Anuário 2010 - Cias Brasil

Transcrição

Anuário 2010 - Cias Brasil
Sede: São Paulo
Av. Brig. Luiz Antônio, 2504, conj. 151
01402-000 – São Paulo – SP
Tel 11 3107-5557
Fax 11 3107-5557
email: [email protected]
site: www.abrasca.org.br
Rio de Janeiro
Av. Rio Branco, 12/6º andar
20090-000 Rio de Janeiro – RJ
R. Conceição, 105 salas 1304/1305
20051-010 Rio de Janeiro – RJ
Tel 21 2223-3656
Fax 21 2233-2741
Sumário
DIRETORIA BIÊNIO 2009-2011
Executive Board 2009-2011
PRESIDENTE / President
Antonio D. C. Castro
Souza Cruz S.A.
1º VICE-PRESIDENTE
1st Vice President
Frederico Carlos Gerdau
Johannpeter
Gerdau S.A.
VICE-PRESIDENTES
Vice Presidents
Alfried Plöger
Cia Melhoramentos de São Paulo
Paulo Setubal Neto
Itaúsa Investimentos Itaú S.A.
Luiz Spínola
Cremer S. A.
DIRETORES / Directors
Luis Fernando Costa Estima
Forjas Taurus S.A.
Summary
Maurício Perez Botelho
Energisa S.A.
Morvan Figueiredo
Paula e Silva
Nadir Figueiredo Indústria e
Comércio S.A.
Osvaldo Burgos Schirmer
Metalúrgica Gerdau S.A.
Paulo Cezar Castello
Branco Aragão
Barbosa, Müssnich e Aragão
Associados
Roberto Terziani
Oi S.A.
Thomás Tosta de Sá
Mangels Industrial S.A.
SUPERINTENDENTE GERAL
General Manager
Eduardo Lucano da Ponte
REPÓRTERES / Reporters
Martha Corazza e Adriana Braz
ESTAGIÁRIA / Trainee
MIchelle Andrade
PROJETO GRÁFICO
Graphic Design
Raquel Ponte
TRADUÇÃO / Translation
Carolyn Brissett
DIRETOR DE RELAÇÕES
INSTITUCIONAIS
Institutional Affairs Director
Epaminondas Baptista
GERENTE DE CONTAS
Accounts Manager
Angela Caldas
IMPRESSÃO E FOTOLITO
Printing and Photoliths
Sol Ação Editora
Este Anuário pode ser adquirido nos
escritórios da Abrasca ou através do
site www.abrasca.org.br
This annual can be purchased at
the Abrasca offices or via the site
www.abrasca.org.br
GRC VISÃO,
Gestão de Riscos e Cenários
CONSELHEIROS
Advisers
Alfried Plöger
Abrasca (vice-presidente)
Alexandre Fischer
GRC Visão
Cleber Cabral Reis
CCRio Comunicação
Eduardo Lucano da Ponte
Abrasca (superintendente geral)
6
ECONOMISTA-CHEFE
Chief Economist
Eric Sweet
As análise setoriais e os dados
estatísticos deste Anuário foram
produzidos pela GRC VISÃO, Gestão
de Riscos e Cenários.
Sectorial analisys and statistic data
from this edition were produced by
GRC VISÃO, Gestão de Riscos e
Cenários.
Fotos gentilmente cedidas por:
Photographs kindly provided by:
Rodolfo Clix (açúcar); Niki
Michailov (alimentos); Christoph
Hardes (bancos); Sanja Gjenero
(educação e serv. médico-hosp.);
Rafael Leal (embalagens); Ben
Earwicker (lazer); Keith Wilson
(máquinas); Tom Def (mineração);
Carole Nickerson (papel);
Douglas Enry (gás); Martin Walls
(saneamento); Peter Mueller
(serv. financ.); Sarp Sencer
Saygýver (siderurgia); Pavel
Matoušek (ti); Richard Sweet
(transporte); Spencer Ritenour
(util. domésticas).
Cristiana Pereira
BM&FBOVESPA S.A.
Luiz Spínola
Cremer S.A.
Luiz Arthur Oliveira Navarro
Abyara S.A.
Luiz Leonardo Cantidiano
Motta, Fernandes Rocha
Advogados
Marcos Antonio Silva Menezes
Petrobras S.A.
Antonio D. C. Castro, Presidente da Abrasca
Antonio D. C. Castro, President of ABRASCA
Conversa com o leitor
Conversation with the reader
Cleber Cabral Reis, Diretor de Redação
Cleber Cabral Reis, Content & Editing Director
Os principais números das companhias abertas em 2009
Main results for public companies in 2009
Empregos gerados pelas companhias abertas em 2009
Jobs supplied by the public companies in 2009
Brasil: Principais indicadores macroeconômicos (2001-2010)
Brazil: main economic indicators (2001 to 2010)
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
DIRETOR EXECUTIVO / CEO
Alexandre Fischer
CONSELHO EDITORIAL
Editorial Board
PRESIDENTE / President
Antonio D. C. Castro
Editorial
10
11
12
13
Projeto editorial da CCRio Comunicação
desenvolvido para a ABRASCA
A publishing project by CCRio Comunicação for ABRASCA
DIRETOR DE REDAÇÃO
Content & Editing Director
Cleber Cabral Reis (R.P. nº 12.567)
Editorial
16
17
18
20
21
22
23
Lucy Sousa, Presidente da APIMEC Nacional
Lucy Sousa, President of the National APIMEC
Marcelo Giufrida, Presidente da ANBIMA
Marcelo Giufrida, President of ANBIMA
Gilberto Mifano, Presidente do IBGC
Gilberto Mifano, President of IBGC
Andrew Frank Storfer, Presidente da Anefac
Andrew Frank Storfer, President of ANEFAC
José de Souza Mendonça, Diretor Presidente da Abrapp
José de Souza Mendonça, President of ABRAPP
Walter Mendes de Oliveira Filho, Presidente da Amec
Walter Mendes de Oliveira Filho, President of AMEC
Luiz Spinola, Vice-Presidente da Abrasca
Luiz Spinola, Vice-President of ABRASCA
Visão econômica
Economic viewpoint
29
33
Crescimento brasileiro para 2010 supera expectativas, Eric Sweet
Brazil’s growth outstrips expectations for 2010 by Eric Sweet
Preço x Inflação x Taxa de Juros, Ricardo Schiller Freiburghaus
Price x Inflation x Interest Rate by Ricardo Schiller Freiburghaus
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
41
42
43
Oferta de ativos
Offer of assets
Oferta de recursos
Offer of resources
Mercado de dívida
Debt market
Matéria de capa
Desempenho setorial
Cover story
Sectorial performance
44
58
62
64
Os desafios de uma década que promete ser histórica
Challenges of a milestone decade
BM&FBovespa: os caminhos para o futuro
BM&FBovespa: paths to the future
A agenda ambiciosa do Projeto Ômega
Ambitious agenda for the Omega Project
Energia elétrica: Projetos e investimentos previstos para os
próximos 10 anos
Electricity: Projects and investments planned for the next
ten years
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
73
78
84
88
89
90
92
93
94
96
97
98
99
100
102
103
104
Considerações metodológicas
Comments on the methodology
Vencedora
Winner
Entrevista com Fabio Hering
Interview with Fabio Hering
Atacado e varejo
Wholesale and retail
Bancos e crédito
Banking
Construção civil e mercado imobiliário
Real estate
Energia elétrica
Electricity
Máquinas e equipamentos
Machinery and equipment
Mineração
Mining
Petróleo e gás, petroquímica e plástico
Oil and gas and derivates
Saneamento e serviços de água e gás
Sanitation, water and gas services
Serviços financeiros
Financial services
Serviços médico-hospitalares
Wealth services
Siderurgia e metalurgia
Steel and metallurgy
Tecnologia da informação
Information technology
Telecomunicações
Telecommunication
Transporte e logística
Transport and logistics
Autorregulação e divulgação
Self-regulation and disclosure
107
111
114
Entrevista com Henry Sztutman
Interview with Henry Sztutman
Iniciativas das entidades
Institutional initiatives
Legislação
Legislation
Desempenho setorial
134
135
136
138
139
140
141
142
144
145
146
148
149
150
152
153
154
156
Estatísticas
Statistics
159
164
166
172
186
187
188
189
190
191
192
193
194
Sectorial performance
129
130
131
132
Açúcar e álcool
Sugar and ethanol
Alimentos, bebidas e fumo
Food, beverage and tobacco
Atacado e varejo
Wholesale and retail
Bancos e crédito
Banking
Construção civil e mercado imobiliário
Real estate
Educação
Education
Embalagens
Packaging and labeling
Energia elétrica
Electricity
Lazer, turismo e hotelaria
Leisure industry
Máquinas e equipamentos
Machinery and equipment
Mineração
Mining
Papel & celulose e madeira
Wood, pulp and paper
Petróleo e gás, petroquímica e plástico
Oil and gas and derivates
Saneamento e serviços de água e gás
Sanitation, water and gas services
Serviços financeiros
Financial services
Serviços médico-hospitalares
Wealth services
Siderurgia e metalurgia
Steel and metallurgy
Tecidos, vestuário e calçados
Textile, clothing and footwear
Tecnologia da informação
Information technology
Telecomunicações
Telecommunication
Transporte e logística
Transport and logistics
Utilidades domésticas
Household utilities
Um ano de superação e recuperação
A year of resilience and recovery
Notas metodológicas
Methodological notes
Denominação social das empresas
Companies’ names
Resultado das empresas por setor de atuação
Corporates’ results (by sectors)
Evolução real do ativo total médio
Total average assets performance
Evolução real do patrimônio líquido médio
Average shareholders’ equity
Evolução real do lucro/prejuízo líquido médio
Average net income/loss performance
Evolução real da receita líquida média
Average net revenue performance
Evolução real do lucro operacional
Average operating profit performance
Evolução real do endividamento médio
Average indebtedness performance
Evolução do giro do ativo médio (%)
Average asset turnover performance (%)
Evolução real do grau de endividamento médio (%)
Average degree of indebtedness performance (%)
Evolução real do capital de giro médio
Average working capital performance
Associados da Abrasca
Abrasca associates
195
Nome e site das companhias associadas da Abrasca
Name and site of quoted companies associated to Abrasca
Editorial
Editorial
O avanço da autorregulação no Brasil
Self-regulation advances in Brazil
Foto: Flávio R. Guarnieri
O mercado de capitais brasileiro
Having progressed significantly
avançou muito ao longo dos últimos 10
over the past ten years, Brazil’s capitals
anos e segue com grandes desafios para
market is now gearing up for major
a década que se inicia: o de ser,
challenges during the next decade: its
principalmente, uma efetiva fonte de
hardest task will be to develop into an
recursos para suprir a necessidade de
effective source of funding paced to
investimento das empresas. Isso é
corporate investment requirements.
fundamental, porque a nossa economia
This is vital, as the Brazilian economy
tem imenso potencial de crescimento,
has massive growth potential, although
apesar de continuar exposta a volatilidade
still vulnerable to the volatility of
do cenário internacional.
international contexts.
Atualmente, predomina a percepção
At the moment, there are
de um cenário mais otimista, ou seja, o de
widespread perceptions of a more upbeat
expansão da atividade industrial. Como a
outlook, with an upsurge in industrial
essência do mercado de capitais é a
activities. As the capitals market is
dinâmica, as principais entidades estão
essentially dynamic, its main entities are
trabalhando de olho no futuro.
working with a keen eye to the future.
Paralelamente ocorre um avanço
In parallel, steady progress is
Antonio D. C. Castro
consistente no processo de autorregulação.
apparent in the self-regulation process.
Presidente da Associação Brasileira
A mais recente medida nesta direção foi
The most recent step in this direction
das Companhias Abertas (Abrasca)
tomada pela Comissão de Valores
was taken by the Brazilian Securities
e do Conselho Editorial do Anuário
Estatístico das Companhias Abertas
Mobiliários, que, por meio da Instrução
Commission (CVM) which will no
483, editada em julho último, vai deixar
longer accredit market analysts (CVM
President, Brazilian Association
of Publicly-Held Companies (ABRASCA);
de credenciar analistas de mercado. A partir
Instruction Nº 483, promulgated in
Chairman of the Editorial Board,
de outubro, a tarefa passará a ser exercida
July 2010). From October onwards,
Listed Companies Statistical Yearbook
pela APIMEC, que terá também a
this task will be handled by the
responsabilidade de autorregular a atividade.
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Na verdade, a questão regulatória está no centro das
Professionals (APIMEC), which will also be in charge of the
preocupações internacionais, desde a crise financeira de 2008.
self-regulation of these activities.
Evidentemente que é impossível desenhar um sistema
In fact, regulatory issues have been the focus of
regulatório perfeito, já que o mercado está constantemente
international concerns ever since the worldwide financial
criando novas formas de transações, o que exige impor o mesmo
meltdown in 2008. It is obviously impossible to design a flawless
ritmo e agilidade ao processo normativo.
regulatory system, as the market is steadily creating new types
Portanto, estabelecer normas e procedimentos deixou de
of transactions that require regulatory processes to keep up
ser tarefa exclusiva do Estado. Passou também a ser um dever
with their fast-paced development.
das entidades que atuam no mercado. A tendência atual é de
Thus, establishing rules and procedures is no longer the
um sistema regulador baseado em princípios, a exemplo do
sole responsibility of the State. It has also become the duty of
que norteia as novas normas contábeis internacionais.
market entities, with the current trend pointing towards a
Cabe ressaltar que o marco regulatório brasileiro registrou
regulatory system based on principles, similar to the framework
um avanço expressivo nos últimos dez anos, com a edição de
underpinning the new international accounting standards.
inúmeros regulamentos essenciais para o desenvolvimento do
It is worthwhile stressing that Brazil’s regulatory framework
mercado pela CVM. Temos ótimas instruções que normatizam
has progressed significantly over the past decade, with the CVM
aspectos importantes.
issuing a steady stream of key regulations fostering market
Além disso, a autorregulação, que vem sendo feita pelas
development. Brazil now has excellent directives regulating most
entidades, atingiu um excelente nível, inclusive por delegação
important aspects. Moreover, self-regulation – which is being
do regulador para monitorar e prevenir operações irregulares. A
implemented by market entities – has also reached an excellent
6
Abrasca, dentro deste princípio, trabalhou intensamente em
seu Código de Autorregulação, desde o início de 2009, devendo
sua conclusão ocorrer até o final de 2010. O objetivo do Código
é o de ampliar a adoção e a utilização, pelas companhias abertas,
de um conjunto de princípios e recomendações que contribuam
para garantir um padrão de boa governança corporativa.
O Código está baseado em princípios, ao invés de regras
detalhadas, visando dificultar o descumprimento da essência do
que se busca alcançar. Procuramos nos inspirar no que já existe
no Brasil e no exterior. No caso brasileiro, a Abrasca reconhece
que o grau de maturidade, a estrutura de controle societário e as
peculiaridades de cada companhia podem justificar diferentes
alternativas para se atingir uma boa governança corporativa.
Na sua concepção, o Código adota uma abordagem de
“aplique ou explique”, modelo flexível que confere às empresas
liberdade para decidir não praticar uma ou algumas regras, na
condição de explicar aos acionistas e ao mercado os motivos
para tal decisão, promovendo assim maior transparência em
seu modelo de gestão
Nesse sentido, as principais linhas mestras do Código
abrangem temas de grande relevância como: Conselho de
Administração e Diretoria Executiva; Responsabilidade dos
Administradores; Política de Remuneração; Controles Internos
e Gestão de Riscos;Transações com Partes Relacionadas;
Reorganizações Societárias; Ofertas Públicas de Aquisição e
Controle e Divulgação de Informações Relevantes.
Alguns desses tópicos refletem preocupações manifestadas
pela CVM como, por exemplo, o tema da gestão de riscos,
cuja relevância se relaciona com as perdas com derivativos
financeiros que algumas empresas sofreram em 2008,
evidenciando a necessidade de reforçar o papel dos conselheiros
nos controles internos das companhias.
Outro ponto de preocupação do regulador, e de
importância fundamental neste Código, é estabelecer para as
companhias abertas um maior grau de transparência ao
realizarem transações com partes relacionadas, principalmente
as operações envolvendo empresas coligadas e/ou vinculadas a
acionistas controladores.
Na verdade, estamos diante de um processo de mudança
estrutural importante que mostra o amadurecimento do nosso
mercado. A contribuição das entidades no processo de
autorregulação tem sido valiosa, por deterem amplo
conhecimento da atividade que regulam, conseguindo assim
obter no mercado uma expressiva concordância com seus
princípios e recomendações.
Estamos convencidos que o Código de Autorregulação
da Abrasca se constituirá em um passo extremamente
importante para o desenvolvimento do nosso mercado. Além
de estabelecer fundamentos para enfrentar de forma segura e
transparente os desafios de governança desta próxima década,
seu conteúdo didático deverá contribuir para aumentar
significativamente o número de companhias listadas na bolsa
ao longo dos próximos anos.
level, including watchdog powers delegated by the Regulator
designed to prevent improper transactions.
Pursuing this principle, ABRASCA has been working
intensively on its Self-Regulation Code since early 2009, with
completion scheduled by year-end 2010. The purpose of this
Code is to extend the adoption and use of a set of principles
and recommendations by listed companies that will help ensure
good corporate governance standards.
Inspired by initiatives already in place in Brazil and elsewhere
in the world and based on principles rather than detailed rules,
this Code is intended to discourage non-compliance with the
essence of its goals. For Brazil, ABRASCA acknowledges that
the level of maturity, corporate control structures and the specific
characteristics of each company may well justify alternative ways
of achieving good corporate governance.
The basic concept of this Code adopts an Apply or Explain
approach, which is a flexible model endowing companies with
freedom to decide on whether or not to comply with one or
more rules, provided that they explain to their shareholders and
the market the reasons for such decisions, thus ensuring greater
transparency for their management models.
Consequently, the mainsprings of this Code encompass
aspects of the utmost importance, such as the: Board and
Executive Board; Management Liability; Remuneration Policy;
In-House Controls and Risk Management; Transactions with
Related Parties; Corporate Restructuring Processes; Public
Offerings for Acquisition and Control; and Disclosure of
Relevant Facts.
Some of these topics reflect concerns already expressed
by the CVM, such as risk management, for example, whose
importance is spotlighted by the heavy losses posted by some
companies during 2008 due to financial derivatives,
underscoring the need to buttress the roles played by Board
Members for strengthening in-house corporate controls.
Another point of concern for the Regulator, which is of
the utmost importance in this Code, is to establish higher
levels of transparency for listed companies when conducting
transactions with related parties, particularly transactions
involving associated companies and/or those linked to the same
controlling shareholders.
In fact, we are moving into a time of sweeping structural
changes that will showcase the maturity of the Brazilian market.
The contribution of its entities to self-regulation processes has
been invaluable, as they are endowed with ample knowledge
of the activities that they regulate, thus obtaining widespread
market support for their principles and recommendations.
We are convinced that the ABRASCA Self-Regulation
Code will prove an extremely important step for the
development of the Brazilian market. In addition to establishing
a solid footing for coping safely and transparently with the
challenges of governance during the coming decade, its
educational aspects will also step up the number of companies
listed on the Stock Exchange during the next few years.
7
Conversa com o leitor
Conversation with the reader
Um horizonte muito promissor
Hopeful horizons
Dedicamos o tema de capa desta edição para traçar um
panorama dos desafios que o mercado de capitais tem pela
frente nesta década que se inicia. A tarefa foi realizada sem
compromisso estatístico. A intenção foi a de reunir opiniões
de profissionais que ajudaram na grande transformação do
mercado de capitais nos últimos 20 anos, como Roberto Teixeira
da Costa, Luiz Leonardo Cantidiano, Maílson da Nóbrega,
Thomás Tosta de Sá, entre outros profissionais de destaque.
Pelo fluxo de capitais que irriga o nosso mercado
atualmente e as perspectivas de crescimento da nossa economia,
tudo indica que Brasil é a bola da vez nas opções dos grandes
investidores. Portanto, essa década será de grandes desafios e
oportunidades de crescimento, conforme avaliam os analistas.
Aliás, recomendamos a leitura da matéria especial sobre o setor
de energia elétrica. O presidente da Empresa de Pesquisa
Energéticas (EPE), Maurício Tolmasquim, estima que os três
grandes vetores da indústria em termos de consumo energético
(siderurgia, alumínio e ferros-liga) deverão crescer mais de 5,4%
ao ano nos próximos dez anos. Ele garante que o sistema estará
pronto para atender a essa demanda.
Como foi 2009 – Podemos considerar 2009 como um
ano de superação. O crescimento de praticamente zero do
Produto Interno Bruto foi um bom resultado quando comparado
com o que ocorreu nos Estados Unidos e em muitos outros
países europeus. Portanto, o Brasil acabou se saindo bem.
As receitas das 366 companhias abertas, analisadas para a
edição deste Anuário, totalizaram R$ 1,23 trilhão, com queda
de 3,2% em relação a 2008. O ativo total aumentou 7,5% e o
patrimônio líquido deu um salto de 14%.
As companhias abertas recolheram em impostos R$ 61,5
bilhões, quantia que representou um aumento de 16% em relação
ao valor de 2008. Essas empresas contribuíram ainda com a geração
de mais de 1,6 milhões de empregos diretos, o que representou
crescimento de 6,4% em relação ao montante de 2008.
As perspectivas para o país são positivas, conforme
apontam os dados do primeiro semestre de 2010. Mesmo
com fundamentos econômicos sólidos internamente, o maior
risco ainda está associado à turbulência do mercado externo,
como observa o economista Eric Sweet no artigo que abre a
seção Visão Econômica.
This year’s cover story offers a panorama of the challenges
facing Brazil’s capitals market during the next decade. Avoiding
dry statistics, the intention is to gather together the opinions
of practitioners who have helped reshape the capitals market
over the past twenty years, such as Roberto Teixeira da Costa,
Luiz Leonardo Cantidiano, Maílson da Nóbrega and Thomás
Tosta de Sá, among many other outstanding names.
With generous capital inflows currently keeping the
Brazilian market well irrigated and a positive outlook for
economic growth, everything seems to tag Brazil as a preferred
target for major investors. Nevertheless, this decade will offer
massive challenges and opportunities, according to the analysts.
In fact, we recommend reading the special feature on Brazil’s
power sector. The President of the Energy Research Enterprise,
Maurício Tolmasquim forecasts growth at more than 5.4% a
year throughout the next decade for the three main industrial
vectors driving electricity consumption (steel, aluminum and
ferroalloys). He also guarantees that Brazil’s National Grid will
be ready to respond to these demands.
Looking back at 2009 – A bounce-back year, with GDP
growth barely topping zero, this can nevertheless be rated as
quite impressive, compared to the USA and much of Europe,
still crippled by fallout from the financial meltdown that began
in September 2008. But Brazil sailed fairly smoothly through
these economic storms.
The revenues posted by the 366 listed companies analyzed
for this Yearbook topped R$ 1.23 trillion, 3.2% less than in 2008.
In counterpart, their total assets rose by 7.5% to R$ 5.31 trillion,
while their net equity expanded by 14% to R$ 1.16 trillion.
These listed companies paid out R$ 61.5 billion in taxes,
up 16% over the R$ 53 billion paid in 2008. Furthermore,
their share of total government revenues increased from 10.5%
to 12.4% by the end of last year. They also helped generate
more than 1.6 million direct jobs, 6.4% more than in 2008.
The prospects are promising for Brazil, reflected in the
data for the first half of 2010. Despite its solid domestic
foundations, the main risks for the Brazilian economy are still
associated with turbulence sweeping through foreign markets,
as noted by economist Eric Sweet the article opening the
Economic Overview Section.
Boa leitura!
Happy reading!
Cleber Cabral Reis
Diretor de Redação
[email protected]
Cleber Cabral Reis
Content & Editing Director
[email protected]
10
OS PRINCIPAIS NÚMEROS DAS COMPANHIAS ABERTAS EM 2009
Main results for public companies in 2009
2008
2009
(var, %)
390
366
-6,15%
1.276,6
1.235,8
-3,20%
15,2%
-7,2%
—
4.928,2
5.317,4
7,90%
1.022,7
1.166,4
14,05%
166,5
155,2
-6,75%
16,6%
18,6%
—
13,0%
12,6%
—
16,3%
13,3%
—
3,4%
2,9%
—
53,0
61,5
15,97%
10,5%
12,4%
—
17,27%
16,56%
—
2008
2009
(var, %)
1.529.477
1.627.812
6,43%
5.768.109
6.136.833
6,39%
Consolidação dos dados da amostra (*) / Sample data consolidation (*)
Número de empresas analisadas
Number of analysed companies
Total de receitas líquidas (R$ bilhões)
Total net revenues (R$ billion)
Crescimento real (%, deflator IPCA)
Real growth (%, IPCA deflated)
Ativo total (R$ bilhões)
Total assets (R$ billion)
Patrimônio líquido consolidado (R$ bilhões)
Total equity (R$ billion)
Total de lucros acumulados (líquido, R$ bilhões)
Total net profits
Margem operacional (% sobre a receita líquida)
Operational margin (% over net revenues)
Margem líquida (% sobre a receita líquida)
Net margin (% over net revenues)
Retorno sobre PL (%)
Return on equities (ROE, %)
Retorno sobre ativos (%)
Return on assets (ROA, %)
Recolhimento tributário total (R$ bilhões)
Total tax burden (R$ billion)
Participação na arrecadação total (%)
Contribution to Total Tax Burden (%)
Participação no Produto Interno Bruto (PIB, %)
Contribution to Gross Domestic Product (GDP, %)
(*) Os dados de 2008 foram consolidados com base na amostra de 366 empresas de 2009.
(*) 2008 data were consolidated based on the sample of 366 companies in 2009.
