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AMÉRICA CENTRAL
01.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
A América Central é constituída por vinte países, localizados entre a América do Norte e a
América do Sul, todos com dimensões pequenas, às vezes até minúsculas. Localiza totalmente
na zona intertropical, ou seja, ao sul do trópico de Câncer que passa pelo México - e ao norte
do equador que atravessa o Brasil. É banhada pelo oceano Atlântico a leste e pelo oceano
Pacífico a oeste. Na vertente do Atlântico, onde se localizam muitas ilhas, encontra-se o mar
do Caribe, também conhecido como mar das Antilhas. Essa área, que se estende do sul da
América do Norte (golfo do México) ao norte da América do Sul (mar do Caribe), é parecida
com a área abrangida pelo mar Mediterrâneo. Por isso, es¬sa área ou bacia marítima também
é conhecida como o Mediterrâneo americano.
Da área total do continente americano mais de 42 milhões de km 2, a América Central ocupa
uma pequena porção de 750,6 mil km 2, o que representa cerca de 1,8% desse total. Ela
apresenta duas partes bem diferenciadas: uma continental, constituída pelo istmo que une a
América do Norte à América do Sul; e outra insular, formada por um conjunto de ilhas
denomina.
Reúne 82,5 milhões de habitantes em 2013. A densidade demográfica apresenta-se alta nas
ilhas do Caribe e, no continente, em núcleos urbanos, como Manágua, Guatemala e Cidade do
Panamá. A região é povoada em grande parte por mestiços, descendentes de índios, africanos
e colonizadores europeus. As línguas mais faladas são o inglês, o espanhol e o francês das
Antilhas.
A América Central continental tem uma área de pouco mais de 500 000 km2. Atualmente,
existem sete estados independentes nessa região: Belize, Costa Rica, EI Salvador, Guatemala,
Honduras, Nicarágua e Panamá.
As inúmeras ilhas localizadas entre a América do Norte e a América do Sul formam a América
Central insular, cuja área é de mais ou menos 242.000 km2.
Treze nações politicamente independentes formam a América Central insular: Cuba, Haiti,
Jamaica, República Dominicana, Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Dominica, Santa
Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Granada, Trinidad e Tobago.
Além disso, existem na América Central inúmeros territórios - geralmente ilhas - que
pertencem a nações estrangeiras. Caso das ilhas Virgens ameri¬canas, ilhas Virgens britânicas,
Antilhas holandesas, Martinica (França), Porto Rico (estado livre associado aos Estados
Unidos), ilhas Cayman (Grã-bretanha), etc.
América Central tem um número bem maior de Estados-Nações que o existente na América do
Norte (três países) e na América do Sul (doze países). No entanto, essas duas porções do
continente são muito mais extensas que a América Central.
A existência de um grande número de Estados na América Central decorreu de sua própria
história: an¬tes da colonização europeia, aí não se desenvolveu nenhum grande império, e a
administração colonial da Espanha também não conseguiu unificá-Ia politicamente. No fim da
colonização espanhola, o México anexou grande parte da América Central continental ao seu
território, mas logo em seguida essas nações centro-americanas alcançaram a independência.
Reconquistada a autonomia, a América Central tentou uma unificação política: em 1823
fundou-se a Confederação da América Cental, que teve uma curta existência e desapareceu
em 1839. Dessa forma, vários Estados acabaram se consolidando e definindo, com isso, o
desmembramento político-territorial que caracteriza essa região de pequena superfície.
Não existe nenhum país realmente industrializado na América Central. São em geral nações
pobres e com economias baseadas nas atividades primárias, que geralmente exportam açúcar,
banana, café, cacau, tabaco e charutos, bebidas (notada mente o rum), algodão, coco, frutas
cítricas e petróleo (apenas o Panamá). São também áreas que geralmente possuem belas
paisagens tropicais costeiras, com praias visitadas por um grande número de turistas.
Responde por 1,5% do PIB da América (2010).
As melhores condições de vida são encontradas nas Bahamas, país que possui a maior renda
per ca-pita da América Latina (quase 15 mil dólares), e também em Barbados, Antígua e
Barbuda, Trinidad e Tobago, Costa Rica e Dominica. Esses seis Estados- Nações possuem
populações pouco numerosas: a Costa Rica é o mais populoso, com 4,7 milhões de habitantes;
em seguida Trinidad e Tobago, com 1,3 milhão; e os demais não chegam a 400 mil habitantes
cada um.
Nesses seis países - todos insulares, com exceção da Costa Rica - existem os melhores
indicadores sociais da América Central: renda per capita bem acima da média dessa região,
baixíssimas taxas de analfabetismo e de mortalidade infantil e uma expectativa de vida
relativamente elevada (entre 74 e 76,5 anos). Na parte continental da América Central, as
melhores condições de vida, depois da Costa Rica, encontram-se no Panamá, que possui uma
renda per capita ra¬zoável (mais de 6 mil dólares) e uma expectativa de vida (75 anos)
superior à média latino-americana.
As piores condições de vida na América Central são encontradas no Haiti e na República
Dominicana, principalmente, e também na Nicarágua. Essas nações estão entre as mais pobres
do mundo, com baixíssimas rendas per capita (de 300 até no máximo 900 dólares), altas taxas
de analfabetismo e de mortalidade infantil, e baixa expectativa de vida (apenas 52 anos no
Haiti).
02. A AMÉRICA CENTRAL CONTINENTAL
A América Central continental é constituída por uma estreita faixa de terras que une o México
à América do Sul. Trata-se quase de um prolongamento do território mexicano Na verdade,
alguns dos países localizados nessa região já foram, no passado, parte do México, tornando-se
independentes a partir de 1823. É o caso de Guatemala, Costa Rica, Honduras, Nicarágua e EI
Salvador, cuja independência se tornou completa em 1839, quando fracassou aquela tentativa
de unificação política por meio da Confederação da América Central.
