Vozes de Apoio - Comunidade Bahá`í do Brasil
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Vozes de Apoio - Comunidade Bahá`í do Brasil
Vozes de Apoio Durante os mais de dois anos em que os sete líderes bahá'ís se encontram presos, vozes de apoio têm sido ouvidas por todo o mundo em sua defesa, exigindo sua libertação -- desde figuras políticas até especialistas jurídicos e defensores de direitos humanos, desde acadêmicos até reconhecidos escritores e artistas. Aqui você encontra uma pequena seleção de algumas destas declarações: Apelamos ao governo iraniano para que garanta a segurança desses indivíduos e lhes conceda libertação imediata e incondicional. Iniciativa de Mulheres Nobel – Mairead Corrigan Maguire, Shirin Ebadi, Wangari Muta Maathai, Rigoberta Menchu Tum, Betty Williams, Jody Williams (30 de junho de 2008) ... Gostaria também de protestar contra o fato de lideranças bahá’i serem condenadas a 20 anos de prisão no Irã, sem provas concretas. A nossa solidariedade ao povo iraniano bahá’i, que luta pela sua liberdade. Pedro Wilson, Deputado Federal do Brasil, membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (17 de agosto de 2010) O Canadá ... insta o governo iraniano a respeitar os direitos da comunidade bahá’í do país e ponha fim à perseguição, discriminação e detenção de seus membros. Tomamos conhecimento de que o julgamento dos sete líderes da comunidade bahá’í deveria acontecer hoje, e apelamos ao regime iraniano que assegure que o devido processo legal seja respeitado. Stephen Harper, Primeiro Ministro do Canadá (12 de junho de 2010) Se a justiça for feita e um juiz imparcial investigar as acusações dirigidas aos meus clientes, não se poderá chegar a nenhum outro veredito senão a de absolvição ... Eu li o dossiê e felizmente, ou infelizmente, não encontrei nele nenhuma causa ou evidência que sustente as acusações criminais levantadas pelo promotor... Shirin Ebadi, Advogada da área dos direitos humanos (12 de janeiro de 2010) Hoje, os bahá’ís do Irã enfrentam um futuro incerto e perigoso. Devemos conclamar o governo iraniano para que conceda aos líderes da comunidade bahá’í um julgamento imparcial e permita o acesso a observadores independentes para garantir que isso aconteça. Devemos também exigir que o Irã cumpra suas obrigações internacionais de proteger todos os seus cidadãos e lhes permita manter e praticar suas crenças religiosas sem discriminação ou temor. Cherie Blair, Advogada da área dos direitos humanos (9 de julho de 2009) Estes cidadãos do Irã são inocentes da acusações nas quais foram enquadrados. Eles são obedientes à lei, leais ao seu governo e trabalham para a melhora da sociedade. O governo do Irã deve libertá-los imediatamente, no mínimo, julgá-los com imparcialidade. Este é um dos direitos básicos de todo homem e mulher neste planeta. Negar um julgamento imparcial aos detidos será uma afronta à própria noção de direitos fundamentais. 32 cidadão indianos proeminentes incluindo representantes de agências judiciárias e oficiais, líderes religiosos, artistas, acadêmicos, líderes comerciais e representantes da sociedade civil (fevereiro de 2009) O judiciário iraniano repetidamente falhou em suas tentativas de diminuir as preocupações internacionais e domésticas pelo fato de estes sete homens e mulheres serem culpados de qualquer coisa que não seja a prática de sua fé. Está claro que desde a detenção até a sentença, as autoridades iranianas não seguiram nem mesmo seu próprio devido processo legal, quanto mais os padrões internacionais com os quais o Irã está comprometido. William Hague, Secretário de relações exteriores do Reino Unido (11 de agosto 2010) ...estou aqui como um iraniano contrito e resoluto, envergonhado por aquilo que considero o ignominioso passado do Irã em nosso tratamento aos