Produção e venda de pesados continuam em queda

Transcrição

Produção e venda de pesados continuam em queda
Ano XXX • No 232 • 2015
www.cargaetransporte.com.br
Mercedes amplia gama
de serviços
HR 2016: único VUC
com airbags
DAF tem novo foco
comercial
Foison: 1 ano no Brasil
Produção e venda de pesados
continuam em queda
Suplemento Ônibus em revista
Todos juntos fazem um trânsito melhor.
Volvo. Conectividade que gera resultados.
I-shift Dynafleet, My Truck, Care Track, Volvo Bus Telematics. Em qualquer tipo de
operação, os veículos Volvo trazem as mais avançadas tecnologias de conectividade.
São ferramentas que aumentam o controle da frota para mais produtividade,
segurança e lucratividade.
www.volvo.com.br
ÍNDICE
30 anos
3
Lifan Foison faz um ano de
Brasil
9
18
Michelin lança Agilis, pneu
para comerciais leves
Mais ônibus Marcopolo em
Angola e Caxias do Sul
10
19
Ford Caminhões é a que mais
cresce em fatia de mercado
Gerenciamento de frota Volvo
aumenta rentabilidade
20
Volksbus com ar condicionado
em São Paulo
4e5
O que os presidentes de
montadoras falam sobre a Crise
6
DAF Caminhões faz mudança
e traça novas metas para a área
comercial
F150 Ford com Pro Trailer
Back-Up Assist
11
Mercedes-Benz expande
serviços a clientes
14
Crise deixa 100 mil caminhões
sem frete...
15
7
Iveco inaugura Campo de
provas em Sete Lagoas
HR Hyundai é o mais equipado
VUC do mercado
8
Ferrovias na França
recuperadas
16
Veiculos autônomos do Google
21
Transportadora chilena
compra Paradiso
22
Volvo: mais ônibus em Bogotá
23
Transportadora de Campinas
incrementa frota com chassi
170S28 Iveco
24
Eletra lança hibrido dual em
setembro
Editorial
A crise sob vários
olhares
Q
30 anos
Diretores
José Luiz Vieira (Mtb 18250/SP)
Vera Lúcia Novelli Vieira (Mtb 11782/SP)
ue há crise ninguém pode negar. Séria, difícil de ser resolvida tendo em vista que junto à
econômica, uma outra, política, paira no
ar e exala maus odores.
A visão da crise tem que ser objetiva, mas os olhares podem e devem ser bem
diferentes, pois é assim na democracia.
A matéria sobre o Mercado de Caminhões e Ônibus, de nosso colaborador
Ricardo Panessa nas páginas 4 e 5, mostra isso de forma clara.
Dois presidentes de duas grandes
montadoras expõem os pontos de vista de
suas empresas – MAN e Mercedes-Benz
– sobre a crise brasileira de forma muito
transparente – e bem diferentes.
A MAN aposta ainda no Brasil e
vai investir, mas a Mercedes-Benz sinaliza
que o Brasil já não é tão confiável e seus
investimentos no país tem que ser muito
cautelosos.
O presidente da Anfavea, também
executivo da General Motors do Brasil,
fala sobre os números e estes são fatais,
não dão margem a grandes devaneios.
Em tempo, a General Motors iniciou
seu processo de demissão neste mês de
agosto.
A mídia esta sendo massacrada
neste momento, cortaram-se verbas de
todos os lados. Mas é interessante observar, que algumas montadoras mesmo solicitando maiores margens de negociação
continuam a anunciar. Citamos alguns
casos expressivos: Volvo, Iveco, Mercedes-Benz e a jovem e robusta Hyundai. Uma
brisa refrescante para nós da mídia segmentada.
Ter temor da crise faz parte, mas
é preciso pensar um pouco à frente e ver
que há empresas que vão até o final e não
abandonam a sua vocação, ou melhor –
a sua missão – como fala o Instituto de
Reputação, capitaneado no Brasil pela
professora Ana Luisa de Castro Almeida,
da PUC de Minas Gerais.
O Brasil tem sua missão e precisa urgentemente reencontrar-se consigo
mesmo, com ética e dignidade para que
todos nós possamos sair deste torpor coletivo em que nos encontramos.
Nossos anunciantes desta edição
nos dizem que poderemos chegar lá.
Editor-Publisher
José Luiz Vieira
[email protected]
Redação – Colaboradores
Karine Rossi
Ricardo Panessa
Arnaldo Bianco
[email protected]
Revisão
José Luiz Vieira
Ricardo Panessa
Comercial
Vera Lúcia Novelli Vieira
[email protected]
Administração / Assinaturas
[email protected]
Distribuição
Correios – Limc
Diretor de Arte/Diagramação
Christof Gunkel
[email protected]
Impressão – Coordenação
Paulo Ferreira
(11) 96389 6516
Edição 232 – Ano 2015
Ano XXX
10.000 exemplares
Circulação Agosto 2015
Vera Lúcia Novelli Vieira
(Mtb 11782/SP)
Redação: [email protected]
Comercial: [email protected]
PABX (11) 4612-5328
e (11) 4612-5234
Granja Viana • Cotia • SP
Rua São Francisco, 157
Cep 06708-380
Número 9034, no 5º Registro de Títulos e
Documentos. • ISSN 0104-0316
VUCs
Lifan comemora um ano de mercado
Utilitário Foison é o VUC mais vendido entre as marcas chinesas
Ricardo Panessa
Caçamba tem capacidade para 800 kg
E
mbora com números pouco
expressivos se considerado
o mercado total de veículos
comerciais leves, a chinesa Lifan está
comemorando o primeiro ano de
mercado do utilitário Foison. O modelo vem alcançando média de 100
unidades vendidas por mês, o melhor
desempenho entre as concorrentes
chinesas.
Painel tem boa visibilidade
O minitruck Lifan Foison
atende um nicho de mercado bem
específico, entre os utilitários com
motorizações de 1.0 litro e os modelos
derivados de automóvel, que tem motores mais potentes mas menor capacidade de carga. Equipado com motor
de 1.3 litro a gasolina, de 85 cavalos e
ampla área de carga na caçamba ou
baú, o Foison tem as características
ideais para o transporte de carga em
áreas urbanas.
Na medida certa para um
VUC, o Foison possui caçamba de
aço com 2.800 mm de comprimento, 1.520 mm de largura e 335 mm
de altura. Sua capacidade de carga
é de 800 kg e quando equipado com
baú (standard), leva 6,5 m³. A versão
completa vem equipada com direção
elétrica, ar-condicionado, rádio digital
com entrada auxiliar, tomada 12V, ar
quente, luz de leitura, duplo airbag e
ABS. O interior da cabine tem forração
de borracha no piso para facilitar a
limpeza e os bancos são forrados com
tecido impermeável.
Segundo Jair Leite de Oliveira,
diretor comercial da Lifan, o primeiro
ano de mercado foi de aprendizado. A
empresa estuda outros nichos de aplicação para o modelo e espera melhorar as vendas gradativamente. “Além
do já tradicional food truck, temos
clientes que identificaram outros tipos de negócios para o Foison, como
salão de beleza, petshop, barbearia
e o transporte dos mais diferentes tipos de mercadoria”, explica.