O relevo dessa parte da América Central é bastante montanhoso, fato que ameniza a
tropicalidade do clima.
De acordo com a altitude, as paisagens naturais dos países centro-americanos continentais, e
também as do México, são classificadas em três tipos: as terras quentes(mais baixas), as terras
frias(mais elevadas) e as terras temperadas(altitudes médias).
BELIZE: Situado em estreita área (22.965 km²) da península de Yucatán, entre a Guatemala e o
México, sua capital é a cidade de Belmopan, é o único país da América Central continental
colonizado por ingleses (até 1973, denominava-se Honduras Britânica). Próximo a seu litoral,
banhado pelo mar do Caribe, situa-se uma das maiores barreiras de coral do planeta. Sua
população é de 318 mil habitantes, os crioulos, descendentes de africanos, e os mestiços de
indígenas e europeus são a maioria, constituída ainda por índios maias e garifunas, asiáticos e
europeus de várias origens. É governado por uma Monarquia Parlamentar e tem na agricultura
é o principal setor da economia, com destaque para o cultivo de cítricos, cana-de-açúcar e
banana, sua moeda é o Dólar Belizenho. Um conflito de fronteira com a Guatemala tem
prejudicado a entrada de capitais e o turismo.
Em 2011 o país endurece as leis para conter o aumento da violência, atribuída aos cartéis
mexicanos do narcotráfico. O UDP vence as eleições de março de 2012, e Barrow se mantém
no cargo. Em abril, Belize e Guatemala aceitam realizar um referendo simultâneo para decidir
se uma corte internacional deve arbitrar o litígio fronteiriço, mas ainda não há definição sobre
a data e a legislação.
Petróleo: Em agosto, Belize deixa de pagar os juros de sua dívida externa, mas, em fevereiro
de 2013, o país fecha acordo para reestruturar o débito. Em abril, o Supremo Tribunal rescinde
seis contratos de exploração de petróleo em alto-mar devido à ausência de um relatório de
impacto ambiental. Um dos consórcios, porém, mantém as atividades, o que deflagra uma
disputa judicial.
HONDURAS: De território montanhoso, com uma área de 121.492 km², é o segundo maior país
do continente, sua capital é Tegucigalpa. Ao sul, uma pequena planície costeira é banhada pelo
oceano Pacifico. Ao norte, há um litoral longo e plano no mar do Caribe. Governado por uma
República presidencialista, É uma das nações mais pobres do continente americano, situação
agravada nos últimos anos pela redução da ajuda dos Estados Unidos (EUA), seu aliado
histórico e principal parceiro comercial, e pelos furacões que assolam a costa caribenha. A
agricultura, que emprega mais de um terço da força de trabalho, é seriamente atingida. Apesar
disso, o café e a banana continuam a ser importantes itens de exportação sua moeda é
Lempira. A população, de 7,8 milhões de habitantes, é composta de mestiços de espanhóis e
indígenas. O turismo é um setor em desenvolvimento, baseado em atrativos como as ruínas
maias de Copán, consideradas patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e as ilhas de Ia Bahia, no Caribe, habitadas
majoritariamente por descendentes de africanos.
Em maio de 2011, Zelaya retorna a Honduras após ser anistiado. Em junho, a OEA readmite a
nação, afastada desde o golpe. Em abril, trabalhadores rurais promovem invasões de terra
reivindicando a reforma agrária, aprovada há anos sem sair do papel.
Desde a deposição de Zelaya, a violência se agrava em Honduras. Além de perseguições
políticas contra jornalistas, opositores do golpe e ativistas de direitos humanos, as atividades
do narcotráfico se intensificam. Como resultado, a partir de 2010, Honduras passa a ter a mais
alta taxa de homicídios do mundo: em 2012, dados da ONU apontam 85 assassinatos por 100
mil habitantes.
O Congresso destitui em dezembro de 2012 quatro dos cinco juízes da Corte Constitucional
que votaram contra projetos do governo, incluindo a reforma na polícia e a polêmica criação
das "cidades-modelo", que teriam leis, coleta de impostos e administração concedidos à
iniciativa privada. Em janeiro de 2013, o Congresso aprova emendas à Constituição que
limitam o poder da Corte, criam as cidades privadas e definem condições de impeachment de
autoridades.
As eleições gerais de novembro são precedidas de violência política. O candidato do PN, Juan
Orlando Hernandéz, é o mais votado, com 37% dos votos, derrotando a mulher de Zelaya,
Xiomara Castro, do recém criado Partido Liberdade e Refundação (Libre), de esquerda, que
obtém 29%. Xiomara denuncia fraude, mas o Supremo Tribunal Eleitoral confirma a vitória de
Hernandéz, em dezembro. Até meados do mês, o resultado das eleições para o Congresso
ainda não havia sido divulgado.
EL SALVADOR: Banhado pelo oceano Pacífico, com uma área de 21.040 km², é o menor país da
parte continental da América Central e o único da região sem litoral no mar do Caribe, sua
capital é a cidade de San Salvador. A guerra civil que devastou a nação na década de 1980,
deixando 75 mil mortos, ainda tem reflexos em sua estrutura socioeconômica. Atualmente é
governado por uma República presidencialista, tem por idioma oficial o espanhol, tem duas
moedas: o colón salvadorenho e dólar americano. Quase metade da sua população, de 6,2
milhões de habitantes, vive abaixo da linha de pobreza. O dinheiro enviado por cerca de 1
milhão de salvadorenhos que deixaram o país durante a guerra é uma de suas principais fontes
de recursos, ao lado da exportação de café e cana-de-açúcar. EI Salvador abriga mais de 25
vulcões extintos, situados em cadeia montanhosa que corta o território de leste a oeste.
