Transcrição - Teleconferência Resultados 4T09

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Transcrição - Teleconferência Resultados 4T09
Transcrição da Teleconferência
Resultados do 4T09
Rossi Residencial (RSID3 BZ)
30 de março de 2010
Operadora:
Bom dia, senhoras e senhores, e obrigada por aguardarem. Sejam bem-vindos à
teleconferência da Rossi para discussão dos resultados referentes ao 4T09.
O áudio desta teleconferência está sendo transmitido simultaneamente pela Internet,
no endereço www.rossiresidencial.com.br/ri. Naquele endereço pode também ser
encontrada a respectiva apresentação em PowerPoint para download.
Informamos que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência
durante a apresentação da Companhia, e, em seguida, iniciaremos a sessão de
perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos
senhores necessite de alguma assistência durante a conferência, queira, por favor,
solicitar a ajuda de um operador, digitando *0.
Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que
possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios
da Companhia, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em
crenças e premissas da Diretoria da Rossi, bem como em informações atualmente
disponíveis para a Companhia. Considerações futuras não são garantias de
desempenho. Envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos
futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer.
Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da
indústria e outros fatores operacionais podem afetar os resultados futuros da Empresa
e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais
considerações futuras.
Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Heitor Cantergiani, Diretor Superintendente
da Rossi. Por favor, Sr. Heitor, pode prosseguir.
Heitor Cantergiani:
Bom dia a todos. Obrigado por nos acompanharem nesta divulgação dos resultados
do 4T09 e também do fechamento do ano de 2009. Junto comigo está aqui toda a
Diretoria da Rossi, a qual eu gostaria de parabenizar pelos excelentes resultados
obtidos em 2009.
Queria também ressaltar que por mais um ano consecutivo nós entregamos os
resultados prometidos, o que demonstra nosso comprometimento com nossos
acionistas.
Na página quatro, os destaques do 4T09, com relação a esses destaques, lançamos
no 4T R$1 bilhão, sendo R$763 milhões a parte Rossi, divididos em 24
empreendimentos, o que significa um total de 8.314 unidades. Nós vendemos R$828
milhões, sendo R$621 milhões a parte Rossi. 57% das vendas foram de nosso
estoque. O VSO foi de 23%, contra 21% no 3T, ou seja, é o quarto trimestre
consecutivo de crescimento.
Com relação ao segmento econômico, lançamos 6.899 unidades no trimestre, que
anualizadas representam 27.700 unidades em termos anuais. Com relação ao
desempenho financeiro, o lucro líquido do 4T foi de R$77 milhões, com uma margem
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bruta de 33,6%, uma margem EBITDA de 20,6% e uma margem líquida de 16,1%. O
ROE, de 22,6% anualizado.
Na página cinco, com relação aos destaques de 2009, o VGV lançado foi de R$2,8
bilhões, sendo R$2,2 bilhões a parte Rossi, divididos em 68 empreendimentos, para
um total de 16.456 unidades.
Vendas contratadas foram de R$2,3 bilhões, sendo R$1,8 bilhão a parte Rossi. 46%
das vendas foram de nossos estoques. Terminamos o ano com 132 canteiros de obra
e quase 35.000 unidades em construção.
No segmento econômico, foram lançados 50 projetos, no total de 13.086 unidades. O
segmento econômico representou 47% do VGV lançado. Dobramos o VGV lançado na
parte de segmentos econômicos, R$927 milhões contra R$484 milhões no ano
anterior, um aumento de 92%.
Com relação ao desempenho financeiro do ano, o lucro líquido do ano atingiu R$218
milhões, a margem bruta 34,2%, sendo um aumento de 6 p.p. com relação ao ano de
2008, a margem EBITDA 22%, com um aumento de 7,3 p.p., margem líquida 13,9%,
representando um aumento de 4,3 p.p. em relação a 2008, e um ROE de 22,6%
anualizado.
Queria passar a palavra para o Leonardo Diniz, para suas observações com relação à
parte operacional.
Leonardo Diniz:
Bom dia. Obrigado a todos. É importante e muito gratificante estarmos falando hoje de
um ano de 2009 que começou de forma bastante preocupante, e encerramos o ano
falando de superação de metas, superação de objetivos e de crescimento.
