Anuário 2010 - Cias Brasil
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Anuário 2010 - Cias Brasil
Sede: São Paulo Av. Brig. Luiz Antônio, 2504, conj. 151 01402-000 – São Paulo – SP Tel 11 3107-5557 Fax 11 3107-5557 email: [email protected] site: www.abrasca.org.br Rio de Janeiro Av. Rio Branco, 12/6º andar 20090-000 Rio de Janeiro – RJ R. Conceição, 105 salas 1304/1305 20051-010 Rio de Janeiro – RJ Tel 21 2223-3656 Fax 21 2233-2741 Sumário DIRETORIA BIÊNIO 2009-2011 Executive Board 2009-2011 PRESIDENTE / President Antonio D. C. Castro Souza Cruz S.A. 1º VICE-PRESIDENTE 1st Vice President Frederico Carlos Gerdau Johannpeter Gerdau S.A. VICE-PRESIDENTES Vice Presidents Alfried Plöger Cia Melhoramentos de São Paulo Paulo Setubal Neto Itaúsa Investimentos Itaú S.A. Luiz Spínola Cremer S. A. DIRETORES / Directors Luis Fernando Costa Estima Forjas Taurus S.A. Summary Maurício Perez Botelho Energisa S.A. Morvan Figueiredo Paula e Silva Nadir Figueiredo Indústria e Comércio S.A. Osvaldo Burgos Schirmer Metalúrgica Gerdau S.A. Paulo Cezar Castello Branco Aragão Barbosa, Müssnich e Aragão Associados Roberto Terziani Oi S.A. Thomás Tosta de Sá Mangels Industrial S.A. SUPERINTENDENTE GERAL General Manager Eduardo Lucano da Ponte REPÓRTERES / Reporters Martha Corazza e Adriana Braz ESTAGIÁRIA / Trainee MIchelle Andrade PROJETO GRÁFICO Graphic Design Raquel Ponte TRADUÇÃO / Translation Carolyn Brissett DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Institutional Affairs Director Epaminondas Baptista GERENTE DE CONTAS Accounts Manager Angela Caldas IMPRESSÃO E FOTOLITO Printing and Photoliths Sol Ação Editora Este Anuário pode ser adquirido nos escritórios da Abrasca ou através do site www.abrasca.org.br This annual can be purchased at the Abrasca offices or via the site www.abrasca.org.br GRC VISÃO, Gestão de Riscos e Cenários CONSELHEIROS Advisers Alfried Plöger Abrasca (vice-presidente) Alexandre Fischer GRC Visão Cleber Cabral Reis CCRio Comunicação Eduardo Lucano da Ponte Abrasca (superintendente geral) 6 ECONOMISTA-CHEFE Chief Economist Eric Sweet As análise setoriais e os dados estatísticos deste Anuário foram produzidos pela GRC VISÃO, Gestão de Riscos e Cenários. Sectorial analisys and statistic data from this edition were produced by GRC VISÃO, Gestão de Riscos e Cenários. Fotos gentilmente cedidas por: Photographs kindly provided by: Rodolfo Clix (açúcar); Niki Michailov (alimentos); Christoph Hardes (bancos); Sanja Gjenero (educação e serv. médico-hosp.); Rafael Leal (embalagens); Ben Earwicker (lazer); Keith Wilson (máquinas); Tom Def (mineração); Carole Nickerson (papel); Douglas Enry (gás); Martin Walls (saneamento); Peter Mueller (serv. financ.); Sarp Sencer Saygýver (siderurgia); Pavel Matoušek (ti); Richard Sweet (transporte); Spencer Ritenour (util. domésticas). Cristiana Pereira BM&FBOVESPA S.A. Luiz Spínola Cremer S.A. Luiz Arthur Oliveira Navarro Abyara S.A. Luiz Leonardo Cantidiano Motta, Fernandes Rocha Advogados Marcos Antonio Silva Menezes Petrobras S.A. Antonio D. C. Castro, Presidente da Abrasca Antonio D. C. Castro, President of ABRASCA Conversa com o leitor Conversation with the reader Cleber Cabral Reis, Diretor de Redação Cleber Cabral Reis, Content & Editing Director Os principais números das companhias abertas em 2009 Main results for public companies in 2009 Empregos gerados pelas companhias abertas em 2009 Jobs supplied by the public companies in 2009 Brasil: Principais indicadores macroeconômicos (2001-2010) Brazil: main economic indicators (2001 to 2010) Brasil em perspectiva Brazil in perspective DIRETOR EXECUTIVO / CEO Alexandre Fischer CONSELHO EDITORIAL Editorial Board PRESIDENTE / President Antonio D. C. Castro Editorial 10 11 12 13 Projeto editorial da CCRio Comunicação desenvolvido para a ABRASCA A publishing project by CCRio Comunicação for ABRASCA DIRETOR DE REDAÇÃO Content & Editing Director Cleber Cabral Reis (R.P. nº 12.567) Editorial 16 17 18 20 21 22 23 Lucy Sousa, Presidente da APIMEC Nacional Lucy Sousa, President of the National APIMEC Marcelo Giufrida, Presidente da ANBIMA Marcelo Giufrida, President of ANBIMA Gilberto Mifano, Presidente do IBGC Gilberto Mifano, President of IBGC Andrew Frank Storfer, Presidente da Anefac Andrew Frank Storfer, President of ANEFAC José de Souza Mendonça, Diretor Presidente da Abrapp José de Souza Mendonça, President of ABRAPP Walter Mendes de Oliveira Filho, Presidente da Amec Walter Mendes de Oliveira Filho, President of AMEC Luiz Spinola, Vice-Presidente da Abrasca Luiz Spinola, Vice-President of ABRASCA Visão econômica Economic viewpoint 29 33 Crescimento brasileiro para 2010 supera expectativas, Eric Sweet Brazil’s growth outstrips expectations for 2010 by Eric Sweet Preço x Inflação x Taxa de Juros, Ricardo Schiller Freiburghaus Price x Inflation x Interest Rate by Ricardo Schiller Freiburghaus Retrospectiva do mercado Market retrospective 41 42 43 Oferta de ativos Offer of assets Oferta de recursos Offer of resources Mercado de dívida Debt market Matéria de capa Desempenho setorial Cover story Sectorial performance 44 58 62 64 Os desafios de uma década que promete ser histórica Challenges of a milestone decade BM&FBovespa: os caminhos para o futuro BM&FBovespa: paths to the future A agenda ambiciosa do Projeto Ômega Ambitious agenda for the Omega Project Energia elétrica: Projetos e investimentos previstos para os próximos 10 anos Electricity: Projects and investments planned for the next ten years Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize 73 78 84 88 89 90 92 93 94 96 97 98 99 100 102 103 104 Considerações metodológicas Comments on the methodology Vencedora Winner Entrevista com Fabio Hering Interview with Fabio Hering Atacado e varejo Wholesale and retail Bancos e crédito Banking Construção civil e mercado imobiliário Real estate Energia elétrica Electricity Máquinas e equipamentos Machinery and equipment Mineração Mining Petróleo e gás, petroquímica e plástico Oil and gas and derivates Saneamento e serviços de água e gás Sanitation, water and gas services Serviços financeiros Financial services Serviços médico-hospitalares Wealth services Siderurgia e metalurgia Steel and metallurgy Tecnologia da informação Information technology Telecomunicações Telecommunication Transporte e logística Transport and logistics Autorregulação e divulgação Self-regulation and disclosure 107 111 114 Entrevista com Henry Sztutman Interview with Henry Sztutman Iniciativas das entidades Institutional initiatives Legislação Legislation Desempenho setorial 134 135 136 138 139 140 141 142 144 145 146 148 149 150 152 153 154 156 Estatísticas Statistics 159 164 166 172 186 187 188 189 190 191 192 193 194 Sectorial performance 129 130 131 132 Açúcar e álcool Sugar and ethanol Alimentos, bebidas e fumo Food, beverage and tobacco Atacado e varejo Wholesale and retail Bancos e crédito Banking Construção civil e mercado imobiliário Real estate Educação Education Embalagens Packaging and labeling Energia elétrica Electricity Lazer, turismo e hotelaria Leisure industry Máquinas e equipamentos Machinery and equipment Mineração Mining Papel & celulose e madeira Wood, pulp and paper Petróleo e gás, petroquímica e plástico Oil and gas and derivates Saneamento e serviços de água e gás Sanitation, water and gas services Serviços financeiros Financial services Serviços médico-hospitalares Wealth services Siderurgia e metalurgia Steel and metallurgy Tecidos, vestuário e calçados Textile, clothing and footwear Tecnologia da informação Information technology Telecomunicações Telecommunication Transporte e logística Transport and logistics Utilidades domésticas Household utilities Um ano de superação e recuperação A year of resilience and recovery Notas metodológicas Methodological notes Denominação social das empresas Companies’ names Resultado das empresas por setor de atuação Corporates’ results (by sectors) Evolução real do ativo total médio Total average assets performance Evolução real do patrimônio líquido médio Average shareholders’ equity Evolução real do lucro/prejuízo líquido médio Average net income/loss performance Evolução real da receita líquida média Average net revenue performance Evolução real do lucro operacional Average operating profit performance Evolução real do endividamento médio Average indebtedness performance Evolução do giro do ativo médio (%) Average asset turnover performance (%) Evolução real do grau de endividamento médio (%) Average degree of indebtedness performance (%) Evolução real do capital de giro médio Average working capital performance Associados da Abrasca Abrasca associates 195 Nome e site das companhias associadas da Abrasca Name and site of quoted companies associated to Abrasca Editorial Editorial O avanço da autorregulação no Brasil Self-regulation advances in Brazil Foto: Flávio R. Guarnieri O mercado de capitais brasileiro Having progressed significantly avançou muito ao longo dos últimos 10 over the past ten years, Brazil’s capitals anos e segue com grandes desafios para market is now gearing up for major a década que se inicia: o de ser, challenges during the next decade: its principalmente, uma efetiva fonte de hardest task will be to develop into an recursos para suprir a necessidade de effective source of funding paced to investimento das empresas. Isso é corporate investment requirements. fundamental, porque a nossa economia This is vital, as the Brazilian economy tem imenso potencial de crescimento, has massive growth potential, although apesar de continuar exposta a volatilidade still vulnerable to the volatility of do cenário internacional. international contexts. Atualmente, predomina a percepção At the moment, there are de um cenário mais otimista, ou seja, o de widespread perceptions of a more upbeat expansão da atividade industrial. Como a outlook, with an upsurge in industrial essência do mercado de capitais é a activities. As the capitals market is dinâmica, as principais entidades estão essentially dynamic, its main entities are trabalhando de olho no futuro. working with a keen eye to the future. Paralelamente ocorre um avanço In parallel, steady progress is Antonio D. C. Castro consistente no processo de autorregulação. apparent in the self-regulation process. Presidente da Associação Brasileira A mais recente medida nesta direção foi The most recent step in this direction das Companhias Abertas (Abrasca) tomada pela Comissão de Valores was taken by the Brazilian Securities e do Conselho Editorial do Anuário Estatístico das Companhias Abertas Mobiliários, que, por meio da Instrução Commission (CVM) which will no 483, editada em julho último, vai deixar longer accredit market analysts (CVM President, Brazilian Association of Publicly-Held Companies (ABRASCA); de credenciar analistas de mercado. A partir Instruction Nº 483, promulgated in Chairman of the Editorial Board, de outubro, a tarefa passará a ser exercida July 2010). From October onwards, Listed Companies Statistical Yearbook pela APIMEC, que terá também a this task will be handled by the responsabilidade de autorregular a atividade. Association of Capitals Market Investment Analysts and Na verdade, a questão regulatória está no centro das Professionals (APIMEC), which will also be in charge of the preocupações internacionais, desde a crise financeira de 2008. self-regulation of these activities. Evidentemente que é impossível desenhar um sistema In fact, regulatory issues have been the focus of regulatório perfeito, já que o mercado está constantemente international concerns ever since the worldwide financial criando novas formas de transações, o que exige impor o mesmo meltdown in 2008. It is obviously impossible to design a flawless ritmo e agilidade ao processo normativo. regulatory system, as the market is steadily creating new types Portanto, estabelecer normas e procedimentos deixou de of transactions that require regulatory processes to keep up ser tarefa exclusiva do Estado. Passou também a ser um dever with their fast-paced development. das entidades que atuam no mercado. A tendência atual é de Thus, establishing rules and procedures is no longer the um sistema regulador baseado em princípios, a exemplo do sole responsibility of the State. It has also become the duty of que norteia as novas normas contábeis internacionais. market entities, with the current trend pointing towards a Cabe ressaltar que o marco regulatório brasileiro registrou regulatory system based on principles, similar to the framework um avanço expressivo nos últimos dez anos, com a edição de underpinning the new international accounting standards. inúmeros regulamentos essenciais para o desenvolvimento do It is worthwhile stressing that Brazil’s regulatory framework mercado pela CVM. Temos ótimas instruções que normatizam has progressed significantly over the past decade, with the CVM aspectos importantes. issuing a steady stream of key regulations fostering market Além disso, a autorregulação, que vem sendo feita pelas development. Brazil now has excellent directives regulating most entidades, atingiu um excelente nível, inclusive por delegação important aspects. Moreover, self-regulation – which is being do regulador para monitorar e prevenir operações irregulares. A implemented by market entities – has also reached an excellent 6 Abrasca, dentro deste princípio, trabalhou intensamente em seu Código de Autorregulação, desde o início de 2009, devendo sua conclusão ocorrer até o final de 2010. O objetivo do Código é o de ampliar a adoção e a utilização, pelas companhias abertas, de um conjunto de princípios e recomendações que contribuam para garantir um padrão de boa governança corporativa. O Código está baseado em princípios, ao invés de regras detalhadas, visando dificultar o descumprimento da essência do que se busca alcançar. Procuramos nos inspirar no que já existe no Brasil e no exterior. No caso brasileiro, a Abrasca reconhece que o grau de maturidade, a estrutura de controle societário e as peculiaridades de cada companhia podem justificar diferentes alternativas para se atingir uma boa governança corporativa. Na sua concepção, o Código adota uma abordagem de “aplique ou explique”, modelo flexível que confere às empresas liberdade para decidir não praticar uma ou algumas regras, na condição de explicar aos acionistas e ao mercado os motivos para tal decisão, promovendo assim maior transparência em seu modelo de gestão Nesse sentido, as principais linhas mestras do Código abrangem temas de grande relevância como: Conselho de Administração e Diretoria Executiva; Responsabilidade dos Administradores; Política de Remuneração; Controles Internos e Gestão de Riscos;Transações com Partes Relacionadas; Reorganizações Societárias; Ofertas Públicas de Aquisição e Controle e Divulgação de Informações Relevantes. Alguns desses tópicos refletem preocupações manifestadas pela CVM como, por exemplo, o tema da gestão de riscos, cuja relevância se relaciona com as perdas com derivativos financeiros que algumas empresas sofreram em 2008, evidenciando a necessidade de reforçar o papel dos conselheiros nos controles internos das companhias. Outro ponto de preocupação do regulador, e de importância fundamental neste Código, é estabelecer para as companhias abertas um maior grau de transparência ao realizarem transações com partes relacionadas, principalmente as operações envolvendo empresas coligadas e/ou vinculadas a acionistas controladores. Na verdade, estamos diante de um processo de mudança estrutural importante que mostra o amadurecimento do nosso mercado. A contribuição das entidades no processo de autorregulação tem sido valiosa, por deterem amplo conhecimento da atividade que regulam, conseguindo assim obter no mercado uma expressiva concordância com seus princípios e recomendações. Estamos convencidos que o Código de Autorregulação da Abrasca se constituirá em um passo extremamente importante para o desenvolvimento do nosso mercado. Além de estabelecer fundamentos para enfrentar de forma segura e transparente os desafios de governança desta próxima década, seu conteúdo didático deverá contribuir para aumentar significativamente o número de companhias listadas na bolsa ao longo dos próximos anos. level, including watchdog powers delegated by the Regulator designed to prevent improper transactions. Pursuing this principle, ABRASCA has been working intensively on its Self-Regulation Code since early 2009, with completion scheduled by year-end 2010. The purpose of this Code is to extend the adoption and use of a set of principles and recommendations by listed companies that will help ensure good corporate governance standards. Inspired by initiatives already in place in Brazil and elsewhere in the world and based on principles rather than detailed rules, this Code is intended to discourage non-compliance with the essence of its goals. For Brazil, ABRASCA acknowledges that the level of maturity, corporate control structures and the specific characteristics of each company may well justify alternative ways of achieving good corporate governance. The basic concept of this Code adopts an Apply or Explain approach, which is a flexible model endowing companies with freedom to decide on whether or not to comply with one or more rules, provided that they explain to their shareholders and the market the reasons for such decisions, thus ensuring greater transparency for their management models. Consequently, the mainsprings of this Code encompass aspects of the utmost importance, such as the: Board and Executive Board; Management Liability; Remuneration Policy; In-House Controls and Risk Management; Transactions with Related Parties; Corporate Restructuring Processes; Public Offerings for Acquisition and Control; and Disclosure of Relevant Facts. Some of these topics reflect concerns already expressed by the CVM, such as risk management, for example, whose importance is spotlighted by the heavy losses posted by some companies during 2008 due to financial derivatives, underscoring the need to buttress the roles played by Board Members for strengthening in-house corporate controls. Another point of concern for the Regulator, which is of the utmost importance in this Code, is to establish higher levels of transparency for listed companies when conducting transactions with related parties, particularly transactions involving associated companies and/or those linked to the same controlling shareholders. In fact, we are moving into a time of sweeping structural changes that will showcase the maturity of the Brazilian market. The contribution of its entities to self-regulation processes has been invaluable, as they are endowed with ample knowledge of the activities that they regulate, thus obtaining widespread market support for their principles and recommendations. We are convinced that the ABRASCA Self-Regulation Code will prove an extremely important step for the development of the Brazilian market. In addition to establishing a solid footing for coping safely and transparently with the challenges of governance during the coming decade, its educational aspects will also step up the number of companies listed on the Stock Exchange during the next few years. 7 Conversa com o leitor Conversation with the reader Um horizonte muito promissor Hopeful horizons Dedicamos o tema de capa desta edição para traçar um panorama dos desafios que o mercado de capitais tem pela frente nesta década que se inicia. A tarefa foi realizada sem compromisso estatístico. A intenção foi a de reunir opiniões de profissionais que ajudaram na grande transformação do mercado de capitais nos últimos 20 anos, como Roberto Teixeira da Costa, Luiz Leonardo Cantidiano, Maílson da Nóbrega, Thomás Tosta de Sá, entre outros profissionais de destaque. Pelo fluxo de capitais que irriga o nosso mercado atualmente e as perspectivas de crescimento da nossa economia, tudo indica que Brasil é a bola da vez nas opções dos grandes investidores. Portanto, essa década será de grandes desafios e oportunidades de crescimento, conforme avaliam os analistas. Aliás, recomendamos a leitura da matéria especial sobre o setor de energia elétrica. O presidente da Empresa de Pesquisa Energéticas (EPE), Maurício Tolmasquim, estima que os três grandes vetores da indústria em termos de consumo energético (siderurgia, alumínio e ferros-liga) deverão crescer mais de 5,4% ao ano nos próximos dez anos. Ele garante que o sistema estará pronto para atender a essa demanda. Como foi 2009 – Podemos considerar 2009 como um ano de superação. O crescimento de praticamente zero do Produto Interno Bruto foi um bom resultado quando comparado com o que ocorreu nos Estados Unidos e em muitos outros países europeus. Portanto, o Brasil acabou se saindo bem. As receitas das 366 companhias abertas, analisadas para a edição deste Anuário, totalizaram R$ 1,23 trilhão, com queda de 3,2% em relação a 2008. O ativo total aumentou 7,5% e o patrimônio líquido deu um salto de 14%. As companhias abertas recolheram em impostos R$ 61,5 bilhões, quantia que representou um aumento de 16% em relação ao valor de 2008. Essas empresas contribuíram ainda com a geração de mais de 1,6 milhões de empregos diretos, o que representou crescimento de 6,4% em relação ao montante de 2008. As perspectivas para o país são positivas, conforme apontam os dados do primeiro semestre de 2010. Mesmo com fundamentos econômicos sólidos internamente, o maior risco ainda está associado à turbulência do mercado externo, como observa o economista Eric Sweet no artigo que abre a seção Visão Econômica. This year’s cover story offers a panorama of the challenges facing Brazil’s capitals market during the next decade. Avoiding dry statistics, the intention is to gather together the opinions of practitioners who have helped reshape the capitals market over the past twenty years, such as Roberto Teixeira da Costa, Luiz Leonardo Cantidiano, Maílson da Nóbrega and Thomás Tosta de Sá, among many other outstanding names. With generous capital inflows currently keeping the Brazilian market well irrigated and a positive outlook for economic growth, everything seems to tag Brazil as a preferred target for major investors. Nevertheless, this decade will offer massive challenges and opportunities, according to the analysts. In fact, we recommend reading the special feature on Brazil’s power sector. The President of the Energy Research Enterprise, Maurício Tolmasquim forecasts growth at more than 5.4% a year throughout the next decade for the three main industrial vectors driving electricity consumption (steel, aluminum and ferroalloys). He also guarantees that Brazil’s National Grid will be ready to respond to these demands. Looking back at 2009 – A bounce-back year, with GDP growth barely topping zero, this can nevertheless be rated as quite impressive, compared to the USA and much of Europe, still crippled by fallout from the financial meltdown that began in September 2008. But Brazil sailed fairly smoothly through these economic storms. The revenues posted by the 366 listed companies analyzed for this Yearbook topped R$ 1.23 trillion, 3.2% less than in 2008. In counterpart, their total assets rose by 7.5% to R$ 5.31 trillion, while their net equity expanded by 14% to R$ 1.16 trillion. These listed companies paid out R$ 61.5 billion in taxes, up 16% over the R$ 53 billion paid in 2008. Furthermore, their share of total government revenues increased from 10.5% to 12.4% by the end of last year. They also helped generate more than 1.6 million direct jobs, 6.4% more than in 2008. The prospects are promising for Brazil, reflected in the data for the first half of 2010. Despite its solid domestic foundations, the main risks for the Brazilian economy are still associated with turbulence sweeping through foreign markets, as noted by economist Eric Sweet the article opening the Economic Overview Section. Boa leitura! Happy reading! Cleber Cabral Reis Diretor de Redação [email protected] Cleber Cabral Reis Content & Editing Director [email protected] 10 OS PRINCIPAIS NÚMEROS DAS COMPANHIAS ABERTAS EM 2009 Main results for public companies in 2009 2008 2009 (var, %) 390 366 -6,15% 1.276,6 1.235,8 -3,20% 15,2% -7,2% — 4.928,2 5.317,4 7,90% 1.022,7 1.166,4 14,05% 166,5 155,2 -6,75% 16,6% 18,6% — 13,0% 12,6% — 16,3% 13,3% — 3,4% 2,9% — 53,0 61,5 15,97% 10,5% 12,4% — 17,27% 16,56% — 2008 2009 (var, %) 1.529.477 1.627.812 6,43% 5.768.109 6.136.833 6,39% Consolidação dos dados da amostra (*) / Sample data consolidation (*) Número de empresas analisadas Number of analysed companies Total de receitas líquidas (R$ bilhões) Total net revenues (R$ billion) Crescimento real (%, deflator IPCA) Real growth (%, IPCA deflated) Ativo total (R$ bilhões) Total assets (R$ billion) Patrimônio líquido consolidado (R$ bilhões) Total equity (R$ billion) Total de lucros acumulados (líquido, R$ bilhões) Total net profits Margem operacional (% sobre a receita líquida) Operational margin (% over net revenues) Margem líquida (% sobre a receita líquida) Net margin (% over net revenues) Retorno sobre PL (%) Return on equities (ROE, %) Retorno sobre ativos (%) Return on assets (ROA, %) Recolhimento tributário total (R$ bilhões) Total tax burden (R$ billion) Participação na arrecadação total (%) Contribution to Total Tax Burden (%) Participação no Produto Interno Bruto (PIB, %) Contribution to Gross Domestic Product (GDP, %) (*) Os dados de 2008 foram consolidados com base na amostra de 366 empresas de 2009. (*) 2008 data were consolidated based on the sample of 366 companies in 2009. Geração de empregos (**) / Jobs supplied (**) Empregos diretos Direct jobs Emprego total Total employment Total das respostas Total answers Representatividade da amostra (% do Ativo Total) Sample representativeness (% of Total Assets) Empregos formais (RAIS - Relação Anual de Informações Sociais) Formal jobs (RAIS - Social Employment Report) Participação da amostra no emprego Total (% da RAIS) Contribution from sample to total employment (% of RAIS) 214 — 58,12% — 39.059.634 40.437.076 3,53% 14,8% 15,2% — 2008 2009 (var, %) 32,1 15,9 -50,56% 1,9 16,4 782,81% 37,5 11,1 -70,42% 130,7 87,6 -32,95% 383 373 -2,61% 1.375,3 2.334,7 69,76% 3,59 6,26 74,32% -46,0% 67,1% — 5.504 5.236 -4,86% (**) Números de empregos por setores econômicos estão na página 12 (**) Number of jobs for each economic sectors are on page 12 Informações sobre o mercado de capitais / Capital markets information Volume de recursos captados (R$ bilhões) Total Fund Raised (R$ billion) Emissões primárias de ações Primary stocks launch Emissões secundárias de ações Secundary stocks launch Emissões de debêntures Private bonds launch Emissões privadas totais Total Private Launch Número de empresas listadas na Bovespa Number of Bovespa’s listed companies Valor de mercado total das empresas (R$ Bilhões) Total market capitalization (R$ billion) Valor de mercado médio das empresas (R$ bilhões) Average company’s market capitalization (R$ billion) Variação real (%, deflator IPCA) Real growth (%, IPCA deflated) Volume médio diário transacionado na Bovespa (R$ milhões) Average Bovespa’s volume negotiation (R$ million) 11 Conversa com o leitor Conversation with the reader EMPREGOS GERADOS PELAS COMPANHIAS ABERTAS EM 2009 Jobs supplied by the public companies in 2009 Empregos em 2008 / 2008 Employment Empregos em 2009 / 2009 Employment Direto / Direct Indireto* / Indirect Total / Total Direto / Direct Indireto* / Indirect Total / Total Variação Variation Infra-Estrutura / Infrastructure 168.574 89.098 257.672 194.356 104.154 298.511 15,8% Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate 104.702 62.962 167.664 128.153 77.064 205.217 22,4% Transporte e Logística Transport and Logistics 63.872 26.136 90.008 66.203 27.090 93.293 3,7% Utilidade Pública / Utilities 90.663 243.381 334.044 92.964 249.557 342.521 2,5% Energia Elétrica Electricity 72.123 193.611 265.734 73.749 197.976 271.725 2,3% Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 18.540 49.770 68.310 19.215 51.582 70.797 3,6% Bens Primários / Raw Material 366.249 1.745.114 2.111.363 362.929 1.783.034 2.145.963 1,6% Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol 108.234 41.664 149.898 105.420 40.581 146.001 -2,6% Mineração Mining 71.522 67.771 139.293 67.697 64.146 131.843 -5,3% Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper 16.160 36.434 52.594 15.528 35.009 50.537 -3,9% Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates 87.626 993.416 1.081.042 91.392 1.036.110 1.127.502 4,3% Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy 82.707 605.829 688.536 82.892 607.187 690.080 0,2% Bens de Capital / Capital Goods 86.453 130.602 217.055 88.667 133.947 222.614 2,6% Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment 86.453 130.602 217.055 88.667 133.947 222.614 2,6% Bens Intermediários / Intermediate Goods 5.284 11.913 17.197 6.212 14.006 20.218 17,6% Embalagens Packaging and Labeling 5.284 11.913 17.197 6.212 14.006 20.218 17,6% Bens de Consumo Não Cíclico / Non-cycle Consumption Goods 156.799 794.971 951.770 182.798 926.788 1.109.587 16,6% Alimentos, Bebidas e Fumo Food, Beverage & Tobacco 156.799 794.971 951.770 182.798 926.788 1.109.587 16,6% Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods 240.007 436.618 676.625 274.673 488.424 763.097 12,8% Atacado e Varejo Wholesale and Retail 107.503 19.287 126.790 127.394 22.856 150.250 18,5% 12.626 33.894 46.520 13.295 35.690 48.985 5,3% 1.270 3.409 4.679 1.240 3.329 4.569 -2,4% 109.084 365.640 474.724 122.753 411.456 534.209 12,5% 9.524 14.388 23.912 9.991 15.093 25.084 4,9% Serviços / Services 415.448 786.936 1.202.384 425.211 809.111 1.234.322 2,7% Bancos & Crédito Banking 207.892 317.953 525.845 205.576 314.410 519.986 -1,1% Holdings Holdings 9.496 7.725 17.221 9.130 7.427 16.557 -3,9% Serviços Financeiros Financial Services 8.652 13.232 21.884 7.218 11.039 18.257 -16,6% Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services 25.321 38.726 64.047 33.916 51.872 85.788 33,9% Tecnologia da Informação Information Technology 26.751 40.412 67.163 26.012 39.296 65.309 -2,8% 137.336 368.889 506.225 143.359 385.067 528.426 4,4% 1.529.477 4.238.632 5.768.109 1.627.812 4.509.021 6.136.833 6,4% Educação Education Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing and Footwear Utilidades Domésticas Household Utilities Telecomunicações Telecommunication Total / Total * Estimado / *Forecast 12 BRASIL: PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÔMICOS (2001-2010) Brazil: Main economic indicators (2001 to 2010) Indicador / Indicator 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 (e) PIB Total Total GDP 1,3% 2,7% 1,1% 5,7% 3,2% 4,0% 6,1% 5,1% -0,2% 6,9% PIB Industrial Industrial GDP -0,6% 2,1% 1,3% 7,9% 2,1% 2,2% 5,3% 4,4% -5,5% 10,5% Extrativa mineral Mining 2,2% 11,6% 4,7% 4,3% 9,3% 4,4% 3,7% 4,9% -0,2% 3,9% Construção civil Real estate -2,1% -2,2% -3,3% 6,6% 1,8% 4,7% 4,9% 8,2% -6,3% 11,5% Indústria de transformação Manufacturing industry 0,7% 2,4% 1,9% 8,5% 1,3% 1,0% 5,6% 3,2% -7,1% 9,0% Serviços de utilidade pública Utilities -6,2% 2,9% 4,0% 8,4% 3,0% 3,5% 5,4% 4,8% -2,4% 5,8% PIB Agropecuário Agriculture GDP 6,1% 6,6% 5,8% 2,3% 0,3% 4,8% 4,8% 5,7% -5,2% 4,0% PIB Serviços Services GDP 1,9% 3,2% 0,8% 5,0% 3,7% 4,2% 6,1% 4,8% 2,6% 5,5% Comércio Commerce 0,0% -0,1% -0,5% 7,5% 3,5% 6,0% 8,4% 6,1% -1,2% 4,8% Transporte Transports 2,4% 2,8% -3,1% 5,9% 3,5% 2,1% 5,0% 3,4% -2,3% 5,0% Comunicações Communications 5,3% 5,0% 4,4% 5,5% 4,0% 1,7% 7,4% 8,9% 4,9% 5,3% Instituições financeiras Financial institutions 1,2% 2,3% -4,8% 3,7% 5,3% 8,4% 15,1% 13,0% 6,5% 8,9% 7,7% 10,4% 11,9% 12,5% 26,4% 35,4% 9,3% 7,7% 6,3% 7,6% 12,1% 14,7% 5,7% 1,2% -1,0% 3,1% 3,8% 4,3% 4,5% 7,9% 9,4% 5,9% 9,1% 9,8% 4,3% -1,4% -4,1% 6,0% 8,2% 8,9% R$ / US$ – fim de ano R$ / US$ – year end 2,32 3,53 2,89 2,65 2,34 2,14 1,77 2,34 1,74 1,85 R$ / US$ – média no ano R$ / US$ – average 2,35 2,92 3,08 2,93 2,43 2,18 1,95 1,83 2,00 1,81 SELIC Efetiva – fim do ano Effective SELIC rate – end of year 19,1% 24,9% 16,4% 17,7% 18,1% 13,2% 11,2% 13,7% 8,8% 11,5% SELIC Efetiva – média no ano Effective SELIC rate – average for year 17,5% 19,1% 23,5% 16,2% 19,1% 15,3% 12,0% 12,4% 10,0% 10,2% 9,1% 5,9% 13,0% 8,0% 12,7% 11,8% 7,2% 7,3% 4,3% 5,2% Contas nacionais / National accounts Índices de preços / Prices index IPCA / CPI IGP-DI / GPI IPA-DI / WPI Taxa de câmbio / Exchange rate Taxa de Juros / Interest rates JURO REAL (Selic / IPCA) Real interest rate (Selic / IPCA) Setor público / Public accounts Dívida líquida pública consolidada total (R$ bilhões) Net public debt (R$ billion) Dívida líquida pública consolidada Total (% do PIB) Net public debt (% of GDP) 680,1 896,1 933,6 982,0 1.035,3 1.112,7 1.200,8 1.153,6 1.345,3 1.506,6 52,2% 60,6% 54,9% 50,6% 48,2% 47,0% 45,1% 38,4% 42,8% 45,0% Resultado fiscal primário (% do PIB) Primary fiscal result (% of GDP) 3,4% 3,2% 3,3% 3,8% 3,9% 3,2% 3,4% 3,5% 2,1% 1,5% Resultado nominal (% do PIB – c/ câmbio) Nominal fiscal result (% of GDP– w/ exchange rate) -4,8% -9,6% -3,8% -2,6% -3,2% -3,5% -2,6% -2,0% -3,2% -3,7% 2,7 13,1 24,8 33,6 44,7 46,5 40,0 24,8 25,3 15,8 (23,2) (7,6) 4,2 11,7 14,0 13,6 1,6 (28,2) (24,3) (45,8) 22,5 16,6 10,1 18,1 15,1 18,8 34,6 45,1 25,9 39,5 Setor externo / Foreign accounts Balança comercial (US$ bilhões) Trade balance (US$ billion) Transações correntes (US$ bilhões) Current account (US$ billion) Investimento estrangeiro direto no País (US$ bilhões) Foreign direct investment in the country (US$ billion) Fontes: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan Elaboração e Projeção: GRC VISÃO Sources: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan Forecast by: GRC VISÃO 13 Foto: Flávio R. Guarnieri Brasil em perspectiva Brazil in perspective Os quatro desafios para a próxima década The four challenges for the coming decade Lucy Sousa* A primeira década do século XXI consolidou o mercado de capitais brasileiro como fonte de financiamento empresarial, por meio da atração da poupança nacional e internacional para a aquisição de valores mobiliários emitidos pelas companhias abertas. Entre 2000-09, as ofertas públicas somaram R$ 725 bilhões, sendo que, no período 2005-09, o total de ofertas primárias correspondeu, na média, a cerca de 25% da formação bruta de capital fixo brasileiro. No início da década, as ofertas públicas concentravam-se nas emissões de renda fixa, destacando-se as operações das companhias de arrendamento mercantil e de securitização de recebíveis. A partir de 2004, verificou-se um movimento de abertura de capital e lançamento de ações em setores diferenciados, como agronegócio, concessões rodoviárias, cosméticos, educação, imobiliário, logística, saúde, seguros e tecnologia da informação. Vários fatores justificam este movimento, tais como: a) forte demanda dos investidores, domésticos ou internacionais, em função da liquidez internacional, da redução da taxa de juros e dos bons fundamentos da economia brasileira; b) planos de investimento das companhias frente a uma conjuntura econômica favorável; c) desinvestimento de grupos controladores e investidores de private equity; d) esforço da BM&FBovespa em atrair novas companhias e novos investidores, destacando-se o lançamento do Novo Mercado; e) reforço do marco regulatório, trazendo maior segurança aos investidores e melhorando a formação de preço dos valores mobiliários. Tendo se afirmado como padrão de financiamento, os principais desafios do mercado de capitais brasileiro da próxima década são quatro: 1o. Aumentar o número de companhias abertas, uma vez que o mercado ainda está muito concentrado, seja no número de emissores, seja no número de companhias listadas em bolsa; 2o. Aumentar o número de investidores, especialmente as pessoas físicas, inclusive para contrabalançar a presença do investidor estrangeiro; 3o. Completar o marco regulatório, na busca de mais governança, qualificação, transparência e controles de risco, tanto para emissores como para os intermediários, reforçando o papel da autorregulação; 4o. Transformar o Brasil em centro financeiro internacional. As entidades do mercado de capitais já vem trabalhando para enfrentar esses desafios, de forma organizada, por meio do Plano Diretor do Mercado de Capitais e outros fóruns temáticos ou setoriais. *Presidente da APIMEC Nacional 16 The first decade of the XXI century firmed up Brazil’s capital’s market as a source of business financing by attracting national and international savings through acquiring securities issued by listed companies. Between 2000 and 2009, public offerings totaled R$ 725 billion, with those conducted between 2005 and 2009 accounting for some 25% on average of the gross formation of Brazilian fixed capital. At the start of the decade, public offerings focused on fixed income issues, particularly transactions involving companies focused on receivables securitization and leasing. From 2004 onwards, a trend was noted towards going public and issuing shares in a broader variety of sectors, including agribusiness, highway concessions, cosmetics, education, real estate, logistics, healthcare, insurance and information technology. Several factors justify this trend, including: a) heavy demands from domestic or international investors, due to international liquidity, lower interest rates and the solid foundations of the Brazilian economy; b) corporate investment plans tailored to a favorable economic context; c) divestment of other private equity by parent groups and investors; d) efforts by the BM&FBovespa to attract new companies and new investors, particularly the launch of Brazil’s Novo Mercado; e) strengthening the regulatory framework in order to offer greater safety to investors, with better price formation for securities. With this context firmed up as the financing standard, there are major challenges facing Brazil’s capital market during the next decade: 1. Increasing the number of listed companies, as the market is still very tightly clustered, by the number of issuers as well as the number of companies listed on the stock exchange; 2. Step up the inflow of investors, especially individuals, particularly to offset the presence of foreign investors; 3. Complete the regulatory framework, seeking better governance and qualifications, with more transparency and tighter risk controls for issuers as well as brokers and other intermediaries, buttressing the role of self-regulation; 4. Turn Brazil into an international financial hub. Entities on Brazil’s capitals market are already working hard to address these challenges in a well-organized manner through the efforts of the Capitals Market Master Plan and other theme- or sector-specific forums. President of the National Chapter of the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) Brasil: um país com ótimas perspectivas Brazil: A great country with great prospects Marcelo Giufrida* N ão foram poucos os desafios superados pela sociedade e economia brasileiras nos últimos quinze anos. Derrotamos a inflação crônica, consolidamos a estabilidade macroeconômica, amadurecemos nossas instituições públicas e políticas. Somos uma das maiores democracias do globo e, ao longo dos últimos quinze anos, conquistamos, aos olhos do mundo, relevância econômica inédita em nossa história recente. Os desafios dos próximos quinze anos não são pequenos. Sediaremos, nos próximos dez anos, por exemplo, dois dos maiores espetáculos esportivos do planeta, a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, que multiplicarão nossas necessidades de investimentos em infraestrutura. Para os mercados financeiro e de capitais, esses desafios representarão uma oportunidade valiosa para reafirmarmos seu papel de fomentadores do desenvolvimento. Nossos mercados já têm a maturidade, a profundidade e a solidez para cumprir esse papel. Os brasileiros buscarão cada vez mais novas alternativas de investimento. Como representantes dos mercados financeiro e de capitais, teremos o papel de oferecer essas alternativas, mas também de contribuir para preparar os brasileiros para tomar decisões conscientes de investimento. A educação de investidores continuará sendo uma das prioridades da ANBIMA. A construção de um ambiente de negócios que fomente o desenvolvimento é uma meta permanente. A qualidade e abrangência da regulação dos mercados brasileiros são reconhecidas internacionalmente. Temos uma larga experiência nessa área, o que nos ajudará a aprimorar nossos mercados continuamente. Os próximos quinze anos serão um período de crescimento da presença internacional do Brasil. O potencial de nossa economia chama a atenção de todo o mundo. Concretizar esse potencial e canalizá-lo de forma a contribuir para aprimorar a inserção brasileira no mercado internacional é um de nossos desafios. Para endereçá-lo, a ANBIMA, a BM&FBovespa e a FEBRABAN criaram, em 2010, a Brain, associação cujo objetivo é transformar o Brasil em um pólo regional de negócios para a América Latina. Temos quinze anos instigantes pela frente, e precisamos estar preparados para lidar com esses desafios com o sentido de urgência que eles exigem, mas com a serenidade de quem tem os instrumentos para enfrentá-los. Many challenges have been surmounted by Brazilian society and its economy during the last fifteen years, particularly curbing chronic inflation and consolidating macro-economic stability, while maturing its public institutions and policies. Now one of the world’s largest democracies, during the past decade and a half Brazil has achieved an economic importance in the eyes of the world that is unparalleled in its recent history. The outlook for the next fifteen years is no less challenging, as Brazil hosts two of the largest sports events on the planet – the World Cup in 2014 and the Olympic Games in 2016 – that will pump up needs for investment in infrastructure. For the financial and capitals markets, these challenges open up great opportunities to reaffirm their role as powerful forces driving national development. And Brazil’s markets are already endowed with the maturity, depth and solidity demanded by this role. As Brazilians are constantly seeking new investment alternatives, we – as the representatives of the nation’s financial and capitals markets – must offer these options, while also teaching Brazilians how to take aware investment decisions. Investor education will remain a priority for ANBIMA. Constructing a business context that fosters development is another permanent goal. The quality and scope of Brazil’s market regulations are acknowledged internationally, backed by ample experience in this field, ensuring that these markets are steadily upgraded. The next fifteen years will be a time of growth for Brazil’s international presence, with its economic clout drawing worldwide attention. Firming up this potential as a broader bridge for Brazil to explore international markets is another major challenge. Spearheading this effort, in 2010 ANBIMA, the BM&FBovespa and FEBRABAN set up the BRAIN (Brazil Investments & Business) Association, whose goal is to grow Brazil into regional business hub for Latin America. With fifteen vibrant years ahead, we must gear up for these challenges, responding with the urgency they demand but also with the serenity of those who know they have the tools and skills needed to leap smoothly over any hurdles. *Presidente da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) *President, Brazilian Financial and Capitals Markets Entities Association (ANBIMA). 17 Brasil em perspectiva Brazil in perspective Governança: um desafio de longo prazo Governance: a long term challenge Gilberto Mifano* I ncontestáveis e significativas são as evoluções recentes no mercado de capitais brasileiro, com a redefinição de suas próprias regras e padrões de conduta e pelo aperfeiçoamento da regulação em geral, tendo como exemplo a promulgação das Instruções 480 e 481 da Comissão de Valores Mobiliários. A dinâmica mostra-se contributiva à disseminação das melhores práticas de governança, em que os preceitos defendidos pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa em seu Código potencializam-se ainda mais. Olhando para frente, nesse contexto de ampliação e de aprofundamento do debate, advém o primeiro desafio, o de transformar as recomendações de boas práticas de Governança Corporativa em práticas efetivamente adotadas no cotidiano das organizações. Ações em benefício da transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa serão cada vez mais cobradas por acionistas e investidores e revelam-se essenciais no desenvolvimento das organizações, indo além das empresas com ações listadas em bolsa. É um desafio a ser enfrentado no médio e longo prazo, uma vez que se exige não só o aumento quantitativo de empresas envolvidas, mas também a qualidade em sua adesão, em que princípios e valores estejam realmente incorporados à cultura e identidade organizacional. Ao alinhar a prática aos conceitos e conhecimento das ferramentas de governança, como políticas, códigos, gestão de pessoas e mecanismos de controle, as organizações estarão construindo uma estrutura sólida de acesso facilitado a recursos e melhora em sua longevidade. Palavra-chave para as organizações, a continuidade demanda, cada vez mais, práticas responsáveis envolvendo os diferentes públicos de interesse e incorporando considerações de ordem social e ambiental, na definição dos negócios e operações. A temática Governança Corporativa, a exemplo das empresas, tem sua própria dinâmica e está em constante debate para adaptá-la às mudanças da realidade, acompanhando a evolução dos negócios e o ambiente regulatório, e para elevar as exigências quando as atuais já foram incorporadas pelas organizações. O desafio está em tornar essa discussão e a germinação de novas ações atraentes aos diferentes públicos, desde a alta administração das organizações até a sociedade em geral. Undeniable and significant changes have been taking place recently on Brazil’s capital markets, redefining its rules and standards of conduct, while fine-tuning its regulations in general, exemplified by the promulgation of Instructions Nº 480 and 481 by the Brazilian Securities Commission (CVM). This dynamic is helping disseminate better governance practices, enhancing the potential of the precepts urged by the Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC) through its Code. Looking ahead, the first challenge appears in this context of broader and deeper discussions: transforming corporate governance recommendations into routine practices for companies. Steps designed to enhance transparency, fairness, accountability and corporate responsibility will be demanded to an increasing extent by shareholders and investors, becoming essential aspects of business development and extending beyond companies listed on stock exchanges. This is a challenge to be addressed over the medium and long terms, requiring not only quantitative improvements in the companies involved, but also better quality compliance, with principles and values becoming firmly By aligning the implementation of these concepts and familiarity with corporate governance tools - such as policies, codes, personnel management and control mechanisms organizations will build up solid structures that ensure easier access to funding and longer life spans. A key concept for organizations, ongoing demands are to an increasing extent dependent on responsible practices that reach out to different stakeholders, encompassing social and environmental issues, when defining businesses and operations. Similar to companies, the issue of corporate governance has its own dynamic, with constant discussions ensuring that it keeps pace with changing realities, tailored to business developments and regulatory frameworks, in order to impose even more stringent requirements, as the current levels are already being met by organizations. The challenge lies in making these discussions appealing to a wide variety of publics, from senior management to society in general, prompting new actions. *Presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) * President of the Board Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC) 18 Brasil em perspectiva Brazil in perspective O mercado como base do desenvolvimento The market underpinning development Andrew Frank Storfer* O Brasil entra em uma nova fase, deixando para trás a inflação alta, o baixo crédito para consumo e apresentando uma real chance de crescimento forte por um longo prazo. Este crescimento, para ser sustentável e duradouro, necessita de enormes investimentos em infraestrutura. Estes investimentos só se concretizarão por meio da iniciativa privada. Embora se fale da necessidade de mais investimentos públicos, nossa realidade é que a estrutura de gastos do governo é tal que, na próxima década, dificilmente se terá investimentos públicos em nível suficiente. A iniciativa privada sim. Ela terá o papel principal nos investimentos e deverá utilizar todos os mecanismos possíveis na obtenção de recursos. O investimento externo é e continuará sendo importante. O financiamento das empresas pelo BNDES também tem seu papel. Mas o mercado de capitais será fundamental para a consolidação das empresas. Ele se apresenta como alternativa para remuneração do capital de investidores, atentos à governança e transparência das empresas e condições do país. As boas condições macroeconômicas, as perspectivas de crescimento, as condições institucionais como o respeito aos contratos, às agências reguladoras e à propriedade, as condições jurídicas são alguns dos pontos de conexão com o mercado. Hoje, a percepção de investidores é favorável ao país. Contudo, há um caminho a percorrer. Embora tenhamos atingido o grau de investimento, temos bons degraus a subir. Estamos bem comparativamente ao restante do mundo. Mas os demais países estão se mexendo e precisamos evoluir também para um ambiente de negócios melhor. Espera-se que o governo faça sua parte neste processo. É preciso, ainda, uma maior diversificação de investidores entre estrangeiros, institucionais e pessoas físicas. Também é desejável uma maior diversificação no próprio mercado, com um maior número de empresas com bom peso relativo, tanto na participação em capital como em volumes negociados. Hoje ainda temos um alto índice de concentração e devemos buscar a pluralidade. Neste contexto, é fundamental a presença de executivos preparados, capacitados e em linha com a nova realidade do país. As Brazil moves into a new phase, leaving high inflation and low consumer credit behind, it has a real chance of powerful growth over the long term. In order to be sustainable and long-lasting, this growth requires massive investments in infrastructure. These investments can be brought in only through private enterprise. Although much is said about the need for more government investments, the reality is that the structure of Brazil’s government expenditures means that it is unlikely is unlikely to allocate investments in sufficient quantities during the next decade. But private enterprise could well step into the breach, playing a leading role in investments and deploying all possible mechanisms to raise funds. Foreign investment is important, and will continue to be so, while financing for companies through Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES) will also play its role. But the capitals market will be crucial for corporate consolidation. This is a valid alternative for remunerating capital provided by investors who pay close attention to corporate governance and transparency, as well as country conditions. Good macro-economic conditions, a positive outlook for growth, institutional criteria such as respect for contracts, regulators and ownership, together with a clear-cut to juridical framework are some of the bridges connecting to the market Investors today tend to look favorably on Brazil. However, much still remains to be done: investment level has been attained, but higher ratings are still needed. Although Brazil is doing well compared to the rest of the world, other countries are taking action, and it must progress steadily towards a better business environment as well. The government is expected to do its part in this process. Wider diversification is still required among foreign, institutional and individual investors, in parallel to broader market diversification, with more companies endowed with good relative weights in terms of capital stakes and trading volumes. Still with a high level of concentration, Brazil must now seek plurality. Within this context, well-trained executives are vital, highly qualified and closely attuned to the new reality of Brazil. *Presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) *President, National Association of Finance, Administration and Accounting Executives (ANEFAC) 20 Parceiros no desenvolvimento Partners in development José de Souza Mendonça* C rescimento é bom e sustentável quando se apóia em fundamentos sólidos. Levando isso em consideração, é difícil não ser otimista quando se pensa no futuro dos fundos de pensão e do mercado de capitais no Brasil. Uma confiança que cresce ainda mais quando se pensa que o resultado de uma poupança previdenciária em expansão e de um mercado forte é a maior capitalização das companhias abertas. Os fundos contam hoje com uma forte base sobre a qual podem crescer com segurança e o mesmo pode-se dizer do mercado de capitais. Administradores de um patrimônio superior a R$ 510 bilhões, recursos à disposição de empresas e projetos para alavancar o esforço produtivo do País, dispõem de uma base legal e normativa elogiada internacionalmente. Em cima disso, aperfeiçoaram a gestão e os controles utilizados, ao mesmo tempo em que aprenderam a usar a governança como uma ferramenta imprescindível. A profissionalização dos gestores é um dado concreto e estamos a um passo de começar a certificá-los. Igual é a confiança nos agentes do mercado. Para metabolizar tantos fatores favoráveis só precisamos integrar cada vez mais aqueles que estão construindo o futuro, os dirigentes de fundos de pensão, as direções das companhias abertas e os profissionais do mercado de capitais, na busca de uma parceria que precisa avançar mais e só tem a ganhar com isso. Afinal, a luta pela estabilidade de regras, a capacidade e inteligência postas a serviço do desenvolvimento de novos produtos, o reconhecimento da necessidade de retirarmos os últimos obstáculos que ainda obstam a nossa presença globalizada, não terminam nunca. Nessa caminhada precisamos ter ao nosso lado o brasileiro comum, em especial os participantes de fundos de pensão, que devem ser atraídos por um cuidadoso esforço em favor da educação financeira e previdenciária das massas. Fazendo crescer o número de poupadores, estaremos gerando mais poupança estável de longo prazo, em favor da atividade produtiva. O cenário é, assim, de oportunidades, oferecendo a valiosa lição de que os fundos de pensão precisam do mercado e vice-versa e, mais que tudo, mostrando que essa dependência precisa estar ancorada em bases sólidas e permanentes. Growth is good when sustainable and based on solid foundations. This belief underpins an upbeat view of the future of pension funds and the capitals market in Brazil, buoyed by steadily rising figures for pension savings with a strong market that provides a steady flow of capitalization funding for listed companies. Like Brazil’s capitals market, these funds today have firm foundations underpinning dynamic growth. Managing assets worth more than R$ 510 billion, with funding for companies and projects providing ample leverage for production in Brazil, they are endowed with a legal and regulatory framework that is praised internationally. Moreover, they have fine-tuned their management and control techniques while learning to deploy corporate governance as a crucial tool. The professionalization of these managers is a undeniable fact and we are a only step away from starting to certify them. Confidence is just as high among market agents. All that is needed to metabolize so many favorable factors is for those who are building up the future - pension fund managers, the executives of listed companies and professionals working on the capitals market - to forge ahead with the quest for partnerships that must expand wider still, generating even more benefits. After all, the struggle for stable rules still continues, backed by impressive skills and smarts devoted to developing new products and acknowledgment of the need to sweep away the last few hurdles still hampering a globalized presence for Brazil. Moving ahead along this path, we need the Brazilian people with us, especially pension fund participants attracted by a carefully planned drive to provide the masses with financial education and information on how to ensure a secure future. After all, more savers mean more stable long term savings for underwriting production activities. This context is thus packed with opportunities, offering a valuable lesson: pension funds need the market and vice-versa. Above all, it confirms that this mutual dependence must be anchored on solid, permanent bases. *Diretor Presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) President, Brazilian Closed Private Pension Fund Entities Association (ABRAPP) 21 Foto: Flávio R. Guarnieri Brasil em perspectiva Brazil in perspective Consolidar e avançar em novas conquistas Consolidation with conquests Walter Mendes de Oliveira Filho* A missão de prever os desafios da próxima década é particularmente difícil quando se leva em conta a intensidade das mudanças ocorridas no mercado de capitais brasileiro nos últimos 10 anos. Entre elas, a forte internacionalização, o renascimento das emissões primárias, o enorme crescimento do volume negociado, a transformação das Bolsas em empresas abertas e o aperfeiçoamento da Governança Corporativa. Nesse último caso, destacam-se a edição do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa pelo IBGC, a alteração no Congresso Nacional da lei societária, a criação do Novo Mercado pela Bovespa e todo o conjunto de normas e orientações editado pela CVM. Os resultados colhidos por essas mudanças fariam tímida a previsão do mais otimista dos analistas há dez anos. O mercado de ações se estabeleceu como alternativa viável de captação de recursos para companhias. Parte dessa conquista deve ser atribuída aos bons fundamentos econômicos do País. Entretanto, as políticas adotadas pouco teriam contribuído se não encontrassem vários esforços para colocar o mercado de capitais nos trilhos das boas práticas da governança corporativa. Afinal, para que as empresas levantem recursos é necessário que existam investidores que, além de acreditarem nos planos de negócios e no crescimento, se sintam seguros quanto às regras do jogo e ao risco a que se submetem. O mercado de capitais aprendeu rápido que governança corporativa e transparência são atributos reconhecidos por investidores e acrescentam valor às ações. Cabe às entidades do mercado garantir que a evolução conquistada se consolide e avance. Nesse sentido, arrisco afirmar que os desafios da próxima década estão ligados ao aperfeiçoamento da Governança Corporativa. Diferente das demais transformações, esta depende de uma mudança cultural e por isso é mais vulnerável a resistências e eventuais retrocessos. Para evitá-lo, é necessário não apenas a vigilância, exercida pela CVM e por entidades como a Amec, mas também a evolução, com propostas mais avançadas e instrumentos mais efetivos. Entre essas, destaca-se a criação do Takeover Panel no Brasil, como uma entidade independente, reconhecida e respeitada por todos os agentes do mercado, que regule as operações de fusões e aquisições, principal origem dos ataques aos direitos dos acionistas minoritários. Essa poderá ser a mudança que colocará o Brasil em um novo patamar de Governança Corporativa, qualificando-o como um mercado de capitais internacional de grande relevância. Foreseeing the challenges that lie ahead in the next decade is a difficult task, particularly in view of the changes that have swept across Brazil’s capitals market during the past ten years. Ranging from strong internationalization through to the reappearance of primary issues, they also encompass massive growth in trading volumes, stock exchanges incorporated and taken public, and finetuned corporate governance. Particularly noteworthy aspects are the publication of the Best Corporate Practices Code by the Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC), alterations to Brazil’s Joint Stock Corporations Act, the establishment of the Novo Mercado by the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) and the entire set of rules and guidelines laid down by the Brazilian Securities Commission (CVM). The outcomes of these changes make even the most upbeat forecasts seem timid, drawn up by the analysts ten years ago, as the Brazilian stock market firms up its status as a feasible alternative for companies to bring in funding. Some of these accomplishments must be credited to Brazil’s solid economic foundations. However, these policies would have contributed little, if not underpinned by a dynamic drive to place Brazil’s capital market firmly on the rails of good corporate governance practices. After all, for companies to bring in funding, they need investors who, in addition to believing in their business plans and growth, feel confident about the rules of the game and the risks that they accept. Brazil’s capitals market quickly learned that corporate governance and transparency are attributes that are appreciated by investors, boosting share prices. It is up to the market entities to ensure that these accomplishments are consolidated, moving steadily ahead. Along these lines, I dare say that the challenges for the next decade will focus largely on fine-tuning corporate governance practices. In contrast to other changes, this depends on a cultural shift, thus being more sensitive to resistance and backsliding. To prevent this, constant vigilance is required by the Brazilian Securities Commission (CVM) and entities such as the National Association of Capitals Market Investors (AMEC), keeping pace with steady development through increasingly sophisticated proposals and more effective tools. Outstanding among these steps is the establishment of the Takeover Panel in Brazil as an independent entity that is acknowledged and respected by all market agents as the regulator for mergers and acquisitions – the main sources of attacks on minority shareholder rights. This may well prove the challenge that will bring Brazil up to a new level of corporate governance, qualifying it as a major international capitals market. *Presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) President, National Association of Capitals Market Investors (AMEC) 22 Foto: Flávio R. Guarnieri Governança Corporativa na Europa Corporate governance in Europe Luiz Spinola* E ntre o final de abril e início de maio, participei da 2ª Jornada Técnica organizada pelo IBGC, em Londres e Paris, que reuniu 52 pessoas. O objetivo foi o de expandir o conhecimento dos participantes sobre a atualidade da Governança Corporativa na Europa e suas tendências, tendo como pano de fundo a crise financeira mundial ocorrida em 2008. Este texto contém algumas observações sobre os principais temas tratados nessas reuniões. Ativismo dos Investidores Institucionais – Em toda a Europa, como as taxas de juros nominal e real são significativamente inferiores do que as prevalecentes no Brasil, a poupança financeira de longo prazo é predominantemente alocada em ações. Na maior parte das companhias abertas, a presença de investidores institucionais no quadro acionário é bastante relevante. Após a crise de 2008, houve grande decepção quanto à eficácia da autorregulação e à capacidade dos investidores institucionais de separar o joio do trigo. Houve um clamor dos investidores por uma regulação mais forte e efetiva sobre as companhias abertas. Diferentemente do que acontece no Brasil, em que os fundos (de investimento e de pensão) são relativamente ativistas, na Europa até bem pouco tempo esta postura não existia. As razões para esta passividade eram: no Reino Unido, a dispersão do capital e, na Europa continental, o interesse dos investidores institucionais em manter certa distancia das companhias. Ao se estudar a governança das grandes empresas, mormente dos bancos, em decorrência das enormes perdas sofridas durante a crise, constatou-se que era fraca e ineficaz. Há hoje uma preocupação de que os investidores institucionais tenham maior controle sobre as empresas investidas e, portanto, um maior nível de ativismo. Observou-se também que os fundos de pensão europeus, quando investem em fundos de private equity adotam uma postura passiva, enquanto que no Brasil, ao contrário, há um estreito monitoramento do desempenho destes veículos, muitas vezes até mesmo tendo representantes em seus comitês de investimento. Avaliação do Conselho de Administração – A crise de 2008, sentida com muita força em toda a Europa, trouxe à baila vários questionamentos: Onde estavam os conselhos de administração e cada um de seus membros? Os conselhos desconheciam a real situação, principalmente no setor bancário? Os conselheiros estavam preparados? Concluiu-se que a resposta é a de que os sistema de In late April and early May, I attended the II Technical Meeting hosted by the Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC) in London and Paris, gathering together 52 people. Its purpose was to enhance the knowledge of the attendees on the current status of Corporate Governance in Europe and its trends, set against the background of the worldwide financial crisis in 2008. This article offers some remarks on the main issues addressed during these sessions. Activism among Institutional Investors – All over Europe, long term financial savings are allocated mainly to shares, as nominal and actual interest rates are significantly lower than those prevailing in Brazil. For most listed companies, the presence of institutional investors among their stockholders is quite significant. After the 2008 meltdown, there was widespread consternation over the efficacy of self-regulatory measures and the inability of institutional investors to separate the wheat from the chaff, with investors clamoring for tighter and more effective controls over listed companies. In contrast to what happens in Brazil, where investments and pension funds adopt a relatively activist approach, this stance was not found in Europe until quite recently. The reasons for this passivity were: capital fragmentation in the UK, while institutional investors prefer to remain aloof from companies in Europe. When examining the governance of major corporations, particularly banks, due to the massive losses posted during the crisis, it became quite apparent that these systems were weak and ineffective. Today, there is heightened awareness that institutional investors should have firmer controls over the companies that they invest in, consequently requiring higher levels of activism. It was also noted that European pension funds adopted a passive stance when investing in private equity funds, while the situation is very different in Brazil, with close monitoring of the performances of these funds, frequently to the extent of appointing representatives to their investment committees. Board Assessments – Sweeping powerfully across Europe, the 2008 meltdown triggered an entire set of queries: where were the boards and each of their members? Were the boards 23 Brasil em perspectiva governança eram significativamente frágeis e falhos. A partir dessa triste conclusão, surgiu uma maior preocupação com a escolha dos conselheiros, com os controles internos e a gestão de riscos, com a exigência de mais trabalho por parte dos conselhos de administração e de seus comitês, com a adequação à estratégia de médio e longo prazo das empresas. Uma das providências adotadas para corrigir a fragilidade do sistema de governança foi a de valorizar a prática da avaliação do conselho como um todo e de seus membros individualmente. Analisar anualmente o desempenho do conselho passou a ser considerado essencial para a melhoria da performance das empresas. Debateu-se e questionou-se a efetividade das ferramentas que vêm sendo aplicadas e disseminadas pelo mundo, e quais são realmente as melhores a serem utilizadas para se atingir os objetivos e obter os benefícios desejados de melhoria na governança. Questionou-se, por exemplo, o aprimoramento da transparência por meio de maior disclosure em temas como as contas anuais, a remuneração dos executivos e os conflitos de interesse. Embora a Internet tenha facilitado o acesso a informações disponibilizadas pelas empresas, a transparência nem sempre alcança os objetivos desejados e é, muitas vezes, mal aplicada, não levando ao conhecimento publico uma qualidade adequada de disclosure de informações críticas das empresas. Takeover Panel – O Takeover Panel é visto no Reino Unido como importante entidade privada voltada para assegurar o principio de que são os acionistas que devem decidir num processo de transferência de controle. Foram citados somente os seus aspectos positivos, tais como imprimir clareza nas operações de transferência de controle, diminuindo os riscos e permitindo que essas transações aconteçam de maneira mais eficiente, e assegurar uma conduta eqüitativa entre os acionistas. Não foram mencionados, entretanto, seus custos. Ademais, como seus componentes são, em sua maioria, cedidos por tempo limitado (em geral 2 anos) por agentes do mercado (escritórios de advocacia, bancos de investimento, gestores de recursos, corretores, etc), os participantes da Jornada ficaram preocupados com fato de que tal Panel emite normas, interpretaas e funcionar como o seu principal julgador, podendo facilmente agir sob fortes conflitos de interesse, o que torna-se um risco para a neutralidade com que deveria atuar. “Apply or explain” – A abordagem de “comply or explain”, que mais recentemente evoluiu para “apply or explain” (“aplique ou explique”) tem se difundido entre a maioria dos países europeus. Inicialmente adotada pelo Reino Unido, essa forma de autorregulação passou, na década passada, a ser gradativamente adotada por praticamente todos os países da Europa continental que tem mercados de capitais ativos (Alemanha, França, Itália, Espanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Grécia e Portugal). 26 Brazil in perspective unaware of the real situation, particularly in the banking sector? Were the board members properly prepared? The answer seems to be that governance systems were both flimsy and sparse. Prompted by this gloomy conclusion, much concern is now appearing over the selection of board members, with in-house controls and risk management requiring more work from the boards and their committees, adapting medium and long term corporate strategies. One of the steps adopted in order to buttress the weak points in the governance system was to upgrade the practice of board assessments as a whole and for their individual members. Analyzing board performances each year is now considered an essential step for upgrading corporate accomplishments. The effectiveness of the tools being deployed and disseminated all over the world has been discussed and questioned, seeking to discover the best options for attaining goals and obtaining the desired benefits from better governance. For example, questions were raised about enhancing transparency through better disclosure in areas such as the annual accounts, the remuneration paid to senior management, and conflicts of interest. Although the Internet ensures easier access to information disclosed by companies, transparency does not always reach the desired level, and is often poorly deployed, not providing the public with sufficient knowledge through proper disclosure of critical corporate information. Takeover Panel – The Takeover Panel is viewed in the UK as an important private entity established to ensure the principle that it is the shareholders that must take the decisions in control transfer processes. Only the positive aspects were mentioned, such as endowing control transfer transactions with clarity, reducing risks and allowing these transactions to take place more efficiently, while ensuring fair play among the shareholders. However, its costs were not mentioned. Moreover, as its members are generally appointed for fairly short terms of office (generally two years) by market agents (law firms, investment banks, fund managers, brokers, etc.), the attendees at this Meeting were concerned about the fact that this Panel issues directives, construing them and serving as the main adjudicator, meaning that it could easily be influenced by powerful conflicts of interests that might well jeopardize its necessarily impartial stance. Apply or Explain – The Comply or Explain approachwhich recently developed into the Apply or Explain requirement – has been spreading through most of the European countries. Adopted initially in the UK, this type of self-regulation has been gradually absorbed during the past decade by almost all European nations with capitals Durante as palestras em Londres, onde o “apply or explain” é uma prática usual, foram citadas as vantagens de sua adoção. Ao contrário da norma geral a ser cumprida, o “apply or explain” permite às companhias, em certas situações, não observarem determinada regra, justificando por que, embora normalmente ajam dentro dos princípios da Governança Corporativa optaram por outra forma de Governança naquele item específico. Dentre as vantagens desta forma de autorregulação, foram ressaltadas: (i) contribui para a transparência das companhias, que explicam suas especificidades para seus “stakeholders”; (ii) trata-se de uma abordagem mais flexível do que a regulação; (iii) permite uma evolução das regras de governança; (iv) evita a necessidade das companhias terem de observar regras compulsórias que muitas vezes não são adequadas às suas realidades e peculiaridades; (v) contribui para a eficiência do mercado, pois força as companhias a exercitar o diálogo com seus acionistas, fazendo com que o mercado incorpore essas informações ao preço das ações; e (vi) não tem um impacto de custo significativo para as companhias. Tem se verificado uma grande aceitação da abordagem do apply or explain por parte dos participantes do mercado, tanto investidores individuais e institucionais, como gestores de recursos, companhias, bolsas de valores e reguladores. No Reino Unido, tanto as entidades reguladoras como as autorreguladoras credenciam organizações privadas para exercerem a atividade de monitoração das regras dos códigos de autorregulação, mormente do Combined Code. Através deste credenciamento, os participantes do mercado passam a contar com relatórios de entidades isentas, que informam quanto ao grau de aderência das companhias aos princípios do código. O objetivo dessas entidades de monitoração é o de (i) verificar a disponibilidade de informações e (ii) avaliar a relevância das informações divulgadas. A atividade de monitoração é exercida através de (i) análises freqüentemente divulgadas ao mercado, (ii) recomendação de formas padronizadas de informação sobre itens da governança das companhias, e (iii) permanente interação com as companhias. Além de credenciar tais entidades monitoradoras, no Reino Unido os auditores independentes também recebem a delegação para verificar determinados fatos, contidos nos relatórios das companhias, que enfocam suas respectivas Governanças Corporativas, em uma tentativa de melhorar a prática do apply or explain. Já na Europa Continental, são as próprias entidades autorreguladoras que executam o trabalho de monitorar a observância das companhias aos princípios dos códigos a que estão sujeitas, crescentemente sob a abordagem do apply or explain. markets: Germany, France, Italy, Spain, the Netherlands, Belgium, Denmark, Sweden, Greece and Portugal. During the lectures in London, where the Apply or Explain approach is common practice, the advantages of its adoption were highlighted. In contrast to the usual rules that must be followed, the Apply or Explain system allows companies not to follow a specific rule in certain situations, provided that they justify why they opted for some other type of governance in a specific matter, although otherwise complying with corporate governance principles. Outstanding among the advantages of this type of self-regulation are: (i) enhanced corporate transparency, as companies explain their specific characteristics to their stakeholders; (ii) this approach is more flexible than regulation; (iii) the rules of governance may develop; (iv) it avoids the need for companies to comply with mandatory rules that are frequently not well tailored to their specific characteristics and situations; (v) this enhances market efficiency, as it forces companies to enter into dialogs with their shareholders, ensuring that the market includes this information in share prices; and (vi) there are no significant impacts on corporate costs. With the Apply or Explain approach being widely accepted by market players, particularly individual and institutional investors, as well as fund managers, companies, stock exchanges and regulators in the UK, regulators and self-regulators are accrediting private organizations to monitor the rules laid down in self-regulation codes, particularly the Combined Code. Through this accreditation, market players are provided with reports issued by impartial entities, rating the extent to which companies comply with the principles set forth in the Code. The purpose of these watchdog entities is to: (i) ascertain the availability of information; and (ii) assess the relevance of the information disclosed. Oversight activities are undertaken through (i) analyses that are disclosed frequently to the market: (ii) recommendations on standardized forms for information related to corporate governance items; and (iii) permanent interaction with the companies. In addition to accrediting these oversight entities, independent auditors in the UK are also authorized to check certain facts in company reports, focused on their respective corporate governance systems, in order to upgrade these Apply or Explain practices. In Europe, self-regulator entities perform the tasks required for overseeing corporate compliance with the principles of the codes to which they are subject, based to an increasing extent on the Apply or Explain approach. Vice-Presidente da Abrasca e membro dos Conselhos de Administração da Cremer S/A, João Fortes Engenharia S/A, e Medidata Informática S/A. Vice-President of ABRASCA, with a seat on the Boards of Cremer S/A, João Fortes Engenharia S/A, and Medidata Informática S/A. 27 A retomada econômica no Brasil e o aumento nas taxas de juros O Brasil encerrou 2009 com uma pequena queda (-0,2%) no Produto Interno Bruto (PIB), resultado que pode ser considerado positivo, diante da retração de 2,4% dos Estados Unidos (o maior baque desde 1946), de 4,1% na zona do euro e de 1,9% na América Latina. No final do ano, porém, o país já mostrava sinais claros da retomada da atividade industrial. A previsão para 2010, feita pelo próprio Banco Central, é superior a 7%. O economista Eric Sweet, no artigo que abre essa seção, adverte que a instabilidade internacional pode arrefecer esse ritmo. Já o economista Ricardo Schiller Freiburghaus, no artigo intitulado “Preço X Inflação X Taxa de Juros”, alerta que o Brasil deveria estar discutindo cortar e não aumentar as taxas de juros. “Um processo que prejudica o setor produtivo, os assalariados e que eleva fortemente a dívida interna do próprio governo”, acentua. A minor dip (-0.2%) in Brazil’s Gross Domestic Product (GDP) could well be viewed as cause for congratulations, compared to the 2.4% drop in the USA (the most severe loss since 1946) and a 4.1% plunge in the Euro Zone, with Latin America down by 1.9%. However, signs of recovery for industrial activities were already quite clear by the end of the year, with a forecast topping 7% released by the Brazilian Central Bank for 2010. In the article opening this Section, economist Eric Sweet warns that international turmoil may upset this pace. In the article entitled Price X Inflation X Interest Rate, economist Ricardo Schiller Freiburghaus stresses that Brazil should be discussing cuts rather than increases in its interest rates. “This is a process that undermines the production sector and hamstrings wage earners, while pumping up domestic debt held by the government,” he warns. Economic bounceback for Brazil as interest rates rise 28 Visão econômica Economic viewpoint Crescimento brasileiro para 2010 supera expectativas Brazil’s growth outstrips expectations for 2010 Eric Sweet* ano de 2009 começou de maneira muito peculiar e quase assustadora. O cenário mundial ainda era marcado pela crise financeira, com todas as incertezas inerentes a estes momentos. As bolsas de valores ao redor do mundo permaneceram em queda até março do ano passado, quando, então, passaram a reagir timidamente. Ainda assim, notícias positivas eram constantemente retrucadas por números negativos. Em novembro, por exemplo, o emirado árabe de Dubai, atingido em cheio pela crise financeira após anos de crescimento ininterrupto, decretou seis meses de moratória das dívidas de seu principal conglomerado, o Dubai World. Nesta época, também estava clara a crítica situação enfrentada pela maioria dos países da Europa. Os países em desenvolvimento, notadamente os BRIC, também não saíram ilesos. O termo BRIC foi utilizado pela primeira vez há alguns anos atrás como um acrônimo para Brasil, Rússia, Índia e China, e, desde então, popularizou-se na referência aos quatro países em rápido desenvolvimento no comércio mundial. Com o agravamento da crise financeira em outubro de 2008, estes países foram fortemente afetados, ainda que de formas distintas, em função da deterioração tanto do mercado externo como do mercado interno. Suas moedas passaram rapidamente a perder valor frente ao dólar, enquanto suas bolsas de valores registravam bruscas quedas. Entretanto, a partir de março, a maré voltou a correr em direção à Ásia e à América do Sul. Ao final de 2009, os países em desenvolvimento haviam mostrado uma economia mais forte e sustentável que grande parte do mundo desenvolvido e, como reflexo, o dólar voltou a se desvalorizar. O The early months of 2009 were strange and rather frightening, with a global context still quaking in the aftermath of the worldwide financial crisis, with all the uncertainties inherent to such troubling times. Stock exchanges all over the world continued to plummet through to March last year, then starting to creep back up, although still at a timid pace. A steady stream of positive news was constantly rebutted by negative figures. for example: one of the Arab Emirates, Dubai declared a six-month moratorium in November on the debts incurred by its main conglomerate, Dubai World, foundering in the wake of the credit crunch after years of thriving expansion. At that time, the critical situations faced by most of the European countries were also quite clear. The developing countries, did not escape unscathed, especially the BRIC nations: Brazil, Russia, India and China. Coined a few years, this acronym is now widely used to refer to these four countries which are moving rapidly ahead in global trade. As the financial crisis deepened in October 2008, these countries were severely affected, although in quite different ways, due to the deterioration of international and domestic markets. Their currencies began to devalue rapidly against the US Dollar, while their stock exchanges posted sharp drops. However, from March onwards, the tide turned, starting to flow towards Asia and South America. By year-end 2009, the developing countries were flaunting economies that were stronger and more sustainable than much of the more developed world, consequently reversing the rise in the value of the US Dollar. BRASIL SE SAI BEM, APESAR DE LIGEIRA QUEDA NO PIB BRAZIL CAME THROUGH WELL, DESPITE A DIP IN ITS GDP O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o primeiro das Américas a ver sua economia sair da recessão. Já em meados do ano, previsões passaram a apontar a possibilidade de uma ligeira expansão do PIB, o que acabou não se confirmando Brazil was the first country in the Americas to haul its economy move out of the recession. By mid-year, forecasts were already indicating possibilities of an uptick in its GDP, which did not actually appear, despite positive value added 29 Visão econômica Economic viewpoint apesar de variações positivas do segundo ao quarto trimestre no valor agregado. O Brasil encerrou o ano com uma pequena queda (-0,2%1) no Produto Interno Bruto (PIB), um resultado que pode ser considerado positivo diante da retração de 2,4% dos Estados Unidos (o maior baque desde 1946), de 4,1% na zona do euro e de 1,9% na América Latina. Logo em seguida, o país mostrou uma recuperação mais forte dos níveis de produção, com números surpreendentes no primeiro trimestre de 2010. Neste período, o PIB brasileiro cresceu 2,7% em relação ao último trimestre de 2009, com destaque para a expansão de 4,2% da indústria e de 7,4% da Formação Bruta de Capital Fixo (conta que mede a ampliação da capacidade produtiva futura de uma economia por meio de investimentos correntes em ativos fixos). Comparado com o primeiro trimestre do ano anterior, esses números saltam para 9% para o PIB, 14,6% para a Indústria e 26% para a Formação Bruta de Capital Fixo. De fato, ao longo de 2010, as expectativas de crescimento econômico brasileiro têm sido constantemente revisadas para cima, com o intuito de incorporar os avanços verificados na produção e no consumo. Ao final de junho, o boletim Focus, do Banco Central, apontava expectativas de crescimento de 7,13% para o ano, uma impressionante evolução frente às expectativas no início do ano, que giravam em torno dos 5%. variations from the second through to the fourth quarter. Closing the year with only a minor dip (-0.2%1) in its Gross Domestic Product (GDP), Brazil could well rate this outcome as positive, compared to 2.4% shrinkage for the USA (the most severe drop since 1946), with the Euro Zone down by 4.1% and -1.9% for Latin America. Soon after, Brazil posted a strong recovery in its production levels, with surprising figures for the first quarter of 2010. During this period, its GDP rose by 2.7% compared to the last quarter of 2009, with the highlights being increases of 4.2% for industry and 7.4% for Gross Fixed Capital of Formation (the account measuring the expansion in the future production capacity of an economy through current investments in fixed assets). Compared to the first quarter of the previous year, these figures rise to 9% for Brazil’s GDP, 14.6% for Industry and 26% for Gross Fixed Capital of Formation. Expectations of economic growth for Brazil during 2010 have been steadily revised upwards, in order to include rising production and consumption. By the end of June, the Focus bulletin published by the Brazilian Central Bank indicated expected growth of 7.13%, an impressive increase compared to expectations at the start of the year, which hovered around 5%. INDÚSTRIA PUXA O CRESCIMENTO INDUSTRY DRIVING GROWTH O grande motor deste crescimento tem sido a indústria, a mesma atividade que, no ano anterior, havia sentido de forma intensa a brusca redução da demanda internacional. Em 2009, a produção física industrial teve o seu maior recuo (-7,4%) frente a igual período do ano anterior desde 1990 (-8,9%) e o primeiro recuo da atividade produtiva desde 1999. No ano passado, o primeiro semestre apontou perdas mais acentuadas (-13,4%) que o segundo (-1,7%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Mas no último trimestre, já era possível observar uma retomada da atividade industrial, com uma aceleração de 5,8%. No ano, a queda foi generalizada para todas as categorias de uso, resultados que refletem em grande parte as perdas no nível de investimento, influenciadas pela deterioração da confiança dos agentes econômicos e a forte redução da demanda. Entre as atividades, as quedas mais expressivas vieram de máquinas e equipamentos (-18,5%), veículos automotores (-12,4%), metalurgia básica (-17,5%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-25,5%). Por categoria de uso, a queda mais intensa concentrou-se no setor de bens de capital (-17,4%), seguido por bens intermediários (-8,8%). As categorias de bens de consumo, tanto duráveis (-6,4%) quanto semi e não duráveis (-1,6%), fecharam o ano com quedas menos intensas que a média. The main driving force behind this growth has been industry, the same sector that suffered so severely the previous year from plunging international demands. In 2009, the physical output of the industrial sector posted its sharpest drop since 1990 (-7.4%) compared to the same period the previous year (-8.9%), with this being the first set back in production activity since 1999. Last year, the first six months posted even more severe losses (-13.4%) than the second (-1.7%), both compared against the same periods the previous years. But during the last quarter, industrial activities were already starting to bounce back, rising by 5.8%. During the year, an acrossthe-board drop was noted for all usage categories, reflected largely in shrinking investment levels, undermined by weakening confidence among economic agents and plummeting demands. Among these activities, the most significant shrinkage was posted by machines and equipment (-18.5%); automotive vehicles (-12.4%); basic metallurgy (-17.5%); and electronic materials and communications equipment (-25.5%). By usage category, the steepest drop occurred in the capital goods sector (17.4%), followed by semi-finished goods (-8.8%). The consumption goods categories, both durable (-6.4%) as well as semi- and non-durable (-1.6%), ended the year with shrinkage that was less steep than the average. 