nossos cidadãos bahá’ís, e resoluto em minha determinação em dizer Nunca Mais, E Nunca Mais... Hoje, sete dos líderes daquela comunidade estão para ser julgados por “Espalhar corrupção sobre a Terra” e por serem “agentes do sionismo”, acusações abomináveis que podem levar à sentença de morte... Mas, nem tudo é melancolia e desgraça. A despeito dos esforços concentrados do regime para envenenar as mentes do povo iraniano sobre a Fé Bahá’í, a despeito de seu monopólio sobre a mídia, há uma nova consciência agitando-se entre milhões de iranianos, dezenas de intelectuais, e até mesmo um punhado de clérigos xiitas de que o tratamento aos bahá’ís tem sido uma parte vergonhosa do nosso passado. Mais e mais pessoas estão convencidas de que os bahá’ís, assim como qualquer outro cidadão iraniano, têm o direito inalienável de praticar sua fé, e que como cidadãos do Irã eles merecem todos os direitos destinados a qualquer cidadão, de qualquer fé. Professor Abbas Milani, Universidade de Stanford (15 de agosto de 2009) Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a contínua perseguição do governo iraniano aos bahá’ís e outras minorias religiosas no Irã ... A liberdade de religião é direito inato de pessoas de todas as crenças em todos os lugares. Os Estados Unidos estão comprometidos com a defesa da liberdade religiosa em todo o mundo, e não nos esquecemos da comunidade bahá’í do Irã. Continuaremos a falar contra a injustiça e a exigir que o governo iraniano respeite os direitos fundamentais de todos os seus cidadãos, de acordo com seus compromissos internacionais. Hilary Clinton, Secretária de Estado dos Estados Unidos (12 de agosto de 2010) Como advogados sênior da Suprema Corte da Índia, e como presidentes da Ordem dos Advogados da Índia e a Associação de Advogados Unidos (respectivamente), e profundamente comprometidos com os direitos humanos de todas as pessoas, estamos extremamente preocupados porque até a presente data, duas semanas após sua detenção, seu paradeiro continua desconhecido. Nenhum dos detidos teve acesso a seus advogados, seus familiares não tiveram qualquer contato com eles e não houve qualquer indicação de que alguma acusação tenha sido apresentada contra eles... Nosso pedido enérgico é ... que estes direitos básicos sejam assegurados pelo governo do Irã. Advogados sênior da Índia - Fali S. Naraman, Soli J. Sorabjee (3 de junho de 2008) Duas “prisioneiras de consciência” que conheci na Prisão de Evin são Mahvash Sabet e Fariba Kamalabadi. As mulheres, juntamente com seus colegas, são líderes do maior grupo de minoria religiosa do Irã, a comunidade Bahá’í... Espera-se que Mahvash, Fariba e seus cinco colegas do sexo masculino sejam julgados na 28ª. Vara da Corte Revolucionária de Teerã. Foi lá que em abril eu fui sentenciada a 8 anos de prisão com a falsa acusação de espionagem. Fui extremamente afortunada porque meu caso obteve crescente atenção internacional, o que contribuiu para que eu fosse libertada. O caso bahá’í igualmente requer este tipo de atenção. O governo dos Estados Unidos e a comunidade internacional podem aumentar seus esforços ao mais alto nível para dar visibilidade a esse caso e pressionar as autoridades iranianas a suspenderem as acusações contra os bahá’ís, bem como outros prisioneiros de consciência, e os libertarem imediatamente. Roxana Saberi, jornalista (8 de julho de 2009) Os esforços do governo [iraniano] para identificar e monitorar indivíduos membros da comunidade bahá’í do Irã são um componente particularmente preocupante da estratégia para eliminar a comunidade bahá’í do Irã como uma entidade viável. No passado, esforços agressivos para identificar membros de grupos minoritários foram os precursores de uma violência deliberada e premeditada em forma de extermínio étnico e, em última análise, de