüínea; 65.Trocater não desmontável com válvula de qualquer diâmetro; 66.Tubo de coleta de sangue. RE No- 2.605, DE 11 DE AGOSTO DE 2006 A legislação atual dá as Diretrizes para protocolos de reuso Protocolo de Protocolo de reprocessamento Protocolo de reprocessamento reuso Para cada tipo e marca Não estar na RE 2605. Análise de custo -benefício justificada. Tecnologia de reprocessamento compatível com o produto. Produto permite rastreabilidae/controle do nº de reprocessamentos. Instituição tem acesso a métodos de controle de qualidade Decisão 2... Método de validação para obter evidência forte MUU novo Contaminação desafio semeadura direta ou Segmentação Agitação P R O C E S S A M E N T O Sonicação Cultivo para recuperação do microrganismo desafio Tempo de validade de esterilização: como determinar? Definição da Seção III Art. 4º da RDC 15/2012 VII - data limite de uso do produto esterilizado: prazo estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado. NOVO PARADIGMA! MITO DO PRAZO DE VALIDADE DE ESTERILIDADE POR DATA (...microrganismos não usam relógios nem agendas (Jevitt,1984) Qualidade das embalagens 1ªária, 2ªária e 3ªária Selagem segura Manutenção da esterilidade Manuseio controlado Controle do inventário Armazenamento correto Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão? Foi “apalpado”? Foi aberto e fechado novamente? Foi carregado debaixo dos braços? Foi colocado elásticos, barbante? Foi “amassado” colocando pesos ou guardados em gavetas apertadas? Indefinido tempo de esterilização …….. Amém JEVITT,D-1943 (data do jornal) 1977 estéril Notificado no Ministério da Saúde – Produto correlato - Classe 1 – baixo risco (licença para comercialização-5 anos) Normas Regulamentadoras – Tecido – NBR 13734/96 – Papel Grau-Cirúrgico – NBR 12946/93, NBR 13386/95 (ETO), NBR 13387/95 (Radiação), BSEN 868 (Partes 5, 6 e 7) – Papel Crepado e Nãotecido – projeto da ABNT e BS-EN 868-2 – Contêineres rígidos – BS-EN 868-8 – Tyvek® - só literatura SELAGEM: TEMOS DADO A DEVIDA ATENÇÃO? ISO 11607 Fita Colante Ponta protegida 3cm 6mm: 1 ou 3 linhas 3cm Sem delaminação Teste de hermeticidade Seal check® Selagem intacta para uma largura predefinida PARÂMETROS Pressão Temperatura Tempo Sem vincos ou dobras ARMAZENAGEM “Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.” “O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem , da selagem , das condições de armazenagem e transporte” •- Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa; •- Em cestos aramados, sem empilhamento, de forma a facilitar a identificação dos • itens; •- A embalagem é capaz de proteger o conteúdo esterilizado em condições de • temperatura e umidades altas (Camila Quartim Bruna, 2010 - teses.usp.br). • Embalagens de tecido x não tecido: como escolher? Custos e benefícios das embalagens de Uso Único Qualidade de biobarreira Resistência Tecido de algodão.... Consome recursos naturais e polui o eco-sistema com detergentes. RSS (responsabilidade social) EMBALAGENS Art. 78 As embalagens utilizadas para a esterilização de produtos para saúde devem estar regularizadas junto à Anvisa, para uso especifico em esterilização. • tecido de algodão •filmes •contêineres rígidos (válvula e filtro) •Papel crepado Penetrância Dificuldades variadas •manta de SMS •papel grau cirúrgico •Tyvek TECIDO DE ALGODÃO NBR 13.734/96 : sarja T1 ou T2 VANTAGENS • Memória e Resistência “padrão ouro” DESVANTAGENS •Difícil controle dos 65 reúsos (RODRIGUES, 2000) •Restrito a vapor RODRIGUES, E. Reutilização de campos duplos de tecido de algodão padronizado pela ABNT utilizados para embalagem de artigos médico-hospitalares na esterilização por calor úmido. São Paulo, 2000, 130p. Tese (Doutorado) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo. A segurança na esterilização dos artigos médico-hospitalares