Cabine despojada tem forração de borracha
Para Luiz Zanini, diretor de
marketing da Lifan Motors, os diferenciais técnicos e o preço tornam o modelo muito competitivo. “Praticidade
e melhor relação custo-benefício são
as principais vantagens do Foison”,
garante. Apresentado na versão de
cabine simples com caçamba de aço,
o FOISON está disponível nas cores
branca e prata por R$36,8 mil, com
frete incluso. A garantia é de dois anos
n
ou 40 mil km. 3
Mercado
Produção e vendas de pesados
seguem em queda
Semestre apresentou retração de 43,2% nas vendas de caminhões e ônibus em relação a 2014, mas investimentos das
montadoras seguem dentro do planejado; recuperação é esperada apenas para meados de 2016
Ricardo Panessa
A
pós a ´década áurea`, do início
dos anos 2000 até 2010/2011,
quando impulsionada pela
expansão das grandes obras de infraestrutura, aumento dos agronegócios
e da oferta de crédito a indústria brasileira de caminhões e ônibus atravessou sua melhor fase, a freada na
economia e a instabilidade política
dos últimos dois anos vem atingindo
em cheio o setor automotivo, especialmente o de ônibus e caminhões.
A ociosidade das linhas de montagem
de veículos comerciais pesados atualmente chega a 70%.
O balanço do mercado automotivo no primeiro semestre confirma que a crise segue a pleno vapor.
Se em junho a queda nas vendas do
setor chegou a 17,6% entre os automóveis e 42,1% entre os caminhões,
em julho o semestre fechou com
queda ainda maior: 19,4% entre os
Venda de pesados caiu 43,2% no primeiro semestre
4
Luiz Moan, presidente da Anfavea
automóveis e 43,2% entre os caminhões, em comparação com 2014,
que já vinha em queda em relação a
2013. No primeiro semestre deste ano
foram vendidos 43,8 mil caminhões,
contra 77 mil no mesmo período
do ano passado. Os números são do
relatório mensal da Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores.
Com os novos indicativos, as
previsões do empresariado ficaram
menos otimistas. Ainda assim, não há
como recuar. As metas de investimentos continuam dentro do previsto pela
maioria das montadoras.
Luiz Moan, presidente da Anfavea, destacou durante coletiva de imprensa que apesar da recessão setorial
nenhuma montadora está adiando ou
cancelando investimentos já anunciados, o que indica confiança na recuperação do setor no longo prazo. “O
cenário conjuntural continua complexo principalmente em razão do
abalo da confiança dos consumidores e dos investidores. Enquanto
os ajustes fiscais não forem concluídos o panorama permanecerá particularmente desafiador”, afirmou.
Com previsões pouco alvissareiras para o curto prazo, a maioria
das montadoras vem tomando medidas de ajuste de produção e de mão de
obra, como férias coletivas, fechamento de turnos de produção, suspensão
de contratos e redução na jornada de
trabalho, além de programas de demissões voluntárias. Mas estão mantendo as metas de investimentos.
Mercado
Para Phillipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil,
apesar da crise, cortar investimentos
significa abrir mão de melhorar. “Se
começarmos a fazer isso, é porque
deixamos de acreditar no Brasil”,
disse o executivo em recente entrevista
ao jornal Folha de S.Paulo. Schiemer
afirma que o setor está passando pela
pior crise dos últimos 20 anos. “A capa-
Phillipp Schiemer, da Mercedes-Benz
U
cidade instalada excede muito a demanda; as empresas acreditaram no
Brasil, mas se a economia não cresce
e a desconfiança política aumenta,
não há novos investimentos”, diz. A
montadora mantém os R$ 500 milhões
previstos para construção da sua nova
fábrica de automóveis, em Iracemápolis, SP, que deverá ser inaugurada no
primeiro semestre de 2016.
De acordo com o presidente
da MAN, Roberto Cortes, com a queda na produção nesse ritmo, o setor
deverá produzir apenas cerca de 120
mil veículos neste ano, contra uma
capacidade instalada girando ao redor de 400 mil unidades. Para o executivo também a instabilidade política, a queda no nível de confiança dos
investidores, a recessão econômica
e o aumento dos juros no financiamento e a alta de custos decorrente
da inflação e da desvalorização cambial, são os principais fatores que
Roberto Cortes, presidente da MAN Latin América
resultam no plúmbeo cenário atual
do setor.
Segundo Cortes, a MAN continua vendo o Brasil como um bom
negócio, mesmo a curto prazo. “Mas
a retomada do mercado no ano
que vem vai depender da melhora
do ambiente político, do real encaminhamento do ajuste fiscal e do
início do programa de renovação
da frota”, afirma. n
Empresas vendem frota e partem para o aluguel
ma das saídas encontradas por empresas para enfrentar a crise econômica tem sido a venda de ativos imobilizados,
como automóveis. Como alternativa de transporte está a locação de veículos, que pode gerar uma economia de até 10%
para as companhias, segundo o diretor da rede Alugue Brasil , Marcus Bortolotto.
Além das despesas comuns, como revisões, seguro e IPVA, uma frota particular implica perdas financeiras relacionadas a questões menos
visíveis, como depreciação do veículo e deixar de ganhar com um investimento que poderia ser feito em outro setor. “As empresas podem aplicar
o capital de manutenção dos carros de forma mais eficiente e alugar
Frota alugada reduz despesas
os automóveis quando necessário”, diz Bortolotto.
Alugar veículos de acordo com a demanda também é uma opção para quem não quer arcar com os custos de uma frota ociosa.
Mesmo que a utilização seja esporádica, a companhia precisa arcar
com custos de estrutura relacionados à mão de obra, aluguel de espaço físico e manutenção. Outra vantagem adicional é deduzir o
valor integral da locação no imposto de renda da empresa. “É uma
alternativa mais rentável e prática para as corporações que fazem
pouco uso do automóvel. Toda a contabilidade dos gastos com
automóveis é substituída apenas pela tarifa do aluguel”, lembra o
executivo. .
5
Empresas
DAF anuncia produção de novo modelo
Para marcar presença no País e aumentar as vendas, montadora convida clientes para visitar a fábrica
e anuncia o início da produção de mais um modelo
Ricardo Panessa
CF será segundo modelo da DAF produzido no Brasil
E
m meio a turbulência econômica e política do País, que
levou à queda de mais de 40%
na produção e vendas de caminhões
pesados, a DAF, fabricante de origem
holandesa e integrante do Grupo Paccar, segue produzindo em média dois
caminhões pesados XF105 por dia em
sua fábrica em Ponta Grossa, PR. O
volume parece inexpressivo inicialmente, mas torna-se relevante considerando o momento do setor.
Em breve dois modelos na linha de
montagem
Inaugurada em outubro de
2013 com investimentos de US$ 320
milhões, a planta da DAF está instalada numa área de 2,3 milhões de m2,
6
a maior do Grupo Paccar em todo o
mundo, dos quais 270 mil m2 são destinados exclusivamente para a linha
de montagem, que já tem capacidade
instalada para produzir até dez mil
caminhões por ano.
