Edição de Outubro 2009 em PDF, AQUI
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Ilha Capital Jornal Paulo Marx, o novo presidente da FIESP O nanico que incomoda Ano VI - Número 61 - Florianópolis, Outubro de 2009 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA O Rio Vermelho reage Cacá Menéia As águas vão faltar Página 6 www.ilhacap.com.br Fotos: Paulo Simões Foto: Api Nery A água escorre pro centro da terra e evapora para o céu... e some pra sempre. O Au-Auschwitz continua! Página 3 Moeda Verde O processo como pena Técnicos da FATMA pedem indenização à União. Central Música Gaúchos no Grammy Latino Os Serranos e Tchê Guri estão entre os indicados ao prêmio 2009 Página 12 Tecnologia Que geringonça é essa? Professores do SENAI/SC criam controle remoto industrial Página 13 Rosa canina A graça e beleza de uma planta temperamental e implacavelmente protetora de seu espaço! Página 16 No dia 28 de setembro, mais uma vez o trânsito amanheceu perigosamente estrangulado na esquina da servidão Altino Manoel Claudino, junto a uma das curvas mais acentuadas da Rodovia João Gualberto Soares, Rio Vermelho, ligação entre Ingleses e Barra da Lagoa. Mas - enfim! - foi o último dos colapsos no local, pelo entupimento crônico de uma tubulação nas proximidades. Causa do problema? Anos de omissão do Deinfra. Imediatamente comerciantes e moradores das imediações obstruiram - com restos de móveis, galhos de poda, madeiras e coisas do gênero - o pouco que restava da pista. Em minutos armou-se a confusão entre motoristas querendo passagem e protestantes decididos a levar sua atitude às últimas consequências, perante o cacoete das autoridades: só atendem reivindicação debaixo de grito e quebra-quebra. E o povo, se sai do sério, transforma até velório em quermesse. Não tardou a aparecer a tropa de choque policial que, afinal de contas, constatou que o grande caos do tráfego era mesmo devido ao alagamento. Convocado, o Deinfra compareceu, constatou o óbvio e comprometeu-se a resolver o problema imediatamente, o que foi feito nos dias seguintes. Faltaram apenas alguns arremates: pelo Deinfra, uma manta de asfalto no acostamento; pela Prefeitura, ajustes na boca da rua. Tá. Agora, a adrenalina anda instigando novamente os maus bofes da população, em outro ponto da rodovia, num trecho entre duas servidões diante de um mercado, junto ao Muquem. Onde a empresa Pavicon, contratada da Prefeitura, abriu uns rombos para instalar tubulações, a buraqueira adonou-se de meia pista e as máquinas da empresa foram pro conserto justo agora. A contagem regressiva já começou. Foto: Paulo Simões No dia 24 de setembro fez um ano da sentença do juiz Hélio do Valle Pereira, da Vara da Fazenda Pública, determinando a interdição do canil, instalado por uma ONG no Rio Vermelho em setembro de 2003, permitindo a manutenção no local de apenas cinco cães. Eram cerca de cem animais em precaríssimas condições. Ele deu prazo de 120 dias para que a Prefeitura abrigasse o plantel remanescente em canil público, sob pena de multa semanal de R$10 mil, sobre o patrimônio pessoal do prefeito e do secretário de Saúde, aos quais se subordina a Coordenadoria de Bem-Estar Animal, criada em 2005 por Dário Berger. Para desobediência por parte das pessoas físicas que mantém o canil - proprietário do terreno e idosa que lá reside - a punição é multa semanal solidária de R$300,00. O caso foi assunto de matérias no Jornal Ilha Capital: junho/08 - “Qual bem-estar e de quem” (www.ilhacap.com.br/edicao_junho08/bem_estar_animal_jun08.html); outubro/08 - “Prefeitura de Florianópolis é condenada” (www.ilhacap.com.br/edicao_ outubro08/bem_estar_animal_out08.html). Os vizinhos do local denunciam que o canil nunca foi desativado e que há lá cerca de 40 animais; que agora há também um chileno residindo com a idosa; que diversos veículos continuam levando animais para lá; que existe um buraco camuflado no muro, nos fundos do terreno, por onde os cães são “sumidos” temporariamente, um pouco antes de fiscais aparecerem. Leia mais na próxima edição 2 Ilha Capital - Florianópolis, Outubro 2009 Canasvieiras Rio Tavares Carta do leitor Senhores, Agradeço pela presteza em que no prazo certo me entregam as edições do Ilha Capital. Eu o leio todo. Jornal valente! Talvez expondo através de suas páginas, sejamos atendidos no que há muitos anos reclamamos: 1 - Limpeza da praia por varredores. 2 - Simples colocação de pranchões para atravessar os canais pútridos, de afluentes à nossa praia. São quatro locais de despejo de latrinas que temos que atravessar, crianças e adultos enchendo os calçados de dejetos. E muitos contribuintes a banharem-se nessas águas fétidas. 3 - Proibir em definitivo os jogos de bola, desde frescobol, futebol, vôlei, tênis. Existe lei há 12 anos, que nunca foi observada. Usam ATÉ AS PLACAS DE ADVERTÊNCIA COMO REDE! Impunidade, desrespeito aos mantenedores, os proprietários na região. Se houvesse um fiscal, com indumentária de fiscal da Prefeitura, que de bicicleta fizesse um roteiro diário na praia, por certo coibiriam os abusos, praticados por farofeiros e por muitos argentinos, denominados por outros, não por mim, de HERMANOS. Recolher os materiais dos jogos já ajudaria em muito e imporia respeito. Se não sustarem isso de vez, só aumentarão as discussões e brigas, o DESCONFORTO com a falta de consideração desses ele- www.ilhacap.com.br mentos que atormentam os contribuintes fixos. 4 - Animais na praia. Uma turminha, sempre a “passear“ na praia. Tenho quatro cães mas jamais os levaria à praia para as suas necessidades fisiológicas. Isso já inicia às 7:00 diariamente. Vejam por sí. É outra transmissão de doenças. 5 - Barcos a motor, jet skies, barcos à vela, caiaques manejados por inexperientes, pondo em risco os banhistas. Convenhamos, se nossos eleitos nada disto considerarem, não os reelejamos. Simples assim. Isto posto, mesmo que esta seja publicada, duvido que alguma atitude será observada de parte da Prefeitura, e demais órgãos estaduais e federais, mesmo que nosso atento Ilha Capital interfira: já reclamo tudo isto há algumas décadas. Incompertência? Negligência? Desrespeito ao contribuinte? Sei lá. Só sei que é pouco o que necessitam fazer para nos permitir, aos contribuintes, um sossego civilizado em nossa praia. Afinal, pagamos impostos para quê? Pros hermanos? Cães? Sujeira? Poluição sonora? Barcos fora dos limites? Iniciemos, preparemo-nos, agora também com máscaras em nosso próximo período de férias. Convenhamos. Civilidade, respeito higiene, são inerentes ao convívio social. Cada um faça sua parte para dar certo. Mauricio Schmidt Agruras e prejuízos no asfalto sonrisal N o início da noite de quinta, 1 de outubro, o motociclista Sidmar Marques Dias pilotava pela Rodovia Antônio Luiz de Moura Gonzaga, no Rio Tavares, sob chuva intensa e iluminação pública e sinalização precárias. Quando deparou-se com o enorme buraco camuflado em uma poça d’água sobre a pista de rolamento, pouco havia que pudesse fazer para evitá-lo. Apenas firmou desesperadamente a direção da sua Yamaha Fazer 250cc, evitando perder o controle e chocarse de frente com os veículos que vinham em sentido contrário. O impacto entortou e abriu o aro das rodas, furando os dois pneus da Fazer. Em contato com a Policia Militar (190) e o Corpo de Bombeiros (193), Sidmar foi orientado a chamar a Polícia Rodoviária. Enquanto aguardava o comparecimento dos policiais, um Fiat Pálio colidiu na motocicleta, provocando outros danos. Eram quase 20h30min quando registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia da Lagoa da Conceição, depois de deixar o veículo para passar a noite em uma bor- racharia nas proximidades do acidente. No dia seguinte, o veículo foi guinchado para conserto em uma oficina autorizada. Restou à vítima entrar com ação por perdas e danos contra o órgão estatal responsável, por causa das agruras e prejuízos sofridos no asfalto sonrisal de Floripa. É, sim. Asfalto sonrisal: que dissolve na água. Ingleses Monitoramento por câmeras O Conseg Ingleses/Santinho está convidando toda a sociedade civil, e em especial a sua classe empresarial, para importante reunião a ser realizada no Praiatur Hotel (frente ao Mercado Colina), dia 28 de outubro, quarta-feira, às 19:30 horas. Na ocasião, será lançado o projeto de monitoramento por câmeras do balneário. www.ilhacap.com.br Ilha Capital 3 - Florianópolis, Outubro 2009 Charge do Coluna da www.sponholz.arq.br/ Cacá Meneia E as água vão faltar! Ó Ria que é de graça A Diferença Entre o Correto e o Justo Dois juízes se encontram na portaria de um motel, um com a esposa do outro. Constrangido, um deles diz: - Boa noite, Excelentíssimo colega, acho que o CORRETO seria que trocássemos nossas acompanhantes. Prontamente o outro responde: - É claro que seria o CORRETO, meu nobre colega, entretanto, não seria JUSTO, pois eu estou chegando e o senhor está saindo... Cãozinho de Estimação A professora chama o Joãozinho para uma conversa. — Joãozinho, lembra que eu mandei escrever uma redação com o tema “meu cãozinho de estimação”? — Lembro sim, professora! Eu caprichei na minha. — Caprichou, é? Acontece que a sua redação está igualzinha à da sua irmã. — Lógico, professora! É o mesmo cachorro! i, ói, ói, que sê manezinha às vegi dói. Sou só uma manezinha do Norte da Ilha, nascida e criada no Rio Vremeio, com muita difilcudade de entender as côsa nesse mundo de Meu Deus! Só agora é que começo a saber um pudê de côsa magi sobre a Operação Moerda Vredi. Por inzemplo: porque é que a encelhentícima apercuradora dotôra Naluz, do Mistério Púlbico Federáli, vira e mexe bota a Poliça PF pestista a prindê os menino da Fátima do governadôri Luiz Eu Rico pemedebista, mais uns empreendedor bandido desses que tem aos monte por aí, de todos partido e de nenhum deles ao mesmo tempo. Mofas cá pomba