tem sido considerada como a medida isolada de maior impacto no controle das infecções hospitalares. O vapor sob pressão tem sido o agente esterilizante mais comumente usado nos estabelecimentos de saúde para os artigos termorresistentes. A finalidade de embalar os artigos médico-hospitalares é a de manter a esterilidade do produto com respeito a seu uso desejado, salvaguardando-o das condições de transporte e armazenamento. O atributo que se exige de um sistema de embalagem é a eficácia da barreira microbiana, a qual impede sob condições específicas a migração de microrganismos do meio ambiente para o interior da embalagem. Nos hospitais brasileiros, campos duplos de tecido de algodão são utilizados em larga escala para acondicionar materiais para esterilização a vapor sob pressão, porém pouco se conhece sobre seu desempenho como barreira microbiana. Este estudo teve por objetivo fundamental verificar a eficácia do tecido T1, de ligamento sarja 2x1, padronizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para confecção dos campos duplos de algodão para embalagem de artigos médico hospitalares, como barreira microbiana eficaz, após múltiplos reprocessamentos. Teve, também, como objetivo verificar as alterações das características físicas do tecido quanto à gramatura, estouro, tração e alongamento na direção do urdume e da trama, relacionando essas à eficácia da barreira microbiana, com as alterações das características físicas decorrentes dos reprocessamentos. Utilizou-se para comprovação da barreira microbiana metodologia oficial alemã da Deutsches Institut for Normüng (DIN), método aplicado para testar materiais porosos. O microrganismo utilizado neste estudo foi o Staphylococcus aureus ATCC 25.923. As características físicas do tecido foram analisadas pelas metodologias relatadas: gramatura pela NBR 70.006/88, estouro pela DIN 53.861/78 e resistência a tração e alongamento pela ASTM-D 5.034/75. Os resultados microbiológicos, considerados básicos para determinar o número máximo de reprocessamentos do tecido T1 dos campos duplos de algodão padronizado pela ABNT garantindo barreira microbiana eficaz, indicaram o número limite de 65. Relacionando a ineficácia da barreira microbiana dos tecidos de algodão com as alterações das características físicas dos mesmos, a diminuição da gramatura com base no reprocessamento 65 mostrou-se como elemento que sustenta teoricamente a quebra da barreira microbiana. As alterações observadas nas outras características físicas de estouro, tração e alongamento na direção do urdume e da trama não subsidiaram a possível justificativa de quebra da barreira microbiana, apesar da diminuição dos valores médios desses elementos. Esta diminuição ocorreu em outros momentos do reprocessamento, sem que houvesse o comprometimento da eficácia da barreira microbiana. Considerando que um campo de algodão duplo utilizado como embalagem para material utilizado na assistência à saúde seja reprocessado pelo menos 5 x por semana: 1 mês = 4 semanas X 5 = 20 reprocessamentos por mês. 1mês = 20 reprocessamentos 3 meses = 60 reprocessamentos Reposição dos campos a cada 3 meses (jan-mar=azul/abr-jun=cru/jul-set=verde/out-dez=rosa) Outras experiências de controle.... • Identificar a data do início do uso; • Registrar a cada uso (quando passar pela área do preparo) X X X X X X X X X X X X X X X 25/05/2012 Outras experiências.... Algodão tecido sem controle de reuso - como embalagem secundária - Filme plástico -como embalagem terciária- Art. 79 Não é permitido o uso de embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha, papel jornal e lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo envelope de plástico transparente não destinadas ao uso em equipamentos de esterilização. •Papel manilha •Papel toalha •Papel Kraft •Papel jornal •Lâminas de alumínio •Embalagens tipo envelope de plástico transparente não destinadas ao uso em equipamentos de esterilização. Tecido de algodão NÃO controlado (65 reusos) Art. 82 O CME que utiliza embalagem de tecido de algodão, deve possuir um plano contendo critérios de aquisição e substituição do arsenal de embalagem de tecido mantendo os registros desta movimentação. Processos de esterilização: como fazer boas escolhas com orçamento reduzido? ETO J VBTF G/PPH Métodos de esterilização • TERMORRESISTENTES: autoclavação estufa RDC 15 DE 15/3/2012 TERMOSSENSÍVEIS AUTOMATIZADOS: MANUAL: (agentes químicos) ►Óxido de etileno ►Glutaraldeído ► Vapor a baixa ►Ácido peracético temperatura ► Ortoftaldeído e formaldeído ► Plasma de peróxido RDC Nº 8 de 27/2/2009 hidrogênio Art. 92 Não é permitido o uso de estufas para a esterilização de produtos para saúde. Métodos de esterilização para materiais termossensíveis Limpeza ETO/VBTF/G-PPH/O3 Esterilização ETO VBTF G/PPH DIFUSIBILIDADE/COMPATIBILIDADE/TOXICIDADE/CUSTO/TEMPO 1000 PADRÃO OURO ++++ $ ++++ 100 10 SEM RESTRIÇÕES ++ CELULOSE + UMIDADE LUMEN ESTREITO/LONGO $ ++ $$$$ + Reprocessamento de endoscópios e colonoscópios: como eu faço? Copyright © 2004 WA Rutala DESINFECÇÃO: •QUÍMICA MANUAL glutaraldeído 2%, ácido peracético, Ortoftaldeído, álcool 70% (p/v), compostos fenólicos, cloro, etc.... Art. 12 Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza.???? Parágrafo único. produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e inaloterapia devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível intermediário, com produtos saneantes em conformidade com a normatização sanitária, ou por processo físico de termodesinfecção, antes da utilização em outro paciente; Art. 13 - Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia, não poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos. •TERMODESINFECÇÃO MAIOR RESISTÊNCIA ESPOROS BACTERIANOS Bacillus subtillis MICOBACTÉRIAS VÍRUS PEQUENOS OU NÃO LIPÍDICOS poliovírus Aldeídos 20’, 30’, 40’ Alto Nível Ácido peracético 10’ Ortoftaldeído Peróxido de hidrogênio Nível Intermediário Álcool 70% p/v, cloro orgânico, fenol sintético, hipoclorito de sódio (0,5%-1%) FUNGOS Candida spp BACTÉRIAS VEGETATIVAS Pseudomonas aeruginosa MENOR RESISTÊNCIA VÍRUS MÉDIOS OU LIPÍDICOS vírus HBV, HIV Baixo Nível quaternário de amônio, hipoclorito de sódio 0,02% (Spaulding, 1968) Etapas do reprocessamento de óticas flexíveis • Evitar que o material biológico resseque (pré-lavagem no local do procedimento: aciona o canal de ar e água). • Imersão em detergente enzimático com peças desconectadas: remover as válvulas (aspiração/ar e água/tampa do canal de biópsias); preenchimento dos lumens. • Remoção mecânica da sujidade: escovas/esponja e jatos de água sob pressão. • Enxágue abundante e cuidadosa. • Remover excesso de água. • Esterilização / Desinfecção de alto nível. • Enxágue abundante com água potável ( remoção do desinfetante químico). Para broncoscópio, sugere-se enxágue com água purificada. • Rinsagem com álcool 70% (p/v). • Embalagem protetora após secagem. • Prazo de validade indefinida... Amém! Copyright © 2004 WA Rutala FUTURO DA ENDOSCOPIA Germicidas químico líquido por método automatizado Ausência de sujidades •Imersão/contato completo (preencher lúmens) •Expor o material pelo tempo indicado pelos fabricantes, e aprovado pelo registro na ANVISA • Controlar a concentração e o pH quando a solução for reutilizada (glutaraldeído, ácido peracético, ALCOOL?). ENXAGUAR ABUNDANTEMENTE !!! ÁGUA POTÁVEL + ÁGUA TRATADA (artigos não críticos-validade indefinida) (artigos semi-críticos + rinsagem com álcool 70% p/v) Portaria nº 15/88 Tempo de contato pré-estabelecido de 30’ Desinfetante de baixo nível APÊNDICE V da RDC 35/2010: MICRORGANISMOS