15 février - 51e Anniversaire - Jornal comunitário em Português

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15 février - 51e Anniversaire - Jornal comunitário em Português
« QUANDO A INJUSTIÇA SE TORNA LEI,
A RESISTÊNCIA TORNA-SE UM DEVER»
(Thomas Jefferson)
Num. 50 • Ano / An 2• 27 de Fevereiro / 27 février 2016
• jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français - jornal comunitário em Português •
Exposição «Rostos de Timor» chega à
Amadora
15 février - 51e Anniversaire
Mundo Português
«Rostos de Timor» reúne 24 fotografias que “mostram a nobreza do povo
timorense”
Distinguida com o Prémio Gazeta 2014, a exposição fotográfica «Rostos de
Timor», de António Cotrim, fotojornalista da Agência Lusa, chega agora à
Amadora, concelho nos arredores de Lisboa.
Patente até 31 de Março, na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos (avenida
Conde Castro Guimarães), na Reboleira, reúne 24 fotografias que “mostram a
nobreza do povo timorense”, como afirma em comunicado a autarquia. “Uma
singela homenagem aos homens e mulheres de Timor que sofreram, lutaram e
morreram pela liberdade e independência de uma terra que amavam e à qual
queriam chamar ‘o meu país’”, disse o fotojornalista à Lusa.
Déclaration du premier ministre du Canada
à l’occasion du Jour du drapeau national
du Canada
Le 15 février 2016
Ottawa (Ontario)
Após 24 anos de ocupação pela vizinha República da Indonésia, Timor-Leste
tornou-se independente, em Setembro de 2002. A “marca de sofrimento e ao
mesmo tempo de esperança”, que encontrou nos rostos que fotografou em
2007 em Timor-Leste, fez surgir a ideia de realizar esta exposição, revelou o
fotojornalista.
Le premier ministre Justin Trudeau a fait aujourd’hui la déclaration suivante pour
souligner le Jour du drapeau national du Canada :
Referindo-se à reportagem feita em 2007, António Cotrim afirmou que o que mais
o marcou em Timor “foi o povo que, após longos anos de sofrimento, enfrenta o
dia-a-dia com um sorriso nos lábios”. “E marcou-me imenso a alegria do povo de
Lorosae, por ouvir e falar português”, acrescentou. No texto que acompanha a
exposição lê-se que “as fotografias de António Cotrim revelam a capacidade de
fixar uma imagem que emociona, que nos afecta e comove. Um rosto que surge
definido e luminoso na sagacidade de quem captou o instante”.
« La feuille d’érable est un puissant symbole qui unit les Canadiens au pays et à
travers le monde. Il a été porté par nos astronautes dans l’espace, par les braves
hommes et femmes des Forces armées canadiennes, et sur des milliers de sacs
à dos des randonneurs partout dans le monde. Notre drapeau a été planté sur le
mont Everest, déployé au-dessus du podium lors des Jeux olympiques, et hissé
fièrement devant nos ambassades.
A primeira versão desta exposição foi apresentada em Lisboa, no Centro
Nacional de Cultura, em Outubro de 2011, tendo entretanto passado por outros
espaços, como a galeria do café Santa Cruz, em Coimbra, a galeria Municipal
de Vila Nova de Ourém, o Museu de Arte Sacra de Fátima e a galeria municipal
de Alcochete.
António Cotrim começou a trabalhar na área da comunicação social em 1974,
tendo passado pelas agências noticiosas Lusitânia, ANOP, Notícias de Portugal
e, actualmente, Lusa. Colaborou também com o semanário Tal & Qual e o
desportivo Record. Além do Prémio Gazeta 2014, foi já distinguido com duas
menções honrosas, uma do Clube Português de Imprensa, na categoria de foto
reportagem, em 2001, e outra do Prémio Europeu de Fotografia Fujifilm, na
categoria de desporto, em 2004.
« Aujourd’hui, je me joins aux Canadiens ici et à l’étranger pour célébrer le 51e
anniversaire de notre drapeau national.
« Peu importe où la feuille d›érable flotte, notre drapeau représente les valeurs
qui définissent notre pays : la paix, la liberté, le respect, la compassion et la
diversité. Au moment où le Canada s’apprête à exercer un plus grand leadership
dans le monde, je suis convaincu que notre drapeau restera synonyme de ces
précieuses valeurs canadiennes.
BPM
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Le
Portugal
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A Chuva e o Bom Tempo
Arquivados e muito bem pagos
As viagens do Pinóquio…
Quando Pedro Passos Coelho se desempenha por Portugal fora numa
campanha pessoal procurando obter o direito de poder continuar como chefe do
seu partido, ele critica-se e desculpa-se pelos erros cometidos (aonde é que já
ouvi isto?), mesmo se sempre de boa fé, com boas intenções, já que segundo
o próprio, sempre fez questão de defender a integridade do país e a dignidade
do seu povo!!!...
Ouvindo isto, fica-nos aquela sensação que esta gente considera o povo mais
amorfo do que ele será na realidade. E o maior insulto estará por nos imaginar
uma cambada de parvos que engole todas estas baboseiras sem se manifestar.
É impressionante este arrojo. Esta crença de indispensável e de “salvador da
Pátria”. Aquela que há muito tempo já foi completamente posta de parte, idem
para as boas intenções, aproveitando-se cada instante para vender mais uma fatia
de Portugal. Mas para Passos, o tal lacaio de Merkel, nada disso é importante. O
que conta será manter-se no posto, na esperança de poder recuperar a função
de primeiro-ministro. E manter também, os elogios e a amizade da sucessora de
Hitler. Só que esta ainda não se impôs pela força, preferindo o esmagamento
pela austeridade que deixa bastantes lucros à economia alemã.
E o povo? Ele é o bom serás que discute a situação política entre dois copos e a
social numa enganosa comparação com o que se faz no estrangeiro, esquecendo
as qualidades do português trabalhador, elogiado por todo o lado, escudando-se
numa humildade característica.
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Por Octávio Ribeiro / Dir.CM
Aqui investigava-se para vender arquivamentos.
A nossa sociedade está a ficar adulta. Mais equilibrada nos pesos e
contrapesos necessários ao controlo dos abusos de poder.
As acções da GNR, num dia, prendendo um dos seus membros, por
suspeita de tráfico de droga, e do MP, ontem, detendo um procurador
por suspeitas de corrupção, são sinais de auto regeneração das
instituições que a todos nos devem deixar mais confiantes.
Centremo-nos no caso do procurador Figueira: durante um largo
período de tempo, as notícias bombásticas sobre suspeitas de crimes
económicos praticados por membros da elite angolana eram seguidas
de um prolongado silêncio e posterior nota do arquivamento.
A provarem-se os indícios de crime recolhidos sobre este procurador,
estamos perante uma declinação do célebre método da corrupção
na máquina administrativa: criar dificuldades para vender facilidades.
Aqui, na área judicial, o procurador recolhia indícios para vender
arquivamentos.
É que temos, de um modo geral, dos melhores operários e técnicos do mundo.
E essas qualidades são reconhecidas pelas empresas e entidades patronais.
Igualmente no campo militar. Foi, de resto, bastante simpático ouvir-se da
boca do ainda Presidente da República, as referências à qualidade do soldado
português, feitas pelos altos comandos europeus. E americanos. Temos gente.
Capaz.
Com esta investigação a um par – que terá vendido os princípios éticos
por um punhado de barris de petróleo –, polícias, procuradores e juízes
sublinharam um ponto essencial: Portugal não é uma república das
bananas. Nem de bananas.
Posto isto o que é que nos falta? Confiança. Confiança no porvir e no tipo de
país que se deixará às gerações vindouras, incluindo aquela que se acomoda
no espaço que desfruta presentemente. Falta-nos igualmente a confiança nos
políticos que elegemos, por vezes a contra-corrente, e dos quais se espera que
cumpram as promessas feitas. Ou, pelo menos, que não mintam descaradamente,
o que é moeda corrente.
Jornalismo amotinado
A propósito, lembram-se quando Passos Coelho convidou a juventude
portuguesa a emigrar e depois tudo negou, indiferente ao elevadíssimo número
de portugueses que assistiram à emissão televisiva e de que alguns copiaram e
puseram em circulação nas redes sociais?
Anda por aí muita gente inquieta com o futuro do jornalismo. Nunca
criticaram as tentativas de concentração da propriedade e do poder
editorial, como aconteceu no ‘negócio PT/TVI’, mas agora estão
arreliados com as baixas tiragens.
Este lembrete faz parte do tipo de mentiras com que somos regularmente
presenteados. Há todavia um outro tipo. Aquele que camufla sem escrúpulos a
batota, a burla, a fraude, o lucro fabuloso das “luvas” e dos negócios escondidos
de conflitos de interesses. E vimos isto desde há muitos anos já, sem que
até agora qualquer dessas perniciosas personagens tenha sido condenada.
Saliente-se que na maioria dos casos os pm ou são directamente beneficiários
ou cúmplices da situação
Não se inquietam com a escolha de directores por um político e
mergulham num confortável silêncio quando este recomenda gente que
não faça perguntas e obedeça, mas a falência do negócio preocupa-os.
A questão põe-se então deste modo: poder-se-á acreditar na “mea culpa” com
que Passos passeia pelo país? Poder-se-á acreditar numa mudança tão radical?
Ou trata-se apenas de poeira nos olhos para enganar uns quantos crédulos que
vai encontrando pelo caminho?
Passos Coelho não deverá esquecer que apesar das manigâncias que António
Costa encontrou para se apoderar do poder, ele não ganhou. Apenas Passos
perdeu. E perdeu, pela falta de confiança que o povo bem lhe demonstrou nas
urnas. Foram todas as mentiras que impingiu sem vergonha, que ditaram o seu
afastamento. E a tentativa de fazer crer numa nova imagem de si mesmo, face a
um espelho essa imagem pode parecer-lhe comicamente deformada…
O seu mecanismo de racionalização permitir-lhe-á conciliar os seus actos e a
sua moral mesmo quando eles parecem incompatíveis porém, a imagem que
lhe devolve o espelho nunca poderá ser a de alguém irrepreensível, como ele
se auto qualifica.
O melhor que Passos Coelho poderá fazer, para ele e para o partido, assim como
para Portugal, será abandonar a corrida e deixar o lugar a qualquer outro que
possua idoneidade suficiente para o cargo. Nessas condições, poderia deixar
ficar para a posteridade uma imagem digna de apreço e de portuguesismo. Que
lhe faz falta.
Mas como não acredito que venha a aplicar o bom senso, deixemos o Pinóquio
prosseguir viagem. Porque no fim de contas, nada poderemos fazer. Por agora.
Raul Mesquita
Anda por aí muita gente inquieta com o futuro do jornalismo.
Por Eduardo Dâmaso / CM
De resto, devem achar normal que alguém se ofereça como um
general prussiano que não se amotina. Para que servem, afinal, um
sindicato, uma ERC ou uma comissão da carteira que só se ‘amotinam’
com inquietações selectivas? Se não for para defender um jornalismo
amotinado face aos poderes não servem para nada.
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e
D. Carlos I, 32 roi de Portugal.
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4ème dynastie (Bragance).
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de la classe politique du pays. En ce début de l’année 1892, le roi D. Carlos I,
cède 20% de sa dote personnelle pour diminuer le déficit du pays. Le nouveau
gouvernement (présidence de José Dias Ferreira) dit de «salut national» dans
lequel Oliveira Martins joue un rôle important en tant que ministre des Finances.
Le pays est au bord de la banqueroute. Le gouvernement demande aux députés
de continuer leur activité sans être rémunérés. Par ailleurs, le gouvernement
essaye de trouver un équilibre entre les divers mouvements sociaux qui agitent
le pays. Le ministre des Finances publie une série des mesures pour le pays.
Augmentation des impôts pour faire face à la crise financière que traverse le
pays. Plusieurs décrets visent à réduire les possibilités d’élection des membres
du Parti républicain à l’Assemblée nationale, mais, depuis quelques années, le
nombre de parlementaires républicains l’assemblée ne cesse d’augmenter.
En 1896, une loi, dite loi de João Franco, réprimant les actions violentes qui
«troubleraient l’ordre social», qui se produisent dans tout le pays contre l’autorité
du gouvernement d’Hintze Ribeiro. Le 30 août 1898, est signé un traité entre
l’Angleterre et l’Allemagne sur le partage du Mozambique, de l’île de Timor et
de l’Angola. Les Allemands insistent d’autant plus qu’ils savent que le Portugal
essaye de négocier un nouvel emprunt auprès de l’Angleterre. Le 1er octobre,
les ambassadeurs de l’Allemagne et de l’Angleterre à Lisbonne, annoncent une
Convention anglo-allemande.
