Guia - AprenderNaNet
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Coordenação do Projecto SAF – Novabase, SA Equipa de Coordenação Mário Figueira, SAF/Novabase José Lagarto, Universidade Católica Portuguesa Avaliação Técnica Arnaldo Santos, PT Inovação Autoria do Guia Raul Denominato, SAF/Novabase ISBN 972-8252-01-3 Junho de 2003 Nota de abertura A Novabase, através da SAF – Sistemas Avançados de Formação, SA pretende dar um contributo para a discussão sobre a qualidade do eLearning em Portugal com o estudo que agora se publica. Este trabalho é o resultado do esforço conjunto de uma equipa pluri-disciplinar que abraçou este desafio em 2003 e contou com o apoio fundamental do POEFDS do Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Procurámos envolver as entidades e as pessoas que têm reflectido nos últimos anos sobre o tema do eLearning em Portugal e, em particular, sobre a forma de garantir a sua eficácia e eficiência. Estudar a qualidade do eLearning em Portugal consistiu essencialmente na identificação de mecanismos adequados a garantir a consistência dos processos de aprendizagem suportados por tecnologias de informação e comunicação. Investigámos o que se fazia em Portugal em 2003 na perspectiva da oferta dos fornecedores de conteúdos de eLearning e na perspectiva dos utilizadores (organizações e indivíduos). Procurámos referenciais para suportar a concepção e desenvolvimento de dispositivos de eLearning e, neste aspecto, encontrámos muitos contributos nas normas SCORM desenvolvidas pela iniciativa americana ADL – Advanced Distributed Learning . Centrámos o nosso estudo na identificação de um referencial para a concepção e desenvolvimento de dispositivos de eLearning (conteúdos e sistemas) com base no SCORM, procurando a sua relação com as dimensões eficácia e eficiência desses dispositivos. Concluímos que o grau de maturidade da utilização das normas SCORM no mercado português ainda é baixo, apesar de existirem casos de excelência na sua utilização. Para um melhor aproveitamento dessas especificações no nosso país elaborámos o presente Guia de Interpretação e Implementação das Normas SCORM. Este guia é complementado com a versão digital do relatório final do estudo que salienta os seguintes tópicos: Inventário e Sistematização das Normas de eLearning Caracterização da Oferta de Conteúdos de eLearning a Nível Internacional Caracterização do Mercado de eLearning em Portugal Caracterização da Oferta de Conteúdos de eLearning em Portugal Estudo de Casos da Procura de Conteúdos de eLearning em Portugal Estudo de Casos de Formandos – Impacto da Qualidade do eLearning Tendências-chave da adopção das normas de eLearning na Procura em Portugal Comparação entre a Oferta e a Procura (Organizações) de eLearning em Portugal Este relatório termina com um conjunto de conclusões finais e propostas de acção das quais se destacam a criação de um Laboratório da Qualidade do eLearning com vista à monitorização do progresso da adopção das normas e de práticas avançadas da avaliação da formação blended Learning no mercado português. Esperamos que estes documentos sejam úteis para a sua caminhada no eLearning. Mário Figueira Administrador da SAF/Novabase 04 05 Resumo do Relatório Qualidade no e-Learning em Portugal Resumo do Relatório “A Qualidade do eLearning em Portugal” O Impacto da adopção das normas SCORM no mercado português Durante a década de 1990 assistiu-se a um grande investimento em diferentes tecnologias de eLearning. A corrida no sentido de aumentar a quota de mercado por parte das empresas que constituem a oferta de eLearning levou à proliferação de diferentes produtos de qualidade muito variada. Tecnologias como ferramentas de autor, de colaboração síncrona e de gestão de conteúdos encontravam-se ainda num estado imaturo, facto que originou alguma insatisfação junto dos utilizadores finais. O próprio conteúdo desenvolvido apresentava ausência de interactividade e desenho instrucional pouco adequado. Tudo isto ficou a dever-se à ausência de adopção de normas na produção destes produtos, que promovessem a interoperabilidade e consequente integração de tecnologias. Mas estas na altura também se encontravam num estado embrionário. O cepticismo dos utilizadores quanto à qualidade na indústria do eLearning obteve como resposta a criação de empresas de serviços como a BrandonHall.com e a Lguide que se dedicam à realização de estudos periódicos sobre a qualidade dos produtos deste tipo de formação. Contudo, o que representou maior influência sobre a qualidade da oferta de eLearning foi a criação de normas de interoperabilidade que melhoram consideravelmente a compatibilidade entre o conteúdo e as plataformas de gestão da formação (LMS). Progressivamente, as normas de eLearning estão a ser aceites por toda a indústria, levando mesmo a que algumas das organizações que oferecem produtos e/ou serviços de eLearning lançassem versões dos seus produtos com referência à normalização existente. Ainda no lado da oferta, assiste-se também à criação de programas de teste informático para certificação da compatibilidade. O presente resumo refere-se ao projecto de investigação à qualidade do eLearning em Portugal e impacto da adopção das normas de eLearning no mercado português, sendo uma iniciativa aprovada no âmbito do Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS). Neste plano, o principal objectivo desta pesquisa foi averiguar qual a influência da adopção das normas nos produtos de eLearning e no desempenho da formação nas organizações e nos indivíduos, no contexto do mercado português. A meta a alcançar é a identificação do nível da adopção das normas nos produtos de eLearning existentes no mercado nacional. Esta informação ajudará a traçar o grau de maturidade do mercado nacional face à concorrência internacional. Descrição da Metodologia utilizada A nossa análise foi dividida em duas etapas: a primeira inciduiu sobre a caracterização da Oferta através da aplicação de um inquérito; a segunda focou a caracterização dos utilizadores (Procura: Organizações e Formandos) por intermédio de estudo de casos. Numa primeira fase, concentramo-nos na análise dos graus de adopção da norma SCORM através da realização de um inquérito ao universo de empresas acreditadas pelo Instituto para a Inovação da Formação (INOFOR) em Junho de 2003, cerca de 30 empresas, como fornecedores de soluções/produtos e serviços de eLearning. A opção pela base de amostragem das entidades acreditadas pelo INOFOR, permite-nos construir uma amostra casual simples - técnica probabilística -, a qual possibilita a cada elemento da população uma oportunidade igual de ser incluído, tornando provável a escolha de todas as combinações possíveis do número desejado de casos (Chein, ob. cit., p85 in Moreira C., 1994). O inquérito por questionário à oferta de eLearning em Portugal sobre a adopção das normas nos seus produtos e serviços foi constituído por 19 perguntas. Foi realizado entre Junho e Julho de 2003 e dirigido aos Responsáveis Máximos de cada entidade que figura na Listagem do INOFOR. A opção pelo método de inquérito por questionário Qualidade no e-Learning em Portugal para a recolha de dados prende-se com o facto deste possibilitar resultados descritivos e, deste modo, a comparação entre diferentes grupos de evolução. De um universo de 33 empresas – composto pelas 30 entidades acreditadas pelo INOFOR e outras três não certificadas por este organismo público -, responderam 12, o que nos confere uma taxa de sucesso de 36%. Este valor assegura a representatividade dos resultados do inquérito, já que o mínimo exigido é de 15%. A análise dos dados obtidos a partir da aplicação do questionário à oferta nacional de elearning, implica uma análise assente na existência de correlações significativas (positivas e negativas) entre os diversos itens que o compõem , com base no coeficiente de correlação de Spearman. É a partir desta análise que se constroi o Perfil da Oferta Nacional de eLeaning face às Normas, quer do ponto de vista da Qualidade, quer Tecnológico. Em relação à caracterização dos Utilizadores de eLearning (Procura), ou seja, das Organizações e dos Formandos, que corresponde à segunda parte do nosso problema de partida (Até que ponto o estado da adopção de normas na oferta nacional de eLearning, influencia os resultados da formação nos utilizadores empresariais (organizações) e individuais (formandos).), optou-se pelo método de estudo de casos. Dado que não existe uma listagem que sirva de base de amostragem do universo dos Utilizadores de eLearning (Organizações e Formandos) a nível nacional, optou-se pela amostragem em bola-de-neve, utilizada na pesquisa qualitativa e de pequena-escala. Deste modo, foi solicitado aos utilizadores de eLearning se conheciam mais elementos com as características pretendidas: Organizações com práticas e normas de eLearning e frequência em acções de eLearning no caso dos Formandos. O método do estudo de casos compreende a colecta de dados mais pormenorizados tendo em vista uma análise mais em profundidade e não extensividade (como acontece no estudo da Oferta de eLearning), o que ainda mais se justifica pelo facto de pretender estudar relações de uma realidade ainda pouco estudada. Foram alvo de estudo 11 organizações e 5 formandos, sendo a entrevista estruturada o instrumento previligiado na recolha de dados para o primeiro caso e a semi-estruturada para o segundo caso. Bringham e Moore definem a entrevista como “uma conversa com um objectivo” (cit. p.70 in Ghiglion R. e Matalon B., 1993), ou seja, trata-se de uma técnica classificada consoante a liberdade de resposta dada ao inquirido. Ao optarmos pela entrevista estruturada, determinamos os temas a ser focados, bem como, o quadro de referência que os entrevistados, neste caso utilizadores de eLearning – Organizações, deverão ter em conta antes de responder. O mesmo sucede nas entrevistas realizadas aos Formandos, com a excepção de que nestas é deixado algum espaço ao entrevistado para que este desenvolva o seu raciocínio livremente. As entrevistas sobre a Qualidade nos Utilizadores que Adoptam Normas de eLearning ocorreram durante o mês de Novembro de 2003 e foram dirigidas a Responsáveis de Formação/eLearning nas Organizações e a Formandos. 