José Rodrigues da Costa

Transcrição

José Rodrigues da Costa
A CRISE ACTUAL
EXPÔS A VULNERABILIDADE DO FINANCIAMENTO DO
TECIDO EMPRESARIAL NACIONAL
•Encerramento de sociedades (consequente desemprego)
•Empresas com encomendas rentáveis que não podem satisfazer
•Linhas de Crédito especiais
•Papel dinamizador exigido à CGD
•Criação de um Banco de Fomento
TECIDO EMPRESARIAL EM PORTUGAL 2011
Barómetro Empresarial Dun & Bradstreet
TECIDO EMPRESARIAL EM PORTUGAL 2011
Barómetro Empresarial Dun & Bradstreet
Todos os valores referem-se a empresas com informação financeira de 2010 disponível em Fev/2012
TECIDO EMPRESARIAL EM PORTUGAL 2011
Barómetro Empresarial Dun & Bradstreet
Todos os valores referem-se a empresas com informação financeira de 2010 disponível em Fev/2012
Grande: >250 Empregados e Vol Negócios >50 milhões
Média: <250
≤50
Pequena:< 50
e
≥10
Micro: < 10
e
≤ 2
e Balanço > 43 milhões
ou
≤ 43 milhões
ou
≤ 10 milhões
ou
≤ 2 milhões
TECIDO EMPRESARIAL EM PORTUGAL 2011
Barómetro Empresarial Dun & Bradstreet
Todos os valores referem-se a empresas com informação financeira de 2010 disponível em Fev/2012
BARÓMETRO EMPRESARIAL
DUN&BRADSTREET
1º Semestre 2012
463
 2,7%
16.979
BARÓMETRO EMPRESARIAL
DUN&BRADSTREET
1º Semestre 2012
531
 7,6%
16.979
FINANCIAMENTO TÍPICO DA EMPRESA
DOMÉSTICA
• Pouco
Capital Social
• com recurso frequente aos Suprimentos/P. Suplementares dos sócios
• Dívida maioritariamente Bancária
• Predomínio de Passivos de Curto Prazo
• mesmo para financiar investimentos de longa duração – problemas de liquidez
LIMITAÇÕES ESTRUTURAIS AO FINANCIAMENTO
BANCÁRIO DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS
(Independentemente das Actuais Dificuldades Transitórias do Acesso ao Crédito externo)
Alternativa A para satisfazer Basileia III: encolher o Balanço e manter o Capital
Menos Crédito
Créditos mais Caros
Melhores garantias/contrapartidas exigidas aos Devedores
Créditos mais Curto
Alternativa B para satisfazer Basileia III: Bancos aumentam “funding” de maior duração
Emissão de mais Acções Ordinárias - Solidez
Emissão de Obrigações – Liquidez
Demora tempo e concorre NO MERCADO com as empresas clientes
Complemento C: bancos incentivam empresas a acederem directamente aos Mercados
Ganham Comissões de Consultoria e de Colocação
Não tomam risco nem expandem o Balanço do Banco
Menos Crédito
Crédito mais Caro
Melhores contrapartidas
Crédito menos Longo
PORQUE:
•
Rentabilidade dos Bancos será mais difícil de gerir
•
A sua capacidade de captação de fundos mais difícil
• Cortar no crédito de Médio e Longo prazos (habitação e Investimento das Empresas)
• Provavelmente serão as considerações de liquidez que irão tornar o
crédito bancário mais escasso e mais caro e mais curto.