D. Carlos I, est né le 28 septembre 1863, à Lisbonne. Fils de D. Luis I et de D. Maria
Pia de Sabóia. D. Carlos I monte sur le trône, le 19 octobre 1889, après la mort de
son père, le roi D. Luis I. Le 22 mai 1886, le prince Carlos épousa la princesse
Amélie d’Orléans, fille aînée de Philippe d’Orléans, comte de Paris et prétendant
orléaniste au trône de France, sous le nom de Philippe VII, et son épouse l’infante
franco-espagnole Marie-Isabelle d’Orléans. Amélie d’Orléans passe son enfance en
Angleterre, pays où elle voit le jour, du fait de la loi d’exil qui touche sa famille depuis
la révolution de février 1848.
C’est seulement à partir de 1871 que la princesse et sa famille peuvent vivre en
France.
Si les grandes villes portugaises com-me Lisbonne, commençant à avoir l’éclairage
public électrique, dès le 11 janvier 1890, le nouveau roi doit faire face à l’Angleterre
pays allié du Portugal avec l’ultimatum anglais contre la carte Rose portugaise.
L’Angleterre, et cela malgré la très ancienne alliance avec le Portugal, elle voulait
établir un empire du Caire au Cap. Les projets et les possessions portugaises
devenaient gênants.
Le principe d’occupation effective remplace celui du droit historique qui revenait
au Portugal. Les républicains vont s’emparer de cette affaire politiquement :
Vive la République, abas l’Angleterre. Alfredo Keil compose A Portuguesa (La
Portugaise). Écrite pour un spectacle
contre l’ultimatum anglais. Le 14 janvier
le gouvernement «régénérateur» de
Serpa Pimentel doit affronter l’immense
vague de mécontentement exprimé
dans tout le Portugal contre l’Angleterre.
Le 31 janvier est organisée une révolte
républicaine à Porto. Le 2 février «La
Portugaise» actuel hymne national est
joué pour la première fois à Lisbonne
et le 11 février Manuel de Arriaga
est fait prisonnier, suite au meeting
républicain à Lisbonne. Le 29 mars est
promulguée la loi sur la presse qui
interdit les réunions publiques sans
autorisation préalable. En cette année
1890 est organisée la commémoration
du 1er mai pour la première fois, à
Lisbonne.
Le 20 août, le Portugal et l’Angleterre
finissent par signer un traité qui reconnaît les territoires portugais, mais laisse
aussi le champ libre à l’Angleterre pour ses nouvelles prétentions colonisatrices.
Cet accord signé entre D. Carlos I avec l’Angleterre est vécu par les républicains
comme une offense. Dès janvier 1891, est organisé le congrès du Parti républicain
qui approuve le programme élaboré par Bernardino Pinheiro, Manuel de Arriaga,
Teófilo Braga et d’autres.
Le 31 janvier échoue la première tentative d’instauration d’une république à Porto.
Les événements de 1890-1891 s’étaient déroulés dans une ambiance de crise
économique et financière qui touchait toutes les nations. Elle eut des graves
répercussions au Portugal. il a octroyé un emprunt par des financiers anglais et
français de trente-six millions de Réis. La dépréciation de la monnaie portugaise, la
faillite des quelques banques, l’augmentation de la dette publique, la baisse des
investissements ne font qu’accroître l’agitation du peuple et la méfiance à l’égard
En ce début de décembre, l’ambassadeur portugais à Londres envoie un
télégramme au roi portugais D. Carlos I pour lui annoncer que les Nord-américains
prétendent prendre possession des Açores. Le 14 octobre 1899, est signé le
traité de Windsor entre l’Angleterre et le Portugal, ratification des traités de 1624
et de 1661 ; efforts diplomatiques portugais pour annuler le précédent traité
anglo-allemand à propos des colonies africaines portugaises. En 1906, João
Franco est nommé chef du gouvernement et président du Conseil qu’il va diriger
de façon dictatoriale. João Franco attaque la presse avec une loi répressive. Les
journaux ; O Mundo et O País sont suspendus pour 30 jours.
Le roi D. Carlos I du Portugal donne interview un au journal français ‘Temps’ qui
déclare soutenir João Franco. Le 20 novembre, le républicain Afonso Costa, lors
de son discours au Parlement dans la fameuse phrase « M. Afonso Costa, a la
parole » c’est lui qui demande la fin de la monarchie au Portugal.
Le 30 novembre, Afonso Costa est expulsé de la Chambre des Députés et
30 décembre, c’est le député républicain João Meneses qui est expulsé de la
Chambre des Députés. Le 16 décembre est organisé un meeting républicain à
Lisbonne. En ce début de l’année 1908, Aquilino Ribeiro s’évade de la prison ; il
part pour Paris. França Borges et João
Chagas sont emprisonnés. António
José de Almeida, João Chagas et
Afonso Costa sont arrêtés.
Le 28 janvier, un mouvement républicain essaye une première tentative
de renversement de la monarchie.
Ses principaux dirigeants seront
emprisonnés.
Le 31 janvier, le gouvernement décrète
la déportation vers les possessions
d’Outre-Mer des agitateurs politiques. Le
1er février : assassinat du roi D. Carlos
I et de son fils aîné, le prince héritier,
Luís Filipe, à Lisbonne. La reine sauve
son deuxième fils. Le 27 août 1893, a
lieu l’inauguration de l’installation d’un
câble sous-marin entre Horta (Açores) et
Cascais/Carcavelos (Lisbonne).
Le 30 mai 1855, il avait été signé un
contrat pour le lancement du premier
câble sous-marin entre Lisbonne et les
Açores puis l’Amérique. La ville d’Horta (Açores) a été rendue célèbre par le câble
sous-marin de relais télégraphique qui la reliait la ville de Cascais/Carcavelos à
Lisbonne dès 1893 puis jusqu’à l’Amérique. Cette liaison faisait de la ville un
centre mondial de télécommunication à une époque où les satellites n’existaient
pas. Le Prince Albert I de Monaco y avait installé une base océanographique.
De nos jours, le port constitue une escale quasi obligatoire pour tout navire de
plaisance effectuant la traversée de l’Atlantique. Ne pas laisser une fresque
peinte sur la jetée porte-malheur, dit une légende. Le tombeau du roi D. Carlos I,
se trouve à l’église de São Vicente de Fora à Lisbonne.
Images:D. Carlos I; D. Amélie; Mapa Cor-de-Rosa (Carte Rose) Assassinat du
roi D. Carlos I et du prince héritier (1er février 1908)
Manuel do Nascimento / Paris
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Portugueses de Prince Rupert querem
Um Desafio aos Grupos económicos do manter as tradições lusas
Espaço lusófono
LUSOFONIA ECONOMIA E MERCADO
Por António Justo
Num tempo em que a Europa se encontra em grande crise e as suas potências
procuram beneficiar da sua posição económico-geográfica para proteger e
fomentar os seus vizinhos mais próximos em detrimento dos países da periferia
e benfeitorizando também as suas relações económicas com as suas antigas
colónias, seria de grande oportunidade uma união de esforços em todo o
território lusófono, não só no sentido do fomento de projectos culturais comuns
mas especialmente na elaboração e fomento de um espaço económico comum
que privilegie o parceiro lusófono tal como as potências privilegiam os seus
parceiros imediatos.
Só em conjunto se conseguirá reagir contra o neocolonialismo das multinacionais
das grandes potências interessadas em criar estruturas de dependência
tecnológica e económica que amarram os países indefesos aos seus mercados
e às suas condições. Disto deveriam estar conscientes os países do espaço
lusófono. Um pensamento criativo conjunto, em termos de concepção e
projeto futuro, podê-los-ia possibilitar passos alargados no sentido de superar
o colonialismo económico das grandes potências, bem como o encalhe em
nacionalismos fechados que uma História lúcida já não permite.
Sem tabus, seria óbvio fazerem-se reviver ideais formulados nos tempos do
regime de Salazar – necessariamente adaptados às realidades dos países
lusófonos actuais - e ver o que ele tinha realmente de visionário a nível de
afirmação das antigas “províncias ultramarinas” como parte de um espaço
económico comum, numa consciência de complementaridade.
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Já no regime de Salazar se concebia a ideia de uma confederação do espaço de
multiculturalidade e interculturalidade afro-luso-brasileira correspondente a um
mercado comum a beneficiar do mercado europeu: „A formação de um grande e
de um só mercado, assegurando a um tempo a comunhão de todos os territórios
nacionais sem qualquer diminuição, bem ao contrário, da autonomia de cada
um, rasgará horizontes tão vastos que neles caberá a igualdade efectiva de
condições, seja qual for o chão português onde labutem, a quantos vivam para
criação da riqueza nacional. Não se perca tempo nem se continue a adiar a
História com aconteceu no regime de Salazar e aconteceu especialmente no
regime do 25 de Abril.
Numa altura em que a economia Portuguesa ainda se encontrava ligada às
províncias ultramarinas portuguesas e à EFTA, entre 1960 e 1973 o rendimento
nacional por habitante crescia a uma média superior a 6,5% ao ano! “Nos anos
60 e até 1973 teve lugar, provavelmente, o mais rápido período de crescimento
económico da nossa História, traduzido na industrialização, na expansão
do turismo, no comércio com a EFTA, no desenvolvimento dos sectores
financeiros, investimento estrangeiro e grandes projectos de infra-estruturas. Em
consequência, os indicadores de rendimentos e consumo acompanham essa
evolução, reforçados ainda pelas remessas de emigrantes”, constata a SEDES.
A EU (Zona Euro) beneficiou as infra-estruturas portuguesas (auto-estradas)
mas destruiu a agricultura e as pescas e promoveu a desindustrialização do
país. As mesmas consequências sofrerão países emergentes (como os do
espaço lusófono) que verão as suas economias confrontadas e dominadas
pelas multinacionais e amarrados a tratados comerciais e de investimentos
internacionais do tipo TTIP que favorecem as grandes potências interessadas
em mercados para exportação ou para fortalecimento das suas empresas.
O espaço da Lusofonia é extraordinariamente rico em recursos naturais, humanos
e culturais e um excelente exemplo de interculturalidade. Urge portanto, na
luta selectiva dos mais fortes, a união de forças no sentido da solidariedade
construtiva entre os países mais fracos para não deixarem definir o seu futuro
da economia pelos outros, que a exemplo dos bancos vivem bem dos “juros”
que os clientes têm de pagar ad infinitum. Facto é que o tempo das economias
nacionais já faz parte do passado; não se pode deixar a determinação do futuro
ser só determinada pelo consumo e o lucro.
Portugal deveria estar muito interessado, como membro do grande mercado
da zona euro, em favorecer o fortalecimento da economia e do intercâmbio
da imigração lusófona no espaço europeu. A grandeza de um tal espaço e
da população ofereceria a base necessária à formação de grandes grupos
económicos com capacidade de concorrerem com os tradicionais grupos das
multinacionais que hoje dominam. O espaço intercultural lusófono poderia
tornar-se num exemplo de economia social do mercado.
Um tal projecto implicaria a formação de grupos de trabalho ad hoc (redes de
técnicos e especialistas) a nível dos ministérios da economia e dos grandes
empresários e Bancos dos diferentes Estados da lusofonia. Neste sentido
deveriam trabalhar também as universidades de todo o espaço lusófono
preparando o caminho com pesquizas, trabalhos de doutoramento e o intercâmbio
na aplicação, no lugar, de um saber conectado e de orientação lusófona.
Texto e Imagem Mundo Português TV
Prince Rupert é uma ilha do oeste do Canadá, onde reside uma pequena mas
dinâmica comunidade de portugueses e luso-descendentes, que se esforçam
por manter e promover as tradições lusas.
A comunidade portuguesa de Prince Rupert, uma ilha no oeste do Canadá, luta
por manter as tradições, apesar de estar fora dos grandes centros urbanos.
“Costumamos participar no desfile do Dia da Cidade, onde promovemos
as tradições portuguesas. Percorremos a cidade a cantar e a dançar, onde
mostramos a nossa cultura”, disse à agência Lusa Joe Veríssimo, de 51 anos.