Geração de empregos (**) / Jobs supplied (**)
Empregos diretos
Direct jobs
Emprego total
Total employment
Total das respostas
Total answers
Representatividade da amostra (% do Ativo Total)
Sample representativeness (% of Total Assets)
Empregos formais (RAIS - Relação Anual de Informações Sociais)
Formal jobs (RAIS - Social Employment Report)
Participação da amostra no emprego Total (% da RAIS)
Contribution from sample to total employment (% of RAIS)
214
—
58,12%
—
39.059.634
40.437.076
3,53%
14,8%
15,2%
—
2008
2009
(var, %)
32,1
15,9
-50,56%
1,9
16,4
782,81%
37,5
11,1
-70,42%
130,7
87,6
-32,95%
383
373
-2,61%
1.375,3
2.334,7
69,76%
3,59
6,26
74,32%
-46,0%
67,1%
—
5.504
5.236
-4,86%
(**) Números de empregos por setores econômicos estão na página 12
(**) Number of jobs for each economic sectors are on page 12
Informações sobre o mercado de capitais / Capital markets information
Volume de recursos captados (R$ bilhões)
Total Fund Raised (R$ billion)
Emissões primárias de ações
Primary stocks launch
Emissões secundárias de ações
Secundary stocks launch
Emissões de debêntures
Private bonds launch
Emissões privadas totais
Total Private Launch
Número de empresas listadas na Bovespa
Number of Bovespa’s listed companies
Valor de mercado total das empresas (R$ Bilhões)
Total market capitalization (R$ billion)
Valor de mercado médio das empresas (R$ bilhões)
Average company’s market capitalization (R$ billion)
Variação real (%, deflator IPCA)
Real growth (%, IPCA deflated)
Volume médio diário transacionado na Bovespa (R$ milhões)
Average Bovespa’s volume negotiation (R$ million)
11
Conversa com o leitor
Conversation with the reader
EMPREGOS GERADOS PELAS COMPANHIAS ABERTAS EM 2009
Jobs supplied by the public companies in 2009
Empregos em 2008 / 2008 Employment
Empregos em 2009 / 2009 Employment
Direto / Direct Indireto* / Indirect Total / Total Direto / Direct Indireto* / Indirect Total / Total
Variação
Variation
Infra-Estrutura / Infrastructure
168.574
89.098
257.672
194.356
104.154
298.511
15,8%
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
104.702
62.962
167.664
128.153
77.064
205.217
22,4%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
63.872
26.136
90.008
66.203
27.090
93.293
3,7%
Utilidade Pública / Utilities
90.663
243.381
334.044
92.964
249.557
342.521
2,5%
Energia Elétrica
Electricity
72.123
193.611
265.734
73.749
197.976
271.725
2,3%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
18.540
49.770
68.310
19.215
51.582
70.797
3,6%
Bens Primários / Raw Material
366.249
1.745.114
2.111.363
362.929
1.783.034
2.145.963
1,6%
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
108.234
41.664
149.898
105.420
40.581
146.001
-2,6%
Mineração
Mining
71.522
67.771
139.293
67.697
64.146
131.843
-5,3%
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
16.160
36.434
52.594
15.528
35.009
50.537
-3,9%
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
87.626
993.416
1.081.042
91.392
1.036.110
1.127.502
4,3%
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
82.707
605.829
688.536
82.892
607.187
690.080
0,2%
Bens de Capital / Capital Goods
86.453
130.602
217.055
88.667
133.947
222.614
2,6%
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
86.453
130.602
217.055
88.667
133.947
222.614
2,6%
Bens Intermediários / Intermediate Goods
5.284
11.913
17.197
6.212
14.006
20.218
17,6%
Embalagens
Packaging and Labeling
5.284
11.913
17.197
6.212
14.006
20.218
17,6%
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-cycle Consumption Goods
156.799
794.971
951.770
182.798
926.788
1.109.587
16,6%
Alimentos, Bebidas e Fumo
Food, Beverage & Tobacco
156.799
794.971
951.770
182.798
926.788
1.109.587
16,6%
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
240.007
436.618
676.625
274.673
488.424
763.097
12,8%
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
107.503
19.287
126.790
127.394
22.856
150.250
18,5%
12.626
33.894
46.520
13.295
35.690
48.985
5,3%
1.270
3.409
4.679
1.240
3.329
4.569
-2,4%
109.084
365.640
474.724
122.753
411.456
534.209
12,5%
9.524
14.388
23.912
9.991
15.093
25.084
4,9%
Serviços / Services
415.448
786.936
1.202.384
425.211
809.111
1.234.322
2,7%
Bancos & Crédito
Banking
207.892
317.953
525.845
205.576
314.410
519.986
-1,1%
Holdings
Holdings
9.496
7.725
17.221
9.130
7.427
16.557
-3,9%
Serviços Financeiros
Financial Services
8.652
13.232
21.884
7.218
11.039
18.257
-16,6%
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
25.321
38.726
64.047
33.916
51.872
85.788
33,9%
Tecnologia da Informação
Information Technology
26.751
40.412
67.163
26.012
39.296
65.309
-2,8%
137.336
368.889
506.225
143.359
385.067
528.426
4,4%
1.529.477
4.238.632
5.768.109
1.627.812
4.509.021
6.136.833
6,4%
Educação
Education
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing and Footwear
Utilidades Domésticas
Household Utilities
Telecomunicações
Telecommunication
Total / Total
* Estimado / *Forecast
12
BRASIL: PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÔMICOS (2001-2010)
Brazil: Main economic indicators (2001 to 2010)
Indicador / Indicator
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010 (e)
PIB Total
Total GDP
1,3%
2,7%
1,1%
5,7%
3,2%
4,0%
6,1%
5,1%
-0,2%
6,9%
PIB Industrial
Industrial GDP
-0,6%
2,1%
1,3%
7,9%
2,1%
2,2%
5,3%
4,4%
-5,5%
10,5%
Extrativa mineral
Mining
2,2%
11,6%
4,7%
4,3%
9,3%
4,4%
3,7%
4,9%
-0,2%
3,9%
Construção civil
Real estate
-2,1%
-2,2%
-3,3%
6,6%
1,8%
4,7%
4,9%
8,2%
-6,3%
11,5%
Indústria de transformação
Manufacturing industry
0,7%
2,4%
1,9%
8,5%
1,3%
1,0%
5,6%
3,2%
-7,1%
9,0%
Serviços de utilidade pública
Utilities
-6,2%
2,9%
4,0%
8,4%
3,0%
3,5%
5,4%
4,8%
-2,4%
5,8%
PIB Agropecuário
Agriculture GDP
6,1%
6,6%
5,8%
2,3%
0,3%
4,8%
4,8%
5,7%
-5,2%
4,0%
PIB Serviços
Services GDP
1,9%
3,2%
0,8%
5,0%
3,7%
4,2%
6,1%
4,8%
2,6%
5,5%
Comércio
Commerce
0,0%
-0,1%
-0,5%
7,5%
3,5%
6,0%
8,4%
6,1%
-1,2%
4,8%
Transporte
Transports
2,4%
2,8%
-3,1%
5,9%
3,5%
2,1%
5,0%
3,4%
-2,3%
5,0%
Comunicações
Communications
5,3%
5,0%
4,4%
5,5%
4,0%
1,7%
7,4%
8,9%
4,9%
5,3%
Instituições financeiras
Financial institutions
1,2%
2,3%
-4,8%
3,7%
5,3%
8,4%
15,1%
13,0%
6,5%
8,9%
7,7%
10,4%
11,9%
12,5%
26,4%
35,4%
9,3%
7,7%
6,3%
7,6%
12,1%
14,7%
5,7%
1,2%
-1,0%
3,1%
3,8%
4,3%
4,5%
7,9%
9,4%
5,9%
9,1%
9,8%
4,3%
-1,4%
-4,1%
6,0%
8,2%
8,9%
R$ / US$ – fim de ano
R$ / US$ – year end
2,32
3,53
2,89
2,65
2,34
2,14
1,77
2,34
1,74
1,85
R$ / US$ – média no ano
R$ / US$ – average
2,35
2,92
3,08
2,93
2,43
2,18
1,95
1,83
2,00
1,81
SELIC Efetiva – fim do ano
Effective SELIC rate – end of year
19,1%
24,9%
16,4%
17,7%
18,1%
13,2%
11,2%
13,7%
8,8%
11,5%
SELIC Efetiva – média no ano
Effective SELIC rate – average for year
17,5%
19,1%
23,5%
16,2%
19,1%
15,3%
12,0%
12,4%
10,0%
10,2%
9,1%
5,9%
13,0%
8,0%
12,7%
11,8%
7,2%
7,3%
4,3%
5,2%
Contas nacionais / National accounts
Índices de preços / Prices index
IPCA / CPI
IGP-DI / GPI
IPA-DI / WPI
Taxa de câmbio / Exchange rate
Taxa de Juros / Interest rates
JURO REAL (Selic / IPCA)
Real interest rate (Selic / IPCA)
Setor público / Public accounts
Dívida líquida pública consolidada total (R$ bilhões)
Net public debt (R$ billion)
Dívida líquida pública consolidada Total (% do PIB)
Net public debt (% of GDP)
680,1
896,1
933,6
982,0
1.035,3
1.112,7
1.200,8
1.153,6
1.345,3
1.506,6
52,2%
60,6%
54,9%
50,6%
48,2%
47,0%
45,1%
38,4%
42,8%
45,0%
Resultado fiscal primário (% do PIB)
Primary fiscal result (% of GDP)
3,4%
3,2%
3,3%
3,8%
3,9%
3,2%
3,4%
3,5%
2,1%
1,5%
Resultado nominal (% do PIB – c/ câmbio)
Nominal fiscal result (% of GDP– w/ exchange rate)
-4,8%
-9,6%
-3,8%
-2,6%
-3,2%
-3,5%
-2,6%
-2,0%
-3,2%
-3,7%
2,7
13,1
24,8
33,6
44,7
46,5
40,0
24,8
25,3
15,8
(23,2)
(7,6)
4,2
11,7
14,0
13,6
1,6
(28,2)
(24,3)
(45,8)
22,5
16,6
10,1
18,1
15,1
18,8
34,6
45,1
25,9
39,5
Setor externo / Foreign accounts
Balança comercial (US$ bilhões)
Trade balance (US$ billion)
Transações correntes (US$ bilhões)
Current account (US$ billion)
Investimento estrangeiro direto no País (US$ bilhões)
Foreign direct investment in the country (US$ billion)
Fontes: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan
Elaboração e Projeção: GRC VISÃO
Sources: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan
Forecast by: GRC VISÃO
13
Foto: Flávio R. Guarnieri
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Os quatro desafios para a próxima década
The four challenges for the coming decade
Lucy Sousa*
A
primeira década do século XXI consolidou o mercado
de capitais brasileiro como fonte de financiamento
empresarial, por meio da atração da poupança
nacional e internacional para a aquisição de valores mobiliários
emitidos pelas companhias abertas. Entre 2000-09, as ofertas
públicas somaram R$ 725 bilhões, sendo que, no período
2005-09, o total de ofertas primárias correspondeu, na média,
a cerca de 25% da formação bruta de capital fixo brasileiro.
No início da década, as ofertas públicas concentravam-se
nas emissões de renda fixa, destacando-se as operações das
companhias de arrendamento mercantil e de securitização de
recebíveis. A partir de 2004, verificou-se um movimento de
abertura de capital e lançamento de ações em setores
diferenciados, como agronegócio, concessões rodoviárias,
cosméticos, educação, imobiliário, logística, saúde, seguros e
tecnologia da informação.
Vários fatores justificam este movimento, tais como: a)
forte demanda dos investidores, domésticos ou internacionais,
em função da liquidez internacional, da redução da taxa de juros
e dos bons fundamentos da economia brasileira; b) planos de
investimento das companhias frente a uma conjuntura
econômica favorável; c) desinvestimento de grupos controladores
e investidores de private equity; d) esforço da BM&FBovespa
em atrair novas companhias e novos investidores, destacando-se
o lançamento do Novo Mercado; e) reforço do marco regulatório,
trazendo maior segurança aos investidores e melhorando a
formação de preço dos valores mobiliários.
Tendo se afirmado como padrão de financiamento, os
principais desafios do mercado de capitais brasileiro da próxima
década são quatro: 1o. Aumentar o número de companhias
abertas, uma vez que o mercado ainda está muito concentrado,
seja no número de emissores, seja no número de companhias
listadas em bolsa; 2o. Aumentar o número de investidores,
especialmente as pessoas físicas, inclusive para contrabalançar
a presença do investidor estrangeiro; 3o. Completar o marco
regulatório, na busca de mais governança, qualificação,
transparência e controles de risco, tanto para emissores como
para os intermediários, reforçando o papel da autorregulação;
4o. Transformar o Brasil em centro financeiro internacional.
As entidades do mercado de capitais já vem trabalhando
para enfrentar esses desafios, de forma organizada, por meio
do Plano Diretor do Mercado de Capitais e outros fóruns
temáticos ou setoriais.
*Presidente da APIMEC Nacional
16
The first decade of the XXI century firmed up Brazil’s
capital’s market as a source of business financing by attracting
national and international savings through acquiring securities
issued by listed companies. Between 2000 and 2009, public
offerings totaled R$ 725 billion, with those conducted between
2005 and 2009 accounting for some 25% on average of the
gross formation of Brazilian fixed capital.
At the start of the decade, public offerings focused on
fixed income issues, particularly transactions involving
companies focused on receivables securitization and leasing.
From 2004 onwards, a trend was noted towards going public
and issuing shares in a broader variety of sectors, including
agribusiness, highway concessions, cosmetics, education, real
estate, logistics, healthcare, insurance and information
technology.
Several factors justify this trend, including: a) heavy
demands from domestic or international investors, due to
international liquidity, lower interest rates and the solid
foundations of the Brazilian economy; b) corporate investment
plans tailored to a favorable economic context; c) divestment
of other private equity by parent groups and investors; d) efforts
by the BM&FBovespa to attract new companies and new
investors, particularly the launch of Brazil’s Novo Mercado; e)
strengthening the regulatory framework in order to offer greater
safety to investors, with better price formation for securities.
With this context firmed up as the financing standard,
there are major challenges facing Brazil’s capital market during
the next decade: 1. Increasing the number of listed companies,
as the market is still very tightly clustered, by the number of
issuers as well as the number of companies listed on the stock
exchange; 2. Step up the inflow of investors, especially
individuals, particularly to offset the presence of foreign
investors; 3. Complete the regulatory framework, seeking better
governance and qualifications, with more transparency and
tighter risk controls for issuers as well as brokers and other
intermediaries, buttressing the role of self-regulation; 4. Turn
Brazil into an international financial hub.
Entities on Brazil’s capitals market are already working
hard to address these challenges in a well-organized manner
through the efforts of the Capitals Market Master Plan and
other theme- or sector-specific forums.
President of the National Chapter of the Association of
Capitals Market Investment Analysts and Professionals (APIMEC)
Brasil: um país com ótimas perspectivas
Brazil: A great country with great prospects
Marcelo Giufrida*
N
ão foram poucos os desafios superados pela sociedade
e economia brasileiras nos últimos quinze anos.
Derrotamos a inflação crônica, consolidamos a
estabilidade macroeconômica, amadurecemos nossas
instituições públicas e políticas. Somos uma das maiores
democracias do globo e, ao longo dos últimos quinze anos,
conquistamos, aos olhos do mundo, relevância econômica
inédita em nossa história recente.
Os desafios dos próximos quinze anos não são pequenos.
Sediaremos, nos próximos dez anos, por exemplo, dois dos
maiores espetáculos esportivos do planeta, a Copa do Mundo,
em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, que multiplicarão
nossas necessidades de investimentos em infraestrutura.
Para os mercados financeiro e de capitais, esses desafios
representarão uma oportunidade valiosa para reafirmarmos seu
papel de fomentadores do desenvolvimento. Nossos mercados
já têm a maturidade, a profundidade e a solidez para cumprir
esse papel. Os brasileiros buscarão cada vez mais novas alternativas
de investimento. Como representantes dos mercados financeiro
e de capitais, teremos o papel de oferecer essas alternativas, mas
também de contribuir para preparar os brasileiros para tomar
decisões conscientes de investimento. A educação de investidores
continuará sendo uma das prioridades da ANBIMA.
A construção de um ambiente de negócios que fomente
o desenvolvimento é uma meta permanente. A qualidade e
abrangência da regulação dos mercados brasileiros são
reconhecidas internacionalmente. Temos uma larga experiência
nessa área, o que nos ajudará a aprimorar nossos mercados
continuamente.
Os próximos quinze anos serão um período de
crescimento da presença internacional do Brasil. O potencial
de nossa economia chama a atenção de todo o mundo.
Concretizar esse potencial e canalizá-lo de forma a contribuir
para aprimorar a inserção brasileira no mercado internacional
é um de nossos desafios. Para endereçá-lo, a ANBIMA, a
BM&FBovespa e a FEBRABAN criaram, em 2010, a Brain,
associação cujo objetivo é transformar o Brasil em um pólo
regional de negócios para a América Latina.
Temos quinze anos instigantes pela frente, e precisamos
estar preparados para lidar com esses desafios com o sentido de
urgência que eles exigem, mas com a serenidade de quem tem
os instrumentos para enfrentá-los.
Many challenges have been surmounted by Brazilian
society and its economy during the last fifteen years,
particularly curbing chronic inflation and consolidating
macro-economic stability, while maturing its public
institutions and policies. Now one of the world’s largest
democracies, during the past decade and a half Brazil has
achieved an economic importance in the eyes of the world
that is unparalleled in its recent history.
The outlook for the next fifteen years is no less
challenging, as Brazil hosts two of the largest sports events
on the planet – the World Cup in 2014 and the Olympic
Games in 2016 – that will pump up needs for investment
in infrastructure.
For the financial and capitals markets, these challenges
open up great opportunities to reaffirm their role as powerful
forces driving national development. And Brazil’s markets
are already endowed with the maturity, depth and solidity
demanded by this role.
As Brazilians are constantly seeking new investment
alternatives, we – as the representatives of the nation’s financial
and capitals markets – must offer these options, while also
teaching Brazilians how to take aware investment decisions.
Investor education will remain a priority for ANBIMA.
Constructing a business context that fosters
development is another permanent goal. The quality and
scope of Brazil’s market regulations are acknowledged
internationally, backed by ample experience in this field,
ensuring that these markets are steadily upgraded.
The next fifteen years will be a time of growth for
Brazil’s international presence, with its economic clout
drawing worldwide attention. Firming up this potential as
a broader bridge for Brazil to explore international markets
is another major challenge. Spearheading this effort, in 2010
ANBIMA, the BM&FBovespa and FEBRABAN set up
the BRAIN (Brazil Investments & Business) Association,
whose goal is to grow Brazil into regional business hub for
Latin America.
With fifteen vibrant years ahead, we must gear up for
these challenges, responding with the urgency they demand
but also with the serenity of those who know they have the
tools and skills needed to leap smoothly over any hurdles.
*Presidente da ANBIMA (Associação Brasileira
das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais)
*President, Brazilian Financial and
Capitals Markets Entities Association (ANBIMA).
17
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Governança: um desafio de longo prazo
Governance: a long term challenge
Gilberto Mifano*
I
ncontestáveis e significativas são as evoluções recentes no
mercado de capitais brasileiro, com a redefinição de suas
próprias regras e padrões de conduta e pelo aperfeiçoamento
da regulação em geral, tendo como exemplo a promulgação
das Instruções 480 e 481 da Comissão de Valores Mobiliários.
A dinâmica mostra-se contributiva à disseminação das melhores
práticas de governança, em que os preceitos defendidos pelo
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa em seu Código
potencializam-se ainda mais.
Olhando para frente, nesse contexto de ampliação e de
aprofundamento do debate, advém o primeiro desafio, o de
transformar as recomendações de boas práticas de Governança
Corporativa em práticas efetivamente adotadas no cotidiano
das organizações. Ações em benefício da transparência,
equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa
serão cada vez mais cobradas por acionistas e investidores e
revelam-se essenciais no desenvolvimento das organizações,
indo além das empresas com ações listadas em bolsa.
É um desafio a ser enfrentado no médio e longo prazo,
uma vez que se exige não só o aumento quantitativo de empresas
envolvidas, mas também a qualidade em sua adesão, em que
princípios e valores estejam realmente incorporados à cultura
e identidade organizacional.
Ao alinhar a prática aos conceitos e conhecimento das
ferramentas de governança, como políticas, códigos, gestão de
pessoas e mecanismos de controle, as organizações estarão
construindo uma estrutura sólida de acesso facilitado a recursos
e melhora em sua longevidade. Palavra-chave para as
organizações, a continuidade demanda, cada vez mais, práticas
responsáveis envolvendo os diferentes públicos de interesse e
incorporando considerações de ordem social e ambiental, na
definição dos negócios e operações.
A temática Governança Corporativa, a exemplo das
empresas, tem sua própria dinâmica e está em constante debate
para adaptá-la às mudanças da realidade, acompanhando a
evolução dos negócios e o ambiente regulatório, e para elevar
as exigências quando as atuais já foram incorporadas pelas
organizações. O desafio está em tornar essa discussão e a
germinação de novas ações atraentes aos diferentes públicos,
desde a alta administração das organizações até a sociedade em
geral.
Undeniable and significant changes have been taking
place recently on Brazil’s capital markets, redefining its rules
and standards of conduct, while fine-tuning its regulations
in general, exemplified by the promulgation of Instructions
Nº 480 and 481 by the Brazilian Securities Commission
(CVM). This dynamic is helping disseminate better
governance practices, enhancing the potential of the precepts
urged by the Brazilian Institute for Corporate Governance
(IBGC) through its Code.
Looking ahead, the first challenge appears in this
context of broader and deeper discussions: transforming
corporate governance recommendations into routine
practices for companies. Steps designed to enhance
transparency, fairness, accountability and corporate
responsibility will be demanded to an increasing extent by
shareholders and investors, becoming essential aspects of
business development and extending beyond companies
listed on stock exchanges.
This is a challenge to be addressed over the medium
and long terms, requiring not only quantitative improvements
in the companies involved, but also better quality compliance,
with principles and values becoming firmly
By aligning the implementation of these concepts and
familiarity with corporate governance tools - such as policies,
codes, personnel management and control mechanisms organizations will build up solid structures that ensure easier
access to funding and longer life spans. A key concept for
organizations, ongoing demands are to an increasing extent
dependent on responsible practices that reach out to
different stakeholders, encompassing social and
environmental issues, when defining businesses and
operations.
Similar to companies, the issue of corporate governance
has its own dynamic, with constant discussions ensuring
that it keeps pace with changing realities, tailored to business
developments and regulatory frameworks, in order to
impose even more stringent requirements, as the current
levels are already being met by organizations. The challenge
lies in making these discussions appealing to a wide variety
of publics, from senior management to society in general,
prompting new actions.
*Presidente do Conselho de Administração
do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
* President of the Board
Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC)
18
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
O mercado como base do desenvolvimento
The market underpinning development
Andrew Frank Storfer*
O
Brasil entra em uma nova fase, deixando para trás
a inflação alta, o baixo crédito para consumo e
apresentando uma real chance de crescimento forte
por um longo prazo. Este crescimento, para ser sustentável e
duradouro, necessita de enormes investimentos em
infraestrutura. Estes investimentos só se concretizarão por
meio da iniciativa privada. Embora se fale da necessidade de
mais investimentos públicos, nossa realidade é que a estrutura
de gastos do governo é tal que, na próxima década,
dificilmente se terá investimentos públicos em nível suficiente.
A iniciativa privada sim. Ela terá o papel principal nos
investimentos e deverá utilizar todos os mecanismos possíveis
na obtenção de recursos.
O investimento externo é e continuará sendo
importante. O financiamento das empresas pelo BNDES
também tem seu papel. Mas o mercado de capitais será
fundamental para a consolidação das empresas.
Ele se apresenta como alternativa para remuneração do
capital de investidores, atentos à governança e transparência
das empresas e condições do país. As boas condições
macroeconômicas, as perspectivas de crescimento, as
condições institucionais como o respeito aos contratos, às
agências reguladoras e à propriedade, as condições jurídicas
são alguns dos pontos de conexão com o mercado.
Hoje, a percepção de investidores é favorável ao país.
Contudo, há um caminho a percorrer. Embora tenhamos
atingido o grau de investimento, temos bons degraus a subir.
Estamos bem comparativamente ao restante do mundo. Mas
os demais países estão se mexendo e precisamos evoluir
também para um ambiente de negócios melhor. Espera-se
que o governo faça sua parte neste processo.
É preciso, ainda, uma maior diversificação de
investidores entre estrangeiros, institucionais e pessoas físicas.
Também é desejável uma maior diversificação no próprio
mercado, com um maior número de empresas com bom
peso relativo, tanto na participação em capital como em
volumes negociados. Hoje ainda temos um alto índice de
concentração e devemos buscar a pluralidade.
Neste contexto, é fundamental a presença de executivos
preparados, capacitados e em linha com a nova realidade
do país.
As Brazil moves into a new phase, leaving high inflation
and low consumer credit behind, it has a real chance of
powerful growth over the long term. In order to be
sustainable and long-lasting, this growth requires massive
investments in infrastructure. These investments can be
brought in only through private enterprise. Although much
is said about the need for more government investments,
the reality is that the structure of Brazil’s government
expenditures means that it is unlikely is unlikely to allocate
investments in sufficient quantities during the next decade.
But private enterprise could well step into the breach,
playing a leading role in investments and deploying all
possible mechanisms to raise funds.
Foreign investment is important, and will continue
to be so, while financing for companies through Brazil’s
National Social and Economic Development Bank
(BNDES) will also play its role. But the capitals market
will be crucial for corporate consolidation.
This is a valid alternative for remunerating capital
provided by investors who pay close attention to corporate
governance and transparency, as well as country conditions.
Good macro-economic conditions, a positive outlook for
growth, institutional criteria such as respect for contracts,
regulators and ownership, together with a clear-cut to juridical
framework are some of the bridges connecting to the market
Investors today tend to look favorably on Brazil.
However, much still remains to be done: investment level
has been attained, but higher ratings are still needed.
Although Brazil is doing well compared to the rest of the
world, other countries are taking action, and it must progress
steadily towards a better business environment as well. The
government is expected to do its part in this process.
Wider diversification is still required among foreign,
institutional and individual investors, in parallel to broader
market diversification, with more companies endowed with
good relative weights in terms of capital stakes and trading
volumes. Still with a high level of concentration, Brazil must
now seek plurality.
Within this context, well-trained executives are vital,
highly qualified and closely attuned to the new reality of
Brazil.
*Presidente da Associação Nacional dos Executivos
de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac)
*President, National Association of Finance,
Administration and Accounting Executives (ANEFAC)
20
Parceiros no desenvolvimento
Partners in development
José de Souza Mendonça*
C
rescimento é bom e sustentável quando se apóia
em fundamentos sólidos. Levando isso em
consideração, é difícil não ser otimista quando se
pensa no futuro dos fundos de pensão e do mercado de capitais
no Brasil. Uma confiança que cresce ainda mais quando se
pensa que o resultado de uma poupança previdenciária em
expansão e de um mercado forte é a maior capitalização das
companhias abertas.
Os fundos contam hoje com uma forte base sobre a
qual podem crescer com segurança e o mesmo pode-se dizer
do mercado de capitais. Administradores de um patrimônio
superior a R$ 510 bilhões, recursos à disposição de empresas
e projetos para alavancar o esforço produtivo do País, dispõem
de uma base legal e normativa elogiada internacionalmente.
Em cima disso, aperfeiçoaram a gestão e os controles
utilizados, ao mesmo tempo em que aprenderam a usar a
governança como uma ferramenta imprescindível. A
profissionalização dos gestores é um dado concreto e estamos
a um passo de começar a certificá-los. Igual é a confiança nos
agentes do mercado.
Para metabolizar tantos fatores favoráveis só precisamos
integrar cada vez mais aqueles que estão construindo o futuro,
os dirigentes de fundos de pensão, as direções das companhias
abertas e os profissionais do mercado de capitais, na busca de
uma parceria que precisa avançar mais e só tem a ganhar
com isso. Afinal, a luta pela estabilidade de regras, a capacidade
e inteligência postas a serviço do desenvolvimento de novos
produtos, o reconhecimento da necessidade de retirarmos os
últimos obstáculos que ainda obstam a nossa presença
globalizada, não terminam nunca.
Nessa caminhada precisamos ter ao nosso lado o
brasileiro comum, em especial os participantes de fundos de
pensão, que devem ser atraídos por um cuidadoso esforço
em favor da educação financeira e previdenciária das massas.
Fazendo crescer o número de poupadores, estaremos gerando
mais poupança estável de longo prazo, em favor da atividade
produtiva.