PARA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA • Desinfetante de nível intermediário: Staphylococcus aureus, Salmonella choleraesuis, Escherichia coli, Pseudomona aeruginosa, Trichophyton mentagrophytes, Candida albicans, Mycobacterium smegmatis e Mycobacterium bovis (BCG); • Desinfetante de alto nível: Staphylococcus aureus, Salmonella choleraesuis, Escherichia coli, Pseudomona aeruginosa, Trichophyton mentagrophytes, Candida albicans, Mycobacterium smegmatis, Mycobacterium bovis, (BCG), Mycobacterium massiliense INCQS 00594, Bacillus subtilis e Clostridium sporogenes; • Esterilizante: Bacillus subtilis, Clostridium sporogenes e Mycobacterium massiliens INCQS 00594 (ciclo de esterilização a vapor para uso imediato) Art 94 § 1º O ciclo de esterilização a vapor para uso imediato só pode ocorrer em caso de urgência e emergência. ??? § 2º O ciclo de esterilização a vapor para uso imediato deve ser documentado contendo data, hora, motivo do uso, nome do instrumental cirúrgico ou produto para saúde, nome e assinatura do profissional responsável pelo CME e identificação do paciente. § 3º O registro do ciclo mencionado no § 2º deve estar disponível para a avaliação pela Autoridade Sanitária. § 4º O instrumental cirúrgico e os produtos para saúde processados conforme o § 1º devem ser utilizados imediatamente após o processo de esterilização. § 5º O ciclo para uso imediato deve ser monitorado por integrador ou emulador químico. Art 94 § 1º O ciclo de esterilização a vapor para uso imediato só pode ocorrer em caso de urgência e emergência. ??? § 2º O ciclo de esterilização a vapor para uso imediato deve ser documentado contendo data, hora, motivo do uso, nome do instrumental cirúrgico ou produto para saúde, nome e assinatura do profissional responsável pelo CME e identificação do paciente. § 3º O registro do ciclo mencionado no § 2º deve estar disponível para a avaliação pela Autoridade Sanitária. § 4º O instrumental cirúrgico e os produtos para saúde processados conforme o § 1º devem ser utilizados imediatamente após o processo de esterilização. § 5º O ciclo para uso imediato deve ser monitorado por integrador ou emulador químico. Polêmica: Ciclo “Flash” ciclo de esterilização a vapor para uso imediato 134°C / 3,5´- 3:30´ Descuido na limpeza do material “abusos” Briga com uma tradição secular Queimaduras Problemas relacionados com o ciclo flash Material eventualmente desembalado exige maiores cuidados no transporte ...”não existe material mais esterilizado ou menos esterilizado”. REFERÊNCIAS BÁSICAS • GRAZIANO KU, SILVA A, PSALTIKIDIS EM. Enfermagem em Centro de Material e Esterilização. SP, Manole, 2011. 417p • ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Esterilização de artigos em unidades de saúde. 3 ed revisada e ampliada. São Paulo: APECIH, 2010. 338p. [email protected] (Dédina) • GRAZIANO K.U. Processos de limpeza, desinfecção e esterilização de artigos odonto-médico-hospitalares e cuidados com o ambiente cirúrgico. In: LACERDA, R.A. Controle de Infecção em Centro Cirúrgico: fatos, mitos e controvérsias. São Paulo: Atheneu, 2003. Cap 11, p. 163-95. • PADOVEZE, M. C. ; GRAZIANO, Kazuko Uchikawa ; LEICHSENRING, M. L. . Aplicação de critérios para a tomada de decisões. In: Maria Clara Padoveze. (Org.). Reprocessamento de artigos de uso único. São Paulo: APECIH, 2008, v. 1, p. 62-69. • GRAZIANO, Kazuko Uchikawa . Análise da legislação sobre reprocessamento de artigo único. In: Maria Clara Padoveze. (Org.). Reprocessamento de artigos de uso único. São Paulo: APECIH, 2008, v. 1, p. 81-95. “Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar! Não ande na minha frente, talvez eu não queira seguí-lo! Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos” Provérbio Ute Obrigada! Profª.Drª. Kazuko Uchikawa Graziano Titular do Depto. ENC da EEUSP. [email protected]