na balaia! Osvi dizer que é por causo de que ela arrecomenda, arrecomenda, arrecomenda... e os malino só desobedece. Eles desacatam a encelhentícima apercuradora e ficam teimando em cumprir as lei que tão tudo errada. Aqui no Rio Vremeio ainda vai dar côsa! A Operação Moerda Vredi foi porque a encelhentícima apercuradora se cansou-se de arrecomendar pros menino da Fátima não dar mais licença pros empreendedor com empresa empreender empreendimento de luxo pros ricaço aqui na nossa periferia da Ilha. Ora essa! Vai ver, a encelhentícima arrecomenda isso porque arreceia que no futuro as água vão faltar no amado aqüífro pra’bastecer as residença das servidão clandestina empreendida pelos empresáro loteador sem empresa. A concorrença dos empreendedor com empresa contra os empresáro loteador sem empresa é desleal. E uma grande injustiça social, que não paga a pena, ô. Porque em cada terrenão empreendido pelos empreendedor com empresa, por inzemplo, cabe uns 10 lotezinho daqueles da servidão Beira Rio, naonde dijaôje os bico dos carros nas garage ficam na calçada. E naonde [email protected] tem um palacete daqueles de ricaço, cabe umas 20 meia-água, tipo assim, alquitetura Travessão, com laje pra çurrasco e tudo, dás um banho! Ô, mô quirido: no mô fraco modi pensar, ali naonde tem o Residencial Rediparke, por inzemplo, cabia cinco Faixa de Gaza inteirinha. Faixa de Gaza, gente! Aquele lotamento naonde nem a poliça entra dinoite (nem didia), que fica entre a sevridão Dazorquídia e o condominho Rio Vremeio, naonde mora o rapagi aquele não tem? - que era da Ufeco. E o campo de golfe do seu Marcão dos Mato, ô mô pombo? Nazágua dos laguinho dá pra fazer umas quantas criação de lambari pr’alimentar todas comunidade carente na volta. E ainda dá pra separar um lago só pra muierada lavar louça, enxaguar roupa de montão e dar o banho semanáli nas cria! Pensando bem... naqueles pasto tãaaao vredinho cabem uns 30 campo de várzea pra distrair o macharedo no seguro desemprego, enquanto as muié tão nas faxina nos palacete em Jurerê Internacionáli e os menino maiorizinho limpam jardim lá no Cacupé: é que na periferia do Rio Vremeio é arrecomendado não ter ricaço. Porque eles consumem água dimaji da conta... Ô, ô! Vinhas tão bem, ô mô quirido! Dijaôji, por causo do aquecimento globáli, o ciclo das água também se amodernoizou. As gelera aderretida vão transbordar o mári e as praia vão inundar a Ilha. Mas as água vão escorrer pro aquífro e se escafeder-se no centro da terra pra nunca máji, tás tolo? E as nuve de evaporação vão subir, subir, subir pro céu, que nem o padre dos balão. Só que o cadávre dele até choveu de volta. Mas as nuve com as nossas água? Essas vão se avoar-se céu afora e nunca máji vão voltar! E as água vão faltar no Norte da Ilha, arreparassi? Ói, ói, ói, que sê manezinha às vegi dói. 4 Ilha Capital www.ilhacap.com.br - Florianópolis, Outubro 2009 Comportamento U Os brasileiros são mesmo assim? ma lista de gestos e/ou atitudes circula há meses pela Internet, sem autoria determinada, como sendo notórias características comportamentais da população brasileira, independentemente de classe social. Pequeno ou grande, isolado ou em conjunto, cada item da lista configura algo que uma leitora do Ilha Capital identifica objetivamente como a ausência de “pedigree” que predomina no povo deçepaíz. Submetemos o questionamento genérico ao exame de consciência de cada leitor, deixando a pergunta em aberto: Os brasileiros são mesmo assim? Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas. Estacionam nas calçadas, muitas vezes até debaixo de placas proibitivas. Estacionam ocupando o lugar de dois (ou mais) veículos. Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo alguma infração. Trocam votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentaduras, “regularização” de irregularidades. Falam ao celular enquanto dirigem seus veículos. Trafegam pela direita nos acostamentos em meio a um congestionamento. Param em filas duplas, triplas, em frente às escolas. Violam a lei do silêncio. Dirigem após consumir bebida alcoólica. Furam filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas. Espalham mesas e Q churrasqueira nas áreas de passagem das pessoas. Pegam atestados médicos sem estar doentes, somente para faltar ao trabalho. Fazem “gatos” de energia elétrica, de água e de TV a cabo. Registram imóveis em cartório por valores bem abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, apenas para pagar menos impostos. Compram recibos para abater gastos na declaração do IRRF e pagar menos imposto. Mudam a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas. Quando viajam a serviço pela empresa, se o almoço custou R$ 10, Um crime que compensa ue o Brasil é o país da impunidade, estamos cansados, quase mortos, de tanto saber. Que nossa lei é frouxa e mesmo quando pune, pune brandamente, quase não punindo, idem. Mas agora surge uma figura anda mais escabrosa e eu não sabia: a do delito premiado, torpedeando para sempre o velho adágio de que o crime não compensa. Está lá, no Código Penal, capitulado como crime, o furto de energia elétrica: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (...) § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. A notinha aí do lado foi escaneada da revista IstoÉDinheiro de 30/09/2009, página 24, coluna de João Dória Jr. Aqueles que furtam energia elétrica através dos chamados gatos, ganham uma geladeira nova para regularizar sua situação. É possível que economicamente a medida seja vantajosa às distribuidoras. Mas é deplorável, até sob este aspecto, que se premie alguém por ter praticado crime e para que deixe de praticá-lo. É a subversão da pena, que deixa de ser punitiva e pretensamente recuperadora e passa a ser recompensatória. E incentivadora. É um desrespeito aos que pagam pela energia elétrica que consomem, pagam pela energia elétrica dos que a furtam e, agora, pagam as geladeiras que premiarão os ladrões que não pagaram e que, Ilton C. Dellandréa certamente, pagarão por algum tempo e depois voltarão a furtar para, talvez, ganhar uma nova geladeira. E, principalmente, é uma confissão cabal da estupidez do Estado, incapaz de combater o crime – sua obrigação constitucional, no caso –, e que por isto prefere, através de concessionárias, libar com criminosos e punir, ainda que indiretamente, aqueles que cumprem suas obrigações. Qualquer que seja o enfoque, não dá para fugir da constatação de que o bandido ganha um prêmio e a vítima paga o pato, digo, o gato. O autor é juiz aposentado e titular do blog dellandrea.zip.net/ U pedem nota fiscal no valor de R$ 20. Comercializam objetos doados em campanhas por ocasião de catástrofes. Estacionam em vagas exclusivas para deficientes. Adulteram o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado. Compram produtos piratas mesmo tendo plena consciência de que são piratas. Substituem o catalisador do carro por um que só tem a casca. Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus sem pagar a passagem. Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA. Frequentam caça-níqueis e fazem uma fezinha no jogo de bicho, que são ilegais. Levam, das empresas em que trabalham, pequenos objetos como clips, envelopes, canetas, lápis, como se isso não fosse um roubo. Comercializam o vale-transporte e o vale-refeição que recebem das empresas em que trabalham. Falsificam tudo, tudo mesmo. Só não falsificam o que ainda não foi inventado. Quando voltam do exterior, nunca dizem a verdade quando a Alfândega pergunta o que trazem na bagagem. Quando encontram algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolvem... E, assim, fica no ar a pergunta: Pode sair das urnas de um “colégio eleitoral” com essas características, algo muito melhor do que a classe política que aí está? Companheirada rouba até deficientes m acórdão do dia 2 de setembro do Tribunal de Contas da União (TCU), publicado na sexta-feira, 11, no Diário Oficial, determina que sejam devolvidos aos cofres públicos cerca de R$ 680 mil desviados por duas instituições comandadas por ex-presos políticos do regime militar e fundadores do PT, ex-reserva moral da Nação e atual Partido do Trambique: o Ministério da Justiça do trotskista Tarso Genro, e a Secretaria Especial de Direitos Humanos, cujo titular é Paulo Vannuchi, que foi diretor da ONG Instituto Cidadania do Lula. O desvio de verba foi executado através de fraudes em diversos contratos de promoção beneficiando a empresa Aplauso Organização de Eventos que, em apenas três anos, recebeu a bagatela de R$ 51 milhões do governo do apedeuta - perto de R$140 mil reais por mês. A empresa também está sendo investigada pelo TCU e pela Controladoria-Geral da União (CGU) por fraudes em eventos promovidos por outros ministérios, inclusive um “encontro sobre corrupção e lavagem de dinheiro”. Vai ver, o curso era de especialização. O acórdão do TCU revela, entre outras coisas, que em uma conferência sobre direitos da criança e do adolescente, o Ministério da Justiça desembolsou R$ 38,4 mil no aluguel de 1,2 mil cadeiras de restaurante, sem nenhuma mesa para acomodar os assentos e sem qualquer previsão de refeições. Em seminários das polícias Civil e Militar foram alugados computadores nunca usados e muito mais vans e ônibus do que o necessário para a quantidade de deslocamentos dos participantes, em datas que não coincidiam com as atividades do evento. No “encontro sobre corrupção e lavagem de dinheiro” o TCU constatou que o pagamento do material didático e de escritório foi excessivo, em relação ao número de participantes. A mesma constatação foi feita em eventos sobre segurança pública e sobre defesa do consumidor, destinados à defensores públicos. Em auditorias na Secretaria de Direitos Humanos, a decisão do TCU revela que, três anos atrás, R$ 161 mil dos cofres