1 1 Dados Oficiais disponíveis em Julho de 2010, sujeitos a revisão 30 Official Data available in July 2010, subject to review Produção Física da Indústria * Para 2010 são considerados dados de produção física de janeiro a maio Fonte: IBGE Industrial Physical Output * Data for 2010 includes industrial physical output from January to May. Source: Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE) MEDIDAS ANTICÍCLICAS NO COMBATE À CRISE ANTI-CYCLIC MEASURES COMBAT CRISIS O desempenho da economia brasileira em 2009 também foi marcado por um conjunto de medidas do governo para incentivar a demanda nos principais setores produtivos. A redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e os sucessivos cortes na taxa básica de juros, que caiu cinco (5) pontos percentuais para encerrar 2009 em 8,75% ao ano, por exemplo, contribuíram para a venda de 3,14 milhões de veículos novos no mercado interno, com aumento de 11,4% em relação aos números do ano anterior. O setor automobilístico foi uma das estrelas do crescimento da economia no ano passado. Muito se discutiu sobre o impacto da redução do IPI na sustentação da expansão do setor. De fato, a redução do IPI foi tão importante quanto a manutenção da disponibilidade de crédito barato para o setor. Isso é natural em uma economia com consumo e crédito reprimidos. Entretanto, a Selic retomou o padrão de alta e os impostos voltaram ao padrão pré-crise. Estes fatores podem funcionar como um freio natural para a expansão das vendas de automóveis, mesmo num ano de forte crescimento econômico. Para este ano, a expectativa é de um crescimento de 7,9% das vendas de automóveis no mercado doméstico. Ao lado desses fatores, o governo manteve políticas anteriormente em vigor, sustentando o nível de gastos na economia. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, foram mantidos. Por outro lado, ainda foram criados outros dois programas relevantes: o “Minha Casa, Minha Vida”, que mostra seu alcance com a The performance of the Brazilian economy in 2009 was also shaped by a set of measures introduced by the government to pump up demands in major production sectors. The reduction in the Industrialized Products (IPI) Tax and a series of cuts in the basic interest rates, which dropped by five percentage points, reaching year-end 2009 at 8.75% p.a., for example, underpinned the sale of 3.14 million new vehicles on the domestic market, an increase of 11.4% compared to the figures for the previous year. The automobile sector was one of the stars by economic growth last year. Many discussions have explored the impact of the reduction in the IPI Tax for underpinning the expansion of this sector. In fact, the IPI Tax cut was just as important as making sure that cheap credit remained available for this sector, which is quite natural in an economy with repressed consumption and credit. However, the SELIC rate returned to its normal high level, and taxes also went back to their pre-crisis brackets. These factors may serve as a natural brake, reining in automobile sales, even during a year of strong economic growth. For the current twelve months, automobile sales on the domestic market are expected to rise by 7.9%. Alongside these factors, the government kept earlier policies in place, in order to buttress spending levels in the economy. Investments in the Accelerated Growth Program (PAC) were maintained, while two other important programs were introduced: the Minha Casa, MinhaVida mass housing program, 31 Visão econômica forte expansão da construção civil nesse ano, e o “Programa de Sustentação do Investimento” (PSI), que incentivou o investimento privado até o final do primeiro semestre de 2010. O PSI pode ser concebido como um capítulo de êxito na política de crédito que o governo lançou mão durante a crise. Seu principal incentivo foi a redução, para 4,5% ao ano, da taxa de juros dos financiamentos do BNDES para a compra de bens de capital, praticamente tornando nula a taxa real de juros dos investimentos financiados pelo banco de desenvolvimento. O governo também não voltou atrás em decisões como as de ampliar e reajustar o Bolsa Família e conceder reajuste do salário mínimo. Também não restringiu o direcionamento do crédito como, por exemplo, no sistema que vincula a captação da caderneta de poupança, que teve significativo aumento no ano da crise, com o financiamento de moradias. Economic viewpoint which flexed its muscles to pump up the civil construction sector this year, and an Investment Support Program (PSI) that encouraged private investments through to June 2010. This Investment Support Program may be viewed as yet another chapter in the successful credit policy deployed by the Brazilian government during the crisis. Its main incentive was to bring the interest rate down to 4.5% a year on financing granted by Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES) for purchases of capital goods, meaning that the real rate of interest on investments financed by this development bank was almost zero. The government also upheld decisions such as the expansion and restatement of its family allowance (Bolsa Família) program and also restated the minimum wage. In parallel, it did not impose any constraints on credits, such as the savings account uptake system, for example, which expanded significantly during the crisis year, with home financing. BRASIL LIDERA GANHOS MUNDIAIS EM BOLSA Dentre as superações experimentadas pela economia brasileira no ano passado, também surpreendeu o resultado obtido pela BM&FBovespa. Ao longo de 2009, o Ibovespa acumulou alta de 82,66%, o que, quando adicionada a uma valorização de 25,5% da moeda nacional, resulta num avanço do índice em dólares de 145%. Este resultado colocou o país em primeiro lugar em termos de ganhos em bolsa no mundo no ano passado. Atualmente, o Brasil possui um excedente comercial de 1,5% do PIB, com previsões de que o superávit alcance 3,1% do PIB até 2011. No total, contudo, a Balança de Transações Correntes brasileira está negativa em 1,1% do PIB e, com a economia voltando aos trilhos, espera-se que o déficit em conta corrente alcance 1,5% do PIB. Apesar de tudo, estes são déficits “gerenciáveis”, e que seriam muito bem-vindos em alguns países desenvolvidos do mundo. Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou variação de 4,30% em 2009, o que pode ser considerada uma taxa razoavelmente alta num ano de crescimento nulo. Contudo, a queda histórica de 1,43% do Índice Geral de Preços, no caso o IGP-DI, no mesmo ano, deve garantir certa estabilidade nos preços ao consumidor em 2010, em função da ainda forte indexação da economia. A expectativa para 2010 é de um avanço de 6% no IPCA e de 8,2% no IGP-DI. De um modo geral, as perspectivas para o país são bastante positivas. Mesmo com fundamentos econômicos internos sólidos, o maior risco ainda está associado ao mercado externo. Uma venda em massa de ativos de riscos no mercado global ainda pode ter seu efeito ampliado no país e interromper o forte ciclo de crescimento econômico vivenciado pelo Brasil. *Eric Sweet é economista-chefe da GRC Visão, Gestão de Riscos e Cenários 32 BRAZIL HEADS UP GLOBAL GAINS ON STOCK EXCHANGES Outstanding among the triumphs of the Brazilian economy last year are the accomplishments of the BM&FBovespa. During 2009, the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA) rose by 82.66% which, when added to a 25.5% appreciation of the Brazilian Real, resulted in a 145% increase for this Index in US Dollars, ranking Brazil first worldwide by stock exchange gains last year. At the moment, Brazil has a trade surplus of 1.5% of its GDP, with this surplus forecast to reach 3.1% of its GDP by 2011. Nevertheless, Brazil’s Current Transactions Balance is negative at 1.1% of GDP overall and, as its economy gets back on the rails, the current account deficit is expected to reach 1.5% of the GDP. However, these are manageable deficits, which would be very welcome in some of the world’s more developed countries In terms of inflation, the Amplified Consumer Price Index (IPCA) posted an increase of 4.30% in 2009, which may be considered as a reasonably high rate in a year of zero growth. Nevertheless, the historic drop of 1.43% in the General Price Index, in this case the Domestic Availability (IGP-DI) during this same year, must ensure some level of stability for the prices charged to consumers in 2010, due to economic indexation, which still remains strong. The expectations for 2010 are that the IPCA will rise by 6%, with an 8.2% increase in the IGP-DI. In general, the outlook for Brazil is quite positive. But even with solid domestic economic foundations, the main risk is still associated with the foreign markets. The effects of fire sales of high-risk assets on global markets would be magnified in Brazil, shattering the currently dynamic growth cycle of its economy. (*) Eric Sweet is the Head Economist of GRC Visão, Gestão de Riscos e Cenários Preço x Inflação x Taxa de Juros Price x Inflation x Interest Rate Ricardo Schiller Freiburghaus* A política econômica no Brasil segue a teoria econômica dominante (quantitativa), a qual nos ensina que, se o nível de preço de um país aumenta, há inflação e, para combatê-la, temos de aumentar a taxa de juros. Entretanto, a velha escola européia econômica pensa que o preço nada tem a ver com a inflação e que a atitude de aumentar a taxa de juros só faz elevar os custos da economia, deixando-a menos competitiva. Para explicar o pensamento da velha escola européia, vamos definir o que é o preço, a inflação e os males ocasionados pela excessiva elevação da taxa de juros. Brazil’s economic policy is aligned with the prevailing (quantitative) economic theory which teaches us that if the price levels increase in a country, inflation appears, and we must step up the interest rate in order to curb it. However, the old European economic school believes that prices have nothing to do with inflation, and that this approach based on increasing interest rates merely boosts the costs of an economy, making it less competitive. In order to explain the thinking of this old European economic school, let us define what is price, what is inflation and what are the problems caused by over-increasing the interest rate. 1) PREÇO: 1) PRICE: O economista David Ricardo ensina que a produção nacional, ou renda nacional, é dividida em três conjuntos dentro da nação: o Conjunto dos Acionistas (Proprietários das Empresas); o Conjunto dos Assalariados (Trabalhadores); e, por fim, o Conjunto dos Rendistas (aqueles que vivem de aluguel, seja da terra, imóvel ou aplicações financeiras). E mais, quando cada um dos conjuntos é remunerado, há o Conjunto dos Impostos que tributa as remunerações para suprir a necessidade dos custos do Estado (Nação). A redistribuição da riqueza da nação entre os diferentes conjuntos será refletida por meio da variação dos preços. Sendo assim, quando o conjunto dos assalariados exige aumento, pedindo um reajuste igual ou acima do índice de preço, ou quando os rendistas querem uma melhor remuneração pelo aluguel, ou quando o empresário aumenta o preço do produto a fim de cobrir o aumento de seus custos, como poderiam ser condenados pela inflação no país? Na verdade, pensamos que não estão causando inflação, mas que estes três conjuntos, cada um com seus interesses, só estão exercendo a essência do sistema capitalista, e, assim, tentam ser remunerados da melhor maneira possível. A variação de preço Economist David Ricardo teaches the national output or national income is divided into three groups in a nation: the Shareholders Group (business owners); the Wage Earners Group (workers); and finally the Landlords Group (people who live off renting land, properties, or investment income). When each of these groups is remunerated, this gives rise to the Taxes Group, which imposes taxes on remuneration in order to underwrite the costs of the State (Nation). The redistribution of national wealth among these various Groups will be reflected through price variations. Consequently, when the Wage Earners Group demands an increase in pay, claiming restatement equal to or higher than the price index, or when people living off income want higher remuneration through rents, or when a businessman increases the price of a product in order to cover higher costs, how might they be blamed for inflation in Brazil? In fact, we believe that they are not causing inflation. Instead, these three Groups – each with its own interests – are merely pursuing the essence of the capitalist system through seeking remuneration in the best possible ways. Price variations will 33 Visão econômica vai se limitar e depender da concorrência do mercado. A redistribuição da riqueza da nação, que se passa através da variação do preço do produto, do salário e do aluguel, faz com que a economia seja dinâmica e concorrente. O ganho de um conjunto aumenta na mesma proporção que a de outros conjuntos diminui, e tudo vai depender da circunstância do momento, em que a variação do preço é uma simples redistribuição de riqueza no interior da nação, não tendo nada a ver com a inflação. Economic viewpoint be self-limiting, curtailed by market competition. The redistribution of national wealth, which encompasses variations in product prices, wages and rents, makes the economy dynamic and competitive. Gains for any one of these Groups rise in proportion to losses for the other Groups, with everything depending on the immediate circumstances and where price variations merely redistribute wealth within the nation, having nothing to do with inflation. 2) INFLATION: 2) INFLAÇÃO: Para entender o pensamento da velha escola européia sobre o que é inflação, temos de prestar atenção ao conceito da moeda: ver quando ela nasce no sistema econômico, definir o que é inflação, e, finalmente, por meio do mecanismo econômico e com a ajuda da contabilidade, podemos denunciar o erro que causa a inflação. In order to understand the thinking of the old European school in terms of defining inflation, we must address the concept of currency: discovering when it appears in the economic system, defining what is inflation, and finally pinpointing the error causing inflation through an economic mechanism, with some help from the accounting side. 2.1) CURRENCY: 2.1) MOEDA: David Ricardo ensina que a moeda não tem poder sobre o preço da mercadoria e tampouco sobre o estado das trocas; então, a moeda é neutra. Por sua vez, Joseph Shumpter mostra que a moeda só tem valor se representa algo de valor (produto), e que ela não nos oferece nenhum meio de satisfazer nossas necessidades, uma vez que não é um produto nem uma mercadoria.Leon Walras, por sua vez, argumenta que moeda é um numerário sem dimensão e divisível, e, para completar, Bernard Schmitt nos ilumina com o conhecimento que é fundamental para a continuação de nosso trabalho: a moeda é a associação do numerário ao produto, e isso acontece por meio da emissão da moeda. Agora, precisamos saber quando a moeda nasce no sistema econômico e quando a emissão da moeda surge no mecanismo econômico. Esta última acontece em dois momentos: primeiro, na emissão de salários e, depois, na emissão dos lucros. Se tomarmos como parâmetro o período de um mês, ao final dele o Conjunto das Empresas (CE) terá detido a produção; em contrapartida, ele deverá ao Conjunto dos Assalariados (CA) os salários equivalentes à produção do período. Como o CE e o CA não têm poder de emitir a moeda, neste momento temos de introduzir o Conjunto dos Bancos (CB), que tem o poder da emissão da moeda. Como nos ensina 34 David Ricardo teaches that currency has no effect on the price of goods, nor on the status of exchanges: consequently, currency is neutral. In turn, Joseph Shumpter shows the currency has value only if it represents something of value (product), without offering any means of meeting our needs, as it is neither products nor goods. Next comes Leon Walras, who argues that currency is a divisible amount with no dimension, and finally, Bernard Schmitt enlightens us with knowledge that is vital for the continuity of our work: currency is an association between amounts and products, which takes place through issuing currency. Now we need to know when currency appears in the economic system, and when currency issues arise from the economic mechanism. This takes place in two stages: initially through the issue of wages and then through the issue of profits. If we take a period of a single month as a parameter, by the end of this time, the Companies Group (CG) will have prodution; in conterpart, it owes the Wage Earners Group (WG) the wages equivalent to the prodution for the period. As the CG and the WG have no power to issue currency, at this moment we have to introduce the Banks Group (BG), which has the power to issue currency. As shown by B. Schmitt, the financial triangulation among these three Groups takes place in the following manner: B. Schmitt, a triangulação financeira, entre os três conjuntos acontece da seguinte maneira: o CE irá pedir ao CB para creditar o CA em pagamentos dos salários. O CE fornece a nova produção em garantia da moeda criada por meio da nova emissão bancária. Dessa maneira, o CE é debitado por um montante X, e, em contrapartida, o grupo de assalariados é creditado pelo mesmo montante X. Assim, o CE detém a produção, enquanto o de assalariados detém o equivalente pelo trabalho fornecido para a elaboração da produção monetária. A mesma triangulação vai acontecer entre CB, CE e o Conjunto dos Acionistas (CAC) para o pagamento dos dividendos. O CB é um puro intermediário: o que ele deve ao CA e ao CAC é o mesmo montante que o CE deve a ele. Concluímos que o momento da emissão da moeda é o mesmo em que a moeda nasce, e que o banco não é devedor nem credor. the CG will ask the BG to credit the WG as payment of wages. The CG provides the new prodution as collateral for the currency created through new bank issues. The CG is thus debited for X amount while in counterpart the WG is credited with the same X amount. The CG thus holds the prodution, while the WG holds the equivalent for the work provided for the elaboration of monetary output. This same triangulation will occur among the BG, the CG and the Shareholders Group (SG) for the payment of dividends. The BG is purely an intermediary: what it owes to the WG and the SG is the same amount as the CG owes to it. We reach the conclusion that the time when currency is issued is the same as the time the currency appears, and that the bank is neither a debtor nor a creditor 2.2) DEFINITION OF INFLATION: 2.2) DEFINIÇÃO DA INFLAÇÃO: A velha escola européia define a inflação conforme o pensamento de Jacques Rueff, chamando-a de “as emissões vazias”, o que significa que a moeda emitida é puramente nominal e vazia, porque ela não representa nenhum produto. Por sua vez, B. Schmitt define a inflação como a dissociação entre o numerário e o produto. Muito humildemente, adicionamos a noção de que, em um dado momento, a produção não vai ser totalmente monetizada, e, por consequência, a produção será superior à massa monetária (isso será demonstrado mais adiante). 2.3) DEMOSTRAÇÃO DA INFLAÇÃO: Por meio da contabilidade, podemos demonstrar o erro no mecanismo econômico.Através das escrituras de depreciação/amortização, venda de ativo imobilizado e distribuição do lucro, teremos a origem da inflação. The old European school defines inflation as set forth in the thinking of Jacques Rueff, defining it as “empty issues”, which means that the issued currency is purely nominal and empty, because it does not represent any product. In turn, B. Schmitt defines inflation as the dissociation between the figures and the product. Very humbly, we offer the idea that, at a given moment, production will not be fully monetized, and consequently production will outstrip the monetary mass (this will be demonstrated below). 2.3) DEMONSTRATION OF INFLATION: Through accounting, we can demonstrate the error in the economic mechanism. Through depreciation/ amortization documents, deeds of sale for assets consisting of property, plant and equipment, and the distribution of profits, we will have the origin of inflation. 2.3.1) DEPRECIATION/AMORTIZATION: 2.3.1) DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO: Jean-Baptiste Say nos mostra que todo custo gera uma renda e que toda renda gera uma despesa. Por outro lado, Le Major Douglas nos atenta, corretamente, para o fato de que a amortização é um custo e não gera renda. Por exemplo: temos um saldo no estoque de 20 unidades monetárias (UM), que corresponde ao lucro de 20 UM a se distribuir para os CAC. No momento em que passarmos uma escritura de depreciação de 10 UM, o resultado do exercício será de 10 UM a ser distribuído, então o estoque de 20 UM é superior ao lucro distribuído de 10 UM; a diferença é que 10 UM em estoque, mesmo que elas estejam contabilizadas corretamente, não serão monetizadas ou não serão remuneradas para o CAC, o CE nem o CR, porque os estoques não vendidos ficam nas empresas. Jean-Baptiste Say shows us that all costs generate income, and that all income generates expenditures. On the other hand, Le Major Douglas quite correctly draws our attention to the fact that amortized nation is a cost, and does not generate income. For example, we have a balance in an inventory of twenty Monetary Units (MUs) that corresponds to the profits on twenty MUs to be distributed to the SG. At the time when we issue for deed of depreciation on ten MUs, the earnings for the financial year will be ten MUs to be distributed, so the inventory of twenty MUs exceeds the distributed profits of ten MUs; the difference is that ten MUs in the inventory, even if posted correctly in the accounts, will not be monetized or will not be remunerated for the SG, the CG or the IG, because unsold inventories remain with the companies. 35 Visão econômica Economic viewpoint Para que não haja inflação, dissociação entre o numerário (moeda) e o produto, poderíamos contabilizar a depreciação não na conta de resultado, mas, sim, no passivo em diminuição do Capital. In order to avoid inflation, as dissociation between the figures (currency) and the product, we could enter depreciation not in the earnings account, but rather under the liabilities, reducing the capital. 2.3.2) VENDA DE UM ATIVO IMOBILIZADO COM LUCRO: 2.3.2) SALE OF AN ASSET (PROPERTY, PLANT AND EQUIPMENT) AT A PROFIT: Teríamos uma distribuição de lucro superior ao estoque de 20 UM. Para resolver esse problema macroeconômico e acabar com a inflação, teríamos de mudar as escrituras contábeis no conjunto das empresas, mas, para esses fins, seria necessário que administradores, contadores, economistas e tributaristas se reunissem em uma mesa-redonda para uma ampla discussão. We would have a distribution of profits higher than the inventory of twenty MUs. In order to resolve this macro-economic problem and curb inflation, we would have to change the accounting documentation for the Companies Group but, for these purposes, administrators, accountants, economists and tax experts would have to meet for broad-ranging round-table discussions. 2.3.3) LUCRO: 2.3.3) PROFITS: Ao fechar o balanço contábil do conjunto das empresas, o estoque vai estar contabilizado ao preço de compra (custo); o lucro distribuído ao acionista estará relacionado ao preço de custo. No nosso exemplo: 1 produto = 1 UM o preço de custo. Então o CAC receberá 20 UM, que representariam 20 produtos em estoque. Mas, quando o CAC gasta sua renda no mercado, o produto está no preço de venda, por exemplo: 1 produto = 1,25 UM. Em consequência, as 20 UM do CAC não vão adquirir os 20 produtos restantes que pertencem ao CAC: 4 produtos vão escapar à consumação e ficar no estoque da empresa, dando origem à inflação. Conclusão: a inflação tem sua origem na emissão da moeda, de modo totalmente independente da variação dos preços e as correções passam pela contabilidade. When closing the balance sheet for the Companies Group, the inventory will be posted in the accounts at purchase price (cost); the profits distributed to the shareholder will be related to the cost price. In our example: product = one MU at cost price. So the SG will receive twenty MUs, which would represent twenty products in the inventory. But when the SG spends its income on the market, the product is in the sale price, for example: one product = 1.25 MU. Consequently, the twenty MUs of the SG will not acquire the twenty remaining products that belong to the SG: four products will avoid consumption and remain in the company inventory, giving rise to inflation. Conclusion: the origin of inflation lies in the issue of currency, meaning that it is completely independent of price variations and the restatements introduced through the accounting system. 3) TAXA DE JUROS: 3) INTEREST RATE: A taxa de juros, por sua vez, não tem nenhuma relação com a inflação, que é um problema da emissão da moeda, como acabamos de ver. E, quando os juros aumentam, elevamse os custos das dívidas ou novos empréstimos das empresas, das pessoas físicas e do governo. A variação da taxa de juros vai beneficiar ou não o conjunto de Rendistas (CR), na mesma proporção que os outros conjuntos irão perder ou ganhar, resultando em uma nova redistribuição da riqueza no interior da nação. 36 In turn, the interest rate has no connection to inflation, which is a problem arising from the issue of currency, as we have just seen. And when interest rates rise, the costs of debts or new loans also rise, for companies, individuals and the government. Variations in the interest rate may or may not benefit the Group living off income (IG) in the same proportion as the other Groups gain or lose, resulting in a new redistribution of wealth throughout the nation. Visão econômica Economic viewpoint Consequência interna: Internal Consequences: A teoria econômica dominante ensina que o aumento da taxa de juros implica a seguinte sequência: a diminuição da demanda de crédito, que diminui o consumo, que diminui as vendas, que, por sua vez, diminui a produção e, finalmente, se obtém o resultado esperado: os preços diminuem. Se pegarmos, por exemplo, o custo de um produto A de uma empresa: Custo fixo (salários, etc.) 5 + Custo variável (viagens, etc.) 3 + Custo administrativo (contador, etc.) 2 = Custo operacional 10 + Custo não operacional (juros) 1 = Custo total do produto A 11 Se os juros aumentassem de 1 para 2, o custo total passaria de 11 para 12. Se o preço de venda do produto “A” fosse 13 e diminuísse para 12, a empresa não teria lucro. Se ela não repassasse o custo do aumento da taxa de juros e continuasse a vender por 11, venderia com perda. Enfim, o que procuramos esclarecer é que o aumento excessivo da taxa de juros prejudica a competitividade dos produtos brasileiros, diminuindo as exportações e aumentando as importações. Isso leva à diminuição da produção do país e também da geração de empregos. O próprio país, quando aumenta a taxa de juros, eleva também o custo de juros de sua dívida interna. O Brasil tem uma dívida interna líquida de mais de R$ 1 trilhão, e, a cada aumento de taxa de juros, aumentaria seus custos em mais alguns milhões ou bilhões de reais, dinheiro que poderia ser utilizado na saúde, na educação e até mesmo na diminuição de tributos, tanto para pessoas jurídicas como pessoas físicas. Se o objetivo é diminuir a demanda uma vez que a economia está aquecida, vamos fazer com menos males, agindo somente na demanda, e não modificando a taxa de juros; por exemplo: o fim dos impostos (IPI) reduzidos para automóveis e eletrodomésticos; diminuição do crédito parcelado na compra de carros de 60 para 12 meses; o mesmo para imóveis (de 30 para 20 anos); o empréstimo pessoal com o comprometimento de renda de 30% para 10%; enfim, poderíamos imaginar inúmeras maneiras, mas o objetivo é apenas mostrar que podemos diminuir a demanda sem aumentar os juros. Seria perfeito se o estado conseguisse administrar a variação dos preços sem termos de diminuir a demanda e aumentar os juros, da mesma maneira que as empresas administram seus negócios. O governo teria de ter uma administração empresarial: planejamento da infraestrutura (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, etc.), estoque de produtos estratégicos (energia, alimentos, etc.), diminuição dos gastos públicos, diminuição de tributos, etc. Pensamos que o estado brasileiro está caminhando para esta gestão empresarial. The prevailing economic theory teaches that an increase in the interest rate triggers the following sequence: weakening demand for credit, which lowers consumption, which undermines sales, which in turn damps down production, finally reaching expected outcome: prices must drop. For example, if we take the cost of a product made by a company: Fixed Costs (wages, etc.) 5 + Variable Costs (travel, etc.) 5 + Overhead (accountant, etc.) 2 = Operating Costs 10 + NonOperating Costs (interest) 1 = Total Product Cost A 11. Should interest rates rise from 1 to 2, the Total Costs would increase from 11 to 12. Should the sale price of product A drop from 13 to 12, the company would not make a profit. Should it not pass on the increase in the interest rate, and continue to sell at 11, it would be selling at a loss. In fact, what we are attempting to explain is that a sharp increase in the interest rate blunts the competitive edge of Brazilian goods, damping down exports and jacking up imports. This lowers the national output, with more sluggish job generation. When increasing the interest rate, the country also steps up the service on its domestic debt. Brazil has a net domestic debt of over R$ 1 trillion, and every time the interest rate rises, its costs also increase by a few million or even billion Brazilian Reais – money that could be better used for health care, education and even lower corporate and individual taxes. If the intention is to damp down demand when the economy is overheated, we should do so with less damage, acting only on the demand side, rather than tinkering with the interest rate. For example: phasing out the lower Industrialized Products (IPI) Tax on automobiles and household appliances; slashing the period for the purchase of cars from sixty to twelve monthly installments; the same for real estate, cutting mortgages from thirty to twenty years; and with personal loans granted up to only 10% of income, rather than 30%. We can well imagine countless approaches, but the purpose here is merely to show that we can curb demand without stepping up interest rates. It would be perfect if the State could administer price variations without having to rein in demand and step up interest rates, just as companies manage their businesses. The government would need to adopt a business approach to administration, with infrastructure planning (highways, railroads, ports, airports); drawing up a strategic goods inventory (electricity, food etc), with less public spending, lower taxes etc. We believe that the Brazilian State is moving towards this business-based management approach. Consequência externa: External Consequences: O Brasil apresenta uma das taxas de juros mais elevadas do mundo, no momento em que o governo prevê, em 2010, Interest rates in Brazil are among the highest in the world, at a time when the government is forecasting a massive 38 ainda um maior aumento de 9,5% para 11,25%, criando uma expectativa de ganho na operação no mercado financeiro internacional, carry trade, que consiste em emprestar dinheiro em um país “A”, onde a moeda tem uma taxa de juros baixa (por exemplo 1% ao ano), e investir em um país como o Brasil, no qual a taxa de juros é alta (9,5% no momento). O empréstimo e o investimento são feitos no mesmo período de tempo, e o investidor prevê que o real não será desvalorizado, ou mesmo será valorizado, em comparação à moeda do país “A”; desta maneira, o investidor ganhará na diferença da taxa de juros existente entre os dois países (no caso 8,5%) e na valorização cambial. O importante é notar que a compra da moeda real pelo país “A” não foi para pagar a importação de um bem ou um serviço, mas a moeda é o produto, então ela deixa de ser neutra nas trocas dos produtos, uma vez que cria uma demanda adicional à produção do país, valorizando a moeda acima do equilíbrio, prejudicando os exportadores e beneficiando os importadores, sem contar os custos com os quais o Brasil tem de arcar, nessas operações financeiras, em suas reservas internacionais. Poderíamos tomar como exemplo a China, que possui as maiores reservas internacionais que provêm do comércio internacional e que luta para manter sua taxa de câmbio baixa em comparação a das outras moedas, tendo um crescimento elevado e uma taxa de juros mais baixa que a do Brasil. Ressalta-se que devemos levar em conta que cada país tem sua dinâmica econômica. Em virtude dos fatos mencionados, enquanto o mundo diminui as taxas de juros, o Brasil, que já apresenta altas taxas, aumenta-as ainda mais, prejudicando o setor produtivo do país e, o conjunto dos assalariados, pois, se a produção se mantém ou diminui o emprego não aumenta, sem contar que o próprio governo brasileiro aumenta o custo de sua dívida interna. Atualmente, o Banco Central do Brasil discute de quanto será o aumento dos juros; pensamos de maneira contrária: a verdadeira discussão seria o quanto deveríamos cortar. *Ricardo Schiller Freiburghaus é graduado em economia pela Universidade de Fribourg (Suíça) e pós-graduado pela Universidade de Dijon (França) com experiência profissional na área bancária e em auditoria financeira. Autor do livro “Inflação em tese” www.icsos.com.br hike from 9.5% to 11.25% in 2010, generating expectations of gains through carry trade transactions on international financial markets, borrowing money in Country A at a low interest rate (for example: 1% p.a.] and investing in a country like Brazil, where the interest rate is high (9.5% at the moment). Such loans and investments take place during the same period of time, with the investor wagering that the Brazilian Real will not be devalued or appreciate against the Country A currency, with the investor posting gains on the difference in the interest rates in these two countries (8.5% in this case] as well as on exchange appreciation. It is important to note that the purchase of Country A currency was not intended to pay for the imports of goods or services, with the currency constituting the product. It thus ceases to be neutral in exchanges of products, as it creates demands additional to the nation’s output, pumping the currency above its point of balance, with adverse effects for exporters and benefits for importers, regardless of the costs that will necessarily be incurred by Brazil for these financial transactions through its international reserves. China may be taken as an example, with huge international reserves built up through foreign trade and now struggling to keep its foreign exchange rate low compared to other currencies, with faster growth and a lower interest rate than Brazil. It is important to bear in mind that each country has its own economic dynamics. Due to the facts mentioned above, with interest rates dropping worldwide, Brazil is jacking up its already high rates even more, with adverse effects on its production sector and the Wage Earners Group, as if production remains unchanged or drops, employment will not increase, while the Brazilian government is also boosting the costs of servicing its own domestic debt. At the moment, the Brazilian Central Bank is discussing the size of the interest rate increase; we think otherwise: the real discussion should focus on how much we should slash it. *Ricardo Schiller Freiburghaus has a degree in economics from the University of Fribourg in Switzerland, with a graduate degree from the University of Dijon in France; his professional experience encompassed is the banking and financial or dating areas. He is the all star of the book on inflation entitled: Inflação em tese, www.icsos.com.br 39 Ibovespa fecha o ano com valorização de mais de 80% Quem apostou que o Brasil iria superar rapidamente a crise financeira internacional não errou. No fim do primeiro semestre de 2009, o país já mostrava sinais claros de recuperação da atividade industrial. As empresas, apoiadas no mercado interno, começaram a recompor estoques e o quadro de funcionários. O melhor termômetro deste movimento foi o mercado de capitais, que fechou o ano com o Ibovespa exibindo valorização de 82%, depois de amargar perda de 41% em 2008. O valor de mercado das companhias, por sua vez, aumentou 72%, excelente resultado em um ano reconhecidamente difícil. Este clima de otimismo se manteve até abril de 2010, quando o mercado começou a refletir as preocupações com a instabilidade internacional. O primeiro semestre fechou com o Ibovespa acumulando perda de mais de 11%. Este cenário pode mudar ao longo do segundo semestre, segundo alguns analistas. Anyone wagering that Brazil would sail through the international financial crisis largely unscathed was certainly farsighted. By mid-2009, clear signs of an upswing were already apparent in its industrial activities. Buttressed by its huge domestic market, companies started to increase inventories and build up their headcounts again. The best thermometer for this trend was the capitals market, with ended the year with the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA) up by 82%, having dropped by 41% in 2008. In turn, the market value of these companies rose by 72% - an excellent result for what was widely acknowledged as a tough year. This upbeat atmosphere reigned through to April 2010, when the market started to reflect the ripple effects of concerns over international instability, with the mid-year IBOVESPA down by more than 11%. However, some analysts believe that this situation may well alter during the second half of the year. IBOVESPA up more than 80% during the year 40 Retrospectiva do mercado Market retrospective OFERTA DE ATIVOS / Offer of assets Desempenho em 2009 / Performance in 2009 Indicadores Resultados Variação sobre 2008 Results Variation X 2008 68.588 pontos R$ 1,29 trilhão / trillion R$ 107,35 bilhões / billion R$ 16,9 bilhões / billion R$ 5,24 bilhões / billion 81,75 milhões / million 332.349 R$ 2.334.720 milhões / million 82,66% -5,25% -5,25% 29,80% -4,86% 33,97% 35,61% 72,50% Indicators Ibovespa (variação acumulada) / Ibovespa (accumulated variation) Volume financeiro / Financial volume Volume médio mensal / Average monthly volume Maior volume financeiro do ano* / Highest financial volumes for the year* Média diária negociada / Average daily trading Número de negócios / Number of trades Média diária do número de negócios / Average daily number of trades Valor de mercado das empresas / Market value of companies Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa) Fonte: Bovespa Novas empresas na Bovespa / New listed companies Empresa Segmento de listagem Data No de investidores Company Listing segment Date Number of investors Trading volumes Serv. Financeiros Diversos Programas e Serviços Bancos Serv. Financeiros Diversos Construção Civil Serv. Médico-Hospitalares 29/06 28/09 07/10 28/10 19/11 17/12 52.943 6.191 101.673 5.437 661 5.176 8.397.208.920 574.566.690 13.182.457.728 772.991.934 273.999.999 630.233.120 VISANET TIVIT SANTANDER BR CETIP DIRECIONAL FLEURY Volume negociado Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa) Fonte: Bovespa Ofertas primárias e secundárias registradas na CVM – volume em R$ mil Primary and secondary offering recorded in the Brazilian Securities commission – volume in R$ 1.000 Ano Ações Debêntures Notas promissórias FIDC Year Stocks Private bonds Commercial papers Receivable funds Total Total 2005 2006 2007 2008 2009 11.141.255 26.983.911 67.322.943 34.003.995 32.280.348 41.538.852 69.464.083 46.533.786 37.458.538 11.080.348 2.631.545 5.278.500 9.725.500 25.907.750 9.510.629 8.579.125 12.777.399 9.961.555 10.020.850 8.212.657 71.526.070 124.961.643 166.977.532 130.661.114 87.607.056 Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa) Fonte: Bovespa Registros na CVM: Cias abertas / Registrations with the Brazilian Securities Commission (CVM): Public companies Ano / Year 2005 2006 2007 2008 2009 Concedidos / Granted Cancelados / Cancelled Total de Companhias / Total No Companies 23 52 91 40 16 146 64 61 12 17 617 620 650 680 679 Source: Brazilian Securities Commission (CVM) Fonte: CVM Emissões de Notas Promissórias / Commercial Papers issues Ano / Year 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: CVM No de registro / No registrations Volume financeiro / Financial volumes 09 12 20 44 35 2,63 bilhões / billion 4,46 bilhões / billion 9,72 bilhões / billion 25,90 bilhões / billion 9,51 bilhões / billion Source: Brazilian Securities Commission (CVM) 41 Retrospectiva do mercado Market retrospective OFERTA DE RECURSOS / Offer of resources Índices – Mercado de ETF / Indexes – Exchange-traded funds market Índice de Governança (IGC) / Corporate Governance Index Variação (%) / Variation (%) Índice de Sustentabilidade (ISE) / Business Sustainability Index Variação (%) / Variation (%) Índice Brasil 50 (IBrX-50) / Brazil-50 Index Índice do Setor Industrial (INDX) / Industrial Sector Index Índice Financeiro (IFNC) / Financial Index Índice Small Cap (SMLL) / Small Cap Index Índice Mid-Large Cap (MLCX) / Mid-Large Cap Index 2005 2006 2007 2008 2009 3.658 43,7% 1.040 4,0% 4.823 5.132 2.007 593 476 5.169 41,3% 1.433 37,8% 6.451 7.108 3.027 873 651 6.800 31,6% 2.011 40,3% 9.755 9.957 2.743 1.054 965 3.697 -45,6% 1.185 -41,1% 5.546 5.307 1.889 494 566 6.779 83,4% 1.972 66,4% 9.563 10.020 3.388 1.173 959 Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa) Fonte: Bovespa Ativos EFPC X PIB (%) Pension Fund assets x GDP Fundos de pensão X PIB (IBGE) – Em R$ mi Pension funds x GDP (IBGE) – R$ million PIB 2003 Assets of EFPCs GDP 2004 240.139 1.699.948 280.517 320.200 374.726 456.565 444.822 515.392 1.941.498 2.147.239 2.369.484 2.661.344 3.004.881 3.143.015 Ano Ativos das EFPCs Year 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: IBGE / Abrapp 14,1 14,4 14,9 2005 15,8 2006 17,2 2007 2008 14,8 16,4 2009 Source: IBGE / Abrapp Source: IBGE / Abrapp Fonte: IBGE / Abrapp Principais empresas em valor de mercado – posição 31/12/2009 / Market capitalization ranking – position in 31/12/2009 Empresa Total (R$ mil) Partic. (%) Empresa Total (R$ mil) Partic. (%) Company Total (R$1.000) Participation (%) Company Total (R$1.000) Participation (%) Petrobras Vale Itauunibanco Bradesco AmBev Santander Banco do Brasil OGX Petroleo 347.084.678 250.189.922 156.955.623 103.388.948 98.306.350 92.046.540 76.275.139 55.267.270 14,87% 10,72% 6,72% 4,43% 4,21% 3,94% 3,27% 2,37% 54.737.666 42.290.058 40.100.343 38.244.246 25.210.952 25.039.175 22.064.834 21.765.000 2,34% 1,81% 1,72% 1,64% 1,08% 1,07% 0,95% 0,93% Itausa Cia. Siderurgica Nac. Eletrobras Gerdau Usiminas BMF Bovespa JBS Vivo Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa) Fonte: Bovespa Saldo da posição de clubes de investimento / Club positions Ano Quantidade de clubes Quantidade de membros Patrimônio líquido (R$ mi) Year Number of clubs Number of members Shareholders equity (R$ 1.000) 2005 2006 2007 2008 2009 1.323 1.631 2.160 2.776 2.927 112.306 131.969 154.102 148.637 140.037 6.994,8 9.646,5 14.782,5 8.217,2 13.665,0 Fonte: Bovespa 42 Source: São Paulo Stock Exchange MERCADO DE DÍVIDA / Debt market Emissões de Debêntures em 2009 / Private bonds launch in 2009 Total de emissões / Total issues Registros por setor / Registrations X Sector Energia Elétrica / Power Arrendamento Mercantil / Leasing Emp. Adm. Participações / Holding Companies Telecomunicações / Telecommunication Construção Civil / Civil Construction Metalurgia e Siderurgia / Iron, Steel & Metallurgy Outros / Others 38,11% 31,56% 9,35% 3,31% 3,23% 2,16% 12,28% Ano Quantidade Year Quantity 2005 45 43,5 bilhões / billion 2006 2007 2008 2009 47 46 36 59 73,54 bilhões / billion 47,68 bilhões / billion 41,93 bilhões / billion 15,37 bilhões / billion Vol. financeiro (R$) Financial volume (R$) Destino das emissões / Allocation of issues 41,58% 22,12% 11,13% 6,65% 4,50% 4,34% 3,16% 1,90% 1,28% 1,01% 0,74% 0,62% 0,51% 0,46% Alongamento do perfil de endividamento / Lengthening debt profile Capital de giro / Working capital Aquisição de bens para arrendamento / Acquisition of goods for leasing Aquisição de participações societárias / Acquisition of corporate stakes Não informado / Not informed Redução do passivo / Reduction in liabilities Investimento em imobilizado / Investments in property, plant and equipment Recompra ou resgate de debêntures / Repurchase or redemption of debentures Outras destinações / Other allocations Desenvolvimento de projetos / Project development Cobertura dos custos iniciais / Cover of initial costs Reestruturação e modernização / Restructuring and modernization Aquisição de recebíveis / Purchase of receivables Investimento em infra-estrutura / Investment in infrastructure Source: National Debentures System Fonte: Sistema Nacional de Debêntures Evolução dos FIDCs / Receivable Founds (FIDCs) Ano / Year Dez/05 Dez/06 Dez/07 Dez/08 Dez/09 No fundos / Number of funds PL (milhões) / Shareholders equity (millions) Variação do PL (%) / Variation in net worth (%) 63 114 150 193 210 151.068 80.630 180.613 114.997 166,63 42,93 45,00 51,64 21,33 167.605 Source: National Investment Banks Association (Anbid) Fonte: Anbid Evolução dos Fundos de Ações / Share Fund Development Ano / Year Dez/05 Dez/06 Dez/07 Dez/08 Dez/09 Fonte: Anbid Número de Fundos / Number of funds PL (R$) / Net worth (R$) Captação líquida (R$) / Net uptake (R$) 536 656 1.053 1.265 1.491 51.068 80.630 180.613 114.997 167.605 -737,220 milhões / million 9,155 bilhão / billion 24,457 bilhões / billion -10,228 bilhões / billion 805,42 milhões / million Source: National Investment Banks Association (Anbid) 43 Os desafios de uma década que promete ser histórica O fluxo de investimentos que passou a irrigar o mercado de capitais brasileiro de maneira crescente ao longo dos últimos oito anos – descontado o soluço representado pela eclosão da crise financeira global em 2008 e do qual o Brasil emergiu muito melhor e mais rápido do que o esperado –, tem sido justificado pela evidente melhoria dos indicadores da economia doméstica e pela elevação do patamar de classificação de risco obtida pelo País. Essa realidade, aliada às perspectivas traçadas pelos analistas locais e internacionais, promete uma década que nada terá de monótona para o mercado de capitais brasileiro.Ao contrário, deverá ser marcada por uma série, talvez inédita, de desafios e oportunidades de crescimento, tanto no que diz respeito à ampliação da base de investidores como ao número de companhias listadas em Bolsa. 44 Matéria de capa Cover story Por Martha Elizabeth Corazza e Adriana Braz / By Martha Elizabeth Corazza and Adriana Braz Funcionando como âncora desse movimento, a estrutura regulatória e os sistemas de autorregulação desenvolvidos pelos diversos agentes do mercado tendem a contribuir para reforçar a confiança dos investidores e o grau de transparência nas relações entre as empresas e seus públicos estratégicos. Atentos às novas demandas dos investidores locais e internacionais, assim como à expectativa de consolidação do Brasil como um pólo financeiro global, os analistas que acompanham a evolução do mercado brasileiro voltam o seu olhar para o horizonte dos próximos cinco a dez anos, procurando decifrar as pedras angulares do que poderá ser um novo ciclo de expansão. OTIMISMO SEM EUFORIA Na interpretação do professor Roberto Montezano, coordenador do Mestrado em Administração do Ibmec/ RJ, o mais provável é que o mercado de capitais brasileiro em 2020 tenha maior diversidade de setores, empresas e investidores do que em 2010. O horizonte de avaliação dos desafios para a consolidação do mercado, entretanto, deve ser mais abrangente e enxergar até mesmo além da próxima década, recomenda Montezano. Roberto Teixeira da Costa, primeiro presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), consultor e membro do Conselho de Administação da SulAmérica Seguros, observa que um olhar mais abrangente deve incluir todo o processo, ou seja, compreender os avanços obtidos até agora ajuda a avaliar melhor os desafios que estão à frente. “Para quem já viveu o bastante para olhar retrospectivamente as últimas décadas, é possível ter uma visão do filme completo e não apenas um retrato momentâneo do mercado”, lembra Teixeira da Costa. “Quando poderíamos imaginar que o Brasil teria emissões de R$ 1 bilhão, ter os títulos brasileiros circulando em Nova York, assistir à venda de bônus perpétuos ou ver os papeis dos EUA negociados em nosso mercado? Esse olhar retrospectivo, diz Teixeira da Costa, permite enxergar os próximos anos com uma boa dose de confiança. “Algumas coisas vieram para ficar, como, por exemplo, o efeito da abertura de capital dentro de um processo de governança corporativa”. Agora, diz ele, “chegamos à primeira divisão, mas, como no futebol, há sempre o risco de um rebaixamento, o que exige manter um otimismo justificado, sem euforia”. SINALIZAÇÃO PROMISSORA O Brasil, observa Teixeira da Costa, tem sido beneficiário, nos últimos anos, de um fluxo de capitais justificado pela melhoria substancial de sua economia, pela política fiscal austera, redução da taxa de juro real, moeda fortalecida, melhor governança. Isso sem contar a série de oportunidades de investimentos abertas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), enfim, uma política econômica respeitada. “O Brasil de hoje é um protagonista internacional, que atrai atenções e desfruta de uma posição competitiva em relação a muitos outros países”. A evolução do mercado de capitais brasileiro tem sido altamente satisfatória desde 2002, sublinha Thomás Tosta de Sá, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), diretor da Abrasca e Challenges of a milestone decade The flow of investment irrigating Brazil’s capitals markets to an increasing extend during the last eight years – ignoring the hiccup triggered by the global financial meltdown in 2008, from which Brazil emerged faster and more powerfully than expected – has been justified by the clear improvement in its domestic economic indicators and its risk rating, now stepped up to investment grade. In fact, together with the outlook sketched by local and international analysts, the decade that lies ahead will certainly not be dull for Brazil capital markets. To the contrary, it may well be characterized by a perhaps unparalleled series of challenges and growth opportunities, in terms of extending its investor base as well as the number of listed companies. Anchoring this upsurge, its regulatory structure and the self-regulation systems developed by the various market agents are also buttressing investor confidence and enhancing the transparency of relationships between companies and their strategic publics. Keenly aware of new demands from local and international investors, as well as the expectations of firming up Brazil as a global financial hub, analysts monitoring the development of the Brazilian market are once again gazing at a horizon of some five to ten years ahead, trying to decipher the cornerstones that might underpin a new expansion cycle. Optimism without euphoria In the view of MBA Coordinator Professor Roberto Montezano from the Ibmec Business School in Rio de Janeiro, the most likely scenario is that Brazil’s capitals market will have a wider variety of sectors, companies and investors in 2020. The evaluation horizon for the challenges slowing market consolidation would thus be broader and extend beyond even the coming decade, notes Montezano. The first president of the Brazilian Securities Commission (CVM), Roberto Teixeira da Costa, who is a consultant and board member of the SulAmérica Seguros insurance company, notes that a broader-ranging gaze must include the entire process, meaning that it must encompass the progress achieved so far, while also helping assess more effectively the challenges that still lie ahead. “For anyone who has already lived for a reasonable length of time, it is sufficient to gaze back at the past few decades, which offers an overview of the full trackrecord, rather than a quick market snapshot,” recalls Teixeira da Costa. “When would we ever have imagined that Brazil would have issues of R$ 1 billion, with Brazilian papers being traded in New York, watching the sale of perpetual bonds or seeing US papers traded on our market?” 45 Matéria de capa “É provável que em 2020 o mercado tenha maior diversidade de setores, empresas e investidores.” Roberto Montezano coordenador do Plano Diretor do Mercado de Capitais (PDMC). “Os agentes do mercado por meio do PDMC pleiteiam, desde 2002, um conjunto de reivindicações, que incluiu questões tributárias e uma nova estrutura para o mercado, e já obtiveram alguns resultados significativos”, afirma Tosta de Sá. A pergunta agora é para onde iremos e a resposta é que vamos certamente continuar crescendo, afirma Tosta de Sá, “desde que sejam cumpridas algumas premissas básicas tanto do ponto de vista macro como microeconômico, incluindo o desafio da educação financeira e das reformas tributária e previdenciária, por exemplo”. De todo modo, as perspectivas para a próxima década são excepcionalmente boas, acredita Tosta de Sá. “Com a indústria de venture capital e private equity – que se desenvolveu no Brasil a partir de 1994 e ganhou impulso com os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) – surgiu um importante apoio à empresa privada que não tinha ainda cultura de abertura de capital”. E isso deve contribuir para aumentar o número de empresas listadas: “Há mais de 600 empresas no portfolio dos fundos de VC e PE, o que nos According to Teixeira da Costa, this backward look allows the years ahead to be viewed confidently. “Some things are here to stay, such as the effects of deregulating capital within a corporate governance process.” Now he says, “We are playing in the A League but – just like soccer – there is always the risk of dropping down, which requires well-justified optimism but without euphoria.” Promising indications He notes that Brazil has benefited from an inflow of capital over the past few years, justified by substantial improvements in its economy, together with its austere fiscal policy, lower real interest rates, a strong currency and better governments. This does not even include the many investment opportunities opened up by the Accelerated Growth Program (PAC), which is in fact, a well-respected economic policy. “Brazil today is an international player, attracting attention and holding a competitive position compared to many other countries.” The development of Brazil’s capitals market has been highly satisfactory since 2002, underscores Thomás Tosta de Sá, former Chairman of the Brazilian Securities Committee (CVM), a director of the Brazilian Association of Publicly-Held Companies 46 Cover story permite estimar que, dentro de alguns anos, pelo menos 20% delas estarão na Bolsa”. Na avaliação do economista e exministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria, se a base essencial do mercado de capitais é o volume de recursos dos investidores institucionais, a sinalização emitida para a próxima década é promissora. O Brasil deve continuar atrativo para investidores estrangeiros de portfólio, que já se tornaram relevantes no segmento do mercado acionário e começam a ser também no de renda fixa. Há razões para acreditar em vigorosa expansão dos fundos de investimento e das reservas técnicas dos fundos de pensão e assemelhados, bem como das seguradoras. “Isso porque o crescimento desses investidores institucionais está muito associado à evolução da renda, da atividade econômica e da confiança, que continuarão a crescer ou a se consolidar nos próximos dez anos”, prevê Nóbrega. QUALIFICAÇÃO DOS AGENTES Segundo Luiz Simões, professor da Fundação Instituto de Pesquisas (ABRASCA) and the coordinator of the Capitals Market Master Plan (PDMC). “Through this Master Plan, market agents have been presenting a set of claims since 2002, including tax-related issues and a new structure for the market, with some significant results already achieved,” says Tosta de Sá. The question is now where we are going, with the reply almost certainly including ongoing growth, affirms Tosta de Sá: “provided that some basic requirements are met, from the macro and micro economic standpoints, including the challenge of financial education, in addition to tax and social security reforms, for example.” Nevertheless, the prospects for the next decade are exceptionally good, he believes. “As the venture capital and private equity industry - which developed in Brazil from 1994 onwards, boosted by the Stakeholding Investment Funds (FIPs), important support has sprung up for private enterprises that have not yet developed a culture of going public”. This should also help increase the number of listed companies: “There are more than 600 companies in the VC and PE fund portfolios, and we estimate that at least 20% of them will be listed on the Stock Exchange in just a few years.” In the view of former Treasury Minister, Economist Maílson da Nóbrega, who is a partner in the Tendências Consultoria consulting firm, if the core of the capitals market is the volume of Matéria de capa “Chegamos à primeira divisão, mas, como no futebol, há sempre o risco de um rebaixamento.” Foto: Flávio R. Guarnieri Roberto Teixeira da Costa Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), todo o sistema para se aprimorar e fortalecer precisa de estímulos permanentes. “Avançamos muito nos últimos anos, mas não podemos nos acomodar no patamar que atingimos. Para continuarmos avançando precisamos qualificar os agentes envolvidos, ou seja, aprimorar o capital intelectual dos agentes privados e dos reguladores; aprimorar os mecanismos de certificação profissional, que é a forma de verificar se a qualificação está em processo de aprimoramento; criar mecanismos para punir os agentes que ajam de forma desmoralizante e ter mecanismos eficientes de monitoramento dos riscos.” A seleção dos maiores desafios nesse caminho varia bastante, conforme a visão de cada grupo de analistas. Na opinião de Simões, o principal desafio será o melhor entendimento por parte dos dirigentes das companhias abertas sobre o mercado de capitais. “Os executivos precisam saber mais sobre o ordenamento jurídico, as sutilezas regulamentares, não priorizar a forma em detrimento da essência das normas, capacitar-se e entender o IFRS, estimular a transparência, sustentabilidade funds channeled in by institutional investors, the indications for the coming decade are positive. Brazil should remain attractive for foreign investors in portfolios, which have already become significant on the stock market, with the fixed income segment already starting to appear. There are reasons to believe in vigorous expansion of investment funds and the actuarial reserves of pension funds and similar entities, in addition to those of insurance companies. “This is because the growth of these institutional investors is closely associated with rising income, thriving economic activity and increases confidence, which will continue to either grow or consolidate over the next ten years”, he forecasts. Agent qualifications According to Luiz Simões, a Professor at the Accounting, Actuarial and Financial Research Institute Foundation (FIPECAFI), the entire fine-tuning and strengthening system requires permanent stimulus. “We have progressed significantly during the past few years, but we cannot sit back and rest at the level we have reached. In order to continue to progress, we must qualify the agents involved; fine-tune professional certification mechanisms, which is the best way of ascertaining whether qualifications are being upgraded; introducing mechanisms to 48 Cover story e boa governança de forma sincera e real. Ricardo Humberto Rocha, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), prevê que o mercado de capitais brasileiro crescerá anos. “Isso tornaria mais atrativos os títulos de dívida emitidos por empresas privadas brasileiras, permitindo que o mercado de capitais assumisse um papel significativo no financiamento do investimento, hoje quase exclusivo do BNDES”. Nessa linha, “as taxas de juros mais baixas, que dependerão também da eliminação de resíduos de indexação, como a da caderneta de poupança, abrirão espaço para uma participação crescente e preponderante do mercado de capitais no financiamento habitacional”, acredita Nóbrega. A questão da taxa de juros como entrave ao desenvolvimento do mercado de capitais é lembrada também pelo economista Antonio Corrêa de Lacerda, professor doutor do Departamento de Economia da PUC-SP. Ele observa, no entanto, que a taxa de juro real está em queda: já foi de 14% ao ano em 2004/ 2005 e caiu para cerca de 4% ao ano em 2009. “A trajetória de longo prazo é de taxas reais de juros convergindo para a média punish agents acting unethically, and ensuring efficient risk monitoring mechanisms.” Pinpointing the main challenges along this path varies appreciably, depending on the views of each group of analysts. In the opinion of Simões, the main challenge will be to achieve a better understanding among listed company managers of the capitals market. “Executives need to know more about juridical arrangements and regulatory subtleties, not assigning higher priority to form over content, becoming better trained and understanding the International Financial Reporting Standards (IFRS), encouraging transparency, sustainability and good governance in real and sincere ways. A Professor at the Teaching and Research Institute (INSPER), Ricardo Humberto Rocha forecasts that Brazil’s capitals market will expand steadily, becoming more fragmented over the next decade. He feels that from the standpoint of regulations, forms and controls, Brazil has done its homework. “We are moving toward the new type of capitalism, an entrepreneur who will go public on the Stock Exchange after five or ten years,” he believes. He also thinks that the number of companies listed on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) will rise significantly from its current 400 to a thousand, and that the role played by individuals will be more significant. At the a burocracia exorbitante for mitigada e se o sistema educacional se transformar profundamente”. FLUXO DE CAPITAIS Na opinião do economista Roberto Montezano, o comportamento do mercado de capitais na próxima década será muito – mas não totalmente – dependente da trajetória esperada da economia global, a exemplo do ocorrido nos anos recentes. “Parâmetros econômicos e financeiros internacionais são exógenos para nós e caminharíamos nesse campo de ‘acordo com o vento’. Reduções de exportações e entradas de capitais trarão impactos negativos no mercado doméstico de ações”, prevê. Montezano lembra que há controvérsias entre analistas e existem apostas tanto no cenário desfavorável como na recuperação da economia mundial, passando também por cenários intermediários. “Mas, claro que teremos graus de liberdade nos fatores tipicamente domésticos que também determinam volumes de negócios nos mercados primários e secundários e o preço dos moment, this Stock Exchange has some 600,000 registered individual investors, aiming at five million in ten years. “Brazilians are starting to perceive that in order to save for their futures through supplementary pensions, for example, they must build up reserves, which implies taking risks.” Track record of the real interest rate The main challenge is not located directly on the capitals market, in the view of Maílson da Nóbrega, but rather lies in consolidating macro-economic stability and its basic outcome: a drop in nominal interest rates over the next few years. “This would make debt papers issued by private Brazilian companies even more attractive, allowing the capitals market to play an important role in financing investments, which is today handled almost exclusively by Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES).” Along these lines, “lower interest rates, that will also require eliminating the last traces of indexation, such as that used for savings accounts, will pave the way for increasingly powerful participation of the capitals market in home financing”, he believes. The issue of the interest rate as a hurdle hampering the development of the capitals market is also recalled by Economist “A pergunta agora é para onde iremos e a resposta é que vamos certamente continuar crescendo.” Thomás Tosta de Sá Foto: Flávio R. Guarnieri dos países em desenvolvimento. Isso abre um espaço fantástico de crescimento para o mercado de capitais brasileiro, na medida em que deverá se tornar um dos principais instrumentos de financiamento dos investimentos”, prevê. Lacerda acrescenta ainda que é preciso elevar a taxa de investimentos da economia brasileira, dos atuais 17% para 23% do PIB, para que a economia cresça sem gargalos. “Para isso, o mercado de capitais será fundamental, uma vez que precisaremos de financiamento”, constata. Com base no valor das empresas negociadas na Bovespa, que saltou de 40% para 90% do PIB antes da crise 2008/ 2009, e com a perspectiva de expansão da economia, Lacerda estima que essa proporção cresça ainda mais. O cenário para o final da próxima década tem várias condicionantes, observa Luiz Simões. Segundo ele, a economia brasileira tem grande potencial de longo prazo se algumas transformações ocorrem: “se os gastos públicos forem contidos e a utilização dos recursos for aprimorada, se a estrutura previdenciária for reformulada e a trajetória explosiva for contida, se a mão-de-obra brasileira for qualificada, se Dr. Antonio Corrêa de Lacerda, a Professor in the Economics Department at the Pontifical Catholic University in Sao Paulo (PUC-SP). However, he notes that the real interest rate is dropping: from 14% p.a. in 2004/2005, it fell to around 4% p.a. in 2009. “The long term trend is for the real interest rates in Brazil to converge on the average for the developing countries. This opens up massive headroom for the expansion of Brazil’s capitals market, as this must become one of the main investment financing tools” he forecasts. He also adds that the investment rate of the Brazilian economy must also be stepped up from its current 17% to 23% of the GDP, in order for the economy to expand with no bottlenecks. “To achieve this, the capitals market will be vital, as we will need financing,” he notes. Based on the value of companies traded on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA), which soared from 40% to 90% of the GDP before the 2008/2009 crisis, Lacerda believes that these figures will expand even more, with a promising outlook for the expansion of the Brazilian economy. The scenario for the end of the next decade is subject to a variety of conditions, notes Luiz Simões. He feels that the Brazilian economy has ample long-term potential if some changes occur: “if public spending is contained and the use of resources is finetuned, if the social security structure is reworked, and the explosive 49 Matéria de capa “O desafio da próxima década não está no mercado, mas na consolidação da estabilidade macroeconômica.” Maílson da Nóbrega Cover story ativos: o desempenho da economia brasileira dependente de fatores internos, inovações domésticas nos campos de finanças corporativas, das operações nos mercados de capitais e da administração de investimentos”, pondera. Para Roberto Teixeira da Costa, existe o risco de que as correções de rota na economia mundial venham a comprometer a continuidade do fluxo de recursos para o mercado brasileiro. “Temos ainda uma forte dependência desse fluxo de recursos, que está vinculado à percepção de que o Brasil vai continuar sendo previsível, com taxas de juros atrativas, e de que o mundo continuará com taxas negativas, o que é uma grande incógnita”. PREVISIBILIDADE E REFORMAS ESTRUTURAIS No que diz respeito às eventuais instabilidades provocadas “no varejo” pela campanha eleitoral de 2010, Teixeira da Costa não vê grandes riscos. “Temos um histórico de 16 anos de estabilidade, que nos trouxe uma previsibilidade. Talvez haja algumas dissonâncias no varejo, mas no atacado não há espaço para mudanças na trend controlled, if the Brazilian workforce becomes better qualified, if tangled bureaucracy is pruned, and if sweeping changes are introduced in the educational system”. Capital flows In the view of Economist Roberto Montezano, the behavior of the capitals market over the next decade will be heavily – but not completely – dependent on the expected course of the global economy, similar to recent years. “International economic and financial parameters are exogenous for us, and we will be sailing with the wind on these seas. Lower exports and capital inflows will have negative impacts on the local stock market,” he forecasts. Montezano also recalls that there are disputes among analysts, with wagers on an unfavorable scenario, as well as on the recovery of the global economy, also including an intermediate scenario. “But we will obviously have levels of freedom in typically domestic factors that also determine business volumes on the primary and secondary markets, in addition to asset prices: the performance of the Brazilian economy is dependent on internal factors, domestic innovations in the fields of corporate finance, transactions on capitals markets and investment management”, he believes. 50 política econômica, considerando qualquer dos dois principais candidatos envolvidos na campanha.” Um dos desafios relevantes para o mercado de capitais, reforça ele, é exatamente a manutenção dessa previsibilidade “até porque não se brinca com a inflação”. Outros pontos essenciais seriam a reforma política “uma vez que o nosso sistema está defasado em seus processos decisórios e na respeitabilidade dos políticos”, e a reforma tributária “porque o sistema atual é excessivamente complexo e dá margem a todo tipo de interpretações”. Além disso, acrescenta Teixeira da Costa, “é importante completar a reforma previdenciária, pois daqui a 25 anos teremos mais brasileiros aposentados do que contribuindo.” No âmbito do Plano Diretor do Mercado de Capitais, uma das metas prioritárias é justamente a defesa da reforma previdenciária, medida compreendida como essencial para fortalecer a economia brasileira e, portanto, para o desenvolvimento do mercado, explica Tosta de Sá. “As despesas previdenciárias chegaram a números absurdos, equivalentes a 12% do PIB, e o For Roberto Teixeira da Costa, there is a risk that corrections in the course of the global economy may undermine the steady inflow of funds to the Brazilian market. “We are also heavily dependent on these funding flows, which are linked to the perception that Brazil will continue to be foreseeable, with attractive interest rates, and that the world will continue at negative rates, which is really quite unknown.” Foreseeability and structural reforms With regard to possible future instabilities triggered in the retail sector by the 2010 election campaign, Teixeira da Costa sees no major risks. “We have a track-record of sixteen years of stability, which endows us with foreseeability. Perhaps there are some inconsistencies at the retail level, but at the wholesale level there is no room for change in Brazil’s economic policy, considering either of the two main candidates running for office.” One of the major challenges for the capitals market he stresses is exactly the maintenance of this foreseeability “particularly because inflation is not for playing around.” Our key points will be political reform “as our system is outof-date, as well as its decision processes and the respectability of politicians”, in addition to tax reform “because the current system projeto que elimina o fator previdenciário irá agravar a situação, podendo levar a uma sucessão de calotes.” O conjunto de ações defendido pelo PDMC, observa seu coordenador, passa necessariamente pelas reformas estruturais, condição indispensável para a evolução do mercado de capitais. Ele destaca ainda a reforma fiscal e tributária, assim como a trabalhista. “São fatores que prejudicam os resultados das empresas e o mercado reflete isso, é preciso fazer as mudanças estruturais para continuar avançando”. TRIBUTAÇÃO Entre as ações propostas pelo PDMC em 2009 e que são voltadas para os aspectos “micro” capazes de afetar o desenvolvimento do mercado, Tosta de Sá lembra a questão tributária para os recursos de investimento a longo prazo. “O tratamento ao acionista que detém ações por um período maior de tempo não pode ser equiparado, para fins tributários, ao do investidor de curtíssimo prazo, isso não faz sentido e prejudica a evolução do mercado de capitais porque inibe a entrada de novas empresas à medida que o acionista será tributado sobre o seu patrimônio”. O Plano Diretor defende a equiparação tributária desses recursos ao que já foi feito no mercado imobiliário, ou seja, equiparar a tributação sobre ganhos de capital com ações de companhias listadas em bolsa àquela atribuída aos imóveis na Lei 11.196/05 (arts. 35 a 37). O Plano prevê ainda a formulação de propostas de revisão da tributação aplicável às operações de títulos de dívida privada, incluindo: a incidência do IOF nas operações de curto prazo, que inibe a participação de pessoas físicas e pessoas jurídicas não financeiras no mercado secundário; a avaliação do impacto da redução do Imposto de Renda com o alargamento do prazo; a possibilidade de aplicação de critério de tributação análogo ao do investidor estrangeiro, não se cobrando o imposto de renda enquanto os recursos permanecerem na conta de investimento. “Avançamos muito nos últimos anos, mas não podemos nos acomodar no patamar que atingimos.” Luiz Simões TAREFA DE LONGO PRAZO Diante da incógnita representada pelo comportamento dos mercados is excessively complex and open to all sorts of construal.” Moreover, Teixeira da Costa adds, “it is important to complete social security reforms, as in 25 years time Brazil will have more retirees than tax-payers.” Under the aegis of the Capitals Market Steering Plan, one of the higher priority goals is to urge social security reform, which is a step viewed as essential for strengthening the Brazilian economy and consequently underpinning market development, explains Tosta de Sá. “Social security outlays reach absurd levels, equivalent to 12% of the GDP, and the Draft Bill eliminating the social security factor will make the situation even worse, and may even result in a series of frauds.” The set of actions supported by the PDMC, notes its coordinator, necessarily includes structural reforms as a crucial conditions for the development of the capitals market. He also stresses tax reform, as well as labor reform. “These are factors that undermine company earnings and the market reflects this; structural changes are needed in order to continue moving ahead.” Taxation Among the actions proposed by the PDMC in 2009 focused on micro aspects that can well hamper market development, Tosta de Sá recalls the issue of taxes on longterm investment funds. “For tax purposes, the treatment meted out to shareholders owning shares for longer periods of time cannot be compared to extremely short-term investors, as this does not make sense and undermines the development of the capitals market as it blocks the entry of new companies as shareholders will be taxed on their assets.” The Master Plan urges that these funds have already been taxed equally on the real estate market, meaning that taxation on capital gains through shares issued by companies listed on the Stock Exchange is similar to that assigned to real estate through Law Nº 11.,96/05 (Articles 35 to 37). This Plan also requires proposals to be drawn up for revising the taxes applicable to private debt paper transactions, including the Financial Transaction Tax (IOF) falling due on shortterm transactions, which blocks the participation of individual persons and non-financial corporate entities on the secondary market; an assessment of the impact of reductions in income tax through extended periods; and the possibility of applying a taxation criterion similar to that of foreign investors, not charging income tax as long as the funds remain in the investment account. 51 Matéria de capa “Nos próximos 15 anos, poderemos ter cerca de mil empresas com ações listadas na Bovespa.” Ricardo Humberto Rocha internacionais, o advogado Luiz Leonardo Cantidiano, ex-presidente da CVM, observa que uma das duas principais vertentes dos desafios para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro é justamente a necessidade de aumentar significativamente a geração de poupança interna, destinada a aplicações em valores mobiliários de emissão de companhias abertas, de sorte a fazer com que o mercado fique menos dependente dos humores do investidor externo. A segunda vertente, diz Cantidiano, é viabilizar uma maior participação do investidor no processo de financiamento de empresas privadas, desenvolvendo o mercado de emissão de debêntures. Ricardo Humberto Rocha concorda e considera o aumento da poupança interna como um dos grandes desafios. “Nas operações de IPO, por exemplo, o Brasil importa dinheiro, já que em torno de 70% das compras das ações são feitas por estrangeiros”, constata. A relação poupança versus PIB ainda é baixa, em torno de 16%. “Portanto, dependemos do capital externo.” Outro desafio de longo prazo é criar um mercado para as empresas que ainda não estão consolidadas, mas que têm Long term tasks Due to the unknown aspects of the future behavior of international markets, lawyer Luiz Leonardo Cantidiano, a former president of the CVM, notes that one of the main aspects of the challenges to be surmounted by Brazil’s capitals market is the need to pump up domestic savings levels significantly, earmarked for investment in securities issued by listed companies, in order to ensure that the market becomes less dependent on the moods of foreign investors. The second aspect, he said, is to ensure the feasibility of greater investor participation in the financing of private companies, developing the debentures market. Ricardo Humberto Rocha agrees and views that an increase in domestic savings as one of the major challenges. “In IPOs, for example, Brazil imports money, with some 70% of share purchases already taken up by foreigners,” he notes. The savings x GDP ratio is still low, at around 16%. “Thus, we remain dependent on foreign capital.” Another long-term challenge is to create a market for companies that are not yet consolidated, but which offer ample potential. This Professor recalls that the growth of the capitals market still depends on Brazil achieving more evenly balanced public accounts. 