Linux – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Linux – Wikipédia, a enciclopédia livre
Linux
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Linux é um termo utilizado para se referir a sistemas operativos
(português europeu) ou sistemas operacionais (português brasileiro) que
utilizem o núcleo Linux. O núcleo Linux foi desenvolvido pelo
programador finlandês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix.
O seu código fonte está disponível sob a licença GPL (versão 2)
para que qualquer pessoa o possa utilizar, estudar, modificar e
distribuir livremente de acordo com os termos da licença.
Inicialmente desenvolvido e utilizado por grupos de entusiastas em
computadores pessoais, os sistemas operativos (português europeu) ou
sistemas operacionais (português brasileiro) com núcleo Linux
passaram a ter a colaboração de grandes empresas como IBM, Sun
Microsystems, Hewlett-Packard (HP), Red Hat, Novell, Oracle,
Google, Mandriva e Canonical.1
Linux
Tux, a mascote do Linux
Família do SO
baseado em Unix
Modelo
Software Livre
Apoiado por pacotes igualmente estáveis e cada vez mais versáteis
Estado
Ativo
de softwares livres para escritório (LibreOffice, por exemplo) ou de
uso geral (projeto GNU) e por programas para micro e pequenas
Núcleo
Linux
empresas que na maioria dos casos em nada ficam a dever aos seus
Licença
GNU GPL / Outras
concorrentes proprietários, e interfaces gráficas cada vez mais
amigáveis como o KDE e o GNOME, o núcleo Linux, conhecido
por sua estabilidade e robustez, tem gradualmente caído no domínio popular, encontrando-se cada vez mais
presente nos computadores de uso pessoal atuais. Mas já há muito que o Linux se destaca como o núcleo
preferido em servidores de grande porte, encontrando-se quase sempre presente nos mainframes de grandes
empresas e até mesmo no computador mais rápido do mundo, o Tianhe-2, chinês (lista TOP500).
Índice
1 História
2 Núcleo
2.1 Arquitetura
2.2 Portabilidade
2.3 Termos de licenciamento
2.4 Sistemas de arquivos suportados
3 Sistema operacional
4 Diretórios
5 Distribuições
6 Código aberto e programas livres
7 Controvérsias quanto ao nome
7.1 Sobre o símbolo
8 Escândalo dos Programas de Vigilância da NSA
9 Ver também
9.1 Eventos
10 Referências
10.1 Bibliográficas
11 Ligações externas
História
O núcleo Linux foi, originalmente, escrito por Linus Torvalds do
Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Helsinki,
Finlândia, com a ajuda de vários programadores voluntários através da
Usenet (uma espécie de sistema de listas de discussão existente desde os
primórdios da Internet).
Linus Torvalds começou o desenvolvimento do núcleo como um projeto
particular, inspirado pelo seu interesse no Minix, um pequeno sistema
UNIX desenvolvido por Andrew S. Tanenbaum. Ele limitou-se a criar, nas
suas próprias palavras, "um Minix melhor que o Minix" ("a better Minix
than Minix"). E depois de algum tempo de trabalho no projecto, sozinho,
enviou a seguinte mensagem para comp.os.minix:
Você suspira pelos bons tempos do Minix-1.1, quando os
homens eram homens e escreviam seus próprios "device
drivers"?2 Você está sem um bom projecto em mãos e
deseja trabalhar num S.O. que possa modificar de acordo
com as suas necessidades? Acha frustrante quando tudo
funciona no Minix? Chega de noite ao computador para
conseguir que os programas funcionem? Então esta
mensagem pode ser exactamente para você. Como eu
mencionei há um mês atrás, estou trabalhando numa versão
independente de um S.O. similar ao Minix para
computadores AT-386. Ele está, finalmente, próximo do
estado em que poderá ser utilizado (embora possa não ser o
que você espera), e eu estou disposto a disponibilizar o
código-fonte para ampla distribuição. Ele está na versão
0.02... contudo eu tive sucesso ao executar bash, gcc, gnumake, gnu-sed, compress etc. nele.
Linus Torvalds, criador e
principal mantenedor do
núcleo Linux.