Em 2006 é assinado um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos (EUA). No mesmo
ano, oficializa-se o novo traçado da fronteira entre El Salvador e Honduras, reivindicado desde
a guerra de 1969.
Esquerda no Poder
A FMLN conquista vitória apertada nas eleições parlamentares de janeiro de 2009. Em março,
encerram-se duas décadas de hegemonia direitista com a eleição de Mauricio Funes (FMLN)
para a Presidência. Sem ampla maioria parlamentar, ele encontra dificuldade para
implementar reformas.
Violência
Em 2010, o governo aprova lei que criminaliza a formação de gangues, que, revoltadas com a
decisão, paralisam os transportes públicos e o comércio por três dias. A crescente violência
afeta fortemente a economia.
Fatos Recentes
Em setembro de 2011, a nação entra para a lista dos EUA de grandes produtores ou de rota de
drogas ilegais reflexo da crescente aliança dos cartéis mexicanos com as gangues locais.
No início de 2012, o governo e membros da Igreja Católica iniciam diálogo com duas gangues
rivais. Em março, quando o governo transfere líderes das gangues de prisões de segurança
máxima para presídios menos rígidos, é estabelecida uma trégua entre as facções o número de
assassinatos cai mais de 50%.
Nas eleições parlamentares de março, a centro-direita volta a ter mais deputados na
Assembleia com a vitória apertada da Arena (veja a composição parlamentar em Dados
Gerais).
Uma onda de violência em julho de 2013 resulta em 103 homicídios em uma semana. A
tendência de aumento nos crimes ocorre porque muitos membros de gangues não respeitam a
trégua.
Em outubro começa a campanha para a eleição presidencial de fevereiro de 2014. Os
principais candidatos são o ex-presidente Antonio Elías Saca, pela coalizão direitista Gana,
Salvador Sánchez Cerén, da FMLN, e Norman Quijano, da Arena.
COSTA RICA: País de área de 51.100 km² destaca-se na região pela esta bilidade política e pela
inexistência de Forças Armadas, substituídas há mais de 50 anos por uma guarda civil. Com
uma população de 4,7 milhões de habitantes, tem Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
elevado. Governado por uma República presidencialista, sua moeda é o colón costarriquenho,
tem o espanhol com idioma oficial, sua capital é a cidade de San José. Uma cadeia de
montanhas e vulcões corta seu território de norte a sul. No centro dessa cordilheira existe um
altiplano, a Meseta Central, onde se localizam as principais cidades e vivem mais de 50% dos
habitantes - a maioria descendente de espanhóis. A nação possui duas planícies costeiras, uma
banhada pelo oceano Pacifico, rochosa e recortada, outra pelo mar do Caribe, retilínea, com
praias de areia fina e sujeita à ação de furacões. Os parques nacionais ocupam 11 % da área do
país. Os vulcões ativos - entre eles o Arenas, que tem erupção várias vezes ao dia - estimulam
o turis¬mo, a principal atividade econômica, ao lado da produção de banana e de café.
Fatos Recentes
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Em março de 2011, o TIJ ordena a retirada das tropas dos dois países da região do Rio
San Juan, mas não suspende a dragagem. Em agosto entra em vigor acordo de livrecomércio entre Costa Rica e China. Em setembro de 2012, a Câmara aprova reforma
tributária.
Em maio de 2013, a revelação de que Chinchilla usou, em duas viagens ao exterior, um
avião de um colombiano suspeito de ligações com o narcotráfico leva à renúncia de
três ministros que haviam intermediado o empréstimo do jato.
O presidente chinês, Xi Jinping, visita a Costa Rica em junho e assina acordos com o
país no valor de US$ 2,3 bilhões, incluindo crédito para melhoria de rodovias e
ampliação de uma refinaria de petróleo.
PANAMÁ: Com uma área de 75.517 km², o Panamá situa-se no ponto mais estreito da parte
continental, no istmo que se estende até a América do Sul. É dividido ao meio pelo canal do
Panamá, que liga o oceano Atlântico e o Pacífico. A cada ano, cerca de 14 mil embarcações (5%
do comércio marítimo mundial) cruzam os 82 km do canal - que passou do controle dos
Estados Unidos (EUA) para o Panamá em 2000. Apopulação de 3,6 milhões de habitantes do
país é formada por uma maioria de mestiços de índios e europeus. O país é governado por
uma República presidencialista, sua capital é a cidade do Panamá. O setor econômico mais
importante é o de serviços, que abrange as atividades financeiras e as rendas obtidas com a
zona de livre comércio de Colón, a exploração do canal e o registro de navios mercantes. A
moeda oficial panamenha é o balboa.
Canal do Panamá
A idéia de construir um canal que possibilitasse a navegação entre os oceanos Atlântico e
Pacífico, na parte mais estreita da América Central, surgiu no fim do século XIX. Uma
companhia francesa iniciou, em 1881, as obras de construção desse canal no Panamá, mas as
dificuldades encontradas nos terrenos e as doenças tropicais contraídas pelos trabalhadores
acabaram por paralisar as obras.
No início do século XX, os Estados Unidos interessaram-se em prosseguir com a construção do
canal. O Panamá nessa época era uma província da Colômbia. Como o governo colombiano
não se mostrava interessado nas condições norte-americanas para a construção e uso do
canal, os Estados Unidos estimularam e apoiaram um movimento separatista na região. Esse
movimento tornou-se vitorioso em 1903, conquistando a independência do Panamá. O
governo norte-americano reconheceu imediatamente o novo país e impediu sua retomada
pela Colômbia. Em troca, porém, os panamenhos tiveram de fazer grandes concessões aos
Estados Unidos em relação a esse canal. O canal do Panamá foi inaugurado em 1914. Sua
extensão é de cerca de 82 quilômetros. Por causa da elevada altitude do terreno, foi preciso
construir um lago artificial - o lago de Gatún - para que se pudesse navegar pelo canal. Existem
seis comportas, destinadas a controlar o fluxo de água.