Ao contrário de outras marcas, que foram habilitadas pelo
Programa Inovar-Auto mas não
conseguiram manter seus planos de
investimentos, a DAF, que também é
habilitada pelo Programa Automotivo do governo, vai dobrar sua produção em breve, com a inclusão de
mais um modelo, o CF, em sua linha
de montagem no Paraná.
Cabine espaçosa e confortável
Para solidificar sua presença e tornar a marca mais conhecida
no País, a DAF prepara uma série de
ações pontuais, além do lançamento
propriamente dito do novo modelo CF,
que será apresentado ao público na
Fenatran, em novembro próximo. O
caminhão terá três opções de cabine e
duas motorizações (360 cv e 410 cv),
nas configurações 6x2 e 6x4.
Entre outras ações, a DAF realizou recentemente a Customer Week,
evento que abriu as portas da fábrica
para cerca de 400 clientes. O objetivo,
de aproximar as transportadoras das
operações da montadora em Ponta
Grossa e mostrar a estrutura que a
empresa desenvolveu no Brasil foi plenamente atingido.
Painel completo e ergonômico
“Identificamos que uma
das ferramentas de venda mais
eficientes do nosso produto é colocar o cliente em contato com a
DAF, ou seja, visitar nossa fábrica,
dirigir nosso caminhão e conhecer
nossa equipe. A Customer Week nos
permite mostrar a seriedade e o
comprometimento da DAF Brasil
com os clientes e o País”, afirma
Luis Antonio Gambim, recém-nomeado diretor Comercial da DAF Caminhões Brasil.
A ação gerou resultados. Durante cinco dias de evento, 23 pedidos foram fechados. “Nossa meta é
comercializar 150 unidades este
ano e superar os 3,5% de participação no segmento dos pesados,
que temos até agora”, completa
Gambim. n
VUCs
HR esquenta briga entre os leves
Único em seu segmento a oferecer airbags para os três ocupantes da cabine,
VUC da Hyundai se moderniza para ganhar mercado
Ricardo Panessa
so à cabine, temporizador do limpador do para-brisa, embreagem com
acionamento hidráulico, direção
hidráulica progressiva, hodômetro
digital com duas medições parciais
e relógio digital, console central e
painel com suporte para copos e um
moderno câmbio manual com 6 ve-
Motor diesel de 130 cv e 1.800 kg de capacidade de carga
P
esquisas automotivas apontam para um crescimento
médio de 6% ao ano para o
segmento de veículos comerciais leves
no Brasil. As marcas chinesas e coreanas, em especial, com seus modelos
mais espartanos mas com melhor
relação custo-benefício, vem alcançando índices ainda maiores de crescimento nesse segmento no mercado
brasileiro.
Utilizado com inúmeras
configurações para diversos tipos de
aplicação --prancha para transporte
de veículos, baú de carga seca, ambulância, loja de roupas, sorveteria,
entre outros – o utilitário Hyundai
HR completa 8 anos de produção
nacional – 8.700 unidades vendidas
em 2014 –, de olho no crescimento
do setor.
O modelo coreano, produzido
em Anápolis, GO, além de se enqua-
drar na categoria VUC, Veículo Urbano de Carga, autorizado a trafegar em
áreas urbanas, é o único, em seu segmento, a oferecer airbag para os três
ocupantes da cabine.
O modelo é equipado com motor diesel Euro V de 2.5 litros, com 4
cilindros em linha, 16 válvulas, potência de 130 cv (a 3.800 rpm) e 26 kgfm
de torque, disponível entre 1.500 e
3.500 rpm. Cabeçote de alumínio, turbo com intercooler, sistema de recirculação dos gases de escape e injeção
eletrônica CRDI completam o trem de
força do modelo.
Com 1.800 kg de capacidade
de carga, bem acima das picapes
derivadas de automóveis, o Hyundai
HR é focado em aplicações urbanas.
O modelo já vem de fábrica com vidros com acionamento elétrico, ventilação forçada com recirculação de
4 velocidades, alça e estribo de aces-
locidades.
A dianteira tem suspensão com
braços triangulares e barra de torção
e, na traseira, eixo rígido com feixe de
molas semielípticas com amortecedores hidráulicos. O modelo traz freios
traseiros com válvula sensível à carga
e sistema ABS, aviso de cinto desatado,
vidro da porta do motorista com sensor anti-esmagamento, aviso sonoro
de chave no contato e porta aberta,
coluna de direção retrátil, além de
barras de proteção laterais. A garantia
é de quatro anos sem limite de quilometragem. n
De origem coreana, modelo é fabricado em
Anápolis, GO
7
Ferrovias
Salvando serviços intermunicipais
Em 355 municípios e 21 regiões
Ferrovias Nacionais Francesas pedem socorro
A
Associação de Regiões Francesas (ARF) e a Federação das
Cidades Francesas avisaram o
governo central que terá de agir rápida e urgentemente para socorrer as
ferrovias chamadas de equilíbrio de
território (TET), uma rede de 40 serviços de longa distância que serve 355
municípios em 21 regiões do país e
que perde dinheiro – muito dinheiro.
O Sr. Jacques Auxiette, presidente do País de La Loire e chefe da comissão de infra-estrutura e transporte
local, disse à Imprensa que “Tememos
que mais da metade dos serviços TET
sejam perdidos e que suas rotas sejam
transferidas às regiões.”
No fim do ano passado o governo formou uma comissão de políticos e peritos da indústria, liderados pelo membro do parlamento de
Calvados, o Sr. Philippe Duron, que
desenvolvam propostas para o futuro
desenvolvimento da rede.
As duas associações dizem
que estão preocupadas que o estado
e a SNCF, Ferrovias Nacionais Francesas, encarem os serviços TET em
termos puramente financeiros, o que
poderia levar à perda de elos sociais e
econômicos vitais entre as maiores e
menores cidades regionais. As perdas
da rede TET são estimadas em 400
milhões de euros no ano que vem.
“A existência e sobrevivência
dos trens TET são extremamente importante às nossas cidades, pequenas e grandes, e ajudam a impedir
o declínio econômico nas regiões”,
diz a Sra. Caroline Cayeux, prefeita de
Beauvais e presidente da Federação
de cidades pequenas francesas. As associações estão instigando o governo
a abrir concessões de obrigações de
serviços públicos inter-regionais que
permitam ao setor privado fazer parte
deste mercado. Atualmente o governo
não tem plano algum de implementá-lo antes de 2019.
Auxiette diz que os governos
regionais estão de acordo de transferir
algumas rotas às regiões, desde que
haja compensação financeira adequada. n
China e Rússia cooperam em ferrovia
Projeto Moscou-Kazan custará 1 trilhão de rublos
E
m 9 de maio passado a China e a Rússia assinaram no
Kremlin um memorando de
cooperação que resultará na China
investir 104 bilhões de rublos (US$ 2
bilhões) no projeto ferroviário de alta
velocidade Moscou-Kazan, que custará 1 trilhão de rublos.