06 Principais resultados dos inquerítos A partir das análises do inquérito sobre o impacto da adopção das normas de eLearning na qualidade da formação à Oferta Nacional e aos estudo de casos a Organizações e Formandos (Procura), podemos traçar as seguintes conclusões finais: 1 - Utilização das normas gera um impacto positivo na qualidade da formação 07 Resumo do Relatório O objectivo do presente estudo consistia em caracterizar o estado da adopção de normas no mercado nacional de eLearning e como estas influenciam os resultados da formação na Oferta e na Procura: utilizadores empresariais (organizações) e individuais (formandos). Na oferta, verificou-se que as empresas que adoptam a versão 1.3 do Modelo de Normas SCORM (ver caixa O que é o SCORM?), as Normas IMS, as Normas AICC e os Níveis de Conformidade SCO-RTE1, SCO+RTE1+O e LMS-RTE3 realizam a avaliação da formação na organização como um todo e a avaliação do ROI da formação. No lado da Oferta, quase 45% das organizações estudadas avalia o ROI da formação numa base regular (29% por norma e 14% com frequência). No lado da Oferta, os formandos entrevistados que frequentam acções formação de eLearning normalizadas referem que o impacto do eLearning é significativo e que justifica-se plenamente o investimento. Além disso, tanto na Oferta, como na Procura, as organizações que adoptaram normas de eLearning, referem com terceiro resultado mais importante o aumento da qualidade da formação. Vimos assim que o nosso problema de partida está confirmado, ou seja, as normas de eLearning influenciam os resultados da formação, de uma forma positiva. 2 – O processo de normalização no mercado português ainda se encontra num estado embrionário Apenas 42% da Oferta de eLearning possui normas de eLearning. Além disso, dentro do grupo de empresas da oferta que possui normas SCORM, apenas duas demonstram terem graduação máxima a nível do conhecimento estruturado das normas e da sua utilização. Proposta: As entidades estatais, bem como o sector privado, deverão desenvolver iniciativas de divulgação e sensibilização da normalização da formação a distância, as quais poderiam incluir a organização de sessões de esclarecimento (em formato de workshops, conferências ou «road-shows») sobre as normas de eLearning e o ROI da formação junto dos actores da oferta nacional de Formação a Distância. Outra linha de orientação são as acções de formação técnica sobre a utilização das normas de eLearning, através da organização de eventos formativos com uma forte vertente prática (tipo sessões «hands-on») que demonstrem os processos de criação, funcionamento e implementação das normas de eLearning. 3 – Avaliação do ROI da formação não é prática comum Apenas 9% da Oferta avalia o retorno do investimento na formação e 3% avalia os resultados da formação na organização como um todo. Com efeito, no plano das práticas da avaliação da formação, existe um «gap» significativo entre a Oferta e a Procura no nível 4 (-17%) e um diferencial perto do limite da margem de tolerância (-8%) no nível 5, respeitante à avaliação do ROI. Proposta: Há que desenvolver iniciativas para consciencializar a Oferta a oferecer soluções de eLearning com maior valor acrescentado a nível da avaliação da formação, abandonando a focalização excessiva na venda de tecnologia. Há que organizar eventos formativos com uma forte vertente prática (tipo estudo de casos) que demonstrem a aplicação e vantagens do ROI na avaliação da formação prestada por eLearning. 4 – Normas facilitam interoperabilidade e reutilização dos conteúdos A interoperabilidade e reutilização dos conteúdos é referido como sendo o resultado mais importante da adopção das normas, tanto pela oferta como pela procura (organizações). Todavia, os depoimentos dos formandos evidenciam que há falta de interoperabilidade entre conteúdos de fornecedores diferentes. Além disso, os depoimentos dos formandos também revelam a existência de problemas na reutilização dos conteúdos. Infere-se assim que, nestas vertentes, as capacidades de interoperabilidade e reutilização dos conteúdos das normas SCORM estão parcialmente aproveitadas. Proposta: a Oferta deverá concentrar esforços na melhoria e desenvolvimento desta funcionalidade, bem como as organizações, para que possam maximizar a eficácia e qualidade da formação. 5 – Personalização da formação dá os primeiros passos A personalização da formação/conteúdos nos sistemas de eLearning na procura (organizações) está numa fase inicial. Este retrato foi confirmado pelos depoimentos dos formandos, que mencionaram as fracas capacidades de personalização da formação às suas necessidades específicas. Normas de e-learning num minuto O que são normas de eLearning? A normalização (ou estandardização) consiste num acordo sobre um conjunto específico de características que um produto ou processo deverão exibir. Ou seja, estabelece os critérios que pautarão a actividade de todas as pessoas envolvidas na indústria do eLearning. No documento elaborado por Singh (2000), denominado White Paper Demystifying eLearning Standards, o autor define que as iniciativas de estandardização focalizam-se basicamente em três aspectos: Portabilidade do conteúdo – quando o conteúdo é separado do sistema de fornecimento proprietário, a organização pode consolidar, organizar e conceber as suas iniciativas de eLearning no LMS da sua escolha. Isto possibilita a customização dos conteúdos, logo há maior flexibilidade e menores custos operacionais para as empresas. Granularidade – as novas especificações suportam a metodologia do objecto de aprendizagem permitindo a inclusão de unidades de informação mais pequenas e actualizadas. Os objectos de aprendizagem adicionam o «just-enough» à aprendizagem «just-in-time». Interoperabilidade – a aplicação de interoperabilidade começa quando diferentes aplicações de eLearning conseguem partilhar conteúdo e localizar dados. Estas especificações abrem a possibilidade de trocar e aceder a conteúdos Qualidade no e-Learning em Portugal O eLearning CONSORTIUM S3 Working Group do Masie Center alarga em mais quatro aspectos (para além da interoperabilidade) o campo de acção das iniciativas de estandardização. No documento Making Sense of Learning Specifications & Standards: A Decision Maker's Guide to their Adoption (2002) pode ler-se o seguinte: 08 Reutilização – flexibilidade na incorporação de componentes de instrução em múltiplas aplicações e contextos. Ou seja, consiste em possibilitar a reutilização do curso ou objecto de aprendizagem. Capacidade de Gestão – possibilidade do sistema de gestão da formação (LMS) localizar a informação apropriada quer sobre o conteúdo, quer sobre o formando. Acessibilidade – possibilidade do formando aceder ao conteúdo adequado e na altura apropriada Durabilidade – consiste em permitir as constantes mudanças e evoluções tecnológicas sem ser necessário redesenhar, reconfigurar e reprogramar 09 Resumo do Relatório Ambos os documentos associam as iniciativas de estandardização à eficiência na gestão da formação e, em última análise, a aumentos de eficácia no negócio (por exemplo: através de ganhos de produtividade). Nos últimos anos, são várias as entidades que se têm debruçado sobre esta temática, sendo que no momento os principais normativos da indústria do eLearning provêm dos EUA. Dentro das várias organizações que estão a desenvolver iniciativas de estandardização as quatro maiores segundo Singh (2000) são a Aviation Industry CBT (Computer-Based Training) Committee (AICC), a ADLNet - Advanced Distributed Learning (ADL) Sharable Content Object Reference Model (SCORM), o Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) Learning Technology Standards Committee (LTSC) e o IMS Global Learning Consortium, Inc. (IMS). Proposta: a Oferta deverá concentrar esforços na melhoria e desenvolvimento desta funcionalidade (aperfeiçoando a utilização dos objectos de aprendizagem e de Meta-Data, por exemplo), bem como as organizações, para que possam maximizar a eficácia e qualidade da formação. 6 – SCORM com problemas de implementação no Modelo de Dados Na implementação das Normas SCORM, a oferta referiu problemas a nível do modelo de dados. Proposta: as entidades estatais, bem como o sector privado, deverão desenvolver esforços e iniciativas a nível da formação técnica para dirimir esta lacuna. Propostas de âmbito transversal Criação de um Observatório da Qualidade do eLearning, com vista à monitorização do progresso da adopção das normas e de práticas avançadas da avaliação da formação no mercado português. Neste plano, deveria ser tido em conta o levantamento Nacional das organizações do lado da Procura que utilizam eLearning, de modo a poder ser realizado o estudo sistemático da qualidade e resultados obtidos por estas. Criação de um Conselho de Normalização para o mercado de eLearning nacional que junte peritos de várias áreas disciplinares (pedagogos, engenheiros informáticos, investigadores), empresas e organizações estatais, com o objectivo de gerar normas que correspondam às especificidades sociais e culturais do mercado português, fazendo a ponte com os corpos de normas já existentes a nível internacional, assegurando uma representação portuguesa qualificada no Conselho Europeu de Normalização e demais entidades normalizadores da Formação a Distância. O que é o SCORM? O SCORM (Sharable Courseware Object Model) é definido como sendo um conjunto de especificações e linhas de orientação que estabelecem os níveis de acessibilidade, interoperabilidade, durabilidade e reutilização dos conteúdos e sistemas de aprendizagem baseados em Web. Até ao momento o SCORM já conheceu quatro versões. O SCORM não é uma norma em si mesma, mas sim um modelo de referência que serve a efectividade e a aplicação real de um conjunto de normas e especificações individuais. O SCORM trabalha com corpos de normas como o AICC, o IMS e o IEEE para integrar as suas especificações num modelo coeso, utilizável e holístico, e assim define inter-relacionamentos chave entre normas. Por isso, o SCORM é na sua essência um modelo de facto, porque não foi mapeado como um corpo de aprovação de normas, mas sim como um modelo que os governos e a indústria de aprendizagem no seu todo adoptam voluntariamente. Para o nosso trabalho, optamos pelo modelo de normas SCORM, por várias razões: possuem um maior grau de desenvolvimento e maturação aparentemente é o modelo de referência mais generalizado no mercado internacional, já que inte gra diferentes corpos de normas, em diversos âmbitos e de diferentes organizações. Além disso, também possui uma das maiores redes de laboratórios especializados. 