diagnóstico energético da fazenda água limpa da unb
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diagnóstico energético da fazenda água limpa da unb
Universidade de Brasília Faculdade de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO DA FAZENDA ÁGUA LIMPA DA UNB Por Mateus Pádua Lopes Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio de Oliveira Brasília/DF, Dezembro de 2007 AGRADECIMENTOS Existem pessoas que de alguma forma, em algum momento, ou em vários momentos, são determinantes nas escolhas que fazemos e que fazem a vida ser como é. Agradeço à minha família por, independentemente de minhas escolhas, sempre me apoiar. A Deus e a meus pais Reinaldo, exemplo de retidão de caráter, e Dóris, a melhor mãe do mundo, pela oportunidade da vida e por deixá-la mais significante. Aos meus irmãos Reynaldo, sempre próximo para ajudar, Daniella, boa filósofa e Gustavo, bom companheiro, por terem acreditado em mim e deixado tudo mais leve. Aos meus avós Divino e Lourdinha pelo carinho e dedicação e à vovó Martha pela eternidade de seus ensinamentos. À minha família, tios, tias, primos, primas, amigos e todos aqueles que tornaram este momento realizável, que foram fontes de energia desde o projeto até o fim de mais esse ciclo. Com a força de vocês foi mais fácil completar o circuito e vencer as resistências. Ao professor orientador Dr. Marco Aurélio de Oliveira pela paciência, dedicação e respeito. À Engenheira Lilian Silva de Oliveira pela paciência, cordialidade e colaboração neste projeto. A todos os funcionários e técnicos da Fazenda Água Limpa e ao pessoal da prefeitura do Campus da UnB pelo respeito e colaboração. ii ÍNDICE LISTA DE TABELAS ..........................................................................................................ix LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS.....................................................................xi RESUMO .............................................................................................................................xii 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1 2 USO RACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................. 3 2.1 ENERGIA ................................................................................................................ 3 2.2 ENERGIA ELÉTRICA............................................................................................ 4 2.3 ENERGIA E MEIO AMBIENTE............................................................................ 4 2.4 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ................................................................................. 6 2.5 CONCEITOS DE ELETRICIDADE....................................................................... 7 2.5.1 CARGA INSTALADA .................................................................................... 7 2.5.2 CONCESSIONÁRIA OU PERMISSIONÁRIA.............................................. 7 2.5.3 CONSUMIDOR ............................................................................................... 7 2.5.4 CONTRATO DE ADESÃO............................................................................. 7 2.5.5 CONTRATO DE FORNECIMENTO.............................................................. 8 2.5.6 DEMANDA...................................................................................................... 8 2.5.7 DEMANDA CONTRATADA ......................................................................... 8 2.5.8 DEMANDA DE ULTRAPASSAGEM............................................................ 8 2.5.9 DEMANDA FATURADA ............................................................................... 8 2.5.10 DEMANDA MEDIDA..................................................................................... 8 2.5.11 ENERGIA ELÉTRICA ATIVA....................................................................... 9 2.5.12 ENERGIA ELÉTRICA REATIVA.................................................................. 9 2.5.13 ESTRUTURA TARIFÁRIA ............................................................................ 9 2.5.14 ESTRUTURA TARIFÁRIA CONVENCIONAL ........................................... 9 2.5.15 FATOR DE CARGA........................................................................................ 9 2.5.16 FATOR DE DEMANDA ............................................................................... 10 2.5.17 FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................... 10 2.5.18 GRUPO “A” ................................................................................................... 10 iii 2.5.19 GRUPO “B” ................................................................................................... 11 2.5.20 POTÊNCIA .................................................................................................... 11 2.5.21 POTÊNCIA DISPONIBILIZADA................................................................. 11 2.5.22 TARIFA.......................................................................................................... 12 2.5.23 TARIFA DE ULTRAPASSAGEM................................................................ 12 2.5.24 TENSÃO SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO .......................................... 12 2.5.25 TENSÃO PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO ................................................ 12 2.5.26 UNIDADE CONSUMIDORA ....................................................................... 13 2.5.27 VALOR LÍQUIDO DA FATURA ................................................................. 13 2.6 FATOR DE POTÊNCIA ....................................................................................... 13 2.7 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA.......................................................... 14 2.8 CURVA DE CARGA DO SISTEMA ................................................................... 14 2.9 DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO .......................................................................... 15 2.10 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 16 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................... 17 3.1 FAZENDA ÁGUA LIMPA (FAL)........................................................................ 17 3.2 IDENTIFICAÇÃO DA REDE ELÉTRICA DA FAL........................................... 21 3.3 IDENTIFICAÇÃO DE CABOS............................................................................ 22 3.4 LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DOS TRANSFORMADORES INSTALADOS ................................................................................................................. 22 3.5 ANÁLISE DO HISTÓRICO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DA FAZENDA ÁGUA LIMPA ............................................................................................. 22 3.6 LEVANTAMENTO DE CARGAS DA FAL........................................................ 23 3.7 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DO INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTOS MAIS EFICIENTES......................................................................... 25 4 3.8 ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ........................................ 25 3.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 25 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 26 4.1 IDENTIFICAÇÃO DA REDE ELÉTRICA .......................................................... 26 4.2 LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DOS TRANSFORMADORES INSTALADOS ................................................................................................................. 34 iv 4.3 HISTÓRIO DO CONSUMO DA ENERGIA ELÉTRICA DA FAZENDA ÁGUA LIMPA.............................................................................................................................. 35 4.3.1 ANÁLISE DA DEMANDA E DO CONSUMO REGISTRADOS ............... 35 4.3.2 ANÁLISE DO FATOR DE POTÊNCIA E OUTROS ASPECTOS DAS FATURAS.................................................................................................................... 39 4.4 LEVANTAMENTO DE CARGAS....................................................................... 43 4.4.1 COMPOSIÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA E DO CONSUMO TOTAL DA FAL........................................................................................................................ 43 4.4.2 LEVANTAMENTO DE CARGAS NA FAL COM AGLUTINAÇÃO POR SEGMENTOS .............................................................................................................. 50 4.4.3 ILUMINAÇÃO .............................................................................................. 53 4.4.4 RETORNO DO INVESTIMENTO EM LÂMPADAS E OUTROS EQUIPAMENTOS MAIS EFICIENTES..................................................................... 55 4.5 5 ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ........................................ 61 4.5.1 VIVEIRO DA ENGENHARIA FLORESTAL .............................................. 62 4.5.2 GALPÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS ................................................... 63 4.5.3 TRANSFORMADORES................................................................................ 64 4.5.4 MAQUINÁRIO GERAL................................................................................ 65 4.5.5 PONTE ........................................................................................................... 65 4.6 SUGESTÕES GERAIS ......................................................................................... 68 4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 71 CONCLUSÃO.............................................................................................................. 72 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 74 ANEXOS.............................................................................................................................. 77 A. REATIVO EXCEDENTE DA FAL............................................................................. 78 B. FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA DA FAL ............................................................. 80 C. HISTÓRICO DAS FATURAS DE ENERGIA ELÉTRICA DA FAL ........................... 81 D. LEVANTAMENTO DE CARGAS DA FAL ................................................................. 87 E. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NA FAL COM AGLUTINAÇÃO POR SEGMENTOS .................................................................................................................... 114 v F. CÁLCULOS DE RETORNO DE INVESTIMENTO EM TROCA DE LÂMPADAS INCANDESCENTES POR FLUORESCENTES .............................................................. 134 vi LISTA DE FIGURAS Figura 3.1: Imagem de satélite da localização relativa da FAL. .......................................... 18 Figura 3.2: Fazenda Água Limpa, vista geral....................................................................... 20 Figura 3.3: Vista das plantações da FAL.............................................................................. 20 Figura 3.4: Aparelho GPS eTrex Vista – Garmin usado no estudo da rede elétrica. ........... 21 Figura 4.1: Imagem de satélite da FAL com identificação da rede elétrica. ........................ 27 Figura 4.2: Imagem de satélite da Portaria e Casas ao lado. ................................................ 28 Figura 4.3: Imagem de satélite da Ponte............................................................................... 28 Figura 4.4: Imagem de satélite da região da Primatologia. .................................................. 29 Figura 4.5: Imagem de satélite do trecho reto da rede elétrica que não termina em local específico.............................................................................................................................. 29 Figura 4.6: Imagem de satélite do Alojamento, dos Galpões e do Depósito........................ 30 Figura 4.7: Imagem de satélite da Administração e do Laboratório da FAV....................... 30 Figura 4.8: Imagem de satélite do Viveiro da Eng. Florestal e Laboratório de Madeiras.... 31 Figura 4.9: Imagem de satélite do Laboratório Astronômico............................................... 31 Figura 4.10: Imagem de satélite das casas mais próximas ao curral indicando trecho subterrâneo. .......................................................................................................................... 32 Figura 4.11: Imagem de satélite dos currais e início do trecho subterrâneo. ....................... 32 Figura 4.12: Esquema da rede Elétrica da FAL.................................................................... 33 Figura 4.13: Demanda registrada da fatura de energia elétrica da FAL, de agosto de 2004 a outubro de 2007.................................................................................................................... 36 Figura 4.14: Consumo ativo de energia elétrica da FAL, de agosto de 2004 até outubro de 2007. ..................................................................................................................................... 37 Figura 4.15: Total cobrado pela CEB, de agosto de 2004 a outubro de 2007...................... 38 Figura 4.16: Demanda registrada de Potência Reativa da FAL de abril de 2005 a junho de 2007. ..................................................................................................................................... 39 Figura 4.17: Fator de Potência em porcentagem da FAL de abril de 2005 a junho de 2007. .............................................................................................................................................. 40 Figura 4.18: Custo do Reativo excedente da FAL de abril de 2005 a junho de 2007. ......... 40 Figura 4.19: Potência instalada em cada divisão da FAL..................................................... 43 Figura 4.20: Consumo de cada divisão da FAL. .................................................................. 44 vii Figura 4.21: Contribuição de cada divisão da FAL na potência total instalada. .................. 45 Figura 4.22: Contribuição de cada divisão da FAL no consumo total. ................................ 46 Figura 4.23: Galpão de Máquinas Agrícolas. ....................................................................... 47 Figura 4.24: Entrada da Administração................................................................................ 48 Figura 4.25: Viveiro da Engenharia Florestal. ..................................................................... 48 Figura 4.26: Alojamentos. .................................................................................................... 49 Figura 4.27:Laboratório de Nutrição Animal. ...................................................................... 50 Figura 4.28: Potência Instalada Total dos segmentos consumidores da FAL. ..................... 51 Figura 4.29: Consumo dos segmentos consumidores da FAL. ............................................ 51 Figura 4.30: Contribuição de cada segmento na potência instalada total da FAL. .............. 52 Figura 4.31: Contribuição de cada segmento no consumo da FAL. .................................... 52 Figura 4.32: Composição da iluminação da FAL................................................................. 53 Figura 4.33: Estabelecimento do Viveiro da Engenharia Florestal. ..................................... 62 Figura 4.34: Galpão das Máquinas Agrícolas. ..................................................................... 63 Figura 4.35: Transformador da FAL. ................................................................................... 64 Figura 4.36: Área dos Dormitórios....................................................................................... 65 Figura 4.37: Bomba de água da Ponte.................................................................................. 66 Figura 4.38: Bomba de água da Ponte.................................................................................. 66 Figura 4.39: Ruim estado de conservação na Ponte. ............................................................ 67 Figura 4.40: Próximo à Ponte............................................................................................... 68 viii LISTA DE TABELAS Tabela 3.1: Valores de potências nominais típicos de aparelhos elétricos........................... 24 Tabela 4.1: Capacidade dos transformadores da FAL.......................................................... 34 Tabela 4.2: Potência instalada e consumo com divisão por segmento................................ 44 Tabela 4.3: Potência total instalada e consumo do segmento de iluminação da FAL.......... 53 Tabela 4.4: Contribuição de cada parte da FAL no segmento de iluminação. ..................... 54 Tabela 4.5: Comparação entre as lâmpadas incandescente de 60 W e fluorescente de 15 W. .............................................................................................................................................. 56 Tabela 4.6: Comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes na FAL. .................................................................................................... 57 Tabela 4.7: Retorno do investimento para o período de um ano, dois meses e cinco dias... 58 Tabela 4.8: Comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes em todas as casas dos moradores da FAL................................................ 59 Tabela D1 : Levantamento de carga instalada no Centro de Primatologia. ......................... 87 Tabela D2 : Levantamento de carga instalada na Administração. ....................................... 89 Tabela D3 : Levantamento de carga instalada nas salas de aula, de professores, salas auxiliares da administração e banheiros. .............................................................................. 90 Tabela D4 : Levantamento de carga instalada na lanchonete............................................... 92 Tabela D5 : Levantamento de carga instalada na cozinha.................................................... 