Edição 2 - 2013 março, abril e maio As experiências

Transcrição

Edição 2 - 2013 março, abril e maio As experiências
índice
índice
“
As casas têm que ter alma, o resultado da
obra tem que ter algum tipo de alma para
que a gente possa reconhecer e até se
reconhecer. Uma obra de Arquitetura
tem que ser um individuo estético.“
werner Schünemann
singular
capa
Tendências, inovações e
design presentes numa seleção
especial de produtos feitos
pela editoria da Live.
Um dos artistas mais consagrados
do Rio Grande do Sul, compartilha
seu ponto de vista sobre a profissão, estética, decoração e ainda
revela qual foi sua maior obra de
Arquitetura.
16 + LANÇAMENTOS
18 + personalidade
A diretora da Casa Brasil 2013,
Cátia Scarton, fala sobre as
novidades e a importância do
evento no desenvolvimento do
mercado moveleiro, e também
sobre sua carreira e os principios
que direcionam o seu trabalho.
20 + FUN DESIGN
“Levando bom humor a vida
das pessoas. Surpreendendo e
emocionando através de seus
produtos.” Conheça a história
da marca Imaginarium, empresa
referência em design com
inovação e diversão.
20 + com a palavra
Em artigo, o advogado
Rafael G. P. Colloda
explica os pormenores
da determinação de prazo
para locação de
imóvel comercial.
22 + WERNER SCHÜNEMANN
especial
corporativo
30 + PAULO JACOBSEN
Considerado um dos 100 arquitetos mais importantes do mundo,
Jacobsen, juntamente com Thiago
Bernardes, assina o projeto arquitetônico do Museu de Artes do Rio
de Janeiro.
34 + FUNDAÇÃO
IBERÊ CAMARGO
Criada para preservar o acervo de
um dos maiores artistas brasileiros
do século XX e ser um centro de excelência dedicado à reflexão da arte
moderna e contemporânea, a sede da
Fundação Iberê Camargo é um elogio
ao minimalismo e à modernidade. O
projeto leva a assinatura do arquiteto
português Álvaro Siza.
índice
índice
42 + ECOTELHADO
O Paseo Zona Sul,
primeiro Ecoshopping de
POA, conta com o projeto
de telhado e parede verde,
do escritório Ecotelhado.
Com uma grande variedade
de plantas nativas,
além de amenizar o calor,
este método proporciona
melhor isolamento térmico
e diminui os gastos
de energia.
lugar incomum
44 + REFLEXOS
mostra live
de Arquitetura
Apoio:
50 + Miriam Runge.
DE PROGRESSO
Mesclando o antigo e o
contemporâneo, projeto de
restauração arquitetônica
em Caxias do Sul, mostra que
evoluir também é preservar
o passado, atualizá-lo no presente.
52 + Juliana Pereira e Fabiana Ruaro.
48 + AGENDA
Seleção dos principais
eventos nacionais e
internacionais que vão
movimentar o mercado
da Arquitetura e design
até o mês de junho de 2013.
“
54 + Aline Roberti e Joana Milan.
Criatividade não tem relação com cópia,
no entanto está ligada a repetição,
a percepção de informações já existentes.”
Paulo Jacobsen
carta do editor
arte + harmonia
Quem somos nós pra falar
de Arquitetura e Design?
Quem somos nós para falar sobre
Arquitetura e Design? Aliás, quem
realmente pode falar sobre Arquitetura e Design? De acordo com a
premissa editorial de Live, qualquer
pessoa dotada de bagagem cultural pode fazê-lo com propriedade.
Qualquer ser humano pode discorrer sobre as sensações e impressões
provocadas por um ambiente ou
edificação arquitetada e até mesmo
sobre o desenho de um produto.
Acreditamos que a relação do
‘criador’ com sua ‘criação’ encerra-se
junto com a conclusão da obra. Daí
à frente, independente da dimensão,
sua Arquitetura ou Design tornam-se
bem comum da humanidade. Cada
pessoa irá relacionar-se com aquela
‘criação’ com base no que aprendeu
até então, com base no seu histórico
de vida. Por mais que a opinião expressa não tenha relação técnica com
a obra, traz conceitos individuais e se
faz tão importante quanto.
Seguindo neste propósito, para
ilustrar a capa desta edição, propomos
ao ator, diretor, cineasta e roteirista
Werner Schünemann, que emprestasse o seu ponto de vista sobre Arquitetura e Design aos leitores de Live. O
local escolhido para nosso encontro
com ele não poderia ser melhor. Cartão-postal de Porto Alegre, emoldurado pelas águas do Guaíba, a Fundação
Iberê Carmargo trata-se da única obra
no Brasil assinada pelo arquiteto português Álvaro Siza, um dos maiores
nomes da Arquitetura contemporânea.
Em meio às gravações dos últimos
8 I live I março, abril e maio de 2013
alegria das cores
nos traços do artista Fábio Balen
©Alcir Zoldan
capítulos da novela ‘Lado a Lado’, da
Rede Globo de Televisão, Werner deu
uma pausa no trabalho e passou uma
tarde inteira conosco. Carismático,
recitou Tabajara Ruas, revelou qual é
sua maior obra de Arquitetura e contou algumas das “experiências arquitetônicas” que vivenciou. O resultado
deste bate-papo está distribuído pelas
páginas da segunda edição da revista
Live, em nosso site, na versão digital e
através das redes sociais.
***
A pauta da segunda edição de Live
mostra que nossa equipe de redação
não está de brincadeira. Partindo da
entrevista com Cátia Scarton, a primeira mulher que ocupa o cargo de
presidente do Sindmóveis de Bento
Gonçalves; passando pelo especial
p Em Porto Alegre, propomos
a Werner Schünemann que nos
emprestasse seu ponto de vista
sobre Arquitetura e Design
corporativo que traz como destaque o
projeto assinado pelo arquiteto Paulo
Jacobsen, o Museu de Artes do Rio de
Janeiro (MAR), primeira obra entregue
do programa de revitalização do porto
carioca; e concluindo com o projeto de
intervenção e restauro do prédio do
antigo Moinho Progresso, em Caxias
do Sul. A revista cumpre com a proposta de publicar conteúdo com credibilidade e relevância social.
p Estilo, Cores, Formas
Catalunha, berço de mestres da arte
plástica e harmônica é, sem dúvida, um
Dalí e Miró. Segundo a crítica, não
Saber utilizar cores e formas de maneira
dos segredos do artista caxiense Fábio
Balen. O uso de formas arredondadas
e a combinação de cores quentes e de
grande intensidade resultam na sensação de leveza que seus quadros trans-
mitem. O elemento lúdico presente de
maneira muito forte, e a exploração das
potencialidades de cada pigmento são
outros pontos marcantes em sua obra.
Grande Abraço,
p Poesia Visual
Editor e diretor de redação
críticos igualaram Balen a artistas da
Guilherme Fernandes
Em sua passagem pela Europa,
contemporânea como Picasso, Gaudí,
apenas pela técnica atrevida e colorida,
mas também pela demonstração de
requinte no traço e na composição de
cada obra. Balen impressionou pelo
profundo conhecimento do movi-
mento romântico, presente na maioria de seus quadros. De acordo com
alguns críticos, o conjunto desses
fatores torna Balen um “Poeta Pintor”.
A tradução do lúdico e a exaltação a
alegria referenciam sua obra, que são
agradáveis aos olhos e inspiradas no
movimento da Pop Art.
“
Cores e formas
são duas das
principais maneiras
que temos para
nos relacionar
com o mundo.”
FÁbio Balen
março de 2013 I live
I9
colaboradores
Aline Brustolin (1) - “Live é
uma revista intensa! O projeto gráfico
e editorial pulsam em perfeita harmonia. Fazer parte desta publicação
ousada me inspira todos os dias, esta
segunda edição comprova a qualidade do nosso trabalho.”
André Célia (2) - “A segunda edição vem com tudo. Repleta do mesmo
entusiamo da primeira, já traz novos
desafios. O trabalho está só começando. O caminho visto pela frente é o
combustível para seguir tocando o trabalho com muita garra e dedicação.”
Alcir Zoldan (3) - “Amizade e
alegria estão sempre presentes nos
trabalhos da Live. Nesse clima de
descontração e de certeza do que se
quer, o trabalho flui com naturalidade. E isso fica evidente no resultado
das imagens clicadas do Werner. A
naturalidade com que ocorreram os
clicks faz com que o leitor se sinta
participando da conversa como se estivesse presente na entrevista. Espero
que o leitor aprecie o material como
eu curti participar dele.”
Ariel ROSSI GriffANTE (4) “Participar da revista foi interessante e
prazeroso. A pauta sobre o restauro do
Moinho Progresso foi uma oportunidade de entender mais profundamente
por que a Arquitetura é uma das sete
artes da humanidade, ao mesmo tempo em que isso precisava ser explicado
através de outra delas - a escrita - de
modo a mostrar ao leitor como algo
concreto, material, concilia aspectos
humanos, históricos e sociais.”
Fábio Becker (5) - “Ver um projeto sair do papel e se concretizar é
uma das coisas mais mágicas que podemos presenciar. Apesar da segunda
edição ter ocorrido de forma mais ‘na-
10 I live I março, abril e maio de 2013
1
2
3
4
5
6
7
tural’, a magia permaneceu a mesma.
Na redação de uma revista, estamos
o tempo todo, em contato direto com
pessoas, histórias, e conceitos diversos. A expansão de nosso campo de
visão é constante, e o valor destas
experiências e conhecimento são incalculáveis.”
Gitana P. Fernandes (6) - “Poder participar da primeira edição da
revista Live foi gratificante, da segun-
da então, a realização é imensurável.