O memorando dobra a quantia inicialmente contratada pela China no sentido de investir numa empresa russa de veículos especiais.
8
O acordo prevê cooperação em
desenho, consultoria, fornecimento
de equipamentos e cooperação na
produção de trens de alta velocidade.
A linha de Moscou a Kazan é de 770
km e existirá como uma concessão
público-privada.
O acordo foi assinado pelo ministro russo dos transportes, Maxim
Sokolov, pelo Dr. Vladimir Yakunin,
presidente da Ferrovia Russa (RZD),
Sheng Guangji, CEO da Chinese
Railways Corporation, e Xu Shaoshi,
chairman da Comissão de Reforma
e Desenvolvimento Nacional chinesa,
na presença de presidente russo Waldimir Putin. n
Pneus
Michelin apresenta nova linha de
pneus Agilis
Novo pneu proporciona performances ideais para
o segmento de veículos comerciais leves
Ricardo Panessa
D
e olho no crescimento do
mercado de veículos comerciais leves, que tem perspectiva de crescimento anual de cerca de
5% nos próximos cinco anos, a Michelin desenvolveu a nova linha de pneus
Agilis. O lançamento tem como objetivo aumentar a produtividade e reduzir custos de autônomos ou frotistas,
trazendo economia para os negócios
dos clientes.
O novo produto utiliza
nova tecnologia de construção MaxShield, uma combinação entre cabos metálicos mais grossos e uma
banda de rodagem composta por
sílica, que proporciona maior resistência a perfurações sem aumentar
o peso e sem sacrificar o consumo
de combustível.
Segundo a Michelin, os novos
pneus Agilis são 40% mais duráveis,
reduzem em até sete metros as freadas
em pisos molhados e proporcionam
cerca de 2% de economia de combus-
R
tível, se comparado com produtos similares de outras marcas.
Fernando Diniz, Gerente de
Marketing para Pneus de Passeio e Caminhonete da Michelin Brasil, reforça
o aumento de segurança, performance
e rentabilidade que os novos pneus Agilis proporcionam. Segundo o executivo,
em uma frota, por exemplo, com 10
veículos equipados com o novo pneu,
em um ano haverá economia de mais
de mil litros de combustível. “O cliente deixará de comprar cerca de dez
pneus por ano; a economia será de
mais de R$ 5.000,00 incluindo gastos com pneus, combustível e montagem”, enfatiza.
Os pneus Agilis estão disponíveis para rodas aro 15” e 16” , em dez
medidas diferentes, para os utilitários
Citroën Jumper, Fiat Ducato, Hyundai
HR, Jinbei Topic, Kia K2500/2700,
Mercedes-Benz Sprinter e Peugeot Boxer, Ford Transit, Iveco Daily e Renault
Master. n
Disponíveis para rodas aro 15” e 16”, e 40%
mais duráveis
Novas opções para mineração
eforçando seu foco de maximizar a produtividade, reduzir os custos e minimizar o impacto ambiental, a
Michelin também lançou no mercado nacional os pneus XDR 250 50/80 e XTXL E4 / L4, especiais para
os segmentos de mineração e de obras.
A linha XDR 250 foi desenvolvida para caminhões rígidos de minas de superfície, capazes de transportar até 250 toneladas
de carga. A linha XTXL E4 / L4, desenvolvida para carregadeiras e transporte subterrâneo, que podem transportar até 32,5 mil
toneladas de uma só vez, aumentando em até 20% a transferência de torque sem giro em falso dos pneus nas rodas.
9
Empresas
Ford é líder em leves e semileves
Em retração geral, ganha 5,5% sobre 2014
A
té julho a indústria de caminhões como um todo sofreu
queda de 42,5% nas vendas
na comparação com o ano passado,
mas a Ford perdeu apenas 18,9%, tornando-se a marca que mais ganhou
participação – 5,5%.
No segmento de leves, a Ford
liderou com 32,1% das vendas, ou
mais de 6 pontos percentuais em relação a 2014. Destaque na categoria
foi o modelo 1119, com crescimento
de 25% em relação ao mês anterior.
Ford 1119 teve 25% de aumento
nas vendas
Nesta faixa de veículos entre 6 e 10
toneladas de PBT, os F-4000 e Cargo
816 completaram a trinca vencedora.
Nos semileves, com PBT de 3,5
a 6 toneladas, o líder foi o F-350 com
participação de 44,3%.
Nas regiões Sul e Nordeste a
Ford mostrou desempenho superior à
média nacional. Em Santa Catarina
e no Rio Grande do Sul, de janeiro a
julho, a marca teve 22,8% de participação, enquanto no Nordeste a Ford
fechou o mês com 21% de participação – 2,8% acima de sobre o mesmo
n
período de 2014. O mais vendido nos EUA é uma
picape – a Ford F-150
P
ara o ano-modelo 2016, as
filas nas revendas já estão
enormes e as picapes já saem
de fábrica com um acessório tão
popular que parece quase obrigatório: o Pro Trailer Backup Assist, ou
assistência para marcha-à-ré com
reboque – uma das manobras mais
difíceis para o motorista comum.
F-150: 38 anos como o veículo mais vendido
10
Interior espaçoso é marca registrada
Depois de 10 anos de muito trabalho a assistência demandou
muito software e câmeras avançadas
que mostram ao motorista a direção
e a velocidade em que o reboque está
se movimentando. O acessório custa
algumas centenas de dólares (ainda
não definido) e é o primeiro da história automotiva mundial.
Outro acessório é o Gaseous
Fuel Prep Package, ou pacote de pre-
paração para queima de gás natural
comprimido ou propana, outra novidade no segmento de veículo comercial leve. O motor básico, a gasolina,
é um V8 5.0.
A lista de opcionais é longa,
tanto mecânica como de aparência
(rodas de 20 polegadas, por exemplo)
e conforto.
Os grandes concorrentes do F
150 são os de sempre: Chevrolet Silverado, GMC Sierra e Dodge Ram 1500. n
E um acessório que já é quase
obrigatório
Empresas
Mercedes-Benz expande serviços
Montadora incrementa vendas de usados e lança cartão de serviços pós vendas
Ricardo Panessa
Loja de usados para alavancar vendas de novos
F
ocada na ampliação de seu já
extenso portfólio de serviços
pós-vendas e no crescente mercado de usados, a Mercedes-Benz está
ampliando as atividades da SelecTrucks, loja especializada em seminovos
de todas as marcas, e lançando o inédito Mercedes ServiceCard, inovador
cartão de consumo de combustível,
peças e serviços.
A montadora, que já tem uma
loja SelecTrucks na cidade de Mauá
(SP), pretende inaugurar em breve
uma nova loja em Minas Gerais, em
local ainda a ser definido, e mais dois
pontos de vendas em duas concessionárias da marca no interior de São
Paulo, entre as cidades de Campinas
e Ribeirão Preto.
Segundo Roberto Leoncini,
vice-presidente de Vendas, Marketing e
Pós-Venda de Caminhões e Ônibus da
Mercedes-Benz do Brasil, a montadora
busca aumentar a oferta de soluções
completas aos clientes. “Também no
segmento de seminovos queremos
ser referência. Entre nossos diferenciais de mercado incluem-se a garantia de procedência e a exclusiva
garantia de até 12 meses, conforme
a classificação do veículo”, explica o
executivo.