Curiosamente, o nome Linux foi criado por Ari Lemmke, administrador do site ftp.funet.fi que deu esse
nome ao diretório FTP onde o núcleo Linux estava inicialmente disponível.3 Linus inicialmente tinha-o
batizado como "Freax".4
No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira versão "oficial" do núcleo Linux, versão
0.02. Desde então muitos programadores têm respondido ao seu chamado, e têm ajudado a fazer do Linux o
sistema operacional que é hoje. No início era utilizado por programadores ou só por quem tinha
conhecimentos, e usava linhas de comando. Hoje isso mudou, existem diversas empresas que criam
ambientes gráficos, as distribuições são cada vez mais amigáveis de forma que uma pessoa com poucos
conhecimentos consegue usar o Linux. Hoje o Linux é um sistema estável e consegue reconhecer muitos
periféricos sem necessidade de se instalar os drivers de som, vídeo, modem, rede, entre outros.
Núcleo
O termo Linux refere-se ao núcleo (em inglês: "kernel")
do sistema operativo que incia e gerencia outros
programas que fornecem o acesso aos recursos do
sistema. Os vários códigos abertos de shells,
compiladores, bibliotecas-padrão e os comandos que
fazem parte do Projeto GNU. Ele foi criado pela Free
Software Foudation como uma tentativa de criação de
uma versão gratuita do Unix. O principal compilador do
Linux C, gcc, é um pedaço do projeto GNU.5
Arquitetura
A onipresença da Núcleo Linux
O Linux é um núcleo monolítico: as funções do núcleo
(escalonamento de processos, gerenciamento de memória,
operações de entrada/saída, acesso ao sistema de arquivos) são
executadas no espaço de núcleo. Uma característica do núcleo
Linux é que algumas das funções (drivers de dispositivos,
suporte à rede, sistema de arquivos, por exemplo) podem ser
compiladas e executadas como módulos (em inglês: LKM loadable kernel modules), que são bibliotecas compiladas
separadamente da parte principal do núcleo e podem ser
carregadas e descarregadas após o núcleo estar em execução.
GNOME Shell, interface gráfica para Linux
Portabilidade
Embora Linus Torvalds não tivesse como objetivo inicial tornar
o Linux um sistema portátil, ele evoluiu nessa direção. Linux é
hoje um dos núcleos de sistemas operativos mais portáteis,
correndo em sistemas desde o iPaq (um computador portátil) até
o IBM S/390 (um denso e altamente custoso mainframe).
Os esforços de Linus foram também dirigidos a um diferente
tipo de portabilidade. Portabilidade, de acordo com Linus, era a
habilidade de facilmente compilar aplicações de uma variedade
de código fonte no seu sistema; consequentemente, o Linux
originalmente tornou-se popular em parte devido ao esforço para
que os códigos-fonte GPL ou outros favoritos de todos
corressem em Linux.
O Linux hoje funciona em dezenas de plataformas, desde
mainframes até um relógio de pulso, passando por várias
arquitecturas: x86 (Intel, AMD), x86-64 (Intel EM64T,
AMD64), ARM, PowerPC, Alpha, SPARC e etc, com grande
penetração também em sistemas embarcados, como handhelds,
PVR, consola de videojogos, celulares, TVs e centros
multimídia, entre outros.
Termos de licenciamento
KDE, interface gráfica para Linux
Compiz Fusion, um gerenciador de janelas
OpenGL
Inicialmente, Torvalds lançou o Linux sob uma licença de software que proibia qualquer uso comercial. Isso
foi mudado de imediato para a GNU General Public License. Essa licença permite a distribuição e mesmo a
venda de versões possivelmente modificadas do Linux, mas requer que todas as cópias sejam lançadas
dentro da mesma licença e acompanhadas do código fonte.
Apesar de alguns dos programadores que contribuem para o núcleo permitirem que o seu código seja
licenciado com GPL versão 2 ou posterior, grande parte do código (incluído as contribuições de Torvalds)
menciona apenas a GPL versão 2. Isto faz com que o núcleo como um todo esteja sob a versão 2
exclusivamente, não sendo de prever sua adoção da nova GPLv3.