É um trabalho carregado de muito
conhecimento e aprendizado a cada
parágrafo e cada ideia.”
Paulo Ramos (7) - “Nesses quatorze anos que venho captando imagens noto que projetos como o da revista Live, que publicam matérias de muita
sensibilidade e qualidade, têm uma vida
longa e de muito sucesso. Fico muito feliz em participar e poder colaborar.”
Lion Editora Ltda.
Guilherme Fernandes
EDITOR E DIRETOR DE REDAÇÃO
[email protected]
singular
live online + www.revistalive.com.br
+ Werner Schünemann
lançamentos + tendências + conceitos + personalidades
“
Aline Brustolin
DIRETORA DE PUBLICIDADE
[email protected]
Colaboraram nesta edição:
Usar a criatividade
Fábio Becker Loppe, Gitana P. Fernandes
para decorar um
Alcir Zoldan, Paulo Ramos, André Célia,
e Ariel Rossi Griffante.
ambiente com objetos
Assessoria Jurídica
Advogados:
Rafael Gustavo Portolan Colloda (OAB/RS
inusitados e divertidos
pode transformar o
No site da Live você pode conferir os extras da matéria de Capa desta edição.
Nele, além do making of, você encontra uma seleção de fotos exclusivas do Werner Schünemann e, também, um conteúdo especial sobre o Museu Iberê Camargo.
49.766) e Rodrigo Valentini (OAB/RS 49.348)
estilo de vida de
muitas pessoas.”
especial corporativo
Rua Cel. Pena de Moraes, 513/507. Fone: (54) 3035
3637 - [email protected]
Luiz Sebastião Rosa
Material complementar de todos
os projetos corporativos apresentados nesta edição. Conteúdo único,
com detalhes e especificações acerca do trabalho de grandes arquitetos do Brasil.
Comentários sobre o conteúdo, sugestões e críticas: [email protected]
Publicidade: anuncie na Live. Fone: 54 3035.2009
E-mail: [email protected]
A revista Live é uma publicação trimestral da Lion
Editora Ltda., com distribuição gratuita nos municípios de Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias
. Paulo Jacobsen - imagens inéditas do Museu de Artes do Rio de Janeiro. Nosso site conta com uma seleção
especial de fotos que reconstroem a
processo construtivo do museu.
. Reflexos do Progresso - confira galeria de fotos do “antes e depois” e mais
detalhes acerca do projeto de restauração e revitalização do prédio do antigo
moinho do Progresso em Caxias do Sul.
em entrevistas, artigos e colunas assinadas. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista é
autorizada mediante citação da fonte.
Impressão: Grafocem Impressos Gráficos Ltda.
Live Digital: www.revistalive.com.br
redes sociais
Produto Editorial Amaze Comunicação Empresarial Ltda.
Rua Rui Barbosa, 12/502 – Farroupilha/RS
Brasil – 95180-000
(54) 3035.2009 – www.amazecomunicacao.com.br
12 I live I março, abril e maio de 2013
Nos acompanhe, tenha acesso a
conteúdos exclusivos e fique informado sobre o que acontece no mundo do Design e Arquitetura.
facebook.com/RevistaLiveOnline
twitter.com/Rev_Live
vimeo.com/channels/443554
youtube.com/RevistaLiveOnline
© Alberto Goulart
galeria de fotos
do Sul, Farroupilha e Garibaldi. A revista Live não
é responsável por opiniões ou conceitos emitidos
fun design
A Imaginarium se consolidou como
© DIvulgação/Sindimóveis
criadora de grandes ideias, além de
personalidade
ceitos e tendências em produtos
do design, os desafios e novidades
ser reconhecida por antecipar conpara casa, uso pessoal, eletrônicos,
moda e presentes, sempre com o
A atuação no mundo dos móveis e
para Casa Brasil 2013, a carreira e os
princípios de Cátia Scarton, a pri-
Fun Design. Conheça a história da
meira mulher que ocupa o cargo de
diu empreender priorizando a qua-
Gonçalves.
marca e da família Rosa, que decilidade de vida. 20
presidente do Sindmóveis de Bento
18
singular + lançamentos
Vitrine, design e tendências
Cabideiro
Mesa lotus
pelo proprietário da Luhaz, Marino
escrivaninha ou mesa de jantar extensível que va-
Com detalhes em acrílico foi criado
Fritsch. O trabalho de marcenaria
inclui lixação e pintura. O corte a la-
Moderno + Clássico
ser foi usado nos ganchos em acrí-
O corte a laser permite esculpir com
lico, um detalhe sutíl e elegante.
perfeição qualquer desenho em ma-
Desenvolvida pela designer Ilse Lang serve como
ria o formato de retangular para redondo girando o
tampo em 90º e nivelando-o com o restante da estrutura. No formato retangular acomoda 6 pessoas.
deira, como os gatos neste biombo.
A peça desenvolvida pela Luhaz Decoratte, empresa com fábrica em
Gramado e loja em Canela, é feita
em MDF e madeira maciça, ideal
cozinha colorida
para dar um ar mais feminino para
Disponível também em azul e vermelho a
qualquer cantinho da casa.
linha de panelas de alumínio Colour Cook,
da Brinox, possue antiaderente cerâmico
de origem mineral, que não gera resíduos
tóxicos, nem libera metais pesados.
Geladeira inteligente
Lançamento da Brastemp, a linha Inverse
Maxi BRV80, conta com uma Central Inte-
ligente que, dentre todas as suas funções,
humor e simpatia
A linha de puxadores ‘Identifique-se’, da
Obispa de Bento Gonçalves, possui de-
design em porcelana
marcar o perfil das cozinhas modernas.
têm desenho e forma assinados pela pre-
senhos neutros e foi desenvolvida para
O destaque fica por conta das opções
de pintura em alto brilho: Bianco, Nero,
Chocolate
Shine
avisa quando os alimentos perdem a va-
Giallo, Passioni, Azzurro e Turquese.
A primeira linha de porcelanas da Coza
miada designer Cristina Zatti. Com quatro
lidade, ajuda a fazer a lista de compras e
salvar as listas mais usadas. E o melhor: per-
mite que as listas sejam compartilhadas
com a família pelo celular. O produto está
disponível nas Lojas Colombo Premium.
diferentes estampas, os pratos, bowls, xí-
caras e canecas combinam entre si e também se misturam com perfeição.
A cuba de vidro para lava-
tório Chocolate Shine, da
Rubinettos, leva sofistica-
Retrô
vabo. A marca é referência
rium sintoniza AM/FM, possui entrada
ção e originalidade para la-
em peças de alto padrão.
Disponível na loja Via Design, em Caxias do Sul.
16 I live I março, abril e maio de 2013
O Rádio Amplificador Retrô da ImaginaUSB, hot plug entrada auxiliar. Funciona
à tomada ou três pilhas C/LR14. Produzido com madeira, plástico e compo-
nente eletrônicos. Disponível na Imaginarium do shopping Iguatemi Caxias.
março, abril e maio de 2013 I live
I 17
singular + personalidade
texto Fábio Becker
Cátia
Scarton
e o mundo
dos móveis e
do design
© Divulgação Sindimóveis
18 I live I março, abril e maio de 2013
Os desafios e novidades da Casa
Brasil 2013, a carreira e princípios da primeira mulher que
ocupa o cargo de presidente do
Sindmóveis de Bento Gonçalves
“Publicitária, marqueteira e financeira”, uma mulher totalmente envolvida no mundo dos móveis e do design. Esta é Cátia Scarton, profissional
que construiu sua trajetória no município de Bento Gonçalves e que, há
14 anos, vem atuando nas questões
coletivas do polo moveleiro.
Cátia se destaca tanto pelo sucesso profissional, como também por ser
a primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato das Indústrias
do Mobiliário (Sindimóveis) de Bento
Gonçalves e da Casa Brasil. Com uma
visão diferenciada, busca métodos e
conceitos voltados à união e valorização das pessoas como agentes ativos no desenvolvimento social e do
mercado como um todo. “Gosto de
me inserir em projetos que envolvam
pessoas com diferentes habilidades e
que sejam pautados por um modelo
de cooperação mútua.”
Outro ponto de destaque no trabalho de Cátia está no cuidado destinado ao design sustentável e artesanal. “Meu trabalho é pautado pelo
conceito de sustentabilidade, valorização da mão de obra artesanal agregada à tecnologia e a busca de matérias-primas alternativas”, conclui.
Confira a entrevista concedida
a Live, onde Cátia Scarton, fala um
pouco sobre sua carreira, as obras
desenvolvidas pelo seu escritório,
os princípios que direcionam seu
trabalho e, obviamente, sobre a
Casa Brasil 2013.
LIVE: Na sua percepção, como a
Arquitetura e o Design influenciam o
estilo de vida das pessoas? Dentro do
seu portfólio pode citar algum exemplo de projeto que marcou sua trajetória profissional?
Cátia: A percepção do design é
um processo contínuo e um investimento permanente por parte do setor
moveleiro. Hoje, podemos dizer que o
design é um valor percebido pelo brasileiro, que por sua vez está cada vez
mais exigente e tem poder de compra
em crescimento constante. Não é mais
diferencial, mas uma premissa para o
desenvolvimento de produtos. Em relação ao mercado externo, trata-se de
uma ferramenta que nos diferencia de
concorrentes como a China por meio
da carga cultural de cada criação.
Dentre os produtos da Prima Design,
posso destacar a poltrona Anelídeos,
da designer Eulália de Souza Anselmo
(2004). Esse produto marca o início
dos nossos investimentos em mobiliário com design autoral.
LIVE: O que significa ser a primeira mulher a presidir o Sindmóveis?
Cátia: É uma honra e um desafio.