Também por causa da elevação do terreno, os navios que vêm do oceano passam por três
eclusas. Estas fazem o nível da água subir, para que os navios naveguem pelo lago que está
acima do nível do mar. Para saírem do lago e entrarem no outro oceano, os navios têm de
passar por mais três eclusas que vão rebaixando o nível da água.
Ao redor do canal existe uma faixa de terra que era controlada pelas forças armadas norteamericanas até dezembro de 1999. Isso fez com que o Panamá ficasse, durante praticamente
todo o século XX, dividido em duas partes, separadas pela zona do canal.
Os norte-americanos obtiveram a concessão da zona do canal, mas com o passar do tempo os
panamenhos foram percebendo que essa situação era insustentável. Além das vantagens
econômicas que conseguiam com o canal do Panamá - esse era um canal mais norteamericano que internacional, ou seja, servia mais para os navios desse país, os Estados Unidos
também implantaram nessa área bases militares.
A população panamenha reagiu intensamen¬te contra esse controle estrangeiro dentro de seu
território. Em 1964, por exemplo, 21 estudantes do país morreram tentando hastear a
bandeira do Panamá na zona do canal. Para não perder a popularidade, os políticos
panamenhos tiveram de assumir essa reivindicação popular de ter o con¬trole do canal. Com
esse objetivo entraram em negociações com os Estados Unidos, contando com o apoio
internacional.
Após longas e árduas discussões, os dois países chegaram a um acordo em 1977. O canal do
Panamá e a zona ao seu redor ficariam sob o domínio norte-americano até dezembro de 1999,
quando passaram para o controle do Panamá. Mas uma cláusula desse acordo prevê que, em
caso de necessidade de defesa do canal, as tropas norte americanas poderão intervir na
região, o que provoca até hoje o descontentamento dos panamenhos.
Atualmente atravessam o canal cerca de 14 mil navios por ano, ou seja, aproximadamente 42
por dia. O canal do Panamá, ao contrário do de Suez (entre os mares Mediterrâneo e
Vermelho), não se tornou obsoleto com os avanços da construção naval, pois ele foi corrigido
(alargado e aprofundado) várias vezes no fim do século XX para comportar os enormes navios
militares e petroleiros que surgiram principalmente a partir dos anos 1970. Essas obras, no
entanto, sempre foram feitas com tecnologia norte-americana, o que evidencia a dependência
do Panamá, que dificilmente conseguirá administrar sozinho e de forma autônoma esse canal,
sob o risco de talvez ocorrer futuramente uma depreciação na sua importância técnica e
comercial.
Fatos Recentes
Nas eleições de 2004, Martín Torrijos, filho do ex-ditador Omar Torrijos, é eleito presidente
pelo Partido Revolucionário Democrático (PRD), que também conquista maioria na
Assembleia. Em 2009, ele é sucedido pelo conservador Ricardo Martinelli Berrocal, eleito com
60% dos votos pela coalizão Aliança pela Mudança (veja a composição parlamentar em Dados
Gerais).
Preso nos EUA, Noriega é extraditado para a França em 2009, onde é condenado a sete anos
de detenção por lavar dinheiro do narcotráfico em bancos franceses.
Em 2011, Noriega é extraditado da França para o Panamá, onde passa a cumprir pena de 60
anos de prisão por crimes durante seu mandato, incluindo assassinato de opositores.
Em fevereiro de 2012, a população da reserva indígena de Ngöbe-Buglé protesta contra
projetos de mineração e hidrelétricas na região. O confronto com a polícia deixa dois mortos e
dezenas de feridos. Em outubro, o governo recua da decisão. No mesmo mês entra em vigor
acordo de livre-comércio entre Panamá e Estados Unidos.
Energia A escassez de chuvas provoca a redução na produção das hidrelétricas, levando o
governo a impor em maio de 2013 um racionamento de energia elétrica. Escolas fecham e os
horários de trabalho são reduzidos nas repartições e em locais públicos. Em setembro,
relatórios da ONU apontam que a hidrelétrica de Barro Blanco, em construção em terras dos
Ngöbe-Buglé, não afetará a biodiversidade, mas terá impacto negativo sobre a população
local.
03. A AMÉRICA CENTRAL INSULAR
As Antilhas, ou América Central insular, são constituídas por um conjunto de várias ilhas.
Costuma-se diviesse conjunto em três partes:
• Grandes Antilhas, onde, como o próprio nome indica, estão as maiores ilhas (Cuba, Jamaica,
Porto Rico – Estado membro dos EUA - e ilha Hispaniola);
• Pequenas Antilhas, constituídas pelas inúmeras pequenas ilhas localizadas a leste ou ao sul
das Grandes Antilhas (ilhas Virgens, Guadalupe, Martinica, Barbados, Antilhas holandesas e
Trinidad e Tobago);
• Ilhas Bahamas, um arquipélago situado ao norte de Cuba, formado por mais de setecentas
minúsculas ilhas que constituem um único país.
Grande parte das nações pertencentes às Antilhas é extremamente pobre, principalmente o
Haiti e a República Dominicana, que, com a Nicarágua, são os três países mais pobres da
América Latina. Salvo algumas exceções, o padrão de vida predominante nesses lugares é
baixo. A economia em geral é frágil e baseia-se na agricultura ou, algumas vezes, no turismo.
Na ilha Hispaniola, situada entre Cuba e Porto Rico, existem dois países: Haiti e República
Dominicana. Esses países são famosos pela pobreza absoluta da maioria da população.