Como vou explicar nos slides à frente, a Empresa no final do ano fez uma oferta de
ações, e com isso nos preparamos e tivemos um plano bem estruturado para uma
nova etapa de crescimento.
A Empresa hoje conta com nove regionais e 30 células de operação, explicarei um
pouco do conceito de células, que fazem parte desse plano de crescimento e da nossa
estratégia de expansão geográfica contínua.
Anunciamos recentemente a criação de uma regional, que batizamos de Regional
Paulistana, que pretende atuar especificamente no mercado do município de São
Paulo, notadamente nos produtos de média e alta renda, para dar continuidade à
penetração mais forte nesse mercado, onde tivemos um desempenho muito grande na
venda de estoques no ano de 2009.
Essa Regional Paulistana já está em operação, e continua a Regional São Paulo, com
vistas ao objetivo do segmento econômico, no município e toda a região metropolitana
de São Paulo.
Estruturamos também a Regional Oeste, já foi contratado um executivo de mercado,
que tem como objetivo a atuação no oeste de São Paulo e no norte e oeste do Estado
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do Paraná, região que se mostrou bastante atrativa dentro de nosso plano de
expansão.
Também anunciamos no fim do ano passado, início deste ano, a joint venture com a
Capital para atuar nos estados do Amazonas e Pará. A Capital já era nossa parceira
no Amazonas há mais de um ano, e essa joint venture vem reforçar esta atuação de
forma mais coordenada, com mais objetividade e bastante sinergia. O objetivo dessa
joint venture é a expansão para novos mercados através de parte da nossa estratégia
de associação com parceiros locais.
Obviamente, a Capital nos empresta uma adequação de atuação às particularidades
de cada região; especificamente esta joint venture estima lançar nos próximos dois
anos R$1,2 bilhão, no biênio 2010-2011. A Rossi entra na parceria com a estrutura de
Capital, com a estrutura do SAP, de tecnologia de informação, práticas de governança
corporativa que emprestamos para a nossa Empresa; e a Capital nos traz o banco de
terrenos, uma atuação de experiência na região Norte, abertura de novos mercados e
a mão-de-obra qualificada na região.
No slide sete, falamos um pouco dessa nova organização da Empresa. Como já temos
falando em alguns eventos recentes, nós reestruturamos a forma de operar da
Empresa. A ideia é que ao crescer consigamos centralizar a inteligência da Empresa,
com padronização e definição de políticas claras de atuação, tanto no segmento
econômico quanto nos produtos ditos convencionais. Isso nos permite um crescimento
estruturado e, consequentemente, a pulverização das operações.
Dividimos o Brasil inteiro em 30 células, 30 regiões de atuação, temos um programa
forte de capacitação de pessoas, cada célula tem seu gerente específico, agrupado
dentro das nove regionais, que nos permite estar presente com nossa equipe em
todas as cidades em que a Rossi pretende atuar, que serão 120 cidades no Brasil
inteiro.
Dentro do segmento econômico, continuamos investindo em produtos padronizados,
com o objetivo de ciclo operacional e redução de custos; redução do ciclo e dos
custos, com função de escala. A padronização de marketing e estande de vendas já
pode ser percebida pela nossa atuação no Brasil inteiro, e inauguramos no ano
passado nossa estratégia de varejo por utilização de lojas do produto Rossi Ideal.
Temos, então, produtos adequados ao segmento econômico em nossas três linhas
principais: Rossi Ideal, Villa Flora e Rossi Praças Residenciais, com suas
características.
Na página nove, falamos um pouco da tecnologia de construção. Continuamos
investindo fortemente em tecnologias de construção de larga escala, com
industrialização. Inauguramos recentemente a fábrica de pré-moldados no Sul, a ideia
é que tenhamos mais fábricas no Brasil inteiro, e isso nos dá uma agilidade de
execução da estrutura do prédio, no acabamento final, e possibilita ganhos de escala,
otimização de esforços e redução de custos.
Fizemos um sistema de edifícios pré-fabricados, com a primeira fábrica em Canoas,
no Rio Grande do Sul, e temos um projeto escola de qualificação e formação de mão-
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de-obra própria. Tem um slide aí que mostra um pouco das paredes e paineis de
concreto que temos feito.
A nossa capacidade de execução é reconhecida, hoje temos 35.000 unidades já em
execução e devemos entregar em 2010 em torno de 10.000 unidades em toda a
Empresa.