Honra porque se trata de uma instituição que, pela qualidade do trabalho
desenvolvido junto ao setor moveleiro do país, ganhou reconhecimento e
projeção internacional. Desafio porque
envolve muito empenho e dedicação
para seguir percorrendo a trajetória
de sucesso de meus antecessores.
Conquistamos benefícios para o setor
em 2012 como a redução do IPI, a
inclusão dos móveis em uma linha de
financiamento destinada aos beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida” e a desoneração da folha de
pagamento. Certamente, ainda temos
muito a fazer. Quero seguir inovando
nos serviços oferecidos pelo Sindmó-
veis aos associados e entregando valor
em todas as iniciativas. Um exemplo
são as informações de monitoramento
de mercado disponibilizadas a partir
de 2011. Também a internacionalização do setor será uma marca desta
gestão. A abertura do mercado brasileiro é um caminho sem volta. E é uma
grande preocupação do Sindmóveis
que o associado se mantenha bem posicionado no mercado. Outro grande
desafio que temos à frente é a Casa
Brasil 2013, feira de design e inovação
que a cada edição é mais desafiadora.
Live: Como você avalia a importância da Casa Brasil no desenvolvimento
do design e da indústria moveleira na
região? Quais os principais objetivos
desta edição do evento?
Cátia: A Casa Brasil é importante
para o setor moveleiro nacional, não
apenas da Serra Gaúcha. As grandes
marcas dos mais diferentes segmentos ligados a mobiliário e decoração
de alto padrão estão na feira porque a
percebem como um movimento voltado à mudança de cultura da indústria
de móveis. A Casa Brasil é reconhecida como uma feira importante no
circuito pela combinação de produtos
inéditos, palestras, seminários, exposições e design agregado. Esse é um
esforço permanente e a próxima edição, que será realizada de 13 a 16 de
agosto, é a continuidade de um desafio que se iniciou em 2007.
Live: O que haverá de novidade
na Casa Brasil 2013?
Cátia: Temos alguns projetos estreantes e outros que se mantêm, por sua
boa aceitação em edições passadas. O
Salão Design é um prêmio tradicional,
que chega a sua 17ª edição com quase
600 projetos inscritos. Além disso, desde a primeira edição, a Casa Brasil reali-
“
Hoje, podemos dizer
que o design é um
valor percebido pelo
brasileiro, que por
sua vez está cada vez
mais exigente e tem
poder de compra em
crescimento constante.”
za projetos com a participação da comunidade. Vamos desenvolver, em parceria
com a Secretaria de Turismo de Bento
Gonçalves e artesãos locais uma linha
de produtos de design com técnicas do
artesanato de origem italiana. Essa iniciativa é coordenada pelo designer Renato Imbroisi e as arquitetas e curadoras
da Casa Brasil, Tina e Lui. Além disso,
novamente acontecem os projetos de
integração entre indústrias e designes,
as exposições de estúdios de design e o
Projeto Banco de Ideias, dessa vez com a
temática da Copa do Mundo.
Live: Muitas das concepções da Prima Design combinam inovação e tecnologia com materiais feitos à mão e ou
reaproveitados. Como surgiu a ideia de
unir estas vertentes?
Cátia: Está no DNA da Prima
Design a preocupação social e valorização do artesanal sem que, para
isso, tenhamos que abrir mão das
inovações tecnológicas que possam
contribuir para a execução de projetos autênticos e que satisfaçam as
necessidades do consumidor.
+ EM WWW.REVISTALIVE.COM.BR
março, abril e maio de 2013 I live
I 19
singular + fun design
© Divulgação Imaginarium
determinação de prazo para
locação de imóvel comercial
produtos que
divertem e
compartilham
experiências
rafael G. P. colloda
Empreender para passar
mais tempo com as duas filhas
pequenas e priorizar a qualidade
de vida da família. Foi com essa
premissa que iniciou a história
da Imaginarium, marca de
produtos pioneira no conceito
de ‘Fun Design’
A intenção da arquiteta Karin
Engelhardt Rosa e do médico Luiz
Sebastião Rosa, o Tião como é conhecido, ao confeccionar enfeites artesanais de Natal em casa era manter
a família unida. O sucesso foi grande
e, em pouco tempo, os produtos já
estavam sendo comercializados em
grandes lojas de departamento. A
demanda cresceu e a produção teve
que se profissionalizar.
Sempre em busca de bem-estar e
qualidade de vida, a família se mudou para Florianópolis em 1991,
quando nasceu a marca Imaginarium. No início, os produtos tinham
muita madeira, aconchego, itens de
cozinha, tudo sugerindo experiências
para serem compartilhadas em família, entre amigos ou para a simples
celebração da existência.
Em apenas quatro anos já havia quinze franquias da Imaginarium no Brasil. A
empresa cresceu e se consolidou como
referência em design com inovação e
20 I live I março, abril e maio de 2013
singular + com a palavra
(1)
p (1) A expansão foi tão rápida e
envolvente, que Luiz Sebastião Rosa,
o Tião, teve de abandonar a medici-
na e assumir de vez a construção do
conceito da marca.
p A equipe Imaginarium está distribuída em três sedes, todas em Florianó(2)
diversão, ou ‘Fun Design’. Atualmente
possui 75 lojas exclusivas espalhadas
pelo país, além de centenas de pontos
de venda no mercado de multimarcas
e uma equipe de mais de 750 profissionais que trabalham no desenvolvimento
de produtos que emocionam e levam diversão para o dia a dia.
De acordo com Tião, usar a criatividade para decorar um ambiente com
polis: escritório de criação (2), escritório
de franquias e o centro de distribuição
objetos inusitados e divertidos pode
transformar o estilo de vida de muitas
pessoas. Para ele, a função principal
de cada produto com ‘Fun Design’ torna-se secundária e ressalta-se sempre
a emoção que cada peça transmite.
“O princípio da marca Imaginarium é
levar bom humor a vida das pessoas.
Surpreender e emocionar através dos
produtos ‘Fun Design’! ”
A Lei de Locações rege a locação de
imóveis urbanos no Brasil, prevendo
três espécies de locação: a residencial,
a não residencial e a de temporada.
Neste artigo, trataremos especificamente da importância de prazo determinado na locação de imóvel urbano
para fins comerciais.
A locação por prazo determinado
confere maior segurança ao desenvolvimento de um empreendimento.
Quando a locação vige por prazo determinado, o locador não pode pretender a retomada do imóvel por denúncia vazia, ainda que se disponha a
pagar a multa contratual.
Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação, por igual prazo, desde
que, o contrato a renovar tenha sido
celebrado por escrito e com prazo determinado; desde que o prazo mínimo
do contrato a renovar ou a soma dos
prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; ou se o locatário esteja explorando seu comércio,
no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e
ininterrupto de três anos.
Para exercer o direito a renovação o
locatário deve propor a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses,
no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.
Já o locador não estará obrigado a
renovar o contrato de locação se: por
determinação do Poder Público, tiver
que realizar no imóvel obras que importarem na sua radical transformação;
ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio
ou da propriedade; o imóvel vier a ser
utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente
há mais de um ano, sendo detentor da
maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente, sendo
que nesse caso o imóvel não poderá
ser destinado ao uso do mesmo ramo
do locatário, salvo se a locação também
envolvia o fundo de comércio, com as
instalações e pertences.
Nos casos em que não há prazo fixado para a locação comercial, o contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito,
pelo locador, concedidos ao locatário
trinta dias para a desocupação, prazo
que em termos práticos acaba sendo
dilatado em razão dos trâmites burocráticos necessários à efetivação das
medidas necessárias, muitas vezes até
por meio de processo judicial, para
concretização da situação.
O Direito possui uma finalidade
de pacificação social. Conhecer o que
dispõe a legislação para as atividades
que nos são afetas no dia a dia, como
é o caso das locações, possibilita que
planejemos e construamos relações
mais sólidas e transparentes.
Rafael Gustavo Portolan Colloda é ad-
vogado (OAB/RS 49.766), escreva para
ele: [email protected]
março, abril e maio de 2013 I live
I 21
capa
texto Guilherme Fernandes fotos Alcir Zoldan
As experiências
arquitetônicas
de Werner
Schünemann
Ator, diretor, roteirista, cineasta, pai, gremista e até “arquiteto”. Em
entrevista à Live, um dos artistas mais consagrados do Rio Grande
do Sul, compartilha seu ponto de vista sobre a profissão, estética,
decoração e ainda revela qual foi sua maior obra de Arquitetura
“Quem sou eu pra falar de Arquitetura?”, questiona inquieto. Neto de
alemães criado entre Novo Hamburgo e São Leopoldo, hoje divide sua
rotina entre a capital gaúcha e a carioca. Ator, diretor, cineasta e roteirista, Werner Eduardo Schünemann
é um homem realizado. Tem com o
trabalho uma relação de mistério,
aprendizado e satisfação. “O que
faço me dá prazer por várias razões,
uma delas é por que não tem rotina.
Nesses trinta e três anos de profissão não tive um dia repetido”.
Em meio às gravações dos últimos capítulos da novela ‘Lado a
22 I live I março, abril e maio de 2013
Lado’, produzida e transmitida pela
Rede Globo de Televisão, em que
dava vida ao o Dr. Assunção, Schünemann aceitou o convite de Live
para um bate-papo e ensaio fotográfico num dos cartões postais de
Porto Alegre, a Fundação Iberê Camargo. Ao longo de uma tarde quente do verão porto alegrense, recitou
Tabajara Ruas, falou de tudo, inclusive, sobre Arquitetura.
p O elemento com que Werner mais
se identifica na decoração é o vazio.
“Mesmo para viver gosto do vazio.”