Natural da ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores, Joe Veríssimo foi
um dos fundadores do Clube Luso Português de Prince Rupert, em 1 de Maio
de 2005, para “juntar mais a comunidade” e “unir ainda mais os portugueses”.
Desde então, a associação tem participado nas comemorações do dia da cidade,
tendo conquistado vários galardões locais.
“São já dez anos seguidos, e já vencemos por duas vezes a parada com um
carro alegórico. Percorremos a cidade a cantar e dançar, a mostrar todas as
nossas tradições portuguesas a todos”, sublinhou Joe Veríssimo, a viver no
Canadá há 42 anos.
Foi no início da década de 50 que os portugueses chegaram a Prince Rupert,
uma pequena cidade portuária com 12 mil habitantes, localizada na ilha de
Kaien, no noroeste da Colúmbia Britânica, apenas a 55 km do sul do Alasca
(Estados Unidos).
“A comunidade portuguesa em Prince Rupert é reduzida, a localidade é muito
pequena, com apenas 12 mil habitantes, mas “é raro o dia em que não vejo
um português. Somos muito respeitados na cidade”, enalteceu Joe Veríssimo à
Lusa.
Comunidade de 160
Mais de metade da população da ilha é de origem índigena mas as comunidades
italiana, chinesa e vietnamita têm uma forte expressão. Existem cerca de 160
portugueses e luso-descendentes em Prince Rupert.
Uma das dificuldades da comunidade portuguesa, revela Joe Veríssimo, é o
acesso ao “mercado da saudade”, apesar de uma mercearia, propriedade de um
empresário luso-descendente, comercializar esporadicamente produtos como o
‘bacalhau, azeite e sardinhas”.
O mercado mais próximo de Prince Rupert, com acesso a produtos portugueses,
fica localizado em Vancouver, a mais de mil quilómetros de distância, a 17 horas
de automóvel ou a duas horas de avião.
A principal economia em Prince Rupert é a indústria relacionada com o
carregamento marítimo de cereais e carvão para exportação, visto o seu
potencial enquanto cidade portuária, naquele que é considerado o porto natural
mais profundo na América do Norte
No peito vai-me um país
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Rosa dos Ventos
Peniche
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Photo: Turismo de Lisboa
prendre un cours de surf
assister à une épreuve du championnat mondial de surf
traverser la langue de sable jusqu’à Baleal
faire une marche revigorante sur la plage
déguster les fruits de mer et le poisson grillé
Peniche et la mer sont indissociables. C’est un des plus grands ports de pêche
traditionnelle du Portugal et un grand centre atlantique d’activités maritimes et
touristiques.
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Rose des Vents
La mer reste l’un des principaux
points d’intérêt et de développement
et les plages de Péniche sont très
appréciées. Si les baies de Consolação
et de Baleal offrent de jolis coins pour
des journées de plage en famille, les
vagues de la côte Ouest, comme celles
de la Praia de Medão Grande, connue
sous le nom de Supertubos, en raison
de ses grandes vagues de forme
tubulaire, sont très recherchées par
les pratiquants de surf et de bodyboard
du monde entier. Dans un concours
réalisé au niveau national, elle a été
classée parmi les « 7 Merveilles du
Portugal ». Tout comme la Praia do
Lagido, elle est le théâtre du grand
championnat mondial de surf Rip Curl
Pro Portugal, une épreuve intégrée
dans le World Surf League Tour.
Un petit voyage en bateau vous permet
d’atteindre l’archipel des Berlengas,
qui est une réserve naturelle. Ses
eaux transparentes sont idéales pour
les plongeurs qui y trouvent un coin
naturel de faune et de flore marines. La
mer agitée et la situation isolée de ces
îles favorisent aussi de nombreuses
histoires mystérieuses de pêcheurs et
de bateaux naufragés sur cette côte.
Avant d’aller à la plage, les visiteurs se doivent de faire un tour dans le centre
historique. Outre le sanctuaire de Nossa Senhora dos Remédios, et les églises
Saint-Pierre (Igreja de São Pedro) et de la Miséricorde (Igreja da Misericórdia),
notez la forteresse de Peniche, construite aux XVIe/XVIIe siècles, pour assurer
la défense du littoral, dans une action croisée avec la forteresse de Praia da
Consolação et celle de l’archipel des
Berlengas. Elle a été importante pour
l’histoire du Portugal à différentes
époques, mais il faut surtout noter
que, plus récemment, elle a servi de
prison politique pendant la période
de l’Estado Novo (État nouveau), et
certaines des personnalités politiques
les plus importantes de la résistance à
ce régime y ont été emprisonnées. À
l’intérieur, vous en connaîtrez tous les
détails, car elle abrite actuellement le
musée municipal de Peniche.
En plus des arts de la pêche dont
l´ activité a, naturellement, toujours
été l’une des principales sources de
revenus de ses habitants, Peniche
est aussi connue pour ses dentelles
aux fuseaux (rendas de bilros), que
les femmes passaient leur temps à
perfectionner pendant que les hommes
étaient en mer.
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Bien évidemment, la mer domine
aussi les spécialités gastronomiques.
Vous ne pouvez donc pas quitter
Peniche sans avoir goûté le riz aux fruits de mer ou les sardines grillées sur la
braise, plats toujours accompagnés des vins de la région Ouest. En dessert,
nous vous recommandons ceux à base d’amande, que ce soit un « Amigo de
Peniche » ou des biscuits appelés « Esses ».
Fortaleza de Peniche
Photo: Arquivo TdP
Les fortifications de la citadelle tracent
un parcours irrégulier dû à la base
rocheuse des pans de la muraille.
Elles sont formées de quatre remparts
de défense. La citadelle se dresse au
sommet, au sud de la péninsule de
Peniche, autrefois île.
Museu Municipal de Peniche
Installé dans la Forteresse de Peniche,
ancienne prison politique de «l’État
Nouveau», le Musée de Peniche,
outre les collections d’archéologie
(représentative des pièces de la
grotte de Furninha), d’archéologie
subaquatique, de malacologie, du
legs artistique de l’Architecte Paulino
Montez, de construction navale
et d’artisanat local (dentelles aux
fuseaux), possède un secteur consacré
à la résistance antifasciste.
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Ondas gravitacionais: o que são e para que
servem
por Marta Ferreira Leite
1.
2.
3.
4.
O que são ondas gravitacionais?
Porque é que as ondas são tão importantes?
Como funcionam as ondas gravitacionais?
Que materiais é que os cientistas utilizaram para encontrar as ondas
gravitacionais?
5. Como é que as ondas foram encontradas?
6. Como eram estes buracos negros?
7. Há quanto tempo estávamos à procura das ondas gravitacionais?
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descoberta das ondas gravitacionais, foram Kip Thorne (Instituto da Tecnologia
de Califórnia), Rainer Weiss (Instituto da Tecnologia de Massachusetts) e Ronald
Drever, um cientista reformado da Caltech. Todos tiveram acesso ao telescópio
do Observatório de Interferometria Laser de Ondas gravitacionais (LIGO), nos
Estados Unidos da América.
O LIGO é formado por dois tubos idênticos (com 4 quilómetros de comprimento)
montados em forma de “L”. Os cientistas enviam um raio laser para dentro dos
tubos: quando esse raio chega aos espelhos que cada tubo tem numa das
extremidades, ele é enviado para um detector. O normal é que os lasers de
ambos os tubos cheguem ao detector perfeitamente alinhados, anulando-se um
ao outro. Eis uma imagem aérea do LIGO, disponibilizada pela Caltech, onde
pode ver o tubo e o edifício onde se realiza a detecção, a meio.
O que são ondas gravitacionais?
As ondas gravitacionais são deformações no tecido espaço-tempo do Universo,
cuja existência tinha sido prevista na Teoria da Relatividade Geral de Einstein. De
acordo com o físico alemão, a matéria e a energia podiam distorcer o Universo.
Um corpo de grande massa podia deformar a geometria do Universo, da mesma
forma que uma bola de ferro deforma uma almofada quando pousada em cima
dela. A curva que esse corpo deixa na geometria do Universo seria a gravidade.
Ondas gravitacionais: o que são e para que servem
Porque é que as ondas são tão importantes?
Agora que as ondas gravitacionais foram descobertas, a Teoria da Relatividade
Geral de Einstein foi comprovada. Ao longo dos últimos 50 anos, vários cientistas
dedicaram-se à procura do único ponto de interrogação que não permitia ter
certezas sobre se o físico alemão estava certo quando contrariou Newton, que
dizia que a geometria do Universo era estática.
6
Este é um passo enorme para a astrofísica. Grande parte do que sabemos sobre
o Universo vem do estudo da luz em todo o aspectro electromagnético (ondas
rádio, infravermelhos, visível, ultravioleta, raios-X e raios gama). Agora que as
ondas gravitacionais foram encontradas, os cientistas podem ter encontrado
uma nova ferramenta para estudar o funcionamento do Universo.
O material do LIGO consegue detectar ondas gravitacionais num leque de 10
a 1000 ciclos (ou seja, 10 a 1000 Hz de energia) por segundo. Se os cientistas
montassem um sistema semelhante no espaço, poderíamos detectar ondas de
0.0001 a 0.1 Hz de energia. Esse é um projecto que a NASA e a ESA estão a
desenvolver.
Como é que as ondas foram encontradas?
Dois buracos negros colidiram a uma distância de mil milhões de anos-luz da
Terra, algo que resultou no lançamento de ondas gravitacionais pelo espaço.
Quer ouvir o som dessa colisão?
Quando o LIGO detectou as ondas gravitacionais resultantes da colisão de dois
buracos negros (que têm uma massa muito grande), o comprimento dos tubos
alterou-se: enquanto um se contraiu, o outro expandiu, até que o efeito da onda
gravitacional deixasse de se sentir. Enquanto a onda alterou o comprimento
dos tubos, os raios já não chegaram alinhados ao detector e, portanto não se
anularam. Foi assim que os cientistas souberam que houve a interferência de
uma onda gravitacional. Isto aconteceu em Setembro de 2015.
Como eram estes buracos negros?
Um buraco negro é uma deformação do tecido espaço-tempo a que nada, nem
mesmo a luz, pode escapar. Tanto quanto os cientistas sabem, eles formam-se
quando uma supernova (nome dado aos corpos celestes que surgem aquando
da explosão de uma estrela com uma massa igual ou maior a 10 sóis) explode.
Como funcionam as ondas gravitacionais?
Se dois corpos de grande massa chocarem, formar-se-ão ondas no tecido
espaço-tempo (como se de ondas sísmicas se tratassem), que viajam à
velocidade da luz (300.000.000 metros por segundo, aproximadamente) pelo
vazio. Essas são as ondas gravitacionais, capazes de alterar o fluxo do tempo.
De acordo com as explicações dos cientistas do LIGO, o observatório que as
detectou, as ondas gravitacionais podem viajar numa direcção, comprimindo o
Universo, e na direcção inversa, com o efeito contrário.
Em suma, a matéria tem mesmo capacidade para alterar o fluxo do tempo e
a geometria do espaço. A imagem seguinte, cedida pela NASA, ilustra essa
situação.
Que materiais é que os cientistas utilizaram para encontrar as
ondas gravitacionais?
O relatório publicado esta quinta-feira no Physical Review Letters foi assinado
por mais de 1000 autores. Três deles, que mais estiveram envolvidos na
Os cientistas do LIGO dizem que estes buracos negros tinham uma massa
equivalente a entre 29 e 36 vezes a do Sol. Tendo em conta a Teoria da
Relatividade Geral de Einstein, os dois buracos negros começaram a aproximarse há milhões e milhões de anos, mas essa aproximação tornou-se gradualmente
mais rápida, principalmente nos últimos momentos.
Na última fracção de segundos eles
colidiram a metade da velocidade
da luz, formando um buraco negro
ainda mais massivo (com 62 massas
solares) e transformando parte da
sua matéria em energia. De acordo
com os astrónomos do LIGO, a
matéria envolvida nessa conversão
(e que obedece à famosa fórmula de
Einstein) corresponderia a três vezes
a massa do Sol. Quando essa massa
foi convertida em energia, as ondas
gravitacionais deformaram o tecido
espaço-tempo, chegando ao sistema
LIGO a 14 de setembro de 2015 às
10h50 de Portugal (5h51 EDT).