Na página dez, dentro dessa nova estrutura faz parte e é muito importante a estrutura
da Rossi Vendas e as lojas da Rossi Ideal. Dentro do produto da linha ideal, nós já
inauguramos cinco lojas, mais especificamente no último trimestre, quatro; a de
Campinas foi mais no final do trimestre.
A Rossi Vendas já vendeu R$228 milhões no 4T09, representa em torno de 30% das
vendas contratadas da Empresa. Se pegarmos só sobre os mercados onde a Rossi
Vendas já está, esse percentual aumenta. A Rossi Vendas, hoje, está presente em
São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Campinas, Vitória e Fortaleza, e
continuaremos expandindo no ano de 2010.
As lojas da Rossi tiveram uma visitação no último trimestre de 9.000 visitas, uma
média de 100 visitas por lojas por dia. Já houve um retorno muito grande do
investimento feito, e essa estratégia tem se mostrado acertada com a colocação
dessas lojas nas principais capitais, nos principais pontos de fluxo de pessoas, tanto
em Campinas quanto no Sul, em Porto Alegre temos duas lojas, e no Rio de Janeiro, e
em breve inauguraremos em Brasília e outras praças.
Falando um pouco, então, dos números operacionais de lançamentos e vendas, na
página 12 nós mostramos a evolução de lançamentos no 1S09 e no 2S09, e o objetivo
aqui é mostrar claramente a mudança. Como dissemos, começamos o ano de forma
conservadora e terminamos com recorde de lançamentos e de vendas, e já com
projeção de crescimento para 2010. Então, crescemos de um semestre para o outro,
no ano passado, 248% em lançamento. Comparando 2008 com 2009, lançamos
R$2,156 bilhões a parte Rossi em 2009, e R$2,758 bilhões o total de lançamentos.
Na parte de baixo do gráfico, vemos a abertura dos lançamentos por faixa de preço e
por estado, que corrobora nossa estratégia de diversificação, de estarmos presentes
em vários produtos e em vários estados, várias regiões do Brasil.
Na página 13, o mesmo slide na parte de vendas, também mostrando crescimento
significativo do 1S contra o 2S09, e o fechamento do ano de 2009 com R$1,8 bilhão,
acima do nosso guidance, da nossa meta interna de vendas na parte Rossi, e R$2,3
bilhão considerando a venda 100%.
De novo, embaixo, a quebra das vendas por produto, faixa de renda e por estado, e
realmente a parte por estado mostra a nossa diversificação. Com certeza, em 2010,
com essa nova organização, nós vamos diversificar ainda mais, e com a Regional
Paulistana vamos fortalecer novamente a nossa participação no município de São
Paulo.
Na página 14, alguns exemplos dos nossos sucessos recentes. Rossi Ideal Vitória
Régia, em Campinas, que foi 100% vendido em novembro do ano passado; Rossi
Ideal Águas Claras, também em Campinas, praticamente 100% vendido; Gragoatá
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Bay Residências em Niterói, não é do segmento econômico, mas com 86% vendido,
mostrando que também o segmento de produtos convencionais de média e alta renda
vem respondendo fortemente ao mercado.
O Totalité, que é um empreendimento comercial em São José do Rio Preto, quase
70% vendido, lançado no final do ano, também de salas comerciais. Rossi Ideal Cores
de Mogi, lançado já em janeiro, com 80% vendido. Rossi Ideal Jardins Praças
Residenciais em Belo Horizonte em Minas Gerais, 80% vendido.
Isso mostra que o mercado está realmente muito forte, a demanda continua forte,
continuamos acelerados com o nosso plano de lançamento e de vendas.
Isso é mostrado no gráfico da página 15, a evolução constante do VSO da Empresa
ao longo do ano. Terminamos o 4T com 23%, já posso antecipar que para o 1T10
provavelmente vamos continuar nessa evolução, ou seja, vamos mostrar números
mais fortes ainda de VSO.
A venda de estoque foi um grande ponto positivo no ano passado, realmente foi muito
forte. Conseguimos uma velocidade surpreendente na vendas dos estoques lançados,
atingindo o nosso objetivo de não chegar às entregas com o estoque de apartamentos
prontos. Então, tivemos uma evolução constante tanto na venda de lançamentos,
quanto na venda de estoques ao longo do ano de 2009.