93 Tabela D6 : Levantamento de carga instalada no Laboratório de Nutrição Animal da FAV/FAL e instrumentos do Laboratório de Reprodução. .................................................. 95 Tabela D7 : Levantamento de carga instalada no Viveiro da Engenharia Florestal............. 98 Tabela D8 : Levantamento de carga instalada na oficina................................................... 100 Tabela D9 : Levantamento de carga instalada no Galpão de Máquinas Agrícolas. ........... 101 Tabela D10 : Levantamento de carga instalada no Depósito de Adubos. .......................... 103 Tabela D11 : Levantamento de carga instalada nos alojamentos....................................... 104 Tabela D12 : Levantamento de carga instalada no Laboratório de Preservação de Madeiras. ............................................................................................................................................ 105 Tabela D13 : Levantamento de carga instalada no Observatório Astronômico. ................ 107 Tabela D14 : Levantamento de carga instalada nas casas dos moradores da FAL. ........... 108 ix Tabela D15 : Levantamento de carga instalada na guarita da entrada e no Curral de Ovinos. ............................................................................................................................................ 112 Tabela D16 : Levantamento de carga instalada na guarita da entrada e no Curral de Ovinos. ............................................................................................................................................ 113 Tabela E1 : Levantamento de carga instalada no segmento de iluminação. ...................... 114 Tabela E2 : Levantamento de carga instalada no segmento de condicionamento de ar..... 119 Tabela E3 : Levantamento de carga instalada no segmento de refrigeração...................... 120 Tabela E4 : Levantamento de carga instalada no segmento de estufas e fornos. ............... 123 Tabela E5 : Levantamento de carga instalada no segmento tomadas gerais. ..................... 125 Tabela E6 : Levantamento de carga instalada no segmento de motores de uso específico. ............................................................................................................................................ 131 Tabela E7 : Levantamento de carga instalada no segmento de aquecimento de água. ...... 133 Tabela F1 : Cálculo da comparação entre as lâmpadas incandescente de 60 W e fluorescente de 15 W. ......................................................................................................... 134 Tabela F.2: Cálculo da comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes na FAL em quatro anos e meio. .................................... 135 Tabela F.3: Cálculo do retorno do investimento para o período de um ano, dois meses e cinco dias. ........................................................................................................................... 136 Tabela F.4: Cálculo da comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes em todas as casas dos moradores da FAL..................... 138 x LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica. ARIE: Área de Relevante Interesse Ecológico. CICE: Comissão Interna de Conservação de Energia. DEC: horas, em média, que a região ficou sem energia elétrica. DIC: tempo, em horas, que o cliente ficou sem energia elétrica. DMIC, duração máxima de interrupção contínua. EDP: Energias de Portugal ELETROBRÁS: Centrais elétricas brasileiras S.A. EUA: Estados Unidos da América. FAL: Fazenda Água Limpa. FAV: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária. FC: Fator de Carga. FEC: vezes, me média, que a região ficou sem energia elétrica. FIC, número de vezes que o cliente ficou sem energia elétrica. GEE: Gases de Efeito Estufa. GPS: Sistema de Posicionamento Global. IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IEEE: Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos. INEE: Instituto Nacional de Eficiência Energética. kV: Quilovolt. kVA: Quilovolt-ampère. kvar: Potência Reativa. kW: Potência Ativa. kWh: Energia ativa consumida no período de medição. lm/W: Eficiência Luminosa em lúmem por Watt. MG: Minas Gerais. ONU: Organização das Nações Unidas. PRC: Prefeitura do campus da UnB. PROCEL: Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. UnB: Universidade de Brasília. xi RESUMO DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO DA FAZENDA ÁGUA LIMPA DA UNB A Universidade de Brasília e, de forma geral, o planeta tem procurado diminuir o consumo de energia com o objetivo de preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida. Nesse contexto, o presente projeto objetiva tornar o consumo de energia da Fazenda Água Limpa (FAL), da Universidade de Brasília, mais racional e fornecer documentação, até então inexistente, sobre sua rede elétrica. Para alcançar os objetivos propostos, é primordial o pleno conhecimento da rede elétrica, das instalações e dos hábitos de uso de energia da FAL. Nesse sentido, a monografia ora apresentada realizou identificação da rede elétrica, análise do histórico do consumo de energia, avaliando as alternativas propostas, levantamento das cargas e da capacidade dos transformadores e análise da adequação das instalações quanto a aspectos de segurança e eficiência energética. O mapeamento da rede elétrica foi feito com o auxílio de um aparelho de GPS, que fornecia a localização de cada ponto da rede. Transformadores e postes foram identificados com razoável precisão e representados de forma distinta de acordo com a legenda apresentada. A análise do histórico do consumo de energia consistiu em se realizar um estudo detalhado das faturas de energia elétrica fornecidas pela Companhia Energética de Brasília (CEB) no período de agosto de 2004 a outubro de 2007. Com base nesse estudo, problemas foram identificados e soluções foram propostas e analisadas. O levantamento das cargas permitiu o conhecimento da potência instalada em cada local e dos hábitos de uso. Este trabalho forneceu tabelas e gráficos muito importantes para as análises e estudos de viabilidade de sugestões e investimentos propostos. xii Paralelamente, a análise da adequação das instalações tornou possível a identificação de sérios problemas de segurança e a elaboração de sugestões visando não somente à eficiência energética com também à eliminação de potenciais riscos de acidentes. Todos esses estudos tornaram possível a elaboração de uma lista de propostas que podem ser implementadas em curto prazo, de fácil aplicação, mas que podem ser muito úteis. De qualquer forma, esses documentos podem servir de base para outros projetos que visem combater o desperdício de energia na FAL. xiii 1 INTRODUÇÃO A Universidade de Brasília (UnB) está desenvolvendo uma série de ações para racionalizar o consumo de energia nas unidades acadêmicas do campus. A idéia é diminuir as contas e também contribuir para a conservação dos recursos naturais. No início de 2006, foram implantadas comissões que estudam, monitoram, analisam e desenvolvem ações para atingir a meta de redução em 20% o valor das contas da UnB. O trabalho é baseado na adoção de tecnologias mais modernas, que visam a modernizar a infra-estrutura da universidade. A UnB conta com a Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE) na busca da diminuição dos desperdícios de energia do Campus. A Fazenda Água Limpa (FAL), pertencente à Universidade de Brasília (UnB), possui uma área de aproximadamente 4.500 hectares. Cerca de metade de sua área é destinada à prática de ensino, pesquisa e extensão. A FAL, situada na área do Núcleo da Biosfera do Cerrado, faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) das Bacias do Gama e Cabeça do Veado e tem, no seu interior, a Área Relevante de Interesse Ecológico (ARIE) Capetinga/Taquara, também denominada Estação Ecológica da Universidade de Brasília. De novembro de 2006 a outubro de 2007, em um ano, a FAL consumiu 97.972,28 kWh, ao custo aproximado de R$ 55,6 mil. Apesar do valor significativo, não existe estudo ou diagnóstico a respeito do uso da energia elétrica e outros insumos energéticos na FAL. Do mesmo modo, não existe documentação sobre a rede elétrica, cargas instaladas, hábitos de uso, adequação das instalações, etc. Isso dificulta qualquer ação no sentido de reduzir os gastos com energia elétrica na FAL. Este projeto tem como objetivo contribuir com a Universidade de Brasília e com a FAL no esforço de combater o desperdício de energia. Este trabalho fornece, como principais resultados, a documentação da rede elétrica, indicando a localização real de postes e transformadores; a análise das faturas de energia do período de agosto de 2004 a outubro de 2007; o censo das cargas instaladas em todas as edificações da FAL; as análises de viabilidade de sugestões e investimentos propostos; o levantamento das características e 1 capacidade dos transformadores; o diagnóstico para eficiência energética e um estudo da adequação das instalações do ponto de vista da segurança das pessoas e dos equipamentos. Todos esses documentos são base para projetos de gestão energética e ações visando eficiência energética na FAL. O segundo capítulo apresenta uma breve introdução aos assuntos abordados no texto. É uma revisão bibliográfica com vários conceitos em eletricidade fundamentais ao correto entendimento do trabalho. Em seguida, o capítulo 3 abrange os materiais e métodos utilizados. Apresenta a Fazenda Água Limpa e os materiais e métodos necessários para a documentação e estudo de transformadores, rede elétrica, cabos, cargas instaladas, hábitos de uso, adequação das instalações e futuros investimentos. O capítulo 4 aborda os dados coletados e sua análise. Inicialmente, são mostradas algumas imagens obtidas da identificação da rede elétrica com um aparelho GPS, depois tem-se o levantamento das características principais e capacidade dos transformadores instalados, em seguida os gráficos, dados e análises com relação ao histórico do consumo de energia elétrica, o levantamento das cargas e uma análise da adequação das instalações da FAL. Ao longo do texto, são apresentadas sugestões visando à racionalização do uso de energia. O capítulo 5 é a conclusão. Nele são apresentadas mais algumas sugestões de ordem prática. Neste capítulo ocorre também o fechamento das idéias desenvolvidas ao longo do texto. E, finalmente, são apresentados os anexos que contêm as tabelas com os detalhes das faturas de energia elétrica da FAL, das cargas instaladas em cada edificação e com divisão por segmentos e ainda outras mostrando as formas como foram avaliados os investimentos em trocas de lâmpadas incandescentes por fluorescentes. 2 2 USO RACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA Este capítulo trata da importância deste estudo e apresenta idéias fundamentais. Para uma inicial familiarização com o trabalho desenvolvido, é necessário conhecer a instalação, com os valores de demanda e consumo de energia, as cargas existentes e conceitos básicos relacionados ao tema que contribuem para as tomadas de decisões. Apresentam-se as principais definições, muitas obtidas da resolução 456 de 29 de novembro de 2000, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica. As idéias expostas são de grande utilidade para a correta compreensão deste trabalho. 2.1 ENERGIA De acordo com Atkins (1999), energia é definida como a capacidade de um sistema efetuar trabalho. Normalmente, esse termo é melhor entendido do que definido. Entre as classificações para energia, as principais são: a cinética, a potencial, e a elétrica. A primeira é a energia relacionada ao movimento dos corpos; A segunda é a energia que está armazenada em um corpo, como por exemplo, a energia de combustíveis encontrada em petróleo, álcool, madeira, e outros; A última caracteriza-se por um fluxo constante de elétrons. Em qualquer de suas formas, a energia é indispensável à sobrevivência da espécie humana. À medida que o ser humano evolui, a exaustão, a escassez ou a inconveniência de recursos aumentam, o que faz surgir uma busca por novos suprimentos, em substituição aos que estão próximos do esgotamento. Em termos de suprimento energético, a energia elétrica se tornou uma das formas mais versáteis e convenientes de energia, passando a ser insumo indispensável e estratégico para o desenvolvimento socioeconômico de muitos países e regiões. Os avanços tecnológicos em geração, transmissão e uso final de energia elétrica permitem que ela chegue aos mais diversos lugares do planeta, transformando regiões desocupadas ou pouco desenvolvidas em pólos industriais e grandes centros urbanos. Os 3 impactos dessas transformações socioeconômicas são facilmente observados em nosso cotidiano. A humanidade vem necessitando cada vez mais de energia, seja para o próprio consumo, na forma de alimentos, seja para proporcionar maior conforto ou facilidades de trabalho. 2.2 ENERGIA ELÉTRICA Formalmente, energia elétrica é a forma de energia baseada na geração de diferenças de potencial elétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer uma corrente elétrica entre ambos. No Brasil, as hidroelétricas são as principais geradoras de energia elétrica. Neste sistema, as energias potencial e cinética das correntes d’água são convertidas em energia elétrica, em que água é forçada a cair sobre uma turbina que gira dando movimento a um gerador, que é o responsável pela produção de energia elétrica (Atkins, 1999). 2.3 ENERGIA E MEIO AMBIENTE A energia é essencial ao bem-estar, tanto econômico como social das populações. As exigências cada vez maiores de consumo de energia, a nível mundial, impõem uma utilização crescente dos recursos energéticos, com conseqüências nefastas para o ambiente (Energias de Portugal – EDP - Programa de Eficiência Energética, 2006). Uma das conseqüências mais graves é o aumento do efeito estufa, que tem origem nas elevadas emissões de alguns gases para a atmosfera terrestre, resultantes da combustão de recursos fósseis, como o petróleo ou o carvão. Mas, se por um lado o efeito estufa mantém a superfície da Terra aquecida e com uma temperatura amena, por outro, a excessiva concentração de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera terrestre, reduz a libertação de calor para o espaço, provocando um aumento médio desta temperatura e um aquecimento do Planeta. As conseqüências deste aquecimento tornam-se também cada vez mais evidentes ao nível das alterações climáticas globais e regionais, verificadas ao longo das últimas 4 décadas. A menos que os comportamentos mudem, será difícil reverter a situação. Entre várias medidas possíveis, ganha relevância a aposta de diversos países na redução das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). Neste sentido, foi proposto em 1997 o Protocolo de Quioto, em que se propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso. Atualmente, a satisfação das necessidades energéticas do mundo assenta sobretudo na exploração dos combustíveis fósseis. O problema é que estas necessidades têm aumentado, ao passo que as reservas se esgotam a um ritmo acelerado. Aos Estados Unidos da América (EUA), que consomem, por ano, um quarto de toda a energia produzida no mundo, e ao Canadá, que detém o consumo per capita mais elevado, juntam-se agora as potências econômicas emergentes, como a China, o Brasil e a Índia, cujo consumo de energia tem aumentado a cada ano. Por outro lado, a instabilidade dos preços do gás e do petróleo levou alguns países a apostarem novamente no carvão, que é a mais poluente das tecnologias de aproveitamento energético. Neste contexto é imprescindível adotar uma nova postura baseada na difusão de energias renováveis e na eficiência energética visando evitar desperdícios. Embora praticamente todos os tipos de geração de energia, de alguma forma tragam impactos negativos ao meio ambiente, a energia precisa continuar sendo gerada para poder atender ao crescimento da população e suas necessidades de desenvolvimento e sobrevivência. O que precisa ser feito é a conscientização do ser humano para a exploração e utilização de fontes de energia renováveis e de menor ou nenhum impacto sobre o meio ambiente. E, também, uma mudança cultural da forma de utilização da energia para o atendimento de suas necessidades, procurando utilizá-la de forma inteligente, racional e responsável. 5 2.4 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Na sociedade moderna atual, a maioria das atividades que se faz só é possível com o uso intensivo de uma ou mais formas de energia. Dentre as diversas formas de energia, interessam, em particular, aquelas que são processadas pela sociedade e colocadas à disposição dos consumidores onde e quando necessárias, tais como a eletricidade, a gasolina, o álcool, óleo diesel, gás natural, etc (Instituto Nacional de Eficiência Energética INEE, 2007). A energia elétrica é usada em aparelhos simples (lâmpadas e motores elétricos) ou em sistemas mais complexos que encerram diversos outros equipamentos (geladeira, automóvel ou uma fábrica). Estes equipamentos e sistemas transformam uma forma de energia em outra, mas uma parte dela sempre é perdida para o meio ambiente durante esse processo. Por exemplo: uma lâmpada transforma a eletricidade em luz e calor. Como o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua eficiência é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada. Outra fonte de perda de energia deriva do uso inadequado de aparelhos e sistemas. Uma lâmpada acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, pois a luz não serve ao seu propósito de iluminação. A utilização racional de energia consiste em um conjunto de ações e medidas, que têm como objetivo a melhor utilização da energia. A racionalização do consumo de energia é cada vez um fator mais importante de economia energética e redução de custos, tanto no setor doméstico como nos setores industrial e de serviços. Cumprindo uma série de recomendações e conselhos úteis, é possível reduzir os consumos energéticos mantendo o conforto e a produtividade das atividades dependentes de energia. 6 2.5 CONCEITOS DE ELETRICIDADE A seguir, são apresentadas várias definições relacionadas à eletricidade, que são úteis no correto entendimento do projeto ora apresentado. Esses conceitos foram obtidos da resolução 456 de 29 de novembro de 2000, da ANEEL, que estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica. 2.5.1 CARGA INSTALADA Carga instalada é a soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW). 