Roberto Leoncini, vice-presidente de
vendas, marketing e pós-vendas
ServiceCard – Em parceria com a
Ticket, a montadora também acaba de lançar o MercedesServiceCard,
inovador cartão de consumo de combustível, peças e serviços para frotistas de caminhões, ônibus e veículos
comerciais leves. Por meio deste novo
cartão, o frotista pode adquirir combustíveis nos 11.200 afiliados da Rede
Ticket Car, bem como peças e serviços
de manutenção e reparos na Rede de
Concessionários Mercedes-Benz em
todo o País.
Cartão agiliza serviços
“A Mercedes-Benz é a primeira marca de veículos comerciais no
País a oferecer um cartão de consumo de combustível, peças e serviços
em condições especiais para os frotistas”, ressalta Ari de Carvalho, diretor de Pós-Venda da Mercedes-Benz do
Brasil. O sistema proporciona descontos em combustível e facilidade no pagamento da manutenção do veículo
na rede Mercedes-Benz, além da segurança, pela dispensa do manuseio de
dinheiro vivo, praticidade e agilidade
no dia a dia no que se refere ao uso
pelo motorista e ao controle de despen
sas pelos gestores da frota. 11
12
13
Transportadoras
Mais de 100 mil caminhões parados em
garagens de empresas transportadoras
13,5% da frota das transportadoras está parada
É
o que aponta pesquisa realizada pela NTC&Logística,
associação que reúne companhias de frete de todo o país, divulgada no dia 6 de agosto ultimo..
Segundo dados do levantamento de conjuntura do setor, que é
realizado semestralmente, as empresas apontaram que estão com 13,5%
de seus caminhões parados, em média. A frota estimada pelo setor é de
800 mil caminhões, o que aponta para
os perto de 100 mil veículos parados.
“Caminhão parado é prejuízo. O normal é que 5% da frota, no
máximo, fique parado para manutenção ou de reserva”, disse Lauro
Valdívia, diretor técnico da associação,
lembrando que o desemprego no setor
é crescente já que para cada caminhão
há, em média, mais de um motorista.
Além das empresas de frete,
o país conta ainda com uma frota
de caminhões em poder de motoristas autônomos, mais ou menos na
mesma quantidade dos veículos das
14
empresas. Há também uma frota em
poder de embarcadores, empresas que
transportam seus próprios produtos
como bebidas e eletrodomésticos, que
equivale a das transportadoras e a dos
autônomos. Nem autônomos nem
embarcadores são pesquisados nesse
levantamento.
Os dados de outro setor ligado
ao transporte de caminhões corrobora
os números da pesquisa. De acordo
com o levantamento mensal da ABCR
(Associação Brasileira de Concessionária de Rodovias), o primeiro semestre de 2015 teve um volume de tráfego
de veículos pesados 4,5% inferior ao
do mesmo período de 2014 (que já
havia sido menor que o de 2013).
O índice que mede o fluxo de
veículos pesados nas estradas pedagiadas do país atingiu em julho o nível
que tinha no primeiro semestre de
2010. O índice é calculado desde 1999
e somente havia registrado retração
entre 2008 e 2009, quando voltou para
o nível de 2007.
paradas ao ano anterior. O aumento
dos custos do setor, que variou entre
8% e 11% a depender do tipo de carga transportada, colaborou para esse
situação.
“O setor de transporte aguenta aumento de custo sem aumento
de frete num curto prazo. Mas se a
crise se alongar, dificulta a situação
econômica. Se durar muito tempo,
muita empresa deve quebrar, principalmente as mais endividadas”,
prevê Valdívia.
Lauro Valdívia, da NTC&Logística
Os motivos da retração
De acordo com Lauro Valdívia
o motivo da paralisação é a drástica
redução no volume de fretes no últimos meses. Para 84% dos pesquisados
houve queda nos negócios em relação
ao ano passado, devido, principalmente, à menor demanda.
Além disso, 80% dos empresários afirmaram que suas empresas
estão em situação pior quando com-
O baixo volume de fretes fez
com que as empresas não conseguissem repassar aos clientes o aumento
de gastos na quantidade considerada
necessária para cobrir seus custos.
Com isso, os fretes estão com preços
10,1% abaixo dos custos efetivos da
companhia, segundo os dados do levantamento. Em agosto de 2013 esse
valor era de 7,5% e no mesmo mês de
n
2014, 9,7%. Teste de caminhões
Iveco inaugura Campo de Provas
com foco na excelência dos produtos
Situado no complexo industrial da marca, em Sete Lagoas (MG),
complexo é resultado do pacote de investimentos de R$ 650 milhões
anunciado pela fabricante no Brasil
Ricardo Panessa
A
Iveco inaugurou em junho,
em Sete Lagoas, MG, o seu
próprio Campo de Provas,
uma das mais completas estruturas
do Brasil para testes em veículos comerciais e de defesa. O complexo, que
já está em funcionamento, consumiu
investimentos de R$ 24 milhões, que
seguirão sendo aplicados até 2016.
O montante é parte do aporte de R$
650 milhões que a montadora segue
investindo com foco na excelência de
produtos.
“Nosso objetivo é tornar
ainda melhor o processo final de
validação dos produtos, desde a linha de veículos leves até o blindado
Guarani, com a realização de aproximadamente três mil testes anuais,
que comprovam qualidades como a
durabilidade e a robustez dos nossos
veículos”, diz Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a América Latina.
O Campo de Provas conta com
uma pista de alta velocidade, do tipo
oval, com 1.650 metros de extensão,
onde são feitos testes para simular
situações reais, como por exemplo,
mudança de faixa em alta velocidade. Uma pista para teste de ruído e
um circuito projetado para atender
a demanda dos veículos comerciais e
para o blindado Guarani completam
o circuito.
De tão completa, a estrutura
será também utilizada para a validação de produtos comercializados
pela Iveco em outros países da América Latina. “Os testes dinâmicos,
ou seja, que envolvem a movimentação dos nossos veículos, já podem
ser feitos totalmente nas nossas dependências”, afirma Darwin Viegas,
diretor de Engenharia de Desenvolvimento do Produto. n
Com 1.650 m, pista foi projetada
para testes de veículos comerciais
e militares
15
Tecnologia
Testes dos veículos autônomos
Pequenos acidentes, como e por que
A
s sete empresas que têm permissão de testar veículos
autônomos (sem motorista)
leves nas vias californianas, têm obrigação de relatar quaisquer acidentes
que aconteçam com eles e suas razões
– até maio, eram 48 veículos.