Na página 16, estão as aberturas do nosso land bank. Com oferta em setembro,
outubro do ano passado, voltamos a uma estratégia de crescimento do land bank e de
aquisição de novas áreas. Atingimos quase R$23 bilhões de VGV potencial no land
bank.
Esse land bank está distribuído, como vocês podem ver, por produto, por segmento e
por estado. 83% do nosso land bank é dentro da faixa do SFH, que é o foco da nossa
atuação, e 45% do land bank está no segmento econômico. A ideia é continuar
expandindo e levar essa expansão do land bank para todas as cidades onde
pretendemos atuar de acordo com nosso plano de crescimento para os próximos dois
anos.
Na página 17, um pouco do gráfico da Rossi Vendas. O quanto a Rossi Vendas
representa sobre as vendas em empresa, em torno de 29%, como eu falei, no 4T;
temos a expectativa de abertura de escritórios em Goiânia e Brasília, e em Curitiba
Belo Horizonte e Manaus, todas elas ainda no 1S10. Temos em torno de 400
corretores, com a distribuição nas cidades, como vocês podem ver no gráfico.
É isso. Vou passar a palavra para o Cássio, para ele falar um pouco sobre as metas
operacionais e financeiras.
Cássio Elias Audi:
Bom dia a todos. Como foi mencionado pelo Heitor no começo da apresentação, a
Rossi mais uma vez atinge ou supera as metas traçadas para o período. Em 2009, nós
tínhamos uma meta de R$2 bilhões de lançamentos, superamos, atingindo R$2,2
bilhões a parte Rossi.
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Vendas contratadas, nossa meta era de R$1,6 bilhão, e nós superamos, atingindo
R$1,8 bilhão. As nossas metas financeiras também, entre 30% e 32% na margem
bruta, e nós atingimos 30,8%, no ponto médio da nossa meta. A nossa margem
EBITDA atingiu o topo da meta, em 22%, de uma meta interna de 20% a 22%.
Dando prosseguimento à apresentação, os destaques financeiros em 2009 e no 4T09.
Em 2009, nosso lucro líquido atingiu 84% de crescimento quando comparado com
2008, totalizando R$218 milhões.
Quanto às nossas margens, a margem bruta excluindo os efeitos financeiros foi de
34,2%, um aumento bastante expressivo de 6 p.p. em comparação ao ano anterior. A
margem EBITDA atingiu o topo da meta, como eu mencionei, em 22%, um aumento
significativo de 7,3 p.p. versus 2008. A nossa margem líquida no ano de 2009 atingiu
13,9%, um aumento de 4,3 p.p versus 2008. O ROE, anualizado, atingiu 22,6%, um
aumento de 17,1 p.p. versus 2008.
Nós continuamos com o nosso programa de eficiência das despesas comerciais e
administrativas, e também continuamos apresentando um cash burn estável e entre os
menores da indústria.
No 4T09, o nosso lucro líquido atingiu R$77 milhões. As nossas margens, margem
bruta de 33,6%; margem EBITDA de 20,6%; e margem líquida de 16,1%, mostrando
viés positivo quando comparada à margem líquida do ano de 2009.
Nos destaques financeiros, a receita líquida subiu 49% comparado com o 4T do ano
anterior, e comparando 2009 com 2008, nossa receita líquida cresceu 27%. Nosso
lucro bruto ajustado e nossa margem bruta ajustada, e aí embaixo tem uma tabela
explicando esses ajustes, o lucro bruto atingiu R$154 milhões no 4T09, mais que
dobrando em relação ao mesmo período do ano passado. Quando comparado com
2008, o lucro bruto cresceu em 68% e a margem saltou de 28,3% para 34,2%.
Indo para o próximo slide, número 22, nós apresentamos o EBITDA, as margens
EBITDA, o lucro líquido e as margens líquidas. Nossa margem EBITDA saltou de 8,6%
para 20,6% no 4T09, um crescimento de 258%; e comparando com 2008, o EBITDA
atingiu 345%, ou 91% versus esse período, com uma margem de 22% comparando
com a margem de 2008, que foi de 14,7%.
O lucro líquido e a margem líquida tiveram o mesmo comportamento. O lucro líquido
mais do que triplicou comparando com o 4T08, atingindo 16,5 p.p. de margem, e
comparando 2009 com 2008, um crescimento de 84% em valor absoluto, atingindo
uma margem líquida de 13,9%. Nessa tabela abaixo, nós fazemos a demonstração do
cálculo do EBITDA.