12 13 guia Qualidade no e-Learning em Portugal Índice 1 Como utilizar o guia 15 2 Introdução 17 2.1 Objectivo 17 2.2 Proposta de Valor da Normalização no e-Learning 17 2.3 Como surgiram as normas no e-learning 19 3 Considerações gerais 21 3.1 Exemplo do curso sobre nós de marinheiro 21 3.2 XML 22 4 SCORM 25 4.1 Modelo de agregação de conteúdos 26 4.1.1 Componentes do modelo de agregação de conteúdos 27 4.1.1.1 Recursos (Assets) 27 4.1.1.2 SCO - Sharable Content Objects 27 4.1.1.3 Agregados de conteúdos (Content Aggregations) 29 4.1.1.4 Representação esquemática do CAM 31 4.1.2 32 Componentes de Metadata 4.1.2.1 Categorias de metadata 32 4.1.2.2 Ligação XML à metadata 33 4.1.2.3 Exemplo de metadata 35 4.1.3 37 Empacotamento de conteúdos 4.1.3.1 Estrutura de Conteúdos 39 4.1.3.2 Descrição de um pacote IMS 40 4.1.3.3 Empacotamento de conteúdos no SCORM 41 4.1.3.4 Ligação XML ao empacotamento de conteúdos 42 4.1.4 44 Run-time environment 4.1.4.1 Execução de recursos de aprendizagem 45 4.1.4.2 Application Program Interface (API) 45 4.1.4.3 Modelo de dados 47 5 Conclusões 51 6 Anexo Ferramentas de Autor normalizadas 53 Qualidade no e-Learning em Portugal 1 Como utilizar o guia 14 15 guia O Guia é composto por texto e figuras ilustrativas dos conceitos ou técnicas apresentados e a sua componente prática está dividida em: Conceitos: Explicações dos principais conceitos. Caixas de destaque: Informação relevante para interpretação do texto. Guia em acção: Indicações ou exemplos prácticos. Qualidade no e-Learning em Portugal 2 Introdução 16 17 guia 2.1 Objectivo Este guia pretende apresentar o conjunto de especificações relacionadas com a norma SCORM no sentido de apoiar os desenvolvedores de conteúdos a entenderem os seus principais requisitos técnicos. No presente Guia, a versão a considerar do SCORM é a 1.2 de Outubro de 2001. Esta versão é considerada estável, sendo a conformidade com esta versão da norma garantida pelos principais construtores de plataformas de gestão da formação online (LMS - Learning Management Systems) e de cursos e-Learning. LMS: Plataforma que apresenta um conjunto de funcionalidades relacionadas com a gestão de conteúdos e-learning, incluindo a gestão de utilizadores e conteúdos e o tracking (registo) das actividades dos formandos, permitindo a geração de relatórios sobre estas mesmas actividades. Curso e-learning: É uma formação ou actividades de aprendizagem que são preparadas, distribuídas e geridas através de uma variedade de sistema tecnológicos (incluindo os LMSs), podendo ser acedido local ou globalmente. Estas actividades cobrem um conjunto de aplicações e processos como, por exemplo, a aprendizagem baseada na Internet, aulas virtuais e colaboração digital. Isto inclui a distribuição de conteúdos via Internet, intranet/extranet (LAN/WAN), sistema áudio, vídeo, satélite, TV interactiva e CD-ROM. 2.2 Proposta de Valor da Normalização no e-Learning Para além da adopção das melhores práticas e da adopção das metodologia e tecnologias que devem permitir às empresas de conteúdos e-Learning desenvolver produtos de qualidade e com ciclos de desenvolvimento competitivos, é fundamental que os produtos finais possam estar de acordo com as normas do mercado de e-Learning. Os clientes finais vão começar a seleccionar os seus fornecedores de e-Learning (conteúdos, LMS, etc.) de acordo com a capacidade destes em lhes garantir um ROI sustentado em factores claramente definidos em termos pedagógicos e tecnológicos, minimizando o risco de investimento no e-Learning. Para tal, é necessário garantir: • Interoperacionalidade: O conteúdo deve poder ser integrado e funcionar correctamente com outros sistema de gestão da formação online (LMS-Learning Management System); • Reutilidade: Os conteúdos devem poder ser-utilizados, nomeadamente através da utilização de objectos de aprendizagem; • Controlo: Os sistemas de gestão da formação online devem permitir uma gestão apropriada dos conteúdos e dos utilizadores; • Acessibilidade: O utilizador deve poder aceder aos conteúdos que lhe são mais adequados, no espaço de tempo próprio às suas necessidades; • Durabilidade: Os conteúdos e as plataformas tecnológicas de suporte (LMSs) devem estar conforme as normas do mercado de forma a evitar a sua obsolência prematura. Objectos de aprendizagem: São bocados de informação multimédia independentes e reutilizáveis, utilizados de forma modular na construção de um conteúdo de e-learning. Capacidade de reutilização: É a flexibilidade para incorporar componentes instrucionais em múltiplas aplicações e contextos. Para tal, foi criado um conjunto de normas e especificações associadas fundamentalmente aos seguintes factores do e-Learning: • Metadata associada aos conteúdos; • Empacotamento de conteúdos • Sequência dos conteúdos • Interoperacionalidade de questões e testes • Perfil do utilizador • Interacções em tempo de execução entre os conteúdos e a plataforma (LMS) Especificações: São descrições documentadas de processos tecnológicos e pedagógicos. Algumas especificações evoluem para Normas, o que significa que receberam o Selo de Acreditação. Metadata: Trata-se de informação que descreve outra informação. Isto permite guardar/arquivar, indexar, pesquisar e recuperar informação a partir de uma base de dados ou um repositório. A utilidade da Metadata no e-learning consiste na capacidade de identificar e descrever os conteúdos/objectos de aprendizagem, de modo a possibilitar a localização, a montagem e a distribuição do conteúdo apropriado à pessoa certa no período de tempo pretendido. Uma Norma recebe o Selo de Acreditação após um processo de 4 etapas: 1. I&D: a Investigação & Desenvolvimento é conduzida para identificar possíveis soluções. Exemplos: centro de investigação CLEO, The Learning Federation, o esforço de pesquisa geral nas universidades, nas empresas e nos consórcios. Qualidade no e-Learning em Portugal 2. Desenvolvimento de especificações: quando uma solução parece funcionar, há que criar uma especificação escrita e detalhada para ser documentada, a fim de que possa ser implementada e codificada. Isto é efectuado por vários consórcios ou colaborações institucionais, como o IMS ou o AICC. Exemplos: o AICC, o IMS, e o ARIADNE (Europa) possuem equipas que se focalizam na documentação de especificações. 18 3. Testagem: as especificações são postas em prática em situações de testes para determinar o que funciona, o que não funciona, o que falta e as reacções dos clientes. Exemplos: os co-laboratórios da ADL e os SCORM Plug-Fests da ADL (eventos de testagem de «software»). 19 guia 4. Acreditação e internacionalização da norma: as normas testadas e completadas são revistas e acreditadas por um corpo de acreditação. Em seguida são tornadas aplicáveis globalmente através da remoção das especificidades de certas indústrias ou fabricantes. Depois são colocadas num processo de discussão, com a finalidade de chegar a consenso com vista à produção de um plano de trabalho, o qual é sujeito a aprovação oficial através de voto. Se aprovado, a especificação recebe uma certificação oficial pelo corpo de acreditação de normas e é disponibilizada a todos por meio deste corpo. Exemplos: o IEEE Learning Technology Standards Committee (LTSC) (http://ltsc.ieee.org/); o ISO/IEC JTC1/SC36 (Joint Technical Committee 1 /Sub-Committee #36) (http://jtc1sc36.org/); o CEN/ISSS/LT-WS Learning Technology Work Shop (http://www.cenorm.be/isss/Workshop/LT). 2.3 Como surgiram as normas no e-learning Antes do termo “eLearning” ter surgido no mercado da formação, já muitas organizações tinham começado a trabalhar no sentido de criarem um conjunto de especificações tecnológicas e pedagógicas para as tecnologias na formação com o objectivo de normalizar a utilização de metadata nos conteúdos, a definição dos perfis de utilizadores, o sequenciamento de conteúdos, a estrutura dos cursos baseados na Web e a forma de gestão dos conteúdos. Estes trabalhos iniciais foram desenvolvidos pelos seguintes grupos: • • • • • ARIADNE - Alliance of Remote Instructional Authoring and Distribution Networks for Europe DCMI - Dublin Core Meta-data Initiative IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers AICC - Aviation Industry CBT (Computer-Based Training) Committee IMS - Global Learning Consortium, Inc. Inicialmente, estes grupos focaram-se em diferentes áreas de aplicação de normas no mercado da formação, trabalhando simultaneamente, mas não de forma coordenada. Posteriormente, a ADL1 - Advanced Distributed Learning - (Organização constituída a partir da cooperação entre o Departamento de Defesa Norte Americano, o Departamento do Trabalho e a Guarda Nacional Americana) decidiu assumir o papel de coordenador de um processo que tinha como objectivo criar uma base de entendimento entre os trabalhos desenvolvidos pelos grupos referidos anteriormente, resultando a criação de um Modelo de Referência, conhecido por SCORM - Sharable Content Object Reference Model. O SCORM é um conjunto unificado de especificações e normas para os conteúdos de e-Learning, tecnologias e serviços. Hoje em dia, os grupos anteriormente apresentados estão a trabalhar em conjunto e de forma colaborativa no SCORM. http://www.adlnet.org 1 Qualidade no e-Learning em Portugal 3 Considerações gerais 20 21 guia 3.1 Exemplo do curso sobre nós de marinheiro Para ajudar a compreensão de alguns conceitos e a implementação prática da norma SCORM, o Guia apresenta um pequeno curso normalizado: Curso sobre nós de Marinheiro. Este