públicos foram entregues para a Aplauso, supostamente para pagamento de 963 diárias de hotel para participantes da Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. As diárias não foram utilizadas. Além disso, a Aplauso recebeu R$ 9,6 mil para 600 cafés da manhã que nunca foram servidos, mais R$ 70 mil para custear almoços e jantares, que não aconteceram. No mesmo evento o TCU constatou superfaturamento de R$ 214 mil no aluguel de um clube em Brasília. Os ministros do tribunal deram 15 dias para os recursos serem devolvidos ao Tesouro Nacional. Andrea Corbucchi, diretora da Aplauso, é casada com o fotógrafo italiano Mike Ronchi, credenciado da Confederação Paraolímpica Brasileira para a cobertura da Paraolimpíada de Atenas 2004, evento mundial de atletismo para deficientes. Ronchi também obteve patrocínio das Loterias Caixa, da Caixa Econômica Federal, para a realização do livro Paraolímpicos – Os Deuses de Atenas 2004, com as fotografias feitas durante as provas. www.ilhacap.com.br Ilha Capital - Florianópolis, Outubro 2009 5 6 Ilha Capital Carreira mal iniciada Editorial Aristoteles Drummond, vice-presidente da Associação Comercial/RJ A vaidade, a ambição e o deslumbramento levam esse dirigente empresarial e, infelizmente, outros em estados diversos, a correrem para legendas alheias ao interesse empresarial, por mais respeitáveis Nanico, sim. Covarde, não mesmo! O Jornal Ilha Capital às vezes se sente um pouco como Honduras, aquele pequeno e pobre país da América Central, que vem dando um exemplo de gigante ao resto do mundo. Aparentemente encurralado por forças descomunais, Honduras ousa reagir contra o bolivarianismo chavista que, reunido no Foro de São Paulo - comandado pelo chefão Lula da Silva a serviço de seu amigo Fidel - e sustentado por traficantes de drogas e armas, tenta por todos os meios tornar-se poder hegemônico na América Latina. Está aí a guerra civil “sutilmente” instalando-se no Rio de Janeiro, que não nos deixa mentir! Há nesse sentimento muita petulância de nossa parte, reconhecemos. Mas é verdade, também, que não poucas vezes nesses cinco anos fomos assediados e acossados por forças e poderes aparentemente intransponíveis através dos quais, afinal de contas, acabamos passando sem maiores danos, mas com muita firmeza, exatamente porque produzimos um jornal assumidamente nanico mas nem por isso um jornal covarde. O nanico defende o liberalismo econômico e a livre iniciativa e tem uma empresa por trás de si. Muito pequena, também, e onde se reconhece que é praticamente impossível de ser eliminada, no capitalismo, a existência de empreendedores-predadores dados a práticas de concorrência desleal, dumping e outros que tais, geralmente para a formação de monopólio. Nosso sentimento é de que, nesse cenário, não há nada melhor a fazer do que manter a linha e a coerência, e ir aprendendo a ficar à distância segura dessas distorções. É o que tentamos ir fazendo. Mas, que ninguém se engane, não apenas na medida do possível, como, muito antes ainda, somente na justa medida do aceitável. Paulo Simões Ilha Capital Publicação: Conta Comigo Serviços CNPJ 94.968.088/0001-83 Diretor Responsável: Paulo Roberto Simões - DRT 02291SC Produção de Textos: Maria Aparecida Nery - DRT 2284SC Produção Gráfica: Paulo Roberto Simões Tiragem: 8.000 exemplares Impressão: Diário Catarinense Cartas para email: [email protected] [email protected] Fones: (48) 3269-8265 / 9618-4185 / 9611-0052 Veículo de informação produzido por moradores do Norte da Ilha, com distribuição gratuíta. Todos os materiais assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo obrigatoriamente a opinião do veículo. Assessoria Jurídica: Dr. Gustavo Vieira de Moraes e Souza - Fone: 3333-1616 OAB/SP 165.620 e OAB/SC 22.618A www.rvm.adv.br - [email protected] www.ilhacap.com.br - Florianópolis, Outubro 2009 que sejam. É fácil de imaginar o clima de perplexidade entre os industriais ao verem o seu representante máximo se comprometendo a defender um programa de socialização dos meios de produção. O Sr. Paulo Skaf, pelos caprichos do destino, da vaidade e da atual pobreza de quadros nos meios industriais paulistas, com vocação para herdeiros de Roberto Simonsen, chegou à presidência da FIESP. E agora acaba de demonstrar uma adesão inquestionável a esta América Latina que vivemos, a este Brasil do oportunismo, da omissão, do carreirismo. Assinou a ficha do Partido Socialista Brasileiro, que abriga homens públicos da melhor qualidade, mas que é socialista. A FIESP deveria ser (ou é, apesar de Skaf) a casa do capitalismo, do desenvolvimento, do empreendedorismo, do respeito à livre empresa, ao papel político e social do empresário. Ao assumir, o sr. Skaf já mostrou seu distanciamento daquilo que sempre foi, e ainda é em muitas entidades, graças a Deus, o sentido de missão da função. Esta, é bom lembrar, é de idealismo e de prestação de serviços à causa da presença empresarial no processo de afirmação econômica de nosso país. Colocou logo como seu vice, o sr. Benjamin Steinbruch, herdeiro do grupo criado por seu pai, tios e sócios. E tem o gosto especial de crescer com base no crédito oficial, a trocar ações com sócios com os quais se desentendeu com recursos de bancos oficiais que deveriam ser destinados ao financiamento da produção, como no célebre (e escandaloso) caso CSN x Vale. Aquela montanha de dinheiro, generosamente colocada pelo governo anterior para resolver a pendência entre empresários, não serviu nem ao desenvolvimento nem ao social. Além disso, o sr. Steinbruch costuma confundir camaradagem de tempos de mocidade com compromisso público e tem como o político mais próximo de si, e das doações de sua empresa, um senador de esquerda, que costuma ameaçar atitudes de independência com duração de 24 horas. A política paulista sempre Simões deu espaço a empresários, que se destacaram na coerência e no esforço de evitar que o Brasil tivesse uma economia mais fechada, mais dirigida e mais onerada sob o ponto de vista fiscal e burocrático. Além do referido Roberto Simonsen, Herbert Levy, Horacio Lafer, Brasílio Machado Neto, Auro Moura Andrade, Pereira Lopes, Cunha Bueno, Olavo Fontoura, Paulo Abreu, os ex-presidentes da Associação Comercial Paulo Maluf e Guilherme Afif Domingos e o assessor da entidade Delfim Netto estiveram no Congresso defendendo o capitalismo; não o socialismo. Outros prestaram serviços aceitando funções públicas, como Olavo Setúbal. Agora, a vaidade, a ambição e o deslumbramento levam esse dirigente empresarial e, infelizmente, outros em estados diversos, a correrem para legendas alheias ao interesse empresarial, por mais respeitáveis que sejam. Mas são partidos com programas que devem ser conhecidos e lidos. O Socialista o é já no nome; o PPS tem orgulho de suceder o Partido Comunista Brasileiro e recebe empresários que, no passado, eram conhecidos por “inocentes úteis”; o PV prega restrições de toda ordem ao empreendedorismo, em nome do meio ambiente. Tudo seria normal, concebível dentro do pluralismo, se a credencial desses senhores não fosse exclusivamen- te o fato de serem dirigentes de entidades patronais ou donos de empresas de grande porte e conhecidas. É fácil de imaginar o clima de perplexidade entre os industriais ao verem o seu representante máximo se comprometendo a defender um programa de socialização dos meios de produção. E, com isso, a tolerância com as greves, a defesa do estado-empresário e outros conceitos, que embora válidos no processo democrático, não atendem evidentemente aos interesses nacionais como entendidos pelos empresários. Um homem do agronegócio não é um predador por vocação, mas pode desmatar para plantar, para criar, para produzir, gerar empregos, riquezas, divisas e contribuir para os cofres da Nação. No entanto, se depender dos partidos de esquerda, os impostos seriam maiores, a legislação trabalhista mais liberal, a burocracia mais enlouquecedora e o Brasil mais atrasado. Certamente o sr. Skaf, que é candidato a um cargo eletivo no próximo ano, não deve contar nem com os votos nem com as doações de campanha dos seus companheiros de FIESP. Terá de buscar novos eleitores e gastar de seu bolso. Empresário só doa para esquerda quando esta está no Poder, por pressão de contratante de bens ou serviços que vende ao Estado. O grande serviço que presta o sr. Skaf aos industriais paulistas é que, depois dessa opção, dessa aliança, certamente a escolha de seu sucessor será rigorosa. Afinal, o empresariado vive um momento delicado, sob ameaças de propostas esquerdizantes, quando não da pressão física dos que estão organizados para a ocupação de instalações produtivas ou para impedir investimentos na infraestrutura. Que Roberto Simonsen, lá de cima, nos proteja!!!!!!! Fonte: Diário do Comércio da Associação Comercial SP www.dcomercio.com.br/ www.ilhacap.com.br Ilha Capital - Florianópolis, Outubro 2009 7 8 Ilha Capital - Florianópolis, Outubro 2009 www.ilhac www.ilhacap.com.br Operação Moeda Verde O processo como pena Técnicos da FATMA querem indenização da União Q uatro técnicos da Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA), ingressaram com ação contra a União. Eles pedem indenização por danos morais e materiais no valor de R$800 mil, decorrentes de graves falhas na operação policial denominada Moeda Verde, realizada pela Polícia Federal em maio de 2007. Na petição inicial da ação, que deu entrada em dezembro do ano passado e corre na 2a Vara Federal de Florianópolis, a advogada Rode Anélia Martins denuncia que os servidores Marli Joner da Silveira, Mário Altamiro Vieira Alano, Heriberto Hülse Neto e Newton Luís Cascaes Pizzolatti foram indiciados por supostos crimes ambientais e formação de quadrilha, sem nunca terem sido convocados a depor na PF sobre os fatos denunciados - direito assegurado na legislação. Além