A Google Inc. disse no começo
daquele mês que seus carros haviam
sido acidentados (todos muito leves)
11 vezes desde 2009, enquanto seus
carros rodaram um total de quase 1,7
milhão de quilômetros sem motorista,
de um total 2,7 milhões – o equivalente a 15 anos da quilometragem
de um motorista típico. No caso da
Google, os carros são 23 SUV Lexus,
12 Tesla elétricos, 3 Audi, Mercedes e
Nissan, 2 Bosch e 2 Delphi. Para andar de ‘passageiro eventual motorista’
(que só pode mexer no carro quando
precisar evitar um acidente imediato),
já foram licenciadas 255 pessoas (159
da Google, 30 da Audi, 17 da Nissan,
16 da Tesla, 12 da Bosch, 12 da Mercedes e 9 da Delphi).
Google já usa frota de carros
autônomos
Os estados de Florida, Michigan e Nevada também passaram
novas leis sobre o uso desses veículos
em suas vias públicas.Curiosamente,
tanto a Google como a Delphi dizem
que seus carros não foram culpados
nos leves acidentes em que foram
envolvidos, que aconteceram em manobras em que os responsáveis pelos
outros veículos estavam virtualmente
dormindo.
Numa declaração por escrito, a Google diz que desde setembro
os carros que rodavam perto de seus
escritórios tiveram meia dúzia de
pequeninas batidas ou raspadas, até
agora sempre causadas por erro ou
inatenção humana. À medida que os
veículos autônomos proliferam, será
mais fácil descobrir pelos radares e
câmeras de quem é a culpa de um
acidente. Hoje, cada carro autônomo
de testes sai à rua com seguro de US$
n
5 milhões. Nova aeronave tem janelas maiores e
mais espaço para bagagem de mão
Primeiro vôo comercial da A350
Novo Airbus tem corredores duplos e mais espaço
A
16
mais nova aeronave comercial, uma Airbus A350, foi
entregue à Qatar Airways em
Toulouse, no sudoeste da França, no
começo deste ano. Seu primeiro vôo
foi de Doha, capital do Qatar, nação
do Golfo Árabe, a Frankfurt, na Alemanha.
Aeronave de dois corredores
para vôos de longa distância, promete conectar cidades menores a hubs
(aeroportos centrais) a cidades menores em vôos nonstop a um custo
relativamente menor para as transportadoras aéreas. De grande interesse a seus passageiros o fato de ter
janelas maiores e mais espaço para
bagagem de mão.
A A350 é a terceira grande aeronave a ser lançada na atual década.
Em primeiro lugar apareceu a super-jumbo A380 de dois andares com
capacidade de 525 passageiros, lançada em outubro de 2007 e desenhada
para conectar os maiores aeroportos
(hubs) do mundo. Depois dela, em 15
de dezembro de 2006, a Boeing lançou
o tecnologicamente avançadíssimo
787 Dreamliner. n
62
Transportadora
chilena compra
Paradiso
Iveco Bus rodando
em Caruaru,
Contagem, Campinas
Eletra lança hibrido
dual em setembro
Gerenciamento de frota Volvo:
maior rentabilidade
17
Ônibus em revista
A
Marcopolo entregou 31 novos
ônibus dos modelos Viale BRT
Articulado, Viale BRS Low Entry
e Novo Torino para a Viação Santa Tereza (Visate), operadora do transporte urbano de Caxias do Sul (RS) desde 1986.
Do Viale BRT Articulado foram
seis unidades. O modelo é montado
em chassi Volvo, possui 21 metros de
comprimento e capacidade para 180
passageiros. Internamente, está com
melhor ocupação de espaço e de ergonomia - sua maior largura interna,
associada à configuração das poltronas, proporciona ampla área livre e
facilita a circulação. A altura interna também é maior, o que permite a
instalação de alto-falantes e amplo
Viale BRT Articulado – capacidade para 180 passageiros
espaço para propaganda nas laterais
superiores. A viação também incorporou duas unidades do Viale BRS Low
Entry e 23 do Novo Torino a sua frota.
Os ônibus, que entraram
em operação imediatamente, serão
utilizados no SIM Caxias - Sistema
Integrado de Mobilidade Urbana,
nova estratégia de transporte da cidade, com corredores exclusivos, que
entrará em operação em janeiro de
n
2016. 25 novos Torinos em Angola
A
Marina Bueno
Angoaustral – um dos maiores operadores do transporte
coletivo da cidade de Luanda,
em Angola, recebeu 25 unidades do
ônibus urbano do modelo Novo Tori-
Novo Torino faz parte do programa
de renovação de frota em Angola
18
no. A aquisição faz parte do programa
de renovação de frota da operadora
angolana e serão utilizados no transporte urbano da cidade.
Os ônibus Marcopolo Novo
Torino, com chassi Volkswagen VW
17.230, têm capacidade para 48 passageiros sentados e configuração com
duas catracas. Os veículos foram concebidos para oferecer conforto e segurança para os passageiros, menores
custos operacional e de manutenção
para o operador, além de mais ergonomia e praticidade para motorista e
cobrador.
O novo Torino possui maior
largura interna, novos conjuntos ópticos traseiro e frontal que incluem luz
diurna e painel de instrumentos com
tela colorida de LCD de 3,5 polegadas.
Internamente, conta com iluminação
em LEDs, poltronas City mais ergonômicas, e nova decoração.
Segundo Ricardo Portolan,
gerente de exportações da Marcopolo,
Angola – bem como todo o continente
africano, representa um grande mercado para os produtos brasileiros, já
que o país tem adquirido mais veículos, tanto rodoviários quanto urban n
Júlio Soares e Marina Granzotto/Foto Objetiva
Mais ônibus Marcopolo rodando em
Caxias do Sul
Ônibus em revista
Gerenciamento de Frota Volvo
promete maior rentabilidade
Karine Rossi
I
nformações integradas para aumentar a rentabilidade de operadores de transporte de passageiros. A Volvo aposta nessa estratégia e
oferece um Gerenciamento de Frotas
que acompanha cada operação, contribuindo para decisões que garantam
maior eficiência, segurança e, consequentemente, otimização dos negócios.
O sistema oferece ao transportador uma visão completa da
operação, por veículo e por motorista. É possível acessar, por exemplo,
informações como consumo de combustível, emissão de poluentes, horas
rodadas, velocidade média, percentual
de operação em faixa econômica, em
marcha lenta e número de ativações
do freio. Além disso, é possível acompanhar a posição do ônibus em tempo
real, identificando atrasos, paradas
não planejadas e desvios de rotas.
Vinícius Gaensly, responsável pela
telemática da Volvo Bus Latin
America
Ônibus da Expresso Nordeste, de Campo Mourão (PR): frota com tecnologia
de gerenciamento da Volvo
Pode ser instalado nos chassis
rodoviários e urbanos da Volvo. São
quatro opções que podem ser adquiridas combinadas ou separadamente,
de acordo com a necessidade do cliente: relatórios, eventos, posição e perfil
de condução.
No modo eventos do veículo,
o operador acessa informações que
mostram as condições do veículo e códigos de falha. Já por meio do módulo
perfil de condução há a possibilidade
de identificar o comportamento do
motorista, revelando a marcha usada,
a rotação e a aceleração.