Sistemas de arquivos suportados
O Linux possui suporte de leitura e escrita a vários sistema de arquivos, de diversos sistemas operacionais,
além de alguns sistemas nativos. Por isso, quando o Linux é instalado em dual boot com outros sistemas
(Windows, por exemplo) ou mesmo funcionando como Live CD, ele poderá ler e escrever nas partições
formatadas em FAT e NTFS. É por isso que os Live CDs Linux são muito utilizados na manutenção e
recuperação de outros sistemas operacionais.6
Entre os sistemas de ficheiros suportados pelo Linux, podemos citar UFS (Unix), FAT, NTFS, JFS, XFS,
HPFS, Minix e ISO 9660 (sistema de ficheiros usado em CD-ROMs), este último também com as extensões
RRIP (IEEE P1282) e ZISOFS.7 Alguns sistemas de ficheiros nativos são, entre outros, Ext2, Ext3, Ext4,
ReiserFS e Reiser4.8 Alguns sistemas de ficheiros com características especiais são SWAP, UnionFS,
SquashFS, Tmpfs, Aufs e NFS, dentre outros.
Sistema operacional
Logo que Linus Torvalds passou a disponibilizar o Linux, ou seja na sua
versão 0.01, já havia suporte ao disco rígido, tela, teclado e portas seriais, o
sistema de arquivos adotava o mesmo layout do Minix (embora não houvesse
código do Minix no Linux), havia extensos trechos em assembly, e ela já era
capaz de rodar o bash e o gcc.
Richard Stallman, fundador
do projeto GNU para um
sistema operacional livre.
A linha guia quando implementei o Linux foi: fazê-lo
funcionar rápido. Eu queria o núcleo simples, mas poderoso o
suficiente para rodar a maioria dos aplicativos Unix.9
O próprio usuário deveria procurar os programas que dessem funcionalidade
ao seu sistema, compilá-los e configurá-los. Talvez por isso, o Linux tenha carregado consigo a etiqueta de
sistema operativo apenas para técnicos. Foi neste ambiente que surgiu a MCC Interim Linux, do Manchester
Computer Centre, a primeira distribuição Linux, desenvolvida por Owen Le Blanc da Universidade de
Manchester, capaz de ser instalada independentemente em um computador. Foi uma primeira tentativa de
facilitar a instalação do Linux.
Desde o começo, o núcleo Linux incluía um sistema básico para chamadas do sistema e acesso aos
dispositivos do computador. O núcleo de um sistema operativo define entre várias operações, o
gerenciamento da memória, de processos, dos dispositivos físicos no computador e é uma parte essencial de
qualquer sistema operacional utilizável, contudo para um sistema operacional adquirir funcionalidade são
necessários também vários outros aplicativos que determinam funções específicas que aquele sistema será
capaz de desenvolver, os aplicativos existentes num sistema operacional com a única exceção do núcleo são
determinados pelo usuário do computador, como por exemplo: interpretadores de comandos, gerenciadores
de janelas, que oferecem respectivamente uma interface para o usuário do computador, CLI ou GUI, e outros
aplicativos como editores de texto, editores de imagem, tocadores de som, e, mas não necessariamente,
compiladores.
A maioria dos sistemas inclui ferramentas e utilitários baseados no BSD e tipicamente usam XFree86 ou
X.Org para oferecer a funcionalidade do sistemas de janelas X — interface gráfica. Assim como também
oferecem ferramentas desenvolvidas pelo projeto GNU.
No momento do desenvolvimento do Linux, vários aplicativos já vinham sendo reunidos pelo Projeto GNU
da Free Software Foundation (‘Fundação Software Livre’), que embarcara num subprojeto que ainda
continua para obter um núcleo, o GNU Hurd. Porém devido a várias complicações o projeto GNU e demora
em desenvolver o Hurd, Stallman acabou adotando o núcleo Linux como base para distribuir os programas
do projeto GNU ; no entanto diversas pessoas e instituições tiveram a mesma ideia e assim começaram a
surgir várias distribuições baseadas no núcleo desenvolvido inicialmente por Linus.