RESPOSTA DAS EMPRESAS NÃO
FINANCEIRAS
Rever a sua estrutura de financiamento
Mais Capital Social
Mais Obrigações
Mais planeamento Financeiro
Rever o relacionamento com os seus bancos
Mais informação
Mais credível
Mais atempada (fugir das “urgências”)
Explorar o canal alternativo do financiamento directo no Mercado
Em 1º lugar, explorando o mercado das “Corporate Bonds”
Só depois, abrindo o seu Capital Social
Estudar os instrumentos híbridos: Obr. Convertíveis, Obr. Participativas, Acções preferenciais
INE. Inquérito de Conjuntura ao Investimento
1/Abr a 28/Jun de 2012
PESO DO MERCADO DE CAPITAIS
NO FINANCIAMENTO EMPRESARIAL
• Capitalização de Acções das Empresas Nacionais (28/Set/2012):
• Mercado Regulamentado – 45 empresas: € 41 807 milhões
• Mercados não Regulamentados – 14 empresas: 111 milhões
• Capitalização de Obrigações de Empresa (28/Set/2012):
• Mercados Regulamentados – 48 emitentes: € 7 526 milhões
• Mercados não Regulamentados – 6 emitentes: € 761 milhões
• PIB 2011 a preços correntes: € 170 928 milhões
• Importância das Acções face ao PIB: 24,5%
• Importância das Obrigações face ao PIB: 4,8%
LISBON CONFERENCE ON STOCK MARKETS IN
HISTORICAL PERSPECTIVE 25 – 26 May, 2012
Total nº of Listed Companies
1930
1935
1940
1945
1950
1955
1960
1965
1970
1973
112
98
104
104
110
123
132
137
136
145
Banks
Insurances
Textile industries
Railways
Utilities
Others
Colonials
10
15
4
4
9
15
4
4
8
17
5
4
10
18
5
5
11
17
5
3
11
20
5
3
12
19
5
2
46
33
42
24
47
23
45
21
51
23
56
28
60
34
13
20
5
12
24
5
17
25
4
17
49
33
12
50
33
12
53
34
Total Social Capital Listed in BVL
(PTE 000 000)
948
1 031
1 059
1 727
3 251
5 897
9 353
13 318
23 331
35 822
Share of the 10 largest
59.32%
66.02%
59.71%
50.11%
53.25%
50.16%
49.92%
48.55%
54.39%
45.96%
Share of the 10 smallest
0.18%
0.22%
0.25%
0.21%
0.11%
0.06%
0.04%
0.03%
0.02%
0.01%
Share of the middle others
40.50%
33.76%
40.04%
49.69%
46.64%
49.78%
50.04%
51.42%
45.59%
54.03%
Share of the 50 smallest
4.36%
4.84%
3.83%
3.53%
2.99%
1.83%
1.30%
0.85%
1.23%
0.83%
GDPmp
(PTE 000 000)
18 239
19 785
19 990
39 989
56 092
70 572
88 994
135 681
212 358
342 817
Total Social Capital in % of GDP
5.20%
5.21%
5.30%
4.32%
5.80%
8.36%
10.51%
9.82%
10.99%
10.45%
LISBON CONFERENCE ON STOCK MARKETS IN
HISTORICAL PERSPECTIVE 25 – 26 May, 2012
1977
1980
1985
1990
1995
2000
2005
2010
Total nº of Listed Companies
35
25
46
181
169
110
77
69
Total Social Capital Listed in BVL
(EUR 000 000)
13
18
186
2 505
7 339
17 990
21 178
31 722
Share of the 10 largest
82.31%
84.07%
83.20%
41.90%
42.34%
71.83%
81.39%
78.20%
Share of the 10 smallest
1.26%
5.89%
0.85%
0.34%
0.16%
0.09%
0.06%
0.06%
Share of the middle others
16.42%
10.04%
15.95%
57.76%
57.50%
28.42%
21.39%
21.74%
Share of the 50 smallest
N. D.
N. D.
N. D.
3.79%
2.08%
2.52%
3.80%
7.66%
GDPmp
(EUR 000 000)
3 603
7 364
20 605
50 239
79 373
115 548
127 490
162 163
Total Social Capital in % of GDP
0.37%
0.25%
0.90%
4.99%
9.25%
15.57%
16.61%
19.56%
Euronext N.V.
Lisbon
Paris
Central Computer
(Outskirts of London)
Amsterdam
LIFFE
(derivatives)
Brussels
XVI WEHC
Stellenbosch, July 2012
LISBON CONFERENCE ON STOCK MARKETS IN
HISTORICAL PERSPECTIVE 25 – 26 May, 2012
MESSAGE OF THE PAPER
(Summary)
• Stock Exchanges (SE) exist to help issuers to raise funds in the market
• Traditionally, SE take a passive attitude, just supplying a market for securities
• The natural evolution of SE led them to focus mainly on big issuers, not SME´s
• The Portuguese case exemplifies exactly that evolution away from SME´s
• However, SME´s are crucial in any domestic economy (jobs, innovation and
flex)
• It seems that time has come now to “invent” new mechanisms to cater for SME´s
• Probably, these innovations will have to be radical (examples exist already)