Casado há 20 anos com a artista
plástica e figurinista Tânia Oliveira,
Werner mora de frente para o Guaíba com a mulher, os dois filhos do
casal, Dagui, Arthur e o enteado, Alexandre. Quando está gravando, em
jornadas que chegam há 14 horas
por dia, reside de frente para o mar
no Rio de Janeiro.
Werner afirma nunca ter começado uma casa do zero, sempre comprou
imóveis prontos. O elemento com que
mais se identifica é o vazio, a “decoração de vazio” conforme define. Na
casa em que mora com a família havia
um rol, uma antessala, a sala e a sala
de jantar. “Nós abrimos tudo e virou
uma sala, só uma sala com grandes
janelas que dão vista para o Guaíba!”
“As casas têm que ter alma para
que a gente possa reconhecer e até se
reconhecer. Uma obra de Arquitetura
tem que ser um indivíduo estético assim como uma pintura”, observa.
A decoração, para ele, necessita
de poucos elementos. Nesta sala,
além dos quadros pintados pela esposa, existem dois abajures e uma
mesa. “O resto é a sensação de espaço que tu tem e que se incorpora
ao teu espaço.”
Para cada destino aonde viaja, o
ator traz uma máscara. Segundo ele,
hábito que começou sem intenção durante viagem ao Mato Grosso do Sul.
“Isso se tornou uma parede cheia de
máscaras que hoje não está mais na
sala, mas trata-se de exposição ligada
a minha experiência de vida.”
De acordo com Schünemann, a
fachada da casa não pertence ao proprietário. Trata-se de um bem comum
da comunidade e sua estética não
pode agredir ao coletivo. “Não pode
ser livre pra fazer a fachada, assim
como não pode ser livre para colocar
outdoor. Olha como está à saída de
“
As casas têm que
Porto Alegre, na BR 116! A gente se
habituou ao mundo horrível, chega a
ser grotesco. A gente devia ter plano
diretor de fachada. As fachadas deveriam ser planejadas.”
ter alma para que
a gente possa
reconhecer e até
se reconhecer.
Uma obra de
Arquitetura tem
que ser um
indivíduo estético
assim como
uma pintura.”
“
A maior obra
de Arquitetura
da minha vida
foram os meus
filhos. Quero criar
pessoas que se
pareçam com
o seu tempo e
não comigo.”
Arquitetura?
Apesar de, aos 15 anos, ter optado pelo técnico de Desenho de
Arquitetura, curso complementar
ao 2º grau (ensino médio), Schünemann diz que não pode falar sobre Arquitetura. Porém, descreve
com detalhes, suas experiências
arquitetônicas. A primeira delas no
castelo de Alhambra, município de
Granada, comunidade autónoma da
Andaluzia, na Espanha, em posição
dominante no alto duma elevação
arborizada na parte sudeste da cidade. “Entrei e fiquei com lágrimas
nos olhos, fiquei orgulhoso por ser
da mesma espécie que o homem que
projetou aquilo tudo.”
Em ‘Netto perde sua alma’
(2001), filme dirigido por Tabajara
Ruas e Beto Souza, Werner viveu
o general Antônio de Sousa Netto.
Junto com toda a equipe que trabalhou na produção cinematográfica,
participou de um pré-lançamento
para o então presidente Fernando
Henrique Cardoso, realizado no Palácio da Alvorada.
Segundo ele, a visita ao prédio
projetado por Oscar Niemeyer foi impressionante. “Tanto de dentro como
de fora do Palácio temos a sensação
de estar flutuando ou que a edificação
está só pousada por cima do solo de
forma sutíl e não cravada como um
prédio qualquer.”
A Arquitetura preferida de Werner é aquela que fala do homem e da
mão humana. Ele destaca, como
março, abril e maio de 2013 I live
I 25
+ galeria de fotos EM WWW.REVISTALIVE.COM.BR
exemplo, a identificação semiótica da Torre Eiffel com a cidade de
Paris, na França; a imponência dos
prédios da Avenida Paulista e a harmonia com a natureza expressa pelo
Museu de Arte Moderna de Niterói,
no Rio de Janeiro, obra de Niemeyer.
Por outro lado, conta que às
vezes passa por alguns lugares e
pensa: “Meu Deus! Esse lugar foi
desenhado e aprovado? Como é que
pode? São uns trambolhos”. Sem citar exemplo específico, fala dos “antigos estádios” de futebol. Segundo
o ator, fatias de cebola de concreto,
enormes mastodontes que ocupam
o espaço visual sem proporcionar
nenhum tipo de prazer.
Torcedor gremista, diz que o novo
estádio, a Arena do Grêmio, ficou
“maravilhoso”. Relata ficar impressionado com a imagem da edificação
cada vez que sobrevoa a cidade de
Porto Alegre. No entanto, questiona:
“Não sei se a estética dela não é datada. Daqui a 15 anos podemos fazer
outra entrevista e saber se vamos
gostar tanto assim da Arena.”
A Arquitetura que Werner Schünemann mais se orgulha não se refere a nenhuma edificação. A tarefa em
que mais se entrega é a de ser pai.
Segundo ele, esta foi a maior viagem
da sua vida, onde tenta aprender
com os filhos e permitir que se desenvolvam e se tornem pessoas melhores. “A maior obra de Arquitetura
da minha vida foram os meus filhos.
Quero criar pessoas que se pareçam
com o seu tempo e não comigo.”
p Werner não gosta de se assistir,
revela que fica tenso quando vê a
própria imagem na televisão ou no
cinema. “Não consigo gostar muito.”
26 I live I março, abril e maio de 2013
março, abril e maio de 2013 I live
I 27
especial corporativo
Museu de
artes do rio
Obra dos arquitetos Paulo
e
Jacobsen
Thiago Bernardes foi o primeiro
empreendimento concluído no processo
de revitalização do porto carioca. 30
© Humberto Teski
biografia
28 I live I março, abril e maio de 2013
te da associação de cineastas do Rio
Grande do Sul (APTC/RS, 1997-99) e
em seguida da Fundacine, Fundação
Cinema RS (1999-2001), tendo sido
responsável pela organização, em
junho de 2000, em Porto Alegre, do
terceiro Congresso Brasileiro de Cinema, onde surgiu o projeto de criação
da Ancine. Na RBS TV, retransmissora
local da Rede Globo, dirigiu, atuou e
fez locução de programas especiais, e
foi apresentador da série Curtas Gaúchos em 2001. No mesmo período,
foi chamado para fazer o papel do General Netto no filme ‘Netto perde sua
alma’. Por esta atuação, foi mais uma
vez premiado em Brasília, agora com
o Troféu Candango de Melhor Ator, e
chamou a atenção da TV Globo, que
Werner foi o Dr. Assunção, na novela
Conheça o único projeto realizado no
‘Lado a Lado’. Personagem referência
Brasil assinado pelo arquiteto português
da trama que ele define como um
Álvaro Siza, um dos maiores nomes
da Arquitetura Contemporânea. 34
“protagonista rarefeito”
o contratou para interpretar outro líder da Guerra dos Farrapos, o General Bento Gonçalves, na minissérie ‘A
Casa das Sete Mulheres’ (2003).
O ator tornou-se nacionalmente
conhecido, passando a fazer parte do
elenco fixo da Globo. Desde então,
fez várias telenovelas, além de minisséries, episódios e várias participações especiais. Entre elas, ‘Amazônia,
de Galvez a Chico Mendes’, ‘América’, ‘Senhora do Destino’, ‘Kubanacan’, ‘Começar de Novo’, ‘Passione’ e
‘Lado a Lado’ que terminou no dia 8
de março de 2013.
ecoshopping
Com atenção total aos cuidados am-
bientais projeto do Paseo Zona Sul,
destaca-se como o primeiro Lifestyle
Center de Porto Alegre. 42
© Divulgação
Werner Eduardo Schünemann
nasceu em 21 de fevereiro de 1959
em Porto Alegre, mas foi criado entre
Novo Hamburgo e São Leopoldo. Começou a fazer teatro aos quinze anos,
primeiro na escola e depois no Grupo Faltou o João, no qual estreou em
1979 com o texto de sua autoria ‘Forca: os fortes’, apresentado em direção
coletiva. Aos 18 anos, passou a morar
em Porto Alegre, onde se graduou em
História pela UFRGS. Ao mesmo tempo
em que seguia seu trabalho em teatro,
foi professor de História numa escola
de primeiro grau (1980-83).
Foi um dos fundadores da Casa de
Cinema de Porto Alegre (1987), da qual
se desligou em 1991. Com atuação na
política cinematográfica, foi presiden-
FUndação
Iberê Carmargo
p O último papel encenado por
+ assista o making off da entrevista EM WWW.REVISTALIVE.COM.BR
© Fábio Dal Re
especial corporativo + referência
© Fernando Lemos
Paulo
Jacobsen
Considerado um dos 100
arquitetos mais importantes
do mundo, Paulo Jacobsen,
juntamente com Thiago
Bernardes, assina o projeto
arquitetônico do Museu de
Artes do Rio de Janeiro. A
obra dedicada à arte e cultura
visual foi o primeiro empreendimento concluído no processo
de revitalização do porto carioca
Nascido em 1954 no Rio de Janeiro, graduo-se em 1975, pela Universidade Bennett. Estagiou com o arquiteto Indio da Costa durante dois anos
e posteriormente com o urbanista e
paisagista Fernado Chacel.
Desde os 20 anos de idade, em
1976, quando abriu seu primeiro escritório em parceria com Claúdio Bernardes, Paulo Jacobsen já se destacava em
meio ao mercado da Arquitetura do Rio
de Janeiro. O escritório que começou
trabalhando com o conceito de interiores, “pois era assim que se começava fazendo Arquitetura na época”, aos
poucos foi expandindo suas criações
para as mais diversas áreas, tornando-se referência nacional. Próspero, sempre em ascensão, em 1997 o escritório
abre uma filial na cidade de São Paulo.