curso tem a seguinte estrutura: O curso é constituído por 4 sessões, cada uma com uma ou mais unidades. Na primeira sessão são apresentados os objectivos do curso, na segunda os nós mais usados, na terceira exemplifica-se como fazer cada um dos 3 nós e na última o formando terá de realizar um exercício de auto-avaliação sobre a matéria apresentada. A figura 1 apresenta um exemplo de como é que o curso poderia ser visualizado pelo formando num LMS: Figura 1 . Exemplo do curso num LMS 3.2 XML Antes da apresentação das especificações do SCORM é importante definir o que é o XML, pois a representação da maioria das especificações SCORM é baseada em XML. A sigla XML corresponde a Linguagem de Marcação Extensível, do inglês "eXtensible Markup Language". Assim como a linguagem HTML, (HyperText Markup Language) o XML tem como origem a SGML - Linguagem Padrão de Marcação Gereneralizada (Standard Generalized Markup Language). No entanto, o XML não é uma simples linguagem de marcação pré-definida. O XML é uma metalinguagem, ou seja, uma linguagem usada para descrever outras linguagens. Desta forma, o utilizador pode definir a sua própria marcação de forma a corresponder a diferentes tipologias de documentos. A característica mais importante do XML resume-se ao facto de separar a interface com o utilizador (apresentação) dos dados estruturados. O HTML especifica como o documento deve ser apresentado no ecrã ao utilizador. Por exemplo, em HTML são utilizadas tags para definir o tamanho e a cor de fonte, assim como formatação de parágrafos. O XML define o conteúdo do documento. No XML utilizam-se as tags para descrever os dados. Por exemplo, tags de assunto, título, autor, conteúdo, referências, datas, etc.. Existem ainda outros recursos associados ao XML, tais como: XSL - Extensible Style Language: Linguagem para expressar estilos (stylesheets). Especifica a apresentação de uma determinada classe de documentos XML, descrevendo como é que uma instância desta classe é transformada num documento XML, utilizando vocabulário formatado. O XSL consiste em duas partes: • XSL Transformations (XSLT): Linguagem para transformar documentos XML. • XML Vocabulary: Para especificar a semântica da formatação (XSL Formatting Objects) Qualidade no e-Learning em Portugal DTD - Document Type Definition: Descrição da estrutura e das propriedades de uma classe XML ou SGML. Uma DTD define a gramática para uma classe de documentos. Por exemplo, uma DTD para ordens de pagamento pode definir elementos como quantidade, preço, etc. Para estrutura mais complexas pode-se utilizar definições de esquemas XML (XSD - XML Schema Definition) 22 XSD - XML Schema Definition: Linguagem baseada em XML para descrever a gramática ou a classe de um documento. Os esquemas “Schemas” especificam a estrutura de um documento XML. É similar a uma DTD, mas muito mais flexível. Pode definir tipos estruturados, restringir valores válidos, definir hierarquia de tipos, etc. Um documento XML é um texto (em formato Unicode) com tags de marcação (markup tags) e outras informações. As markup tags denotam a seguinte estrutura: 23 guia ...<bla attr="val" ...>...</bla>... | | | | | | | uma tag finalizadora de elemento | | o contexto do elemento | um atributo com nome attr e valor val, com valores delimitados por ' ou " uma tag que inicia o elemento Para se entender melhor a utilização de XML e XSD no SCORM, apresenta-se a seguir um pequeno exemplo: Suponha que se queria criar uma linguagem baseada em XML para cartões de apresentação. Um exemplo do documento XML para o José Silva seria: Jose_silva.xml <card xmlns="http://www.saf.pt"> <name>José Silva</name> <email>[email protected]</email> <phone>(+351) 21 382 63 12</phone> <logo url="js.gif"/> </card> business_card.xsd Para descrever a sintaxe desta nova linguagem, escrevíamos o esquema business_card.xsd: <schema xmlns="http://www.w3.org/2001/XMLSchema" xmlns:b="http://www.saf.pt" targetNamespace="http://www.saf.pt"> <element name="card" type="b:card_type"/> <element name="name" type="string"/> <element name="email" type="string"/> <element name="phone" type="string"/> <element name="logo" type="b:logo_type"/> <complexType name="card_type"> <sequence> <element ref="b:name"/> <element ref="b:email"/> <element ref="b:phone" minOccurs="0"/> <element ref="b:logo" minOccurs="0"/> </sequence> </complexType> <complexType name="logo_type"> <attribute name="url" type="anyURI"/> </complexType> </schema> Os conceitos gerais definidos anteriormente são fundamentais para se entender as representações XML e XSD apresentadas seguidamente. Qualidade no e-Learning em Portugal 4 SCORM 24 25 guia O SCORM - Sharable Content Object Reference Model é um conjunto inter-relacionado de especificações técnicas baseado no trabalho prévio do AICC, IMS e IEEE que visa a criação de um “Modelo de Conteúdo”. Estas especificações permitem a re-utilização de conteúdos de formação baseados na Web através de múltiplas plataformas e produtos. O SCORM baseia-se e 3 pilares fundamentais: • Representação de estruturas de cursos baseada em XML, de forma a que os cursos possam transitar entre LMSs; • Conjunto de especificações relacionadas com o ambiente em que os conteúdos vão correr (run-time environment), incluindo uma API- Aplication Programming Interface, um modelo de dados para os conteúdos comunicarem com o LMS e uma especificação para a forma como estes vão ser publicados e executados on-line; • Especificação para criar registos na forma de metadata para os cursos e os seus respectivos conteúdos, desde a descrição dos seus recursos físicos em termos de objectos multimedia até à descrição e catalogação de objectos mais estruturados na forma de objectos de aprendizagem. Assim, e de forma resumida, pode-se dizer que o SCORM define um modelo de agregação de conteúdos e o ambiente onde esses conteúdos vão correr. Cada uma das especificações mencionadas é tratada individualmente num “livro” separado (ver figura 2): • Livro 1 - “SCORM Overview” – Apresenta a iniciativa ADL, sumários de especificações técnicas das guidelines contidas nas outras secções. • Livro 2 - “The SCORM Content Aggregation Model” – Fornece especificações para identificar e agregar recursos em conteúdos estruturados de formação (obectos de aprendizagem). • Livro 3 - “The SCORM Run-Time Environment” – Fornece especificações para executar, estabelecer comunicação e controle sobre conteúdo num ambiente Web. Figura 2 - O SCORM como um conjunto de especificações 4.1 Modelo de agregação de conteúdos Qualidade no e-Learning em Portugal No SCORM, o Modelo de Agregação de Conteúdos (CAM - Content Aggregation Model) representa uma forma pedagogicamente neutra de agregar recursos de aprendizagem com o objectivo de fornecer uma determinada experiência de aprendizagem. Um recurso de aprendizagem é qualquer representação de informação utilizado numa experiência de aprendizagem. Experiências de aprendizagem consistem em actividades que são suportadas por recursos electrónicos ou não electrónicos. 26 Uma das actividades no processo de criação e distribuição de experiências de aprendizagem envolve a criação e integração (ou agregação) de recursos simples (texto, imagens, etc.) em recursos de aprendizagem mais complexos, organizados numa sequência pré-definida de distribuição. O CAM suporta esta actividade através do seguinte: 27 guia • Modelo de conteúdos: Nomenclatura para definir as componentes do conteúdo de uma experiência de aprendizagem; • Metadata: Mecanismos para descrever instancias específicas dos componentes do modelo de conteúdos; • Empacotamento dos conteúdos: Define como representar o comportamento de uma experiência de aprendizagem (estrutura dos conteúdos) e como empacotar os recursos de aprendizagem de forma a poderem ser instalados em diferentes ambientes. 4.1.1 Componentes do modelo de agregação de conteúdos O CAM é composto pelos seguintes elementos: • Recursos (Assets) • SCO - Sharable Content Objects • Agregados de conteúdos (Content Aggregations) 4.1.1.1 Recursos (Assets) Os recursos (Assets) é a forma mais básica de conteúdos de aprendizagem e são representações electrónicas de media (texto, imagens, animações Flash, som, páginas web, questões para avaliação, etc.). Um recurso pode ser descrito através de metadata de forma a permitir a sua pesquisa em repositórios de conteúdos para reutilização. A imagem digital apresentada (nó lais de guia) pode ser considerada como um recurso do curso exemplo Nós de Marinheiro, fazendo parte do pacote do curso como uma imagem em formato JPG. 4.1.1.2 SCO - Sharable Content Objects Um SCO representa uma colecção de um ou mais Recursos que inclui um Recurso específico de execução, utilizando o “Run-Time Environment” do SCORM para comunicar com o LMS. Um SCO representa o mais granular nível de recursos de aprendizagem que podem ser controlados pelo LMS. Para ser reutilizado, o próprio SCO deve ser independente do contexto de aprendizagem. Por exemplo, pode ser reutilizado, individualmente ou de forma agregada, em diferentes experiências de aprendizagem de forma a cumprir diferentes objectivos de aprendizagem. Run-Time Environment: É o mecanismo que detecta, inicia e/ou comunica com o conteúdo de aprendizagem (SCO) em ambiente típico de Internet. Esta comunicação é realizada entre o LMS e o conteúdo de aprendizagem ou SCO. Seguidamente, apresenta-se um exemplo de um SCO pertencente ao curso Nós de Marinheiro, que recorre a três recursos (um ficheiro html, uma imagem de um navio e a inclusão de um ficheiro JavaScrip com a implementação das funções para comunicar com o LMS): O exemplo apresenta chamadas à API que estabelece a comunicação do SCO com o LMS. Este mecanismo é realizado através de código JavaScript e será apresentado com maior detalhe posteriormente. Qualidade no e-Learning em Portugal <!—conteudo.html 28 29 guia <html> <head> <title>A importância dos nós numa embarcação</title> <meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso-8859-1"> <link rel="stylesheet" href="main_style.css" type="text/css"> <!--#INCLUDE file="SCORMAPI.JS"--> <SCRIPT LANGUAGE=javascript> <!