O cenário é, assim, de oportunidades, oferecendo a
valiosa lição de que os fundos de pensão precisam do mercado
e vice-versa e, mais que tudo, mostrando que essa dependência
precisa estar ancorada em bases sólidas e permanentes.
Growth is good when sustainable and based on solid
foundations. This belief underpins an upbeat view of the
future of pension funds and the capitals market in Brazil,
buoyed by steadily rising figures for pension savings with
a strong market that provides a steady flow of capitalization
funding for listed companies.
Like Brazil’s capitals market, these funds today have
firm foundations underpinning dynamic growth.
Managing assets worth more than R$ 510 billion, with
funding for companies and projects providing ample
leverage for production in Brazil, they are endowed with
a legal and regulatory framework that is praised
internationally. Moreover, they have fine-tuned their
management and control techniques while learning to
deploy corporate governance as a crucial tool. The
professionalization of these managers is a undeniable fact
and we are a only step away from starting to certify them.
Confidence is just as high among market agents.
All that is needed to metabolize so many favorable
factors is for those who are building up the future - pension
fund managers, the executives of listed companies and
professionals working on the capitals market - to forge
ahead with the quest for partnerships that must expand
wider still, generating even more benefits. After all, the
struggle for stable rules still continues, backed by
impressive skills and smarts devoted to developing new
products and acknowledgment of the need to sweep away
the last few hurdles still hampering a globalized presence
for Brazil.
Moving ahead along this path, we need the Brazilian
people with us, especially pension fund participants
attracted by a carefully planned drive to provide the masses
with financial education and information on how to
ensure a secure future. After all, more savers mean more
stable long term savings for underwriting production
activities.
This context is thus packed with opportunities,
offering a valuable lesson: pension funds need the market
and vice-versa. Above all, it confirms that this mutual
dependence must be anchored on solid, permanent bases.
*Diretor Presidente da Associação Brasileira
das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp)
President, Brazilian Closed Private
Pension Fund Entities Association (ABRAPP)
21
Foto: Flávio R. Guarnieri
Brasil em perspectiva
Brazil in perspective
Consolidar e avançar em novas conquistas
Consolidation with conquests
Walter Mendes de Oliveira Filho*
A
missão de prever os desafios da próxima década é
particularmente difícil quando se leva em conta a
intensidade das mudanças ocorridas no mercado de
capitais brasileiro nos últimos 10 anos. Entre elas, a forte
internacionalização, o renascimento das emissões primárias, o
enorme crescimento do volume negociado, a transformação
das Bolsas em empresas abertas e o aperfeiçoamento da
Governança Corporativa. Nesse último caso, destacam-se a
edição do Código das Melhores Práticas de Governança
Corporativa pelo IBGC, a alteração no Congresso Nacional
da lei societária, a criação do Novo Mercado pela Bovespa e
todo o conjunto de normas e orientações editado pela CVM.
Os resultados colhidos por essas mudanças fariam tímida
a previsão do mais otimista dos analistas há dez anos. O mercado
de ações se estabeleceu como alternativa viável de captação de
recursos para companhias. Parte dessa conquista deve ser
atribuída aos bons fundamentos econômicos do País.
Entretanto, as políticas adotadas pouco teriam contribuído se
não encontrassem vários esforços para colocar o mercado de
capitais nos trilhos das boas práticas da governança corporativa.
Afinal, para que as empresas levantem recursos é necessário
que existam investidores que, além de acreditarem nos planos
de negócios e no crescimento, se sintam seguros quanto às
regras do jogo e ao risco a que se submetem. O mercado de
capitais aprendeu rápido que governança corporativa e
transparência são atributos reconhecidos por investidores e
acrescentam valor às ações. Cabe às entidades do mercado
garantir que a evolução conquistada se consolide e avance.
Nesse sentido, arrisco afirmar que os desafios da próxima
década estão ligados ao aperfeiçoamento da Governança
Corporativa. Diferente das demais transformações, esta depende
de uma mudança cultural e por isso é mais vulnerável a resistências
e eventuais retrocessos. Para evitá-lo, é necessário não apenas a
vigilância, exercida pela CVM e por entidades como a Amec,
mas também a evolução, com propostas mais avançadas e
instrumentos mais efetivos. Entre essas, destaca-se a criação do
Takeover Panel no Brasil, como uma entidade independente,
reconhecida e respeitada por todos os agentes do mercado, que
regule as operações de fusões e aquisições, principal origem dos
ataques aos direitos dos acionistas minoritários. Essa poderá ser
a mudança que colocará o Brasil em um novo patamar de
Governança Corporativa, qualificando-o como um mercado
de capitais internacional de grande relevância.
Foreseeing the challenges that lie ahead in the next decade is
a difficult task, particularly in view of the changes that have swept
across Brazil’s capitals market during the past ten years. Ranging
from strong internationalization through to the reappearance of
primary issues, they also encompass massive growth in trading
volumes, stock exchanges incorporated and taken public, and finetuned corporate governance. Particularly noteworthy aspects are
the publication of the Best Corporate Practices Code by the
Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC), alterations
to Brazil’s Joint Stock Corporations Act, the establishment of the
Novo Mercado by the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA)
and the entire set of rules and guidelines laid down by the Brazilian
Securities Commission (CVM).
The outcomes of these changes make even the most upbeat
forecasts seem timid, drawn up by the analysts ten years ago, as the
Brazilian stock market firms up its status as a feasible alternative for
companies to bring in funding. Some of these accomplishments
must be credited to Brazil’s solid economic foundations. However,
these policies would have contributed little, if not underpinned by
a dynamic drive to place Brazil’s capital market firmly on the rails
of good corporate governance practices. After all, for companies to
bring in funding, they need investors who, in addition to believing
in their business plans and growth, feel confident about the rules
of the game and the risks that they accept. Brazil’s capitals market
quickly learned that corporate governance and transparency are
attributes that are appreciated by investors, boosting share prices.
It is up to the market entities to ensure that these accomplishments
are consolidated, moving steadily ahead.
Along these lines, I dare say that the challenges for the next
decade will focus largely on fine-tuning corporate governance
practices. In contrast to other changes, this depends on a cultural
shift, thus being more sensitive to resistance and backsliding. To
prevent this, constant vigilance is required by the Brazilian Securities
Commission (CVM) and entities such as the National Association
of Capitals Market Investors (AMEC), keeping pace with steady
development through increasingly sophisticated proposals and
more effective tools. Outstanding among these steps is the
establishment of the Takeover Panel in Brazil as an independent
entity that is acknowledged and respected by all market agents as
the regulator for mergers and acquisitions – the main sources of
attacks on minority shareholder rights. This may well prove the
challenge that will bring Brazil up to a new level of corporate
governance, qualifying it as a major international capitals market.
*Presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec)
President, National Association of Capitals Market Investors (AMEC)
22
Foto: Flávio R. Guarnieri
Governança Corporativa na Europa
Corporate governance in Europe
Luiz Spinola*
E
ntre o final de abril e início de maio, participei da 2ª
Jornada Técnica organizada pelo IBGC, em Londres
e Paris, que reuniu 52 pessoas. O objetivo foi o de
expandir o conhecimento dos participantes sobre a atualidade
da Governança Corporativa na Europa e suas tendências, tendo
como pano de fundo a crise financeira mundial ocorrida em
2008. Este texto contém algumas observações sobre os
principais temas tratados nessas reuniões.
Ativismo dos Investidores Institucionais – Em toda a Europa,
como as taxas de juros nominal e real são significativamente
inferiores do que as prevalecentes no Brasil, a poupança financeira
de longo prazo é predominantemente alocada em ações. Na maior
parte das companhias abertas, a presença de investidores
institucionais no quadro acionário é bastante relevante.
Após a crise de 2008, houve grande decepção quanto à
eficácia da autorregulação e à capacidade dos investidores
institucionais de separar o joio do trigo. Houve um clamor
dos investidores por uma regulação mais forte e efetiva sobre
as companhias abertas.
Diferentemente do que acontece no Brasil, em que os
fundos (de investimento e de pensão) são relativamente ativistas,
na Europa até bem pouco tempo esta postura não existia. As
razões para esta passividade eram: no Reino Unido, a dispersão
do capital e, na Europa continental, o interesse dos investidores
institucionais em manter certa distancia das companhias.
Ao se estudar a governança das grandes empresas,
mormente dos bancos, em decorrência das enormes perdas
sofridas durante a crise, constatou-se que era fraca e ineficaz.
Há hoje uma preocupação de que os investidores institucionais
tenham maior controle sobre as empresas investidas e, portanto,
um maior nível de ativismo.
Observou-se também que os fundos de pensão europeus,
quando investem em fundos de private equity adotam uma postura
passiva, enquanto que no Brasil, ao contrário, há um estreito
monitoramento do desempenho destes veículos, muitas vezes até
mesmo tendo representantes em seus comitês de investimento.
Avaliação do Conselho de Administração – A crise de 2008,
sentida com muita força em toda a Europa, trouxe à baila vários
questionamentos: Onde estavam os conselhos de administração e
cada um de seus membros? Os conselhos desconheciam a real
situação, principalmente no setor bancário? Os conselheiros estavam
preparados? Concluiu-se que a resposta é a de que os sistema de
In late April and early May, I attended the II Technical
Meeting hosted by the Brazilian Institute for Corporate
Governance (IBGC) in London and Paris, gathering
together 52 people. Its purpose was to enhance the
knowledge of the attendees on the current status of
Corporate Governance in Europe and its trends, set against
the background of the worldwide financial crisis in 2008.
This article offers some remarks on the main issues addressed
during these sessions.
Activism among Institutional Investors – All over Europe,
long term financial savings are allocated mainly to shares,
as nominal and actual interest rates are significantly lower
than those prevailing in Brazil. For most listed companies,
the presence of institutional investors among their
stockholders is quite significant.
After the 2008 meltdown, there was widespread
consternation over the efficacy of self-regulatory measures
and the inability of institutional investors to separate the
wheat from the chaff, with investors clamoring for tighter
and more effective controls over listed companies.
In contrast to what happens in Brazil, where
investments and pension funds adopt a relatively activist
approach, this stance was not found in Europe until quite
recently. The reasons for this passivity were: capital
fragmentation in the UK, while institutional investors prefer
to remain aloof from companies in Europe.
When examining the governance of major
corporations, particularly banks, due to the massive losses
posted during the crisis, it became quite apparent that these
systems were weak and ineffective. Today, there is
heightened awareness that institutional investors should
have firmer controls over the companies that they invest
in, consequently requiring higher levels of activism.
It was also noted that European pension funds adopted
a passive stance when investing in private equity funds,
while the situation is very different in Brazil, with close
monitoring of the performances of these funds, frequently
to the extent of appointing representatives to their
investment committees.
Board Assessments – Sweeping powerfully across Europe,
the 2008 meltdown triggered an entire set of queries: where
were the boards and each of their members? Were the boards
23
Brasil em perspectiva
governança eram significativamente frágeis e falhos. A partir dessa
triste conclusão, surgiu uma maior preocupação com a escolha
dos conselheiros, com os controles internos e a gestão de riscos,
com a exigência de mais trabalho por parte dos conselhos de
administração e de seus comitês, com a adequação à estratégia de
médio e longo prazo das empresas.
Uma das providências adotadas para corrigir a fragilidade
do sistema de governança foi a de valorizar a prática da avaliação
do conselho como um todo e de seus membros
individualmente. Analisar anualmente o desempenho do
conselho passou a ser considerado essencial para a melhoria da
performance das empresas.
Debateu-se e questionou-se a efetividade das ferramentas
que vêm sendo aplicadas e disseminadas pelo mundo, e quais
são realmente as melhores a serem utilizadas para se atingir os
objetivos e obter os benefícios desejados de melhoria na
governança. Questionou-se, por exemplo, o aprimoramento da
transparência por meio de maior disclosure em temas como as
contas anuais, a remuneração dos executivos e os conflitos de
interesse. Embora a Internet tenha facilitado o acesso a
informações disponibilizadas pelas empresas, a transparência nem
sempre alcança os objetivos desejados e é, muitas vezes, mal
aplicada, não levando ao conhecimento publico uma qualidade
adequada de disclosure de informações críticas das empresas.
Takeover Panel – O Takeover Panel é visto no Reino Unido
como importante entidade privada voltada para assegurar o
principio de que são os acionistas que devem decidir num
processo de transferência de controle. Foram citados somente
os seus aspectos positivos, tais como imprimir clareza nas
operações de transferência de controle, diminuindo os riscos e
permitindo que essas transações aconteçam de maneira mais
eficiente, e assegurar uma conduta eqüitativa entre os acionistas.
Não foram mencionados, entretanto, seus custos.
Ademais, como seus componentes são, em sua maioria, cedidos
por tempo limitado (em geral 2 anos) por agentes do mercado
(escritórios de advocacia, bancos de investimento, gestores de
recursos, corretores, etc), os participantes da Jornada ficaram
preocupados com fato de que tal Panel emite normas, interpretaas e funcionar como o seu principal julgador, podendo
facilmente agir sob fortes conflitos de interesse, o que torna-se
um risco para a neutralidade com que deveria atuar.
“Apply or explain” – A abordagem de “comply or explain”, que
mais recentemente evoluiu para “apply or explain” (“aplique ou
explique”) tem se difundido entre a maioria dos países europeus.
Inicialmente adotada pelo Reino Unido, essa forma de
autorregulação passou, na década passada, a ser gradativamente
adotada por praticamente todos os países da Europa continental
que tem mercados de capitais ativos (Alemanha, França, Itália,
Espanha, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Suécia, Grécia e
Portugal).
26
Brazil in perspective
unaware of the real situation, particularly in the banking
sector? Were the board members properly prepared? The
answer seems to be that governance systems were both flimsy
and sparse. Prompted by this gloomy conclusion, much
concern is now appearing over the selection of board
members, with in-house controls and risk management
requiring more work from the boards and their committees,
adapting medium and long term corporate strategies.
One of the steps adopted in order to buttress the weak
points in the governance system was to upgrade the practice
of board assessments as a whole and for their individual
members. Analyzing board performances each year is now
considered an essential step for upgrading corporate
accomplishments.
The effectiveness of the tools being deployed and
disseminated all over the world has been discussed and
questioned, seeking to discover the best options for attaining
goals and obtaining the desired benefits from better
governance. For example, questions were raised about
enhancing transparency through better disclosure in areas
such as the annual accounts, the remuneration paid to senior
management, and conflicts of interest. Although the
Internet ensures easier access to information disclosed by
companies, transparency does not always reach the desired
level, and is often poorly deployed, not providing the public
with sufficient knowledge through proper disclosure of
critical corporate information.
Takeover Panel – The Takeover Panel is viewed in the UK
as an important private entity established to ensure the
principle that it is the shareholders that must take the
decisions in control transfer processes. Only the positive
aspects were mentioned, such as endowing control transfer
transactions with clarity, reducing risks and allowing these
transactions to take place more efficiently, while ensuring
fair play among the shareholders.
However, its costs were not mentioned. Moreover, as
its members are generally appointed for fairly short terms
of office (generally two years) by market agents (law firms,
investment banks, fund managers, brokers, etc.), the
attendees at this Meeting were concerned about the fact
that this Panel issues directives, construing them and serving
as the main adjudicator, meaning that it could easily be
influenced by powerful conflicts of interests that might well
jeopardize its necessarily impartial stance.
Apply or Explain – The Comply or Explain approachwhich recently developed into the Apply or Explain
requirement – has been spreading through most of the
European countries. Adopted initially in the UK, this type
of self-regulation has been gradually absorbed during the
past decade by almost all European nations with capitals
Durante as palestras em Londres, onde o “apply or explain”
é uma prática usual, foram citadas as vantagens de sua adoção.
Ao contrário da norma geral a ser cumprida, o “apply or explain”
permite às companhias, em certas situações, não observarem
determinada regra, justificando por que, embora normalmente
ajam dentro dos princípios da Governança Corporativa
optaram por outra forma de Governança naquele item
específico.
Dentre as vantagens desta forma de autorregulação, foram
ressaltadas: (i) contribui para a transparência das companhias,
que explicam suas especificidades para seus “stakeholders”; (ii)
trata-se de uma abordagem mais flexível do que a regulação;
(iii) permite uma evolução das regras de governança; (iv) evita
a necessidade das companhias terem de observar regras
compulsórias que muitas vezes não são adequadas às suas
realidades e peculiaridades; (v) contribui para a eficiência do
mercado, pois força as companhias a exercitar o diálogo com
seus acionistas, fazendo com que o mercado incorpore essas
informações ao preço das ações; e (vi) não tem um impacto de
custo significativo para as companhias.
Tem se verificado uma grande aceitação da abordagem
do apply or explain por parte dos participantes do mercado,
tanto investidores individuais e institucionais, como gestores
de recursos, companhias, bolsas de valores e reguladores. No
Reino Unido, tanto as entidades reguladoras como as
autorreguladoras credenciam organizações privadas para
exercerem a atividade de monitoração das regras dos códigos
de autorregulação, mormente do Combined Code. Através deste
credenciamento, os participantes do mercado passam a contar
com relatórios de entidades isentas, que informam quanto ao
grau de aderência das companhias aos princípios do código.
O objetivo dessas entidades de monitoração é o de (i) verificar
a disponibilidade de informações e (ii) avaliar a relevância das
informações divulgadas. A atividade de monitoração é exercida
através de (i) análises freqüentemente divulgadas ao mercado,
(ii) recomendação de formas padronizadas de informação sobre
itens da governança das companhias, e (iii) permanente
interação com as companhias.
Além de credenciar tais entidades monitoradoras, no
Reino Unido os auditores independentes também recebem a
delegação para verificar determinados fatos, contidos nos
relatórios das companhias, que enfocam suas respectivas
Governanças Corporativas, em uma tentativa de melhorar a
prática do apply or explain.
Já na Europa Continental, são as próprias entidades
autorreguladoras que executam o trabalho de monitorar a
observância das companhias aos princípios dos códigos a que
estão sujeitas, crescentemente sob a abordagem do apply or
explain.
markets: Germany, France, Italy, Spain, the Netherlands,
Belgium, Denmark, Sweden, Greece and Portugal.
During the lectures in London, where the Apply or
Explain approach is common practice, the advantages of
its adoption were highlighted. In contrast to the usual rules
that must be followed, the Apply or Explain system allows
companies not to follow a specific rule in certain situations,
provided that they justify why they opted for some other
type of governance in a specific matter, although otherwise
complying with corporate governance principles.
Outstanding among the advantages of this type of
self-regulation are: (i) enhanced corporate transparency, as
companies explain their specific characteristics to their
stakeholders; (ii) this approach is more flexible than
regulation; (iii) the rules of governance may develop; (iv) it
avoids the need for companies to comply with mandatory
rules that are frequently not well tailored to their specific
characteristics and situations; (v) this enhances market
efficiency, as it forces companies to enter into dialogs with
their shareholders, ensuring that the market includes this
information in share prices; and (vi) there are no significant
impacts on corporate costs.
With the Apply or Explain approach being widely
accepted by market players, particularly individual and
institutional investors, as well as fund managers, companies,
stock exchanges and regulators in the UK, regulators and
self-regulators are accrediting private organizations to
monitor the rules laid down in self-regulation codes,
particularly the Combined Code. Through this
accreditation, market players are provided with reports
issued by impartial entities, rating the extent to which
companies comply with the principles set forth in the Code.
The purpose of these watchdog entities is to: (i) ascertain
the availability of information; and (ii) assess the relevance
of the information disclosed. Oversight activities are
undertaken through (i) analyses that are disclosed frequently
to the market: (ii) recommendations on standardized forms
for information related to corporate governance items; and
(iii) permanent interaction with the companies.
In addition to accrediting these oversight entities,
independent auditors in the UK are also authorized to check
certain facts in company reports, focused on their respective
corporate governance systems, in order to upgrade these
Apply or Explain practices.
In Europe, self-regulator entities perform the tasks
required for overseeing corporate compliance with the
principles of the codes to which they are subject, based to
an increasing extent on the Apply or Explain approach.
Vice-Presidente da Abrasca e membro dos Conselhos
de Administração da Cremer S/A, João Fortes
Engenharia S/A, e Medidata Informática S/A.
Vice-President of ABRASCA, with a seat on the
Boards of Cremer S/A, João Fortes Engenharia S/A,
and Medidata Informática S/A.
27
A retomada econômica no Brasil
e o aumento nas taxas de juros
O Brasil encerrou 2009 com uma pequena queda (-0,2%) no Produto
Interno Bruto (PIB), resultado que pode ser considerado positivo, diante da
retração de 2,4% dos Estados Unidos (o maior baque desde 1946), de 4,1%
na zona do euro e de 1,9% na América Latina. No final do ano, porém, o
país já mostrava sinais claros da retomada da atividade industrial. A previsão
para 2010, feita pelo próprio Banco Central, é superior a 7%. O economista
Eric Sweet, no artigo que abre essa seção, adverte que a instabilidade
internacional pode arrefecer esse ritmo. Já o economista Ricardo Schiller
Freiburghaus, no artigo intitulado “Preço X Inflação X Taxa de Juros”, alerta
que o Brasil deveria estar discutindo cortar e não aumentar as taxas de juros.
“Um processo que prejudica o setor produtivo, os assalariados e que eleva
fortemente a dívida interna do próprio governo”, acentua.
A minor dip (-0.2%) in Brazil’s Gross Domestic Product (GDP) could
well be viewed as cause for congratulations, compared to the 2.4% drop in
the USA (the most severe loss since 1946) and a 4.1% plunge in the Euro
Zone, with Latin America down by 1.9%. However, signs of recovery for
industrial activities were already quite clear by the end of the year, with a
forecast topping 7% released by the Brazilian Central Bank for 2010. In
the article opening this Section, economist Eric Sweet warns that
international turmoil may upset this pace. In the article entitled Price X
Inflation X Interest Rate, economist Ricardo Schiller Freiburghaus stresses
that Brazil should be discussing cuts rather than increases in its interest
rates. “This is a process that undermines the production sector and
hamstrings wage earners, while pumping up domestic debt held by the
government,” he warns.
Economic bounceback for Brazil
as interest rates rise
28
Visão econômica
Economic viewpoint
Crescimento brasileiro para 2010 supera expectativas
Brazil’s growth outstrips expectations for 2010
Eric Sweet*
ano de 2009 começou de maneira muito peculiar e
quase assustadora. O cenário mundial ainda era
marcado pela crise financeira, com todas as incertezas
inerentes a estes momentos. As bolsas de valores ao redor do mundo
permaneceram em queda até março do ano passado, quando,
então, passaram a reagir timidamente. Ainda assim, notícias
positivas eram constantemente retrucadas por números negativos.
Em novembro, por exemplo, o emirado árabe de Dubai,
atingido em cheio pela crise financeira após anos de crescimento
ininterrupto, decretou seis meses de moratória das dívidas de
seu principal conglomerado, o Dubai World. Nesta época,
também estava clara a crítica situação enfrentada pela maioria
dos países da Europa.
Os países em desenvolvimento, notadamente os BRIC,
também não saíram ilesos. O termo BRIC foi utilizado pela
primeira vez há alguns anos atrás como um acrônimo para
Brasil, Rússia, Índia e China, e, desde então, popularizou-se
na referência aos quatro países em rápido desenvolvimento no
comércio mundial.
Com o agravamento da crise financeira em outubro de
2008, estes países foram fortemente afetados, ainda que de
formas distintas, em função da deterioração tanto do mercado
externo como do mercado interno. Suas moedas passaram
rapidamente a perder valor frente ao dólar, enquanto suas bolsas
de valores registravam bruscas quedas.
Entretanto, a partir de março, a maré voltou a correr em
direção à Ásia e à América do Sul. Ao final de 2009, os países
em desenvolvimento haviam mostrado uma economia mais
forte e sustentável que grande parte do mundo desenvolvido
e, como reflexo, o dólar voltou a se desvalorizar.
O
The early months of 2009 were strange and rather
frightening, with a global context still quaking in the aftermath
of the worldwide financial crisis, with all the uncertainties
inherent to such troubling times. Stock exchanges all over the
world continued to plummet through to March last year, then
starting to creep back up, although still at a timid pace. A
steady stream of positive news was constantly rebutted by
negative figures.
for example: one of the Arab Emirates, Dubai declared a
six-month moratorium in November on the debts incurred
by its main conglomerate, Dubai World, foundering in the
wake of the credit crunch after years of thriving expansion. At
that time, the critical situations faced by most of the European
countries were also quite clear.
The developing countries, did not escape unscathed,
especially the BRIC nations: Brazil, Russia, India and China.
Coined a few years, this acronym is now widely used to refer
to these four countries which are moving rapidly ahead in
global trade.
As the financial crisis deepened in October 2008, these
countries were severely affected, although in quite different
ways, due to the deterioration of international and domestic
markets. Their currencies began to devalue rapidly against the
US Dollar, while their stock exchanges posted sharp drops.
However, from March onwards, the tide turned, starting
to flow towards Asia and South America. By year-end 2009,
the developing countries were flaunting economies that were
stronger and more sustainable than much of the more
developed world, consequently reversing the rise in the value
of the US Dollar.
BRASIL SE SAI BEM,
APESAR DE LIGEIRA QUEDA NO PIB
BRAZIL CAME THROUGH WELL,
DESPITE A DIP IN ITS GDP
O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o primeiro
das Américas a ver sua economia sair da recessão. Já em meados
do ano, previsões passaram a apontar a possibilidade de uma
ligeira expansão do PIB, o que acabou não se confirmando
Brazil was the first country in the Americas to haul its
economy move out of the recession. By mid-year, forecasts
were already indicating possibilities of an uptick in its GDP,
which did not actually appear, despite positive value added
29
Visão econômica
Economic viewpoint
apesar de variações positivas do segundo ao quarto trimestre
no valor agregado. O Brasil encerrou o ano com uma pequena
queda (-0,2%1) no Produto Interno Bruto (PIB), um resultado
que pode ser considerado positivo diante da retração de 2,4%
dos Estados Unidos (o maior baque desde 1946), de 4,1% na
zona do euro e de 1,9% na América Latina.
Logo em seguida, o país mostrou uma recuperação mais
forte dos níveis de produção, com números surpreendentes
no primeiro trimestre de 2010. Neste período, o PIB brasileiro
cresceu 2,7% em relação ao último trimestre de 2009, com
destaque para a expansão de 4,2% da indústria e de 7,4% da
Formação Bruta de Capital Fixo (conta que mede a ampliação
da capacidade produtiva futura de uma economia por meio
de investimentos correntes em ativos fixos). Comparado com
o primeiro trimestre do ano anterior, esses números saltam
para 9% para o PIB, 14,6% para a Indústria e 26% para a
Formação Bruta de Capital Fixo.
De fato, ao longo de 2010, as expectativas de crescimento
econômico brasileiro têm sido constantemente revisadas para
cima, com o intuito de incorporar os avanços verificados na
produção e no consumo. Ao final de junho, o boletim Focus,
do Banco Central, apontava expectativas de crescimento de
7,13% para o ano, uma impressionante evolução frente às
expectativas no início do ano, que giravam em torno dos 5%.
variations from the second through to the fourth quarter.
Closing the year with only a minor dip (-0.2%1) in its Gross
Domestic Product (GDP), Brazil could well rate this outcome
as positive, compared to 2.4% shrinkage for the USA (the
most severe drop since 1946), with the Euro Zone down by
4.1% and -1.9% for Latin America.