Após a súbita morte de Cláudio
Bernardes em 2001, Jacobsen se associou a Thiago, filho de Cláudio e iniciou o novo escritório. Em 2007, Ber-
30 I live I março, abril e maio de 2013
Museu de Artes
do Rio de Janeiro
nardo Jacobsen, filho de Paulo, passa
a integrar a sociedade.
Em 2012 o escritório passa por
nova reformulação: Thiago Bernardes
deixa o escritório. E desta forma origina-se a criação da Jacobsen Arquitetura
atual, que tem como sócios Paulo Jacobsen, Bernardo Jacobsen e Eza Viegas
na área de Arquitetura de interiores.
Com uma história que atravessa
três gerações, e que trás em seu portfólio aproximadamente 1000 projetos,
Paulo Jacobsen defende uma Arquitetura que privilegia o conforto e a simplicidade traduzidos em uma estética
harmoniosa em perfeita integração
com a natureza. Com um trabalho diferenciado e premiado, reconhecido,
junto a Cláudio Bernardes, pela Architecture Digest como um dos 100 arquitetos mais importantes do mundo, teve
em 2009 a oportunidade de assinar,
juntamente com o escritório, umas das
obras mais importantes para o desenvolvimento turístico e cultural do estado do Rio de Janeiro: o MAR (Museu de
Artes do Rio de Janeiro).
p Jacobsen e Bernardes pensaram a
união dos dois prédios por meio de
duas passarelas translúcidas, cobertas,
e uma cobertura suspensa
Dedicado à arte e cultura visual,
o MAR é uma das âncoras do Porto
Maravilha. Assinado pelo escritório
de Arquitetura Bernardes + Jacobsen foi à primeira obra concluída
no programa de revitalização do
porto carioca. A inauguração ocorreu no dia 1º de março de 2013,
data do 448º aniversário da capital
do Rio de Janeiro.
Instalado na Praça Mauá, o MAR
tem aproximadamente 15 mil metros quadrados e possui oito grandes salas de exposições – com cerca
de 300 metros quadrados de espaço expositivo cada uma. O museu é
constituído por dois prédios de épocas e datas diferentes: o centenário
Palacete Dom João VI - construído
em 1916 e tombado no ano 2000
pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural - e uma
edificação com traços modernistas
ao lado - criada nos anos 1940.
Segundo os arquitetos Paulo Jacobsen e Thiago Bernardes, o principal desafio do projeto foi justamente
criar uma unidade que liga-se os dois
prédios existentes de forma harmôni
março, abril e maio de de 2013 I live
I 31
© Humberto Teski
© Divulgação/MAR
© Cristina Granato
p Para unir as estruturas foi projeta-
da, no último andar dos dois prédios,
uma cobertura em formato de ondas,
batizada de cobertura fluida. Nada
mais apropriado para um museu que
atende pelo nome de MAR
32 I live I março, abril e maio de 2013
ca. “A dificuldade era criar uma
identidade visual capaz de valorizar
duas construções distintas, dentro de
um prazo pequeno e de um orçamento apertado”, diz Jacobsen.
A união foi feita por meio de duas
passarelas translúcidas, cobertas, e uma
cobertura suspensa, que possui uma
estrutura fluida, extremamente leve, simulando a ondulação da superfície da
água. Considerada o grande marco do
museu, a cobertura é vista tanto de baixo, para quem esta chegando à Praça
Mauá, quanto de cima, para quem está
no Morro da Conceição. “Precisávamos
conectar no projeto duas construções
antagônicas, estabelecendo uma harmonia entre elas. Para conseguir isso,
demos ao prédio da Escola do Olhar
uma estética mais contemporânea e
neutra. Os dois prédios foram ligados
por um terceiro elemento, poético e
carregado de significado, que é a cobertura fluida”, conta Paulo Jacobsen.
O Palacete, em função de seus
grandes pés-direitos e da planta livre de estrutura, abriga as salas de
exposição do Museu. O prédio modernista é utilizado para a Escola do
Olhar - espaço dedicado à formação
continuada de educadores e alunos
das escolas municipais do Rio - auditório, salas de exposição multimídia e para as áreas de administração
e funcionários do complexo.
Uma praça suspensa na cobertura
do prédio de 1940, reúne todos os
acessos, assim como abriga o bar e
uma área para eventos culturais e de
lazer. Estabelecendo um sistema de
fluxo de modo que o Museu e a Escola funcionem de forma integrada e
eficiente, fugindo da forma tradicional,
o fluxo de visitação inicia no último
andar e termina no térreo. “Quem for
ao MAR entra pelo pilotis da Escola
do Olhar, pega um elevador até o último andar do prédio modernista, cruza uma passarela externa e entra no
palacete pelo último andar. Achamos
mais natural fazer com que as pessoas
desçam escadas. Fora que esse tipo de
trajeto instiga o visitante a conhecer
todos os andares”, explica Jacobsen.
“
Foi uma feliz coincidência. Todo
o conceito do museu, que trabalha
com formas curvas, foi projetado
antes de o nome ser definido. E não
poderia ser mais bonito, mais poético.“
Paulo Jacobsen
março, abril e maio de de 2013 I live
I 33
especial corporativo + arte moderna
projeto Álvaro Siza
© Mathias Kramer
©Mathias Kramer
A fundação
©Fabio del Re
p O sistema de iluminação é controlado
Cartão-postal de Porto Alegre e
uma das mais belas paisagens locais,
a sede da Fundação Iberê Camargo
é um elogio ao minimalismo e à modernidade projetada pelo premiado
arquiteto português Álvaro Siza, um
dos maiores nomes da Arquitetura
contemporânea. Criada para preservar o acervo de um dos maiores artistas brasileiros do século XX e ser
um centro de excelência dedicado à
reflexão da arte moderna e contemporânea, a Fundação ganhou um espaço definitivo para garantir a visibilidade merecida à produção de Iberê.
34 I live I março, abril e maio de 2013
Quem transita na Avenida Beira-Rio pode ver ao longe a elegante
escultura branca de mais de 8 mil
metros quadrados, destacando-se na
paisagem verde que a acolhe. A sede
da Fundação, localizada no número
2.000 da avenida Padre Cacique,
oferece aos visitantes nove salas de
exposições, café, auditório para palestras e seminários, ateliê de gravuras e ateliê educativo, loja cultural
e estacionamento para 100 carros.
Além de abrigar mostras nacionais e
internacionais de arte, o prédio é um
marco na ampliação de atividades
por sensores, baseados na luz externa
que entra pela clarabóia de vidro leitoso
do último andar. A luz é reproduzida
com a mesma intensidade por lâmpadas
nos andares inferiores, conforme o dia
nasce ou se põe, economizando uma
grande quantidade de energia
culturais promovidas pela Fundação
e na continuidade de iniciativas consagradas como o Programa Educativo, o Programa Artista Convidado
do Ateliê de Gravura, a Bolsa Iberê
Camargo e o Projeto de Catalogação
da extensa produção do artista.
©Alcir Zoldan
Arquitetada com tecnologia de
ponta, a sede da Fundação Iberê Camargo é o primeiro prédio cultural
do Brasil construído dentro de todas
as normas internacionais de segurança e atendimento. Considerado
por profissionais da área um marco
internacional em Arquitetura e soluções em engenharia.
De modo semelhante ao Guggenheim nova-iorquino, de 1959, a
Fundação conduz o visitante, ao chegar, a subir de elevador até o último
andar. De lá, ele desce pelas rampas,
percorrendo de cima para baixo as
nove salas de exposição distribuídas
nos três andares superiores. O prédio tem estrutura monolítica, sem
pilares, vigas e lajes. São as paredes maciças que suportam o carregamento da estrutura e garantem a
estabilidade horizontal do conjunto
– o que lhe dá ares de uma gigantesca escultura. As poucas aberturas
da construção foram calculadas para
enquadrar perfeitamente a paisagem
e valorizá-la, sem tirar a atenção das
obras expostas.
O terreno da nova sede foi doado pelo governo do Estado do Rio
Grande do Sul e a área do estacionamento foi cedida em comodato pela
Prefeitura de Porto Alegre em 1996.
Íngreme e densamente arborizado, o
lote, de 8.250 m2, tinha menos de 2
mil m2 de área plana. A solução encontrada por Siza foi verticalizar a
construção, edificando vários andares entre a mata e a Avenida Padre
Cacique. O prédio é o único do país
construído em concreto branco, que
dispensa pintura e acabamentos e
oferece leveza à construção. O aço
utilizado na construção foi galvanizado a fogo, para evitar a oxidação.
março, abril e maio de de 2013 I live
I 35
© Fabio del Re
temperatura
A temperatura e a umidade interior
são gerenciadas por um controle inteligente de monitoramento para garantir a proteção do acervo. O sistema de
ar condicionado produz gelo à noite,
quando o custo da energia elétrica é
mais barato, para refrigerar o ambiente durante o dia. O ar condicionado foi
embutido nas paredes das salas de exposição, de modo a ficar invisível. O ar
circula através de duas aberturas, localizadas nas extremidades superiores e inferiores de cada parede. As paredes são
revestidas com lã de rocha, um potente
isolante térmico e acústico. As paredes
dos braços externos (suspensos) do prédio ocultam um sistema hidráulico de
tubos capilares plásticos, por onde corre
constantemente água fria durante o dia,
o que mantém o prédio resfriado naturalmente e economiza energia.
“A Arquitetura não é feita para a contemplação
de meia dúzia. Ela só atinge força estruturante
quando é assumida por toda a população, e
quando isso é permitido.”