52 Cover story grande potencial. O professor do Insper lembra que o crescimento do mercado de capitais depende ainda de o país ter contas públicas mais equilibradas. De acordo com Roberto Montezano, a possível consolidação do mercado de capitais na infraestrutura financeira do país, com relevância macroeconômica, é tarefa de longo prazo e deverá ir além da próxima década. “Excluindo questões externas, penso que há alguns fatores internos que são importantes.” Em primeiro lugar, segundo ele, está a política macroeconômica, que determina as condições necessárias para a estabilidade e o crescimento do país e do desempenho médio das empresas. Um desequilíbrio fiscal permanente, por exemplo, poderia elevar o patamar de inflação e sua volatilidade, trazendo ciclos de crescimento e redução do “valor presente do Brasil”. Um reforço do ambiente macroeconômico que crie condições para crescimento sustentado levaria a uma saudável evolução de preços e de financiamentos empresariais via mercado de capitais. “Há evidências empíricas sugerindo que a relação entre volume de transações nos mercados de capitais como proporção do PIB é According to Roberto Montezano, it is possible to consolidate the capitals market through Brazil’s financial infrastructure, with macro-economic relevance, although this is a long-term task and must extend beyond the next decade. “Excluding outside issues, I believe that there are domestic factors that are important.” Initially, he feels that it is macro-economic policy that determines the conditions required to underpin national stability and growth, boosting average corporate performances. For example, permanent fiscal imbalance might well boost inflation with higher volatility, ushering in boom and bust cycles that reduce the ‘present value’ of Brazil. Strengthening a macro-economic context that provides the conditions needed for sustained growth would result in a healthy price development and corporate financing through the capitals market. “There is empirical evidence suggesting that the ratio between transaction volumes on capitals markets and the per capita income of a country as a proportion of the GDP is highly positive.” Stepping up governance Second, Montezano feels that it is necessary to recall that there is widespread agreement that gains in governance are sources of value for shares. Additional efforts to upgrade corporate governance are thus important ways of turning the capitals market ESFORÇOS ADICIONAIS EM GOVERNANÇA Em segundo lugar, lista Montezano, é preciso considerar que há um consenso de que ganhos de governança são fontes de valor para as ações. Esforços adicionais de melhorias na governança corporativa são, portanto, caminhos importantes para tornar o mercado de capitais uma fonte de financiamento regular das empresas e de ativos para os investidores. Um caminho relevante buscaria aumentos de transparência que levem à redução de volatilidades exageradas nos preços das ações. Outra questão, mais complicada, de acordo com Montezano, é a que trata da governança de empresas de controle estatal. Entre os fatores vitais para o desenvolvimento do mercado ao longo da próxima década, o economista cita a inversão de recursos na educação financeira de investidores e empresários, que deve ser continuada como forma de trazer novos participantes – permanentes e não cíclicos – ao mercado. A estratégia da educação financeira é um componente que sempre esteve presente nas origens do mercado de capitais brasileiro, observa Thomás Tosta de Sá. “Desde a década de 1970, com a criação do Ibmec (Instituto Brasileiro do Mercado de Capitais), essa preocupação já estava presente e depois, em 2002, integrou as metas do Plano Diretor, tendo se consubstanciado em 2006, na criação do Coremec. A CVM, junto com a iniciativa privada, reforçou esse movimento ao lado da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), Bacen e diversos agentes, incluindo as entidades representativas do mercado e as bolsas”. A realização de eventos como a ExpoMoney e a criação do Instituto Nacional de Investidores (INI) vieram reforçar a questão educacional, assim como os diversos programas mantidos pela Bovespa. “Temos que dar continuidade também ao processo da educação previdenciária, que a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) tem desenvolvido como instrumento para ampliar a formação e a aplicação da poupança, até mesmo para pressionar o into a regular source of financing for companies, and assets for investors. An important path would be to seek increases in transparency that reduce exaggerated volatility in stock prices. Another more complicated aspect, according to Montezano, is related to governance of companies under State control. Among the factors that are crucial for the development of the market during the next decade, this economist mentioned the allocation of funds to the financial education of investors and entrepreneurs, which must be pursued as a way of attracting new permanent – rather than cyclic – participants to the market. The financial education strategy is a component that has always been present in the origins of Brazil’s capitals market, notes Thomás Tosta de Sá. “Since the 1970, with the establishment of the Brazilian Capitals Market Institute (Ibmec), this concern was already well to the fore, and then in 2002, it absorbed the Master Plan goals, which were firmed up in 2006, through the establishment of the Market Registration and Oversight Committee (COREMEC). Working closely with the private sector, the CVM strengthened this movement alongside the Private Insurance Superintendency (SUSEP), the Brazilian Central Bank (BACEN) and many other agents, including entities representing the market and Stock Exchanges.” The organization of events such as the ExpoMoney financial trade fair and the “É preciso elevar a taxa de investimentos da economia brasileira, dos atuais 17% para 23% do PIB.” Antonio Corrêa de Lacerda Foto: Sidney Murrieta altamente positiva com a renda per capita de um país.” establishment of the National Investors Institute (INI) underpin the educational issue, together with various programs run by the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). “We must also forge ahead with the process of social security education that the Brazilian Closed Private Pension Fund Entities Association (ABRAPP) has developed as a tool for expanding the formation and allocation of savings, and even for pressuring Congress which is burdening government budgets right and left, merely to further the interests of the few”, affirms Tosta de Sá. Financial education will play a decisive role in strengthening the market, agrees Teixeira da Costa. He also views the issue of education as a crucial supplement to regulatory and selfregulatory measures. “There is nothing better than an investor who knows what he is doing, how he is investing his funds, what are his rights and understanding the risks involved.” Regulation and self-regulation The regulatory issues and aspect that lies at the core of international concerns, particularly since the financial crisis that began in 2008. To what extent will possible alterations in the regulatory frameworks underpinning global markets require adjustments in Brazilian regulations? The perfect regulatory 53 Matéria de capa “Acho que é importante criar um mercado de acesso para as companhias nacionais de menor porte.” Luiz Leonardo Cantidiano Cover story Congresso que, a torto e a direito, onera o orçamento público apenas para agradar a poucos interesses”, afirma Tosta de Sá. A educação financeira será decisiva para o fortalecimento do mercado, concorda Teixeira da Costa. Ele vê o tema educacional, inclusive, como um complemento indispensável às medidas regulatórias e autorregulatórias. “Nada melhor do que o investidor saber o que está fazendo, como está investindo seus recursos, quais são seus direitos e compreender os riscos envolvidos”. REGULAÇÃO E AUTORREGULAÇÃO A questão regulatória é um aspecto que está no centro das preocupações internacionais, principalmente a partir da crise financeira cujo auge teve início em 2008. Até onde eventuais mudanças no arcabouço regulatório dos mercados globais exigiriam ajustes na regulação brasileira? O sistema regulatório perfeito não existe, lembra Teixeira da Costa, até porque o mercado está constantemente criando novas formas de transações, em grande velocidade, o que exige a manutenção de um processo evolutivo system does not exist, recalls Teixeira da Costa, particularly because the market is constantly creating new types of transactions at high speed, requiring a constant process of evolution. “Keeping pace with the market requires that the people in charge are always up to date.” In the USA, he says that alterations in the regulations for the XXI century, with the adoption of stricter rules, might not have pleased Wall Street and its Republicans, but this was the second commitment in the campaign of President Obama and changes will undoubtedly appear. Despite its efficiency being questioned due to the international crisis, self-regulation is still essential for markets, Teixeira da Costa believes. “Despite State Regulators, self-regulation is essential because we cannot simply wash our hands and leave everything up to the State. Self-regulation, government oversight and financial education for investors, are the three key aspects for endowing markets with greater security.” He also stresses the importance of a regulatory system based on principles rather than on rules, similar to that guiding the new international standards. “Episodes such as that of Enron in the USA clearly show that rules are worthless without principles.” Market regulation must be simple and applicable, explains Luiz Simões. However, self-regulation may not be lax, meaning that the agents involved must not support any deviations by their 54 permanente. “O acompanhamento do mercado exige que as pessoas responsáveis sejam permanentemente atualizadas”. Nos EUA, diz ele, a mudança na regulação para o século XXI, com a adoção de regras mais rígidas, pode não ter agradado Wall Street e os republicanos, mas foi o segundo compromisso de campanha do presidente Obama e as mudanças virão sem dúvida. Apesar de ter sua eficácia questionada por conta da crise internacional, a autorregulação continua sendo essencial aos mercados, acredita Teixeira da Costa. “Apesar de haver um estado regulador, a autorregulação é essencial porque não se pode lavar as mãos e deixar tudo nas mãos do estado. A autorregulação, aliada à regulação oficial e à educação financeira do investidor são três aspectos básicos para conferir maior segurança aos mercados. Ele defende ainda a importância de um sistema regulador baseado em princípios e não mais em regras, a exemplo do que norteia as novas normas contábeis internacionais. “Episódios como os da Enron, nos EUA, mostraram claramente que as regras, sem princípios, não valem nada”. A regulação do mercado precisa ser simples e aplicável, explica Luiz Simões. peers. In his view, the development of Corporate Governance requires focus and effectiveness. “Declaring good governance is not sufficient. It must be part of the daily life of the company, rather than appearing only in discourses full of good intentions,” stresses Simões. Official regulation must strive to increase liquidity over the long term, while also making sure that asset prices are good indicators of the basic values of companies, stresses Montezano. Excess liquidity due to excessively upbeat investors may result in overvalued prices during the short-term, with opportunistic issues of new shares “This carries long-term costs for companies and investors. After all, prices higher than the correct level will result in a reversal process in the future, returning to lower than expected. This is a complicated problem that has not yet been resolved in the literature and the practice of other countries, but may well be deployed as a principle for public regulation and self regulation of Stock Exchanges, companies and financial institutions,” suggests this Ibmec Professor. Risk management Roberto Montezano recalls that the role played by risk management will tend to become increasingly more important Já a autorregulação não pode ser frouxa, ou seja, os agentes envolvidos não devem se solidarizar com os desvios de seus pares. Em sua opinião, a evolução da governança corporativa exige foco e efetividade. “Declarar boa governança não basta. Ela tem que tem que fazer parte do cotidiano da empresa e não apenas dos discursos de boas intenções”, reforça Simões. A regulação oficial deverá buscar aumentos da liquidez de longo prazo e fazer com que os preços dos ativos sejam bons indicadores de valor fundamental das empresas, aponta Montezano. Excessos de liquidez, motivados por investidores excessivamente otimistas, podem levar a superavaliações de preços no curto prazo, com oportunismo nas emissões de novas ações. “Isso traz custos de longo prazo para empresas e investidores. Afinal, preços acima do correto levam, no futuro, via processo de reversão à média, a retornos abaixo do esperado. Esse é um problema complicado, ainda não resolvido na literatura e na prática de outros países, mas que merece ser usado como um princípio de regulamentação pública e de autorregulação das bolsas, empresas e instituições financeiras”, sugere o professor do Ibmec. GERENCIAMENTO DE RISCOS Roberto Montezano lembra que o papel representado pelo gerenciamento de riscos tende a ser cada vez maior ao longo dos próximos anos. Ele observa que, embora haja quase um senso comum que derivativos são ruins, esses instrumentos melhoram a capacidade de administração financeira de todos os participantes do mercado quando acoplados aos instrumentos clássicos do mercado à vista. Tornam os mercados mais flexíveis e completos. “Mas é preciso saber para que e como usá-los. As estruturas de gerenciamento de riscos podem ajudar a disciplinar o uso dos derivativos, de acordo com a administração estratégica de riscos de empresas, bancos e outros participantes dos mercados”, afirma Montezano. De acordo com Luiz Cantidiano, é essencial assegurar a manutenção de mecanismos de controle de riscos para os diversos agentes de mercado, especialmente a bolsa, os intermediários e os investidores coletivos (fundos de investimento), de modo a reduzir a possibilidade de perdas derivadas de operações especulativas mais arrojadas, que possam comprometer a solidez do mercado e seu funcionamento equilibrado. over the next few years. He notes that although there is almost a consensus that derivatives are bad, these instruments fine-tune the financial management capacities of all market players, when linked to classic cash market instruments. They make markets more flexible and complete. “But it is necessary to know why and how to use them. Risk management structures may help discipline the use of derivatives, following the risk management strategies established by companies, banks and other market players,” states Montezano. According to Luiz Cantidiano, it is essential to uphold risk control mechanisms for the various market agents, especially on the stock exchange, as well as for brokers and collective investors (investment funds) in order to reduce the possibility of losses caused by more daring speculative transactions that may undermine market solidity and its evenly-balanced functioning. For Luiz Simões, derivatives are vital for good risk management. “But like all instruments, they may be useful or fatal. The same instrument may kill or save.” According to him, what defines the quality of the instrument is its use, meaning that sustainable risk management that is committed to corporate health, transparent and ethical, is a crucial factor in this process. In order to be affected, company officers must fine-tune their understanding of the idiosyncrasies typical of their risks. “Productive risk Para Luiz Simões, os derivativos são fundamentais para uma boa gestão de risco. “Mas, como todo instrumento, eles podem ser úteis ou fatais. O mesmo instrumento pode matar ou salvar.” Segundo ele, o que define a qualidade do instrumento é a sua utilização, portanto, uma gestão de risco sustentável, comprometida com a saúde da empresa, transparente e séria é pilar fundamental neste processo. “Para isso ser atingido, os diretores precisam aprimorar sua compreensão das idiossincrasias típicas dos seus riscos. Gestão de risco producente exige adequação e foco às peculiaridades”, pondera Simões. A transparência é vital quando se fala em derivativos, pontua Ricardo Rocha, lembrando que as companhias precisam estar muito bem preparadas para lidar com esse mercado. “As empresas precisam ser transparentes na forma como usam esse instrumento. O uso de derivativos está relacionado ao preparo das companhias e a regras de governança mais fortes. Isso é fundamental.” CENTRALIZAÇÃO E CONCORRÊNCIA A desmutualização da bolsa de management requires adaptation and focus on specific characteristics,” notes Simões. Transparency is vital when talking about derivatives, adds Ricardo Rocha, recalling that companies must be very well prepared to deal with this market. “Companies must be transparent in the way that they deploy these instruments. The use of derivatives is related to the preparation of companies and stronger governance rules. This is vital.” Centralization and competition Stock exchange demutualization and the merger between the BM&F and Bovespa opened up new horizons for the Brazilian market, together with the process that may well turn Brazil into a global liquidity hub, which is quite coherent with the capacity of the Brazilian market today, believes Thomás Tosta de Sá. In turn, Luiz Cantidiano believes that the Brazilian market after this merger is well able to serve as business center for Latin America. “I think it is important to create an access market for smaller local companies, perhaps on a new stock exchange, allowing better access for companies and investors to the local market.” However, the merger of these two stock exchanges also prompted concerns over a market ‘monopoly’ prompting criticisms among some players. For Teixeira da Costa, competition would 55 Matéria de capa valores e a fusão entre BM&F e Bovespa criaram uma nova perspectiva para o mercado, assim como o processo que deverá transformar o Brasil num centro global de liquidez, o que é coerente com a capacidade do mercado brasileiro hoje, acredita Thomás Tosta de Sá. Luiz Cantidiano acha que a bolsa brasileira, pós fusão, está capacitada a atuar como um centro de negócios da América Latina. “Penso ser importante criar – talvez em nova bolsa – um mercado de acesso para as companhias nacionais de menor porte, possibilitando maior acesso de empresas e investidores ao mercado local.” A fusão das duas bolsas, entretanto, também trouxe a preocupação com o “monopólio” do mercado, gerando críticas de uma parte do mercado. Para Teixeira da Costa, o ideal é ter concorrência. “Fomos criados em um ambiente de concorrência, que é sempre mais saudável”. Por outro lado, ele admite que as demandas do mercado hoje acontecem em escala global, o que limita a concorrência. “O jogo hoje é para os grandes, o que dificulta a atuação de concorrentes menores. Chegamos a ter oito Bolsas no Brasil, até porque o fato de ter uma Bolsa era visto como sinal de prestígio para as cidades e os Estados, mas essa fase acabou”. O mercado, entretanto, será o fiel da balança. “Se a BM&FBovespa não tomar cuidado em relação a custos e eficiência, a concorrência virá rapidamente”, alerta Teixeira da Costa. REGRAS PARA O HOMEBROKER O casamento entre regras bem definidas e acompanhamento eficiente será essencial num ambiente de negócios que tende a ser cada vez mais sofisticado. O homebroker, por exemplo, já representa uma mudança estrutural relevante no mercado e exige rigor regulatório, acredita Teixeira da Costa. “Há sempre o que criar em regulação. No caso do homebroker é fundamental ter normas bem definidas, saber como são feitas as operações, quem pode operar, entre outras questões. É preciso conseguir um ajuste fino, ou seja, ficar atento, porém sem tirar a criatividade do mercado, sem asfixiá-lo.” O homebroker, reconhece Cantidiano, é o mecanismo adequado para permitir que o intermediário possa expandir, com agilidade e segurança, sua atuação no mercado nacional, atuação essa que até be ideal. “We were brought up in a competitive environment. This is always healthier.” On the other hand, he admits that market demands are today sized to a global scale, which curtails competition. “The game is for major players today, which hampers the activities of smaller competitors. We used to have eight stock exchanges in Brazil, particularly because the fact of having a stock exchange was viewed as a sign of prestige for cities and states, but this phase has ended. However, the market will always tip the balance. “If the BM&FBovespa does not take good care of its costs and efficiency, the competition will spring up rapidly,” warns Teixeira da Costa. Homebroker rules The match between clearly defined rules and efficient oversight will be essential in an increasingly more sophisticated business environment. For example, the homebroker option already represents an important structural change for the market, requiring regulatory rigor, Teixeira da Costa believes. “There is always some need to establish a regulation. For the homebroker, it is vital to have clearly defined rules, knowing how transactions are conducted, who can trade, among other issues, if necessary. This system must be fine-tuned, remaining alert while not 56 Cover story recentemente estava focada nas grandes cidades. Ele reforça, entretanto, a necessidade de criação, pelos intermediários e pela bolsa, de mecanismos de controle de riscos de modo a não permitir que investidores possam operar nesse sistema acima de suas capacidades financeiras. O papel das corretoras é vital para o fortalecimento do mercado de capitais, observa Luiz Simões. “As corretoras são a conexão entre as emissoras e milhões de investidores, na sua grande maioria, leigos em gestão de investimento. As corretoras precisam capacitar seus funcionários, manter um diálogo producente, sincero e qualificado. Portanto, o discurso entre corretoras e investidores precisa ser mais qualificado”. O investimento em tecnologia e segurança dos dados precisa ser uma prioridade das corretoras, reforça Ricardo Rocha. “Atualmente, as corretoras já fazem um bom trabalho de informação e em alguns casos até de educação financeira. Isso é positivo, porque oferece ao investidor subsídios que ajudam a tornar uma decisão de forma mais consciente”, afirma Rocha. damping down or stifling the creative spirit of the market.” The homebroker is an appropriate mechanism for allowing brokers to expand quickly and safely, Cantidiano acknowledges, extending their operations on the Brazilian market, which until recently were clustered in major cities. However, he stresses the need to establish risk control mechanisms by brokers and by the stock exchange, in order to ensure that investors cannot operate in this system above their financial capacities. The role of brokerage houses is vital for strengthening the capitals market, says Luiz Simões. “Brokerage firms are the link between the issuers and millions of investors, most of whom are untutored in investment management. These firms must train their employees, maintaining productive, sincere and well qualified dialog. Thus, the discourse between brokerage houses and investors must be better qualified.” Investments in technology and data security must be ranked as top priority by brokerage houses, stresses Ricardo Rocha. “At the moment, they are already doing a good job with information, and in some cases even with financial education. This is positive, because it provides input for investors that helps them take more aware decisions,” stresses Rocha. Matéria de capa Cover story BM&FBovespa: os caminhos para o futuro E m fevereiro de 2010, quando fechou o acordo para aumentar de 1,8% para 5% sua participação no CME Group (proprietário da maior bolsa de derivativos do mundo, a Chicago Mercantile, controlador da Chicago Board of Trade (CBOT) e da Nymex, bolsa mercantil de Nova York), a BM&FBovespa estava mirando um horizonte inicial de 15 anos e deu mais um passo para consolidar seu projeto de transformar o Brasil num polo financeiro global, estruturado para atender às necessidades de liquidez e serviços tanto dos investidores nacionais com foco internacional como os estrangeiros interessados em transações no Brasil e em outras praças da América Latina. A iniciativa avança, portanto, na perspectiva de internacionalizar a Bolsa brasileira e fazer dela um centro regional de liquidez, atuando como porta de entrada dos investidores estrangeiros em toda a América Latina. Como parte do acordo, BM&F Bovespa e CME também acertaram o desenvolvimento de uma plataforma integrada de negociação multimercado, sinal claro dos rumos que o mercado de capitais nacional deverá tomar ao longo dos próximos anos. O valor de US$ 620 milhões investido pela Bolsa brasileira no acordo elevará sua participação total no grupo americano para aproximadamente US$ 1 bilhão. A parceria foi um passo importante na aquisição de tecnologia e no desenvolvimento dessa plataforma, capaz de atender tanto os segmentos de mercado da BM&F como da Bovespa, explica Carlos Kawall, Diretor Internacional da BM&FBovespa. Serão negociados na nova plataforma tanto ações como derivativos, contratos de taxas de câmbio e juros, títulos públicos e privados, além de outros ativos de balcão. Entre as perspectivas abertas pelo novo contrato com o CME, a bolsa brasileira conta com a possibilidade de passar a distribuir, internacionalmente, em curto espaço de tempo, todos os seus produtos, por meio da maior rede mundial de negociação de contratos derivativos (CME-GLOBEX). Além disso, poderá contar com dezenas de milhares de terminais instalados em mais de 80 países, em quatro continentes. A expectativa é de que o acordo amplie o BM&FBovespa: Paths to the future In February 27, when it reached an agreement on increasing its stake from 1.8% to 5% in the CME Group – the owner of Chicago Mercantile, the world’s largest derivatives exchange, which is the parent company of the Chicago Board of Trade (CBOT) and the New York Commodities Exchange (Nymex) – the BM&FBovespa was looking ahead towards an initial horizon of fifteen years, taking yet another step towards its project of turning Brazil into a global financial hub, structured to meet the liquidity and service requirements of local investors with international interests, as well as foreigners eager to do business in Brazil and other countries in Latin America. This initiative is moving steadily ahead towards internationalizing the Brazilian Stock Exchange, turning it into a regional liquidity hub and serving as a gateway for foreign investors to Latin America in general. As part of this agreement, the BM&FBovespa and CME also agreed to develop an integrated multimarket trading platform, clearly indicating the direction to be followed by Brazil’s capitals market during the next few years. The US$ 620 million invested by the Brazilian stock exchange in this agreement will boost its total stake in this US Group to around 58 US$ 1 billion. This partnership was an important step forward for acquiring technology and developing this platform, designed to service the market segments encompassed by the BM&F and Bovespa, explains Carlos Kawall, the Director for International Affairs, BM&FBovespa. This new platform will handle trading in shares, as well as derivatives, foreign exchange and interest rate contracts, and public and private papers, in addition to other over-the-counter assets. The prospects opened up by this new agreement with CME for the Brazilian Stock Exchange include the possibility of starting to distribute all its products internationally in the near future, through the world’s largest derivatives contracts trading network: CME-GLOBEX. Through this system, it could work with tens of thousands of terminals installed in more than eighty countries on four continents. This agreement is expected to enhance the potential of commodities contracts on the BM&FBOVESPA which can already be settled in dollars, and will now be more visible and easier to access. It will also allow Brazilian brokers to offer their clients access to the products of the CME Group through GTS. potencial dos contratos de commodities da BM&FBOVESPA, que, além de já poderem ser liquidados em dólares, ganharão maior visibilidade e facilidade de acesso. E deve garantir aos corretores brasileiros a possibilidade de oferecerem a seus clientes amplo acesso aos produtos do CME Group, via GTS. NOVO CONTEXTO E NOVOS PRODUTOS Os projetos da BM&FBovespa, que pretende chegar à segunda posição em valor de mercado no ranking das bolsas mundiais até o início de 2012, refletem as novas perspectivas e desafios do mercado. “Passamos a conviver com um contexto diferente, em que o cenário é nitidamente de mais longo prazo, e queremos ao mesmo tempo contribuir e nos beneficiar desse horizonte de crescimento econômico, no qual o mercado de capitais tem um papel importante a cumprir”, observa Kawall. São dois os vetores que norteiam essa estratégia: investimentos fortes em tecnologia para melhorar os sistemas de negociações e ampliar sua capacidade, no qual está integrado o acordo com o CME, e a ampliação das bases do mercado para elevar o número de empresas listadas e o número de investidores (pessoas físicas e institucionais, locais e estrangeiros). Essa estratégia inclui a diversificação de produtos nas duas plataformas (BM&F e Bovespa), por meio de uma equipe de desenvolvimento de produtos que trabalha em várias frentes, incluindo o mais novo produto, o contrato futuro de Etanol, por exemplo. Além disso, a Bolsa prepara um programa de market maker para o mercado de opções e aposta na diversificação crescente dos fundos de índice, os ETFs, conta Kawall. O atual modelo de companhias abertas brasileiras é um sucesso e veio para ficar, diz o diretor da BM&FBovespa, mas é preciso fazer com que ele cresça e ganhe constantemente em qualidade, dando início a um novo ciclo. Atualmente a Bolsa brasileira conta com 386 companhias listadas e cujos ativos têm efetivamente negociação, um número considerado muito baixo internacionalmente. A expansão estimada para os próximos anos, portanto, é quase um movimento natural considerando-se essa base modesta. “Não New context and new products The projects being implemented by the BM&FBovespa, which intends to rank second by market value among the world’s stock exchanges by 2012, reflect new market prospects and challenges. “We are living in a different context, which is clearly focused more on the longer term, and we want to contribute to this economic growth while at the same time benefiting from these broader horizons, where the capitals market has an important role to play,” notes Kawall. There are two factors guiding this strategy: heavy investments in technology in order to upgrade trading systems and expand its capacity, which is integrated into the agreement with the CME; and the expansion of market bases in order to increase the number of listed companies and investors - individual and institutional, local and foreign. This strategy includes diversifying products on both platforms (BM&F and Bovespa) through a product development team working on several fronts, including cutting-edge products such as an ethanol futures contract, for example. Moreover, the Stock Exchange is preparing a market maker program for the “Não considero realista pensar em mais de mil empresas listadas, mas é possível dobrar o atual número em 5 a 10 anos.” Carlos Kawall options market, while wagering on increasing diversification for ETF index funds, says Kawall. The current model used for listed companies in Brazil is successful, and is here to stay, says this BM&FBovespa director, but steps must be taken to underpin its growth and steadily upgrade its quality, moving ahead into a new cycle. At the moment, the Brazilian Stock Exchange has 386 listed companies whose assets are effectively traded, which is a figure rated as very low, at the international level. The expansion forecast for the next few years is thus almost a natural upsurge, starting out from this modest base. “I do not believe that it would be a realistic to think about more than a thousand listed companies but, looking at what has happened over the past few years, it would be possible to at least double the current figure within five to ten years, particularly if we can add dynamism to the Bovespa Mais segment,” he says. High frequency controls While also planning to extend its high frequency trading area – which has long been the star of international markets and 59 Matéria de capa acredito que seja realista pensar em mais de 1.000 empresas listadas mas, olhando para o que aconteceu nos últimos anos, seria possível pelo menos dobrar o atual número dentro de cinco a 10 anos, principalmente se conseguirmos dinamizar o segmento Bovespa Mais”, afirma Kawall. CONTROLES PARA ALTA FREQÜÊNCIA Enquanto planeja ampliar também sua fatia de transações em alta freqüência, modalidade de negócios que tem sido a estrela dos mercados internacionais e cuja velocidade chegou a provocar fortes turbulências em Wall Street, fugindo ao controle de operações pela SEC (Securities Exchange Comission), a BM&FBovespa conta com um ambiente regulatório e com mecanismos de autorregulação que aumentam a transparência e a segurança das transações. “A crise realçou a necessidade de maior transparência nas operações nos mercados internacionais; então a tendência que se delineia lá fora favorece o modelo de maior regulação, que já é um diferencial do Brasil. Na BM&FBovespa, somos uma entidade auxiliar da regulação, portanto essa é uma preocupação constante”. A vantagem do Brasil, diz Kawall, “é justamente a de ter no setor financeiro um paradigma que já envolve maior regulação e maior transparência, ou seja, os movimentos de mudanças globais caminham na direção do que já fazemos e favorecem o nosso modelo de negócios de balcão e a própria Cetip”. Para lidar especificamente com os investidores de alta freqüência (os algotraders, como são conhecidos lá fora por utilizarem algoritmos para emitir ordens de negociação de forma automática, em tempo real), que nos EUA já representam cerca de dois terços das negociações de ações e cerca de 40% das operações com derivativos naquele país, a BM&FBovespa conta com alguns instrumentos e mecanismos de controle adequados, observa Kawall. “Os investidores de alta freqüência são importantes e pretendemos aumentar sua presença aqui porque eles funcionam como os novos market makers. Nos EUA, eles ajudaram até mesmo na formação de preços porque, ao explorar os diferenciais whose speed has triggered marked turbulence on Wall Street, moving beyond the operations controls deployed by the Securities and Exchange Commission – the BM&FBovespa is subject to a regulatory framework with self-regulation mechanisms that enhance the transparency and safety of its transactions. “The crisis underscored the need for greater transparency in transactions conducted on international markets; consequently, the trend that is building up elsewhere in the world favors a more tightly regulated model, which is already a comparative advantage for Brazil. On the BM&FBovespa, we are an ancillary regulator, so this is a matter of constant concern.” The advantage of Brazil, according to Kawall, is “precisely that its financial sector is bound to a paradigm that already involves tighter regulation and greater transparency. In other words, global changes are moving towards what we already have in place, favoring our over-the-counter trading model and the CETIP.” In order to work specifically with high frequency investors – known as algotraders, due to their use of algorithms issue trading orders automatically in real time, already accounting for some two thirds of trading in shares and around 40% of derivatives transactions in the USA – the BM&FBovespa has some 60 Cover story de preços, eles provêem liquidez ao mercado e, como no mercado brasileiro ainda há segmentos pouco líquidos, esse tipo de investidor pode ser benéfico”. O lado problemático da alta freqüência, transformado em verdadeiro pesadelo para a SEC e para as bolsas americanas no início de maio de 2010, é justamente que esses benefícios não podem acontecer às custas de distorções na formação de preços. “Em Nova York são mais de 50 plataformas de negociação e para saber o que deu início ao movimento de descontrole dos preços é como achar uma agulha num palheiro, então é necessário ter controle sobre a atuação desses investidores”, argumenta o diretor da BM&FBovespa. Para começar, diz ele, no Brasil não existe o acesso direto (naked access), as transações precisam ser feitas via corretoras que, por sua vez, têm que estabelecer limites de negociação. Além disso, existem alguns filtros no sistema da Bolsa. “Há filtros por volumes e por contratos, de modo que, se determinados limites forem ultrapassados, as ordens são interrompidas”. instruments with adequate control mechanisms, notes Kawall. “High frequency investors are important, and we intend to step up their presence here in Brazil, because they serve as new market makers. In the USA, they even help form prices because, by focusing on price differences, they endow the market with liquidity and as there are some Brazilian market segments that are not yet very liquid, this type of investor may well be beneficial.” The downside of high frequency trading, which developed into a nightmare situation for the SEC and U.S. stock exchanges in early May 2010, is precisely that these benefits may not occur at the cost of price formation distortions. “There are more than fifty trading platforms in New York, and discovering who triggered an uncontrolled price peak or trough is like looking for a needle in a haystack. So controls must be imposed over the activities of these investors,” argues this BM&FBovespa director. To begin with, he notes, there is no ‘naked access’ in Brazil, as transactions must be conducted through brokerage houses which must in turn establish trading limits. “There are screens based on volumes and contracts, so that if the set limits are exceeded, orders are interrupted.” Matéria de capa Cover story A agenda ambiciosa do Projeto Ômega C om uma agenda ambiciosa, que pretende consolidar a posição brasileira como um centro financeiro internacional e polo catalisador de negócios para a América Latina, o BRAIN (Brasil Investimentos & Negócios) foi criado em março de 2010, em iniciativa conjunta entre BM&FBovespa, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) e Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O projeto é multissetorial e envolve a participação de diversos representantes do setor privado, assim como a interlocução com o poder público numa parceria voltada para objetivos de curto, médio e longo prazo, que visam fortalecer o mercado brasileiro. A mudança do patamar de classificação de risco do Brasil, com o investment grade, foi o ponto de partida para isso, explica Paulo Oliveira, diretor geral do Brain. Além de atrair investimentos para a América Latina, a nova associação quer atuar também para irradiar negócios daqui para outras regiões do mundo. A base dessa estratégia leva em conta o fato de que o Brasil reúne, atualmente, todas as condições para ser esse polo global, observa Oliveira. Entre essas condições estão o ambiente institucional e político estável, a estabilização da economia, com diversificação e solidez, e o crescente interesse dos investidores internacionais. A regulação, a governança e o sistema de pagamentos adotados nos mercados brasileiros já são referências mundiais, o que amplia as possibilidades de consolidar aqui um polo regional de liquidez. NOVA ETAPA “O trabalho intensivo de divulgação do nosso mercado junto aos investidores globais começouem2004,comoprojetoBestBrazil, uma iniciativa das Bolsas em conjunto com o governo e com o Banco Central, e foi completado em 2008. Com a obtenção do investment grade, esse trabalho entrou em nova etapa porque o investidor já conhece o Brasil, agoraeleprecisaterconfiançanainfraestrutura para vir”, explica Oliveira. A função do Brain será coordenar esforços e iniciativas dos diversos setores e áreas, de modo a garantir essa infraestrutura. Será preciso identificar problemas comuns e propor soluções convergentes, tendo em vista a qualificação do país para ser, na América Latina, uma ponte entre os mercados latinoamericanos e os demais mercados mundiais. Nesse sentido, o Brain desenvolve o Projeto Ômega, que tem como meta a criação de um ambiente favorável para receber o fluxo de capital estrangeiro, além de integrar uma série de aspectos dos mercados. Seus planos, portanto, incluem uma agenda bastante ampla, voltada a itens que abrangem desde a melhoria da infraestrutura de logística, transportes e segurança urbana no ambiente do polo de investimentos, até a transferência das melhores práticas entre os países latinoamericanos, com a oferta de produtos e serviços financeiros. Ambitious agenda for the Omega Project With an ambitious agenda that intends to firm up Brazil’s status as an international financial hub, serving as a catalyst for business all over Latin America, BRAIN (Brazil Investments & Businesses) was set up in March 2010, as a joint initiative linking the BM&FBovespa, the Brazilian Financial and Capitals Markets Entities Association (ANBIMA), and the Brazilian Banks Federation (FEBRABAN). This multi-sector project involves the participation of several representatives of the private sector, as well as engaging with government authorities through a partnership focused on short, medium and long term goals that are designed to strengthen the Brazilian market. Now ranked as investment grade, the shift in Brazil’s risk rating was the starting point for this initiative, explains Paulo Oliveira, the Managing Director of the BRAIN initiative fostering investment and business in Brazil. In addition to attracting investments to Latin America, this new association is also eager to showcase local businesses in other parts of the world. Its strategy is underpinned by the fact that Brazil clusters together the conditions needed to develop into a global hub, notes Oliveira. These conditions include its stable institutional and political contexts, with a solid and well diversified economy that is prompting rising interest among international investors. The regulations, governance and payment system adopted by Brazilian 62 markets are already global benchmarks, extending the possibilities of firming up a regional liquidity hub. New stage “An intensive drive to publicize our market to global investors began in 2004, with the Best Brazil Project: an initiative undertaken by Stock Exchanges, together with the government and the Brazilian Central Bank, that was completed in 2008. Once investment grade was attained, this task entered into a new stage, because investors are already familiar with Brazil, and now they need to build up confidence in its future infrastructure,” explains Oliveira. The function of BRAIN will be to coordinate efforts and initiatives in a wide variety of sectors and areas, in order to buttress this infrastructure. Common problems must be identified and convergent solutions proposed, bearing in mind Brazil’s qualifications to build bridges between the markets of Latin America and other global markets. Along these lines, BRAIN is implementing the Omega Project, whose goal is to create a favorable environment that will welcome an inflow of foreign capital, in addition to integrating a series of market aspects. Its plans thus include a broad agenda that encompasses O GRANDE DESAFIO A simplificação de regras cambiais e tributárias, sem a necessidade de edição de novas leis, é um dos objetivos que podem ser atingidos em prazo relativamente curto, antes de cinco anos, acredita Oliveira. Um dos vetores do Projeto Ômega é justamente o aumento da competitividade no ambiente brasileiro de negócios, por meio de medidas para otimizar a regulação e os tributos, reduzir a burocracia e aprimorar a infraestrutura urbana e de negócios, assim como divulgar a oferta de serviços profissionais no mercado brasileiro. O grande desafio, reconhece Oliveira, será dar sinergia e dinamizar esse leque tão amplo de atividades. Para assegurar que os associados tenham realmente capacidade para agilizar essa agenda de debates, com uma visão de médio a longo prazo, o BRAIN criou uma classe diferenciada de participante, o associado Classe A, que deve contribuir com o valor mínimo de R$ 1 milhão ao ano, durante pelo menos três anos, ganhando com isso direito a um assento no Conselho da entidade. As conversas sobre a integração já foram iniciadas por meio de uma série de contatos com as bolsas e órgãos reguladores de outros países, explica Oliveira. items ranging from upgrading the urban safety, logistics and transportation infrastructure for this investment hub, through to exchanging best practices among the Latin American nations, with steady flows of financial services and products. According to Oliveira, the first step is to define the alignment of the interests of the various members of the BRAIN, which represent very different market segments, in addition to extending its action agenda in greater depth, which should take place during 2010. Projects should then strive to integrate the Latin American markets through aiming at a single regulatory framework, which will be crucial for Brazil to serve as gateway allowing investors to move in and out of this region. The president of this entity believes that one of its short-term goals would be to attract investors from Europe and the USA, as well as Asia. The technological integration of business platforms is already under way through an agreement between the BM&FBovespa and the Chicago Mercantile Exchange (CME), recalls Oliveira. One of its key aspects is to consolidate issues of shares by foreign companies in Brazil, such as through trading Brazilian Depositary Receipts (BDRs) on the stock exchange, which has already begun. This also paves the way for Brazilian investors to access foreign markets, while establishing a secondary market for Latin American government papers is another important item in this integration process. “Começamos a divulgar o mercado junto aos investidores globais em 2004 com o projeto Best Brazil.” Paulo Oliveira Foto: Flávio R. Guarnieri O primeiro passo, conta Oliveira, é definir um alinhamento dos interesses dos diversos associados do BRAIN, que representam segmentos diferenciados dentro do mercado, e aprofundar a agenda de ações, o que deve ocorrer ainda em 2010. Em seguida, os projetos devem buscar integrar os mercados latino-americanos de modo a ter um ambiente regulatório único, o que será fundamental para que o Brasil funcione como porta de entrada e de saída dos investidores na região. Uma das metas que pode ser atingida a curto prazo, acredita o presidente da entidade, será a atração de investidores da Europa e dos EUA, assim como os asiáticos. A integração tecnológica das plataformas de negócios, lembra Oliveira, já está em andamento por meio do acordo entre BM&FBovespa e o grupo CME. Um dos aspectos essenciais é consolidar tanto as emissões de ações de empresas estrangeiras no Brasil como a negociação de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), também já iniciada na Bolsa. Com isso, abre-se um caminho também para o acesso do investidor brasileiro ao mercado externo. A criação de um mercado secundário para os títulos públicos latinoamericanos é outro item importante no processo de integração. The major challenge Simplifying tax and foreign exchange rules without needing new laws is a goal that can be attained in a relatively short period of time – less than five years, Oliveira believes. One of the vectors of the Omega Project is precisely keener competition in Brazil’s business segment, spurred by steps designed to fine-tune regulations and taxes, pruning away red tape, upgrading urban infrastructure and fine-tuning the business framework, in addition to publicizing the supply of professional services on the Brazilian market. The main challenge, Oliveira acknowledges, will be to ensure synergy that boosts the dynamism of this wide range of activities. In order to ensure that its members are able to explore this discussion agenda effectively with a medium to long-term approach, BRAIN introduced a special category of participant: Class A members, who must contribute at least R$ 1 million a year for at least three years, being granted a seat on the Board of this entity in return. Discussions on integration are already under way through a series of contacts with stock exchanges and regulators in other countries, Oliveira explains. 63 Matéria de capa Cover story Energia elétrica: Projetos e investimentos previstos para os próximos 10 anos N em mesmo a surpreendente estimativa de expansão da produção nas indústrias energointensivas brasileiras ao longo dos próximos dez anos, aliada à perspectiva de que o país apresente crescimento anual de 5,1% do PIB até 2019, tiram a relativa tranquilidade das previsões de oferta de energia elétrica ao longo da próxima década. As projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, apontam, por exemplo, uma expansão de 10% ao ano na produção em toneladas de aço bruto pela indústria siderúrgica nacional entre 2010 e 2019. Considerando os três grandes vetores da indústria em termos de consumo energético – siderurgia, alumínio e ferrosliga – o consumo final de energia por setor deve crescer mais de 5,4% ao ano nos próximos dez anos, admite Maurício Tolmasquin, presidente da EPE. “E as nossas previsões nesse sentido são conservadoras diante das estimativas feitas pelas entidades de classe desses setores”, acrescenta Tolmasquin. Tolmasquin avalia que em dez anos o Brasil sairá do atual nível de consumo per capita de energia, de 2 mil kWh (quilowatts hora), para atingir o patamar em que o Chile já está hoje, ou seja, cerca de 3 a 4 mil kWh. O consumo per capita nos EUA, para efeito ilustrativo, é de 14 mil kWh. HORIZONTE TRANQÜILO Apesar dessa perspectiva de expansão acelerada do consumo, o setor de energia Electricity: Projects and investments planned for the next ten years Not even a startling estimate of the expansion in output by energy-intensive industries in Brazil over the next ten years has undermined the relative tranquility of power supply forecasts for the next decade, drawn up by the Energy Research Enterprise (EPE), under the Ministry of Mines and Energy. Prospects of GDP growth at 5.1% a year through to 2019 are paralleled by annual expansion of 10% of raw steel output in tons by Brazil’s steel industry between 2010 and 2019. Looking at the three main industrial vectors for electricity consumption – steel, aluminum and ferroalloys - energy consumption by this sector should grow at more than 5.4% a year for the next decade, says EPE President Maurício Tolmasquin. “Our forecasts for this segment are conservative compared to the estimates announced by entities representing these sectors,” he adds. According to Tolmasquin, Brazil will move up from its current per capita energy consumption of 2,000 kWh (kilowatts hour) to between 3,000 and 4,000 kWh over the next ten years, reaching the level already achieved by Chile today. In comparison, per capita consumption in the USA tops 14,000 kWh. 64 Peaceful Outlook Despite the prospects of this rapid upsurge in consumption, the electricity sector looks ahead to relatively trouble-free horizons for its power generation and transmission capacities through to 2014, when the situation will be evenly balanced, according to the projections drawn up by the EPE. Through projects already contracted out, Brazil has a surplus of 5,800 MW (megawatts) average, meaning that through to 2014, power supplies will be able to cope easily with Brazil’s rising demands, keeping pace with a GDP increasing by 7% to 7.5% for a period of up to a year and a half, estimates Maurício Tolmasquin. “In terms of power supplies, there will be no bottlenecks curbing growth,” says the EPE President confidently. In its Ten Year Energy Expansion Plan (PDE) for 2010 - 2019, the EPE indicates that it will be investing some R$ 214 billion in the power sector, mainly in the generation and transmission segments, with these funds being crucial for underpinning growth of 5.1% p.a. in Brazil’s GDP for the next ten years. Annual increases in electricity demands are forecast to hover around 5.1% for the period between 2010 and 2019, meaning that some 6,300 MW of new capacity (or torna necessário agregar o equivalente a aproximadamente 6.300 MW de nova capacidade (ou 3.333 MW médios de energia firme) ao ano na próxima década. “No que depender do fornecimento de energia, não haverá gargalos para sustentar o crescimento.” ALTERNATIVAS Além da matriz hidrelétrica, o planejamento do governo conta com as alternativas de termelétricas a gás ou a carvão, além da energia eólica cujos leilões já avançam expressivamente, e a biomassa, com o bagaço de cana. A expansão termelétrica fóssil, ou seja, a gás ou a carvão, deverá acrescentar 12 mil MW de potência instalada, sendo que a expansão já contratada é de 4.742 MW até 2013.A opção oferecida nos próximos leilões será preferencialmente pelas termelétricas a gás. A principal fonte para atender a expansão da demanda do setor elétrico será a hidroeletricidade, que deve responder por 55,5% da oferta segundo o planejamento oficial. A EPE estima que sejam instalados 35.245 MW nos próximos 10 anos. Desse total, dois terços correspondem a projetos que já foram leiloados e que estão em construção, 3,333 MW average of firm energy) must be added each year throughout the next decade. Alternatives In addition to the hydro-power matrix, government planning also encompasses alternatives that include thermo-power plants running on gas or coal, in addition to wind power, whose auctions are moving ahead significantly, and biomass, mainly cane bagasse. The expansion of thermo-power plants running on fossil fuels (gas or coal) will add 12,000 MW of installed capacity, with 4,742 MW already contracted through to 2013. The options offered at forthcoming auctions will preferably focus on gas-fueled thermopower plants. The main source for responding to rising demands imposed on the electricity sector will be hydro-power, which should account for 55.5% of the supplies, according to the official planning. The EPE estimates that 35,245 MW will be installed during the next ten years. Of this total, two thirds correspond to projects that have been auctioned off and are already under construction, such as Jirau and Santo Antonio. “More than 60% of this entire increase is already Maurício Tolmasquin Arquivo EPE elétrica apresenta um horizonte relativamente tranquilo em relação à sua capacidade de geração e de transmissão até 2014, período para o qual a situação está totalmente equacionada, segundo as projeções da EPE. Por conta das obras já contratadas, o Brasil apresenta um excedente de 5.800 MW (megawatts) médios de energia, ou seja, até 2014 a oferta de energia elétrica terá condições de suprir sem problemas o aumento da demanda ainda que o País registre uma expansão de 7% a 7,5% do PIB durante um período de até um ano e meio, estima Maurício Tolmasquin. “No que depender do fornecimento de energia, não haverá gargalos para o crescimento”, assegura o presidente da EPE. Em seu Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2010-2019, a EPE indica que serão investidos no setor elétrico cerca de R$ 214 bilhões nos segmentos de geração e transmissão, volume de recursos que será fundamental para garantir um crescimento de 5,1% ao ano do PIB ao longo dos próximos 10 anos. É projetado um crescimento da demanda de energia elétrica de 5,1% ao ano no período de 2010-2019, o que contracted, meaning that by 2014 the situation will be firmly under control,” says Tolmasquin. Work is already beginning on other power plants, such as Belo Monte, with the projects whose feasibility will be assured totaling 22,151 MW. By 2019, some 13,000 MW will come on-stream, from the total number of hydro-power plants whose feasibility will be assured. Alternative energy sources, including thermo-power plants, biomass and wind power will supplement hydro-power during this period, totaling 14,655 MW - equivalent to an entire Itaipu project. In terms of installed capacity, this volume will represent some 23% of everything to be installed during the next few years (63,480 MW). With this, the share held by renewable sources in the total installed capacity will remain unchanged for the next ten years, despite a slight dip in the role played by hydro-power. Sustainability In the view of Paulo Godoy, the President of the Brazilian Heavy Industry and Infrastructure Association (ABDIB): “bringing public and private funding together has proved crucial for ensuring the necessary investments in electricity, as demands on this sector 65 Matéria de capa como Jirau e Santo Antonio. “Mais de 60% do total desse acréscimo já está contratado, ou seja, até 2014 a situação já está equacionada”, diz Tolmasquin. Outras usinas estão em vias de terem as obras iniciadas, como Belo Monte. Os projetos a serem viabilizados somam 22.151 MW. Até 2019, entrarão em operação cerca de 13 mil MW do total de hidrelétricas a serem viabilizadas. As fontes alternativas, incluindo as termelétricas, biomassa e energia eólica, complementarão a energia hidrelétrica no período e totalizam 14.655 MW, o equivalente a uma Itaipu. Esse volume representará, em termos de capacidade instalada, cerca de 23% de tudo que será instalado nos próximos anos (63.480 MW). Com isso, a participação de fontes renováveis na capacidade total instalada se manterá nos próximos 10 anos, apesar de uma ligeira redução da participação da hidroeletricidade. SUSTENTABILIDADE Na avaliação de Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), a conjugação de recursos públicos e privados tem sido fundamental para garantir os investimentos necessários em energia elétrica, uma vez que a demanda do setor é sempre muito elevada. “Somente recursos públicos ou privados de forma isolada não serão suficientes para fazer frente aos investimentos necessários. Os desafios ao longo dos próximos dez anos, sublinha Paulo Godoy, incluem a questão da sustentabilidade dos projetos em termos ambientais. Por isso, afirma o presidente da Abdib, “se queremos ter investimentos suficientes nesta área com sustentabilidade ambiental, o processo de licenciamento tem de funcionar, com previsibilidade de prazos e de custos. Outro fator importante é a estabilidade das regras regulatórias, de forma que seja possível planejar a expansão da oferta de energia e atrair investidores interessados em retorno no longo prazo. Um terceiro fator é organizar, internamente no País, as fontes de financiamento para os investimentos, com custos e condições competitivas.” Marcos Severine, analista de equity do setor elétrico da Itaú Corretora, observa que o Brasil tinha uma situação are always very heavy. Public or private funding alone will not be sufficient to underwrite the necessary investments. The challenges over the next ten years include the issue of project sustainability in environmental terms,” he says, explaining that: “This is why the licensing process must work smoothly, with foreseeable periods and costs, if we want to have enough investments in this area with environmental sustainability. Another important factor is the stability of the regulatory rules, meaning that it will be possible to plan expansions of power supplies and attract investors seeking longterm paybacks. A third factor is the organization of sources of financing for these investments in Brazil, at competitive costs and conditions,” says the ABDIB President. A power sector equity analyst with the Itaú Corretora brokerage house, Marcos Severine notes that Brazil had a tightstrapped supply and demand situation through to 2008. “With the international financial crisis, there was a sharp drop in electricity consumption by the industrial sector, which resulted in surplus power in 2009.” He stresses that the market is still working with this expected additional energy. However, the more robust growth forecast for the Brazilian economy at 7% p.a. will bring back concerns over power capacity, affirms this analyst. “For each 66 Cover story de oferta e demanda bastante apertada até 2008. “Com a crise financeira internacional, houve forte queda no consumo de energia industrial e acabou gerando excedente de energia em 2009”. Ele ressalta que o mercado ainda trabalha com essa expectativa de sobra de energia. Entretanto, a estimativa de um crescimento mais robusto na economia brasileira, de 7% ao ano, traria preocupações em relação à capacidade de energia, afirma o analista. “Para cada ponto percentual de crescimento na economia, a demanda por energia aumenta em 2 mil MW. A grande interrogação é saber qual a taxa de crescimento do PIB, porque o esforço para atender à demanda é gigantesco. Em linha com a projeção feita pela EPE, o analista do Bradesco, Vladimir Pinto, reforça a tese de que, mesmo que o país cresça 7% ao ano, as usinas termelétricas e os leilões devem complementar a oferta para atender à maior necessidade de energia elétrica. “As estimativas da EPE e do Operados Nacional do Sistema (NOS) indicam que o Brasil tem folga para adquirir capacidade energética. Além disso, percentage point growth in the economy, energy demands increase by 2,000 MW. The main question is to know the GDP growth rate, because tremendous efforts are required to respond to these demands.” Aligned with the forecast drawn up by the EPE, Bradesco analyst Vladimir Pinto supports the theory that, even with 7% annual growth, Brazil’s thermo-power plants and auctions should supplement supplies in order to meet more pressing needs for electricity. “The estimates drawn up by the EPE and the National Grid Operator (ONS) indicate that Brazil has plenty of headroom to acquire energy capacity. Moreover, there are several projects already under way, half of which must be completed by 2014 with the remainder in 2020. Consequently, there are no concerns about power shortages,” he notes. Both Severine and Pinto agree that the main challenges in this sector are linked to environmental issues. “It is necessary to reconcile economic growth and power supplies with lighter impacts on the environment. This is why it is faster to license a thermopower plant than a hydro-based complex. Although thermo-power plants cause more air pollution, their hydro-based counterparts have massive social and environmental impacts,” notes Pinto. FONTES RENOVÁVEIS E SUSTENTÁVEIS O Grupo Energisa (ex-CataguazesLeopoldina) pretende investir R$ 1,2 bilhão nos próximos três anos, dos quais R$ 670 milhões serão direcionados à geração de energia e o restante para distribuição. Segundo Maurício Botelho, vice-presidente de Finanças e diretor de Relações com Investidores do grupo, os investimentos em fontes renováveis e sustentáveis receberão maior volume. Ele explica que são 120 MW em energia eólica, adquiridos por meio de leilões, além da construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), com capacidade de 30 MW, e três usinas, com 76 MW. Botelho afirma que o Brasil tem capacidade de geração de energia suficiente para atender à crescente demanda. Mesmo assim, ele aponta alguns pontos que necessitam de melhoria. “Precisamos de licenças ambientais mais ágeis e leilões de energia mais frequentes”, sugere. O executivo acrescenta ainda que isso contribuiria para a construção de mais PCHs. “Esses projetos têm vantagens, como baixo An important area where Brazil is progressing steadily is its regulatory framework. “This issue has been well resolved and is firmly consolidated,” notes Severine. In the view of Vladimir Pinto, this framework has been fine-tuned since 2004, offering greater credibility and less arbitrariness. “Brazil’s power sector regulator (ANEEL) had an administration that was quite technically minded, which was positive. As a result, the investment risk lies in the business, rather than in breaches of contract or broken rules,” notes Pinto. Renewable and Sustainable Sources The Energisa Group (formerly-Cataguazes-Leopoldina) intends to invest R$ 1.2 billion over the next three years, of which R$ 670 million will be earmarked for power generation, with the remainder assigned to distribution. According to the Group CFO and Investor Relations Officer Maurício Botelho, investments in renewable and sustainable sources will absorb large amounts of financing. He explains that 120 MW of wind power has been acquired through auctions, in addition to the construction of small hydro-power plants with a capacity of 30 MW, and three plants with a capacity of 76 MW. “Nós precisamos de licenças ambientais mais ágeis e leilões de energia com mais frequência.” Maurício Botelho Foto: Jessica Vicente existem vários projetos em andamento, cuja metade deverá ser concluída até 2014 e a outra parte em 2020. Portanto, não existe preocupação com falta de energia”, constata. Tanto Severine quanto Pinto concordam em que os maiores desafios do setor estão ligados às questões ambientais. “É preciso conciliar o crescimento econômico e o fornecimento de energia, com menor impacto no meio ambiente. Por isso, o licenciamento das usinas térmicas é mais rápido do que de uma hidrelétrica. Embora as térmicas provoquem maior poluição do ar, as hidrelétricas têm forte impacto social e ambiental”, avalia Pinto. Um avanço importante do país é o marco regulatório. “É uma questão bem resolvida e está consolidada”, afirma Severine. Na opinião de Vladimir Pinto, o marco se aperfeiçoou desde 2004, trazendo mais credibilidade e menos arbitrariedade. “A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) teve uma gestão bastante técnica, o que foi positivo. Com isso, o risco do investidor é do negócio, não de quebra de contrato ou regras”, constata Pinto. He affirms that Brazil is well able to generate sufficient electricity in response to rising demands. Nevertheless, he mentions some points for improvement. “We need faster environmental licensing and more frequent energy auctions,” he suggests. This executive also adds that this would contribute to the construction of more small hydro-power plants. “These projects offer advantages, including light environmental impacts with rapid construction that takes only two years, together with social and economic benefits, including the absorption of local workers. Moreover, small hydro-power plants can distribute capital among several investors of different sizes, while their hydro-based counterparts demand huge amounts of funding and major investors. This is a segment needing closer attention from the government,” he feels. In 2009, Energisa distributed 7,877 GWh of electricity. Its main power distribution assets basically consisted of 136 distribution substations with a total capacity of 2,376 MV, with 3,964 kilometers of power lines, 123,051 kilometers of urban and rural networks, and 146,934 transformers installed in its distribution networks, with a capacity of 4,034 MVA. During the first quarter of 2010, Energisa posted 8.6% growth in electricity 67 Matéria de capa impacto ambiental, velocidade de sua construção, de dois anos, e benefício socioeconômico, com absorção de mãode-obra local. Além disso, na PCH é possível distribuir o capital entre vários investidores de diferentes portes, enquanto as usinas hidrelétricas exigem volumes de recursos, maiores e grandes investidores. É um segmento que o governo deveria dar maior atenção”, pondera. A Energisa distribuiu 7.877 GWh de energia elétrica em 2009. Suas principais propriedades inerentes à distribuição de energia elétrica consistiam basicamente em 136 subestações de distribuição, com capacidade total de 2.376 MVA, 3.964 quilômetros de linhas de transmissão, 123.051 quilômetros de redes urbanas e linhas rurais e 146.934 transformadores instalados nas suas redes de distribuição, com capacidade de 4.034 MVA. No primeiro trimestre de 2010, a Energisa registrou crescimento de 8,6% no consumo de energia elétrica. Os consumidores cativos na área de concessão consumiram 1.764,9 GWh, com destaque para o consumo das classes residencial e comercial que apresentaram ritmo de crescimento ainda mais acentuado, com aumentos de 9,7% e 9,2%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No primeiro trimestre foram investidos R$ 68,9 milhões, dos quais R$ 19,0 milhões foram destinados à geração de energia (construção das PCHs Caju, São Sebastião do Alto e Santo Antônio). Essas usinas entram em operação no segundo semestre de 2010. COPEL: PLANEJAMENTO COM FOLGA A Companhia Paranaense de Energia (Copel) elaborou um estudo sobre o potencial energético do estado paranaense, em 2008. O Balanço Energético teve como base 2007 e mostrou que o Paraná atende diretamente a 3.655.255 unidades consumidoras, em 393 municípios e 1.111 localidades (distritos, vilas e povoados) paranaenses. Nesse universo, incluem-se 2,8 milhões de residências, 67 mil indústrias, 300 mil estabelecimentos comerciais e 358 mil propriedades rurais. O parque gerador consumption. The captive consumers in its concession area absorbed 1,764.9 GWh, with consumption by the residential and commercial classes being particularly noteworthy with even faster growth rates, up by 9.7% and 9.2% p.a. respectively compared to the same period the previous year. During the first quarter, R$ 68.9 million were invested, of which R$ 19.0 million were allocated to power generation (construction of the Caju, São Sebastião do Alto and Santo Antônio small hydro-power plants), which should come on-stream during the second half of 2010. COPEL: Planning with Headroom The Parana State power utility (COPEL) drew up a study of the energy potential in Parana State in 2008. With 2007 as its baseline, this Energy Balance showed that Paraná State services 3,655,255 consumer units directly in 393 municipalities and 1,111 locations (districts, villages and hamlets) throughout this State. This universe includes 2.8 million homes, 67,000 industries, 300,000 commercial establishments and 358,000 rural properties. Its generation facilities consist of 18 power plants 68 Cover story próprio é composto por 18 usinas (17 delas, hidrelétricas), cuja potência instalada totaliza 4.550 MW, que responde pela produção de cerca de 7% de toda eletricidade consumida no Brasil – 15 dessas usinas são automatizadas e comandadas à distância. O sistema de transmissão totaliza 1.942 km de linhas e 30 subestações (todas elas automatizadas), somando 10,3 mil MVA (megavolts-ampères) de potência de transformação. O sistema de distribuição da Copel tem 179.967 km de linhas e redes até 230 kV – o suficiente para dar quatro voltas em torno da Terra pela linha do equador – e 350 subestações (100% automatizadas). Segundo Ronald Ravedutti, presidente da Copel, para evitar desligamentos indesejados, a companhia planeja seu sistema para que se mantenha íntegro e sem cortes de carga, mesmo quando um dos elementos do sistema esteja fora de operação (linha ou transformador). “A companhia tem investido fortemente em novas obras, criando mais alternativas para o caso de falhas e para o atendimento à expansão do mercado”, afirma. Ravedutti ressalta (17 of them hydro-based), whose installed capacity totals 4,550 MW, producing some 7% of all electricity consumed in Brazil, with 15 of these power plants being automated and remote controlled. Its transmission system totals 1,942 kilometers of lines with thirty substations (all automated), making a total of 10,300 MVA (megavolts-amperes) in transformation capacity. The COPEL distribution system encompasses 179,967 kilometers of power lines and networks up to 230 kV – sufficient to circle the Earth four times around the Equator - together with 350 substations (100% automated). According to the COPEL CEO Ronald Ravedutti, in order to avoid undesirable power outages, the Company plans its system to ensure that it remains up and running with no cuts, even when one of its elements is not in operation (line or transformer). “The Company has invested heavily in new projects, introducing more alternatives to deal with power failures, in addition to keeping pace with market expansion,” he affirms. Ravedutti also stressed that COPEL is investing R$ 1,498 billion during the 2008 - 2012 tariff cycle period, under its Distribution Utility Development Plan (PDD). Allocated to work on substations and power lines at 69 kV and 138 kV, these investments total ainda que, somente no período do ciclo tarifário de 2008 a 2012, dentro do Plano de Desenvolvimento da Distribuidora (PDD), a Copel está investindo R$ 1,498 bilhão. Os investimentos, referentes a obras de subestações e linhas de transmissão de 69 kV e 138 kV, somam R$ 563 milhões, sendo que os outros R$ 935 milhões correspondem a obras no sistema de distribuição em tensões menores (138 kV). A Copel planeja o seu sistema para atender a atual projeção de crescimento do mercado, considerando a taxa média apontada pela EPE de 5,1% ao ano. Porém, há folgas no sistema que permitem absorver adequadamente um crescimento maior no curto prazo. “Havendo sinalização de crescimento em ritmo superior ao esperado, novas obras podem ser programadas para que venham atender, em tempo, a essa nova demanda”, informa Ravedutti. INVESTIMENTO CONSISTENTE Se nos últimos anos já tivemos um volume importante de investimentos em geração e transmissão de energia elétrica no País, diante da perspectiva de continuidade do crescimento econômico brasileiro o horizonte para esse tipo de aplicação de recursos é cada vez mais positivo porque será essencial continuar investindo de forma consistente em energia elétrica, ressalta Luiz Eugênio Figueiredo, vice-presidente da ABVCAP – Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital. Ao longo dos próximos cinco anos, pelo menos, o setor elétrico deve continuar no topo do ranking das alocações de investimentos por meio de fundos de Venture Capital (VC) e Private Equity (PE), estima Figueiredo. Atualmente, considerando o número de empresas investidas, o setor de energia elétrica já representa o segundo lugar nos investimentos em VC e PE no Brasil, perdendo apenas para a área de Tecnologia de Informação. Segundo os dados de dezembro de 2009, o setor de energia respondia por aproximadamente 15% do total de empresas investidas. “Levando em conta o fato de que o investimento em energia é sempre muito maior em termos financeiros, podemos R$ 563 million, with a further R$ 935 million earmarked for work on the distribution system at lower voltages (138 kV). The COPEL system is planned to keep pace with the current market growth forecast, based on the average rate indicated by the EPE of 5.1% p.a. However, there is plenty of room in the system that will allow it to deal comfortably with higher growth over the short term. “Should there be indications of growth at a rate faster than expected, new projects can be slotted in that will meet these demands in good time,” notes Ravedutti. Steady investments “As we have already seen significant investment volumes allocated to power generation and transmission during the past few years, spurred by the prospects of ongoing economic growth, the horizon for this type of fund allocation is increasingly positive, meaning that it will be essential to continue investing steadily in the power sector,” stresses Luiz Eugênio Figueiredo, the VicePresident of the Brazilian Private Equity and Venture Capital Association (ABVCAP). For at least the next five years, Brazil’s “Havendo sinalização de crescimento em ritmo superior ao esperado, novas obras podem ser programadas.” Ronald Ravedutti power sector seems likely to top the ranking of investment allocations by Venture Capital (VC) and Private Equity (PE) funds, Figueiredo believes. At the moment, considering the number of companies absorbing investments, Brazil’s power sector already ranks second for VC and PE investments in Brazil, behind only Information Technology. According to data released for December 2009, the power sector accounts for some 15% of the total number of companies absorbing investments. “Bearing in mind the fact that investments in electricity are always higher in financial terms, we could well say that this sector probably ranks first already by volume or funding allocated,” notes Figueiredo. By December, US$ 34 billion had been assigned in overall funding through PE/VC projects in Brazil, by either local or offshore funds. Part of this has already been assigned to the 550 companies in the portfolios of these funds, while another part – estimated by the market at between US$ 10 billion and US$ 12 billion - is still available for investment during the next two to three years. “These massive amounts of funding that remain available for investments offer Brazil greater peace of mind, even at times of market crises.” 69 Matéria de capa dizer que o setor provavelmente já está em primeiro lugar em volume de recursos alocados”, observa Figueiredo. Ao todo, em dezembro havia US$ 34 bilhões em recursos comprometidos com projetos de PE/VC no Brasil , seja por meio de fundos locais ou offshore. Parte disso já está alocada entre 550 empresas que estão nos portfólios dos fundos, e outra parte, estimada pelo mercado entre US$ 10 bilhões e US$ 12 bilhões, ainda está disponível para ser investida ao longo dos próximos dois a três anos. “Esse volume expressivo que ainda está disponível para investimentos dá maior tranqüilidade ao Brasil mesmo em momentos de crise nos mercados”. A BATALHA DE BELO MONTE Com o papel de protagonista na história da geração de energia elétrica no Brasil, a usina de Belo Monte, que deverá ser a segunda maior hidrelétrica do País e a terceira maior do mundo, começou a sair do papel em 2010, a partir do leilão que definiu o consórcio responsável pela construção e venda de energia gerada pela nova hidrelétrica. Respondendo por uma capacidade instalada de geração estimada em 11.233 mil MW, Belo Monte atraiu e deverá continuar atraindo ao longo dos próximos anos uma série de discussões envolvendo questões de impacto sócioambiental na Amazônia, além de uma batalha jurídica envolvendo os grupos interessados em participar de sua construção. Nada mais previsível considerandose que o projeto tem tudo para atrair as atenções para a região do rio Xingu: O custo final da obra, que poderá chegar a R$ 25 bilhões, inclui contratos de fornecimento de equipamentos no valor de R$ 6 bilhões, enquanto o valor envolvido na contratação das empreiteiras é estimado em no mínimo R$ 16 bilhões. O consórcio vencedor do leilão foi o Norte Energia, liderado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf ), com 49,98% de participação, além de outras oito empresas do setor de construção e engenharia. “Belo Monte é importante porque até 2010 a situação de fornecimento de The Battle of Belo Monte Playing a leading role in the history of power generation in Brazil, the Belo Monte power plant – the world’s third largest hydropower complex, ranking second in Brazil – began to come off the drawing board in 2010, through an auction that selected the consortium in charge of its construction and sales of the electricity generated by this new hydro-power complex. With installed power generation capacity estimated at 11,233,000 MW, Belo Monte has triggered – and will certainly continue to do so over the next few years – a series of discussions involving issues related to its social and environmental impacts in Amazonia, in addition to a legal battle involving stakeholder groups wishing to participate in its construction. Nothing could be more easily foreseen, bearing in mind that this project has everything to draw attention to the Rio Xingu river region: the final costs of this project (which may reach a massive R$ 25 billion) include equipment supply contracts worth R$ 6 billion, while the amount earmarked for hiring contractors is estimated at R$ 16 billion or more. The Norte Energia consortium submitted the winning bid in the auction, headed by the São Francisco power utility (CHESF), which holds a 49.98% stake, 70 Cover story energia no País está resolvida, mas é preciso pensar em todas as condições para obter energia barata para atender às necessidades do País além disso” , afirma Maurício Tolmasquin, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Em relação às críticas que sugerem ingerência excessiva do governo na gestão de todo o processo, Tolmasquin responde que houve um leilão público normal e houve competição. “É natural que haja atritos nesses processos mas o importante é ver quem oferece a menor tarifa. A Eletrobrás não deve ser o principal ou único ator mas também não poderia ser excluída, até porque a região de Belo Monte é difícil e envolve uma série de questões complexas que precisam contar com a presença do Estado, mas 50% do projeto estão nas mãos do setor privado”. De acordo com as previsões da EPE, o projeto está sendo conduzido em um bom ritmo e Belo Monte poderá ter seu cronograma adiantado em seis meses, o que resultará na entrega antecipada para meados de 2014. together with eight other companies from the construction and engineering sectors. “Belo Monte is important because the power supply situation in Brazil is resolved through to 2010, but it is necessary to explore all the possibilities for obtaining cheap energy in order to respond to the nation’s needs beyond this deadline,” affirms Maurício Tolmasquin, President of the Energy Research Enterprise (EPE). In response to criticisms suggesting excessive government intervention in the management of the entire process, Tolmasquin replies that this was a normal public auction, with competition. “It is natural that there should be some friction during these processes, but what is important is to find out who offers the lowest rate. Eletrobras cannot be the main or the sole player, but it also may not be excluded, particularly because the Belo Monte region is difficult, encompassing a series of complex issues that require the presence of the State; nevertheless, 50% of this project is held by the private sector. According to the forecast drawn up by the EPE, this project is moving ahead at a rapid clip, and the Belo Monte schedule may well be brought forward by six months, which could result in early delivery by mid-2014. Reconhecimento às empesas que criaram valor em 2009 O Comitê do Prêmio Abrasca de Criação de Valor, formado por 14 entidades do mercado, concedeu à Cia. Hering o prêmio de melhor caso de criação de valor de 2010. A companhia criou 127% de valor aos seus acionistas ao longo dos últimos três anos. Os destaques setoriais foram conquistados pelas empresas dos seguinte setores: Banco do Brasil (Banco & Crédito); Gerdau S.A.(Siderurgia e Metalurgia); Totvs (Tecnologia da Informação); CCR Rodovias (Transporte & Logística); Braskem (Petróleo & Gás, Química & Petroquímica); Vale (Mineração); Randon (Máquinas e Equipamentos); Energisa (Energia Elétrica); Rossi Residencial (Construção Civil & Mercado Imobiliário); Drogasil (Atacado & Varejo); Copasa (Saneamento e Serviços de Água e Gás); Vivo (Telecomunicações); Sul América (Serviços Financeirs) e Odontoprev (Serviços Médicos Hospitalares, Análises e Diagnósticos). The fourteen market entities represented on the ABRASCA Value Creation Prize Committee awarded the Hering clothing company the 2010 Prize for the best Value Creation case study, showcasing the 127% value created for its shareholders during the past three years. The Sector Highlight prizes were won by the following companies: Banco do Brazil (Banks & Credit); Gerdau S.A.