-api=getAPI(); var result = api.LMSInitialize(“”); var val = api.LMSGetValue(“cmi.abc.xyz”) //--> </SCRIPT> </head> <body class=”MainBody"> <table width="100%" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0"> <tr> <td class=”tdStyle”> <table width="100%" border="0" cellspacing="0" cellpadding="4"> <tr> <td>Curso Sobre Nós de Marinheiros</b></td><td> </td> </tr> </table> </td> </tr> <tr> <td class=”tdStyle”> </tr> <tr> <td valign="top"> <table width="80%" border="0" cellspacing="4" cellpadding="4"> <tr> <td>A importância dos nós numa embarcação</td> <td rowspan="2"><img src="imagem2.jpg" width="250" height="333" border="2"></td> </tr> <tr> <td valign="top"> <ul> <li>Alguns tipos de embarcações e utilização dos cabos.<br> <ul> <li>Embarcação de recreio</li> <li>Navio Escola</li> <li>Rebocador</li> <li>Amarrações</li> </ul> </li> </ul> </td> </tr> </table> </td> </tr> </table> <!--#INCLUDE file="SCORMAPI.JS"--> <SCRIPT LANGUAGE=javascript> <!-var result = api.LMSFinish(“”); //--> </SCRIPT> </body> </html> A figura seguinte (Fig. 3) representa a página HTML resultante do código anterior: Figura 3 - Página HTML que constitui um SCO Um SCO deve aderir ao “Run-Time Environment” do SCORE. Isto implica que deve ter meios de localizar o adaptador API do LMS e conter o mínimo de chamadas API necessário ((LMSInitialize(“”) and LMSFinish(“”) ). Implica também que um SCO só possa ser executado por um LMS. Um SCO não pode, por si só, executar outro SCO. Os benefícios destes requisitos são os seguintes: • Qualquer LMS que suporta “Run-Time Environment” SCORM pode executar SCOs e controlá-los (tracking), independentemente de quem os tenha gerado; • Qualquer LMS que suporta “Run-Time Environment” SCORM pode controlar qualquer SCO, sabendo quando é que foi iniciado e quando é que foi terminado; 4.1.1.3 Agregados de conteúdos (Content Aggregations) Um agregado de conteúdos é um mapa (estrutura de conteúdos) que pode ser utilizado para agregar recursos de aprendizagem numa unidade coesa de instrução, aplicando estruturas e associando taxionomias de aprendizagem. Um agregado de conteúdos pode ser descrito através de metadata de forma a permitir a sua pesquisa em repositórios para reutilização. Exemplo de uma organização taxionomica em termos curriculares: Curso Módulo Sessão Unidade O mecanismo de ligação dos agregados de conteúdos à sua representação em metadata é precisamente o empacotamento de conteúdos, como será explicado posteriormente. Agregação de conteúdos: Define a estrutura e os mecanismos para definir a sequência na qual os recursos de aprendizagem vão ser apresentados ao utilizador. Nesta versão do SCORM, a navegação e sequência entre os recursos de aprendizagem são definidas na estrutura de conteúdos utilizando pré-requisitos para cada recurso de aprendizagem ou SCO. O LMS é responsável por interpretar a sequência pretendida descrita na estrutura de conteúdos e controlar a mesma em tempo de execução. Com o SCORM, que é deliberadamente browser-oriented, a sequência dos conteúdos de aprendizagem está definida na estrutura do conteúdo e é externa aos próprios conteúdos de aprendizagem. Este conceito é importante pois a reutilização dos recursos de aprendizagem não pode ser realizada se os mesmos contiverem informação embebida que é especifica de um determinado contexto. Ou seja, se um determinado SCO contiver ligações específicas a outro SCO, não pode ser utilizado num curso diferente onde o segundo SCO pode não ser aplicável ou estar disponível. A reutilização de um determinado recurso de aprendizagem (SCO) depende da sua independência em termos de não estar ligado a um agregado específico. O SCORM reconhece, no entanto, que determinados recursos de aprendizagem possam conter lógica interna para a realização de uma determinada tarefa (relacionada com a interactividade com o utilizador) e que normalmente não é visível para o LMS. Os botões de Play, Stop, Rewind e Pause para controlar um determinado clip de vídeo dentro de um SCO podem ser considerados como um exemplo desta lógica interna. Qualidade no e-Learning em Portugal Esta é uma área importante que os implementadores devem ter em atenção de forma a determinar quais os recursos de aprendizagem a utilizar e como irão ser agregados. 30 31 guia 4.1.1.4 Representação esquemática do CAM A figura seguinte (Fig. 4) representa uma representação gráfica do Modelo de Agregação de Conteúdos. Figura 4 – Modelo de agregação de conteúdos no SCORM 4.1.2 Componentes de Metadata O modelo de informação de Metadata do SCORM descreve os elementos de informação que devem ser definidos no sentido de construir registos de metadata conformes. Estes registos podem conter elementos de informação adicionais. 4.1.2.1 Categorias de Metadata O modelo é repartido por nove categorias. Estas categorias podem ser encontradas no modelo de informação de metadata do IMS. As nove categorias são as seguintes: 1. Categoria Geral: Agrupa informação geral que descreve o recurso como um todo. 2. Categoria Ciclo de Vida: Agrupa as características relacionadas com a história e o estado actual de um recurso e aquelas que afectaram este recurso durante a sua evolução. 3. Categoria Metadata: Agrupa informação relacionada com o próprio registo de metadata (em vez do recurso que o registo descreve). 4. Categoria Técnica: Agrupa os requisitos técnicos e características do recurso. 5. Categoria Pedagógica: Agrupa as características educacionais e pedagógicas do recurso. Qualidade no e-Learning em Portugal 6. Categoria Direitos: Agrupa os direitos intelectuais e as condições de utilização do recurso 32 7. Categoria Relação: Agrupa as características que definem as relações entre o recurso e outros recursos existentes. 8. Categoria Anotação: Possibilita a existência de comentários ao uso pedagógico do recurso e informação sobre quem criou os comentários e quando é que foram criados. 9. Categoria Classificação: Descreve onde é que o recurso falha num determinado sistema de classificação. O Livro 2 apresenta uma tabela com o modelo de informação dos elementos metadata do SCORM e como é que eles estão organizados hierarquicamente. Cada elemento é descrito com as seguintes informações: • Numero: Sistema hierárquico de numeração 33 • Nome: Nome do elemento guia • Explicação: Explicação detalhada do elemento • Multiplicidade: Quantas instancias do elemento são permitidas em relação ao elemento pai imediato • Tipos de dados: Se o valor do elemento é textual, numérico o em formato de data. Existem três tipos de dados: Langstring, Data e Vocabulary. Existem elementos identificados que possuem o valor “RESERVED”. Isto quer dizer que neste momento ainda não existe consenso em relação à especificação exacta para representar o identificador único e que estão excluídos de utilização. Apresenta-se seguidamente um excerto da tabela de metadata associada ao modelo de informação do SCORM e as tabelas com a descrição integral do tipo de dados. The SCORM Meta-data Information Model Nr Name Explanation Multiplicity Data Type 1 General This category groups the general information that describes the resource as a whole. 1 and only 1 Container Identifier A globally unique label that identifies the resource. This is reserved and shall not be used, as there is no uniformly accepted method for the creation and distribution of globally unique identifiers. RESERVED String Title Name given to this resource. 1 and only 1 LangString Type (smallest permitted maximum: 1000 characters) ... ... The title can be an already existing one or it may be created by the indexer ad hoc. ... ... 4.1.2.2 Ligação XML à metadata A ligação XML à metadata (XML binding) do SCORM é baseada nas especificações de ligação XML do IMS. A ligação XML define como é que os itens do modelo de informação de metadata são interpretados e transformados em XML. A ligação descreve como é que o modelo de informação é representado em XML, indicando quais os itens que são elementos XML e os que são atributos XML, os nomes dos elementos e atributos, etc. A tabela seguinte demonstra os símbolos que denotam os conteúdos de um elemento. Os elementos podem conter outros elementos ou podem ser “folhas terminais” e conter informação. A tabela mostra também os símbolos relacionados com a multiplicidade específica de cada elemento, descrevendo o numero de vezes que o elemento pode ocorrer dentro do seu elemento pai. The SCORM Meta-data Information Model Símbolo Significado Este símbolo indica que o elemento tem um ou mais elementos filhos. Este símbolo indica que o elemento contém informação. Este texto representa o tipo defino no XSD associado ao elemento. (Sem símbolo) + ? * Quando não existe nenhum símbolo de multiplicidade presente, significa que o elemento pode existir uma e uma só vez. Este sinal significa que o elemento pode ocorrer uma ou mais vezes dentro do seu elemento pai. Este sinal significa que o elemento pode ocorrer zero ou uma vez dentro do seu elemento pai. Este sinal significa que o elemento pode ocorrer zero ou várias vezes no seu elemento pai. Exemplo aplicado a ao elemento <lom> • Descrição: Elemento da raiz. Este elemento indica o início do registo XML da metadata SCORM. Qualidade no e-Learning em Portugal • Atributos: Nenhum 34 • Elementos: • <general> • <lifecycle> • <metametadata> • <technical> • <educational> • <rights> • <relation> • <annotation> • <classification> 35 guia Figura 5 - Elemento lom (XML binding) 4.1.2.3 Exemplo de metadata O exemplo seguinte apresenta a representação em XML dos metadados associados à página HTML do curso Nós de Marinheiros representada na figura 3. Como nem todas as categorias de metadados são mandatórias, apresentam-se só as seguintes: • • • • • • • <general> <lifecycle> <metametadata> <technical> <educational> <rights> <classification> <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <lom xmlns="http://www.imsglobal.org/xsd/imsmd_rootv1p2p1" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchemainstance" xsi:schemaLocation="http://www.imsglobal.org/xsd/imsmd_rootv1p2p1 imsmd_rootv1p2p1.xsd"> <general> <title><langstring xmlns="">Os cabos</langstring></title> <catalogentry><catalog xmlns="">Navegação