Possuem economias muito frágeis, baseadas no cultivo e na exporta-ção de gêneros tropicais,
como cana-de-açúcar e café. A princi¬pal exceção são as Bahamas, que possuem uma elevada
renda per capta, taxa de analfabetismo praticamente zero e baixas taxas de mortalidade
infantil e de pobreza. Isso se deve ao fato de as Bahamas serem um importante centro
turístico e, ao mesmo tempo, um "paraíso fiscal" para firmas multinacionais.
CUBA: A ilha possui uma área total de 109.884 km2 tendo seu clima tropical e sua capital
Havana. Cuba é habitada por índios taínos e siboneyes na época da chegada de Cristóvão
Colombo, em 1492. O domínio espanhol, ameaçado por ataques ingleses, é formalmente
reconhecido em 1763. Milhares de escravos africanos são levados a Cuba para trabalhar nas
lavouras de cana-de-açúcar e tabaco. Em 1860, a ilha produz quase um terço do total mundial
de açúcar. A primeira guerra pela independência começa em 1868 e dura dez anos. Em 1895, o
poeta José Martí, ao lado dos generais Máximo Gómez e Antonio Maceo, proclama a República
e inicia nova guerra de independência, mas é morto numa emboscada. Em 1898, os EUA
entram em conflito com a Espanha, que, derrotada, deixa Cuba em 1899. Os norte-americanos
governam o país até sua independência, em 1902, mas conservam até 1934 o direito de
intervir nos assuntos internos da ilha e até hoje o comando da base naval e da prisão de
Guantánamo.
Revolução Cubana
Em 1933, o ex-sargento Fulgencio Batista toma o poder, aproveitando-se do levante popular
que derruba o ditador Gerardo Machado. Governa até 1944, com o apoio dos EUA. Em 1952,
Batista lidera um golpe de Estado e estabelece uma ditadura. A repressão oficial leva rebeldes
liderados por Fidel Castro Ruiz a atacar, em 1953, o quartel de La Moncada. Preso e depois
exilado no México, Fidel retorna com um grupo rebelde, que se instala na Serra Maestra e
passa a combater a ditadura.Em 1959, Cuba torna-se um país socialista, após uma revolução
vitoriosa que foi liderada por Fidel Castro e Che Guevara (argentino). Che Guevara defendia a
expansão da revolução socialista por todo o continente americano. O rompimento entre
Washington e Havana aconteceu em 1961.
Um dos momentos de maior tensão entre os blocos socialista e capitalista aconteceu em Cuba,
em 1961. O mundo viveu o temor de um conflito nuclear com o episódio que ficou conhecido
como “crise dos mísseis de Cuba”. Os americanos instalaram um cinturão de mísseis de longo
alcance na Grã-Bretanha, Itália e Turquia. Em resposta, o governo soviético teria instalado base
de lançamento de mísseis nucleares em Cuba, segundo o governo americano.
Após 13 dias de suspense e temor de um possível conflito nuclear, a tensão diminuiu após os
acordos entre Estados Unidos e União Soviética. Ambos acertaram a retirada mútua de mísseis
da Turquia e Cuba, respectivamente.
 O embargo econômico americano iniciou-se em 1962, três anos após a ascensão de
Fidel Castro ao poder.
Desde a renúncia de Fidel Castro, em 2008 (após 49 anos no poder), Cuba tem passado por
modificações em seu regime. Raul Castro, irmão e sucessor de Fidel, passou a promover
lentamente a abertura da ilha. Em fevereiro de 2014, os ministros de relações exteriores da
União Europeia decidiram reaver as relações comerciais com Cuba após dez anos de bloqueio.
A condição é que o país não tenha presos políticos.
Analistas consideram que essa abertura não tem alterado de forma significativa a vida dos 11
milhões de cubanos. O regime de Raul Castro ainda seria considerado “linha dura”, como o de
seu irmão Fidel Castro.
O atual presidente admite erros na construção do regime socialista na ilha que precisam ser
corrigidos. Ele autorizou a criação de 120 tipos de pequenos negócios, como oficinas de
reparos em automóveis, utensílios e vestuários, assim como pequenos comércios de
eletrônicos e de alimentos. O governo estima autorizar 250 mil novos negócios para estimular
um fluxo econômico e amenizar o possível colapso do regime.
Nos últimos 12 anos, o Brasil tem se aproximado de Cuba. Lula ofereceu subsídios e estrutura
para que o país conseguisse amenizar os efeitos gerados pelo embargo econômico que a ilha
sofre desde os anos 1960. O governo brasileiro financiou construções de estradas, portos,
armazéns e vias férreas em Cuba. A Petrobras estuda a possibilidade de perfurar poços no
litoral cubano. Em fevereiro de 2014, a presidenta Dilma esteve na ilha para a inauguração do
porto de Mariel, construído pela empresa Odebrecht e financiado pelo BNDES.
A relação de Cuba com os Estados Unidos ainda permanece delicada. O atual presidente
americano, Barack Obama, tem abrandado alguns pontos do bloqueio imposto a Cuba,
permitindo a atuação de empresas norte-americanas na ilha, viagens ao país e remessa de
dinheiro de cidadãos americanos a parentes cubanos.
 Em dezembro de 2013, durante o velório de Nelson Mandela, na África do Sul, Obama
e Raúl Castro se cumprimentaram. Analistas internacionais avaliaram como uma
possível proximidade futura entre os dois países. No mês anterior, o presidente
americano afirmou em discurso que os Estados Unidos precisavam rever a relação com
Cuba.
REPÚBLICA DOMINICANA: Ocupa dois terços da área da ilha de Hispaniola, em uma área de
48.671 km², cortado por duas cordilheiras, possui uma planície litorânea onde encontram-se as
praias mais procuradas por turistas. Exporta cana-de-açúcar e ferro-níquel. A moeda é o peso
dominicano. Governado por uma República presidencialista, o país oferece baixo padrão de
vida para a maioria dos seus 10,1 milhões de habitantes. O espanhol é o idioma oficial.