Diretórios
Os scripts de shell, que são:os arquivos de textos, os comandos executáveis, entre outros arquivos comuns
são nomeados como arquivos regulares. Estes tipos de arquivos possuem dados que podem ser lidos ou
executados por instruções. Também há arquivos que não são regulares, como diretórios ou
redirecionamentos com nomes. Eles contêm dados singulares ou possuem comportamentos especiais quando
acessados.10
Os arquivos são organizados em diretórios ou listagens de arquivos. Todos os demais arquivos no Linux, um
diretório é lidado também como um tipo de de arquivo. Cada diretório poderá conter um subdiretório,
originando assim uma lista hierárquica. Os diretórios são organizados somente em uma árvore monolítica. O
mais alto dos diretórios é chamado de diretório-raíz. Ele se difere em relação aos outros sistemas
operacionais, que tem discos marcados separadamente. O Linux lida qualquer parte do disco como um
subdiretório dentro dessa estrutura do principal diretório. Partindo do ponto de vista do usuário, é
praticamente impossível afirmar em qual parte do disco é pertencido um respectivo diretório, pois
aparentemente tudo pertence ao único disco.10
O nome de caminho é uma string que mostra uma localização de um arquivo, de acordo com sua ordem de
diretórios que for encontrado ao passar. O diretório-raiz, é determinado com o símbolo da barra (/). O uso de
mais nomes de barras e diretórios especifica os diretórios adicionais. Quando os usuários se conectam, são
trazidos no diretório pessoal chamado de seu diretório de entrada. Esse diretório é tipificado com um til (~)
em Bash.10
O diretório de trabalho, ou chamado também diretório corrente é representado por um ponto final (.).
Quando ele não começa com uma barra, o Bash julga que é um caminho relativo ao diretório de trabalho. O
diretório-pai, é simbolizado por dois pontos (..). Esses dois pontos podem ser usados em qualquer diretório
a fim de mover em direção ao diretório-raiz da árvore de diretórios, anulando assim o diretório dito
anteriormente em um caminho.10
Os nomes de caminhos sem uma barra inicial são nomeados de caminhos relativos, pois eles especificam a
localização de um arquivo em comparação ao diretório corrente. Esses caminhos relativos são de utilidade
para representar arquivos em seu diretório corrente ou em subdiretórios deste.11
Os caminhos com uma barra no início são nomeados de caminhos absolutos. Esses tipos de caminhos
denotam a localização do arquivo em comparação ao diretório-raiz. Não importando onde que esse diretórioraiz estiver. Os caminhos absolutos sempre identificam o arquivo com precisão. Esses caminhos absolutos
11
servem de localização de arquivos comuns que são guardados sempre no mesmo lugar.11
A maioria das distribuições Linux incluem os respectivos diretórios:11
/dev - Contém drives de dispositivos.
/bin e /usr/bin - Contém comandos-padrão de Linux.
/lib e /usr/lib - Possui as bibliotecas-padrão de Linux.
/var - Possui arquivos de configuração e de log.
/etc - Possui arquivos padrão de configuração.
/usr/local/bin - Possui comandos que não são parte da distribuição, acrescentando pelo seu
administrador.
/opt - Possui software comercial
/tmp -Armazena arquivos temporários.
/sbin e /usr/sbin - Possui comandos de administração de sistema.
Distribuições
Atualmente, um Sistema Operacional (em Portugal Sistema
Operativo) Linux ou GNU/Linux completo (uma "Lista de
distribuições de Linux ou GNU/Linux") é uma coleção de
software livre (e por vezes não-livre) criado por indivíduos,
grupos e organizações de todo o mundo, incluindo o núcleo
Linux. Companhias como a Red Hat, a SuSE, a Mandriva (união
da Mandrake com a Conectiva) e a Canonical (desenvolvedora
do Ubuntu Linux), bem como projetos de comunidades como o
Debian ou o Gentoo, compilam o software e fornecem um
sistema completo, pronto para instalação e uso. Patrick
Volkerding também fornece uma distribuição Linux, o
Slackware.
Imagem da interface do Ubuntu, uma das
mais bem sucedidas distribuições Linux.12
As distribuições do Linux ou GNU/Linux começaram a receber uma popularidade limitada desde a segunda
metade dos anos 90, como uma alternativa livre para os sistemas operacionais Microsoft Windows e Mac
OS, principalmente por parte de pessoas acostumadas ao Unix na escola e no trabalho. O sistema tornou-se
popular no mercado de Desktops e servidores, principalmente para a Web e servidores de bancos de dados.