marítima</catalog> <entry xmlns=""><langstring> 0010201</langstring></entry></catalogentry> <language>pt</language> <description><langstring xmlns="">A importância dos cabos na navegação</langstring></description> <keyword><langstring xmlns="">importância</langstring></keyword> </general> <lifecycle> <version><langstring xmlns="">1.0</langstring></version> <status>Final</status> </lifecycle> <metametadata> <metadatascheme><langstring xmlns=""> ADL SCORM 1.2</langstring> </metadatascheme> </metametadata> <technical> <format>text/html</format> <size><langstring xmlns="">20</langstring></size> <location><langstring xmlns="">TOP_444/nos1.htm</langstring></location> </technical> <educational> <interactivitytype>Expositive</interactivitytype> <learningresourcetype>Narrative Text</learningresourcetype> <interactivitylevel>very low</interactivitylevel> <typicallearningtime><datatime xmlns=""> 00:01:00</datatime></typicallearningtime> </educational> <rights> <cost>no</cost> <copyrightandotherrestrictions>no</copyrightandotherrestrictions> <description><langstring xmlns="">Não existem</langstring></description> </rights> <classification> <purpose>Idea</purpose> <description><langstring xmlns="">O objectivo dos cabos nas embarcações</langstring></description> <keyword><langstring xmlns="">cabos</langstring></keyword> </classification> </lom> Existem várias ferramentas que permitem construir a metadata sobre os conteúdos sem que o utilizador tenha que editar os ficheiros XML Qualidade no e-Learning em Portugal O exemplo seguinte apresenta uma janela de edição de metadata de uma ferramenta desenvolvida pela Novabase (Fig. 6) 36 37 guia Figura 6 – Editor de metadata para conteúdos e-learning 4.1.3 Empacotamento de conteúdos O objectivo do empacotamento de conteúdos é o de possibilitar uma forma normalizada de trocar recursos de aprendizagem entre diferentes sistemas (LMS) e ferramentas (Sistemas de Autor). Ferramenta de Autor: É um programa ou software aplicacional que permite criar de modo personalizado um curso de eLearning. Podemos distinguir como tipos de ferramentas de autor as ferramentas instrucionais, as de programação e as de web authoring. Estas ferramentas criam templates (template-focused authoring tools), sistemas de captura de conhecimento (knowledge capture systems) e de criação de ficheiros e texto. O empacotamento de conteúdos define também a estrutura (ou organização) e o comportamento pretendido de um determinado conjunto de recursos de aprendizagem. O empacotamento de conteúdos, define, entre outras coisas: • Um ficheiro de manifesto descrevendo o próprio empacotamento e que contem: • Metadata sobre o pacote; • Uma secção “Organização” opcional que define a estrutura do conteúdos e o seu comportamento; • Uma lista de referências para os recursos do pacote. • Como se deve criar um manifesto baseado em XML • Directivas para empacotar o manifesto e todos os ficheiros relacionados num ficheiro zip, num CD-ROM, etc. A especificação sobre o Empacotamento de Conteúdos fornece um formato de “input/output” comum que o sistema deve poder suportar. O Empacotamento de Conteúdos é um conjunto específico de exemplos da especificação sobre Empacotamento de Conteúdos do IMS. O Empacotamento do SCORM adere estritamente ao do IMS, fornecendo directivas adicionais sobre empacotamento de recursos de aprendizagem digitais (Recursos, SCO, Agregados, etc.). A parte relacionada com o Empacotamento de Conteúdos no SCORM está dividida em 5 áreas: • • • • • Estrutura do conteúdo Descrição de um pacote IMS Modelo de informação para Empacotamento de Conteúdos Ligação XML ao Empacotamento de Conteúdos Perfis de aplicações para Empacotamento de Conteúdos 4.1.3.1 Estrutura de Conteúdos A estrutura do conteúdo pode ser considerada como o mapa de sequência/navegação através dos recursos de aprendizagem definidos no pacote de conteúdos. Deve conter não só a estrutura dos recursos de aprendizagem, mas também os comportamentos que devem ser aplicados à experiência de aprendizagem. A estrutura do conteúdo deriva da Gestão de Instruções em Computadores definida pelo AICC. As especificações do AICC definem um modelo de informação para a estrutura de um curso, propriedades e objectivos. Este modelo foi escolhido como ponto de partida, já que os componentes chave para a representação de um curso foram já definidos pelo AICC. A estrutura do conteúdo é definida em várias partes, cada uma definindo aspectos específicos de uma colecção de recursos de aprendizagem: • Hierarquia dos conteúdos: Define uma representação em árvore, semelhante a um índice, que agrupa os recursos de aprendizagem numa dada ordem lógica. Representa, na maioria dos casos, a ordem pela qual o autor tenciona que o utilizador progrida no curso (Fig. 5). Metadata específica ao contexto: É defenida quando o autor tenciona descrever como é que os recursos de aprendizagem devem ser utilizados num determinado contexto, descrevendo os seus objectivos, descrição, nome, etc. • Sequência e Navegação: Esta parte fornece ao LMS a informação que este necessita para saber que recursos de aprendizagem é que devem ser apresentados ao utilizador e quando. Fornece também informação de como é que as possibilidades de navegação são apresentadas ao utilizador. Qualidade no e-Learning em Portugal Hierarquia dos conteúdos: A figura seguinte apresenta a hierarquia dos conteúdos definida para o curso Nós de Marinheiros 38 Figura 7 - Hierarquia de conteúdos 39 guia A estrutura do conteúdo tenciona representar uma grande variedade de aproximações à agregação de conteúdos. Ela deve ser neutra em relação à complexidade do conteúdo, ao numero de níveis hierárquicos num determinado curso (taxionomia) e à metodologia seguida no desenho e concepção do curso. Em relação à sequência e navegação, o SCORM oferece um meio opcional de definir a sequência através de um recurso de aprendizagem utilizando pré-requisitos. A utilização de pré-requisitos deriva do trabalho desenvolvido previamento pelo AICC. Assim, existe um sub-elemento chamado prerequisites que possui um campo onde pode ser especificado na forma de um algoritmo a sequência de navegação num agregado de conteúdos. Este elemento espelha certas capacidades de gestão do modelo de ambiente de execução do SCORM. Este modelo de dados oferece a capacidade dos recursos de aprendizagem poderem comunicar com o LMS quando, por exemplo, uma determinada parte do recurso é completada. O LMS pode avaliar a declaração no elemento prerequesites e determinar o que o utilizador deverá fazer seguidamente. Isto permite ao LMS gerar vários percursos de aprendizagem, através do conteúdo. As declarações que avaliam os prerequisites estão definidas pelo elemento cmi.core.lesson_status do modelo de informação de um SCO em tempo de execução. Para se concluir que um determinado agregado foi completado pelo utilizador, implica que todos os elementos que formam esse agregado foram também completados. O cmi.core.lesson_status pode ter os seguintes valores: • • • • • • Passed Completed Browsed Failed Not attempted Incomplete Em relação aos operadores da linguagem de script para representar os prerequisites, chamada “AICC_SCRIPT”, apresenta-se o seguinte exemplo: Neste caso, pretende-se que o utilizador só possa ceder à unidade 3 da sessão 2 do curso de Nós de Marinheiro depois de ter completado obrigatoriamente a unidade 1 e a unidade 2. <item identifier="SS2" isvisible="true"> <title>Módulo I</title> <item identifier="LNK_666" identifierref="UN1_1" isvisible="true"> <title>Os cabos</title> </item> <item identifier="LNK_888" identifierref=" UN2_1" isvisible="true"> <title>Tipos de embarcações</title> </item> <item identifier="LNK_1110" identifierref=" UN3_1" isvisible="true"> <title>Nós mais usados</title> <adlcp:prerequisites type=”aicc_script”> UN1_1& UN2_1</adlcp:prerequisites> </item> </item> 4.1.3.2 Descrição de um pacote IMS As especificações de um Empacotamento de Conteúdos IMS define as estruturas de informação utilizadas para permitir a interoperacionalidade de conteúdos baseados na Internet entre Sistemas de Autor e LMSs. O objectivo desta especificação é o de definir um conjunto de estruturas normalizadas que podem ser utilizadas para trocar conteúdos. Um pacote de conteúdos IMS possui dois componentes principais: • Um documento XML especial que descreve a organização dos conteúdos e os recursos do pacote. Este ficheiro é chamado Manifest (imsmanifest.xml) pois o conteúdo e a organização do pacote é descrita em termos de manifestos. • Os ficheiros físicos referenciados no Manifest. Pacote (Package) de Conteúdos: Representa uma unidade de conteúdo utilizável. Pode ser constituído por uma parte de um curso a ser distribuído independentemente, um curso completo ou uma colecção de cursos. Qualidade no e-Learning em Portugal A figura seguinte ilustra o diagrama conceptual dos componentes de um pacote de conteúdos IMS: 40 Figura 8 - Diagrama conceptual dos componentes de um pacote de conteúdos IMS Manifest: Descrição em XML dos recursos que contêm instruções de significado. Pode conter nenhuma ou várias formas estáticas de organizar os recursos para apresentação. 41 guia Metadata: Trata-se de informação sobre a informação. É utilizada para descrever os componentes do pacote de conteúdos IMS a vários níveis. Pode também descrever o pacote como um todo ou a organização dos conteúdos e os recursos existentes. Organizations: Este componente é utilizado para fornecer a organização dos conteúdos. Tipicamente, a estrutura é fornecida na forma de uma taxionomia hierarquica de aprendizagem. Resources: Este componente descreve recursos externos, assim como os ficheiros físicos que compõem o pacote (ficheiros de texto, imagens, avaliações ou outros recursos no formato electrónico). Physical Files: Este componente representa os ficheiros actuais referenciados no componente Resources. Package Interchange File: O PIF é uma representação do empacotamento dos componentes num arquivo em formato ZIP, JAR, CAB, TAR, etc. 4.1.3.3 Empacotamento de conteúdos SCORM Tal como as componentes de Metadata do SCORM, o Livro 2 apresenta uma tabela com o modelo de informação para o empacotamento de conteúdos. Apresenta-se um extracto desta tabela, com o inicio da definição do Manifest: The SCORM Content Packaging Information Model Nr Name Explanation Multiplicity Data Type 1 Manifest The first, outermost <manifest> element in the Manifest encloses all the reference data. Subsequent occurrences of the <manifest> elements inside the outermost <manifest> are used to compartmentalize files, meta-data, and organization structure for aggregation, disaggregation, and reuse. All namespace declarations should be declared inside the <manifest> element. 