Utilização da água
O prédio possui um sistema de
aproveitamento da água da chuva,
que prevê sua a reutilização nos banheiros e a criação de uma estação
de esgoto, responsável pelo tratamento dos resíduos sólidos e líquidos no próprio local. A água tratada
resultante do processo também serve
para regar a área verde do entorno.
Com a atenção especial dedicada ao
meio ambiente, a nova sede consome
de 30% a 40% menos energia do que
uma construção convencional.
Mobiliário e sinalização
Todos os móveis, em madeira, foram desenhados por Siza e importados de Portugal, assim como as portas corta-fogo. As placas que indicam
as saídas do prédio e os sanitários
masculinos e femininos também foram criadas pelo arquiteto.
36 I live I março, abril e maio de 2013
Álvaro SIza
Nascido em Matosinhos, em
1933, Álvaro Siza estudou na Escola
Superior de Belas Artes do Porto e
tem uma vasta obra arquitetônica de
projeção internacional. O Museu de
Serralves, a Casa do Chá, o Pavilhão
de Portugal na Expo 98, a igreja de
Marco de Canavezes ou o projeto de
renovação do Chiado são algumas das
suas obras mais emblemáticas, tendo
também concebido o projeto para o
Centro Meteorológico da Vila Olímpica, em Barcelona, que para o Museu
de Arte Contemporânea da Galiza.
Para Siza, um espaço cultural
deve ser algo vivo. “A obra de Iberê não será apresentada sempre de
uma forma fixa, e sim misturada e
confrontada com obras de outros artistas. O prédio tem que responder a
uma dinâmica, tem que ter flexibilidade e boas condições ambientais
para abrigar exposições de acordo
com a sensibilidade e o objetivo de
quem as organiza”, explica o arquiteto. “A Arquitetura não é feita para
a contemplação de meia dúzia. Ela
só atinge força estruturante quando
é assumida por toda a população, e
quando isso é permitido”.
especial corporativo + produtividade
p Divisórias ‘Piso-teto’ com tamanho
mobiliário corporativo
Funcional e personalizado
superior aos padrões de mercado
demandaram estudo técnico e desen-
volvimento aprofundado para atender
a demanda da Tramontina
© Fotos Joel Jordani
Projeto corporativo realizado
em dois momentos agregou
funcionalidade, ergonomia e
produtividade à unidade fabril
da Tramontina em Farroupilha
38 I live I março, abril e maio de 2013
Projeto de mobiliário corporativo personalizado desenvolvido pela
Florense para a Tramontina Farroupilha proporcionou funcionalidade
e fusão estética dos ambientes com
a Arquitetura da unidade fabril. Dividido em duas etapas, a primeira
concluída em 2008 e a segunda
em outubro de 2012, foram moldadas composições que atenderam
2.784m² e beneficiaram cerca de
60 postos de trabalho.
p Solução tornou mais fácil o
processo de comunicação entre
os profissionais durante o trabalho
e, por consequência, melhorou
o desempenho da equipe
Com base nas normas de ergonomia foram instaladas estações de trabalho individuais, estações compartilhadas com divisórias ‘Open Space’
(meia altura), divisórias ‘Piso-Teto’,
cadeiras, armários e gaveteiros.
Ao todo, o projeto atendeu o
setor comercial, mercado externo
e interno, contabilidade, recursos
humanos, compras, TI, qualidade,
segurança do trabalho, engenharia
civil, medicina do trabalho, PCP,
dentista, psicologia, posto bancário,
recepção com cafeteria, hall de entrada e as salas da direção.
As divisórias de vidro, solução
fruto de estudo técnico específico,
foram desenvolvidas com perfis de
alumínio com Anodização. Alternativa aplicada harmonizando o ambiente de trabalho com o aço inox,
matéria prima utilizada na produção
da Tramontina Farroupilha (panelas,
talheres e baixelas).
O resultado, de acordo com o
engenheiro da Tramontina Farroupilha, Felipe J. Mente, facilitou a
comunicação entre os profissionais
e, por consequência, melhorou o desempenho da equipe.
p Um dos principais desafios foi
realizar a adaptação das divisórias às
características apresentadas no am-
biente onde seriam instaladas. Tanto
no acabamento como na altura
março, abril e maio de de 2013 I live
I 39
especial corporativo
© Fotos Majola Fotografia
A vitrine
do vidro
Vitrina Store demonstra as
inúmeras possibilidades
que o vidro oferece tanto na
construção civil quanto na
estruturação de ambientes
internos e na própria decoração
Projeto do arquiteto Cristiano Ruschel Longhi apresenta o vidro em cada
detalhe. Com aproximadamente 1000
m², distribuídos em 13 ambientes, o empreendimento traz um conceito moderno, diferenciado e foi concebido para celebrar os 25 anos do grupo Tecnovidro.
A Vitrina Store é um exemplo de
que ambientes corporativos são capazes de expressar toda capacidade de
produção de uma organização, destacando diferenciais e oportunizando
ao cliente a visualização da aplicação
do produto em seu estado final.
“Utilizamos a diversidade de produtos aplicando o maior número possível de cores e mixando as diferenças. Criamos uma passarela de vidro
laminado que permite que o visitante
perceba o dinamismo de sua utilização”, observa Cristiano.
São três cozinhas: uma funcional,
viabilizando a realização de eventos;
o Café Casavitra e o Studio Saint Claire, um espaço onde o atendimento é
mais técnico, dirigido a profissionais
ligados ao setor. O empreendimento
p Localizada na RSC 122, junto ao
parque fabril do grupo, a Vitrina
Store está aberta ao público
de segunda-feira à sexta-feira
40 I live I março, abril e maio de 2013
p Clientes têm a oportunidade de visualizar a aplicação do produto em seu estado final
p O vidro aparece em
evidência mostrando ao
vivo suas aplicações e cores
conta ainda com duas salas de estar
e um lounge onde os visitantes têm
contato com a história do grupo Tecnovidro. Espaços que valorizam a presença de roupeiros enaltecem os perfis de alumínio da Saint Claire e ainda
uma sala de reuniões com portas de
vidro suspensas que podem ser recolhidas e agrupadas transformando o
ambiente e mostrando toda versatilidade que o vidro oferece.
p Espaços valorizam a presença de roupeiros que enaltecem os perfis da Saint Claire
março, abril e maio de de 2013 I live
I 41
lugar incomum
especial corporativo
© Divulgação
cultura + roteiros + beleza + arte
© Guilherme Fernandes
Concepção da arquiteta Miriam Runge
empresa especializa-
foi o 2º melhor projeto da Mostra CasaCor
RS 2012. 50
da em infraestrutura
verde urbana assina o
projeto de paisagismo
sustentável do
Paseo Zona Sul
Em sintonia com a paisagem, a
qualidade de vida, e as características
pró-ambientais da Zona Sul, o Ecoshopping recebeu 755 m² do sistema
alveolar de Ecotelhado que permite
o uso de maior variedade de plantas
nativas, além de amenizar o calor,
proporcionar melhor isolamento térmico e diminuir em 30% os gastos de
energia. Uma Ecoparede, também conhecida como parede verde ou jardim
vertical foi instalada e contribui para
a maior durabilidade das edificações,
pois diminui a amplitude térmica e aumenta a biodiversidade.
Com uma Arquitetura vanguar-
dista e ecológica, oferece um ambiente muito agradável para caminhadas. São 1100 metros de área
destinada a passeio em meio a lojas
e uma decoração que valoriza o paisagismo – contando com um córrego
ornamentado com seixos e canteiros
com diferentes espécies tropicais,
como agapantos e palmeiras, vasos
com flores coloridas e uma bela parede verde. O local tem espaços separados por temas. Entre eles o Cantinho da Criança, o Deck Multipalco,
destinado a eventos culturais e a Estância da Amizade, que disponibiliza
água quente para o chimarrão.
loft New Wave anos 80
Juliana Pereira e Fabiana Ruaro buscaram inspiração na sensação de liberdade que marcou o período.
© Renato Hubert
52
© Arquivo pessoal Aline Roberti
42 I live I março, abril e maio de 2013
Studio Lazer & Hobby
p Ecotelhado,
© Retratus Atêlier Fotográfico
Natureza, tranquilidade e qualidade de vida, fazem da Zona Sul de Porto
Alegre, a área mais bonita e encantadora da cidade. Em contraponto com
o cinza, o tumulto e o agito de uma
grande metrópole, essa região se destaca pelo contato com a natureza, os
passeios à beira rio, a prática de atividades físicas, o ar puro, e o maior dos
espetáculos: o famoso pôr do sol no
Guaíba. Em plena harmonia com essa
região, o shopping Paseo Zona Sul
trouxe um conceito de Lifestyle Center, inspirado nos charmosos comércios de rua das cidades mediterrâneas.
Localizado na Av. Wenceslau Escobar, 1823, no Bairro da Tristeza,
o primeiro shopping a céu aberto de
Porto Alegre, oferece ambientes ao ar
livre junto a uma estrutura de lojas,
restaurantes, escritórios e entretenimento, combinando tudo que um shopping tem a oferecer com a liberdade
de um passeio ao ar livre.
Apoio:
© Carlos Edler
a liberdade
de um passeio
ao ar livre
Inspirado nos charmosos
comércios de rua das cidades
mediterrâneas e com atenção
total aos cuidados ambientais
o projeto, destaca-se como
o primeiro Lifestyle Center
de Porto Alegre
mostra live
de arquitetura
Reflexos de Progresso
Projeto de restauração arquitetônica
do prédio do antigo Moinho Progresso,
conduzido pelos arquitetos Leonardo
Bernardi e Carla Todescato, em
Caxias do Sul, mostra, literal e figurati-
Cozinha Narita
var o passado, atualizá-lo no presente e
Joana Milan integra diferentes estilos,
vamente, que evoluir também é preserprepará-lo para o futuro.