(Steel & Metallurgy); Totvs (Information Technology); CCR Rodovias (Transportation & Logistics); Braskem (Oil & Gas, Chemicals & Petrochemicals); Vale (Mining); Randon (Machines & Equipment); Energisa (Electricity); Rossi Residencial (Civil Construction & Real Estate); Drogasil (Wholesale & Retail); Copasa (Sanitation, Water & Gas Services); Vivo (Telecommunications); Sul América (Financial Services) and Odontoprev (Medical & Hospital Services, Analyses & Diagnoses). Honoring companies creating value in 2009 72 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS / Comments on the methodology Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize GRC VISÃO, Gestão de Risco e Cenários A edição de 2010 do Prêmio Abrasca de Criação de Valor teve o conceito de criação de valor ampliado, passando a considerar o resultado obtido pelas empresas nos últimos três anos. Para esta edição, foram ponderados, portanto, os resultados de 2007, 2008 e 2009. A mudança foi incorporada após um amplo debate da Comissão Organizadora, realizado a partir do seminário “Criação de Valor como Vantagem Competitiva”, que ocorreu em março deste ano no auditório da BM&FBovespa (ver o hotsite do seminário no portal www.ciasbrasil.com.br). Pela nova forma de cálculo, a criação de valor considerada para fins de premiação da edição 2010 passou a ser uma média ponderada de 20% do valor criado em 2007, 30% do valor criado em 2008 e 50% do valor criado em 2009. Essa nova visão, mais ampla, permite observar quais setores apresentaram uma criação consistente de valor aos acionistas e quais apenas recuperaram a perda dos anos anteriores. O principal exemplo foi o setor de Utilidades Domésticas, que em 2009 foi o primeiro em geração de valor (204,7%) e o último, quando considerado o desempenho dos anos anteriores, -21%. PRÊMIO ABRASCA DE CRIAÇÃO DE VALOR COORDENADOR / Coordinator Eduardo Lucano da Ponte APOIO INSTITUCIONAL E COMITÊ DE PREMIAÇÃO / Awards Committee ABRAPP – Ivan Corrêa Filho ABRASCA – Antonio D. C. Castro AMEC – Walter Mendes ANBID ANBIMA ANCOR – Paulino Botelho de A. Sampaio ANDIMA ANEFAC – José Ronoel Piccin APIMEC – Lucy Souza BM&FBOVESPA – Cristiana Pereira IBEF IBGC – Alberto Whitaker IBRACON – Marco Aurélio Fuchida IBRI – Salim Augusto Amed Ali INI – Théo Rodrigues FIPECAFI – Iran Siqueira Lima The value creation concept underpinning theValue Creation Prize awarded by the Brazilian Association of Publicly-Held Companies (ABRASCA) was extended in 2010, encompassing the earnings posted by companies during the past three years. Consequently, this year’s prize is based on the earnings posted for 2007, 2008 and 2009. This alteration was adopted after broadranging discussions by the Organizing Committee, conducted on the basis of the Seminar on Value Creation as a Competitive Advantage, held in March this year in the BM&FBovespa auditorium (see the Seminar hotsite at: www.ciasbrasil.com.br). Through this new type of calculation, the value creation considered for ranking purposes in the 2010 award was altered to a weighted average of 20% of the value created in 2007, 30% of the value created in 2008 and 50% of the value created in 2009. This new and broader-ranging approach highlights sectors presenting consistent value creation for their shareholders, distinguishing them those which are merely catching up on losses posted in earlier years. The best example is the Household Utility Sector, which ranked first by value generation in 2009 (204.7%) and last when considering its performance during the previous year (-21%). ABRASCA VALUE CREATION PRIZE COMISSÃO ORGANIZADORA / Organizing Committee Alexandre Fischer Antonio Castro Eduardo Lucano da Ponte Iran Siqueira Lima Lucy Souza Luiz Spinola Desenvolvimento da metodologia para o mercado brasileiro / Development of the methodology for the Brazilian market GRC VISÃO, Gestão de Risco e Cenários Pesquisa e validação de dados / Executive Secretary Romina Lacerda Empresa responsável pela revisão e acompanhamento do prêmio / Auditors overseeing the awards 73 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS / Comments on the methodology O gráfico acima mostra a criação de valor, agregada por setores econômicos, segundo duas comparações: no ano de 2009, expresso pelas barras cinza claro, e a média ponderada dos anos de 2007, 2008 e 2009, pelas barras pretas. Assim, companhias que não estavam listadas na BM&FBovespa desde o primeiro pregão de 2007 não concorreram nessa edição do prêmio. Os demais critérios de premiação não foram alterados: The above graph presents value creation by economic sector, according to two comparisons: for 2009, shown by the pale grey bars and the weighted average for 2007, 2008 and 2009, shown by the black bars. Thus, companies not listed on the BM&FBovespa since the first trading session in 2007 did not compete for this year’s prize. The other award criteria were not altered: I) Critério de liquidez: foram excluídas da disputa as companhias que não tiverem registrado, ao longo do ano de 2009, free-float mínimo de 10% e participação em, no mínimo, 60% dos pregões na BM&FBovespa. Segundo esse critério, foram classificadas 151 companhias. I) Liquidity Criterion: companies were excluded from the contest that did not post a free float of at least 10% during 2009 and participate in at least 60% of the trading sessions on the BM&FBovespa. According to this criterion, 151 companies were classified. II) Critério de cálculo do valor criado: as companhias foram classificadas pelo resultado de sua criação de valor, conforme a nova metodologia, no últimos três anos. Foram indicadas as 15 primeiras em criação de valor (as 10% melhores) e as três primeiras de cada setor, conforme classificação da BM&FBovespa, corroborada pelas companhias. II) Value Created Calculation Criterion: the companies were classified by their value creation during the past three years, as established in the new methodology, short-listing the top fifteen for value creation (the best 10%) and the three top companies in each sector, as established in the BM&FBovespa ranking, corroborated by the companies. III) Critério qualitativo: foi aplicado questionário qualitativo a cerca de 100 analistas de mercado, que constam nos sites das companhias ou foram indicados por correio eletrônico pelas áreas de Relações com Investidores das candidatas. III) Qualitative Criterion: a qualitative questionnaire was completed by around 100 market analysts who are listed on company websites or were appointed through email by the Investor Relations areas of the candidates companies. IV) Critério do voto das entidades de mercado: tanto os resultados dos questionários como o cálculo do valor criado IV) Market Entities Vote Criterion: the findings of the questionnaires and the value created calculations were 74 foram apresentados ao Comitê de Premiação, formado por representantes de 14 entidades de mercado. Em voto aberto, cada um defendeu o voto dado à empresa que, em sua avaliação, era o melhor caso de criação de valor de 2009. presented to the Awards Committee, consisting of the representatives of fourteen market entities. In an open ballot, each of them supported the vote cast for the company that was felt to be the best value creation case study for 2009. O grupo que atende cumulativamente aos critérios de liquidez para a seleção foi composto, este ano, por 151 companhias, que disputaram, além do “Prêmio Abrasca de Criação de Valor”, o “Destaque Setorial” em seus respectivos setores de atuação. Esta terceira edição do Prêmio contou com a participação de uma nova instituição no Comitê de Premiação: a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeira (Fipecafi), representada na reunião por seu presidente, Iran Siqueira Lima. Abaixo, comparativo da criação de valor para as empresas que classificadas pelo critério de liquidez: The group that cumulatively met the liquidity criteria for selection this year consisted of 151 companies competing for the ABRASCA Value Creation Prize and the Sector Highlight Prize in their respective operating sectors. The 2009 III Value Creation Prize was supported by the participation of a new institution on the Awards Committee: the Accounting, Actuarial and Financial Research Institute Foundation (FIPECAFI), represented at the meeting by its President, Iran Siqueira Lima. A value creation comparison is presented below for the companies ranked by the Liquidity Criterion: Criação de valor em 2009 (218 companhias): 68,36% Grupo de empresas listadas desde 31/12/2006 (155): 61,61% Criação de Valor em Três Anos: Empresas selecionadas para o Prêmio (115): 15,88% Empresas selecionadas que compõem o Ibovespa (365): 16,13% Vencedoras do Prêmio Destaque Setorial (15): 26,78% Vencedora do Prêmio Abrasca de Criação de Valor: 127,88% Value creation in 2009 (218 companies): 68.36% Companies listed since December 31, 2006 (155): 61.61% Value creation in Three Years: Group of companies selected for the Prize (115): 15.88% Selected companies included on the IBOVESPA (365): 16.13% Sector Highlight Prize Winners (15): 26.78% Winner of the 2009 ABRASCA Value Creation Prize: 127.88% OVERSIGHT AND REVIEW ACOMPANHAMENTO E REVISÃO Esse ano a organização do Prêmio Abrasca reeditou a parceria com a empresa de auditoria KPMG. Buscando um grau ainda maior de transparência na apuração dos procedimentos adotados, nessa edição do Prêmio a auditoria participou das duas reuniões do Comitê de Premiação, responsável pela votação final. This year, the organization of the ABRASCA Prize repeated its partnership with the KPMG auditing company. Seeking even more transparency in the reviews of the procedures adopted, the auditors attended two Awards Committee Meetings for the Prize this year, which undertook the final balloting. Vencedoras / Winners Empresas / Companies CIA HERING BRASIL BRASKEM CCR RODOVIAS COPASA DROGASIL ENERGISA GERDAU ODONTOPREV RANDON PART ROSSI RESID SUL AMERICA TOTVS VALE VIVO Criação de valor % (2009) / Value creation % (2009) Criação de valor % (3 anos) / Value creation % (3 years) 269,42% 96,19% 149,54% 69,68% 75,68% 178,12% 70,97% 85,31% 371,39% 141,89% 338,05% 223,01% 212,44% 74,81% 85,84% 127,88% 26,54% 39,90% 27,78% 17,51% 83,31% 33,59% 21,39% 160,35% 36,47% 64,76% 41,20% 93,18% 22,16% 20,19% 75 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS COMPANHIAS SELECIONADAS, PELO CRITÉRIO DE LIQUIDEZ, PARA CONCORRER AO PRÊMIO. Relação dos proventos pagos aos acionistas e aportes de capital ao longo de 2009. Dados utilizados para o cálculo da criação de valor. Empresa Company ABNOTE ABYARA ACO ALTONA ACOS VILL AES TIETE ALFA FINANC ALFA INVEST ALL AMER LAT ALPARGATAS AMBEV BANESE BANRISUL BARDELLA BATTISTELLA BOMBRIL BRADESCO BRADESPAR BRASIL BRASIL TELEC BRASKEM CCR RODOVIAS CELESC CEMIG CESP CIA HERING COBRASMA COELCE COMGAS CONFAB CONTAX COPASA COPEL COTEMINAS CPFL ENERGIA CSU CARDSYST CYRELA REALT DASA DIMED DIXIE TOGA DOC IMBITUBA DROGASIL DURATEX ECODIESEL ELETROBRAS EMAE EMBRAER EMBRATEL PAR ENERGIAS BR ENERGISA EQUATORIAL ETERNIT FERBASA FORJA TAURUS FOSFERTIL FRAS-LE GAFISA GERDAU GERDAU MET GLOBEX GOL GPC PART GRAZZIOTIN GRENDENE GUARARAPES HERCULES HOTEIS OTHON IDEIASNET IENERGIA INDS ROMI INEPAR INEPAR TEL IOCHP-MAXION 76 (A) Lucro líquido (R$ mil) (A) Net profit (R$ 1.000) 73.393 4.909 1.966 199.169 780.235 67.850 76.783 31.653 134.755 5.959.937 39.114 541.096 16.634 -39.864 391.565 8.012.282 952.732 10.147.522 -1.142.689 917.228 634.564 127.283 1.861.403 762.713 114.554 -304.319 334.448 367.867 205.543 139.916 525.306 1.026.433 3.167 1.286.470 17.873 729.349 83.814 29.697 51.838 -4.569 74.590 97.935 -88.493 170.526 -7.526 894.590 1.292.709 625.137 249.712 207.283 73.187 35.636 50.785 -140.813 43.896 213.540 1.004.508 796.640 -315.564 858.466 -15.808 28.444 276.161 214.151 -4.059 5.047 -46.273 -199.217 12.101 52.130 -739 55.133 GROUP OF COMPANIES CONSIDERED TO ABRASCA VALUE CREATION AWARD, ACCORDING TO LIQUIDITY CRITERION. Dividends and capital contributions in 2009. Data used to calculate the value creation. (B) Valor de mercado (R$ mil) (B) Market capitalization (R$ 1.000) 973.350 480.472 75.825 3.213.800 7.072.178 425.092 703.928 13.244.746 2.085.969 98.306.350 210.829 5.658.196 253.293 104.275 476.309 103.388.948 13.653.849 76.275.139 12.289.428 7.334.668 17.607.318 1.476.527 17.651.599 7.390.020 1.585.771 12.530 2.474.900 3.735.896 2.065.113 1.537.446 3.833.709 10.053.702 619.424 16.945.655 410.916 10.348.640 3.271.393 274.324 502.902 66.590 1.660.993 7.421.683 790.521 40.100.343 517.259 7.041.823 15.782.936 5.327.915 2.343.644 1.868.117 773.280 1.035.110 717.399 7.478.804 357.907 3.670.142 38.244.246 13.733.754 1.915.474 6.918.490 104.425 283.820 2.985.000 3.834.792 7.611 137.793 547.005 132.473 876.906 364.670 30.970 1.207.136 / Comments on the methodology (C) Proventos* (C) Total earnings* 27.562 0 0 330.590 780 20.558 24.282 41.866 29.500 2.544.935 15.919 87.522 0 0 0 2.601.415 392.810 3.176.324 0 0 608.684 73.657 943.116 461.660 33.053 0 263.130 268.379 73.608 50.765 172.387 429.834 4.315 1.177.775 0 65.957 23.529 3.416 14.173 0 20.472 36.065 0 741.509 0 177.712 308.191 149.017 123.363 50.804 55.414 33.897 15.174 0 14.681 26.058 419.065 213.372 3.951 0 0 8.058 120.000 29.016 0 0 0 0 9.718 0 0 79.215 C/B C/A 2,83% 0,00% 0,00% 10,29% 0,01% 4,84% 3,45% 0,32% 1,41% 2,59% 7,55% 1,55% 0,00% 0,00% 0,00% 2,52% 2,88% 4,16% 0,00% 0,00% 3,46% 4,99% 5,34% 6,25% 2,08% 0,00% 10,63% 7,18% 3,56% 3,30% 4,50% 4,28% 0,70% 6,95% 0,00% 0,64% 0,72% 1,25% 2,82% 0,00% 1,23% 0,49% 0,00% 1,85% 0,00% 2,52% 1,95% 2,80% 5,26% 2,72% 7,17% 3,27% 2,12% 0,00% 4,10% 0,71% 1,10% 1,55% 0,21% 0,00% 0,00% 2,84% 4,02% 0,76% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,11% 0,00% 0,00% 6,56% 37,55% 0,00% 0,00% 165,98% 0,10% 30,30% 31,62% 132,26% 21,89% 42,70% 40,70% 16,17% 0,00% 0,00% 0,00% 32,47% 41,23% 31,30% 0,00% 0,00% 95,92% 57,87% 50,67% 60,53% 28,85% 0,00% 78,68% 72,96% 35,81% 36,28% 32,82% 41,88% 136,24% 91,55% 0,00% 9,04% 28,07% 11,50% 27,34% 0,00% 27,45% 36,83% 0,00% 434,84% 0,00% 19,87% 23,84% 23,84% 49,40% 24,51% 75,72% 95,12% 29,88% 0,00% 33,45% 12,20% 41,72% 26,78% -1,25% 0,00% 0,00% 28,33% 43,45% 13,55% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 80,31% 0,00% 0,00% 143,68% Empresa Company ITAUSA JOAO FORTES KARSTEN KEPLER WEBER KLABIN S/A KLABINSEGALL LIGHT S/A LIX DA CUNHA LOCALIZA LOJAS AMERIC LOJAS RENNER LOPES BRASIL LUPATECH M G POLIEST M.DIASBRANCO MAGNESITA SA MANGELS INDL MARCOPOLO MARISOL MEDIAL SAUDE MERC BRASIL MERC INVEST METAL LEVE MILLENNIUM MINUPAR MMX MINER MUNDIAL NATURA NET ODONTOPREV OHL BRASIL P.ACUCAR-CBD PARANAPANEMA PETROBRAS PLASCAR PART PORTO SEGURO PORTOBELLO POSITIVO INF PROFARMA PRONOR RANDON PART RASIP AGRO RECRUSUL RENAR ROSSI RESID SABESP SANEPAR SANTANENSE SANTOS BRP SAO CARLOS SARAIVA LIVR SCHULZ SID NACIONAL SOUZA CRUZ SUL AMERICA SULTEPA SUZANO PAPEL TAM S/A TECNOSOLO TECTOY TEKA TELEBRAS TELEMAR TELEMAR N L TELESP TEX RENAUX TIM PART S/A TOTVS TRACTEBEL TRAN PAULIST ULTRAPAR UNIPAR UOL USIMINAS VALE VIVO WEG WETZEL S/A TOTAL (A) Lucro líquido (R$ mil) (A) Net profit (R$ 1.000) (B) Valor de mercado (R$ mil) (B) Market capitalization (R$ 1.000) (C) Proventos* (C) Total earnings* C/B C/A 3.930.204 65.844 8.566 -3.010 332.907 37.551 604.831 1.341 102.030 152.028 189.589 49.997 31.385 -2.332 346.364 -29.685 16.745 136.543 35.762 -108.778 40.389 4.260 53.650 704 -76.680 -214.147 -16.627 683.924 735.948 58.976 176.278 591.580 194.029 28.981.708 10.084 328.416 16.570 118.717 53.152 70.031 138.950 2.769 -7.504 -15.630 218.099 1.373.879 137.871 18.760 41.421 133.385 53.007 35.195 2.598.665 1.484.905 419.093 14.706 877.932 1.342.539 2.269 -18.416 -55.791 -20.590 -435.962 -594.827 2.172.973 -14.436 214.893 120.296 1.134.398 828.019 466.748 -680.554 136.982 1.343.580 10.248.950 857.486 548.392 -7.092 51.411.200 800.000 60.110 443.686 4.904.581 721.244 5.298.207 47.854 3.896.999 10.947.814 4.789.160 1.206.532 1.294.186 1.123.494 4.764.900 3.727.441 251.570 1.513.519 324.219 1.213.485 365.899 210.060 761.339 407.442 143.934 3.768.274 59.270 15.617.470 7.773.288 2.833.129 2.342.222 15.329.774 2.122.437 347.084.678 404.426 6.615.087 228.973 1.960.574 546.647 151.687 2.418.566 83.333 43.384 81.600 4.012.535 7.833.023 1.089.036 137.116 2.295.218 925.225 959.833 330.572 42.290.058 17.656.660 4.846.459 66.737 6.440.501 5.564.623 66.560 67.351 14.960 858.220 15.161.190 15.859.646 21.099.556 19.915 13.647.896 3.675.983 14.053.539 7.938.675 10.902.650 1.298.455 1.129.244 25.211.523 250.189.922 21.765.000 11.364.332 89.146 1.406.671 0 1.248 0 125.420 0 594.368 3.650 31.514 31.647 53.308 0 0 0 31.669 0 509 71.798 10.192 0 15.813 1.437 32.880 0 0 0 0 551.860 0 82.428 25.042 140.500 0 8.367.837 0 93.026 0 50.000 4.174 0 66.413 4.686 0 0 28.182 455.673 39.012 7.430 0 49.575 20.724 1.765 2.130.062 1.436.098 103.910 2.669 233.263 23.532 38 0 0 0 2.266.772 1.461.315 1.471.938 0 171.482 39.011 542.006 643.513 237.923 55.477 914 1.006.731 5.299.850 374.975 357.932 0 2,74% 0,00% 2,08% 0,00% 2,56% 0,00% 11,22% 7,63% 0,81% 0,29% 1,11% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,00% 0,20% 4,74% 3,14% 0,00% 4,32% 0,68% 4,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3,53% 0,00% 2,91% 1,07% 0,92% 0,00% 2,41% 0,00% 1,41% 0,00% 2,55% 0,76% 0,00% 2,75% 5,62% 0,00% 0,00% 0,70% 5,82% 3,58% 5,42% 0,00% 5,36% 2,16% 0,53% 5,04% 8,13% 2,14% 4,00% 3,62% 0,42% 0,06% 0,00% 0,00% 0,00% 14,95% 9,21% 6,98% 0,00% 1,26% 1,06% 3,86% 8,11% 2,18% 4,27% 0,08% 3,99% 2,12% 1,72% 3,15% 0,00% 35,79% 0,00% 14,57% 0,00% 37,67% 0,00% 98,27% 272,19% 30,89% 20,82% 28,12% 0,00% 0,00% 0,00% 9,14% 0,00% 3,04% 52,58% 28,50% 0,00% 39,15% 33,73% 61,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 80,69% 0,00% 139,76% 14,21% 23,75% 0,00% 28,87% 0,00% 28,33% 0,00% 42,12% 7,85% 0,00% 47,80% 169,22% 0,00% 0,00% 12,92% 33,17% 28,30% 39,60% 0,00% 37,17% 39,10% 5,01% 81,97% 96,71% 24,79% 18,15% 26,57% 1,75% 1,69% 0,00% 0,00% 0,00% -519,95% -245,67% 67,74% 0,00% 79,80% 32,43% 47,78% 77,72% 50,97% -8,15% 0,67% 74,93% 51,71% 43,73% 65,27% 0,00% 104.497.639 1.635.258.515 46.856.117 2,87% 44,84% * Proventos = Dividendos (mais) juros sobre capital próprio * Total Earnings = Dividends (plus) interest on equity 77 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize VENCEDORA / Winner CIA. HERING Empresa conquista Prêmio Abrasca de Criação de Valor Hering Clothing Company: Winner of the ABRASCA Value Creation Prize G raças a um novo modelo de negócios, que melhorou acentuadamente os resultados da empresa, a Cia.Hering conseguiu agregar 269% de valor para os acionistas em 2009 e 127% na média dos últimos três anos. O valor de mercado da companhia saltou de R$ 428,28 milhões em 2008 para R$ 1,58 bilhão no final do ano passado. Esses foram alguns dos fatores que levaram o Comitê de Premiação, formado por 14 entidades do mercado, a conceder à Cia.Hering o Prêmio Abrasca de Criação de Valor 2010. Ela concorreu com as seguintes empresas: OdontoPrev, Totvs, Duratex, Drogasil, Rossi Residencial, Contax, SulAmérica, Magnesita, Siderúrgica Nacional, Randon Participações, Lojas Renner, Ultrapar e Eternit. Avaliação – Os analistas indicados pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que avaliaram a Cia.Hering atribuíram conceito excelente a todos os quesitos qualitativos da análise: transparência, relações com os investidores, controle de riscos, governança corporativa e atuação em projetos sociais e ambientais. E mais, eles acham que a empresa tem alta probabilidade de sustentar os resultados obtidos em 2009 no curto, médio e longo prazos. Consideraram, no entanto, “mediana” a política de dividendos da empresa. Para os analistas, a “força da marca Hering demonstrou ser um dos grandes diferenciais para geração de valor aos acionistas, Thanks to a new business model which pumped up its earnings significantly, the value added for the shareholders of the Hering clothing company reached 269% in 2009, averaging out at 127% over the past three years. Its market value almost quadrupled from R$ 428.28 million in 2008 to R$ 1.58 billion at the end of last year. These were just some of the factors that prompted the fourteen market entities on the Awards Committee to grant the Hering clothing company the 2010 ABRASCA Value Added Prize. It competed with the following companies: OdontoPrev, Totvs, Duratex, Drogasil, Rossi Residencial, Contax, SulAmérica, Magnesita, Siderúrgica Nacional, Randon Participações, Renner Department Stores, Ultrapar and Eternit. Evaluation – The analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) who assessed the Hering clothing company assigned it an Excellent rating for all the qualitative items in the analysis: Transparency, Investor Relations, Risk Control, Corporate Governance and activities related to Outreach and Environmental Projects. Furthermore, they feel that the company is very likely to continue its 2009 earnings over the short, medium and long terms, although rating its dividends policy as only Fair. For these analysts: “The power of the Hering brand clearly demonstrates that this is major comparative advantage in Cia. Hering Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 78 428.185.787 1.585.771.137 10.578.454 22.474.694 1.053.804 269,42% 127,88% conforme comprovam os resultados alcançados pela companhia em 2009”. No ano passado, a Cia.Hering obteve lucro líquido de R$ 114, 554 milhões, o triplo do obtido em 2008 (R$ 37,722). O resultado operacional, medido pelo Ebitda, ficou em R$ 154 milhões. A empresa investiu ao longo do exercício R$ 31,2 milhões, a maior parte aplicada na ampliação da produção. As ações ordinárias da Cia. Hering integram o Novo Mercado da BM&FBovespa, segmento que exige das empresas as melhores práticas de governança corporativa. generating value for its shareholders, as shown in the earnings posted by the company in 2009.” Last year, the Hering clothing company posted net profits of R$ 114,554 million, triple its 2008 figures (R$ 37,722). Measured by the EBITDA, its operating earnings topped R$ 154 million, with investments of R$ 31.2 million during the financial year, allocated mainly to expanding its production activities. The common shares issued by the Hering clothing company are listed on the Novo Mercado segment of the BM&FBovespa, which is the tier requiring the best corporate governance practices. OPINIÃO DOS ANALISTAS OPINION OF THE ANALYSTS Renato Prado, analista do Banco Fator – Um diferencial positivo da Hering é o forte crescimento das vendas, registrado nos últimos dois anos, que sustentou os resultados em 2009. Outro importante indicador é a margem Ebtida, que saiu de 14% no final de 2007 para 22% em 2009. Nesse período, a empresa promoveu uma reestruturação, com emissão de ações. Houve abertura de lojas próprias – subiu de nove para 50 – e mudou o perfil de atuação, deixando de ser uma empresa de confecção e passando a atuar mais intensamente no varejo. Necessariamente, o ganho de margem não ocorre com a expansão das vendas, mas a Hering alcançou esse resultado, e ainda conseguiu reduzir as despesas operacionais, vendendo um maior mix de produtos com custo menor. A empresa presta também um atendimento aos analistas acima da média, disponibilizando informações de maneira rápida e em quantidade satisfatória. Isso contribui para se fazer uma análise mais precisa, com subsídios para argumentar e reforçar sua indicação. Renato Prado, Analyst, Banco Fator – One of the comparative advantages of Hering is the upsurge in its sales during the past two years, which buttressed its 2009 earnings. Another important indicator is its EBTIDA margin, which rose from 14% in late 2007 to 22% in 2009. During this period, it undertook a restructuring process, in addition to issuing shares. It opened stores under its own name (up from nine to fifty), and tailored its operating profile, moving away from garment manufacturing towards more intensive retail activities. This market expansion did not necessarily occur through rising sales, but Hering posted these earnings and still managed to cut its operating expenditures, selling a broader product mix at lower cost. The company also services the analysts more effectively than its competitors, providing information quickly and in satisfactory quantities. This resulted in more accurate analyses, with input for presenting and underpinning its nomination. Guilherme Assis, analista de Small Caps da Raymond James – A companhia tem uma performance forte. Um dos destaques é o resultado das vendas, com base nas lojas existentes. O mercado cresceu 5% em média, a Hering cresceu 20%. A empresa manteve a abertura de lojas dentro do cronograma estabelecido no seu IPO, realizado em 2007: inaugurou 230 lojas em 2008, 277 em 2009 (previa 267) e planeja abrir outras 325 em 2010. A companhia consegue promover uma expansão agressiva, com grande margem Ebtida. No primeiro semestre de 2010, essa margem está em 24,3%, bem acima dos 15% registrados no mesmo período de 2009. A Hering conseguiu ainda melhorar sua margem bruta, que foi favorecida pelo câmbio e pelo trabalho com os fornecedores para compra de matéria-prima para produção própria e obteve produtos importados acabados mais baratos. Comparando a companhia com outras empresas do setor, a Hering apresenta um modelo diferenciado, porque opera no sistema de franquia, em locais estratégicos. Isso é um bom diferencial: ao contar com parceiros investidores para abertura de lojas reduz a sua necessidade de investimento. Guilherme Assis, Small Caps Analyst, Raymond James – The Company performed strongly, with outstanding sales grounded on the existing stores. With a market expanding by 5% on average, Hering grew by 20%. It continues to open its own stores in compliance with schedule established in its 2007 IPO: 230 stores were inaugurated in 2008, 277 in 2009 (compared to a forecast of 267), with plans to open a further 325 in 2010. The Company achieved aggressive expansion with an ample EBTIDA margin. During the first half of 2010, this margin has reached 24.3%, well above the 15% posted for the same period in 2009. Additionally, Hering has managed to improve its gross margin even more, with a favorable foreign exchange rate and efforts with suppliers, procuring raw materials for in-house production activities and shipping in imported finished goods at lower costs. Comparing the Company with others in this sector, Hering presents a noteworthy business model that is based on a franchising system with strategic locations.This is an excellent comparative advantage: by working with investor partners when opening stores, it decreases its investment requirements. 79 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize VENCEDORA As vendas da Hering também são expressivas nas lojas de multimarca, representam 50%. O modelo de abertura de lojas mais agressivo e o volume de vendas expressivo proporcionam crescimento acelerado, superior ao da Renner e da Marisa. Para o acionista, o principal ponto que agrega valor é o alto retorno sobre o capital investido. É uma empresa que cresce forte, com baixo investimento, o que traduz em um ROE acima do setor, de 30%. Esse modelo de negócio é a melhor forma de gerar valor para o acionista. Em relação ao atendimento aos analistas, é bastante positivo. A Hering é pró-ativa, seus executivos são bem acessíveis e faz bom gerenciamento das expectativas. / Winner Hering sales are also significant in multi-brand stores, reaching 50%. This more aggressive approach to opening stores and significant sales volumes are triggering rapid growth, outstripping Renner and Marisa. For its shareholders, the main value added aspect is the high return on invested capital. This is a company that is growing rapidly with low investments, reflected in an ROE that is higher than the sector at 30%. This business model is the best way of generating value for shareholders. In terms of servicing the analysts, its rating is positive. Adopting a pro-active stance, the Hering executives are easy to contact, with good management of expectations. Juliana Rozenbaum, analista sênior do Setor de Consumo da Itaú Securities – Em 2009, a Hering registrou um forte crescimento nas vendas, mantendo esse ritmo até o primeiro trimestre de 2010. A partir do segundo semestre de 2009, a empresa também apresentou expansão na suas margens. A Hering adota um modelo de negócio que favorece a criação de valor para o acionista. Sua flexibilidade entre comprar e produzir e ter loja própria e um canal de franqueado permite que cresça, usando pouco seu fluxo de caixa e proporcionando retorno expressivo sobre o capital investido. Um importante diferencial é o atendimento dado a investidores e analistas. É uma empresa que se diferencia pela disponibilidade que tem, dando respostas rápidas e explícitas. A acessibilidade da presidência e do diretor de Relações com Investidores deixa os analistas em posição muito confortável. Juliana Rozenbaum, Consumer Sector Senior Analyst, Itaú Securities – In 2009, Hering posted an upsurge in sales, maintaining this pace through the first quarter of 2010. From the second half of 2009 onwards, it also posted an expansion in its margins. Hering has adopted a business model that favors shareholder value creation. Close but flexible links between its procurement and production activities underpin growth through its own stores and a franchise channel, making little use of its cash flow and ensuring significant returns on invested capital. A major comparative advantage is its servicing of investors and analysts. This is a company that stands out for its availability, providing fast, clear answers. The accessibility of its CEO and Investor Relations Officer leaves analysts in a very comfortable position. Renata Coutinho, analista do Setor de Varejo no Brasil do Deutsche Bank – Um plano bem executado a partir de 2007 permitiu que a Hering alcançasse resultados positivos por semestres seguidos, mantendo a performance em 2010. A empresa reposicionou a marca Hering no mercado – considerando preço mais atraente e a inserção de produtos com valor agregado –, mudou o layout das lojas para torná-las mais interativas, melhorou os padrões de governança corporativa, praticamente zerou o endividamento e aumentou a geração de caixa. Essas medidas aumentaram a rentabilidade da empresa e geraram valor ao acionista. Também contribuiu para os resultados positivos a abertura de lojas via franquia. Esse é um modelo de negócio que trouxe para a Hering mais rentabilidade, porque a empresa não tem o custo operacional da loja. É quase como vender no atacado. As ações inovadoras e a força da marca Hering geram plataformas de crescimento, o que dá mais confiança ao mercado de que a empresa manterá seu ritmo de crescimento. O relacionamento com analistas é bem receptivo, com boa abertura e fornecimento de informações bem detalhadas. Essa postura ajuda a entender bem o negócio da Hering. O presidente e a equipe de RI fazem um esforço conjunto para esclarecer possíveis dúvidas, além de conversar com investidores ao participarem de eventos. É uma postura exemplar. Renata Coutinho, Brazilian Retail Sector Analyst, Deutsche Bank – Skillfully implementing its business plan from 2007 onwards ensured that Hering has posted positive earnings for successive half years, maintaining this performance in 2010. It repositioned the Hering brand on the market – bearing in mind a more attractive price and the introduction of value added products – in addition to altering the layout of its stores to make them more interactive, upgrading its corporate governance standards, virtually eliminating its debt and stepping up its cash flow generation. These measures boosted its profits and generated value for its shareholders. Other factors contributing to its impressive results include the opening of stores through franchising. This business model has increased the profits posted by Hering, as the company incurs no operating costs for these stores, almost like operating in the wholesale sector. These innovative actions and the power of the Hering brand construct growth platforms, leaving the market even more confident that the company will maintain its growth rate. It is extremely receptive in its relationship with the analysts, quite open and providing very detailed information. This stance underpins a better understanding of the Hering business. Its CEO and the Investor Relations staff work together to clear up possible doubts, in addition to talking with investors attending events. This is an exemplary stance. 82 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize ENTREVISTA COM FABIO HERING / Interview with Fabio Hering Por Martha Elizabeth Corazza e Adriana Braz / By Martha Elizabeth Corazza and Adriana Braz Os frutos de um novo modelo de negócio New business model brings benefits “Os resultados alcançados pela empresa no ano passado são os frutos da estratégia de negócios implementada a partir do segundo semestre de 2007, com foco na exploração do potencial da marca Hering” diz o diretorpresidente da companhia, Fabio Hering. Segundo ele, a resposta a essa reformulação, a empresa obteve com uma alavancagem operacional que assegurou forte crescimento de margem Ebtida. O plano foi desenvolvido a partir do resultado de pesquisas de mercado que confirmaram o potencial da Hering, já que a marca era altamente reconhecida em todas as classes sociais com pouca (ou nenhuma) rejeição. Em contrapartida, apresentava uma baixa penetração em função de preço, desejo do consumidor por mais novidades e lacunas de distribuição. Identificadas essas deficiências, foi estruturado um plano para corrigi-las, explica Fabio Hering, com um foco bem objetivo: tornar a Hering uma marca acessível. “Aumentamos a oferta de produtos, com níveis diferenciados de preços, e passamos a lançar coleções novas a cada 60 dias”, acentuou. Crescimento acelerado – Para aumentar a capilaridade na distribuição, foi elaborado um plano com a meta de chegar, até o final deste ano, com 325 lojas Hering Store (em 2006 a empresa tinha 151). “Além disso, reforçamos a distribuição no varejo multimarcas para atingir consumidores não atendidos pela rede Hering Store”, destacou Fabio Hering. Como conseqüência, a marca Hering vem apresentando não só um crescimento acelerado, mas também aumentos superiores a 20% nas vendas no conceito “mesmas lojas” (same store sales) há 11 trimestres consecutivos. Em 2009, disse Fabio Hering, a companhia apresentou uma margem Ebitda de 21,4% (frente a 17,4% em 2008) e 24,3% no primeiro trimestre deste ano, contra 15, 2% no mesmo período do ano anterior. “O crescimento de margem está associado principalmente ao nosso modelo de negócios, o 84 “The earnings posted by the company last year are the outcome of a business strategy implemented from the second half of 2007 onwards, focused on exploiting the potential of the Hering brand,” says its CEO, Fabio Hering. In response to this new approach, he feels that the company has extended its operating leverage, ensuring dynamic growth in its EBTIDA margin. This Business Plan was drawn up on the basis of market surveys that confirmed the potential of the Hering brand, which was already widely recognized among all social classes, with little or even no rejection. In counterpart, its penetration was low due to price, consumer eagerness for innovation, and patchy distribution. Having identified these shortfalls, a plan was structured to correct them, explains Fabio Hering, with a very specific goal: to make Hering an accessible and affordable brand. “We stepped up the supply of products with tiered prices, and began to launch new collections every sixty days,” he stressed. Rapid growth – In order to enhance the capillarity of its distribution network, a plan was drawn up with the goal of reaching 325 Hering Stores by the end of this year (more than double the 151 in operation during 2006). “Furthermore, we strengthened distribution in the multi-brand retail sector in order to reach consumers not serviced by the Hering Store network,” stressed Fabio Hering. As a result, the Hering brand has been posting not only rapid growth, but also sales increases of more than 20% in the Same Store sales concept for eleven consecutive quarters. In 2009, Fabio Hering notes that the Company presented an EBITDA margin of 21.4% (compared to 17.4% in 2008) and 24.3% during the first quarter of this year, compared to 15.2% for the same period last year. “The expansion in this margin is driven largely by our business model, which offers ample operating leverage, in parallel to rising sales.” qual apresenta grande alavancagem operacional associada ao aumento de vendas. Remuneração e governança – Ainda que não existam metas específicas para uma política de criação de valor ao longo dos próximos anos. O presidente explica que “o foco da administração na geração de valor está associado a um modelo de remuneração, no qual uma parte significativa é variável, baseada em indicadores como Ebitda e ROIC (retorno sobre capital investido), e que prevê um plano de opções de ações.’’ A estrutura de governança corporativa da empresa exerce um papel significativo na conquista de resultados para os acionistas. Listada no Novo Mercado (mais alto grau de Governança Corporativa da BM&FBovespa), a Cia Hering apresenta uma estrutura de controle difuso e um Conselho de Administração formado em sua maioria de membros independentes. “Esta estrutura se traduz em transparência, consistência das informações passadas ao mercado e continuidade da execução do plano de negócios’’, ressalta Fabio Hering. Marcas em destaque – Implementado em 2007, o plano estratégico segue em execução com foco na exploração do potencial da marca Hering, mas vale destacar também a boa performance das marcas PUC e Dzarm. No primeiro trimestre deste ano, as vendas aumentaram 38,2%, e todas as marcas apresentaram crescimento de dois dígitos, cita o presidente. “A marca Hering foi o destaque, com aproximadamente 84% das vendas, tanto na rede Hering Store como no canal varejo multimarcas”. Para os próximos anos, diz Fabio Hering, a estratégia será mantida. “Continuaremos explorando o potencial de crescimento de nossas três marcas, sempre atentos às oportunidades que possam surgir no mercado”. Na Hering, a meta é manter o foco na exploração do potencial da marca, por meio da expansão do número de lojas (405 lojas Hering Store ao fim de 2012) e aumento das vendas no conceito “mesmas lojas”. “Temos também um plano para melhor explorar o mercado infantil com as marcas PUC e Hering Kids, além do reposicionamento da marca Dzarm, já iniciado em 2009”. Comunicação com o mercado – A área de Relacionamento com os Investidores da Cia Hering mereceu avaliação elevada nas respostas dos analistas que acompanham a empresa. Esse resultado reflete o esforço para melhorar a comunicação com o mercado, principal foco do RI da empresa, segundo explica Fabio Hering. “Embora este ano a Cia Hering complete 130 anos e nossas marcas sejam bem conhecidas, nosso modelo de negócios é bastante peculiar e também implementamos uma nova estratégia de negócios a partir de 2007, o que demanda explicações aos stakeholders”. Nesse sentido, completa o presidente, “consideramos muito importante dar aos analistas de mercado e investidores acesso constante ao management da companhia, para garantir que os resultados sejam bem compreendidos, bem como buscamos aperfeiçoar a divulgação de resultados, disponibilizando informações que julgamos importantes para esclarecer as particularidades das nossas operações”. Remuneration and governance – Although there are no specific goals for a value creation policy over the next few years, the CEO explains that: “Value generation management is focused on a remuneration model with a significant variable portion, based on indicators such as the EBITDA and ROIC (Return on Invested Capital), and also encompasses a stock option plan.’’ The corporate governance structure of the company plays a significant role in building up shareholder payback. Listed on the Novo Mercado (the highest corporate governance tier on the BM&FBovespa), the Hering company presents a diffuse control structure, with most of its Board Members being independent. “This structure is reflected in transparency, consisting information disclosed to the market, and the steady implementation of its business plan,” stresses Fabio Hering. Noteworthy brands – Implemented in 2007, the strategic plan is being implemented with an eye to exploiting the potential of the Hering brand, although it is also worthwhile stressing the good performance of the PUC and Dzarm brands. During the first quarter of this year, sales rose by 38.2%, with all the brands posting double digit growth, says the CEO. “The Hering brand was the highlight, with some 84% of sales in the Hering Stores as well as the multi-brand retail channel.” Over the next few years, this strategy will be maintained, says Fabio Hering. “We will continue to exploit the potential growth of our three brands, always alert for opportunities that may appear on the market.” The Hering goal is to stay focused on exploiting the potential of its brands through increasing the number of stores (405 Hering Stores by yearend 2012), while stepping up sales through the Same Stores concept. “We also have a plan to expand more effectively on the children’s market with the PUC and Hering Kids brands, in addition to repositioning the Dzarm brand, which began back in 2009.” Market communications – The Investor Relations area of the Hering company scored high in the replies submitted by analysts monitoring this conglomerate. These ratings reflect its efforts to upgrade communications with the market, the main focus of its Investor Relations area, explains Fabio Hering. “Although the Hering company celebrates its 130th anniversary this year, and our brands are well known, our business model is quite specific, and we also implemented a new business strategy from 2007 onwards, which required explanations to the stakeholders.” Along these lines, adds this CEO: “We feel that it is very important to provide market analysts and investors with easy access to the management of the company, in order to ensure that its figures are properly understood, while also striving to fine-tune the disclosure of earnings, disclosing information that we feel is important for clarifying some of the more specific characteristics of our operations.” 85 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize ATACADO E VAREJO / Wholesale and retail DROGASIL Empresa se destaca pela segunda vez DROGASIL PHARMACY CHAIN: Twice a star D ois anos depois de vencer a primeira edição do Prêmio, a Drogasil volta a figurar entre as laureadas como um excelente caso de criação de valor. Em 2009, a empresa criou 178,2% de valor aos seus acionistas e, ponderando a desempenho obtido nos últimos três anos, conseguiu o expressivo resultado de 83,3%. Na verdade, o forte crescimento da companhia vem ocorrendo desde 2007. Neste período, a Drogasil obteve uma expansão de 33%, ao ano, na receita de vendas, e de 15% em sua rede de lojas. No ano de passado, a receita bruta totalizou R$ 1,78 bilhão, com crescimento de 34,8% sobre o resultado do exercício de 2008. O lucro líquido aumentou 45,8% ao somar R$ 74.590 milhões. Avaliação – Foi esse desempenho quantitativo somado à boa performance qualitativa que deram à Drogasil, pela segunda vez, o Prêmio Destaque Setorial. Os analistas da Apimec, (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que avaliaram a empresa deram conceito excelente para quase todos os itens qualitativos: transparência, relações com os investidores, atuação social e ambiental, controle de riscos e governança corporativa. Apenas para o item política de dividendos foi dado o conceito bom. Os analistas consideram também o fato de que mais de 90% do resultado obtido pela Drograsil em 2009 ter sido fruto de atividades operacionais. Para eles, a empresa tem alta probabilidade de sustentar os resultados do ano passado no curto, médio e longo prazos. Em 28 de março de 2010, a empresa comemorou 75 anos de uma história de sucesso. Logo depois, dados da Abrafarma confirmaram a Drogasil como a segunda maior rede de farmácias do Brasil pelo critério de faturamento (base 2009). No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou crescimento de 26,5% nas vendas, em relação ao mesmo período de 2009, e uma expansão no EBITDA de 29,1%. Two years after winning the first edition of this Prize, Drogasil once again ranks among the front runners as a notable value creation case study: in 2009, it created 178.2% in value for its shareholders, with an impressive 83.3% improvement in its performance over the past three years. In fact, this growth spurt has been under way since 2007, with sales revenues rising by 33% a year and 15% expansion in its chain of stores. Last year, its gross revenues totaled R$ 1.78 billion, up by 34.8% over its earnings for the 2008 financial year, as its net profits rose by 45.8% to R$ 74,590 million. Evaluation – It was this impressive performance, in quantitative and qualitative terms, that brought Drogasil the Sector Highlight Prize for the second time. The APIMEC analysts assessing the company rated it as Excellent for almost all the qualitative items: Transparency, Investor Relations, Environmental and Outreach Activities, Risk Control and Corporate Governance, with its Dividends Policy rated as Good. The analysts also appreciated the fact that more than 90% of its 2009 earnings were brought in through its operating activities. They feel that the company has a high probability of continuing this performance over the short, medium and long terms. On March 28, 2010, Drogasil celebrated its 75th anniversary, with a long and successful track record. Shortly afterwards, data released by the Brazilian Pharmacy and Drugstore Chains Association (ABRAFARMA) confirmed its position as the second-largest drugstore chain in Brazil by revenues (baseline: 2009). During first quarter of the current year, it posted 26.5% growth in sales, compared to the same period in 2009, with its EBITDA up by 29.1%. Drogasil Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 88 590.600.000 1.660.993.000 0 20.472.000 0 178,12% 83,31% BANCOS E CRÉDITO / Banking BANCO DO BRASIL Nota excelente em governança BANCO DO BRASIL: Top marks for governance O Banco do Brasil fechou 2009 registrando o maior lucro já obtido por um banco brasileiro: R$ 10,148 bilhões, resultado 15,3% superior ao do mesmo período do ano anterior. Os ativos totais cresceram 35,9% ao alcançar R$ 708,54 bilhões. Esses resultados quantitativos credenciaram a instituição para concorrer e conquistar o Prêmio Destaque Setorial de 2009. Os analistas que avaliaram o banco deram nota excelente aos seguintes itens qualitativos: governança corporativa, transparência, controle de riscos, atuação da área de RI, política social e política de dividendos. Segundo os técnicos, a instituição tem alta capacidade de sustentar os resultados de 2009 no curto, médio e longo prazos. Consideraram positivo o fato de 90% lucro tem sido obtido a partir da atividade operacional. Avaliação – De acordo com analistas, o Banco do Brasil tem se destacado por práticas que garantem os direitos dos acionistas pela prestação de contas aos investidores e à sociedade e pela ética no relacionamento com seus públicos. “Prova disso é a participação da instituição no Novo Mercado da BM&FBovespa, segmento que reúne as instituições com as mais rigorosas práticas de governança corporativa. Além de ter as ações nos índices ITAG e IGC, que reúnem, respectivamente, as empresas com tag along diferenciado, e aquelas com as melhores práticas de governança”, acentuam. Destacaram também que a política de controle de riscos do banco é feita com independência e sem conflito de interesses. “O alinhamento estratégico, a composição de comitês, definição de limites e processos para sua gestão permitem seguir, adequadamente, parâmetros pré-definidos”, observaram. Os analistas mencionaram ainda que o processo de alinhamento do Banco às diretrizes de Basiléia II reforça a governança dos riscos vigentes e aprimora a infraestrutura de gestão do banco. The Banco do Brasil closed 2009 with the highest profits ever posted by a Brazilian bank: R$ 10,148 billion, 15.3% more than during the same period last year. Its total assets rose by 35.9% to R$ 708.54 billion. These quantitative results qualified this institution as the winner of the 2009 Sector Highlight Prize. The analysts assessing this bank gave it high marks for the following qualitative items: Corporate Governance, Transparency, Risk Control, Performance of its Investor Relations area, Outreach Policy and Dividends Policy. According to the technical experts, this institution is well able to continue its 2009 performance over the short, medium and long terms. They viewed as very positive the fact that 90% of its profits were brought in by its operating activities. Evaluation – According to the analysts, the Banco do Brasil is noteworthy for practices that ensure the rights of its shareholders through accountability, addressing its investors and society, in addition to its ethical relationships with its publics. “This is proven by its listing on the Novo Mercado run by the BM&FBovespa, which is the tier with the most stringent corporate governance requirements, in addition to being listed on the Special Tag Along Stock Index (ITAG) and the Corporate Governance Index (IGC), which respectively cluster together companies with special tag along rights and those with the best corporate governance practices,” they stressed. They also confirmed that the Bank’s risk control policy is independent, with no conflicts of interest. “Its strategic alignment, the composition of its committees, and the definition of its management processes and limits allow it to comply properly with the pre-established parameters,” they noted. These analysts also mentioned that the alignment of this Bank with the Basle II Guidelines buttresses its governance in terms of current risks while fine-tuning its management infrastructure. Banco do Brasil Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 37.319.224.860 76.275.138.605 2.201.142.890 1.857.865.875 4.787.014.000 96,19% 26,54% 89 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize CONSTRUÇÃO CIVIL E MERCADO IMOBILIÁRIO / Real estate ROSSI RESIDENCIAL Construindo valor para os acionistas ROSSI RESIDENCIAL: Building value for its shareholders A Rossi Residencial fechou 2009 com receita líquida de R$ 1,57 bilhão com crescimento de 22,2% em relação aos R$ 1,23 bilhão obtidos no mesmo período do ano anterior. O lucro líquido cresceu 83,8% no período ao passar de R$ 118,6 milhões para R$ 218,1 milhões no final do ano passado. O valor criado pela Rossi para os acionistas em 2009 foi muito expressivo: 338% e nos últimos três anos a média foi de 64,76%, o que garantiu à empresa conquistar o Prêmio Destaque Setorial entre as 43 companhias do segmento de construção civil e mercado imobiliário cotadas na BM&FBovespa. Avaliação – Os analistas da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que avaliaram a Rossi deram conceito bom a transparência da empresa, atuação da área de relações com os investidores, atuação ambiental e controle de riscos. Conceituaram como mediana a política de pagamento de dividendos, atuação na área social e governança corporativa. Um dos pontos que pesou na avaliação dos analistas foi o fato de mais de 90% dos resultados alcançados pela companhia, em 2009, decorrerem de atividades operacionais. Entretanto, consideraram baixa a probabilidade da empresa sustentar o desempenho do ano passado no curto, médio e longo prazos. A empresa, uma das principais incorporadoras e construtoras do Brasil, está completando este ano 30 anos de fundação com presença em 73 cidades de 14 estados do país, além do Distrito Federal. Em 2006, a empresa entrou no Novo Mercado da BM&FBovespa ampliando para 100% o tag along, oferecendo um maior grau de transparência para os acionistas. Em 2008, as ações da Rossi passaram a integrar a carteira do Ibovespa, o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro. A Rossi iniciou 2010 com excelente desempenho. Fechou o primeiro trimestre com crescimento de 126% no lucro líquido e de 110% no EBITDA. Rossi Residencial closed 2009 with net revenues of R$ 1.57 billion, up by 22.2% compared to the R$ 1.23 billion posted the previous year. Its net profits rose by 83.8% during the period, up from R$ 118.6 million to R$ 218.1 million at the end of last year. The value created by Rossi for its shareholders in 2009 reached an impressive 338%, with an average of 64.76%, for the past three years, making it the winner of the Sector Highlight Prize among the 43 contenders in the civil construction and real estate segment listed on the BM&FBovespa. Evaluation – The analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) rated Rossi as Good for Transparency, Investor Relations, Risk Control and Environmental activities, scoring its Corporate Governance, Outreach activities and Dividends Payment policy as Fair. One of the aspects carrying much weight with these analysts was the fact that more than 90% of its 2009 earnings were brought in through its operating activities. However, they felt that there was only a low probability of this performance continuing over the short, medium and long terms. One of Brazil’s leading property developers and construction companies, Rossi celebrates its 30th anniversary this year with a presence in 73 towns and cities in fourteen States, as well as the Federal District. In 2006, it was accepted on the Novo Mercado by the BM&FBovespa, bringing its tagalong rights up to 100%, with greater transparency for its shareholders. In 2008, its shares were included in the portfolio of the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA), which is the main average share price performance indicator on the Brazilian market. Opening 2010 with an outstanding performance, Rossi posted first quarter growth of 126% in its net profits, with its EBITDA more than doubling at 110%. Rossi Residencial Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 90 699.558.452 4.012.535.003 28.181.600 0 928.125.000 338,05% 64,76% Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize ENERGIA ELÉTRICA / Electricity ENERGISA Lucro da empresa dobrou em 2009 ENERGISA: Power profits for 2009 A Energisa S.A., companhia responsável por cinco distribuidoras de energia localizadas nos estados de Sergipe, Paraíba, Minas Gerais e Rio de Janeiro, fechou o exercício de 2009 com lucro líquido consolidado de R$ 249,7 milhões, 138% superior ao de 2008, que totalizou R$ 105 milhões. O resultado refletiu o aumento do consumo de energia entre os clientes cativos, que subiu 5,1% no ano. Esse crescimento foi puxado principalmente pelas classes comercial e residencial, com aumento de 8% e 7,6%, respectivamente. A empresa criou ainda 71% de valor para seus acionistas e 33,6% na média dos últimos três anos. O valor de mercado da Energisa subiu de R$ 1,3 bilhão, em 2008, para R$ 2,3 bilhões no final de 2009. O total de dividendos pagos no ano passado somou R$ 123,3 milhões. Esses bons resultados somados ao desempenho qualitativo deram à empresa o Prêmio Destaque Setorial de 2009. Avaliação – Depois de passar pela fase de análise quantitativa, a Energisa foi avaliada por analistas indicados pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). Nesta avaliação, a empresa obteve conceito excelente nos itens transparência, relações com os investidores, controle de riscos e governança corporativa. Foi atribuído o conceito bom para a política de distribuição de dividendos e projetos sociais. Já na área ambiental a empresa recebeu conceito médio. Segundo os analistas, a Energisa se destacou também por ter mais de 90% do seu resultado composto por atividades operacionais. A Energisa S.A. faz parte do Grupo Energisa, originária da Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, fundada em 1905, na cidade de Cataguases, Minas Gerais. Os planos da empresa incluem investimentos de R$ 1,2 bilhão entre 2010 e 2012. Os recursos serão aplicados em geração e distribuição de energia, além do programa “Luz para Todos” do governo federal. The parent company of five power distribution utilities in Sergipe, Paraíba, Minas Gerais and Rio de Janeiro States, Energisa closed the 2009 financial year with consolidated net profits of R$ 249.7 million, 138% higher than the R$ 105 million posted in 2008. These figures reflect the upsurge in electricity consumption among captive consumers, which rose by 5.1% during the year. This growth was driven mainly by the commercial and residential categories, up by 8% and 7.6% respectively. It also created impressive value for its shareholders at 71%, averaging out at 33.6% for the last three years. The market value of Energisa rose by R$ 1.3 billion in 2008 to R$ 2.3 billion by year-end 2009, with the total dividends paid out last year topping R$ 123.3 million. Together with a remarkable qualitative performance, these figures brought it the 2009 Sector Highlight Prize. Evaluation – After the quantitative analysis phase, Energisa was assessed by analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC), who rated it as Excellent for Transparency, Investor Relations, Risk Control and Corporate Governance, assigning a Good score to its Outreach Projects and Dividends Distribution policies, with its Environmental activities ranked as Fair. According to these analysts, Energisa was also noteworthy for bringing in more than 90% of its overall earnings through its operating activities. It is a member of the Energisa Group, which originated in the Cataguazes-Leopoldina power utility established in 1905 at Cataguases, Minas Gerais State. Its plans include investments of R$ 1.2 billion between 2010 and 2012, allocating funds to power generation and distribution activities, in addition to the Light for All universal electrification program run by the Brazilian Government. Energisa Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 92 1.328.206.740 2.343.643.534 123.363.052 0 74.254.615 70,97% 33,59% MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS / Machinery and equipment RANDON Crescendo em harmonia com o meio ambiente RANDON: Growing harmoniously with the environment A pesar das adversidades que se abateram de forma intensa sobre o setor de máquinas e equipamentos no ano passado, a Randon Participações conseguiu encerrar o exercício com lucro líquido consolidado de R$ 138,9 milhões, embora 39% inferior ao de 2008. A receita líquida ficou em R$ 2,5 bilhões, enquanto a margem EBITIDA atingiu 12,2%. Ainda assim, o valor de mercado da companhia teve um aumento expressivo ao passar de R$ 993 milhões em 2008 para R$ 2,41 bilhões no final do ano passado. E mais, em 2009, a Randon conseguiu criar 142% de valor para seus acionistas e 36,5% na média dos últimos três anos. Foram esses os principais resultados que deram à empresa o Prêmio Destaque Setorial. Avaliação – Os analistas indicados pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que avaliaram a empresa consideraram relevante o fato de quase 90% do resultado obtido em 2009 ter sido fruto de atividades operacionais. Para eles, a Randon tem alta probabilidade de sustentar esses resultados no curto, médio e longo prazos. Os analistas atribuíram ainda conceito excelente aos seguintes itens: transparência praticada pela empresa; a atuação da área de relações com investidores e atuação em projetos sociais e ambientais. Consideraram “boas” as políticas de controle de riscos, governança corporativa e distribuição de dividendos. No ano passado, a empresa concluiu dois grandes empreendimentos: o campo de provas das Empresas Randon e o parque fabril da Castertech Tecnologia e Fundição, projetos que visam um crescimento harmonioso com a natureza. O avanço foi notável também na área social, na qual um dos programas de responsabilidade social, o Florescer, deixou raízes através de franquias sociais para disseminar o conceito e a prática de que é possível semear e colher boas idéias. Rocked by tempestuous times in the Machines and Equipment sector last year, Randon closed 2009 with consolidated net profits of R$ 138.9 million, 39% lower than in 2008, with net revenues of R$ 2.5 billion, and an EBITDA margin of 12.2%. Nevertheless, its market value more than doubled, up from R$ 993 million in 2008 to R$ 2.41 billion by year-end 2009, while also creating 142% value for its shareholders with a 36.5% average for the past three years. These were the main accomplishments that brought Randon this Sector Highlight Prize. Evaluation – The analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) assessing Randon assigned high importance to the fact that almost 90% of its 2009 earnings were brought in through its operating activities. They felt that Randon has a high probability of continuing this performance over the short, medium and long terms. The analysts rated the following aspects as Excellent: Transparency; Investor Relations and Environmental and Outreach Projects, with its Risk Control, Corporate Governance and Dividends Distribution policies rated as Good. Last year, it completed two major projects: the Randon testing grounds and the Castertech manufacturing complex, both designed to foster growth in harmony with Nature. It also achieved notable progress in the Outreach area through its Florescer social accountability program, which put down firm roots through partnerships disseminating the concept that good ideas can be sown and reaped, together with the related good practices. Randon Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 993.364.859 2.418.566.466 34.321.765 32.090.979 6.000.000 141,89% 36,47% 93 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize MINERAÇÃO / Mining VALE Conceito excelente para a área de RI VALE: Excellence in investor relations O lucro líquido da Vale em 2009 foi duramente afetado pela crise global ao totalizar R$ 10,249 bilhões, 51,8% inferior ao de 2008, R$ 21,27 bilhões. O resultado não surpreendeu os analistas, que já esperavam uma queda no desempenho da empresa em função da baixa cotação do dólar, redução nas exportações e nos preços do minério de ferro no mercado internacional. Exemplo de que os bons fundamentos da empresa persistem foi o aumento de 78% no seu valor de mercado, que subiu de R$ 140,55 bilhões em 2008 para R$ 250,19 bilhões no final do ano passado. A Vale conseguiu ainda criar 74,8% de valor para seus acionistas em 2009 e 22,2% na média dos últimos três anos Esses indicadores quantitativos foram fundamentais para levar a empresa a conquistar pela segunda vez o Prêmio Destaque Setorial. Avaliação – A Vale conseguiu conceito excelente dos analistas indicados pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) pela transparência e atuação da área de relações com os investidores. Eles destacaram também o fato de que quase 90% do lucro do ano passado ter sido obtido por atividades operacionais. Acham que a empresa tem alta probabilidade de sustentar esses resultados no curto, médio e longo prazos. Na análise qualitativa os analistas atribuíram conceito “bom” para os seguintes itens: atuação em projetos sociais e ambientais, controle de riscos, governança corporativa e política de distribuição de dividendos. A empresa manteve, pelo quarto ano consecutivo, a certificação de controles internos previstos pela Lei SarbanesOxley. A Vale também lançou, em 2009, o Código de Conduta do Fornecedor, que se somam ao Código de Conduta Ética e Canal de Denúncias, direcionado ao Conselho de Administração. A Vale é a segunda maior mineradora diversificada do mundo e a maior empresa privada da América Latina. The net profits of Vale were severely undermined by the global crisis in 2009, falling to R$ 10,249 billion, 51.8% less than the R$ 21.27 billion posted in 2008. This was no surprise to the analysts, who were already expecting a lackluster performance due to low US dollar prices, sluggish exports and slumping iron ore prices on international markets. However, confirmation that its solid foundations are still firmly in place came from the 78% increase in its market value, up from R$ 140.55 billion in 2008 to R$ 250.19 billion by year-end 2009. It also managed to create 74.8% value for its shareholders in 2009, averaging out at 22.2% for the past three years. These quantitative indicators were the crucial factors that brought Vale the Sector Highlight Prize for the second time. Evaluation – The analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) scored Vale as Excellent for Transparency and Investor Relations, while also highlighting the fact that nearly 90% of its profits were brought in through its operating activities last year. They feel that it offers a high probability of continuing this performance over the short, medium and long terms. In the qualitative analysis, the analysts scored the following items as Good: Outreach and Environmental projects, Risk Control, Corporate Governance and Dividends Distribution policy. For the fourth consecutive year, Vale maintained its certification for in-house controls under the Sarbanes-Oxley Act, in addition to publishing its Supplier Code of Conduct in 2009 which, together with its Ethical Code of Conduct and Whistle-Blower Hotline, serve as guidelines for its Board. The world’s second largest diversified mining conglomerate, Vale is also the largest private sector corporation in Latin America. Vale Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 94 140.552.667.981 250.189.921.739 2.735.000.000 2.564.850.000 0 74,81% 22,16% Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize PETRÓLEO & GÁS, PETROQUÍMICA E PLÁSTICO / Oil and gas and derivates BRASKEM Empresa reverte prejuízo e cria valor BRASKEM: Losses reversed while creating value A Braskem conseguiu em 2009 criar 150% de valor aos acionistas e 40% na média dos últimos três. A boa performance da empresa e a capacidade de superar adversidades se refletiram no seu valor de mercado, que passou de R$ 2,8 bilhões, em 2008, para R$ 7,3 bilhões no final do ano passado. Esse desempenho foi fundamental para a Braskem conquistar o Prêmio Destaque Setorial. Apesar da retração econômica, a companhia conseguiu reverter o prejuízo de R$ 2,457 bilhões registrados em 2008 e fechar 2009 com lucro líquido de R$ 917 milhões. O Ebitda consolidado da Braskem no ano foi de R$ 2,475 bilhões, em linha com 2008, quando totalizou R$ 2,485 bilhões. Avaliação – A empresa, na opinião dos analistas da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), tem alta probabilidade de sustentar esses resultados no curto, médio e longo prazos. Foi atribuído à empresa conceito bom aos seguintes itens: transparência, relações com os investidores; atuação na área social, controle de riscos e governança corporativa. Já para a atuação na área ambiental foi dado o conceito médio. Em compensação, a Braskem recebeu nota excelente pela política de pagamento de dividendos. A Braskem é líder no mercado latino-americano de resinas termoplásticas e a terceira maior petroquímica pure-play (não inclui companhias exploradoras de petróleo) das Américas. Ocupa posição destacada entre as grandes produtoras globais e é uma das principais exportadoras brasileiras, com presença em cerca de 60 países. Comprometida com as boas práticas de governança corporativa e de relações com investidores, a Braskem busca assegurar eficiência e transparência na divulgação de informações. Suas ações estão listadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), Nova York (NYSE) e Madri (Latibex) e todas as ações têm direito a tag along de 100%. In 2009, Braskem created 150% value for its shareholders, with an average of 40% over the last three years. Backed by its capacity to surmount difficulties, this impressive feat was reflected in its market value, which rose from R$ 2.8 billion in 2008 to R$ 7.3 billion by year-end 2009. This performance was crucial for Braskem to win the Sector Highlight Prize. Despite the economic slowdown, it managed to reverse the losses of R$ 2,457 billion posted in 2008, closing 2009 with net profits of R$ 917 million and a consolidated EBITDA of R$ 2,475 billion for the year, similar to 2008, which totaled R$ 2,485 billion. Evaluation – In the view of the analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC), Braskem is very likely to sustain these earnings over the short, medium and long terms. It was rated as Good for the following criteria: Transparency, Investor Relations; Outreach Activities, Risk Control and Corporate Governance. Its Environmental Activities were rated as Fair, while its Dividends Payment Policy was graded as Excellent. The leader on the Latin America thermo-plastic resins market, Braskem also ranks third among pure-play petrochemical conglomerates in the Americas (excluding oil companies). Standing high among the major global producers, it is one of Brazil’s main exporters, with operations in some sixty countries. Firmly committed to good Corporate Governance practices and positive Investor Relations, Braskem strives to ensure that information is disclosed with efficiency and transparency. Its shares are listed on the São Paulo (BM&FBovespa), New York (NYSE) and Madrid (Latibex) Stock Exchanges, with its shares having 100% tag along rights. Braskem Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 96 2.816.852.533 7.334.668.408 0 0 97.378.912 149,54% 39,90% SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS / Sanitation, water and gas services COPASA Referência em saneamento no Brasil COPASA: Sanitation benchmark in Brazil O s resultados alcançados pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais(Copasa) em 2009 consolidaram sua posição como empresa referência para o setor de saneamento no Brasil. A companhia encerrou o ano com receita operacional líquida de R$ 2.202,2 milhões, com crescimento de 6,9% em relação ao de 2008, e um EBITIDA de R$ 934,7 milhões, com margem de 39,6%. No ano passado, a empresa investiu R$ 1,03 bilhão – totalizando quase R$ 5 bilhões desde 2003 – principalmente em sistemas de abastecimento de água (R$ 516,1 milhões) e em sistemas de coleta e tratamento de esgotos (R$ 495 milhões). Os investimentos realizados aumentaram 12,8% no volume de esgoto tratado em relação a 2008, e mais de 100% quando comparado a 2003. Esse desempenho quantitativo foi fundamental para a empresa conquistar o Prêmio Destaque Setorial. Avaliação – Os analistas indicados pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) consideram excelente a política de dividendos da empresa e a gestão para controle de riscos. Atribuíram o conceito bom para os seguintes itens: transparência, relação com os investidores, governança corporativa e atuação ambiental. Consideraram como boa a política social da companhia. Segundo os analistas, a Copasa se destacou também por ter mais de 90% do seu resulto composto por atividades operacionais. E consideram média a possibilidade da empresa sustentar no curto, médio e longo prazos os resultados obtidos em 2009. Em 2009, o valor de mercado da empresa saltou de 2,16 bilhões para 3,83 bilhões. Este resultado, somado a uma distribuição de 172,4 milhões de juros sobre capital próprio, contribuiu para o bom índice de criação de valor do ano passado. No primeiro trimestre de 2010, a receita operacional líquida da empresa totalizou de R$ 563 milhões, com crescimento de 4,7%. O EBITDA foi de R$ 237 milhões, com margem de 41,3%. The earnings posted in 2009 by the Minas Gerais State sanitation utility (COPASA) firmed up its position as a corporate benchmark for Brazil’s sanitation sector. It closed the year with net operating revenues of over R$ 2.2 million and growth 6.9% higher than 2008, together with an EBITDA of R$ 934.7 million and a 39.6% margin. Last year, it invested R$ 1.03 billion, bringing these allocations up to almost R$ 5 billion since 2003, earmarked mainly for water supply networks (R$ 516.1 million) and sewage collection and treatment systems (R$ 495 million). These investments upped treated sewage by 12.8% over the 2008 volumes, more than double the 2003 figures. This quantitative performance was crucial for this utility to win the Sector Highlight Prize. Evaluation – The analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) rated its risk management control and dividends policies as Excellent, with the following aspects rated as Good: Transparency, Investor Relations, Corporate Governance and Environmental Performance, together with its Outreach Policy. According to the analysts, COPASA also stood out for bringing in more than 90% of its earnings through its operating activities, with a Fair possibility of sustaining its 2009 earnings over the short, medium and long terms. In 2009, its market value rose from 2.16 billion to 3.83 billion which, together with R$ 172.4 million distributed as interest on equity, underpinned its good value creation rating for the year. During the first quarter of 2010, its net operating revenues rose by 4.7% to R$ 563 million, while its EBITDA of R$ 237 million provided a margin de 41.3%. Copasa Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 2.166.266.817 3.833.708.508 0 172.386.906 4.194.347 75,68% 17,51% 97 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize SERVIÇOS FINANCEIROS / Financial services SULAMÉRICA Empresa avança em governança corporativa SULAMÉRICA: Progress in corporate governance A SulAmérica encerrou o ano de 2009 com um lucro líquido de R$ 419,1 milhões, com crescimento de 9,8% em relação ao de 2008, o que garantiu um retorno sobre o patrimônio líquido de 17,6%. No ano passado, a companhia melhorou muito as práticas de governança corporativa. Editou um manual para os acionistas minoritários participarem de assembléias e um guia de informações para auxiliar os membros dos conselhos de Administração e Fiscal. Além disso, a companhia estabeleceu um comitê de sustentabilidade que passou a atuar como órgão responsável pela formulação e execução do Programa Estratégico de Responsabilidade Social Corporativo da empresa. Os resultados dessas mudanças apareceram rápido. As ações da companhia foram incluídas em diversas carteiras de índices da BM&FBovespa. Além disso, em outubro de 2009, a Standard & Poor’s elevou os ratings da SulAmérica de ‘B+’ para ‘BB-’, com perspectiva estável, refletindo o sólido e consistente desempenho financeiro registrado nos últimos anos. Avaliação – Foram esses resultados que deram à SulAmérica o Prêmio Destaque Setorial no segmento de Serviços Financeiros. Em 2009, a empresa criou 223% de valor para seus acionistas e 41,2% na média ponderada dos últimos três anos. Os analistas da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que avaliaram a empresa atribuíram o conceito “bom” aos seguinte itens qualitativos da empresa: Transparência, relações com os investidores, governança corporativa e política de pagamento de dividendos. Os técnicos avaliaram como “mediana” a política de controle de riscos e a atuação da companhia em projetos sociais e ambientais. No entanto, destacaram o fato de mais de 90% do resultado de 2009 ter sido obtido por atividades operacionais, mas consideram “mediana” a probabilidade de manter esses resultados no curto, médio e longo prazos. Closing the year with net profits of R$ 419.1 million and growth of 9.8% over 2008, SulAmérica ensured an ROE of 17.6%. Upgrading its Corporate Governance practices last year, it published a handbook on attendance at general meetings for minority shareholders, together with an informative guide designed to help its Management and Audit Board members. It also set up a Sustainability Committee that is now in charge of drawing up and implementing its Strategic Corporate Social Responsibility Program. The outcome of these changes soon appeared: its shares were included in several Index portfolios by the BM&FBovespa, and in October 2009, Standard & Poor’s increased its rating from ‘B+’ to ‘BB-’, with a stable outlook, reflecting its solidly consistent financial performance over the past few years. These were the accomplishments that brought SulAmérica the Highlight Prize in the Financial Services Sector. In 2009, it created 223% value for its shareholders, reaching a weighted average of 41.2% over the past three years. Evaluation – The analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) who assessed SulAmérica rated the following qualitative aspects as Good: Transparency, Investor Relations, Corporate Governance and Dividends Payment Policy, grading its Risk Control policy and Environmental and Outreach projects as Fair. Although stressing the fact that more than 90% of its 2009 earnings were generated through its operating activities, they felt that was only a Fair probability of maintaining this performance over the short, medium and long terms. SulAmérica Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 98 1.498.204.965 4.846.459.207 103.910.484 0 0 223,01% 41,20% SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES / Wealth services ODONTOPREV Excelentes perspectivas e bons resultados ODONTOPREV: Excellent outlook and great earnings O Prêmio Destaque Setorial do segmento de serviços médico-hospitalares, análises e diagnósticos foi conquistado pela OdontoPrev, a maior operadora de planos odontológicos da América Latina, com cerca de 4,2 milhões de associados e participação de 32% no mercado nacional. No ano passado, a empresa criou 371,39% de valor aos seus acionistas e 160,35% na média dos últimos três anos. O seu valor de mercado pulou de R$ 586,5 milhões em 2008 para R$ 2,8 bilhões no final do ano passado. Em 2009, a empresa obteve uma receita operacional líquida de R$ 379,4 milhões, um aumento de 19,2% frente os R$ 318,2 milhões de 2008. No mesmo período, o lucro líquido passou de R$ 55,1 milhões para R$ 58,9 milhões, uma variação de 6,9%. O exercício da empresa também foi marcado pela associação com a Bradesco Dental, o que levou as ações da empresa a terem uma valorização de 178%. Avaliação – Os analistas consultados pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) atribuíram conceito excelente pela transparência, da empresa, política de relação com os investidores e governança corporativa. O conceito bom foi dado para a atuação em projetos sociais e ambientais e controle de riscos. Os técnicos consideram alta a probabilidade da OdontoPrev sustentar os resultados alcançados em 2009 no curto, médio e longo prazos. Outro ponto forte considerado pelos analistas foi o fato de que mais de 90% do lucro da companhia foi decorrente de atividades operacionais. A OdontoPrev está inserida em um segmento em forte expansão.Desde 2002, a taxa média anual de crescimento do setor é de 19,5%. A companhia é listada no Novo Mercado da BM&FBovespa desde 2006, concede direitos de tag-along de 100% a seus acionistas e tem política de distribuição de dividendos de 50% de seu resultado anual. The Sector Highlight Prize for Medical & Hospital Services, Analyses & Diagnoses was awarded to OdontoPrev – the largest dental plan operator in Latin America, with some 4.2 million members and a 32% share of the Brazilian market. Last year, it created 371.39% value for its shareholders and 160.35% on average for the past three years. Its market value soared from R$ 586.5 million in 2008 to R$ 2.8 billion by the end of last year. In 2009, it brought in net operating revenues of R$ 379.4 million, up 19.2% over the R$ 318.2 million posted for 2008. During the same period, its net profits rose by 6.9%, up from R$ 55.1 million to R$ 58.9 million. A milestone for the year was its association with Bradesco Dental, jacking up its share value by 178%. Evaluation – The analysts consulted by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) rated it as Excellent for Transparency, Investor Relations and Corporate Governance, scoring its Risk Control and Outreach and Environmental Projects as Good. These experts felt that there was a high probability of OdontoPrev sustaining its 2009 performance over the short, medium and long terms. Another strong point taken into consideration by the analysts was the fact that more than 90% of its profits were brought in through its operating activities. The OdontoPrev segment is expanding rapidly, with an average annual growth rate of 19.5% since 2002. Listed on Brazil’s Novo Mercado since 2006, it grants 100% tagalong rights to its shareholders, with a Dividends Distribution Policy that reaches 50% of its annual earnings. Odontoprev Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 586.505.290 2.833.129.478 72.421.727 10.006.052 94.486.607 371,39% 160,35% 99 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize SIDERURGIA E METALURGIA / Steel and metallurgy GERDAU Valorização em um ano bastante adverso GERDAU: Higher value in a tough year O exercício de 2009 caracterizou-se para a Gerdau como um período de otimização operacional e financeira, com alinhamento de sua estrutura ao novo cenário global para o mercado do aço. Durante o ano, a companhia reduziu os custos fixos de produção em R$ 2 bilhões, o capital de giro em R$ 5 bilhões e a dívida líquida em R$ 8 bilhões. Realizou ainda a renegociação dos seus covenants e emitiu US$ 1,25 bilhão em títulos, confirmando sua credibilidade junto ao mercado financeiro. Com todas essas adversidades, a receita líquida da empresa no ano passado alcançou R$ 26,5 bilhões, 36,7% inferior a de 2008. Apesar deste resultado, reflexo da forte retração na demanda mundial por aço, o valor de mercado da Gerdau aumentou 90,3%. E mais, a companhia conseguiu criar 85,3% de valor para os acionistas em 2009 e 21,4% na média dos últimos três anos. Foram esses resultados que deram à Gerdau o Prêmio Destaque Setorial. Avaliação – Um dos pontos que pesou na avaliação dos analistas da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) foi o fato de que mais de 90% dos resultados alcançados pela companhia foram decorrentes de atividades operacionais, considerado o ambiente macroeconômico excepcional que viveu o setor em 2009. Os analistas, no entanto,consideraram como “mediana” a probabilidade da empresa sustentar os resultados de 2009, no curto, médio e longo prazos. Os técnicos atribuíram à empresa conceito excelente para os itens transparência, relações com investidores e controle de riscos. Para os itens atuação social e ambiental, política de dividendos e governança corporativa deram o conceito “bom”. A Gerdau foi fundada há mais de um século e hoje é líder na produção de aços longos nas Américas. Tem mais de 140 mil acionistas e suas ações são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto, Madri e Lima. For Gerdau, 2009 was the perfect time to fine-tune its operating and financial structures, aligning them with the new global steel market context. During the year, it slashed its fixed production costs by R$ 2 billion, in addition to pruning its working capital by R$ 5 billion and trimming its net debt by R$ 8 billion. It also renegotiated its covenants and issued papers worth US$ 1.25 billion, confirming its credibility on the financial market Nevertheless, its net revenues of R$ 26.5 billion last year were 36.7% lower than in 2008. Despite this setback, which reflected a sharp downturn in global steel demands, the market value of Gerdau rose by 90.3%. Moreover, it created 85.3% value for its shareholders in 2009, reaching an average of 21.4% over the past three years. These were the accomplishments that brought Gerdau the Sector Highlight Prize. Evaluation – One of the main points in the assessment of the analysts consulted by Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) was the fact that more than 90% of its earnings came from its operating activities, particularly in view of the unusual macroeconomic conditions that prevailed throughout 2009 for this sector. However, the analysts felt that there was only a Fair probability of sustaining this performance over the short, medium and long terms. They scored it as Excellent for Transparency, Investor Relations and Risk Control, with its Outreach and Environmental Activities, Dividends Policy and Corporate Governance rated as Good. Founded more than a century ago, Gerdau today heads up the long steel production sector in the Americas. With more than 140,000 shareholders, its stocks are traded on the São Paulo, New York, Toronto, Madrid and Lima Stock Exchanges. Gerdau Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 100 20.061.860.857 38.244.246.058 56.817.616 362.247.169 0 85,31% 21,39% Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO / Information technology TOTVS Ganho expressivo em um ano de crise TOTVS: Great gains in a crisis year L íder em seu setor de atuação e sétima maior em desenvolvimento de sistema de gestão integrada (ERP) do mundo, a Totvs encerrou 2009 provando, mais uma vez, o seu bom modelo de negócio. Mesmo em um ano de recessão, a companhia fechou o exercício com lucro recorde de R$ 120,3 milhões, 150% superior ao de 2008, e com 2.591 novos clientes de software. Este desempenho garantiu à companhia criar, no ano passado, 212,44% de valor aos acionistas e 93,18% na média dos últimos três, e conquistar o Prêmio Destaque Setorial. O valor de mercado da empresa mais que triplicou ao passar de R$ 1,15 bilhão em 2008 e fechar 2009 em R$ 3,68 bilhões. Avaliação – Segundo os analistas consultados pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), mais de 90% do resultado obtido pela empresa no ano passado foi decorrente de atividades operacionais. Para eles, é alta a probabilidade da Totvs sustentar esse nível de resultado a curto, médio e longo prazos. Os especialistas atribuíram ainda conceito excelente para a governança corporativa da empresa, para a transparência, atuação da área de RI e para controle de riscos. O conceito bom foi assinalado para os seguintes itens: atuação nas áreas social e ambiental e para a política de pagamento de dividendos. A empresa já mostra perspectivas promissoras para este ano. Fechou o primeiro trimestre com crescimento de 14% na receita líquida, que totalizou R$ 240 milhões O lucro líquido ajustado chegou a R$ 38,5 milhões, uma variação de 1,6 % em relação ao valor obtido no mesmo período do ano passado. A companhia também conquistou 622 clientes novos, com aumento de 36,1% em relação ao primeiro trimestre de 2009. Com margem de 23,4%, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Totvs somou mais de R$ 60,8 milhões, o terceiro maior da história da companhia neste período. Heading up its sector, and ranking seventh worldwide for integrated management systems development (ERP), Totvs closed 2009 by proving yet again the validity of its business model. Even during a recession, it ended the year with record profits of R$ 120.3 million, 150% higher than its 2008 figures, with 2,591 new software customers. This performance allowed it to create 212.44% value for its shareholders last year, averaging out at 93.18% over the past three years and bringing it the Sector Highlight Prize. Its market value more than trebled, up from R$ 1.15 billion in 2008 to R$ 3.68 billion by yearend 2009. Evaluation – According to the analysts consulted by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC), more than 90% of its earnings were brought in through its operating activities last year. They feel that there is a high probability of Totvs maintaining this level of earnings over the short, medium and long terms. The specialists rated it as Excellent for Corporate Governance, Transparency, Investor Relations and Risk Control, with its Outreach and Environmental activities and Dividends Payment policy scored as Good. Already hinting promising prospects for 2010, it closed the first quarter with 14% growth in its net revenues of R$ 240 million, while its adjusted net profits reached R$ 38.5 million, with a variation of 1.6% compared to the figures for the same period last year. It also signed up 622 new customers, 36.1% more than during the first quarter of 2009. With a margin of 23.4%, its Earnings before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) topped R$ 60.8 million, the third highest figure in its history for this period. Totvs Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 102 1.152.327.350 3.675.983.436 16.511.085 22.499.978 0 212,44% 93,18% TELECOMUNICAÇÕES / Telecommunication VIVO Boas práticas corporativas geram frutos VIVO: Good corporate practices set the tone A Vivo encerrou o ano consolidando a posição de liderança no mercado de telefonia, com 29,75% de market share. O total de 51,7 milhões de acessos representou um crescimento de mais de 15% em relação à base de 2008. O share de receitas foi ainda maior, superando os 30%. Em relação ao ano anterior, o lucro líquido da empresa teve avanço de 120%, atingindo R$ 857,5 milhões. Em novembro do ano passado, a Vivo foi selecionada para fazer parte da carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade) da BM&FBovespa. Outro resultado positivo foi obtido em março de 2010, quando a Vivo Participações S.A. teve seu rating de crédito corporativo de longo prazo elevado pela Standard & Poor’s de ‘brAA’ para ‘brAAA’. Também foram revistos para cima os ratings das debêntures, no valor de R$ 1 bilhão com vencimento em 2015, e de R$ 810 milhões com vencimento em 2019, de ‘brAA’ para ‘brAAA’. Avaliação –Todos esses fatores contribuíram para a vitória da Vivo como Destaque Setorial, do segmento de telecomunicações. No ano passado, a empresa criou 85,8% de valor para seus acionistas e 20,2% na média dos últimos três anos. E mais, o valor de mercado da empresa pulou de R$ 10,4 bilhões em 2009 para R$ 21,7 bilhões no final de 2009. Os analistas da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que avaliaram a empresa consideram excelente a política de controle de riscos da empresa. Para os itens transparência, relações com os investidores, governança corporativa e política de pagamento de dividendos e atuação em projetos sociais e ambientais eles atribuíram o conceito “bom”. Consideraram relevante o fato de mais de 90% do resultado obtido pelo Vivo em 2009 ter sido gerado por atividades operacionais. Para os analistas, a empresa tem alta probabilidade de sustentar esses resultados no curto, médio e longo prazos. Closing the year in a solid position of leadership on the telephony market, with a market share of 29.75%, Vivo posted growth of more than 15% in its subscriber base compared to 2008, with 51.7 million terminals. Its share of revenues was even higher, topping 30%, with net profits up by 120% over 2008, reaching R$ 857.5 million. In November 2009, Vivo was selected by the BM&FBovespa to join the portfolio underpinning its Business Sustainability Index (ISE). Another positive step was an upgrade in its Standard & Poor’s long term credit rating in March 2010, raised from ‘brAA’ to ‘brAAA’. Its debentures ratings were also upped from ‘brAA’ to ‘brAAA’, for issues worth R$ 1 billion maturing in 2015, and R$ 810 million maturing in 2019. All these factors helped qualify Vivo as the Telecommunications Sector Highlight. Last year, it created 85.8% value for its shareholders, with an average of 20.2% for the past three years, while its market value more than doubled, up from R$ 10.4 billion in 2009 to R$ 21.7 billion by year-end 2009. Evaluation – The analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC) to assess Vivo scored its Risk Control policy as Excellent, with Transparency, Investor Relations, Corporate Governance, Dividends Payment Policy and Environmental and Outreach Projects all rated as Good. Assigning much importance to the fact that more than 90% of its 2009 earnings were generated by its operating activities, they felt that it has a high probability of sustaining this performance over the short, medium and long terms. Vivo Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 10.415.035.634 21.765.000.085 270.706.497 104.268.780 2.069.623.672 85,84% 20,19% 103 Prêmio Abrasca de Criação de Valor Abrasca Value Creation Prize TRANSPORTE E LOGÍSTICA / Transport and logistics CCR Nota máxima em governança corporativa CCR: Top score for corporate governance C CR Rodovias, o maior grupo privado de concessões de infraestrutura do país e um dos cinco mais representativos do mundo, registrou, em 2009, volume recorde em suas rodovias. A empresa encerrou o ano com um aumento de 17,1% no tráfego. Apenas no quarto trimestre, o crescimento foi de 19,5%, em comparação com os últimos três meses de 2008. A receita líquida em 2009 totalizou R$ 3.387 milhões, com crescimento de 14,8%, e com lucro líquido R$ 634,6 milhões. Marcaram ainda o exercício da CCR: a aquisição de 45% do capital da Controlar, empresa responsável pela inspeção veicular ambiental em São Paulo; o financiamento da dívida de mais de R$ 2 bilhões para o trecho oeste do Rodoanel; e, a realização da terceira oferta pública de ações, que arrecadou mais de R$ 1 bilhão. No ano passado, a empresa criou 69,7% de valor para os acionistas e 27,8% na média dos últimos três anos, números que garantiram à CCR conquistar pela segunda vez o Prêmio Destaque Setorial. Avaliação – A empresa recebeu conceito excelente em quase todos os itens qualitativos avaliados pelos analistas indicados pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais): Transparência, relações com os investidores, atuação na área social, controle de riscos, governança corporativa e política de dividendos. O conceito bom foi dado apenas para sua atuação em projetos sociais. As analistas consideram como positivo o fato de que mais de 90% dos resultados obtidos pela empresa terem sido decorrentes de atividades operacionais. Acham, inclusive, que a companhias tem alta probabilidade de manter esses resultados no curto, médio e longo prazos. A CCR foi a primeira empresa a ingressar no Novo Mercado da BM&FBovespa, segmento que exige excelência na prática de governança corporativa. As ações da companhia também fazem parte dos índices IBrX-50, IBrX-100, MSCI Latin America e Ibovespa. Ranking among the world’s five largest privately owned infrastructure concessions group and the largest in Brazil, CCR Rodovias posted record figures for its highway concessions in 2009, ending the year with a 17.1% increase in traffic. During the fourth quarter, growth was 19.5% higher than in last three months of 2008. Rising by 14.8% in 2009, its net revenues topped R$ 3,387 million, with net profits of R$ 634.6 million. Other highlights of the year for CCR include: the acquisition of 45% of the capital of Controlar in São Paulo, a firm specializing in environmental inspections of vehicles; financing more than R$ 2 billion debt for the western segment of the Rodoanel ring road, also in São Paulo; and its third public share offering, which brought in more than R$ 1 billion. Last year, it created 69.7% value for its shareholders, with an average of 27.8% over the past three years, bringing CCR the Sector Highlight Prize for the second time. Evaluation – It was rated as Excellent for almost all the qualitative aspects assessed by the analysts appointed by the Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC): Transparency, Investor Relations, Outreach Activities, Risk Control, Corporate Governance and Dividends Policy, with its Outreach Projects rated as Good. The analysts viewed as positive the fact that more than 90% of its earnings were brought in through its operating activities. They also felt that Braskem had a high probability of maintaining this performance over the short, medium and long terms. The first company listed on the Novo Mercado of the BM&FBovespa - the top-tier corporate governance segment – CCR shares are also included in the following Indexes: IBrX-50, IBrX-100 and MSCI Latin America, as well as the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA). CCR Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008 Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009 Dividendos / Dividends Juros sobre capital próprio / Interest on equity Aumento de capital / Increasing stockholders equity Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years 104 9.525.295.534 17.607.318.352 608.683.718 0 1.263.735.000 69,68% 27,78% Aprimoramento da regulação e autorregulação do mercado O ano legislativo de 2009 no mercado de capitais brasileiro foi marcado pelo aprimoramento de inúmeras normas editadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para garantir maior transparência das informações prestadas ao mercado. Na entrevista que abre essa seção, Henry Sztutman, sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados e presidente da Comissão Jurídica da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), diz que o destaque do ano passado na área legislativa foi a edição da Instrução 480, em substituição à antiga Instrução 202, que estabeleceu novas regras sobre o registro e informações a serem prestadas por emissores de valores mobiliários. Não foram poucas também as iniciativas adotadas pelas principais entidades do mercado. Entre elas, a Abrasca, que prepara seu Código de Autorregulação, que deverá estar concluído no final deste ano. An important year for legislation, in 2009 Brazil’s capitals market welcomed a steady stream of directives issued by the Brazilian Securities Commission (CVM), ensuring greater transparency for information disclosed to the market. In the interview opening this Section, Henry Sztutman - a partner in the Pinheiro Neto Advogados law firm who also chairs the Legal Affairs Commission of the Brazilian Association of PubliclyHeld Companies (ABRASCA) - notes that last year’s legislative highlight was the promulgation of CVM Instruction Nº 480. Replacing Instruction Nº 202, it establishes the new rules on listing and the information to be disclosed by companies issuing securities. Many other initiatives were also adopted by the main market entities, including ABRASCA, which is currently drafting its own Self-Regulation Code, scheduled for completion by year-end 2010. Fine-tuning market rules and self-regulation codes 106 Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure ENTREVISTA COM HENRY SZTUTMAN / Interview with Henry Sztutman Por Cleber Cabral Reis / By Cleber Cabral Reis Instrução 480: Marco do ano legislativo no mercado Instruction Nº 480: Market milestone of the year for legislation O ano de 2009 foi marcado pela forte atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitindo normas e pareceres para dar mais transparência às informações prestadas pelas empresas. Na avaliação de Henry Sztutman, sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados e presidente da Comissão Jurídica da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), o destaque foi a edição da Instrução 480, em substituição à antiga Instrução 202, que trata do registro e prestação de informações pelas companhias abertas. Para ele, a introdução do Formulário de Referência, em substituição ao IAN, permitirá às companhias acessarem com mais rapidez o mercado. Sztutman fala também sobre a alteração no prazo do período de silêncio e a instrução sobre infrações graves. One of the most striking characteristics of 2009 was the active role played by the Brazilian Securities Commission (CVM), issuing directives and expert opinions seeking greater transparency for corporate data. In the view of Henry Sztutman, a partner in the Pinheiro Neto Advogados law firm and President of the Juridical Commission of the Brazilian Association of Publicly-Held Companies (ABRASCA), the highlight was the promulgation of Instruction Nº 480 (replacing Instruction Nº 202), which rules on the registration and disclosure of information by listed companies. He feels that the introduction of the Reference Form, replacing the Annual Information (IAN), will allow companies to access the market more rapidly. He also spoke about alterations to the quiet period, and the directive on serious offences. » O que marcou o ano legislativo no mercado de capitais brasileiro? « O ano, sem dúvida, foi marcado pela atuação da CVM, » What were the Legislative Landmarks for Brazil’s Capitals Market this Year? «Thereisnodoubtthatthisyearwascharacterizedbytheactivities que esteve muito atenta à questão da fiscalização, colocando várias normas revisadas em audiência pública. Outro ponto que merece destaque foi a edição da Instrução 480, em substituição à antiga Instrução 202, que trata do registro e prestação de informações pelas companhias abertas. A palavra chave para a 480 é transparência. A instrução acabou com o IAN (informações anuais) e criou o Formulário de Referência, o que turbinou o volume e a qualidade das informações prestadas, periodicamente, pelas companhias. Isso significa que as informações vão estar sempre atualizadas, o que facilita, por exemplo, uma nova oferta de ações. A empresa tem quase tudo pronto e só precisa produzir o documento específico da oferta. Destaco também a Instrução 481, que aumenta a quantidade e qualidade das informações que as companhias precisam colocar à disposição de seus acionistas, antes da realização das of the CVM, which paid close attention to oversight, reviewing a number of rules through public hearings. Another noteworthy aspect was the promulgation of Instruction Nº 480, replacing Instruction Nº 202, addressing the registration and disclosure of information by listed companies. The key word in Instruction Nº 480 is transparency. This Instruction did away with the Annual Information (IAN) form, introducing the Reference Form to extend and enhance the quality of the information disclosed regularly by companies. This means that the information will always be up-to-date, speeding up new stock offerings, for example. The company will have almost everything ready, needing only to produce the specific document for the offering. I also spotlight Instruction Nº 481, which increases the quantity and quality of the information that companies must make available to their shareholders before their general meetings, also regulating the mechanism for publicly requesting proxies in order to make it 107 Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure ENTREVISTA COM HENRY SZTUTMAN / Interview with Henry Sztutman assembléias gerais. E também disciplina o mecanismo de pedido público de procurações para facilitar a presença de acionistas e seus procuradores nas assembléias. » Existe mais algum ponto que você reconhece como positivo na 480? « Eu vejo muitos pontos positivos nessa instrução, principalmente por dar muito mais agilidade para as empresas acessarem o mercado. Esse, a meu ver, é um dos grandes méritos da 480. Inicialmente, vai dar trabalho para as companhias atualizarem as informações, mas tenho certeza que todas se adaptarão rapidamente. » Que outras medidas podem ser consideradas relevantes? « A alteração do período de silêncio e a instrução sobre infrações graves, que reúne em um único documento vários procedimentos para punir irregularidades no mercado. » « Qual a sua opinião sobre a redução no prazo do período de silêncio? A redução do prazo pode afetar o cronograma das ofertas e easier for shareholders and their representatives to attend these general meetings. »IsthereanyotheraspectthatyouviewaspositiveinInstruction Nº 480? « I see many positive points in this Instruction, particularly as it paves the way for companies to access the market more easily. In my view, this is one of the great merits of this Instruction. Initially, it will take more work for companies to update the information, but I am confident that they will all adapt quickly. » What other measures might be considered as relevant? « The alteration to the quiet period and the directive on serious offences, gathering together in a single document several procedures for punishing irregular activities on the market. » What is your view on shortening the quiet period? « Shortening this period may affect the offering schedule, with many companies finding it hard to comply with the deadline established in this CVM Instruction. Nevertheless, I think it is important for this semi-autonomous government entity to have established a parameter. The period is now sixty days prior to the “O ano, sem dúvida, foi marcado pela atuação da CVM, que esteve muito atenta à questão da fiscalização.” “There is no doubt that this year was characterized by the activities of the CVM, which paid close attention to oversight.” muitas empresas poderão encontrar dificuldades para cumprir o período previsto na instrução da CVM. De qualquer forma, achei importante a autarquia ter estabelecido um parâmetro. O período agora é de 60 dias que antecedem o protocolo do pedido de registro da oferta ou desde a data em que a oferta foi decidida ou projetada, o que ocorrer por último. Todos terão que se adequar e pronto. submission of the application to register the offering, or from the date on which the offering was decided or foreseen, whichever occurs last. Everyone will simply have to adapt to this. » « Já sobre a questão da divulgação da remuneração dos administradores, o que você pode dizer sobre esse aspecto? Sobre esse ponto, eu acho que a CVM errou na dose. Ela teve a chance de escutar os vários agentes do mercado e, ainda assim, resolveu adotar o critério de divulgar a remuneração maior, a média e a menor. Acho que cabe citar que a Abrasca discutiu profundamente esta questão em várias reuniões, das quais eu participei. Elaboramos um documento, encaminhado à CVM, sugerindo opções que não expunham tanto os executivos, como a adoção de múltiplos entre a maior e a menor remuneração e outros. Ou seja, uma forma alternativa que atenderia à exigência da autarquia e seria perfeitamente entendida pelo mercado. Mas a CVM acabou optando por outra forma, não acatando as sugestões do mercado. A CVM diz que não quis individualizar, mas, na prática, vimos que o resultado foi outro quando se cumpre 108 » « Regarding the issue of disclosing executive remuneration: what can you say about this aspect? On this point, I think that the CVM went too far. It had the chance to listen to several market agents, and nevertheless decided to adopt the criterion of disclosing the highest, the average and the lowest remuneration. I think that it should be placed on record that ABRASCA discussed this issue in depth at several meetings that I attended. We drew up a document and forwarded it to the CVM, suggesting options that would not leave these executives so exposed, such as the adoption of multiples between the highest and lowest remuneration, and others, offering alternative ways of responding to the requirements laid down by this semiautonomous government entity that would be quite clearly understood by the market. But the CVM adopted a different approach, not accepting suggestions from the market, although stating that it did not wish to individualize. However, we see that the actual outcomes of this new rule are quite different. In most companies, the highest pay is normally received by the CEO, thus exposing key people quite unnecessarily. Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure ENTREVISTA COM HENRY SZTUTMAN / Interview with Henry Sztutman a norma conforme o estabelecido. Em uma companhia, a maior remuneração normalmente é a do presidente. Então você expõe algumas pessoas chave de uma maneira desnecessária. » E o questionamento judicial feito à CVM por esta decisão? « Em minha opinião, o objetivo do Ibef-Rio, ao questionar judicialmente a decisão da autarquia, foi o de proteger seus associados. A liminar que a entidade conseguiu na Justiça determinava que eles não precisavam divulgar o quanto ganham. Na verdade, divulgar as remunerações dos administradores não tem nenhum problema, pois as empresas sempre divulgaram. O problema está na individualização. Essa é a crítica que a Abrasca fez à decisão da autarquia. » » What about the suit filed with the Courts questioning this CVM decision? « In my view, when the Rio de Janeiro Chapter of the Brazilian Institute of Financial Executives (IBEF-Rio) filed a suit with the Courts questioning the decision adopted by this semi-autonomous government entity, it was attempting to protect its members. The preliminary injunction handed down by the Courts stated that executives did not need to disclose their earnings. In fact, disclosing the pay received by senior management is not a problem, as companies have always disclosed this – instead the problem lies in this new individualization. This is the criticism presented by ABRASCA of the decision adopted by this semi-autonomous government entity. » Apesar da polêmica, gerada por esta decisão, a CVM teve uma boa atuação em 2009. Foi um ano marcado por um número expressivo de normas e instruções editadas. Você concorda com isso? Plenamente. A CVM teve uma grande atuação, não só em edições de normas como no número expressivo de julgamentos. A autarquia não só aplicou mais penalidades como fez vários Despite the controversy generated by this decision, the CVM performed well in 2009, promulgating a significant number of directives and instructions. Would you agree with this? Completely. The CVM performed extremely well, not in only in terms of directives but also a significant number of decisions. This semi-autonomous government entity not only imposed penalties, but also reached various agreements in order “A tendência é a de aumentar a autorregulação no país. O Código da Abraça, por exemplo, esta a caminho.” “The trend indicates rising levels of self-regulation practices. For example, the ABRASCA SelfRegulation Code is already being drafted.” acordos para encerrar processos administrativos. Acho que vale a pena destacar também o empenho da Comissão para adequar as normas contábeis ao padrão internacional. Foi um grande trabalho, realizado em parceria com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), com o objetivo de orientar as companhias a respeito do IFRS. Entendo que este foi um desafio regulatório importante, que marcou o ano passado e que continuará com repercussões em 2010 e 2011. to bring some Administrative Proceedings to a close. I think it is also worthwhile stressing the efforts of this Commission to adapt Brazilian accounting practices.This was a massive task, conducted in partnership with the Accounting Pronouncements Committee (CPC) in order to provide guidance for companies on the International Financial Reporting Standards (IFRS). I feel that this was a major regulatory challenge that was a landmark in 2009, with ripple effects that will continue throughout 2010 and 2011. « » Com a forte retomada do crescimento econômico, conforme mostram os dados do primeiro semestre, e com as perspectivas promissoras do mercado no médio prazo, você acha que precisamos regular ainda mais o nosso mercado? Acho que o mercado atingiu um ponto bom de regulação. A tendência natural é de sempre aumentar “o tamanho da régua” em relação às boas práticas de governança, e o órgão regulador tem um importante papel nisso. Entretanto, temos bastante agentes preocupados e envolvidos com autorregulação como a ANBIMA, a BM&FBovespa, a Abrasca, entre outras entidades. É importante dar bons exemplos. A tendência é essa: o aumento do nível das práticas de autorregulação no país. O Código de Autorregulação da Abraça, por exemplo, esta a caminho. « 110 « » With the economy bouncing back strongly, as shown in the data for the first half of the year, and with promising market prospects over the medium term, do you think the Brazilian market needs even more regulation? I think that the market has reached a good level of regulation. The natural trend is always to extend the yardstick, in terms of good governance practices, and the regulator plays an important role here. However, we have many agents that are concerned and engaged with self-regulation, including ANBIMA, BM&FBovespa, and ABRASCA, among other entities. It is important to offer good examples. The trend indicates rising levels of self-regulation practices. For example, the ABRASCA Self-Regulation Code is already being drafted. « Iniciativas das entidades Initiatives undertaken by entities during the year ABRASCA Brazilian Association of Publicly-Held Companies (ABRASCA) Código de autorregulação Self-Regulation Code A Abrasca trabalhou intensamente ao longo de 2009 em seu Código de Autorregulação, que deverá ser implementado a partir de 2011. O objetivo é ampliar a adoção e a utilização, pelas companhias abertas, de um conjunto de informações e recomendações que contribuam para garantir um padrão de boa governança corporativa. O Código está baseado em princípios, ao invés de regras detalhadas, visando dificultar o descumprimento da essência do que se busca alcançar. Na sua concepção, o Código adota uma abordagem de “aplique ou explique”, modelo flexível que confere às empresas liberdade para decidir não praticar uma ou algumas regras, na condição de explicar aos acionistas e ao mercado os motivos para tal decisão. Nesse sentido, as linhas mestras do Código abrangem temas de grande relevância como: Conselho de Administração e Diretoria Executiva; Responsabilidade dos Administradores; Política de Remuneração; Controles Internos e Gestão de Riscos; Transações com Partes Relacionadas; Reorganizações Societárias; Ofertas Públicas de Aquisição; Controle e Divulgação de Informações Relevantes. Alguns desses tópicos refletem preocupações manifestadas pela CVM como, por exemplo, o tema da gestão de riscos, cuja relevância se relaciona com as perdas com derivativos financeiros que algumas empresas sofreram em 2008, evidenciando a necessidade de reforçar o papel dos conselheiros nos controles internos das companhias. Outro ponto, de importância fundamental neste Código, é estabelecer, para as companhias de capital aberto, um maior grau de transparência ao realizarem transações com partes relacionadas, principalmente as operações envolvendo empresas coligadas. During 2009, ABRASCA worked hard on its SelfRegulation Code, which must be implemented from 2011 onwards. Its purpose is to extend the adoption and use by listed companies of a set of recommendations and information that underpin high corporate governance standards. Based on principles rather than detailed rules, this Code is intended to discourage non-compliance with the essence of its goals. Its basic concept is grounded on a flexible Apply or Explain approach that leaves companies free to decide in whether or not to implement one or more rules, provided that they justify the reasons for such decisions to their shareholders and the market. The main guidelines of this Code address aspects of the utmost importance, including: the Board and Executive Board; Management Liability; Remuneration Policy ; In-House Controls and Risk Management; Transactions with Related Parties; Corporate Restructuring Processes; and Public Stock Offerings; in addition to Information Control and the Disclosure of Relevant Facts. Some of these topics reflect concerns expressed by the CVM, such as risk management, whose relevance is underscored by the massive losses on financial derivatives posted by some companies in 2008, highlighting the need to buttress the roles of Board Members for in-house control. Another aspect of crucial importance in this Code is to establish a higher level of transparency for listed companies engaging in transactions with Related Parties, particularly associate companies. ANBIMA Financial and Capitals Markets Entities Association (ANBIMA) Foco na supervisão de regras Focus on Rules and Oversight A entidade desenvolveu várias atividades de autorregulação ao longo de 2009 entre elas, a nova metodologia This Association undertook several self-regulation activities during 2009, including the new investment fund 111 Autorregulação e divulgação para supervisão dos Fundos de Investimentos e a implantação de procedimentos de supervisão dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) tanto nos custodiantes como nos administradores, ambos os processos amparados pelos Códigos de Fundos e Serviços Qualificados. A instituição realizou a primeira rodada de supervisão nas instituições participantes do Código de Private Banking, para verificar a adequação da recomendação de investimento feita ao perfil do investidor. Criou uma área de supervisão de mercados para o Programa de Certificação Continuada, com o objetivo de acompanhar o cumprimento das regras do Código pelas instituições participantes. A Anbima também iniciou a publicação de penalidades aplicadas aos associados. Em 2009, foram aplicadas 149 multas por descumprimento dos Códigos de Regulação e Melhores Praticas e abertos cinco procedimentos para apuração de irregularidades. APIMEC Self-Regulation and disclosure watchdog methodology and the introduction of oversight procedures for Credit Rights Investment Funds (FIDCs), targeting custodian and management institutions, both backed by the Funds and Qualified Services Codes This institution conducted the first round of inspections at institutions covered by the Private Banking Code, in order to ascertain whether they have adapted to the investor profile investment recommendation. It also set up a markets oversight area for the Ongoing Certification Program, in order to supervise compliance with the Code rules by participant institutions. Additionally, ANBIMA has begun to disclose the penalties imposed on its members: 149 fines were imposed in 2009 for failures to comply with the Regulations and Best Practices Codes, with five proceedings filed to investigate irregularities. Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals Entidade avança na autorregulação Moving ahead with Self-Regulation Autorregulação foi o tema de destaque na Apimec em 2009, assunto que ganha cada vez mais espaço na comunidade de analistas e profissionais de investimento. A entidade busca mais transparência, regras claras e boas práticas de governança corporativa no exercício da atividade. A Apimec também conseguiu que a CVM delegasse à entidade a supervisão e pós-certificação dos analistas, o que foi concedido em julho de 2010 por meio da Instrução CVM nº 483. Caberá à entidade, a partir de outubro, acompanhar as análises produzidas pelo mercado, supervisionar a qualidade dos paper”, com recomendações de compra e venda. Haverá, inclusive, rígido controle sobre as relações entre os analistas e as empresas. Em decorrência desse processo, a Apimec Nacional mudou de endereço. Agora está instalada em amplo espaço na rua Maestro Cardim, 1170, 10º andar, São Paulo. The top topic for APIMEC in 2009, self-regulation is becoming increasingly more important among investment analysts and professionals, striving for more transparency, clearer rules and good corporate governance practices in this community. Additionally, APIMEC persuaded the CVM to assign it all activities related to analyst supervision and certification, granted in July 2010 through CVM Instruction Nº 483. From October onwards, this Association will monitor the analyses produced by the market, supervising the quality of its papers, with purchase and sale recommendations, while tightly controlling relationships between analysts and companies. With all these added responsibilities, its national head offices now have a new address: Rua Maestro Cardim 1170, 10th floor, São Paulo. BM&FBOVESPA Stocks, Commodities and Futures Exchange (BM&FBOVESPA) A reforma do Novo Mercado Restructuring Brazil’s Novo Mercado Em 2009, a BM&FBOVESPA deu continuidade ao processo de revisão das regras que diferenciam as empresas listadas nos segmentos especiais de governança (Novo Mercado, Nível 1 e Nível 2). Ao longo do ano, a Bolsa realizou 16 fóruns de discussão com a presença de 169 representantes das empresas listadas nos segmentos especiais. O objetivo foi apresentar as propostas de revisão In 2009, the BM&FBOVESPA forged ahead with its review of the tiering rules for companies listed in the special governance segments (Novo Mercado, Tier 1 and Tier 2). During the year, it hosted sixteen discussion forums that were attended by 169 representatives of companies listed in these special segments, where it presented the proposed revisions 112 elaboradas pela Bolsa e debater as recomendações da Câmara Consultiva do Novo Mercado (CCNM). Em setembro, foi realizado o seminário “Desafios do Novo Mercado”, no Rio e em São Paulo, que reuniu mais de 700 pessoas. Participaram dos debates representantes das companhias abertas, da CVM, da CCMN, da Câmara de Arbitragem do Novo Mercado (CAM), investidores institucionais e internacionais, bancos de investimento, especialistas em governança corporativa e escritórios de advocacia. IBRI and discussed the recommendations drawn up by the Novo Mercado Advisory Chamber (CCNM). In September, seminars on the Challenges of the Novo Mercado were held in Rio de Janeiro and São Paulo, gathering together more than 700 people. These discussions attracted representatives of listed companies, as well as the CVM, the CCMN, the Novo Mercado Arbitration Chamber (CAM), international and institutional investors, investment banks, corporate governance specialists and law firms. Brazilian Investor Relations Institute (IBRI) Mudança na governança corporativa Shifts in Corporate Governance O ano de 2009 foi marcado por grandes transformações no IBRI. Passou por importante mudança em sua governança corporativa, reavaliações estratégicas de gestão estrutural e de comunicação. O Instituto realizou AGE (Assembléia Geral Extraordinária), na qual seus associados aprovaram o novo estatuto, que implementa alterações na estrutura de governança e gestão do IBRI. Nesse novo modelo, o Conselho de Administração assume uma função mais estratégica, com foco em cobrar resultados da diretoria como: olhar orçamento, analisar planejamento e examinar pronunciamentos públicos do Instituto. A Diretoria Executiva é nomeada e se torna a representante institucional e a Superintendência, ao lado da Diretoria, passa a assumir a representação legal, continuando a tocar o dia a dia do IBRI. Nesse modelo, todos os associados têm o mesmo direito de voto. Além disso, o IBRI buscou a excelência em suas práticas de governança corporativa com a atualização de seus regulamentos internos para todas as Comissões, Presidência do Conselho e Diretoria. O instituto realizou ainda o 11º Encontro de RI, em parceria com a Abrasca, e o seminário “Políticas de Divulgação e de Negociação: Qual a atual situação? Fez ainda uma ampla pesquisa sobre este tema. O levantamento, realizado junto a 551 companhias abertas, mostrou que as empresas brasileiras ainda têm muito que evoluir em termos de melhores práticas de divulgação e negociação. A pesquisa chamou a atenção para a importância da disseminação interna da cultura dos Comitês de Divulgação em uma companhia. A entidade publicou também o “Caderno de Sustentabilidade IBRI – O Mercado de Carbono”. A publicação teve como objetivo estimular o debate sobre o aquecimento global e elucidar pontos acerca do mercado de carbono. Além dos cursos que já realiza, como o MBA Relações com Investidores em parceria com a FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), lançou o curso sobre “Formação do Profissional de Relações com Investidores”. A year of sweeping changes for this Institute, 2009 saw a major shift in its corporate governance, reviewing its strategic management and communications structures. It convened an Extraordinary General Meeting at which its members approved the new By-Laws, altering its governance and management framework. Through this new model, its Board plays a more strategic role, focused on demanding more from its Officers, such as: monitoring its budgets, analyzing its planning, and examining its public statements. The Executive Board is appointed as its institutional representative, while its Superintendency and Officers take over its legal representation and continue to handle its routine activities. Under this model, all its members have the same voting rights. Moreover, the IBRI is striving for excellence in its Corporate Governance practices through updating the internal regulations for all its Commissions, the Chairman of the Board and the Executive Board. It also hosted the XI Investor Relations Meeting jointly with ABRASCA, as well as a Seminar on Disclosure and Trading Policies: What is the Current Situation? Additionally, it conducted a broad-ranging survey of this topic, contacting 551 listed companies and confirming that Brazilian corporations still have a long way to go in terms of the best disclosure and trading practices. This survey also spotlighted the importance of in-house dissemination of a Disclosure Committees culture among these companies. It also published a booklet on Sustainability and the Carbon Market, spurring discussions of global warming and clearing up points related to the carbon market. In addition to the courses already in place, such as the MBA in Investor Relations conducted in partnership with the Accounting, Actuarial and Financial Research Institute Foundation (FIPECAFI), it launched a training course for Investor Relations professionals. 113 Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure Legislação Legislation Conselho Monetário Nacional (CMN) National Monetary Council (CMN) Resolução 3.794 de 07.10.2009 – Altera o art. 9º da Resolução nº 2.827, de 30/03/01, estabelece novas condições para concessão de empréstimos em moeda pelos Estados e Distrito Federal por instituições financeiras federais. Resolution Nº 3,794 – Oct 7, 2009 – Alters Article 9 of Resolution Nº 2,827 dated March 30, 2001, establishing the establishing the new conditions for granting cash loans by the States and the Federal Districts through federal financial institutions. Resolução 3.793 de 28.09.2009 – Altera o art. 1º da Resolução nº 3.692, de 26/03/09, que dispõe sobre a captação de depósitos a prazo, com garantia especial proporcionada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Resolution Nº 3,793 – Sep 28, 2009 – Alters Article 1 of Resolution Nº 3,692 dated March 26, 2009, ruling on the uptake of term deposits with special guarantees offered by the Credit Guarantee Fund (FGC). Resolução 3.792 de 24.09.2009 – Dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previdência complementar. Resolution Nº 3,792 – Sep 24, 2009 – Rules on the guidelines for allocating funds serving as collateral for plans managed as closed supplementary pension funds. Resolução 3.790 de 24.09.2009 – Dispõe sobre as aplicações dos recursos em moeda corrente dos regimes próprios de previdência social instituídos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Resolution Nº 3,790 – Sep 24, 2009 – Rules on the allocation of cash funds under the specific social welfare schemes established by the Federal, State, and Municipal Governments and the Federal District. Resolução 3.787 de 24.09.2009 – Define a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para o quarto trimestre de 2009. Resolution Nº 3,787 – Sep 24, 2009 – Defines the Long Term Interest Rate (LTIR) for the fourth quarter of 2009. Resolução 3.786 – 24.09.2009 – Dispõe sobre a elaboração e a divulgação de demonstrações contábeis consolidadas com base no padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB). Resolution Nº 3,786 – Sep 24, 2009 – Rules on the preparation and disclosure of consolidated financial statements based on the international accounting standards issued by the International Accounting Standards Board (IASB). Resolução 3.691 de 01.09.2009 – Altera a Resolução nº 3.622, de 09/10/2008 que dispõe sobre as operações de redesconto e de empréstimo de que trata a Medida Provisória nº 442, de 06/10/2008, e dá outras providências. Resolution Nº 3,691 – Sep 1, 2009 – Alters Resolution Nº 3,622 dated October 9, 2008, ruling on the rediscount and loan transactions addressed by Provisional Measure Nº 442 dated October 6, 2008, and other matters. Resolução 3.771 de 26.08.2009 – Altera a Resolução nº 3.198, de 2004, que regulamenta a prestação de serviços de auditoria independente para as instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e para as câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação. Resolution Nº 3,771 – Aug 26, 2009 – Alters Resolution Nº 3,198/2004, which regulates the rendering of independent auditing services to financial institutions, other institutions authorized to function by the Brazilian Central Bank, as well as to clearance and settlement chambers and service providers. Resolução 3.761 de 29.07.2009 – Altera a Resolução nº 3.105, de 25 de junho de 2003, que dispõe sobre a concessão de prazo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para enquadramento no limite de aplicação de recursos no Ativo Permanente, de que trata a Resolução nº 2.283, de 05/06/96. 114 Resolution Nº 3,761 – Jul 29, 2009 – Alters Resolution Nº 3,105 dated June 25, 2003, ruling on the granting a grace period to the National Social and Economic Development Bank (BNDES) for qualifying under the fund allocation ceiling for its Permanent Assets, addressed by Resolution Nº 2,283 dated June 5, 1996. Resolução 3.760 de 29.07.2009 – Autoriza o lançamento, no exterior, de Programas de Depositary Receipts lastreados em ações de emissão de instituições financeiras com sede no País, com ações negociadas em bolsas de valores. Resolution Nº 3,760 – Jul 29, 2009 – Authorizes the launch outside Brazil of Depositary Receipt Programs based on shares issued by financial institutions with head offices in Brazil, and with shares traded on stock exchanges. Resolução 3.756 de 01.07.2009 – Altera as Resoluções nos 394, de 03/11/76, que disciplina as atividades dos bancos de desenvolvimento, e 2.515, de 29/06/98, que entre outras disposições, trata da captação de recursos externos por bancos estaduais. Resolution Nº 3,756 – Jul 1, 2009 – Alters Resolution Nº 394 dated November, 3, 1976, which regulates the activities of development banks, and Resolution Nº 2,515 dated June 29, 1998, addressing the uptake of foreign funding by state banks, among other matters. Resolução 3.753 – 30.06.2009 – Altera o prazo para conclusão de negociações decorrentes da aquisição de direitos sobre folhas de pagamento para efeito de exclusão do cálculo do limite de aplicação de recursos no Ativo Permanente. Resolution Nº 3,753 – Jun 30, 2009 – Alters the period of completing negotiations arising from the acquisition of rights on payrolls, for exclusion from the calculation establishing the fund allocation ceiling under the Permanent Assets. Resolução 3.751 de 30.06.2009 – Define procedimentos de salvaguarda às instituições financeiras à vista do disposto no art. 33 da Lei Complementar nº 101, de 04/05/00, bem como procedimentos para exigir comprovação de cumprimento dos limites e condições para a contratação de operações de crédito. Resolução 3.750 de 30.06.2009 – Estabelece critérios e condições para a divulgação, em notas explicativas, de informações sobre partes relacionadas por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Resolução 3.748 de 30.06.2009 – Fixa a meta para a inflação e seu intervalo de tolerância para o ano de 2011. Resolução 3.744 de 30.06.2009 – Altera o art. 2º da Resolução nº 3.631, de 30/10/08 que dispõe sobre a realização de contrato de swap de moedas entre o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve Bank of New York. Resolução 3.723 de 12.05.2009 – Altera o inciso VII do art. 9º-N da Resolução nº 2.827, de 30/03/01, que autoriza a contratação de empréstimos em moeda pelos Estados e Distrito Federal por instituições financeiras federais. Resolução 3.721 de 30.04.2009 – Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito. Resolução 3.719 de 30.04.2009 – Dispõe sobre o recebimento da receita de exportação e dá outras providências. Resolução 3.717 de 23.04.2009 – Altera a Resolução nº 3.692, de 2009, que dispõe sobre a captação de depósitos a prazo, com garantia especial proporcionada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Resolution Nº 3,751 – Jun 30, 2009 – Defines the safeguard procedures for financial institutions, pursuant to the provisions set forth in Article 33 of Supplementary Law Nº 101 dated May 4, 2000, as well as procedures for requiring compliance with the ceilings and conditions for undertaking credit transactions. Resolution Nº 3,750 – Jun 30, 2009 – Establishes the criteria and conditions for the disclosure in explanatory notes of information on related parties by financial institutions and other institutions authorized to operate by the Brazilian Central Bank. Resolution Nº 3,748 – Jun 30, 2009 – Establishes the goal for inflation and its tolerance bracket for 2011. Resolution Nº 3,744 – Jun 30, 2009 – Alters Article 2 of Resolution Nº 3,631 dated October 30, 2008 which rules on the currency swap agreements between the Brazilian Central Bank and the Federal Reserve Bank of New York. Resolution Nº 3,723 – May 12, 2009 – Alters item VII of Article 9N of Resolution Nº 2,827 dated March 30, 2001, which authorizes loans taken out in currency by the States and Federal District through Federal financial institutions. Resolution Nº 3,721 – Apr 30, 2009 – Rules on the implementation of the Credit Risk Management structure. Resolution Nº 3,719 – Apr 30, 2009 – Rules on the receipt of export revenues and other measures and other matters. Resolution Nº 3,717 – Apr 23, 2009 – Alters Resolution Nº 3,692/2009, ruling on the uptake of term deposits with special collateral provided by the Credit Guarantee Fund (FGC). 115 Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure Resolução 3.716 de 17.04.2009 – Inclui o art. 9º-N à Resolução nº 2.827, de 30/03/01, autorizando a contratação de empréstimos em moeda pelos Estados e Distrito Federal por instituições financeiras federais. Resolution Nº 3,716 – Apr 17, 2009 – Includes Article 9N in Resolution Nº 2,827 dated March 30, 2001, authorizing currency loans taken out by the States and Federal District through Federal financial institutions. Resolução 3.715 de 16.04.2009 – Altera o art. 2º da Resolução nº 3.622 que dispõe sobre as operações de redesconto e de empréstimo de que trata a Medida Provisória nº 442, de 06/ 10/08, e dá outras providências. Resolution Nº 3,715 – Apr 16, 2009 – Alters Article 2 of Resolution Nº 3,622 which rules on the re-discounted loan transactions addressed by Provisional Measure Nº 442 dated Oct 6, 2008, and other matters. Resolução 3.707 de 08.04.2009 – Altera a Resolução nº 3.631, de 30/10/2008, que dispõe sobre a realização de contrato de swap de moedas entre o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve Bank of New York. Resolution Nº 3,707 – Apr 8, 2009 – Alters Resolution Nº 3,631 dated October 30, 2008, ruling on the currency swap agreements between the Brazilian Central Bank and the Federal Reserve Bank of New York. Resolução 3.697 de 26.03.2009 – Prorroga o prazo estabelecido no art. 1º da Resolução nº 3.105, de 2003, e altera o cronograma para enquadramento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no limite de aplicação de recursos no Ativo Permanente. Resolution Nº 3,697 – Mar 26, 2009 – Extends the period established in Article 1 of Resolution Nº 3,105/2003, and alters the schedule for compliance by the National Social and Economic Development Bank (BNDES) for compliance with the allocation of funds under the Permanent Assets. Resolução 3.695 de 26.03.2009 – Dispõe acerca de procedimentos relativos à movimentação e à manutenção de contas de depósitos. Resolution Nº 3,695 – Mar 26, 2009 – Rules on the procedures for operating and maintaining deposit accounts. Resolução 3.694 de 26.03.2009 – Dispõe sobre a prevenção de riscos na contratação de operações e na prestação de serviços por parte de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Resolução 3.693 de 26.03.2009 – Veda a cobrança de despesas de emissão de boletos, alterando o art. 1º da Resolução nº 3.518, de 2007. Resolução 3.692 de 26.03.2009 – Dispõe sobre a captação de depósitos a prazo, com garantia especial proporcionada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Resolução 3.689 de 04.03.2009 – Altera a Resolução nº 3.672, de 17 de dezembro de 2008, que estabelece critérios e condições especiais para a realização de operações de empréstimo em moeda estrangeira de que trata a Lei nº 11.882, de 23 /12/08, e dá outras providências. Resolução 3.683 de 29.01.2009 – Altera o art. 2º da Resolução nº 3.622, de 2008. Resolution Nº 3,694 – Mar 26, 2009 – Rules on the prevention of risks when undertaking transactions and rendering services by financial institutions and other institutions authorized to function by the Brazilian Central Bank. Resolution Nº 3,693 – Mar 26, 2009 – Bans fees charged for issuing bank slips, altering Article 1 of Resolution Nº 3,518/ 2007. Resolution Nº 3,692 – Mar 26, 2009 – Rules on the uptake of term deposits with special guarantees offered by the Credit Guarantee Fund (FGC). Resolution Nº 3,689 – Mar 4, 2009 – Alters Resolution Nº 3,672 dated December 17, 2008, which establishes the special criteria and conditions for undertaking loan transactions in foreign currency addressed by Law Nº 11,882 dated December 23, 2008, and other matters. Resolution Nº 3,683 – Jan 29, 2009 – Alters Article 2 of Resolution Nº 3,622/2008. Resolução 3.681 de 29.01.2009 – Estabelece novas condições para a concessão de empréstimos e financiamentos de subvenção econômica pela União no âmbito do REVITALIZA destinados a operações de capital de giro. Resolution Nº 3,681 – Jan 29, 2009 – Establishes the new conditions for granting loans and financing for economic investments by the Federal Government under the aegis of the REVITALIZA program, intended for working capital transactions. Resolução 3.679 de 29.01.2009 – Regulamenta os arts. 24, Resolution Nº 3,679 – Jan 29, 2009 – Regulates Articles 24, 116 25 e 26 da Lei n° 11.775, de 17/09/08, e revoga a Resolução nº 3.580, de 29/05/08. 25 and 26 of Law Nº 11,775 dated September 17, 2008, and revokes Resolution Nº 3,580 dated May 29, 2008. Resolução 3.675 de 29.01.2009 – Prorroga o prazo para o embarque de mercadorias ou para a prestação de serviços com entrega de documentos pactuada em contrato de câmbio de exportação. Resolution Nº 3,675 – Jan 29, 2009 – Extends the period for shipping goods or rendering services with presentation of documents agreed in foreign exchange export contracts. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Brazilian Securities Commission (CVM) INSTRUÇÕES Instructions Instrução 481 de 17.12.2009 – Dispõesobreinformaçõesepedidos públicos de procuração para exercício do direito de voto em assembléias de acionistas. Revoga a Instrução 341/00 que dispõe sobre o anúncio de convocação de Assembléia Geral. (Publicada no DOU de 02.02.10). (Retificada no DOU de 12.02.10). Instruction Nº 481 – Dec 17, 2009 – Rules on the information and public requests for proxies to exercise voting rights at general shareholders’ meetings. Revokes Instruction Nº 341/00 regulating convocation announcements for general meetings. (Published: FGG* on February 2, 2010, rectified on Feb 12, 2010). Instrução 480 de 07.12.2009 – Dispõe sobre o registro de emissores de valores mobiliários admitidos à negociação em mercados regulamentados de valores mobiliários. Revoga diversos dispositivos editados pela Autarquia. (Publicada no DOU de 09.12.09). Instruction Nº 480 – Dec 7, 2009 – Rules on the registration of the issuers of securities accepted for trading on regulated securities markets. Revokes several provisions promulgated by the CVM. (Published: FGG* on Dec 9, 2009). Instrução 479 de 07.12.2009 – Altera a Instrução 422/05 que dispõe acerca da emissão de Nota Comercial do Agronegócio para distribuição pública e dos registros de oferta pública de distribuição e de emissora desse valor mobiliário. (Publicada no DOU de 09.12.09). Instrução 478 de 11.09.2009 – Altera a Instrução 472/08, que dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento, a oferta pública de distribuição de cotas e a divulgação de informações dos Fundos de Investimento Imobiliário – FII. (Publicada no DOU de 14.09.09). Instrução 477 de 28.01.2009 – Altera a Instrução 209/94, que dispõe sobre a constituição, o funcionamento e a administração dos Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes. (Publicada no DOU de 29.01.09). Instrução 476 de 16.01.2009 – Dispõe sobre as ofertas públicas de valores mobiliários distribuídas com esforços restritos e a negociação desses valores mobiliários nos mercados regulamentados. (Publicada no DOU de 19.01.09). Instruction Nº 479 – Dec 7, 2009 – Alters Instruction Nº 422/05, ruling on the issue of Commercial Agri-Business Notes for public distribution and the records of public distribution offerings and the issuers of these securities. (Published: FGG* on Dec 9, 2009). Instruction Nº 478 – Sep 11, 2009 – Alters Instruction Nº 472/08, ruling on the establishment, management, functioning, public offering for the distribution of quotas and the disclosure of information by Real Estate Investment Funds (FII). (Published: FGG* on Sep 14, 2009). Instruction Nº 477 – Jan 28, 2009 – Alters Instruction Nº 209/94, ruling on the establishment, functioning and management of Mutual Investment Funds in Emerging Enterprises. (Published: FGG* on Jan 29, 2009). Instruction Nº 476 – Jan 16, 2009 – Rules on the public offerings of distributed securities with limited efforts and the trading of these securities on regulated markets. (Published: FGG* on Jan 19, 2009). * Federal Government Gazette DELIBERAÇÕES Deliberations Deliberação 621 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 12 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de mudanças em passivos por desativação, restauração Deliberation Nº 621 – Dec 22, 2009 – Approves ICPCTechnical Interpretation Nº 12 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing alterations to liabilities through closure, 117 Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure e outros passivos similares. (Publicada no DOU de 24.12.09 – Retificada no DOU de 29.12.09). restoration and other similar liabilities. (Published: FGG* on December 24, 2009, rectified on Dec 29, 2009). Deliberação 620 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 11 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de recebimento em transferência de ativos dos clientes. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberation Nº 620 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 11 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing receipt through transfer of customer assets. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberação 619 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 10 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata da aplicação inicial ao ativo imobilizado e à propriedade para investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPC 27, 28, 37 e 43. (Publicada no DOU de 24.12.09). (Retificada no DOU de 28.12.09). (Retificada no DOU de 15.01.10). Deliberation Nº 619 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 10 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing the initial application to property, plant and equipment and investment property covered by CPC Technical Pronouncements Nº 27, 28, 37 and 43. (Published: FGG* on Dec 24, 2009, rectified on Dec 28, 2009, rectified on Jan 15, 2010). Deliberação 618 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 09 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de demonstrações contábeis individuais, demonstrações separadas, demonstrações consolidadas e aplicação do método de equivalência patrimonial. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberation Nº 618 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 9 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing Individual Financial Statements, separate Financial Statements, consolidated Financial Statements and application of the equity earnings method. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberação 617 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 07 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de distribuição de lucros in natura. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberation Nº 617 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 7 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing unprocessed profits distribution. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberação 616 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 06 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de hedge de investimento líquido em operação no exterior. (Publicada no DOU de 24.12.09 – Retificada no DOU de 28.12.09). Deliberation Nº 616 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 6 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing net investment hedges for transactions conducted outside Brazil. (Published: FGG* on December 24, 2009, rectified on Dec 28, 2009). Deliberação 615 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 05 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata do pronunciamento técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do Grupo e em Tesouraria. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberation Nº 615 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 5 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing CPC Technical Pronouncement Nº 10: Share-Based Payments – Transactions involving Shares issued by the Group and held in Treasury. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberação 614 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 04 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberação 613 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 03 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de aspectos complementares das operações de arrendamento mercantil. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberação 612 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 02 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 118 Deliberation Nº 614 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 4 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing the scope of CPC Technical Pronouncement Nº 10 – Share-Based Payments. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberation Nº 613 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 3 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing supplementary aspects of leasing transactions. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberation Nº 612 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC que trata de contrato de construção do setor imobiliário. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberação 611 de 22.12.2009 – Aprova a InterpretaçãoTécnica ICPC 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de contratos de concessão. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberação 610 de 22.12.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 43 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata da adoção inicial dos pronunciamentos técnicos CPC 15 a 40. (Publicada no DOU de 24.12.09). Deliberação 609 de 22.12.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 37 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata da adoção inicial das normas internacionais de contabilidade. (Publicada no DOU de 28.12.09). Deliberação 608 de 26.11.2009 (redação original)– Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 36, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de demonstrações consolidadas. (Publicada no DOU de 27.11.09). (Alterada pela Deliberação 624/10). Deliberação 607 de 26.11.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 35, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de demonstrações separadas. (Publicada no DOU de 27.11.09). Deliberação 606 de 26.11.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 19, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de investimento em empreendimento conjunto. (Publicada no DOU de 27.11.09). Deliberação 605 de 26.11.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 18, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de investimento em coligada e em controlada. (Publicada no DOU de 27.11.09). Deliberação 604 de 19.11.2009 – Aprova os Pronunciamentos Técnicos CPC 38, 39 e 40, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que tratam do reconhecimento e mensuração, da apresentação e da evidenciação de instrumentos financeiros. Revoga a Deliberação 566/08. (Publicada no DOU de 20.11.09). Deliberação 603 de 10.11.2009 – Dispõe sobre a apresentação dos Formulários de Informações Trimestrais – ITRs relativos ao exercício de 2010 e sobre a adoção antecipada das normas contábeis que devem vigorar a partir de 2010. (Publicada no DOU de 12.11.09). Deliberação 602 de 14.10.2009 – Revoga as Deliberações 49/87; 73/89; 136/91; 140/91; 182/95; e 459/03. (Publicada no DOU de 21.10.09). Technical Interpretation Nº 2 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing construction contracts for the real estate sector. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberation Nº 611 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC Technical Interpretation Nº 1 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing concession agreements. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberation Nº 610 – Dec 22, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 43 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing the initial adoption of CPC Technical Pronouncement Nºs 15 to 40. (Published: FGG* on Dec 24, 2009). Deliberation Nº 609 – Dec 22, 2009 – Approves CPCTechnical Pronouncement Nº 37 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing the initial adoption of international accounting standards. (Published: FGG* on Dec 28, 2009). Deliberation Nº 608 – Nov 26, 2009 (original wording) Approves CPC Technical Pronouncement Nº 36, issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing consolidated Financial Statements. (Published: FGG* on Nov 27, 2009. Altered by Deliberation Nº 624/10). Deliberation Nº 607 – Nov 26, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 35, issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing separate Financial Statements. (Published: FGG* on Nov 27, 2009). Deliberation Nº 606 – Nov 26, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 19, issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing investments in joint ventures. (Published: FGG* on Nov 27, 2009). Deliberation Nº 605 – Nov 26, 2009 – Approves CPCTechnical Pronouncement Nº 18, issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing investments in associated and subsidiary companies. (Published: FGG* on Nov 27, 2009). Deliberation Nº 604 – Nov 19, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nºs 38, 39 and 40, issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing the entry, measurement, presentation and proof of Financial Instruments. Revokes Deliberation Nº 566/08. (Published: FGG* on November 20, 2009). Deliberation Nº 603 – Nov 10, 2009 – Rules on the presentation of the Quarterly Information Report (ITR) forms for the 2010 financial year and the early adoption of accounting standards that come into effect from 2010 onwards. (Published: FGG* on Nov 12, 2009). * Federal Government Gazette 119 Autorregulação e divulgação Deliberação 601 de 07.10.2009 – Aprova a Interpretação Técnica ICPC 08 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata da contabilização da proposta de pagamento de dividendos. (Publicada no DOU de 08.10.09). Deliberação 600 de 07.10.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 33 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de benefícios a empregados. Revoga a Deliberação 371/00, a partir de dezembro de 2010. (Publicada no DOU de 08.10.09). Deliberação 599 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 32 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de tributos sobre o lucro. (Publicada no DOU de 16.09.09). Deliberação 598 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 31 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de ativo não-circulante mantido para venda e operação descontinuada. (Publicada no DOU de 16.09.09). Self-Regulation and disclosure Deliberation Nº 602 – Oct 14, 2009 – Revokes Deliberations Nº 49/87; 73/89; 136/91; 140/91; 182/95; and 459/03. (Published: FGG* on Oct 21, 2009). Deliberation Nº 601 – Oct 7, 2009 – Approves ICPCTechnical Interpretation Nº 8 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing entries in the books of proposed payments of dividends. (Published: FGG* on Oct 8, 2009). Deliberation Nº 600 – Oct 7, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 33 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing employee benefits. Revokes Deliberation Nº 371/00 from December 2010 onwards. (Published: FGG* on Oct 8, 2009). Deliberation Nº 599 – Sep 15, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 32 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing taxes on profits. (Published: FGG* on Sep 16, 2009). Deliberação 597 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 30 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de receitas. (Publicada no DOU de 16.09.09). Deliberation Nº 598 – Sep 15, 2009 – Approves CPCTechnical Pronouncement Nº 31 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing non-current assets held for sale and discontinued operations. (Published: FGG* on Sep 16, 2009). Deliberação 596 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 29 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de ativo biológico e produto agrícola. (Publicada no DOU de 16.09.09). Deliberation Nº 597 – Sep 15, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 30 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing revenues. (Published: FGG* on Sep 16, 2009). Deliberação 595 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 26 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de apresentação das demonstrações contábeis. Revoga a Deliberação 488/05, a partir de dezembro de 2010. (Publicada no DOU de 16.09.09). (Alterada pela Deliberação 624/10). Deliberation Nº 596 – Sep 15, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 29 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing biological assets and agricultural products. (Published: FGG* on Sep 16, 2009). Deliberação 594 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 25 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. Revoga a Deliberação 489/05, a partir de dezembro de 2010. (Publicada no DOU de 16.09.09). Deliberation Nº 595 – Sep 15, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 26 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing the presentation of the Financial Statements. Revokes Deliberation Nº 488/05, from December 2010 onwards. (Published: FGG* on Sep 16, 2009. Altered by Deliberation Nº 624/10). Deliberação 593 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 24 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de evento subsequente. Revoga a Deliberação 505/ 06, a partir de dezembro de 2010. (Publicada no DOU de 16.09.09). Deliberation Nº 594 – Sep 15, 2009 – Approves CPCTechnical Pronouncement Nº 25 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing provisions, contingent liabilities and contingent assets. Revokes Deliberation Nº 489/05, from Dec 2010 onwards. (Published: FGG* on Sep 16, 2009). Deliberação 592 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 23 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro. Revoga a Deliberação 506/06, a partir de dezembro de 2010. (Publicada no DOU de 16.09.09). Deliberation Nº 593 – Sep 15, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 24 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing subsequent events. Revokes Deliberation Nº 505/06, from Dec 2010 onwards. (Published: FGG* on Sep 16, 2009). 120 Deliberação 591 de 11.08.2009 – Delega competência à Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários para suspender atividades de intermediação irregular no mercado de valores mobiliários por parte de pessoas não autorizadas pela CVM, nos termos do artigo 15 da Lei nº 6.385, de 07/12/76. (Publicada no DOU de 13.08.09). Deliberação 590 de 11.08.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Interbank FX. (Publicada no DOU de 13.08.09). Deliberação 589 de 11.08.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – FX Direct Dealer. (Publicada no DOU de 13.08.09). Deliberação 588 de 11.08.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – StartForex. (Publicada no DOU de 13.08.09). Deliberação 587 de 11.08.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Ava Financial Ltd. (Publicada no DOU de 13.08.09). Deliberação 586 de 11.08.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Forex Macro. (Publicada no DOU de 13.08.09). Deliberação 585 de 11.08.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Forex Capital Markets. (Publicada no DOU de 13.08.09). Deliberation Nº 592 – Sep 15, 2009 – Approves the Technical Pronouncement Nº 23 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing accounting policies, alterations to estimates and rectifications of errors. Revokes Deliberation Nº 06/06, from Dec 2010 onwards. (Published: FGG* on Sep 16, 2009). Deliberation Nº 591 – Aug 11, 2009 – Delegates powers to the Market and Broker Relations Superintendency to suspend irregular brokering activities on the securities market by persons not authorized by the CVM, as set forth in Article 15 of Law Nº 6,385 dated Dec 7, 1976. (Published: FGG* on Aug 13, 2009). Deliberation Nº 590 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Interbank FX. (Published: FGG* on Aug 13, 2009). Deliberation Nº 589 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction on the securities market - FX Direct Dealer. (Published: FGG* on Aug 13, 2009). Deliberation Nº 588 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction on the securities market – StartForex. (Published: FGG* on Aug 13, 2009). Deliberation Nº 587 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Ava Financial Ltd. (Published: FGG* on Aug 13, 2009). Deliberation Nº 586 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Forex Macro. (Published: FGG* on Aug 13, 2009). Deliberação 584 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 28 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de propriedade para investimento. (Publicada no DOU de 03.08.09). Deliberation Nº 585 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Forex Capital Markets. (Published: FGG* on Aug 13, 2009). Deliberação 583 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 27 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de ativo imobilizado. (Publicada no DOU de 03.08.09). Deliberation Nº 584 – Jul 31, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 28 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing investment properties. (Published: FGG* on August 3, 2009). Deliberação 582 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 22 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de informações por segmento. (Publicada no DOU de 03.08.09). Deliberation Nº 583 – Jul 31, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 27 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing property, plant and equipment assets. (Published: FGG* on Aug 3, 2009). Deliberação 581 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 21 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de demonstração intermediária. (Publicada no DOU de 03.08.09). Deliberation Nº 582 – Jul 31, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 22 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing information by segment. (Published: FGG* on Aug 3, 2009). Deliberação 580 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento Deliberation Nº 581 – Jul 31, 2009 – Approves CPC * Federal Government Gazette 121 Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure Técnico CPC 15 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis que trata de combinação de negócios. (Publicada no DOU de 03.08.09). Technical Pronouncement Nº 21 issued by the Accounting Pronouncement Committee, addressing interim Financial Statements. (Published: FGG* on Aug 3, 2009). Deliberação 579 de 02.07.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda. e Srs. Carlos Henrique Vieira, Rosa Cristina Nagib Vieira e Marilice Pimentel da Silva. (Publicada no DOU de 03.07.09). Deliberation Nº 580 – Jul 31, 2009 – Approves CPC Technical Pronouncement Nº 15 issued by the Accounting Pronouncement Committee addressing tied deals. (Published: FGG* on Aug 3, 2009). Deliberação 578 de 25.06.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Premium Intermediação, Administração e Participação Ltda. e Srs. Ailton Rattis, Alexandre Audino Campos e Lucimara de Carvalho Gouveia. (Publicada no DOU de 26.06.09) . Deliberação 577 de 05.06.2009 – Aprova o Pronunciamento CPC 20 emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis intitulado “Custos de Empréstimos”. Revoga a Deliberação 193/96. (Publicada no DOU de 09.06.09). Deliberação 576 de 05.06.2009 – Aprova o Pronunciamento CPC 17 emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis intitulado “Contratos de Construção”. (Publicada no DOU de 09.06.09). Deliberação 575 de 05.06.2009 (redação original) – Aprova o Pronunciamento CPC 16 emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis intitulado “Estoques”. (Publicada no DOU de 09.06.09). (Alterada pela Deliberação 624/10). Deliberação 574 de 29.04.2009 – Prorroga o prazo para apresentação, pelos auditores independentes, das informações periódicas anuais previstas na Instrução CVM nº 308, de 14 de maio de 1999. (Publicada no DOU de 30.04.09). Deliberação 573 de 14.04.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Srs. Wagner de Aguiar Moraes, Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha e Wanderley Dias Bertolucci. (Publicada no DOU de 16.04.09). Deliberação 572 de 14.04.2009 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários – Thylon Consultoria Financeira Ltda., Sr. Cristian Carvalho Silva e Sr. Julio Reginato. (Publicada no DOU de 16.04.09). Deliberação 571 de 31.03.2009 – Delega competência à Superintendência de Relações com Investidores Institucionais – SIN para conceder a dispensa de atendimento ao art. 105 da Instrução 409/04, e o cancelamento do registro de fundos de investimento, nas hipóteses que especifica. (Publicada no DOU de 01.04.09). 122 Deliberation Nº 579 – Jul 2, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Filadélphia Emprestimos Consignados Ltda. and Messrs. Carlos Henrique Vieira, Rosa Cristina Nagib Vieira and Marilice Pimentel da Silva. (Published: FGG* on Jul 3, 2009) Deliberation Nº 578 – Jun 25, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Premium Intermediação, Administração e Participação Ltda. and Messrs. Ailton Rattis, Alexandre Audino Campos and Lucimara de Carvalho Gouveia. (Published: FGG* on Jun 26, 2009). Deliberation Nº 577 – Jun 5, 2009 – Approves CPC Pronouncement Nº 20 issued by the Accounting Pronouncement Committee entitled “Loan Costs”. Revokes Deliberation Nº 193/96. (Published: FGG* on Jun 9, 2009). Deliberation Nº 576 – Jun 5, 2009 – Approves CPC Pronouncement Nº 17 issued by the Accounting Pronouncement Committee entitled “Construction Contracts”. (Published: FGG* on Jun 9, 2009). Deliberation Nº 575 – Jun 5, 2009 (original wording) Approves CPC Pronouncement Nº 16 issued by the Accounting Pronouncement Committee entitled “Inventories”. (Published: FGG* on Jun 9, 2009. Altered by Deliberation Nº 624/10). Deliberation Nº 574 –Apr 29, 2009 – Extends the period for the presentation of the periodic annual information by the independent auditors, as addressed in Instruction Nº CVM 308 dated May 14, 1999. (Published: FGG* on Apr 30, 2009). Deliberation Nº 573 – Apr 14, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Messrs. Wagner de Aguiar Moraes, Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha and Wanderley Dias Bertolucci. (Published: FGG* on Apr 16, 2009). Deliberation Nº 572 – Apr 14, 2009 – Irregular transaction on the securities market – Thylon Consultoria Financeira Ltda., Mr. Cristian Carvalho Silva and Mr. Julio Reginato. (Published: FGG* on Apr 16, 2009). Deliberation Nº 571 – Mar 31, 2009 – Delegates powers to the Institutional Investors Relations Superintendency to grant waivers for compliance with Article 105 of Instruction Nº 409/04, and Deliberação 570 de 30.03.2009 – Dispõe sobre o Programa de Educação Continuada e sobre a necessidade de aprimoramento e treinamento dos auditores independentes em função da adoção do padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board – IASB. (Publicada no DOU de 31.03.09). Deliberação 569 de 10.03.2009 – Altera a Estrutura Organizacional da CVM. Revoga a Deliberação 545/08. (Publicada no DOU de 12.03.09). Deliberação 568 de 11.02.2009 – Altera a Deliberação 521/ 07. (Publicada no DOU de 17.02.09). Deliberação 567 de 14.01.2009 – Alerta os participantes do mercado de valores mobiliários que a Investverde Investimentos Sustentáveis Ltda. não se encontra habilitada a ofertar publicamente quaisquer títulos ou contratos de investimento coletivo e que a oferta pública realizada por tal sociedade também não foi registrada nesta Autarquia, configurando, portanto, procedimento irregular. (Publicada no DOU de 16.01.09). the cancelation of registration for investment funds under the specified hypotheses. (Published: FGG* on Apr 1, 2009). Deliberation Nº 570 – Mar 30, 2009 – Rules on the Ongoing Education Program and the need to upgrade and train independent auditors, due to the adoption of the international accounting standards issued by the International Accounting Standards Board (IASB). (Published: FGG* on Mar 31, 2009). Deliberation Nº 569 – Mar 10, 2009 – Alters the Organizational Structure of the CVM. Revokes Deliberation Nº 545/08. (Published: FGG* on March 12, 2009). Deliberation Nº 568 – Feb 11, 2009 – Alters Deliberation 521/07. (Published: FGG* on February 17, 2009). Deliberation Nº 567 – Jan 14, 2009 – Warns players on the securities market that Investverde Investimentos Sustentáveis Ltda., is not qualified to undertake public offerings of any collective investment agreements or papers, and that the public offering conducted by this firm was also not registered with this semi-autonomous government entity, thus constituting an irregular proceeding. (Published: FGG* on January 16, 2009). * Federal Government Gazette Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) COMUNICADO TÉCNICO Technical Communiqué Comunicado Técnico nº 05 de 13.07.2009 – Atualiza o Comunicado Técnico nº 02/2006, de 23/01/06 sobre o denominado “alargamento da base de cálculo” do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Technical Communiqué Nº 5 – Jul 13, 2009 – Updates Technical Communiqué Nº 2/2006 dated January 32, 2006 on what is known as the “broadened calculation basis” for the Social Integration Program (PIS) and the Social Security Financing Levy (COFINS). Comunicado Técnico nº 04 de 07.05.2009 – Orienta os auditores independentes na emissão de relatórios de revisão das Informações Trimestrais – ITR durante o ano 2009, em decorrência das mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil ocorridas em 2008, as quais eventualmente possam afetar a comparação entre os dois períodos. Technical Communiqué Nº 4 – May 7, 2009 – Guides the independent auditors when issuing Review Reports of the Quarterly Information Reports (ITRs) in the course of 2009, due to alterations in the accounting practices generally accepted in Brazil in 2008, which may affect comparisons between the two periods. Comunicado Técnico nº 03 de 17.04.2009 – Orienta os auditores independentes no atendimento à circular SUSEP n° 344/2007, que dispõe sobre os controles específicos para a prevenção contra fraudes. Technical Communiqué Nº 3 – Apr 17, 2009 – Guides the independent auditors in compliance with Circular N° 344/2007 issued by the Private Insurance Superintendency (SUSEP), ruling on specific controls for preventing frauds. Comunicado Técnico nº 02 de 20.02.2009 – Analisa assuntos relacionados à indústria de energia elétrica que impactam as demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008. Technical Communiqué Nº 2 – Feb 20, 2009 – Analyzes matters related to the power sector that affect the Financial Statements covering the financial year ending on December 31, 2008. 123 Autorregulação e divulgação Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) Comunicado Técnico nº 01 de 19.01.2009 – Emissão de Parecer sobre o exame das primeiras demonstrações contábeis elaboradas de acordo com as novas práticas contábeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei nº 11.638/07, Medida Provisória 449/ 08 e pelos Pronunciamentos Contábeis editados pelo CPC. Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Pronunciamento Técnico 43 de 04.12.2009 – Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos 15 a 40 – O objetivo do Pronunciamento é fornecer as diretrizes para que as demonstrações contábeis de uma entidade de acordo com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC, e as divulgações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por essas demonstrações contábeis possam ser declaradas, com as exceções do contido nos itens 4 e 5, como estando de acordo com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board (IFRS). Pronunciamento Técnico 40 de 02.10.2009 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação – Requer que as entidades apresentem evidenciações em suas demonstrações financeiras que permitam que os usuários avaliem a significância dos instrumentos financeiros para a posição patrimonial e performance da entidade; a natureza e a extensão dos riscos oriundos de instrumentos financeiros aos quais a entidade está exposta; e a forma pela qual a entidade gerencia esses riscos. Pronunciamento Técnico 39 de 02.10.2009 – Instrumentos Financeiros: Apresentação – Estabelece os princípios para a apresentação de instrumentos financeiros como passivos ou instrumentos patrimoniais e para a compensação de ativos e passivos financeiros. Self-Regulation and disclosure Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) Technical Communiqué Nº 1 – Jan 19, 2009 – Issue of an Expert Opinion on the examination of the first Financial Statements drawn upincompliancewiththenewaccountingpracticesgenerallyadopted in Brazil, ushered in by Law Nº 11,638/07, Provisional Measure Nº 449/08 and the Accounting Pronouncements promulgated by the Accounting Pronouncements Committee (CPC). Federal Accouting Council (CFC) Technical Pronouncement Nº 43 – Dec 4, 2009 – Initial adoption of Technical Pronouncements Nºs 15 to 40 – The purpose of this Pronouncement is to present the guidelines for the Financial Statements of an entity, in compliance with the Technical Pronouncements, Interpretations and Guidelines promulgated by the Accounting Pronouncements Committee (CPC), and the interim accounting information disclosed for partial periods covered by these Financial Statements that may be declared, with the exceptions of the matters addressed in items 4 and 5, as set forth in the International Financial Reporting Standards (IFRS) issued by the International Accounting Standards Board (IASB). Technical Pronouncement Nº 40 – Oct 2, 2009 – Financial Instruments / Evidence: Proof – Requires that entities present proof in their Financial Statements that allows users to assess the significance of the Financial Instruments for the equity and performance positions of the entity; the type and extent of the risks arising from the Financial Instruments to which the entity is exposed, and the manner in which the entity manages these risks. Technical Pronouncement Nº 39 – Oct 2, 2009 – Financial Instruments: Presentation - Establishes the principles for presenting the Financial Instruments as liabilities or equity instruments, and for offsetting financial assets and liabilities. Pronunciamento Técnico 38 de 02.10.2009 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração – Disciplina o reconhecimento e a mensuração de operações realizadas com instrumentos financeiros – incluindo derivativos – de acordo com o disposto no IAS 39 – Financial Instruments: Recognition and Measurement. Technical Pronouncement Nº 38 – Oct 2, 2009 – Financial Instruments: Recognition and Measurement – Regulates the recognition and measurement of transactions conducted with Financial Instruments (including derivatives) as set forth in IAS 39 – Financial Instruments: Recognition and Measurement. Pronunciamento Técnico 37 de 04. 12.2009 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade – Garante que as primeiras demonstrações contábeis consolidadas de uma entidade de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board (IFRS – International Financial Reporting Standards) e as divulgações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por Technical Pronouncement Nº 37 - Dec 4, 2009 – Initial adoption of the International Accounting Standards – ensures that the first consolidated Financial Statements of an entity are compliant with the International Financial Reporting Standards (IFRS) issued by the International Accounting Standards Board (IASB) and the intermediate Financial Statements disclosed for partial periods covered by these Financial Statements contain 124 essas demonstrações contábeis contenham informações de alta qualidade e apresentem o mesmo resultado líquido e patrimônio líquido, a não ser em situações excepcionais. Pronunciamento Técnico 36 (R1) de 06.11.2009 – Demonstrações Consolidadas – Aumenta a relevância, a confiabilidade e a comparabilidade das informações que a controladora fornece em suas demonstrações contábeis. Especifica as circunstâncias em que a entidade deve consolidar as demonstrações contábeis de outra entidade (uma controlada), os efeitos contábeis de mudanças na participação relativa da controladora sobre a controlada e da perda do controle sobre a controlada e a informação que deve ser evidenciada para permitir que os usuários avaliem a natureza da relação entre a entidade e suas controladas. Pronunciamento Técnico 35 de 06.11.2009 – Demonstrações Separadas – O objetivo do Pronunciamento é aumentar a relevância das informações que uma entidade fornece em suas demonstrações contábeis sobre a avaliação dos investimentos societários pelo método da equivalência patrimonial. Pronunciamento Técnico 33 de 04.09.2009 – Benefícios a Empregados – Estabelece as formas de remuneração concedidas por uma entidade patrocinadora/empregadora em troca dos serviços prestados pelos empregados. Pronunciamento Técnico 32 de 17.07.2009 – Tributos sobre o Lucro – Estabelece o tratamento contábil para os tributos sobre o lucro, que inclui todos os impostos e contribuições nacionais e estrangeiros que são baseados em lucros tributáveis. Pronunciamento Técnico 31 de 17.07.2009 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada – Estabelece a contabilização de ativos não circulantes mantidos (colocados) para venda e a apresentação e divulgação dos efeitos de operações descontinuadas. high quality information and present the same net profits and net worth, except for exceptional situations. Technical Pronouncement Nº 36 (R1) – Nov 6, 2009 – Consolidated Financial Statements – Enhances the relevance, reliability and comparability of the information provided by the parent company in its Financial Statements. Specifies the circumstances under which the entity must consolidate its Financial Statements with those of other entities (subsidiaries), the accounting effects of alterations in the stakes held by the parent company in its subsidiaries and the loss of control over subsidiaries, with the information that must be presented in order to allow users to assess the nature of the relationship between an entity and its subsidiaries. Technical Pronouncement Nº 35 – Nov 6, 2009 – Separate Financial Statements – The purpose of this Pronouncement is to enhance the relevance of the information supplied by an entity in its Financial Statements on the assessment of its corporate investments through the equity earnings method. Technical Pronouncement Nº 33 – 4 Sep 2009 – Employee Benefits – Establishes the types of remuneration granted by a sponsor/employer entity in exchange for the services rendered by its employees. Technical Pronouncement Nº 32 – Jul 17, 2009 – Taxes on Profits - Establishes the accounting treatment for taxes on profits, which includes Brazilian and foreign taxes and levies that are based on taxable profits. Technical Pronouncement Nº 31 – Jul 17, 2009 – NonCurrent Assets kept for Sale and Discontinued Operations establishes the book-entry system for non-current assets kept (offered) for sale and the presentation and disclosure of the effects of discontinued operations. Pronunciamento Técnico 30 de 09.08.2009 – Receitas – Especifica a contabilização da receita e quando reconhecê-la. Technical Pronouncement Nº 30 – 9 Aug 2009 – Revenues – Specifies the entry in the accounts of revenues and when to recognize them. Pronunciamento Técnico 29 de 07.08.2009 – Ativo Biológico e Produto Agrícola – Estabelece o tratamento contábil e as respectivas divulgações, pertinentes à avaliação dos estoques dos ativos biológicos e dos produtos agrícolas, como parte do registro das atividades agrícolas. Technical Pronouncement Nº 29 – 7 Aug 2009 – Biological assets and Agricultural Products - Establishes the accounting treatment and the respective disclosures for assessing inventories of biological assets and agricultural products, as part of the registration of agricultural activities. Pronunciamento Técnico 28 de 26.06.2009 – Propriedade Para Investimento – O objetivo deste Pronunciamento é o de prescrever o tratamento contábil de propriedades para investimento e respectivos requisitos de divulgação. Technical Pronouncement Nº 28 – Jun 26, 2009 – Investment Properties – Establishes the accounting treatment for investment properties and the respective disclosure requirements. Pronunciamento Técnico 27 de 26.06.2009 – Ativo Technical Pronouncement Nº 27 – Jun 26, 2009 – Property, Plant and Equipment – Establishes the accounting treatment 125 Autorregulação e divulgação Self-Regulation and disclosure Imobilizado – Estabelece o tratamento contábil para ativos imobilizados, bem como a divulgação das mutações nesse investimento e das informações que permitam o entendimento e a análise desse grupo de contas. for assets consisting of property, plant and equipment, as well as the disclosure of alterations in these investments and information that ensures proper understanding and analysis of this set of accounts. Pronunciamento Técnico 26 de 17.07.2009 – Apresentação das Demonstrações Contábeis – Defini a base para a apresentação de demonstrações contábeis, inclusive as separadas e consolidadas, para assegurar a comparabilidade tanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as de outras entidades. Technical Pronouncement Nº 26 – Jul 17, 2009 – Presentation of the Financial Statements – Defines the bases for presenting the Financial Statements, including separately and consolidated, in order to ensure comparability with the Financial Statements for previous periods issued by the same entity, as well as with those issued by other entities. Pronunciamento Técnico 25 de 26.06.2009 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes – Assegura aplicação de critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados às provisões e garante a divulgação de informações suficiente nas notas explicativas. Technical Pronouncement Nº 25 – Jun 26, 2009 – Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets – Ensures the application of appropriate recognition criteria and measurement bases to the provisions and ensures the disclosure of sufficient information in the explanatory notes. Pronunciamento Técnico 24 de 17.07.2009 – Evento Subseqüente – Estabelece que a entidade não deve preparar suas demonstrações contábeis segundo o pressuposto da continuidade. Technical Pronouncement Nº 24 – Jul 17, 2009 –Subsequent Event - Establishes that the entity may not prepare its Financial Statements based on an assumption of continuity. Pronunciamento Técnico 23 de 26.06.2009 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro – Defini critérios para a seleção, alteração e divulgação de políticas contábeis, para as alterações nas estimativas contábeis e para as retificações de erros. Technical Pronouncement Nº 23 – Jun 26, 2009 – Accounting Policies, Alterations to Estimates and Rectifications of Errors – Defines the criteria for the selection, alteration and disclosure of accounting policies for altering estimates and rectifying errors. Pronunciamento Técnico 22 de 26.06.2009 – Informações por Segmento – Especifica como a entidade deve divulgar informações sobre seus segmentos operacionais nas demonstrações contábeis anuais, lembrando que o Pronunciamento Técnico CPC 21 – Demonstração Intermediária exige que a entidade divulgue informações sobre seus segmentos operacionais em demonstrações intermediárias. Também define os requisitos das respectivas divulgações sobre produtos e serviços, áreas geográficas e principais clientes. Pronunciamento Técnico 21 de 26.06.2009 – Demonstração Intermediária – Estabelece o conteúdo mínimo de uma demonstração contábil intermediária e os princípios para reconhecimento e mensuração para demonstrações completas ou condensadas de período intermediário. Pronunciamento Técnico 20 de 08.05.2009 – Custos de Empréstimos – O Pronunciamento foi elaborado a partir do IAS 23 – Borrowing Costs (IASB) e sua aplicação, no julgamento do Comitê, produz reflexos contábeis que estão em conformidade com o documento editado pelo IASB. Pronunciamento Técnico 19 de 06.11.2009 – Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) – Especifica como contabilizar as participações em 126 Technical Pronouncement Nº 22 – Jun 26, 2009 – Information by Segment – Specifies how the entity must disclose information on its operating segments in the annual Financial Statements, recalling that CPC Technical Pronouncement Nº 21 - Interim Financial Statements requires the entity to disclose information on its operating segments through interim Financial Statements. It also defines the requirements for the respective disclosures on products and services, geographical areas and major customers. Technical Pronouncement Nº 21 – Jun 26, 2009 – Interim Financial Statements - Establishes the minimum content for interim Financial Statements and the principles for the recognition and measurement of Financial Statements or condensed Financial Statements covering interim periods. Technical Pronouncement Nº 20 – May 8, 2009 – Loan Costs - This Pronouncement was drawn up on the basis of IAS 23 – Borrowing Costs (IASB) and its application, in the view of the Committee produces repercussions in the accounts that are compliant with the document published by the IASB. Technical Pronouncement Nº 19 – Nov 6, 2009 – Investments in Joint Venture – Specifies how to enter stakes in the accounts held in joint ventures and the disclosure of assets, liabilities, revenues and expenditures incurred by these ventures empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e na divulgação dos ativos, passivos, receitas e despesas desses empreendimentos nas demonstrações contábeis dos investidores. Ele não se aplica aos investimentos em coligadas e controladas que forem mantidos por organizações de capital de risco, fundos mútuos, trustes e entidades similares, e também não se aplica aos investimentos classificados como instrumentos financeiros mantidos para negociação, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Pronunciamento Técnico 18 de 06.11.2009 – Investimento em Coligada e em Controlada – Especifica como devem ser contabilizados os investimentos em coligadas nas demonstrações contábeis individuais e consolidadas do investidor e em controladas nas demonstrações contábeis da controladora. Pronunciamento Técnico 17 de 08.05.2009 – Contratos de Construção – Estabelece o tratamento contábil das receitas e despesas associadas a contratos de construção que normalmente se caracterizam por ter suas datas de início e término em períodos contábeis diferentes. O ponto central é o reconhecimento da receita e da correspondente despesa ao longo dos períodos de execução da obra nas demonstrações contábeis das contratadas. Pronunciamento Técnico 16 de 08.05.2009 – Estoques – O presente Pronunciamento trata da avaliação contábil dos estoques em geral, com exceção dos ativos biológicos e produto agrícolas. Pronunciamento Técnico 15 de 26.06.2009 – Combinação de Negócios – Melhora a relevância, a confiabilidade e a comparabilidade das informações que uma entidade fornece em suas demonstrações contábeis sobre uma combinação de negócios e sobre seus efeitos. Codim in the Financial Statements of the investors. This is not applied to investments in associated and subsidiary companies held by risk capital entities, mutual funds, trusts and similar entities, and also does not apply to investments classified as financial instruments held for trading purposes, as set forth in CPC Technical Pronouncement Nº 38 - Financial Instruments: Recognition and Measurement. Technical Pronouncement Nº 18 – Nov 6, 2009 – Investments in Associated and Subsidiary Companies – Specifies how investments must be entered in the accounts allocated to associated companies in the individual and consolidated Financial Statements of the investors and in subsidiary companies for the Financial Statements of the parent company. Technical Pronouncement Nº 17 – May 8, 2009 – Construction Contracts - Establishes the accounting treatment for revenues and expenditures associated with construction contracts, whose starting and finishing dates normally occur in different accounting periods. The main point is the recognition of revenues and the corresponding expenditures during the works implementation periods in the Financial Statements of the contractors. Technical Pronouncement Nº 16 – May 8, 2009 – Inventories – This Pronouncement addresses the book-entry assessment of Inventories in general, except for biological assets and agricultural products. Technical Pronouncement Nº 15 – Jun 26, 2009 – Tied Deals – Enhances the relevance, reliability and comparability of the information provided by an entity in its Financial Statements on a tied deals and their effects. Guidance Committee on Disclosing Information to the Market Pronunciamento de Orientação nº 07 de 22.09.2009 – Ementa: Período de silêncio antes da divulgação pública das demonstrações contábeis – Padroniza procedimentos com relação a um período de silêncio antes da divulgação de demonstrações contábeis, como forma de contribuir para a adoção de boas práticas de governança corporativa que fortaleçam critérios de equidade e o desenvolvimento de maior confiabilidade no mercado. Guideline Pronouncement Nº 7 – Sep 22, 2009 – Digest: Silent period prior to the public disclosure of the Financial Statements – Standardizes the procedures for a silent period prior to the disclosure of the Financial Statements, as a way of fostering the adoption of good Corporate Governance practices that strengthens equity criteria and fosters the development of greater trustworthiness on the market. Pronunciamento de Orientação nº 06, de 05.03.2009 – Ementa: Release. Necessidade de padronização de procedimentos para preparação e distribuição de release, como forma de contribuir para a adoção de boas práticas de governança corporativa. Guideline Pronouncement Nº 6 – Mar 5, 2009 – Digest: Press Releases. Need to standardize the procedures for the preparation and distribution of press releases, as a way of fostering the adoption of good Corporate Governance practices. 