1 and only 1 Container Identifier An identifier, provided by an author or authoring tool, that is unique within the Manifest. 1 and only 1 ID Version Identifies the version of the Manifest. 1 and only 1 String (smallest permitted maximum: 20 characters) 4.1.3.4 Ligação XML ao empacotamento de conteúdos Existe, tal como a ligação XML à metadata (XML binding), uma ligação para o modelo de informação do empacotamento de conteúdos. Existem regras específicas para esta ligação: • O binding (ligação) XML adere às especificações do XML 1.0 definidas pela W3C; • O binding XML deve manter a estrutura defenida para o modelo de informação para o empacotamento de conteúdos SCORM. Um esquema XML (XML Schema - XSD) que implementa o conceito pode ser encontrado na ADLNet. Os elementos deste XSD são descritos na página 135 do Livro 2. Qualidade no e-Learning em Portugal O seguinte exemplo apresenta o imsmanifest.xml do curso Nós de Marinheiro, incluindo apenas as duas primeiras Sessões. A estrutura completa do curso é semelhante. 42 43 guia <?xml version="1.0"?> <manifest identifier="SingleCourseManifest" version="1.1" xmlns="http://www.imsproject.org/xsd/imscp_rootv1p1p2" xmlns:adlcp="http://www.adlnet.org/xsd/adlcp_rootv1p2" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance" xsi:schemaLocation="http://www.imsproject.org/xsd/imscp_rootv1p1p2 imscp_rootv1p1p2.xsd http://www.imsglobal.org/xsd/imsmd_rootv1p2p1 imsmd_rootv1p2p1.xsd http://www.adlnet.org/xsd/adlcp_rootv1p2 adlcp_rootv1p2.xsd"> <organizations default="ROOT"> <organization identifier="ROOT"> <title>Curso sobre nós de marinheiros</title> <metadata> <schema>ADL SCORM</schema> <schemaversion></schemaversion> <adlcp:location>Curso sobre nos de marinheiros.xml</adlcp:location> </metadata> <item identifier="TOP_111" isvisible="true"> <title>Objectivos</title> <item identifier="LNK_333" identifierref="R_LNK_333" isvisible="true"> <title>Objectivos</title> </item> </item> <item identifier="TOP_444" isvisible="true"> <title>Módulo I</title> <item identifier="LNK_666" identifierref="R_LNK_666" isvisible="true"> <title>Os cabos</title> </item> <item identifier="LNK_888" identifierref="R_LNK_888" isvisible="true"> <title>Tipos de embarcações</title> </item> <item identifier="LNK_1110" identifierref="R_LNK_1110" isvisible="true"> <title>Nós mais usados</title> </item> </item> </organization> </organizations> <resources> <resource identifier="R_LNK_333" type="webcontent" adlcp:scormtype="sco" href="TOP_111/objectivos.htm"> <file href="TOP_111/objectivos.htm"/> <dependency/> </resource> <resource identifier="R_LNK_666" type="webcontent" adlcp:scormtype="sco" href="TOP_444/nos1.htm"> <file href="TOP_444/nos1.htm"/> <dependency/> </resource> <resource identifier="R_LNK_888" type="webcontent" adlcp:scormtype="sco" href="TOP_444/nos2.htm"> <file href="TOP_444/nos2.htm"/> <dependency/> </resource> <resource identifier="R_LNK_1110" type="webcontent" adlcp:scormtype="sco" href="TOP_444/nos3.htm"> <file href="TOP_444/nos3.htm"/> <dependency/> </resource> </resources> </manifest> 4.1.4 Run-time environment Qualidade no e-Learning em Portugal O Run-time environment (ambiente de execução) está especificado no Livro 3. O objectivo do SCORM é permitir que os recursos de aprendizagem possam demonstrar interoperacionalidade entre múltiplos LMSs. Para que tal seja possível, deverá existir uma forma comum para iniciar esses recursos, um mecanismo comum para que os recursos comuniquem com um LMS e uma linguagem pre-definida para o vocabulário básico dessa comunicação. Estes 3 aspectos básicos estão representados na figura seguinte (Launch, Application Program Interface (API) e Modelo de Dados ou Data Model) 44 Figura 9 – Lançamento do SCO, API e Modelo de Dados no Run-time environment do SCORM Launch (Mecanismo de Execução) – Define uma forma comum de o LMS iniciar recursos de aprendizagem baseados na Web. Este mecanismo define os procedimentos e responsabilidades para que seja estabelecida a comunicação entre os recursos de aprendizagem e o LMS. Os protocolos de comunicação são normalizados através da utilização de uma API comum. API – Mecanismo de comunicação que informa o LMS sobre o estado do recurso de aprendizagem (por exemplo, iniciado, acabado, etc.), e para obter e enviar dados (por exemplo, classificações, limites temporais, etc.) entre o LMS e os SCOs. 45 guia Modelo de Dados – Conjunto de elementos normalizados utilizados para definir a informação a ser comunicada, como por exemplo, o estado do recurso de aprendizagem. Numa forma simplista, o modelo de dados define os elementos que devem ser conhecidos quer pelo LMS, quer pelo SCO. 4.1.4.1 Execução de recursos de apredizagem Os dois modelos de conteúdos SCORM que podem ser executados por um LMS são Recursos (Assets) e SCOs. Existem diferentes tipos de requisitos para a execução, de acordo com o tipo de recurso de aprendizagem que se pretende executar. Os mecanismos de execução definem a forma como estes vão ser realizados pelo LMS. Os procedimentos e responsabilidades para se estabelecer a comunicação entre o LMS e os recursos de aprendizagem a distribuir dependem do tipo de recurso que deverá ser executado. 4.1.4.2 Application Program Interface (API) O SCORM é baseado directamente na funcionalidade do ambiente de execução definida pela CMI001 Guidelines for Interoperability do AICC. As funções do adaptador API são as seguintes: Estado de execução: Duas funções da API que controlam o estado da execução: • LMSInitialize(“”) • LMSFinish(“”) Estado de gestão: A API tem três funções que são utilizadas para controlar os erros, nomeadamente: • LMSGetLastError() • LMSGetErrorString(errornumber) • LMSGetDiagnostic(parameter). Transferência de dados: As restantes funções da API são utilizadas para transferir dados para e do LMS: • LMSGetValue(data model element) • LMSSetValue(data model element, value) • LMSCommit(""). Salienta-se que a API foi desenhada para obter e transmitir valores de dados que foram definidos por um modelo de dados externo. As especificações do AICC definem um destes modelos, chamado CMI. As comunicações entre os SCOs e o LMS através do adaptador API passam através de vários estados, para uma determinada instância de um SCO, em tempo de execução. Os estados do adaptador API condicionam determinadas respostas do adaptador a inputs específicos. Durante estes estados, existem diferentes actividades que estão a ser realizadas pelo SCO. Os estados da API são: • Not Initialized • Initialized Qualidade no e-Learning em Portugal • Finished. 46 Figura 10 - Estados de transição do adaptador API 47 guia 4.1.4.3 Modelo de dados O modelo de dados definido no ambiente de execução do SCORM deriva directamente do modelo de dados CMI do AICC, descrito no AICC CMI Guidelines for Interoperability. Este modelo foi escolhido depois de se ter chegado à conclusão de que está bem definido e que já foi implementado no passado com sucesso. Para identificar o modelo de dados em utilização, os nomes dos elementos descritos na especificação do modelo de dados SCORM começam com a palavra “cmi”. Isto quer dizer que são parte do modelo de dados CMI do AICC. O modelo é descrito exaustivamente a partir da página 29 do Livro 3. Vamos só apresentar o exemplo de como é que se consegue obter o nome do utilizador: cmi.core.student_name Chamadas à API suportadas: LMSGetValue() Definição: Utiliza-se normalmente o nome completo do formando e não apenas o primeiro nome. O mais usual é utilizar o primeiro e o ultimo nome. Utilização: Usado para obter o nome completo do formando. Mandatório no LMS: Sim Tipo de dados: CMIString255 Permissões de acesso do SCO: Apenas de leitura Formato: Último nome, Primeiro Nome e nome(s) do meio. O ultimo nome e o primeiro nome são separados por “aspas”. Os espaços entre os nomes devem ser respeitados. Comportamento do LMS: Inicialização: LMS é o responsável, de acordo com o registo do utilizador. LMSGetValue(): Devolve o valor actual guardado pelo LMS Exemplos de valores devolvidos: "Silva, José A." "Costa, Maria" Exemplo de utilização por um SCO: O SCO poderá querer cumprimentar o formando quando é inicializado: var coreStudentName = LMSGetValue(“cmi.core.student_name”); alert(“Olá “ + coreStudentName + “. Bem-vindo ao curso!”): O exemplo apresentado a seguir ilustra uma situação muito comum em SCOs que são constituídos por uma actividade de aprendizagem. Nestes casos, o SCO deverá informar o LMS do estado final da actividade de aprendizagem, transmitindo-lhe um valor (entre 0 e 100) e um estado final (Passed ou Failed). A figura seguinte (Fig. 11) ilustra a página do conteúdo do curso Nós de Marinheiro com um exercício de auto-avaliação constituído por três questões. Qualidade no e-Learning em Portugal Figura 11 – Página com actividade de auto-avaliação do curso Nós de Marinheiro 48 O estado final da actividade de aprendizagem deverá reflectir a resposta do formando, nomeadamente: - Passed: se o formando respondeu a pelo menos duas questões acertadamente. Neste caso o valor a armazenar no LMS deverá ser igual a 66,6 (duas certas) ou a 100 (três certas). - Failed: se o formando só respondeu acertadamente a uma questão ou errou as três. Neste caso o valor será de 0 ou 33,3. O código apresentado seguidamente reflecte as condições descritas e demonstra o tipo de comunicação a estabelecer com o LMS. 49 guia // // Código a executar no lançamento da página // // // variavel global reservada para a API // inicializada por uma função que vai procurar a API nas várias frames do LMS var my_API = my_getAPI(); if (my_API == null) // a API não foi encontrada. Existe algum problema com a função ou com o LMS alert ("A API não foi encontrada"); else // a API foi encontrada e o SCO chama a função de inicialiização var resultado = my_API.LMSInitialize(""); // variavel global que armazena o estado actual da actividade // inicializada no lançamento inicial da actividade var lesson_status = my_API.LMSGetValue("cmi.core.lesson_status"); if (lesson_status == "not attempted") // se é a primeira vez que o formando acede à actividade // o seu estado deve ser colocado como incompleto my_API.LMSSetValue("cmi.core.lesson_status", "incomplete"); // variavel global que armazena o resultado do exercício // vai ser usada para comparar um resultado obtido anteriormente // de forma a que o formando não seja penalizado se tentar realizar o exercício novamente var totalscore = mm_API.LMSGetValue("cmi.core.score.raw"); // variavel global que guarda o resultado actual do exercício var curtotalscore = 0; // // Código a executar quando o formando fechar a página // // if (curtotalscore > totalscore) { // o resultado obtido é superior ao anterior // desta forma deve ser comunicado ao LMS my_API.LMSSetValue("cmi.core.score.raw", curtotalscore); if (curtotalscore > 66) my_API.LMSSetValue("cmi.core.lesson_status", "passed"); else my_API.LMSSetValue("cmi.core.lesson_status", "failed"); } // termina a comunicação com o LMS, antes de abandonar a página my_API.LMSFinish(args) Qualidade no e-Learning em Portugal 5 Conclusões 50 51 guia Este guia resultou de uma leitura, interpretação e tradução da documentação oficial da ADL, assim como da experiência do autor no desenvolvimento de conteúdos normalizados de acordo com as especificações da norma SCORM 1.2. A partir desta interpretação da norma e para iniciar o processo de desenvolvimento de conteúdos normalizados sem qualquer outro tipo de suporte, o utilizador necessita de conhecimentos técnicos não só sobre sistemas de informação como também sobre linguagens de programação. Existem vários exemplos disponíveis na internet, dando-se especial relevo aos que podem ser encontrados no site da ADL (http://www.adlnet.org). Poderá também encontrar neste site toda a documentação existente sobre a norma, nas suas várias versões, assim como ferramentas para realizar testes de conformidade dos seus conteúdos. Existem no entanto formas alternativas de desenvolver conteúdos normalizados que não exigem um nível de conhecimentos técnicos tão elevado. Estas alternativas passam pela utilização de ferramentas de autor que geram conteúdos normalizados, “escondendo” a componente técnica da implementação da norma do utilizador e reservando para este um papel de autor e pedagogo. Apresenta-se em anexo algumas destas ferramentas, cujos fabricantes garantem a conformidade com as principais normas internacionais, nomeadamente o SCORM e AICC. Qualidade no e-Learning em Portugal 6 Anexo Ferramentas de Autor normalizadas 52 53 guia Authorware 6.5 Fornecedor Macromedia Acessibilidade e Utilização Interfaces de utilizador sofisticados; Utilização intuitiva; Construção de Interactividade; Objectos de aprendizagem; Publicação com o toque de apenas um botão; Auxiliares de aprendizagem para Rich Media; Hiperligações; Botões personalizados; Controlos do Windows. Suporte Multimédia Suporte Rich Media; Suporte a Macromedia Flash MX; Audio Shockwave; sincronização de Media; Audio MP3; Regulador de formato de texto; Editor Rich Text; Audio de baixa largura de banda. Normalização Rastreamento de dados; Suporte XML; Suporte Active X; Suporte de Padrões AICC, IMS e ADL; Editor de Metadados SCORM. Flexibilidade e Integração Elevada capacidade de navegação; Capacidade de busca e recuperação completa de texto; suporte de Media exterior; Gestão de Media; Playback fluído; Aplicação de acessibilidade; Amplitude de linguagens de programação; Editor de Cálculo; Versatilidade de entrega. Comando e Controlo Funções de Script definidas pelo utilizador; Comandos não-modais; Canal Alpha; Extensões Xtra; Menu extensível de comandos. Sistema Mínimo Requerido Authoring (processador Intel Pentium, Windows 95, 98, 2000, Me, XP ou NT 4, 32 MB RAM, drive de CD-ROM, resolução de 640 x 480, monitor de 256 cores, 120 MB de memória livre), placa de som compatível com Sound Blaster); Playback em Windows (processador 486/66 ou superior, Windows 95, 98, 2000, Me, XP, ou NT 4, 16 MB de RAM); Playback em Macintosh (Power Macintosh, Mac OS 8.1, 8.5, 8.6, 9.x ou OS X, 24 MB de RAM, monitor de 256 cores, resolução de 640 X 480). Qualidade no e-Learning em Portugal ToolbooK II 54 55 Fornecedor Click2Learn Acessibilidade e Utilização Uso de objectos para criação de simulações que acedem e gravam automaticamente os desempenhos do utilizador; sistema Action Event para desenvolvimento extensivo de conteúdos; Funcionalidades múltiplas para o aumento da eficiência da avaliação; Suporte Multimédia Suporte de UMP, Popup UMP, Streaming Real Player, streaming Windows Media Player, video Players, Popup Video Players, Video-Text Synchronizer, Streaming Popup-Player, Hotwort Media Players, Media Player Buttons, GIF animados, gráficos Web, campos Web, gráficos de URLs exteriores, Java, Neuron, PowerPoint e controlos OCX ou ActiveX controls. Normalização Cumprimento das normas SCORM e AICC. Flexibilidade e Integração Interoperabilidade com os sistemas Aspen, bem como outros sistemas LMS; Capacidade de integração com CD-ROM, Internet ou Intranets; Comando e Controlo Informação não disponibilizada Sistema Mínimo Requerido Processador Pentium II 233; Microsoft Windows (Windows 95, 98, NT, 2000, Millennium ou XP); RAM (32 MB para playback, 48 MB para authoring); 70 MB de espaço no disco (300 MB para todos os componentes opcionais); Drive de CD-ROM; VGA (256 cores com resolução de 800 x 600); Placa de som compatível com Windows. guia Trainersoft 8 Fornecedor OutStart Acessibilidade e Utilização Flexibilidade de utilização de templates, cursos pré-desenhados; Criação de testes. Suporte Multimédia Capacidade de inclusão de Flash, streaming video e audio, web windows, java scripts, ligações a páginas web, e-mail e grupos de chat. Normalização Cumprimento das normas AICC e SCORM. Flexibilidade e Integração Compatibilidade para distribuição rápida de conteúdos na web, em CDROM ou em rede. Comando e Controlo Sistema Access Manager para elevada capacidade de monitorização e reporte. Sistema Mínimo Requerido Informação não disponibilizada Qualidade no e-Learning em Portugal DazzlerMax 56 57 Fornecedor MaxIT Acessibilidade e Utilização Capacidade de dispensa de linguagens de programação; sistema de arrastamento de ícones; Funcionalidade de criação de apresentações personalizadas. Suporte Multimédia Suporte dos formatos gráficos: BMP, PC, TIFF, TARGA, EPS, JPEG, WMF, PSD, PNG, PICT, Word Perfect, Sun Raster e Photo CD; Suporte dos formatos de som: WAV, MID, RMI, AU, SND, MPA, ActiveMovie, directSound e CD Audio; Suporte dos formatos de vídeo: Vídeo para Windows, Quicktime e MPEG; Suporte do formato de animação FLC. Normalização Cumprimento das normas AICC/IMS; Cumprimento das normas SCORM. Flexibilidade e Integração Capacidade de publicação em Internet ou Intranet, sem auxílio de outro programa; Comando e Controlo Templates instrucionais para o desenvolvimento de e-Learning; Leitura e escrita de conteúdos de qualquer base de dados ODBC; Leitura e escrita de conteúdos de ficheiros exteriores; Variáveis para rastreamento de qualquer tipo de dados; Controlo de outras aplicações através de DDE; Suporte de ficheiros para controlos Active-X; Fluxo de apresentação de controlo com lógica condicional; Controlo do interface MCI; Controlos de formato para entrada e validação de dados; Gravador de macros integrado. Sistema Mínimo Requerido Informação não disponibilizada guia ReadyGo Fornecedor MaxIT Acessibilidade e Utilização Capacidade de dispensa de linguagens de programação; sistema de arrastamento de ícones; Funcionalidade de criação de apresentações personalizadas. Suporte Multimédia Suporte dos formatos gráficos: BMP, PC, TIFF, TARGA, EPS, JPEG, WMF, PSD, PNG, PICT, Word Perfect, Sun Raster e Photo CD; Suporte dos formatos de som: WAV, MID, RMI, AU, SND, MPA, ActiveMovie, directSound e CD Audio; Suporte dos formatos de vídeo: Vídeo para Windows, Quicktime e MPEG; Suporte do formato de animação FLC. Normalização Cumprimento das normas AICC/IMS; Cumprimento das normas SCORM. Flexibilidade e Integração Capacidade de publicação em Internet ou Intranet, sem auxílio de outro programa; Comando e Controlo Templates instrucionais para o desenvolvimento de e-Learning; Leitura e escrita de conteúdos de qualquer base de dados ODBC; Leitura e escrita de conteúdos de ficheiros exteriores; Variáveis para rastreamento de qualquer tipo de dados; Controlo de outras aplicações através de DDE; Suporte de ficheiros para controlos Active-X; Fluxo de apresentação de controlo com lógica condicional; Controlo do interface MCI; Controlos de formato para entrada e validação de dados; Gravador de macros integrado. Sistema Mínimo Requerido Informação não disponibilizada Qualidade no e-Learning em Portugal Edugen 58 59 Fornecedor Maris Technologies Acessibilidade e Utilização Funcionalidades para facilitar a navegação, busca e avaliação; Possibilidade de personalização dos cursos; Tutoria pessoal; Planeamento dos estudos; Bloco de notas. Suporte Multimédia Capacidade de incorporação de qualquer tipo de média: texto, imagens e som; Suporte de animações interactivas em Flash e Java. Normalização Cumprimento das normas SCORM. Flexibilidade e Integração Capacidade de integração com todas as infra-estruturas de e-Learning; Suporte dos seguintes ambientes de entrega: Internet/Intranet, CD-ROM, híbrido Internet/CD-ROM; Comando e Controlo Possibilidade de actualização automática e manutenção interna do controlo. Sistema Mínimo Requerido Processador Pentium 166 (com 32MB de RAM, drive CD-ROM, resolução 800x600); Windows (95, 98 e NT); Placa de som compatível com Windows; Internet (Netscape Communicator 4.7 ou Internet Explorer 5.0). guia
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