Soon after, Brazil posted a strong recovery in its production
levels, with surprising figures for the first quarter of 2010.
During this period, its GDP rose by 2.7% compared to the
last quarter of 2009, with the highlights being increases of
4.2% for industry and 7.4% for Gross Fixed Capital of
Formation (the account measuring the expansion in the future
production capacity of an economy through current
investments in fixed assets). Compared to the first quarter of
the previous year, these figures rise to 9% for Brazil’s GDP,
14.6% for Industry and 26% for Gross Fixed Capital of
Formation.
Expectations of economic growth for Brazil during
2010 have been steadily revised upwards, in order to include
rising production and consumption. By the end of June,
the Focus bulletin published by the Brazilian Central Bank
indicated expected growth of 7.13%, an impressive increase
compared to expectations at the start of the year, which
hovered around 5%.
INDÚSTRIA PUXA O CRESCIMENTO
INDUSTRY DRIVING GROWTH
O grande motor deste crescimento tem sido a indústria,
a mesma atividade que, no ano anterior, havia sentido de forma
intensa a brusca redução da demanda internacional. Em 2009,
a produção física industrial teve o seu maior recuo (-7,4%)
frente a igual período do ano anterior desde 1990 (-8,9%) e o
primeiro recuo da atividade produtiva desde 1999. No ano
passado, o primeiro semestre apontou perdas mais acentuadas
(-13,4%) que o segundo (-1,7%), ambas as comparações contra
igual período do ano anterior. Mas no último trimestre, já era
possível observar uma retomada da atividade industrial, com
uma aceleração de 5,8%. No ano, a queda foi generalizada
para todas as categorias de uso, resultados que refletem em
grande parte as perdas no nível de investimento, influenciadas
pela deterioração da confiança dos agentes econômicos e a
forte redução da demanda.
Entre as atividades, as quedas mais expressivas vieram
de máquinas e equipamentos (-18,5%), veículos automotores
(-12,4%), metalurgia básica (-17,5%) e material eletrônico e
equipamentos de comunicações (-25,5%). Por categoria de
uso, a queda mais intensa concentrou-se no setor de bens de
capital (-17,4%), seguido por bens intermediários (-8,8%). As
categorias de bens de consumo, tanto duráveis (-6,4%)
quanto semi e não duráveis (-1,6%), fecharam o ano com
quedas menos intensas que a média.
The main driving force behind this growth has been
industry, the same sector that suffered so severely the previous
year from plunging international demands. In 2009, the
physical output of the industrial sector posted its sharpest drop
since 1990 (-7.4%) compared to the same period the previous
year (-8.9%), with this being the first set back in production
activity since 1999. Last year, the first six months posted even
more severe losses (-13.4%) than the second (-1.7%), both
compared against the same periods the previous years. But
during the last quarter, industrial activities were already starting
to bounce back, rising by 5.8%. During the year, an acrossthe-board drop was noted for all usage categories, reflected
largely in shrinking investment levels, undermined by
weakening confidence among economic agents and
plummeting demands.
Among these activities, the most significant shrinkage
was posted by machines and equipment (-18.5%); automotive
vehicles (-12.4%); basic metallurgy (-17.5%); and electronic
materials and communications equipment (-25.5%). By usage
category, the steepest drop occurred in the capital goods sector (17.4%), followed by semi-finished goods (-8.8%). The
consumption goods categories, both durable (-6.4%) as well
as semi- and non-durable (-1.6%), ended the year with
shrinkage that was less steep than the average.
1
1
Dados Oficiais disponíveis em Julho de 2010, sujeitos a revisão
30
Official Data available in July 2010, subject to review
Produção Física da Indústria
* Para 2010 são considerados dados de produção física de janeiro a maio
Fonte: IBGE
Industrial Physical Output
* Data for 2010 includes industrial physical output from January to May.
Source: Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE)
MEDIDAS ANTICÍCLICAS NO COMBATE À CRISE
ANTI-CYCLIC MEASURES COMBAT CRISIS
O desempenho da economia brasileira em 2009 também
foi marcado por um conjunto de medidas do governo para
incentivar a demanda nos principais setores produtivos. A
redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) e os sucessivos cortes na taxa básica de juros, que caiu
cinco (5) pontos percentuais para encerrar 2009 em 8,75% ao
ano, por exemplo, contribuíram para a venda de 3,14 milhões
de veículos novos no mercado interno, com aumento de 11,4%
em relação aos números do ano anterior.
O setor automobilístico foi uma das estrelas do crescimento
da economia no ano passado. Muito se discutiu sobre o impacto
da redução do IPI na sustentação da expansão do setor. De fato,
a redução do IPI foi tão importante quanto a manutenção da
disponibilidade de crédito barato para o setor. Isso é natural em
uma economia com consumo e crédito reprimidos.
Entretanto, a Selic retomou o padrão de alta e os impostos
voltaram ao padrão pré-crise. Estes fatores podem funcionar
como um freio natural para a expansão das vendas de
automóveis, mesmo num ano de forte crescimento econômico.
Para este ano, a expectativa é de um crescimento de 7,9% das
vendas de automóveis no mercado doméstico.
Ao lado desses fatores, o governo manteve políticas
anteriormente em vigor, sustentando o nível de gastos na
economia. Os investimentos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), por exemplo, foram mantidos. Por outro
lado, ainda foram criados outros dois programas relevantes: o
“Minha Casa, Minha Vida”, que mostra seu alcance com a
The performance of the Brazilian economy in 2009 was
also shaped by a set of measures introduced by the government
to pump up demands in major production sectors. The
reduction in the Industrialized Products (IPI) Tax and a series
of cuts in the basic interest rates, which dropped by five
percentage points, reaching year-end 2009 at 8.75% p.a., for
example, underpinned the sale of 3.14 million new vehicles
on the domestic market, an increase of 11.4% compared to
the figures for the previous year.
The automobile sector was one of the stars by economic
growth last year. Many discussions have explored the impact
of the reduction in the IPI Tax for underpinning the expansion
of this sector. In fact, the IPI Tax cut was just as important as
making sure that cheap credit remained available for this sector,
which is quite natural in an economy with repressed
consumption and credit.
However, the SELIC rate returned to its normal high
level, and taxes also went back to their pre-crisis brackets. These
factors may serve as a natural brake, reining in automobile
sales, even during a year of strong economic growth. For the
current twelve months, automobile sales on the domestic
market are expected to rise by 7.9%.
Alongside these factors, the government kept earlier policies
in place, in order to buttress spending levels in the economy.
Investments in the Accelerated Growth Program (PAC) were
maintained, while two other important programs were
introduced: the Minha Casa, MinhaVida mass housing program,
31
Visão econômica
forte expansão da construção civil nesse ano, e o “Programa de
Sustentação do Investimento” (PSI), que incentivou o
investimento privado até o final do primeiro semestre de 2010.
O PSI pode ser concebido como um capítulo de êxito na
política de crédito que o governo lançou mão durante a crise.
Seu principal incentivo foi a redução, para 4,5% ao ano, da
taxa de juros dos financiamentos do BNDES para a compra
de bens de capital, praticamente tornando nula a taxa real de
juros dos investimentos financiados pelo banco de
desenvolvimento.
O governo também não voltou atrás em decisões como
as de ampliar e reajustar o Bolsa Família e conceder reajuste do
salário mínimo. Também não restringiu o direcionamento do
crédito como, por exemplo, no sistema que vincula a captação
da caderneta de poupança, que teve significativo aumento no
ano da crise, com o financiamento de moradias.
Economic viewpoint
which flexed its muscles to pump up the civil construction sector
this year, and an Investment Support Program (PSI) that
encouraged private investments through to June 2010.
This Investment Support Program may be viewed as yet
another chapter in the successful credit policy deployed by the
Brazilian government during the crisis. Its main incentive was
to bring the interest rate down to 4.5% a year on financing
granted by Brazil’s National Social and Economic Development
Bank (BNDES) for purchases of capital goods, meaning that
the real rate of interest on investments financed by this
development bank was almost zero.
The government also upheld decisions such as the
expansion and restatement of its family allowance (Bolsa Família)
program and also restated the minimum wage. In parallel, it did
not impose any constraints on credits, such as the savings account
uptake system, for example, which expanded significantly during
the crisis year, with home financing.
BRASIL LIDERA GANHOS MUNDIAIS EM BOLSA
Dentre as superações experimentadas pela economia
brasileira no ano passado, também surpreendeu o resultado
obtido pela BM&FBovespa. Ao longo de 2009, o Ibovespa
acumulou alta de 82,66%, o que, quando adicionada a uma
valorização de 25,5% da moeda nacional, resulta num avanço
do índice em dólares de 145%. Este resultado colocou o país
em primeiro lugar em termos de ganhos em bolsa no mundo
no ano passado.
Atualmente, o Brasil possui um excedente comercial de
1,5% do PIB, com previsões de que o superávit alcance 3,1%
do PIB até 2011. No total, contudo, a Balança de Transações
Correntes brasileira está negativa em 1,1% do PIB e, com a
economia voltando aos trilhos, espera-se que o déficit em conta
corrente alcance 1,5% do PIB. Apesar de tudo, estes são déficits
“gerenciáveis”, e que seriam muito bem-vindos em alguns países
desenvolvidos do mundo.
Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) acumulou variação de 4,30%
em 2009, o que pode ser considerada uma taxa razoavelmente
alta num ano de crescimento nulo. Contudo, a queda histórica
de 1,43% do Índice Geral de Preços, no caso o IGP-DI, no
mesmo ano, deve garantir certa estabilidade nos preços ao
consumidor em 2010, em função da ainda forte indexação da
economia. A expectativa para 2010 é de um avanço de 6% no
IPCA e de 8,2% no IGP-DI.
De um modo geral, as perspectivas para o país são bastante
positivas. Mesmo com fundamentos econômicos internos
sólidos, o maior risco ainda está associado ao mercado externo.
Uma venda em massa de ativos de riscos no mercado global
ainda pode ter seu efeito ampliado no país e interromper o
forte ciclo de crescimento econômico vivenciado pelo Brasil.
*Eric Sweet é economista-chefe
da GRC Visão, Gestão de Riscos e Cenários
32
BRAZIL HEADS UP GLOBAL GAINS ON STOCK
EXCHANGES
Outstanding among the triumphs of the Brazilian
economy last year are the accomplishments of the
BM&FBovespa. During 2009, the São Paulo Stock Exchange
Index (IBOVESPA) rose by 82.66% which, when added to a
25.5% appreciation of the Brazilian Real, resulted in a 145%
increase for this Index in US Dollars, ranking Brazil first
worldwide by stock exchange gains last year.
At the moment, Brazil has a trade surplus of 1.5% of its
GDP, with this surplus forecast to reach 3.1% of its GDP by
2011. Nevertheless, Brazil’s Current Transactions Balance is
negative at 1.1% of GDP overall and, as its economy gets
back on the rails, the current account deficit is expected to
reach 1.5% of the GDP. However, these are manageable deficits,
which would be very welcome in some of the world’s more
developed countries
In terms of inflation, the Amplified Consumer Price Index
(IPCA) posted an increase of 4.30% in 2009, which may be
considered as a reasonably high rate in a year of zero growth.
Nevertheless, the historic drop of 1.43% in the General Price
Index, in this case the Domestic Availability (IGP-DI) during
this same year, must ensure some level of stability for the prices
charged to consumers in 2010, due to economic indexation,
which still remains strong. The expectations for 2010 are that
the IPCA will rise by 6%, with an 8.2% increase in the IGP-DI.
In general, the outlook for Brazil is quite positive. But even
with solid domestic economic foundations, the main risk is still
associated with the foreign markets. The effects of fire sales of
high-risk assets on global markets would be magnified in Brazil,
shattering the currently dynamic growth cycle of its economy.
(*) Eric Sweet is the Head Economist
of GRC Visão, Gestão de Riscos e Cenários
Preço x Inflação x Taxa de Juros
Price x Inflation x Interest Rate
Ricardo Schiller Freiburghaus*
A
política econômica no Brasil segue a teoria econômica
dominante (quantitativa), a qual nos ensina que, se o
nível de preço de um país aumenta, há inflação e,
para combatê-la, temos de aumentar a taxa de juros.
Entretanto, a velha escola européia econômica pensa que
o preço nada tem a ver com a inflação e que a atitude de
aumentar a taxa de juros só faz elevar os custos da economia,
deixando-a menos competitiva.
Para explicar o pensamento da velha escola européia,
vamos definir o que é o preço, a inflação e os males ocasionados
pela excessiva elevação da taxa de juros.
Brazil’s economic policy is aligned with the prevailing
(quantitative) economic theory which teaches us that if the
price levels increase in a country, inflation appears, and we
must step up the interest rate in order to curb it.
However, the old European economic school believes
that prices have nothing to do with inflation, and that this
approach based on increasing interest rates merely boosts
the costs of an economy, making it less competitive.
In order to explain the thinking of this old European
economic school, let us define what is price, what is inflation
and what are the problems caused by over-increasing the
interest rate.
1) PREÇO:
1) PRICE:
O economista David Ricardo ensina que a produção
nacional, ou renda nacional, é dividida em três conjuntos dentro
da nação: o Conjunto dos Acionistas (Proprietários das
Empresas); o Conjunto dos Assalariados (Trabalhadores); e,
por fim, o Conjunto dos Rendistas (aqueles que vivem de
aluguel, seja da terra, imóvel ou aplicações financeiras). E mais,
quando cada um dos conjuntos é remunerado, há o Conjunto
dos Impostos que tributa as remunerações para suprir a
necessidade dos custos do Estado (Nação).
A redistribuição da riqueza da nação entre os diferentes
conjuntos será refletida por meio da variação dos preços.
Sendo assim, quando o conjunto dos assalariados exige
aumento, pedindo um reajuste igual ou acima do índice de
preço, ou quando os rendistas querem uma melhor
remuneração pelo aluguel, ou quando o empresário aumenta
o preço do produto a fim de cobrir o aumento de seus custos,
como poderiam ser condenados pela inflação no país? Na
verdade, pensamos que não estão causando inflação, mas que
estes três conjuntos, cada um com seus interesses, só estão
exercendo a essência do sistema capitalista, e, assim, tentam ser
remunerados da melhor maneira possível. A variação de preço
Economist David Ricardo teaches the national output
or national income is divided into three groups in a nation:
the Shareholders Group (business owners); the Wage Earners
Group (workers); and finally the Landlords Group (people
who live off renting land, properties, or investment income).
When each of these groups is remunerated, this gives rise to
the Taxes Group, which imposes taxes on remuneration in
order to underwrite the costs of the State (Nation).
The redistribution of national wealth among these
various Groups will be reflected through price variations.
Consequently, when the Wage Earners Group demands
an increase in pay, claiming restatement equal to or higher
than the price index, or when people living off income want
higher remuneration through rents, or when a businessman
increases the price of a product in order to cover higher costs,
how might they be blamed for inflation in Brazil? In fact, we
believe that they are not causing inflation. Instead, these three
Groups – each with its own interests – are merely pursuing
the essence of the capitalist system through seeking
remuneration in the best possible ways. Price variations will
33
Visão econômica
vai se limitar e depender da concorrência do mercado. A
redistribuição da riqueza da nação, que se passa através da
variação do preço do produto, do salário e do aluguel, faz com
que a economia seja dinâmica e concorrente. O ganho de um
conjunto aumenta na mesma proporção que a de outros
conjuntos diminui, e tudo vai depender da circunstância do
momento, em que a variação do preço é uma simples
redistribuição de riqueza no interior da nação, não tendo nada
a ver com a inflação.
Economic viewpoint
be self-limiting, curtailed by market competition. The
redistribution of national wealth, which encompasses
variations in product prices, wages and rents, makes the
economy dynamic and competitive. Gains for any one of
these Groups rise in proportion to losses for the other Groups,
with everything depending on the immediate circumstances
and where price variations merely redistribute wealth within
the nation, having nothing to do with inflation.
2) INFLATION:
2) INFLAÇÃO:
Para entender o pensamento da velha escola européia
sobre o que é inflação, temos de prestar atenção ao conceito da
moeda: ver quando ela nasce no sistema econômico, definir o
que é inflação, e, finalmente, por meio do mecanismo
econômico e com a ajuda da contabilidade, podemos denunciar
o erro que causa a inflação.
In order to understand the thinking of the old European
school in terms of defining inflation, we must address the
concept of currency: discovering when it appears in the
economic system, defining what is inflation, and finally
pinpointing the error causing inflation through an economic
mechanism, with some help from the accounting side.
2.1) CURRENCY:
2.1) MOEDA:
David Ricardo ensina que a moeda
não tem poder sobre o preço da
mercadoria e tampouco sobre o estado
das trocas; então, a moeda é neutra. Por
sua vez, Joseph Shumpter mostra que a
moeda só tem valor se representa algo de
valor (produto), e que ela não nos oferece
nenhum meio de satisfazer nossas
necessidades, uma vez que não é um
produto nem uma mercadoria.Leon
Walras, por sua vez, argumenta que
moeda é um numerário sem dimensão
e divisível, e, para completar, Bernard
Schmitt nos ilumina com o
conhecimento que é fundamental para
a continuação de nosso trabalho: a moeda
é a associação do numerário ao produto,
e isso acontece por meio da emissão da
moeda.
Agora, precisamos saber quando a moeda nasce no sistema
econômico e quando a emissão da moeda surge no mecanismo
econômico. Esta última acontece em dois momentos: primeiro,
na emissão de salários e, depois, na emissão dos lucros.
Se tomarmos como parâmetro o período de um mês, ao
final dele o Conjunto das Empresas (CE) terá detido a
produção; em contrapartida, ele deverá ao Conjunto dos
Assalariados (CA) os salários equivalentes à produção do
período. Como o CE e o CA não têm poder de emitir a moeda,
neste momento temos de introduzir o Conjunto dos Bancos
(CB), que tem o poder da emissão da moeda. Como nos ensina
34
David Ricardo teaches that
currency has no effect on the price of
goods, nor on the status of exchanges:
consequently, currency is neutral. In
turn, Joseph Shumpter shows the
currency has value only if it represents
something of value (product), without
offering any means of meeting our
needs, as it is neither products nor
goods. Next comes Leon Walras, who
argues that currency is a divisible
amount with no dimension, and
finally, Bernard Schmitt enlightens us
with knowledge that is vital for the
continuity of our work: currency is an
association between amounts and
products, which takes place through
issuing currency.
Now we need to know when
currency appears in the economic
system, and when currency issues arise from the economic
mechanism. This takes place in two stages: initially through
the issue of wages and then through the issue of profits.
If we take a period of a single month as a parameter,
by the end of this time, the Companies Group (CG) will
have prodution; in conterpart, it owes the Wage Earners
Group (WG) the wages equivalent to the prodution for
the period. As the CG and the WG have no power to issue
currency, at this moment we have to introduce the Banks
Group (BG), which has the power to issue currency. As
shown by B. Schmitt, the financial triangulation among
these three Groups takes place in the following manner:
B. Schmitt, a triangulação financeira, entre os três conjuntos
acontece da seguinte maneira: o CE irá pedir ao CB para creditar
o CA em pagamentos dos salários. O CE fornece a nova
produção em garantia da moeda criada por meio da nova
emissão bancária. Dessa maneira, o CE é debitado por um
montante X, e, em contrapartida, o grupo de assalariados é
creditado pelo mesmo montante X. Assim, o CE detém a
produção, enquanto o de assalariados detém o equivalente pelo
trabalho fornecido para a elaboração da produção monetária.
A mesma triangulação vai acontecer entre CB, CE e o Conjunto
dos Acionistas (CAC) para o pagamento dos dividendos. O
CB é um puro intermediário: o que ele deve ao CA e ao CAC
é o mesmo montante que o CE deve a ele. Concluímos que o
momento da emissão da moeda é o mesmo em que a moeda
nasce, e que o banco não é devedor nem credor.
the CG will ask the BG to credit the WG as payment of
wages. The CG provides the new prodution as collateral
for the currency created through new bank issues. The CG
is thus debited for X amount while in counterpart the WG
is credited with the same X amount. The CG thus holds
the prodution, while the WG holds the equivalent for the
work provided for the elaboration of monetary output. This
same triangulation will occur among the BG, the CG and
the Shareholders Group (SG) for the payment of dividends.
The BG is purely an intermediary: what it owes to the WG
and the SG is the same amount as the CG owes to it. We
reach the conclusion that the time when currency is issued
is the same as the time the currency appears, and that the
bank is neither a debtor nor a creditor
2.2) DEFINITION OF INFLATION:
2.2) DEFINIÇÃO DA INFLAÇÃO:
A velha escola européia define a inflação conforme o
pensamento de Jacques Rueff, chamando-a de “as emissões
vazias”, o que significa que a moeda emitida é puramente
nominal e vazia, porque ela não representa nenhum produto.
Por sua vez, B. Schmitt define a inflação como a dissociação
entre o numerário e o produto. Muito humildemente,
adicionamos a noção de que, em um dado momento, a
produção não vai ser totalmente monetizada, e, por
consequência, a produção será superior à massa monetária (isso
será demonstrado mais adiante).
2.3) DEMOSTRAÇÃO DA INFLAÇÃO:
Por meio da contabilidade, podemos demonstrar o erro
no mecanismo econômico.Através das escrituras de
depreciação/amortização, venda de ativo imobilizado e
distribuição do lucro, teremos a origem da inflação.
The old European school defines inflation as set forth
in the thinking of Jacques Rueff, defining it as “empty issues”,
which means that the issued currency is purely nominal and
empty, because it does not represent any product. In turn, B.
Schmitt defines inflation as the dissociation between the
figures and the product. Very humbly, we offer the idea that,
at a given moment, production will not be fully monetized,
and consequently production will outstrip the monetary mass
(this will be demonstrated below).
2.3) DEMONSTRATION OF INFLATION:
Through accounting, we can demonstrate the error in
the economic mechanism. Through depreciation/
amortization documents, deeds of sale for assets consisting
of property, plant and equipment, and the distribution of
profits, we will have the origin of inflation.
2.3.1) DEPRECIATION/AMORTIZATION:
2.3.1) DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO:
Jean-Baptiste Say nos mostra que todo custo gera uma
renda e que toda renda gera uma despesa. Por outro lado, Le
Major Douglas nos atenta, corretamente, para o fato de que a
amortização é um custo e não gera renda. Por exemplo: temos
um saldo no estoque de 20 unidades monetárias (UM), que
corresponde ao lucro de 20 UM a se distribuir para os CAC.
No momento em que passarmos uma escritura de depreciação
de 10 UM, o resultado do exercício será de 10 UM a ser
distribuído, então o estoque de 20 UM é superior ao lucro
distribuído de 10 UM; a diferença é que 10 UM em estoque,
mesmo que elas estejam contabilizadas corretamente, não serão
monetizadas ou não serão remuneradas para o CAC, o CE
nem o CR, porque os estoques não vendidos ficam nas
empresas.
Jean-Baptiste Say shows us that all costs generate income,
and that all income generates expenditures. On the other
hand, Le Major Douglas quite correctly draws our attention
to the fact that amortized nation is a cost, and does not
generate income. For example, we have a balance in an
inventory of twenty Monetary Units (MUs) that corresponds
to the profits on twenty MUs to be distributed to the SG. At
the time when we issue for deed of depreciation on ten MUs,
the earnings for the financial year will be ten MUs to be
distributed, so the inventory of twenty MUs exceeds the
distributed profits of ten MUs; the difference is that ten MUs
in the inventory, even if posted correctly in the accounts, will
not be monetized or will not be remunerated for the SG, the
CG or the IG, because unsold inventories remain with the
companies.
35
Visão econômica
Economic viewpoint
Para que não haja inflação, dissociação entre o numerário
(moeda) e o produto, poderíamos contabilizar a depreciação
não na conta de resultado, mas, sim, no passivo em diminuição
do Capital.
In order to avoid inflation, as dissociation between the
figures (currency) and the product, we could enter
depreciation not in the earnings account, but rather under
the liabilities, reducing the capital.
2.3.2) VENDA DE UM ATIVO IMOBILIZADO
COM LUCRO:
2.3.2) SALE OF AN ASSET (PROPERTY, PLANT
AND EQUIPMENT) AT A PROFIT:
Teríamos uma distribuição de lucro superior ao estoque
de 20 UM.
Para resolver esse problema macroeconômico e acabar
com a inflação, teríamos de mudar as escrituras contábeis no
conjunto das empresas, mas, para esses fins, seria necessário
que administradores, contadores, economistas e tributaristas
se reunissem em uma mesa-redonda para uma ampla
discussão.
We would have a distribution of profits higher than the
inventory of twenty MUs.
In order to resolve this macro-economic problem and
curb inflation, we would have to change the accounting
documentation for the Companies Group but, for these
purposes, administrators, accountants, economists and tax
experts would have to meet for broad-ranging round-table
discussions.
2.3.3) LUCRO:
2.3.3) PROFITS:
Ao fechar o balanço contábil
do conjunto das empresas, o estoque
vai estar contabilizado ao preço de
compra (custo); o lucro distribuído
ao acionista estará relacionado ao
preço de custo. No nosso exemplo:
1 produto = 1 UM o preço de custo.
Então o CAC receberá 20 UM, que
representariam 20 produtos em
estoque. Mas, quando o CAC gasta
sua renda no mercado, o produto está
no preço de venda, por exemplo: 1
produto = 1,25 UM. Em
consequência, as 20 UM do CAC
não vão adquirir os 20 produtos
restantes que pertencem ao CAC: 4
produtos vão escapar à consumação e ficar no estoque da
empresa, dando origem à inflação.
Conclusão: a inflação tem sua origem na emissão da
moeda, de modo totalmente independente da variação dos
preços e as correções passam pela contabilidade.
When closing the balance sheet
for the Companies Group, the
inventory will be posted in the
accounts at purchase price (cost); the
profits distributed to the shareholder
will be related to the cost price. In
our example: product = one MU at
cost price. So the SG will receive
twenty MUs, which would represent
twenty products in the inventory. But
when the SG spends its income on
the market, the product is in the sale
price, for example: one product =
1.25 MU. Consequently, the twenty
MUs of the SG will not acquire the
twenty remaining products that
belong to the SG: four products will avoid consumption and
remain in the company inventory, giving rise to inflation.
Conclusion: the origin of inflation lies in the issue of
currency, meaning that it is completely independent of price
variations and the restatements introduced through the
accounting system.
3) TAXA DE JUROS:
3) INTEREST RATE:
A taxa de juros, por sua vez, não tem nenhuma relação
com a inflação, que é um problema da emissão da moeda,
como acabamos de ver. E, quando os juros aumentam, elevamse os custos das dívidas ou novos empréstimos das empresas,
das pessoas físicas e do governo. A variação da taxa de juros vai
beneficiar ou não o conjunto de Rendistas (CR), na mesma
proporção que os outros conjuntos irão perder ou ganhar,
resultando em uma nova redistribuição da riqueza no interior
da nação.
36
In turn, the interest rate has no connection to inflation,
which is a problem arising from the issue of currency, as we
have just seen. And when interest rates rise, the costs of debts
or new loans also rise, for companies, individuals and the
government. Variations in the interest rate may or may not
benefit the Group living off income (IG) in the same
proportion as the other Groups gain or lose, resulting in a
new redistribution of wealth throughout the nation.