Do ponto das despesas administrativas e comerciais, o nosso programa de maior
eficiência nesses custos. Notem uma forte evolução em qualquer período de
comparação, uma evolução bastante positiva do ponto de vista de eficiência nos
gastos, tanto comerciais quanto administrativos.
As despesas comerciais sozinhas quando comparado 2009 versus 2008 reduziram em
20%, saltando de R$140 milhões para R$113 milhões em 2009. As despesas
administrativas em valor absoluto caíram de R$107 milhões para R$100 milhões no
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ano aproximadamente, é um pouco menos do que isso; e se você considerar o efeito
da inflação, essa redução é ainda mais importante. As despesas comerciais e
administrativas combinadas tiveram uma redução de 14%, o que contribui diretamente
para a melhoria dessas margens que eu já mencionei.
Quanto ao nosso endividamento, a evolução na qualidade do nosso endividamento foi
bastante forte, principalmente depois da oferta vinda no começo do 4T09. O nosso
endividamento líquido caiu de setembro de 2009 para dezembro de 2009 de 68%
aproximadamente para 10,5% do patrimônio líquido. O nosso endividamento líquido se
excluído SFH sobre o patrimônio, caiu de aproximadamente 30% para -16,9%. A
evolução do nosso consumo de caixa pode ser verificada abaixo, nesse gráfico na
página 24 também, e a distribuição do endividamento total no lado direito desta
página.
Eventos recentes, como eu comentei, nós fizemos no 4T09 uma oferta pública
exclusivamente primária. Nós emitimos 74.250.000 novas ações, totalizando
266.436.388 ações. O valor captado bruto foi de R$928 milhões.
Nós também implementamos em 2009 um plano de opções de compra de ações
restritas. O objetivo principal desse plano foi alinhar os interesses e reter os
executivos-chave a longo prazo, atrelando parte significativa do patrimônio desses
executivos à geração de valor à Companhia no longo prazo. Ou seja, os interesses
tanto de investidores como de executivos estão bastante alinhados.
Isso foi aprovado em Assembleia Geral Extraordinária no dia 21 de dezembro de 2009.
O plano, é importante colocar, está limitado ao máximo de opções que resulte em uma
diluição de até 3% do capital social da Companhia na data da aprovação de cada
outorga de opções.
Na página 25, nós temos a distribuição da nossa base acionária no capital da Rossi
pós-oferta.
Indo para o próximo slide, a performance da ação no Ibovespa comparando com o
próprio Ibovespa e o índice imobiliário.
Eu termino aqui a minha apresentação e abro para perguntas e respostas. Obrigado.
André Rocha, Bradesco:
Bom dia a todos. Eu tenho duas perguntas. A primeira é em relação ao cash burn, que
no 4T veio um pouco acima do que vinha ocorrendo nos trimestres anteriores. Queria
saber se é relacionado à aquisição de terra, porque vemos um crescimento de land
bank trimestre contra trimestre, e também teve uma queda do percentual de permuta.
E a segunda pergunta é relacionada às despesas comerciais, que vieram um pouco
acima do 3T, apesar de a Empresa ter feito menos lançamento do que no trimestre
anterior. Obrigado.
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Cássio Elias Audi:
André, quanto ao cash burn, de fato, no 4T ele subiu em relação à média dos últimos
trimestres, muito em função, obviamente, excluindo também a oferta, mas em função
da oferta e dos nossos novos planos, e um investimento, como você mesmo colocou,
em land bank. Foi mencionado, inclusive, no prospecto e durante o processo da nossa
oferta secundária de ações que nós iríamos colocar mais dinheiro nas novas
aquisições de terreno, que notadamente são terrenos de curto prazo de maturação.
Isso representa e representará 55% do uso dos recursos da oferta. Então, está
absolutamente em linha com os nossos planos e é em função disso que também o
percentual de permuta foi reduzido no total do land bank.
As despesas comerciais têm um descasamento eventual trimestre a trimestre,
principalmente quando a Empresa começou acelerar bastante no 2S09, como foi
mencionado pelo Leonardo, onde, nos lançamentos crescentes, você acaba tendo
lançamentos fortes no último mês de cada trimestre, quando você está com o vetor de
crescimento, e as despesas comerciais não necessariamente caem nesse mesmo
trimestre, possivelmente impactando o próximo ou o trimestre seguinte.