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Na imagem anterior está um esquema onde pode ver a localização aproximada
do local de onde tiveram origem as ondas gravitacionais. A imagem, que mostra
o céu do hemisfério sul, foi disponibilizada pelo Ligo.
Há quanto tempo estávamos à espera das ondas gravitacionais
A Teoria da Relatividade Geral foi formulada por Einstein em 1915 e veio colocar
um grande ponto de interrogação sobre a validade das afirmações de Newton,
que há 200 anos tinha afirmado que a geometria do Universo era estática. De
acordo com Enstein a gravidade é uma deformação no tecido espaço-tempo
provocada pela massa ou pela energia.
February 1931: Albert Einstein (18791955), German-born American physicist and Nobel laureate, best known
as the creator of the special and
general theories of relativity and for his
bold hypothesis concerning the particle
nature of light. He is perhaps the bestknown scientist of the 20th century.
(Photo by Sasha/Getty Images)
Um ano depois, Einstein previu que,
se dois corpos de grande massa
orbitassem um à volta do outro
(ou colidissem), em determinadas
condições, acabariam por provocar
uma ondulação no tecido espaçotempo: eram as ondas gravitacionais.
Vinte anos depois, em 1936, o cientista
ainda tinha dúvidas sobre se essa
ondulação existia mesmo. Mas acabou
por reafirmar a sua teoria.
começará a recolher dados em 2002.
Em 1997, a Itália recebe o detector de ondas gravitacionais VIRGO, que entra
em operações em 2007.
Entre 2010 e 2015, os materiais do LIGO são actualizados após um investimento
de 205 milhões de dólares (182 milhões de euros).
Em Setembro de 2015, os dados do LIGO começam a ser recolhidos com
recurso a materiais mais sofisticados.
A 11 de Fevereiro de 2016, os cientistas do LIGO anunciam a descoberta de
ondas gravitacionais, confirmando a Teoria da Relatividade Geral de Einstein.
Uma imagem da conferência de imprensa aqui em baixo (créditos: SAUL LOEB/
AFP/Getty Images)
A partir daí, vários cientistas dedicaram os seus estudos à busca pelas ondas
gravitacionais. Alguns deles afirmaram ter descoberto ondas gravitacionais ao
longo da História, mas só agora temos provas fiáveis da sua existência. Eis a
caminhada da astrofísica à procura de confirmar a Teoria da Relatividade Geral:
7
Em 1962, os físicos russos M. E. Gertsenshtein e V. I. Pustovoit publicaram
um relatório onde descreviam um método óptico para detecção de ondas
gravitacionais, mas nunca funcionou.
Em 1969, o físico Joseph Weber afirma
ter descoberto as ondas gravitacionais
detectando-as a partir de um cilindro
de alumínio gigante. Apesar de vários
cientistas terem tentado replicar as
condições da experiência de Weber,
nenhum conseguiu voltar a encontrar
as ondas. As afirmações de Weber
foram descredibilizadas.
Em 1972, o cientista Rainer
Weiss (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts) escreve um relatório
independente onde propõe outro
método óptico para detectar ondas
gravitacionais.
Em 1974, os astrónomos descobrem
uma pulsar (estrelas de neutrões muito
pequenas e densas com um campo
gravitacional extremamente grande,
provavelmente resultantes do colapso de uma estrela) a orbitar uma outra
estrela de neutrões. Esta última parecia ir desacelerando à conta da radiação
gravitacional. Esta descoberta valeu um Nobel da Física a Joseph H. Taylor Jr.
(à esquerda) e Russell A. Hulse (à direita) em 1993.(Imagem em cima à direita)
Em 1979, os cientistas começam a organizar o projeto do Observatório de
Interferometria Laser de Ondas Gravitacionais (LIGO). A Fundação Nacional da
Ciência (NSF) funda o Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Em 1990, a NSF investe 250 milhões de dólares (222 milhões de euros) nas
experiências do LIGO.
Em 1994 começam as construções do LIGO em Washington e no Louisiana.
Em 1995, um outro detector de ondas gravitacionais (GEO600) começa a ser
construído na Alemanha. Este detector vai trabalhar em parceria com o LIGO e
A screen displays a diagram showing the ripples in the fabric of spacetime called
gravitational waves that scientists have observed for the first time by the LIGO
detector, confirming a prediction of Albert Einstein’s theory of relativity, during a
press conference at the National Press Club in Washington, DC, February 11,
2016. The machines that gave scientists their first-ever glimpse at gravitational
waves are the most advanced detectors ever built for sensing tiny vibrations in
the universe.The two US-based underground detectors are known as the Laser
Interferometer Gravitational-wave Observatory, or LIGO for short. / AFP / SAUL
LOEB (Photo credit should read SAUL LOEB/AFP/Getty Images)
ABC-portuscale. Bi-mensuel. Crédits:
Recueil d’auteurs identifiés et de / colectânea de autores identificados e de:
Aicep; Santé Canada; Histoire du Canada; Internet et quelques inconnus.
Compliation, coordination et montage: Raul Mesquita.
www.abcportuscale.com / [email protected]
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Imagens de Einstein só ou entre amigos, colegas e familiares
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L’aviation américaine frappe l’EI en Libye
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À Washington, un responsable militaire américain a affirmé que le raid avait
«probablement provoqué la mort du cadre opérationnel de l›EI Noureddine
Chouchane».
Ce Tunisien est soupçonné d’être derrière les deux attentats ayant meurtri la
Tunisie l’an dernier : contre le musée du Bardo à Tunis en mars (22 morts) et
contre un hôtel près de Sousse en juillet (38 morts).
«Les yeux bandés»
«La maison était louée par des étrangers, dont des Tunisiens probablement
membres de DAECH (acronyme en arabe de l›EI). Des armes, dont des fusils et
des roquettes RPG, ont été trouvées sous les décombres» de la maison qui a été
entièrement détruite, a précisé la municipalité.
Selon son chef, Hussein al-Dawadi, l’un des blessés interrogés par les forces
de sécurité «a raconté être venu (dans le camp) avec d’autres personnes pour
s’entraîner au combat et que le groupe qui les avait emmenés là leur avait bandé
les yeux pendant tout le trajet»
Cette image diffusée sur les réseaux sociaux le... (PHOTO AP)
Cette image diffusée sur les réseaux sociaux le 5 février par des partisans de
la Province de Tripoli de l’État islamique, branche libyenne de l’EI, montre des
djihadistes s’entraînant dans un camp en Libye.
Après avoir fait d’importants gains en Syrie face aux troupes d’Assad, les
djihadistes de l’EI ont pris l’Irak d’assaut s’emparant d’importants pans du pays,
dont la deuxième ville, Mossoul. Une offensive visant à créer un État islamique
en pays sunnite, à cheval sur l’Irak et la Syrie. »
Mohamad Ali Harissi
Agence France-Presse
WASHINGTON
9
Des avions de combat américains ont mené un raid contre un camp
d’entraînement du groupe État islamique (EI) en Libye, qui a fait plus de 40 mort
dont «probablement» un chef de l’organisation djihadiste.
Des photos diffusées par le conseil municipal de Sabratha et présentées comme
celles de la maison visée montrent des décombres avec des matelas et des
couvertures éparpillés, un morceau de métal avec l’inscription «État islamique»
et des voitures endommagées. D’autres photos montrent des blessés à l’hôpital.
Les autorités tunisiennes avaient affirmé que les djihadistes auteurs d’attaques en
Tunisie, pays voisin de la Libye, s’étaient entraînés dans des camps à Sabratha.
C’est la première fois qu’un tel raid aérien vise la ville de Sabratha contrôlée par
la coalition des milices de Fajr Libya qui s’est emparée en août 2014 de Tripoli et
de plusieurs autres régions, poussant les autorités reconnues internationalement
à s’exiler dans l’est.
Agir «unilatéralement»
Outre le raid mené en novembre contre l’EI, les États-Unis ont pris pour cible
d’autres groupes djihadistes en Libye. En juin 2015, une frappe avait visé le chef
djihadiste Mokhtar Belmokhtar, lié à Al-Qaïda, mais son groupe avait démenti sa
mort.
C’est la deuxième fois en trois mois que les États-Unis mènent des frappes
ciblées contre l’EI en Libye, pays plongé dans le chaos depuis 2011.
Le 13 novembre, un bombardement mené par des F-15 avait tué l’Irakien Abou
Nabil, présenté alors par Washington comme «le plus haut responsable de l’EI
en Libye».
Le raid aérien «très précis» a visé vendredi à l’aube un bâtiment de deux étages
abritant des djihadistes à Sabratha, à 70 km à l’ouest de Tripoli, ont indiqué les
responsables libyens.
Quarante-et-une personnes ont été tuées et six autres blessées, selon un
communiqué du conseil municipal de Sabratha. La majorité d’entre elles sont
des Tunisiens, nombreux à avoir rejoint les rangs de l’EI en Libye voisine.
Le secrétaire américain à la Défense Ash Carter a affirmé à la BBC que son pays
continuerait à cibler les djihadistes en Libye, même «unilatéralement». Les ÉtatsUnis dirigent une coalition internationale qui frappe quasi quotidiennement l’EI en
Irak et en Syrie depuis 2014.
Responsable d’attentats sanglants et d’exactions, l’EI est implanté en Libye
depuis 2014, profitant du chaos dans lequel est plongé le pays depuis la chute
du régime de Mouammar Kadhafi en 2011. Il contrôle la ville de Syrte, à 450 km
à l’est de Tripoli et ses environs, et le nombre de ses combattants en Libye a
doublé à environ 5000 selon Washington.
Les États-Unis et d’autres pays occidentaux s’alarment du fait que la Libye est
en train de devenir un nouveau pôle d’attraction pour les djihadistes. Mais ils ne
veulent toutefois pas évoquer maintenant la possibilité d’une intervention militaire
et appuient les difficiles efforts de l’ONU pour une solution politique au conflit
Depuis 2011, les crises se succèdent dans le pays en proie au vide du pouvoir et
à l’insécurité. Son économie, basée sur le pétrole, est paralysée par les conflits
entre les deux gouvernements.
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LEI DE MURPHY E DERIVADOS:
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“Verdadeiras verdades” ... mas com muito bom humor.
Primeiro, Recordemos a famosa Lei de Murphy
“Se alguma coisa pode dar errado, dará”.
AGORA SEGUEM ALGUMAS LEIS E PRINCÍPIOS DEMONSTRADOS
EMPIRICAMENTE:
Divirtam-se!
“O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu.” ( Lei de Nonti Pagam).
“Quando estiveres só com uma mão livre para abrir a porta, a chave estará no
bolso oposto.” (Lei de Assimetria, de Laka Gamos).
“Quando tuas mãos estiverem sujas de gordura, vais começar a ter comichão
pelo menos no nariz.” (Lei de mecânica de Tukulito Tepyka).
4- LEI DAS UNIDADES DE MEDIDA:
* Se estiver escrito ‘Tamanho Único’, é porque não serve em ninguém, muito
menos em ti...
5- LEI DA GRAVIDADE:
* Se consegues manter a cabeça fria enquanto à tua volta todos estão perdendo,
provavelmente não estás entendendo a gravidade da situação...
6- LEI DOS CURSOS, PROVAS E AFINS:
* 80% da prova final serão baseados na única aula a que não compareceste e
os outros 20% serão baseados no único livro que não leste.
7- LEI DA QUEDA LIVRE:
“Não importa por que lado seja aberta a caixa de um medicamento,. papel das
instruções vai sempre atrapalhar.” (Princípio de Aspirinovisk).
* Qualquer esforço para agarrar um objecto em queda provoca mais destruição
do que se o deixássemos cair naturalmente.
* A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é
proporcional ao valor da carpete.
“Quando achas que as coisas começam a melhorar, é porque algo te passou
despercebido.” (Primeiro teorema de Tamus Ferradus)
8- LEI DAS FILAS E DOS ENGARRAFAMENTOS:
“Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não entendemos todas as
instruções.” (Princípio de Atrop Lado)
“Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam.” (Lei da
persistência de Waiterc Pastar)
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* Parágrafo único: Todo corpo mergulhado numa banheira ou debaixo do
chuveiro faz tocar o telefone.
“Vais chegar ao telefone exactamente a tempo de ouvir quando desligam.”