127 Crise trava crescimento das companhias abertas em 2009 Para a indústria brasileira, 2009 foi um ano de superar as adversidades decorrentes da crise financeira internacional, iniciada no segundo semestre de 2008. A retração da demanda internacional e o receio do aprofundamento da crise deram uma trava generalizada nos negócios. O primeiro trimestre foi o período mais difícil para a indústria, cuja produção caiu 12,4% no período. No segundo trimestre, porém, começou a ser esboçada uma tímida reação e a perda foi reduzida para 1,7%. No último trimestre, já era possível observar uma retomada mais consistente da atividade industrial, com uma aceleração de 5,8%. Ainda assim, o ano terminou com as empresas registrando, na média, queda de 3,2% nas receitas líquidas. A retração foi mais severa no setor de máquinas e equipamentos (-18,5%), veículos automotores (-12,4%), metalurgia básica (-17,5%) e material eletrônico (-25,5%). Throughout 2009, Brazil’s industrial sector focused on surmounting the difficulties caused by the international financial crisis that exploded during the second half of 2008. Shrinking international demands and spillover fears crippled businesses across-the-board. The first quarter was toughest time for industry, with output falling by 12.4% over the period. However, hints of recovery began to appear during the second quarter, with losses pruned back to 1.7%. During the last quarter, a steadier return to production was already visible, with an increase of 5.8%. Nevertheless, companies posted an average 3.2% drop in their year-end net revenues. This shrinkage was more marked in the following sectors: Machines and Equipment (-18.5%), Automotive Vehicles (-12.4%), Base Metallurgy (17.5%) and Electronic Materials (-25.5%). Crisis stunts growth of listed companies in 2009 128 Desempenho setorial Sectorial performance AÇÚCAR E ÁLCOOL / Sugar and ethanol Setor viveu um ano de consolidação A year of consolidation for this sector P ara as companhias abertas produtoras de açúcar e etanol, 2009 foi um ano de consolidação. Após viver um movimento de fusões e aquisições, com a entrada de grupos investidores de outros setores da economia, o setor observou alguns importantes movimentos de investimento de grupos tradicionais, com destaque para o francês Tereos, controlador da Guarani e detentor de 6% da Cosan. O Brasil passou a ser o centro de decisão do Grupo francês que, naturalmente, deverá investir para adquirir outros negócios no país. O resultado desse movimento foi o crescimento de cerca de 140% no valor de mercado das companhias. O desempenho operacional das empresas foi marcado por dois movimentos distintos. Por um lado, a boa safra de cana de açúcar fez com que as receitas líquidas do setor mais do que duplicassem entre 2008 e 2009. Por outro, o ainda baixo patamar de preços dos produtos e as despesas com o equacionamento dos passivos das usinas produtoras, proporcionado pela reabertura do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) geraram um prejuízo líquido expressivo para o setor de R$ 1,2 bilhão. Outro ponto que cabe observação foi a elevação de cerca de 34% no volume de ativos das companhias, em grande parte gerada por aquisição de empresas de capital fechado. O corolário desse movimento é a natural absorção dos passivos dessas empresas, gerando uma elevação de mais de 60% no endividamento total do setor. O ponto de preocupação é o nível de alavancagem do setor, elevado pela combinação negativa de crescimento do endividamento e estabilidade do patrimônio líquido agregado das companhias. O volume de proventos (dividendos + juros sobre capital próprio) pagos aos acionistas passou de R$ 4,5 milhões para R$ 20,5 milhões, no final de 2009. For listed companies producing sugar and ethanol, 2009 was a year of consolidation. After a wave of mergers and acquisitions, with the arrival of investor groups from other sectors of the economy, this area saw some major shifts in investments by long-established groups, particularly France’s Tereos, which is the parent company of Guarani, with a 6% stake in Cosan. Brazil has become the decision center for this French group which will naturally be allocating investments to acquiring other businesses in Brazil. The outcome of this trend was an upsurge of around 140% in the market value of these companies. The operating performance of these companies was shaped by two separate movements. On the one hand, a good sugarcane harvest pumped up the net revenues of this sector to more than double between 2008 and 2009. However, product prices remained low while outlays on resolving the liabilities of mills and distilleries – triggered by the reopening of the Fiscal Recovery Program (REFIS) – generated significant net losses for this sector of R$ 1.2 billion. Another noteworthy aspect was the increase of some 34% in corporate asset volumes, due largely to acquisitions by privately held companies. The corollary of this trend is the natural absorption of the liabilities of these companies, triggering a hike of over 60% in the total indebtedness of this sector. The point causing concern is the level of leverage in this sector, jacked up by the negative combination of increased indebtedness among the companies, while their aggregate net worth remains unchanged. The amount of income (dividends + interest on net equity) paid out to the shareholders rose from R$ 4.5 million to R$ 20.5 million by year-end 2009. Açúcar e álcool / Sugar and ethanol Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 22.598.105 2.270.381 12.884.281 9.713.824 6.759.871 3.745 6.443.869 4.455 30.248.555 6.752.781 20.716.024 9.532.531 15.226.876 -1.242.878 15.447.813 20.581 —- 33,9% 197,4% 60,8% -1,9% 125,3% —139,7% 362,0% 129 Desempenho setorial Sectorial performance ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO / Food, beverage and tobacco Vendas em alta apesar das adversidades High sales despite difficulties O conturbado ano de 2009 acabou sendo positivo para o setor. O faturamento líquido das empresas listadas em bolsa cresceu 15,8%, passando de R$ 73,6 bilhões em 2008 para R$ 85,2 bilhões em 2009. O lucro líquido consolidado atingiu R$ 8,6 bilhões, com um crescimento de 128,9% frente a igual período de 2008. Ao final de 2009, o valor de mercado das companhias atingiu R$ 185,4 bilhões, superando em 77,4% o valor verificado um ano antes. As vendas reais aumentaram 2,53% em 2009, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). As maiores participações ficaram com o varejo, com R$ 158,9 bilhões, e o food service, com R$ 65,2 bilhões. Do faturamento total, outros R$ 60 bilhões foram relativos às exportações. Para 2010, a expectativa da Abia é que o volume de produção da indústria alimentícia aumente 4,5% e as vendas reais alcancem crescimento de 5% em relação a 2009. O segmento de bebidas foi, entre os três, o que menos sentiu a desaceleração da economia. A produção física aumentou 7,1% no ano passado, segundo dados do IBGE. O volume de cerveja produzida no ano cresceu 9,9%, enquanto o de refrigerantes e não-alcoólicos teve alta de 8,1%, frente a 2008. Nos primeiro trimestre de 2010, a quantidade produzida já supera em 17,1% o volume do mesmo período de 2009, mantendo positivas as expectativas para o setor neste ano. Por último, no ramo de fumos, os aumentos de 23,5% do IPI e de 72,5% do PIS/COFINS sobre cigarros ocorridos, respectivamente, em maio e julho de 2009, tiveram impactos diretos nos resultados do setor. Em contrapartida, melhores preços praticados em dólar nas exportações de fumo da Souza Cruz, e a depreciação (média) do real em relação ao dólar, compensaram os aumentos de impostos. Although turbulent, 2009 was a positive year for this sector, the net revenues of companies listed on the Stock Exchange increased by 15.8%, rising from R$ 73.6 billion in 2008 to R$ 85.2 billion in 2009. Consolidated net profits reached R$ 8.6 billion, up by 128.9% compared to 2008. By year-end 2009, their market value topped R$ 185.4 billion, 77.4% higher than the figures for the previous year. Actual sales rose by 2.53% in 2009, according to data released by the Brazilian Food Industries Association (ABIA). The highest figures were posted by the retail sector at R$ 158.9 billion, followed by food services at R$ 65.2 billion. Out of the total revenues, a further R$ 60 billion were brought in through exports. According to this Association, the outlook for 2010 is that the production volumes of the food industry will rise by 4.5%, while actual sales post 5% growth compared to 2009. Among these three segments, the beverages area was the least affected by the economic slowdown. Physical output rose by 7.1% last year, according to data released by the Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE). Beer production volumes rose by 9.9% during the year, while non-alcoholic and carbonated soft drinks posted an increase of 8.1%, over the 2008 figures. During the first quarter of 2010, production volumes were already 17.1% higher than for the same period in 2009, underpinning a positive outlook for this sector during the current year. Finally, in the tobacco segment, increases of 23.5% in the Industrialized Products (IPI) Tax and 72.5% in the Social Integration Program /Social Security Financing Levy (PIS/ COFINS) were imposed on cigarettes in May and July 2009 respectively, with direct impacts on earnings in this sector. In counterpart, better prices in United States Dollars for leaf exports by Souza Cruz, and the (average) depreciation of the Brazilian Real against the dollar helped offset these tax hikes. Alimentos, bebidas e fumo / Food, beverage and tobacco Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 130 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 83.728.620 25.714.361 48.829.119 34.899.501 73.580.053 3.751.696 104.524.408 4.232.662 126.608.539 31.378.663 68.465.748 58.142.791 85.205.889 8.587.010 185.432.553 6.021.997 14,24% 51,2% 22,0% 40,2% 66,6% 15,8% 128,9% 77,4% 42,3% ATACADO E VAREJO / Wholesale and retail Seis anos consecutivos de crescimento Six consecutive years of growth A pesar da crise financeira mundial, o comércio brasileiro obteve em 2009 um avanço de 5,9% no volume de vendas e de 10,1% na receita, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. Com isso, o Brasil obteve o sexto ano consecutivo de expansão das vendas no comércio. A última queda do índice foi registrada em 2002. A maior influência veio do segmento de “Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo”, pelo próprio peso do segmento no índice geral. A alta de 8,3% nesta rubrica respondeu por mais de dois terços da expansão das vendas. Entretanto, vale destacar o crescimento mais forte de segmentos não relacionados ao consumo de subsistência, como “artigos de perfumaria e cosméticos”, com alta de 11,8% frente a 2008, e “equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação”, que avançou 10,6% na mesma base de comparação. As empresas de atacado e varejo com ações listadas em bolsa estão em linha com os números do IBGE. Os balanços destas companhias mostraram evolução dos principais indicadores financeiros, ao mesmo tempo em que o valor de mercado do setor subiu 133,5%, resultado bem superior à média da BM&FBovespa, de 72,5%. Em 2009, destaque para a evolução de 20,8% da Receita Líquida, para R$ 60,6 bilhões, e de 94,2% do lucro líquido, que passou de R$ 1,38 bilhão em 2008 para R$ 2,69 bilhões no ano passado. Em 2010, números do primeiro trimestre apontam para uma evolução promissora. O avanço de 12,8% é recorde para os três primeiros meses e, além disso, embute a recuperação da venda de produtos com maior valor agregado, como, por exemplo, móveis e eletrodomésticos. As perspectivas são, portanto, positivas para as vendas no atacado e no varejo. Despite the worldwide financial meltdown, Brazil’s trade posted a 5.9% increase in sales volumes for 2009, with a 10.1% upsurge in revenues, according to data presented in the Monthly Trade Survey conducted by the Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE). This was Brazil’s sixth consecutive year of expanding sales in the trade sector, with the last drop in this figure recorded in 2002. The driving force behind this performance came from the Hypermarkets, Supermarkets, Food, Beverages and Tobacco Segment, due to its weight in the General Index. The 8.3% improvement in this sector accounted for more than two thirds of this expansion in sales. It is also worth stressing dynamic growth in segments unrelated to subsistence consumption, such as Perfumery and Cosmetics (up 11.8% compared to 2008) and Office Equipment and Materials, Information and Communication Technology (up 10.6% over 2008). Wholesale and retail companies listed on stock exchanges are also aligned with the figures released by the IBGE. Their balance sheets indicate progress for the main financial indicators, while the market value of this sector soared by 133.5%, close to double the 72.5% average posted by the BM&FBovespa. Particularly noteworthy in 2009 was the 20.8% increase in net revenues, rising to R$ 60.6 billion, and the 94.2% hike in net profits, rising from R$ 1.38 billion in 2008 to R$ 2.69 billion last year. In 2010, the first quarter figures indicate promising development, with a record 12.8% expansion, which also includes recovering sales for higher value added products, such as furniture and household appliances. Consequently, the outlook is positive for sales in the wholesale and retail sectors. Atacado e varejo / Wholesale and retail Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 39.601.681 15.150.310 25.973.957 13.627.724 50.122.383 1.383.494 32.455.698 793.561 48.633.764 17.948.913 31.329.436 17.304.328 60.564.635 2.687.089 75.799.279 951.754 24,68% 22,8% 18,5% 20,6% 27,0% 20,8% 94,2% 133,5% 19,9% 131 Desempenho setorial Sectorial performance BANCOS E CRÉDITO / Banking Mais lucro e menos dividendos Higher profits and lower dividends E ntre 2008 e 2009, o setor bancário mostrou evolução nos principais indicadores de balanço. Neste período, o patrimônio líquido subiu 21,5%; a receita de intermediação financeira cresceu 15,3%; e os créditos totais aumentaram em 10,7%. O lucro líquido avançou 14,7%, de R$ 28,6 bilhões para R$ 32,8 bilhões em 2009, o que, entretanto, não se refletiu em maiores pagamentos de proventos. No ano passado, os bancos com ações cotadas em bolsa distribuíram um total de R$ 11,47 bilhões entre dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) para seus acionistas. O resultado representa um recuo de 8,8% frente os R$ 12,57 bilhões distribuídos em 2008 e também uma queda no payout dos bancos (dividendos mais JCP divididos pelo lucro líquido) de 43,9% em 2008 para 34,9% em 2009. Ainda assim, as instituições financeiras permanecem entre os maiores distribuidores de juros e dividendos no mercado brasileiro. Na comparação com empresas reconhecidamente rentáveis no mercado de capitais nacional, os dividendos pagos pelos bancos tendem a ser mais estáveis até em função da natureza das atividades desse setor, que podem apresentar um grau de alavancagem muito maior que as empresas que não são do setor financeiro. Os bancos nacionais também apresentaram uma forte valorização em Bolsa ao longo do ano passado. Em 2009, o valor de mercado destas instituições na Bovespa aumentou 88,67%, contra um avanço de médio de 72,08% das empresas listadas. Este crescimento é justificado em parte por uma base de comparação mais fraca das instituições financeiras no final de 2008, quando os temores da crise se abatiam de forma mais intensa sobre as ações deste grupo. Para 2010 são esperados novos avanços nos indicadores financeiros, refletidos em aumentos de créditos, depósitos e lucros. During 2008 and 2009, Brazil’s banking sector presented progress in its main balance sheet indicators. During this time, its net equity rose by 21.5%; financial brokering revenues increased by 15.3%; and total credits expanded by 10.7%. Net profits rose by 14.7%, up from R$ 28.6 billion to R$ 32.8 billion in 2009, although not reflected in higher dividend payments. Last year, banks listed on the stock exchange distributed a total of R$ 11.47 billion in dividends and interest on net equity to their shareholders. This was 8.8% less than the R$ 12.57 billion distributed in 2008, in parallel to a drop in bank payouts (dividends and interest on net equity divided by net profits) down from 43.9% in 2008 to 34.9% in 2009. Nevertheless, financial institutions are still among the leading distributors of interest and dividends on the Brazilian market. Compared to corporations acknowledged as profitable on Brazil’s capital markets, the dividends paid out by banks tend to be more stable, due to the nature of the activities of this sector, which may enjoy far higher levels of leverage than enterprises not operating in the financial sector. The value of Brazilian banks also rose significantly on the stock exchange last year. In 2009, the market value of these institutions on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) increased by 88.67%, compared to average growth of 72.08% for other listed companies. This upsurge is justified partly by a weaker comparison base for financial institutions at year-end 2008, when fears prompted by the global crisis undermined share prices in this group more severely. Further progress is expected for 2010 in the financial indicators, reflected in expanding credits and deposits, with higher profits. Bancos e crédito / Banking Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 132 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 2.100.317.025 1.920.273.803 2.038.963.625 175.928.665 227.466.156 28.616.775 253.650.289 12.572.652 2.326.616.227 2.107.146.720 2.257.611.589 213.737.519 262.329.342 32.832.931 465.204.375 12.021.792 13,06% 10,8% 9,7% 10,7% 21,5% 15,3% 14,7% 83,4% -4,4% Desempenho setorial Sectorial performance CONSTRUÇÃO CIVIL E MERCADO IMOBILIÁRIO / Real estate Perspectivas continuam promissoras Promising prospects A pós redução significativa dos lançamentos no primeiro semestre de 2009, o setor da Construção Civil no Brasil reagiu e mostrou seu potencial de mercado ao longo do ano. Foram vários os fatores que impulsionaram essa virada. Primeiro, o cenário para captações se manteve favorável, graças às expectativas positivas para a economia brasileira e isso é essencial para o setor, que tem grande necessidade de capital para financiamento das obras. Segundo, a eleição do Brasil como sede das Olimpíadas, em 2016, e da Copa do Mundo, em 2014, é uma garantia de novos projetos de infraestrutura pelos próximos seis anos. Por último, o lançamento do projeto do governo “Minha Casa, Minha Vida”, foi visto como uma grande oportunidade para as empresas especializadas na construção de moradias para as classes de renda mais baixas. Somente neste projeto o governo federal deve investir R$ 34 bilhões de um total esperado de R$ 202 bilhões para o setor em 2010. Essas perspectivas foram refletidas no desempenho das companhias cotadas na BM&FBovespa ao longo do ano passado. O valor de mercado dessas empresas passou de R$ 21, 47 bilhões em 2008, para R$ 67,89 bilhões em 2009, com aumento de 215,8%, quase três vezes a média do mercado (72,2%). O ativo total subiu 57,8%, ao passo que a receita líquida aumentou 24,2% e o lucro líquido 97,4%. Os dividendos e juros sobre o capital próprio deliberados em 2009 avançaram 93%. Os ingredientes que contribuíram para alavancar a construção civil em 2009 – juros baixos, maior acesso ao crédito e incentivos do governo – devem se manter em 2010. Além disso, o setor deve contar com um maior aporte externo, na esteira da recuperação do investimento estrangeiro no Brasil. Estimamos um crescimento de 7,4% para o PIB do setor em 2010. After a significant drop in new project launches during the first six months of 2009, Brazil’s civil construction sector bounced back, demonstrating its market potential throughout the rest of the year. There were several factors prompting this about-turn. First, the funding uptake context remains favorable, thanks to positive expectations for the Brazilian economy – essential for this sector, which requires ample capital to underwrite its projects. Second, the choice of Brazil as the host of the 2016 Olympic Games and 2014 World Cup assures the implementation of infrastructure projects during the next six years. Finally, the launch of the Federal Government’s mass housing program (Minha Casa, Minha Vida) was viewed as a great opportunity for companies specializing in the construction of homes for lower income families. The Brazilian Government plans to invest R$ 34 billion in this Program, out of a total amount of R$ 202 billion expected for this sector in 2010. These positive outlooks were reflected in the performances of companies listed on BM&FBovespa in the course of last year. Their market value rose from R$ 21.47 billion in 2008 to R$ 67.89 billion in 2009, up by 215.8% – almost triple the market average of 72.2%. Total assets Increased by 57.8%, while net revenues rose by 24.2%, with net profits up 97.4%. Dividends and interest on net equity distributed in 2009 almost doubled at 93%. The factors providing leverage for the civil construction sector in 2009 – low interest rates, easy access to credit, and government incentives – should continue throughout 2010. Moreover, this sector should absolve a rising inflows of funds from abroad, as foreign investment recovers in Brazil. We estimate 7.4% growth for the GDP of this sector in 2010. Construção civil e mercado imobiliário / Real estate Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 134 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 84.749.958 18.985.689 48.143.138 36.606.821 48.628.183 2.754.218 21.408.095 428.186 133.391.650 30.204.867 74.151.675 59.239.976 60.361.057 5.425.793 69.123.186 844.413 22,77% 57,4% 59,1% 54,0% 61,8% 24,1% 97,0% 222,9% 97,2% EDUCAÇÃO / Education Alta expressiva no valor de mercado Significant upsurge in market value A relação das empresas listadas no segmento de educação na BM&FBovespa é formada principalmente por companhias voltadas para o ensino superior. Um segmento bastante amplo, em fase de crescimento e atendido predominantemente por instituições privadas. Segundo dados da UNESCO, o ensino superior brasileiro é o quinto maior do mundo e o maior da América Latina, com aproximadamente cinco milhões de matrículas. Ainda assim, comparado a outros países emergentes, incluindo América Latina, o nível de atendimento do setor de educação no Brasil é baixo. A taxa de 20% entre jovens de 18 a 24 anos situa-se muito aquém das taxas, por exemplo, de Chile e Argentina, com índices de 52% e 67%, respectivamente. Essa disparidade indica o potencial de continuidade de crescimento do setor de ensino superior no país. Além disso, o segmento de educação brasileiro é bastante fragmentado, composto, em sua maioria, por pequenas instituições privadas, com escala ineficiente. No entanto, o processo de consolidação do mercado em 2009 se deu num ritmo muito menor que no ano anterior. Com isso, as empresas passaram a privilegiar a melhoria do seu desempenho operacional, estratégia refletida no resultado das empresas na BM&FBovespa. Ao longo do ano passado, o valor de mercado dessas companhias avançou 107,7%, bem acima da média registrada pela bolsa (72,5%). O lucro líquido subiu 163%, puxado essencialmente pela recuperação do lucro por parte da Anhanguera. No mesmo período, a receita líquida aumentou 16,7%, e os dividendos e juros sobre capital próprio tiveram alta de 35,4%. Para os próximos anos, o segmento é bastante promissor, principalmente no segmento de graduação para adultos no qual o crescimento das matrículas pode chegar a dois dígitos até 2013. The companies listed in the thriving education segment of the BM&FBovespa are mainly private institutions with dynamic growth, clustered in the relatively large field of higher education. According to data released by UNESCO, Brazil ranks fifth worldwide for higher education, with the largest market in Latin America, reaching some five million enrollments. However, the service levels reached by the education sector are low in Brazil compared to other emerging nations, including some in South America. The 20% rate for young people between 18 and 24 years old falls well behind the rates for Chile and Argentina, for example, at 52% and 67% respectively. This disparity indicates the potential for ongoing growth in Brazil’s higher education sector. Moreover, this sector is somewhat fragmented, consisting mainly of small private institutions operating on inefficient scales. Nevertheless, the market consolidation process slowed significantly during 2009, compared to the previous year. Companies consequently began to focus more on upgrading their operating performances, with this strategy reflected in their earnings on the BM&FBovespa. In the course of last year, their market value more than doubled at 107.7%, well above the 72.5% average posted by the Stock Exchange. Their profits rose by 163%, driven mainly by a return to the black for Anhanguera. During the same period, their net revenues rose by 16.7%, with dividends and interest on equity capital up by 35.4%. During the next few years, this segment should remain promising, particularly in the adult graduate studies segment, where enrollments may increase at double digit rates by 2013. Educação / Education Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 3.001.817 524.283 880.672 2.121.145 2.176.994 67.218 3.258.182 35.864 3.809.262 616.888 1.188.195 2.621.067 2.649.777 184.397 7.059.322 50.643 —- 26,9% 17,7% 34,9% 23,6% 21,7% 174,3% 116,7% 41,2% 135 Desempenho setorial EMBALAGENS Sectorial performance / Packaging and labeling Recuperação só chegou no final do ano Year-end recovery E m razão da crise econômica mundial, a produção física da indústria de embalagens em 2009 ficou 3,79% abaixo da alcançada um ano antes. Entretanto, dois momentos distintos podem ser vistos ao longo do ano. No primeiro semestre, a produção física de embalagens ficou negativa em 9,74%, enquanto nos últimos três meses de 2009 a recuperação dava saltos, avançando 8,28% frente a mesmo período no ano anterior, melhorando as expectativas para 2010. Em relação ao ano passado, os dados do IBGE analisados pela FGV apontaram resultados negativos em quase todos os segmentos: papel, papelão e cartão (-0,72%); plástico (-0,84%); metal (-6,72%); vidro (-14,35%) e madeira (-19,57%). O segmento de alimentos, contudo, reagiu de outra forma. Este mercado responde por mais de 30% da produção total do setor de embalagens e tende a ter uma evolução um pouco mais constante. As embalagens plásticas para produtos de alimentos e bebidas, por exemplo, foi o único segmento que conseguiu reverter o quadro negativo e terminar o ano com aumento da produção, registrando alta de 1,41% em relação a 2008. No segmento de embalagens metálicas, o destaque foram as latas de alumínio, que acumularam alta de 5,7% no ano. Já a produção de latas de ferro e aço ficou negativa em 20,19%. Para 2010, a expectativa é por melhores resultados. Os fabricantes nacionais de embalagem deverão obter receitas próximas a R$ 39 bilhões, superando os R$ 36,2 bilhões gerados 2009. Para a produção física, a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) projeta um crescimento entre 4,7% e 6,1%, o que seria o melhor resultado desde 1995. Atividade muito ligada ao crescimento do PIB e apontada como um dos “termômetros” do desempenho da economia, o segmento se beneficia de aspectos positivos da atual conjuntura, notadamente: o bom desempenho do mercado interno; aumento do emprego formal; e estabilidade dos preços. The global credit crunch damped down the output of the packaging industry in 2009, which fell by 3.79% compared to the previous year. However, two separate stages are apparent in the course of this period: during the first half of the year, packaging output fell by 9.74%, bouncing back during the last quarter of 2009 to outstrip the same period the previous year by 8.28%, with a better outlook for 2010. Compared to last year, the data released by the Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE) and analyzed by the Getulio Vargas Foundation (FGV) indicated negative earnings for almost all segments: paper and cardboard (0.72%): plastics (-0.84%): metal (-6.72%); glass(-14.35%) and wood (-19,57%). However, the food segment reacted differently. This market accounts for more than 30% of the total output of the packaging sector, and tends to develop more steadily. For example, plastic packs for beverages and food products was the only segment that managed to move out of this negative situation, closing the year with a 1.41% increase compared to 2008. In the metal packs segment, aluminum cans were the top performers, with a 5.7% increase during the year, while iron and steel can production fell by 20.19% The outlook for 2010 indicates higher earnings, with Brazilian packaging manufacturers bringing in revenues of around R$ 39 billion, higher than the R$ 36.2 billion generated in 2009. In terms of physical output, the Brazilian Packaging Association (ABRE) forecasts growth of 4.7% to 6.1%, which would be the highest earnings since 1995. Closely linked GDP growth and tagged as one of the thermometers measuring the performance of the economy, this segment is benefiting from positive aspects of the current situation, particularly: a thriving domestic market; rising formal employment; and price stability. Embalagens / Packaging and labeling Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 136 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 3.175.865 729.322 2.159.919 1.015.946 2.213.617 38.960 1.341.142 17.141 3.023.692 804.209 1.875.900 1.147.792 2.272.566 188.146 1.799.503 47.942 -20,06% -4,8% 10,3% -13,1% 13,0% 2,7% 382,9% 34,2% 179,7% Desempenho setorial Sectorial performance ENERGIA ELÉTRICA / Electricity Setor reage depois de um ano difícil Sector brightens after a gloomy year O valor de mercado das empresas de energia elétrica subiu 35,1% no ano passado. Embora este resultado tenha ficado abaixo da média das empresas cotadas na BM&FBovespa, ele reflete o padrão de menor volatilidade do setor. Os dividendos e juros sobre capital próprio pagos pelas empresas subiram 27,7%, com aumento substancial no payout (dividendos mais juros, divididos pelo lucro líquido), que passou de 52,4% para 83,3% no ano passado. Já o lucro líquido das empresas caiu 19,6% em relação ao de 2008, ao somar R$ 14,5 bilhões. A receita teve aumento nominal de 2,3%, chegando a R$ 130,7 bilhões. Esse desempenho, porém, foi inferior ao reajuste das tarifas concedidas ano passado. Em 2009, o setor de energia elétrica foi fortemente atingido pela queda da produção industrial: o consumo caiu 8% frente a 2008, segundo dados da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). Este resultado foi reflexo de um menor nível de atividade, principalmente por parte da indústria exportadora, afetada pela crise econômica mundial. As principais forças que sustentaram o consumo energético em 2009 foram as residências e o comércio. As famílias consumiram 6,2% mais energia que em 2008, principalmente nas classes mais baixas de renda. No comércio, o aumento foi igual: 6,2%. Entretanto, isso não foi suficiente para contrabalançar a queda verificada na indústria. A demanda nacional por energia elétrica registrou, então, uma redução de 1,1% no ano passado. Para este ano, a expectativa é de recuperação dos níveis de consumo, com elevação de 7,9% ao longo do ano, puxado, principalmente pela retomada da indústria. Neste setor, que parte de uma base de comparação bastante contraída, o aumento em 2010 deve chegar a 9%. Os setores residencial e comercial devem manter um nível de expansão semelhante ao do ano passado. The market value of power utilities rose by 35.1% last year. Although falling below the average for companies listed on the BM&FBovespa, this also reflects generally lower volatility in this sector. Interest on equity capital and dividends paid out by these companies increased by 27.7%, with a substantial increase in the payouts (dividends plus interest, divided by net profits), which rose from 52.4% 83.3% last year. In contrast, profits fell by 19.6% compared to the 2008 figures posted by these companies, reaching a total of R$ 14.5 billion. Despite a 2.3% nominal increase in revenues, which reached R$ 130.7 billion, this performance fell below the tariff restatements granted last year. In 2009, the power sector was severely affected by sluggish industrial output: consumption slumped by 8% compared to 2008, according to data released by the Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). This was an outcome of lower activity levels, particularly in the export sector, which was affected by the global economic crisis. The main drivers behind electricity consumption in 2009 were the residential and commercial sectors, with families consuming 6.2% more electricity than in 2008, mainly in lower income segments, with a similar increase of 6.2% in the commercial sector. However, this was not enough to offset the drop in industrial consumption, with national electricity demands dropping by 1.1% last year. For the current year, consumption levels are respected to recover, with a 7.9% increase during the year, fueled mainly by improvements in the industrial sector, reaching 9% in 2010, with fairly low comparison bases. The residential and commercial sectors should continue their expansion at rates similar to those of last year. Energia elétrica / Electricity Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 138 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 353.207.897 65.903.860 194.778.520 158.429.377 128.124.526 18.054.177 138.014.239 9.467.441 358.265.342 71.730.303 205.331.255 152.934.087 132.360.148 14.516.202 186.475.255 10.934.673 10,33% 1,4% 8,8% 5,4% -3,5% 3,3% -19,6% 35,1% 15,5% LAZER, TURISMO E HOTELARIA / Leisure industry Investir para atender a demanda futura Investing in order to meet future demands S egundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), 2009 foi um dos anos mais difíceis para o turismo mundial. A receita com viagens caiu 4%, principalmente por conta dos efeitos da crise financeira. Contudo, a organização já prevê uma recuperação em 2010, com alta de 3% a 4% no faturamento. No Brasil, os resultados do setor foram positivos. No ano passado, o número de passageiros nos aeroportos brasileiros alcançou a marca de 55,9 milhões,14,6% maior do que o verificado em 2008 e 11,7% superior a 2007. Só em dezembro, foram 5,3 milhões de desembarques, segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de outubro, que registrou 5,4 milhões. Para 2010, os empresários do setor de Turismo estão bastante otimistas: é o que indica a 6ª Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo (Pacet), iniciativa do ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ao contrário do ano passado, quando as incertezas sobre o futuro da economia ainda eram grandes, os empresários agora apostam no aumento de 14,6% do faturamento. Os ramos com perspectivas mais positivas para o faturamento são os de feiras, locadoras de automóveis, operadoras de turismo, transporte aéreo e turismo receptivo. Para o setor como um todo, este é um momento de investir para aproveitar as oportunidades com a Copa do Mundo, em 2014, e com as Olimpíadas, em 2016. Nesta linha, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para ampliação e modernização de hotéis, visando principalmente atender a demanda na Copa do Mundo de 2014. Este valor pode ainda ser superado, dependendo da demanda do mercado. Os recursos são destinados à construção, reforma, ampliação e modernização de unidades hoteleiras, além de investimentos socioambientais. According to data released by the World Tourism Organization (WTO), 2009 was a really tough year for global tourism. Travel revenues slumped by 4%, due mainly to fallout from the international financial crisis. Nevertheless, this entity is already forecasting a recovery in 2010, with revenues rising by 3% to 4%. The earnings posted by this sector in Brazil were positive, with more than 55.9 million passengers flowing through Brazilian airports, 14.6% more than in 2008 and 11.7% higher than in 2007. December alone saw 5.3 million passengers disembarking, which was the second highest figure for the year, behind only October with 5.4 million. In 2010, executives in the Travel and Tourism sector are quite optimistic, according to the VI Annual Travel and Tourism Sector Survey (PACET), an initiative undertaken by the Ministry ofTourism through a partnership with Getúlio Vargas Foundation (FGV). In contrast to last year, when massive uncertainties still loomed over the future of the Brazilian economy, these executives are now wagering on a 14.6% hike in revenues. The segments with the most positive outlooks for revenues are: trade fairs, car hire, tour operators, air transportation and incoming tourism. For the sector as a whole, this is the right time to invest in order to benefit from all the opportunities opening up with the World Cup in 2014 and the Olympic Games in 2016. Along these lines, Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES) launched an R$ 1 billion line of credit that will underwrite the expansion and modernization of hotels, mainly in order to respond to demands prompted by the World Cup in 2014. This amount might be even higher, depending on market demands. These funds are earmarked for the construction, retrofitting, expansion and modernization of hotel accommodation, in addition to social and environmental investments. Lazer, turismo e hotelaria / Leisure industry Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 696.883 192.367 688.541 8.342 212.860 -20.930 611.363 0 710.741 156.211 705.617 5.124 230.692 10.571 781.131 0 117,27% 2,0% -18,8% 2,5% -38,6% 8,4% 150,5% 27,8% —- 139 Desempenho setorial Sectorial performance MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS / Machinery and equipment Um ano de queda no faturamento A year of dropping revenues E m 2009, o faturamento líquido do setor de máquinas e equipamentos totalizou R$ 64 bilhões, o que significou uma queda de 20% em relação ao resultado de 2008, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A perda mais acentuada ocorreu nas exportações, com recuo de 40% nas vendas. O mercado interno, por sua vez, teve uma redução de 12,3% no faturamento. Entre as empresas listadas na BM&FBovespa, o resultado foi um pouco melhor. A queda na receita líquida foi de 11,4%, passando de R$ 34,2 bilhões em 2008 para R$ 30,3 bilhões em 2009. Já o lucro líquido subiu 19,6%, ao totalizar R$ 1,8 bilhão, enquanto o valor de mercado das companhias aumentou 42,9%. Em linha com a queda no faturamento, a produção física do setor, medida pelo IBGE, fechou 2009 com redução de 18,5% frente a 2008. Entretanto, os níveis de produção foram retomados no final do ano passado e já acumulam, no primeiro trimestre de 2010, alta de 42,1% sobre mesmo período do ano anterior. A retomada dos investimentos em máquinas e equipamentos foi facilitada por condições favoráveis de financiamento BNDES. Em julho do ano passado, o banco iniciou o chamado Programa de Sustentação do Investimento (PSI), com o intuito de ajudar a recuperação pós-crise. O programa disponibilizou uma linha de crédito, cobrando 4,5% ao ano para as contratações feitas até julho de 2010. O valor foi ligeiramente superior à taxa de inflação do ano (4,3%), o que significa taxas reais muito próximas a zero. Esta linha de crédito estará disponível até o fim de 2010, mas a taxa subiu para 5,5% em junho último. Em 2010, a Abimaq espera uma expansão de 15% para a indústria de máquinas e equipamentos no Brasil. Se a previsão se realizar, o nível de atividade do setor voltará ao mesmo patamar de 2008. In 2009, the net revenues of the machines and equipment sector totaled R$ 64 billion, down by 20% compared to the figures for 2008 released by the Brazilian Equipment and Machines Industry Association (ABIMAQ). The heaviest losses were due to exports, with sales down by 40%, while the domestic market posted 12.3% shrinkage in revenues. Companies listed on the BM&FBovespa performed slightly better, with an 11.4% drop in net revenues, down from R$ 34.2 billion in 2008 to R$ 30.3 billion in 2009. Meanwhile, net profits rose by 19.6% to a total of R$ 1.8 billion, while the market value of these companies increased by 42.9%. In line with slumping revenues, the output of this sector – measured by the Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE) – fell by 18.5% in 2009 compared to 2008. However, production levels were already bouncing back by year-end 2009, with 42.1% upsurge during the first quarter of 2010, compared to the same period the previous year. A return to investing in machines and equipment was underpinned by more favorable financing conditions offered by Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES). In July last year, this Bank launched its Investment Support Program (PSI), buttressing post-crisis recoveries through providing a line of credit at 4.5% p.a. for loans taken out by July 2010. This figure was barely higher than the inflation rate for the year (4.3%), reflecting a real interest rate very close to zero. Although this line of credit remains open through to year-end 2010, its rate rose to 5.5% in June. In 2010, ABIMAQ expects Brazil’s machines and equipment industry to expand by 15% – and if this forecast proves accurate, activity levels in this sector will return to their 2008 status. Máquinas e equipamentos / Machinery and equipments Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 140 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 47.353.645 19.061.734 36.524.599 10.829.046 34.223.940 1.570.735 22.251.428 949.973 43.100.422 14.500.488 32.842.264 10.258.159 30.407.433 1.881.218 31.893.572 1.169.445 -17,56% -9,0% -23,9% -10,1% -5,3% -11,2% 19,8% 43,3% 23,1% MINERAÇÃO / Mining Em 2010, preços definem novo cenário Prices define new context in 2010 O ano passado foi bastante atípico para a mineração mundial. Mercados tradicionais, como Europa e Estados Unidos, apresentaram uma forte redução no consumo de minério de ferro, e uma quantidade grande da produção foi deslocada para a China, que manteve forte a demanda pelo produto. Em meio a um cenário conturbado, a Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, produziu, em 2009, 237,9 milhões de toneladas, contra 301,7 milhões em 2008, com queda de 21,1%. Como 80% da produção é voltada para o mercado externo, a questão do frete ainda foi um ponto importante para a empresa brasileira, que se encontra mais distante da China do que os fornecedores australianos, seus principais concorrentes. A receita líquida do setor em 2009 apresentou redução de 30,1% frente a 2008, enquanto o lucro líquido caiu 49,3% na mesma base de comparação. Em 2010, a produção chinesa de aço permaneceu forte. Entretanto, o presidente da maior siderúrgica da China, a Baosteel, que tradicionalmente negocia os preços referenciais para o setor, afirmou que vê enormes dificuldades no segundo semestre deste ano por causa de uma desaceleração no setor imobiliário. Além disso, mercados que em 2009 não demandaram tanto minério começam a se recuperar, reduzindo a oferta disponível para a China. Tudo isso levou a um choque entre oferta e demanda. Como conseqüência, o sistema de precificação anual que prevalecia entre as grandes empresas de mineração e as siderúrgicas chinesas sucumbiu este ano, dando lugar a negociações trimestrais. Além disso, negociações individuais, em vez dos tradicionais acordos coletivos, foram liberadas dada a dificuldade na negociação de preços. Com tudo isso, é esperado um forte aumento do preço do minério em 2010, o que contribuirá para a melhora dos resultados das empresas neste ano. In a somewhat atypical year for the global mining industry, iron ore consumption dropped sharply on traditional markets such as Europe and the USA, with large quantities of output redirected to China, where product demands remained high. In these turbulent times, the world’s largest iron ore producer - Vale - turned out 237.9 million tons in 2009, compared to 301.7 million tons in 2008, indicating a 21.1% drop. As 80% of its output is earmarked for foreign markets, freight rates were still an important point for this Brazilian multinational, as it is further away from China than its main competitors in Australia. The net revenues of this sector shrank by 30.1% in 2009 compared to 2008, as net profits plummeted by 49.3% on the same basis. Although China’s steel industry continued to thrive in 2010, the CEO of its largest steel mill, Baosteel, which traditionally negotiates the benchmark prices for the entire sector, stated that he saw massive difficulties ahead during the second half of this year due to a slowdown in the real estate sector. Moreover, markets whose ore demands dipped in 2009 are starting to recover, leaving more limited supplies available for China. All this resulted in clashes between supply and demand that undermined the annual pricing system in place among major mining conglomerates and Chinese steel mills, now replaced by quarterly negotiations. Furthermore, individual contracts are being accepted instead of the traditional collective agreements, due to difficulties in price discussions. All this seems to indicate a steep upsurge in ore prices during 2010, which will pump up the earnings of mining companies this year. Mineração / Mining Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 194.619.447 20.844.956 95.409.424 99.210.023 72.659.553 20.158.855 143.393.902 5.557.910 184.536.713 19.320.541 86.744.617 97.792.096 50.784.943 10.219.930 257.739.902 5.299.850 23,55% -5,2% -7,3% -9,1% -1,4% -30,1% -49,3% 79,7% -4,6% 141 Desempenho setorial Sectorial performance PAPEL & CELULOSE E MADEIRA / Wood, pulp and paper Competitividade supera demanda fraca Keen competitive edge outweighs weak demands A redução da demanda global levou muitas empresas a fechar suas atividades, principalmente no hemisfério norte. Para as empresas brasileiras do setor, a grande dificuldade em 2009 foi a queda do preço da celulose no mercado internacional. Entretanto, a vantagem competitiva brasileira foi um fator positivo num ano de fraca demanda. Um exemplo foi a produção de celulose, que totalizou 13,461 milhões de toneladas, com crescimento de 6% em relação ao ano anterior. O crescimento foi quase que exclusivo no ramo de celulose de fibra curta, produzida a partir do eucalipto. Já o setor de papel fechou 2009 com queda de 0,7% na produção, em comparação a 2008. Grande parte do crescimento veio no segundo semestre do ano, influenciada por um maior consumo da China. Ao longo de 2009, a Europa continuou sendo o principal destino das exportações de celulose brasileiras, mas sua participação recuou de 52% para 40% do total. Mesmo com um cenário de incertezas, as companhias conseguiram vender toda a produção, embora o câmbio tenha sido um fator negativo para o desempenho do setor. Em 2009, as empresas também conseguiram reverter a perda de R$ 2,15 bilhões observada em 2008, apresentando lucro líquido de R$ 2,48 bilhões no ano passado. A receita líquida de vendas aumentou 19,2%, para R$ 19,6 bilhões. Em 2010, o cenário de retomada do crescimento econômico global oferece condições favoráveis à sustentação dos níveis mais altos de preços. A celulose, que chegou a ser cotada a US$ 450 no ano passado, já é vendida por mais que o dobro deste patamar. Por outro lado, a valorização do dólar em relação a outras moedas contribui para os resultados positivos das empresas. Um fator preocupante ainda é o alto endividamento das empresas, mas a melhora dos preços pode ser uma saída para superar esse problema. As shrinking global demands forced many companies to shut down their operations, particularly in the Northern Hemisphere, Brazil’s pulp and paper mills were faced by dropping woodpulp price on international markets. However, their keen competitive edge proved an advantage during a year of sluggish demands. A good example was woodpulp production at 13,461 million tons, up 6% over the previous year. This growth took place almost completely in the short fiber woodpulp segment, processed from eucalyptus. In contrast, the paper sector closed 2009 with a 0.7% drop in output compared to 2008. Much of this growth appeared during the second half of the year, driven by higher consumption in China. During 2009, Europe remained the main destination for Brazil’s woodpulp exports, although shrinking from 52% to 40% of the total figures. Despite a context fraught with uncertainty, the mills managed to sell their entire output, although foreign exchange proved a negative factor in the performance of this sector. In 2009, these companies also managed to reverse their losses of R$ 2.15 billion posted in 2008, posting net profits of R$ 2.48 billion last year, with net sales revenues rising by 19.2% to R$ 19.6 billion. A return to economic growth worldwide paves the way for prices to remain high in 2010. Quoted at US$ 450 last year, woodpulp is already being sold at more than twice this price. On the other hand, a US Dollar rising against other currencies also helps these companies post better earnings. Although heavy indebtedness matter of concern for this sector, higher prices may well prove the best way of dealing with this problem. Papel & celulose e madeira / Wood, pulp and paper Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 142 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 51.090.746 8.974.564 38.505.595 12.585.151 16.326.929 -2.151.519 10.323.337 237.282 69.019.536 11.567.441 47.372.253 21.647.283 19.456.982 2.477.561 39.326.490 461.674 5,92% 35,1% 28,9% 23,0% 72,0% 19,2% 215,2% 280,9% 94,6% Desempenho setorial Sectorial performance PETRÓLEO & GÁS, PETROQUÍMICA E PLÁSTICO / Oil and gas and derivates Criação de valor em um ano difícil Creating value in a difficult year A s companhias abertas que compõem o setor apresentaram um interessante movimento de criação de valor ao longo de 2009. Com um modesto crescimento de 11,3% no volume total de ativos, o valor de mercado das companhias aumentou cerca de 70%, demonstrando que os analistas entenderam como estrategicamente positivo o movimento de mudança societária pelo qual passou o setor. Este movimento, que causou retração de cerca de 12% no passivo circulante das empresas, foi fruto de uma série de reestruturações societárias que vem ocorrendo ao longo dos últimos dois anos, em especial no segmento petroquímico e de processamento de matérias plásticas. O objetivo das companhias foi reduzir o grau de exposição e prepara-se para aquisições de ativos e novos investimentos. A reabertura do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) por parte do governo também ajudou a reduzir os encargos sobre o endividamento e, consequentemente, o passivo circulante total. O desempenho operacional do setor em 2009 também não foi positivo. As receitas líquidas registraram retração de 15% no ano passado, frente a uma base já deprimida observada em 2008. O resultado foi fruto da valorização do real ao longo de 2009, reduzindo a receita em reais das exportações do setor. Outro fator determinante da queda na receita líquida foi a redução nos patamares de preço de resinas e petroquímicos básicos. O segmento de fertilizantes, que tem peso considerável no agregado do grupo das companhias do setor, também apresentou forte recuo nos resultado devido à retração dos preços em 2009, o que afetou os investimentos no segmento do agronegócio. Apesar da redução do lucro líquido agregado das companhias, os proventos pagos aos acionistas (dividendos + juros sobre capital próprio) em 2009 aumentaram 13,4%. The listed companies in this sector presented an interesting trend in value creation during 2009. With modest growth of 11.3% in total asset volumes, the market value of these companies rose by around 70%, showing that the analysts view the widespread corporate changes in this sector as strategically positive. Resulting in some 12% shrinkage in the current liabilities of these companies, this trend was the outcome of a series of corporate restructuring processes that have been taking place over the past two years, especially in the petrochemicals and plastics processing segments. The intention of these companies was to lessen their levels of exposure, gearing up for acquisitions of assets and new investments. The resurrection of the REFIS fiscal recovery program by the government also eased the burdens on indebtedness and consequently lowered total current liabilities as well The operating performance of this sector in 2009 was also not positive. Its net revenues fell by 15% last year, compared to the already low baseline noted in 2008. This was the outcome of the rising value of the Brazilian Real during 2009, undermining local currency revenues brought in through exports by this sector. Another factor damping down net revenues was the drop in price levels for resins and base petrochemicals. Carrying considerable weight among the group of companies in this sector, the fertilizers segment also posted a sharp drop in earnings due to lower prices in 2009, which in turn affected investments in the agribusiness segment. Despite lower aggregate net profits, the income paid out by these companies to their shareholders (dividends + interest on net equity) rose by 13.4% in 2009. Petróleo & gás, petroquímica e plástico / Oil and gas and derivates Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 144 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 351.912.278 80.590.959 195.365.468 156.546.810 254.593.403 30.156.410 254.743.712 8.100.333 391.682.483 71.037.937 212.951.191 178.731.292 216.498.020 29.253.795 425.683.443 8.425.670 11,62% 11,3% -11,9% 9,0% 14,2% -15,0% -3,0% 67,1% 4,0% SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS / Sanitation, water and gas services Bem longe da meta do milênio Millennium goals still distant C erca de 80% dos brasileiros são atendidos com água potável, mas apenas 42% têm coleta de esgoto. A universalização desses direitos custaria pelo menos R$ 200 bilhões em investimentos, de acordo com o secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski. No atual ritmo de aplicação dos recursos, a meta levaria pelo menos 20 anos para ser cumprida. Nos últimos anos, o setor avançou bastante e a continuidade dos investimentos pode acelerar os resultados com os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destinados a infraestrutura. Ainda assim, vai ser difícil o país atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para o saneamento, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). A organização propôs reduzir pela metade a proporção da população sem acesso à água e ao esgotamento sanitário até 2015. Contudo, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, elaborado em 2009, a probabilidade de o Brasil cumprir a meta para abastecimento de água no ano passado era de 70%. Já a chance real de atingir a meta de esgotamento sanitário era de menos de 30%. Os resultados de balanço das empresas de saneamento cotadas na BM&FBovespa não impressionam e refletem o ritmo deste cenário. A receita e o patrimônio líquido avançaram quase que de forma vegetativa (5,2% e 7,2%, respectivamente). O valor de mercado subiu 5,7%, bem abaixo da média do mercado. Até mesmo a variação de 123,2% do lucro líquido do setor representa apenas uma retomada aos níveis de lucro pré-crise. Para os próximos anos, o maior incentivo permanecerá sendo governamental. A segunda etapa do PAC prevê investimentos de, pelo menos, R$ 40 bilhões em saneamento básico entre 2011 e 2014, o mesmo volume da primeira etapa. Although some 80% of Brazilians are provided with piped drinking water, only 42% are hooked up to sewage networks. Universal access to these facilities would cost at least R$ 200 billion in investments, according to Leodegar Tiscoski, the National Secretary for Environmental Sanitation under the Ministry of Cities. At the current rate of allocating funds, it would take at least twenty years to reach this Goal. During the past few years, the sector has progressed significantly, and ongoing investments will help speed up the outcomes through funds earmarked for infrastructure under the Accelerated Growth Program (PAC). Even so, Brazil is unlikely to attain the Millennium Development Goals proposed by the United Nations, which include halving the proportion of the population with no access to water and sewage networks by 2015. Nevertheless, according to the National Information Sanitation System established in 2009, there was a 70% probability of Brazil attaining the Water Supplies Goal last year, while its real chances of reaching the Sewage Goal were less than 30%. The earnings posted on the balance sheets released by sanitation enterprises quoted on the BM&FBovespa were unimpressive, reflecting the sluggish pace of this context. Their revenues and net worth increased at almost a vegetative rate of 5.2% and 7.2% respectively, while their market value rose by 5.7%, well below the market average. Even the 123.2% variation in net profits posted by this sector reflects only a return to its pre-crisis profit levels. Over the next few years, the main incentives will still come from the Government, as Stage II of the Accelerated Growth Program (PAC) plans investments of at least R$ 40 billion in basic sanitation from 2011 to 2014, the same amount that was allocated to Stage I. Saneamento e serviços de água e gás / Sanitation, water and gas services Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 41.275.193 6.196.204 22.040.444 19.234.749 16.183.957 1.153.646 23.174.368 777.017 43.640.212 6.030.554 23.011.773 20.628.439 17.130.732 2.575.309 24.500.966 1.003.965 -1,82% 5,7% -2,7% 4,4% 7,2% 5,9% 123,2% 5,7% 29,2% 145 Desempenho setorial Sectorial performance SERVIÇOS FINANCEIROS / Financial services Boa performance em um ano difícil Good performance in a difficult year A receita do mercado segurador consolidado (seguros, previdência e capitalização) – fora o ramo saúde – totalizou R$ 94,8 bilhões no ano passado, apresentando crescimento de 12% na comparação com 2008, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). Com o resultado, o ramo de seguros atingiu 3,16% do PIB, um recorde histórico. O resultado é expressivo para um ano que começou de forma complicada para o setor financeiro internacional. Entretanto, o fortalecimento do segmento no país, com a capitalização obrigatória das empresas a partir de 2008, foi um dos fatores importantes para este crescimento. Os aumentos de até R$ 30 bilhões em capital ajudaram as companhias nacionais a atravessar, sem grandes revezes, a crise internacional. O bom momento do mercado é refletido na valorização das empresas listadas na BM&FBovespa. Ao longo de 2009, o valor de mercado do setor avançou 251% e só perdeu para o setor de Papel e Celulose, que se recuperou da grande queda em 2008. Além da valorização de mercado, as empresas se destacaram pelo aumento de 246% nos proventos pagos aos acionistas e uma expansão de 15,1% do ativo total. O aumento de 12% no faturamento de 2009, calculado pela CNSeg, é equivalente ao ganho de receita das empresas listadas na Bovespa. O avanço no ano passado manteve uma sequência de seis anos de crescimento de dois dígitos. Para 2010, o crescimento deverá ser de 16% a 20%, segundo as projeções da Susep, autarquia que regula e fiscaliza empresas de seguros (exceto saúde), previdência aberta e capitalização. Ainda há muito espaço para a expansão dos seguros no mercado brasileiro e a participação do setor no PIB tem potencial para dobrar nos próximos cinco anos. Revenues on the consolidated insurance market (insurance, private pension funds and capitalization, excluding the medical and dental aid area) totaled R$ 94.8 billion last year, posting growth of 12% compared to 2008, according to data disclosed by the National Confederation of General Insurance, Private Pension Funds, Supplementary Life Assurance and Capitalization Companies (CNSeg). Consequently, the insurance sector set an all-time record by accounting for 3.16% of GDP. This is an impressive accomplishment for a year that dawned gloomy for the international financial sector. However, strengthening this segment in Brazil through mandatory capitalization of these companies from 2008 onwards was an important factor driving this growth. Capital increases of up to R$ 30 billion helped Brazilian companies get through the International crisis with no major upsets. This positive time for the market is reflected in the rising values ofcompanieslistedontheBM&FBovespa.During2009,themarket value of this sector rose by 251%, second only to the Paper and Woodpulp sector, which recovered from a massive drop in 2008. In addition to rising market values, these companies were also noteworthy for the 246% hike in the income paid out to their shareholders and 15.1% expansion of their total assets. The 12% increase in 2009 revenues calculated by the CNSeg, is equivalent to the increasing revenues posted by companies listed on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). Last year’s progress continued a sequence of six years of double-digit growth. In 2010, this expansion might well hover between 16% and 20%, according to forecasts drawn up by the Private Insurance Superintendency (SUSEP), a semi-autonomous government entity that regulates and overseas insurance companies (except medical and dental aid plans), as well as open private pension funds and capitalization companies. There is still plenty of headroom for insurance companies to expand on the Brazilian market and the share held by this sector in the nation’s GDP may well double over the next five years. Serviços financeiros / Financial services Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 146 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 64.735.471 24.305.447 37.467.344 27.268.127 15.006.787 4.555.995 23.684.710 988.353 74.494.754 30.633.010 45.095.091 29.399.663 16.876.821 4.737.961 83.128.117 3.422.572 22,11% 15,1% 26,0% 20,4% 7,8% 12,5% 4,0% 251,0% 246,3% Desempenho setorial Sectorial performance SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES / Wealth services Setor foi destaque em valor de mercado Sector outstanding for market value D e acordo com a Agência Nacional da Saúde (ANS), as operadoras de saúde terminaram o ano de 2009 administrando 41,9 milhões de beneficiários na assistência médica, uma ligeira variação de 2,2% em relação aos 41,0 milhões atendidos ao final de 2008, ao passo que os planos exclusivamente odontológicos registraram alta de 9%, abrangendo 12,1 milhões de pessoas. O ano passado foi um período desafiador para o setor. Nos primeiros meses do ano, as empresas conviviam com incertezas quanto à evolução da crise financeira internacional; em seguida, vieram os surtos da gripe H1N1. Ambos os acontecimentos com tendências de reduzir as margens operacionais das empresas. Ainda assim, para as empresas do setor de saúde listadas na BM&FBovespa, o ano foi bastante positivo. A receita líquida avançou 13,9% , apesar da baixa entrada de novos beneficiários, ao passo que o lucro líquido subiu 52,8%. O grande destaque, porém, foi a evolução de 173,4% do valor de mercado das empresas, refletindo perspectivas positivas para o setor e para a consolidação das empresas. A fusão entre OdontoPrev e Bradesco Dental e a aquisição da Medial Saúde pela Amil asseguram um cenário livre de guerra de preços para usufruir dos bons ventos da economia. Para 2010, as expectativas são de crescimento de 4,8% na quantidade de membros dos planos de saúde suplementar, para 43,9 milhões, além de um salto de 14,5% nos planos odontológicos, somando 13,8 milhões. Existe também a expectativa de que, a partir deste ano, o setor se divida em três grupos: as gigantes, que terão escala para produtos massificados; as regionais, que se organizam em forma de cooperativa – e que cresceram 15% em média por ano desde 2003 -; e as pequenas,que se dedicam a um público de melhor poder aquisitivo. According to the National Supplementary Health Regulator (ANS), health-care operators closed 2009 with 41.9 million beneficiaries signed up with medical aid schemes, just 2.2% higher than the 41.0 million assisted by year-end 2008, while dental-only plans rose by 9%, assisting 12.1 million people. Last year was a challenging time for this sector. During the first few months of the year, companies were assailed by uncertainties prompted by the International crisis crunch, swiftly followed by outbreaks of H1N1 influenza, though tending to prune the operating margins of these companies. Nevertheless, for companies in the healthcare sector listed on the BM&FBovespa, this was a fairly positive year, with net revenues up by 13.9%, despite sluggish sign-ups by new beneficiaries, while net profits rose by 52.8%. However, the highlight was the 173.4% upsurge in the market value of these companies, reflecting a positive outlook for the sector as a whole, as well as the consolidation of these companies. The merger between OdontoPrev and Bradesco Dental, and the acquisition of Medial Saúde by Amil swept away the threat of a price war, leaving the way open to enjoy fair winds in the Brazilian economy. For 2010, expectations are 4.8% growth in the number of supplementary healthcare plan members, rising to 43.9 million, in addition to a 14.5% increase for dental plans, reaching a total of 13.8 million. There are also expectations that this sector will split into three groups, from this year onwards: the majors, operating at scales that can offer mass market products; the regionals, organized into cooperatives, which have been growing by an average of 15% a year since 2003; and the minors, focused on a public with higher purchasing power. Serviços médico-hospitalares, análises e diagnósticos / Wealth services Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 148 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 7.121.365 2.132.033 3.930.755 3.190.610 9.345.466 179.917 5.748.057 69.606 9.372.168 3.067.589 5.039.171 4.332.997 10.642.014 274.843 15.714.178 217.765 54,94% 31,6% 43,9% 28,2% 35,8% 13,9% 52,8% 173,4% 212,9% SIDERURGIA E METALURGIA / Steel and metallurgy Nem o aço resistiu à crise internacional Even steel buckles under the international crisis O s negócios no setor de aço praticamente se derreteram em 2009. Com uma das margens de lucro mais altas do mundo, as siderúrgicas brasileiras assistiram uma queda simultânea dos preços e das vendas. Segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr), ao longo de 2009, a produção brasileira de aço bruto caiu 21,4% frente a 2008. Em relação aos laminados, a queda foi de 18,2%. No mesmo período, as vendas domésticas despencaram 25,2%. No mercado externo, a indústria reduziu em 2% o volume de vendas e em 38,6% o valor das exportações. Com isso, o lucro líquido do setor saiu de R$ 20.230 milhões, em 2008, para R$ 6.485 milhões no ano passado, uma queda de 67,9%. A receita líquida das empresas diminuiu em 33%, de R$ 124.701 milhões, para R$ 83.570 milhões. Outros indicadores também registraram queda, como o ativo total, o patrimônio líquido e o passivo circulante, com contrações respectivas de 18%; 8,8%; e 39,3%. Também teve queda, a deliberação de dividendos e de juros sobre o capital próprio que passou de R$ 5.578 milhões em 2008 para R$ 4.228 milhões em 2009, uma redução de 24,2%. Entretanto, quando se considera os proventos deliberados em relação ao lucro líquido do exercício, ou payout, verifica-se um crescimento de quase 38 pontos percentuais. Há dois anos, o payout da indústria foi de 27,6%, e, no ano passado, essa relação passou para 65,2%, um resultado extremamente alto para um ano, mas que mostra certa estabilidade na política de pagamentos de proventos mesmo em anos de baixo lucro para o setor. Para 2010, é esperada recuperação das margens e produtividade do setor para níveis próximos ao pré-crise. A demanda doméstica, como vem acontecendo nos últimos anos, deve responder por grande parte da produção, voltando a ganhar espaço sobre a do mercado externo. Business in the steel sector almost melted down in 2009. With some of the world’s highest profit margins, Brazilian steel mills were assailed by simultaneous drops in prices and sales. According to data released by the Brazilian Steel Institute (IABr), steel production fell by 21.4% in Brazil compared to the previous year, with rolled products down by 18.2%. During the same period, domestic sales shrank by 25.2%, with foreign market sales volumes down by 2% and a 38.6% drop in export values. This brought the net profits for this sector down by 67.9% from R$ 20,230 million in 2008 to R$ 6,485 million last year. Net revenues fell by 33%, down from R$ 124.701 million to R$ 83.570 million. Other indicators also posted losses, such as total assets, net equity and current liabilities, down by 18%, 8.8% and 39.3% respectively. The distribution of dividends and interest on net equity fell by 24.2%, down from R$ 5,578 million in 2008 to R$ 4,228 million in 2009. However, payouts posted growth of almost 38 percentage points. Two years ago, the payout of this industry 27.6%, rising to 65.2% last year – an extremely high figure that confirms certain stability in its payout policy, even in low-profit years for this sector. In 2010, the margins and productivity of this sector are expected to return to pre-crisis levels. Similar to previous years, domestic demands should absorb most of this output, moving ahead of foreign markets. Siderurgia e metalurgia / Still and metallurgy Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 188.983.960 34.290.698 112.525.043 76.458.917 124.700.706 20.230.444 70.262.987 5.577.606 154.879.321 20.828.301 85.143.147 69.736.174 83.570.036 6.485.089 129.522.469 4.227.926 25,60% -18,0% -39,3% -24,3% -8,8% -33,0% -67,9% 84,3% -24,2% 149 Desempenho setorial Sectorial performance TECIDOS, VESTUÁRIO E CALÇADOS / Textile, clothing and footwear Setor ainda sofre com a concorrência Sector still snagged by competition O Brasil possui a sexta maior indústria têxtil do mundo, sendo o segundo maior produtor de denim (matéria prima para fabricação de jeans) e o terceiro na produção de malhas. O país, auto-suficiente na produção de algodão, produz 9,8 bilhões de peças de confecção por ano, sendo referência mundial em moda praia, jeanswear e homewear. Somados, os segmentos de têxtil, de vestuário e de calçados representam 6,8% do PIB da indústria de transformação e respondem por 16,47% dos empregos gerados no país. Entretanto, estes três setores estão sob a mira da concorrência internacional. No balanço de 2009, os números não são tão animadores assim. O déficit na balança comercial aumentou para US$ 1,585 bilhão, frente os US$ 1,408 bilhão de 2008. O total de investimentos recuou de US$ 1,5 bilhão em 2008 para US$ 850 milhões em 2009. E a produção física registrou queda nos três segmentos: têxtil (-6,39%); vestuários (-7,89%); e calçados (-8,62%). Estes números são refletidos numa queda de 4,3% na receita líquida das companhias listadas na BM&FBovespa. Contudo, no cômputo geral, o resultado de 2009 pode ser considerado positivo. Mesmo sobre forte concorrência internacional e sem isonomia tributária em relação aos países asiáticos, o valor de mercado do setor aumentou 67,2%, um pouco abaixo da média da Ibovespa, de 72,5%. Além disso, as empresas reverteram dois anos de prejuízo com forte aumento do lucro líquido em 2009. Por último, segundo a nova metodologia do Prêmio Abrasca de Criação de Valor, essas empresas criaram 20,4% de valor para seus acionistas nos três últimos anos. Também merece destaque o fato da grande vencedora do Prêmio ter sido uma empresa do setor: a Cia. Hering . Para 2010, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) prevê crescimento de 4% no faturamento do setor. With the world’s sixth largest textile industry, Brazil ranks second for denim production (the fabric used to make jeans) and third for knits. Self-sufficient in cotton, Brazil turns out 9.8 billion clothing items a year, being a global benchmark for beachwear, jeanswear and homewear. Together, the textiles, clothing and footwear sectors account for 6.8% of the processing industry GDP and 16.7% of the jobs generated in Brazil. However, these three sectors are being targeted by international competition, undermining the figures in the 2009 balance sheet. The trade deficit expanded to US$ 1,585 billion, compared to US$ 1,408 billion in 2008, while total investments shrank from US$ 1.5 billion in 2008 to US$ 850 million in 2009, and physical output dropped in all three segments: textiles (-6.39%); clothing (-7.89%); and footwear (-8.62%). These figures are reflected in the 4.3% drop in the net revenues of companies listed on the BM&FBovespa. Nevertheless, looking at the bottom line in general, 2009 may be considered as a positive year. Despite strong international competition and lacking a tax structure equivalent to those of the Asian countries, the market value of this sector rose by 67.2%, slightly below the 72.5% average posted by the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA). Furthermore, these companies caught up on two years of losses through an upsurge in net profits for 2009. Finally, according to the new methodology for the ABRASCA Value Creation Prize, these companies have created value of 20.4% for their shareholders during the last three years. Also noteworthy is the fact that the overall winner of this Prize was a company in this sector: Hering. For 2010, the Brazilian Textiles and Garments Industry (ABIT) forecasts revenue growth of 4% for this sector. Tecidos, vestuário e calçados / Textile, clothing and footwear Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 150 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 21.497.714 6.307.151 14.511.932 6.985.782 18.595.472 -158.847 7.154.004 217.582 20.095.084 5.623.009 12.384.824 7.710.260 17.786.824 796.426 11.961.785 374.390 20,41% -6,5% -10,8% -14,7% 10,4% -4,3% 601,4% 67,2% 72,1% Desempenho setorial Sectorial performance TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO / Information technology Empresas têm espaço para crescer Room to grow for dotcoms A s perspectivas para as empresas de tecnologia da informação são promissoras no Brasil, que se prepara para sediar as Olimpíadas e a próxima Copa do Mundo. Além disso, a previsão de crescimento da economia nacional pode ajudar as empresas a ampliarem sua participação no Produto Interno Bruto (PIB), dos atuais 1,8%, registrados ao final de 2009, para cerca de 3% nos próximos anos. O espaço para crescimento ainda é grande, considerando que, nos países desenvolvidos, o uso da tecnologia supera os 4% do PIB. Esta diferença é mais forte nas pequenas e médias empresas, que, apesar de terem participação importante na economia, ainda utilizam pouca tecnologia. Mesmo assim, é possível a expansão em outras fatias do mercado, como no segmento pessoal, no setor público e também nas grandes empresas, que direcionam em torno de 2,3% do faturamento para área de TI. Os setores que mais investem em tecnologia no Brasil são o financeiro e o de telecomunicações. Por outro lado, o desenvolvimento de infraestrutura para a realização da Olimpíada e da Copa, e o plano do governo em levar o acesso à internet banda larga para todo o território nacional, são fontes importantes de expansão para as empresas. O Brasil possui atualmente cerca de 15 milhões de conexões de banda larga, o equivalente a 7,5 acessos para 100 pessoas. O mundo atingiu, ao fim de 2009, 467 milhões, segundo estimativa da Economist Intelligence Unit, totalizando 6,9 por 100 pessoas. Na área externa também existem possibilidades pouco exploradas. Entretanto, diferente de países como a Índia, o setor no Brasil está focado na demanda interna e só recentemente passou a buscar negócios internacionais. As boas perspectivas para o setor foram refletidas no resultado das companhias com ações cotadas na BM&FBovespa. No ano passado, o valor de mercado das empresas de TI subiu180%. The prospects are promising for information technology companies, as Brazil gears up to host the Olympic Games in 2016 and the 2014 World Cup. Furthermore, forecast economic growth may spur these dotcoms to expand their share of Brazil’s Gross Domestic Product (GDP), up from its 1.8% at year-end 2009 to around 3% during the next few years. There is still plenty of room of growth, particularly as technology use tops 4% of GDP in the more developed countries. This difference is more marked among small and medium businesses which, although playing important roles in the economy, still make only limited use of technology. Nevertheless, expansion is quite possible in other market segments, such as personal computing, the public sector and major corporations, which earmark some 2.3% of their revenues for the IT area. The sectors investing most heavily in technology in Brazil are finance and telecommunications. On the other hand, the implementation of the infrastructure needed by the Olympic Games and the World Cup, together with Government plans to provide nationwide broadband internet access, are major forces driving dotcom expansion. At the moment, Brazil has some 15 million broadband connections, equivalent to 7.5 accesses for each 100 people. By year-end 2009, worldwide access topped 467 million, according to an estimate released by the Economist Intelligence Unit, reaching a total of 6.9 accesses for each 100 people. Foreign markets also offer possibilities that are still underexploited. However, in contrast to countries such as India, in Brazil this sector is focused more on domestic demands, only recently starting to seek out international deals. The positive outlook for this sector was reflected in the earnings posted by companies whose shares are listed on the BM&FBovespa. Last year, the market value of Brazilian dotcoms rose by 180%. Tecnologia da informação / Information technology Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 152 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 3.259.017 626.222 1.550.025 1.708.992 2.731.935 204.265 2.730.558 75.869 4.008.358 964.281 1.867.191 2.141.167 3.751.927 415.397 7.647.858 67.487 38,57% 23,0% 54,0% 20,5% 25,3% 37,3% 103,4% 180,1% -11,0% TELECOMUNICAÇÕES / Telecommunication Ritmo de expansão do setor diminui Slowdown in sector expansion rate O total de acessos dos serviços de telecomunicações no Brasil somou cerca de 226,8 milhões em 2009, representados por 41,7 milhões de linhas fixas em serviço, 174 milhões de usuários móveis e 11,1 milhões de acessos à Internet banda larga. A evolução de 12,4%, ou 25 milhões de acessos, em relação a 2008 representa uma redução no ritmo de expansão. Em 2008 o setor registrou avanço de 20%, ou 33,7 milhões de acessos, frente a 2007. Ao final de 2009, a telefonia móvel brasileira cresceu 90,6%. Os 174 milhões de acessos mantiveram o país como quinto maior mercado de telefonia celular do mundo. O crescimento de 15,5% neste ano, apesar de inferior ao de 2008, foi suficiente para manter o Brasil entre os países que mais crescem mundialmente. Foram 23,3 milhões de novos usuários, resultado que ficou abaixo dos 29,7 milhões de 2008. A evolução é maior no segmento pré-pago, normalmente menos rentável para as empresas. Este segmento cresceu 17%, contra 8,8% dos acessos pós-pagos, e representou 82,5% do total de usuários moveis. O crescimento não foi suficiente para recuperação das margens das empresas, que tiveram queda de 3,9% na receita líquida, entre 2008 e 2009, e no lucro líquido com redução de 26,4% no mesmo período. Com este resultado o valor de mercado das empresas cotadas na BM&FBovespa subiu apenas 34,4%, abaixo da média do Ibovespa (72,5%). Em 2010, deve ser mantida a tendência de crescimento da base de consumidores. É esperado aumento de 15 a 18 milhões de acessos nos planos pré-pagos. No médio e longo prazos, as empresas devem apresentar melhora de margem. Ainda assim, os percentuais registrados há cinco anos, que chegaram a 45% de margem Ebitda, dificilmente voltarão a se repetir. Contudo, as empresas estão reduzindo os custos, o que pode contribuir para melhorar o desempenho do setor. The total number of subscribers to telecommunications services in Brazil reached some 226.8 million in 2009, with 41.7 million landlines in operation, 174 million mobile users and 11.1 million broadband Internet access points. Representing 25 million users, this 12.4% increase over the 2008 figures reflects a slowdown in the expansion rate of this sector, particularly after a 20% hike (up by 33.7 million subscribers) in 2008 compared to 2007. By year-end 2009, mobile telephony had expanded by 90.6%, with 174 million users ranking Brazil as the world’s fifth largest mobile telephony market. Although below the 2008 figures, this 15.5% increase ranked Brazil among the countries with the fastest growth during the year, with 23.3 million new users, below the 29.7 million signed up in 2008. Normally less profitable for the carriers, the pre-paid segment was the most dynamic, up by 17% compared to 8.8% for post-paid customers, accounting for 82.5% of all mobile users. This expansion was unable to restore company margins, with a 3.9% drop in net revenues, between 2008 and 2009, and net profits down by 26.4% over the same period. Consequently, the market value of carriers listed on the BM&FBovespa rose by only 34.4%, below the average for the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA) of 72.5%. For 2010, the consumer base should continue expanding, with an expected 15 to 18 million new users signing up for pre-paid plans, with the carriers posting better margins. Although unlikely to repeat the percentages posted five years, which reached 45% of the EBITDA margin, Brazil’s carriers are pruning costs, which should help upgrade the performance of this sector. Telecomunicações / Telecommunication Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 532.997.092 138.663.429 401.991.978 131.005.114 312.827.900 32.233.863 106.184.958 10.391.647 551.133.658 142.499.435 405.669.729 145.463.929 300.669.468 23.713.391 142.706.670 6.281.610 2,36% 3,4% 2,8% 0,9% 11,0% -3,9% -26,4% 34,4% -39,6% 153 Desempenho setorial Sectorial performance TRANSPORTE E LOGÍSTICA / Transport and logistics Empresas recuperaram perdas Companies recovering from losses A s empresas de transporte e logística enfrentaram um período difícil ao longo de 2009, com tarifas reduzidas e custo operacional elevado. Este foi o reflexo da crise financeira internacional que causou retração de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria e de 5,2% no da agricultura. Por outro lado, o transporte aéreo recuperou grande parte das perdas de 2008. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a demanda pelo transporte aéreo nacional cresceu 17,65% em 2009, o melhor resultado registrado pelo segmento desde 2005. Ao longo do ano passado, foram efetivados 126 milhões de embarques, um acréscimo de 13 milhões em relação ao ano anterior. Em contrapartida, o valor pago por quilômetro voado foi 27,6% mais baixo que em 2008. No ano passado, os consumidores pagaram aproximadamente R$ 0,48 por quilometro voado, contra R$ 0,66 em 2008. O resultado foi uma queda expressiva na receita líquida das maiores empresas aéreas brasileiras. Entretanto, as margens de lucro foram recuperadas com ganho financeiro, cujo resultado foi superior ao registrado antes de setembro de 2008, quando estourou a crise. Estes resultados se refletiram nos balanços das empresas do setor com ações cotadas na BM&FBovespa. Apesar da queda de 1,8% na receita líquida o setor conseguiu reverter o prejuízo de R$ 1,47 milhões, registrado em 2008, para um lucro de R$ 3,42 milhões no ano passado. O valor de mercado das empresas também teve valorização expressiva (140,0%), graças às expectativas positivas para o setor em 2010. Para este ano, é esperada uma recuperação das tarifas de logística, impulsionadas por resultados melhores da indústria e da agricultura. O tráfego aéreo também deve permanecer positivo no país, embora, no cenário internacional, o setor esteja vivenciando uma das piores crises desde a segunda guerra mundial. Transportation and logistics companies battled through turbulent times in 2009, with lower freight rates and high operating costs, reflecting the spillover of the international financial crisis that triggered 5.5% shrinkage in the Gross Domestic Product (GDP) for industry and 5.2% for agriculture. On the other hand, air transportation caught up on many of its 2008 losses. According to Brazil’s Civil Aviation Regulator (ANAC), the nation’s demands for airborne transportation rose by 17.65% in 2009, posting the highest earnings by this segment since 2005, with 126 million people boarding during the year, 13 million higher than the previous year. In counterpart, the price paid per kilometer flown was 27.6% lower than in 2008, with consumers paying around R$ 0.48 per kilometer flown, compared to R$ 0.66 the previous year, resulting in a significant drop in the net revenues of major Brazilian airlines. However, their profit margins were buoyed by financial gains at levels higher than those posted prior to the crisis in September 2008. These earnings are reflected in the balance sheets released by companies in this sector whose shares are listed on the BM&FBovespa. Despite a 1.8% dip in net revenues, this sector managed to turn losses of R$ 1.47 million posted for 2008 into profits of R$ 3.42 million last year. The market value of these companies also rose significantly by 140.0%, thanks to positive expectations for this sector in 2010. For the current year, logistics rates are expected to bounce back, driven by better earnings for industry and agriculture. Air traffic should also remain positive in Brazil, although at the international level, this sector is being buffeted by one of its worst crises since World War II. Transporte e logística / Transport and logistics Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 154 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 50.216.889 13.172.134 38.942.571 11.274.318 28.547.248 -1.473.427 25.948.986 958.198 57.415.717 13.301.213 40.059.471 17.356.246 28.034.508 3.417.577 62.276.812 795.795 1,22% 14,3% 1,0% 2,9% 53,9% -1,8% 331,9% 140,0% -16,9% Desempenho setorial Sectorial performance UTILIDADES DOMÉSTICAS / Household utilities Recorde na venda de eletroeletrônicos Record sales for electro-electronics M esmo com a crise mundial que paralisou a indústria eletroeletrônica no final de 2008, as empresas venderam no ano passado 20 milhões de unidades, a maior parte produtos da linha branca. O número é recorde histórico para o setor, que dobrou a saída de itens nos últimos cinco anos. Entretanto, o déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos permanece preocupante, com as exportações tendendo à estabilidade e as importações crescendo no ritmo do mercado interno. Em 2009, as vendas para o exterior somaram US$ 7,5 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 25 bilhões, resultando num saldo negativo de US$ 17,5 bilhões. Já no primeiro trimestre de 2010, o setor eletroeletrônico registrou um déficit comercial de US$ 5,82 bilhões, 66% acima do resultado do mesmo período de 2009 (US$ 3,51 bilhões). Este crescimento é fruto de US$ 1,65 bilhão em exportações e US$ 7,5 bilhões em importações, 44,9% acima do registrado no mesmo período de 2009. Para 2010, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) estima que as exportações cheguem a US$ 7,5 bilhões, o que representará cerca de 4,5% do total exportado pelo país, enquanto as importações devem atingir US$ 27 bilhões, ou 17,3% das compras brasileiras no exterior. A indústria de informática, por sua vez, saiu praticamente ilesa da crise. Em 2009, as vendas de PCs chegaram a 12 milhões de unidades, mesmo nível de 2008, mas com um futuro bastante promissor. Para esse ano, as vendas devem superar 14 milhões de unidades, um crescimento de mais de 17%. A principal contribuição vem da renovação da chamada “Lei do Bem”, que estabelece um processo bem sucedido de desoneração tributária. A redução de preços dos computadores estimulou a compra pelos meios legais e desestimulou o chamado mercado cinza. Despite the global crisis that jolted the electroelectronic industry in late 2008, twenty million units were sold last year, mainly white line goods, setting an all-time record for this sector, where the outflow of products has doubled during the past five years. However, the negative trade balance for electroelectronic goods is still causing concern, with exports flatlining as imports rise, in step with the domestic market. In 2009, foreign sales reached US$ 7.5 billion, while imports topped US$ 25 billion, resulting in a negative trade balance of US$ 17.5 billion. During the first quarter of 2010, the electroelectronic sector posted a trade deficit of US$ 5.82 billion, 66% worse than its 2009 figures (US$ 3.51 billion). This was due to exports of US$ 1.65 billion and imports of US$ 7.5 billion, 44.9% higher than the figures for the same period in 2008. For 2010, the Brazilian ElectricElectronic Industry Association (ABINEE) estimates that exports may well top US$ 7.5 billion, accounting for some 4.5% of Brazil’s total exports, while imports should reach US$ 27 billion, equivalent to 17.3% of foreign purchases. Meanwhile, the information technology sector sailed almost scathed through the crisis, with PC sales of 12 million units in 2009 remaining unchanged since 2008, and now looking ahead to a promising future. For the current year, sales should top 14 million units, up by more than 17%. The main contribution comes from the renewal of Brazil’s Goodness Act, which ushered in a successful set of tax breaks. Lower computer prices spurred purchases through lawful channels, leapfrogging undocumented equipment sold on the grey market. Utilidades domésticas / Household utilities Ativo total / Total assets Passivo circulante / Current liabilities Exigível total / Total indebtedness Patrimônio líquido / Total equity Receita líquida / Net revenues Lucro / Prejuízo / Profit / Loss Valor de mercado / Market capitalization Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years) 156 2008 (R$) 2009 (R$) Variação % / variation % 7.907.900 3.296.771 4.685.078 3.222.822 10.173.645 1.117.359 7.394.922 1.240.349 8.522.459 3.657.750 5.047.844 3.474.615 11.173.171 680.444 10.663.689 580.240 -20,87% 7,8% 10,9% 7,7% 7,8% 9,8% -39,1% 44,2% -53,2% Depois da crise, Brasil vive clima de forte crescimento econômico Quando 2009 começou, reinava no mercado uma ingonita: quanto tempo iria durar a crise? No Brasil durou pouco. A partir de abril, as empresas davam sinais que estavam voltando à atividade. E, apesar dos pesares, o ano terminou bem, se comparado o que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos. A análise elaborada pela GRC Visão, com base no balanço de 366 companhias listadas na BM&FBovespa, mostrou que, na média, elas apresentaram no ano passado crescimento de 72% no valor de mercado. E mais, todos os setores analisados tiveram aumento na criação de valor. O destaque foi para “Utilidades Domésticas”, que, beneficiado pela redução do IPI, barateamento do crédito ao consumidor e aumento da renda do trabalhador, criou 204% de valor, o que compensou a perda de 2008. O ano de 2010 começou com os empresários dispostos a investir diante da perspectiva de forte crescimento econômico. In early 2009, a massive question mark hung over the market: how long would the crisis last? The answer appeared swiftly: not long, for Brazil. From April onwards, companies were putting out signs that they were firmly back on the road to recovery. Despite some stumbles along the way, the year closed on a high note, especially compared to gloomy outlooks in Europe and the USA. Based on the balance drawn up for 366 companies listed on the BM&FBovespa, the analysis prepared by the GRC Visão consulting firm showed average growth of 72% in their market value last year. Furthermore, all the sectors analyzed posted higher value creation as well. The highlight was Household Appliances, which more than offset its 2008 losses by creating 204% value, buoyed by the Industrialized Products (IPI) tax break, cheaper consumer credit and higher worker incomes. As 2010 opened, businesses were clearly eager to invest, attracted by this positive outlook for dynamic economic growth. Economic upswing for Brazil after the meltdown 158 Estatísticas Statistics Um ano de superação e recuperação A year of resilience and recovery GRC Visão, Gestão de Risco e Cenários C om a maciça saída dos investidores estrangeiros da BM&FBovespa, a partir de setembro de 2008, quando estourou a crise financeira internacional, os preços das ações desabaram. O resultado foi uma contração no valor de mercado das companhias abertas superior a 40% no final daquele ano. E mais, a soma dos proventos, dos aportes de capital e do prêmio de risco do mercado, (conceito utilizado na metodologia do Prêmio Abrasca de Criação de Valor para aferir criação de valor aos acionistas) apresentou resultado negativo em 46,4% para o conjunto de companhias listadas na BM&FBOVESPA em 2008. O governo federal, entidades de mercado, companhias abertas e órgãos reguladores trabalharam pesado em 2009 para recuperar o valor destruído como resultado da crise. Essas iniciativas se materializaram em medidas de estímulo fiscal, por parte do governo federal, impulsionando o faturamento das companhias, e de controles mais rígidos nos níveis de transparência das companhias. Cabe destaque a intensa atuação dos profissionais de relações com investidores no sentido de dar transparência aos projetos de investimento e crescimento e às iniciativas de recuperação das companhias. When the financial bubble burst in September 2008, international fallout bumped foreign investors off the BM&FBovespa in droves as share prices plummeted. As a result, the market value of its listed companies shrank by more than 40% at the end of the year, with the sum of income, capital allocations and the market risk premium – the (concept used in the ABRASCA Value Creation Prize methodology to measure the value created for shareholders) posting negative earnings of 46.4% for the companies listed on the BM&FBOVESPA in 2008. Throughout 2009, the Brazilian government, market entities, listed companies and regulators worked hard to retrieve the value destroyed by the crisis. These initiatives consisted of tax breaks offered by the government that pumped up business revenues, together with tighter controls over corporate transparency. Particularly noteworthy were the efforts of investor relations executives, who strove to enhance the transparency of investment and expansion projects, as well as initiatives designed to help companies get back into the black. RECOVERY RECUPERAÇÃO A dinâmica da contração observada há dois anos se refletiu em recuperação acelerada do mercado de capitais em 2009. O volume total de recursos captados pelos agentes superou a marca de R$100 bilhões, registrando crescimento de cerca de 8% em relação ao de 2008. O movimento de captação reiniciado em março de 2009, se intensificou a partir de julho, alinhado com o retorno do capital estrangeiro para as Bolsas. A temporada de IPOs de 2009 só foi reaberta em junho, mas com expressão: a oferta inicial da VisaNet foi o maior IPO da BM&FBovespa até então, totalizando R$ 8,4 bilhões, sendo cerca de 60% proveniente de investidores estrangeiros. Para exemplificar o dinamismo do mercado de ações brasileiro, cabe citar que enquanto o volume total captado para renda variável cresceu 35,1%, o segmento de renda fixa (que inclui debêntures, notas promissórias, certificados de recebíveis imobiliários e FDICs) registrou uma queda nominal de 6,4% na comparação com 2008. Outra prova inequívoca da importância das companhias abertas para a retomada do crescimento econômico, foi a distribuição da captação de The shrinkage noted over the past two years was offset by the rapid recovery of the capitals market in 2009, with the total volume of funds brought in by agents topping R$ 100 billion, some 8% higher than in 2008. Beginning in March 2009, this inflow of financing built up steam from July onwards as foreign capital returned to stock exchanges. The 2009 IPO season opened only in June, but with plenty of muscle: the VisaNet IPO was the largest transaction of this type in the history of the BM&FBovespa, totaling R$ 8.4 billion, with some 60% coming from foreign investors. Reflecting the dynamism of the Brazilian stock market, it is worthwhile noting that while total variable income volumes rose by 35.1%, the fixed income segment (which includes debentures, commercial papers, real estate receivables certificates and credit rights investment funds) posted a nominal drop of 6.4% compared to 2008. Other clear evidence of the importance of listed companies for Brazil’s return to economic health came from the distribution of funding brought in through fixed income instruments, with debentures up 14.4% by volumes 159 Estatísticas Investimento Estrangeiro em Ações - US$ milhões Fonte: Banco Central recursos via instrumentos de renda fixa: as debêntures tiveram aumento de 14,4% no volume captado em relação ao ano anterior, na contramão dos demais instrumentos de renda fixa. Esse crescimento expressivo das debêntures foi resultado de uma conjuntura favorável, uma vez que o mercado de títulos de dívida privada tornou-se uma alternativa atraente para as companhias emissoras ante as condições desfavoráveis do mercado de crédito bancário. A aceleração no ritmo de queda da taxa básica de juros também elevou a demanda por papéis de dívida privada. Em paralelo, as entidades do mercado fizeram sua parte: contribuiu para o dinamismo do mercado de dívidas, a redução dos custos e do tempo envolvidos na preparação da emissão de títulos de renda fixa para oferta pública direcionada aos investidores qualificados. A regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) das emissões com esforço restrito de distribuição (Instrução CVM 476 de 15/1/2009), isentou os títulos de renda fixa objeto de oferta restrita limitada a 20 investidores qualificados da exigência de elaboração de prospecto para emissão e do registro da distribuição junto à CVM. A Instrução CVM 476 também procurou proteger os interesses dos investidores não qualificados, ao vedar a busca de investidores em locais abertos ao público ou mediante utilização dos meios de comunicação. Segundo dados da Anbima, a modalidade “Esforço Restrito” respondeu por 56% do valor captado no mercado de debêntures em 2009. Uma vez implantado o Formulário de Referência padronizado para todas as emissões das companhias, dispositivo trazido pela ICVM 480/09, acreditamos que o mercado de dívida vai ficar ainda mais ágil, impulsionando a emissão de debêntures e notas promissórias e contribuindo para reduzir, pela elevação da oferta, os spreads cobrados nas operações de crédito bancário. 160 Statistics Foreign investments on the Stock Exchange Source: IBGE brought in compared to the previous year, in contrast to other fixed income instruments. This upsurge in debentures was the outcome of a favorable context, as the private debt papers market became an appealing alternative for issuer companies, due to unfavorable conditions on the bank credit market. As the basic interest rate dropped even faster, this also stepped up demands for private debt papers. In parallel, market entities played their role to the full, boosting the dynamism of the debt market, cutting costs and shortening the lead time required to issue fixed income papers for public offerings addressed to qualified investors. The regulations established through CVM Instruction Nº 476 (January 15, 2009) for issues with limited distribution efforts waives prospectus requirements for fixed income papers addressed by restricted offerings limited to twenty qualified investors, with no need to register their distribution with the CVM. This Instruction also protects the interests of non-qualified investors, by banning investor prospecting in public places or through the communications media. According to data released by the Brazilian Financial and Capitals Markets Entities Association (ANBIMA), restricted effort offerings accounted for 56% by value of the debentures market in 2009. Once the standardized Reference Form is introduced (through CVM Instruction Nº 480/09) for all corporate issues, the debt market should become even more nimble, driving up issues of debentures and commercial papers while trimming the spreads charged on bank credit transactions through boosting supplies. DESEMPENHO SETORIAL SECTOR PERFORMANCES O melhor desempenho setorial na comparação de três anos foi o de “Serviços Médicos - Hospitalares, Análises e Diagnósticos”, com criação de valor de 54,9% no ano de 2009, seguido por “Tecnologia da Informação”, com 38,5%. Cabe destaque também para os setores de “Atacado & Varejo”, com 24,7% de criação de valor, e de “Construção Civil e Mercado Imobiliário”, o qual se beneficiou dos investimentos públicos em infraestrutura, no âmbito do PAC, e dos programas oficiais de apoio ao crédito habitacional, que obteve uma criação de valor de 23,6%. Além desses segmentos, considerando apenas o ano de 2009 houve forte crescimento na geração de valor do setor de “Utilidades Domésticas”, beneficiado pela redução do IPI, barateamento do crédito ao consumidor e aumento da renda do trabalhador. O setor criou 204,7% de valor no ano, o que, apesar de expressivo, não foi suficiente para compensar as perdas nos anos anteriores, tendo seu resultado acumulado em três anos encerrado 2009 negativo em 20,9%. Esse é o pior resultado na comparação de três anos. Além de Utilidades Domésticas, os setores de Máquinas e Equipamentos e Saneamento e Serviços de Água e Gás não conseguiram recuperar as perdas ocorridas em 2008, tendo registrado valores negativos de 17,6% e 1,82% respectivamente de destruição de valor acumulado nos três últimos anos. Quando a comparação ocorre apenas para 2009, todos os setores registram crescimento na criação de valor, conforme tabela abaixo: The best sector performance in a three-year comparison came from Medical Services, Hospitals, Analyses and Diagnoses, which created value of 54.9% in 2009, followed by Information Technology at 38.5%. Also noteworthy were Wholesale and Retail with 24.7% and Civil Construction and Real Estate, which benefited from public investments in infrastructure under Brazil’s Accelerated Growth Program (PAC), as well as official housing loan programs, with created value of 23.6%. In addition to these segments, 2009 saw an upsurge in the value generated by the Household Utilities sector, benefiting from the Industrialized Products (IPI) tax break, cheaper consumer credit and rising worker incomes. This sector created value of 204.7% during the year which, although impressive, was not sufficient to offset losses in previous years, with its three-year accumulated earnings posting 20.9% negative at year-end 2009. This is the worse outcome for the three-year comparison. In addition to Household Utilities, the Machines and Equipment and the Sanitation and Water and Gas utilities sectors were unable to make up for their 2008 losses, posting negative values of 17.6% and 1.82% respectively, reflecting the accumulated loss of value over the past three last years. When this comparison is limited to only 2009, all sectors posted an increase in value creation as shown in following Table: Criação de valor por setores / Value creation by sectors Setor Criação de valor % (2009) Criação de valor % (3 anos) Sector Value creation % (2009) Value creation % (3 years) 61,68% 111,84% 64,81% 175,24% 30,35% 49,25% 36,62% 77,94% 96,97% 52,13% 22,62% 128,80% 194,33% 83,85% 130,21% 122,44% 19,53% 96,58% 204,69% 14,24% 24,69% 12,22% 23,62% 10,33% 14,81% -17,58% 23,73% 5,92% 11,55% -1,82% 22,38% 54,94% 25,60% 20,89% 38,52% 2,36% 1,22% -20,87% Alimentos, bebidas & fumo / Food, beverage & tobacco Atacado & varejo / Wholesale and retail Bancos e crédito / Banking Construção civil e mercado imobiliário / Real estate Energia elétrica / Electricity Holdings diversificadas / Holdings Máquinas e equipamentos / Machinery and equipment Mineração / Mining Papel e celulose e madeira / Wood, pulp & paper Petróleo & gás, química & plástico / Oil & gas and derivates Saneamento e serv. de água e gás / Sanitation, water and gas services Serviços financeiros / Financial services Serviços médico-hospitalares / Wealth services Siderurgia e metalurgia / Steel and metallurgy Tecidos, vestuário e calçados / Textile, clothing & footwear Tecnologia da informação / Information technology Telecomunicações / Telecommunication Transporte e logística / Transport and logistics Utilidades domésticas / Household utilities 161 Estatísticas Statistics RECUPERAÇÃO DO VALOR RECOVERY IN VALUE Com captação de recursos externos expressiva, 2009 mostrou crescimento pujante dos preços das principais companhias listadas na Bolsa, recuperando o valor destruído para seus acionistas no ano anterior. O grupo de companhias que encerrou o ano de 2009 com negociação na BM&FBovespa, o qual totalizava em 31 de dezembro 365 companhias, observou, na média, crescimento de 72,5% em seu valor de mercado. No conceito de criação de valor ao acionista, o qual computa os proventos pagos pelas companhias aos acionistas e debita os aportes de capital, esse valor passa para 61,6% (ver Prêmio Abrasca de Criação de Valor). Ou seja, o desafio de recuperação de valor foi alcançado e, em alguns casos, o patamar observado antes da crise foi até superado. Porém, a situação econômica da zona do euro voltou a preocupar no primeiro trimestre do ano e as fraturas expostas pela má qualidade dos créditos soberanos no velho continente voltaram a ameaçar saúde financeira da região. With significant inflows of international capital, 2009 demonstrated powerful growth for foreign funding through a sharp upswing in the share prices of the main companies listed on the Stock Exchange in 2009, helping retrieve shareholder value lost during the previous year. The group of 365 companies whose shares were traded on the BM&FBovespa through December 31, 2009, posted average growth of 72.5% in their market values. Through the shareholder value creation concept, which calculates the incomes paid out by companies to their shareholders and debits capital inflows, this value reached 61.6% (see the ABRASCA Value Creation Prize). In other words, the value recovery challenge was surmounted, in some cases even outstripping pre-crisis levels. However, the economic situation in the Euro Zone caused concern again during the first quarter of the year, with cracks appearing due to the poor quality of sovereign credits in the Old World, threatening the financial health of this region. INVESTIMENTOS E PERSPECTIVAS INVESTMENTS AND OUTLOOK A partir da melhoria nos mercados financeiros internacionais e da reativação da atividade econômica no Brasil, impulsionada pelo mercado interno e pelas medidas de política anticíclica, o mercado de capitais voltou a ser a melhor opção de alavancagem pelas companhias, as quais retomaram seus planos de captação interrompidos pela crise. Sobre a qualidade de crédito no mercado brasileiro, também vale notar que o perfil de uso de recursos captados em 2009 privilegiou a recomposição dos passivos e a redução dos graus de exposição. Se em 2008 apenas um quarto dos recursos captados pelas empresas via emissão de debêntures tiveram como finalidade o refinanciamento de passivos, no ano passado esse percentual superou o patamar de 70% do total, mostrando forte grau de comprometimento das companhias com sua saúde financeira. Esse esforço já começou a dar frutos, elevando a capacidade de investimento em 2010. Os investimentos declarados pelas companhias participantes do Anuário Estatístico das Companhias Abertas cresceram 7,1% entre 2008 e 2009, e a tendência antecipada para 2010, através das pesquisas conduzidas pela Abrasca junto a seus associados, os quais respondem por mais de 80% do valor de mercado das companhias listadas no segmento BM&FBovespa, também é positiva, sinalizando um crescimento superior a 20% no volume investido para 2010. Isso posto, acreditamos que o biênio 2010/2011 deverá concretizar as perspectivas de forte crescimento do PIB e dinâmico desenvolvimento econômico. 162 As the world’s financial markets began to recover, and economic activity started to boom again in Brazil, driven by the domestic market and anti-cyclic political measures, its capitals market become the best leverage option for companies, which revived financing plans put on hold during the crisis. Regarding the quality of credit on the Brazilian market, it is also worthwhile noting that the usage profiles of funds brought in 2009 focused largely on restructuring liabilities and lessening exposure. While only a quarter of the funds brought in through debentures were earmarked for refinancing liabilities in 2008, this percentage topped 70% last year, reflecting firm commitments to corporate health. These efforts are already beginning to bear fruit, stepping up investment capacities in 2010. The investments declared by companies appearing in the Listed Companies Statistical Yearbook rose by 7.1% between 2008 and 2009, with an ongoing uptrend forecast for 2010 through ABRASCA surveys of its members - which account for more than 80% of the market value of the companies listed in the BM&FBovespa segment - thus indicating invested volume growth of more than 20% during the current year. As a result, we firmly believe that the 2010 - 2011 period will firm up the prospects for powerful growth in Brazil’s GDP, keeping pace with dynamic economic development. Estatísticas Statistics Notas metodológicas Methodological notes O Anuário Estatístico das Companhias Abertas visa detalhar, em termos contábeis e financeiros, o comportamento dos principais setores e subsetores da economia brasileira, considerando as empresas de capital aberto registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e listadas na BM&FBOVESPA. As informações foram obtidas das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP) divulgadas anualmente à CVM, conforme a Instrução nº 202 da Comissão. As informações consolidadas pela GRC Visão neste anuário foram consultadas diretamente na CVM, no site das empresas ou no site da BM&FBOVESPA. Salienta-se que o registro na CVM nao implica qualquer apreciaçao sobre a companhia, sendo que a veracidade e atualizaçao das informaçoes prestadas sao de responsabilidade de seus administradores. A amostra inclui todas as companhias listadas na BM&FBOVESPA no último dia útil de 2009, totalizando 366 companhias. No intuito de introduzir maior transparência ao processo e alinhar a publicaçao com as expectativas do mercado, Abrasca e GRC Visao contataram as companhias para contra-checar as informaçoes. Nesse processo, algumas companhias pediram sua exclusão do Anuário, cuja amostra, ao final, conta com 359 nomes. The purpose of the Statistical Annuary of Public Companies is to detail, in accounting and financial terms, the most significant behavior of the sectors and sub-sectors of the Brazilian economy, considering the public traded companies listed in the Brazilian Securities Commission (CVM) with shares quoted on São Paulo Stock Exchange (BM&FBOVESPA). Statistics gathered for this Yearbook were consolidated from the Standardized Financial Statements (DFP) which are annually handed in to CVM, according to it’s Instruction 202. All data were consolidated by GRC Visão according to informations taken from CVM, companies’ websites and from BM&FBOVESPA website. It’s important to note that the register in CVM does not imply any appreciation on the company, and the veracity and actuality of data is responsibility of its administrators. Sample includes all companies quoted in BM&FBOVESPA between January 2009 and December 2009 were selected, totalizing 366. Aiming to expand the transparency of the process and increasingly align the publication to the capital market expectations, Abrasca and GRC Visão introduced in the process of table’s construction a stage of information counter-checking with the companies. In this process some companies asked for be excluded from the sample that, finally, count with 359 companies. COMO CONSULTAR AS TABELAS: HOW TO CONSULT THE TABLES: As empresas são listadas por seu nome comercial e agrupadas setorialmente, conforme classificação definida pelo comitê organizador deste anuário. As informações sobre cada companhia foram dispostas em valores correntes (milhares de reais) para os anos de 2009 e 2008. As informações sobre a evolução histórica (2001 a 2009) foram consolidadas para os setores e calculadas em valores de 2009, deflacionados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IBGE). As informações contidas neste anuário foram consolidadas até o dia 25 de julho de 2010. As empresas que não possuem informações para o ano de 2009, não divulgaram suas demonstrações financeiras até esta data, nem entraram em contato com a equipe realizadora do anuário. 164 The companies are listed by its corporate name and grouped by sectors, following the classification defined by the ABRASCA Yearbook’s Executive Committee. Individually information on the company was provided in current values (in thousands of reais) for the years 2009 and 2008. The historic data (2001 to 2009) was consolidated for sectors and expressed in prices of 2009, deflated by IPCA price index (Amplified Consumer Price Index – IBGE). The data for this yearbook was consolidated by July 25, 2010. Companies which do not hold information for 2009, neither displayed their financial statements up to the closure of this edition, nor got in touch with the staff in charge of this yearbook. Descrição dos Indicadores e Contas Utilizados nas Tabelas Description of the Indicators and Accounts Used in the Tables Ativo Total – Valor declarado no Balanço Patrimonial. Patrimônio Líquido – Valor Declarado no Balanço Patrimonial Receita Líquida – Receita Bruta excluindo-se deduções como devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas. Lucro / Prejuízo Operacional – Valor declarado na Demonstração de Resultado. Lucro / Prejuízo Líquido – Valor declarado na Demonstração de Resultado após impostos e juros sobre capital próprio. Endividamento Total – Ativo Total (menos) Patrimônio Líquido. Capital de Giro – Ativo Circulante (menos) Passivo Circulante. Giro do Ativo – Receita Líquida operacional (dividido por) Ativo Total. No caso do grupo “bancos”, o calculo é feito em relação à Receita Intermediação Financeira. Grau de Endividamento – Endividamento Total (dividido por) Patrimônio Líquido. Variação Real (%) – Trata-se da taxa de variação de cada um dos indicadores, levando-se em conta a taxa de inflação (medida pelo IPCA) de 4,30% em 2009. Este valor foi calculado de forma que variações positivas indicam melhoras no resultado da empresa, mesmo quando existem dois valores negativos, ou um negativo em 2008 seguido de um valor positivo. Por exemplo, caso a empresa registre um prejuízo em 2008 e, se esse prejuízo reduzir em 2009, a taxa de variação será positiva, indicando que o prejuízo diminuiu, ou seja, houve uma melhora no resultado da empresa. Da mesma forma, variações negativas devem ser lidas como uma redução daquele indicador. Vale lembrar que sobre o valor de 2008 incide a inflação verificada no ano passado, de forma que em pequenos ganhos nominais pode haver variação negativa, em função da correção aplicada. Receita da Intermediação Financeira – Valor declarado na Demonstração de Resultado. Alavancagem – Endividamento Total (dividido por) Patrimônio Líquido. Depósitos Totais – Passivo circulante + passivo exigível a longo prazo. Crédito Total – Ativo circulante + ativo realizável a longo prazo. Investimentos – Investimento em Subsidiárias e Outros. Total Assets – Amount stated in the Balance Sheet. Shareholder’ Equity – Amount stated in the Balance Sheet. Net Revenue – Gross revenue excluding deductions as returns, discounts, and taxes on sales. Operating Profit / Loss – Amount stated in the Income Statement. Net Income / Loss – amount stated in the Income Statement after deduction of taxes and interests on equity. Total Indebtedness – Total Assets (minus) Shareholder’ Equity. Working Capital – Current Assets (minus) Current Liabilities. Asset Turnover – Operational Net Revenue (divided by) Total Assets. If for bank sector, it is calculated by the Intermediation Revenue. Debt-to-equity ratio – Total Indebtedness (divided by) Shareholders’ Equity. Real Variation (%) – is a rate of variation for each indicator, taking into account the rate of inflation (measured by IPCA) of 4.30% in 2009. This value was calculated so that positive variations indicate improvement in the company’s outcome even if there are two negative values, or one negative in 2008 followed by a positive one. For instance, if the company recorded loss in 2008, and if this loss decreased in 2009, the variation rate will be positive, indicating a smaller loss, that is, there has been an improvement for the company. Likewise, negative variations must be interpreted as a reduction on that indicator. It is worth noting that over the value of 2008 incurs last year inflation, so that there may be negative variation on small face values gains, due to the restatement applied. Intermediation Revenue – amount stated in the Income Statement. Leverage –Total Indebtedness (divided by) Shareholders’ Equity Total Deposits – Demand deposits (plus) Savings deposits (plus) Interfinancial deposits (plus) Notice Account deposits. Total Credit – short term Credit Operations (plus) short term Leasing Operations (plus) short terms Other Credit. Investments – Investment in Subsidiaries and others. TABELAS DAS SÉRIES HISTÓRICAS SETORIAIS TABLES OF HISTORICAL SERIES OF THE SECTORS As tabelas para as séries históricas de indicadores, como o Ativo Total, Patrimônio Líquido, Lucros/Prejuízos Acumulados, Receita Líuida, etc para cada subsetor foram calculadas com base na média, isto é, dividindo-se o somatório do indicador, pela quantidade de empresas declarantes em cada ano. Esse valor foi trazido a valores reais de 2009, levando-se em conta a taxa acumulada de inflação medida pelo IPCA. The tables for the historical series of indicators, as the Total Assets, Shareholders’ Equity, Net Income/Loss, Net Revenue, etc of each sub-sector were calculated based on the average, that is, dividing the sum of the indicator by the number of the companies returning data each year. This value was put into 2009 actual values, taking into account the accrued inflation rate, as measured by the IPCA. 165 Estatísticas Statistics DENOMINAÇÃO SOCIAL DAS EMPRESAS Companies’ names Denom. Com Trade name Denom. Social Company name Cód/seg Bovespa Bovespa num./cod. Cód. CVM CVM code CNPJ cnpj Setor / segmento Sector / segment UF state ABC BRASIL ABNOTE BCO ABC BRASIL S.A. AMERICAN BANKNOTE S.A. ABCB - N2 ABNB - NM 020958 020028 28.195.667/0001-06 33.113.309/0001-47 Bancos & Crédito Tecnologia da Informação SP RJ ABYARA ACO ALTONA ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIARIO S.A. ELECTRO ACO ALTONA S.A. ABYA - NM EALT 020206 005380 07.794.351/0001-60 82.643.537/0001-34 Construção Civil e Mercado Imobiliário Máquinas e Equipamentos SP SC ACOS VILL AES ELPA ACOS VILLARES S.A. AES ELPA S.A. AVIL AELP 000108 019313 60.664.810/0001-74 01.917.705/0001-30 Siderurgia e Metalurgia Energia Elétrica SP SP AES SUL AES TIETE AES SUL DISTRIB GAUCHA DE ENERGIA S.A. AES TIETE S.A. AESL GETI 016527 018350 02.016.440/0001-62 02.998.609/0001-27 Energia Elétrica Energia Elétrica RS SP AETATIS SEC AFLUENTE AETATIS SECURITIZADORA S.A. AFLUENTE GER.E TRANSM.ENERG.ELETR. S.A. AETA AFLU 018104 020150 02.808.481/0001-91 07.620.094/0001-40 Serviços Financeiros Energia Elétrica SP RJ AGRA INCORP AGRENCO AGRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A. AGRENCO LTD. AGIN - NM AGEN - DR3 020664 080080 07.698.047/0001-10 08.943.312/0001-40 Construção Civil e Mercado Imobiliário Atacado & Varejo SP SP ALFA CONSORC ALFA FINANC CONSORCIO ALFA DE ADMINISTRACAO S.A. FINANCEIRA ALFA S.A.- CRED FINANC E INVS BRGE CRIV 004707 003891 17.193.806/0001-46 17.167.412/0001-13 Serviços Financeiros Bancos & Crédito SP SP ALFA HOLDING ALFA INVEST ALFA HOLDINGS S.A. BCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. RPAD BRIV 009954 001384 17.167.396/0001-69 60.770.336/0001-65 Holdings Diversificadas Bancos & Crédito SP SP ALIPERTI ALL AMER LAT SIDERURGICA J. L. ALIPERTI S.A. ALL AMERICA LATINA LOGISTICA S.A. APTI ALLL - N2 012823 017450 61.156.931/0001-58 02.387.241/0001-60 Siderurgia e Metalurgia Transporte e Logística SP PR ALPARGATAS ALTERE SEC SAO PAULO ALPARGATAS S.A. ALTERE SECURITIZADORA S.A. ALPA - N1 ALTR 010456 018066 61.079.117/0001-05 02.783.423/0001-50 Tecidos, Vestuário e Calçados Serviços Financeiros SP SP AMAZONIA AMBEV BCO AMAZONIA S.A. CIA BEBIDAS DAS AMERICAS - AMBEV BAZA AMBV 000922 018112 04.902.979/0001-44 02.808.708/0001-07 Bancos & Crédito Alimentos, Bebidas & Fumo PA SP AMERICEL AMIL AMERICEL S.A. AMIL PARTICIPACOES S.A. AMCE AMIL - NM 016195 021172 01.685.903/0001-16 36.461.242/0001-20 Telecomunicações Saúde DF RJ AMPLA ENERG AMPLA INVEST AMPLA ENERGIA E SERVICOS S.A. AMPLA INVESTIMENTOS E SERVICOS S.A. CBEE AMPI 003050 020214 33.050.071/0001-58 07.809.905/0001-56 Energia Elétrica Energia Elétrica RJ RJ ANHANGUERA ARTHUR LANGE B2W VAREJO ANHANGUERA EDUCACIONAL PART S.A ARTHUR LANGE S.A. INDUSTRIA E COMERCIO B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO AEDU - N2 ARLA BTOW - NM 018961 000574 020990 04.310.392/0001-46 92.189.356/0001-33 776.574/0001-56 Educação Tecidos, Vestuário e Calçados Atacado & Varejo SP RS SP BAHEMA BAN ARMAZENS BAHEMA S.A. CIA BANDEIRANTES DE ARMAZENS GERAIS BAHI CBAG 000701 002810 45.987.245/0001-92 58.128.174/0001-14 Holdings Diversificadas Transporte e Logística SP SP BANESE BANESTES BCO ESTADO DE SERGIPE S.A. - BANESE BANESTES S.A. - BCO EST ESPIRITO SANTO BGIP BEES 001120 001155 13.009.717/0001-46 28.127.603/0001-78 Bancos & Crédito Bancos & Crédito SE ES BANPARA BANRISUL BCO ESTADO DO PARA S.A. BCO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S.A. BPAR BRSR - N1 001171 001210 04.913.711/0001-78 92.702.067/0001-96 Bancos & Crédito Bancos & Crédito PA RS BARDELLA BATTISTELLA BARDELLA S.A. INDUSTRIAS MECANICAS BATTISTELLA ADM PARTICIPACOES S.A. BDLL BTTL 001520 015458 60.851.615/0001-53 42.331.462/0001-31 Máquinas e Equipamentos Holdings Diversificadas SP PR BAUMER BEMATECH BAUMER S.A. BEMATECH S.A. BALM BEMA 001562 020656 61.374.161/0001-30 82.373.077/0001-71 Máquinas e Equipamentos Máquinas e Equipamentos SP PR BIC MONARK BICBANCO BICICLETAS MONARK S.A. BCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A. BMKS BICB 001694 021113 56.992.423/0001-90 7.450.604/0001-89 Utilidades Domésticas Bancos & Crédito SP SP BIOMM BMFBOVESPA BIOMM S.A. BMF BOVESPA S.A. BOLSA VALORES MERC FUT BIOM BVMF - NM 019305 021610 04.752.991/0001-10 09.346.601/0001-25 Saúde Serviços Financeiros MG SP BOMBRIL BOTUCATU TEX BOMBRIL S.A. BOTUCATU TEXTIL S.A. BOBR STRP 012190 010987 50.564.053/0001-03 61.087.581/0001-35 Atacado & Varejo Tecidos, Vestuário e Calçados SP SP BR BROKERS BR MALLS PAR BRASIL BROKERS PARTICIPACOES S.A. BR MALLS PARTICIPACOES S.A. BBRK - NM BRML - NM 021180 019909 8.613.550/0001-98 06.977.745/0001-91 Construção Civil e Mercado Imobiliário Construção Civil e Mercado Imobiliário RJ RJ BR PROPERT BRADESCO BR PROPERTIES S.A. BCO BRADESCO S.A. BRPR BBDC - N1 019925 000906 6.977.751/0001-49 60.746.948/0001-12 Construção Civil e Mercado Imobiliário Bancos & Crédito SP SP BRADESPAR BRASIL BRADESPAR S.A. BCO BRASIL S.A. BRAP - N1 BBAS - NM 018724 001023 03.847.461/0001-92 00.000.000/0001-91 Holdings Diversificadas Bancos & Crédito SP DF BRASIL TELEC BRASILAGRO BRASIL TELECOM S.A. BRASILAGRO - CIA BRAS DE PROP AGRICOLAS BRTO - N1 AGRO - NM 011312 020036 76.535.764/0001-43 07.628.528/0001-59 Telecomunicações Construção Civil e Mercado Imobiliário DF SP BRASKEM BRASMOTOR BRASKEM S.A. BRASMOTOR S.A. BRKM - N1 BMTO 004820 001970 42.150.391/0001-70 61.084.984/0001-20 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr. & Plást. Utilidades Domésticas BA SP BRAZILIAN FR BRB BANCO BRAZILIAN FINANCE E REAL ESTATE S.A. BRB BCO DE BRASILIA S.A. BFRE BSLI 017922 014206 2.762.113/0001-50 00.000.280/0001-00 Serviços Financeiros Bancos & Crédito SP DF BRF FOODS BROOKFIELD BRF - BRASIL FOODS S.A. BROOKFIELD INCORPORAÇÕES S.A. BRFS - NM BISA - NM 016292 020265 01.838.723/0001-27 07.700.557/0001-84 Alimentos, Bebidas & Fumo Construção Civil e Mercado Imobiliário SP RJ BUETTNER CACIQUE BUETTNER S.A. INDUSTRIA E COMERCIO CIA CACIQUE DE CAFE SOLUVEL BUET CIQU 002038 002909 82.981.912/0001-20 78.588.415/0001-15 Tecidos, Vestuário e Calçados Alimentos, Bebidas & Fumo SC PR CAF BRASILIA CAMBUCI CAFE SOLUVEL BRASILIA S.A. CAMBUCI S.A. CAFE CAMB 002062 002100 25.869.736/0001-21 61.088.894/0001-08 Alimentos, Bebidas & Fumo Tecidos, Vestuário e Calçados MG SP CASAN CC DES IMOB CIA CATARINENSE DE AGUAS E SANEAM.-CASAN CASN CAMARGO CORREA DESENV. IMOBILIARIO S.A. CCIM - NM 016861 020486 82.508.433/0001-17 67.203.208/0001-89 Saneamento e Serviços de Água e Gás Construção Civil e Mercado Imobiliário SC SP CCR RODOVIAS CEB CIA CONCESSOES RODOVIARIAS CIA ENERGETICA DE BRASILIA 018821 014451 02.846.056/0001-97 00.070.698/0001-11 Transporte e Logística Energia Elétrica SP DF 166 CCRO - NM CEBR Estatísticas Denom. Com Trade name Denom. Social Company name Cód/seg Bovespa Bovespa num./cod. CEDRO CIA DE FIACAO TECIDOS CEDRO CACHOEIRA CEG CELESC CIA DISTRIB DE GAS DO RIO DE JANEIRO-CEG CENTRAIS ELET DE SANTA CATARINA S.A. CELGPAR CELPA Statistics Cód. CVM CVM code CNPJ cnpj Setor / segmento Sector / segment CEDO - N1 003077 17.245.234/0001-00 Tecidos, Vestuário e Calçados CEGR CLSC - N2 016616 002461 33.938.119/0001-69 Saneamento e Serviços de Água e Gás 83.878.892/0001-55 Energia Elétrica RJ SC CIA CELG DE PARTICIPACOES - CELGPAR CENTRAIS ELET DO PARA S.A. - CELPA GPAR CELP 021393 018309 08.560.444/0001-93 04.895.728/0001-80 GO PA CELPE CELUL IRANI CIA ENERGETICA DE PERNAMBUCO - CELPE CELULOSE IRANI S.A. CEPE RANI 014362 002429 10.835.932/0001-08 Energia Elétrica 92.791.243/0001-03 Papel & Celulose e Madeira PE RS CEMAT CEMEPE CENTRAIS ELET MATOGROSSENSES S.A.- CEMAT CMGR CEMEPE INVESTIMENTOS S.A. MAPT 014605 013854 03.467.321/0001-99 Energia Elétrica 93.828.986/0001-73 Holdings Diversificadas MT RJ CEMIG CENT AÇU CIA ENERGETICA DE MINAS GERAIS - CEMIG CENTENNIAL ASSET PARTICIPAÇÕES AÇU S.A. CMIG - N1 CTLG 002453 021245 17.155.730/0001-64 08.835.366/0001-92 Energia Elétrica Transporte e Logística MG RJ CENT AMAPA CENT MIN-RIO CENTENNIAL ASSET PARTICIP.AMAPA S.A. CENTENNIAL ASSET PARTICIP.MINAS-RIO S.A. CTAP CTMI 020184 020176 07.950.674/0001-04 07.949.970/0001-87 Mineração Mineração RJ RJ CESP CETIP CESP - CIA ENERGETICA DE SAO PAULO CETIP S.A. - BALCÃO ORG DE ATIVOS E DERIV. CESP - N1 CTIP 002577 021792 60.933.603/0001-78 09.358.105/0001-91 Energia Elétrica Serviços Financeiros SP RJ CHIARELLI CIA HERING CERAMICA CHIARELLI S.A. CIA HERING CCHI HGTX - NM 002488 014761 52.736.840/0001-10 78.876.950/0001-71 Construção Civil e Mercado Imobiliário Tecidos, Vestuário e Calçados SP SC CIELO CLARION CIELO S.A. CLARION S.A. AGROINDUSTRIAL CIEL -NM CLAN 021733 018490 01.027.058/0001-91 24.956.666/0001-86 Serviços Financeiros Alimentos, Bebidas & Fumo SP MT COARI PART COBRASMA COARI PARTICIPACOES S.A. COBRASMA S.A. COAR CBMA 019089 004448 04.030.087/0001-09 61.080.313/0001-91 Holdings Diversificadas Máquinas e Equipamentos RJ SP COELBA COELCE CIA ELETRICIDADE EST. DA BAHIA - COELBA CIA ENERGETICA DO CEARA - COELCE CEEB COCE 014524 014869 15.139.629/0001-94 07.047.251/0001-70 Energia Elétrica Energia Elétrica BA CE COMGAS CONFAB CIA GAS DE SAO PAULO - COMGAS CONFAB INDUSTRIAL S.A. CGAS CNFB - N1 015636 004650 61.856.571/0001-17 60.882.628/0001-90 Saneamento e Serviços de Água e Gás Siderurgia e Metalurgia SP SP CONST A LIND CONTAX CONSTRUTORA ADOLPHO LINDENBERG S.A. CONTAX PARTICIPACOES S.A. CALI CTAX 004723 019100 61.022.042/0001-18 04.032.433/0001-80 Construção Civil e Mercado Imobiliário Telecomunicações SP RJ COPASA COPEL CIA SANEAMENTO DE MG-COPASA MG CIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL CSMG - NM CPLE - N1 019445 014311 17.281.106/0001-03 76.483.817/0001-20 Saneamento e Serviços de Água e Gás Energia Elétrica MG PR COSAN COSAN LTD COSAN S.A. INDUSTRIA E COMERCIO COSAN LIMITED CSAN - NM CZLT 019836 080071 50.746.577/0001-15 8.887.330/0001-52 Açúcar e Álcool Açúcar e Álcool SP SP COSERN COTEMINAS CIA ENERGETICA DO RIO GDE NORTE - COSERN CIA TECIDOS NORTE DE MINAS COTEMINAS CSRN CTNM 018139 003158 08.324.196/0001-81 22.677.520/0001-76 Energia Elétrica Tecidos, Vestuário e Calçados RN MG CPFL ENERGIA CR2 CPFL ENERGIA S.A. CR2 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A. CPFE - NM CRDE - NM 018660 020630 02.429.144/0001-93 7.820.907/0001-46 Energia Elétrica Construção Civil e Mercado Imobiliário SP RJ CREMER CRUZEIRO SUL CREMER S.A. BCO CRUZEIRO DO SUL S.A. CREM - NM CZRS - N1 020141 020753 82.641.325/0001-18 62.136.254/0001-99 Saúde Bancos & Crédito SC SP CSU CARDSYST CYRE COM-CCP CSU CARDSYSTEM S.A. CYRELA COMMERCIAL PROPERT S.A. EMPR PART CARD - NM CCPR - NM 020044 021040 01.896.779/0001-38 8.801.621/0001-86 Tecnologia da Informação Construção Civil e Mercado Imobiliário SP SP CYRELA REALT DHB CYRELA BRAZIL REALTY S.A.EMPREEND E PART DHB INDUSTRIA E COMERCIO S.A. CYRE - NM DHBI 014460 005150 73.178.600/0001-18 92.825.900/0001-96 Construção Civil e Mercado Imobiliário Máquinas e Equipamentos SP RS DASA DAYCOVAL DIAGNOSTICOS DA AMERICA S.A. BCO DAYCOVAL S.A. DASA - NM DAYC - N1 019623 020796 61.486.650/0001-83 62.232.889/0001-90 Saúde Bancos & Crédito SP SP DIMED DIRECIONAL DIMED S.A. DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS DIRECIONAL ENGENHARIA S.A. PNVL DIRR - NM 009342 021350 92.665.611/0001-77 16.614.075/0001-00 Atacado & Varejo Construção Civil e Mercado Imobiliário RS MG DIXIE TOGA DOC IMBITUBA DIXIE TOGA S.A. CIA DOCAS DE IMBITUBA DXTG IMBI 014931 003174 60.394.723/0001-44 84.208.123/0001-02 Embalagens Transporte e Logística SP SC DOCAS DOHLER DOCAS INVESTIMENTOS S.A. DOHLER S.A. DOCA DOHL 003182 005207 33.433.665/0001-48 84.683.408/0001-03 Holdings Diversificadas Tecidos, Vestuário e Calçados RJ SC DROGASIL DTCOM-DIRECT DROGASIL S.A. DTCOM - DIRECT TO COMPANY S.A. DROG - NM DTCY 005258 018597 61.585.865/0001-51 03.303.999/0001-36 Atacado & Varejo Tecnologia da Informação SP PR DUFRYBRAS DURATEX DUFRY SOUTH AMERICA LTD. DURATEX S.A. DUFB DURA - N1 080039 005274 8.383.595/0001-13 97.837.181/0001-47 Atacado & Varejo Papel & Celulose e Madeira SP SP ECODIESEL ELEKEIROZ BRASIL ECODIESEL IND COM BIO.OL.VEG.S.A. ELEKEIROZ S.A. ECOD - NM ELEK 020354 004359 05.799.312/0001-20 13.788.120/0001-47 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. RJ SP ELEKTRO ELETROBRAS ELEKTRO - ELETRICIDADE E SERVICOS S.A. CENTRAIS ELET BRAS S.A. - ELETROBRAS EKTR ELET - N1 017485 002437 02.328.280/0001-97 1.180/0001-26 Energia Elétrica Energia Elétrica SP DF ELETROPAR ELETROPAULO ELETROBRÁS PARTICIPAÇÕES S.A. - ELETROPAR LIPR ELETROPAULO METROP. ELET. SAO PAULO S.A. ELPL - N2 015784 014176 01.104.937/0001-70 61.695.227/0001-93 Energia Elétrica Energia Elétrica RJ SP ELUMA EMAE ELUMA S.A. INDUSTRIA E COMERCIO ELUM EMAE - EMPRESA METROP.AGUAS ENERGIA S.A. EMAE 005479 016993 57.488.645/0001-32 02.302.101/0001-42 Siderurgia e Metalurgia Energia Elétrica SP SP EMBRAER EMBRATEL PAR EMBRAER-EMP BRAS DE AERONAUTICA S.A. EMBRATEL PARTICIPACOES S.A. EMBR - NM EBTP 020087 017647 07.689.002/0001-89 02.558.124/0001-12 Máquinas e Equipamentos Telecomunicações SP RJ ENCORPAR ENERGIAS BR EMPRESA NAC COM REDITO PART S.A.ENCORPAR EDP - ENERGIAS DO BRASIL S.A. ECPR ENBR - NM 016497 019763 01.971.614/0001-83 Tecidos, Vestuário e Calçados 03.983.431/0001-03 Energia Elétrica MG SP ENERGISA EQUATORIAL ENERGISA S.A. EQUATORIAL ENERGIA S.A. ENGI EQTL - N2 015253 020010 864.214/0001-06 03.220.438/0001-73 Energia Elétrica Energia Elétrica RJ MA ESTACIO PART ESTRELA ESTACIO PARTICIPACOES S.A. MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A. ESTC - NM ESTR 021016 008427 8.807.432/0001-10 61.082.004/0001-50 Educação Utilidades Domésticas RJ SP ETERNIT EUCATEX ETERNIT S.A. EUCATEX S.A. INDUSTRIA E COMERCIO ETER - NM EUCA 005762 005770 61.092.037/0001-81 56.643.018/0001-66 Construção Civil e Mercado Imobiliário Papel & Celulose e Madeira SP SP EVEN EXCELSIOR EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A. EXCELSIOR ALIMENTOS S.A. EVEN - NM BAUH 020524 001570 43.470.988/0001-65 95.426.862/0001-97 Construção Civil e Mercado Imobiliário Alimentos, Bebidas & Fumo SP RS 168 Energia Elétrica Energia Elétrica UF state MG Denom. Com Trade name Denom. Social Company name Cód/seg Bovespa Bovespa num./cod. Cód. CVM CVM code CNPJ cnpj Setor / segmento Sector / segment UF state EZTEC EZ TEC EMPREEND. E PARTICIPACOES S.A. EZTC - NM 020770 8.312.229/0001-73 Construção Civil e Mercado Imobiliário SP F GUIMARAES FAB C RENAUX CIA TEXTIL FERREIRA GUIMARAES FABRICA TECIDOS CARLOS RENAUX S.A. FGUI FTRX 004138 005827 33.470.022/0001-74 82.981.671/0001-45 Tecidos, Vestuário e Calçados Tecidos, Vestuário e Calçados RJ SC FER HERINGER FERBASA FERTILIZANTES HERINGER S.A. CIA FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA FHER - NM FESA 020621 003069 22.266.175/0001-88 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. 15.141.799/0001-03 Siderurgia e Metalurgia ES BA FIBAM FIBRIA FIBAM COMPANHIA INDUSTRIAL FIBRIA CELULOSE S.A. FBMC FIBR 006017 012793 61.410.395/0001-95 60.643.228/0001-21 Siderurgia e Metalurgia Papel & Celulose e Madeira SP SP FINANSINOS FLEURY FINANSINOS S.A.- CREDITO FINANC E INVEST FLEURY S.A. FNCN FLRY - NM 006076 021881 91.669.747/0001-92 60.840.055/0001-31 Bancos & Crédito Saúde RS SP FORJA TAURUS FOSFERTIL FORJAS TAURUS S.A. FERTILIZANTES FOSFATADOS S.A.- FOSFERTIL FJTA FFTL 006173 014028 92.781.335/0001-02 19.443.985/0001-58 Máquinas e Equipamentos Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. RS MG FRAS-LE GAFISA FRAS-LE S.A. GAFISA S.A. FRAS - N1 GFSA - NM 006211 016101 88.610.126/0001-29 01.545.826/0001-07 Máquinas e Equipamentos Construção Civil e Mercado Imobiliário RS SP GAZOLA GENERALSHOPP GAZOLA S.A. INDUSTRIA METALURGICA GENERAL SHOPPING BRASIL S.A. GAZO GSHP - NM 006378 021008 88.611.983/001-43 Utilidades Domésticas 08.764.621/0001-53 Construção Civil e Mercado Imobiliário RS SP GER PARANAP GERDAU DUKE ENERGY INT. GER. PARANAPANEMA S.A. GERDAU S.A. GEPA GGBR - N1 018368 003980 02.998.301/0001-81 Energia Elétrica 33.611.500/0001-19 Siderurgia e Metalurgia SP RJ GERDAU MET GLOBEX METALURGICA GERDAU S.A. GLOBEX UTILIDADES S.A. GOAU - N1 GLOB 008656 006505 92.690.783/0001-09 33.041.260/0001-64 Siderurgia e Metalurgia Atacado & Varejo RS RJ GOL GPC PART GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A. GPC PARTICIPACOES S.A. GOLL - N2 GPCP 019569 016632 06.164.253/0001-87 02.193.750/0001-52 Transporte e Logística Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. SP RJ GRAZZIOTIN GRENDENE GRAZZIOTIN S.A. GRENDENE S.A. CGRA GRND - NM 004537 019615 92.012.467/0001-70 89.850.341/0001-60 Atacado & Varejo Tecidos, Vestuário e Calçados RS CE GRUCAI GUARANI GRUCAI PARTICIPACOES S.A. ACUCAR GUARANI S.A. GRUC ACGU - NM 015695 020940 01.258.945/0001-70 Transporte e Logística 47.080.619/0001-17 Açúcar e Álcool SP SP GUARARAPES GVT HOLDING GUARARAPES CONFECCOES S.A. GVT (HOLDING) S.A. GUAR GVTT - NM 004669 020117 08.402.943/001-52 3.420.904/0001-64 Atacado & Varejo Telecomunicações RN PR HABITASUL HAGA S/A CIA HABITASUL DE PARTICIPACOES HAGA S.A. INDUSTRIA E COMERCIO HBTS HAGA 003298 013366 87.762.563/0001-03 30.540.991/0001-66 Holdings Diversificadas Construção Civil e Mercado Imobiliário RS RJ HELBOR HERCULES HELBOR EMPREENDIMENTOS S.A. HERCULES S.A. FABRICA DE TALHERES HBOR - NM HETA 020877 006629 49.263.189/0001-02 92.749.225/0001-63 Construção Civil e Mercado Imobiliário Utilidades Domésticas SP SP HOTEIS OTHON HYPERMARCAS HOTEIS OTHON S.A. HYPERMARCAS S.A. HOOT HYPE - NM 006700 021431 33.200.049/0001-47 02.932.074/0001-91 Lazer, Turismo e Hotelaria Atacado & Varejo RJ SP IDEIASNET IENERGIA IDEIASNET S.A. INEPAR ENERGIA S.A. IDNT - NM IENG 018414 016730 02.365.069/0001-44 02.225.714/0001-23 Serviços Financeiros Energia Elétrica RJ PR IGUACU CAFE IGUATEMI CIA IGUACU DE CAFE SOLUVEL IGUATEMI EMPRESA DE SHOPPING CENTERS S.A IGUA IGTA - NM 003336 020494 76.255.926/0001-90 51.218.147/0001-93 Alimentos, Bebidas & Fumo Construção Civil e Mercado Imobiliário PR SP IND CATAGUAS INDS ROMI CIA INDUSTRIAL CATAGUASES INDUSTRIAS ROMI S.A. CATA ROMI - NM 003395 007510 19.526.748/0001-50 56.720.428/0001-63 Tecidos, Vestuário e Calçados Máquinas e Equipamentos MG SP INDUSVAL INEPAR BCO INDUSVAL S.A. INEPAR S.A. INDUSTRIA E CONSTRUCOES IDVL - N1 INEP 020885 007595 61.024.352/0001-71 76.627.504/0001-06 Bancos & Crédito Máquinas e Equipamentos SP SP INEPAR TEL INPAR S/A INEPAR TELECOMUNICACOES S.A. INPAR S.A. INET INPR - NM 015423 020702 00.359.742/0001-08 67.571.414/0001-41 Telecomunicações Construção Civil e Mercado Imobiliário PR SP INVEST BEMGE IOCHP-MAXION INVESTIMENTOS BEMGE S.A. IOCHPE MAXION S.A. FIGE MYPK - NM 006041 011932 01.548.981/0001-79 61.156.113/0001-75 Holdings Diversificadas Máquinas e Equipamentos SP SP ITAUSA ITAUTEC ITAUSA INVESTIMENTOS ITAU S.A. ITAUTEC S.A. - GRUPO ITAUTEC ITSA - N1 ITEC 007617 012530 61.532.644/0001-15 54.526.082/0001-31 Holdings Diversificadas Utilidades Domésticas SP SP ITAUUNIBANCO J B DUARTE ITAU UNIBANCO HOLDING S.A. INDUSTRIAS J B DUARTE S.A. ITAU - N1 JBDU 019348 012319 60.872.504/0001-23 60.637.238/0001-54 Bancos & Crédito Holdings Diversificadas SP SP JBS JEREISSATI JBS S.A. JEREISSATI PARTICIPACOES S.A. JBSS - NM MLFT 020575 008672 2.916.265/0001-60 60.543.816/0001-93 Alimentos, Bebidas & Fumo Telecomunicações SP SP JHSF PART JOAO FORTES JHSF PARTICIPACOES S.A. JOAO FORTES ENGENHARIA S.A. JHSF - NM JFEN 020605 007811 8.294.224/0001-65 33.035.536/0001-00 Construção Civil e Mercado Imobiliário Construção Civil e Mercado Imobiliário SP RJ JOSAPAR KARSTEN JOSAPAR-JOAQUIM OLIVEIRA S.A. - PARTICIP KARSTEN S.A. JOPA CTKA 013285 004146 87.456.562/0001-22 82.640.558/0001-04 Alimentos, Bebidas & Fumo Tecidos, Vestuário e Calçados RS SC KEPLER WEBER KLABIN S/A KEPLER WEBER S.A. KLABIN S.A. KEPL KLBN - N1 007870 012653 91.983.056/0001-69 89.637.490/0001-45 Máquinas e Equipamentos Papel & Celulose e Madeira RS SP KLABINSEGALL KROTON KLABIN SEGALL S.A. KROTON EDUCACIONAL S.A. KSSA - NM KROT - N2 020249 017973 00.187.032/0001-48 2.800.026/0001-40 Construção Civil e Mercado Imobiliário Educação SP MG LA FONTE TEL LAEP LA FONTE TELECOM S.A. LAEP INVESTMENTS LTD. LFFE MILK 012262 080098 53.790.218/0001-53 8.904.552/0001-36 Telecomunicações Alimentos, Bebidas & Fumo SP SP LARK MAQS LE LIS BLANC LARK S.A. MAQUINAS E EQUIPAMENTOS LE LIS BLANC DEUX COM CONFEC ROUPAS S.A. LARK LLIS - NM 007978 021440 60.631.090/0001-40 49.669.856/0001-43 Transporte e Logística Atacado & Varejo SP SP LF TEL LIGHT S/A LF TEL S.A. LIGHT S.A. PITI LIGT - NM 017442 019879 02.390.206/0001-09 03.378.521/0001-75 Telecomunicações Energia Elétrica SP RJ LIX DA CUNHA LLX LOG CONSTRUTORA LIX DA CUNHA S.A. LLX LOGISTICA S.A. LIXC LLXL - NM 004774 021482 46.014.635/0001-49 08.741.499/0001-08 Construção Civil e Mercado Imobiliário Transporte e Logística SP RJ LOCALIZA LOG-IN LOCALIZA RENT A CAR S.A. LOG-IN - LOGISTICA INTERMODAL S.A. RENT - NM LOGN - NM 019739 020710 16.670.085/0001-55 42.278.291/0001-24 Transporte e Logística Transporte e Logística MG RJ LOJAS AMERIC LOJAS HERING LOJAS AMERICANAS S.A. LOJAS HERING S.A. LAME LHER 008087 008117 33.014.556/0001-96 82.640.632/0001-84 Atacado & Varejo Atacado & Varejo RJ SC LOJAS RENNER LOPES BRASIL LOJAS RENNER S.A. LPS BRASIL - CONSULTORIA DE IMOVEIS S.A. LREN - NM LPSB - NM 008133 020370 92.754.738/0001-62 8.078.847/0001-09 Atacado & Varejo Construção Civil e Mercado Imobiliário RS SP 169 Estatísticas Denom. Com Trade name Statistics Denom. Social Company name Cód/seg Bovespa Bovespa num./cod. Cód. CVM CVM code CNPJ cnpj Setor / segmento Sector / segment UF state LUPATECH LUPATECH S.A. LUPA - NM 020060 89.463.822/0001-12 Máquinas e Equipamentos RS M G POLIEST M.DIASBRANCO M G POLIESTER S.A. M.DIAS BRANCO S.A. IND COM DE ALIMENTOS RHDS MDIA - NM 014559 020338 56.806.656/0001-50 7.206.816/0001-15 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. Alimentos, Bebidas & Fumo SP CE MAGNESITA SA MANGELS INDL MAGNESITA REFRATARIOS S.A. MANGELS INDUSTRIAL S.A. MAGG - NM MGEL -N1 020842 008397 08.684.547/0001-65 61.065.298/0001-02 Mineração Siderurgia e Metalurgia MG SP MARCOPOLO MARFRIG MARCOPOLO S.A. MARFRIG ALIMENTOS S.A. POMO - N2 MRFG - NM 008451 020788 88.611.835/0001-29 3.853.896/0001-40 Máquinas e Equipamentos Alimentos, Bebidas & Fumo RS SP MARISA MARISOL MARISA LOJAS S.A. MARISOL S.A. MARI - NM MRSL 020761 008486 61.189.288/0001-89 84.429.752/0001-62 Atacado & Varejo Tecidos, Vestuário e Calçados SP SC MEDIAL SAUDE MELHOR SP MEDIAL SAUDE S.A. CIA MELHORAMENTOS DE SAO PAULO MEDI - NM MSPA 020273 003654 43.358.647/0001-00 60.730.348/0001-66 Saúde Papel & Celulose e Madeira SP SP MENDES JR MERC BRASIL MENDES JUNIOR ENGENHARIA S.A. BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. MEND BMEB 004782 001325 17.162.032/0001-73 17.184.037/0001-10 Construção Civil e Mercado Imobiliário Bancos & Crédito MG MG MERC FINANC MERC INVEST MERCANTIL BRASIL FINANC S.A. C.F.I. BCO MERCANTIL DE INVESTIMENTOS S.A. MERC BMIN 008540 001309 33.040.601/0001-87 34.169.557/0001-72 Bancos & Crédito Bancos & Crédito MG MG MET DUQUE METAL IGUACU METALURGICA DUQUE S.A. METALGRAFICA IGUACU S.A. DUQE MTIG 008648 008605 84.683.762/0001-20 80.227.184/0001-66 Siderurgia e Metalurgia Embalagens SC PR METAL LEVE METALFRIO MAHLE-METAL LEVE S.A. METALFRIO SOLUTIONS S.A. LEVE FRIO - NM 008575 020613 60.476.884/0001-87 4.821.041/0001-08 Máquinas e Equipamentos Máquinas e Equipamentos SP SP METISA MILLENNIUM METISA METALURGICA TIMBOENSE S.A. MILLENNIUM INORGANIC CHEMICALS BR S.A. MTSA TIBR 008753 011398 86.375.425/0001-09 15.115.504/0001-24 Máquinas e Equipamentos Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. SC BA MINASMAQUINA MINERVA MINASMAQUINAS S.A. MINERVA S.A. MMAQ BEEF - NM 008818 020931 17.161.241/0001-15 67.620.377/0001-14 Atacado & Varejo Alimentos, Bebidas & Fumo MG SP MINUPAR MMX MINER MINUPAR PARTICIPACOES S.A. MMX MINERACAO E METALICOS S.A. MNPR MMXM - NM 013765 017914 90.076.886/0001-40 02.762.115/0001-49 Alimentos, Bebidas & Fumo Mineração RS RJ MONT ARANHA MPX ENERGIA MONTEIRO ARANHA S.A. MPX ENERGIA S.A. MOAR MPXE - NM 008893 021237 33.102.476/0001-92 4.423.567/0001-21 Holdings Diversificadas Energia Elétrica RJ RJ MRV MULTIPLAN MRV ENGENHARIA E PARTICIPACOES S.A. MULTIPLAN - EMPREEND IMOBILIARIOS S.A. MRVE - NM MULT - N2 020915 020982 8.343.492/0001-20 7.816.890/0001-53 Construção Civil e Mercado Imobiliário Construção Civil e Mercado Imobiliário MG RJ MUNDIAL NADIR FIGUEI MUNDIAL S.A. - PRODUTOS DE CONSUMO NADIR FIGUEIREDO IND E COM S.A. MNDL NAFG 005312 009040 88.610.191/0001-54 61.067.161/0001-97 Tecidos, Vestuário e Calçados Utilidades Domésticas SP SP NATURA NET NATURA COSMETICOS S.A. NET SERVICOS DE COMUNICACAO S.A. NATU - NM NETC - N2 019550 014621 71.673.990/0001-77 00.108.786/0001-65 Atacado & Varejo Telecomunicações SP SP NORD BRASIL NORDON MET BCO NORDESTE DO BRASIL S.A. NORDON INDUSTRIAS METALURGICAS S.A. BNBR NORD 001228 009083 07.237.373/0001-20 60.884.319/0001-59 Bancos & Crédito Máquinas e Equipamentos CE SP ODERICH ODONTOPREV CONSERVAS ODERICH S.A. ODONTOPREV S.A. ODER ODPV - NM 004693 020125 97.191.902/0001-94 58.119.199/0001-51 Alimentos, Bebidas & Fumo Saúde RS SP OGX PETROLEO OHL BRASIL OGX PETROLEO E GAS PARTICIPACOES S.A. OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A. OGXP - NM OHLB - NM 020168 019771 7.957.093/0001-96 02.919.555/0001-67 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. Transporte e Logística RJ SP P.ACUCAR-CBD PANAMERICANO CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUICAO BCO PANAMERICANO S.A. PCAR - N1 BPNM - N1 014826 021199 47.508.411/0001-56 59.285.411/0001-13 Atacado & Varejo Bancos & Crédito SP SP PANATLANTICA PAR AL BAHIA PANATLANTICA S.A. CIA PARTICIPACOES ALIANCA DA BAHIA PATI PEAB 000094 018708 92.693.019/0001-89 01.938.783/0001-11 Siderurgia e Metalurgia Serviços Financeiros RS BA PARANA PARANAPANEMA PARANA BCO S.A. PARANAPANEMA S.A. PRBC - N1 PMAM - N1 020729 009393 14.388.334/0001-99 60.398.369/0001-26 Bancos & Crédito Siderurgia e Metalurgia PR SP PDG REALT PETROBRAS PDG REALTY S.A. EMPREEND E PARTICIPACOES PETROLEO BRASILEIRO S.A. PETROBRAS PDGR - NM PETR 020478 009512 2.950.811/0001-89 33.000.167/0001-01 Construção Civil e Mercado Imobiliário Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. RJ RJ PETROPAR PETTENATI PETROPAR S.A. PETTENATI S.A. INDUSTRIA TEXTIL PTPA PTNT 013412 009539 91.820.068/0001-72 88.613.658/0001-10 Embalagens Tecidos, Vestuário e Calçados RS RS PINE PLASCAR PART BCO PINE S.A. PLASCAR PARTICIPACOES INDUSTRIAIS S.A. PINE - N1 PLAS 020567 013471 62.144.175/0001-20 51.928.174/0001-50 Bancos & Crédito Máquinas e Equipamentos SP SP POLPAR PORTO SEGURO POLPAR S.A. PORTO SEGURO S.A. PPAR PSSA - NM 013447 016659 59.789.545/0001-71 02.149.205/0001-69 Holdings Diversificadas Serviços Financeiros SP SP PORTOBELLO POSITIVO INF PORTOBELLO S.A. POSITIVO INFORMATICA S.A. PTBL - NM POSI - NM 013773 020362 83.475.913/0001-91 81.243.735/0001-48 Construção Civil e Mercado Imobiliário Utilidades Domésticas SC PR PRO METALURG PROFARMA PRÓ METALURGIA S.A. PROFARMA DISTRIB PROD FARMACEUTICOS S.A. PMET PFRM - NM 001686 020346 56.994.924/0001-05 45.453.214/0001-51 Utilidades Domésticas Atacado & Varejo SP RJ PRONOR PROVIDENCIA PRONOR PETROQUIMICA S.A. CIA PROVIDENCIA INDUSTRIA E COMERCIO PNOR PRVI - NM 009784 020974 13.552.070/0001-02 76.500.180/0001-32 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. Embalagens BA PR QUATTOR PETR RANDON PART QUATTOR PETROQUIMICA S.A. RANDON S.A. IMPLEMENTOS E PARTICIPACOES SZPQ - N2 RAPT - N1 019267 014109 04.705.090/0001-77 89.086.144/0001-16 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. Máquinas e Equipamentos SP RS RASIP AGRO RECRUSUL RASIP AGRO PASTORIL S.A. RECRUSUL S.A. RSIP RCSL 018279 012572 94.789.468/0001-50 91.333.666/0001-17 Alimentos, Bebidas & Fumo Máquinas e Equipamentos RS RS REDE ENERGIA REDECARD REDE ENERGIA S.A. REDECARD S.A. REDE RDCD - NM 003190 020893 61.584.140/0001-49 1.425.787/0001-04 Energia Elétrica Serviços Financeiros SP SP RENAR RIMET RENAR MACAS S.A. RIMET EMPREEND INDS E COMERCIAIS S.A. RNAR- NM REEM 019658 012840 86.550.951/0001-50 29.388.352/0001-48 Alimentos, Bebidas & Fumo Embalagens SC RJ RIOSULENSE RODOBENSIMOB METALURGICA RIOSULENSE S.A. RODOBENS NEGOCIOS IMOBILIARIOS S.A. RSUL RDNI - NM 013439 020451 85.778.074/0001-06 67.010.660/0001-24 Máquinas e Equipamentos Construção Civil e Mercado Imobiliário SC SP ROSSI RESID SABESP ROSSI RESIDENCIAL S.A. CIA SANEAMENTO BASICO EST SAO PAULO RSID - NM SBSP - NM 016306 014443 61.065.751/0001-80 43.776.517/0001-80 Construção Civil e Mercado Imobiliário Saneamento e Serviços de Água e Gás SP SP SAM INDUSTR SANEPAR SAM INDUSTRIAS S.A. CIA SANEAMENTO DO PARANA - SANEPAR FCAP SAPR 012980 018627 33.017.039/0001-70 76.484.013/0001-45 Holdings Diversificadas Saneamento e Serviços de Água e Gás RJ PR 170 Denom. Com Trade name Denom. Social Company name Cód/seg Bovespa Bovespa num./cod. Cód. CVM CVM code CNPJ cnpj Setor / segmento Sector / segment UF state SANSUY SANSUY S.A. INDUSTRIA DE PLASTICOS SNSY 012696 14.807.945/0001-24 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. BA SANTANDER BR SANTANENSE BCO SANTANDER S.A. CIA TECIDOS SANTANENSE SANB CTSA 020532 004081 90.400.888/0001-42 21.255.567/0001-89 Bancos & Crédito Tecidos, Vestuário e Calçados SP MG SANTOS BRP SAO CARLOS SANTOS BRASIL PARTICIPACOES S.A. STBP - N2 SAO CARLOS EMPREEND E PARTICIPACOES S.A. SCAR - NM 017892 013781 2.762.121/0001-04 29.780.061/0001-09 Transporte e Logística Construção Civil e Mercado Imobiliário SP SP SAO MARTINHO SARAIVA LIVR SAO MARTINHO S.A. SARAIVA S.A. LIVREIROS EDITORES SMTO - NM SLED - N2 020516 010472 51.466.860/0001-56 60.500.139/0001-26 Açúcar e Álcool Atacado & Varejo SP SP SCHLOSSER SCHULZ CIA INDUSTRIAL SCHLOSSER S.A. SCHULZ S.A. SCLO SHUL 003549 014664 82.981.929/0001-03 84.693.183/0001-68 Tecidos, Vestuário e Calçados Máquinas e Equipamentos SC SC SEB SEG AL BAHIA SEB - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO S.A CIA SEGUROS ALIANCA DA BAHIA SEBB - N2 CSAB 017906 003115 2.762.122/0001-40 15.144.017/0001-90 Educação Serviços Financeiros SP BA SERGEN SID NACIONAL SERGEN SERVICOS GERAIS DE ENG S.A. CIA SIDERURGICA NACIONAL SGEN CSNA 010596 004030 33.161.340/0001-53 33.042.730/0001-04 Construção Civil e Mercado Imobiliário Siderurgia e Metalurgia RJ RJ SLC AGRICOLA SOFISA SLC AGRICOLA S.A. BCO SOFISA S.A. SLCE- NM SFSA - N1 020745 020680 89.096.457/0001-55 60.889.128/0001-80 Alimentos, Bebidas & Fumo Bancos & Crédito RS SP SONDOTECNICA SOUZA CRUZ SONDOTECNICA ENGENHARIA SOLOS S.A. SOUZA CRUZ S.A. SOND CRUZ 010880 004057 33.386.210/0001-19 33.009.911/0001-39 Construção Civil e Mercado Imobiliário Alimentos, Bebidas & Fumo RJ RJ SPRINGER SPRINGS SPRINGER S.A. SPRINGS GLOBAL PARTICIPACOES S.A. SPRI SGPS - NM 010960 020966 92.929.520/0001-00 7.718.269/0001-57 Utilidades Domésticas Tecidos, Vestuário e Calçados SP MG SPTURIS STEEL BRASIL SAO PAULO TURISMO S.A. STEEL DO BRASIL PARTICIPAÇÕES S.A. AHEB STLB 009415 021725 62.002.886/0001-60 Lazer, Turismo e Hotelaria 10.345.009/0001-98 Serviços Financeiros SP SP SUL AMERICA SULTEPA SUL AMERICA S.A. CONSTRUTORA SULTEPA S.A. SULA - N2 SULT 021121 013030 29.978.814/0001-87 89.723.993/0001-33 Serviços Financeiros Construção Civil e Mercado Imobiliário RJ RS SUZANO HOLD SUZANO PAPEL SUZANO HOLDING S.A. SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. NEMO SUZB - N1 009067 013986 60.651.809/0001-05 16.404.287/0001-55 Papel & Celulose e Madeira Papel & Celulose e Madeira SP BA TAESA TAM S/A TRANSM ALIANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA S.A. TAM S.A. TRNA - N2 TAMM - N2 020257 016390 7.859.971/0001-30 Energia Elétrica 01.832.635/0001-18 Transporte e Logística RJ SP TARPON INV TEC BLUMENAU TARPON INVESTIMENTOS S.A. TECBLU TECELAGEM BLUMENAU S.A. TRPN - NM TENE 021717 011215 05.341.549/0001-63 08.424.178/0001-71 Serviços Financeiros Tecidos, Vestuário e Calçados SP RN TECEL S JOSE TECNISA FIACAO TEC SAO JOSE S.A. TECNISA S.A. SJOS TCSA - NM 005983 020435 17.159.005/0001-64 8.065.557/0001-12 Tecidos, Vestuário e Calçados Construção Civil e Mercado Imobiliário MG SP TECNOSOLO TECTOY TECNOSOLO ENGENHARIA S.A. TEC TOY S.A. TCNO TOYB 011207 014133 33.111.246/0001-90 22.770.366/0001-82 Construção Civil e Mercado Imobiliário Utilidades Domésticas RJ AM TEGMA TEKA TEGMA GESTAO LOGISTICA S.A. TEKA-TECELAGEM KUEHNRICH S.A. TGMA - NM TEKA 020800 011223 2.351.144/0001-18 82.636.986/0001-55 Transporte e Logística Tecidos, Vestuário e Calçados SP SC TEKNO TELE NORT CL TEKNO S.A. - INDUSTRIA E COMERCIO TELE NORTE CELULAR PARTICIPACOES S.A. TKNO TNCP 011231 017604 33.467.572/0001-34 02.558.154/0001-29 Siderurgia e Metalurgia Telecomunicações SP MG TELEBRAS TELEFONICA TELEC BRASILEIRAS S.A. TELEBRAS TELEFONICA S.A. TELB TEFC 011258 080004 00.336.701/0001-04 5.721.582/0001-19 Holdings Diversificadas Telecomunicações DF ESP TELEMAR TELEMAR N L TELE NORTE LESTE PARTICIPACOES S.A. TELEMAR NORTE LESTE S.A. TNLP TMAR 017655 011320 2.558.134/0001-58 33.000.118/0001-79 Telecomunicações Telecomunicações RJ RJ TELESP TEMPO PART TELEC DE SAO PAULO S.A. - TELESP TEMPO PARTICIPACOES S.A. TLPP TEMP - NM 017671 019917 02.558.157/0001-62 6.977.739/0001-34 Telecomunicações Saúde SP SP TENDA TEX RENAUX CONSTRUTORA TENDA S.A. TEXTIL RENAUXVIEW S.A. TEND - NM TXRX 021148 007544 71.476.527/0001-35 82.982.075/0001-80 Construção Civil e Mercado Imobiliário Tecidos, Vestuário e Calçados SP SC TIM PART S/A TIVIT TIM PARTICIPACOES S.A. TIVIT TERC. DE PROC., SERV. E TEC. S.A. TCSL TVIT - NM 017639 021768 02.558.115/0001-21 07.073.027/0001-53 Telecomunicações Tecnologia da Informação RJ SP TOTVS TRACTEBEL TOTVS S.A. TRACTEBEL ENERGIA S.A. TOTS - NM TBLE - NM 019992 017329 53.113.791/0001-22 02.474.103/0001-19 Tecnologia da Informação Energia Elétrica SP SC TRAN PAULIST TREVISA CTEEP - CIA TRANSMI ENERGIA ELETTRICA PAULISTA TRPL - N1 TREVISA INVESTIMENTOS S.A. LUXM 018376 008192 02.998.611/0001-04 Energia Elétrica 92.660.570/0001-26 Transporte e Logística SP RS TRISUL TRIUNFO PART TRISUL S.A. TPI - TRIUNFO PARTICIP. E INVEST. S.A. TRIS - NM TPIS - NM 021130 019330 8.811.643/0001-27 03.014.553/0001-91 Construção Civil e Mercado Imobiliário Transporte e Logística SP SP TRORION TUPY TRORION S.A. TUPY S.A. TROR TUPY 011525 006343 61.418.430/0001-12 84.683.374/0001-49 Embalagens Máquinas e Equipamentos SP SC ULTRAPAR UNIPAR ULTRAPAR PARTICIPACOES S.A. UNIPAR UNIAO DE IND PETROQ S.A. UGPA - N1 UNIP - N1 018465 011592 33.256.439/0001-39 33.958.695/0001-78 Holdings Diversificadas Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. SP RJ UOL USIMINAS UNIVERSO ONLINE S.A. USINAS SID DE MINAS GERAIS S.A.-USIMINAS UOLL - N2 USIM - N1 019887 014320 01.109.184/0001-95 60.894.730/0001-05 Tecnologia da Informação Siderurgia e Metalurgia SP MG USIN C PINTO VALE USINA COSTA PINTO S.A. ACUCAR ALCOOL VALE S.A. UCOP VALE - N1 012220 004170 44.689.123/0001-57 33.592.510/0001-54 Açúcar e Álcool Mineração SP RJ VBC ENERGIA VICUNHA TEXT VBC ENERGIA S.A. VICUNHA TEXTIL S.A. NCNE VINE 014540 005991 00.095.147/0001-02 07.332.190/0001-93 Energia Elétrica Tecidos, Vestuário e Calçados SP CE VIVO VULCABRAS VIVO PARTICIPACOES S.A. VULCABRAS S.A. VIVO VULC 017710 011762 02.558.074/0001-73 50.926.955/0001-42 Telecomunicações Tecidos, Vestuário e Calçados SP SP WEG WEMBLEY WEG S.A. WEMBLEY SOCIEDADE ANONIMA WEGE - NM WMBY 005410 011800 84.429.695/0001-11 25.329.319/0001-96 Máquinas e Equipamentos Tecidos, Vestuário e Calçados SC MG WETZEL S/A WHIRLPOOL WETZEL S.A. WHIRLPOOL S.A. MWET WHRL 011991 014346 84.683.671/0001-94 Máquinas e Equipamentos 59.105.999/0001-86 Utilidades Domésticas SC SP WIEST WILSON SONS WIEST S.A. WILSON SONS LTD. WISA WSON 014397 080047 79.313.086/0001-62 05.721.735/0001-28 Máquinas e Equipamentos Transporte e Logística SC SP WLM IND COM YARA BRASIL WLM - INDUSTRIA E COMERCIO S.A. YARA BRASIL FERTILIZANTES S.A. SGAS ILMD 011070 000140 33.228.024/0001-51 92.660.604/0001-82 Atacado & Varejo Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást. RJ RS 171 Estatísticas Statistics Resultado das empresas por setor de atuação INFRA-ESTRUTURA / INFRASTRUCTURE Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Construção Civil e Mercado Imobiliário / Real Estate ABYARA AGRA INCORP BR BROKERS BR MALLS PAR BR PROPERT BRASILAGRO BROOKFIELD CC DES IMOB CONST A LIND CR2 CYRE COM-CCP CYRELA REALT DIRECIONAL ETERNIT EVEN EZTEC GAFISA GENERALSHOPP HAGA S/A HELBOR IGUATEMI INPAR S/A JHSF PART JOAO FORTES KLABINSEGALL LIX DA CUNHA LOPES BRASIL MENDES JR MRV MULTIPLAN PDG REALT PORTOBELLO RODOBENSIMOB ROSSI RESID SAO CARLOS SERGEN SONDOTECNICA SULTEPA TECNISA TECNOSOLO TENDA TRISUL ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 1.221.004 1.995.802 445.849 6.296.948 1.341.373 702.732 4.291.669 1.812.492 32.493 563.533 728.367 7.557.503 578.649 385.842 16.096.349 916.341 5.538.858 1.004.514 24.513 937.375 1.433.356 1.667.026 1.614.747 446.082 1.299.847 362.150 290.850 6.107.921 2.682.420 2.582.737 3.246.747 450.429 1.035.461 2.865.539 1.147.879 158.035 81.744 760.978 1.455.345 138.018 1.544.030 906.412 946.103 2.116.377 477.965 8.463.321 1.661.995 678.996 5.551.048 2.166.388 16.448 759.113 758.987 10.550.690 1.088.446 548.835 42.489.092 1.133.161 7.688.323 838.883 29.329 1.162.813 1.964.885 1.938.761 1.841.647 617.774 1.723.596 337.166 333.245 6.860.867 4.358.965 3.670.946 6.102.517 450.734 1.464.260 4.408.058 1.221.442 187.550 83.421 843.031 2.248.435 147.673 2.376.877 1.083.487 -25,7% 1,7% 2,8% 28,8% 18,8% -7,4% 24,0% 14,6% -51,5% 29,1% -0,1% 33,8% 80,3% 36,4% 153,1% 18,5% 33,1% -19,9% 14,7% 18,9% 31,4% 11,5% 9,3% 32,8% 27,1% -10,7% 9,8% 7,7% 55,8% 36,3% 80,2% -4,1% 35,6% 47,5% 2,0% 13,8% -2,2% 6,2% 48,1% 2,6% 47,6% 14,6% 188.848 900.525 369.978 3.549.556 687.162 574.880 1.514.780 630.917 -26.682 378.570 340.048 2.120.949 307.538 247.940 6.134.411 790.280 1.612.419 373.093 -113.844 364.732 944.890 618.337 869.889 172.111 326.674 58.317 1.302 2.649.741 1.551.761 1.931.179 1.476.437 4.836 600.717 1.238.372 523.075 104.827 55.637 224.577 794.827 30.221 1.062.214 420.780 292.827 999.805 414.505 5.067.931 930.419 576.752 2.417.256 675.369 -27.575 379.968 401.526 3.852.804 656.413 373.102 16.728.086 912.673 2.325.634 397.516 -111.396 420.981 1.380.294 793.946 932.808 237.955 505.459 56.846 14.138 3.030.522 2.392.920 2.822.639 2.940.820 29.604 622.814 2.283.413 602.893 104.629 61.571 236.615 880.475 31.773 1.130.898 462.348 48,6% 6,4% 7,4% 36,9% 29,8% -3,8% 53,0% 2,6% 0,9% -3,8% 13,2% 74,1% 104,6% 44,3% 161,4% 10,7% 38,3% 2,1% 6,2% 10,7% 40,0% 23,1% 2,8% 32,5% 48,3% -6,6% 941,0% 9,6% 47,8% 40,1% 90,9% 486,9% -0,6% 76,8% 10,5% -4,3% 6,1% 1,0% 6,2% 0,8% 2,1% 5,3% 261.032 493.570 205.653 318.999 86.707 45.389 792.323 584.148 9.574 230.739 107.761 2.847.441 263.156 544.221 30.340.255 334.046 1.740.404 86.956 30.241 345.725 189.609 566.784 675.226 115.584 541.508 1.329 231.977 1.707 1.110.748 411.231 1.231.159 408.581 403.782 1.233.133 149.555 5.056 70.766 128.140 493.213 190.240 485.248 315.267 223.786 584.280 249.341 392.583 117.349 35.284 1.812.012 514.073 9.784 300.099 144.518 4.087.825 377.613 581.986 34.311.806 505.978 3.022.346 100.557 30.058 655.333 217.420 488.150 496.410 290.283 805.099 7.561 224.693 2.133 1.647.580 523.107 1.983.819 401.979 466.337 1.572.285 531.083 1.495 77.461 145.531 710.708 162.684 988.444 560.184 -17,8% 13,5% 16,2% 18,0% 29,7% -25,5% 119,2% -15,6% -2,0% 24,7% 28,6% 37,6% 37,6% 2,5% 8,4% 45,2% 66,5% 10,9% -4,7% 81,7% 9,9% -17,4% -29,5% 140,8% 42,5% 445,4% -7,1% 19,8% 42,2% 21,9% 54,5% -5,7% 10,7% 22,2% 240,4% -71,7% 4,9% 8,9% 38,1% -18,0% 95,3% 70,3% 47.372 27.628 52.953 865.019 95 18.551 143.029 66.436 -18.364 25.375 55.853 441.995 75.885 117.233 84.759 116.987 168.205 -142 1.760 79.926 94.638 -58.546 183.513 1.758 9.884 -5.736 -35.520 503.900 298.798 98.044 245.061 2.203 98.233 135.308 44.165 -1.073 8.030 21.306 102.164 1.982 -57.942 17.738 12.361 -75,0% 161.247 459,5% 74.917 35,6% 1.541.828 70,9% 32.417 32612,6% 4.105 -78,8% 234.912 57,5% 86.425 24,7% -5.839 69,5% 18.148 -31,4% 87.713 50,6% 971.957 110,8% 97.533 23,2% 104.704 -14,4% 340.523 285,1% 179.987 47,5% 461.174 162,8% 38.914 26371,4% 2.684 46,2% 123.779 48,5% 111.478 12,9% 1.031 101,7% 115.897 -39,5% 78.708 4192,1% 90.495 777,7% 1.077 118,0% 86.625 333,8% 556.092 5,8% 425.325 36,5% 258.972 153,2% 399.719 56,4% 20.987 813,3% 44.036 -57,0% 274.535 94,5% 132.486 187,6% -800 28,6% 12.447 48,6% 6.995 -68,5% 154.798 45,3% 2.921 41,3% 86.380 242,9% 67.907 267,0% 84.749.958 133.391.650 50,9% 36.606.821 59.239.976 55,1% 48.628.183 60.361.057 19,0% 4.078.463 7.497.600 76,2% Transporte e Logística / Transport and Logistics ALL AMER LAT BAN ARMAZENS CCR RODOVIAS DOC IMBITUBA GOL GRUCAI LARK MAQS LLX LOG LOCALIZA LOG-IN OHL BRASIL SANTOS BRP TAM S/A TEGMA TREVISA TRIUNFO PART WILSON SONS ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 172 11.765.573 39.629 6.270.575 205.019 6.734.654 517 42.852 1.021.487 2.055.039 787.374 2.558.272 1.531.922 13.305.806 589.491 73.488 1.810.642 1.424.549 12.374.974 42.808 9.084.829 205.079 8.400.910 287 37.241 1.516.561 2.568.846 925.034 3.350.858 2.019.913 13.137.213 581.921 81.876 1.680.152 1.407.215 0,8% 3,6% 38,9% -4,1% 19,6% -46,8% -16,7% 42,3% 19,8% 12,6% 25,6% 26,4% -5,3% -5,4% 6,8% -11,0% -5,3% 2.495.533 12.739 1.578.527 -25.437 1.334.393 496 5.289 442.123 537.256 596.041 813.893 1.126.260 537.330 323.597 26.425 693.539 776.314 3.816.229 14.642 2.877.990 -30.007 2.840.405 138 3.761 995.128 608.685 589.310 948.305 1.141.284 1.634.453 339.862 28.118 810.581 737.362 46,6% 10,2% 74,8% -13,1% 104,1% -73,3% -31,8% 115,8% 8,6% -5,2% 11,7% -2,9% 191,6% 0,7% 2,0% 12,0% -8,9% 2.509.227 48.869 2.734.214 1.131 6.409.578 0 31.308 16.442 1.823.776 443.936 724.982 727.114 10.592.044 978.947 41.572 299.616 1.164.492 2.471.663 46.829 3.089.337 858 5.992.685 0 28.141 13.807 1.820.913 426.361 1.189.009 660.783 9.900.321 1.134.296 39.906 387.501 832.098 -5,6% -8,1% 8,3% -27,3% -10,4% —-13,8% -19,5% -4,3% -7,9% 57,2% -12,9% -10,4% 11,1% -8,0% 24,0% -31,5% 187.027 -1.625 1.114.904 -5.471 -1.191.658 -359 -2.575 -69.170 188.021 53.457 167.558 110.573 697.566 86.674 -3.339 -88.350 200.028 -217.819 2.654 1.057.023 -4.744 723.439 -203 -2.301 -84.731 141.473 11.803 264.772 111.426 336.020 107.427 2.422 76.499 210.837 -211,6% 256,6% -9,1% 16,9% 158,2% 45,8% 14,3% -17,4% -27,9% -78,8% 51,5% -3,4% -53,8% 18,8% 169,5% 183,0% 1,0% 50.216.889 57.415.717 9,6% 11.274.318 17.356.246 47,6% 28.547.248 28.034.508 -5,9% 1.443.261 2.735.997 81,7% Corporates’ results (by sectors) R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 30.296 10.523 26.521 536.973 -1.579 5.541 102.837 51.753 -18.604 37.561 33.809 277.708 64.423 81.201 25.939 102.156 109.921 -7.707 2.125 48.382 76.754 -74.974 150.338 -5.240 -14.818 -4.016 -66.945 388.810 231.030 77.397 182.463 -9.352 82.818 118.638 33.764 -224 9.468 10.799 75.276 1.881 -38.209 8.781 4.909 131.251 44.927 1.094.468 28.999 950 201.887 58.007 -893 15.096 62.510 729.349 79.095 73.187 129.424 162.931 213.540 24.423 2.448 78.670 86.434 12.973 149.171 65.844 37.551 1.341 49.997 380.781 347.422 171.448 338.132 16.570 27.770 218.099 133.385 -530 10.750 14.706 110.536 2.269 64.450 51.516 -84,5% 1095,7% 62,4% 95,4% 1860,6% -83,6% 88,2% 7,5% 95,4% -61,5% 77,2% 151,8% 17,7% -13,6% 378,3% 52,9% 86,2% 403,8% 10,4% 55,9% 8,0% 116,6% -4,9% 1304,6% 342,9% 132,0% 171,6% -6,1% 44,2% 112,4% 77,7% 269,9% -67,9% 76,2% 278,7% -126,6% 8,8% 30,5% 40,8% 15,6% 261,7% 462,4% 2.754.218 5.425.793 176.726 1.388 713.586 -5.299 -1.237.114 -359 -1.401 -52.972 136.517 83.373 105.438 47.139 -1.509.655 53.010 -3.448 -89.954 109.598 -1.473.427 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 1.032.156 1.095.277 75.871 2.747.392 654.211 127.852 2.776.889 1.181.575 59.175 184.963 388.319 5.436.554 271.111 137.902 9.961.938 126.061 3.926.439 631.421 138.357 572.643 488.466 1.048.689 744.858 273.971 973.173 303.833 289.548 3.458.180 1.130.659 651.558 1.770.310 445.593 434.744 1.627.167 624.804 53.208 26.107 536.401 660.518 107.797 481.816 485.632 653.276 1.116.572 63.460 3.395.390 731.576 102.244 3.133.792 1.491.019 44.023 379.145 357.461 6.697.886 432.033 175.733 25.761.006 220.488 5.362.689 441.367 140.725 741.832 584.591 1.144.815 908.839 379.819 1.218.137 280.320 319.107 3.830.345 1.966.045 848.307 3.161.697 421.130 841.446 2.124.645 618.549 82.921 21.850 606.416 1.367.960 115.900 1.245.979 621.139 -39,3% -2,3% -19,8% 18,5% 7,2% -23,3% 8,2% 21,0% -28,7% 96,5% -11,8% 18,1% 52,8% 22,2% 147,9% 67,7% 30,9% -33,0% -2,5% 24,2% 14,7% 4,7% 17,0% 32,9% 20,0% -11,6% 5,7% 6,2% 66,7% 24,8% 71,2% -9,4% 85,5% 25,2% -5,1% 49,4% -19,8% 8,4% 98,5% 3,1% 147,9% 22,6% -109.386 790.275 44.073 719.034 52.259 292.310 1.377.022 327.690 -16.497 271.265 187.789 2.132.303 348.047 92.933 3.331.525 374.317 2.448.306 -77.331 -21.801 468.552 198.727 489.240 351.560 70.768 542.500 31.085 120.927 -827.514 1.360.777 36.047 886.320 -65.360 492.988 1.043.476 267.446 81.815 30.108 -110.661 591.395 22.209 532.115 401.914 88,9% 48.143.138 74.151.675 47,7% 31.653 2.495 634.564 -4.569 858.466 582 -1.281 -48.732 102.030 -6.598 176.278 41.421 1.342.539 76.480 2.385 53.185 156.679 -82,8% 72,3% -14,7% 17,3% 166,5% 255,4% 12,3% 11,8% -28,4% -107,6% 60,3% -15,8% 185,3% 38,3% 166,3% 156,7% 37,0% 9.270.040 26.890 4.692.048 230.456 5.400.261 21 37.563 579.364 1.517.783 191.333 1.744.379 405.662 12.768.476 265.894 47.063 1.117.103 648.235 8.558.745 28.166 6.206.839 235.086 5.560.505 149 33.480 521.433 1.960.161 335.724 2.402.553 878.629 11.502.760 242.059 53.758 869.571 669.853 3.417.577 322,4% 38.942.571 40.059.471 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 130.242 1.027.075 79.656 943.174 24.407 245.510 2.008.224 920.138 -19.180 196.903 50.656 2.925.735 703.635 216.990 4.500.325 486.315 2.871.846 -82.209 -7.005 408.409 557.097 547.382 450.260 183.528 671.257 65.853 107.057 -1.745.386 1.973.192 691.043 2.154.924 -60.799 459.115 1.774.805 339.320 64.272 23.026 2.749 911.402 29.548 914.855 624.697 214,1% 24,6% 73,3% 25,8% -55,2% -19,5% 39,8% 169,2% -11,5% -30,4% -74,1% 31,5% 93,8% 123,8% 29,5% 24,5% 12,5% -1,9% 69,2% -16,4% 168,7% 7,3% 22,8% 148,6% 18,6% 103,1% -15,1% -102,2% 39,0% 1737,8% 133,1% 10,8% -10,7% 63,1% 21,6% -24,7% -26,7% 102,4% 47,7% 27,5% 64,8% 49,0% 0,21 0,25 0,46 0,05 0,06 0,06 0,18 0,32 0,29 0,41 0,15 0,38 0,45 1,41 1,88 0,36 0,31 0,09 1,23 0,37 0,13 0,34 0,42 0,26 0,42 0,00 0,80 0,00 0,41 0,16 0,38 0,91 0,39 0,43 0,13 0,03 0,87 0,17 0,34 1,38 0,31 0,35 0,24 0,28 0,52 0,05 0,07 0,05 0,33 0,24 0,59 0,40 0,19 0,39 0,35 1,06 0,81 0,45 0,39 0,12 1,02 0,56 0,11 0,25 0,27 0,47 0,47 0,02 0,67 0,00 0,38 0,14 0,33 0,89 0,32 0,36 0,43 0,01 0,93 0,17 0,32 1,10 0,42 0,52 5,47 1,22 0,21 0,77 0,95 0,22 1,83 1,87 -2,22 0,49 1,14 2,56 0,88 0,56 1,62 0,16 2,44 1,69 -1,22 1,57 0,52 1,70 0,86 1,59 2,98 5,21 222,39 1,31 0,73 0,34 1,20 92,14 0,72 1,31 1,19 0,51 0,47 2,39 0,83 3,57 0,45 1,15 2,23 1,12 0,15 0,67 0,79 0,18 1,30 2,21 -1,60 1,00 0,89 1,74 0,66 0,47 1,54 0,24 2,31 1,11 -1,26 1,76 0,42 1,44 0,97 1,60 2,41 4,93 22,57 1,26 0,82 0,30 1,08 14,23 1,35 0,93 1,03 0,79 0,35 2,56 1,55 3,65 1,10 1,34 19.580.567 28.370.042 38,9% 0,57 0,45 1,32 1,25 -11,5% 0,4% 26,8% -2,2% -1,3% 580,2% -14,6% -13,7% 23,8% 68,2% 32,0% 107,6% -13,6% -12,7% 9,5% -25,4% -0,9% 1.021.005 -4.436 -931.666 -30.862 -850.213 45 -9.953 16.382 -18.435 204.978 -249.411 -3.751 -301.159 58.263 1.427 -62.337 433.423 1.645.292 -6.394 886.790 -46.288 47.010 138 -3.989 98.339 -118.078 178.343 -683.629 -99.176 -85.531 46.634 117 -6.268 352.811 54,5% -38,2% 191,2% -43,8% 105,3% 194,0% 61,6% 475,5% -514,0% -16,6% -162,8% -2434,7% 72,8% -23,3% -92,1% 90,4% -22,0% 0,21 1,23 0,44 0,01 0,95 0,00 0,73 0,02 0,89 0,56 0,28 0,47 0,80 1,66 0,57 0,17 0,82 0,20 1,09 0,34 0,00 0,71 0,00 0,76 0,01 0,71 0,46 0,35 0,33 0,75 1,95 0,49 0,23 0,59 3,71 2,11 2,97 -9,06 4,05 0,04 7,10 1,31 2,83 0,32 2,14 0,36 23,76 0,82 1,78 1,61 0,84 2,24 1,92 2,16 -7,83 1,96 1,08 8,90 0,52 3,22 0,57 2,53 0,77 7,04 0,71 1,91 1,07 0,91 -1,4% -726.700 2.206.121 391,0% 0,57 0,49 3,45 2,31 173 Estatísticas Statistics UTILIDADE PÚBLICA / UTILITIES Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Energia Elétrica / Electricity AES ELPA AES SUL AES TIETE AFLUENTE AMPLA ENERG AMPLA INVEST CEB CELESC CELGPAR CELPA CELPE CEMAT CEMIG CESP COELBA COELCE COPEL COSERN CPFL ENERGIA ELEKTRO ELETROBRAS ELETROPAR ELETROPAULO EMAE ENERGIAS BR ENERGISA EQUATORIAL GER PARANAP IENERGIA LIGHT S/A MPX ENERGIA REDE ENERGIA TAESA TRACTEBEL TRAN PAULIST VBC ENERGIA ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 13.567.591 2.218.931 2.514.577 116.045 4.472.204 3.270.035 1.769.658 4.442.885 6.253.829 3.752.690 3.517.570 3.230.552 24.341.468 17.061.183 4.235.938 2.781.587 13.253.626 1.330.081 16.243.172 2.951.442 138.053.933 130.042 12.556.389 1.142.258 10.469.931 3.321.058 5.059.321 3.355.185 524.815 9.461.965 3.456.922 11.359.677 3.234.908 8.341.816 5.669.603 5.745.010 12.836.486 2.243.033 2.250.594 51.505 4.589.050 3.271.435 1.916.014 4.351.121 6.720.210 4.108.947 3.568.294 3.318.730 28.866.273 16.315.138 4.715.070 2.879.502 13.833.496 1.502.844 16.869.991 3.241.770 133.816.660 121.028 11.855.390 1.149.319 11.527.605 3.577.912 5.343.320 3.301.169 395.780 9.360.159 4.219.306 11.673.806 3.514.298 9.654.142 6.320.089 4.985.856 -9,3% -3,1% -14,2% -57,5% -1,6% -4,1% 3,8% -6,1% 3,0% 5,0% -2,8% -1,5% 13,7% -8,3% 6,7% -0,8% 0,1% 8,3% -0,4% 5,3% -7,1% -10,8% -9,5% -3,5% 5,6% 3,3% 1,2% -5,7% -27,7% -5,2% 17,0% -1,5% 4,1% 10,9% 6,9% -16,8% 1.421.540 605.510 501.037 98.990 1.545.902 186.957 331.955 1.638.252 486.814 1.066.725 1.308.262 1.129.436 9.351.634 7.904.531 1.631.205 917.101 8.053.087 551.633 5.018.619 1.103.032 85.618.361 118.587 3.298.824 830.126 3.542.918 604.625 1.101.126 2.141.931 311.604 2.803.704 2.095.848 1.108.177 1.476.109 3.170.788 4.103.296 1.251.131 1.424.468 613.358 501.037 36.235 1.394.879 163.003 371.656 1.729.474 393.379 1.157.689 1.412.937 1.252.440 10.275.505 8.522.626 1.779.543 1.038.697 8.830.061 585.391 5.082.942 1.127.310 76.091.785 118.623 3.281.274 821.467 4.268.704 802.845 1.181.541 2.151.402 110.122 2.887.054 1.907.360 1.128.515 1.873.954 3.681.267 4.185.346 750.198 -3,9% -2,9% -4,1% -64,9% -13,5% -16,4% 7,3% 1,2% -22,5% 4,0% 3,5% 6,3% 5,3% 3,4% 4,6% 8,6% 5,1% 1,7% -2,9% -2,0% -14,8% -4,1% -4,6% -5,1% 15,5% 27,3% 2,9% -3,7% -66,1% -1,3% -12,8% -2,4% 21,7% 11,3% -2,2% -42,5% 7.608.837 1.409.595 1.605.213 45.764 2.451.329 1.915.044 953.672 3.520.893 1.809.083 1.263.611 2.214.524 1.249.633 10.890.319 2.479.693 3.115.104 1.915.044 5.458.778 796.266 9.681.866 2.512.477 30.388.632 0 7.529.860 250.344 4.610.492 1.640.097 2.346.027 707.811 26.354 5.386.644 8.105 3.995.756 625.190 3.400.250 1.565.384 2.746.835 8.138.777 1.432.374 1.669.874 49.590 2.745.730 2.140.702 1.094.301 3.660.043 1.850.532 1.408.233 2.501.300 1.364.346 11.705.083 2.652.807 3.350.764 2.140.702 5.617.311 855.089 10.565.982 2.662.347 27.652.513 0 8.049.899 160.838 4.648.348 1.755.792 2.506.453 780.274 29.547 5.432.306 63.911 5.044.554 752.675 3.496.677 1.656.478 2.723.996 2,5% -2,6% -0,3% 3,9% 7,4% 7,2% 10,0% -0,3% -1,9% 6,8% 8,3% 4,7% 3,0% 2,6% 3,1% 7,2% -1,3% 2,9% 4,6% 1,6% -12,8% —2,5% -38,4% -3,3% 2,6% 2,4% 5,7% 7,5% -3,3% 655,9% 21,0% 15,4% -1,4% 1,4% -4,9% 1.624.810 60.399 1.029.887 37.998 426.624 278.514 58.940 419.998 -364.858 4.095 477.910 137.358 3.290.987 -3.052.140 854.407 399.286 1.554.959 214.218 1.921.699 489.820 9.209.411 10.732 1.456.260 247.654 595.902 159.329 634.358 217.152 23.118 1.307.511 250.997 457.012 238.464 1.589.520 845.913 536.852 1.340.988 113.862 1.167.401 33.631 339.381 324.313 60.738 241.614 -73.284 97.498 420.443 198.797 3.083.430 1.077.675 847.223 390.990 1.427.228 195.805 1.884.524 621.641 -723.484 11.187 1.349.866 15.485 947.480 362.225 482.160 277.084 -197.770 825.734 -203.905 91.858 370.348 1.598.011 845.476 570.283 -20,9% 80,7% 8,7% -15,2% -23,7% 11,6% -1,2% -44,9% 80,7% 2182,5% -15,7% 38,7% -10,2% 133,8% -4,9% -6,1% -12,0% -12,4% -6,0% 21,7% -107,5% -0,1% -11,1% -94,0% 52,4% 117,9% -27,1% 22,3% -920,1% -39,5% -177,9% -80,7% 48,9% -3,6% -4,2% 1,8% 353.207.897 358.265.342 -2,8% 158.429.377 152.934.087 -7,5% 128.124.526 132.360.148 -1,0% 27.645.096 20.415.936 -29,2% Saneamento e Serviços de Água e Gás / Sanitation and Water and Gas Services CASAN CEG COMGAS COPASA SABESP SANEPAR ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 1.446.722 4.668.298 4.012.519 6.365.445 20.113.911 4.668.298 1.606.574 4.858.229 3.829.183 6.922.794 21.565.203 4.858.229 6,5% -0,2% -8,5% 4,3% 2,8% -0,2% 989.918 1.936.744 1.137.081 3.686.347 9.547.915 1.936.744 1.019.069 2.035.602 1.279.113 3.731.416 10.527.637 2.035.602 -1,3% 0,8% 7,8% -3,0% 5,7% 0,8% 415.967 1.317.891 3.989.074 2.791.462 6.351.672 1.317.891 466.326 1.389.402 3.884.422 3.270.633 6.730.547 1.389.402 7,5% 1,1% -6,6% 12,3% 1,6% 1,1% 30.040 193.603 716.601 409.437 461.804 193.603 35.239 188.013 422.462 708.073 1.937.929 188.013 12,5% -6,9% -43,5% 65,8% 302,3% -6,9% 41.275.193 43.640.212 1,4% 19.234.749 20.628.439 2,8% 16.183.957 17.130.732 1,5% 2.005.088 3.479.729 66,4% BENS PRIMÁRIOS / RAW MATERIAL Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Açúcar e Álcool / Sugar & Ethanol COSAN COSAN LTD GUARANI SAO MARTINHO USIN C PINTO ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 7.352.356 8.478.732 2.475.339 2.916.623 1.375.055 10.647.393 11.558.700 3.172.028 3.394.692 1.475.742 38,8% 30,7% 22,8% 11,6% 2,9% 3.325.800 3.144.337 1.180.928 1.648.965 413.794 3.365.747 3.191.220 1.153.042 1.575.201 247.321 -3,0% -2,7% -6,4% -8,4% -42,7% 2.736.176 2.144.463 852.699 712.420 314.113 6.270.089 6.270.089 1.170.698 774.443 741.557 119,7% 180,3% 31,6% 4,2% 126,3% -68.977 -135.780 -62.422 -71.271 231.571 -709.061 -742.290 -423.057 -131.816 -104.419 -885,5% -424,1% -549,7% -77,3% -143,2% 22.598.105 30.248.555 28,3% 9.713.824 9.532.531 -5,9% 6.759.871 15.226.876 115,9% -106.879 -2.110.643 -1793,2% 7 947.342 5.563.975 2.328.652 185.779.471 5 122.185 4.966.274 1.710.060 177.738.189 -31,5% -87,6% -14,4% -29,6% -8,3% -59.880 947.163 2.113.171 -65.071 96.274.640 -27.500 121.672 2.219.692 -279.883 95.758.115 56,0% -87,7% 0,7% -312,3% -4,6% 0 0 1.466.125 652.434 70.540.994 0 0 1.926.568 361.809 48.496.566 ——26,0% -46,8% -34,1% -166.149 -52.740 -67.899 -904.149 22.237.695 -116.493 331.305 544 -223.480 15.249.218 32,8% 702,2% 100,8% 76,3% -34,3% 194.619.447 184.536.713 -9,1% 99.210.023 97.792.096 -5,5% 72.659.553 50.784.943 -33,0% 21.046.758 15.241.094 -30,6% Mineração / Mining CENT AMAPA CENT MIN-RIO MAGNESITA SA MMX MINER VALE ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 174 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 464.945 44.896 692.462 35.550 281.386 -5.505 66.941 258.444 -253.942 -3.875 466.313 84.561 1.887.035 -2.351.639 814.805 338.523 1.078.744 212.344 1.275.692 391.787 6.136.497 10.664 1.027.109 170.585 388.779 104.961 300.114 148.332 146.397 974.453 204.078 179.169 187.545 1.115.153 827.065 353.809 307.019 156.964 780.235 28.271 222.281 26.558 48.920 127.283 -94.452 121.707 435.525 167.022 1.861.403 762.713 809.395 334.448 1.026.433 197.165 1.286.470 485.567 170.526 11.051 1.063.194 -7.526 625.137 249.712 207.283 189.417 -199.217 604.831 -147.392 20.338 287.795 1.134.398 828.019 387.709 -36,7% 235,2% 8,0% -23,8% -24,3% 562,5% -29,9% -52,8% 64,3% 3111,0% -10,5% 89,4% -5,4% 131,1% -4,8% -5,3% -8,8% -11,0% -3,3% 18,8% -97,3% -0,7% -0,8% -104,2% 54,1% 128,1% -33,8% 22,4% -230,5% -40,5% -169,2% -89,1% 47,1% -2,5% -4,0% 5,1% 12.146.051 1.613.421 2.013.540 17.055 2.926.302 3.083.078 1.437.703 2.804.633 5.767.015 2.685.965 2.209.308 2.101.116 14.989.834 9.156.652 2.604.733 1.864.486 5.200.539 778.448 11.224.553 1.848.410 52.435.572 11.455 9.257.565 312.132 6.927.013 2.716.433 3.958.195 1.213.254 213.211 6.658.261 1.361.074 10.251.500 1.758.799 5.171.028 1.566.307 4.493.879 11.412.018 1.629.675 1.749.557 15.270 3.194.171 3.108.432 1.544.358 2.621.647 6.326.831 2.951.258 2.155.357 2.066.290 18.590.768 7.792.512 2.935.527 1.840.805 5.003.435 917.453 11.787.049 2.114.460 57.724.875 2.405 8.574.116 327.852 7.258.901 2.775.067 4.161.779 1.149.767 285.658 6.473.105 2.311.946 10.545.291 1.640.344 5.972.875 2.134.743 4.235.658 -9,9% -3,2% -16,7% -14,2% 4,6% -3,3% 3,0% -10,4% 5,2% 5,3% -6,5% -5,7% 18,9% -18,4% 8,0% -5,4% -7,8% 13,0% 0,7% 9,7% 5,5% -79,9% -11,2% 0,7% 0,5% -2,1% 0,8% -9,2% 28,4% -6,8% 62,8% -1,4% -10,6% 10,7% 30,7% -9,6% 307.701 -207.754 125.650 17.551 510.843 -349.777 -370.218 586.908 -1.728.483 -224.868 307.500 -191.222 1.869.451 -734.663 185.941 -267.721 1.609.659 13.622 -529.701 -149.378 11.310.641 22.760 454.475 448 -614.498 667.503 602.760 99.172 -130.240 1.162.467 872.616 -387.865 -342.792 -954.197 -166.646 -274.538 -129.675 -178.829 -25.233 -4.444 252.584 -244.354 -151.905 388.761 -2.503.166 -135.733 375.503 -213.067 722.911 -758.328 -253.276 -109.692 1.986.583 -59.834 -340.602 -24.407 14.031.542 36.475 -36.533 -3.527 366.807 510.523 683.883 89.237 -196.375 1.162.468 796.806 -400.764 -486.818 400.440 -571.792 -434.867 -140,4% 17,5% -119,3% -124,3% -52,6% 33,0% 60,7% -36,5% -38,8% 42,1% 17,1% -6,8% -62,9% 1,0% -230,6% 60,7% 18,3% -521,1% 38,4% 84,3% 18,9% 53,6% -107,7% -854,7% 157,2% -26,7% 8,8% -13,7% -44,5% -4,1% -12,5% 0,9% -36,1% 140,2% -228,9% -51,9% 0,56 0,64 0,64 0,39 0,55 0,59 0,54 0,79 0,29 0,34 0,63 0,39 0,45 0,15 0,74 0,69 0,41 0,60 0,60 0,85 0,22 0,00 0,60 0,22 0,44 0,49 0,46 0,21 0,05 0,57 0,00 0,35 0,19 0,41 0,28 0,48 0,63 0,64 0,74 0,96 0,60 0,65 0,57 0,84 0,28 0,34 0,70 0,41 0,41 0,16 0,71 0,74 0,41 0,57 0,63 0,82 0,21 