2.5.2 CONCESSIONÁRIA OU PERMISSIONÁRIA Concessionária ou permissionária é o agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o serviço público de energia elétrica, referenciado, doravante, apenas pelo termo concessionária. 2.5.3 CONSUMIDOR Consumidor é a pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que solicitar à concessionária o fornecimento de energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso. 2.5.4 CONTRATO DE ADESÃO Contrato de adesão é um instrumento contratual com cláusulas vinculadas às normas e regulamentos aprovados pela ANEEL, não podendo o conteúdo das mesmas ser modificado pela concessionária ou consumidor, a ser aceito ou rejeitado de forma integral. 7 2.5.5 CONTRATO DE FORNECIMENTO Contrato de fornecimento é um instrumento contratual em que a concessionária e o consumidor responsável por unidade consumidora do Grupo “A” ajustam as características técnicas e as condições comerciais do fornecimento de energia elétrica. 2.5.6 DEMANDA Demanda é a média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado. 2.5.7 DEMANDA CONTRATADA Demanda contratada é a demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela concessionária, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). 2.5.8 DEMANDA DE ULTRAPASSAGEM Demanda de ultrapassagem é a parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em quilowatts (kW). 2.5.9 DEMANDA FATURADA Demanda faturável é o valor da demanda de potência ativa, identificado de acordo com os critérios estabelecidos e considerada para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa, expressa em quilowatts (kW). 2.5.10 DEMANDA MEDIDA Demanda medida é a maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW). 8 2.5.11 ENERGIA ELÉTRICA ATIVA Energia elétrica ativa é a energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de energia, expressa em quilowatts-hora (kWh). 2.5.12 ENERGIA ELÉTRICA REATIVA Energia elétrica reativa é a energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos e magnéticos de um sistema de corrente alternada, sem produzir trabalho, expressa em quilovolt-ampère-reativo-hora (kvarh). 2.5.13 ESTRUTURA TARIFÁRIA Estrutura tarifária é o conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas de acordo com a modalidade de fornecimento. 2.5.14 ESTRUTURA TARIFÁRIA CONVENCIONAL Estrutura tarifária convencional é a estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano. 2.5.15 FATOR DE CARGA Fator de carga é a razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora, ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado. Seu valor varia de 0 a 1. Em linhas gerais, esse indicador informa se o consumidor utiliza racionalmente a energia elétrica que consome. O fator de carga possibilita ao administrador da instalação avaliar se a energia elétrica está sendo bem utilizada. 9 Normalmente, quanto maior o fator de carga menor será a despesa com energia elétrica e maior a vida útil de toda a instalação elétrica. Valores baixos de fator de carga são ocasionados pela concentração de cargas em determinados períodos. Isto pode ocorrer quando existem equipamentos de grande potência, operando a plena carga somente algumas horas do período de utilização, funcionando com carga reduzida ou sendo desligados nos demais períodos, no caso de cargas de grande porte ligadas simultaneamente e quando da ocorrência de curtos-circuitos e fugas de corrente. 2.5.16 FATOR DE DEMANDA Fator de demanda é a razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a carga instalada na unidade consumidora. 2.5.17 FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA Fatura de energia elétrica é a nota fiscal que apresenta a quantia total que deve ser paga pela prestação do serviço público de energia elétrica, referente a um período especificado, discriminando as parcelas correspondentes. 2.5.18 GRUPO “A” Grupo “A” é o grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão inferior a 2,3 kV a partir de sistema subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo nos termos definidos no art. 82, subdividido nos seguintes subgrupos: a) Subgrupo A1 - tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV; b) Subgrupo A2 - tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV; c) Subgrupo A3 - tensão de fornecimento de 69 kV; d) Subgrupo A3a - tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV; e) Subgrupo A4 - tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV; 10 f) Subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo em caráter opcional. 2.5.19 GRUPO “B” Grupo “B” é o grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão superior a 2,3 kV e faturadas neste Grupo nos termos definidos nos arts. 79 a 81, subdividido nos seguintes subgrupos: a) Subgrupo B1 - residencial; b) Subgrupo B1 - residencial baixa renda; c) Subgrupo B2 - rural; d) Subgrupo B2 - cooperativa de eletrificação rural; e) Subgrupo B2 - serviço público de irrigação; f) Subgrupo B3 - demais classes; g) Subgrupo B4 - iluminação pública. 2.5.20 POTÊNCIA Potência é a quantidade de energia elétrica solicitada na unidade de tempo, expressa em quilowatts (kW). 2.5.21 POTÊNCIA DISPONIBILIZADA Potência disponibilizada é a potência que o sistema elétrico da concessionária deve dispor para atender às instalações elétricas da unidade consumidora, segundo os critérios estabelecidos nesta Resolução e configurada nos seguintes parâmetros: 11 a) unidade consumidora do Grupo “A”: a demanda contratada, expressa em quilowatts (kW); b) unidade consumidora do Grupo “B”: a potência em kVA, resultante da multiplicação da capacidade nominal ou regulada, de condução de corrente elétrica do equipamento de proteção geral da unidade consumidora pela tensão nominal, observado no caso de fornecimento trifásico, o fator específico referente ao número de fases. 2.5.22 TARIFA Tarifa é o preço da unidade de energia elétrica e/ou da demanda de potência ativas. As tarifas são classificadas em: - Tarifa monômia: tarifa de fornecimento de energia elétrica constituída por preços aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica ativa. - Tarifa binômia: conjunto de tarifas de fornecimento constituído por preços aplicáveis ao consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável. 2.5.23 TARIFA DE ULTRAPASSAGEM Tarifa de ultrapassagem é a tarifa aplicável sobre a diferença positiva entre a demanda medida e a contratada, quando exceder os limites estabelecidos. 2.5.24 TENSÃO SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO Tensão secundária de distribuição é a tensão disponibilizada no sistema elétrico da concessionária com valores padronizados inferiores a 2,3 kV. 2.5.25 TENSÃO PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO Tensão primária de distribuição é a tensão disponibilizada no sistema elétrico da concessionária com valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV. 12 2.5.26 UNIDADE CONSUMIDORA Unidade consumidora é o conjunto de instalações e equipamentos elétricos caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição individualizada e correspondente a um único consumidor. 2.5.27 VALOR LÍQUIDO DA FATURA Valor líquido da fatura é o valor em moeda corrente resultante da aplicação das respectivas tarifas de fornecimento, sem incidência de imposto, sobre as componentes de consumo de energia elétrica ativa, de demanda de potência ativa, de uso do sistema, de consumo de energia elétrica e demanda de potência reativas excedentes. 2.6 FATOR DE POTÊNCIA De acordo com a resolução da ANEEL n. 456, de 29 de Novembro de 2000, fator de potência é a razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado. No Brasil, a ANEEL estabelece que o fator de potência nas unidades consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo durante 6 horas da madrugada e 0,92 indutivo durante as outras 18 horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo nº 64 da resolução nº456 de 2000 e quem descumpre está sujeito a uma penalidade que leva em conta o fator de potência medido e a energia consumida ao longo de um mês. Esta resolução estabelece também que a medição do fator de potência pelas concessionárias é obrigatória para unidades consumidoras de média tensão (alimentadas com mais de 2.300 V) e facultativas para unidades consumidoras de baixa tensão (abaixo dos 2.300 V, como residências em geral). Esse índice varia de 0 (zero) a 1 (um). Quanto mais próximo de 1, maior será a eficiência do sistema em análise. 13 Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas de energia reativa. Essa condição resulta em aumento na corrente total que circula na rede de distribuição de energia elétrica da concessionária e das unidades consumidores, podendo sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e distribuição, prejudicando a estabilidade e as condições de aproveitamento do sistema elétrico. Como conseqüência de baixos valores de fatores de potência, as perdas de energia elétrica aumentam. Elas ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao quadrado da corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa, estabelece-se uma relação direta entre o incremento das perdas e o baixo fator de potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e equipamentos. Outro importante efeito é a queda de tensão acentuada que ocorre devido ao aumento da corrente devido ao excesso de reativo, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia elétrica e a sobrecarga em certos elementos da rede. Esse risco é, sobretudo, acentuado durante períodos em que a rede é fortemente solicitada. As quedas de tensão podem provocar, ainda, diminuição da intensidade luminosa nas lâmpadas e aumento da corrente nos motores. 2.7 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA Uma forma econômica e racional de se conseguir quantidades de energia reativa necessárias para a operação adequada dos equipamentos é a instalação de capacitores próximos a esses equipamentos. A instalação de capacitores, porém, deve ser precedida de medidas operacionais que levem à diminuição da necessidade de energia reativa, como o desligamento de motores e outras cargas indutivas ociosas ou superdimensionadas. 2.8 CURVA DE CARGA DO SISTEMA De acordo com KRAUSE (2002), curva de carga de um sistema é o que representa o perfil de comportamento das cargas solicitadas durante as 24 horas do dia, o que possibilita 14 encontrar os valores de pico e avaliar o consumo em determinados horários ou dias diferentes. Com os dados obtidos de uma curva de carga é possível identificar períodos de maior consumo o que possibilita o controle de valores contratuais de demanda, evitando o pagamento de multas por ultrapassagem. A estratificarão de cargas permite agrupar as cargas por horário de funcionamento e verificar quais delas dão conformação à curva, o que permite ver sistemas e equipamentos que podem oferecer ganhos de energia. 2.9 DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO Segundo KRAUSE (2002), diagnóstico energético é um trabalho realizado por um profissional ou por uma empresa especializada em uso eficiente de energia que discrimina todos os sistemas consumidores de energia da unidade consumidora em estudo. São avaliadas as condições de operação de motores, sistemas de iluminação, transformadores, elevadores, sistemas de ar-condicionado, faturas de energia, medidas operacionais e o fator de potência, entre outros. O fator de potência não deve estar abaixo do valor mínimo estabelecido pelas concessionárias (0,92), se isto ocorrer, haverá o pagamento de energia e demanda de reativos excedentes. O diagnóstico energético visa à otimização de todo o sistema elétrico com o real objetivo de se eliminar custos desnecessários. A otimização do sistema elétrico de uma unidade consumidora depende do correto dimensionamento e utilização dos equipamentos elétricos. 15 2.10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para uma correta compreensão deste projeto, é necessário conhecer a instalação, conceitos básicos de eletricidade e noções do regime tarifário, e outras definições básicas relacionadas ao tema. Esse capítulo possui esses conceitos fundamentais e pretende introduzir o assunto ao leitor. 16 3 MATERIAIS E MÉTODOS Neste capítulo, são apresentados os materiais e métodos utilizados no levantamento de informações para a substanciação desse trabalho, cujo objeto é fazer o diagnóstico energético e levantar as características do consumo energético FAL. 3.1 FAZENDA ÁGUA LIMPA (FAL) A FAL é propriedade da Universidade de Brasília e está situada a 32 km de distância do Campus Universitário Darcy Ribeiro. A FAL possui uma área de aproximadamente 4.500 hectares que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) das Bacias do Gama e Cabeça do Veado e tem, no seu interior, a Área Relevante de Interesse Ecológico (ARIE) Capetinga/Taquara, também denominada Estação Ecológica da Universidade de Brasília, pertencente ao Núcleo da Biosfera do Cerrado. Limita-se ao norte com o Ribeirão do Gama e o Núcleo Rural da Vargem Bonita, ao sul com a BR 251, que liga Brasília a Unaí/MG, ao leste com o Córrego Taquara e o IBGE, e ao oeste com a estrada de ferro e o Country Club de Brasília (Fazenda Água Limpa, 2007). 17 Figura 3.1: Imagem de satélite da localização relativa da FAL. De toda a área da fazenda, 50% são destinados à preservação e o restante, à prática de ensino, pesquisa e extensão. Diversos setores da UnB possuem atividades na fazenda, entre os quais, destacam-se: - Instituto de Biologia (IB); - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV); - Engenharia Florestal – EFL; - Instituto de Geologia e - Departamento de Física. A FAL oferece um potencial técnico-científico natural, possibilitando estudos climáticos, da flora e fauna silvestres, pedológicos, limnológicos, geológicos, etc. Além destes, são realizados, ainda, estudos nas áreas de: 18 - Zootecnia (com pequenos, médios e grandes animais); - Fitotecnia (com culturas de ciclo curto, anual e perene); - Silvicultura e manejo florestal; - Irrigação; - Drenagem; - Armazenamento; - Educação ambiental; - Primatologia; - Farmácia e - Arquitetura. A FAL tem infra-estrutura com salas de aula, laboratórios, equipamentos e máquinas agrícolas, restaurante, lanchonete, alojamento, estradas em todo o perímetro, serviços de segurança e proteção ambiental durante todo o dia, e transporte diário para o campus universitário. Há muitos anos, a Fazenda vem lutando pela segurança e proteção ambiental desta área e desenvolvendo trabalhos de ensino, pesquisa e extensão no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável, além de prestar relevantes serviços à comunidade do Entorno de Brasília, assim como em nível Nacional e Internacional, através de Projetos e Intercâmbios Técnicos/Científicos. A FAL possui várias edificações, setores, que foram tratados, sempre que necessário, separadamente. De acordo com o esquema da figura 4.12, no eixo principal, tem-se a Administração, a Cozinha e a Lanchonete com salas de aula nas proximidades e diversos equipamentos. Ao lado da Administração está o Laboratório de Nutrição Animal da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, onde estão instalados equipamentos de grande potência nominal, mas que não são usados com muita freqüência, como estufas. Do outro lado está localizado o Viveiro da Engenharia Florestal, com bombas de água usadas em irrigações. Acima, está o Laboratório de Preservação de Madeiras, com estufas e fornos. Seguindo, tem-se o Observatório Astronômico, o Centro de Primatologia e os currais que possuem pouca potência instalada. 19 Seguindo em outro sentido, está a Oficina com compressores de alta potência nominal, o Galpão de Máquinas agrícolas, com a maior potência instalada observada, os Alojamentos, com muitos chuveiros e o Depósito de Adubos com poucos equipamentos instalados. Mas antes chegar nesses locais é preciso passar pela guarita da entrada, onde há apenas lâmpadas, e pela ponte, onde está localizada a principal bomba de irrigação e três bancos de capacitores. Em locais distintos, dentro da fazenda, estão as quatro casas dos moradores da FAL, com equipamentos diversos. Figura 3.2: Fazenda Água Limpa, vista geral. Figura 3.3: Vista das plantações da FAL. 20 3.2 IDENTIFICAÇÃO DA REDE ELÉTRICA DA FAL Não existe documentação alguma com a localização e a disposição da rede elétrica da fazenda. No entanto, a existência de tais dados é de grande importância na elaboração de um diagrama unifilar para a FAL, na identificação de localizações relativas em casos de falhas e na hipótese da necessidade de novas ligações, pois permite que se obtenha uma visão geral ou específica da localização dos postes. Assim é possível ver, por exemplo, qual o melhor local de onde puxar novas ligações para atender a uma necessidade específica em cada caso. A identificação da rede elétrica da FAL foi feita com o auxílio de um aparelho de GPS eTrex Vista – Garmin, como o da figura 3.4, um automóvel usado no deslocamento pela fazenda, um caderno para anotações, lápis e borracha. O percurso da rede elétrica foi marcado com aceitável precisão, em média o GPS indicava esta como sendo de 10 metros. Os dados obtidos são mantidos em arquivo KMZ, do programa Google Earth, que fornece imagens aéreas e de satélite em alta resolução de todo o Planeta, onde foram plotados os pontos coletados e no próprio GPS da Fundação Universidade de Brasília para posteriores pesquisas. Figura 3.4: Aparelho GPS eTrex Vista – Garmin usado no estudo da rede elétrica. 21 3.3 IDENTIFICAÇÃO DE CABOS Não foi possível identificar os cabos e suas bitolas. Para isso seria necessário o uso de transporte específico e pessoal especializado, o que não foi possível conseguir durante a realização deste trabalho. 