No decorrer do tempo, várias distribuições surgiram e desapareceram, cada qual com sua característica.
Algumas distribuições são maiores outras menores, dependendo do número de aplicações e sua finalidade.
Algumas distribuições de tamanhos menores cabem num disquete com 1,44 MB, outras precisam de vários
CDs, existindo até algumas versões em DVD.
Todas elas tem o seu público e sua finalidade, as pequenas (que ocupam poucas disquetes) são usadas para
recuperação de sistemas danificados ou em monitoramento de redes de computadores.
Dentre as maiores, distribuídas em CDs, podem-se citar: Slackware, Debian, Suse, e Conectiva. Cada
distribuição é, em síntese, um sistema operacional independente, de modo que os programas compilados
para uma distribuição podem não rodar em outra, embora usem o mesmo núcleo (o Linux propriamente
dito). A distribuição Conectiva Linux, por exemplo, tinha as suas aplicações traduzidas em português, o que
fez com que os usuários que falam a Língua Portuguesa tenham aderido melhor a esta distribuição. Hoje esta
distribuição foi incorporada à Mandrake, o que resultou na Mandriva. Para o português, existe também a
distribuição brasileira Kurumin (essa distribuição foi descontinuada pelo seu mantenedor), construída sobre
Knoppix e Debian, e a Caixa Mágica, existente nas versões 32 bits, 64 bits, Live CD 32 bits e Live CD 64
bits, e com vários programas open source: LibreOffice, Mozilla Firefox, entre outros.
Existem distribuições com ferramentas para configuração que facilitam a administração do sistema.
As principais diferenças entre as distribuições estão nos seus sistemas de pacotes, nas estruturas dos
diretórios e na sua biblioteca básica. Por mais que a estrutura dos diretórios siga o mesmo padrão, o
FSSTND é um padrão muito relaxado, principalmente em arquivos onde as configurações são diferentes
entre as distribuições. Então normalmente todos seguem o padrão FHS (File Hierarchy System), que é o
padrão mais novo. Vale lembrar, entretanto, que qualquer aplicativo ou driver desenvolvido para Linux pode
ser compilado em qualquer distribuição que vai funcionar da mesma maneira.
Quanto à biblioteca, é usada a biblioteca libc, contendo funções básicas para o sistema Operacional Linux. O
problema é que, quando do lançamento de uma nova versão da Biblioteca libc, algumas distribuições
colocam logo a nova versão, enquanto outras aguardam um pouco. Por isso, alguns programas funcionam
numa distribuição e noutras não.
Existe um movimento LSB (Linux Standard Base) que proporciona uma maior padronização. Auxilia
principalmente vendedores de software que não liberam para distribuição do código fonte, sem tirar
características das distribuições. O sistemas de pacotes não é padronizado.
ArchLinux, Debian, Fedora, Mandriva, Mint, Opensuse, PCLinuxOS, Puppy, Sabayon, Slackware e Ubuntu
são algumas das distribuições mais utilizadas actualmente, listadas aqui por ordem alfabética.
Existem também distribuições Linux para sistemas móveis, como tablets e smartphones, sendo o Android,
desenvolvido pelo Google, a mais difundida de todas. Outras distribuições Linux para sistemas móveis são o
Maemo e o MeeGo.
Código aberto e programas livres
Um programa, assim como toda obra produzida
atualmente, seja ela literária, artística ou tecnológica,
possui um autor. Os Direitos sobre a ideia ou
originalidade da obra do autor, que incluem
essencialmente distribuição, reprodução e uso é feito no
caso de um programa através de sua licença.
Existem dois movimentos que regem o licenciamento de
programas no mundo livre, os programas de código
aberto e os programas livres. Os dois representados
respectivamente pela OSI e pela FSF oferecem licenças
para produção de software, sendo seus maiores
representantes a licença BSD e a GPL.