44
Projeto das arquitetas Aline Roberti e
com harmonia e integração.
54
lugar incomum + pelo estado
texto Ariel Rossi Griffante fotografia Guilherme Fernandes
Reflexos de Progresso
Projeto de restauração arquitetônica em Caxias mostra, literal
e figurativamente, que evoluir
também é preservar o passado,
atualizá-lo no presente e prepará-lo para o futuro
Um mero olhar para o lado durante a fração de tempo que se leva
para dar quatro ou cinco passos
passou a proporcionar uma jornada
44 I live I março, abril e maio de 2013
instantânea de quase 100 anos ao
passado em meio ao vaivém urbano
do tradicional bairro São Pelegrino,
em Caxias do Sul.
A transposição é proporcionada
pela contemplação da imagem gerada por uma parede reflexiva – recurso arquitetônico denominado pele de
vidro – instalada ao fundo do prédio
do antigo Moinho Progresso, na Rua
Coronel Flores, entre a Os 18 do Forte e a Sinimbu. Angularmente voltada
para a lateral do prédio, a peça gera
a quem passa pela calçada em frente
uma experiência lúdica de visualização em perspectiva de toda fachada
norte da construção, datada de 1926.
Desde 2003 tombado como patrimônio histórico do município, o
imóvel passa há um ano e meio por
uma restauração que tem na colocação do espelhamento a revelação de
seu principal conceito: a intervenção
presente surge para valorizar e proje-
tar – nos dois sentidos, como imagem
refletida e como enaltecimento – o antigo, histórico e cultural.
Esses valores resultam do estilo
Manchesteriano (referente à cidade
de Manchester, Inglaterra) da edificação, de formas sóbrias e pesadas
e planos simétricos, com bastante
parede, de tijolo à vista, e poucas
aberturas – portas estreitas e altas
e janelas basculantes com gradis de
ferro, conforme explica a arquiteta
responsável pela remodelação, Carla
Todescato. Trata-se o prédio, conforme parecer do Conselho Municipal
do Patrimônio Histórico e Cultural
(Compahc) de 2002, um autêntico
exemplar da arquitetura industrial
europeia da época de sua construção, influenciada pelo padrão inglês
do século XIX, desenvolvido a partir
da Revolução Industrial.
Erguido pelo empreendedor Ângelo Corsetti para abrigar um equipamento de moagem importado da
Itália na década de 1920, o prédio
de 588m² se espalha na direção do
terreno, de 11x30m, com frente para
a Coronel Flores. Nesta fachada, um
reboco foi retirado, recaracterizando
a textura original de tijolos. A parte
frontal tem um pavimento, no nível
da rua, enquanto ao fundo, na antiga torre do moinho, há também um
segundo e um terceiro pisos. Um
porão percorre toda a base, onde
se avistam, agora restaurados, os
reforçados pilares e vigas – uma
necessidade para sustentar o peso
do maquinário e dos grãos que ocupavam a torre à época da moagem,
finalidade que perdurou até meados
da década de 1950.
+ EM WWW.REVISTALIVE.COM.BR
veja galeria de fotos e o vídeo com
maiores detalhes sobre a restauração
Moderno, antigo
e contemporâneo
Desenvolvido pelos arquitetos
Carla Todescato e Leonardo Bernardi,
o projeto de restauração conta com
outros elementos na composição do
conceito de respeito ao antigo em
harmonia com o contemporâneo. A
parede onde está instalada a pele de
vidro, por exemplo, pertence a uma
nova área, construída no lugar de um
anexo antes existente nos fundos do
prédio preservado, mas que acabou
demolido por não apresentar condições de recuperação – havia, por
exemplo, rachaduras de nove centímetros de largura nas paredes.
O novo anexo permite o acesso
aos três andares da torre, onde funcionarão salas comerciais, e também
se destina aos banheiros e copas
desses espaços. O antigo que desapareceu acabou incorporado ao contemporâneo na escada que leva aos
pavimentos, toda feita com os tijolos
do velho anexo demolido.
Janelas de
observação
O resgate da memória do Moinho
Progresso é proporcionado por mais
alguns “truques” arquitetônicos no interior do prédio. No último pavimento
da torre foram deixadas seis ‘janelas
de observação’ – recortes no reboco
das paredes pelos quais se veem os
antigos tijolos e dos quais se projetam
parte das velhas vigas de madeira que
sustentavam o telhado. No lugar deste,
bem como do que havia na parte frontal, foram construídos dois terraços,
acessíveis apenas pelas salas do segundo e terceiro pavimentos. No terraço da
frente, um outro recorte mostra parte
da velha parede em torno de uma das
janelas originais.
março, abril e maio de 2013 I live
I 45
Testemunho histórico
Dentro do prédio, o aspecto histórico
fica diminuído por modificações necessárias para áreas que serão ocupadas,
como o revestimento das paredes, novos
pisos, pintura, portas, aberturas e instalações elétricas. Contudo, desde o porão
até o ponto mais alto do imóvel, ergue-se
incólume por cerca de 20 metros, mantida como originalmente, a parede central do antigo moinho, que divide a parte
frontal, de um pavimento, e a torre, de
três. Assim, dentro das salas modernas
se preserva parte da mesma estética visualizada no exterior do prédio. É o que
a arquitetura de preservação chama de
testemunho histórico.
Perceber a mesma parede em qualquer dos espaços interiores em que
se esteja deixa evidente esse conceito.
Onipresente e com uma certa altivez
que sua forma e seu papel lhe conferem, a estrutura lembra de imediato, a
qualquer visitante, que ali vive a história. E que ela deve ser respeitada.
Apesar dos cuidados que uma obra
do gênero exige, a parede central, contudo, não escapou de algumas adaptações como a abertura de buracos para
passagem de dutos de ar-condicionado, cano d’água, fiação e fixação de
pelo menos uma câmera de segurança. Outras intervenções inadequadas,
porém, foram evitadas diminuindo os
danos à originalidade do patrimônio.
Releitura
As janelas também compõem a
convivência (e convergência) entre
antigo e novo do restauro. Algumas
acabaram substituídas por uma releitura do estilo. Ao invés do gradil
de ferro com várias divisórias, vidros
pequenos e abertura basculante, as
novas apresentam seis estruturas de
alumínio (respeitando as linhas retas),
vidros grandes e não abrem.
46 I live I março, abril e maio de 2013
história
Ângelo Corsetti instalou seu primeiro empreendimento em 1912,
próximo à Praça Dante Alighieri. A
aquisição de novo equipamento de
moagem, importado da Itália, e a necessidade de estar mais perto da Estação Ferroviária, o levaram a construir
o prédio na Rua Coronel Flores, 609.
O Moinho Progresso funcionou até
meados dos anos 1950, tendo como
produto de destaque a aveia em flocos
Neve. Em 1967, o imóvel foi adquirido pela família do atual proprietário,
Maximo Baptista Kraemer, sendo utilizado para fabricação de ração para
animais até a década de 1980, e, depois, como comercial agropecuária e
clínica veterinária, além de moradia.
Com a reforma, a clínica, do próprio Kraemer, será novamente instalada no porão do prédio. O primeiro
pavimento, com 146m², abrigará
um bar, e o segundo e terceiros, com
74m² de área privativa (mais os terraços), foram alugados por prestadores de serviços.
Com a locação o proprietário espera recuperar em cinco anos os cerca de R$ 630 mil investidos pela família na recuperação do imóvel. Outros
R$ 220 mil foram arrecadados com a
venda de índices de potencial construtivo recebidos pela Prefeitura em
virtude do tombamento, totalizando
um custo de R$ 850 mil.
“Um prédio tombado continua pertencendo ao proprietário, e com a restauração tem valor agregado. É como um
carro antigo mantido original, com a vantagem que não
é preciso se desfazer dele para gerar renda”
Preservar como
um bom negócio
Com a reformulação da lei do Patrimônio Histórico Municipal de Caxias
do Sul em 2012, preservar tornou-se
melhor negócio do que à época em
que o projeto de restauração do Moinho Progresso deu entrada na Prefeitura, em dezembro de 2011. A principal diferença reside na indenização
ofertada pelo poder público. Segundo
Kraemer, seu ressarcimento foi calculado a partir do tamanho do terreno.
Agora, a prioridade é a área construída
de interesse histórico e cultural.
O processo começa com um filtro
concreto: edificações com mais de 50
anos necessitam de parecer do Compahc e autorização legislativa para terem as características arquitetônicas
alteradas ou serem demolidas. Caso
o conselho sugira o tombamento do
imóvel, a Comissão Específica e Permanente para Proteção do Patrimô-
nio Histórico e Cultural da Secretaria
Municipal da Cultura avalia as condições do local e estabelece a indenização, que se dá pela isenção do IPTU e
oferta de índices construtivos.
Este é um crédito que o proprietário – a quem cabe a iniciativa de
remodelação para aproveitamento
do patrimônio tombado – negociará
com construtoras que desejem executar obras em outros locais. Comprando os índices, um empreendedor
poderá construir até 50% a mais do
inicialmente permitido em um projeto – verticalmente, pois no mínimo
20% do solo deve ser mantido como
área permeável. Os percentuais de
ocupação variam conforme a classificação da zona imobiliária em que se
encontra o terreno. No Centro, por
exemplo, uma construção só pode
ser ampliada se os índices acrescentados forem provenientes de uma indenização por tombamento.
“Um prédio tombado continua
pertencendo ao proprietário, e com
a restauração tem valor agregado. É
como um carro antigo mantido original, com a vantagem que não é preciso se desfazer dele para gerar renda”,
ressalta a arquiteta Carla Todescato,
também vice-presidente do Compahc, mostrando que, além do aspecto arquitetônico, a preservação histórica e cultural também deve buscar a
conciliação do antigo com o novo sob
o ponto de vista econômico.