3.4 LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DOS TRANSFORMADORES INSTALADOS Como também não há qualquer registro da capacidade dos transformadores instalados, tal trabalho torna-se necessário. Com a colaboração da Comissão Interna de Conservação de Energia e da Prefeitura do Campus e um carro para o deslocamento na fazenda, foi realizado o levantamento da capacidade dos transformadores instalados na FAL. 3.5 ANÁLISE DO HISTÓRICO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DA FAZENDA ÁGUA LIMPA A fatura de energia elétrica é um importante documento para o gerenciamento energético, por isso é necessário conhecê-la e interpretá-la. A análise do histórico de consumo de energia elétrica da Fazenda Água Limpa teve início com o levantamento das faturas de energia elétrica emitidas pela Companhia Energética de Brasília (CEB) dos meses de agosto de 2004 a outubro de 2007. Em seguida esses dados foram tabelados, colocados em gráficos e estudados no sentido de se identificar eventuais problemas a serem tratados ou outros tópicos a serem melhorados. 22 3.6 LEVANTAMENTO DE CARGAS DA FAL No levantamento das cargas instaladas na FAL, foram utilizados um caderno, uma planilha para orientação de medidas, lápis e borracha. Os dados foram organizados em tabelas divididas por segmentos de cargas e pelas edificações e departamentos. Assim foi possível identificar a contribuição de cada um desses agrupamentos principais e de cada estabelecimento da FAL para o consumo e potência instalada totais observados. As tabelas foram elaboradas de forma a obter o máximo de informações possível sobre os equipamentos, tais como: descrição, origem, registro e como contribuem na determinação do consumo total da fazenda, potência nominal, quantidade de aparelhos, horas de funcionamento por dia e dias de funcionamento por mês. Assim, pode-se estimar a contribuição de cada aparelho e o consumo total em um mês. As potências nominais dos aparelhos devem ser obtidas, preferencialmente, neles próprios. Quando isso não é possível por qualquer razão, como quando tais dados estão em locais de difícil acesso, com má conservação ou mesmo se os próprios materiais não possuem tais especificações, os valores são obtidos em tabelas específicas de fabricantes ou entrando em contato com eles próprios. Quando esgotadas todas as alternativas anteriores ou em caso de não se ter especificações detalhadas o suficiente dos aparelhos, recorre-se a tabelas genéricas com valores de potências nominais típicas como a da tabela 3.1 (Niskier, 2005). 23 Tabela 3.1: Valores de potências nominais típicos de aparelhos elétricos. FONTE: Niskier, pág. 33, 2005. 24 3.7 AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DO INVESTIMENTO EM EQUIPAMENTOS MAIS EFICIENTES Para comparar alternativas de investimentos é fundamental que se escolha uma referência comum de tempo. A forma de comparação utilizada neste projeto é a do Valor Presente, em que todos os valores são comparados em função dos valores presentes. A taxa de juros real, isto é, a taxa nominal descontada da inflação, considerada é de 10% a.a. Para levar em conta taxas de juros reais, foram calculados os valores presentes de todos os gastos com o auxilio do programa Microsoft Office Excel. Esse programa possui todas as funções de matemática financeira pré-programadas e o cálculo do valor presente é direto. 3.8 ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES Para realizar este estudo cada instalação foi visitada e houve contato direto com seus responsáveis. Algumas necessidades foram identificadas e alguns problemas nas instalações foram analisados quanto à adequação às normas de segurança e quanto ao objetivo maximizar a eficiência dos aparelhos e atividades em cada caso. 3.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse capítulo apresenta a Fazenda Água Limpa, os métodos e materiais utilizados nas análises do histórico de consumo de energia elétrica e da adequação das instalações da FAL. Também mostra os métodos e considerações utilizadas quando da realização do levantamento de cargas. Dessa forma, o leitor toma conhecimento do que serviu de instrumentos para a análise apresentada a seguir, no capítulo 4. 25 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Este capítulo aborda todos os resultados obtidos no diagnóstico do consumo de energia elétrica, no levantamento de cargas, na identificação da rede elétrica e na adequação das instalações da Fazenda Água Limpa. E ainda propõe medidas a serem adotadas com o objetivo de corrigir problemas e maximizar a eficiência energética da fazenda. 4.1 IDENTIFICAÇÃO DA REDE ELÉTRICA A identificação da rede elétrica da FAL permitiu obter arquivos contendo informações detalhadas da rede, sua localização, bem como a localização de postes e transformadores. Essa documentação permite a elaboração de um diagrama unifilar e pode ser usado para dar suporte a outros trabalhos a serem desenvolvidos na fazenda. As figuras a seguir ilustram o que foi obtido em arquivo KMZ, do programa Google Earth. É possível identificar várias ramificações da rede elétrica mapeada. Da entrada até o Centro de Primatologia, a rede tem, aproximadamente 1.178 metros de comprimento, figuras 4.2, 4.3 e 4.4. Seguindo a estrada, da ponte até o ponto 055, o trecho reto da rede elétrica que não termina em local específico, figura 4.5, tem-se mais 748 metros de comprimento, aproximadamente. Para atender a região do Galpão de Máquinas Agrícolas, dos Alojamentos e do Depósito de Adubos, da figura 4.6, são necessários cerca de 402 metros de rede elétrica. Partindo dessa localidade, para cobrir a região da Administração e salas de aula, da figura 4.7, são utilizados mais cerca de 208 metros de fiação. Para chegar ao Observatório Astronômico, passando pelo Viveiro da Engenharia Florestal e pelo Laboratório de Preservação de Madeiras, figuras 4.8 e 4.9, são requeridos mais 965 metros, aproximadamente. E, finalmente, seguindo da Administração até alcançar as últimas casas 26 de moradores, passando pelos currais, tem-se cerca de 1.515 metros de rede elétrica, incluindo, nesse valor, os 260 metros de comprimento de trecho subterrâneo, figuras 4.10 e 4.11. Dessa forma, conclui-se que a rede elétrica da FAL possui aproximadamente 5 km de extensão. A figura 4.12 é um esquema dessa rede elétrica indicando a localização dos postes, do medidor da CEB, dos bancos de capacitores e de cada edificação da FAL. No esquema, as descontinuidades da linha representam trechos subterrâneos da rede. A seguir há um quadro indicando a legenda a ser utilizada nas figuras de 4.1 a 4.12. LEGENDA Poste normal Poste com transformador. Figura 4.1: Imagem de satélite da FAL com identificação da rede elétrica. 27 Figura 4.2: Imagem de satélite da Portaria e Casas ao lado. Figura 4.3: Imagem de satélite da Ponte. 28 Figura 4.4: Imagem de satélite da região da Primatologia. Figura 4.5: Imagem de satélite do trecho reto da rede elétrica que não termina em local específico. 29 Figura 4.6: Imagem de satélite do Alojamento, dos Galpões e do Depósito. Figura 4.7: Imagem de satélite da Administração e do Laboratório da FAV. 30 Figura 4.8: Imagem de satélite do Viveiro da Eng. Florestal e Laboratório de Madeiras. Figura 4.9: Imagem de satélite do Laboratório Astronômico. 31 Figura 4.10: Imagem de satélite das casas mais próximas ao curral indicando trecho subterrâneo. Figura 4.11: Imagem de satélite dos currais e início do trecho subterrâneo. 32 Figura 4.12: Esquema da rede Elétrica da FAL. É interessante notar que o trecho subterrâneo identificado nas figuras 4.10 e 4.11 surgiu para evitar furtos de fios que já haviam ocorrido naquele local afastado da sede e de outras edificações que apresentam movimento maior de pessoas. Existe também um pequeno trecho subterrâneo, que liga o ponto 048 ao 092, na figura 4.5, mas nesse caso, aparentemente, o motivo é a existência de árvores de grande porte na região, o que impede que os fios passem normalmente pelo local pela via aérea. 33 4.2 LEVANTAMENTO DA CAPACIDADE DOS TRANSFORMADORES INSTALADOS O levantamento da capacidade dos transformadores da FAL forneceu a tabela 4.1, em que os pontos a que se referem na coluna Localização por GPS podem ser vistos entre as figuras de 4.1 a 4.12. Tabela 4.1: Capacidade dos transformadores da FAL. Item Localização por GPS Potência [kVA] 1 18 75 2 28 45 3 43 45 4 50 75 5 57 45 6 59 45 7 65 45 8 68 65 Fabricante Tipo do óleo Fases isolante WEG B TRANSFORM. S.A. SAGEL ‐ SOCIEDADE PARAFÍNICO GOIANA DE ELETRICIDADE LTDA. BELIMA PARAFÍNICO EQUIPAMENTO S ELÉTRICOS PARAFÍNICO S.A. CEMEC CONSTRUÇÕES AV/58 ELETROMEC. S.A. MEDRAL ÓLEO ENGENHARIA LTDA. TRANSFORM. ÓLEO UNIÃO S.A. HITACHI LINE ÓLEO INDÚSTRIA ELÉTRICA S.A. 34 Tensão primária/ secundária [V] 3 13.800/380 3 13.800/380 3 13.800/380 3 13.800/380 3 13.800/380 3 13.800/380 3 13.800/380 3 13.800/380 4.3 HISTÓRIO DO CONSUMO DA ENERGIA ELÉTRICA DA FAZENDA ÁGUA LIMPA Em novembro de 2005 foi acordada a assinatura de contrato de adesão e de fornecimento de energia elétrica da FUB junto à CEB. As unidades consumidoras da FUB junto à CEB se constituem em 10 localidades, entre elas a FAL. O contrato acordado com a CEB, cuja identificação é 466.793 – X, adota tarifas do Grupo A, subgrupo A4 convencional. As faturas de energia elétrica desse contrato permitiram o estudo do histórico do consumo de energia elétrica da FAL. As informações principais obtidas são relativas à demanda, ao consumo, ao fator de potência e ao valor cobrado pela CEB nas faturas mensais do período em análise. Os valores tabelados com todos os dados que são usados encontram-se em anexo. 4.3.1 ANÁLISE DA DEMANDA E DO CONSUMO REGISTRADOS Com base nas faturas de energia elétrica da FAL, é possível fazer uma análise quanto ao comportamento do consumo e da demanda ao longo dos meses. Nos meses de seca em Brasília, de junho a outubro, o consumo é maior. Isso acontece devido à presença de grande quantidade de plantações dependentes de grande quantidade de água na fazenda. Quando as chuvas diminuem, a necessidade do uso das bombas de irrigação aumenta. No entanto, fazendo uma análise geral, isso nem sempre pode ser verificado já que no Laboratório de Nutrição Animal, onde estão localizados os aparelhos de maior potência nominal e que podem ficar muitos dias ou semanas ligados ininterruptamente, não há um comportamento relevante que se repita periodicamente. Nesse laboratório, as experiências e estudos que requerem aparelhos de alta potência ligados por muito tempo podem acontecer, ou não, em qualquer mês de qualquer época do ano, figuras 4.13 e 4.14. 35 Figura 4.13: Demanda registrada da fatura de energia elétrica da FAL, de agosto de 2004 a outubro de 2007. Atenção especial deve ser dada ao fato de que, desde junho de 2007, a demanda registrada tem excedido a contratada de 30 kW, figura 4.13. Provavelmente isso está relacionado ao fato de a CEB ter substituído a cabine e o conjunto de medição da FAL no dia 25 de junho de 2007. Tal troca fez-se necessária, como é discutido adiante, devido a erros de medição, especialmente com relação ao fator de potência. 36 Figura 4.14: Consumo ativo de energia elétrica da FAL, de agosto de 2004 até outubro de 2007. O novo conjunto de medição, aparentemente, está medindo valores de consumo maiores do que os anteriormente registrados. Isso pode estar ocorrendo devido ao uso simultâneo de equipamentos de alta potência nominal, como as bombas de irrigação, trituradores de ração e estufas, caso isso esteja ocorrendo é importante que haja alteração nos hábitos de uso desses equipamentos, de forma a evitar que eles sejam ligados ao mesmo tempo. Se, mesmo assim, for verificado que a demanda registrada continua sendo sistematicamente maior que a contratada, é importante que a FAL entre em contato com a CEB e solicite alterações no contrato. Nesse sentido, tendo em mãos um maior número de faturas de energia elétrica fornecidas pela CEB após a troca do conjunto de medição, estudos devem ser feitos sobre a adequação do contrato, se ele deve continuar sendo 37 convencional com outro valor de demanda contratada ou se essa estrutura tarifária deve ser alterada para horosazonal. Na figura 4.15 é possível notar que, quando a demanda registrada excede a contratada, a conta de energia aumenta consideravelmente. Essa figura também mostra que, nos meses de junho a outubro, a conta de energia elétrica possui valores maiores com relação aos meses vizinhos, apesar de a tarifa ser convencional. Isso deve-se ao fato já discutido de que, nesses meses, as chuvas em Brasília são pouco freqüentes e, conseqüentemente, o uso de bombas de água aumenta. Figura 4.15: Total cobrado pela CEB, de agosto de 2004 a outubro de 2007. 38 4.3.2 ANÁLISE DO FATOR DE POTÊNCIA E OUTROS ASPECTOS DAS FATURAS. Ao descumprir legislação em vigor que estalece um valor mínimo para o fator de potência, a unidade consumidora FAL é penalizada. Isso pode ser observado analisando a relação entre os valores totais cobrados pelo serviço da CEB e os fatores de potência de cada mês do período tomado para análise, em 2005, 2006 e 2007, tendo em vista que a cobrança do reativo excedente ocorre desde maio de 2005 e que o problema foi solucionado no final de junho de 2007. Figura 4.16: Demanda registrada de Potência Reativa da FAL de abril de 2005 a junho de 2007. 39 Figura 4.17: Fator de Potência em porcentagem da FAL de abril de 2005 a junho de 2007. Figura 4.18: Custo do Reativo excedente da FAL de abril de 2005 a junho de 2007. 40 Com o objetivo de reduzir esse reativo excedente registrado nas faturas da FAL, em outubro de 2006 houve manutenção e foi colocado em operação os bancos de capacitores atualmente instalados. Existem três bancos de capacitores instalados na FAL, todos localizados próximos à bomba de irrigação da ponte. Os três são de 25 kvar, dois fixos e um semi-automático conectado à bomba, isto é, esse banco de capacitores funcionará sempre que solicitado pela bomba da ponte. Atualmente, todos estão em funcionamento. No entanto, nas faturas posteriores não houve alterações nos valores registrados e, com isso, a empresa contratada para a instalação dos bancos de capacitores, foi acionada para verificar o que poderia estar ocorrendo. Foi constatado, pela empresa responsável, que os bancos de capacitores operavam normalmente. Em seguida, foi solicitado à CEB a realização da vistoria na cabine de medição. A CEB detectou que o medidor estava com defeito, o que, provavelmente, estaria causando a leitura errônea. Em 25 de junho de 2007 a CEB substituiu a cabine e o conjunto de medição da FAL. Na fatura de energia seguinte, de julho de 2007, foi constatado que o fator de potência subiu para 95,7%, com os bancos de capacitores fixos funcionando. Desde o dia três de dezembro de 2007, quando o semi-automático foi posto em funcionamento, todos estão ligados. De qualquer forma, foi verificado que a cobrança de reativo excedente pela falha do medidor ocorre desde maio de 2005, desse modo a UnB está solicitando à CEB o ressarcimento total desse valor que soma R$ 26.232,76. Quanto aos outros aspectos das faturas, de acordo com o que foi fornecido pela CEB, foi observado que os valores a seguir encontram-se dentro da normalidade, sem números excessivamente grandes: o DEC, horas, em média, que a região ficou sem energia 41 elétrica; o FEC, vezes, me média, que a região ficou sem energia elétrica; DIC, tempo, em horas, que o cliente ficou sem energia elétrica; o FIC, número de vezes que o cliente ficou sem energia elétrica; DMIC, duração máxima de interrupção contínua; entre outros indicadores. De qualquer forma, a FAL tem o direito de solicitar a apuração dos seus indicadores DIC, FIC e DMIC, que, nos meses analisados, anexo C, apresentaram valores apurados iguais a zero. Os valores apurados de DEC e FEC, cujos limites são 6:00 e 6,30, respectivamente, deixaram de ser fornecidos pela CEB a partir de outubro de 2005, mas até esse mês, a média dos valores apurados era de 0:16,5 para o DEC, com o menor valor sendo 0:13 e o maior 0:21, e para o FEC, média de 0,1775, variando de 0,10 a 0,34. 42 4.4 LEVANTAMENTO DE CARGAS O processo de levantamento das cargas da FAL permitiu a obtenção de dados importantes utilizados nas análises realizadas. Esse censo das cargas permitiu o conhecimento da potência instalada e dos hábitos de uso de cada local analisado. 4.4.1 COMPOSIÇÃO DA POTÊNCIA INSTALADA E DO CONSUMO TOTAL DA FAL A seguir, nas figuras 4.19 e 4.20, é possível ver gráficos que mostram os valores de potência instalada e consumo, estimado de acordo com os hábitos de uso fornecidos pelos técnicos, em cada edificação da FAL. Já nas figuras 4.21 e 4.22, tem-se, proporcionalmente, a contribuição de cada estabelecimento da FAL na determinação do consumo e da potência total instalada na FAL. Figura 4.19: Potência instalada em cada divisão da FAL. 43 Figura 4.20: Consumo de cada divisão da FAL. Tabela 4.2: Potência instalada e consumo com divisão por segmento. SEGMENTO ILUMINAÇÃO CONDICIONAMENTO DE AR AQUECIMENTO DE ÁGUA MOTORES DE USO ESPECÍFICO REFRIGERAÇÃO ESTUFAS E FORNOS TOMADAS GERAIS POTÊNCIA INSTALADA TOTAL (W) 18.271,50 CONSUMO (kWh) 2.197,69 6.650,00 7.486,00 44.400,00 485,60 157.301,00 5.035,52 6.061,00 41.813,00 77.009,00 5.458,32 12.558,52 8.742,22 44 Figura 4.21: Contribuição de cada divisão da FAL na potência total instalada. 45 Figura 4.22: Contribuição de cada divisão da FAL no consumo total. 46 Desses gráficos, é possível notar que no Galpão de Máquinas Agrícolas, figura 4.23, estão os equipamentos com maior potência nominal. No entanto, muitos desses equipamentos não são usados ou raramente o são. Nesse galpão estão localizadas muitas máquinas de ração, misturadores e separadoras, entre outras. Figura 4.23: Galpão de Máquinas Agrícolas. Quanto ao consumo, que foi calculado com base nos hábitos de consumo informados pelos técnicos de cada local, é possível ver que a Administração, figura 4.24, e o Viveiro da Engenharia Florestal, figura 4.25, são os maiores consumidores. Na primeira é onde ficam mais pessoas por mais tempo e as luzes ficam acessas o tempo todo, de noite por questões de segurança. Mas durante o dia tais luzes não precisam ficar ligadas o tempo todo, já que lá existem boas janelas que além de contribuir com iluminação natural podem também ajudar na climatização, diminuindo o uso do ar condicionado, também responsável por grande consumo de energia. Pertencem ao Viveiro da Engenharia Florestal as bombas responsáveis pela irrigação das culturas da fazenda. Tais máquinas são solicitadas mais ou menos a depender da época do ano, mais especificamente se o tempo está chuvoso ou não. Quanto menos chove, mais as bombas de água são usadas. No entanto, de qualquer forma, dois aparelhos 47 de ar condicionado precisam ficar ligados vinte e quatro horas por dia, todos os dias, enquanto houver vegetais a serem conservados a determinada temperatura. Figura 4.24: Entrada da Administração. Figura 4.25: Viveiro da Engenharia Florestal. 