Pacote de software LAMP para servidor web
O Linux oferece muitos aplicativos de open source, contudo nem todos podem ser considerados programas
livres, dependendo exclusivamente sob qual licença estes programas são distribuídos. Os programas
distribuídos sob tais licenças possuem as mais diversas funcionalidades, como desktops, escritório, edição de
imagem e inclusive de outros sistemas operacionais.
Também existem organizações inclusive no mundo livre como a organização Linux Simples para o Usuário
Final (SEUL) que tem como objetivo adotar a maior gama possível de aplicativos de alta qualidade
produzidos sobre a GPL. É um projeto voluntário que atualmente se foca no aprendizado de Linux, seu uso
na ciência e em documentos de advocacia, bem como gerenciar e coordenar projetos de desenvolvimento de
aplicativos.
Controvérsias quanto ao nome
Linux foi o nome dado ao núcleo de sistema operacional criado por Linus Torvalds. Por extensão, sistemas
operacionais que usam o núcleo Linux são chamados genericamente de Linux. Entretanto, a Free Software
Foundation afirma tais sistemas operacionais são, na verdade, sistemas GNU, e o nome mais adequado para
tais sistemas é GNU/Linux, uma vez que grande parte do código-fonte dos sistemas operacionais baseados
em Linux são ferramentas do projeto GNU.13
Há muita controvérsia quanto ao nome. Eric Raymond afirma, no Jargon File, que a proposta da FSF só
conseguiu a "aceitação de uma minoria" e é resultado de uma "disputa territorial".14 Linus Torvalds afirma
que consideraria "justo" que tal nome fosse atribuído a uma distribuição do projeto GNU, mas que chamar
os sistemas operacionais Linux como um todo de GNU/Linux seria "ridículo".15 Linus disse não se importar
sobre qual o nome usado, considera a proposta da GNU como "válida" ("ok") mas prefere usar o termo
"Linux".16
Sobre o símbolo
O símbolo do software foi escolhido pelo seu criador (Linus Torvalds),que um
dia estava no zoológico e foi surpreendido pela mordida de um pinguim. Fato
curioso e discutido até hoje.17
Em 1996, muitos integrantes da lista de discussão "Linux-Kernel" estavam
discutindo sobre a criação de um logotipo ou de um mascote que representasse
o Linux. Muitas das sugestões eram paródias ao logotipo de um sistema
operacional concorrente e muito conhecido (Windows). Outros eram monstros
ou animais agressivos. Linus Torvalds acabou entrando nesse debate ao
afirmar em uma mensagem que gostava muito de pinguins. Isso foi o
suficiente para dar fim à discussão.
Tux.
Depois disso, várias tentativas foram feitas numa espécie de concurso para que
a imagem de um pinguim servisse aos propósitos do Linux, até que alguém sugeriu a figura de um "pinguim
sustentando o mundo". Em resposta, Linus Torvalds declarou que achava interessante que esse pinguim
tivesse uma imagem simples: um pinguim "gordinho" e com expressão de satisfeito, como se tivesse
acabado de comer uma porção de peixes. Torvalds também não achava atraente a ideia de algo agressivo,
mas sim a ideia de um pinguim simpático, do tipo em que as crianças perguntam "mamãe, posso ter um
desses também?". Ainda, Torvalds também frisou que trabalhando dessa forma, as pessoas poderiam criar
várias modificações desse pinguim. Isso realmente acontece.
Quando questionado sobre o porquê de pinguins, Linus Torvalds respondeu que não havia uma razão em
especial, mas os achava engraçados e até citou que foi bicado por um "pinguim assassino" na Austrália e
ficou impressionado como a bicada de um animal aparentemente tão inofensivo podia ser tão dolorosa.
Escândalo dos Programas de Vigilância da NSA
As revelações da vigilância global exercida pela Agência de Segurança Nacional trouxeram à tona alegações
de que Google, Yahoo!, Facebook e, Microsoft estão entre as muitas empresas intencionalmente cooperando
com a NSA, oferecendo acesso aos seus sistema via uma backdoor criada especialmente para atender aos
interesses da Agência.
No caso de sistemas operacionais Linux, a agência americana NSA pediu ao criador do Linux, Linus
Torvalds, para criar backdoors em GNU / Linux através do qual eles poderiam acessar o sistema.18
O fato dos sistemas GNU/Linux serem software livre permitem que qualquer um realize auditoria sobre o
código. Dessa forma dificultando a inserção de backdoors.