Crise Energética
A economia do país é afetada por crise energética, que piora até 1998, quando chega a haver
interrupção no fornecimento de eletricidade durante 20 horas por dia. Nas eleições de 1994,
Balaguer concorre com José Francisco Peña Gómez, do PRD. Pelo resultado oficial, Balaguer
vence por menos de 1%, mas o PRD contesta os números. Uma reforma constitucional proíbe,
então, a reeleição do presidente e determina a realização de novo pleito. Nas eleições de
1996, o conservador Leonel Fernández, do Partido da Libertação Dominicana (PLD), é apoiado
por Balaguer e derrota Peña Gómez. Mais tarde, Fernández se afasta de Balaguer. Em 1999, o
governo inicia a privatização da empresa de eletricidade.
Livre-Comércio
Em 2000, a nação fecha acordo de livre-comércio com a Comunidade do Caribe (Caricom). No
mesmo ano, Hipólito Mejía (PRD) sai vitorioso nas eleições presidenciais. Em 2002, uma
emenda constitucional volta a permitir a reeleição presidencial.
Eleições
Em 2004, Leonel Fernández (PLD) vence a eleição presidencial. Nas eleições legislativas de
maio de 2006, a aliança liderada pelo PLD conquista maioria na Câmara dos Deputados e no
Senado. Pela terceira vez (e segunda consecutiva), Leonel Fernández (PLD) é eleito presidente,
em 2008.
Constituição
Em 2009, uma reforma constitucional aprova medidas controversas, como a reeleição ilimitada
à Presidência e a proibição irrestrita ao aborto. Mesmo com protestos da população, a nova
Constituição passa a vigorar em janeiro de 2010. Nas eleições de maio, o PLD conquista
maioria (veja a composição parlamentar em Dados Gerais).
Fatos Recentes
Em 2011, o país volta a deportar dezenas de milhares de haitianos ilegais no país – a restrição
havia sido suspensa após o terremoto de 2010. Estima-se que haja no país 460 mil imigrantes
vindos do Haiti. Em fevereiro de 2012, 59 dominicanos que tentavam entrada ilegal nos
Estados Unidos morrem em um naufrágio.
Eleições
Na eleição presidencial de maio, Danilo Medina (PLD) conquista 51% dos votos e derrota o expresidente Hipólito Mejía (PRD) no primeiro turno. Medina assume com o desafio de combater
a criminalidade, o desemprego e a inflação.
Haitianos
Em setembro de 2013, a principal corte do país determina que qualquer pessoa nascida depois
de 1929, e que não tenha pai ou mãe de sangue dominicano, passe a ser considerada ilegal ou
“em trânsito”. Até então, filhos de imigrantes nascidos no país eram automaticamente
dominicanos. A medida afeta pelo menos 290 mil descendentes de haitianos nascidos em solo
dominicano. A ONU expressa preocupação com uma potencial crise humanitária, e grupos pródireitos humanos anunciam que levarão o caso a entidades internacionais.
HAITI: Com uma área de 27.700 km², o país ocupa a porção oeste da ilha de Hispaniola, no mar
do Caribe (no leste fica a República Dominicana). Sua capital é Porto Príncipe, é governado por
uma República com forma mista de governo. É a nação mais pobre das Américas. Seu
território, montanhoso, apresenta duas grandes cordilheiras, que se estendem de leste a
oeste. O litoral é recortado pelo golfo de Gonâve. A maior parte da população, de 10,1 milhões
de habitantes, trabalha na agricultura.
Conviveu durante várias décadas com um regime político denominado "duvalierismo". Esse
regime baseava-se no controle ditatorial da população por um pequeno grupo de privilegiados
apoiado nas forças militares e na polícia secreta (Tontons Macoutes). Durante décadas, esse
sistema ditatorial esteve identificado com seu idealizador, François Duvalier, conhecido por
"Papa Doc" (governou de 1957 até sua morte, em 1971). Após sua morte, o regime continuou
mesmo sem seu criador. Seu filho governou o Haiti por alguns anos, até ser deposto. Depois de
um período em que parecia que a vida política iria mudar, os militares deram um golpe e
assumiram o poder, mantendo praticamente as condições políticas do tempo de Duvalier.
O país sente os efeitos de sanções econômicas sofridas na década de 1990 e, desde a queda de
Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro de 2004, está sob intervenção de forças militares
patrocinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), sob direção militar do Brasil.
Primeira colônia da América a libertar os escravos, o Haiti possui população
predominantemente negra, com um pequeno grupo de mulatos mestiços de africanos e
europeus, que forma a elite do país. A influência africana é marcante em práticas religiosas,
como o vodu, semelhante ao candomblé. Apesar de o francês ser um dos idiomas oficiais, é
falado por menos de 20% dos haitianos. A grande maioria usa o crioulo, língua que mistura
elementos de espanhol, inglês, francês e dialetos africanos.
Em janeiro de 2010, o Haiti é atingido por um violento terremoto de 7 pontos na escala
Richter, que devasta 70% das construções da capital, Porto Príncipe, e destrói as redes de
serviço público. A tragédia afeta mais de 3 milhões de pessoas e deixa 250 mil mortos. A
destruição leva o Haiti a recuar em relação aos pequenos avanços econômicos e políticos. A
reconstrução é estimada em 7,8 bilhões de dólares e pode levar até dez anos. Países e
organizações internacionais comprometem-se a doar 5,3 bilhões de dólares.