genocídio. Tenente General Romeo Dallaire, Senador Canadense, ex-Comandante da Força de Paz da ONU em Ruanda 1993-1994 (16 de junho de 2010) As sentenças contra os representantes da Fé Bahá’í são um sinal chocante e uma imensa decepção para todos aqueles que tiveram esperança de uma melhoria da situação dos direitos humanos no Irã. Temos fortes dúvidas sobre a imparcialidade e a transparência dos procedimentos judiciais e eu deploro isso profundamente. Jerzy Buzek, Presidente do Parlamento Europeu (11 de abril de 2010) Todas as nossa atenções ... estão voltadas para o destino dos sete líderes bahá’ís à espera de julgamento no Irã. Já expressamos nossas preocupações ao governo iraniano e insisti com as autoridades para que assegurem que estes indivíduos tenham um julgamento imparcial; e pedi para que ponham um fim a essa discriminação contra toda a comunidade bahá’í no Irã. Gordon Brown Primeiro Ministro do Reino Unido (22 de abril de 2009) A República Islâmica do Irã ratificou os principais instrumentos internacionais de Direitos Humanos, tais como o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP). Por isso tem a obrigação legal de preservar os direitos básicos desses prisioneiros... Mais uma vez reiteramos que a segurança e o bem-estar desses sete prisioneiros são responsabilidade do Estado e que qualquer mal que eles possam sofrer implica em grave violação de seus direitos. Associação de Advogados das Minorias de Bangladesh (18 de junho de 2008) Trata-se de um ultrajante fracasso da justiça e mais um exemplo de como o regime iraniano é um grave violador de direitos humanos e da liberdade religiosa. As condenações são pura e simplesmente atos políticos religiosamente motivados, e a Comissão exige a liberdade incondicional desses sete indivíduos.” Leonard Leo Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa Internacional (11 de agosto de 2010) Como acadêmicos irano-canadenses, escrevemos para expressar nossa preocupação pela detenção de líderes da comunidade bahá’í iraniana há duas semanas. Embora nós mesmos não sejamos membros dessa comunidade religiosa específica, como iranianos achamos inaceitável que o regime do Irã não tenha sequer comunicado o paradeiro dos prisioneiros nem revelado as acusações formais pelas quais eles estão sendo mantidos presos...; Sentimos que a comunidade internacional, especialmente por meio dos escritórios das Nações Unidas, deve fazer tudo o que puder para pressionar as autoridades do governo iraniano a estabelecerem proteção de direitos humanos para a segurança e liberdade de todo o povo iraniano. Acadêmicos irano-canadenses - Professor Amir Hassanpour, Professor Haideh Moghissi, Professor Shahrzad Mojab, Professor Saeed Rahnema, Professor Mohamad Tavakoli-Targhi (2 de junho de 2008) Este veredito é uma infeliz e condenável manifestação da discriminação profundamente enraizada contra os bahá’ís pelas autoridades iranianas. Hassiba Hadj Sahraoui, diretor adjunto da Anistia Internacional para Oriente Médio e Norte da África (10 de agosto de 2010) A acusação do Irã de que esses sete líderes eram espiões de Israel é evidentemente absurda e tão enganosa quanto a mentalidade que permite a um estado adotar a negação do Holocausto como uma questão política. Ela reflete a disposição de ignorar a realidade em favor de um julgamento de fachada que se assemelha aos julgamentos da Rússia stalinista. E ao não permitir acesso das vítimas a advogados, o Irã demonstrou mais uma vez que os conceitos mais básicos de direitos humanos são irrelevantes para sua liderança. Enquanto o Irã desconsiderar estes direitos humanos e legais mais básicos, enquanto negar aos seus próprios cidadãos ou países estrangeiros o direitos de existirem em paz, sua participação na comunidade das nações deve ser seriamente questionada. Mark