48 Nos alojamentos, figura 4.26, que possuem dez por cento da potência instalada total da FAL, estão localizados considerável número de lâmpadas, ventiladores e chuveiros. Entretanto, os doze quartos são utilizados com frequência muito baixa, por esse motivo, a participação efetiva dos alojamentos no consumo total da fazenda é bem pouca. Figura 4.26: Alojamentos. Outra divisão que merece comentários é o conjunto formado pelo Laboratório de Nutrição Animal da FAV/FAL, cujo consumo é bastante irregular, e instrumentos do Laboratório de Reprodução. No Laboratório de Nutrição, figura 4.27, existem equipamentos de potência nominal muito grande mas que são usados com baixa frequência, como estufas. Não é possível ignorar esses equipamentos, portanto, os técnicos responsáveis pela utilização desses equipamentos informam um consumo anual que nem se quer se repete anualmente e, aqui, esse consumo é rateado. Assim é obtido um consumo por dia, por mês para o preenchimento das tabelas, para os fins deste trabalho, essa análise é fundamental, pois assim é possível observar o consumo dos setores da fazenda com os mesmos critérios de estudo. 49 Figura 4.27: Laboratório de Nutrição Animal. 4.4.2 LEVANTAMENTO DE CARGAS NA FAL COM AGLUTINAÇÃO POR SEGMENTOS Gráficos mostrando as composições do consumo e da potência total instalada com relação aos diferentes segmentos de cargas também foram obtidos. Em anexo estão as tabelas mostrando a classificação de cada aparelho. 50 Figura 4.28: Potência Instalada Total dos segmentos consumidores da FAL. Figura 4.29: Consumo dos segmentos consumidores da FAL. 51 Figura 4.30: Contribuição de cada segmento na potência instalada total da FAL. Figura 4.31: Contribuição de cada segmento no consumo da FAL. 52 4.4.3 ILUMINAÇÃO O segmento de Iluminação, por possuir bom potencial de eficientização é tratado separadamente neste tópico. A tabela 4.3 e a figura 4.32 apresentam as parcelas percentuais e os valores correspondentes das iluminações fluorescentes e incandescentes quanto ao consumo e potência instalada total do segmento de iluminação. Tabela 4.3: Potência total instalada e consumo do segmento de iluminação da FAL. LÂMPADAS FLUORESCENTES LÂMPADAS INCANDESCENTES Potência Total (W) Consumo (kWh) 12.551,50 69% 1.431,17 65% 5.720,00 31% 766,52 35% Figura 4.32: Composição da iluminação da FAL. Além de serem de duas a quatro vezes mais eficientes em relação às lâmpadas incandescentes, as fluorescentes chegam a ter vida útil acima de dez mil horas de uso, normalmente esse tempo é de oito mil horas de uso, contra a durabilidade normal de mil horas das incandescentes. Por esse motivo, a troca das lâmpadas incandescentes por fluorescentes é fortemente aconselhada. Na FAL, as lâmpadas fluorescentes tubulares são encontradas em número muito maior em relação às compactas que ficam restritas a 53 algumas casas e não possuem grande freqüência de consumo. A tabela 4.4 mostra a contribuição de cada parte da FAL no segmento de iluminação, com separação da iluminação incandescente da fluorescente, com o objetivo de facilitar a identificação de locais com maiores potenciais de eficientização. Tabela 4.4: Contribuição de cada parte da FAL no segmento de iluminação. LOCAIS Centro de Primatologia Administração Salas de aula, de professores, salas auxiliares da administração e banheiros Lanchonete Cozinha Laboratório de Nutrição Animal da FAV/FAL e Instrumentos do Laboratório de Reprodução Viveiro da Engenharia Florestal Oficina Galpão de Máquinas Agrícolas Depósito de adubos Alojamentos Laboratório de Preservação de Madeiras Observatório Astronômico Casas Guarita da Entrada e Curral de Ovinos SEGMENTO DE ILUMINAÇÃO ILUMINAÇÃO ILUMINAÇÃO ‐ TOTAL INCANDESCENTE FLUORESCENTE POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA CONSUMO CONSUMO CONSUMO INSTALADA INSTALADA INSTALADA [kWh] [kWh] [kWh] [W] [W] [W] 1.465,00 128,92 240,00 21,12 1.225,00 107,80 462,50 2.370,00 200,00 480,00 262,50 1.890,00 2.500,00 324,00 ‐ ‐ 2.500,00 324,00 87,50 332,50 114,84 58,52 ‐ ‐ ‐ ‐ 87,50 332,50 114,84 58,52 2.375,00 209,00 100,00 8,80 2.275,00 200,20 100,00 8,80 100,00 8,80 ‐ ‐ 1.652,50 361,06 340,00 109,72 1.312,50 251,34 322,50 125,04 60,00 15,84 262,50 109,20 712,50 2.295,00 89,90 21,24 100,00 720,00 36,00 8,64 612,50 1.575,00 53,90 12,60 1.022,50 102,96 60,00 10,56 962,50 92,40 160,00 1,52 ‐ ‐ 160,00 3.290,00 1.594,00 1,52 388,20 103,23 54 3.290,00 388,20 ‐ ‐ 450,00 94,08 1.144,00 9,15 4.4.4 RETORNO DO INVESTIMENTO EM LÂMPADAS E OUTROS EQUIPAMENTOS MAIS EFICIENTES Quando comparadas às incandescentes, as lâmpadas fluorescentes possuem como características principais maior vida útil e menor consumo de energia elétrica. Em contrapartida, são comercializadas por um preço mais elevado. Portanto, sua utilização só é justificada se as características relacionadas a economia forem atendidas. Entre as lâmpadas de descarga estão as fluorescentes que podem ser compactas ou tubulares. Para os fins deste projeto, as lâmpadas compactas serão consideradas nas trocas, já que estas são instaladas mais facilmente, pois usam os mesmos bocais que as incandescentes, não se excluindo a importância de outros projetos mais completos. Para analisar o investimento na substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes é fundamental que se escolha uma referência comum de tempo. Neste trabalho, a forma de comparação utilizada é a do Valor Presente, em que todos os valores são comparados em função dos valores presentes, considerando taxa real de juros,isto é, a taxa nominal, descontada a inflação, de 10% a.a. Como registrado, a potência instalada total de lâmpadas incandescentes é de 5.720,00 W e o consumo estimado, em média, em um mês é de 766,52 kWh. Enquanto que a potência instalada total de lâmpadas fluorescentes é de 12.551,50 W e o consumo é de 1.431,17 kWh. Como é possível ver da tabela 4.3, apesar de a potência instalada total de lâmpadas incandescentes ser de 31% do total da iluminação, o consumo correspondente a essas lâmpadas é de 35% do total estimado. Propõe-se a substituição de todas as lâmpadas incandescentes, principalmente aquelas de maior uso, por outras, fluorescentes. Com essa substituição, tem-se que a potência instalada e o consumo têm o potencial de ser reduzidos em 80%, já que o uso de luz fluorescente permite reduzir o consumo de energia, aproximadamente nesta quantidade. 55 Uma lâmpada incandescente comum, que dura 8 vezes menos que uma fluorescente, tem uma eficiência de 8% (ou seja, 8% da energia elétrica usada é transformada em luz e o restante aquece o meio ambiente). Enquanto que a eficiência de uma lâmpada fluorescente, que produz a mesma iluminação, é da ordem de 32%. A tabela 4.5 fornece uma comparação, em termos de custo, entre as lâmpadas incandescente de 60 W e fluorescente de 15 W. A partir desse tipo de análise, o estudo sobre a viabilidade da substituição das lâmpadas da FAL pode ser realizado. Para levar em conta taxas de juros reais, foram calculados os valores atuais de todos os gastos com o auxilio de planilhas eletrônicas Excel. Essas planilhas apresentam todas as funções de matemática financeira pré-programadas e o cálculo do valor presente é direto. Tabela 4.5: Comparação entre as lâmpadas incandescente de 60 W e fluorescente de 15 W. Incandescente 60W Vida útil da lâmpada Preço da lâmpada(*) Custo da energia gasta em 8.000h.(**) Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida 1000h R$ 1,75 R$ 186,01 R$ 10,85 R$ 198,61 Fluorescente Compacta 15W 8.000h R$ 11,90 R$ 46,50 R$ 0 R$ 58,40 R$ 140,21 *Valores para lâmpada incandescente Osram de 715 lm e lâmpada fluorescente Keruma de 895 lm, correspondendo a uma iluminação de 75 W de lâmpada incandescente. Os preços foram obtidos do hipermercado Extra de Brasília, no Setor de Indústrias e Abastecimento no dia 19 de novembro de 2007. ** Considerando o custo aproximado da energia para efeito de cálculo R$ 0,50/kWh, obtido da análise das faturas de energia elétrica fornecidas pela CEB, Anexo C. Como a lâmpada incandescente objeto de estudo do trabalho, de 60 W custa R$ 1,75, estendendo a análise, a cada substituição de todas as lâmpadas incandescentes da FAL, cuja potência instalada é de 5.720,00 W, são desembolsados R$ 167,00. Considerando que o tempo de vida médio dessas lâmpadas é de 1.000 horas, em 8.000 56 horas, o gasto com a substituição delas seria de R$ 1.336,00, supondo que todas as substituições ocorressem ao mesmo tempo. Nesse ponto, o cálculo do valor presente é muito importante, ao fornecer valores em uma referência de tempo. As aproximações aqui assumidas podem não fornecer valores muito precisos, mas para os fins deste trabalho, em que o importante é manter a proporção entre os preços das lâmpadas, os dados encontrados são suficientes. Para efeito de cálculo, o custo da energia na FAL é considerado como sendo de R$ 0,50/kWh, obtido de uma análise do histórico da relação entre o que é pago à CEB e o consumo da FAL, o que fornece, para a potência instalada dada e o tempo de utilização considerado, um custo de R$ 17.671,13, em valores atuais ou presentes. E, finalmente, ao se somar todos os dispêndios, o custo total é encontrado. Procedimento similar é feito para as lâmpadas fluorescentes. Todos os valores obtidos encontram-se na tabela 4.6. Tabela 4.6: Comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes na FAL. Lâmpadas incandescentes a serem substituídas 5.720,00 W Lâmpadas fluorescentes a substituir as incandescentes 1.144,00 W Vida útil de cada lâmpada 1000h 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 2.722,72 Custo da energia gasta em 8.000h R$ 17.671,13 R$ 3.546,63 R$ 1.035,47 R$ 18.706,59 R$ 0 R$ 6.269,35 R$ 12.437,25 Potência total Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida 57 Como, em média, a taxa de utilização das lâmpadas incandescentes é de 6 horas por dia, 25 dias por mês, o que corresponde a 150 horas por mês, em 54 meses, isto é, após 4 anos e meio, o tempo de uso das lâmpadas alcançaria as 8.000 horas e a economia obtida seria de 12.437,25 reais, com taxas de juros reais de 10% a.a. De maneira similar é possível obter a tabela 4.7 que mostra o tempo do retorno do investimento. Pode-se ver que o tempo necessário para se ter o retorno do investimento inicial da substituição da iluminação incandescente por fluorescente é de 14,14 meses. Isto é, pouco depois de um ano e dois meses, o valor investido na troca das lâmpadas já terá se revertido em forma de economia na conta de luz e, a partir daí, toda a economia proveniente de tal troca será realmente sentida apesar de a quantidade de energia demandada diminuir a partir do momento em que, feita a troca, as lâmpadas forem solicitadas. Tabela 4.7: Retorno do investimento para o período de um ano, dois meses e cinco dias. Lâmpadas incandescentes a serem substituídas 5.720,00 W Lâmpadas fluorescentes a substituir as incandescentes 1.144,00 W Vida útil de cada lâmpada 1000h 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 2.722,72 Custo da energia gasta em 8.000h R$ 3.175,28 R$ 635,06 R$ 183,12 R$ 3.358,40 R$ 0 R$ 3.357,78 R$ 0,63 Potência total Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida 58 Essa é uma análise geral, feita para justificar a troca ou não das lâmpadas incandescentes por outras, fluorescentes, ao final da qual chega-se à conclusão de que tal troca é viável energética e economicamente. É oportuno registrar que não necessariamente todas as lâmpadas devem ser trocadas, por exemplo, a lâmpada incandescente vermelha do Observatório Astronômico que possui uso específico e baixa potência não precisa ser trocada. Como mais da metade da potênca instalada (56%) e boa parte do consumo (33%) devido à iluminação incandescente da FAL encontram-se nas casas das pessoas que moram no perímetro da fazenda, tabela 4.4, aqui é feita uma análise similar à anterior para esses locais que mais influenciam na quantidade de iluminação incandescente utilizada na FAL. A tabela 4.8 mostra os dados obtidos. Tabela 4.8: Comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes em todas as casas dos moradores da FAL. Lâmpadas incandescentes a serem substituídas 3.290,00 W Potência total 1000h Vida útil de cada lâmpada Custo com lâmpadas novas Custo da energia gasta em 8.000h Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida Lâmpadas fluorescentes a substituir as incandescentes 658,00 W 8.000h R$ 0 R$ 522,00 R$ 12.862,70 R$ 2.536,13 R$ 741,38 R$ 13.604,08 R$ 0 R$ 3.058,13 R$ 10.545,95 Portanto, realizadas somente as substituições das lâmpadas dos moradores da FAL, após 4 anos e meio, a economia obtida seria de, aproximadamente, R$ 10.546. 59 Diante de tais análises, reitera-se que a substituição da iluminação incandescente por fluorescente, mais eficiente, é muito importante e quanto antes for feita, melhor, pois assim existirá economia em termos financeiros e de recursos naturais. No segmento de refrigeração, existem equipamentos muito antigos que consomem muita energia , inclusive devido ao estado das borrachas das portas, apesar de não ser possível identificar a potência nominal de tais geladeiras (do Depósito de Adubos e do Viveiro da Engenharia Florestal). Mesmo não sendo possível fazer uma análise mais detalhada devido à falta dessas informações, existe um potencial de melhoria de tal situação com a troca desses equipamentos tendo em vista a grande evolução da tecnologia nessa área, onde é possível encontrar equipamentos muito eficientes e com preço bastante acessível. O segmento de aquecimento de água, composto por chuveiros, como é possível ver no anexo E, apesar de apresentar muita potência instalada, figura 4.30, não possui grande participação no consumo total da FAL, figura 4.31, isso ocorre devido ao fato de estarem instalados nos alojamentos muitos chuveiros, que são usados com pouca freqüência. Por esse motivo, quanto ao segmento de aquecimento de água, em princípio, não há nenhuma recomendação. Os motores de uso específico, importante segmento, em geral, apresentam-se em bom estado, muitos deles são novos. Já existem no mercado motores mais eficientes do que os que são usados na FAL, porém, tal troca ainda não é recomendada, pois, apesar de os motores da FAL não serem tão eficientes, eles funcionam bem e estão em bom estado de conservação, o suficiente para que ainda possam funcionar por certo tempo. 60 4.5 ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DAS INSTALAÇÕES Muitas instalações não obedecem a normas de segurança, o que coloca em risco a segurança das pessoas que trabalham nesses locais e das próprias instalações. Nestes casos, esses trabalhadores eram informados da irregularidade e orientados no sentido de tomar certas medidas que visariam diminuir os riscos. Foram encontradas infrações às seguintes Normas Regulamentadoras (NR’s): NR8: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham; NR10: Estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas; NR12: Estabelece as medidas preventivas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho; 61 4.5.1 VIVEIRO DA ENGENHARIA FLORESTAL Em um pequeno local de uso pessoal dos trabalhadores, localizado na parte superior do Viveiro da Engenharia Florestal, o sistema de iluminação é impróprio, usa-se uma extensão para ligar a lâmpada que usa como isolante um saco plástico, como se pode observar na figura 4.33. Essa instalação é claramente improvisada e sem estrutura ou motivo algum que justifique sua existência sob tal condição precária. Nesse caso, são diretamente descumpridas a NR8, o galpão é mal estruturado; a NR10, a instalação elétrica é precária, oferecendo diversos riscos, desde choques até incêndios; Figura 4.33: Estabelecimento do Viveiro da Engenharia Florestal. 62 4.5.2 GALPÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS No galpão das máquinas agrícolas, as instalações também precisam ser revistas, fios ficam soltos pelas paredes e com proteção ruim. Um animal ou pessoa poderia ter sérios problemas nestas instalações, e estas também poderiam ser prejudicadas. Nesse local a NR10 é diretamente desobedecida. A figura 4.34 mostra parte do problema. Figura 4.34: Galpão das Máquinas Agrícolas. 63 4.5.3 TRANSFORMADORES Alguns transformadores apresentam estados de conservação ruim, com fiação solta, o que se constitui sério problema de segurança. Tal situação é possível ver na figura 4.35. Esse é outro caso de infração direta da NR10, relativa à manutenção da estrutura elétrica. Figura 4.35: Transformador da FAL. 64 4.5.4 MAQUINÁRIO GERAL Algumas máquinas não estão em bons estados de conservação, deixando, assim, pessoas em risco e acelerando o processo de desgaste dos aparelhos. Como o freezer da área de dormitórios, na figura 4.36, que fica exposto aos efeitos de sol e chuva. Nesse caso não é seguida a NR12, há equipamentos em péssimas condições. Figura 4.36: Área dos Dormitórios. 4.5.5 PONTE Na ponte, a NR12 é descumprida, pois quando da passagem de carros ou chuvas torrenciais, barro ou qualquer outra coisa pode cair na bomba devido à sua má localização, muito próxima à estrada e sem proteção adicional. Sua proteção contra animais também não é suficiente e o estado de conservação também é inadequado, em que se observam fios de alta tensão em locais de fácil acesso e úmidos. A sugestão seria reconstruir a casa de proteção com a porta virada para o outro lado, contra a estrada, fechá-la com grade e 65 cadeado e revisar todo o estado de conservação da máquina e seus acessórios. As fotos 4.37, 38 e 39 ilustram a situação. Figura 4.37: Bomba de água da Ponte. Figura 4.38: Bomba de água da Ponte. 66 Figura 4.39: Ruim estado de conservação na Ponte. Ainda na ponte, observa-se, na foto abaixo, a falta de um cadeado, objeto que garantiria maior dificuldade de acesso ao local que deveria estar protegido, na figura 4.40. 67 Figura 4.40: Próximo à Ponte. 