(Principio de Ring A. Bell)
“Se só existirem dois programas que valha a pena ver, os dois passarão na
mesma hora.” (Lei de Putz Kiparil)
“A probabilidade que te sujes a comer é directamente proporcional à necessidade
que tiveres de estar limpo.” (Lei de Kika Gadha)
“A velocidade do vento é directamente proporcional ao preço do penteado.” (Lei
Meteorológica Pagá Barbero )
“Se deitas fora aquilo de que nunca precisaste e de que nunca precisarás, vais
precisar disso no dia seguinte “
“Sempre que chegares pontualmente a um encontro não haverá ninguém lá para
comprovar, e se ao contrário, te atrasares, toda a gente terá chegado antes de
ti.”(Princípio de Tardelli e Mora)
1- LEIS BÁSICAS DA CIÊNCIA MODERNA:
* Se mexer, pertence à Biologia.
* Se cheirar, pertence à Química.
* Se não funcionar, pertence à Física.
* Se ninguém entender, é Matemática.
* Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia.
* Se mexer, cheirar, não funcionar, ninguém entender e não fizer sentido, é
INFORMÁTICA.
2- LEI DA PROCURA INDIRETA:
* O modo mais rápido de encontrar uma coisa é procurar outra.
* Encontras sempre aquilo que não procuras.
3- LEI DA TELEFONIA:
* Quando te ligam: se tens caneta, não tens papel. Se tiveres papel, não tens
caneta. Se tiveres ambos, ninguém liga.
* Quando ligas para números errados de telefone, eles nunca estão ocupados.
* A fila do lado sempre anda mais rápido.
* Parágrafo único: Não adianta mudar de fila. A outra é sempre mais rápida.
9- LEI DA RELATIVIDADE DOCUMENTADA:
* Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.
10- LEI DO ESPARADRAPO:
* Existem dois tipos de adesivo: o que não cola e o que não sai.
11- LEI DA VIDA:
* Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
* Tudo que é bom na vida é ilegal, ou é imoral, ou engorda ou engravida.
12- LEI DA ATRAÇÃO DE PARTÍCULAS:
*Toda a partícula que voa encontra sempre um olho aberto”
Dizia El-Rei D. Carlos & o Grande Eça.
OS DOIS TINHAM RAZÃO, E CONTINUAM A TER !
Dizia El-Rei D. Carlos sobre Portugal:
- Um país de bananas, governado por sacanas!
E ele sabia do que falava!
ERA ASSIM QUE O EÇA DIZIA...
A Assembleia da República é um local que:
Se for gradeado será um Jardim Zoológico,
Se for murado será um presídio,
Se lhe for colocada uma lona será um circo,
Se lhe colocarem lanternas vermelhas será um bordel,
E se se puxar o autoclismo não sobra ninguém...
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Philippe Couillard, géant vert?
Marché aux faucons de Doha, Qatar
En deux ans, nous n’avions pas vu le premier ministre défendre ardemment quoi
que ce soit d’important, sauf des coupes et des compressions.
Créé il y a plus de 100 ans à Doha, la capitale du pays, le souk Waqif est le
site architectural le plus important du patrimoine de la ville. Ses infrastructures
désuètes ont été entièrement reconstruites en 2006 pour refléter toute la beauté
de l’architecture ancestrale. Ce lieu très populaire auprès des Qataris et des
touristes offre restaurants, vêtements traditionnels, épices, parfums, artisanat
local et or. Sa partie la plus impressionnante reste cependant son marché aux
faucons !
par Mathieu Charlebois
Photo: Jacques Boissinot/La Presse Canadienne
Plus vert que l’incroyable Hulk. Plus écologiste que David Suzuki sur un vélo
en bambou. Plus proche de la nature qu’un stéréotype d’autochtone dans un
fantasme de Français.
C’est un avion solaire? C’est une fusée qui carbure à l’éthanol? Non, c’est
Philippe Couillard, sauveur de la veuve, de l’orphelin et de l’île d’Anticosti.
Depuis son passage à Paris pour la COP21, notre premier ministre est LA
personne la plus en désaccord avec l’exploitation pétrolière à Anticosti.
Être tiède? Incertain? Avoir quelques réserves? C’est pour les feluettes, ça!
Philippe Couillard est tellement contre que Steven Guilbault a l’air d’un douchebag
qui va à l’épicerie en Hummer sans apporter ses sacs réutilisables.
Mes hyperboles sont exagérées? Peut-être, mais le sont-elles plus que M.
Couillard lui-même quand il affirme le plus sérieusement du monde:
«Où sont les défenseurs des milieux naturels dans cette chambre? Il n’y a que
moi; il n’y a que le Parti libéral du Québec. L’histoire le retiendra…»
Lorsqu’il fallait dire à TransCanada que les forages à Cacouna, c’était pas
l’idée du siècle, Couillard n’était pas trop pressé. Et quand est venu le temps de
construire la cimenterie la plus polluante de l’histoire du Québec, Couillard était
prêt à boire un grand verre de ciment pour prouver que c’était inoffensif.
Quant au Fonds vert, le premier ministre a laissé une poule avec une étampe
«Approuvé» au bout du bec responsable de l’inspection des dossiers.
Mais tout ça est derrière nous. Le Couillard de 2016 est l’Al Gore de l’Assemblée
nationale. Ne manquez pas la sortie de son documentaire An Inconvenient Trout,
à propos de l’impact du pétrole sur la pêche à la truite.
En deux ans, nous n’avions pas vu le premier ministre défendre ardemment quoi
que ce soit d’important, sauf des coupes et des compressions. Avoir su qu’il fallait
Anticosti pour allumer le tigre intérieur de Philippe Couillard, il y a longtemps
qu’on aurait étendu le territoire de la CSDM jusque sur l’île et qu’on aurait parlé
de l’anglicisation des chevreuils!
Ce revirement est si soudain qu’il a forcément l’air suspect. Même en étant
d’accord, on cherche la «pogne». Le PLQ a-t-il été infiltré par le lobby cervidé?
Ses députés sont-ils à la solde de la mafia du sapin baumier?
Qu’est-ce qu’on nous cache?
La CAQ est allée jusqu’à soupçonner Philippe Couillard «d’être aveuglé par son
amour de la pêche au saumon», parce qu’il y serait allé une fois avec Arthur
Porter, selon la biographie de ce dernier. L’argument n’a aucun sens, mais il
permet de mettre dans la même phrase le nom d’Arthur Porter et celui de Philippe
Couillard. Ça suffit aux députés d’opposition, parce que Arthur Porter et Philippe
Couillard. Dans la même phrase.
Les troupes de Legault ne sont pas les seules à tomber dans le délire
Cette section du souk, qui s’étend sur 163 000 mètres carrés, a été créée par le
gouvernement en 2008. Les nombreux amateurs de faucons du Qatar peuvent y
trouver tout ce dont ils ont besoin pour gâter leurs oiseaux domestiques, ou pour
les entraîner pour la chasse ou les compétitions de vol. Le marché abrite aussi
un hôpital vétérinaire ultramoderne qui se consacre entièrement aux soins des
faucons. Ces oiseaux sont si importants au Qatar que leur santé est presque
entièrement subventionnée par le gouvernement !
Dans le pays le plus riche du monde, posséder un faucon est un symbole de
puissance qui attire le respect. Certains de ces oiseaux se vendent à l’encan
à plus de 35 000 $. La fauconnerie est un sport pratiqué avec fierté par de
nombreux Qataris qui n’hésitent pas à dépenser au-delà de l’acquisition de
l’animal. C’est que les méthodes d’entraînement des oiseaux ont beaucoup
évolué. Les faucons sont identifiés par des micro puces et des GPS et on utilise
des drones auxquels on attache une proie vivante en guise de leurre. Il faut voir
les rapaces survoler gracieusement leur proie dans le désert et piquer vers elle à
une vitesse saisissante pour lui asséner le coup fatal !
À l’ère des gratte-ciels qui s’emparent du paysage urbain de Doha, pratiquer ce
type de chasse permet aux Qataris de rester fidèles à leurs racines. On n’hésite
pas à investir temps et argent pour apprivoiser ces oiseaux sauvages. En retour,
le complice ailé transmet à l’homme des notions de patience, de loyauté et de
dignité.
conspirationniste, ou même dans le délire tout court. Il y a aussi le blogueur du
Journal de Montréal Jonathan Trudeau qui écrit:
«Il n’y a pas de doute. Philippe Couillard, Amir Khadir et Françoise David logent
à la même enseigne. Gauche toute. On assiste à la création du Parti libéral du
Québec solidaire. De quoi en décevoir plus d’un.»
En effet, si on exclut tout ce que le PLQ a fait depuis son arrivée au pouvoir sauf
cette position précise, le PLQ et QS sont complètement interchangeables.
Dites-moi, monsieur Trudeau, mélangez-vous Black Sabbath et l’OSM parce que
les deux jouent parfois un do dièse? Comme disait une capsule de François
Pérusse: «Mitsou pis la Sagouine, ça se peut-tu que ce soit des jumelles?»
Philippe Couillard doit avoir un autre plan en tête que d’aller voler un quart de
demi pour cent d’intentions de vote à Québec solidaire, mais lequel?
Les rumeurs parlent d’un projet de loi qui donnerait le droit de vote aux chevreuils.
En se posant en défenseur d’Anticosti, le PLQ aurait derrière lui le vote à panache
en plus du vote anglophone. Il serait imbattable!
Ou alors… Philippe Couillard a véritablement eu une illumination verte, tout
simplement. On se le souhaite, mais on aimerait lui rappeler qu’une vision
écologiste, ça demande de la constance, de la cohérence et de la conviction.
On ne devient pas un grand environnementaliste parce qu’on a sorti le recyclage
une fois.
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Cidade perdida, debaixo de Coimbra
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Há uma cidade perdida debaixo de Coimbra, mas poucas pessoas sabem disso!
Uma cidade oculta que se localiza por baixo de Coimbra tem milhares de anos,
mas mesmo assim é desconhecida pela maioria. Chamavam-lhe Aeminium, e
hoje, é um vestígio apenas. Aeminium foi um importante entreposto comercial,
a residência dos monarcas D. Henrique e D. Teresa, o local de nascimento do
primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e, finalmente, cidade universitária
e do conhecimento.
O mais importante destes vestígios é o criptopórtico, uma galeria de túneis
subterrâneos com vários arcos no topo, construído para suportar o Fórum
Romano da antiga Aeminium. Durante a Idade Média, o palácio de um membro
do clero foi construído sobre o fórum, edifício que actualmente alberga o Museu
Machado de Castro e que esconde o criptopórtico, que pode ser visitado entrando
no museu.
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A antiga Aeminium deixou vestígios no presente. Um deles é o criptopórtico
romano, localizado no Museu Machado de Castro. Os vestígios mais antigos
de Aeminium datam da era romana, quando aquele povo fundou a cidade,
em colaboração e sempre protegida pela vizinha Conímbriga, a apenas 16
quilómetros de distância, na localidade de Condeixa-a-Nova.
A plataforma artificial que suportava a estrutura manteve-se inalterada até aos
dias de hoje e permite que, pela primeira vez na história, o público tenha total
acesso ao fórum, uma experiência que pode ser enriquecida pelas recentes
descobertas.
Contudo, quando os Suevos saquearam e destruíram Conimbriga, em 465 e
468 d.C., os seus habitantes tiveram de fugir para Aeminium, aumentando a
população local e ajudando a cidade a prosperar e a crescer.
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Les saveurs de l’Alentejo
abc portuscale
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La gastronomie de l’Algarve
Photo: Turismo do Alentejo
La créativité et l’imagination dans l’utilisation d’ingrédients très simples ont fait
que la gastronomie de l’Alentejo surprend par ses saveurs et témoigne bien de
l’hospitalité de ses habitants.
Photo: Pedro Reis - Turismo do Algarve
C’est la mer qui fournit les poissons et les fruits de mer bien frais, les principaux
ingrédients de la cuisine de l’Algarve. À cela s’ajoutent les fruits et les légumes
dont le soleil a enrichi les saveurs, ainsi tous les éléments sont réunis pour une
expérience gastronomique inoubliable.
Ce fut jadis une région de champs de blé et de grandes plaines, où les troupeaux
de porcs paissaient librement dans les forêts de chênes et les oliveraies. Raison
pour laquelle, le pain, le porc et l’huile d’olive sont devenus la base d’une des
cuisines les plus délicieuses du Portugal, dans une douce harmonie d’herbes
aromatiques comme la coriandre, le persil, la marjolaine, le pouliot ou la menthe.