Ver também
LINUX Guia de Comandos
Lista de distribuições GNU/Linux
Comparação entre distribuições Linux
Comandos Linux
Lei de Linus
Eventos
FISL (Fórum Internacional de Software Livre)
Installfest
Referências
1. ↑ Members (http://www.linuxfoundation.org/about/members) (em inglês) linuxfoundation.org. Visitado em
28/01/2015.
2. ↑ Primeiro período do original, em inglês: Do you pine for the nice days of minix-1.1, when men were men and wrote
their own device drivers?
3. ↑ Lars Wirzenius (27 de abril de 1998). Linux Anecdotes (http://liw.iki.fi/liw/texts/linux-anecdotes.html). Visitado
em 15 de junho de 2007.
4. ↑ Carlos E. Morimoto. Linux, Ferramentas Técnicas 2ed (em Português). 2 ed. [S.l.]: GDH Press e Sul Editores,
2006. 312 p. ISBN 85-205-0401-9
5. ↑ Burtch 2005, pp. 10
6. ↑ SystemRescueCd Homepage (http://www.sysresccd.org/) (em inglês) sysresccd.org. Visitado em 28/01/2015.
7. ↑ zisofs-tools (http://freshmeat.net/projects/zisofs-tools/) (em inglês) freshmeat.net. Visitado em 28/01/2015.
8. ↑ Reiser4 ainda está em desenvolvimento.
9. ↑ No original, em inglês: the guiding line when implementing linux was: get it working fast. I wanted the kernel
simple, yet powerful enough to run most unix software.
10. ↑ a b c d Burtch 2005, pp. 12
11. ↑ a b c Burtch 2005, pp. 13
12. ↑ 5 anos do Ubuntu (http://digitalside.com.br/site/5-anos-do-ubuntu/) (em inglês) digitalside.com.br. Visitado em
28/01/2015.
13. ↑ Richard Stallman. Linux and the GNU Project (http://www.gnu.org/gnu/linux-and-gnu.html) (HTML) (em inglês).
Visitado em 7 de março de 2008.
14. ↑ Eric Raymond. Linux (http://catb.org/jargon/html/L/Linux.html) (HTML) (em inglês). Visitado em 7 de março de
2008.
15. ↑ Revolution OS, documentário de 2001 sobre o Linux. Produzido, dirigido e escrito por J.T.S. Moore
16. ↑ Linus Torvalds (3 de junho de 1996). Lignux, what's the matter with you people?
(http://groups.google.com/group/comp.os.linux.misc/msg/7781d4221fceedb2) (HTML) (em inglês). Visitado em 7
de março de 2008.
17. ↑ Revista Superinteressante, O Mistério das Marcas, edição 261, janeiro de 2009, p. 34
18. ↑ NSA Wanted Backdoor Access In Linux, Says Linus Torvalds’ Father (http://www.omgubuntu.co.uk/2013/11/nsaask-linus-torvalds-include-backdoors-linux-father-says-yes) (em inglês) omgubuntu.co.uk. Visitado em 28/01/2015.
Bibliográficas
BURTCH, Ken O. Scripts de Shell Linux com Bash: Um guia de referência abrangente para usuários e
administradores Linux. 1 ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2005. ISBN 8573934050
Ligações externas
A Wikipédia possui o portal:
Página Oficial do Projeto GNU
(http://www.gnu.org/gnu/linux-and-gnu.pt-br.html)
Página Oficial do Linux
(http://www.linux.org/info/index.html) (em inglês)
Software Livre
Portal do Linux
Arch · Debian · Fedora · Ubuntu · Mandriva · Linux Mint · OpenSUSE · PCLinuxOS · Puppy · Sabayon
· Slackware Linux · Kurumin · Big Linux · Poseidon Linux · Ekaaty Linux · DreamLinux
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Linux&oldid=41321261"
Categorias: Software de 1991 Linux Sistemas operacionais livres Plataformas de desenvolvimento
Sistemas operacionais tipo Unix Sistemas operativos x86 Sistemas operativos ARM
Sistemas operativos Power Linux embarcado
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