Com isso, nós aceleramos os lançamentos e obviamente os investimentos em
despesas comerciais também aceleraram, mas em uma proporção bastante saudável,
mostrando no ano fechado a redução e a capacidade que nós tivemos de fazer os
gastos comerciais ainda mais eficientes.
André Rocha:
Só uma última pergunta: como é que vocês veem o uso do caixa, o cash burn ao longo
de 2010?
Cássio Elias Audi:
André, nos nosso planos, nós vamos no ano de 2010 consumir caixa, ou seja, a
geração de caixa será negativa. Nós estimamos em aproximadamente R$400 milhões
a R$500 milhões para entregar o plano de dois anos que foi objeto da nossa oferta de
ações.
Então, é necessário o investimento. Esse investimento, no ano de 2010, também está
sendo positivamente impactado pela geração de caixa de empreendimentos que já
lançamos anteriormente, de tal forma que, já em 2011, projetamos ter uma geração de
caixa bastante positiva.
Então, de novo, o ano de 2010 é um ano de investimentos, e a geração de caixa em
2011 já se torna positiva por esses efeitos que eu mencionei.
André Rocha:
Muito obrigado.
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Leonardo Zambolin, Goldman Sachs:
Bom dia a todos. Duas perguntas rápidas. A primeira é em relação ao reconhecimento
de receita. Eu queria saber se vocês tiveram, como alguns competidores, problemas
com chuvas etc., que possivelmente ocasionaram atraso de obras.
E a segunda pergunta, queria ouvir uma opinião mais institucional da Rossi em relação
aos maiores detalhes que foram divulgados ontem pelo Governo, principalmente
levando em conta o mix de produtos da Companhia no segmento econômico. Vemos
na página cinco do press release que os preços, no caso de Rossi Ideal, partem de
R$64 mil. Então, queria entender se por conta do maior foco do Governo na antiga
faixa salarial de zero a três, vocês pretendem fazer uma reorientação do mix de
produtos da Companhia, ou se vocês realmente continuarão trabalhando nessas
faixas de preço que hoje são o core business da Companhia. Obrigado.
Cássio Elias Audi:
Quanto ao reconhecimento de receita, nós tivemos no ano de 2009 uma performance
muito boa, como você viu uma evolução no 4T comparado ao 3T. Não apresentamos
problemas de ‘receitamento’ no 4T. O 1T10 não é objeto desta reunião, ele ainda não
foi concluído, mas não temos notado problemas materiais na evolução do nosso
‘receitamento’.
Quanto ao plano do Governo e ao mix dos nossos produtos, e à faixa de preços, vou
passar a pergunta para o Rodrigo Martins.
Rodrigo Martins:
Bom dia, Leonardo. Com relação ao programa, a sensação que temos dentro da Rossi
é que a despeito da expectativa que tem sido criada de 3 milhões de novas
habitações, o que nós tivemos agora foi um anúncio concreto da extensão do
programa para mais 2 bilhões de unidades, o que, a meu ver, é bastante saudável.
Falta o detalhamento da operacionalização disso, que o Governo fará ainda,
provavelmente em conjunto com as empresas.
Falando com relação especificamente ao mercado em que a gente vem atuando com
mais força, a partir do três a seis e do seis a dez, a despeito de no primeiro ter havido
para o segundo uma inversão da proporção de unidades com relação ao zero a três, o
três a seis e o seis a dez, a verdade é que se colocou mais 600.000 unidades para o
três a seis, que somadas às unidades ainda a contratar do Minha Casa, Minha Vida I,
nos dão um horizonte de quase 900.000 unidades a contratar ainda no três a seis, ou
cerca de 800.000 se você considerar o número de propostas que existe dentro da
Caixa.
Então, acho que há uma ‘encheção’ no três a seis que não me faz crer que
precisaremos fazer mudanças muito radicais no portfólio. Evidentemente,
observaremos nos próximos passos o detalhamento do programa.
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Leonardo Zambolin:
Obrigado.