Visão econômica
Economic viewpoint
Consequência interna:
Internal Consequences:
A teoria econômica dominante ensina que o aumento da
taxa de juros implica a seguinte sequência: a diminuição da
demanda de crédito, que diminui o consumo, que diminui as
vendas, que, por sua vez, diminui a produção e, finalmente, se
obtém o resultado esperado: os preços diminuem. Se pegarmos,
por exemplo, o custo de um produto A de uma empresa: Custo
fixo (salários, etc.) 5 + Custo variável (viagens, etc.) 3 + Custo
administrativo (contador, etc.) 2 = Custo operacional 10 + Custo
não operacional (juros) 1 = Custo total do produto A 11
Se os juros aumentassem de 1 para 2, o custo total passaria
de 11 para 12. Se o preço de venda do produto “A” fosse 13 e
diminuísse para 12, a empresa não teria lucro. Se ela não
repassasse o custo do aumento da taxa de juros e continuasse a
vender por 11, venderia com perda. Enfim, o que procuramos
esclarecer é que o aumento excessivo da taxa de juros prejudica
a competitividade dos produtos brasileiros, diminuindo as
exportações e aumentando as importações. Isso leva à
diminuição da produção do país e também da geração de
empregos.
O próprio país, quando aumenta a taxa de juros, eleva
também o custo de juros de sua dívida interna. O Brasil tem
uma dívida interna líquida de mais de R$ 1 trilhão, e, a cada
aumento de taxa de juros, aumentaria seus custos em mais
alguns milhões ou bilhões de reais, dinheiro que poderia ser
utilizado na saúde, na educação e até mesmo na diminuição
de tributos, tanto para pessoas jurídicas como pessoas físicas.
Se o objetivo é diminuir a demanda uma vez que a
economia está aquecida, vamos fazer com menos males, agindo
somente na demanda, e não modificando a taxa de juros; por
exemplo: o fim dos impostos (IPI) reduzidos para automóveis
e eletrodomésticos; diminuição do crédito parcelado na compra
de carros de 60 para 12 meses; o mesmo para imóveis (de 30
para 20 anos); o empréstimo pessoal com o comprometimento
de renda de 30% para 10%; enfim, poderíamos imaginar
inúmeras maneiras, mas o objetivo é apenas mostrar que
podemos diminuir a demanda sem aumentar os juros.
Seria perfeito se o estado conseguisse administrar a variação
dos preços sem termos de diminuir a demanda e aumentar os
juros, da mesma maneira que as empresas administram seus
negócios. O governo teria de ter uma administração
empresarial: planejamento da infraestrutura (rodovias, ferrovias,
portos, aeroportos, etc.), estoque de produtos estratégicos
(energia, alimentos, etc.), diminuição dos gastos públicos,
diminuição de tributos, etc. Pensamos que o estado brasileiro
está caminhando para esta gestão empresarial.
The prevailing economic theory teaches that an increase
in the interest rate triggers the following sequence: weakening
demand for credit, which lowers consumption, which
undermines sales, which in turn damps down production,
finally reaching expected outcome: prices must drop. For
example, if we take the cost of a product made by a company:
Fixed Costs (wages, etc.) 5 + Variable Costs (travel, etc.) 5 +
Overhead (accountant, etc.) 2 = Operating Costs 10 + NonOperating Costs (interest) 1 = Total Product Cost A 11.
Should interest rates rise from 1 to 2, the Total Costs
would increase from 11 to 12. Should the sale price of product
A drop from 13 to 12, the company would not make a
profit. Should it not pass on the increase in the interest rate,
and continue to sell at 11, it would be selling at a loss. In fact,
what we are attempting to explain is that a sharp increase in
the interest rate blunts the competitive edge of Brazilian goods,
damping down exports and jacking up imports. This lowers
the national output, with more sluggish job generation.
When increasing the interest rate, the country also steps
up the service on its domestic debt. Brazil has a net domestic
debt of over R$ 1 trillion, and every time the interest rate
rises, its costs also increase by a few million or even billion
Brazilian Reais – money that could be better used for health
care, education and even lower corporate and individual taxes.
If the intention is to damp down demand when the
economy is overheated, we should do so with less damage,
acting only on the demand side, rather than tinkering with
the interest rate. For example: phasing out the lower
Industrialized Products (IPI) Tax on automobiles and
household appliances; slashing the period for the purchase
of cars from sixty to twelve monthly installments; the same
for real estate, cutting mortgages from thirty to twenty years;
and with personal loans granted up to only 10% of income,
rather than 30%. We can well imagine countless approaches,
but the purpose here is merely to show that we can curb
demand without stepping up interest rates.
It would be perfect if the State could administer price
variations without having to rein in demand and step up
interest rates, just as companies manage their businesses. The
government would need to adopt a business approach to
administration, with infrastructure planning (highways,
railroads, ports, airports); drawing up a strategic goods
inventory (electricity, food etc), with less public spending,
lower taxes etc. We believe that the Brazilian State is moving
towards this business-based management approach.
Consequência externa:
External Consequences:
O Brasil apresenta uma das taxas de juros mais elevadas
do mundo, no momento em que o governo prevê, em 2010,
Interest rates in Brazil are among the highest in the
world, at a time when the government is forecasting a massive
38
ainda um maior aumento de 9,5% para 11,25%, criando
uma expectativa de ganho na operação no mercado financeiro
internacional, carry trade, que consiste em emprestar dinheiro
em um país “A”, onde a moeda tem uma taxa de juros baixa
(por exemplo 1% ao ano), e investir em um país como o Brasil,
no qual a taxa de juros é alta (9,5% no momento). O
empréstimo e o investimento são feitos no mesmo período de
tempo, e o investidor prevê que o real não será desvalorizado,
ou mesmo será valorizado, em comparação à moeda do país
“A”; desta maneira, o investidor ganhará na diferença da taxa
de juros existente entre os dois países (no caso 8,5%) e na
valorização cambial. O importante é notar que a compra da
moeda real pelo país “A” não foi para pagar a importação de
um bem ou um serviço, mas a moeda é o produto, então ela
deixa de ser neutra nas trocas dos produtos, uma vez que cria
uma demanda adicional à produção do país, valorizando a
moeda acima do equilíbrio, prejudicando os exportadores e
beneficiando os importadores, sem contar os custos com os
quais o Brasil tem de arcar, nessas operações financeiras, em
suas reservas internacionais. Poderíamos tomar como exemplo
a China, que possui as maiores reservas internacionais que
provêm do comércio internacional e que luta para manter sua
taxa de câmbio baixa em comparação a das outras moedas,
tendo um crescimento elevado e uma taxa de juros mais baixa
que a do Brasil. Ressalta-se que devemos levar em conta que
cada país tem sua dinâmica econômica.
Em virtude dos fatos mencionados, enquanto o mundo
diminui as taxas de juros, o Brasil, que já apresenta altas taxas,
aumenta-as ainda mais, prejudicando o setor produtivo do
país e, o conjunto dos assalariados, pois, se a produção se
mantém ou diminui o emprego não aumenta, sem contar que
o próprio governo brasileiro aumenta o custo de sua dívida
interna. Atualmente, o Banco Central do Brasil discute de
quanto será o aumento dos juros; pensamos de maneira
contrária: a verdadeira discussão seria o quanto deveríamos
cortar.
*Ricardo Schiller Freiburghaus é
graduado em economia pela
Universidade de Fribourg (Suíça) e
pós-graduado pela Universidade de
Dijon (França) com experiência
profissional na área bancária e em
auditoria financeira. Autor do livro
“Inflação em tese”
www.icsos.com.br
hike from 9.5% to 11.25% in 2010, generating expectations
of gains through carry trade transactions on international
financial markets, borrowing money in Country A at a low
interest rate (for example: 1% p.a.] and investing in a country
like Brazil, where the interest rate is high (9.5% at the
moment). Such loans and investments take place during the
same period of time, with the investor wagering that the
Brazilian Real will not be devalued or appreciate against the
Country A currency, with the investor posting gains on the
difference in the interest rates in these two countries (8.5%
in this case] as well as on exchange appreciation. It is important
to note that the purchase of Country A currency was not
intended to pay for the imports of goods or services, with the
currency constituting the product. It thus ceases to be neutral
in exchanges of products, as it creates demands additional to
the nation’s output, pumping the currency above its point of
balance, with adverse effects for exporters and benefits for
importers, regardless of the costs that will necessarily be
incurred by Brazil for these financial transactions through its
international reserves. China may be taken as an example,
with huge international reserves built up through foreign
trade and now struggling to keep its foreign exchange rate
low compared to other currencies, with faster growth and a
lower interest rate than Brazil. It is important to bear in mind
that each country has its own economic dynamics.
Due to the facts mentioned above, with interest rates
dropping worldwide, Brazil is jacking up its already high
rates even more, with adverse effects on its production sector
and the Wage Earners Group, as if production remains
unchanged or drops, employment will not increase, while
the Brazilian government is also boosting the costs of servicing
its own domestic debt. At the moment, the Brazilian Central
Bank is discussing the size of the interest rate increase; we
think otherwise: the real discussion should focus on how
much we should slash it.
*Ricardo Schiller Freiburghaus has a
degree in economics from the University
of Fribourg in Switzerland, with a
graduate degree from the University of
Dijon in France; his professional
experience encompassed is the banking
and financial or dating areas. He is the
all star of the book on inflation entitled:
Inflação em tese, www.icsos.com.br
39
Ibovespa fecha o ano com
valorização de mais de 80%
Quem apostou que o Brasil iria superar rapidamente a crise financeira
internacional não errou. No fim do primeiro semestre de 2009, o país já mostrava
sinais claros de recuperação da atividade industrial. As empresas, apoiadas no
mercado interno, começaram a recompor estoques e o quadro de funcionários.
O melhor termômetro deste movimento foi o mercado de capitais, que fechou
o ano com o Ibovespa exibindo valorização de 82%, depois de amargar perda
de 41% em 2008. O valor de mercado das companhias, por sua vez, aumentou
72%, excelente resultado em um ano reconhecidamente difícil. Este clima de
otimismo se manteve até abril de 2010, quando o mercado começou a refletir
as preocupações com a instabilidade internacional. O primeiro semestre fechou
com o Ibovespa acumulando perda de mais de 11%. Este cenário pode mudar
ao longo do segundo semestre, segundo alguns analistas.
Anyone wagering that Brazil would sail through the international financial
crisis largely unscathed was certainly farsighted. By mid-2009, clear signs of
an upswing were already apparent in its industrial activities. Buttressed by its
huge domestic market, companies started to increase inventories and build
up their headcounts again. The best thermometer for this trend was the
capitals market, with ended the year with the São Paulo Stock Exchange
Index (IBOVESPA) up by 82%, having dropped by 41% in 2008. In turn,
the market value of these companies rose by 72% - an excellent result for
what was widely acknowledged as a tough year. This upbeat atmosphere
reigned through to April 2010, when the market started to reflect the ripple
effects of concerns over international instability, with the mid-year IBOVESPA
down by more than 11%. However, some analysts believe that this situation
may well alter during the second half of the year.
IBOVESPA up more than 80%
during the year
40
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
OFERTA DE ATIVOS / Offer of assets
Desempenho em 2009 / Performance in 2009
Indicadores
Resultados
Variação sobre 2008
Results
Variation X 2008
68.588 pontos
R$ 1,29 trilhão / trillion
R$ 107,35 bilhões / billion
R$ 16,9 bilhões / billion
R$ 5,24 bilhões / billion
81,75 milhões / million
332.349
R$ 2.334.720 milhões / million
82,66%
-5,25%
-5,25%
29,80%
-4,86%
33,97%
35,61%
72,50%
Indicators
Ibovespa (variação acumulada) / Ibovespa (accumulated variation)
Volume financeiro / Financial volume
Volume médio mensal / Average monthly volume
Maior volume financeiro do ano* / Highest financial volumes for the year*
Média diária negociada / Average daily trading
Número de negócios / Number of trades
Média diária do número de negócios / Average daily number of trades
Valor de mercado das empresas / Market value of companies
Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
Fonte: Bovespa
Novas empresas na Bovespa / New listed companies
Empresa
Segmento de listagem
Data
No de investidores
Company
Listing segment
Date
Number of investors
Trading volumes
Serv. Financeiros Diversos
Programas e Serviços
Bancos
Serv. Financeiros Diversos
Construção Civil
Serv. Médico-Hospitalares
29/06
28/09
07/10
28/10
19/11
17/12
52.943
6.191
101.673
5.437
661
5.176
8.397.208.920
574.566.690
13.182.457.728
772.991.934
273.999.999
630.233.120
VISANET
TIVIT
SANTANDER BR
CETIP
DIRECIONAL
FLEURY
Volume negociado
Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
Fonte: Bovespa
Ofertas primárias e secundárias registradas na CVM – volume em R$ mil
Primary and secondary offering recorded in the Brazilian Securities commission – volume in R$ 1.000
Ano
Ações
Debêntures
Notas promissórias
FIDC
Year
Stocks
Private bonds
Commercial papers
Receivable funds
Total
Total
2005
2006
2007
2008
2009
11.141.255
26.983.911
67.322.943
34.003.995
32.280.348
41.538.852
69.464.083
46.533.786
37.458.538
11.080.348
2.631.545
5.278.500
9.725.500
25.907.750
9.510.629
8.579.125
12.777.399
9.961.555
10.020.850
8.212.657
71.526.070
124.961.643
166.977.532
130.661.114
87.607.056
Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
Fonte: Bovespa
Registros na CVM: Cias abertas / Registrations with the Brazilian Securities Commission (CVM): Public companies
Ano / Year
2005
2006
2007
2008
2009
Concedidos / Granted
Cancelados / Cancelled
Total de Companhias / Total No Companies
23
52
91
40
16
146
64
61
12
17
617
620
650
680
679
Source: Brazilian Securities Commission (CVM)
Fonte: CVM
Emissões de Notas Promissórias / Commercial Papers issues
Ano / Year
2005
2006
2007
2008
2009
Fonte: CVM
No de registro / No registrations
Volume financeiro / Financial volumes
09
12
20
44
35
2,63 bilhões / billion
4,46 bilhões / billion
9,72 bilhões / billion
25,90 bilhões / billion
9,51 bilhões / billion
Source: Brazilian Securities Commission (CVM)
41
Retrospectiva do mercado
Market retrospective
OFERTA DE RECURSOS
/ Offer of resources
Índices – Mercado de ETF / Indexes – Exchange-traded funds market
Índice de Governança (IGC) / Corporate Governance Index
Variação (%) / Variation (%)
Índice de Sustentabilidade (ISE) / Business Sustainability Index
Variação (%) / Variation (%)
Índice Brasil 50 (IBrX-50) / Brazil-50 Index
Índice do Setor Industrial (INDX) / Industrial Sector Index
Índice Financeiro (IFNC) / Financial Index
Índice Small Cap (SMLL) / Small Cap Index
Índice Mid-Large Cap (MLCX) / Mid-Large Cap Index
2005
2006
2007
2008
2009
3.658
43,7%
1.040
4,0%
4.823
5.132
2.007
593
476
5.169
41,3%
1.433
37,8%
6.451
7.108
3.027
873
651
6.800
31,6%
2.011
40,3%
9.755
9.957
2.743
1.054
965
3.697
-45,6%
1.185
-41,1%
5.546
5.307
1.889
494
566
6.779
83,4%
1.972
66,4%
9.563
10.020
3.388
1.173
959
Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
Fonte: Bovespa
Ativos EFPC X PIB (%)
Pension Fund assets x GDP
Fundos de pensão X PIB (IBGE) – Em R$ mi
Pension funds x GDP (IBGE) – R$ million
PIB
2003
Assets of EFPCs
GDP
2004
240.139
1.699.948
280.517
320.200
374.726
456.565
444.822
515.392
1.941.498
2.147.239
2.369.484
2.661.344
3.004.881
3.143.015
Ano
Ativos das EFPCs
Year
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Fonte: IBGE / Abrapp
14,1
14,4
14,9
2005
15,8
2006
17,2
2007
2008
14,8
16,4
2009
Source: IBGE / Abrapp
Source: IBGE / Abrapp
Fonte: IBGE / Abrapp
Principais empresas em valor de mercado – posição 31/12/2009 / Market capitalization ranking – position in 31/12/2009
Empresa
Total (R$ mil)
Partic. (%)
Empresa
Total (R$ mil)
Partic. (%)
Company
Total (R$1.000)
Participation (%)
Company
Total (R$1.000)
Participation (%)
Petrobras
Vale
Itauunibanco
Bradesco
AmBev
Santander
Banco do Brasil
OGX Petroleo
347.084.678
250.189.922
156.955.623
103.388.948
98.306.350
92.046.540
76.275.139
55.267.270
14,87%
10,72%
6,72%
4,43%
4,21%
3,94%
3,27%
2,37%
54.737.666
42.290.058
40.100.343
38.244.246
25.210.952
25.039.175
22.064.834
21.765.000
2,34%
1,81%
1,72%
1,64%
1,08%
1,07%
0,95%
0,93%
Itausa
Cia. Siderurgica Nac.
Eletrobras
Gerdau
Usiminas
BMF Bovespa
JBS
Vivo
Source: São Paulo Stock Exchange (Bovespa)
Fonte: Bovespa
Saldo da posição de clubes de investimento / Club positions
Ano
Quantidade de clubes
Quantidade de membros
Patrimônio líquido (R$ mi)
Year
Number of clubs
Number of members
Shareholders equity (R$ 1.000)
2005
2006
2007
2008
2009
1.323
1.631
2.160
2.776
2.927
112.306
131.969
154.102
148.637
140.037
6.994,8
9.646,5
14.782,5
8.217,2
13.665,0
Fonte: Bovespa
42
Source: São Paulo Stock Exchange
MERCADO DE DÍVIDA / Debt market
Emissões de Debêntures em 2009 / Private bonds launch in 2009
Total de emissões / Total issues
Registros por setor / Registrations X Sector
Energia Elétrica / Power
Arrendamento Mercantil / Leasing
Emp. Adm. Participações / Holding Companies
Telecomunicações / Telecommunication
Construção Civil / Civil Construction
Metalurgia e Siderurgia / Iron, Steel & Metallurgy
Outros / Others
38,11%
31,56%
9,35%
3,31%
3,23%
2,16%
12,28%
Ano
Quantidade
Year
Quantity
2005
45
43,5 bilhões / billion
2006
2007
2008
2009
47
46
36
59
73,54 bilhões / billion
47,68 bilhões / billion
41,93 bilhões / billion
15,37 bilhões / billion
Vol. financeiro (R$)
Financial volume (R$)
Destino das emissões / Allocation of issues
41,58%
22,12%
11,13%
6,65%
4,50%
4,34%
3,16%
1,90%
1,28%
1,01%
0,74%
0,62%
0,51%
0,46%
Alongamento do perfil de endividamento / Lengthening debt profile
Capital de giro / Working capital
Aquisição de bens para arrendamento / Acquisition of goods for leasing
Aquisição de participações societárias / Acquisition of corporate stakes
Não informado / Not informed
Redução do passivo / Reduction in liabilities
Investimento em imobilizado / Investments in property, plant and equipment
Recompra ou resgate de debêntures / Repurchase or redemption of debentures
Outras destinações / Other allocations
Desenvolvimento de projetos / Project development
Cobertura dos custos iniciais / Cover of initial costs
Reestruturação e modernização / Restructuring and modernization
Aquisição de recebíveis / Purchase of receivables
Investimento em infra-estrutura / Investment in infrastructure
Source: National Debentures System
Fonte: Sistema Nacional de Debêntures
Evolução dos FIDCs / Receivable Founds (FIDCs)
Ano / Year
Dez/05
Dez/06
Dez/07
Dez/08
Dez/09
No fundos / Number of funds
PL (milhões) / Shareholders equity (millions)
Variação do PL (%) / Variation in net worth (%)
63
114
150
193
210
151.068
80.630
180.613
114.997
166,63
42,93
45,00
51,64
21,33
167.605
Source: National Investment Banks Association (Anbid)
Fonte: Anbid
Evolução dos Fundos de Ações / Share Fund Development
Ano / Year
Dez/05
Dez/06
Dez/07
Dez/08
Dez/09
Fonte: Anbid
Número de Fundos / Number of funds
PL (R$) / Net worth (R$)
Captação líquida (R$) / Net uptake (R$)
536
656
1.053
1.265
1.491
51.068
80.630
180.613
114.997
167.605
-737,220 milhões / million
9,155 bilhão / billion
24,457 bilhões / billion
-10,228 bilhões / billion
805,42 milhões / million
Source: National Investment Banks Association (Anbid)
43
Os desafios de uma
década que promete
ser histórica
O
fluxo de investimentos que
passou a irrigar o mercado de
capitais brasileiro de maneira
crescente ao longo dos últimos oito anos –
descontado o soluço representado pela
eclosão da crise financeira global em 2008 e
do qual o Brasil emergiu muito melhor e
mais rápido do que o esperado –, tem sido
justificado pela evidente melhoria dos
indicadores da economia doméstica e pela
elevação do patamar de classificação de risco
obtida pelo País. Essa realidade, aliada às
perspectivas traçadas pelos analistas locais e
internacionais, promete uma década que
nada terá de monótona para o mercado de
capitais brasileiro.Ao contrário, deverá ser
marcada por uma série, talvez inédita, de
desafios e oportunidades de crescimento,
tanto no que diz respeito à ampliação da base
de investidores como ao número de
companhias listadas em Bolsa.
44
Matéria de capa
Cover story
Por Martha Elizabeth Corazza e Adriana Braz / By Martha Elizabeth Corazza and Adriana Braz
Funcionando como âncora desse
movimento, a estrutura regulatória e os
sistemas de autorregulação desenvolvidos
pelos diversos agentes do mercado tendem
a contribuir para reforçar a confiança dos
investidores e o grau de transparência nas
relações entre as empresas e seus públicos
estratégicos.
Atentos às novas demandas dos
investidores locais e internacionais, assim
como à expectativa de consolidação do
Brasil como um pólo financeiro global, os
analistas que acompanham a evolução do
mercado brasileiro voltam o seu olhar para
o horizonte dos próximos cinco a dez anos,
procurando decifrar as pedras angulares do
que poderá ser um novo ciclo de expansão.
OTIMISMO SEM EUFORIA
Na interpretação do professor
Roberto Montezano, coordenador do
Mestrado em Administração do Ibmec/
RJ, o mais provável é que o mercado de
capitais brasileiro em 2020 tenha maior
diversidade de setores, empresas e
investidores do que em 2010. O horizonte
de avaliação dos desafios para a
consolidação do mercado, entretanto,
deve ser mais abrangente e enxergar até
mesmo além da próxima década,
recomenda Montezano.
Roberto Teixeira da Costa, primeiro
presidente da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), consultor e membro
do Conselho de Administação da
SulAmérica Seguros, observa que um olhar
mais abrangente deve incluir todo o
processo, ou seja, compreender os avanços
obtidos até agora ajuda a avaliar melhor os
desafios que estão à frente. “Para quem já
viveu o bastante para olhar
retrospectivamente as últimas décadas, é
possível ter uma visão do filme completo e
não apenas um retrato momentâneo do
mercado”, lembra Teixeira da Costa.
“Quando poderíamos imaginar que o Brasil
teria emissões de R$ 1 bilhão, ter os títulos
brasileiros circulando em Nova York, assistir
à venda de bônus perpétuos ou ver os papeis
dos EUA negociados em nosso mercado?
Esse olhar retrospectivo, diz Teixeira
da Costa, permite enxergar os próximos
anos com uma boa dose de confiança.
“Algumas coisas vieram para ficar, como,
por exemplo, o efeito da abertura de capital
dentro de um processo de governança
corporativa”. Agora, diz ele, “chegamos à
primeira divisão, mas, como no futebol,
há sempre o risco de um rebaixamento, o
que exige manter um otimismo
justificado, sem euforia”.
SINALIZAÇÃO PROMISSORA
O Brasil, observa Teixeira da Costa,
tem sido beneficiário, nos últimos anos, de
um fluxo de capitais justificado pela melhoria
substancial de sua economia, pela política
fiscal austera, redução da taxa de juro real,
moeda fortalecida, melhor governança. Isso
sem contar a série de oportunidades de
investimentos abertas pelo Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), enfim,
uma política econômica respeitada. “O
Brasil de hoje é um protagonista
internacional, que atrai atenções e desfruta
de uma posição competitiva em relação a
muitos outros países”.
A evolução do mercado de capitais
brasileiro tem sido altamente satisfatória
desde 2002, sublinha Thomás Tosta de
Sá, ex-presidente da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), diretor da Abrasca e
Challenges of a milestone decade
The flow of investment irrigating Brazil’s capitals markets
to an increasing extend during the last eight years – ignoring the
hiccup triggered by the global financial meltdown in 2008, from
which Brazil emerged faster and more powerfully than expected
– has been justified by the clear improvement in its domestic
economic indicators and its risk rating, now stepped up to
investment grade. In fact, together with the outlook sketched by
local and international analysts, the decade that lies ahead will
certainly not be dull for Brazil capital markets. To the contrary, it
may well be characterized by a perhaps unparalleled series of
challenges and growth opportunities, in terms of extending its
investor base as well as the number of listed companies.
Anchoring this upsurge, its regulatory structure and the
self-regulation systems developed by the various market agents
are also buttressing investor confidence and enhancing the
transparency of relationships between companies and their
strategic publics.
Keenly aware of new demands from local and international
investors, as well as the expectations of firming up Brazil as a
global financial hub, analysts monitoring the development of the
Brazilian market are once again gazing at a horizon of some five
to ten years ahead, trying to decipher the cornerstones that might
underpin a new expansion cycle.
Optimism without euphoria
In the view of MBA Coordinator Professor Roberto
Montezano from the Ibmec Business School in Rio de Janeiro,
the most likely scenario is that Brazil’s capitals market will have a
wider variety of sectors, companies and investors in 2020. The
evaluation horizon for the challenges slowing market consolidation
would thus be broader and extend beyond even the coming
decade, notes Montezano.
The first president of the Brazilian Securities Commission
(CVM), Roberto Teixeira da Costa, who is a consultant and
board member of the SulAmérica Seguros insurance company,
notes that a broader-ranging gaze must include the entire
process, meaning that it must encompass the progress achieved
so far, while also helping assess more effectively the challenges
that still lie ahead. “For anyone who has already lived for a
reasonable length of time, it is sufficient to gaze back at the
past few decades, which offers an overview of the full trackrecord, rather than a quick market snapshot,” recalls Teixeira
da Costa. “When would we ever have imagined that Brazil would
have issues of R$ 1 billion, with Brazilian papers being traded
in New York, watching the sale of perpetual bonds or seeing
US papers traded on our market?”
45
Matéria de capa
“É provável que em 2020
o mercado tenha maior
diversidade de setores,
empresas e investidores.”
Roberto Montezano
coordenador do Plano Diretor do
Mercado de Capitais (PDMC). “Os
agentes do mercado por meio do PDMC
pleiteiam, desde 2002, um conjunto de
reivindicações, que incluiu questões
tributárias e uma nova estrutura para o
mercado, e já obtiveram alguns resultados
significativos”, afirma Tosta de Sá.