Certains mets servis en petites doses sont un vrai délice régional. Que ce soit en
entrée ou pour une dégustation de spécialités, les oeufs brouillés aux asperges
sauvages, les poivrons grillés, les « torresmos » (cretons) ou les « migas »
(mélange à base de pain, d›huile d›olive et d›ail) aux goûts et variétés diverses
sont une véritable tentation.
Commencez donc par ce qui vient de l’océan, par les fruits de mer : des palourdes,
des huîtres, des pignons et des coques qui sont délicieux, aussi bien grillés qu’à
la poêle. Des pousse-pieds au naturel sur une plage de la côte vicentine, le riz
aux couteaux, la « feijoada de búzios » (cassoulet de bulots), le « xerém de
conquilhas » (semoule de maïs aux pignons) et l’ « açorda de marisco » (panade
aux fruits de mer) sont autant d’exemples qui vous mettent l’eau à la bouche. La
célèbre recette des palourdes à la « cataplana » a beaucoup de succès. C’est
un des plats traditionnels très appréciés, dont le secret réside dans l’usage de ce
récipient en cuivre, d’origine arabe, qui garde toute la saveur et tout l’arôme des
aliments qui sont cuits à l’intérieur. Pour accentuer les goûts, rien de mieux qu’un
peu de sel des salines de la région, surtout ses meilleurs cristaux – la fleur de sel.
En plus des nombreux restaurants où vous pouvez goûter ses spécialités, en été,
il y a des festivals de fruits de mer à Olhão et Faro, tout près de la Ria Formosa,
où ils sont très abondants.
Mais n’importe quel poisson frais, grillé doucement sur la braise à la mode des
pêcheurs, peut être un véritable festin des dieux. Et il y a d’autres plats comme
les « carapaus alimados » (chinchards marinés) et les sardines grillées qui se
mangent un peu partout, mais qui ont une bonne renommée à Portimão. Elles
sont délicieuses, bien juteuses sur une tranche de pain ou accompagnées d’une
salade « montanheira », à base de tomates auxquelles l’origan ajoute un goût
spécial. Du thon de Tavira, en steak ou en « estupeta » (morceaux marinés),
au poulpe, qui à Santa Luzia se déguste sous différentes formes - mijoté dans
du vin, pané, grillé, avec du riz ou simplement cuit au four -, en passant par les
délicieux petits calmars et seiches, l’Algarve excelle dans ces spécialités.
La soupe, qui peut être un plat principal, est obligatoire. Par exemple, un
gaspacho, servi froid, ou une soupe de squale, de morue ou de tomate avec de
la « linguiça » (saucisse au piment), faits avec du pain. N’oubliez surtout pas de
goûter le plat le plus simple qui puisse exister : l’« açorda alentejana », faite avec
de l’eau, de l’huile d’olive, de l’ail, un oeuf poché, du pain et de la coriandre. Les
« migas », elles aussi, sont faites à base de pain et accompagnent les plats de
porc frit ou de morue effilochée, par exemple.
Sur le littoral, cela vaut la peine de goûter au poisson frais ou à d’autres spécialités
comme les pousse-pied ou les plats préparés avec des palourdes, comme la
viande de porc à la mode de l’Alentejo.
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Moscas e mosquitos
abc portuscale
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A guerra na Síria e os trunfos da Rússia
Direcção Editorial
O mundo anda, decididamente, às avessas. Enquanto a NATO foi enviada para
o Mar Egeu para travar o tráfico de refugiados (ou seja, para conter o fluxo
dos que por ali se aventuram rumo à Europa), a Rússia propõe, com toda a
desfaçatez, um cessar-fogo na Síria... mas para Março.
Dispensam-se grandes explicações, já a proposta tem por detrás um fito: até essa
data, e à velocidade a que decorrem bombardeamentos e o avanço de tropas
no terreno, já os rebeldes anti-Assad terão sido aniquilados ou, pelo menos,
totalmente neutralizados. Não é um cessar-fogo por razões humanitárias, mas
sim uma proposta calculista de modo a garantir uma vitória do regime sírio (e da
Rússia, sua aliada) antes de se iniciarem negociações.
Que serão decerto mais fáceis, porque não haverá interlocutores incómodos.
Não é por acaso que Medvedev acena com o perigo de uma “nova guerra
mundial” se tão indecoroso cenário não funcionar.
Fotografia: Nacho Doce/Reuters Fotografia: Nacho Doce/Reuters
João Almeida Moreira
Brasil está a perder várias guerras
Como o Brasil vem perdendo guerras sucessivas contra o desemprego, contra
a inflação, contra a recessão, contra a corrupção e contra os mosquitos, os
políticos que costumavam passear-se aos pulos no Carnaval, este ano ficaram
em casa.
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Mesmo os tradicionalmente foliões, como o ministro-chefe da casa civil Jaques
Wagner, que num ano passou de estrela a desaparecido em combate nas festas
em Salvador, sentiu medo das vaias.
Pertenceu a Wagner, recorde-se, o diagnóstico certeiro recente do que vem
sucedendo ao seu partido, o governamental Partido dos Trabalhadores (PT):
depois de décadas longe do poder, os petistas aproveitaram as quatro vitórias
presidenciais seguidas para se “lambuzar”.
Mas o PT não é, como a oposição quer fazer crer, um ponto fora da curva. É um
reflexo, um produto, uma tradução de um sistema político baseado, sem pudor,
em interesses rasteiros.
Por exemplo: até 2007, um deputado mudava de partido em média uma vez
a cada cinco dias, de acordo com as suas conveniências. O Tribunal Superior
Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal acharam que iam resolver a questão da
pornográfica infidelidade dos políticos quando impediram mudanças de partido
– a não ser que fosse para um partido novo.
Não resolveram: os deputados começaram a criar partidos novos como quem cria
o próprio negócio. Surgiram, por exemplo, desde o Partido Social Democrático,
fundado em 2011 e que se define como partido de direita, de esquerda e de
centro, ao Partido da Mulher Brasileira, já em 2015, com base parlamentar quase
exclusivamente masculina e que consegue ser, em simultâneo, a favor e contra o
inseguro governo de Dilma Rousseff, do PT, consoante lhe convém.
Ora como o remédio não resultou – já há 35 partidos no parlamento – o poder
judicial abrandou as regras e deixou que presidentes, governadores, senadores
ou prefeitos pudessem trocar de partido à sua vontade. Faltavam os deputados
federais e estaduais e os vereadores. Já não faltam. O Congresso Nacional deve
aprovar no dia 18 uma alteração à constituição que abre uma janela de 30 dias
para que também estes governantes mudem de força política a seu gosto –
sim, parece um expediente inspirado no mercado de transferências europeu de
futebol de 1 a 31 de Janeiro, como se os eleitos fossem jogadores e os partidos
plantéis de clubes.
Os políticos podem pois, sem amarras nem escrúpulos, trocar para um partido
que lhes permita concorrer a uma prefeitura, que lhes assegure mais fundos,
que lhes faça aumentar a influência no estado natal ou que lhes possibilite saltar
da base de apoio ao governo para a oposição caso pressinta a queda iminente
daquele e o crescimento desta.
Mas porque o povo já não é tão parvo como dantes, os políticos que brincam com
o seu voto, embora ausentes, estiveram omnipresentes no Carnaval em forma
de fantasias: Dilma Rousseff como um insecto chamado Dilma Zika, em alusão
ao terrível vírus; o líder da oposição Aécio Neves foi rebaptizado pelos foliões
de Aécio Aegypti, versão do nome técnico do temido mosquito Aedes Aegypti; e
o inimigo de estimação da presidente, Eduardo Cunha, foi chamado de Chikun
Cunha, variante de chikungunya, outra das doenças difundidas pelo mesmo
mosquito. Os camarotes onde um dia os políticos se passeavam podiam estar
às moscas mas eles transformaram-se em incómodos mosquitos na imaginação
popular. -
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Le soleil embouteillé
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Système de paye des fonctionnaires
fédéraux: des dizaines de millions versés
en trop
En date du 21 décembre dernier, pas moins de 9240 employés devaient plus de
14 millions de dollars au gouvernement en raison de l’inefficacité du système de
paye, selon des informations obtenues grâce à la Loi sur l’accès à l’information.
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souvent pour des raisons indépendantes de la volonté des employés, comme lors
d’un changement d’horaire, d’une cessation d’emploi ou de la prise d’un congé
sans solde. « Présentement, tout est fait avec du papier qui passe de bureau
en bureau. Le temps que ce soit traité par le système de paye, les données
sont rentrées et c›est trop tard, il y a des trop-payés », illustre Brigitte Fortin,
sous-ministre adjointe de la direction générale de la comptabilité, de la gestion
bancaire et de la rémunération, Services publics et Approvisionnement Canada
(SPAC). Les ministères sont tenus de recouvrir intégralement les sommes dues
avec les premiers fonds disponibles de l’employé.
290 000 fonctionnaires
Le vieux système de paye fédéral renaîtra enfin de ses cendres mercredi lors de
la première phase d’implantation du système Phénix. À partir du 24 février, les
payes de 120 000 employés fédéraux de 34 ministères seront traitées à partir du
centre de service de Miramichi, au Nouveau-Brunswick. Deux mois plus tard, le
21 avril, le système Phénix sera ensuite déployé dans les 67 autres ministères
du gouvernement. Ainsi, le 4 mai prochain, les quelque 290 000 fonctionnaires
fédéraux recevront une paye qui aura été traitée par un système automatisé.
Modernité
Photo Sean Kilpatrick, Archives La Presse Canadienne
Louis-Samuel Perron / La Presse
Des milliers de fonctionnaires fédéraux se sont fait payer des dizaines de millions
de dollars par erreur au cours des dernières années en raison du système de
paye vétuste du gouvernement, toujours en fonction malgré ses 45 ans. Or,
ce cafouillage administratif sera bientôt chose du passé promet Ottawa, grâce
au nouveau système de paye Phénix, dont l’implantation débutera mercredi
prochain, six ans après son annonce.
Système inefficace
Année après année, des fonctionnaires fédéraux sont victimes de l’inefficacité
du système de paye. Pas étonnant, puisqu’il dépend d’une technologie désuète
et de documents papier. Résultat : en date du 21 décembre dernier, 9240
employés devaient plus de 14 millions de dollars au gouvernement, soit 1550
$ en moyenne, selon des informations obtenues grâce à la Loi sur l’accès à
l’information. À la fin 2014, deux fois plus d’employés avaient une dette à l’endroit
de leur employeur. Ces 17 000 fonctionnaires étaient tenus de rembourser 20
millions au Trésor public. Ces sommes ne représentent pas les salaires versés
en trop pour chaque année, mais plutôt les sommes dues par les employés le 31
décembre de chaque année.
Sommes dues au gouvernement fédéral par les employés en date du 31
décembre de chaque année:
2012 : 18 millions, 15 522 employés (1159 $ en moyenne)
2013 : 19,6 millions, 16 403 employés (1196 $ en moyenne)
2014 : 20,4 millions, 17 131 employés (1194 $ en moyenne)
2015 : 14,3 millions, 9240 employés (au 21 décembre) (1551 $ en moyenne)
Causes multiples
Les erreurs de paye se produisent dans de nombreuses circonstances, le plus
Finis les « écrans verts » et les « codes » dépassés d›un système anachronique,
Phénix devrait faire rentrer le système de paye de la fonction publique fédérale
dans le monde moderne. « Le nouveau système de paye automatise et permet un
libre-service. Donc, les gestionnaires et les employés vont pouvoir rentrer leurs
données et on va pouvoir les lire immédiatement pour faire les changements
sur les prochains chèques de paye. Ça va permettre une meilleure rapidité des
paiements », explique Brigitte Fortin. Ainsi, les erreurs de salaires devraient être
évitées « tant et aussi longtemps que les entrées de données sont effectuées à
temps par les employés et les gestionnaires ».
77 mois
Ce projet de 300 millions avait été lancé par le gouvernement Harper à l’été 2010
en vue d’une implantation complète en 2016-2017. L’initiative n’était pas un luxe :
quelques mois plus tôt, la vérificatrice générale du Canada Sheila Fraser écrivait
dans son rapport annuel que « les systèmes de paye et de pensions menaçaient
de s›effondrer », selon un rapport gouvernemental de 2008. « Le budget a été
respecté. On a pris 77 mois à compléter le projet et au départ, on en prévoyait 75
mois. C’est quand même raisonnable », souligne la haute fonctionnaire Brigitte
Fortin. Le gouvernement prévoit économiser environ 70 millions par année une
fois le système bien en selle.