4.6 SUGESTÕES GERAIS Para reduzir o consumo específico de energia elétrica deve se ter em vista o fato de que ele é dado pela relação: Potência x Tempo (Wh), portanto, existem 2 opções. A primeira é diminuir a potência e a outra é diminuir o tempo de funcionamento. Para diminuir a potência, equipamentos mais eficientes devem ser utilizados e a possibilidade da redução da simultaneidade da operação das diversas cargas que compõem a instalação deve ser verificada. Para diminuir o tempo de funcionamento deve-se atuar na mudança de hábitos e processos e uma alternativa pode ser utilizar o recurso da automação, mas para os fins deste trabalho, essa última opção não será analisada ou sugerida. Para cada setor da fazenda, existem algumas medidas que podem ser tomadas de imediato, com baixo custo e fácil aplicação, mas que podem produzir bons efeitos na redução do consumo de energia elétrica da fazenda: 68 • Substituição das lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes que, como já trabalhado em tópico específico, dão aproximadamente a mesma luminância, mas poupam 80% da energia elétrica utilizada e duram 8 vezes mais; • Conscientizar os moradores das casas que estão dentro do perímetro da FAL sobre a importância do uso racional de seus aparelhos eletrodomésticos, como chuveiros, máquinas e ferro de passar roupas. Essas pessoas não pagam pela energia que consomem, a FAL é a responsável por esse pagamento, daí a importância dessa conscientização; • Usar, sempre que possível, luz e ventilação natural, principalmente no Laboratório de Nutrição Animal da FAV/FAL onde existe grande quantidade de lâmpadas e aparelhos de ar condicionado, porém, lá também existem muitas janelas e paredes de vidro; • Evitar abrir desnecessariamente as portas de refrigeradores, geladeiras, salas de refrigeração e fornos das cozinhas e, quando o fizer, ser o mais rápido possível. Verificar periodicamente o estado das borrachas das portas; • Antes de comprar equipamentos novos, verificar se há nele a etiqueta do PROCEL, optar por aqueles que apresentam menor consumo de energia; • Desligar qualquer equipamento elétrico que não estiver em uso. Evitar o modo stand-by; • Optar por ar-condicionado Classe A, mais econômicos; • Trocar equipamentos elétricos muito antigos por outros mais novos, como as geladeiras do Depósito de Adubos e do Viveiro da Engenharia Florestal, ou realizar corretas manutenções quando a relação custo-benefício assim o permitir; • Limpar os filtros dos aparelhos de ar condicionado e evitar que suas partes externas estejam em locais fechados ou quentes; • Vistoriar periodicamente o eixo do motor-bomba de água, em caso de vazamento, provavelmente é caso de desgaste da gaxeta e • Na administração, desligar a copiadora e as impressoras quando não estiverem sendo utilizadas. 69 Tendo em vista que quanto maior for o fator de carga menor será o preço médio da energia elétrica e que o que ocasiona valores baixos de fator de carga é a concentração de cargas em determinados períodos, a seguir, são apresentadas algumas medidas a serem adotadas para aumentar o fator de carga da FAL: • Selecionar e reprogramar os equipamentos e sistemas que possam operar fora do horário de maior demanda da fazenda, como as bombas de irrigação, que não precisam ser ligadas ao mesmo tempo nem em horários determinados, isto é, é possível que essas bombas sejam ligadas um pouco antes ou depois dos horários de maior demanda da fazenda, ao escurecer, por exemplo. É importante fazer um cronograma de utilização desses equipamentos, anotando a capacidade e o regime de trabalho de cada um, através de seus horários de funcionamento; • Diminuir, sempre que possível, a operação simultânea dos equipamentos, como com as bombas de água do Viveiro da Florestal, em que é possível irrigar diferentes locais em horários diferentes, não todos no fim da tarde, simultaneamente e • Verificar periodicamente se a manutenção e a proteção da instalação elétrica e dos equipamentos estão adequadas, de modo a se evitar a ocorrência de curtos-circuitos e fugas de corrente. As causas mais comuns da ocorrência de baixo fator de potência são: • Motores e transformadores operando a “vazio” ou com pequenas cargas; • Motores e transformadores superdimensionados; • Grande quantidade de motores de pequena potência; • Máquinas de solda, presente na oficina e • Lâmpadas de descarga: fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio – sem reatores de alto fator de potência. 70 Os benefícios de um alto fator de potência são grandes. Com objetivo de diminuir o excesso de potência reativa solicitado pela FAL, devem ser evitadas as situações acima e, caso seja necessário, o banco de capacitores presente na fazenda deve ser revisado. A economia de energia é vantajosa a todos os envolvidos. Ganha a FAL, que paga menos pela energia, o setor elétrico, que posterga investimentos necessários ao atendimento de novos clientes, e a sociedade como um todo, pois, além dos recursos economizados, as atividades de eficiência energética geram empregos através do próprio serviço e da utilização de equipamentos, em sua quase totalidade fabricada no país, e contribuem para conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população, evitando as agressões ambientais inerentes à construção de usinas hidrelétricas ou ao funcionamento de usinas térmicas. 4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este capítulo mostra todos os resultados obtidos na análise do consumo de energia elétrica, no levantamento de cargas, na identificação da rede elétrica e na adequação das instalações da Fazenda Água Limpa. As análises e informações apresentadas nesse capítulo podem ser de grande importância para futuros trabalhos na área de eletricidade da fazenda, além permitirem que sugestões imediatas sejam dadas visando à eficiência energética da FAL. 71 5 CONCLUSÃO Este projeto forneceu o mapeamento da rede elétrica da Fazenda Água Limpa; os registros das características dos transformadores; a análise do histórico do consumo de energia elétrica, em que problemas foram identificados e soluções foram propostas; o levantamento das cargas, que permitiu o registro da potência instalada em cada local e dos hábitos de uso, o que serviu de base para estudos de viabilidade de investimentos em trocas de equipamentos; e a análise da adequação das instalações que tornou possível a identificação de problemas de segurança. O fato de inexistir documentação alguma a respeito de tais assuntos torna este trabalho algo de grande utilidade, pois além das análises aqui apresentadas, outras podem ser feitas e futuros estudos de eficiência energética podem ser realizados na FAL tomando como referência os registros apresentados. Esses trabalhos tornaram possível a elaboração de uma lista de sugestões entre as quais, sanar riscos em questões de segurança e trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes, com uma análise da viabilidade e tempo de retorno do investimento inicial de tal troca. De qualquer forma, esses documentos podem servir de base para outros projetos visando ao aumento da eficiência energética da FAL. Para que o presente documento possa atingir seu objetivo principal, o de diminuir o consumo de energia elétrica da FAL, é muito importante a colaboração dos principais envolvidos em cada setor da fazenda, visando à atribuição de responsabilidades e ao comprometimento com as medidas a serem adotadas. As pessoas geralmente têm resistências às mudanças quando estas não possuem influências diretas nos seus trabalhos, por isso é importante a existência de programas de educação dos trabalhadores nesse sentido. Os estudos, análises e documentos apresentados podem contribuir muito no aumento da eficiência energética da FAL. As sugestões aqui apresentadas já são um 72 importante passo nesse sentido. É importante haver continuidade nesse trabalho e educação das pessoas envolvidas, moradores, pesquisadores, técnicos e funcionários para que eles possam colaborar atendendo ao que for sugerido nesse e em futuros projetos no sentido de mudar alguns hábitos de uso de equipamentos. 73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVAREZ, A. L. M. Uso racional e eficiente de energia elétrica. 1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo. ANEEL. Resolução n. 456 de 29 de Novembro de 2000. Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica. Relator: José Mário Miranda Abdo. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília 30 nov. 2000. Sec.1, p. 35, v. 138, n. 230-E. Atkins, P. W., Físico-Química, vol. 1, 6ª edição, Editora LTC, Rio de Janeiro, 1999. ATLAS DE ENERGIA ELÉTRICA DO BRASIL, 2ª edição, Agência Nacional de Energia Elétrica do Brasil – ANEEL. Camargo, I. Noções Básicas de Engenharia Econômica. Finatec – Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos: Brasília. 1998. CEMIG - Clientes Públicos. Disponível <http://www.cemig.com.br/consumidores_publicos/comissao/21.asp > Acessado em em 1.11.2007. COTRIM, A.A.M.B. Instalações Elétricas. Editora Pearson Prentice Hall: São Paulo. 4ª Edição. 2003. EDP Energias de Portugal, Guia Prático da Eficiência Energética – o que saber e fazer para sustentar o futuro. ADENE Agência para Energia; 2006. ENERSUL Energias do Brasil, <http://www.enersul.com.br/aescelsa/pesquisa-escolar/links.asp> 31.10.2007. 74 Disponível Acessado em em Fazenda Água Limpa. Disponível em < http://www.unb.br/fal/ > Acessado em 24.10.2007. HADDAD, J.; HORTA NOGUEIRA, L. A.; ISONI, M.; RIVETTI ROCHA, L. R.; GUIMARÃES MONTEIRO, M. A.; RIBEIRO ROCHA, N. Disseminação de Informações em Eficiência Energética. Gerenciamento de Energia Elétrica em Prédios Públicos. Elaborado por Efficientia/Fupai. Os direitos de impressão deste trabalho são reservados à Eletrobrás, 2004. Instituto Nacional de Eficiência Energética - INEE. Disponível em <http://www.inee.org.br/default.asp > Acessado em 31.10.2007. KRAUSE, C. B., et al. Manual de prédios eficientes em energia elétrica. José Luiz Pitanga Maia (Coord.). Rio de Janeiro: IBAM/ELETROBRÁS/PROCEL, 2002. 228p. 28cm. MACIEL, B.R.V. Estudo da Caldeira do RU e dos Permissionários da UnB. Monografia a ser apresentada como requisito de conclusão do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília – UnB, Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 111 p. 2006b. MACINTYRE, A.J; NISKIER, J. Instalações Elétricas. Editora LTC: Rio de Janeiro. 4ª Edição. 2000. Ministério do Trabalho e Emprego - Legislação - Normas Regulamentadoras. Disponível em < http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp> Acessado em 06.12.2007. NISKIER, J. Manual de Instalações Elétricas. Editora LTC: Rio de Janeiro. 1ª Edição. 2005. OLIVEIRA, L.S. Gestão do Consumo de Energia Elétrica no campus da UnB. Dissertação de Mestrado em Engenharia Elétrica, Publicação PPGENE.DM-268/06, Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 219 p. 2006b. 75 Wikipédia, Enciclopédia Livre. Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_el%C3%A9trica> Acessado em 30.10.2007. XAVIER, P.A.C. Avaliação das características elétricas de reatores eletrônicos utilizados em lâmpadas fluorescentes tubulares. 2005. 179 f.. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) - Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2005. 76 ANEXOS 77 A. REATIVO EXCEDENTE DA FAL DATA REATIVO EXCEDENTE NA FAL FATOR DE POTÊNCIA CONSUMO REATIVO (kvarh) CUSTO (R$) 04/2005 5.520,00 100,00 - 05/2005 4.920,00 12,10 3.102,48 06/2005 5.880,00 59,20 763,99 07/2005 7.920,00 59,61 928,84 08/2005 6.960,00 56,77 945,09 09/2005 6.720,00 50,76 1.192,96 10/2005 1.320,00 98,36 - 11/2005 1.440,00 96,89 - 12/2005 3.840,00 82,00 147,50 01/2006 6.240,00 44,72 952,99 02/2006 6.000,00 51,44 622,80 03/2006 6.240,00 38,96 901,53 04/2006 6.840,00 37,41 932,01 05/2006 6.120,00 45,41 780,63 06/2006 7.440,00 48,08 1.146,42 07/2006 9.120,00 45,65 1.264,15 08/2006 8.520,00 46,21 1.442,57 09/2006 9.000,00 47,05 1.469,91 10/2006 6.600,00 41,38 968,82 11/2006 6.120,00 42,57 874,48 12/2006 7.200,00 43,66 1.138,81 01/2007 5.160,00 26,87 1.032,94 78 02/2007 6.600,00 37,13 787,95 03/2007 6.240,00 46,08 827,79 04/2007 6.120,00 36,69 1.172,69 05/2007 7.083,00 46,51 1.482,13 06/2007 6.840,00 56,46 1.353,28 95,70 26.232,76 07/2007 6.360,00 TOTAL GERAL (R$) *A partir de julho de 2007, resolvido o problema do suposto reativo excedente, este parou de ser cobrado pela CEB. 79 B. FATURA DE ENERGIA ELÉTRICA DA FAL 80 C. HISTÓRICO DAS FATURAS DE ENERGIA ELÉTRICA DA FAL DADOS DETALHADOS DAS FATURAS NOS ANOS DE 2005 E 2006 Data 01/2005 02/2005 03/2005 04/2005 05/2005 06/2005 07/2005 08/2005 09/2005 10/2005 11/2005 12/2005 01/2006 02/2006 03/2006 04/2006 05/2006 06/2006 07/2006 08/2006 09/2006 10/2006 11/2006 12/2006 Demanda Contratada (kw) 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 Demanda Registrada (kw) 22,00 14,00 11,00 14,00 17,00 23,00 23,00 25,00 22,00 25,00 19,00 22,00 19,00 17,00 14,00 13,00 16,00 22,00 19,00 24,00 30,00 17,00 17,00 20,00 Demanda Faturada (kw) 22,00 14,00 11,00 14,00 17,00 23,00 23,00 25,00 22,00 25,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 Consumo Ativo (kwh) 9.840,00 600,00 4.320,00 5.880,00 4.800,00 3.960,00 7.200,00 5.640,00 5.520,00 3.120,00 3.600,00 2.640,00 2.760,00 3.120,00 4.080,00 4.680,00 4.440,00 4.800,00 3.000,00 2.880,00 3.480,00 Consumo Reativo (kvarh) 3.000,00 4.800,00 6.000,00 5.520,00 4.920,00 5.880,00 7.920,00 6.960,00 6.720,00 1.320,00 1.440,00 3.840,00 6.240,00 6.000,00 6.240,00 6.840,00 6.120,00 7.440,00 9.120,00 8.520,00 9.000,00 6.600,00 6.120,00 7.200,00 81 Fator de Potência 95,65 100,00 100,00 100,00 12,10 59,20 59,61 56,77 50,76 98,36 96,89 82,00 44,72 51,44 38,96 37,41 45,41 48,08 45,65 46,21 47,05 41,38 42,57 43,66 FP 0,9565 1 1 1 0,121 0,592 0,5961 0,5677 0,5076 0,9836 0,9689 0,82 0,4472 0,5144 0,3896 0,3741 0,4541 0,4808 0,4565 0,4621 0,4705 0,4138 0,4257 0,4366 EREX 0 0 0 0 3.102,48 763,99 928,84 945,09 1.192,96 0 0 147,5 952,99 622,8 901,53 932,01 780,63 1.146,42 1.264,15 1.442,57 1.469,91 968,82 874,48 1.138,81 Média Média Média Diária Trimestral Anual (kwh) Dias (kwh) (kwh) 10740 6720 34 289.4 10930 7400 29 0 10250 6160 28 0 9350 3280 29 0 8270 0 29 20,6 7250 200 33 130,9 6530 1640 29 202,7 5880 3600 31 154,8 5020 5000 32 123,7 4130 4880 29 248,2 4080 5320 29 194,4 4240 5600 33 167,2 3980 6120 30 104 3420 4760 55 65,4 3720 4080 29 91 3940 3120 30 92 4170 3000 33 94,5 4380 2840 29 140,6 4360 3320 30 156 4260 3960 32 138,7 4230 4400 30 160 4300 4640 33 90,9 3950 4080 31 92,9 3720 3560 30 116 Data DIC Limite ENCARGO CONTRIBUIÇÃO LOC. DE CAPACIDADE DIC, FIC e DMIC - FIC - ALÍQUOTA DE I. PÚBLICA TRANSF. EMERGENCIAL COFINS (R$) (R$) (R$) 3% (R$) Apurados Limites ICMS IRRF CSLL PIS (R$) (R$) (R$) 1% 0,65% Valor(R$) 1,2% 01/2005 10,00 0 8,00 25% 359,78 140,16 87,9 4.003,16 02/2005 10,00 0 8,00 12% 359,78 140,16 0 1.221,57 03/2005 10,00 0 7,00 12% 359,78 140,16 0 1.066,94 04/2005 10,00 0 7,00 12% 359,78 140,16 0 1.221,57 05/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 140,16 4,79 4.762,48 06/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 140,16 34,55 3.604,78 07/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 140,16 42,3 108,23 43,29 36,07 23,45 3.896,84 08/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 140,16 22,39 105,17 42,07 35,05 22,78 3.800,75 09/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 140,16 18,47 116,22 46,48 38,74 25,18 4.147,43 10/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 140,16 33,59 109,6 43,84 36,53 23,74 3.939,59 11/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 140,16 26,31 62,44 24,97 20,81 13,52 2.459,60 12/2005 10,00 0 7,00 25% 359,78 0 0 65,81 26,32 21,93 14,26 2.425,43 01/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 280,32 0 72,71 29,08 24,23 15,75 2.864,44 02/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 140,16 0 65,91 26,36 21,97 14,28 2.510,84 82 03/2006 04/2006 10,00 10,00 0 0 7,00 7,00 25% 25% 302,07 302,07 140,16 140,16 0 0 70,26 70,26 28,1 28,1 23,42 23,42 15,22 2.647,28 15,22 2.647,40 05/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 277,85 0 69,07 27,62 23,02 14,96 2.747,71 06/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 0 0 85,66 34,26 28,55 18,56 2.990,61 07/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 555,7 0 92,96 37,18 30,98 20,14 3.796,18 08/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 277,85 0 96,71 38,68 32,23 20,95 3.615,13 09/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 277,85 0 99,07 39,62 33,02 21,46 3.689,13 10/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 277,85 0 73,47 29,39 24,49 15,92 2.909,74 11/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 277,85 0 70,03 28,01 23,34 15,17 2.777,87 0 81,75 32,7 27,25 IDENTIFICAÇÃO 17,71 2.867,70 12/2006 10,00 0 7,00 25% 302,07 0 LIGAÇÃO CLASSIFICAÇÃO TENSÃO DE FORNECIMENTO GRUPO LIMITE LIMITE A SUPERIOR P. PÚBLICO NOMINAL INFERIOR 7967 7568 8206 13800 13110 14214 DIC: Tempo, em horas, que o cliente ficou sem energia elétrica. FIC: Número de vezes que o cliente ficou sem energia elétrica. DMIC: duração máxima de interrupção contínua. O cliente tem o direito de solicitar a apuração dos seus indicadores DIC, FIC e DMIC. 83 466.793 – X FATURAS DE ABRIL DE 2004 A OUTUBRO DE 2007: Data Demanda Contratada (kw) Demanda Registrada (kw) Consumo Ativo (kwh) Consumo Reativo (kvarh) Fator de Potência FP Valor (r$) 08/2004 - 64,00 15.120,00 8.160,00 88,00 0,880 7.317,86 09/2004 - 56,00 14.640,00 7.800,00 88,25 0,883 7.278,03 10/2004 - 55,00 7.800,00 8.160,00 69,09 0,691 6.461,20 11/2004 - 14,00 3.720,00 5.040,00 59,38 0,594 2.736,89 12/2004 - 42,00 8.640,00 8.280,00 72,24 0,722 5.658,39 01/2005 - 22,00 9.840,00 3.000,00 95,65 0,957 4.003,16 02/2005 - 14,00 - 4.800,00 100,00 1,000 1.221,57 03/2005 - 11,00 - 6.000,00 100,00 1,000 1.066,94 04/2005 - 14,00 - 5.520,00 100,00 1,000 1.221,57 05/2005 - 17,00 600,00 4.920,00 12,10 0,121 4.762,48 06/2005 - 23,00 4.320,00 5.880,00 59,20 0,592 3.604,78 07/2005 - 23,00 5.880,00 7.920,00 59,61 0,596 3.896,84 08/2005 - 25,00 4.800,00 6.960,00 56,77 0,568 3.800,75 09/2005 - 22,00 3.960,00 6.720,00 50,76 0,508 4.147,43 10/2005 - 25,00 7.200,00 1.320,00 98,36 0,984 3.939,59 11/2005 30,00 19,00 5.640,00 1.440,00 96,89 0,969 2.459,60 84 12/2005 30,00 22,00 5.520,00 3.840,00 82,00 0,820 2.425,43 01/2006 30,00 19,00 3.120,00 6.240,00 44,72 0,447 2.864,44 02/2006 30,00 17,00 3.600,00 6.000,00 51,44 0,514 2.510,84 03/2006 30,00 14,00 2.640,00 6.240,00 38,96 0,390 2.647,28 04/2006 30,00 13,00 2.760,00 6.840,00 37,41 0,374 2.647,40 05/2006 30,00 16,00 3.120,00 6.120,00 45,41 0,454 2.747,71 06/2006 30,00 22,00 4.080,00 7.440,00 48,08 0,481 2.990,61 07/2006 30,00 19,00 4.680,00 9.120,00 45,65 0,457 3.796,18 08/2006 30,00 24,00 4.440,00 8.520,00 46,21 0,462 3.615,13 09/2006 30,00 30,00 4.800,00 9.000,00 47,05 0,471 3.689,13 10/2006 30,00 17,00 3.000,00 6.600,00 41,38 0,414 2.909,74 11/2006 30,00 17,00 2.880,00 6.120,00 42,57 0,426 2.777,87 12/2006 30,00 20,00 3.480,00 7.200,00 43,52 0,435 2.867,70 01/2007 30,00 12,00 292,28 878,02 26,87 0,269 2.514,57 02/2007 30,00 12,00 2.640,00 6.600,00 37,13 0,371 2.506,66 03/2007 30,00 18,00 3.240,00 6.240,00 46,08 0,461 2.699,23 04/2007 05/2007 30,00 30,00 18,00 28,00 2.400,00 3.720,00 6.120,00 7.080,00 36,69 46,51 0,367 0,465 2.824,56 3.373,86 85 06/2007 30,00 41,00 4.680,00 6.840,00 56,46 0,565 4.344,65 07/2007 30,00 60,00 21.000,00 6.360,00 95,70 0,957 7.813,76 08/2007 30,00 68,00 18.000,00 12.600,00 81,92 0,819 8.520,68 09/2007 30,00 68,00 17.640,00 13.200,00 80,06 0,801 8.852,26 10/2007 65,00 70,00 18.000,00 13.560,00 79,87 0,799 6.514,64 13.120,00 80,62 MÉDIA 86 D. LEVANTAMENTO DE CARGAS DA FAL Tabela D1 : Levantamento de carga instalada no Centro de Primatologia. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NO CENTRO DE PRIMATOLOGIA DESCRIÇÃO Origem Registro Funcionamento Potência Pot Total (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 28 1.120,00 4 22 98,56 7,50 14 105,00 4 22 9,24 Lâmpada incandescente 60,00 4 240,00 4 22 21,12 Televisão Philips 14'' 60,00 1 60,00 2 22 2,64 Aparelho de som Sony 150,00 1 150,00 2 22 6,60 Computador Freezer Consul 310, modelo HA3CO 600,00 2 1.200,00 4 22 105,60 FUB 148126 213,00 1 213,00 24 30 153,36 Estufa Retilinea FUB 47034 100,00 1 100,00 NÃO É USADO - Ar condicionado FUB 236345 950,00 1 950,00 87 24 30 684,00 Geladeira Consul biplex modelo RD41AO FUB 147696 131,00 1 131,00 24 30 94,32 Refrigerador R360 Electrolux FUB 234170 102,00 1 102,00 24 30 73,44 Bebedouro IBBL BAG40 FUB 256965 174,00 1 174,00 24 22 91,87 Geladeira Consul biplex 450 FUB 204044 133,00 1 133,00 24 30 95,76 TOTAL 4.678,00 88 1.436,51 Tabela D2 : Levantamento de carga instalada na Administração. DESCRIÇÃO LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NA ADMINISTRAÇÃO Funcionamento Potência Pot Total Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Televisão Sony 21'' 110,00 1 110,00 1 22 24,20 Lâmpada fluorescente Reator de lâmpada fluorescente 40,00 6 240,00 24 30 1.728,00 7,50 3 22,50 24 30 162,00 Lâmpada incandescente ext. 100,00 2 200,00 8 30 480,00 Computador 600,00 1 600,00 8 22 1.056,00 1.000,00 1 1.000,00 6 22 1.320,00 Computador e Impressora Ar condicionado Consul FUB 236345 950,00 1 950,00 2 22 418,00 Refrigerador Consul compacto FUB 120604 90,00 1 90,00 24 30 648,00 Bebedouro Belliere Juninho FUB 167977 170,00 1 170,00 24 22 897,60 TOTAL 3.382,50 89 6.733,80 Tabela D3 : Levantamento de carga instalada nas salas de aula, de professores, salas auxiliares da administração e banheiros. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NAS SALAS DE AULA, DE PROFESSORES, SALAS AUXILIARES DA ADMINISTRAÇÃO E BANHEIROS Funcionamento Potência Pot Total Consumo DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) (kWh) Horas/dia Dias/mês Lâmpada fluorescente 40,00 34 1.360,00 8 12 130,56 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente Ar condicionado Consul 6th sense 40,00 24 960,00 8 22 168,96 7,50 17 90,00 8 12 8,64 7,50 12 90,00 8 22 15,84 950,00 1 950,00 3 4 11,40 600,00 9 5.400,00 8 22 950,40 FUB 239767 Computador Ventilador de teto FUB 164155 130,00 1 130,00 8 12 130,56 Ventilador de teto FUB 164159 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Ventilador de teto FUB 164153 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Ventilador de teto FUB 164152 130,00 1 130,00 8 12 12,48 90 Ventilador de teto FUB 164156 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Ventilador de teto TOTAL FUB 164154 130,00 1 130,00 9.630,00 8 12 12,48 1.478,76 91 Tabela D4 : Levantamento de carga instalada na lanchonete. DESCRIÇÃO LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NA LANCHONETE Funcionamento Potência Pot Total Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente Refresqueira Juice Dispenser FUB 174383 Consumo (kWh) 40,00 2 80,00 12 22 21,12 7,50 1 7,50 12 22 1,98 100,00 1 100,00 12 22 26,40 150,00 1 150,00 6 22 19,80 Depurador de ar SUGGAR Expositor de salgados Veneza ciec FUB 147696 130,00 1 130,00 12 22 34,32 Refrigerador Electrolux FUB 199970 120,00 1 120,00 24 30 86,40 TOTAL 587,50 92 190,02 Tabela D5 : Levantamento de carga instalada na cozinha. DESCRIÇÃO LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NA COZINHA Funcionamento Potência Pot Total Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 20,00 14 280,00 8 22 49,28 7,50 7 52,50 8 22 9,24 Televisão DAEWOO 75,00 1 75,00 3 22 4,95 24 30 158,40 Freezer Consul horizontal FUB 181082 220,00 1 220,00 Ventilador de teto FUB 164151 130,00 1 130,00 Freezer Metalfrio 350,00 1 350,00 24 30 252,00 Freezer Metalfrio Freezer Consul horizontal pequeno Geladeira Electrolux Prosdócimo double D44 Forno Elétrico LAYR Crystal 1.75 350,00 1 350,00 24 30 252,00 NÃO É USADO - FUB 104687 130,00 1 130,00 24 30 93,60 FUB 157400 210,00 1 210,00 24 30 151,20 FUB 174380 1.750,00 1 1.750,00 2 22 77,00 Ventilador de teto FUB 164158 130,00 1 130,00 4 22 11,44 Ventilador de teto FUB 186470 130,00 1 130,00 4 22 11,44 93 Aquecedor de alimentos Anamonte 624853 Forno Elétrico Progás Cilindro para massa de salgados G.PANIZ FUB 167981 130,00 1 130,00 4 22 11,44 3.500,00 1 3.500,00 3 12 126,00 1.750,00 1 1.750,00 1 12 21,00 TOTAL 9.187,50 1.228,99 94 Tabela D6 : Levantamento de carga instalada no Laboratório de Nutrição Animal da FAV/FAL e instrumentos do Laboratório de Reprodução. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL DA FAV/FAL E INSTRUMENTOS DO LABORATÓRIO DE REPRODUÇÃO Funcionamento Potência Pot Total Consumo DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) (kWh) Horas/dia Dias/mês Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada flurescente 40,00 52 2.080,00 4 22 183,04 7,50 26 195,00 4 22 17,16 Lâmpada incandescente 100,00 1 100,00 4 22 8,80 24 4 78,72 Estufa FANEM modelo 330 Estufa de Secagem e Esterilização modelo 315 SE Destilador de água GFL Gesellschaft fur Labortechnick mbk Estufa de Cultura modelo 002 CB FANEM Agitador de peneiras magnético para análises granulométricas Moinho TE - 631 TECNAL FUB 223069 820,00 1 820,00 FUB 93364 1.012,00 1 1.012,00 NÃO É USADO - FUB 221698 9.000,00 1 9.000,00 NÃO É USADO - FUB 91075 130,00 1 130,00 NÃO É USADO - FUB 214949 130,00 1 130,00 - FUB 214875 500,00 1 500,00 NÃO É USADO RARAMENTE É USADO 95 - Estufa para Secagem e esterilização MARCONI Estufa com circulação e renovação de ar TECNAL Estufa Nova Ética modelo DA420 Freezer Metalfrio modelo DA420 FUB 214951 1.200,00 1 1.200,00 24 25 720,00 1.500,00 1 1.500,00 24 15 540,00 FUB 221196 3.100,00 1 3.100,00 24 15 1.116,00 FUB 243506 350,00 1 350,00 24 30 252,00 Freezer Consul horizontal 530 Geladeira Brastemp 440 duplex FUB 214223 184,00 1 184,00 24 30 132,48 FUB 101235 200,00 1 200,00 24 30 144,00 Geladeira Consul FUB 214224 133,00 1 133,00 24 30 95,76 Freezer Consul 300 Centrífuga Excelsa II mod. 206BL Determinador de extrato etério TECNAL TE - 044 Agitador magnético MA085 MARCONI Centrífuga microhematócito Quimes FUB 214226 115,00 1 115,00 24 30 82,80 FUB 214954 600,00 1 600,00 1 1 0,60 FUB 214876 1.600,00 1 1.600,00 6 8 76,80 FUB 215511 500,00 1 500,00 8 7 28,00 FUB 227543 200,00 1 200,00 12 14 33,60 Destilador de água FUB 185919 4.000,00 1 4.000,00 6 22 528,00 Mufla MARCONI FUB 214952 4.400,00 1 4.400,00 8 8 281,60 Chapa Aquecedora Nova Ética FUB 214334 1.500,00 1 1.500,00 8 8 96,00 96 Controlador de Temperatura Bloco Digestor de Proteína FUB 214871 2.200,00 2.200,00 1 1 2.200,00 2.200,00 8 8 8 8 140,80 140,80 Balança AG200 FUB 214331 85,00 1 85,00 8 22 14,96 Balança BG2000 FUB 214333 85,00 1 85,00 8 22 14,96 Balança BG8000 FUB 214332 85,00 1 85,00 8 22 14,96 Mufla Linn Elextro Therm Destilador de Proteína TECNAL TE - 873 FUB 20951 1.000,00 1 1.000,00 12 4 48,00 FUB 214873 1.500,00 1 1.500,00 6 8 72,00 Ar Condicionado Tempstar FUB 231407 950,00 1 950,00 8 22 167,20 Ar Condicionado Hitachi FUB 255191 950,00 1 950,00 8 22 167,20 Refrigerador Bosch Style 36 FUB 241029 300,00 1 300,00 NÃO É USADO - Balança Digimed KN 300 FUB 221910 80,00 1 80,00 NÃO É USADO - Microscópio Olympus FUB 223067 15,00 1 15,00 NÃO É USADO - 100,00 1 100,00 NÃO É USADO - 130,00 1 130,00 Balança Ainsworth Type 10 N Agitador de Tubos A56 PHOENIX FUB 214376 TOTAL 8 5 5,20 43.229,00 97 5.201,44 Tabela D7 : Levantamento de carga instalada no Viveiro da Engenharia Florestal. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NO VIVEIRO DA ENGENHARIA FLORESTAL Funcionamento Potência Pot Total DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Lâmpada incandescente Rotor Alumínio weq schneider Hydro's sistemas de irrigação Hidrobloc C 2000T Motor de Indução Trifásico schneider B 10 Bomba schneider mod: BC 92SHA 2 CVTRIF Eletrobomba weq MARK 1 100,00 4 22 8,80 NÃO É USADO - FUB 224387 1119,00 1 1.119,00 FUB 180979 1492,00 1 1.492,00 4 30 179,04 FUB 119469 7460,00 1 7.460,00 4 30 895,20 FUB 235071 1119,00 1 1.119,00 4 30 134,28 FUB 95944 1120,00 1 1.120,00 4 30 134,40 750,00 1 750,00 1 20 15,00 Schneider Motobombas weq Bomba da Ponte: Albrizzi Ar Condicionado Springer slentic 250 100,00 Consumo (kWh) FUB 906391 29840,00 1 29.840,00 4 30 3.580,80 FUB 244669 950,00 1 950,00 24 30 684,00 98 Ar Condicionado Mcquay heateraft do Brasil Geladeira Brastemp Maison 440 Destilador de Água MARCONI MA225 FUB Bebedouro IBBL BAG40 112142 FUB 241811 950,00 1 950,00 24 30 684,00 120,00 1 120,00 24 30 86,40 4000,00 1 4.000,00 4 8 128,00 145,00 1 145,00 24 22 76,56 TOTAL 49.165,00 99 6.606,48 Tabela D8 : Levantamento de carga instalada na oficina. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NA OFICINA DESCRIÇÃO Origem Registro Funcionamento Potência Pot Total (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 16 640,00 2 22 28,16 7,50 8 60,00 2 22 2,64 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 14 560,00 12 30 201,60 7,50 7 52,50 12 30 18,90 Lâmpada incandescente 100,00 3 300,00 12 30 108,00 Lâmpada incandescente 40,00 1 40,00 2 22 1,76 3.680,00 1 3.680,00 24 22 1.943,04 Compressor de Ar SCHULZ FUNAT 314 Compressor de Ar SCHULZ FUB 75990 210,00 1 210,00 Soldador Bambozzi FUB 32858 13.248,00 1 13.248,00 TOTAL 18.790,50 100 NÃO É USADO 1 22 291,46 2.595,56 Tabela D9 : Levantamento de carga instalada no Galpão de Máquinas Agrícolas. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NO GALPÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS Funcionamento Potência Pot Total DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 2 80,00 24 30 57,60 7,50 1 7,50 24 30 5,40 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 4 160,00 12 22 42,24 7,50 2 15,00 12 22 3,96 Lâmpada incandescente Misturador de ração Irmãos Osório Máquina de ração Irmãos Osório Selecionadora de grãos Máquinas Vitória Separador em espiral Metalúrgica Rota Bomba Hidráulica Ziober Martch Separadora Densimétrica D'Andréa 60,00 1 60,00 12 22 15,84 Máquina de grãos D'Andréa FUB 259564 2.200,00 1 2.200,00 NÃO É USADO - FUB 259565 11.000,00 1 11.000,00 NÃO É USADO - FUB 909730 22.000,00 1 22.000,00 NÃO É USADO - FUB/CNPQ 909730 22.000,00 1 22.000,00 NÃO É USADO - 1.120,00 1 1.120,00 NÃO É USADO - FUB 95514 22.000,00 1 22.000,00 NÃO É USADO - FUB 95513 22.000,00 1 22.000,00 NÃO É USADO - 101 Misturador de ração MN - 500 Incomagri Nogueira FUB Triturador JF10 FUB 187028 2.200,00 1 2.200,00 1 4 8,80 11.000,00 1 11.000,00 2 4 88,00 TOTAL 115.842,50 102 221,84 Tabela D10 : Levantamento de carga instalada no Depósito de Adubos. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NO DEPÓSITO DE ADUBOS Funcionamento Potência Pot Total DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 14 560,00 4 22 49,28 7,50 7 52,50 4 22 4,62 Lâmpada incandescente 100,00 1 100,00 12 30 36,00 Freezer 220,00 2 440,00 24 30 316,80 200,00 1 200,00 24 30 144,00 Geladeira antiga FUB 108405 TOTAL 1.352,50 103 550,70 Tabela D11 : Levantamento de carga instalada nos alojamentos. DESCRIÇÃO LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NOS ALOJAMENTOS Funcionamento Potência Pot Total Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Lâmpada fluorescente 40,00 36 1.440,00 4 2 11,52 Lâmpada incandescente Reator para lâmpada fluorescente 60,00 12 720,00 6 2 8,64 7,50 18 135,00 4 2 1,08 5.200,00 6 31.200,00 2 2 124,80 130,00 12 1.560,00 6 2 17,28 600,00 1 600,00 NÃO É USADO - 350,00 1 350,00 NÃO É USADO - 170,00 1 170,00 NÃO É USADO - Chuveiro Gorducha Ventilador de teto Lavadora Brastemp - super capacidade FUB 186821 Freezer Metalfrio Bebedouro FUB 110188 TOTAL Consumo (kWh) 36.175,00 104 163,32 Tabela D12 : Levantamento de carga instalada no Laboratório de Preservação de Madeiras. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NO LABORATÓRIO DE PRESERVAÇÃO DE MADEIRAS Funcionamento Potência Pot Total Consumo DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) (kWh) Horas/dia Dias/mês Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada flurescente 40,00 22 880,00 8 12 84,48 7,50 11 82,50 8 12 7,92 Lâmpada incandescente Estufa FANEM de secagem e esterilização - 320 SE 60,00 1 60,00 8 22 10,56 FUB 119698 4.600,00 1 4.600,00 2 22 202,40 Destilador BIOMATIC FUB 119932 4.000,00 1 4.000,00 2 22 176,00 Estufa Nova Túnica NT 515 FUB 23244 130,00 1 130,00 2 22 5,72 Estufa Nova Túnica NT 516 FUBRA 394 130,00 1 130,00 2 22 5,72 Forno Quimis FUB 140171 4.000,00 1 4.000,00 3 22 264,00 Forno Quimis FUB 120291 4.000,00 1 4.000,00 3 22 264,00 4.400,00 1 4.400,00 1 22 96,80 3.100,00 1 3.100,00 24 15 1.116,00 85,00 1 85,00 8 1 0,68 Chuveiro Lorenzetti Estufa Nova Ética modelo DA420 FUB 221196 Balança MARCONI AS2000C FUBRA 404 105 Balança Bioprecisa FA 2104N FUBRA 405 Balança Micronal B 1600 85,00 1 85,00 8 1 0,68 85,00 1 85,00 8 1 0,68 TOTAL 25.637,50 2.235,64 106 Tabela D13 : Levantamento de carga instalada no Observatório Astronômico. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO Funcionamento Potência Pot Total DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Lâmpada incandescente 60,00 2 120,00 3 4 1,44 Cafeteira Mondial Lâmpada incandescente vermelha 800,00 1 800,00 1 2 1,60 40,00 1 40,00 1 2 0,08 600,00 1 600,00 2 4 4,80 Computador FUB 245944 TOTAL 1.560,00 107 7,92 Tabela D14 : Levantamento de carga instalada nas casas dos moradores da FAL. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NAS 4 CASAS DOS MORADORES DA FAZENDA Funcionamento Potência Pot Total Consumo DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) (kWh) Horas/dia Dias/mês Lâmpada incandescente 100,00 1 100,00 12 30 36,00 Lâmpada incandescente 150,00 1 150,00 12 30 54,00 Lâmpada incandescente 100,00 6 600,00 2 30 36,00 4.400,00 2 8.800,00 1 30 264,00 850,00 1 850,00 2 8 13,60 185,00 1 185,00 2 8 2,96 Freezer Consul Slim 220,00 1 220,00 24 30 158,40 Televisão LG 29'' 100,00 1 100,00 3 30 9,00 Refrigerador 340 Consul 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Televisão LG cinemaster 14'' 70,00 1 70,00 2 30 4,20 Televisão LG 14'' 70,00 1 70,00 3 30 6,30 Computador 600,00 1 600,00 3 8 14,40 Chuveiro Fame super ducha Lavadoura de roupas Brastemp Linea-Venezia Lavadoura taquinho Colormaq pioneer 108 Lâmpada incandescente 60,00 4 240,00 2 30 14,40 Lâmpada incandescente Aparelho de som philips C 270 3CD 60,00 8 480,00 4 30 57,60 150,00 1 150,00 2 20 6,00 Aparelho de DVD Philco 25,00 1 25,00 3 5 0,38 Geladeira Consul Contest 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Freezer Electrolux F210 Chuveiro Lorenzetti maxi ducha 200,00 1 200,00 24 30 144,00 4.400,00 1 4.400,00 1 30 132,00 70,00 1 70,00 1 30 2,10 1.200,00 1 1.200,00 1 4 4,80 70,00 1 70,00 1 30 2,10 1.150,00 1 1.150,00 2 8 18,40 80,00 1 80,00 4 30 9,60 Lâmpada incandescente 100,00 8 800,00 3 30 72,00 Lâmpada incandescente 60,00 5 300,00 3 30 27,00 Lâmpada incandescente 40,00 1 40,00 2 30 2,40 Televisão Sharp 14'' Ferro de passar roupas Black e Decker Easy 315 Televisão 14'' Gradiente FM Máquina de lavar roupas Consul Aparelho de som philips AR 150 109 Lâmpada incandescente Lâmpada incandescente Aparelho de som Aiwa CD3 superT-bash 25,00 100,00 2 2 50,00 200,00 2 8 30 30 3,00 48,00 150,00 1 150,00 1 30 4,50 Geladeira Consul Contest 28 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Freezer Slim 200,00 1 200,00 24 30 144,00 Geladeira Consul 280 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Freezer Brastemp 270 Máquina de lavar roupas ATLAS Super 5 Máquina de lavar roupas tanquinho Mak plus 200,00 1 200,00 24 30 144,00 500,00 1 500,00 2 8 8,00 180,00 1 180,00 1 4 0,72 1.050,00 1 1.050,00 1 12 6,30 462,00 1 462,00 1 4 1,85 Lâmpada incandescente 100,00 1 100,00 8 30 24,00 Lâmpada incandescente 50,00 1 50,00 2 30 3,00 Lâmpada incandescente 60,00 1 60,00 2 30 3,60 Lâmpada incandescente Geladeira Consul 330 40,00 120,00 3 1 120,00 120,00 2 24 30 30 7,20 86,40 Microondas LG Multiondas Máquina de lavar roupas enxuta 5.0 110 Máquina de lavar roupas tanquinho Fioreta Máquina de lavar roupas Consul super jato Microondas Instant Action Sharp 180,00 1 180,00 1 8 1,44 1.150,00 1 1.150,00 1 4 4,60 1.000,00 1 1.000,00 1 8 4,00 Televisão Sharp 14'' 70,00 1 70,00 6 30 12,60 Televisão Panasonic 14'' Aparelho de som CCE stereo A-850 Ferro de passar roupas Black e Decker Xpress 500 Geladeira antiga General Electric 70,00 1 70,00 3 30 6,30 110,00 1 110,00 2 4 0,88 1.200,00 1 1.200,00 1 4 2,40 200,00 1 200,00 24 30 72,00 TOTAL 28.852,00 2.026,02 111 Tabela D15 : Levantamento de carga instalada na guarita da entrada e no Curral de Ovinos. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADANA GUARITA DA ENTRADA E NO CURRAL DE OVINOS Funcionamento Potência Pot Total Consumo DESCRIÇÃO Origem Registro (W) Quantidade (W) (kWh) Horas/dia Dias/mês Lâmpada incandescente 60,00 4 240,00 8 30 57,60 Lâmpada incandescente 150,00 1 150,00 8 30 36,00 Lâmpada fluoresecente Reator para lâmpada fluorescente 32,00 32 1.024,00 2 4 8,19 7,50 16 120,00 2 4 0,96 Lâmpada incandescente Geladeira Prosdócimo super luxo 60,00 1 60,00 2 4 0,48 120,00 1 120,00 24 30 86,40 TOTAL TOTAL GERAL 112 1.714,00 189,63 349.783,50 30.866,63 Tabela D16 : Levantamento de carga instalada na guarita da entrada e no Curral de Ovinos. LOCAIS Primatologia Administração Salas de aula, de professores, salas auxiliares da administração e banheiros Lanchonete Cozinha Laboratório de Nutrição Animal da FAV/FAL e Instrumentos do Laboratório de Reprodução Viveiro da Engenharia Florestal Oficina Galpão de Máquinas Agrícolas Depósito de Adubos Alojamentos Laboratório de Preservação de Madeiras Observatório Astronômico Casas Guarita da Entrada e Curral de Ovinos 113 Potência Instalada (W) 4678 3383 Consumo (kWh) 1436,51 6733,8 9630 1478,76 587,5 9187,5 190,02 1228,99 43229 5201,44 49165 18790,5 115842,5 1352,5 36175 25637,5 1560 28852 1714 6606,48 2595,56 221,84 550,7 163,32 2235,64 7,92 2026,02 189,63 E. LEVANTAMENTO DE CARGA INSTALADA NA FAL COM AGLUTINAÇÃO POR SEGMENTOS Tabela E1 : Levantamento de carga instalada no segmento de iluminação. SEGMENTO DE ILUMINAÇÃO Potência (W) Quantidade Funcionamento Pot Total (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 28 1.120,00 4 22 98,56 7,50 14 105,00 4 22 9,24 Lâmpada incandescente 60,00 4 240,00 4 22 21,12 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente Lâmpada incandescente externa 40,00 6 240,00 24 30 172,80 7,50 3 22,50 24 30 16,20 100,00 2 200,00 12 30 72,00 Lâmpada fluorescente 40,00 34 1.360,00 8 12 130,56 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 24 960,00 8 22 168,96 7,50 17 90,00 8 12 8,64 7,50 12 90,00 8 22 15,84 114 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 2 80,00 12 22 21,12 7,50 1 7,50 12 22 1,98 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 20,00 14 280,00 8 22 49,28 7,50 7 52,50 8 22 9,24 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada flurescente 40,00 52 2.080,00 4 22 183,04 7,50 26 195,00 4 22 17,16 Lâmpada incandescente 100,00 1 100,00 4 22 8,80 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 16 640,00 2 22 28,16 7,50 8 60,00 2 22 2,64 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 14 560,00 12 30 201,60 7,50 7 52,50 12 30 18,90 Lâmpada incandescente 100,00 3 300,00 12 30 108,00 Lâmpada incandescente 40,00 1 40,00 2 22 1,76 Lâmpada fluorescente 40,00 2 80,00 24 30 57,60 115 Reator para lâmpada fluorescente 7,50 1 7,50 24 30 5,40 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 4 160,00 12 22 42,24 7,50 2 15,00 12 22 3,96 Lâmpada incandescente 60,00 1 60,00 12 22 15,84 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada fluorescente 40,00 14 560,00 4 22 49,28 7,50 7 52,50 4 22 4,62 Lâmpada incandescente 100,00 1 100,00 12 30 36,00 Lâmpada fluorescente 40,00 36 1.440,00 4 2 11,52 Lâmpada incandescente Reator para lâmpada fluorescente 60,00 12 720,00 6 2 8,64 7,50 18 135,00 4 2 1,08 Lâmpada fluorescente Reator para lâmpada flurescente 40,00 22 880,00 8 12 84,48 7,50 11 82,50 8 12 7,92 Lâmpada incandescente 60,00 1 60,00 8 22 10,56 Lâmpada incandescente Lâmpada incandescente vermelha 60,00 2 120,00 3 4 1,44 40,00 1 40,00 1 2 0,08 116 Lâmpada incandescente 100,00 1 100,00 12 30 36,00 Lâmpada incandescente 150,00 1 150,00 12 30 54,00 Lâmpada incandescente 100,00 6 600,00 2 30 36,00 Lâmpada incandescente 60,00 4 240,00 2 30 14,40 Lâmpada incandescente 60,00 8 480,00 4 30 57,60 Lâmpada incandescente 100,00 8 800,00 3 30 72,00 Lâmpada incandescente 60,00 5 300,00 3 30 27,00 Lâmpada incandescente 40,00 1 40,00 2 30 2,40 Lâmpada incandescente 25,00 2 50,00 2 30 3,00 Lâmpada incandescente 100,00 3 300,00 8 30 72,00 Lâmpada incandescente 50,00 1 50,00 2 30 3,00 Lâmpada incandescente 60,00 1 60,00 2 30 3,60 Lâmpada incandescente 40,00 3 120,00 2 30 7,20 Lâmpada incandescente 60,00 4 240,00 8 30 57,60 Lâmpada incandescente Lâmpada fluorescente 150,00 32,00 1 32 150,00 1.024,00 8 2 30 4 36,00 8,19 117 Reator para lâmpada fluorescente 7,50 16 120,00 2 4 0,96 Lâmpada incandescente 60,00 1 60,00 2 4 0,48 TOTAL 18.271,50 LÂMPADAS FLUORESCENTES LÂMPADAS INCANDESCENTES 12.551,50 1.431,17 5.720,00 766,52 TOTAL NAS CASAS 2.197,69 3.734,00 118 350,55 Tabela E2 : Levantamento de carga instalada no segmento de condicionamento de ar. SEGMENTO DE CONDICIONAMENTO DE AR Funcionamento Potência (W) Quantidade Pot Total (W) Horas/dia Dias/mês Ar condicionado 950,00 3 2.850,00 24 30 2.052,00 Ar condicionado 950,00 4 3.800,00 7 22 5.434,00 TOTAL Consumo (kWh) 6.650,00 119 7.486,00 Tabela E3 : Levantamento de carga instalada no segmento de refrigeração. SEGMENTO DE REFRIGERAÇÃO Freezer Consul 310, modelo HA3CO Geladeira Consul biplex modelo RD41AO Potência (W) Quantidade Funcionamento Pot Total (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) 213,00 1 213,00 24 30 153,36 131,00 1 131,00 24 30 94,32 Refrigerador R360 Electrolux 102,00 1 102,00 24 30 73,44 Geladeira Consul biplex 450 133,00 1 133,00 24 30 95,76 Refrigerador Consul compacto 90,00 1 90,00 24 30 648,00 Refrigerador Electrolux 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Freezer Consul horizontal 220,00 1 220,00 24 30 158,40 Freezer Metalfrio 350,00 1 350,00 24 30 252,00 Freezer Metalfrio Freezer Consul horizontal pequeno Geladeira Electrolux Prosdócimo double D44 350,00 1 350,00 24 30 252,00 130,00 1 130,00 24 30 93,60 210,00 1 210,00 24 30 151,20 Geladeira Brastemp 440 duplex 200,00 1 200,00 24 30 144,00 Geladeira Consul 133,00 1 133,00 24 30 95,76 120 Freezer Consul 300 Freezer Metalfrio modelo DA420 115,00 1 115,00 24 30 82,80 350,00 1 350,00 24 30 252,00 Freezer Consul horizontal 530 184,00 1 184,00 24 30 132,48 Refrigerador Bosch Style 36 Geladeira Brastemp Maison 440 300,00 1 300,00 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Freezer 220,00 2 440,00 24 30 316,80 Geladeira antiga 200,00 1 200,00 24 30 144,00 Freezer Metalfrio 350,00 1 350,00 Freezer Consul Slim 220,00 1 220,00 24 30 158,40 Refrigerador 340 Consul 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Geladeira Consul Contest 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Freezer Electrolux F210 200,00 1 200,00 24 30 144,00 Geladeira Consul Contest 28 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Freezer Slim 200,00 1 200,00 24 30 144,00 Geladeira Consul 280 Freezer Brastemp 270 120,00 200,00 1 1 120,00 200,00 24 24 30 30 86,40 144,00 121 NÃO É USADO - NÃO É USADO - Geladeira antiga General Electric Geladeira Prosdócimo super luxo 200,00 1 200,00 24 30 1.123,20 120,00 1 120,00 24 30 86,40 TOTAL 6.061,00 122 5.458,32 Tabela E4 : Levantamento de carga instalada no segmento de estufas e fornos. SEGMENTO DE ESTUFAS E FORNOS Forno Elétrico Progás Potência (W) Quantidade Funcionamento Pot Total (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) 3.500,00 1 3.500,00 3 12 126,00 820,00 1 820,00 24 22 432,96 1.012,00 1 1.012,00 NÃO É USADO - NÃO É USADO - Estufa FANEM modelo 330 Estufa de Secagem e Esterilização modelo 315 SE Estufa de Cultura modelo 002 CB FANEM Estufa para Secagem e esterilização MARCONI Estufa com circulação e renovação de ar TECNAL Estufa Nova Ética modelo DA420 Forno Elétrico LAYR Crystal 1.75 130,00 1 130,00 1.200,00 1 1.200,00 24 25 720,00 1.500,00 1 1.500,00 24 15 540,00 3.100,00 1 3.100,00 24 15 1.116,00 1.750,00 1 1.750,00 2 22 77,00 Estufa Retilinea Mufla MARCONI 100,00 4.400,00 1 1 100,00 4.400,00 8 281,60 Mufla Linn Elextro Therm 1.000,00 1 1.000,00 4 48,00 123 NÃO É USADO 8 12 Estufa Nova Ética modelo DA420 Estufa FANEM de secagem e esterilização - 320 SE 3.100,00 1 3.100,00 24 15 1.116,00 4.600,00 1 4.600,00 2 22 202,40 Estufa Nova Túnica NT 515 130,00 1 130,00 2 22 5,72 Estufa Nova Túnica NT 516 130,00 1 130,00 2 22 5,72 Forno Quimis 4.000,00 1 4.000,00 3 22 264,00 Forno Quimis 4.000,00 1 4.000,00 3 22 264,00 TOTAL 41.813,00 124 12.558,52 Tabela E5 : Levantamento de carga instalada no segmento tomadas gerais. SEGMENTO DE TOMADAS GERAIS Potência (W) Quantidade Funcionamento Pot Total (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Televisão Philips 14'' 60,00 1 60,00 2 22 2,64 Aparelho de som Sony 150,00 1 150,00 2 22 6,60 Computador 600,00 2 1.200,00 4 22 105,60 Bebedouro IBBL BAG40 174,00 1 174,00 24 22 91,87 Televisão Sony 21'' 110,00 1 110,00 1 22 24,20 Computador 600,00 1 600,00 8 22 1.056,00 1.000,00 1 1.000,00 6 22 1.320,00 Bebedouro Belliere Juninho 170,00 1 170,00 24 22 897,60 Computador 600,00 9 5.400,00 8 22 950,40 Ventilador de teto 130,00 1 130,00 8 12 57,60 Ventilador de teto 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Ventilador de teto 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Ventilador de teto 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Computador e Impressora 125 Ventilador de teto 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Ventilador de teto 130,00 1 130,00 8 12 12,48 Refresqueira Juice Dispenser 100,00 1 100,00 12 22 26,40 Depurador de ar SUGGAR Expositor de salgados Veneza ciec Televisão DAEWOO Ventilador de teto 150,00 1 150,00 6 22 19,80 130,00 75,00 130,00 1 1 1 130,00 75,00 130,00 12 22 3 22 NÃO É USADO 34,32 4,95 - Ventilador de teto 130,00 1 130,00 4 22 11,44 Ventilador de teto Aquecedor de alimentos Anamonte 624853 130,00 1 130,00 4 22 11,44 130,00 1 130,00 4 22 11,44 1.750,00 1 1.750,00 1 12 21,00 9.000,00 1 9.000,00 Cilindro para massa de salgados G.PANIZ Destilador de água GFL Gesellschaft fur Labortechnick mbk Agitador de peneiras magnético para análises granulométricas NÃO É USADO - NÃO É USADO 130,00 1 130,00 126 - Moinho TE - 631 TECNAL 500,00 1 500,00 600,00 1 600,00 1 1 0,60 1.600,00 1 1.600,00 6 8 76,80 500,00 1 500,00 8 7 28,00 200,00 1 200,00 12 14 33,60 Destilador de água 4.000,00 1 4.000,00 6 22 528,00 Chapa Aquecedora Nova Ética 1.500,00 1 1.500,00 8 8 96,00 Controlador de Temperatura 2.200,00 1 2.200,00 8 8 140,80 Bloco Digestor de Proteína 2.200,00 1 2.200,00 8 8 140,80 Balança AG200 85,00 1 85,00 8 22 14,96 Balança BG2000 85,00 1 85,00 8 22 14,96 Balança BG8000 Destilador de Proteína TECNAL TE - 873 85,00 1 85,00 8 22 14,96 1.500,00 1 1.500,00 6 8 72,00 80,00 1 80,00 Centrífuga Excelsa II mod. 206BL Determinador de extrato etério TECNAL TE - 044 Agitador magnético MA085 MARCONI Centrífuga microhematócito Quimes Balança Digimed KN 300 127 RARAMENTE É USADO NÃO É USADO - - Microscópio Olympus 15,00 1 15,00 NÃO É USADO - Balança Ainsworth Type 10 N Agitador de Tubos A56 PHOENIX Destilador de Água MARCONI MA225 100,00 1 100,00 NÃO É USADO - 130,00 1 130,00 8 5 5,20 4000,00 1 4.000,00 4 8 128,00 Bebedouro IBBL BAG40 145,00 1 145,00 24 22 76,56 Compressor de Ar SCHULZ 3.680,00 1 3.680,00 24 22 1.943,04 Compressor de Ar SCHULZ 210,00 1 210,00 13.248,00 1 13.248,00 1 22 291,46 6 2 2,52 Soldador Bambozzi NÃO É USADO - Ventilador de teto Lavadora Brastemp - super capacidade 130,00 12 1.560,00 600,00 1 600,00 NÃO É USADO - Bebedouro 170,00 1 170,00 NÃO É USADO - Balança MARCONI AS2000C 85,00 1 85,00 8 1 0,68 Balança Bioprecisa FA 2104N 85,00 1 85,00 8 1 0,68 Balança Micronal B 1600 85,00 1 85,00 8 1 0,68 4.000,00 1 4.000,00 2 22 176,00 Destilador BIOMATIC 128 Cafeteira Mondial 800,00 1 800,00 1 2 1,60 Computador 600,00 1 600,00 2 4 4,80 Lavadoura de roupas Brastemp Linea-Venezia Lavadoura taquinho Colormaq pioneer 850,00 1 850,00 2 8 13,60 185,00 1 185,00 2 8 2,96 Televisão LG 29'' 100,00 1 100,00 3 30 9,00 Televisão LG cinemaster 14'' 70,00 1 70,00 2 30 4,20 Televisão LG 14'' 70,00 1 70,00 3 30 6,30 Computador 600,00 1 600,00 3 8 14,40 Aparelho de som philips C 270 3CD 150,00 1 150,00 2 20 6,00 Aparelho de DVD Philco 25,00 1 25,00 3 5 0,38 Televisão Sharp 14'' Ferro de passar roupas Black e Decker Easy 315 70,00 1 70,00 1 30 2,10 1.200,00 1 1.200,00 1 4 4,80 70,00 1 70,00 1 30 2,10 1.150,00 1 1.150,00 2 8 18,40 Televisão 14'' Gradiente FM Máquina de lavar roupas Consul 129 Aparelho de som philips AR 150 Aparelho de som Aiwa CD3 superT-bash Máquina de lavar roupas ATLAS Super 5 Máquina de lavar roupas tanquinho Mak plus Microondas LG Multiondas Máquina de lavar roupas enxuta 5.0 80,00 1 80,00 4 30 9,60 150,00 1 150,00 1 30 4,50 500,00 1 500,00 2 8 8,00 180,00 1 180,00 1 4 0,72 1.050,00 1 1.050,00 1 12 6,30 462,00 1 462,00 1 4 1,85 120,00 1 120,00 24 30 86,40 Geladeira Consul 330 Máquina de lavar roupas tanquinho Fioreta Máquina de lavar roupas Consul super jato 180,00 1 180,00 1 8 1,44 1.150,00 1 1.150,00 1 4 4,60 Microondas Instant Action Sharp 1.000,00 1 1.000,00 1 8 4,00 Televisão Sharp 14'' 70,00 1 70,00 6 30 12,60 Televisão Panasonic 14'' Aparelho de som CCE stereo A-850 Ferro de passar roupas Black e Decker Xpress 500 TOTAL 70,00 1 70,00 3 30 6,30 110,00 1 110,00 2 4 0,88 1.200,00 1 1.200,00 77.009,00 1 4 2,40 8.742,22 130 Tabela E6 : Levantamento de carga instalada no segmento de motores de uso específico. SEGMENTO DE MOTORES DE USO ESPECÍFICO Misturador de ração Irmãos Osório Máquina de ração Irmãos Osório Selecionadora de grãos Máquinas Vitória Separador em espiral Metalúrgica Rota Bomba Hidráulica Ziober Martch Separadora Densimétrica D'Andréa Máquina de grãos D'Andréa Misturador de ração MN - 500 Incomagri Nogueira Triturador JF10 Hydro's sistemas de irrigação Hidrobloc C 2000T Motor de Indução Trifásico schneider B 10 Bomba schneider mod: BC 92SHA 2 CVTRIF Funcionamento Potência (W) Quantidade Pot Total (W) Horas/dia Consumo (kWh) Dias/mês 2.200,00 1 2.200,00 NÃO É USADO - 11.000,00 1 11.000,00 NÃO É USADO - 22.000,00 1 22.000,00 NÃO É USADO - 22.000,00 1 22.000,00 NÃO É USADO - 1.120,00 1 1.120,00 NÃO É USADO - 22.000,00 22.000,00 1 1 22.000,00 22.000,00 NÃO É USADO NÃO É USADO - 2.200,00 11.000,00 1 1 2.200,00 11.000,00 1 2 4 4 8,80 88,00 1492,00 1 1.492,00 4 30 179,04 7460,00 1 7.460,00 4 30 895,20 1119,00 1 1.119,00 4 30 134,28 131 Eletrobomba weq MARK Schneider Motobombas weq Bomba da Ponte: Albrizzi TOTAL 1120,00 750,00 29840,00 1 1 1 1.120,00 750,00 29.840,00 157.301,00 132 4 1 4 30 20 30 134,40 15,00 3.580,80 5.035,52 Tabela E7 : Levantamento de carga instalada no segmento de aquecimento de água. Funcionamento SEGMENTO DE AQUECIMENTO DE ÁGUA Potência (W) Quantidade Pot Total (W) Horas/dia Dias/mês Consumo (kWh) Chuveiro Lorenzetti 4.400,00 1 4.400,00 1 22 96,80 Chuveiro Gorducha 5.200,00 6 31.200,00 2 2 124,80 Chuveiro Fame super ducha 4.400,00 2 8.800,00 1 30 264,00 TOTAL 44.400,00 485,60 133 F. CÁLCULOS DE RETORNO DE INVESTIMENTO EM TROCA DE LÂMPADAS INCANDESCENTES POR FLUORESCENTES Tabela F1 : Cálculo da comparação entre as lâmpadas incandescente de 60 W e fluorescente de 15 W. SEM CONSIDERAR JUROS 1000h R$ 1,75 Fluorescente Compacta 15W 8.000h R$ 11,90 R$ 240,00 R$ 60,00 R$ 14,00 R$ 0 R$ 255,75 R$ 71,90 R$ 183,85 Incandescente 60W Vida útil da lâmpada Preço da lâmpada(*) Custo da energia gasta em 8.000h.(*) Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida POR ANO R$ 53,33 Custo da energia R$ 3,11 Custo de substituição VALOR PRESENTE R$ 186,01 Custo da energia R$ 10,85 Custo de substituição CONSIDERANDO JUROS DE 10% a.a. 1000h R$ 1,75 Fluorescente Compacta 15W 8.000h R$ 11,90 R$ 186,01 R$ 46,50 R$ 10,85 R$ 0 R$ 198,61 R$ 58,40 R$ 140,21 Incandescente 60W Vida útil da lâmpada Preço da lâmpada(*) Custo da energia gasta em 8.000h.(*) Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida POR ANO R$ 13,33 R$ 0,00 VALOR PRESENTE R$ 46,50 R$ 0,00 134 Tabela F.2: Cálculo da comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes na FAL em quatro anos e meio. SEM CONSIDERAR JUROS Lâmpadas incandescentes a serem substituídas Lâmpadas fluorescentes a substituir as incandescentes 5.720,00 W 1.144,00 W 1000h 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 2.722,72 Custo da energia gasta em 8.000h R$ 22.800,00 R$ 4.576,00 R$ 1.336,00 R$ 0 R$ 24.136,00 R$ 7.298,72 R$ 16.837,28 Potência total Vida útil de cada lâmpada Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida POR ANO POR ANO R$ 5.066,67 R$ 1.016,89 Custo da energia R$ 296,89 R$ 0,00 Custo de substituição VALOR PRESENTE VALOR PRESENTE R$ 17.671,13 R$ 3.546,63 Custo da energia R$ 1.035,47 R$ 0,00 Custo de substituição CONSIDERANDO JUROS DE 10% a.a. Lâmpadas incandescentes a serem substituídas 5.720,00 W Lâmpadas fluorescentes a substituir as incandescentes 1.144,00 W 1000h 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 2.722,72 Custo da energia gasta em 8.000h R$ 17.671,13 R$ 3.546,63 R$ 1.035,47 R$ 0 R$ 18.706,59 R$ 6.269,35 R$ 12.437,25 Potência total Vida útil de cada lâmpada Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h Custo total Economia obtida 135 Tabela F.3: Cálculo do retorno do investimento para o período de um ano, dois meses e cinco dias. SEM CONSIDERAR JUROS Lâmpadas incandescentes a serem substituídas Lâmpadas fluorescentes a substituir as incandescentes 5.720,00 1.144,00 1000h 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 2.722,72 Custo da energia gasta R$ 6.066,06 R$ 1.213,21 R$ 349,83 R$ 0 R$ 6.415,89 R$ 3.935,93 R$ 2.479,96 POR MÊS R$ 429,00 R$ 24,74 VALOR PRESENTE R$ 3.175,28 R$ 183,12 POR MÊS R$ 85,80 R$ 0,00 VALOR PRESENTE R$ 635,06 R$ 0,00 Potência total (W) Vida útil de cada lâmpada Custo de lâmpadas substituídas Custo total Economia obtida Custo da energia Custo de substituição Custo da energia Custo de substituição 136 CONSIDERANDO JUROS DE 10% a.a. Lâmpadas Lâmpadas fluorescentes a incandescentes a serem substituir as substituídas incandescentes Potência total 5.720,00 W 1.144,00 W Vida útil de cada lâmpada 1000h 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 2.722,72 Custo da energia gasta em 8.000h R$ 3.175,28 R$ 635,06 Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h R$ 183,12 R$ 0 R$ 3.358,40 R$ 3.357,78 R$ 0,63 Custo total Economia obtida TEMPO(MESES) 14,14 137 Tabela F.4: Cálculo da comparação entre os casos de substituição ou não das lâmpadas incandescentes por fluorescentes em todas as casas dos moradores da FAL. SEM CONSIDERAR JUROS Lâmpadas Lâmpadas fluorescentes a incandescentes a serem substituir as incandescentes substituídas Potência total Vida útil de cada lâmpada 3.290,00 W 1000h 658,00 W 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 522,00 R$ 16.595,97 R$ 3.272,22 R$ 956,56 R$ 0 Custo total R$ 17.552,53 R$ 3.794,22 Economia obtida R$ 13.758,31 Custo da energia gasta em 8.000h Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h POR ANO R$ 3.687,99 Custo da energia R$ 212,57 Custo de substituição VALOR PRESENTE R$ 12.862,70 Custo da energia R$ 741,38 Custo de substituição CONSIDERANDO JUROS DE 10% a.a. POR ANO R$ 727,16 R$ 0,00 VALOR PRESENTE R$ 2.536,13 R$ 0,00 Lâmpadas Lâmpadas fluorescentes a incandescentes a serem substituir as incandescentes substituídas Potência total Vida útil de cada lâmpada 3.290,00 W 1000h 658,00 W 8.000h Custo com lâmpadas novas R$ 0 R$ 522,00 Custo da energia gasta em 8.000h R$ 12.862,70 R$ 2.536,13 Custo de lâmpadas substituídas em 8.000h R$ 741,38 R$ 0 R$ 13.604,08 R$ 3.058,13 R$ 10.545,95 Custo total Economia obtida 138