A lenta liberação dos recursos agrava as más condições nos acampamentos dos milhares de
desabrigados. Uma epidemia de cólera infecta 72 mil pessoas e mata mais de 2 mil. O país não
registrava casos de cólera havia 100 anos. Em dezembro, um relatório confirma que a
contaminação teve início no acampamento nepalês da Minustah.
No fim do ano são realizadas eleições gerais. O resultado do pleito leva ao segundo turno os
candidatos Mirlande Manigat, da Aliança dos Democratas Nacionais Progressistas (RDNP), e o
governista Jude Celestin, do Inite. Mas apoiadores do terceiro colocado, Michel Martelly
(Resposta Camponesa), não se conformam com o resultado e provocam distúrbios em Porto
Príncipe.
Em janeiro de 2011, a Organização dos Estados Americanos (OEA) contesta os resultados do
pleito. No mês seguinte, o conselho eleitoral volta atrás e define o segundo turno com Manigat
e Martelly, que vence a disputa em março. As eleições legislativas são vencidas pelo Inite (veja
a composição parlamentar em Dados Gerais).
O primeiro-ministro Garry Conille é substituído por Laurent Lamothe em maio de 2012. Em
junho, entram em vigor emendas à Constituição de 1987, que estabelecem novas instituições
democráticas, como a Corte Constitucional e o conselho eleitoral, além de garantir direito de
voto aos haitianos que vivem no exterior.
Em novembro, o furacão Sandy causa 100 mortes e deixa 20 mil desabrigados. A fome e o alto
custo dos alimentos são agravados pela perda de 70% da colheita no sul do país.
Em fevereiro de 2013, o ex-ditador Jean Claude “Baby Doc” Duvalier comparece a um tribunal
para responder acusações de crimes contra a humanidade e desvio de recursos. Ele retornara
ao país em 2011, após 25 anos de exílio.
Quase 350 mil desabrigados ainda permanecem nos acampamentos criados após o terremoto.
A partir de 2012, muitos haitianos, sem perspectiva, dirigem-se ao Brasil, ingressando no país
pela região amazônica. Até outubro de 2013, são 20 mil os migrantes do Haiti vindos nessas
condições.
Em outubro, advogados de direitos humanos anunciam um processo contra a ONU, em que
vítimas do cólera exigem indenizações. Entre 2010 e 2013, mais de 8 mil pessoas morreram em
decorrência da doença. Em novembro eclodem protestos em Porto Príncipe contra a
corrupção e o alto custo de vida. Os manifestantes pedem a renúncia de Martelly.
JAMAICA: Terceira maior ilha do Caribe, na América Central, a Jamaica tem quase 10% da
população, de 2,8 milhões de habitantes, descendente de escravos trazidos da África no
período colonial. A origem africana marca a cultura do país, na qual se destacam o reggie,
gênero musical resultante da fusão de ritmos afro-jamaicanos com o ska e o soul, e o
movimento religioso rastafári, que prega a superação da opressão contra os negros e
considera a África sua pátria. Grande parte do território jamaicano, de 10.991 km² de área, é
montanhosa, com vales profundos e despenhadeiros escarpados. Há na ilha vários mananciais
e fontes termais, razão pela qual foi chamada Xaimaca terra das águas pelos índios arauaques,
seus habitantes nativos. A Jamaica exporta bauxita e tem no turismo sua principal fonte de
receitas externas. Milhares de visitantes são atraídos anualmente pelas belas paisagens.
Governada por uma Monarquia parlamentar, tem um alto índice de desemprego e sofre com o
tráfico de drogas o que contribuem para o aumento da violência no país. A moeda é o dólar
jamaicano.
Cristóvão Colombo chega à ilha em 1494. Os índios arauaques, nativos do lugar, são dizimados
pelos colonizadores espanhóis, que trazem escravos africanos para iniciar o cultivo de cana-deaçúcar. A Jamaica serve de base estratégica para o combate dos soldados e dos piratas
britânicos contra a Espanha na América. Os britânicos assumem oficialmente o controle da ilha
em 1670. No decorrer dos séculos XVIII e XIX, ela é palco de insurreições antiescravistas e
anticoloniais. A economia depende da monocultura açucareira, e a ilha empobrece com a
abolição da escravatura (1833) e com o fim dos privilégios aduaneiros ao país (1846).
A partir de 1930 surgem os sindicatos, em torno dos quais se organiza o movimento pela
independência, sob a liderança de Norman Manley, fundador do Partido Nacional do Povo
(PNP), e de Alexander Bustamante, do Partido Trabalhista da Jamaica (JLP). Em 1953,
Bustamante se torna primeiro-ministro, e, no mesmo ano, a Constituição estabelece a
autonomia interna do país. Manley o substitui em 1957, no primeiro governo eleito pelo povo.
Em 1962, quando Bustamante retorna ao poder, a Jamaica torna-se independente,
associando-se à Comunidade Britânica.
Austeridade Econômica
O JLP perde as eleições de 1972 para Michael Manley (filho de Norman, do PNP), reeleito em
1976. Seu governo dá ênfase às reformas sociais e às nacionalizações e se aproxima do bloco
soviético. Segue-se o governo de Edward Seaga, do JLP, que adota política liberal,
aproximando-se dos Estados Unidos (EUA). A Jamaica participa, em 1983, da invasão norteamericana de Granada e rompe relações com Cuba. Em 1984, diante de uma grave crise
econômica, o país firma novos acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que
impõe restrições aos gastos públicos. Em setembro de 1988, o furacão Gilbert arrasa a
agricultura jamaicana e destrói mais de 100 mil casas. É a maior catástrofe natural da história
do país.
O oposicionista PNP vence as eleições de 1989. Michael Manley volta ao poder e, ao pôr em
prática as orientações do FMI, entra em conflito com os sindicatos. Doente, renuncia em 1992.