A pergunta agora é para onde iremos
e a resposta é que vamos certamente
continuar crescendo, afirma Tosta de Sá,
“desde que sejam cumpridas algumas
premissas básicas tanto do ponto de vista
macro como microeconômico, incluindo
o desafio da educação financeira e das
reformas tributária e previdenciária, por
exemplo”. De todo modo, as perspectivas
para a próxima década são
excepcionalmente boas, acredita Tosta de
Sá. “Com a indústria de venture capital e
private equity – que se desenvolveu no Brasil
a partir de 1994 e ganhou impulso com os
Fundos de Investimento em Participações
(FIPs) – surgiu um importante apoio à
empresa privada que não tinha ainda cultura
de abertura de capital”. E isso deve contribuir
para aumentar o número de empresas
listadas: “Há mais de 600 empresas no
portfolio dos fundos de VC e PE, o que nos
According to Teixeira da Costa, this backward look allows
the years ahead to be viewed confidently. “Some things are here
to stay, such as the effects of deregulating capital within a
corporate governance process.” Now he says, “We are playing
in the A League but – just like soccer – there is always the risk of
dropping down, which requires well-justified optimism but without
euphoria.”
Promising indications
He notes that Brazil has benefited from an inflow of capital
over the past few years, justified by substantial improvements in
its economy, together with its austere fiscal policy, lower real
interest rates, a strong currency and better governments. This
does not even include the many investment opportunities opened
up by the Accelerated Growth Program (PAC), which is in fact, a
well-respected economic policy. “Brazil today is an international
player, attracting attention and holding a competitive position
compared to many other countries.”
The development of Brazil’s capitals market has been highly
satisfactory since 2002, underscores Thomás Tosta de Sá, former
Chairman of the Brazilian Securities Committee (CVM), a director
of the Brazilian Association of Publicly-Held Companies
46
Cover story
permite estimar que, dentro de alguns anos,
pelo menos 20% delas estarão na Bolsa”.
Na avaliação do economista e exministro da Fazenda, Maílson da
Nóbrega, sócio da Tendências
Consultoria, se a base essencial do
mercado de capitais é o volume de recursos
dos investidores institucionais, a
sinalização emitida para a próxima década
é promissora. O Brasil deve continuar
atrativo para investidores estrangeiros de
portfólio, que já se tornaram relevantes no
segmento do mercado acionário e
começam a ser também no de renda fixa.
Há razões para acreditar em vigorosa
expansão dos fundos de investimento e
das reservas técnicas dos fundos de pensão
e assemelhados, bem como das
seguradoras. “Isso porque o crescimento
desses investidores institucionais está
muito associado à evolução da renda, da
atividade econômica e da confiança, que
continuarão a crescer ou a se consolidar
nos próximos dez anos”, prevê Nóbrega.
QUALIFICAÇÃO DOS AGENTES
Segundo Luiz Simões, professor da
Fundação Instituto de Pesquisas
(ABRASCA) and the coordinator of the Capitals Market Master
Plan (PDMC). “Through this Master Plan, market agents have
been presenting a set of claims since 2002, including tax-related
issues and a new structure for the market, with some significant
results already achieved,” says Tosta de Sá.
The question is now where we are going, with the reply
almost certainly including ongoing growth, affirms Tosta de Sá:
“provided that some basic requirements are met, from the macro
and micro economic standpoints, including the challenge of
financial education, in addition to tax and social security reforms,
for example.” Nevertheless, the prospects for the next decade
are exceptionally good, he believes. “As the venture capital and
private equity industry - which developed in Brazil from 1994
onwards, boosted by the Stakeholding Investment Funds (FIPs),
important support has sprung up for private enterprises that have
not yet developed a culture of going public”. This should also
help increase the number of listed companies: “There are more
than 600 companies in the VC and PE fund portfolios, and we
estimate that at least 20% of them will be listed on the Stock
Exchange in just a few years.”
In the view of former Treasury Minister, Economist Maílson
da Nóbrega, who is a partner in the Tendências Consultoria
consulting firm, if the core of the capitals market is the volume of
Matéria de capa
“Chegamos à primeira
divisão, mas, como no
futebol, há sempre o risco
de um rebaixamento.”
Foto: Flávio R. Guarnieri
Roberto Teixeira da Costa
Contábeis, Atuariais e Financeiras
(Fipecafi), todo o sistema para se
aprimorar e fortalecer precisa de estímulos
permanentes. “Avançamos muito nos
últimos anos, mas não podemos nos
acomodar no patamar que atingimos. Para
continuarmos avançando precisamos
qualificar os agentes envolvidos, ou seja,
aprimorar o capital intelectual dos agentes
privados e dos reguladores; aprimorar os
mecanismos de certificação profissional,
que é a forma de verificar se a qualificação
está em processo de aprimoramento; criar
mecanismos para punir os agentes que
ajam de forma desmoralizante e ter
mecanismos eficientes de monitoramento
dos riscos.”
A seleção dos maiores desafios nesse
caminho varia bastante, conforme a visão
de cada grupo de analistas. Na opinião de
Simões, o principal desafio será o melhor
entendimento por parte dos dirigentes das
companhias abertas sobre o mercado de
capitais. “Os executivos precisam saber
mais sobre o ordenamento jurídico, as
sutilezas regulamentares, não priorizar a
forma em detrimento da essência das
normas, capacitar-se e entender o IFRS,
estimular a transparência, sustentabilidade
funds channeled in by institutional investors, the indications for
the coming decade are positive. Brazil should remain attractive
for foreign investors in portfolios, which have already become
significant on the stock market, with the fixed income segment
already starting to appear. There are reasons to believe in vigorous
expansion of investment funds and the actuarial reserves of
pension funds and similar entities, in addition to those of insurance
companies. “This is because the growth of these institutional
investors is closely associated with rising income, thriving
economic activity and increases confidence, which will continue
to either grow or consolidate over the next ten years”, he forecasts.
Agent qualifications
According to Luiz Simões, a Professor at the Accounting,
Actuarial and Financial Research Institute Foundation
(FIPECAFI), the entire fine-tuning and strengthening system
requires permanent stimulus. “We have progressed significantly
during the past few years, but we cannot sit back and rest at the
level we have reached. In order to continue to progress, we must
qualify the agents involved; fine-tune professional certification
mechanisms, which is the best way of ascertaining whether
qualifications are being upgraded; introducing mechanisms to
48
Cover story
e boa governança de forma sincera e real.
Ricardo Humberto Rocha, professor
do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper),
prevê que o mercado de capitais brasileiro
crescerá anos. “Isso tornaria mais atrativos
os títulos de dívida emitidos por empresas
privadas brasileiras, permitindo que o
mercado de capitais assumisse um papel
significativo no financiamento do
investimento, hoje quase exclusivo do
BNDES”. Nessa linha, “as taxas de juros
mais baixas, que dependerão também da
eliminação de resíduos de indexação,
como a da caderneta de poupança, abrirão
espaço para uma participação crescente e
preponderante do mercado de capitais no
financiamento habitacional”, acredita
Nóbrega.
A questão da taxa de juros como
entrave ao desenvolvimento do mercado
de capitais é lembrada também pelo
economista Antonio Corrêa de Lacerda,
professor doutor do Departamento de
Economia da PUC-SP. Ele observa, no
entanto, que a taxa de juro real está em
queda: já foi de 14% ao ano em 2004/
2005 e caiu para cerca de 4% ao ano em
2009. “A trajetória de longo prazo é de taxas
reais de juros convergindo para a média
punish agents acting unethically, and ensuring efficient risk
monitoring mechanisms.”
Pinpointing the main challenges along this path varies
appreciably, depending on the views of each group of analysts.
In the opinion of Simões, the main challenge will be to achieve a
better understanding among listed company managers of the
capitals market. “Executives need to know more about juridical
arrangements and regulatory subtleties, not assigning higher
priority to form over content, becoming better trained and
understanding the International Financial Reporting Standards
(IFRS), encouraging transparency, sustainability and good
governance in real and sincere ways.
A Professor at the Teaching and Research Institute
(INSPER), Ricardo Humberto Rocha forecasts that Brazil’s
capitals market will expand steadily, becoming more fragmented
over the next decade. He feels that from the standpoint of
regulations, forms and controls, Brazil has done its homework.
“We are moving toward the new type of capitalism, an
entrepreneur who will go public on the Stock Exchange after five
or ten years,” he believes. He also thinks that the number of
companies listed on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA)
will rise significantly from its current 400 to a thousand, and that
the role played by individuals will be more significant. At the
a burocracia exorbitante for mitigada e se
o sistema educacional se transformar
profundamente”.
FLUXO DE CAPITAIS
Na opinião do economista Roberto
Montezano, o comportamento do
mercado de capitais na próxima década
será muito – mas não totalmente –
dependente da trajetória esperada da
economia global, a exemplo do ocorrido
nos anos recentes. “Parâmetros
econômicos e financeiros internacionais
são exógenos para nós e caminharíamos
nesse campo de ‘acordo com o vento’.
Reduções de exportações e entradas de
capitais trarão impactos negativos no
mercado doméstico de ações”, prevê.
Montezano lembra que há
controvérsias entre analistas e existem
apostas tanto no cenário desfavorável
como na recuperação da economia
mundial, passando também por cenários
intermediários. “Mas, claro que teremos
graus de liberdade nos fatores tipicamente
domésticos que também determinam
volumes de negócios nos mercados
primários e secundários e o preço dos
moment, this Stock Exchange has some 600,000 registered
individual investors, aiming at five million in ten years. “Brazilians
are starting to perceive that in order to save for their futures through
supplementary pensions, for example, they must build up
reserves, which implies taking risks.”
Track record of the real interest rate
The main challenge is not located directly on the capitals
market, in the view of Maílson da Nóbrega, but rather lies in
consolidating macro-economic stability and its basic outcome: a
drop in nominal interest rates over the next few years. “This would
make debt papers issued by private Brazilian companies even
more attractive, allowing the capitals market to play an important
role in financing investments, which is today handled almost
exclusively by Brazil’s National Social and Economic
Development Bank (BNDES).” Along these lines, “lower interest
rates, that will also require eliminating the last traces of indexation,
such as that used for savings accounts, will pave the way for
increasingly powerful participation of the capitals market in home
financing”, he believes.
The issue of the interest rate as a hurdle hampering the
development of the capitals market is also recalled by Economist
“A pergunta agora é para
onde iremos e a resposta
é que vamos certamente
continuar crescendo.”
Thomás Tosta de Sá
Foto: Flávio R. Guarnieri
dos países em desenvolvimento. Isso abre
um espaço fantástico de crescimento para o
mercado de capitais brasileiro, na medida
em que deverá se tornar um dos principais
instrumentos de financiamento dos
investimentos”, prevê. Lacerda acrescenta
ainda que é preciso elevar a taxa de
investimentos da economia brasileira, dos
atuais 17% para 23% do PIB, para que a
economia cresça sem gargalos. “Para isso, o
mercado de capitais será fundamental, uma
vez que precisaremos de financiamento”,
constata.
Com base no valor das empresas
negociadas na Bovespa, que saltou de 40%
para 90% do PIB antes da crise 2008/
2009, e com a perspectiva de expansão
da economia, Lacerda estima que essa
proporção cresça ainda mais.
O cenário para o final da próxima
década tem várias condicionantes, observa
Luiz Simões. Segundo ele, a economia
brasileira tem grande potencial de longo
prazo se algumas transformações ocorrem:
“se os gastos públicos forem contidos e a
utilização dos recursos for aprimorada, se
a estrutura previdenciária for reformulada
e a trajetória explosiva for contida, se a
mão-de-obra brasileira for qualificada, se
Dr. Antonio Corrêa de Lacerda, a Professor in the Economics
Department at the Pontifical Catholic University in Sao Paulo
(PUC-SP). However, he notes that the real interest rate is
dropping: from 14% p.a. in 2004/2005, it fell to around 4% p.a. in
2009. “The long term trend is for the real interest rates in Brazil to
converge on the average for the developing countries. This opens
up massive headroom for the expansion of Brazil’s capitals
market, as this must become one of the main investment financing
tools” he forecasts. He also adds that the investment rate of the
Brazilian economy must also be stepped up from its current 17%
to 23% of the GDP, in order for the economy to expand with no
bottlenecks. “To achieve this, the capitals market will be vital, as
we will need financing,” he notes.
Based on the value of companies traded on the São Paulo
Stock Exchange (BOVESPA), which soared from 40% to 90%
of the GDP before the 2008/2009 crisis, Lacerda believes that
these figures will expand even more, with a promising outlook for
the expansion of the Brazilian economy.
The scenario for the end of the next decade is subject to a
variety of conditions, notes Luiz Simões. He feels that the Brazilian
economy has ample long-term potential if some changes occur:
“if public spending is contained and the use of resources is finetuned, if the social security structure is reworked, and the explosive
49
Matéria de capa
“O desafio da próxima década
não está no mercado, mas na
consolidação da estabilidade
macroeconômica.”
Maílson da Nóbrega
Cover story
ativos: o desempenho da economia
brasileira dependente de fatores internos,
inovações domésticas nos campos de
finanças corporativas, das operações nos
mercados de capitais e da administração
de investimentos”, pondera.
Para Roberto Teixeira da Costa,
existe o risco de que as correções de rota
na economia mundial venham a
comprometer a continuidade do fluxo de
recursos para o mercado brasileiro. “Temos
ainda uma forte dependência desse fluxo
de recursos, que está vinculado à percepção
de que o Brasil vai continuar sendo
previsível, com taxas de juros atrativas, e
de que o mundo continuará com taxas
negativas, o que é uma grande incógnita”.
PREVISIBILIDADE E REFORMAS
ESTRUTURAIS
No que diz respeito às eventuais
instabilidades provocadas “no varejo” pela
campanha eleitoral de 2010, Teixeira da
Costa não vê grandes riscos. “Temos um
histórico de 16 anos de estabilidade, que
nos trouxe uma previsibilidade. Talvez haja
algumas dissonâncias no varejo, mas no
atacado não há espaço para mudanças na
trend controlled, if the Brazilian workforce becomes better
qualified, if tangled bureaucracy is pruned, and if sweeping
changes are introduced in the educational system”.
Capital flows
In the view of Economist Roberto Montezano, the behavior
of the capitals market over the next decade will be heavily – but
not completely – dependent on the expected course of the global
economy, similar to recent years. “International economic and
financial parameters are exogenous for us, and we will be sailing
with the wind on these seas. Lower exports and capital inflows
will have negative impacts on the local stock market,” he forecasts.
Montezano also recalls that there are disputes among
analysts, with wagers on an unfavorable scenario, as well as on
the recovery of the global economy, also including an intermediate
scenario. “But we will obviously have levels of freedom in typically
domestic factors that also determine business volumes on the
primary and secondary markets, in addition to asset prices: the
performance of the Brazilian economy is dependent on internal
factors, domestic innovations in the fields of corporate finance,
transactions on capitals markets and investment management”,
he believes.
50
política econômica, considerando
qualquer dos dois principais candidatos
envolvidos na campanha.” Um dos
desafios relevantes para o mercado de
capitais, reforça ele, é exatamente a
manutenção dessa previsibilidade “até
porque não se brinca com a inflação”.
Outros pontos essenciais seriam a
reforma política “uma vez que o nosso
sistema está defasado em seus processos
decisórios e na respeitabilidade dos
políticos”, e a reforma tributária “porque
o sistema atual é excessivamente complexo
e dá margem a todo tipo de
interpretações”. Além disso, acrescenta
Teixeira da Costa, “é importante
completar a reforma previdenciária, pois
daqui a 25 anos teremos mais brasileiros
aposentados do que contribuindo.”
No âmbito do Plano Diretor do
Mercado de Capitais, uma das metas
prioritárias é justamente a defesa da
reforma previdenciária, medida
compreendida como essencial para
fortalecer a economia brasileira e,
portanto, para o desenvolvimento do
mercado, explica Tosta de Sá. “As despesas
previdenciárias chegaram a números
absurdos, equivalentes a 12% do PIB, e o
For Roberto Teixeira da Costa, there is a risk that corrections
in the course of the global economy may undermine the steady
inflow of funds to the Brazilian market. “We are also heavily
dependent on these funding flows, which are linked to the
perception that Brazil will continue to be foreseeable, with attractive
interest rates, and that the world will continue at negative rates,
which is really quite unknown.”
Foreseeability and structural reforms
With regard to possible future instabilities triggered in the
retail sector by the 2010 election campaign, Teixeira da Costa
sees no major risks. “We have a track-record of sixteen years of
stability, which endows us with foreseeability. Perhaps there are
some inconsistencies at the retail level, but at the wholesale level
there is no room for change in Brazil’s economic policy,
considering either of the two main candidates running for office.”
One of the major challenges for the capitals market he stresses
is exactly the maintenance of this foreseeability “particularly
because inflation is not for playing around.”
Our key points will be political reform “as our system is outof-date, as well as its decision processes and the respectability
of politicians”, in addition to tax reform “because the current system
projeto que elimina o fator previdenciário
irá agravar a situação, podendo levar a uma
sucessão de calotes.” O conjunto de ações
defendido pelo PDMC, observa seu
coordenador, passa necessariamente pelas
reformas estruturais, condição indispensável
para a evolução do mercado de capitais.
Ele destaca ainda a reforma fiscal e tributária,
assim como a trabalhista. “São fatores que
prejudicam os resultados das empresas e o
mercado reflete isso, é preciso fazer as
mudanças estruturais para continuar
avançando”.
TRIBUTAÇÃO
Entre as ações propostas pelo
PDMC em 2009 e que são voltadas para
os aspectos “micro” capazes de afetar o
desenvolvimento do mercado, Tosta de
Sá lembra a questão tributária para os
recursos de investimento a longo prazo.
“O tratamento ao acionista que detém
ações por um período maior de tempo
não pode ser equiparado, para fins
tributários, ao do investidor de curtíssimo
prazo, isso não faz sentido e prejudica a
evolução do mercado de capitais porque
inibe a entrada de novas empresas à
medida que o acionista será tributado
sobre o seu patrimônio”.
O Plano Diretor defende a
equiparação tributária desses recursos ao
que já foi feito no mercado imobiliário, ou
seja, equiparar a tributação sobre ganhos
de capital com ações de companhias listadas
em bolsa àquela atribuída aos imóveis na
Lei 11.196/05 (arts. 35 a 37).
O Plano prevê ainda a formulação
de propostas de revisão da tributação
aplicável às operações de títulos de dívida
privada, incluindo: a incidência do IOF
nas operações de curto prazo, que inibe a
participação de pessoas físicas e pessoas
jurídicas não financeiras no mercado
secundário; a avaliação do impacto da
redução do Imposto de Renda com o
alargamento do prazo; a possibilidade de
aplicação de critério de tributação análogo
ao do investidor estrangeiro, não se
cobrando o imposto de renda enquanto
os recursos permanecerem na conta de
investimento.
“Avançamos muito nos
últimos anos, mas não
podemos nos acomodar no
patamar que atingimos.”
Luiz Simões
TAREFA DE LONGO PRAZO
Diante da incógnita representada
pelo comportamento dos mercados
is excessively complex and open to all sorts of construal.”
Moreover, Teixeira da Costa adds, “it is important to complete
social security reforms, as in 25 years time Brazil will have more
retirees than tax-payers.”
Under the aegis of the Capitals Market Steering Plan, one
of the higher priority goals is to urge social security reform, which
is a step viewed as essential for strengthening the Brazilian
economy and consequently underpinning market development,
explains Tosta de Sá. “Social security outlays reach absurd levels,
equivalent to 12% of the GDP, and the Draft Bill eliminating the
social security factor will make the situation even worse, and
may even result in a series of frauds.” The set of actions supported
by the PDMC, notes its coordinator, necessarily includes structural
reforms as a crucial conditions for the development of the capitals
market. He also stresses tax reform, as well as labor reform.
“These are factors that undermine company earnings and the
market reflects this; structural changes are needed in order to
continue moving ahead.”
Taxation
Among the actions proposed by the PDMC in 2009
focused on micro aspects that can well hamper market
development, Tosta de Sá recalls the issue of taxes on longterm investment funds. “For tax purposes, the treatment meted
out to shareholders owning shares for longer periods of time
cannot be compared to extremely short-term investors, as this
does not make sense and undermines the development of the
capitals market as it blocks the entry of new companies as
shareholders will be taxed on their assets.”
The Master Plan urges that these funds have already been
taxed equally on the real estate market, meaning that taxation
on capital gains through shares issued by companies listed on
the Stock Exchange is similar to that assigned to real estate
through Law Nº 11.,96/05 (Articles 35 to 37).
This Plan also requires proposals to be drawn up for
revising the taxes applicable to private debt paper transactions,
including the Financial Transaction Tax (IOF) falling due on shortterm transactions, which blocks the participation of individual
persons and non-financial corporate entities on the secondary
market; an assessment of the impact of reductions in income
tax through extended periods; and the possibility of applying a
taxation criterion similar to that of foreign investors, not charging
income tax as long as the funds remain in the investment
account.
51
Matéria de capa
“Nos próximos 15 anos,
poderemos ter cerca de
mil empresas com ações
listadas na Bovespa.”
Ricardo Humberto Rocha
internacionais, o advogado Luiz Leonardo
Cantidiano, ex-presidente da CVM,
observa que uma das duas principais
vertentes dos desafios para o
desenvolvimento do mercado de capitais
brasileiro é justamente a necessidade de
aumentar significativamente a geração de
poupança interna, destinada a aplicações
em valores mobiliários de emissão de
companhias abertas, de sorte a fazer com
que o mercado fique menos dependente
dos humores do investidor externo. A
segunda vertente, diz Cantidiano, é
viabilizar uma maior participação do
investidor no processo de financiamento
de empresas privadas, desenvolvendo o
mercado de emissão de debêntures.
Ricardo Humberto Rocha concorda
e considera o aumento da poupança interna
como um dos grandes desafios. “Nas
operações de IPO, por exemplo, o Brasil
importa dinheiro, já que em torno de 70%
das compras das ações são feitas por
estrangeiros”, constata. A relação poupança
versus PIB ainda é baixa, em torno de 16%.
“Portanto, dependemos do capital
externo.” Outro desafio de longo prazo é
criar um mercado para as empresas que
ainda não estão consolidadas, mas que têm
Long term tasks
Due to the unknown aspects of the future behavior of
international markets, lawyer Luiz Leonardo Cantidiano, a former
president of the CVM, notes that one of the main aspects of the
challenges to be surmounted by Brazil’s capitals market is the
need to pump up domestic savings levels significantly,
earmarked for investment in securities issued by listed
companies, in order to ensure that the market becomes less
dependent on the moods of foreign investors. The second
aspect, he said, is to ensure the feasibility of greater investor
participation in the financing of private companies, developing
the debentures market.
Ricardo Humberto Rocha agrees and views that an
increase in domestic savings as one of the major challenges. “In
IPOs, for example, Brazil imports money, with some 70% of share
purchases already taken up by foreigners,” he notes. The savings
x GDP ratio is still low, at around 16%. “Thus, we remain
dependent on foreign capital.” Another long-term challenge is to
create a market for companies that are not yet consolidated, but
which offer ample potential. This Professor recalls that the growth
of the capitals market still depends on Brazil achieving more
evenly balanced public accounts.
52
Cover story
grande potencial. O professor do Insper
lembra que o crescimento do mercado de
capitais depende ainda de o país ter contas
públicas mais equilibradas.
De acordo com Roberto Montezano,
a possível consolidação do mercado de
capitais na infraestrutura financeira do país,
com relevância macroeconômica, é tarefa
de longo prazo e deverá ir além da próxima
década. “Excluindo questões externas,
penso que há alguns fatores internos que
são importantes.” Em primeiro lugar,
segundo ele, está a política
macroeconômica, que determina as
condições necessárias para a estabilidade e
o crescimento do país e do desempenho
médio das empresas. Um desequilíbrio
fiscal permanente, por exemplo, poderia
elevar o patamar de inflação e sua
volatilidade, trazendo ciclos de crescimento
e redução do “valor presente do Brasil”. Um
reforço do ambiente macroeconômico que
crie condições para crescimento sustentado
levaria a uma saudável evolução de preços
e de financiamentos empresariais via
mercado de capitais. “Há evidências
empíricas sugerindo que a relação entre
volume de transações nos mercados de
capitais como proporção do PIB é
According to Roberto Montezano, it is possible to consolidate
the capitals market through Brazil’s financial infrastructure, with
macro-economic relevance, although this is a long-term task and
must extend beyond the next decade. “Excluding outside issues, I
believe that there are domestic factors that are important.” Initially,
he feels that it is macro-economic policy that determines the
conditions required to underpin national stability and growth, boosting
average corporate performances. For example, permanent fiscal
imbalance might well boost inflation with higher volatility, ushering in
boom and bust cycles that reduce the ‘present value’ of Brazil.
Strengthening a macro-economic context that provides the conditions
needed for sustained growth would result in a healthy price
development and corporate financing through the capitals market.
“There is empirical evidence suggesting that the ratio between
transaction volumes on capitals markets and the per capita income
of a country as a proportion of the GDP is highly positive.”
Stepping up governance
Second, Montezano feels that it is necessary to recall that
there is widespread agreement that gains in governance are
sources of value for shares. Additional efforts to upgrade corporate
governance are thus important ways of turning the capitals market
ESFORÇOS ADICIONAIS EM
GOVERNANÇA
Em segundo lugar, lista Montezano,
é preciso considerar que há um consenso
de que ganhos de governança são fontes
de valor para as ações. Esforços adicionais
de melhorias na governança corporativa
são, portanto, caminhos importantes para
tornar o mercado de capitais uma fonte
de financiamento regular das empresas e
de ativos para os investidores. Um
caminho relevante buscaria aumentos de
transparência que levem à redução de
volatilidades exageradas nos preços das
ações. Outra questão, mais complicada,
de acordo com Montezano, é a que trata
da governança de empresas de controle
estatal. Entre os fatores vitais para o
desenvolvimento do mercado ao longo
da próxima década, o economista cita a
inversão de recursos na educação
financeira de investidores e empresários,
que deve ser continuada como forma de
trazer novos participantes – permanentes
e não cíclicos – ao mercado.
A estratégia da educação financeira é
um componente que sempre esteve
presente nas origens do mercado de capitais
brasileiro, observa Thomás Tosta de Sá.
“Desde a década de 1970, com a criação
do Ibmec (Instituto Brasileiro do Mercado
de Capitais), essa preocupação já estava
presente e depois, em 2002, integrou as
metas do Plano Diretor, tendo se
consubstanciado em 2006, na criação do
Coremec. A CVM, junto com a iniciativa
privada, reforçou esse movimento ao lado
da SUSEP (Superintendência de Seguros
Privados), Bacen e diversos agentes,
incluindo as entidades representativas do
mercado e as bolsas”. A realização de eventos
como a ExpoMoney e a criação do Instituto
Nacional de Investidores (INI) vieram
reforçar a questão educacional, assim como
os diversos programas mantidos pela
Bovespa.
“Temos que dar continuidade
também ao processo da educação
previdenciária, que a Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de
Previdência Complementar (Abrapp)
tem desenvolvido como instrumento
para ampliar a formação e a aplicação da
poupança, até mesmo para pressionar o
into a regular source of financing for companies, and assets for
investors. An important path would be to seek increases in
transparency that reduce exaggerated volatility in stock prices.
Another more complicated aspect, according to Montezano, is
related to governance of companies under State control. Among
the factors that are crucial for the development of the market
during the next decade, this economist mentioned the allocation
of funds to the financial education of investors and entrepreneurs,
which must be pursued as a way of attracting new permanent –
rather than cyclic – participants to the market.