disso foram submetidos à exposição excessiva e abusiva com a quebra ilegal do sigilo. O sigilo é uma das características precípuas do inquérito policial. O vazamento foi praticado pela própria PF, que de forma pública e notória o tempo todo repassava informações à imprensa sobre os meandros das investigações e o andamento da formatação do inquérito. Segundo a petição, os autores da ação só tomaram conhecimento de que Maria Aparecidas Nery estavam indiciados através da mídia. Rode Martins diz que os servidores ainda não foram denunciados, e acredita-se que isso não ocorrerá, mas que a repercussão da imprensa foi muito grande e ensejou “um verdadeiro julgamento público com a condenação prévia” dos indiciados que maculou sua credibilidade. A advogada ressalta, por outro lado, que a autoridade policial sequer conseguiu definir em quê exatamente consistiu o crime supostamente praticado por seus clientes. O que se constata no inquérito, acusa Rode, é uma simples divergência técnica entre os servidores da FATMA e o técnico Jorge Cravo, do Ministério Público Federal. Longe de configurar o delito, na hora de basear convicções restou assentado no inquérito a prosaica dúvida que assaltou a expertise da autoridade policial, que limita-se, então, a sugerir duas hipóteses para justificar o indiciamento dos funcionários da FATMA: pode ter havido “omissão” ou pode ter havido “falseamento” de dados. A depender de que, um ou outro, não fica esclarecido. MPF versus FATMA Segundo os termos da ação indenizatória, no Relatório de Vistoria emitido pela equipe da FATMA que motivou o indiciamento, a posição dos acusados é favorável à implantação do empreendimento Il Campanário (foto), do Grupo Habitasul, e à manutenção de licenças já expedidas, haja vista que não havia óbice legal ao empreendimento. Além disso, o Relatório estava amparado em farta documentação, cujas cópias foram agora anexadas como provas no processo contra a União: laudos de experts, pareceres jurídicos, decisões judiciais anteriores - tanto em ações civis públicas como ordinárias -, Termo do Acordo entre o MPF (autor do pedido de instauração da Operação Moeda Verde) e a FATMA, e decisão do Ministério do Meio Ambiente, atestando a inexistência de Área de Preservação Permanente (APP) na área do Il Campanário. Toda a documentação corrobora o entendimento dos técnicos da FATMA, comprovando que não houve omissão, falseamento e muito menos qualquer delito. Com base nesses documentos, contraditória e questionável, para a advogada, é a posição divergente do funcionário do MPF, desfavorável ao empreendimento. Na outra acusação do inquérito, a emissão do parecer que subsidiou a licença do Loteamento Jardim Rio Vermelho, da empresa Fiori Empreendimentos Imobiliários Ltda., foi denunciada como um “ilícito” e razão do indiciamento policial de um dos quatro técnicos. O motivo: desacato a uma recomendação do Ministério Público Federal para que a FATMA não licenciasse mais ocupação na área, por “receio de dano ao aqüífero dos Ingleses”, pois a ampliação do consumo de água na região poderia vir a comprometer o abastecimento público feito pela CASAN. A própria CASAN, no entanto, já havia dado a viabilidade de abastecimento para o empreendimento. O inquérito da PF também invocou uma inexistente Portaria da FATMA restringindo licenciamentos naquela região do Rio Vermelho. cap.com.br www.ilhacap.com.br Sem sigilo e sem repercussão Rode Martins relata o “verdadeiro ambiente de terror” criado para seus clientes pela “atitude arbitrária da ré (União), por meio da Delegacia Regional de Polícia Federal (DRPF)”, que mergulhou os técnicos da FATMA num clima insuportável de desconfiança entre os colegas, de vigilância constante e ausência de privacidade. A advogada destaca, por outro lado, que em função do episódio até mesmo membros das famílias dos indiciados tentam evitálos, e que os filhos adolescentes, menores de idade, de Marli Joner da Silveira foram submetidos à grande humilhação, apontados por colegas de escola como filhos de “uma mãe corrupta, indiciada na Operação Moeda Verde”. Marli, que é professora universitária, também teve que cancelar palestras agendadas, em razão de sua honra maculada. Rode Anélia Martins diz que a União foi descuidada na condução da Operação Moeda Verde, tanto nas investigações como no trato das informações. Isso resultou em grave violência contra os direitos dos servidores da FATMA, e teve para suas vidas profundas consequências morais e materiais. Para ela, este é um exemplo muito claro de como o processo, em alguns casos, pode ser facilmente transformado em pena. A ação de indenização dos técnicos da FATMA contra a União tramita há quase um ano, sob nº 2008.72.00.015074-0 (SC), e há poucos dias teve a primeira audiência marcada para abril de 2010. O processo não corre em segredo de Justiça. Nenhum órgão da imprensa, no entanto, interessou-se pelo assunto ou mencionou o fato. Ilha Capital 9 - Florianópolis, Outubro 2009 Ufeco Servidão Sol Poente (Tapera) Tá bom assim ou quer que DESENHE? O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (UFECO). A entidade havia recorrido ao STJ, inconformada com a derrota acachapante que teve no Pleno do TJ-SC, em novembro de 2007. Por 31 votos a 3 o Tribunal catarinense havia julgado improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) da UFECO, que pretendia a anulação de uma Lei Municipal que alterou o Plano Diretor do bairro Estreito. O objetivo era impedir a ampliação do estádio Orlando Scarpelli, do Figueirense, que viabilizaria a candidatura de Florianópolis como sede da Copa 2014. A UFECO alegou que as obras causariam danos ambientais e urbanísticos na região. Como o Supremo Tribunal Federal (STF) também já havia rejeitado recurso da entidade sobre o assunto, configura-se o abuso do direito de demandar na Justiça, numa insistência burra e flagrantemente temerária, que futilmente ocupou o Poder Judiciário desde meados de 2007. A edição de outubro daquele ano do Jornal Ilha Capital entrou no debate, re- produzindo declarações do então presidente da entidade, Modesto Azevedo, que resumiu tudo à inconformidade da UFECO com “uma alteração de zoneamento aprovada sem estudos de impacto de vizinhança”. Ele denunciou ”as legislações que não ouvem a população” e disse que “é preciso saber se as ruas comportam o novo estádio do Figueira, se tem sistema viário para isso”. O Ilha Capital lembrou que nunca se viu a Ufeco manifestar-se contra as leis “ordinárias” de vereadores (ou seria o contrário?) que “ouvem a comunidade” e promovem verdadeiros festivais de alterações “extra-oficiais” no Plano Diretor da cidade, batizando milhares de servidões clandestinas, “construindo” uma cidade com mais 70% de ocupação sem nenhum estudo de impacto, sem licença, sem qualquer critério. “Mais escandaloso ainda, é que entidades como a Ufeco e sua companheirada preguem moral ecológica e urbanística estabelecidas nessas vias clandestinas com “denominações oficiais”, inclusive sobre áreas de preservação”, denunciou Maria Aparecida Nery, citando alguns exemplos: “Além da própria Ufeco, na servidão Sol Poente (Tapera), a Aliança Nativa, na servidão Sodré (Lagoa), o Conselho Comunitário de Ingleses, nas servidões Mares do Norte e Maria Emiliana, o Instituto SócioAmbiental Campeche, na servidão Vila Harmonia, a Ong Apreender, na servidão do Jornalista (Santinho), a ONG OSCIP Luzes da Ilha, na servidão Silveira - favela do Siri.” Ela concluiu, perguntado: “Havia sistema viário para tudo isso?” 10 Ilha Capital www.ilhacap.com.br - Florianópolis, Outubro 2009 Para entender a natureza das ONGs O ngues, o leitor está cansado de saber, são organizações não governamentais. E os ongueiros se referem à sua duvidosa ocupação como terceiro setor. Está claro? Não, não está. Qualquer empresa, clube ou associação também é organização não governamental mas não é ONG. E, em Economia, setor terciário é o conjunto de prestadoras de serviços, tais como transportadoras, empreiteiras, bancos, armazéns, escolas, telefônicas, etc. Nenhuma dessas pode ser classificada como ONG. Por que, então, as entidades de agitação política, de adoração da natureza, de xumbregos com tribos indígenas ou de proteção a bandidos se denominam organizações não governamentais, se esse nome nada significa? Para entender, o leitor tem de esquecer o Direito Civil e a Economia, e fixarse na origem e na real finalidade dessas entidades. A origem está ligada à ONU. A ONU é uma organização de nações unidas. Logo, os membros naturais da ONU são os governos dessas nações. Mas em 1945, na elaboração da Carta das Nações Unidas, incluiu-se no Capítulo X, artigo 71, um dispositivo que permitia à futura Organização aceitar, nas reuniões e atividades do Conselho Econômico e Social, algumas organizações não governamentais, com função consultiva. Na época essas organizações eram poucas e respei- A.C. Portinari Greggio táveis, tais como a Câmara Internacional de Comércio, a ISO, etc. Hoje a ONU tem relações consultivas com mais de três mil ONGs, grande parte das quais financiadas por governos, o que torna duvidosa a sua condição de não governamentais, e as outras são ainda mais duvidosas porque sustentadas por multinacionais, por especuladores como Jorge Soros ou por milionários lunáticos que, por vaidade, abraçam causas e utopias. O verdadeiro status dessas organizações na ONU não é nada consultivo. Manipulando gigantescos esquemas de marketing e mobilizando campanhas mundiais de mídia – com fartíssima distribuição de verbas, propinas e jabaculês, as ongues, em sociedade com a ONU, de fato conseguem criar, modificar ou bloquear os itens da agenda política internacional, com muito mais efetividade do que as morosas e protocolares burocracias governamentais. Vemos, portanto, que a qualificação não governamentais não tem nada