« Bonne décision »
L’Alliance de la Fonction publique du Canada (AFPC), qui représente 170
000 travailleurs, dont une majorité de fonctionnaires fédéraux, se réjouit que
le gouvernement ait accepté de repousser l’implantation du système Phénix
initialement prévue en octobre dernier. « Le ministère a écouté nos demandes et a
pris la bonne décision. [...] Nous constatons maintenant que plusieurs problèmes
que nous avions soulevés ont été résolus. Nous pensons que ça devrait bien
fonctionner », soutient Chris Aylward, vice-président exécutif national de l’AFPC.
La Presse rapportait au printemps dernier que de sérieux problèmes de formation
chez les employés du Centre des services de paye de Miramichi avaient causé
de nombreuses erreurs de paye partout au pays. Le syndicat n’a pas voulu se
prononcer au sujet des millions de dollars versés en trop aux fonctionnaires par
erreur.
- Avec William Leclerc, La Presse
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Guerra, caos e miséria voltam
a Moçambique
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Diplomatas fazem sexo na casa de banho
Emboscadas. Raptos. Fome. Aldeias devastadas a tiro. Casas e celeiros
incendiados por forças governamentais. Gangs armados à solta nas cidades.
Estradas e caminhos do Interior disputados na ponta das armas. E milhares
de fugitivos procurando asilo nos países vizinhos. Eis Moçambique, quatro
décadas depois de um crime a que chamaram “independência”.
Jornal Diabo
Casal apanhado durante negociações na União Europeia.
Um casal de diplomatas alemão foi apanhado a ter relações sexuais na casa
de banho do edifício Lex, em Bruxelas, na Bélgica, enquanto decorriam as
negociações sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia.
Segundo revelou uma fonte ao site Daily Mail, “todos estavam a perguntar-se
uns aos outros: ‘Sabes quem é?’”. A mesma testemunha sublinhou que, ao
confirmar-se a nacionalidade dos diplomatas envolvidos no incidente insólito, “a
chanceler Angela Merkel não vai ficar feliz».
A Grã-Bretanha acabou por alcançar um acordo com os parceiros comunitários
em Bruxelas, na sexta-feira à noite, mas o facto de os diplomatas terem sido
apanhados em flagrante na casa de banho está a tirar o protagonismo a este
desfecho político. “Pelo menos alguém se divertiu”, acrescentou a fonte.
16
Nós nem sonhamos o que está a acontecer em Moçambique, essa antiga pérola
do Índico que em 1975 os portugueses deixaram à voracidade do comunismo,
da cleptocracia e da violência mais primitiva. Quarenta e um anos depois, a
antiga província ultramarina portuguesa está retalhada pela guerra e mergulhada
na desorganização económica e no caos social que caracterizaram, até hoje, a
administração da Frelimo.
E não sonhamos porque a Europa não quer saber: os seus jornais e os seus
homens públicos recusam-se a reconhecer um erro histórico e escondem-nos a
dimensão da catástrofe. A África descolonizada vive entre a riqueza obscena das
cliques no poder e a miséria sórdida dos noventa e nove por cento de destituídos.
Quem conheceu Moçambique no tempo da administração portuguesa, quem
testemunhou o seu crescimento, a sua pujança, a sua harmonia social, não pode
hoje deixar de sentir uma profunda tristeza. E quem lá viveu e trabalhou, e lá
deixou tudo o que tinha, tem razões de sobra para condenar um regime que tudo
destruiu em nome de uma ideologia de ódio e miséria colectiva.
Governo esconde pensões dos
políticos
Ministério da Segurança Social recusa divulgar beneficiários da
subvenção vitalícia.
Melhor do que nós, milhares de refugiados moçambicanos nos países limítrofes
falam por si sobre a situação na ex-colónia. Todos os dias saem de Moçambique
colunas esfarrapadas de fugitivos, buscando refúgio no não menos miserável
Zimbabué, na poderosa África do Sul, na Tanzânia, no Malawi. Neste último país,
sobretudo: porque as suas fronteiras confinam com as províncias moçambicanas
mais causticadas pela miséria, pelo caos, pela guerra.
Saem de noite, em grupos furtivos, para não serem detectados pelo exército.
Pois é a tropa oficial, o braço armado do Governo, que os obriga a deixar as suas
casas e as suas machambas, como revelou, num despacho de rara coragem,
o repórter Michel Santos, da Euronews: “Os soldados chegaram em veículos
do governo para queimar casas e celeiros. Disseram que dávamos abrigo aos
militantes da Renamo”, contou-lhe Omali Ibrahim, agricultor de 47 anos, um dos
muitos refugiados que procuraram o Malawi para não serem trucidados.
As autoridades malawianas têm sido condescendentes: na verdade, o país
não é rico e debate-se com os seus próprios problemas de subsistência.
Mas não podem fechar os olhos ao estado depauperado em que chegam os
moçambicanos, após terem percorrido a pé 70 quilómetros desde as suas terras
de origem – Mazibaue, Ndande, Macolongwe, Kabango, Ndinde, Nagulo.
Não se sabe ao certo quantos moçambicanos se refugiaram além-fronteiras
nos últimos meses. Em Kapise, nas montanhas 45 quilómetros a Sudeste da
vila fronteiriça de Mwanza, está o maior de todos os campos de refugiados de
Moçambique em solo do Malawi. Foram instalados em cabanas de pau-a-pique
e em tendas brancas do ACNUR, o órgão das Nações Unidas que se ocupa dos
refugiados (e que o português António Guterres chefiou até Dezembro). Mas o
Governo de Lilongwe previne: não poderá receber muitos mais refugiados do
país vizinho.
A maior vaga de fugitivos veio de Tete e de Sofala. Só em Kapise estão cerca
de quatro mil. Escaparam à morte, à perseguição cruel. Mas enfrentam agora
condições duras no campo de refugiados: escassa comida, mesmo alguns dias
de privação, saneamento quase inexistente, água potável contada a gotas, o frio
gelado da montanha.
Em Maputo, antiga Lourenço Marques, os governantes do ar condicionado têm
relutância em admitir a palavra “refugiados”: nas suas fatiotas de dois mil dólares,
com os seus relógios Rolex faiscando no pulso, preferem falar de “deslocados”,
para não ofenderem a paz celestial em que vive Filipe Nyusi, o todo-poderoso
Presidente do regime da Frelimo.
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Éblouissants phares les plus beaux du monde
Kermorvan Fr.
Porto, Portugal
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Fastnet Rock, Irlande
Yaquina Bay, USA
San Esteban, Espagne
Whiteford, GB
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Gaspar Branco - Castelo. O assassinato.
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Por Manuel Castelo-Branco
Gaspar Castelo-Branco era director-geral dos Serviços Prisionais quando a 15
de Fevereiro de 1986, véspera da segunda volta das eleições presidenciais, foi
assassinado a sangue frio pelas FP-25 Abril, com dois tiros na nuca.
A partir desse dia o País apercebeu-se que o terrorismo era uma ameaça
real. Nos dias seguintes, Cavaco Silva, então primeiro-ministro mudou-se
com a família para a residência oficial em São Bento. Todos os ministros, sem
excepção, passaram a andar com guarda-costas e vários seguranças pessoais.
Os juízes e Procuradores do processo FP-25A passaram a ser guardados dia
e noite, pernoitando, às vezes, em locais alternados e sempre secretos. Quem
sabe se por essa razão, nem o primeiro-ministro Cavaco Silva nem o Presidente
da República em exercício Ramalho Eanes ou o recém-eleito Mário Soares
estiveram presentes no enterro.
Gaspar Castelo-Branco não cedeu à
greve da fome das FP-25A. “Em países
ocidentais os governos não cedem às
greves da fome” dizia. Nessa altura,
tal como hoje, as greves da fome eram
apanágio de grupos extremistas, que
por força da manipulação e demagogia,
tentavam conquistar janela de atenção
nos média.
Mas por cá, era constantemente pressionado pela Comissão Parlamentar
de Direitos Liberdades e Garantias e em particular por alguns deputados
socialistas. Era particularmente contestado pelos terroristas por ter imposto
medidas de segurança estritas nas cadeias em que aqueles réus se encontravam,
principalmente desde Setembro de 1985, quando um grupo dos mais perigosos
terroristas se evadiu da Penitenciária de Lisboa.
18
Contextualizando, é bom recordar que no período anterior à fuga, os terroristas
das FP-25A, por excesso de tolerância e fraqueza política, estavam em regime
de cela aberta e misturados com presos de delito comum. Após a fuga de
Setembro, foram impostas condições duras de isolamento e separação entre
reclusos. O País acobardou-se e quinze dias após o seu brutal assassinato,
os presos retomaram a cela aberta durante o dia, apenas fechada durante a
noite. Conforme escreveu na altura José Miguel Júdice, parecia que afinal o
assassinato teve uma justificação e uma razão de ser.
O processo das FP-25A foi o maior falhanço da justiça, desde o 25 de Abril,
sendo o primeiro grande sinal de impunidade para alguns. Os crimes foram
julgados e provados em tribunal - apesar da sentença nunca ter transitado em
julgado – os seus membros não cumpriram a pena. Foram indultados e mais
tarde amnistiados, por crimes que nunca se arrependeram.
Apesar disso e vergonhosamente, Otelo foi promovido a Coronel por despacho
conjunto do Ministro da Defesa - Nuno Severiano Teixeira e Fernando Teixeira
dos Santos então Ministro das Finanças, com uma indemnização três vezes
superior áquela que receberam as famílias das vítimas que assassinou.
Mário Soares, com uma visão muito própria sobre a justiça, preferiu primeiro
indultar e depois amnistiar as FP-25A com total passividade do governo PSD.
Preferiu cumprimentar Otelo Saraiva de Carvalho após a sua saída da prisão e
recusou uma legítima condecoração, proposta pelo governo, para o membro do
mais alto Órgão de soberania a cair no cumprimento do seu dever, no Portugal
democrático.
Perante a demissão dos seus responsáveis políticos, nomeadamente do
fraquíssimo, esguio e dúbio Ministro da tutela, Mário Raposo, que perante uma
comunicação social manipulada, declinava responsabilidades encaminhando-as
para o seu Director Geral, como se a orientação da direcção geral não fosse
tomada de acordo com o Ministro, Gaspar Castelo-Branco assumiu sozinhas
as responsabilidades, que verdadeiramente não lhe cabiam, em circunstâncias
particularmente difíceis. Tornou-se o bode expiatório e pagou-o com a vida.
Gaspar Castelo-Branco não foi assassinado por se opor ou discordar das FP-25
Abril, mas porque no exercício da sua função, ao serviço do Estado, cumpriu
o seu dever, acatou ordens com coragem, determinação e sentido de dever e
assumiu responsabilidades quando outros delas se demitiram. Era o homem
certo no lugar errado e por isso foi morto. Foi o mais alto funcionário do Estado
a ser morto no exercício das suas funções e provavelmente o único um que caiu
nos últimos 40 anos, na defesa dos valores da liberdade e democracia e justiça.
No entanto, a sua morte de nada serviu. O País não se indignou, não houve um
gesto visível de apoio público à vítima pelos seus superiores hierárquicos.
“Se me derem um tiro, como reagirão os defensores dos direitos humanos, os
mesmos que pretendem condições mais brandas para os terroristas?” afirmava
numa entrevista a um jornal 15 dias antes de morrer. A verdade, é que a sua
profecia se realizou e desses movimentos não houve um único acto de repúdio
público dos ditos movimentos.
O julgamento desta organização terrorista foi o maior fracasso do estado de
direito do Portugal democrático. Otelo Mouta Liz, Pedro Goulart, Helena Carmo
entre outros, foram julgados e os seus crimes provados em tribunal, bem como
o facto de serem membros operacionais da organização terrorista. Facto julgado
e provado em tribunal.
As FP-25A não foram, o custo da estabilização do regime democrático e muito
menos a face negra da revolução. Foram antes, consequência das acções
comandadas por Otelo Saraiva de Carvalho, que se aproveitou da fraqueza das
instituições do estado, para tentar conquistar o poder, pela força das armas.