0,00 0,68 0,14 0,40 0,49 0,47 0,24 0,07 0,58 0,02 0,43 0,21 0,36 0,26 0,55 8,54 2,66 4,02 0,17 1,89 16,49 4,33 1,71 11,85 2,52 1,69 1,86 1,60 1,16 1,60 2,03 0,65 1,41 2,24 1,68 0,61 0,10 2,81 0,38 1,96 4,49 3,59 0,57 0,68 2,37 0,65 9,25 1,19 1,63 0,38 3,59 8,01 2,66 3,49 0,42 2,29 19,07 4,16 1,52 16,08 2,55 1,53 1,65 1,81 0,91 1,65 1,77 0,57 1,57 2,32 1,88 0,76 0,02 2,61 0,40 1,70 3,46 3,52 0,53 2,59 2,24 1,21 9,34 0,88 1,62 0,51 5,65 18.054.177 14.516.202 -22,9% 194.778.520 205.331.255 1,1% 13.103.107 14.541.302 6,4% 0,36 0,37 1,23 1,34 18.117 141.880 514.045 274.153 63.571 141.880 32.515 137.871 367.867 525.306 1.373.879 137.871 72,1% -6,8% -31,4% 83,7% 1971,8% -6,8% 456.804 2.731.554 2.875.438 2.679.098 10.565.996 2.731.554 587.505 2.822.627 2.550.070 3.191.378 11.037.566 2.822.627 23,3% -0,9% -15,0% 14,2% 0,1% -0,9% 2.616 8.111 -377.259 704.975 -778.507 8.111 45.253 -10.611 -421.906 306.444 -580.222 -10.611 1558,3% -225,4% -7,2% -58,3% 28,6% -225,4% 0,29 0,28 0,99 0,44 0,32 0,28 0,29 0,29 1,01 0,47 0,31 0,29 0,46 1,41 2,53 0,73 1,11 1,41 0,58 1,39 1,99 0,86 1,05 1,39 1.153.646 2.575.309 114,0% 22.040.444 23.011.773 0,1% -431.953 -671.653 -49,1% 0,39 0,39 1,15 1,12 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % -47.775 -75.824 -62.908 -48.794 239.046 -473.836 -347.919 -290.984 -71.865 -58.274 -850,8% -339,9% -343,4% -41,2% -123,4% 3.745 -1.242.878 -166.149 -52.740 -53.861 -848.024 21.279.629 20.158.855 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 4.026.556 5.334.395 1.294.411 1.267.658 961.261 7.281.646 8.367.480 2.018.986 1.819.491 1.228.421 73,4% 50,4% 49,5% 37,6% 22,5% 1.705.913 2.522.578 -239.426 84.927 363.968 -31915,8% 12.884.281 20.716.024 54,1% -116.493 331.305 -29.685 -214.147 10.248.950 32,8% 702,2% 47,2% 75,8% -53,8% 59.887 179 3.450.804 2.393.723 89.504.831 27.505 513 2.746.582 1.989.943 81.980.074 10.219.930 -51,4% 95.409.424 86.744.617 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 749.684 1.205.696 -344.910 42.485 161.147 -57,9% -54,2% -38,1% -52,0% -57,6% 0,37 0,25 0,34 0,24 0,23 0,59 0,54 0,37 0,23 0,50 1,21 1,70 1,10 0,77 2,32 2,16 2,62 1,75 1,16 4,97 4.437.960 1.814.102 -60,8% 0,30 0,50 1,33 2,17 -56,0% 174,7% -23,7% -20,3% -12,2% -59.880 -178 833.606 -570.707 37.419.703 -293 -499 741.795 -749.803 19.291.669 99,5% -168,7% -14,7% -26,0% -50,6% 0,00 0,00 0,26 0,28 0,38 0,00 0,00 0,39 0,21 0,27 -1,00 0,00 1,63 -36,79 0,93 -1,00 0,00 1,24 -7,11 0,86 -12,8% 37.622.544 19.282.869 -50,9% 0,37 0,28 0,96 0,89 175 Estatísticas Statistics BENS PRIMÁRIOS / RAW MATERIAL Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Papel & Celulose e Madeira / Pulp & Paper CELUL IRANI DURATEX EUCATEX FIBRIA KLABIN S/A MELHOR SP SUZANO HOLD SUZANO PAPEL ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 563.540 1.137.591 1.146.734 12.801.898 8.242.200 989.267 13.251.037 12.958.479 520.389 4.333.741 1.238.211 28.323.732 7.997.732 760.384 13.086.378 12.758.969 -11,5% 265,2% 3,5% 112,1% -7,0% -26,3% -5,3% -5,6% 49.943 521.084 531.296 4.131.871 2.247.015 194.326 1.172.957 3.736.659 90.104 2.371.934 746.921 10.015.103 2.387.018 306.968 1.345.455 4.383.780 73,0% 336,4% 34,8% 132,4% 1,8% 51,4% 10,0% 12,5% 388.391 520.173 700.936 2.990.918 3.096.580 495.141 4.071.194 4.063.596 380.786 1.437.796 666.676 5.999.606 2.960.179 86.217 3.972.976 3.952.746 -6,0% 165,0% -8,8% 92,3% -8,4% -83,3% -6,4% -6,7% -81.538 125.164 72.933 -1.896.058 -580.347 21.309 -670.008 -635.783 70.704 172.277 218.474 1.992.305 753.168 173.599 1.240.065 1.232.099 183,1% 32,0% 187,2% 200,7% 224,4% 681,0% 277,4% 285,8% 51.090.746 69.019.536 29,5% 12.585.151 21.647.283 64,9% 16.326.929 19.456.982 14,2% -3.644.328 5.852.691 254,0% Petróleo & Gás, Química & Petroquímica e Borracha & Plástico / Oil & Gas and Derivates BRASKEM ECODIESEL ELEKEIROZ FER HERINGER FOSFERTIL GPC PART M G POLIEST MILLENNIUM OGX PETROLEO PETROBRAS PRONOR QUATTOR PETR SANSUY UNIPAR YARA BRASIL ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 22.701.942 499.570 659.119 1.891.585 4.308.269 750.066 1.623.729 566.190 9.747.932 292.163.842 471.369 2.386.564 232.096 11.919.403 1.990.602 22.105.061 549.303 584.308 1.704.581 2.646.904 596.688 1.466.193 490.294 10.388.632 345.607.250 447.733 2.237.050 252.858 1.419.181 1.186.447 -6,7% 5,4% -15,0% -13,6% -41,1% -23,7% -13,4% -17,0% 2,2% 13,4% -8,9% -10,1% 4,4% -88,6% -42,9% 3.679.857 104.338 441.390 237.258 1.918.003 112.114 196.229 380.489 9.165.729 138.365.282 144.521 687.836 -121.668 1.032.204 203.228 4.741.924 419.778 442.663 296.766 1.771.655 95.100 193.897 375.759 9.186.290 159.464.599 192.970 860.038 -158.829 347.153 501.529 23,5% 285,7% -3,9% 19,9% -11,4% -18,7% -5,3% -5,3% -3,9% 10,5% 28,0% 19,9% -25,1% -67,8% 136,6% 17.959.507 350.982 877.659 3.524.559 3.429.472 807.894 1.502.495 258.465 872.741 215.118.536 225.406 1.790.977 324.057 4.594.205 2.956.448 15.248.336 349.322 571.210 3.192.312 2.460.797 501.551 1.251.946 295.034 791.287 182.710.057 250.463 1.466.693 266.809 5.045.935 2.096.268 -18,6% -4,6% -37,6% -13,2% -31,2% -40,5% -20,1% 9,4% -13,1% -18,6% 6,5% -21,5% -21,1% 5,3% -32,0% -2.554.169 -197.100 80.440 -386.589 1.127.116 -22.230 -209.580 -34.559 556.428 48.204.798 -47.729 -339.207 -42.494 -1.035.159 -370.301 1.979.865 -88.508 -24.016 77.375 -211.824 11.261 -3.457 3.110 48.434 43.206.611 15.337 203.925 -37.233 -674.327 -112.200 174,3% 57,0% -128,6% 119,2% -118,0% 148,6% 98,4% 108,6% -91,7% -14,1% 130,8% 157,6% 16,0% 37,6% 71,0% 351.912.278 391.682.483 6,7% 156.546.810 178.731.292 9,5% 254.593.403 216.498.020 -18,5% 44.729.665 44.394.353 -4,9% Siderurgia e Metalurgia / Steel & Metallurgy ACOS VILL ALIPERTI CONFAB ELUMA FERBASA FIBAM GERDAU GERDAU MET MANGELS INDL MET DUQUE PANATLANTICA PARANAPANEMA SID NACIONAL TEKNO USIMINAS ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 1.964.276 166.665 2.094.887 748.156 988.741 68.519 59.050.514 60.156.919 782.091 148.258 204.561 3.320.395 31.497.439 212.486 27.580.053 1.850.096 171.711 1.740.368 749.271 980.797 72.344 44.583.316 45.699.733 705.788 143.976 211.986 2.845.063 29.167.224 210.315 25.747.333 -9,7% -1,2% -20,4% -4,0% -4,9% 1,2% -27,6% -27,2% -13,5% -6,9% -0,7% -17,9% -11,2% -5,1% -10,5% 955.969 91.139 1.242.923 396.509 842.114 26.164 25.043.578 24.377.920 204.887 102.123 113.548 1.193.231 6.662.589 177.280 15.028.943 900.871 89.800 1.315.267 443.231 867.764 29.074 22.004.793 21.332.454 217.353 91.543 122.615 1.407.699 5.510.433 184.479 15.218.798 -9,7% -5,5% 1,4% 7,2% -1,2% 6,5% -15,8% -16,1% 1,7% -14,1% 3,5% 13,1% -20,7% -0,2% -2,9% 2.265.902 62.661 2.270.218 789.343 878.914 118.917 41.907.845 41.907.845 698.599 99.868 357.325 3.481.354 14.002.871 152.515 15.706.529 1.466.306 62.495 2.127.473 705.674 450.753 120.805 26.540.050 26.540.050 631.538 92.249 295.532 2.511.913 10.978.364 122.694 10.924.140 -38,0% -4,4% -10,2% -14,3% -50,8% -2,6% -39,3% -39,3% -13,3% -11,4% -20,7% -30,8% -24,8% -22,9% -33,3% 539.123 335 763.674 28.903 382.940 5.339 8.127.822 8.064.268 -21.379 2.028 27.343 173.513 6.728.948 39.421 4.248.015 208.005 3.328 279.031 92.636 47.260 5.659 846.887 804 28.102 -4.055 12.722 -89.360 3.289.723 24.875 1.890.136 -63,0% 852,4% -65,0% 207,3% -88,2% 1,6% -90,0% -100,0% 226,0% -291,7% -55,4% -149,4% -53,1% -39,5% -57,3% 188.983.960 154.879.321 -21,4% 76.458.917 69.736.174 -12,6% 124.700.706 83.570.036 -35,8% 29.110.293 6.635.753 -78,1% BENS DE CAPITAL / CAPITAL GOODS Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Máquinas e Equipamentos / Machinery and Equipment ACO ALTONA BARDELLA BAUMER BEMATECH COBRASMA DHB EMBRAER FORJA TAURUS FRAS-LE INDS ROMI INEPAR 176 180.308 678.161 63.207 485.694 8.450 198.769 21.499.170 800.045 463.955 1.680.924 2.278.336 143.196 896.433 72.126 493.224 6.568 215.126 15.945.642 866.481 527.375 1.738.947 2.699.194 -23,9% 26,7% 9,4% -2,6% -25,5% 3,8% -28,9% 3,8% 9,0% -0,8% 13,6% -22.762 217.291 32.362 379.351 -2.889.200 -634.097 5.970.531 328.633 208.125 700.809 183.916 -20.796 224.581 33.891 376.293 -3.193.519 -744.876 5.020.805 365.757 235.069 682.875 331.365 12,4% -0,9% 0,4% -4,9% -6,0% -12,6% -19,4% 6,7% 8,3% -6,6% 72,7% 198.155 510.438 74.055 317.863 44 280.416 11.746.765 599.219 432.295 696.124 1.019.087 123.097 710.098 85.202 330.391 46 244.781 10.812.747 679.393 428.055 475.434 1.197.474 -40,4% 33,4% 10,3% -0,4% 0,2% -16,3% -11,8% 8,7% -5,1% -34,5% 12,6% 27.925 15.043 5.409 54.212 -325.750 -133.055 883.179 77.159 35.371 161.759 119.098 3.022 16.806 5.434 39.126 -302.758 -113.852 620.731 90.828 59.204 14.868 -252.572 -89,6% 7,1% -3,7% -30,8% 10,9% 18,0% -32,6% 12,8% 60,5% -91,2% -303,3% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2008 2009 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 -54.223 75.095 59.330 -1.310.347 -348.646 21.725 -143.145 -451.308 44.069 97.935 215.757 558.051 332.907 111.487 239.423 877.932 177,9% 25,0% 248,6% 140,8% 191,5% 392,0% 260,3% 286,5% 513.597 616.507 615.438 8.670.027 5.995.185 794.941 12.078.080 9.221.820 430.285 1.961.807 491.290 18.308.629 5.610.714 453.416 11.740.923 8.375.189 -19,7% 205,1% -23,5% 102,4% -10,3% -45,3% -6,8% -12,9% -75.452 92.562 102.710 -595.573 2.337.051 -26.677 2.135.430 2.050.117 -84.786 327.819 79.979 1.849.718 1.935.008 32.564 2.097.458 2.008.204 -7,7% 239,5% -25,4% 397,7% -20,6% 217,0% -5,8% -6,1% 0,69 0,46 0,61 0,23 0,38 0,50 0,31 0,31 0,73 0,33 0,54 0,21 0,37 0,11 0,30 0,31 10,28 1,18 1,16 2,10 2,67 4,09 10,30 2,47 4,78 0,83 0,66 1,83 2,35 1,48 8,73 1,91 -2.151.519 2.477.561 210,4% 38.505.595 47.372.253 17,9% 6.020.168 8.245.964 31,3% 0,32 0,28 3,06 2,19 -2.492.107 -197.100 81.245 -253.164 772.659 -5.645 -150.848 -19.907 359.884 32.987.792 -32.762 -340.049 -44.383 -152.311 -356.894 917.228 -88.493 3.830 59.508 -140.813 -15.808 -2.332 704 10.829 28.981.708 70.031 171.586 -36.954 -680.554 3.325 135,3% 57,0% -95,5% 122,5% -117,5% -168,5% 98,5% 103,4% -97,1% -15,8% 304,9% 148,4% 20,2% -328,3% 100,9% 19.022.085 395.232 217.729 1.654.327 2.390.266 637.952 1.427.500 185.701 582.203 153.798.560 326.848 1.698.728 353.764 10.887.199 1.787.374 17.363.137 129.525 141.645 1.407.815 875.249 501.588 1.272.296 114.535 1.202.342 186.142.651 254.763 1.377.012 411.687 1.072.028 684.918 -12,5% -68,6% -37,6% -18,4% -64,9% -24,6% -14,6% -40,9% 98,0% 16,0% -25,3% -22,3% 11,6% -90,6% -63,3% 146.877 -19.764 198.396 -297.066 793.529 -138.162 -53.592 83.073 7.118.159 1.018.117 73.468 508.577 13.606 796.592 -324.648 -243.044 202.452 174.766 -288.353 390.860 -177.859 27.604 68.872 6.449.684 18.644.378 75.927 555.843 24.091 872.665 -204.493 -258,6% 1082,0% -15,6% 6,9% -52,8% -23,4% 149,4% -20,5% -13,1% 1655,6% -0,9% 4,8% 69,7% 5,0% 39,6% 0,79 0,70 1,33 1,86 0,80 1,08 0,93 0,46 0,09 0,74 0,48 0,75 1,40 0,39 1,49 0,69 0,64 0,98 1,87 0,93 0,84 0,85 0,60 0,08 0,53 0,56 0,66 1,06 3,56 1,77 5,17 3,79 0,49 6,97 1,25 5,69 7,27 0,49 0,06 1,11 2,26 2,47 -2,91 10,55 8,79 3,66 0,31 0,32 4,74 0,49 5,27 6,56 0,30 0,13 1,17 1,32 1,60 -2,59 3,09 1,37 30.156.410 29.253.795 -7,0% 195.365.468 212.951.191 4,5% 9.917.162 26.573.393 156,9% 0,72 0,55 1,25 1,19 391.776 3.443 508.090 18.475 336.008 3.555 4.944.898 4.842.771 1.992 1.113 17.925 133.014 5.774.149 28.802 3.224.433 199.169 3.273 205.543 59.690 35.636 4.639 1.004.508 796.640 16.745 -4.055 8.985 194.029 2.598.665 18.042 1.343.580 -51,3% -8,9% -61,2% 209,7% -89,8% 25,1% -80,5% -84,2% 705,9% -449,3% -51,9% 39,8% -56,9% -39,9% -60,1% 1.008.307 75.526 851.964 351.647 146.627 42.355 34.006.936 35.778.999 577.204 46.135 91.013 2.127.164 24.834.850 35.206 12.551.110 949.225 81.911 425.101 306.040 113.033 43.270 22.578.523 24.367.279 488.435 52.433 89.371 1.437.364 23.656.791 25.836 10.528.535 -9,8% 4,0% -52,2% -16,6% -26,1% -2,1% -36,4% -34,7% -18,9% 9,0% -5,9% -35,2% -8,7% -29,6% -19,6% 538.976 52.108 953.173 286.342 541.453 5.738 12.300.103 12.314.566 316.262 -17.636 97.240 1.189.666 8.695.472 157.759 7.479.011 643.327 5.479 1.076.453 287.711 531.887 9.343 9.346.165 9.440.241 199.721 -10.052 98.151 716.618 8.440.398 166.938 6.090.925 14,4% -89,9% 8,3% -3,7% -5,8% 56,1% -27,2% -26,5% -39,5% 45,4% -3,2% -42,3% -6,9% 1,4% -21,9% 1,15 0,38 1,08 1,06 0,89 1,74 0,71 0,70 0,89 0,67 1,75 1,05 0,44 0,72 0,57 0,79 0,36 1,22 0,94 0,46 1,67 0,60 0,58 0,89 0,64 1,39 0,88 0,38 0,58 0,42 1,05 0,83 0,69 0,89 0,17 1,62 1,36 1,47 2,82 0,45 0,80 1,78 3,73 0,20 0,84 1,05 0,91 0,32 0,69 0,13 1,49 1,03 1,14 2,25 0,57 0,73 1,02 4,29 0,14 0,69 20.230.444 6.485.089 -69,3% 112.525.043 85.143.147 -27,5% 44.910.233 37.043.305 -20,9% 0,66 0,54 1,47 1,22 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2008 2009 24.266 13.027 4.215 51.716 -327.318 -122.506 428.750 55.075 25.522 125.726 77.873 1.966 16.634 2.378 27.922 -304.319 -110.778 894.590 50.785 43.896 12.101 52.130 Var. Real % Actual Var. % -92,2% 22,4% -45,9% -48,2% 10,9% 13,3% 100,0% -11,6% 64,9% -90,8% -35,8% Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 203.070 460.870 30.845 106.343 2.897.650 832.866 15.528.639 471.412 255.830 980.115 2.094.420 2009 Var. Real % Actual Var. % 163.992 671.852 38.235 116.931 3.200.087 960.002 10.924.837 500.724 292.306 1.056.072 2.367.829 -22,6% 39,8% 18,8% 5,4% 5,9% 10,5% -32,6% 1,8% 9,5% 3,3% 8,4% 2008 8.769 135.960 28.583 191.017 -1.126 -643.514 5.790.530 202.916 170.309 469.489 -522.858 2009 6.013 73.589 32.296 124.064 -2.661 -739.002 5.206.651 248.340 204.465 508.537 -506.235 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 -34,3% -48,1% 8,3% -37,7% -126,6% -10,1% -13,8% 17,3% 15,1% 3,8% 7,2% 1,10 0,75 1,17 0,65 0,01 1,41 0,55 0,75 0,93 0,41 0,45 0,86 0,79 1,18 0,67 0,01 1,14 0,68 0,78 0,81 0,27 0,44 -8,92 2,12 0,95 0,28 -1,00 -1,31 2,60 1,43 1,23 1,40 11,39 2009 -7,89 2,99 1,13 0,31 -1,00 -1,29 2,18 1,37 1,24 1,55 7,15 177 Statistics Estatísticas BENS DE CAPITAL / CAPITAL GOODS Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Máquinas e Equipamentos / Machinery and Equipment (cont.) IOCHP-MAXION KEPLER WEBER LUPATECH MARCOPOLO METAL LEVE METALFRIO METISA NORDON MET PLASCAR PART RANDON PART RECRUSUL RIOSULENSE SCHULZ TUPY WEG WETZEL S/A ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 1.133.879 417.310 928.573 2.435.045 1.633.061 856.522 160.932 36.341 606.849 2.215.764 54.281 123.162 457.706 2.038.688 5.772.774 145.739 1.391.309 417.022 1.211.889 2.492.246 1.364.978 719.756 171.700 27.345 722.112 2.577.230 69.042 115.173 521.394 2.178.605 5.373.607 142.702 17,6% -4,2% 25,1% -1,9% -19,9% -19,4% 2,3% -27,9% 14,1% 11,5% 21,9% -10,4% 9,2% 2,4% -10,8% -6,1% 442.937 173.820 194.730 683.509 446.528 278.667 91.836 -32.125 287.170 787.481 -43.704 -5.599 101.290 777.386 2.178.580 -8.419 482.429 170.854 191.341 724.043 561.509 271.733 110.255 -36.561 294.937 884.139 -37.066 -15.744 128.260 869.129 2.362.787 -15.331 4,4% -5,8% -5,8% 1,6% 20,6% -6,5% 15,1% -9,1% -1,5% 7,6% 18,7% -169,6% 21,4% 7,2% 4,0% -74,6% 1.827.726 329.052 87.834 2.532.163 1.866.631 724.852 243.448 0 560.105 3.059.478 28.361 115.719 493.075 1.767.753 4.502.041 211.241 1.317.607 215.077 236.709 2.057.700 1.539.582 643.248 187.697 0 582.829 2.469.544 26.366 86.802 369.513 1.223.841 4.210.620 153.580 -30,9% -37,3% 158,4% -22,1% -20,9% -14,9% -26,1% —-0,2% -22,6% -10,9% -28,1% -28,2% -33,6% -10,3% -30,3% 231.655 2.018 -99.022 186.779 44.734 -89.599 43.814 -1.124 3.669 419.846 -8.645 -26.488 -16.347 154.786 674.187 13.819 95.002 -6.677 20.331 191.375 50.003 54.666 33.997 -4.434 6.359 279.644 -32.040 -16.613 55.775 219.227 631.149 -9.123 -60,7% -417,2% 119,7% -1,8% 7,2% 158,5% -25,6% -278,2% 66,2% -36,1% -255,3% 39,9% 427,1% 35,8% -10,3% -163,3% 47.353.645 43.100.422 -12,7% 10.829.046 10.258.159 -9,2% 34.223.940 30.407.433 -14,8% 2.454.432 1.749.478 -31,7% BENS INTERMEDIÁRIOS / INTERMEDIATE GOODS Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Embalagens / Packaging and Labeling DIXIE TOGA METAL IGUACU PETROPAR PROVIDENCIA RIMET ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 1.220.734 72.509 690.282 1.044.773 147.567 1.278.485 69.158 523.736 986.609 165.704 0,4% -8,6% -27,3% -9,5% 7,6% 527.974 42.090 222.317 471.592 -248.027 552.333 39.042 283.446 506.858 -233.887 0,3% -11,1% 22,2% 3,0% 9,6% 1.064.794 71.649 459.816 500.369 116.989 1.173.270 72.907 485.749 412.837 127.803 5,6% -2,5% 1,3% -20,9% 4,7% 111.968 -4.896 -50.106 13.549 -22.393 129.327 -4.666 89.342 78.480 14.099 10,7% 8,6% 270,9% 455,3% 160,4% 3.175.865 3.023.692 -8,7% 1.015.946 1.147.792 8,3% 2.213.617 2.272.566 -1,6% 48.122 306.582 510,8% BENS DE CONSUMO NÃO CÍCLICO / NON-CYCLE CONSUMPTION GOODS Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Alimentos, Bebidas & Fumo / Food, Beverage & Tobacco AMBEV BRF FOODS CACIQUE CAF BRASILIA CLARION EXCELSIOR IGUACU CAFE JBS JOSAPAR LAEP M.DIASBRANCO MARFRIG MINERVA MINUPAR ODERICH RASIP AGRO RENAR SLC AGRICOLA SOUZA CRUZ ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 178 33.517.172 11.223.912 449.968 91.264 922.546 25.231 514.961 16.096.349 581.507 1.011.686 2.364.130 9.155.172 1.988.904 181.517 240.613 101.018 107.089 1.541.853 3.613.728 34.080.592 25.714.327 386.607 89.165 1.003.840 25.576 480.055 42.489.092 550.623 0 2.269.155 11.451.641 2.072.813 120.999 246.981 110.911 113.614 1.585.265 3.817.283 -2,5% 119,6% -17,6% -6,3% 4,3% -2,8% -10,6% 153,1% -9,2% -100,0% -8,0% 19,9% -0,1% -36,1% -1,6% 5,3% 1,7% -1,4% 1,3% 17.278.138 4.110.618 188.350 -1.145.430 771.587 7.068 121.488 6.134.411 179.787 20.010 1.207.358 2.729.851 284.733 -36.792 97.747 53.954 51.965 716.338 2.128.320 19.243.058 13.134.650 206.943 -1.337.450 819.634 6.613 168.224 16.728.086 182.765 0 1.469.842 4.184.285 526.717 -113.472 101.709 55.453 56.471 813.869 1.895.394 6,8% 206,3% 5,3% -11,9% 1,8% -10,3% 32,7% 161,4% -2,5% -100,0% 16,7% 46,9% 77,3% -195,7% -0,2% -1,5% 4,2% 8,9% -14,6% 11.214.134 11.393.030 476.644 18.969 575.780 49.573 610.715 30.340.255 774.232 1.396.574 2.192.571 6.203.797 2.120.771 129.195 269.044 61.120 39.373 413.660 5.300.616 11.199.162 15.905.776 429.934 14.829 569.579 57.437 586.487 34.311.806 691.832 0 2.347.898 9.615.740 2.602.119 122.648 270.926 56.747 33.378 596.975 5.792.616 -4,3% 33,8% -13,5% -25,1% -5,2% 11,1% -7,9% 8,4% -14,3% -100,0% 2,7% 48,6% 17,6% -9,0% -3,5% -11,0% -18,7% 38,3% 4,8% 3.504.433 -183.686 -707 -234.764 39.160 -2.833 7.495 84.759 50.773 -455.598 236.022 -236.474 -253.114 -4.268 3.594 9.182 -3.330 60.452 1.603.483 6.982.242 334.011 18.472 -194.531 34.236 -572 12.290 340.523 6.356 0 398.586 568.488 73.882 -139.303 10.199 1.821 -15.630 10.770 1.889.648 91,0% 274,3% 2604,7% 20,6% -16,2% 80,6% 57,2% 285,1% -88,0% -100,0% 61,9% 330,5% 128,0% -3029,0% 172,0% -81,0% -350,0% -82,9% 13,0% 83.728.620 126.608.539 45,0% 34.899.501 58.142.791 59,7% 73.580.053 85.205.889 11,0% 4.224.579 10.331.488 134,4% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2007 2008 Var. Real % Actual Var. % 214.094 -3.312 -87.440 134.446 62.256 -87.937 28.643 -302 14.991 231.111 950 -17.598 -13.081 168.575 560.401 8.592 55.133 -3.010 31.385 136.543 53.650 34.822 25.355 -4.434 10.084 138.950 -7.504 -10.292 35.195 156.736 548.392 -7.092 -75,3% 12,9% 134,4% -2,6% -17,4% 138,0% -15,1% -1307,5% -35,5% -42,4% -857,2% 43,9% 357,9% -10,9% -6,2% -179,1% 1.570.735 1.881.218 14,8% Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2007 2008 Var. Real % Actual Var. % 2007 690.942 243.490 733.843 1.751.536 1.186.533 577.855 69.096 68.466 319.679 1.428.283 97.985 128.761 356.416 1.261.302 3.594.194 154.158 908.880 246.168 1.020.548 1.768.203 803.469 448.023 61.446 63.906 427.175 1.693.091 106.108 130.917 393.134 1.309.476 3.010.820 158.033 26,1% -3,1% 33,3% -3,2% -35,1% -25,7% -14,7% -10,5% 28,1% 13,6% 3,8% -2,5% 5,7% -0,5% -19,7% -1,7% 128.031 116.403 97.839 592.937 -22.027 263.952 56.946 -38.458 -27.763 668.552 -15.306 -25.679 75.992 376.483 1.865.549 13.715 36.524.599 32.842.264 -13,8% 9.957.241 2008 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2007 2008 2007 2008 131.784 109.716 221.004 815.632 381.660 206.607 104.080 -40.139 -69.116 1.044.011 -12.262 -30.489 143.125 386.670 2.147.312 6.918 -1,3% -9,6% 116,5% 31,9% 1761,1% -25,0% 75,2% -0,1% -138,7% 49,7% 23,2% -13,8% 80,6% -1,5% 10,3% -51,6% 1,61 0,79 0,09 1,04 1,14 0,85 1,51 0,00 0,92 1,38 0,52 0,94 1,08 0,87 0,78 1,45 0,95 0,52 0,20 0,83 1,13 0,89 1,09 0,00 0,81 0,96 0,38 0,75 0,71 0,56 0,78 1,08 1,56 1,40 3,77 2,56 2,66 2,07 0,75 -2,13 1,11 1,81 -2,24 -23,00 3,52 1,62 1,65 -18,31 1,88 1,44 5,33 2,44 1,43 1,65 0,56 -1,75 1,45 1,91 -2,86 -8,32 3,07 1,51 1,27 -10,31 10.702.570 3,0% 0,72 0,71 3,37 3,20 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss Var. Real % Actual Var. % Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 2008 65.700 -3.152 -41.477 40.282 -22.393 51.838 -3.048 74.230 50.986 14.140 -24,4% 7,3% 271,6% 21,3% 160,5% 692.760 30.419 467.965 573.181 395.594 38.960 188.146 363,0% 2.159.919 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 726.152 30.116 240.290 479.751 399.591 0,5% -5,1% -50,8% -19,8% -3,2% 291.771 21.088 64.602 353.931 -56.262 1.875.900 -16,7% 675.130 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 330.023 20.429 79.460 287.550 -124.467 8,4% -7,1% 17,9% -22,1% -112,1% 0,87 0,99 0,67 0,48 0,79 0,92 1,05 0,93 0,42 0,77 1,31 0,72 2,10 1,22 -1,59 1,31 0,77 0,85 0,95 -1,71 592.995 -15,8% 0,70 0,75 2,13 1,63 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 3.059.478 54.372 4.164 -232.494 29.720 -1.806 7.477 25.939 27.653 -449.540 214.226 -35.500 -244.860 -4.070 40 6.027 -3.330 44.611 1.249.589 5.959.937 120.427 8.892 -192.022 25.358 -455 10.740 129.424 3.391 0 346.364 679.079 81.352 -76.680 7.926 2.769 -15.630 11.233 1.484.905 86,7% 112,3% 104,7% 20,8% -18,2% 75,8% 37,7% 378,3% -88,2% -100,0% 55,0% 1933,8% 131,9% -1706,1% 18895,9% -56,0% -350,0% -75,9% 13,9% 3.751.696 8.587.010 119,4% Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 16.239.034 7.113.294 261.618 1.236.694 150.959 18.163 393.473 9.961.938 401.720 991.676 1.156.772 6.425.321 1.704.171 218.309 142.866 47.064 55.124 825.515 1.485.408 14.837.534 12.579.677 179.664 1.426.615 184.206 18.963 311.831 25.761.006 367.858 0 799.313 7.267.356 1.546.096 234.471 145.272 55.458 57.143 771.396 1.921.889 -12,4% 69,5% -34,2% 10,6% 17,0% 0,1% -24,0% 147,9% -12,2% -100,0% -33,8% 8,4% -13,0% 3,0% -2,5% 13,0% -0,6% -10,4% 24,0% -4.685.509 2.904.283 77.362 -807.204 110.044 1.598 -44.770 3.331.525 146.292 -221.097 28.023 1.570.952 614.632 -122.702 30.223 25.933 -12.687 351.020 1.417.194 48.829.119 68.465.748 34,4% 4.715.112 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 -1.466.719 4.569.646 26.921 -989.575 99.295 -1.523 13.781 4.500.325 137.574 0 166.978 3.556.761 681.464 -88.806 33.430 11.316 -3.661 322.357 1.149.853 70,0% 50,8% -66,6% -17,5% -13,5% -191,4% 129,5% 29,5% -9,8% -100,0% 471,2% 117,0% 6,3% 30,6% 6,0% -58,2% 72,3% -12,0% -22,2% 0,33 1,02 1,06 0,21 0,62 1,96 1,19 1,88 1,33 1,38 0,93 0,68 1,07 0,71 1,12 0,61 0,37 0,27 1,47 0,33 0,62 1,11 0,17 0,57 2,25 1,22 0,81 1,26 —1,03 0,84 1,26 1,01 1,10 0,51 0,29 0,38 1,52 0,94 1,73 1,39 -1,08 0,20 2,57 3,24 1,62 2,23 49,56 0,96 2,35 5,99 -5,93 1,46 0,87 1,06 1,15 0,70 0,77 0,96 0,87 -1,07 0,22 2,87 1,85 1,54 2,01 —0,54 1,74 2,94 -2,07 1,43 1,00 1,01 0,95 1,01 12.719.417 158,6% 0,88 0,67 1,40 1,18 179 Estatísticas Statistics BENS DE CONSUMO CÍCLICO / CYCLE CONSUMPTION GOODS Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Atacado e Varejo / Wholesale and Retail B2W VAREJO BOMBRIL DIMED DROGASIL GLOBEX GRAZZIOTIN GUARARAPES HYPERMARCAS LE LIS BLANC LOJAS AMERIC LOJAS HERING LOJAS RENNER MARISA MINASMAQUINA NATURA P.ACUCAR-CBD PROFARMA SARAIVA LIVR WLM IND COM ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 2.359.866 460.745 275.749 596.179 2.445.606 199.375 1.982.483 3.565.389 211.539 6.492.892 7.695 1.626.355 1.498.567 61.592 2.242.153 13.544.018 922.104 682.441 426.933 2.324.320 522.732 333.081 731.914 2.437.471 231.972 2.268.522 6.287.485 211.196 6.747.984 7.366 1.921.197 1.498.013 84.449 2.741.218 18.012.734 951.283 843.575 477.252 -5,6% 8,8% 15,8% 17,7% -4,5% 11,5% 9,7% 69,1% -4,3% -0,4% -8,2% 13,2% -4,2% 31,4% 17,2% 27,5% -1,1% 18,5% 7,2% 207.591 -486.693 130.807 355.313 684.798 145.447 1.326.798 1.916.528 152.728 294.422 -11.342 711.493 598.163 41.465 1.014.109 5.407.716 467.440 335.882 335.059 246.968 -210.459 150.600 407.615 642.358 169.778 1.499.486 3.437.310 154.028 380.116 -11.534 777.640 704.117 47.570 1.139.821 6.559.460 485.366 369.131 354.957 14,1% 58,5% 10,4% 10,0% -10,1% 11,9% 8,3% 71,9% -3,3% 23,8% 2,5% 4,8% 12,8% 10,0% 7,8% 16,3% -0,5% 5,4% 1,6% 3.116.911 745.374 933.239 1.260.147 3.828.682 220.880 1.909.998 1.332.994 197.458 6.975.090 1.508 2.183.407 1.394.960 137.925 3.576.201 18.033.110 2.535.516 1.093.478 645.505 3.792.874 834.215 1.074.630 1.720.548 4.165.017 233.435 2.183.457 2.025.272 269.072 8.334.981 1.760 2.363.628 1.497.783 174.025 4.242.057 23.254.183 2.578.291 1.252.989 566.418 16,7% 7,3% 10,4% 30,9% 4,3% 1,3% 9,6% 45,7% 30,6% 14,6% 11,9% 3,8% 2,9% 21,0% 13,7% 23,6% -2,5% 9,9% -15,9% 97.671 -12.681 10.169 69.770 1.621 38.919 161.384 -322.089 16.017 190.754 -402 228.193 76.453 13.574 747.293 392.951 40.446 85.320 125.166 74.362 -27,0% 316.807 2495,0% 39.678 274,1% 105.220 44,6% -453.953 -26946,9% 35.645 -12,2% 262.647 56,0% 479.115 242,6% 10.816 -35,3% 263.552 32,5% -333 20,6% 272.211 14,4% 181.659 127,8% 10.532 -25,6% 874.154 12,1% 644.232 57,2% 71.896 70,4% 56.313 -36,7% 38.654 -70,4% 39.601.681 48.633.764 17,7% 13.627.724 17.304.328 21,7% 50.122.383 60.564.635 15,8% 1.960.529 3.283.207 60,5% 1.478.274 634.485 535.720 353.338 1.849.212 662.272 870.685 427.093 19,9% 0,1% 55,8% 15,9% 977.902 421.075 434.010 288.158 1.050.731 458.041 795.072 317.223 3,0% 4,3% 75,6% 5,5% 654.165 979.966 279.558 263.305 904.548 1.008.810 352.943 383.476 32,6% -1,3% 21,0% 39,6% -20.879 46.327 40.582 36.074 84.561 69.688 -1.395 68.409 488,3% 44,2% -103,3% 81,8% 3.001.817 3.809.262 21,7% 2.121.145 2.621.067 18,5% 2.176.994 2.649.777 16,7% 102.104 221.263 107,7% Educação / Education ANHANGUERA ESTACIO PART KROTON SEB ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR Lazer, Turismo e Hotelaria / Leisure Industry HOTEIS OTHON SPTURIS ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 423.284 273.599 423.012 287.729 -4,2% 0,8% -52.984 61.326 -65.267 70.391 -18,1% 10,0% 96.968 115.892 101.780 128.912 0,6% 6,6% -18.832 -1.132 4.846 7.107 124,7% 701,9% 696.883 710.741 -2,2% 8.342 5.124 -41,1% 212.860 230.692 3,9% -19.964 11.953 157,4% Tecidos, Vestuário e Calçados / Textile, Clothing and Footwear ALPARGATAS ARTHUR LANGE BOTUCATU TEX BUETTNER CAMBUCI CEDRO CIA HERING COTEMINAS DOHLER ENCORPAR FAB C RENAUX GRENDENE IND CATAGUAS KARSTEN MARISOL MUNDIAL PETTENATI SANTANENSE SCHLOSSER SPRINGS TEC BLUMENAU TECEL S JOSE TEKA TEX RENAUX VICUNHA TEXT VULCABRAS WEMBLEY ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 180 1.813.346 26.946 62.175 172.912 169.194 352.030 692.141 3.511.517 315.683 86.973 125.797 1.621.937 215.068 317.380 440.567 866.227 212.188 247.086 21.962 3.014.896 8.301 42.233 438.595 87.429 1.503.001 1.442.925 3.689.205 1.748.959 0 0 190.153 163.600 352.051 654.707 3.082.129 292.982 85.776 114.894 1.751.065 207.890 281.547 431.739 852.835 250.378 256.993 25.500 2.602.303 8.097 0 412.433 106.802 1.475.109 1.599.750 3.147.392 -7,5% -100,0% -100,0% 5,4% -7,3% -4,1% -9,3% -15,9% -11,0% -5,5% -12,4% 3,5% -7,3% -15,0% -6,1% -5,6% 13,1% -0,3% 11,3% -17,3% -6,5% -100,0% -9,9% 17,1% -5,9% 6,3% -18,2% 971.192 -39.704 -12.000 -59.558 -48.568 188.643 242.765 1.460.072 237.075 84.662 -64.182 1.260.141 105.146 51.693 233.980 146.524 94.114 169.969 -118.044 1.592.636 -20.678 -41.080 -528.732 -151.599 370.466 389.691 471.158 1.054.008 0 0 33.183 22.170 188.942 316.427 1.505.021 237.809 83.665 -98.127 1.420.792 110.429 60.042 258.987 83.112 99.333 184.595 -95.863 1.693.518 -24.191 0 -582.709 -158.256 500.612 437.634 379.127 4,0% -100,0% -100,0% 153,4% 143,8% -4,0% 25,0% -1,2% -3,8% -5,3% -46,6% 8,1% 0,7% 11,3% 6,1% -45,6% 1,2% 4,1% 22,1% 1,9% -12,2% -100,0% -5,7% -0,1% 29,5% 7,7% -22,9% 1.658.790 446 16.642 141.524 214.541 404.209 514.916 3.158.883 196.081 3.276 78.879 1.276.792 155.137 318.587 352.650 308.675 276.354 280.024 45.401 2.882.521 87 17.617 305.480 79.035 1.118.179 1.628.587 3.162.159 2.005.239 0 0 128.864 222.921 357.979 720.948 2.665.969 204.986 1.046 56.841 1.508.756 171.167 311.247 390.277 287.907 273.835 265.465 45.418 2.407.422 0 0 279.720 75.111 1.141.591 1.597.101 2.667.014 15,9% -100,0% -100,0% -12,7% -0,4% -15,1% 34,2% -19,1% 0,2% -69,4% -30,9% 13,3% 5,8% -6,3% 6,1% -10,6% -5,0% -9,1% -4,1% -19,9% -100,0% -100,0% -12,2% -8,9% -2,1% -6,0% -19,1% 190.415 -6.914 -21.415 -12.651 -4.138 31.869 43.696 -100.714 10.389 8.049 -29.469 253.693 12.048 -44.462 29.270 8.673 18.367 36.610 -19.601 -362.026 -6.621 -13.524 -120.504 -39.509 -198.532 179.490 -73.148 154.245 0 0 25.899 69.483 5.520 163.087 15.445 5.624 699 -30.565 292.146 19.535 8.581 48.956 9.730 14.406 21.365 22.181 29.522 -3.513 0 -91.784 -32.690 -226.784 132.131 15.775 -22,3% -100,0% -100,0% 296,3% 1709,7% -83,4% 257,8% 114,7% -48,1% -91,7% 0,6% 10,4% 55,4% 118,5% 60,3% 7,5% -24,8% -44,1% 208,5% 107,8% 49,1% -100,0% 27,0% 20,7% -9,5% -29,4% 120,7% 21.497.714 20.095.084 -10,4% 6.985.782 7.710.260 5,8% 18.595.472 17.786.824 -8,3% -230.659 668.994 378,0% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 61.768 8.984 9.689 51.173 -931 30.527 136.938 -207.876 15.091 89.527 -259 162.450 49.984 9.122 517.857 260.427 31.640 72.033 85.350 47.609 391.565 29.697 74.590 -315.564 28.444 214.151 313.373 6.643 152.028 -192 189.589 140.705 7.042 683.924 591.580 53.152 53.007 25.746 -26,1% 4078,3% 193,8% 39,7% -32394,0% -10,7% 49,9% 244,5% -57,8% 62,8% 28,9% 11,9% 169,9% -26,0% 26,6% 117,8% 61,0% -29,5% -71,1% 1.383.494 2.687.089 -26.704 37.635 30.560 25.727 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 2.152.275 947.438 144.942 240.866 1.760.808 53.928 655.685 1.648.861 58.811 6.198.470 19.037 914.862 900.404 20.127 1.228.044 8.136.302 454.664 346.559 91.874 2.077.352 733.191 182.481 324.299 1.795.113 62.194 769.036 2.850.175 57.168 6.367.868 18.900 1.143.557 793.896 36.879 1.601.397 11.453.274 465.917 474.444 122.295 -7,5% -25,8% 20,7% 29,1% -2,3% 10,6% 12,4% 65,7% -6,8% -1,5% -4,8% 19,8% -15,5% 75,7% 25,0% 34,9% -1,8% 31,2% 27,6% 360.114 -54.668 108.447 254.993 349.577 99.508 343.915 401.615 76.197 865.418 -47 339.338 540.866 31.092 550.430 2.234.481 563.253 194.878 174.706 86,2% 25.973.957 31.329.436 15,6% 72.859 64.280 -8.104 55.362 361,6% 63,7% -125,4% 106,3% 500.372 213.410 101.710 65.180 798.481 204.231 75.613 109.870 67.218 184.397 163,0% 880.672 -19.798 -1.132 5.047 5.524 124,4% 567,8% -20.930 10.571 173.181 -18.833 -21.445 -12.651 -4.138 24.015 37.722 13.624 6.586 7.276 -30.908 243.410 9.212 -43.794 21.348 7.379 10.218 32.916 -19.601 -342.379 -26.908 -14.399 -176.087 -39.584 -194.791 173.190 26.594 -158.847 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 751.567 44.173 126.438 259.896 -86.085 124.383 466.877 544.536 78.867 1.812.256 305 415.415 590.120 30.247 379.280 2.730.978 546.672 251.900 183.765 100,1% 177,5% 11,8% -2,3% -123,6% 19,8% 30,1% 30,0% -0,8% 100,8% 722,1% 17,4% 4,6% -6,7% -33,9% 17,2% -7,0% 23,9% 0,8% 1,32 1,62 3,38 2,11 1,57 1,11 0,96 0,37 0,93 1,07 0,20 1,34 0,93 2,24 1,59 1,33 2,75 1,60 1,51 1,63 1,60 3,23 2,35 1,71 1,01 0,96 0,32 1,27 1,24 0,24 1,23 1,00 2,06 1,55 1,29 2,71 1,49 1,19 10,37 -1,95 1,11 0,68 2,57 0,37 0,49 0,86 0,39 21,05 -1,68 1,29 1,51 0,49 1,21 1,50 0,97 1,03 0,27 8,41 -3,48 1,21 0,80 2,79 0,37 0,51 0,83 0,37 16,75 -1,64 1,47 1,13 0,78 1,40 1,75 0,96 1,29 0,34 7.434.113 9.251.590 19,3% 1,27 1,25 1,91 1,81 53,0% -8,3% -28,7% 61,6% -24.710 174.999 142.461 143.714 231.414 187.340 457.867 77.277 997,8% 2,6% 208,1% -48,5% 0,44 1,54 0,52 0,75 0,49 1,52 0,41 0,90 0,51 0,51 0,23 0,23 0,76 0,45 0,10 0,35 1.188.195 29,3% 436.464 953.898 109,5% 0,73 0,70 0,42 0,45 476.268 212.273 488.279 217.338 -1,7% -1,8% -108.498 -10.678 -75.975 6.368 32,9% 157,2% 0,23 0,42 0,24 0,45 -8,99 3,46 -7,48 3,09 148,4% 688.541 705.617 -1,8% -119.176 -69.607 44,0% 0,31 0,32 82,54 137,71 134.755 0 0 58.918 69.738 2.751 114.554 3.167 3.845 134 -35.186 276.161 14.437 8.566 35.762 -16.627 8.423 18.760 22.181 38.975 -3.513 0 -55.791 -14.436 -28.034 136.877 2.009 -25,4% -100,0% -100,0% 546,5% 1715,6% -89,0% 191,1% -77,7% -44,0% -98,2% -9,1% 8,8% 50,2% 118,8% 60,6% -316,0% -21,0% -45,4% 208,5% 110,9% 87,5% -100,0% 69,6% 65,0% 86,2% -24,2% -92,8% 842.154 66.650 74.175 232.470 217.762 163.387 449.376 2.051.445 78.608 2.311 189.979 361.796 109.922 265.687 206.587 719.703 118.074 77.117 140.006 1.422.260 28.979 83.313 967.327 239.028 1.132.535 1.053.234 3.218.047 694.951 0 0 156.970 141.430 163.109 338.280 1.577.108 55.173 2.111 213.021 330.273 97.461 221.505 172.752 769.723 151.045 72.398 121.363 908.785 32.288 0 995.142 265.058 974.497 1.162.116 2.768.265 -20,9% -100,0% -100,0% -35,3% -37,7% -4,3% -27,8% -26,3% -32,7% -12,4% 7,5% -12,5% -15,0% -20,1% -19,8% 2,5% 22,6% -10,0% -16,9% -38,7% 6,8% -100,0% -1,4% 6,3% -17,5% 5,8% -17,5% 536.380 -56.173 -37.620 -117.004 26.335 44.228 177.250 893.198 198.832 2.810 -61.467 1.154.100 74.056 50.648 117.638 -27.933 40.641 73.771 -68.124 700.552 -317 -68.570 -542.551 -124.046 190.721 558.050 892.647 623.554 0 0 -57.820 61.370 39.042 243.145 692.810 184.142 2.818 -34.512 1.240.434 65.881 88.204 152.435 -85.546 45.601 97.048 -32.456 509.453 -136 0 -562.236 -72.065 98.506 333.077 692.349 11,4% -100,0% -100,0% 52,6% 123,4% -15,4% 31,5% -25,6% -11,2% -3,9% 46,2% 3,0% -14,7% 67,0% 24,2% -193,6% 7,6% 26,1% 54,3% -30,3% 58,9% -100,0% 0,7% 44,3% -50,5% -42,8% -25,6% 0,91 0,02 0,27 0,82 1,27 1,15 0,74 0,90 0,62 0,04 0,63 0,79 0,72 1,00 0,80 0,36 1,30 1,13 2,07 0,96 0,01 0,42 0,70 0,90 0,74 1,13 0,86 1,15 ——0,68 1,36 1,02 1,10 0,86 0,70 0,01 0,49 0,86 0,82 1,11 0,90 0,34 1,09 1,03 1,78 0,93 0,00 —0,68 0,70 0,77 1,00 0,85 0,87 -1,68 -6,18 -3,90 -4,48 0,87 1,85 1,41 0,33 0,03 -2,96 0,29 1,05 5,14 0,88 4,91 1,25 0,45 -1,19 0,89 -1,40 -2,03 -1,83 -1,58 3,06 2,70 6,83 0,66 ——4,73 6,38 0,86 1,07 1,05 0,23 0,03 -2,17 0,23 0,88 3,69 0,67 9,26 1,52 0,39 -1,27 0,54 -1,33 —-1,71 -1,67 1,95 2,66 7,30 796.426 580,7% 14.511.932 12.384.824 -18,2% 4.628.052 4.325.098 -10,4% 0,86 0,89 2,08 1,61 181 Statistics Estatísticas BENS DE CONSUMO CÍCLICO / CYCLE CONSUMPTION GOODS Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Empresa Company Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Utilidades Domésticas / Domestic Utilities BIC MONARK BRASMOTOR ESTRELA HERCULES ITAUTEC NADIR FIGUEI POSITIVO INF PRO METALURG SPRINGER TECTOY WHIRLPOOL ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 226.173 792.691 122.917 21.956 1.211.777 323.787 1.161.151 2.102 157.844 41.457 3.846.045 239.425 767.372 0 18.657 1.293.737 351.853 1.347.940 2.129 156.189 28.418 4.316.739 1,5% -7,2% -100,0% -18,5% 2,4% 4,2% 11,3% -2,9% -5,1% -34,3% 7,6% 181.925 790.456 -92.913 -281.780 453.094 193.171 570.009 -247.856 95.989 -11.661 1.572.388 199.893 765.055 0 -286.106 496.082 200.183 624.405 -263.968 93.203 3.348 1.642.520 5,3% -7,2% -100,0% 2,7% 5,0% -0,7% 5,0% -2,1% -6,9% 127,5% 0,1% 37.874 0 79.029 9.428 1.786.616 274.642 1.927.415 4.483 89.747 39.974 5.924.437 31.385 0 0 6.465 1.871.694 296.856 2.170.983 3.398 72.796 44.942 6.674.652 -20,6% —-100,0% -34,3% 0,4% 3,6% 8,0% -27,3% -22,2% 7,8% 8,0% 17.414 328.637 -24.646 -19.325 54.599 22.264 147.285 -19.780 -2.190 -12.061 762.155 13.536 165.278 0 -4.059 65.987 17.314 53.209 -16.112 -6.823 -18.954 402.635 -25,5% -51,8% -100,0% 79,9% 15,9% -25,4% -65,4% 21,9% -198,7% -50,7% -49,4% 7.907.900 8.522.459 3,3% 3.222.822 3.474.615 3,4% 10.173.645 11.173.171 5,3% 1.254.352 672.011 -48,6% SERVIÇOS / SERVICES Balanço / Balance Sheet Depósitos Totais Total deposits Ativo Total Operacional Total Assets Empresa Company 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 Crédito Total Total credit 2009 Var. Real % Actual Var. % Patrimônio Líquido Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Bancos & Crédito / Banking ABC BRASIL ALFA FINANC ALFA INVEST AMAZONIA BANESE BANESTES BANPARA BANRISUL BICBANCO BRADESCO BRASIL BRB BANCO CRUZEIRO SUL DAYCOVAL FINANSINOS INDUSVAL ITAUUNIBANCO MERC BRASIL MERC FINANC MERC INVEST NORD BRASIL PANAMERICANO PARANA PINE SANTANDER BR SOFISA ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR Empresa Company 7.515.872 3.231.356 12.275.955 7.239.780 2.150.383 8.524.501 1.537.896 25.205.375 12.007.347 454.413.043 521.272.817 5.620.546 5.694.852 6.830.983 24.132 2.225.397 637.202.225 6.793.208 521.807 1.215.397 16.177.235 8.976.475 2.317.359 6.176.280 340.635.472 4.531.332 7.377.224 2.777.969 10.716.404 7.805.744 2.237.721 8.944.222 1.773.464 29.084.137 11.399.660 506.223.092 708.548.843 6.612.133 7.352.446 7.060.828 24.879 2.730.202 608.273.230 7.861.817 419.852 1.839.336 19.154.466 11.590.557 2.823.119 6.984.014 342.323.741 4.677.127 -5,9% -17,6% -16,3% 3,4% -0,2% 0,6% 10,6% 10,6% -9,0% 6,8% 30,3% 12,8% 23,8% -0,9% -1,2% 17,6% -8,5% 10,9% -22,9% 45,1% 13,5% 23,8% 16,8% 8,4% -3,7% -1,0% 2.100.317.025 2.326.616.227 6.376.988 2.745.086 11.254.478 5.354.223 2.019.013 7.955.812 1.359.071 22.122.933 10.317.114 419.561.494 491.335.567 5.166.297 5.055.844 5.215.689 6.481 1.776.716 590.788.356 6.226.961 406.351 1.170.611 14.379.670 7.787.619 1.507.629 5.347.350 291.316.236 3.720.214 4,6% 1.920.273.803 2.107.146.720 2009 -7,7% -21,7% -17,9% 5,8% -0,8% -0,3% 10,2% 11,3% -10,6% 5,9% 31,2% 10,3% 26,8% -1,4% -3,9% 24,0% -10,1% 12,0% -28,5% 46,7% 13,9% 26,5% 29,4% 10,4% -8,8% 0,8% 7.504.105 3.215.362 12.251.506 6.974.752 2.105.388 8.460.493 1.506.878 24.841.312 11.914.375 446.802.328 511.761.180 5.561.723 5.644.382 6.817.919 22.575 2.211.056 626.776.655 6.660.058 521.170 1.215.378 15.992.345 8.930.743 2.254.195 6.154.025 308.406.113 4.457.609 7.359.094 2.771.314 10.697.295 7.561.257 2.186.123 8.871.798 1.733.372 28.726.192 11.319.640 496.028.295 691.539.240 6.493.531 7.295.895 7.049.984 23.195 2.716.983 597.978.311 7.740.042 419.324 1.839.317 18.958.061 11.545.421 2.762.175 6.969.369 312.421.276 4.605.085 -6,0% -17,4% -16,3% 3,9% -0,5% 0,5% 10,3% 10,9% -8,9% 6,4% 29,5% 11,9% 23,9% -0,9% -1,5% 17,8% -8,5% 11,4% -22,9% 45,1% 13,6% 23,9% 17,5% 8,6% -2,9% -1,0% 3,6% 2.038.963.625 2.257.611.589 4,6% Balanço / Balance Sheet Ativo Total Operacional Total Assets Investimentos Investments 2008 6.140.092 2.241.886 9.636.294 5.908.426 2.089.174 8.277.920 1.562.184 25.674.020 9.624.225 463.351.041 672.429.437 5.945.986 6.687.750 5.362.551 6.494 2.297.224 553.856.072 7.272.058 302.934 1.791.868 17.081.727 10.275.079 2.034.542 6.156.150 277.229.453 3.912.133 Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 1.130.312 485.427 926.009 1.885.557 131.342 567.369 178.825 3.079.139 1.685.085 34.256.544 29.937.250 424.328 635.768 1.607.228 17.651 448.524 43.664.036 521.071 112.794 44.769 1.797.519 1.187.616 809.730 827.173 48.756.557 811.042 1.218.441 534.812 980.518 1.897.318 148.531 665.114 211.280 3.408.462 1.766.422 41.753.751 36.119.265 581.385 661.089 1.692.718 18.385 432.694 50.683.423 546.042 114.658 47.467 2.072.725 1.313.771 788.576 825.212 64.492.693 762.767 3,3% 5,6% 1,5% -3,5% 8,4% 12,4% 13,3% 6,1% 0,5% 16,8% 15,7% 31,3% -0,3% 1,0% -0,1% -7,5% 11,3% 0,5% -2,5% 1,6% 10,5% 6,0% -6,6% -4,4% 26,8% -9,8% 175.928.665 213.737.519 14,7% Resultado / Results Lucro/Prejuízo Operacional Operating Profit / Loss Patrimônio Líquido Shareholders’ Equity Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Holdings / Holdings ALFA HOLDING BAHEMA BATTISTELLA BRADESPAR CEMEPE COARI PART DOCAS HABITASUL INVEST BEMGE ITAUSA J B DUARTE MONT ARANHA POLPAR TELEBRAS ULTRAPAR ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 182 156.763 86.807 1.152 262.995 771 3.270.861 79.023 51.657 201 2.270.478 0 457.413 1.194 0 1.516.000 235.001 21.442 1.123 339.885 771 5.374 56.969 85.552 201 2.209.522 4.001 478.851 1.194 0 1.946.000 43,7% -76,3% -6,5% 23,9% -4,1% -99,8% -30,9% 58,8% -4,1% -6,7% —0,4% -4,1% —23,1% 2.939.095 3.470.307 133.642 148.809 472.196 578.238 11.928.193 11.112.354 785 772 3.295.853 29.410.459 428.662 344.208 724.320 713.679 155.813 128.306 643.201.210 615.961.602 117.754 122.343 617.724 637.872 3.097 3.495 423.895 433.077 9.667.168 11.090.281 8.155.315 5.385.886 -37,6% 674.109.407 674.155.802 13,2% 6,7% 17,4% -10,7% -5,7% 755,5% -23,0% -5,5% -21,1% -8,2% -0,4% -1,0% 8,2% -2,1% 10,0% 499.911 20.928 41.841 4.935.772 -6.336 3.271.872 -34.322 85.769 120.902 16.591.945 46.237 591.132 1.626 3.840 4.650.076 555.013 49.387 1.989 5.047.988 -3.785 12.118.982 -188.210 102.778 124.694 19.785.992 59.180 618.946 1.845 -16.279 4.829.274 6,4% 126,2% -95,4% -2,0% 42,7% 255,1% -425,7% 14,9% -1,1% 14,3% 22,7% 0,4% 8,8% -506,4% -0,4% 81.404 1.101 -122.602 1.191.192 -1.336 22.614 -34.554 -45.038 12.395 -3.033.168 -344 756 -161 -31.784 544.586 61.460 62.600 -36.457 1.364.440 2.551 -611.869 -154.809 17.318 11.862 20.988.744 442 74.101 353 -18.538 637.136 -27,6% 5350,7% 71,5% 9,8% 283,0% -2693,9% -329,5% 136,9% -8,3% 763,4% 223,2% 9296,5% 310,2% 44,1% 12,2% -5,6% 30.821.193 43.087.794 32,0% -1.414.939 22.399.334 1594,9% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 10.605 325.428 -24.646 -19.325 40.543 15.806 136.075 -19.780 -1.307 -8.863 662.823 8.451 164.049 0 -4.059 53.569 15.125 118.717 -16.112 -4.085 -18.416 363.205 -23,6% -51,7% -100,0% 79,9% 26,7% -8,3% -16,4% 21,9% -199,6% -99,2% -47,5% 1.117.359 680.444 -41,6% 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 44.248 2.235 215.830 303.736 758.683 130.616 591.142 249.958 61.855 53.118 2.273.657 39.532 2.317 0 304.763 797.655 151.670 723.535 266.097 62.986 25.070 2.674.219 -14,4% -0,6% -100,0% -3,8% 0,8% 11,3% 17,3% 2,1% -2,4% -54,8% 12,8% 182.288 4.746 -79.557 -1.173 429.586 96.315 498.431 -141.748 3.588 17.295 663.655 4.685.078 5.047.844 3,3% 1.673.426 2009 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 2008 2009 205.814 2.484 0 -832 438.780 103.948 489.123 -155.572 -1.941 5.564 829.219 8,2% -49,8% -100,0% 32,0% -2,1% 3,5% -5,9% -5,2% -151,9% -69,2% 19,8% 0,17 0,00 0,64 0,43 1,47 0,85 1,66 2,13 0,57 0,96 1,54 0,13 0,00 —0,35 1,45 0,84 1,61 1,60 0,47 1,58 1,55 0,24 0,00 -2,32 -1,08 1,67 0,68 1,04 -1,01 0,64 -4,56 1,45 0,20 0,00 —-1,07 1,61 0,76 1,16 -1,01 0,68 7,49 1,63 1.916.587 9,8% 1,29 1,31 1,45 1,45 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Receita Intermediação Financeira Lucro/Prejuízo Líquido Revenue from Financial Intermediation Net Income / Loss 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 1.068.266 550.986 1.500.060 831.329 301.850 1.133.977 303.044 3.879.663 1.995.891 57.610.974 57.115.713 944.761 991.724 1.650.443 6.164 641.028 56.431.023 1.604.202 92.347 102.885 2.416.531 2.747.974 408.091 1.559.592 30.354.954 1.222.684 2008 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Individamento Total Giro do Ativo Alavancagem Total indebtedness Asset Turnover Leverage 2009 Var. Real % 2008 2009 2008 2009 Actual Var. % 732.865 482.301 1.119.386 711.646 339.369 1.192.974 340.326 4.262.620 1.487.546 62.899.079 65.729.138 1.173.232 1.128.828 801.145 6.717 407.523 76.727.739 1.368.175 81.689 160.849 2.005.203 3.190.268 343.655 1.064.512 33.607.299 965.258 -34,2% -16,1% -28,5% -17,9% 7,8% 0,9% 7,7% 5,3% -28,6% 4,7% 10,3% 19,0% 9,1% -53,5% 4,5% -39,1% 30,3% -18,2% -15,2% 49,9% -20,5% 11,3% -19,3% -34,6% 6,1% -24,3% 137.843 55.027 100.321 215.850 34.112 161.285 78.397 590.873 320.531 7.620.238 8.802.869 110.317 -130.573 200.150 529 71.773 7.803.483 43.034 7.054 1.438 421.029 95.575 84.127 132.987 1.580.613 77.893 151.154 67.850 76.783 26.300 39.114 131.163 43.695 541.096 318.204 8.012.282 10.147.522 190.455 107.479 211.088 1.256 12.778 10.066.608 40.389 4.550 4.260 459.012 174.021 104.301 85.086 1.805.899 10.586 5,1% 18,2% -26,6% -88,3% 9,9% -22,0% -46,6% -12,2% -4,8% 0,8% 10,5% 65,5% 178,9% 1,1% 127,6% -82,9% 23,7% -10,0% -38,2% 184,0% 4,5% 74,6% 18,9% -38,7% 9,5% -87,0% 6.385.560 2.745.929 11.349.946 5.354.223 2.019.041 7.957.132 1.359.071 22.126.236 10.322.262 420.156.499 491.335.567 5.196.218 5.059.084 5.223.755 6.481 1.776.873 593.538.189 6.272.137 409.013 1.170.628 14.379.716 7.788.859 1.507.629 5.349.107 291.878.915 3.720.290 6.158.783 2.243.157 9.735.886 5.908.426 2.089.190 8.279.108 1.562.184 25.675.675 9.633.238 464.469.341 672.429.578 6.030.748 6.691.357 5.368.110 6.494 2.297.508 557.589.807 7.315.775 305.194 1.791.869 17.081.741 10.276.786 2.034.543 6.158.802 277.831.048 3.914.360 -8,9% -22,9% -19,0% 4,2% -2,3% -1,8% 8,5% 9,6% -11,9% 4,4% 29,2% 9,6% 24,9% -3,0% -5,4% 22,1% -11,3% 10,1% -29,5% 44,5% 12,2% 24,6% 27,4% 8,7% -10,1% -0,6% 0,14 0,17 0,12 0,11 0,14 0,13 0,20 0,15 0,17 0,13 0,11 0,17 0,17 0,24 0,26 0,29 0,09 0,24 0,18 0,08 0,15 0,31 0,18 0,25 0,09 0,27 0,10 0,17 0,10 0,09 0,15 0,13 0,19 0,15 0,13 0,12 0,09 0,18 0,15 0,11 0,27 0,15 0,13 0,17 0,19 0,09 0,10 0,28 0,12 0,15 0,10 0,21 5,65 5,66 12,26 2,84 15,37 14,02 7,60 7,19 6,13 12,26 16,41 12,25 7,96 3,25 0,37 3,96 13,59 12,04 3,63 26,15 8,00 6,56 1,86 6,47 5,99 4,59 5,05 4,19 9,93 3,11 14,07 12,45 7,39 7,53 5,45 11,12 18,62 10,37 10,12 3,17 0,35 5,31 11,00 13,40 2,66 37,75 8,24 7,82 2,58 7,46 4,31 5,13 227.466.156 262.329.342 8,9% 28.616.775 32.832.931 8,3% 1.924.388.360 2.112.878.708 3,7% 0,11 0,11 10,94 9,89 2008 Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2009 Var. Real % Actual Var. % Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Endividamento Total Capital de Giro Giro do Ativo Total indebtedness Working Capital Asset Turnover 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Actual Var. % Actual Var. % Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2008 2009 53.643 -293 -130.389 1.126.271 -1.336 14.953 -30.647 -45.820 7.951 2.699.680 -344 -1.323 -161 -31.784 390.269 40.621 48.591 -39.864 952.732 2.551 -215.830 -150.627 17.009 9.336 3.930.204 146 74.101 309 -20.590 466.748 -27,4% 15998,4% 70,7% -18,9% 283,0% -1483,7% -371,2% 135,6% 12,6% 39,6% 140,7% 5469,5% 284,0% 37,9% 14,7% 2.439.184 112.714 430.355 6.992.421 7.121 23.981 462.984 638.551 34.911 626.609.265 71.517 26.592 1.471 420.055 5.017.092 2.915.294 99.422 576.249 6.064.366 4.557 17.291.477 532.418 610.901 3.612 596.175.610 63.163 18.926 1.650 449.356 6.261.007 12,9% -16,7% 26,4% -18,1% -39,6% 67987,7% 8,6% -9,7% -90,2% -10,2% -16,6% -32,8% 5,9% 1,0% 17,8% 284.442 -54.294 -183.278 1.245.197 -358 1.077 -76.057 270.152 12.222 133.351.030 1.031 104.890 337 197.307 2.388.090 -173.093 45.775 24.498 1.395.262 -308 1.032.062 -116.069 267.613 10.505 119.319.905 12.927 108.209 418 206.689 2.889.803 -158,3% 180,8% 112,8% 7,4% 17,5% 91766,2% -46,3% -5,0% -17,6% -14,2% 1102,0% -1,1% 18,9% 0,4% 16,0% 0,01 0,00 1,65 0,34 0,00 0,00 0,42 0,06 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 2,92 0,00 0,00 1,32 0,25 0,00 0,37 0,26 0,15 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,00 3,26 4,88 5,39 10,29 1,42 -1,12 0,01 -13,49 7,45 0,29 37,77 1,55 0,04 0,90 109,39 1,08 5,25 2,01 289,72 1,20 -1,20 1,43 -2,83 5,94 0,03 30,13 1,07 0,03 0,89 -27,60 1,30 4.050.670 5.115.437 19,3% 643.288.214 631.068.008 -7,4% 137.541.788 125.024.196 -14,2% - - 20,87 14,65 183 Estatísticas Statistics SERVIÇOS / SERVICES Empresa Company Balanço / Balance Sheet Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2008 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2008 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2009 Var. Real % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Serviços Financeiros / Financial Services AETATIS SEC ALFA CONSORC ALTERE SEC BMFBOVESPA BRAZILIAN FR CETIP CIELO IDEIASNET PAR AL BAHIA PORTO SEGURO REDECARD SEG AL BAHIA STEEL BRASIL SUL AMERICA TARPON INV ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 114.173 4.993.600 1.554 20.430.089 1.311.800 274.158 2.532.524 424.251 936.437 7.767.322 14.644.606 414.116 154 10.881.839 8.848 28.089 5.367.967 1.776 21.201.183 1.505.769 388.127 2.967.826 421.790 724.090 11.522.502 17.459.193 446.867 24 12.433.411 26.140 -76,4% 3,1% 9,6% -0,5% 10,0% 35,7% 12,3% -4,7% -25,9% 42,2% 14,3% 3,4% -85,1% 9,5% 183,2% 81.673 576.116 329 19.291.724 476.566 252.721 702.046 189.161 574.728 1.964.108 722.962 143.687 122 2.285.638 6.546 18.612 638.026 342 19.709.749 613.473 308.304 860.429 127.928 610.356 3.127.063 719.088 174.542 -831 2.482.496 10.086 -78,2% 6,2% -0,3% -2,1% 23,4% 17,0% 17,5% -35,2% 1,8% 52,6% -4,6% 16,5% -753,0% 4,1% 47,7% 20.949 23.307 115 1.602.011 195.561 165.148 2.892.854 877.186 157.452 0 2.059.509 21.582 0 6.985.076 6.037 13.603 15.338 58 1.502.544 241.473 208.833 3.627.805 831.581 170.673 0 2.423.344 23.828 0 7.777.190 40.551 -37,8% -36,9% -51,7% -10,1% 18,4% 21,2% 20,2% -9,1% 3,9% —12,8% 5,8% —6,7% 543,9% 22.355 156.447 462 1.057.466 41.245 108.471 1.708.821 -6.285 604.856 467.143 1.721.850 59.460 -36 805.429 -5.708 13.452 99.141 348 932.712 86.704 106.402 2.335.501 -44.504 11.455 513.876 2.095.744 21.267 -1.461 620.402 22.896 -42,3% -39,2% -27,8% -15,4% 101,5% -6,0% 31,0% -578,8% -98,2% 5,5% 16,7% -65,7% -3790,6% -26,2% 484,5% 64.735.471 74.494.754 10,3% 27.268.127 29.399.663 3,4% 15.006.787 16.876.821 7,8% 6.741.976 6.813.935 -3,1% Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos / Wealth Services AMIL BIOMM CREMER DASA FLEURY MEDIAL SAUDE ODONTOPREV TEMPO PART ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 2.470.097 12.170 368.429 1.849.747 616.760 937.106 339.047 528.009 3.528.528 0 372.101 1.618.673 1.264.469 963.037 1.140.630 484.730 36,9% -100,0% -3,2% -16,1% 96,5% -1,5% 222,5% -12,0% 1.192.588 -12.216 310.705 478.902 150.673 529.752 244.414 295.792 1.261.349 0 197.053 539.188 846.339 425.532 780.022 283.514 1,4% -100,0% -39,2% 7,9% 438,5% -23,0% 205,9% -8,1% 4.319.803 3.017 324.250 1.137.525 675.280 1.847.845 318.205 719.541 4.883.949 0 379.915 1.388.313 770.109 2.101.305 379.454 738.969 8,4% -100,0% 12,3% 17,0% 9,3% 9,0% 14,3% -1,5% 201.364 -7.412 35.823 -4.535 62.995 7.005 68.029 -110.098 116.170 0 54.895 106.390 127.204 -146.794 76.863 15.980 -44,7% -100,0% 46,9% 2349,0% 93,6% -2108,9% 8,3% 113,9% 7.121.365 9.372.168 26,2% 3.190.610 4.332.997 30,2% 9.345.466 10.642.014 9,2% 253.171 350.708 32,8% Tecnologia da Informação / Information Technology ABNOTE CSU CARDSYST DTCOM-DIRECT TIVIT TOTVS UOL ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 660.858 287.432 14.084 277.868 1.040.333 978.442 687.488 279.047 11.594 623.134 1.209.103 1.197.992 -0,3% -6,9% -21,1% 115,0% 11,4% 17,4% 336.407 118.513 -3.661 68.275 453.678 735.780 380.403 130.687 -2.121 267.134 501.471 863.593 8,4% 5,7% 44,5% 275,1% 6,0% 12,5% 678.695 363.811 13.062 420.397 678.765 577.205 706.326 394.832 15.092 920.120 988.679 726.878 -0,2% 4,0% 10,8% 109,8% 39,6% 20,7% 76.598 8.130 -4.897 2.143 34.371 116.307 105.091 27.011 -1.477 81.428 125.623 162.509 31,5% 218,5% 71,1% 3542,6% 250,4% 33,9% 3.259.017 4.008.358 17,9% 1.708.992 2.141.167 20,1% 2.731.935 3.751.927 31,7% 232.652 500.185 106,1% 3.453.451 2.464.152 -31,6% 11.581.182 10.878.562 -9,9% 1.774.728 2.161.019 16,7% 9.777.306 10.601.977 4,0% 1.320.184 1.699.106 23,4% 0 0 —3.444.083 6.413.433 78,5% 3.254.193 6.195.725 82,5% 0 0 —3.690.409 4.613.389 19,8% 523.332 6.193.936 1034,6% 192.012.000 144.490.000 -27,9% 18.735.910 29.881.462 52,9% 18.665.298 29.811.811 53,1% 15.978.985 15.795.775 -5,2% 13.147.175 13.105.935 -4,4% 15.469.664 16.363.186 1,4% 146.595 1.579.433 145.868 677.052 50.059 -776 288.982 184.368 -44.771 167.010 1.140 35.500.000 1.906.930 1.938.326 3.501.664 115.898 738.883 235.161 53,8% -1.552.204 -194,2% 208.621 37,1% 2.065.578 192,5% 255.097 388,5% -739 8,7% 39.665 -86,8% -158.165 -182,2% -62.660 -34,2% 688.913 295,4% 801.093 67266,5% 26.055.000 -29,6% -745.042 -137,5% -807.800 -140,0% 3.162.281 -13,4% 220.409 82,3% 1.369.451 77,7% 312.827.900 46.896.661 31.774.659 Telecomunicações / Telecommunication AMERICEL BRASIL TELEC CONTAX EMBRATEL PAR GVT HOLDING INEPAR TEL JEREISSATI LA FONTE TEL LF TEL NET TELE NORT CL TELEFONICA TELEMAR TELEMAR N L TELESP TIM PART S/A VIVO ACUMULADO DO SUBSETOR ACUMULADO DO SUBSETOR 184 2.493.527 17.539.938 992.686 15.185.259 3.248.263 334 10.866.544 9.356.590 927.235 6.395.930 457.151 324.902.000 40.767.617 39.835.737 19.992.009 16.239.468 23.796.804 2.017.125 22.756.076 1.130.899 16.478.932 3.733.311 349 15.435.701 13.389.236 952.199 8.333.791 14.348.187 271.258.000 60.925.036 60.446.522 20.461.431 17.449.734 22.017.129 -22,4% 24,4% 9,2% 4,0% 10,2% 0,2% 36,2% 37,2% -1,6% 24,9% 2908,9% -20,0% 43,3% 45,5% -1,9% 3,0% -11,3% 1.040.764 6.240.952 282.698 8.348.214 1.792.049 -19.594 831.167 112.710 214.757 2.771.567 86.890 63.624.000 9.591.017 9.984.248 10.045.692 7.790.456 8.267.527 532.997.092 551.133.658 -0,9% 131.005.114 1.262.149 16,3% 11.094.901 70,4% 342.657 16,2% 9.537.795 9,5% 2.118.218 13,3% -20.333 0,5% 941.841 8,6% 99.019 -15,8% 208.575 -6,9% 3.507.515 21,3% 9.489.560 10369,9% 60.888.000 -8,3% 7.994.465 -20,1% 9.428.613 -9,5% 10.057.415 -4,0% 8.322.715 2,4% 10.190.824 18,2% 145.463.929 6,4% 300.669.468 -7,9% -35,0% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 Var. Real % Actual Var. % 2008 2009 21.079 65.040 329 909.605 26.860 73.388 1.115.307 -8.508 401.558 290.175 1.196.120 56.661 -36 415.941 -7.524 12.763 46.296 254 881.050 61.037 66.605 1.536.700 -46.273 5.736 328.416 1.394.560 17.171 -1.461 419.093 16.014 -42,0% -31,8% -26,0% -7,1% 117,8% -13,0% 32,1% -421,4% -98,6% 8,5% 11,8% -70,9% -3790,6% -3,4% 304,0% 32.500 4.417.484 1.225 1.138.365 835.234 21.437 1.830.478 235.090 361.709 5.803.214 13.921.644 270.429 32 8.596.201 2.302 9.477 4.729.941 1.434 1.491.434 892.296 79.823 2.107.397 293.862 113.734 8.395.439 16.740.105 272.325 855 9.950.915 16.054 -72,0% 2,6% 12,2% 25,6% 2,4% 257,0% 10,4% 19,8% -69,9% 38,7% 15,3% -3,5% 2461,4% 11,0% 568,6% 1.542 596.673 344 889.717 -26.516 202.530 298.970 81.116 309.804 814.927 506.631 71.403 32 1.737.317 6.418 8.013 -76.665 461 1.616.893 251.109 18.517 333.534 52.917 352.991 2.361.654 488.857 119.858 -358 2.246.828 9.702 4.555.995 4.737.961 -0,3% 37.467.344 45.095.091 15,4% 5.490.908 216.903 -7.412 28.359 -12.980 41.962 -162 55.153 -141.906 111.849 0 42.138 83.814 83.685 -108.778 58.976 3.159 -50,6% -100,0% 42,4% 719,0% 91,2% -64271,2% 2,5% 102,1% 1.277.509 24.386 57.724 1.370.845 466.087 407.354 94.633 232.217 2.267.179 0 175.048 1.079.485 418.130 537.505 360.608 201.216 70,1% -100,0% 190,7% -24,5% -14,0% 26,5% 265,3% -16,9% 179.917 274.843 46,4% 3.930.755 5.039.171 53.886 6.725 -4.897 4.141 48.212 96.198 73.393 17.873 -1.477 68.330 120.296 136.982 30,6% 154,8% 71,1% 1481,9% 139,2% 36,5% 324.451 168.919 17.745 209.593 586.655 242.662 204.265 415.397 95,0% 133.345 1.029.816 92.409 612.703 30.618 -789 19.480 -53.415 -44.771 20.254 37.579 24.692.000 1.154.280 1.520.548 2.419.971 180.152 389.683 344.348 -1.142.689 139.916 1.292.709 131.580 -739 76.370 -72.767 -62.660 735.948 551.812 19.505.000 -435.962 -594.827 2.172.973 214.893 857.486 32.233.863 23.713.391 Var. Real % Actual Var. % Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2008 2009 2008 2009 398,2% -112,3% 28,5% 74,2% 1007,9% -91,2% 6,9% -37,5% 9,2% 177,8% -7,5% 60,9% -1172,5% 24,0% 44,9% 0,18 0,00 0,07 0,08 0,15 0,60 1,14 2,07 0,17 0,00 0,14 0,05 0,00 0,64 0,68 0,48 0,00 0,03 0,07 0,16 0,54 1,22 1,97 0,24 0,00 0,14 0,05 0,00 0,63 1,55 0,40 7,67 3,72 0,06 1,75 0,08 2,61 1,24 0,63 2,95 19,26 1,88 0,26 3,76 0,35 0,51 7,41 4,19 0,08 1,45 0,26 2,45 2,30 0,19 2,68 23,28 1,56 -1,03 4,01 1,59 7.784.311 35,9% 0,23 0,23 1,37 1,53 529.121 -9.063 219.974 526.407 -30.660 27.450 171.578 258.810 -268.362 0 186.803 366.652 544.250 -79.268 311.056 242.615 -148,6% -100,0% -18,6% -33,2% 1801,7% -376,8% 73,8% -10,1% 1,75 0,25 0,88 0,61 1,09 1,97 0,94 1,36 1,38 —1,02 0,86 0,61 2,18 0,33 1,52 1,07 -2,00 0,19 2,86 3,09 0,77 0,39 0,79 1,80 —0,89 2,00 0,49 1,26 0,46 0,71 22,9% 1.693.617 1.303.746 -26,2% 1,31 1,14 1,23 1,16 307.085 148.360 13.715 356.000 707.632 334.399 -9,3% -15,8% -25,9% 62,8% 15,6% 32,1% 178.261 -24.821 -6.915 52.409 165.055 574.311 223.066 -3.116 -6.172 -93.945 255.568 548.861 20,0% 88,0% 14,4% -271,8% 48,4% -8,4% 1,03 1,27 0,93 1,51 0,65 0,59 1,03 1,41 1,30 1,48 0,82 0,61 0,96 1,43 -4,85 3,07 1,29 0,33 0,81 1,14 -6,47 1,33 1,41 0,39 1.550.025 1.867.191 15,5% 938.300 924.262 -5,6% 0,84 0,94 0,91 0,87 147,6% -206,4% 45,2% 102,3% 312,0% 10,2% 275,8% -30,6% -34,2% 3383,4% 1307,7% -24,3% -136,2% -137,5% -13,9% 14,4% 111,0% 1.452.763 11.298.986 709.988 6.837.045 1.456.214 19.928 10.035.377 9.243.880 712.478 3.624.363 370.261 261.278.000 31.176.600 29.851.489 9.946.317 8.449.012 15.529.277 754.976 11.661.175 788.242 6.941.137 1.615.093 20.682 14.493.860 13.290.217 743.624 4.826.276 4.858.627 210.370.000 52.930.571 51.017.909 10.404.016 9.127.019 11.826.305 -50,2% -1,1% 6,4% -2,7% 6,3% -0,5% 38,5% 37,8% 0,1% 27,7% 1158,0% -22,8% 62,8% 63,8% 0,3% 3,6% -27,0% 96.380 1.347.519 112.690 -464.128 582.827 -5.061 1.965.645 1.760.311 5.089 104.605 -136.764 -23.284.000 8.041.703 7.184.941 644.721 -44.787 -452.578 271.870 1.167.503 22.142 79.034 764.021 -5.405 1.017.760 447.607 105.342 475.574 1.567.231 -7.791.000 1.464.947 1.140.738 -606.240 1.029.632 -110.089 170,4% -16,9% -81,2% 116,3% 25,7% -2,4% -50,4% -75,6% 1884,4% 335,8% 1198,6% 67,9% -82,5% -84,8% -190,1% 2303,9% 76,7% 1,38 0,66 1,79 0,64 0,41 0,00 0,32 0,35 0,00 0,58 1,14 0,59 0,46 0,47 0,80 0,81 0,65 1,22 0,48 1,91 0,64 0,46 0,00 0,42 0,46 0,00 0,55 0,43 0,53 0,49 0,49 0,77 0,75 0,74 1,40 1,81 2,51 0,82 0,81 -1,02 12,07 82,01 3,32 1,31 4,26 4,11 3,25 2,99 0,99 1,08 1,88 0,60 1,05 2,30 0,73 0,76 -1,02 15,39 134,22 3,57 1,38 0,51 3,46 6,62 5,41 1,03 1,10 1,16 -29,5% 401.991.978 405.669.729 -3,3% -2.540.887 1.040.667 139,3% 0,59 0,55 3,07 2,79 185 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO ATIVO TOTAL MÉDIO Total average assets performance (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Infra-Estrutura / Infrastructure Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate -4,5% 3,8% -1,0% -5,9% -10,5% 12,8% 87,7% 23,5% 50,9% Transporte e Logística Transport and Logistics -2,4% -27,6% -8,8% 8,9% 16,2% 42,5% 21,7% 17,4% 9,6% Energia Elétrica Electricity 8,2% -0,8% -9,6% -5,6% -13,1% -10,5% 0,0% 2,4% -2,8% Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 0,3% -13,1% -5,2% -3,0% 1,4% 5,7% 2,0% 4,7% 1,4% Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol 3,1% -14,6% 9,0% -32,1% 376,2% 53,2% 12,3% 85,2% 28,3% Mineração Mining 3,6% 6,3% 3,3% 8,4% 23,2% -46,7% -8,7% 31,4% -9,1% 27,3% 8,3% -3,5% -5,5% 11,2% 19,8% 1,5% 6,2% 29,5% 4,3% 25,9% 10,5% 7,3% 3,1% -10,3% 13,9% 21,6% 6,7% -1,0% 13,9% -1,3% 11,1% 5,3% 8,7% 19,2% 26,0% -21,4% 19,4% 20,1% -3,9% 4,9% 3,4% -5,8% 19,4% 20,9% -12,7% -9,1% -6,6% -7,4% 31,7% 25,4% 31,4% 8,0% 3,1% -8,7% Utilidade Pública / Utilities Bens Primários / Raw Material Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods 0,1% 8,9% 2,1% 35,8% 2,6% 4,3% 9,1% 26,4% 45,0% 0,1% 8,3% -7,6% -1,3% -5,9% 7,0% 16,3% 1,8% 17,7% —- -15,5% 4,3% -50,2% -0,8% 4880,5% 608,1% 27,1% 21,7% -9,0% 12,3% -12,2% -9,4% -7,5% -3,4% 69,2% -17,9% -2,2% 0,7% -7,4% 9,5% 1,2% -2,4% 16,7% -3,7% -6,5% -10,4% -11,7% 5,3% -5,7% 2,8% -17,8% -18,8% -0,9% -1,4% 3,3% Bancos & Crédito Banking 12,7% 12,4% 9,9% -4,6% 1,9% -0,7% 18,8% 57,0% 4,6% Holdings Holdings -6,3% -0,6% -7,5% -0,9% 7,8% 23,0% 27,6% 96,4% -5,6% 1,9% -1,1% 10,4% 7,9% -17,7% 294,1% 12,8% 92,6% 10,3% —- —- —- -32,0% -21,9% 98,9% 57,8% 8,8% 26,2% 4,8% -25,3% -24,5% -17,7% -8,5% 31,4% 39,7% 23,2% 17,9% 22,8% -7,5% -9,5% -11,0% -6,0% 6,8% 0,6% 16,2% -0,9% Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail Educação Education Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware Utilidades Domésticas Household Utilities Serviços / Services Serviços Financeiros Financial Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services Tecnologia da Informação Information Technology Telecomunicações Telecommunication 186 EVOLUÇÃO REAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO Average shareholders’ equity (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 -5,7% -4,5% -9,1% -5,3% -1,4% 79,1% 107,1% 2,9% 55,1% -148,5% 1453,4% 18,7% -48,4% -6,3% -306,6% 43,6% -18,8% 47,6% Infra-Estrutura / Infrastructure Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate Transporte e Logística Transport and Logistics Utilidade Pública / Utilities Energia Elétrica Electricity -8,4% -17,5% -4,7% -2,6% -3,2% -1,4% 4,2% -0,9% -7,5% Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services -9,9% -20,8% -0,1% 1,9% 1,2% 11,4% 3,5% -1,7% 2,8% 43,9% -18,3% 7,5% -51,2% 202,1% 176,9% 63,2% 92,3% -5,9% 3,4% -3,7% 7,2% 13,0% 25,3% -59,5% 14,8% 55,4% -5,5% -9,0% -6,9% 17,2% 0,4% 3,8% 16,1% 3,9% -35,0% 64,9% 7,8% 6,4% 26,8% 18,0% 16,7% -5,7% 14,6% 15,0% 9,5% -8,5% -7,7% 22,1% 13,3% 17,6% 13,8% 14,5% 27,9% -12,6% 17,9% 3,1% -1,7% 13,3% -2,4% 0,7% 37,0% 22,3% -9,2% -3439,9% 93,0% 19,9% -61,0% -369,9% 65,4% -10,6% 38,0% 8,3% Bens Primários / Raw Material Açúcar e Álcool Sugar and Alcohol Mineração Mining Papel & Celulose e Madeira Paper, Pulp and Timber Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas, Chemicals & Petrochemicals, Rubber & Plastic Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods -6,5% 1,0% 3,0% 102,7% 11,4% -6,3% 11,8% 3,3% 59,7% 3,1% -7,9% -2,9% 2,7% 0,5% 1,0% 21,5% 10,0% 21,7% —- -14,2% 3,9% -58,9% -6,9% 6408,5% 524,6% 24,3% 18,5% Lazer, Turismo e Hotelaria Recreation, Tourism and Hotel Services 23,0% 7,5% Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware -1,4% -17,0% 17,7% -14,9% -8,3% 7,9% Alimentos, Bebidas & Fumo Foods, Beverages and Tobacco Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail Educação Education Utilidades Domésticas Household Utilities -65,1% -135,8% 349,9% 37,0% -294,9% -57,3% -41,1% 1,3% -0,7% 39,4% -5,8% -10,3% 5,8% -12,6% -8,8% -8,0% 23,7% 3,1% -10,6% 3,4% -2,7% 16,2% 5,1% 9,0% -0,5% 17,7% 48,5% 14,7% 11,5% 4,0% 3,8% 14,5% 5,2% 25,3% 31,5% 1,2% 32,0% 0,2% -2,3% 3,3% 19,2% -16,7% 66,3% 99,5% 463,3% 3,4% —- —- —- -15,7% -33,1% 188,7% 101,6% -6,9% 30,2% 18,6% -104,1% 2095,6% -24,9% -296,3% 73,1% 60,8% 1,2% 20,1% -14,9% -0,8% 16,9% 2,9% -4,8% 6,4% Serviços / Services Bancos & Crédito Banking Holdings Holdings Serviços Financeiros Financial Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services Tecnologia da Informação Information Technology Telecomunicações Telecommunication 1,7% -11,4% -19,5% 187 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO MÉDIO Average net income/loss performance (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 59,5% 59,6% 88,9% -22,4% -155,0% 322,4% Infra-Estrutura / Infrastructure Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate -40,3% 63,1% -81,8% -161,6% -118,2% 5534,5% Transporte e Logística Transport and Logistics 251,0% 271,5% -59,3% -133,2% -148,0% -569,2% Utilidade Pública / Utilities Energia Elétrica Electricity Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 57,4% -325,9% -124,8% 64,8% 50,6% -4,2% 36,1% 15,5% -22,9% -38,9% -172,7% -361,7% -11,9% 28,2% 0,2% 12,3% -3,0% 114,0% —- -144,8% -246,1% -538,1% Bens Primários / Raw Material Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol Mineração Mining -89,4% -681,1% 148,8% -149,1% -31916% 32,9% -40,5% 101,9% 33,1% 53,0% -38,1% -41,8% -60,3% 607,6% -22,4% -23,2% 14,8% -7,6% -23,3% 83,9% -1,7% 18,7% -10,5% -21,4% 22,5% -7,0% -52,1% -31,2% 298,2% 118,4% -2,0% -16,4% 14,6% 24,3% -69,3% 90,5% -19,3% -19,3% 98,4% -50,9% 0,2% 48,0% -31,6% 14,8% 200,3% -2,4% -58,0% -64,5% -540,6% -7,9% -67,8% 19,0% 363,0% Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy -39,2% -10,5% -51,4% 11,8% -256,0% 210,4% Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco 57,9% 31,2% -4,7% -18,5% 15,5% 20,3% -0,9% -65,6% 119,4% -18,5% -9,7% 9,3% 74,0% -26,0% -23,1% 32,5% -3,3% 86,2% —- -449,3% -77,3% 54,6% 202,0% -1127,8% 572,2% 163,0% 9,4% Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail Educação Education —- Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry -36,4% 43,0% -19,7% Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware -98,0% -3482,3% -261,0% 13,5% -112,7% -305,0% -151,3% -72,6% -413,1% Utilidades Domésticas Household Utilities -8,4% -7,7% -4,0% -91,3% 148,4% -42,7% -320,5% 15,3% 38,1% 580,7% 256,3% 86,1% 20,3% -41,6% Serviços / Services Bancos & Crédito Banking Holdings Holdings Serviços Financeiros Financial Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services Tecnologia da Informação Information Technology Telecomunicações Telecommunication 188 -33,8% 58,1% 31,3% 11,3% 37,3% -24,7% 35,0% 3,4% 8,3% 15,3% -1,5% -19,5% 115,2% 1,6% 105,3% -26,0% -30,1% 19,3% 7,6% 3,1% 22,1% -14,0% 22,4% 94,5% 48,3% 87,2% -0,3% —- —- —- 106,6% -171,2% -37,2% 35,1% -10,0% 46,4% 71,2% 34,0% -74,2% -91,9% -809,0% -53,0% 59,4% -75,6% 95,0% -80,1% -25,2% 245,0% 34,2% 21,1% 22,6% 46,4% -6,2% -29,5% EVOLUÇÃO REAL DA RECEITA LÍQUIDA MÉDIA Average net revenue performance (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Infra-Estrutura / Infrastructure Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate -7,3% 3,0% -5,7% 0,5% -13,1% -15,6% 18,8% 58,7% 19,0% Transporte e Logística Transport and Logistics -5,6% -0,6% 7,8% -2,0% 7,1% -14,6% 11,5% 19,9% -5,9% 35,5% -12,0% 3,3% 4,9% -7,6% -16,9% -7,6% 7,0% -1,0% 4,6% -2,1% 9,7% 2,6% 6,7% 8,6% 4,4% 9,0% 1,5% —- 46,3% -6,3% -31,7% 4720,4% 17,7% -15,1% 24,6% 115,9% 19,1% 14,7% 11,2% 21,5% 23,6% -46,6% -55,6% 5,1% -33,0% Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper 8,6% 23,7% 18,2% -6,9% -2,3% 7,3% -11,0% 2,5% 14,2% Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates 3,5% 2,0% 28,8% 6,9% 12,7% -7,2% -3,3% 17,2% -18,5% Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy 5,6% 25,1% 20,4% 11,1% 2,1% 0,5% 17,6% 20,2% -35,8% 22,8% -1,2% -12,3% 31,3% -7,9% -7,9% 22,6% 13,2% -14,8% 3,5% -14,2% -0,6% 14,1% 26,9% 11,3% -2,3% -8,4% -1,6% Utilidade Pública / Utilities Energia Elétrica Electricity Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services Bens Primários / Raw Material Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol Mineração Mining Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods 32,9% 2,3% 8,7% 19,1% 12,0% -0,6% 9,7% 35,4% 11,0% -2,5% -2,7% 2,5% -4,2% 3,2% 0,5% 14,2% 9,4% 15,8% —- —- —- —- —- —- —- 92,2% 16,7% -3,9% -13,1% -4,4% 13,2% -18,0% -2,7% -8,8% 15,9% 3,9% 5,0% 2,9% 4,0% 13,2% -11,2% -19,1% 1,2% -8,6% -8,3% -3,5% 2,7% -0,1% 18,0% -7,2% -30,6% 6,2% 3,1% 5,3% 22,1% 53,9% -14,6% -8,7% 9,0% -16,5% 7,9% 49,1% 8,9% —- —- —- —- —- —- —- —- —- -7,4% 25,0% -45,6% 45,6% -29,3% 113,4% 88,4% 153,0% 7,8% —- —- —- 12,2% -9,2% -4,9% -6,4% 17,0% 9,2% Tecnologia da Informação Information Technology 19,6% -32,7% 29,5% -13,9% 2,1% 13,9% 24,0% 28,9% 31,7% Telecomunicações Telecommunication 30,8% 2,5% -0,7% -1,0% 0,6% 9,4% 1,7% 12,4% -7,9% Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail Educação Education Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware Utilidades Domésticas Household Utilities Serviços / Services Bancos & Crédito Banking Holdings Holdings Serviços Financeiros Financial Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services 189 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO LUCRO OPERACIONAL Average operating profit performance (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 48,9% 52,8% 76,2% -9,7% -138,3% 81,7% Infra-Estrutura / Infrastructure -6,0% 6,9% -7,5% -6,6% -14,5% -10,4% -24,4% -7,3% 15,2% 11,5% -2,7% 4,3% Energia Elétrica Electricity 49,7% -20,7% -0,6% -2,8% -15,7% -12,3% 2,4% 21,8% -29,2% Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services -1,5% -4,9% -1,6% 3,8% 11,4% 9,7% 5,4% -2,0% 66,4% —- -298,3% -60,4% -90,7% 62626,8% 28,1% Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate Transporte e Logística Transport and Logistics Utilidade Pública / Utilities Bens Primários / Raw Material Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol -9,7% -108,8% -1793,2% Mineração Mining 18,5% 16,8% 3,8% 18,6% 19,3% -47,0% Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper -0,4% 32,1% 22,5% -15,4% -21,8% 5,7% Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates -3,3% -3,8% 57,4% -1,4% 17,8% -8,8% -5,3% 11,5% -4,9% Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy 10,6% 35,3% 10,4% 29,7% -9,6% -13,2% 15,9% 43,7% -78,1% 49,5% 8,8% -27,5% 28,5% -31,5% -3,5% 8,7% -10,0% -31,7% 2,1% -16,2% 1,8% 107,7% 9,5% -0,2% -23,9% -35,5% 510,8% -58,5% -19,1% -30,6% -7,0% -259,2% 254,0% Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods 34,0% 5,0% 4,2% 17,9% 19,5% 1,7% 9,8% -64,5% 134,4% -1,8% -4,8% 4,1% -0,7% -2,6% -9,9% 26,2% 14,6% 60,5% —- —- —- —- —- —- —- 746,0% 107,7% -3,9% -14,5% 4,5% 33,8% -24,4% -10,9% -2,1% -87,6% 157,4% Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware 0,5% 6,3% 1,3% 17,7% -15,1% -16,1% 4,1% 63,6% 378,0% Utilidades Domésticas Household Utilities 1,6% -2,4% -16,3% 14,7% -10,1% -25,7% 19,6% 12,7% -48,6% —- —- —- —- —- —- —- —- —- Holdings Holdings 22,5% -21,8% 6,3% 4,1% -3,4% 17,9% 18,4% -108,8% 1594,9% Serviços Financeiros Financial Services -7,4% 25,0% -45,6% 45,6% -29,3% 77,5% 57,3% 92,5% -3,1% —- —- —- 17,5% -9,1% -9,9% -7,4% 8,8% 32,8% Tecnologia da Informação Information Technology 15,6% -40,0% 34,1% -7,8% -8,5% 19,9% 23,9% -48,8% 106,1% Telecomunicações Telecommunication 33,7% 3,5% 7,9% 3,7% 5,9% 6,6% 5,1% 7,4% -35,0% Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail Educação Education Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry Serviços / Services Bancos & Crédito Banking Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services 190 EVOLUÇÃO REAL DO ENDIVIDAMENTO MÉDIO Average indebtedness performance (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Infra-Estrutura / Infrastructure Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate -3,7% 9,6% 3,9% -1,3% 9,9% 10,2% 73,4% 49,2% 47,7% Transporte e Logística Transport and Logistics 12,9% 8,7% -0,7% 2,5% 11,6% -16,9% 12,5% 33,9% -1,4% Energia Elétrica Electricity 34,0% 18,1% -12,8% -7,8% -12,7% -13,9% -7,4% 5,5% 1,1% Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 12,1% 12,9% -9,1% -7,2% 1,6% 0,4% 0,4% 11,6% 0,1% -30,7% -8,2% 11,4% -3,8% 506,8% 7,1% -36,9% 80,6% 54,1% 3,8% 17,4% -0,2% 3,9% 20,9% 169,8% -5,2% 13,3% -12,8% 71,4% 18,0% -14,0% -0,5% 16,9% 22,3% 0,0% 30,7% 17,9% Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates 1,9% 39,9% 1,6% 0,1% -7,8% 6,5% 13,0% 27,5% 4,5% Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy 3,2% 24,7% -10,0% 10,0% -1,1% 5,5% 22,2% 24,7% -27,5% 20,0% 26,4% -1,1% 2,3% 5,3% -1,5% 5,9% 20,5% -13,8% 15,4% 14,0% 2,1% 12,3% -51,9% -16,7% 31,7% -12,8% -16,7% Utilidade Pública / Utilities Bens Primários / Raw Material Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol Mineração Mining Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco 10,6% 12,7% 8,1% 24,9% -4,8% 20,5% 6,8% 43,8% 34,4% -2,4% 22,2% -10,7% -4,1% -4,3% 34,4% 6,2% -2,3% 15,6% —- -65,5% 49,3% 1192,1% 25,8% -26,1% 48492,5% 34,3% 29,3% -17,1% 14,1% 6,6% 5,4% 6,7% 3,4% 10,6% 0,8% -1,8% 2,7% 1,3% 7,4% 1,1% -3,9% -3,0% -4,7% -4,6% -18,2% -9,5% 14,1% -2,1% 8,2% -14,5% -38,3% -12,5% 5,5% 3,3% 13,1% 13,8% 9,4% -0,1% 6,6% 38,9% 23,2% 57,8% 3,7% -19,0% -5,1% -24,3% -17,2% 13,2% 18,5% 12,9% 104,8% -7,4% 3,1% -0,2% 15,5% 0,5% 8,6% 545,8% 24,0% 12,9% 15,4% —- —- —- 15,5% 120,8% 36,7% 12,5% 27,8% 22,9% 3,1% 14,7% -10,1% 1,3% -33,9% 4,7% 17,4% 53,1% 15,5% 50,2% -4,0% 5,6% -2,3% -9,1% 0,1% -1,2% 25,2% -3,3% Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail Educação Education Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware Utilidades Domésticas Household Utilities Serviços / Services Bancos & Crédito Banking Holdings Holdings Serviços Financeiros Financial Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services Tecnologia da Informação Information Technology Telecomunicações Telecommunication 191 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO DO GIRO DO ATIVO MÉDIO (%) Average asset turnover performance (%) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate 0,18 0,18 0,17 0,18 0,18 0,13 0,23 0,57 0,45 Transporte e Logística Transport and Logistics 0,80 1,09 1,29 1,16 1,07 0,64 0,54 0,57 0,49 Energia Elétrica Electricity 0,26 0,23 0,27 0,30 0,32 0,29 0,35 0,36 0,37 Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 0,26 0,30 0,34 0,36 0,38 0,39 0,40 0,39 0,39 Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol 0,04 0,07 0,06 0,06 0,58 0,45 0,45 0,30 0,50 Mineração Mining 0,28 0,31 0,33 0,37 0,37 0,37 0,47 0,37 0,28 Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper 0,32 0,37 0,45 0,44 0,39 0,35 0,35 0,32 0,28 Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates 0,68 0,55 0,65 0,64 0,70 0,73 0,75 0,72 0,55 Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy 0,43 0,47 0,58 0,58 0,56 0,52 0,70 0,66 0,54 0,80 0,65 0,60 0,75 0,67 0,65 0,78 0,72 0,71 0,79 0,73 0,78 0,68 0,68 0,58 0,78 0,70 0,75 Infra-Estrutura / Infrastructure Utilidade Pública / Utilities Bens Primários / Raw Material Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods 0,79 0,74 0,79 0,69 0,75 0,72 0,86 0,88 0,67 1,13 1,02 1,13 1,09 1,20 1,13 1,15 1,27 1,25 —- —- —- —- —- —- 0,48 0,73 0,70 Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry 0,31 0,24 0,26 0,33 0,29 0,29 0,16 0,31 0,32 Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware 0,64 0,71 0,68 0,76 0,69 0,48 0,89 0,86 0,89 Utilidades Domésticas Household Utilities 0,93 0,91 0,97 1,11 1,25 1,07 1,13 1,29 1,31 0,12 0,16 0,12 0,12 0,13 0,11 0,12 0,11 0,11 —- —- —- —- —- —- —- —- —- 0,17 0,21 0,10 0,14 0,12 0,07 0,06 0,23 0,23 —- —- 1,04 1,71 1,99 0,95 1,23 1,31 1,14 Tecnologia da Informação Information Technology 0,45 0,40 0,69 0,72 0,80 0,70 0,69 0,84 0,94 Telecomunicações Telecommunication 0,42 0,46 0,51 0,57 0,60 0,62 0,63 0,59 0,55 Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail Educação Education Serviços / Services Bancos & Crédito Banking Holdings Holdings Serviços Financeiros Financial Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services 192 EVOLUÇÃO REAL DO GRAU DE ENDIVIDAMENTO MÉDIO (%) Average degree of indebtedness performance, % (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 0,61 0,70 0,80 0,84 0,93 0,57 0,80 1,32 1,25 -33,47 -2,34 -1,96 -3,89 -4,64 1,86 2,20 3,45 2,31 Energia Elétrica Electricity 0,92 1,32 1,21 1,15 1,03 0,90 1,11 1,23 1,34 Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 0,90 1,28 1,16 1,06 1,06 0,96 0,93 1,15 1,12 Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol 0,58 0,65 0,68 1,33 2,68 1,04 1,51 1,33 2,17 Mineração Mining 0,18 0,22 0,21 0,19 0,18 1,22 1,32 0,96 0,89 Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper 1,41 1,78 1,31 1,30 1,46 1,54 1,67 3,06 2,19 Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates 1,12 1,47 1,18 1,00 0,79 0,89 1,13 1,25 1,19 Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy 1,99 2,69 1,98 1,92 1,62 1,50 1,51 1,47 1,22 2,44 2,99 3,01 2,71 2,93 2,86 3,41 3,37 3,20 -4,03 -2,38 -2,03 -5,84 1,04 0,52 2,21 2,13 1,63 Infra-Estrutura / Infrastructure Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate Transporte e Logística Transport and Logistics Utilidade Pública / Utilities Bens Primários / Raw Material Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods 1,49 1,66 1,74 1,07 0,92 1,18 1,32 1,40 1,18 Atacado e Varejo Wholesale and Retail 0,86 1,15 1,06 0,99 0,94 1,25 1,99 1,91 1,81 Educação Education 0,01 0,00 0,00 0,12 0,16 0,00 0,38 0,42 0,45 Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry 2,12 2,25 6,86 -20,18 -4,78 -3,61 2,11 82,54 137,71 Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware 1,03 1,26 1,15 1,15 1,11 0,77 1,93 2,08 1,61 Utilidades Domésticas Household Utilities 1,42 1,76 1,97 2,34 2,17 1,09 1,13 1,45 1,45 Bancos & Crédito Banking 6,75 7,90 7,44 7,07 6,91 9,64 10,34 10,94 9,89 Holdings Holdings 1,02 0,93 0,68 0,49 0,53 0,50 11,28 20,87 14,65 Serviços Financeiros Financial Services 0,67 0,69 0,77 0,65 0,84 3,28 4,65 1,37 1,53 —- —- 0,27 0,36 1,20 0,57 0,82 1,23 1,16 Tecnologia da Informação Information Technology 2,99 -83,89 -3,44 -4,64 1,56 0,94 0,74 0,91 0,87 Telecomunicações Telecommunication 1,00 1,08 1,41 1,62 1,49 1,27 2,33 3,07 2,79 Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Serviços / Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services 193 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO CAPITAL DE GIRO MÉDIO Average working capital performance (IPCA deflated) Setor / Sector 2001 2002 2003 2004 2005 2006 84,4% 78,2% -193,2% 2007 2008 2009 Infra-Estrutura / Infrastructure -16,7% Construção Civil e Mercado Imobiliário Real Estate 67,9% -165,4% 191,3% 7,9% 38,9% 391,0% 98,7% 55,3% -34,3% -84,9% -403,8% 204,8% -8,4% -111,7% 189,4% -7,2% -12,9% -73,9% -168,5% 137,0% 73,8% -236,9% 13,1% 6,4% 10,3% -65,0% —- 333,2% -37,0% 7,0% 4587,4% Transporte e Logística Transport and Logistics Utilidade Pública / Utilities Energia Elétrica Electricity Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services -18,8% 6,4% -64,6% -41,1% -531,8% -49,1% 214,5% -64,6% 126,0% -60,8% -50,9% Bens Primários / Raw Material Açúcar e Álcool Sugar & Ethanol Mineração Mining -58,5% -69,1% -988,1% 54,9% 122,1% -70,7% 15,5% 1421,9% Papel & Celulose e Madeira Pulp & Paper -88,3% -319,4% -217,3% 289,4% -33,1% 145,3% -8,8% -22,6% 31,3% Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico Oil & Gas and Derivates -296,5% -532,2% -53,9% 97,5% -86,2% -77,2% 2920,2% 4,6% 156,9% Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy -106,7% -728,6% 132,7% 104,5% 83,7% -1,6% -14,6% 59,2% -20,9% Bens de Capital / Capital Goods Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment 229,8% -109,5% 317,8% -495,0% -51,0% 452,8% 28,5% 26,1% 3,0% 77,7% -6,9% 49,4% -26,0% -140,2% 90,2% -10,8% -6,2% -15,8% -46,9% -188,9% -203,8% 55,9% 24,3% -7,2% 158,6% Bens Intermediários / Intermediate Goods Embalagens Packaging and Labeling Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods Alimentos, Bebidas & Fumo Food, Beverage & Tobacco 3006,7% 86,6% Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods Atacado e Varejo Wholesale and Retail 45,7% -39,3% -39,9% 128,4% 14,9% -14,0% 59,9% 61,2% 19,3% —- —- 3,4% -54,6% -4,1% -95,5% 184910,4% -8,1% 109,5% -33,6% 24,8% -16,7% -13,1% 12,9% 17,4% -168,1% -196,8% 44,0% Tecidos, Vestuário e Calçados Textile, Clothing & Footware -5,5% 5,5% 96,0% 16,4% -15,6% 22,4% -5,4% -16,4% -10,4% Utilidades Domésticas Household Utilities 30,0% -37,7% -31,7% -11,8% 81,5% -4,0% 52,2% -8,1% 9,8% —- —- —- —- —- —- —- —- —- -12,7% -7,8% 21,3% -1,6% 18,4% 28,7% 17,0% 110,9% -14,2% 101,1% -2054,1% 137,2% 15,6% 35,9% Educação Education Lazer, Turismo e Hotelaria Leisure Industry Serviços / Services Bancos & Crédito Banking Holdings Holdings Serviços Financeiros Financial Services Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos Wealth Services Tecnologia da Informação Information Technology Telecomunicações Telecommunication 194 2992,9% -201,9% -55,1% -110,1% —- —- —- 88,0% -81,1% 966,7% 42,5% 3,5% -26,2% 71,7% 11,2% -12,7% -25,0% -131,6% 54,4% -2,8% 6,8% -5,6% -732,9% -66,0% -59,3% -316,7% -34,7% 233,4% 35,7% 46,3% 139,3% Associados da Abrasca AES ELETROPAULO S.A. www.aes.com A Abrasca associates BRASKEM S.A. www.braskem.com.br AES TIETÊ S.A. www.aes.com BRF – BRASIL FOODS S.A. www.perdigao.com.br ALMEIDA, ROTENBERG E BOSCOLI - SOC DE ADVOGADOS www.demarest.com.br BROOKFIED INCORPORAÇÕES S.A. www.brookfied.com B BUETTNER S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO www.buettner.com.br AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A. www.all-logistica.com.br AMERICEL S.A. www.claro.com.br CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRÁS www.eletrobras.gov.br AMIL PARTICIPAÇÕES S.A. www.amil.com.br AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S.A. www.ampla.com BANCO BRADESCO S.A. www.bradesco.com.br BANCO DA AMAZÔNIA S.A. www.bancoamazonia.com.br BANCO DO BRASIL S.A. www.bb.com.br BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. www.bnb.gov.br BANCO INDUSVAL S.A. www.indusval.com.br BANCO ITAÚ UNIBANCO S.A. www.itau-unibanco.com.br C CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S.A. – CELESC www.celesc.com.br CETIP S.A. www.cetip.com.br B CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO www.grupopaodeacucar.com.br CIA CELG DE PARTICIPAÇÕES S.A. www.celg.com.br CIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA BAHIA – COELBA www.coelba.com.br CIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS – AMBEV www.ambev.com.br CIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS S.A. www.ccrnet.com.br BANCO PANAMERICANO S.A. www.panamericano.com.br CIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO www.sabesp.com.br BANCO SANTANDER BRASIL S.A. www.santander.com.br CIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS – COPASA www.copasa.com.br BARBOSA, MÜSSNICH E ARAGÃO ADVOGADOS www.bmalaw.com.br CIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ – SANEPAR www.sanepar.com.br BARDELLA S.A. INDUSTRIAS MECÂNICAS www.bardella.com.br BDO AUDITORES INDEPENDENTES www.bdobrazil.com.br BEMATECH INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS S.A. www.bematech.com.br BETA SECURITIZADORA S.A. www.banifprimus.com.br BM&F BOVESPA S.A. www.bmf.com.br BNDESPAR PARTICIPAÇÕES S.A. www.bndespar.com.br BOCATER, CAMARGO, COSTA E SILVA ADVOGADOS ASSOCIADOS www.bocater.com.br CIA DE TECIDOS NORTE DE MINAS – COTEMINAS www.coteminas.com.br CIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA www.cteep.com.br CIA DISTRIBUIDORA DE GÁS DO RIO DE JANEIRO – CEG www.ceg.com.br CIA ENERGÉTICA DE BRASILIA – CEB www.ceb.com.br CIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG www.cemig.com.br CIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO – CESP www.cesp.com.br CIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE www.coelce.com.br CIA FIAÇÃO E TECIDOS CEDRO CACHOEIRA www.cedro.com.br 195 Associados da Abrasca CIA HABITASUL DE PARTICIPAÇÕES www.habitasul.com.br C Abrasca associates ENERGIAS DO BRASIL S.A. www.energiasdobrasil.com.br E CIA HERING www.hering.com.br ENERGISA S.A. www.energisa.com.br CIA IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL www.iguacu.com.br ERNST & YOUNG AUDITORES INDEPENDENTES www.ey.com/global/content.nsf/Brazil/Brasil_Home CIA INDUSTRIAL CATAGUASES www.cataguases.com.br ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES S.A. www.estacio.br CIA MELHORAMENTOS DE SÃO PAULO www.melhoramentos.com.br ETERNIT S.A. www.eternit.com.br CIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL www.copel.com EUCATEX S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO www.eucatex.com.br CIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO www.providencia.com.br EVEN CONSTRUTORA INCORPORADORA S.A. www.even.com.br CIA SIDERÚRGICA NACIONAL – CSN www.csn.com.br EZTEC EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. www.eztec.com.br CONSTRUTORA SULTEPA S.A. www.sultepa.com.br FELSBERG, PEDRETTI, MANNRICH E AIDAR ADVOGADOS E CONSULTORES LEGAIS www.felsberg.com.br CP CIMENTO E PARTICIPAÇÕES S.A. www.cpcimento.com.br CPFL ENERGIA S.A. www.cpfl.com.br FERTILIZANTES FOSFATADOS S.A. www.fosfertil.com.br CREMER S.A. www.cremer.com.br FÍBRIA CELULOSE S.A. www.fibria.com.br CSU CARDSYSTEM S.A. www.csu.com.br FLEURY S.A. www.fleury.com.br CYRELA BRAZIL REALTY S.A. www.cyrela.com.br DASA S.A. www.diagnosticosdaamerica.com.br F FORJAS TAURUS S.A. www.taurus.com.br D DELOITTE TOUCHE TOHMATSU AUDIT INDEPEN www.deloitte.com.br GENERAL SHOPPING BRASIL S.A. www.generalshopping.com.br G GERDAU S.A. www.gerdau.com DIXIE TOGA S.A. www.dixietoga.com.br GLOBEX UTILIDADES S.A. www.globex.com.br DROGASIL S.A. www.drogasil.com.br GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. www.globo.com.br DURATEX SA www.duratex.com.br GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A. www.voegol.com.br GVT HOLDING S.A. www.gvt.com.br ECONORTE – EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS NORTE S.A. www.econorte.com.br E ECORODOVIAS INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA S.A. www.ecorodovias.com.br HOTÉIS OTHON S.A. www.othon.com.br H EMBRAER – EMPRESA BRAS DE AERONÁUTICA S.A. www.embraer.com.br EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S.A. www.embratel.com.br 196 IGUATEMI EMP DE SHOPPING CENTERS S.A. www.iguatemi.com.br I INDÚSTRIAS ROMI S.A. www.romi.com.br I MARISA S.A. www.marisa.com.br M INPAR S.A. www.inpar.com.br MARISOL S.A. www.marisolsa.com.br IOCHPE-MAXION S.A. www.iochpe.com.br MATTOS FILHO, VEIGA FILHO, MARREY JR E QUIROGA ADVOGADOS www.mattosfilho.com.br ITAU UNIBANCO HOLDING S.A. www.itau.com.br MENDES JÚNIOR ENGENHARIA S.A. www.mendesjunior.com.br ITAÚSA INVESTIMENTOS ITAÚ S.A. www.itausa.com.br METALÚRGICA GERDAU S.A. www.gerdau.com ITAUTEC S.A. – GRUPO ITAUTEC www.itautec.com.br JBS S.A. www.jbs.com.br MMX MINERAÇÃO E METÁLICOS S.A. www.mmx.com.br J JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. www.joaofortes.com.br KEPLER WEBER S.A. www.kepler.com.br MONTEIRO ARANHA S.A. www.monteiroaranha.com.br MOTTA, FERNANDES ROCHA & ASSOCIADAS www.mfra.com.br MPX ENERGIA S.A. www.mpx.com.br K KLABIN S.A. www.klabin.com.br MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A. www.mrv.com.br MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. www.multiplan.com.br KPMG AUDITORES INDEPENDENTES www.kpmg.com.br NADIR FIGUEIREDO INDÚSTRIA E COM S.A. www.nadir.com.br LEVY & SALOMÃO ADVOGADOS www.levysalomao.com.br L N NATURA COSMÉTICOS S.A. www.natura.com.br NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A. www.ri.netservicos.com.br LIGHT SERVICOS DE ELETRICIDADE S.A. www.light.com.br LLX LOGISTICA S.A. www.llx.com.br LOBO E IBEAS ADVOGADOS www.loboeibeas.com.br OGX PETRÓLEO E GÁS www.ogx.com.br LOCALIZA RENT A CAR S.A. www.localiza.com OI S.A. www.oi.com.br O LOJAS RENNER S.A. www.lojasrenner.com.br PARANÁ BANCO S.A. www.paranabanco.com.br LUPATECH S.A. www.lupatech.com.br P PARANAPANEMA S.A. www.paranapanema.com.br M. DIAS BRANCO S.A. www.mdb.com.br M PDG REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PART www.pdgrealty.com.br MACHADO, MEYER, SENDACZ E ÓPICE ADVOGADOS www.mmso.com.br PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS www.petrobras.com.br MANGELS INDUSTRIAL S.A. www.mangels.com.br PINHEIRO NETO ADVOGADOS www.pinheironeto.com.br MARFRIG FRIGORIFICOS E COM ALIMENTOS S.A. www.marfrig.com.br PLANNER CORRETORA DE VALORES S.A. www.planner.com.br 197 Associados da Abrasca PORTO SEGURO S.A. www.portoseguro.com.br P Abrasca associates TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S.A. www.telefonica.com.br POSITIVO INFORMÁTICA S.A. www.positivo.com.br TIM PARTICIPAÇÕES S.A. www.timpartri.com.br PPE FIOS ESMALTADOS S.A. www.ppefios.com.br TOTVS S.A. www.totvs.com.br PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORES INDEPENDENTES www.pwc.com.br TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA ADVOGADOS www.tozzinifreire.com.br PROFARMA DIST DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS www.profarma.com.br TRACTEBEL ENERGIA S.A. www.tractebelenergia.com.br T TRENCH, ROSSI E WATANABE ADVOGADOS www.trenchrossiewatanabe.com.br RANDON S.A. www.randon.com.br R TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A. www.tpisa.com.br REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICAS S.A. www.gruporede.com.br TRISUL S.A. www.trisul-sa.comj.br REDECARD S.A. www.redecard.com.br TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A. www.tpisa.com.br ROSSI RESIDENCIAL S.A. www.rossiresidencial.com.br TUPY S.A. www.tupy.com.br SALUSSE, MARANGONI ADVOGADOS www.nsm.adv.br ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S.A. www.ultra.com.br S SÃO PAULO ALPARGATAS S.A. www.alpargatasonline.com.br U UNIPAR – UNIÃO DAS INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS S.A. www.unipar.ind.br SCARPONI ADVOGADOS www.scarponiadv.com.br USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A. – USIMINAS www.usiminas.com.br SOUZA CRUZ S.A. www.souzacruz.com.br SOUZA, CESCON AVEDISSIAN, BARRIEU E FLESCH ADV www.scbf.com.br SUL AMÉRICA S.A. www.sulamerica.com.br VALE S.A. www.vale.com V VIVO PARTICIPAÇÕES S.A. www.vivo.com.br SUZANO HOLDING S.A. www.suzano.com.br SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. www.suzano.com.br WALD ASSOCIADOS ADVOGADOS www.wald.com.br W WEG S.A. www.weg.com.br TAM S.A. www.tam.com.br TAULI & CHEQUER ADVOGADOS www.tklaw.com TECNISA S.A. www.tecnisa.com.br T WILSON SONS S.A. www.wilsonsons.com WLW INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. www.supergasbras.com.br WTORRE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. www.wtorre.com.br TEGMA GESTÃO LOGÍSTICA S.A. www.tegma.com.br TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A. www.teka.com.br 198 XAVIER, BERNARDES, BRAGANÇA SOC DE ADV www.xbb.com.br X