que ver com a legislação civil desse ou daquele país: é assunto da ONU. E o tal terceiro setor? Para entendêlo, o leitor tem de colocar-se na pele dum sociólogo ou antropólogo ou outro ólogo qualquer, classificado na categoria dos formados em filosofia, letras, humanas e sociais – os nossos familiares fefeleches, assim denominados em homenagem à Aliança Nativa recorre Os advogados da ONG Aliança Nativa, Clóvis Brisighelli Salles e Urbano Müller Salles Neto, entraram com embargos de declaração contra a decisão proferida pelo juiz Luiz Antônio Fornerolli, da Vara da Fazenda Pública de Florianópolis, datada de 28 de agosto último. O juiz condenou a ONG a, num prazo de cinco dias, exibir um conjunto completo de documentos que comprovem sua existência legal e a regularidade de seu funcionamento. A condenação foi Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, a FFLCH. Ao procurar emprego, o fefeleche tem três opções: (1) dar duro na empresa privada, (2) passar num concurso e entrar para o governo ou, a mais fácil e natural das três, (3) arrumar emprego numa ongue. Entendeu agora porque as ongues são o terceiro setor? Não se trata de Economia trata-se das escolhas dum fefeleche em busca de salário, prestígio e poder. E trabalho? Ora, meu amigo... Como a ONU só credencia 3.187 ongues e existem centenas de milhares delas no mundo – só no Brasil, estima-se sejam 8.600 ongues – fica claro que o ongueirismo transbordou o âmbito da ONU e se tranformou em imensa rede paralela de redutos fefeleches. Mas não há separação entre umas e outras. As acreditadas junto à ONU são a elite, e as demais, aspirantes a essa privilegiada categoria. Mas todas jogam o mesmo jogo. Que jogo? A causa pode variar: crianças de rua, índios, homossexuais, direitos humanos, pastorais, fome, etc. Mas o propósito comum é concorrer com o governo, debilitá-lo, desmoralizá-lo e substituí-lo – tudo sob o pretexto de trabalhar em “parceria” com ele, usando as suas verbas. Essa estranha convivência entre o organismo atacado e os parasitas que o devoram por dentro, é considerada natural e prolatada em ação cautelar impetrada em abril de 2008 por Maria Aparecida Nery e Paulo Roberto Simões, respectivamente produtora e diretor do Jornal Ilha Capital. Maria Aparecida produz pesquisa sobre grupo de ONGs com incisiva atuação “sócioambientalista” em Florianópolis. Em setembro de 2007 foi feita uma solicitação formal de vistas à documentação da Aliança Nativa, que recusou-se atender o pedido. No entanto, a ONG obteve do Ministério da Justiça o certificado de OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, condicionado à comprovação de cumprimento até desejável. No sistema constitucional das democracias de massas, como a brasileira, as ongues são o poder paralelo, não eleito, não previsto em lei, o governo de fato que, na visão dos juristas neoconstitucionalistas – os da constituição cidadã de 1988 – seriam as vanguardas do avanço político. Como a classe dos fefeleches está presente tanto nas ongues como no governo, a destruição da Nação se processa como suicídio assistido. Foi por esse motivo que o presidente Putin, depois de livrar (parcialmente) a Rússia das quadrilhas das privatizações e da democratização da década de 1990, fez baixar a lei de 10/1/2006, pela qual as ongues em atividade no país foram obrigadas a publicar suas fontes de financiamento. Além disso, a lei permite que as autoridades liquidem qualquer ongue que representar “ameaça à soberania, à independência política, à integridade territorial, à unidade, às tradições culturais ou aos interesses nacionais” russos. Prestem atenção. *O autor é Economista Fonte: www.heitordepaola.com/ dos requisitos de transparência administrativa. Pelos valores que constam no plano de ações da entidade, estima-se que ela tenha movimentado cerca de R$ 3 milhões entre os anos de 2005 e 2008, em parcerias com instituições e empresas. Embargos de declaração é um recurso utilizado para complementar ou esclarecer a decisão do magistrado, que pode interromper a contagem do prazo para a interposição dos outros recursos. O presidente da ONG Aliança Nativa é o também advogado Rodrigo Brisighelli Salles. www.ilhacap.com.br Ilha Capital Direto de 1560... José Carlos Sepúlveda da Fonseca Q uem acompanha com assiduidade a imprensa nota que, nos últimos tempos, tem-se multiplicado o noticiário de cunho ambientalista. Os pretextos são diversos para martelar uma série de chavões que, à força de serem repetidos, vão ganhando foro de evidência. Chavões que não passam muitas vezes de verdades incompletas, de interpretações distorcidas, não raras vezes de afirmações científicas não comprovadas... ou até mesmo de fraudes! Aliás, tive oportunidade de analisar uma dessas fraudes no post anterior, a propósito da campanha publicitária elaborada pela DDB Brasil para a conhecida ONG ambientalista WWF Brasil (Ambientalismo: arrombando consciências http://www.midiasemmascara.org/artigos/ ambientalismo/8561-ambientalismo-arrombando-consciencias.html). Chuvas e enchentes em S. Paulo Há dias a cidade de S. Paulo foi acometida por fortes chuvas, ventos e trovoadas, que causaram grandes enchentes e estragos, além de dolorosas perdas de vidas. Imediatamente o noticiário trouxe à baila as chamadas “mudanças climáticas”, o “aquecimento global” e a ocorrência de fenômenos climáticos extremos, fruto da atividade humana. O ocorrido na capital paulista seria comprovadamente um desses fenômenos! Dando mais um passo nessa “lógica” peculiar, o noticiário insistia na necessidade de mudanças drásticas nas atividades das sociedades modernas, com o fito de se resguardarem e conter os mencionados fenômenos climáticos extremos, acenando, por fim, para a importância do encontro das Nações Unidas sobre o clima, a realizar-se, em dezembro, em Copenhague. Transformação de fatos em “provas” As chuvas e enchentes foram transformadas, de modo sutil, em “prova” incontestável das teses ambientalistas e da necessidade de aceitar a agenda desses grupos. Tudo com uma pátina “científica”. Diante do impacto das imagens e do noticiário, dos transtornos e prejuízos causados e da comoção suscitada por mortes trágicas, como se deu em S. Paulo, é compreensível que os espíritos fiquem mais predispostos a aceitar como evidentes, sem o devido espírito crítico, as correlações e explicações ambientalistas, entretanto em nada comprovadas. Antes de tudo porque a própria tese científica do “aquecimento global” é seriamente contestada no meio científico. Para 11 - Florianópolis, Outubro 2009 muitos cientistas o planeta não esquentou desde 1995 e há alguns que até defendem estar ocorrendo um esfriamento global. Segundo dados científicos, a década de 30 foi a mais quente do século XX (leia mais em http://ecologia-clima-aquecimento. blogspot.com/2009/01/terra-est-esfriando-e-cientistas.html) e segundo dados oficiais de três importantes institutos a capa de gelo polar Ártico cresceu 24% desde 2007 (leia mais em http://www.libertaddigital.com/ciencia/el-calentamiento-global-no-evita-que-el-hielo-artico-crezcaun-24-desde-2007-1276370704/). Além disso, não há comprovação alguma séria e com fundamento científico inequívoco de que fenômenos climáticos extremos sejam causados pela atividade humana. Por fim, para haver fundamento na afirmação de que tais fenômenos - como as chuvas e enchentes de S. Paulo - são realmente inusitados, jamais vistos e “manifestações climáticas extremas”, fruto da mudança climática, é necessário comprovar que eles jamais ocorreram no passado. Será mesmo assim? Um relato revelador É precisamente sobre este último ponto que me quero debruçar aqui, trazendolhes um curioso e revelador relato de um passado bem remoto. Tal relato foi reproduzido, neste último sábado (19.set.2009), pela jornalista Sonia Racy, em sua página “Direto da Fonte”, no jornal O Estado de S. Paulo, em um box intitulado Direto de 1560, que dá o título ao meu post. Convido-os a ler: “Que sirva de consolo aos paulistanos: o estrago das chuvas, as casas destelhadas e inundações já atrapalhavam a vida no planalto de Piratininga há quatro séculos e meio, quando mal nascia a vila de São Paulo. Sabem quem o diz? A mais ilustre figura do lugar naqueles tempos, o padre José de Anchieta. Numa carta de 1560 ao geral dos jesuítas em Roma, Diogo Laínes, ele descreve um desses dias em que “com os trovões tremem as casas, caem as árvores e tudo se conturba”. Não havia 4 milhões de carros, nem semáforos apagados, nem lixo entupindo as galerias. Mas as manchetes, se houvesse, seriam as mesmas de hoje. Guardada no arquivo dos Jesuítas em Roma, a carta veio a São Paulo em 2004, para exposição da Associação Comercial, pelos 450 anos da cidade. Remexendo cópias do material, Guilherme Afif, hoje secretário de Serra, acabou reencontrando a preciosidade. “Não há muitos dias”, narra Anchieta, “de repente começou a turvar-se o ar, a enevoar-se o céu”. O vento “abalou casas, arrebatou telhados, arrancou pelas raízes Não havia 4 milhões de carros, nem semáforos apagados, nem lixo entupindo as galerias. Mas as manchetes, se houvesse, seriam as mesmas de hoje. grandíssimas árvores, de maneira que nos matos se taparam os caminhos sem ficar nenhum”. Podia acontecer a qualquer momento. Pois “na primavera, que aqui começa em setembro, e no verão, que começa em dezembro, caem abundantes e freqüentes chuvas (...). Há então enchentes dos rios e grandes inundações nos campos”. E o mais admirável, acrescenta, “é que os índios, entretidos em seus beberes e cantares, não deixaram de dançar nem beber, como se estivesse tudo no maior sossego”. Hoje, o paulistano ainda dança. Só que miudinho.” Será que os fenômenos descritos pelo Bem-aventurado José de Anchieta, tão idênticos às tempestades destes dias, eram fruto das emissões de CO2, do aquecimento global, do