Hoje, Gaspar Castelo-Branco é finalmente condecorado com a Grã-Cruz da
Ordem do Infante D. Henrique, no dia em que faz 30 anos sobre a data em que
foi assassinado. Primeiro ostracizado, depois ignorado e finalmente esquecido,
para que no final, após 30 anos, a verdade seja reposta e a injustiça parcialmente
reparada.
PS: As FP 25 de Abril foram responsáveis por 17 atentados mortais, entre os
quais um bebé de dois anos (apelidado pela organização como um erro técnico).
A última vitima foi o Álvaro Militão agente da Direcção Geral de Combate ao
Banditismo em 1986. Mas não foi só aos mortos que o País não mostrou a sua
gratidão: agentes da Judiciária, da Direcção Geral de Combate ao Banditismo,
juízes como Martinho de Almeida Cruz, Adelino Salvado e procuradores como
Cândida Almeida, entre outros.
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Pourquoi Bombardier peine à vendre ses Le déficit fédéral atteindra au moins 18,4
nouveaux avions
milliards en 2016-17
Y en aura-t-il d’autres ?
par Marc-André Sabourin / actualité
Air Canada commande 45 CS300 à Bombardier.
Une bouée de sauvetage. Voilà à quoi ressemble la commande de 45 avions
annoncée par Bombardier. Le sauveur est Air Canada, qui a signé une lettre
d’entente pour 45 CS300 auxquels pourraient s’en ajouter 30.
«Bombardier a besoin de créer un momentum autour de la CSeries», me disait
la veille de l’annonce Ernest Arvai, consultant américain ayant plus de 30
ans d’expérience dans l’aéronautique. Cette commande, la première depuis
septembre 2014, pourrait être la bougie d’allumage nécessaire. Peut-être.
L’économie canadienne croit moins
vite que prévu. Et les finances du
gouvernement fédéral s’en ressentiront
puisque le déficit fédéral atteindra au
moins 18,4 milliards en 2016-17 - une
hausse du déficit de 14,5 milliards
par rapport aux dernières prévisions
annoncées en novembre.
Ottawa a annoncé que les déficits
budgétaires prévus augmenteront de
14,5 milliards et de 13,1 milliards au
cours des deux prochaines années
Photo Etienne Ranger, Archives LeDroit
principalement en raison de l’état de
Vincent Brousseau-Pouliot
l’économie canadienne, pour atteindre
La Presse
des déficits de 18,4 milliards en 201617 et de 15,5 milliards en 2017-18.
Ces nouvelles prévisions de déficits
augmenteront assurément avec les nouvelles mesures contenues dans le
premier budget du gouvernement Trudeau, qui aura lieu le mardi 22 mars. « Je
suis heureux de dire qu’il y a aura de bonnes surprises à annoncer le 22 mars »,
a dit ce matin le ministre fédéral des Finances Bill Morneau.
Malgré des prévisions de déficits fédéraux supérieures à 15 milliards par an pour
les deux prochaines années, le gouvernement Trudeau compte aller de l’avant
avec sa stratégie économique annoncée en campagne électorale: des mesures
fiscales pour aider la classe moyenne et des investissements massifs dans les
infrastructures (les libéraux promettaient de doubler ces investissements en
campagne) afin de faire croître l’économie à long terme.
Bombardier peine à vendre la CSeries. Le problème n’est pas l’avion, qui est
technologiquement supérieur. Ni les retards, qui plombent surtout les liquidités
de l’entreprise. Ni les cours du pétrole, qui varient au fil de la longue durée de vie
d’un aéronef.
Non, le problème de la CSeries, c’est la concurrence de Boeing et d’Airbus.
«Les modèles des deux géants ne se mesurent pas à la CSeries, affirme
Ernest Arvai. Mais Boeing et Airbus sont déterminés à empêcher Bombardier
de s’installer dans ce marché. Particulièrement Airbus.» Selon le consultant, la
multinationale française a déjà coupé l’herbe sous le pied de Bombardier en
déposant une offre imbattable juste avant la signature d’un contrat. Et ce, à plus
d’une reprise.
L’achat d’un avion commercial est un processus long et rigoureux, souligne
Ernest Arvai. La compagnie aérienne qui souhaite renouveler ou agrandir sa
flotte effectue d’abord un appel d’offres. Les fabricants déposent leur soumission,
expliquent en quoi leurs modèles sont supérieurs et ajoutent des bonus, tels de
l’entraînement gratuit pour les pilotes ou des pièces de rechange. «Mais à la fin,
ce qui compte vraiment, c’est le prix.»
En ce moment, les fabricants se livrent une véritable guerre sur ce terrain. «Il y
a 20 ans, obtenir un rabais de 35 % était excellent. Aujourd’hui, 50 % sur une
grosse commande est routinier.»
Bombardier n’y échappe pas, comme le révèle le libellé du communiqué de
presse annonçant l’entente avec Air Canada: «Au prix courant de l’avion CS300,
une commande ferme pour 45 avions serait estimée à quelque 3,8 milliards de
dollars américains.»
Soyez certain qu’Air Canada n’a pas payé le «prix courant» et que la facture n’est
pas «estimée». Le coût réel ne sera jamais rendu public, mais vu le besoin criant
qu’avait Bombardier pour une commande, parions que la compagnie aérienne a
fait une bonne affaire.
Bombardier n’a toutefois pas les ressources pour couper, contrat après contrat,
le prix d’un avion dont la conception a siphonné des milliards de dollars. Tant et
aussi longtemps que Boeing et Airbus demeureront aussi agressifs, la CSeries
peinera à décoller.
Le ministre fédéral des Finances Bill Morneau est clair: même si le déficit est
en hausse, il n’est pas question d’instaurer des politiques d’austérité à Ottawa.
« Il est évident que les temps sont difficiles actuellement pour de nombreux
Canadiens. Un gouvernement moins ambitieux pourrait croire que ces conditions
justifient l’inaction, les compressions ou la prudence excessive. Toutefois, notre
gouvernement croit fermement que le ralentissement économique rend notre plan
de croissance économique encore plus pertinent aujourd’hui qu’il y a quelques
mois [...] C’est le moment d’agir », a dit le ministre Morneau ce matin lors d’une
consultation prébudgétaire devant des citoyens dans un centre communautaire
à Ottawa.
En novembre, quelques semaines après l’élection du gouvernement Trudeau,
Ottawa avait révisé à la hausse ses prévisions de déficits budgétaires lors d’une
mise à jour économique. Des surplus budgétaires de 2,7 milliards en 2016-17 et
3,6 milliards en 2017-18 (6,3 milliards sur deux ans) sont devenus des déficits
de -3,9 milliards en 2016-17 et -2,4 milliards en 2017-18 (-6,3 milliards sur deux
ans). Ce matin, Ottawa a annoncé que ces prévisions de déficits seront plutôt
de -18,4 milliards en 2016-17 et -15,5 milliards en 2017-18 (-33,9 milliards sur
deux ans). Il s’agit d’une hausse du déficit de 14,5 milliards pour 2016-17 et
de 13,1 milliards pour 2017-18. De cette hausse de 14,5 milliards en 2016-17,
2,3 milliards sont attribuables à des mesures annoncées par le gouvernement
Trudeau (dont 1,3 milliard pour les baisses d’impôt pour la classe moyenne
annoncées en décembre) et 12,2 milliards sont attribuables à l’état de l’économie
canadienne.
Pour l’année fiscale en cours (2015-16), le déficit budgétaire prévu en novembre
de 3,0 milliards a été réduit à un déficit de 2,3 milliards.
Le ministre Morneau a aussi annoncé la nomination de Dominic Barton, directeur
général mondial de la firme de consultation McKinsey, à titre de président
du nouveau conseil consultatif en matière de croissance économique. « Le
gouvernement va l’avant en suivant une approche fondamentale nouvelle: un
nouveau plan pour transformer l’économie au profit de tous les Canadiens. Il est
temps de réaliser des investissements afin de renforcer la classe moyenne et
de favoriser la croissance à long terme. À la base, cette stratégie portera sur les
Canadiens de la classe moyenne », a indiqué le ministre Morneau.
Les économistes du secteur privé - qui guident Ottawa dans ses prévisions budgétaires
- s’attendent à une croissance de l’économie (PIB réel) de 1,4 % en 2016. Lors de
la mise à jour économique du gouvernement Trudeau en novembre, la prévision
était de 2,0 %. Pour l’année 2017, la prévision de croissance économique reste
inchangée à 2,2 %. L’économie canadienne est notamment affectée par la chute
du prix du pétrole. Les économistes s’attendent à un prix moyen de 40 $ US le
baril en 2016, comparativement à 54 $ US en novembre dernier.
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jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français
ARCO Lisboa - L’Art de Choisir
abc portuscale
ARCO, l’une des foires internationales d’art contemporain les plus importantes
qui soient, a décidé d’organiser sa première édition hors de son pays d’origine,
et c’est le Portugal qui a été choisi. Une preuve de plus pour confirmer l’adage
que « choisir » est tout un art !
En 2016, Lisbonne recevra la première édition organisée hors d’Espagne de
la foire d’art contemporain de Madrid, du 26 au 29 mai. Le monument de la
Cordoaria Nacional recevra 40 galeries internationales.
Pour les amateurs d’art contemporain ce sera une occasion unique et également
une bonne raison de connaître la ville de la lumière que les artistes, les
photographes et les réalisateurs apprécient tant, pour sa luminosité si particulière
et son ambiance chaleureuse.
jornal comunitário em Português - journal communautaire en Français
visibles. Dans le bâtiment principal, on découvre plusieurs salles de spectacle,
dont le programme est dédié à la musique classique et contemporaine, ainsi
que le Musée de la collection du millionnaire arménien Calouste Gulbenkian,
qui aimait tant Lisbonne qu’il avait choisi de s’y installer. À l’une des extrémités
du jardin, le Centre d’Art Moderne. Et à 10 minutes à pied, le Culturgest fait une
place de choix aux tendances les plus récentes en matière d’arts plastiques.
Pour ceux qui logeront à proximité de Lisbonne, à Cascais, il est possible de
visiter la collection de Paula Rego, une autre artiste portugaise marquante de
l’histoire de l’art, qui vit actuellement en Angleterre. Le bâtiment, aux formes
singulières, appelé la « Maison des Histoires », a été dessiné par l’architecte
Eduardo de Souto Moura, récompensé lui aussi par le prix Pritzker.
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Si vous aimez l’art contemporain, vous apprécierez très certainement Lisbonne.
C’est une ville séculaire avec ses quartiers historiques qu’il ne faut pas manquer
de découvrir et où les œuvres architecturales les plus récentes offrent une
nouvelle perspective à tout l’espace environnant.
À Belém, dans le quartier qui remémore les voyages de l’époque des Découvertes
du XVIe siècle, tout près des monuments si emblématiques que sont la Tour
de Belém (Torre de Belém) et le Monastère des Hiéronymites (Mosteiro dos
Jerónimos), vous vous devez de visiter le Centre Culturel de Belém qui accueille
le Musée Berardo. Sa collection d’art contemporain réunit les mouvements
les plus significatifs du XXe siècle jusqu’aux travaux plus contemporains de
Duchamp, Piet Mondrian, Andy Warhol, Bruce Nauman ou Cindy Sherman,
parmi de nombreux autres artistes. C’est également dans ce quartier que se
trouve le Musée des Carrosses (Museu dos Coches), une collection unique qui
est présentée dans un bâtiment moderne dessiné par l’architecte Paulo Mendes
da Rocha, récompensé par le Prix Pritzker.
Se promener librement dans les rues de la ville a également toute son importance
pour admirer les façades d’azulejos et les différentes œuvres d’art urbain des
dessinateurs et des graffiteurs, dans un véritable musée à ciel ouvert qui vous
surprendra à chaque instant.
Au cœur de la ville, entre Chiado, Bairro Alto et São Bento, on trouve le Musée
National d’Art Contemporain (Museu Nacional de Arte Contemporânea) et
l’Atelier-Musée Julio Pomar, qui côtoient de nombreux antiquaires et des galeries
d’art. Juste à côté, dans le quartier Amoreiras, l’édifice d’une ancienne usine de
soie a été récupéré et accueille une collection étonnante de la Fondation Arpad
Szenes-Vieira da Silva, une artiste portugaise remarquable du XXe siècle.
Pour ce qui est de la partie nord de Lisbonne, dans le quartier Avenidas Novas,
on retrouve la Fondation Gulbenkian, un bâtiment notable des années 1950,
inséré dans un grand jardin où les prémices de l’architecture moderne sont bien