Aliando os dados de operação
e condução, o operador pode investir
no treinamento dos motoristas com
base em informações concretas, que
auxiliam a identificar pontos de melhoria de acordo com o perfil de condução de cada um deles. “A maneira
de conduzir influi diretamente no
consumo de combustível e na vida
útil das peças. Os treinamentos
melhoram o desempenho do motorista, contribuindo para reduzir o
consumo de combustível e aumentar a vida útil dos componentes e o
conforto dos passageiros”, explicou
Vinícius Gaensly, responsável pela
área de telemática da Volvo Bus Latin
America.
O Gerenciamento de Frota Volvo é uma ferramenta que compõe o
DCT - Time Dedicado aos Clientes - um
projeto que integra equipes da fábrica,
concessionária e cliente para customizar o atendimento de acordo com as
características de cada operação. Com
base nas informações gerenciadas, o
projeto identifica e sugere soluções que
contribuam para aumentar a eficiência de cada operação.
n
19
Ônibus em revista
Volksbus com carroçaria AMD equipado
com ar-condicionado em São Paulo
D
ois micro-ônibus Volksbus
9.160 OD, com carroceria
Solum da AMD, foram aprovados pelos técnicos da São Paulo
Transportes (SPTrans) para a instalação de ar-condicionado. Com isso,
os veículos estão liberados para o
transporte de passageiros na capital
paulista, seguindo as configurações
previstas para o próximo edital de
licitação.
Os aparelhos de ar-condicionado instalados no Solum são do modelo Spheros cc 205, fabricados com
componentes de alumínio, que além
de serem mais leves e recicláveis, reduzem o peso de veículo. Para facilitar
o trabalho do condutor, o comando do
sistema é eletrônico e com mostrador
digital de temperatura e controle au-
Duas versões de carroçarias e mais conforto
tomatizado que mantém o aparelho
na temperatura programada.
O veículo foi apresentado em
duas versões de carroceria: uma com
vidro total colado e outra com vidro
colado com janelas. Ambos os modelos já estão disponíveis para venda na
Apta Caminhões e Ônibus, concessionária da MAN Latin America e distrin
buidora da encarroçadora AMD.
Caruaru recebe chassis 170E28 da
Iveco Bus
Modelo 170S28 da Iveco Bus adquirido pela empresa
de transporte urbano Capital do Agreste
O
s primeiros chassis 170S28
Iveco Bus começaram a rodar pelas ruas no interior de
20
Pernambuco. A empresa de transporte
urbano Capital do Agreste, da cidade
de Caruaru, ampliou sua frota de ônibus com a aquisição de oito unidades
do modelo, desenvolvido em parceria
com a concessionária Navesa Iveco e
a Caio Apache Carrocerias.
Projetado e fabricado no Complexo Industrial da Iveco, em Sete Lagoas (MG), o modelo de 17 toneladas
chega em duas configurações, urbano
e fretamento, atendendo demandas para
transporte urbano e intermunicipal.
Vem equipado com motor N67,
da FPT Industrial, com seis cilindros em
linha e propulsor de 6,7 litros, com sistema SCR que atende as normas do Proconve-P7 e oferece potência máxima de
280 cv. O torque chega a 950 Nm, já disponíveis na faixa de 1.250 a 1.950 rpm.
A Capital do Agreste conta atualmente com uma frota de 39 veículos
e é uma das responsáveis do sistema de
transporte da cidade, que possui aproximadamente 350 mil habitantes e está
localizada a 130 km da capital Recife. n
Ônibus em revista
Transportadora chilena adquire
ônibus Marcopolo
Dez unidades do modelo Paradiso 1800 DD serão utilizadas em percursos de médias e longas distâncias
Ricardo Panessa
A
Marcopolo fez a entrega, recentemente, de 10 ônibus Paradiso 1800 DD (dois andares)
da Geração 7, para o Grupo ETM –
Empresa de Transportes Maullin, uma
das principais empresas de transporte
de pessoas do Chile que opera naquele
país há 50 anos. A aquisição faz parte
do contínuo processo de renovação de
frota realizado pela operadora.
Segundo Paulo Corso, diretor
de operações comerciais da Marcopolo, a aquisição dos ônibus pela ETM
destaca a excelente aceitação dos
modelos Paradiso 1800 DD no mercado internacional. “Os ônibus de
dois andares proporcionam ainda
mais conforto, sofisticação e comodidade aos passageiros, e são ideais
para as linhas rodoviárias de médias e longas distâncias”, comenta
o executivo.
Equipados com chassi Scania
K400 IB6x2, os veículos possuem duas
diferentes configurações internas:
quatro ônibus com 20 poltronas leito
cama no piso superior e 12 leito no
inferior; e seis unidades com 43 poltronas leito. Todos possuem monitores
de LCD fixos, bares com geladeiras
e aquecedores de líquidos, toalete e
duas opções do Pacote de Segurança
Ativa Scania: o Lane Departure Warning (LDW), que avisa o motorista
se o ônibus estiver saindo da pista, e
o Adaptive Cruise Control (ACC), que
auxilia na manutenção da distância
em relação ao veículo à frente.
n
Unidades são equipadas com chassi e motor Scania
Grupo mineiro Transmoreira recebe
chassis Iveco Bus
A
Iveco Bus entregou seis unidades do chassi 170S28 para a
Transmoreira – empresa sediada na cidade de Contagem, na região
metropolitana de Belo Horizonte. As
aquisições são para o transporte de trabalhadores da fábrica da Fiat, em Betim.
O modelo é equipado com motor N67, da FPT Industrial, com seis
cilindros em linha. O propulsor de
6,7 litros, com sistema SCR, atende as
normas do Proconve-P7 e é capaz de
gerar potência máxima de 280 cv - a
Motorização é da FPT e a
transmissão da ZF
maior do segmento. O torque chega
a 950 Nm, já disponível na faixa de
1.250 a 1.950 rpm. Segundo a Iveco,
a curva plana de torque e a grande
disponibilidade de força em baixas
rotações garantem mais economia de
combustível e mais conforto para o
motorista, evitando constantes trocas
de marchas.
O chassi 170S28 foi projetado com transmissão ZF, manual, de
seis marchas, com escalonamento
compatível com as operações urbanas
e rodoviárias. O sistema permite uma
condução mais suave e melhor desempenho operacional, sem deixar de lado
a economia de combustível.
n
21
Ônibus em revista
Volvo vende mais de 100 ônibus
para Bogotá
O
s habitantes da capital da Colômbia vão contar com 105
novos veículos da Volvo Bus
Latin America. O operador de transporte
urbano de Botogá, Este Es Mi Bus, adiquiriu 50 modelos híbridos e 55 modelos convencionais movidos à diesel.
Os veículos vão somar-se à
frota de 700 ônibus da empresa que
circulam no sistema de transporte público da cidade, nas linhas alimentadoras do TransMilenio.
A aquisição faz parte da renovação da frota da empresa, como parte
do plano de renovação tecnológica do
sistema de transporte da capital colombiana, que prevê a substituição dos atuais veículos por outros menos poluentes. Com esta venda, a Volvo reafirma
sua liderança no país no segmento pesado de transporte de passageiros, que
já supera o número de 2.300 ônibus em
operação na Colômbia.