desmatamento, da extinção das espécies, etc., etc.? Como dá facilmente para perceber, as chuvas e enchentes destes dias nada têm de inusitado, nem muito menos de “prova” das tão anunciadas catástrofes ambientais. Devemos prestar muita atenção nas “evidências” e “conclusões” que nos são oferecidas (ou, melhor, impingidas) como incontestáveis. Perigos dos mecanismos da propaganda Continuo a achar que o perigo maior não são os fenômenos climáticos, mas a manipulação que em cima dos mesmos fazem certas correntes, com fins bem pouco claros. Vivemos na era da propaganda! E foi com base nela e nas mentiras elaboradas com seus possantes mecanismos que se sustentaram e sustentam regimes políticos despóticos e assassinos. Por isso acho que devemos tomar cuidado para não repetir insensatamente e sem conhecimento de causa falsidades com foros de “evidência”, tornando-nos assim “inocentes úteis” a serviço de interesses escusos dos que utilizam a fraude como método. Que nos valha esta advertência vinda desse longínquo ano de 1560! http://www.midiasemmascara.org/ 12 Ilha Capital Gaúchos no Grammy Latino O s álbuns dos grupos de música regional gaúcha Os Serranos e Tchê Guri foram indicados ao Grammy Latino, na categoria Best Native Brazilian Roots. A categoria de música de raiz foi criada especialmente para o Brasil e os outros indicados são o o violeiro caipira Mazinho Quevedo (SP), o cantor sertanejo Daniel e o híbrido Grupo Tradição (MS). A festa de entrega dos gramofones dourados será realizada no dia 5 de novembro, em Las Vegas (USA). As indicações são inéditas e constituem um marco no regionalismo gaúcho. Elas estão sendo consideradas pelas duas bandas como vitórias em si mesmas. O Tchê Guri vai a Las Vegas com seu elenco completo, que embarca no dia 3. O gaiteiro Édson Dutra vai sozinho, representando o cast dos Serranos, que já tinha compromissos agendados. Os indicados 40 Anos: Sempre Gaúchos, é o 26o disco de uma carreira de grandes sucessos, com três Discos de Ouro. Ele compõe primorosa seleção de 20 músicas de diversos autores, mesclando estandartes dos salões galponeiros e obras primas do cancioneiro dos pampas, gravadas ao vivo em superprodução no teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. Nas participações especiais, os Monarcas, Renato Borghetti, Sérgio Reis e Eduardo Araújo. É uma celebração das quatro décadas de estrada do conjunto que melhor representa as tradições campesinas. Os Serranos excursionam por todo o Brasil, já apresentaram-se em diversos países da América Latina e nos EUA. N www.ilhacap.com.br - Florianópolis, Outubro 2009 Pelos padrões cetegistas, o Tchê Guri não é considerado um grupo que faça música gaúcha de raiz. Mas isso pouco significa, nas circunstâncias, porque nem o Grupo Tradição e muito menos Daniel fazem música de raiz. A bem sucedida carreira do Tchê Guri tem, sim, origem nos CTGs, onde um público predominantemente jovem e cosmopolita consagrou seu regionalismo gaúcho pop/rock. O que levou a banda a ser muito requisitada por palcos mais ecléticos e menos fechados a inovações instrumentais e gestuais, que agora dominam sua movimentada agenda. O álbum A Festa, que concorre ao Grammy Latino é o 12o da carreira de já quase duas décadas do Tchê Guri. O Na sexta-feita, 16 de outubro, em Floripa, Paulo Simões (3o à esq.) foi ao encontro dos Serranos, cumprimentá-los pela indicação ao Grammy. Eles se preparavam para animar mais uma de suas bailantas lotadaças no Sixteen Club, na Vargem Pequena. Simões abraçou Daniel (centro), fez fotos e, convidado a assistir ao menos a abertura da festança, acabou ficando até às três da madruga em volta do palco, como um tiete. Torcida dupla multimídia Paulo Simões, diretor do Jornal Ilha Capital, está na torcida pelos Serranos e Tchê Guri. Ele torce, na verdade, por mais uma conquista para a música gaúcha. Antes de tornar-se jornalista e publicitário - formado pela Faculdade dos Meios de Comunicação Social (Famecos), da PUC/RS - o portoalegrense Simões foi músico por quase trinta anos, conhecido pelo nome artístico de “Marreco”. Contrabaixista e diretor musical do Grupo Quero-Quero por 12 anos (entre 1988 e 2000) tornou a banda conhecida do grande público e muito respeitada entre os músicos em geral, pela qualidade do repertório e dos arranjos instrumentais e vocais. A sensibilidade de Simões para descobrir talentos foi outra marca de sua atuação, e dois nomes destacam-se. Daniel Hack (Os Serranos): Aos 16 anos, o gaiteiro Daniel Hack era um diamante bruto. Em Montenegro, sua cidade natal, estudava muito e sonhava um dia integrar o elenco dos Serranos, ao lado de Édson Dutra, seu grande ídolo. Simões convenceu o garoto a mudar-se para Porto Alegre e entrar para o Quero-Quero, onde Daniel permaneceu por seis anos, gravan- do quatro discos consagrados. Entre eles Lá Vem o Rio Grande a Cavalo (Entrando no Bororé), música de Elton Saldanha que tornou-se uma espécie de segundo hino dos gaúchos. Em 1997 Hack entrou para os Serranos, onde atua desde então como acordeonista, vocalista, comunicador e arranjador. Cristiano Teixeira (Tchê Guri): Foi preciso ir à Canoas pedir autorização para os pais do baterista Cristiano Teixeira, para integrá-lo ao Grupo Quero-Quero. Cris, com apenas 14 anos, era um menino irriquieto, instrumentista intuitivo, e também tinha um sonho: queria ser um Tchê Guri! Ficou cinco anos sob a direção de Paulo Simões e gravou quatro discos com sucessos marcantes no Grupo Quero-Quero - dois deles com Daniel Hack. Até que o sonho de menino finalmente bateu à sua porta. Ele integra o elenco do Tchê Guri há quase dez anos. Cristiano fez questão de telefonar para Paulo Simões, para contar sobre a indicação da banda ao Grammy Latino. “Estou ligando para dividir contigo esta minha grande alegria”, disse Cris. Ele agradeceu pela dedicação do ex-colega na formação do profissional em que ele se tornou. Líder comunitária obtem grau 10 no TCC a sexta-feira, 2 de outubro foi realizada a apresentação do Trabalho de Conclusão do Curso de Direito (UFSC) da líder comunitária Ester Eloisa Addison, presidente da AMOCAPÉ - Associação dos Moradores de Cacupé. A monografia da aluna, orientada pelo professor Dr. Luís Carlos Cancelier de Olivo, versou sobre a construção doutrinária e jurisprudencial dos princípios que regem a Administração Pública. A linha de pesquisa de Addison utilizou-se do método dedutivo e da técnica que adota documentação indireta de fontes primárias e secundárias, para “identificar a aplicação dos princípios que regem a Administração Pública pelos tribunais superiores, tal como expressos no ordenamento jurídico brasileiro”. “Os princípios, que delineiam a atividade administrativa, são os mandamentos nucleares do sistema jurídico a que a Administração Pública se submete. Eles são o alicerce que serve de critério para a exata compreensão das normas, estando toda a Administração Pública submetida a um arcabouço normativo próprio, denominado regime jurídico-administrativo”, defendeu Ester. Nos três capítulos de sua monografia a graduanda analisou quarenta princípios, divididos entre constitucionais explícitos e implícitos, e infraconstitucionais. No primeiro capítulo, a aluna abordou o tema em relação ao conceito de Administração Pública, traçando uma breve distinção entre regras e princípios, analisando os limites da atividade discricionária do ente estatal, até a apreciação dos supraprincípios. No segundo, Addison abordou os princípios constitucionais explícitos e implícitos da Administração Pública, seus conceitos e sua construção doutrinária e jurisprudencial. E, no terceiro, tratou dos princípios infraconstitucionais que regem as três Foto: Paulo Simões Ester (de azul) comemorou a aprovação com nota 10, entre os colegas de turma que prestigiaram sua apresentação do Trabalho de Conclusão do Curso de Direito. principais modalidades de processo administrativo da Administração Pública: o regulamentado pela Lei nº 9.784/99, o processo administrativo fiscal, regido pelo Decreto nº 70235/72, e o procedimento de licitação regulamentado pela Lei nº 8666/93. A apresentação de Ester Eloisa Addison foi acompanhada por vários colegas de turma. Seu trabalho recebeu nota 10 da banca. A colação de grau da bacharel em Direito será no dia 19 de fevereiro. Ester também vai submeter-se à primeira fase do exame da OAB 2010. www.ilhacap.com.br Ilha Capital 13 - Florianópolis, Outubro 2009 Foto: Divulgação Produção por controle remoto Um sistema desenvolvido em Florianópolis, pelos docentes do SENAI/SC, permite comandar máquinas via internet ou celular, possibilitando acompanhamento por meio de imagens e o envio de comandos a distância Três mil visitam Casa do Imposto da CDL Jovem R ealizado nos dias 3 e 4 de outubro no shopping Iguatemi, o evento teve o objetivo de desvendar o peso da carga tributária nos preços ao consumidor. Quem entrava no shopping Iguatemi de Florianópolis pela garagem do piso G1 se surpreendia ao encontrar um ambiente decorado como se fosse o interior de uma casa, com direito a cozinha, sala e banheiro. A grande diferença é que ali tudo tinha uma etiqueta de preço. E não apenas isso: junto do valor final cobrado ao consumidor, os produtos e móveis traziam a informação sobre o quanto o governo arrecada de impostos a cada venda. Ao visitar a Casa do Imposto, muita gente se surpreendeu ao saber, por exemplo, que paga 45% de imposto sempre que compra uma garrafa d’água. Em sua segunda edição, o evento recebeu cerca de 3 mil pessoas. Organizada desde o ano passado pela CDL Jovem de Florianópolis, a Casa do Imposto acontece sempre no final de semana dedicado nacionalmente à promoção da consciência tributária, com o apoio da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje). “Nosso objetivo é despertar no consumidor um alerta para que ele saiba o peso que