Weitzman, Diretor de Força Tarefa do Centro Simon Wiesenthal Contra o Ódio (19 de fevereiro de 2009) É dever ético e humanitário dos livres pensadores de mente aberta, democratas, defensores da liberdade e ativistas de direitos humanos defender e esforçar-se por restabelecer os direitos perdidos dos bahá’ís. De modo semelhante, é sua responsabilidade promover os direitos de todos os demais residentes no Irã, independente de sua religião, convicções e pontos de vista políticos e sociais. O alicerce da democracia e da liberdade é baseado na igualdade dos seres humanos, ou seja, os direitos humanos inatos e naturais de qualquer iraniano residente em qualquer parte geográfica do país é igual ao de qualquer outro iraniano... Silêncio e indiferença não resolverão problemas; ao contrário, aumentarão os problemas e abrirão caminho para mais transgressões de direitos civis dos nossos conterrâneos bahá’ís. Hojjatoleslam Hasan Yousefi Eshkevari, clérigo iraniano, pesquisador e jornalista (14 de agosto de 2009) A perseguição à comunidade Bahá’í do Irã é intolerável e profundamente perturbadora. Lawrence Cannon, Ministro de Relações Exteriores do Canadá (10 de agosto de 2010) O destino dos bahá’ís iranianos não é somente uma questão de seus direitos civis fundamentais no contexto de qualquer república, seja islâmica ou não. É a própria pedra fundamental da cidadania democrática, sem a qual a proteção constitucional é negada mesmo à maioria muçulmana. Observemos cuidadosamente o destino dos bahá’ís iranianos. No dia em que eles tiverem a liberdade de praticar sua religião sem temor, os iranianos, como um todo, finalmente terão assegurado seus direitos civis. Professor Hamid Dabashi, Universidade de Columbia, Nova Iorque (16 de setembro de 2009) A detenção ilegal e injusta desses sete líderes bahá’ís, que novamente mostra uma política de opressão a minorias religiosas, deve acabar. O grupo está tendo negados seus direitos civis básicos, sem permissão de se reunir com seus advogados, e sem ser acusado formalmente de qualquer crime. A contínua perseguição à comunidade bahá’í do Irã degrada todo o povo do Irã. A detenção arbitrária e a vitimação dos membros de qualquer comunidade em particular não deve ser tolerada em qualquer país, incluindo o Irã. Aaron Rhodes, Campanha Internacional por Direitos Humanos no Irã (14 de maio de 2009) Como artistas que se esforçam para elevar o espírito humano e enriquecer a sociedade através do nosso trabalho, registramos nossa solidariedade para com todos aqueles que no Irã estão sendo perseguidos por promoverem o melhor desenvolvimento da sociedade — seja através das artes e da mídia, da promoção da educação, do desenvolvimento social e econômico, ou pela adesão a princípios morais. Ademais, juntamo-nos aos governos, organizações de direitos humanos e pessoas de boa vontade em todo o mundo que já levantaram suas vozes exigindo um julgamento imparcial, se não a completa libertação dos líderes bahá’ís do Irã.. Principais comediantes Reino Unido - David Baddiel, Bill Bailey, Morwenna Banks, Sanjeev Bhasker, Jo Brand, Russell Brand, Rob Brydon, Jimmy Carr, Jack Dee, Omid Djalili, Sean Lock, Lee Mack, Alexei Sayle, Meera Syal, Mark Thomas (26 de fevereiro de 2009) Portanto, fica resolvido que esta Câmara condena a contínua perseguição à minoria bahá’í do Irã e conclama o governo do Irã a reconsiderar suas acusações contra os membros dos Amigos do Irã, e que os liberte imediatamente, ou que proceda ao julgamento sem mais demora, assegurando que os procedimentos sejam abertos e imparciais e conduzidos na presença de observadores internacionais. Subcomitê Parlamentar de Direitos Humanos do Canadá (24 de fevereiro de 2009) Para acessar o conteúdo em inglês, clique aqui
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