De acordo com a Volvo, os
ônibus são modelos diesel com tec-
nologia de baixas emissões e veículos
híbridos, o que mostra o compromisso
da companhia com a economia de
combustível, a redução das emissões
e a diminuição de ruídos, não só na
capital, mas em toda a Colômbia. n
Volvo Bus – liderança no segmento pesado
de transporte de passageiros na Colômbia
Nova versão do Magely garante
economia de até 7%.
A
Iveco Bus anunciou alterações
nos modelos de ônibus Magelys, um dos líderes de mercado na Europa. Juntas, as melhorias
totalizam uma economia de até 7% de
consumo de combustível em relação à
versão anterior do veículo, índice que
leva em conta uma velocidade estável
de 100 km/h em rodovia, registrando
uma redução operacional de até 20
mil euros em um período de três anos.
A nova tecnologia traz o exclusivo sistema de redução catalítica
22
HI-SCR, patenteado pela FPT Industrial, que representa uma solução
simples para o maior desafio da in-
Adaptado às novas regras de
emissões
dústria no momento: a adaptação
às novas regras europeias de emissões. Entre as melhorias, está inclusa a transmissão aprimorada para
atender múltiplas relações de eixo
traseiro disponíveis e avanços na aerodinâmica dos veículos, como a redefinição das colunas do para-brisa,
suportes do espelho retrovisor e o
formato dos cantos do para-choque
dianteiro. Tudo isso para simplificar
a resistência aerodinâmica, facilitando o fluxo de ar no veículo.
n
Ônibus em revista
Viação Vitali incrementa frota com
chassis Iveco Bus
Empresa especializada em transporte de passageiros
utilizará os novos veículos para fretamento e turismo
Ricardo Panessa
A
Viação Vitali, tradicional empresa de transporte de passageiros na região de Campinas,
interior de São Paulo, acaba de reforçar sua frota de 65 ônibus com mais
seis chassis 170S28, fabricado pela
Iveco Bus. O modelo, de 17 toneladas,
é equipado com motor FPT NEF 6,
com seis cilindros em linha e potência de 280 cavalos, acoplado a uma
transmissão manual, de seis marchas,
produzida pela ZF.
Fabricados no Complexo Industrial da Iveco, em Sete Lagoas
(MG), os chassis 170S28 apresentam
evoluções tecnológicas, como estrutura reforçada, desenvolvida para
oferecer o melhor desempenho para
aplicações rurais e urbanas.
Modelo vai rodar na região de
Campinas
Para Albenzio Callegari, proprietário da Vitali, fatores como a
potência do motor e a confiança na
marca foram fundamentais na escolha do novo chassi. “A linha de
crédito oferecida pelo Banco CNH
Industrial também foi importante
na hora de decidir a compra. Além
disso, no nosso ramo, precisamos
de veículos resistentes e confortáveis”, explica.
Humberto Spinetti, diretor de
Negócios de Ônibus da Iveco para a
América Latina, destaca a importância da venda, que marca a entrada
da Iveco Bus em Campinas. “Nossos
produtos já rodam por importantes
regiões, como Minas Gerais, Porto
Alegre e Pernambuco, e agora passam também a atender o mercado
campineiro de transporte. Esse é mais
um importante passo para a consolidação da marca no Brasil.” A Iveco
Bus já detém uma parcela importante
do mercado de ônibus europeu, com
uma proporção de um veículo para
cada cinco rodando.
Novos Volksbus em Bertioga e Guarujá
O
Grupo Translitoral adquiriu dez ônibus Volkswagen
17.230 da Apta Caminhões e
Ônibus, concessionária da MAN Latin
America.
A empresa é responsável pelo
transporte coletivo nas cidades de Bertioga e Guarujá, e com essa compra,
soma 32 Volksbus em sua frota.
Desenvolvido para as severas
operações do transporte urbano e
também como solução ao serviço de
fretamento, o veículo é equipado com
motor MAN D08 EGR (opção que dispensa o uso do Arla 32), embreagem
de 395 mm de diâmetro e caixa de
transmissão ZF 6S 1010 BO de seis velocidades com servoassistência e troca
de marchas acionada por cabos. O
modelo é oferecido também na versão
V-Tronic, com a caixa de transmissão
automatizada e oferece ferramenta de
diagnóstico e parametrização, VCO e
COM, que possibilita a configuração
de algumas funções do motor, com o
propósito de otimizar a operação de
cada tipo de aplicação. n
Volksbus 17.230 – motorização MAN
D09 EGR que dispensa o uso do Arla 32
23
Ônibus em revista
Eletra lança ônibus Híbrido Dual em
setembro
Modelo à bateria Eletra: novo Híbrido vai operar também como trólebus
O
11o Salão Latino-Americano
de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias, que acontece de 24 a 26 de
setembro, no Pavilhão Amarelo do
Expo Center Norte, em São Paulo
(SP) será palco do lançamento do
mais novo produto Eletra: seu Ôni-
bus Elétrico Híbrido Dual, desenvolvido para operar como trólebus ou
elétrico puro (bateria).
Segundo a empresa, a novidade amplia a flexibilidade do sistema,
já que uma mesma frota pode operar
com fontes de energia diferentes: grupo motor gerador + baterias = híbri-
do ou só baterias = elétrico puro ou
rede aérea = trólebus.
O modelo não necessita de investimento em infraestrutura de recarga para as baterias, pois quando está
operando na versão híbrido, as baterias
são recarregadas na frenagem.
Além do Dual que será lançado
em setembro, a Eletra já está testando
um elétrico híbrido que pode operar
por até 20km como elétrico puro, sem
limitação de performance.
Vale ressaltar que, no híbrido,
a emissão de poluentes é reduzida. E
na versão Dual, o motorista pode desligar o grupo motor-gerador e operar
com emissão zero. n
ZF equipa frota da Scania e ganha
mercado na Colômbia
A
ZF é a marca que vai fornecer
as transmissões automáticas
Ecolife com 6 marchas para
a frota de 172 ônibus Scania vendidos
na Colômbia no mês de junho. Todos
os veículos serão movidos a gás, cumprindo com as normas mais exigentes
e reduzem em mais de 90% as emissões em comparação com a tecnologia
atual disponível na frota colombiana.
Os primeiros ônibus a gás começarão
a operar no segundo semestre deste
ano em Cartagena, quinta maior cidade da Colômbia.
24
Dentre os 147 veículos a gás,
58 são articulados, de 18 metros, com
capacidade para 160 passageiros, adquiridos pelo operador Sotramac. O
restante, 89 unidades, são do tipo padrão, com 12 metros, comprados pelo
operador Transambiental.
As expectativas de novos negócios são positivas. Além de Cartagena,
outras cidades da região norte do país,
como Medellín e Santa Marta, estão
optando por tecnologias alternativas
como o gás para o plano de renovação
e ampliação de suas frotas de ônibus
– baseando-se nas recomendações do
plano de ascensão tecnológica do país,
lançado pelo Decreto 447, que contempla novas tecnologias alternativas como
veículos híbridos, elétricos e a gás. n
Expectativas positivas de negócios
no país

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