Cristiano Hees, Brascan Corretora:
Bom dia a todos. Eu queria pegar o gancho das duas últimas perguntas. Primeiro,
queria entender melhor, ter um breakdown desses lançamentos do segmento
econômico. 47% dos lançamentos foram no segmento econômico, e eu queria
entender melhor qual o percentual de lançamentos que já foi dentro do Minha Casa,
Minha Vida, dado em função do VGV, e o que vocês esperam fazer de lançamentos
este ano no segmento econômico e de unidades elegíveis ao Minha Casa, Minha Vida,
e com qual ticket médio.
Também, se vocês pudessem nos informar o que vocês já têm de unidades em
análise na Caixa Econômica Federal, no pacote habitacional, e o que vocês já têm
também de unidades aprovadas, seria ótimo.
E uma segunda pergunta, também, com relação ao land bank: eu queria entender
melhor como tem sido essas aquisições mais recentes. Eu estou vendo no release que
vocês aumentaram o percentual pago em dinheiro, provavelmente por causa do land
bank para produtos de renda mais baixa. Então, como vocês estariam vendo agora a
aquisição de terrenos? E queria entender melhor o que vocês estão pagando agora,
ou considerando razoável pagar em terrenos recentemente em função do custo de
terreno, em função do VGV no Minha Casa, Minha Vida fora dessa faixa de zero a
três, principalmente nessa faixa de três a dez salários mínimos.
Rodrigo Martins:
Bom dia, Cristiano. Em relação à primeira parte da pergunta, no ano de 2009
lançamos 13.086 unidades dentro do segmento econômico. Dessas 13.086,
aproximadamente 80% são enquadradas dentro do programa Minha Casa, Minha
Vida.
Para o ano de 2010, hoje trabalhamos com uma meta de 25.000 unidades, também
mantendo esse percentual, cerca de 80% dentro do programa Minha Casa, Minha
Vida.
Você pergunta com relação à Caixa. Nós temos hoje, em números redondos, 17.046
unidades avaliadas aprovadas na Caixa Federal. Todos os empreendimentos já
lançados estão aprovados, e temos outras 18.000 unidades em processo de avaliação
e de análise na Caixa, totalizando hoje, dentro da nossa operação, 35.000 unidades
na Caixa.
Vou passar para o Leonardo para a segunda parte da pergunta.
Leonardo Diniz:
Alexandre, com relação à política de aquisição de terrenos, o que mudou do que
vínhamos praticando para agora, após a oferta, é exatamente o plano que divulgamos
na época da oferta. A Empresa vai privilegiar aqueles terrenos com o ciclo mais
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rápido, em tese glebas menores, que consigamos uma aprovação e lançamento em
um espaço de tempo menor.
Esses terrenos, obviamente, acabamos comprando um percentual maior na aquisição
de dinheiro contra permuta. Parte do nosso land bank, como vocês sabem, é de
grandes glebas em permuta para projetos como o Villa Flora, devemos ter de dez a 12
projetos no Brasil inteiro.
Então, basicamente, o que mudou foi isso. Não só para o segmento econômico, mas
também para produtos convencionais. Temos vendido, como eu disse na
apresentação, muitos produtos de média e alta renda, produtos de salas comerciais
têm tido uma liquidez muito grande. Então, observando o mercado dentro do nosso
plano de expansão, temos investido em terrenos realmente para poder suprir o que
precisamos para cumprir a meta deste ano e a meta de 2011, que representa um
crescimento ainda maior. Realmente, está de acordo com a estratégia traçada no final
do ano passado.
Cristiano Hees:
Entendi. Só mais uma pergunta: o que vocês estão achando razoável pagar em preço
de terrenos nessa faixa de três a dez salários mínimos dentro do mercado, o que
vocês veem de custos de terrenos em função do VGV agora, para frente?
Leonardo Diniz:
Não dá para falar de uma forma genérica, porque o custo de terreno está atrelado
também à infraestrutura que você tem que fazer pelo terreno, a topografia, o
adensamento que você tem que colocar. Então, é difícil fazer uma média de preço de
terreno por m².
O que temos percebido é que no segmento do Minha Casa, Minha Vida, o preço de
terreno é 7%, 8% do VGV aproximadamente. Toda vez que vai um pouco além disso,
não conseguimos viabilizar. Mas, de novo, é uma estimativa. Não podemos
generalizar muito isso porque é muito específico, é muito caso a caso e obviamente
depende do nosso modelo de viabilidade.
Cristiano Hees:
Entendi. Obrigado. Bom dia.