The financial education strategy is a component that has
always been present in the origins of Brazil’s capitals market,
notes Thomás Tosta de Sá. “Since the 1970, with the
establishment of the Brazilian Capitals Market Institute (Ibmec),
this concern was already well to the fore, and then in 2002, it
absorbed the Master Plan goals, which were firmed up in 2006,
through the establishment of the Market Registration and
Oversight Committee (COREMEC). Working closely with the
private sector, the CVM strengthened this movement alongside
the Private Insurance Superintendency (SUSEP), the Brazilian
Central Bank (BACEN) and many other agents, including entities
representing the market and Stock Exchanges.” The organization
of events such as the ExpoMoney financial trade fair and the
“É preciso elevar a taxa de
investimentos da economia
brasileira, dos atuais 17%
para 23% do PIB.”
Antonio Corrêa de Lacerda
Foto: Sidney Murrieta
altamente positiva com a renda per capita
de um país.”
establishment of the National Investors Institute (INI) underpin
the educational issue, together with various programs run by the
São Paulo Stock Exchange (BOVESPA).
“We must also forge ahead with the process of social security
education that the Brazilian Closed Private Pension Fund Entities
Association (ABRAPP) has developed as a tool for expanding the
formation and allocation of savings, and even for pressuring
Congress which is burdening government budgets right and left,
merely to further the interests of the few”, affirms Tosta de Sá.
Financial education will play a decisive role in strengthening
the market, agrees Teixeira da Costa. He also views the issue of
education as a crucial supplement to regulatory and selfregulatory measures. “There is nothing better than an investor
who knows what he is doing, how he is investing his funds, what
are his rights and understanding the risks involved.”
Regulation and self-regulation
The regulatory issues and aspect that lies at the core of
international concerns, particularly since the financial crisis that
began in 2008. To what extent will possible alterations in the
regulatory frameworks underpinning global markets require
adjustments in Brazilian regulations? The perfect regulatory
53
Matéria de capa
“Acho que é importante
criar um mercado de
acesso para as companhias
nacionais de menor porte.”
Luiz Leonardo Cantidiano
Cover story
Congresso que, a torto e a direito, onera
o orçamento público apenas para agradar
a poucos interesses”, afirma Tosta de Sá.
A educação financeira será decisiva
para o fortalecimento do mercado,
concorda Teixeira da Costa. Ele vê o tema
educacional, inclusive, como um
complemento indispensável às medidas
regulatórias e autorregulatórias. “Nada
melhor do que o investidor saber o que
está fazendo, como está investindo seus
recursos, quais são seus direitos e
compreender os riscos envolvidos”.
REGULAÇÃO E
AUTORREGULAÇÃO
A questão regulatória é um aspecto que
está no centro das preocupações
internacionais, principalmente a partir da
crise financeira cujo auge teve início em 2008.
Até onde eventuais mudanças no arcabouço
regulatório dos mercados globais exigiriam
ajustes na regulação brasileira? O sistema
regulatório perfeito não existe, lembra
Teixeira da Costa, até porque o mercado está
constantemente criando novas formas de
transações, em grande velocidade, o que exige
a manutenção de um processo evolutivo
system does not exist, recalls Teixeira da Costa, particularly
because the market is constantly creating new types of
transactions at high speed, requiring a constant process of
evolution. “Keeping pace with the market requires that the people
in charge are always up to date.”
In the USA, he says that alterations in the regulations for the
XXI century, with the adoption of stricter rules, might not have
pleased Wall Street and its Republicans, but this was the second
commitment in the campaign of President Obama and changes
will undoubtedly appear. Despite its efficiency being questioned
due to the international crisis, self-regulation is still essential for
markets, Teixeira da Costa believes. “Despite State Regulators,
self-regulation is essential because we cannot simply wash our
hands and leave everything up to the State. Self-regulation,
government oversight and financial education for investors, are
the three key aspects for endowing markets with greater security.”
He also stresses the importance of a regulatory system based on
principles rather than on rules, similar to that guiding the new
international standards. “Episodes such as that of Enron in the
USA clearly show that rules are worthless without principles.”
Market regulation must be simple and applicable, explains
Luiz Simões. However, self-regulation may not be lax, meaning
that the agents involved must not support any deviations by their
54
permanente. “O acompanhamento do
mercado exige que as pessoas responsáveis
sejam permanentemente atualizadas”.
Nos EUA, diz ele, a mudança na
regulação para o século XXI, com a adoção
de regras mais rígidas, pode não ter agradado
Wall Street e os republicanos, mas foi o
segundo compromisso de campanha do
presidente Obama e as mudanças virão sem
dúvida. Apesar de ter sua eficácia
questionada por conta da crise internacional,
a autorregulação continua sendo essencial
aos mercados, acredita Teixeira da Costa.
“Apesar de haver um estado regulador, a
autorregulação é essencial porque não se
pode lavar as mãos e deixar tudo nas mãos
do estado. A autorregulação, aliada à
regulação oficial e à educação financeira do
investidor são três aspectos básicos para
conferir maior segurança aos mercados. Ele
defende ainda a importância de um sistema
regulador baseado em princípios e não mais
em regras, a exemplo do que norteia as novas
normas contábeis internacionais. “Episódios
como os da Enron, nos EUA, mostraram
claramente que as regras, sem princípios,
não valem nada”.
A regulação do mercado precisa ser
simples e aplicável, explica Luiz Simões.
peers. In his view, the development of Corporate Governance
requires focus and effectiveness. “Declaring good governance
is not sufficient. It must be part of the daily life of the company,
rather than appearing only in discourses full of good intentions,”
stresses Simões.
Official regulation must strive to increase liquidity over the
long term, while also making sure that asset prices are good
indicators of the basic values of companies, stresses Montezano.
Excess liquidity due to excessively upbeat investors may result
in overvalued prices during the short-term, with opportunistic
issues of new shares “This carries long-term costs for companies
and investors. After all, prices higher than the correct level will
result in a reversal process in the future, returning to lower than
expected. This is a complicated problem that has not yet been
resolved in the literature and the practice of other countries, but
may well be deployed as a principle for public regulation and self
regulation of Stock Exchanges, companies and financial
institutions,” suggests this Ibmec Professor.
Risk management
Roberto Montezano recalls that the role played by risk
management will tend to become increasingly more important
Já a autorregulação não pode ser frouxa,
ou seja, os agentes envolvidos não devem
se solidarizar com os desvios de seus pares.
Em sua opinião, a evolução da governança
corporativa exige foco e efetividade.
“Declarar boa governança não basta. Ela
tem que tem que fazer parte do cotidiano
da empresa e não apenas dos discursos de
boas intenções”, reforça Simões.
A regulação oficial deverá buscar
aumentos da liquidez de longo prazo e fazer
com que os preços dos ativos sejam bons
indicadores de valor fundamental das
empresas, aponta Montezano. Excessos de
liquidez, motivados por investidores
excessivamente otimistas, podem levar a
superavaliações de preços no curto prazo,
com oportunismo nas emissões de novas
ações. “Isso traz custos de longo prazo para
empresas e investidores. Afinal, preços acima
do correto levam, no futuro, via processo
de reversão à média, a retornos abaixo do
esperado. Esse é um problema complicado,
ainda não resolvido na literatura e na prática
de outros países, mas que merece ser usado
como um princípio de regulamentação
pública e de autorregulação das bolsas,
empresas e instituições financeiras”, sugere
o professor do Ibmec.
GERENCIAMENTO DE RISCOS
Roberto Montezano lembra que o
papel representado pelo gerenciamento de
riscos tende a ser cada vez maior ao longo
dos próximos anos. Ele observa que, embora
haja quase um senso comum que derivativos
são ruins, esses instrumentos melhoram a
capacidade de administração financeira de
todos os participantes do mercado quando
acoplados aos instrumentos clássicos do
mercado à vista. Tornam os mercados mais
flexíveis e completos. “Mas é preciso saber
para que e como usá-los. As estruturas de
gerenciamento de riscos podem ajudar a
disciplinar o uso dos derivativos, de acordo
com a administração estratégica de riscos de
empresas, bancos e outros participantes dos
mercados”, afirma Montezano.
De acordo com Luiz Cantidiano, é
essencial assegurar a manutenção de
mecanismos de controle de riscos para os
diversos agentes de mercado, especialmente
a bolsa, os intermediários e os investidores
coletivos (fundos de investimento), de modo
a reduzir a possibilidade de perdas derivadas
de operações especulativas mais arrojadas,
que possam comprometer a solidez do
mercado e seu funcionamento equilibrado.
over the next few years. He notes that although there is almost a
consensus that derivatives are bad, these instruments fine-tune
the financial management capacities of all market players, when
linked to classic cash market instruments. They make markets
more flexible and complete. “But it is necessary to know why and
how to use them. Risk management structures may help discipline
the use of derivatives, following the risk management strategies
established by companies, banks and other market players,”
states Montezano.
According to Luiz Cantidiano, it is essential to uphold risk
control mechanisms for the various market agents, especially on
the stock exchange, as well as for brokers and collective investors
(investment funds) in order to reduce the possibility of losses caused
by more daring speculative transactions that may undermine
market solidity and its evenly-balanced functioning.
For Luiz Simões, derivatives are vital for good risk
management. “But like all instruments, they may be useful or fatal.
The same instrument may kill or save.” According to him, what
defines the quality of the instrument is its use, meaning that
sustainable risk management that is committed to corporate health,
transparent and ethical, is a crucial factor in this process. In order
to be affected, company officers must fine-tune their understanding
of the idiosyncrasies typical of their risks. “Productive risk
Para Luiz Simões, os derivativos são
fundamentais para uma boa gestão de risco.
“Mas, como todo instrumento, eles podem
ser úteis ou fatais. O mesmo instrumento
pode matar ou salvar.” Segundo ele, o que
define a qualidade do instrumento é a sua
utilização, portanto, uma gestão de risco
sustentável, comprometida com a saúde da
empresa, transparente e séria é pilar
fundamental neste processo. “Para isso ser
atingido, os diretores precisam aprimorar
sua compreensão das idiossincrasias típicas
dos seus riscos. Gestão de risco producente
exige adequação e foco às peculiaridades”,
pondera Simões. A transparência é vital
quando se fala em derivativos, pontua
Ricardo Rocha, lembrando que as
companhias precisam estar muito bem
preparadas para lidar com esse mercado.
“As empresas precisam ser transparentes na
forma como usam esse instrumento. O uso
de derivativos está relacionado ao preparo
das companhias e a regras de governança
mais fortes. Isso é fundamental.”
CENTRALIZAÇÃO E
CONCORRÊNCIA
A desmutualização da bolsa de
management requires adaptation and focus on specific
characteristics,” notes Simões. Transparency is vital when talking
about derivatives, adds Ricardo Rocha, recalling that companies
must be very well prepared to deal with this market. “Companies
must be transparent in the way that they deploy these instruments.
The use of derivatives is related to the preparation of companies
and stronger governance rules. This is vital.”
Centralization and competition
Stock exchange demutualization and the merger between
the BM&F and Bovespa opened up new horizons for the Brazilian
market, together with the process that may well turn Brazil into a
global liquidity hub, which is quite coherent with the capacity of
the Brazilian market today, believes Thomás Tosta de Sá.
In turn, Luiz Cantidiano believes that the Brazilian market after
this merger is well able to serve as business center for Latin America.
“I think it is important to create an access market for smaller local
companies, perhaps on a new stock exchange, allowing better
access for companies and investors to the local market.”
However, the merger of these two stock exchanges also
prompted concerns over a market ‘monopoly’ prompting criticisms
among some players. For Teixeira da Costa, competition would
55
Matéria de capa
valores e a fusão entre BM&F e Bovespa
criaram uma nova perspectiva para o
mercado, assim como o processo que
deverá transformar o Brasil num centro
global de liquidez, o que é coerente com a
capacidade do mercado brasileiro hoje,
acredita Thomás Tosta de Sá.
Luiz Cantidiano acha que a bolsa
brasileira, pós fusão, está capacitada a atuar
como um centro de negócios da América
Latina. “Penso ser importante criar – talvez
em nova bolsa – um mercado de acesso
para as companhias nacionais de menor
porte, possibilitando maior acesso de
empresas e investidores ao mercado local.”
A fusão das duas bolsas, entretanto,
também trouxe a preocupação com o
“monopólio” do mercado, gerando críticas
de uma parte do mercado. Para Teixeira da
Costa, o ideal é ter concorrência. “Fomos
criados em um ambiente de concorrência,
que é sempre mais saudável”. Por outro
lado, ele admite que as demandas do
mercado hoje acontecem em escala global,
o que limita a concorrência. “O jogo hoje
é para os grandes, o que dificulta a atuação
de concorrentes menores. Chegamos a ter
oito Bolsas no Brasil, até porque o fato de
ter uma Bolsa era visto como sinal de
prestígio para as cidades e os Estados, mas
essa fase acabou”. O mercado, entretanto,
será o fiel da balança. “Se a BM&FBovespa
não tomar cuidado em relação a custos e
eficiência, a concorrência virá rapidamente”,
alerta Teixeira da Costa.
REGRAS PARA O HOMEBROKER
O casamento entre regras bem
definidas e acompanhamento eficiente
será essencial num ambiente de negócios
que tende a ser cada vez mais sofisticado.
O homebroker, por exemplo, já representa
uma mudança estrutural relevante no
mercado e exige rigor regulatório, acredita
Teixeira da Costa. “Há sempre o que criar
em regulação. No caso do homebroker é
fundamental ter normas bem definidas,
saber como são feitas as operações, quem
pode operar, entre outras questões. É
preciso conseguir um ajuste fino, ou seja,
ficar atento, porém sem tirar a criatividade
do mercado, sem asfixiá-lo.”
O homebroker, reconhece Cantidiano,
é o mecanismo adequado para permitir que
o intermediário possa expandir, com
agilidade e segurança, sua atuação no
mercado nacional, atuação essa que até
be ideal. “We were brought up in a competitive environment.
This is always healthier.” On the other hand, he admits that market
demands are today sized to a global scale, which curtails
competition. “The game is for major players today, which hampers
the activities of smaller competitors. We used to have eight stock
exchanges in Brazil, particularly because the fact of having a
stock exchange was viewed as a sign of prestige for cities and
states, but this phase has ended. However, the market will always
tip the balance. “If the BM&FBovespa does not take good care of
its costs and efficiency, the competition will spring up rapidly,”
warns Teixeira da Costa.
Homebroker rules
The match between clearly defined rules and efficient
oversight will be essential in an increasingly more sophisticated
business environment. For example, the homebroker option
already represents an important structural change for the market,
requiring regulatory rigor, Teixeira da Costa believes. “There is
always some need to establish a regulation. For the homebroker,
it is vital to have clearly defined rules, knowing how transactions
are conducted, who can trade, among other issues, if necessary.
This system must be fine-tuned, remaining alert while not
56
Cover story
recentemente estava focada nas grandes
cidades. Ele reforça, entretanto, a
necessidade de criação, pelos intermediários
e pela bolsa, de mecanismos de controle de
riscos de modo a não permitir que
investidores possam operar nesse sistema
acima de suas capacidades financeiras.
O papel das corretoras é vital para o
fortalecimento do mercado de capitais,
observa Luiz Simões. “As corretoras são a
conexão entre as emissoras e milhões de
investidores, na sua grande maioria, leigos
em gestão de investimento. As corretoras
precisam capacitar seus funcionários,
manter um diálogo producente, sincero e
qualificado. Portanto, o discurso entre
corretoras e investidores precisa ser mais
qualificado”.
O investimento em tecnologia e
segurança dos dados precisa ser uma
prioridade das corretoras, reforça Ricardo
Rocha. “Atualmente, as corretoras já fazem
um bom trabalho de informação e em
alguns casos até de educação financeira.
Isso é positivo, porque oferece ao
investidor subsídios que ajudam a tornar
uma decisão de forma mais consciente”,
afirma Rocha.
damping down or stifling the creative spirit of the market.”
The homebroker is an appropriate mechanism for allowing
brokers to expand quickly and safely, Cantidiano acknowledges,
extending their operations on the Brazilian market, which until
recently were clustered in major cities. However, he stresses
the need to establish risk control mechanisms by brokers and
by the stock exchange, in order to ensure that investors cannot
operate in this system above their financial capacities.
The role of brokerage houses is vital for strengthening the
capitals market, says Luiz Simões. “Brokerage firms are the link
between the issuers and millions of investors, most of whom are
untutored in investment management. These firms must train
their employees, maintaining productive, sincere and well qualified
dialog. Thus, the discourse between brokerage houses and
investors must be better qualified.”
Investments in technology and data security must be ranked
as top priority by brokerage houses, stresses Ricardo Rocha.
“At the moment, they are already doing a good job with
information, and in some cases even with financial education.
This is positive, because it provides input for investors that helps
them take more aware decisions,” stresses Rocha.
Matéria de capa
Cover story
BM&FBovespa: os caminhos para o futuro
E
m fevereiro de 2010, quando
fechou o acordo para aumentar
de 1,8% para 5% sua participação
no CME Group (proprietário da maior
bolsa de derivativos do mundo, a Chicago
Mercantile, controlador da Chicago
Board of Trade (CBOT) e da Nymex,
bolsa mercantil de Nova York), a
BM&FBovespa estava mirando um
horizonte inicial de 15 anos e deu mais
um passo para consolidar seu projeto de
transformar o Brasil num polo financeiro
global, estruturado para atender às
necessidades de liquidez e serviços tanto
dos investidores nacionais com foco
internacional como os estrangeiros
interessados em transações no Brasil e em
outras praças da América Latina. A
iniciativa avança, portanto, na perspectiva
de internacionalizar a Bolsa brasileira e
fazer dela um centro regional de liquidez,
atuando como porta de entrada dos
investidores estrangeiros em toda a
América Latina.
Como parte do acordo, BM&F
Bovespa e CME também acertaram o
desenvolvimento de uma plataforma
integrada de negociação multimercado,
sinal claro dos rumos que o mercado de
capitais nacional deverá tomar ao longo dos
próximos anos. O valor de US$ 620
milhões investido pela Bolsa brasileira no
acordo elevará sua participação total no
grupo americano para aproximadamente
US$ 1 bilhão. A parceria foi um passo
importante na aquisição de tecnologia e no
desenvolvimento dessa plataforma, capaz
de atender tanto os segmentos de mercado
da BM&F como da Bovespa, explica
Carlos Kawall, Diretor Internacional da
BM&FBovespa. Serão negociados na nova
plataforma tanto ações como derivativos,
contratos de taxas de câmbio e juros, títulos
públicos e privados, além de outros ativos
de balcão.
Entre as perspectivas abertas pelo
novo contrato com o CME, a bolsa
brasileira conta com a possibilidade de
passar a distribuir, internacionalmente, em
curto espaço de tempo, todos os seus
produtos, por meio da maior rede
mundial de negociação de contratos
derivativos (CME-GLOBEX). Além
disso, poderá contar com dezenas de
milhares de terminais instalados em mais
de 80 países, em quatro continentes. A
expectativa é de que o acordo amplie o
BM&FBovespa: Paths to the future
In February 27, when it reached an agreement on
increasing its stake from 1.8% to 5% in the CME Group – the
owner of Chicago Mercantile, the world’s largest derivatives
exchange, which is the parent company of the Chicago Board
of Trade (CBOT) and the New York Commodities Exchange
(Nymex) – the BM&FBovespa was looking ahead towards an
initial horizon of fifteen years, taking yet another step towards
its project of turning Brazil into a global financial hub, structured
to meet the liquidity and service requirements of local investors
with international interests, as well as foreigners eager to do
business in Brazil and other countries in Latin America. This
initiative is moving steadily ahead towards internationalizing
the Brazilian Stock Exchange, turning it into a regional liquidity
hub and serving as a gateway for foreign investors to Latin
America in general.
As part of this agreement, the BM&FBovespa and CME
also agreed to develop an integrated multimarket trading
platform, clearly indicating the direction to be followed by
Brazil’s capitals market during the next few years. The US$
620 million invested by the Brazilian stock exchange in this
agreement will boost its total stake in this US Group to around
58
US$ 1 billion. This partnership was an important step forward
for acquiring technology and developing this platform,
designed to service the market segments encompassed by
the BM&F and Bovespa, explains Carlos Kawall, the Director
for International Affairs, BM&FBovespa. This new platform will
handle trading in shares, as well as derivatives, foreign
exchange and interest rate contracts, and public and private
papers, in addition to other over-the-counter assets.
The prospects opened up by this new agreement with
CME for the Brazilian Stock Exchange include the possibility
of starting to distribute all its products internationally in the
near future, through the world’s largest derivatives contracts
trading network: CME-GLOBEX. Through this system, it could
work with tens of thousands of terminals installed in more
than eighty countries on four continents. This agreement is
expected to enhance the potential of commodities contracts
on the BM&FBOVESPA which can already be settled in dollars,
and will now be more visible and easier to access. It will also
allow Brazilian brokers to offer their clients access to the
products of the CME Group through GTS.
potencial dos contratos de commodities da
BM&FBOVESPA, que, além de já
poderem ser liquidados em dólares,
ganharão maior visibilidade e facilidade
de acesso. E deve garantir aos corretores
brasileiros a possibilidade de oferecerem a
seus clientes amplo acesso aos produtos
do CME Group, via GTS.
NOVO CONTEXTO E
NOVOS PRODUTOS
Os projetos da BM&FBovespa, que
pretende chegar à segunda posição em
valor de mercado no ranking das bolsas
mundiais até o início de 2012, refletem as
novas perspectivas e desafios do mercado.
“Passamos a conviver com um contexto
diferente, em que o cenário é nitidamente
de mais longo prazo, e queremos ao
mesmo tempo contribuir e nos beneficiar
desse horizonte de crescimento
econômico, no qual o mercado de capitais
tem um papel importante a cumprir”,
observa Kawall.
São dois os vetores que norteiam essa
estratégia: investimentos fortes em
tecnologia para melhorar os sistemas de
negociações e ampliar sua capacidade, no
qual está integrado o acordo com o CME,
e a ampliação das bases do mercado para
elevar o número de empresas listadas e o
número de investidores (pessoas físicas e
institucionais, locais e estrangeiros).
Essa estratégia inclui a diversificação
de produtos nas duas plataformas
(BM&F e Bovespa), por meio de uma
equipe de desenvolvimento de produtos
que trabalha em várias frentes, incluindo
o mais novo produto, o contrato futuro
de Etanol, por exemplo. Além disso, a
Bolsa prepara um programa de market
maker para o mercado de opções e aposta
na diversificação crescente dos fundos de
índice, os ETFs, conta Kawall.
O atual modelo de companhias
abertas brasileiras é um sucesso e veio para
ficar, diz o diretor da BM&FBovespa, mas
é preciso fazer com que ele cresça e ganhe
constantemente em qualidade, dando
início a um novo ciclo. Atualmente a Bolsa
brasileira conta com 386 companhias
listadas e cujos ativos têm efetivamente
negociação, um número considerado
muito baixo internacionalmente. A
expansão estimada para os próximos anos,
portanto, é quase um movimento natural
considerando-se essa base modesta. “Não
New context and new products
The projects being implemented by the BM&FBovespa,
which intends to rank second by market value among the world’s
stock exchanges by 2012, reflect new market prospects and
challenges. “We are living in a different context, which is clearly
focused more on the longer term, and we want to contribute to
this economic growth while at the same time benefiting from
these broader horizons, where the capitals market has an
important role to play,” notes Kawall.
There are two factors guiding this strategy: heavy
investments in technology in order to upgrade trading systems
and expand its capacity, which is integrated into the agreement
with the CME; and the expansion of market bases in order to
increase the number of listed companies and investors - individual
and institutional, local and foreign.
This strategy includes diversifying products on both
platforms (BM&F and Bovespa) through a product development
team working on several fronts, including cutting-edge products
such as an ethanol futures contract, for example. Moreover, the
Stock Exchange is preparing a market maker program for the
“Não considero realista
pensar em mais de mil
empresas listadas, mas é
possível dobrar o atual
número em 5 a 10 anos.”
Carlos Kawall
options market, while wagering on increasing diversification for
ETF index funds, says Kawall.
The current model used for listed companies in Brazil is
successful, and is here to stay, says this BM&FBovespa director,
but steps must be taken to underpin its growth and steadily
upgrade its quality, moving ahead into a new cycle. At the moment,
the Brazilian Stock Exchange has 386 listed companies whose
assets are effectively traded, which is a figure rated as very low,
at the international level. The expansion forecast for the next few
years is thus almost a natural upsurge, starting out from this
modest base. “I do not believe that it would be a realistic to think
about more than a thousand listed companies but, looking at
what has happened over the past few years, it would be possible
to at least double the current figure within five to ten years,
particularly if we can add dynamism to the Bovespa Mais
segment,” he says.
High frequency controls
While also planning to extend its high frequency trading
area – which has long been the star of international markets and
59
Matéria de capa
acredito que seja realista pensar em mais
de 1.000 empresas listadas mas, olhando
para o que aconteceu nos últimos anos,
seria possível pelo menos dobrar o atual
número dentro de cinco a 10 anos,
principalmente se conseguirmos
dinamizar o segmento Bovespa Mais”,
afirma Kawall.
CONTROLES PARA
ALTA FREQÜÊNCIA
Enquanto planeja ampliar também
sua fatia de transações em alta freqüência,
modalidade de negócios que tem sido a
estrela dos mercados internacionais e cuja
velocidade chegou a provocar fortes
turbulências em Wall Street, fugindo ao
controle de operações pela SEC (Securities
Exchange Comission), a BM&FBovespa
conta com um ambiente regulatório e com
mecanismos de autorregulação que
aumentam a transparência e a segurança
das transações.
“A crise realçou a necessidade de
maior transparência nas operações nos
mercados internacionais; então a tendência
que se delineia lá fora favorece o modelo
de maior regulação, que já é um diferencial
do Brasil. Na BM&FBovespa, somos uma
entidade auxiliar da regulação, portanto
essa é uma preocupação constante”. A
vantagem do Brasil, diz Kawall, “é
justamente a de ter no setor financeiro um
paradigma que já envolve maior regulação
e maior transparência, ou seja, os
movimentos de mudanças globais
caminham na direção do que já fazemos e
favorecem o nosso modelo de negócios de
balcão e a própria Cetip”.
Para lidar especificamente com os
investidores de alta freqüência (os
algotraders, como são conhecidos lá fora
por utilizarem algoritmos para emitir
ordens de negociação de forma
automática, em tempo real), que nos EUA
já representam cerca de dois terços das
negociações de ações e cerca de 40% das
operações com derivativos naquele país, a
BM&FBovespa conta com alguns
instrumentos e mecanismos de controle
adequados, observa Kawall. “Os
investidores de alta freqüência são
importantes e pretendemos aumentar sua
presença aqui porque eles funcionam
como os novos market makers. Nos EUA,
eles ajudaram até mesmo na formação de
preços porque, ao explorar os diferenciais
whose speed has triggered marked turbulence on Wall Street,
moving beyond the operations controls deployed by the Securities
and Exchange Commission – the BM&FBovespa is subject to a
regulatory framework with self-regulation mechanisms that
enhance the transparency and safety of its transactions.