Seu substituto, Percival Patterson, continua no governo com a vitória do PNP nas eleições de
1993. A inflação e o déficit comercial provocam sucessão de greves em 1995, e a crise
econômica se agrava. Apesar disso, nas eleições de 1997 o PNP vence novamente.
Violência
A violência política aumenta, assim como a criminalidade relacionada a brigas entre gangues e
traficantes de drogas. Também cresce o número de civis mortos por policiais. As relações entre
EUA e Jamaica tensas pela exigência norte-americana de erradicação do cultivo da maconha
melhoram em 1999 com um acordo de cooperação no combate à droga. No ano seguinte, o
governo acelera as privatizações.
Eleições
No pleito de 2002, o PNP de Patterson conquista a maioria na Casa dos Representantes. Em
2006, Patterson aposenta-se, e Portia Simpson Miller (PNP) assume como primeira-ministra.
As eleições gerais de 2007 dão vitória ao JLP, e seu líder, Bruce Golding, torna-se primeiroministro.
Empréstimos no início de 2009, Patrick Allen assume como novo governador-geral. O Banco
Mundial aprova um empréstimo de 100 milhões de dólares para o país, cuja dívida externa
compromete parte considerável de seu orçamento. No ano seguinte, a Jamaica obtém
empréstimo de 1,3 bilhão de dólares do FMI, mas não cumpre as medidas de austeridade
exigidas e o valor é suspenso em 2011.
Drogas
Em maio de 2010, o governo acata pedido dos EUA contra Christopher “Dudus” Coke,
jamaicano chefe de uma rede internacional de tráfico de drogas e armas. Violentos confrontos
entre as tropas do governo e a gangue de Coke resultam em 76 mortes. Ele é preso e
extraditado para os EUA em junho.Coke é acusado de comprar o apoio de políticos locais.
Fatos Recentes
Criticado pela condução do caso Coke, Golding renuncia em setembro de 2011. Ele é
substituído por Andrew Holness (JLP), e as eleições são antecipadas para dezembro. No pleito,
o PNP derrota o JLP e conquista maioria no Parlamento (veja a composição parlamentar em
Dados Gerais). Em janeiro de 2012, Portia Simpson Miller, líder do PNP, é empossada primeiraministra novamente. Ela assume com a polêmica proposta de romper laços com a Coroa
britânica e tornar a Jamaica uma república. Em junho, Coke é condenado a 23 anos de prisão
nos EUA.
Em maio de 2013, a Jamaica obtém empréstimo de 932,3 milhões de dólares do FMI para
enfrentar a grave crise econômica e ajudar a sanar a dívida pública, estimada em 140% do PIB.
O valor é condicionado a cortes de gastos públicos, privatizações e renegociação da dívida
externa com credores.
ILHAS CAYMAN: Território de 262 Km²e uma população de 54,9 mil habitantes. Possuem
ótimos indicadores econômicos e sociais - inclusive uma renda per-capta superior a 23 mil
dólares, maior que a das Bahamas, mas não são um Estado independente. Apesar de terem
uma administração independente e também várias leis diferentes que permitem, por exemplo,
contas bancárias sigilosas e seguras -, elas pertencem ao Reino Unido.
Descobertas por Cristóvão Colombo, em 1503, as Ilhas Cayman estão sob o controle da Coroa
britânica desde 1670. O arquipélago é gerido como dependência da Jamaica até 1962, quando
o país se torna independente e as Ilhas Cayman adquirem administração própria. O território
conquista maior autonomia com a Constituição de 1972. Diante do crescente fluxo de
imigrantes para as ilhas, a Assembleia Legislativa restringe o direito de voto à população nativa
em 1987.
Centro Financeiro
Em 1999, as Ilhas Cayman refutam proposta da União Europeia para reformar a legislação
financeira, alegando perda de vantagens para centros financeiros como Suíça e Luxemburgo.
Mas a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) retira as Ilhas
Cayman da lista de paraísos fiscais em agosto de 2009, depois que o território assina acordos
de troca de informações financeiras com outros países.
Política Interna
Em 2009, a população ratifica a Constituição em referendo, com 62% dos votos. A nova Carta
garante maiores poderes ao gabinete ministerial em relação ao governador. Em dezembro de
2012, o primeiro-ministro McKeeva Bush é preso e afastado do cargo por corrupção. Ele é
indiciado em março de 2013. Em maio, o governo assina acordo com o Reino Unido para
aumentar a transparência fiscal.
SÃO MARTIN (ou Saint Maarten, em holandês): é uma ilha das Antilhas localizada no Mar do
Caribe a 250 km entre Guadeloupe e Porto Rico. Possui uma área de86 km², (lado holandês: 34
km² e lado francês: 52 km²). A parte setentrional dessa ilha pertence à França e a parte
meridional pertence às Antilhas Holandesas. Com uma população total de 75.000 habitantes,
(Lado neerlandês: 45.000), (Lado francês: 30.000).
Saint Maarten foi pela primeira vez colonizada pelos holandeses em 1620 e mudou de mãos
pelo menos 16 vezes até 1816, quando foi permanentemente dividida entre a França e a
Holanda. Saint Maarten, juntamente com Bonaire, Curaçao, Saint Eustatius, Aruba e Saba
formam as Antilhas Holandesas, que são ainda parte do Reino da Holanda, embora
autônomas.
Compilação Feita a partir de:
- Almanaque Abril 2014, 40ª ed. São Paulo: Ed. Abril, 2014.
- ARRUDA e PILETTI. Toda a História, 4ª ed. São Paulo: Ática, 1996.
- AQUINO, JESUS e OSCAR.História das Sociedades: das comunidades primitivas às sociedades
medievais. São Paulo: Ao Livro Técnico.
- Atlas NationalGeografic, livro 06– América do Norte e Central, São Paulo: Ed. Abril, 2008.
- http://www.wikipedia.org

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