os impostos têm em cada produto que compramos”, diz Renan Stringhini, presidente da CDL Jovem. “Além disso, também queremos provocar uma certa indignação, que nos leve a questionar os governantes e exigir mais clareza sobre a aplicação na sociedade dos recursos arrecadados”. E indignação foi mesmo a sensação predominante entre as pessoas que passaram pela Casa. Ao observar atentamente uma etiqueta que mostrava os 38% de tributos que incidem sobre o preço de uma TV, o professor universitário Gustavo Hickins desabafou: “A gente paga muito e recebe pouco de volta. Isso tudo deveria voltar para a gente na forma de educação, saúde e segurança”. Acompanhado da namorada, o analista de sistemas Fernando Pinheiro disse ter ficado espantado ao conhecer a realidade dos impostos sobre o consumo no país. “Alguma noção da carga tributária nós tínhamos. Mas ficamos bastante impressionados ao saber que isso gira em torno de 50%, em média. Temos que saber o quanto estamos pagando para poder cobrar do governo depois”. Durante o evento, a evolução da arrecadação de impostos no país pode ser acompanhada on line pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (http://www.impostometro. com.br/). Junto da tela de TV LCD, uma etiqueta esclarecedora informava que o produto é vendido ao consumidor por R$2.299. Mas custaria apenas R$1.135,88 se não tivesse 49,45% de imposto embutido. Fonte: Palavra Comunicação P rofessores do SENAI/SC em Florianópolis criaram um sistema que permite o acesso remoto a equipamentos industriais, com a possibilidade acompanhar a situação da máquina e alterar seu funcionamento. Os comandos podem ser feitos por meio da Internet ou através de uma simples mensagem de celular. Esse será um dos projetos expostos na Mostra Inova SENAI, que será realizada em Joinville de 26 a 30 de outubro. Mesmo que esteja fora da fábrica ou laboratório, o operador pode acompanhar as imagens do funcionamento por meio de uma câmera conectada à Internet. No caso do protótipo, os pesquisadores conseguem acompanhar o processo de enchimento ou esvaziamento de uma bancada de nível. E, caso seja preciso, utilizam a Internet para ligar ou desligar a bancada e ainda verificar qualquer erro de funcionamento, com a possibilidade de reprogramar a máquina. O sistema é baseado no acesso remoto ao CLP (Controlador Lógico Programável, uma E espécie de computador industrial) de uma máquina. Segundo o professor Roberto Philippi Fullgraf, um dos responsáveis pelo projeto, o mesmo sistema pode ser utilizado em qualquer processo mecânico, hidráulico ou elétrico automatizado, com a possibilidade de ligar um motor ou abrir uma válvula, por exemplo. “Esses recursos hoje só existem em alguns sistemas importados, que são caros. Nossa intenção foi criar um mix de imagem e interação, que pode ser feita tanto pela Internet quanto pelo celular, quando o operador não estiver conectado”, explica Fullgraf. Como conta o professor, é comum que as empresas precisem de um supervisor de plantão na fábrica para acompanhar o funcionamento de uma máquina. Já com o recurso de acesso remoto, é possível reduzir ou centralizar esse tipo de serviço. O projeto de acesso remoto a equipamentos industriais, juntamente com outras 17 boas ideias, serão apresentados ao público na etapa estadual da Mostra Inova SENAI, realizada entre os dias 26 e 30 de outubro, em Joinville. A mostra incentiva o desenvolvimento da atitude inovadora de alunos e docentes e promove o intercâmbio técnico-científico com a comunidade industrial. Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC Faxina anual na Praça XV m iniciativa lançada em 2008, trabalhadores e empresários catarinenses vão unir-se novamente para limpar a Praça XV de Novembro, que abriga a famosa figueira centenária e é um dos principais cartões postais de Florianópolis. A promoção é do Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Serviços Terceirizados de Santa Catarina (Seac/SC) e faz parte de uma campanha organizada pela Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental (Febrac), com o título de 2ª Ação Nacional Febrac – Limpeza de Áreas Verdes. Segundo José Pereira dos Anjos, presidente do Seac/SC, a ideia é ampliar o sucesso do ano passado, quando cerca de cem voluntários participaram dos trabalhos. As empresas disponibilizam maquinário, produtos e demais materiais necessários para as atividades. Todo o lixo coletado é separado e doado a entidades de reciclagem da cidade. Em 2009 a faxina da praça será realizada no dia 7 de novembro, a partir das 7 horas da manhã, e deixará a praça mais agradável para receber moradores e turistas nas festas de fim-de-ano e na temporada de verão. A iniciativa da Febrac é realizada simultaneamente em todas as capitais do país. “Nossa proposta é dar continuidade à ação realizada no ano passado e revigorar um dos mais importantes pontos turísticos e históricos de Florianópolis, que é a Praça XV”, afirma Laércio Oliveira, presidente da Febrac. 14 Ilha Capital “O Bolsa-Família é apenas o maior programa de compra de votos do mundo. E eu acrescento que é a felicidade geral da nação: os ricos sempre gostaram de voto comprado e os pobres sempre gostaram de voto vendido.” Percival Puggina Conexão Desterro Vai saber... “Por que o jornal que lidera campanha contra o crack não denuncia o Foro de São Paulo como organização política que controla as FARC, pelas quais chega (ao Brasil) a cocaína com que é feito o crack?” Questionamento feito por Carlos Reis no artigo RBS, Globo, Folha, Estadão: apologia do caudilhismo comunista. Leia tudo em http://www.midiasemmascara.com.br/ Posto salvavidas no Moçamba Sai ano, entra ano e o problema permanece: a praia do Moçambique sem salvavidas. Tenham dó! Antes tinha pelo menos uma guarita rústica, mas até ela foi pro saco: desmanchou-se por falta de manutenção. Quando denunciamos que já houve morte por afogamento não computada nas “estatísticas oficiais”, teve gente que não gostou... Nomadismo pra otário ver Eu também sou muito romântica. Acho que cigano é lindo! Minha madrinha de crisma, Tereza, é cigana, de trança lateral e tudo. Mas onde está escrito que os locais de acampamento cigano tem que ser “de grátis”? Se os nômades desrespeitam tradições e leis do local aonde se achegam, não é nomadismo: é uma invasão bárbara. No Brasil todos tem que respeitar o direito de propriedade. Inclusive os ciganos: alugando terrenos para acampar. Tradição de nomadismo de graça na Ponta do Coral? A gente não somos otário, né manos? Com o CU à mostra! Com a oficialização do Cadastro Único, todo cidadão digno finalmente vai ser obrigado a mostrar o CU para as autoridades. É isso aí, gente: brasileiro que se preze tem que andar com o CU à mão, e mostrá-lo até para o polícia, ao ser parado na blitz. Vai ser só alegria do povão! O golpe dos macacos “... sei lá, dois períodos dessa turma no poder, e os macacos darão um golpe de estado do Brasil.” Reinaldo, sobre os petralhas que nos governam. A situação é grave Procuradora Federal revela que serão abertos processos por tentativa de desestabilização do governo eleito segundo a Constituição, contra membros dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada que fizerem marchas e protestos nas ruas. Segundo a procuradora, a medida é para que as pessoas que tem atitudes hostis contra os poderes constituídos saibam das consequências de seus atos. Para ela, “estas condutas se encaixam perfeitamente no delito de desobediência civil, cujas penas são de 12 a 24 anos de prisão”. (...) www.ilhacap.com.br - Florianópolis, Outubro 2009 Helôoo... Floripamanhã, ACIF, CDL, FIESC etc e tal: O grupo de militantes e guerrilheiros pseudocomunitários, comandados pelas “autoridade” aquelas, com seu séquito de inocentes úteis de diversas regiões da cidade, agora tomaram de assalto a SDS - Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável. O objetivo, como sempre, é instalar um aparelho partidário em instância de decisão sobre o nosso futuro, para usar no seu oposicionismo eleiçoeiro. No caso, no Sistema Estadual de Recursos Hídricos de Santa Catarina. Os mansos da SDS já abençoaram uma “comissão” e até já criaram no site do órgão um portal para a tal Comissão PróComitê de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Ilha de SC. Acordem, acordem, acordem, pô! Voto por voto Os sindicalistas que comandam os servidores estaduais da Saúde rejeitaram a proposta do governo de reajuste salarial progressivo de 16,76 % e anunciaram greve da categoria a partir de 3 de novembro. O deputado sargento Amauri Soares (PDT) participou da reunião portando o adesivo do Sindicato e pronunciou-se em defesa da categoria. Ficamos combinados - né, mô pombos? - de entrar com tudo no jogo deles, de voto como moeda de troca: os grevistas da Saúde votam no deputado adesista e nós, que vamos sofrer na pele os prejuízos da paralisação do serviço público de primeira necessidade, não votamos nele. A “grande imprensa” “Falarei aqui de uma imprensa - a chamada “grande imprensa” - que vive sob patrulha e que passou a ter medo de pensar. Se preciso, ela vai contra os fatos para que não seja considerada “conservadora”, “reacionária” e “golpista”.” O incansável Reinaldo, em post de 24/09 Imperdível! Não deixe de conhecer o blog Contra a Racialização do Brasil - http://noracebr.blogspot.com/. O sociólogo Demértio Magnolli dá um caldo no antropólogo Kabengele Munanga, da USP. Meu avô era negro e o meu cabelo não nega. Mas nem menciono muito isso, pra não pensarem que quero alguma cota de privilégio. Ao contrário, ando é muito constrangida com o surto de vitimismo da raça. Só alegria! Tirei uns dias de folga em Porto Alegre. Visitei o túmulo de meus pais no dia do niver da minha mãe. Levei minha neta no cinema no Dia da Criança. De noite, no escurinho, tive uma longa conversa com Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e madrinha do meu nome. Maria Aparecida Nery [email protected] A invasão continua No Santinho, moradores antigos que estão gastando uma grana preta para defender-se nos processos em que a Floram pede a desocupação de áreas protegidas, estão denunciando que novas ocupações surgem a cada dia dunas adentro, na direção do Capivari de Baixo, isto é: alguém continua comprando de quem continua vendendo área de preservação ambiental naquele balneário. As obras estão lá e é bem fácil constatar o seu tempo de existência. E a fiscalização municipal? E a Polícia Ambiental? E o MPF? E a PF? Pois é Igualzinho como na favela do Siri. Outro dia encontrei uma conhecida de lá que me disse que as denúncias dão em nada. Então tá. Plano Diretor pra quê? Quem será? “Tramita em segredo de Justiça, em Brasília, uma causa trabalhista que vai dar o que falar, em 2010.” Copeiro, servidor público de carreira, denunciou uma chefia por autoritarismo, xingamentos e uma rotina de surtos de fúria: até um bule de café quente ela atirou no cara. O caso está sendo abafado pela cúpula petista, que tenta um acordo com a vítima da agressora que já tem complicada biografia. Parece que o copeiro não pensa em aliviar a barra da poderosa autoridade, conhecida por destratar os outros e tratar os subalternos como “criados”. Aliás: já tem mais gente afiando a língua para abrir o bico com outras histórias da personagem raivosa. “Imagine esta mulher presidente, o que não vai fazer!!!”, diz a nota original, no Ucho.info. Ato falho: País Partido Post no blog do Reinaldo Azevedo: “LULA SUBSTITUI O “PAÍS” PELO “PARTIDO” - sexta-feira, 25 de setembro de 2009 | 20:57 - Acabo de ver no Jornal Nacional. Os EUA e a Europa denunciaram a existência de instalações nucleares secretas no Irã. Lula, que vive agarrado a Ahmadinejad, concedeu uma entrevista coletiva e voltou a defender o país dos aiatolás. Ao se referir ao papel do Brasil nessa história e asseverar a sua seriedade, afirmou: “Nós somos o único PARTIDO do mundo que pode etc, etc, etc”. PARTIDO? Ato falho! Lula queria dizer “país”. Mas Lula está certo. De fato, o PARTIDO tomou o lugar do PAÍS. Com efeito, ele age pensando no PARTIDO, não no PAÍS.” Depois não se queixem Quem não se interessar pelo projeto do Conselho de Segurança, de monitoramento por câmeras nos Ingleses (vide nota na pág. 3), depois não se queixe. Ficar só em casa, venda novela, só esperando pelos outros... Clichês do Socialismo Não deixe de ler a Série de Clichês do Socialismo do Instituto Liberal, em www. institutoliberal.org.br/series.asp Veja lá, entre outros temas: “O governo deve fazer pelas pessoas o que as pessoas são incapazes de fazer por elas mesmas”, “Temos que acabar com o poder econômico”, “De cada um de acordo com sua capacidade, a cada um de acordo com sua necessidade”, “Todo empregado tem direito a um salário justo”, “É obrigação do governo”, e por aí vai. A mentira na imprensa “Quem disse que a governadora Yeda foi rejeitada por 84 % da população gaúcha? Ela foi rejeitada por 84% das pessoas que participaram da consulta realizada pelo Ceprs (Sindicato dos Professores, filiado à CUT), na qual somente 86.000 votaram, ou seja, apenas 1% do eleitorado gaúcho participou desta consulta. Estatísticas são igual a biquini: mostram quase tudo menos o essencial, em números puros só trouxa acredita. A grande maioria gaúcha aprova o governo, mas não possui um orgão da “midia” à sua disposição para noticiar as boas realizações da governadora.” Coment do leitor Anfre Kossa, no blog do Reinaldo Azevedo. Custos “Os custos do fumante para o sistema público de saúde: Como eu já havia alertado, segue uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine, mostrando que os custos dos fumantes pararem de fumar AUMENTAM os gastos públicos com saúde. Aqui (link) segue outro artigo questionando o resultado anterior. Aqui (link) um estudo que mostra que obesidade é um problema muito mais sério que fumo. E aí, devemos proibir as pessoas de comerem bacon também? Se alguém quiser o livro de introdução a economia que lida de maneira mais fácil com esse assunto basta me enviar um email: [email protected]”. No blog do Adolfo Sachsida, dedicado à liberdade: bdadolfo.blogspot.com/ Modesto Azevedo Muita gente querendo saber como ficou o caso do atentado contra o ex-presidente da UFECO. Eu confio na nossa Polícia, que tem um dos mais elevados índices de solução de crimes no país. No geral, quando estão muito quietos, é porque estão trabalhando mesmo, diferente de muitos outros setores públicos. É assim: às vezes até pensamos que o caso foi esquecido, está morto e enterrado e... BUUUUM! A polícia aparece com o crime esclarecido e os criminosos presos. Vamos aguardar. Paulo Simões [email protected] Foto: Rosana Cacciatore Ilha Capital 15 - Florianópolis, Outubro 2009 A escritora Rosa De Souza, do Rio Vermelho, participou do sarau ao ar livre Poesia até Você, promovido pela Associação Literária Florianopolitana (Aliflor). O evento foi realizado na tarde de terça, 6 de outubro, na esquina da Felipe Schmidt com a Trajano. O tema foi Criança, Amor e Paz. Foto: Divulgação Foto: Paulo Simões www.ilhacap.com.br À beira da Lagoa, o quero-quero observa o desespero do caranguejo almoçado pela gaivota. A sentinela do pampa não arredou pé, à espera de uma migalha que fosse. Mas a gaivota não deu chance. Foto: Divulgação O elenco da Orquestra Catarinense de Cordas, do Projeto Planeta Música, um dos 16 projetos contemplados em todo Brasil pelo Programa de Democratização Cultural da Votorantin. Eles levam música erudita às escolas da capital, contribuindo “para o equilíbrio do descompasso na cadeia cultural” do país. Exemplo inestimável para corrigir a mentalidade de que só se salvam criancinhas das ruas com projetos sociais de reforço das preferências já consagradas pela mídia mediocrizante. Estão certos eles. Enquanto uns fazem de conta, outros fazem o que tem que ser feito. Foto: Divulgação A EP.I. Escola da Praia dos Ingleses, realizou concorrida gincana envolvendo suas turmas dos cursos Regular e Supletivo e as equipes pedagógica e administrativa, em bem sucedida integração com a comunidade do Norte da Ilha. O evento, realizado de 13 a 15 de outubro, teve como tema o meio ambiente, focado no Projeto SOS Rio Capivari. A gincana teve participação especial de dois membros do projeto no júri: Alfredo Koerich e Lilia Romera Fulco. Uma das provas foi a confecção dos bonecos que serão utilizados em campanhas de conscientização sobre o tema. Na foto, a equipe vencedora, formada por alunos do 2º Regular. Ano que vem tem mais! A Sociedade Esportiva Aliança (Rio Vermelho), comemorou o Dia da Criança com futebol, boi de mamão, palhaço, música e dança. Tinha cachorro-quente, refrigerante e guloseimas diversas ao alcance da mão, num lindo dia de sol que ajudou a lotar a sede campestre, onde a alegria barulhenta foi a trilha sonora da festança. Foto: Divulgação O Centro de Triagem de Animais Silvestres da Polícia Militar Ambiental promoveu mais uma operação bimensal de soltura de pássaros apreendidos de gaioleiros. Antes de recuperar a liberdade, a bicharada passa por um período de “spa”, para perder gorduras acumuladas durante o período de cativeiro, fortalecer a musculatura e reacostumar-se com as condições climáticas na natureza, principalmente com a chuva, da qual geralmente ficam privados no ambiente doméstico. Na tarde de 21 de outubro 122 sabiás, tangarás, trinca-ferros, saíras e gaturamos foram soltos. Um sabiá laranjeira e dois trinca-ferros não se animaram a deixar a gaiola, nem com o estímulo delicado das mãos hábeis do sargento Marcelo Duarte, que levou-os de volta para o centro de triagem, para novo período de adaptação. Jornal Ilha Capital O nanico que incomoda Ano VI - Número 61 - Florianópolis, Outubro de 2009 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Rosa canina Tiragem desta edição: 8.000 (oito mil exemplares) Florianópolis, 23 de Outubro de 2009 Junior Zaguini Comercial Gráfico / Diário Catarinense www.ilhacap.com.br Fotos: Paulo Simões Maria Aparecida Nery A dorável temperamental é uma boa descrição para a rosa canina, que pode ter um desenvolvimento inicial lento. Mas na terceira primavera nossa mudinha de um palmo, que veio de Porto Alegre, já se tornara um vistoso arbusto de uns três metros de altura, emaranhado de talos espinhentos que se retorcem e contorcem, para entrelaçarem-se conforme crescem e sobem apoiados em uma parede. E como sobem! Até a cerejeira surpreendeu-nos com uma inusitada floração nos galhos mais altos! Também conhecida como rosa silvestre, mosqueta, dog rose, hunds-rose (alemão), églantine (francês), produz uma florada branca - ou cor-de-rosa -, perfumada. As flores simples, de cinco pétalas, surgem entre setembro e novembro, de botões mimosos e elegantes. Após a despetalação, amadurecem frutos vermelhos, carnudos, muito apreciados pelos passarinhos. Rica em vitamina C, com virtudes fortificantes, adstringentes e diuréticas, a rosa canina é muito utilizada como erva medicinal. Por causa dos espinhos implacáveis, lembrando pontiagudos dentes caninos, é excelente como cerca viva de contenção de animais. E de gente indesejável também: há relatos de inadvertidos que tentaram ultrapassá-la para atentar contra o patrimônio alheio, e precisaram de muita ajuda para livrar-se de seus longos tentáculos espinhentos, que agarram-se às roupas e podem rasgar dolorosamente a sensível pele humana. Por esta oferta de segurança contra estranhos, a passarada adora fazer ninho em seus emaranhados, mesmo nos pontos mais próximos do solo: nenhum predador, por menos esperto que seja, encara o túnel de arame farpado da rosa canina para assaltar as ninhadas. Mesmo famintos casca-grossa em busca de ovinhos suculentos, como os lagartos teiús.