Há, no entanto, o que ser melhorado. Kraemer observa por exemplo
que quando é tombado o único patrimônio de uma família, há dificuldade
para investimento em uma reforma
ou sobre como obter retorno financeiro. Além disso, muitos possíveis
locatários rechaçam a ideia de estar
em permanente compromisso com
as regras de preservação, que limita
eventuais intervenções no imóvel.
março, abril e maio de 2013 I live
I 47
lugar incomum + agenda
CCBB
A Isaloni se tornou uma referência mundial
Período: 18 a 21 de maio de 2013
Pompidou em Paris, em 2009, apresenta
teve sua 1º edição em 1961, destinado a
site: www.icff.com
Louise Bourgeois a Sophie Calle e Marina
sórios de decoração no mercado de exporta-
8º Mês do Móvel Design Gramado
pelo Museu de Arte de Seattle e é uma das
do móveis italianos ficassem conhecidos
pool de fábricas associadas ao Sindicato das
para este ano no Rio de Janeiro.
Período: 9 a 14 de abril de 2013
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, RJ
Site: www.cosmit.it
Exposição que começou no Centro
para o setor de móveis domésticos. A feira
125 obras de 75 artistas, como Frida Kahlo,
promover o setor de móveis italianos e aces-
Abramovic. Ano passado a mostra passou
ção e continuou a garantir que a qualidade
exposições internacionais mais esperadas
pelo mundo inteiro até os dias de hoje.
Período: 1 de abril a 4 de junho de 2013
P. de Exposições Fairgrounds Rho - Milão, Itália
Site: http://www.bb.com.br
SP-Arte
Centro de Convenções Jacob Javits, em NY
O Mês do Móvel Design Gramado é um
Indústrias do Mobiliário da Região das Hortênsias (Sindmobil), que durante um mês
apresentam as tendências e as novidades
do segmento. É anunciado como a maior
liquidação de móveis do Estado.
Período: 21 de maio a 14 de julho de 2013
Móvel Brasil
A Móvel Brasil é uma vitrine do design
Rua Coberta, em Gramado, RS
Site: http://www.moveldegramado.com.br/
A feira é um dos eventos de arte mais
integrado à sustentabilidade e voltado
Movexpo
uma oportunidade única para visitantes co-
Referência em produtos de alto padrão de
tação das últimas novidades e tendências
obras de arte e galerias que são conhecidas
confiáveis, organização primorosa e aten-
Período: 4 a 7 de abril de 2013
Brasil é uma feira diferenciada e voltada à
Cabral – Parque do Ibirapuera, Portão 3, SP
saudáveis.
importantes da América Latina. Trata-se de
à construção de um mundo melhor.
nhecerem uma ampla variedade de artistas,
qualidade, sustentabilidade, fabricantes
ou que estão ganhando destaque no meio.
dimento eficiente e acolhedor. A Móvel
Pavilhão Ibirapuera , Av. Pedro Álvares
concretização de negócios produtivos e
Site: http://www.sp-arte.com/
Período: 14 a 17 de maio de 2013
Mãos da Terra – Feira Internacional
de Cultura e Artesanato
Site: http://www.movelbrasil.com.br/a-feira
Boa oportunidade para pessoas em busca
C. de Eventos Promosul, São Bento do Sul
Movexpo é o ambiente ideal para a apresenem design, materiais e projetos de móveis.
É a feira de móveis mais importante do
Nordeste, que reúne fábricas e indústrias de
móveis de todo o Brasil e de outros países e
atrai mais de 20.000 visitantes a cada edição.
É a vitrine dos últimos lançamentos de cozi-
nhas, estofados, mesas, camas, entre outros.
Período: 21 a 24 de maio de 2013
Local: Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda PE
Site: www.movexpo.com.br/
culturas por meio do artesanato da mais
25ª Feira Internacional de Móveis
Contemporâneos de Nova York
países de cinco continentes.
que é o evento mais importante do design
MACEF Brasil
Centro de Eventos da Festa Nacional da
signers, arquitetos e fabricantes apresenta-
de Milão apresenta sua versão brasileira. Neste
Site: www.maosdaterra.com
no design de móveis contemporâneos,
de conhecimento interagirem com outras
alta qualidade produzido em mais de 30
Mais de 500 expositores participam deste,
Período: 5 a 14 de abril de 2013
contemporâneo da América do Norte. De-
Uva, Caxias do Sul RS
ram o que há de mais inovador e elegante
tapeçaria, pisos, iluminação, móveis para
ambientes externos, decoração de pare-
Isaloni - Salão Internacional do Móvel de Milão
48 I live I março, abril e maio de 2013
des, acessórios, tecidos, além de projetos
inovadores para cozinhas e banheiros de
uso residencial e comercial.
MACEF, a prestigiosa feira de artigos para o lar
evento serão apresentadas as últimas novida-
des do design brasileiro e internacional em pro-
dutos para o lar, móveis, objetos de decoração e
presentes para lojistas de todo o Brasil.
Período: 27 a 29 maio de 2013
Centro de Convenções Frei Caneca, SP
Site: www.macef.it/en/macef-brasil
lugar incomum + mostra live de arquitetura
projeto Miriam Runge
© Fotos Carlos Edler
Arquiteta
Miriam Runge
[email protected]
(51) 3028.0338
R. Zamenhoff, nº 184
Porto Alegre
50 I live I março, abril e maio de 2013
O “Studio Lazer & Hobby”, concebido pela arquiteta Miriam Runge,
ocupa 100m² e foi o 2º melhor projeto da Mostra CasaCor RS 2012. Mesclando o rústico e o contemporâneo,
foi inspirado nas pessoas que buscam
um estilo mais descontraído, que gostam de receber amigos e curtir a casa.
A tecnologia da automação e se-
gurança transformam cada momento
de uso. As luminárias temáticas e o
controle de luz natural proporcionado pela persiana plissada assinada
pela Persol Persianas, permitem a
escolha da luminosidade ideal para
qualquer tipo de situação.
Junto à árvore, preservada, espaço
para a prática de boxe e parede reves-
tida em mosaico de madeira reciclada
em vários tons. A mini copa gourmet
abriga adega e cervejeira. Pouco mais
intimista, ou não, o espaço de deck
abriga SPA com cromoterapia. Junto à
banheira espaço de leitura, recanto de
descanso e contemplação. O piso madeirado fosco em vinílico, lançamento
(Luiza Pilau - Pertech) para áreas semi
molhadas garante o aconchego.
A mesa de Sinuca garante a
diversão e lazer no espaço quase
garagem, onde a moto, junto à entrada, aguarda ansiosa o momento do passeio. Objetos de coleção
e obras de arte valorizados pela
iluminação cênica e automatizada
finalizam a proposta.
p Criado para o descanso, diversão
e festas o ‘Studio Lazer & Hobby’
tem os tons de cinza como cores
principais, toques de laranja, azul
e madeira natural proporcionam
aconchego ao ambiente
março, abril e maio de 2013 I live
I 51
lugar incomum + mostra live de arquitetura
projeto Fabiana Ruaro e Juliana Pereira
© Fotos Guilherme Jordani
Arquitetas
Juliana Pereira e
Fabiana Ruaro
[email protected]
(54) 8117.0375
[email protected]
(54) 9163.5183
R. Atilio Pompermayer, 13/01, B. Botafogo
Bento Gonçalves, (54) 3454.3909
52 I live I março, abril e maio de 2013
Para realização do projeto ‘Loft
New Wave dos anos 80’ as arquitetas Fabiana Ruaro e Juliana Pereira
buscaram inspiração no estilo musical de uma década que marcou gerações, compondo um cenário livre,
colorido e contagiante. Segundo elas,
o conceito aposta em um grande espaço aberto e integrado, remetendo
à sensação de liberdade de expressão que marcou o período.
Em 42 m², Fabiana e Juliana
projetaram uma cozinha gourmet,
estar e dormitório. Apostando em
cores e texturas, conceberam uma
ambientação extremamente criativa, pontuadas pela aplicação de
elementos marcantes dos anos 80,
como o vinil, contrapondo com toques de modernidade, como é o
caso do painel decorativo com pontos de led. Nos móveis, com assinatura da Evviva Bertolini, o destaque
fica por conta da sofisticação dos
padrões utilizados pela empresa.
Completando o projeto, o sistema de som substitui grandes apare-
lhos por um único, ligado somente
a TV, e segue o clima descontraído
do espaço. Persianas que imitam a
textura de madeira, comandadas por
controle remoto, medem a Iluminação natural de acordo com a demanda e são complementadas por cortinas em linho, agregando um toque
extra de sofisticação.
p ‘Loft New Wave dos anos 80’
marcou a primeira participação das
arquitetas na mostra Casa e Cia Serra
p A iluminação é controlada por uma
automação sem fio, compondo cinco
cenas diferenciadas, criadas para
trazer aconchego e destacar cada
detalhe temático do projeto
março, abril e maio de 2013 I live
I 53
lugar incomum + mostra live de arquitetura
Arquitetas
Aline Roberti e
Joana Milan
[email protected]
(54)3453-67 48/ 9114-1615
Rua 10 de novembro, 595/203
Cidade Alta
Bento Gonçalves
54 I live I março, abril e maio de 2013
projeto Aline Roberti e Joana Milan
O projeto das arquitetas Aline Roberti e Joana Milan integra diferentes
estilos, no entanto apresenta uma integração harmônica. A Cozinha Narita da
Eko Ambientes traz uma textura que
remete a madeira de demolição, com
estilo retrô, porém recebe um contraste de modernidade com os elementos
como os vidros em grafite com perfil
titânio e os eletrodomésticos em inox.

Documentos relacionados