Pedro Barbosa, Credit Suisse:
Bom dia a todos. Parabéns pelo resultado. Minha única pergunta é em relação à
margem bruta: vocês tiveram um nível bem alto de margem bruta neste ano, e eu
queria saber qual é a expectativa para 2010. Se deve manter nesse nível, ou com
pressão no custo de construção e terrenos, isso deve cair um pouco, e quanto. Se
vocês têm algum guidance oficial em relação a isso. Obrigado.
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Transcrição da Teleconferência
Resultados do 4T09
Rossi Residencial (RSID3 BZ)
30 de março de 2010
Cássio Elias Audi:
Bom dia, Pedro. Com relação à margem bruta, ela está em linha com a nossa meta
interna, entre 30% e 32%, que era a meta que tínhamos para o ano de 2009 e deve
ser a meta que teremos para o ano de 2010, onde nossa margem bruta, de novo,
incluindo os efeitos financeiros, estará entre 30% e 32%. Nós terminamos o ano
consolidado exatamente no ponto médio desta meta.
Pedro Barbosa:
Está ótimo. Então, o guidance é mantido.
Cássio Elias Audi:
Exatamente, para o ano de 2010.
Pedro Barbosa:
Está ótimo.
Eduardo Silveira, Fator Corretora:
Bom dia a todos. Eu tenho duas perguntas. A primeira, se vocês puderem detalhar um
pouco mais o que foi esse resultado financeiro positivo de R$30 milhões no 4T, se
houve algum efeito não-recorrente ou se foi só remuneração do caixa.
E a segunda pergunta, se vocês pudessem dar uma ideia de como foram as vendas e
lançamentos no 1T. Obrigado.
Cássio Elias Audi:
Eduardo, vou responder a primeira pergunta e passar a segunda para o Leonardo.
Quanto a esse recurso, justamente é remuneração sobre o capital investido que gerou
esse efeito positivo de aproximadamente R$30 milhões.
Imagino que esta tenha sido sua pergunta. Vou passar para o Leonardo responder a
segunda parte.
Leonardo Diniz:
Eduardo, com relação a vendas, eu antecipei na apresentação, obviamente não
estamos ainda com o trimestre fechado, mas há uma tendência forte para
aumentarmos nosso VSO. Temos tido resultados extremamente positivos nos
lançamentos, acho que teremos um volume de vendas muito forte no 1T10 e o volume
de lançamentos um pouco abaixo do que encerramos, até pela sazonalidade, final de
ano e início de ano, demoram um pouco mais as aprovações.
Temos uma média de estar com 40% dos lançamentos no 1S e 60% no segundo, e
desses 40%, um pouco menos no 1T. Então, se fizermos essa conta, você verá que
estaremos mais ou menos em linha com nosso planejamento e o orçamento da
Empresa.
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Transcrição da Teleconferência
Resultados do 4T09
Rossi Residencial (RSID3 BZ)
30 de março de 2010
Mas eu digo que o mercado está realmente muito demandado, todos os nossos
lançamentos sentindo um alto percentual de vendas na largada, e a expectativa é que
tenhamos um trimestre, e consequentemente um semestre, muito forte em termos de
venda de lançamentos.
Eduardo Silveira:
OK. Obrigado.
Operadora:
Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de retornar
a palavra ao Sr. Heitor Cantergiani para suas considerações finais.
Heitor Cantergiani:
Queria encerrar dizendo que nossa estratégia de diversificação e essa nova estrutura
organizacional que foi criada exatamente para encarar todo esse crescimento futuro,
colocam a Empresa em uma posição muito diferenciada no mercado. Nós teremos um
crescimento sólido e com baixo risco.
Nós temos percebido a quantidade e qualidade dos projetos que os gerentes de célula
têm trazido semanalmente para aprovação nos comitês de negócio, e nos deixam
bastante otimistas, tranquilos e confortáveis com relação às metas que temos para
atingir este ano, tanto lançamentos quanto aquilo que já prometemos para o mercado.
Queria agradecer, em nome da Diretoria, a todos pela presença, e até o próximo
trimestre. Obrigado a todos.
Operadora:
Obrigada. O conference call da Rossi está encerrada. Agradecemos a participação de
todos, e tenham um bom dia.
"Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e
completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da
qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos
ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta
transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o
conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela
MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais
condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”
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