“The crisis underscored the need for greater transparency
in transactions conducted on international markets; consequently,
the trend that is building up elsewhere in the world favors a more
tightly regulated model, which is already a comparative advantage
for Brazil. On the BM&FBovespa, we are an ancillary regulator,
so this is a matter of constant concern.” The advantage of Brazil,
according to Kawall, is “precisely that its financial sector is bound
to a paradigm that already involves tighter regulation and greater
transparency. In other words, global changes are moving towards
what we already have in place, favoring our over-the-counter
trading model and the CETIP.”
In order to work specifically with high frequency investors –
known as algotraders, due to their use of algorithms issue trading
orders automatically in real time, already accounting for some
two thirds of trading in shares and around 40% of derivatives
transactions in the USA – the BM&FBovespa has some
60
Cover story
de preços, eles provêem liquidez ao
mercado e, como no mercado brasileiro
ainda há segmentos pouco líquidos, esse
tipo de investidor pode ser benéfico”.
O lado problemático da alta
freqüência, transformado em verdadeiro
pesadelo para a SEC e para as bolsas
americanas no início de maio de 2010, é
justamente que esses benefícios não
podem acontecer às custas de distorções
na formação de preços. “Em Nova York
são mais de 50 plataformas de negociação
e para saber o que deu início ao
movimento de descontrole dos preços é
como achar uma agulha num palheiro,
então é necessário ter controle sobre a
atuação desses investidores”, argumenta
o diretor da BM&FBovespa. Para
começar, diz ele, no Brasil não existe o
acesso direto (naked access), as transações
precisam ser feitas via corretoras que, por
sua vez, têm que estabelecer limites de
negociação. Além disso, existem alguns
filtros no sistema da Bolsa. “Há filtros por
volumes e por contratos, de modo que, se
determinados limites forem ultrapassados,
as ordens são interrompidas”.
instruments with adequate control mechanisms, notes Kawall.
“High frequency investors are important, and we intend to step
up their presence here in Brazil, because they serve as new
market makers. In the USA, they even help form prices because,
by focusing on price differences, they endow the market with
liquidity and as there are some Brazilian market segments that
are not yet very liquid, this type of investor may well be beneficial.”
The downside of high frequency trading, which developed
into a nightmare situation for the SEC and U.S. stock exchanges
in early May 2010, is precisely that these benefits may not occur
at the cost of price formation distortions. “There are more than
fifty trading platforms in New York, and discovering who triggered
an uncontrolled price peak or trough is like looking for a needle
in a haystack. So controls must be imposed over the activities of
these investors,” argues this BM&FBovespa director. To begin
with, he notes, there is no ‘naked access’ in Brazil, as transactions
must be conducted through brokerage houses which must in
turn establish trading limits. “There are screens based on volumes
and contracts, so that if the set limits are exceeded, orders are
interrupted.”
Matéria de capa
Cover story
A agenda ambiciosa do Projeto Ômega
C
om uma agenda ambiciosa, que
pretende consolidar a posição
brasileira como um centro
financeiro internacional e polo catalisador
de negócios para a América Latina, o
BRAIN (Brasil Investimentos & Negócios)
foi criado em março de 2010, em iniciativa
conjunta entre BM&FBovespa, Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiros e de Capitais (Anbima) e
Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O projeto é multissetorial e envolve a
participação de diversos representantes do
setor privado, assim como a interlocução
com o poder público numa parceria voltada
para objetivos de curto, médio e longo prazo,
que visam fortalecer o mercado brasileiro.
A mudança do patamar de classificação de risco do Brasil, com o investment
grade, foi o ponto de partida para isso, explica
Paulo Oliveira, diretor geral do Brain. Além
de atrair investimentos para a América
Latina, a nova associação quer atuar também
para irradiar negócios daqui para outras
regiões do mundo. A base dessa estratégia
leva em conta o fato de que o Brasil reúne,
atualmente, todas as condições para ser esse
polo global, observa Oliveira. Entre essas
condições estão o ambiente institucional e
político estável, a estabilização da economia,
com diversificação e solidez, e o crescente
interesse dos investidores internacionais. A
regulação, a governança e o sistema de
pagamentos adotados nos mercados
brasileiros já são referências mundiais, o que
amplia as possibilidades de consolidar aqui
um polo regional de liquidez.
NOVA ETAPA
“O trabalho intensivo de divulgação do
nosso mercado junto aos investidores globais
começouem2004,comoprojetoBestBrazil,
uma iniciativa das Bolsas em conjunto com
o governo e com o Banco Central, e foi
completado em 2008. Com a obtenção do
investment grade, esse trabalho entrou em nova
etapa porque o investidor já conhece o Brasil,
agoraeleprecisaterconfiançanainfraestrutura
para vir”, explica Oliveira. A função do Brain
será coordenar esforços e iniciativas dos
diversos setores e áreas, de modo a garantir
essa infraestrutura. Será preciso identificar
problemas comuns e propor soluções
convergentes, tendo em vista a qualificação
do país para ser, na América Latina, uma
ponte entre os mercados latinoamericanos e
os demais mercados mundiais.
Nesse sentido, o Brain desenvolve o
Projeto Ômega, que tem como meta a
criação de um ambiente favorável para
receber o fluxo de capital estrangeiro, além
de integrar uma série de aspectos dos
mercados. Seus planos, portanto, incluem
uma agenda bastante ampla, voltada a
itens que abrangem desde a melhoria da
infraestrutura de logística, transportes e
segurança urbana no ambiente do polo
de investimentos, até a transferência das
melhores práticas entre os países
latinoamericanos, com a oferta de
produtos e serviços financeiros.
Ambitious agenda for the Omega Project
With an ambitious agenda that intends to firm up Brazil’s status
as an international financial hub, serving as a catalyst for business all
over Latin America, BRAIN (Brazil Investments & Businesses) was
set up in March 2010, as a joint initiative linking the BM&FBovespa,
the Brazilian Financial and Capitals Markets Entities Association
(ANBIMA), and the Brazilian Banks Federation (FEBRABAN). This
multi-sector project involves the participation of several representatives
of the private sector, as well as engaging with government authorities
through a partnership focused on short, medium and long term goals
that are designed to strengthen the Brazilian market.
Now ranked as investment grade, the shift in Brazil’s risk rating
was the starting point for this initiative, explains Paulo Oliveira, the
Managing Director of the BRAIN initiative fostering investment and
business in Brazil. In addition to attracting investments to Latin America,
this new association is also eager to showcase local businesses in
other parts of the world. Its strategy is underpinned by the fact that
Brazil clusters together the conditions needed to develop into a global
hub, notes Oliveira. These conditions include its stable institutional
and political contexts, with a solid and well diversified economy that
is prompting rising interest among international investors. The
regulations, governance and payment system adopted by Brazilian
62
markets are already global benchmarks, extending the possibilities
of firming up a regional liquidity hub.
New stage
“An intensive drive to publicize our market to global investors
began in 2004, with the Best Brazil Project: an initiative undertaken
by Stock Exchanges, together with the government and the Brazilian
Central Bank, that was completed in 2008. Once investment grade
was attained, this task entered into a new stage, because investors
are already familiar with Brazil, and now they need to build up
confidence in its future infrastructure,” explains Oliveira. The function
of BRAIN will be to coordinate efforts and initiatives in a wide variety
of sectors and areas, in order to buttress this infrastructure. Common
problems must be identified and convergent solutions proposed,
bearing in mind Brazil’s qualifications to build bridges between the
markets of Latin America and other global markets.
Along these lines, BRAIN is implementing the Omega Project,
whose goal is to create a favorable environment that will welcome
an inflow of foreign capital, in addition to integrating a series of market
aspects. Its plans thus include a broad agenda that encompasses
O GRANDE DESAFIO
A simplificação de regras cambiais e
tributárias, sem a necessidade de edição de
novas leis, é um dos objetivos que podem
ser atingidos em prazo relativamente curto,
antes de cinco anos, acredita Oliveira. Um
dos vetores do Projeto Ômega é justamente
o aumento da competitividade no
ambiente brasileiro de negócios, por meio
de medidas para otimizar a regulação e os
tributos, reduzir a burocracia e aprimorar a
infraestrutura urbana e de negócios, assim
como divulgar a oferta de serviços
profissionais no mercado brasileiro.
O grande desafio, reconhece Oliveira,
será dar sinergia e dinamizar esse leque tão
amplo de atividades. Para assegurar que os
associados tenham realmente capacidade
para agilizar essa agenda de debates, com
uma visão de médio a longo prazo, o BRAIN
criou uma classe diferenciada de participante,
o associado Classe A, que deve contribuir
com o valor mínimo de R$ 1 milhão ao
ano, durante pelo menos três anos, ganhando
com isso direito a um assento no Conselho
da entidade. As conversas sobre a integração
já foram iniciadas por meio de uma série de
contatos com as bolsas e órgãos reguladores
de outros países, explica Oliveira.
items ranging from upgrading the urban safety, logistics and
transportation infrastructure for this investment hub, through to
exchanging best practices among the Latin American nations, with
steady flows of financial services and products.
According to Oliveira, the first step is to define the alignment of
the interests of the various members of the BRAIN, which represent
very different market segments, in addition to extending its action agenda
in greater depth, which should take place during 2010. Projects should
then strive to integrate the Latin American markets through aiming at a
single regulatory framework, which will be crucial for Brazil to serve as
gateway allowing investors to move in and out of this region. The
president of this entity believes that one of its short-term goals would
be to attract investors from Europe and the USA, as well as Asia.
The technological integration of business platforms is already
under way through an agreement between the BM&FBovespa and
the Chicago Mercantile Exchange (CME), recalls Oliveira. One of its
key aspects is to consolidate issues of shares by foreign companies
in Brazil, such as through trading Brazilian Depositary Receipts
(BDRs) on the stock exchange, which has already begun. This also
paves the way for Brazilian investors to access foreign markets, while
establishing a secondary market for Latin American government
papers is another important item in this integration process.
“Começamos a divulgar
o mercado junto aos
investidores globais em 2004
com o projeto Best Brazil.”
Paulo Oliveira
Foto: Flávio R. Guarnieri
O primeiro passo, conta Oliveira, é
definir um alinhamento dos interesses dos
diversos associados do BRAIN, que
representam segmentos diferenciados
dentro do mercado, e aprofundar a agenda
de ações, o que deve ocorrer ainda em 2010.
Em seguida, os projetos devem buscar
integrar os mercados latino-americanos de
modo a ter um ambiente regulatório único,
o que será fundamental para que o Brasil
funcione como porta de entrada e de saída
dos investidores na região. Uma das metas
que pode ser atingida a curto prazo, acredita
o presidente da entidade, será a atração de
investidores da Europa e dos EUA, assim
como os asiáticos.
A integração tecnológica das
plataformas de negócios, lembra Oliveira,
já está em andamento por meio do acordo
entre BM&FBovespa e o grupo CME.
Um dos aspectos essenciais é consolidar
tanto as emissões de ações de empresas
estrangeiras no Brasil como a negociação
de BDRs (Brazilian Depositary Receipts),
também já iniciada na Bolsa. Com isso,
abre-se um caminho também para o acesso
do investidor brasileiro ao mercado externo.
A criação de um mercado secundário para
os títulos públicos latinoamericanos é outro
item importante no processo de integração.
The major challenge
Simplifying tax and foreign exchange rules without needing
new laws is a goal that can be attained in a relatively short period of
time – less than five years, Oliveira believes. One of the vectors of
the Omega Project is precisely keener competition in Brazil’s business
segment, spurred by steps designed to fine-tune regulations and
taxes, pruning away red tape, upgrading urban infrastructure and
fine-tuning the business framework, in addition to publicizing the
supply of professional services on the Brazilian market.
The main challenge, Oliveira acknowledges, will be to ensure
synergy that boosts the dynamism of this wide range of activities. In
order to ensure that its members are able to explore this discussion
agenda effectively with a medium to long-term approach, BRAIN
introduced a special category of participant: Class A members, who
must contribute at least R$ 1 million a year for at least three years,
being granted a seat on the Board of this entity in return. Discussions
on integration are already under way through a series of contacts
with stock exchanges and regulators in other countries, Oliveira
explains.
63
Matéria de capa
Cover story
Energia elétrica: Projetos e investimentos
previstos para os próximos 10 anos
N
em mesmo a surpreendente
estimativa de expansão da
produção nas indústrias
energointensivas brasileiras ao longo dos
próximos dez anos, aliada à perspectiva de
que o país apresente crescimento anual de
5,1% do PIB até 2019, tiram a relativa
tranquilidade das previsões de oferta de
energia elétrica ao longo da próxima década.
As projeções da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), vinculada ao Ministério
de Minas e Energia, apontam, por exemplo,
uma expansão de 10% ao ano na produção
em toneladas de aço bruto pela indústria
siderúrgica nacional entre 2010 e 2019.
Considerando os três grandes vetores
da indústria em termos de consumo
energético – siderurgia, alumínio e ferrosliga – o consumo final de energia por setor
deve crescer mais de 5,4% ao ano nos
próximos dez anos, admite Maurício
Tolmasquin, presidente da EPE. “E as
nossas previsões nesse sentido são
conservadoras diante das estimativas feitas
pelas entidades de classe desses setores”,
acrescenta Tolmasquin.
Tolmasquin avalia que em dez anos
o Brasil sairá do atual nível de consumo
per capita de energia, de 2 mil kWh
(quilowatts hora), para atingir o patamar
em que o Chile já está hoje, ou seja, cerca
de 3 a 4 mil kWh. O consumo per capita
nos EUA, para efeito ilustrativo, é de 14
mil kWh.
HORIZONTE TRANQÜILO
Apesar dessa perspectiva de expansão
acelerada do consumo, o setor de energia
Electricity: Projects and investments planned for the next ten years
Not even a startling estimate of the expansion in output by
energy-intensive industries in Brazil over the next ten years has
undermined the relative tranquility of power supply forecasts for
the next decade, drawn up by the Energy Research Enterprise
(EPE), under the Ministry of Mines and Energy. Prospects of
GDP growth at 5.1% a year through to 2019 are paralleled by
annual expansion of 10% of raw steel output in tons by Brazil’s
steel industry between 2010 and 2019.
Looking at the three main industrial vectors for electricity
consumption – steel, aluminum and ferroalloys - energy
consumption by this sector should grow at more than 5.4% a
year for the next decade, says EPE President Maurício
Tolmasquin. “Our forecasts for this segment are conservative
compared to the estimates announced by entities representing
these sectors,” he adds.
According to Tolmasquin, Brazil will move up from its
current per capita energy consumption of 2,000 kWh (kilowatts
hour) to between 3,000 and 4,000 kWh over the next ten years,
reaching the level already achieved by Chile today.
In comparison, per capita consumption in the USA tops
14,000 kWh.
64
Peaceful Outlook
Despite the prospects of this rapid upsurge in consumption,
the electricity sector looks ahead to relatively trouble-free horizons
for its power generation and transmission capacities through to
2014, when the situation will be evenly balanced, according to the
projections drawn up by the EPE. Through projects already
contracted out, Brazil has a surplus of 5,800 MW (megawatts)
average, meaning that through to 2014, power supplies will be
able to cope easily with Brazil’s rising demands, keeping pace with
a GDP increasing by 7% to 7.5% for a period of up to a year and a
half, estimates Maurício Tolmasquin. “In terms of power supplies,
there will be no bottlenecks curbing growth,” says the EPE President
confidently.
In its Ten Year Energy Expansion Plan (PDE) for 2010 - 2019,
the EPE indicates that it will be investing some R$ 214 billion in the
power sector, mainly in the generation and transmission segments,
with these funds being crucial for underpinning growth of 5.1% p.a.
in Brazil’s GDP for the next ten years. Annual increases in electricity
demands are forecast to hover around 5.1% for the period between
2010 and 2019, meaning that some 6,300 MW of new capacity (or
torna necessário agregar o equivalente a
aproximadamente 6.300 MW de nova
capacidade (ou 3.333 MW médios de
energia firme) ao ano na próxima década.
“No que depender do
fornecimento de energia,
não haverá gargalos para
sustentar o crescimento.”
ALTERNATIVAS
Além da matriz hidrelétrica, o
planejamento do governo conta com as
alternativas de termelétricas a gás ou a
carvão, além da energia eólica cujos leilões
já avançam expressivamente, e a
biomassa, com o bagaço de cana. A
expansão termelétrica fóssil, ou seja, a gás
ou a carvão, deverá acrescentar 12 mil
MW de potência instalada, sendo que a
expansão já contratada é de 4.742 MW
até 2013.A opção oferecida nos próximos
leilões será preferencialmente pelas
termelétricas a gás.
A principal fonte para atender a
expansão da demanda do setor elétrico
será a hidroeletricidade, que deve
responder por 55,5% da oferta segundo
o planejamento oficial. A EPE estima que
sejam instalados 35.245 MW nos
próximos 10 anos. Desse total, dois terços
correspondem a projetos que já foram
leiloados e que estão em construção,
3,333 MW average of firm energy) must be added each year
throughout the next decade.
Alternatives
In addition to the hydro-power matrix, government planning
also encompasses alternatives that include thermo-power plants
running on gas or coal, in addition to wind power, whose auctions
are moving ahead significantly, and biomass, mainly cane bagasse.
The expansion of thermo-power plants running on fossil fuels (gas
or coal) will add 12,000 MW of installed capacity, with 4,742 MW
already contracted through to 2013. The options offered at
forthcoming auctions will preferably focus on gas-fueled thermopower plants.
The main source for responding to rising demands imposed
on the electricity sector will be hydro-power, which should account
for 55.5% of the supplies, according to the official planning. The
EPE estimates that 35,245 MW will be installed during the next ten
years. Of this total, two thirds correspond to projects that have been
auctioned off and are already under construction, such as Jirau
and Santo Antonio. “More than 60% of this entire increase is already
Maurício Tolmasquin
Arquivo EPE
elétrica apresenta um horizonte
relativamente tranquilo em relação à sua
capacidade de geração e de transmissão
até 2014, período para o qual a situação
está totalmente equacionada, segundo as
projeções da EPE. Por conta das obras já
contratadas, o Brasil apresenta um
excedente de 5.800 MW (megawatts)
médios de energia, ou seja, até 2014 a
oferta de energia elétrica terá condições
de suprir sem problemas o aumento da
demanda ainda que o País registre uma
expansão de 7% a 7,5% do PIB durante
um período de até um ano e meio, estima
Maurício Tolmasquin. “No que depender
do fornecimento de energia, não haverá
gargalos para o crescimento”, assegura o
presidente da EPE.
Em seu Plano Decenal de Expansão
de Energia (PDE) 2010-2019, a EPE
indica que serão investidos no setor
elétrico cerca de R$ 214 bilhões nos
segmentos de geração e transmissão,
volume de recursos que será fundamental
para garantir um crescimento de 5,1%
ao ano do PIB ao longo dos próximos
10 anos. É projetado um crescimento da
demanda de energia elétrica de 5,1% ao
ano no período de 2010-2019, o que
contracted, meaning that by 2014 the situation will be firmly under
control,” says Tolmasquin. Work is already beginning on other power
plants, such as Belo Monte, with the projects whose feasibility will
be assured totaling 22,151 MW.
By 2019, some 13,000 MW will come on-stream, from the
total number of hydro-power plants whose feasibility will be assured.
Alternative energy sources, including thermo-power plants, biomass
and wind power will supplement hydro-power during this period,
totaling 14,655 MW - equivalent to an entire Itaipu project. In terms
of installed capacity, this volume will represent some 23% of
everything to be installed during the next few years (63,480 MW).
With this, the share held by renewable sources in the total installed
capacity will remain unchanged for the next ten years, despite a
slight dip in the role played by hydro-power.
Sustainability
In the view of Paulo Godoy, the President of the Brazilian
Heavy Industry and Infrastructure Association (ABDIB): “bringing
public and private funding together has proved crucial for ensuring
the necessary investments in electricity, as demands on this sector
65
Matéria de capa
como Jirau e Santo Antonio. “Mais de
60% do total desse acréscimo já está
contratado, ou seja, até 2014 a situação
já está equacionada”, diz Tolmasquin.
Outras usinas estão em vias de terem as
obras iniciadas, como Belo Monte. Os
projetos a serem viabilizados somam
22.151 MW.
Até 2019, entrarão em operação
cerca de 13 mil MW do total de
hidrelétricas a serem viabilizadas. As
fontes alternativas, incluindo as
termelétricas, biomassa e energia eólica,
complementarão a energia hidrelétrica
no período e totalizam 14.655 MW, o
equivalente a uma Itaipu. Esse volume
representará, em termos de capacidade
instalada, cerca de 23% de tudo que será
instalado nos próximos anos (63.480
MW). Com isso, a participação de fontes
renováveis na capacidade total instalada
se manterá nos próximos 10 anos, apesar
de uma ligeira redução da participação
da hidroeletricidade.
SUSTENTABILIDADE
Na avaliação de Paulo Godoy,
presidente da Associação Brasileira da
Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib),
a conjugação de recursos públicos e
privados tem sido fundamental para
garantir os investimentos necessários em
energia elétrica, uma vez que a demanda
do setor é sempre muito elevada. “Somente
recursos públicos ou privados de forma
isolada não serão suficientes para fazer
frente aos investimentos necessários. Os
desafios ao longo dos próximos dez anos,
sublinha Paulo Godoy, incluem a questão
da sustentabilidade dos projetos em termos
ambientais. Por isso, afirma o presidente
da Abdib, “se queremos ter investimentos
suficientes nesta área com sustentabilidade
ambiental, o processo de licenciamento
tem de funcionar, com previsibilidade de
prazos e de custos. Outro fator importante
é a estabilidade das regras regulatórias, de
forma que seja possível planejar a expansão
da oferta de energia e atrair investidores
interessados em retorno no longo prazo.
Um terceiro fator é organizar, internamente
no País, as fontes de financiamento para
os investimentos, com custos e condições
competitivas.”
Marcos Severine, analista de equity
do setor elétrico da Itaú Corretora,
observa que o Brasil tinha uma situação
are always very heavy. Public or private funding alone will not be
sufficient to underwrite the necessary investments. The challenges
over the next ten years include the issue of project sustainability in
environmental terms,” he says, explaining that: “This is why the
licensing process must work smoothly, with foreseeable periods
and costs, if we want to have enough investments in this area with
environmental sustainability. Another important factor is the stability
of the regulatory rules, meaning that it will be possible to plan
expansions of power supplies and attract investors seeking longterm paybacks. A third factor is the organization of sources of
financing for these investments in Brazil, at competitive costs and
conditions,” says the ABDIB President.
A power sector equity analyst with the Itaú Corretora
brokerage house, Marcos Severine notes that Brazil had a tightstrapped supply and demand situation through to 2008. “With the
international financial crisis, there was a sharp drop in electricity
consumption by the industrial sector, which resulted in surplus
power in 2009.” He stresses that the market is still working with
this expected additional energy. However, the more robust growth
forecast for the Brazilian economy at 7% p.a. will bring back
concerns over power capacity, affirms this analyst. “For each
66
Cover story
de oferta e demanda bastante apertada
até 2008. “Com a crise financeira
internacional, houve forte queda no
consumo de energia industrial e acabou
gerando excedente de energia em 2009”.
Ele ressalta que o mercado ainda trabalha
com essa expectativa de sobra de energia.
Entretanto, a estimativa de um
crescimento mais robusto na economia
brasileira, de 7% ao ano, traria
preocupações em relação à capacidade
de energia, afirma o analista. “Para cada
ponto percentual de crescimento na
economia, a demanda por energia
aumenta em 2 mil MW. A grande
interrogação é saber qual a taxa de
crescimento do PIB, porque o esforço
para atender à demanda é gigantesco.
Em linha com a projeção feita pela
EPE, o analista do Bradesco, Vladimir
Pinto, reforça a tese de que, mesmo que
o país cresça 7% ao ano, as usinas
termelétricas e os leilões devem
complementar a oferta para atender à
maior necessidade de energia elétrica. “As
estimativas da EPE e do Operados
Nacional do Sistema (NOS) indicam
que o Brasil tem folga para adquirir
capacidade energética. Além disso,
percentage point growth in the economy, energy demands
increase by 2,000 MW. The main question is to know the GDP
growth rate, because tremendous efforts are required to respond
to these demands.”
Aligned with the forecast drawn up by the EPE, Bradesco
analyst Vladimir Pinto supports the theory that, even with 7% annual
growth, Brazil’s thermo-power plants and auctions should
supplement supplies in order to meet more pressing needs for
electricity. “The estimates drawn up by the EPE and the National
Grid Operator (ONS) indicate that Brazil has plenty of headroom to
acquire energy capacity. Moreover, there are several projects
already under way, half of which must be completed by 2014 with
the remainder in 2020. Consequently, there are no concerns about
power shortages,” he notes.
Both Severine and Pinto agree that the main challenges in
this sector are linked to environmental issues. “It is necessary to
reconcile economic growth and power supplies with lighter impacts
on the environment. This is why it is faster to license a thermopower plant than a hydro-based complex. Although thermo-power
plants cause more air pollution, their hydro-based counterparts
have massive social and environmental impacts,” notes Pinto.
FONTES RENOVÁVEIS
E SUSTENTÁVEIS
O Grupo Energisa (ex-CataguazesLeopoldina) pretende investir R$ 1,2
bilhão nos próximos três anos, dos quais
R$ 670 milhões serão direcionados à
geração de energia e o restante para
distribuição. Segundo Maurício Botelho,
vice-presidente de Finanças e diretor de
Relações com Investidores do grupo, os
investimentos em fontes renováveis e
sustentáveis receberão maior volume. Ele
explica que são 120 MW em energia
eólica, adquiridos por meio de leilões,
além da construção de Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCH), com capacidade de
30 MW, e três usinas, com 76 MW.
Botelho afirma que o Brasil tem
capacidade de geração de energia
suficiente para atender à crescente
demanda. Mesmo assim, ele aponta
alguns pontos que necessitam de
melhoria. “Precisamos de licenças
ambientais mais ágeis e leilões de energia
mais frequentes”, sugere. O executivo
acrescenta ainda que isso contribuiria
para a construção de mais PCHs. “Esses
projetos têm vantagens, como baixo
An important area where Brazil is progressing steadily is its
regulatory framework. “This issue has been well resolved and is
firmly consolidated,” notes Severine. In the view of Vladimir Pinto,
this framework has been fine-tuned since 2004, offering greater
credibility and less arbitrariness. “Brazil’s power sector regulator
(ANEEL) had an administration that was quite technically minded,
which was positive. As a result, the investment risk lies in the business,
rather than in breaches of contract or broken rules,” notes Pinto.
Renewable and Sustainable Sources
The Energisa Group (formerly-Cataguazes-Leopoldina)
intends to invest R$ 1.2 billion over the next three years, of which
R$ 670 million will be earmarked for power generation, with the
remainder assigned to distribution. According to the Group CFO
and Investor Relations Officer Maurício Botelho, investments in
renewable and sustainable sources will absorb large amounts of
financing. He explains that 120 MW of wind power has been
acquired through auctions, in addition to the construction of small
hydro-power plants with a capacity of 30 MW, and three plants with
a capacity of 76 MW.
“Nós precisamos de licenças
ambientais mais ágeis e
leilões de energia com
mais frequência.”
Maurício Botelho
Foto: Jessica Vicente
existem vários projetos em andamento,
cuja metade deverá ser concluída até
2014 e a outra parte em 2020. Portanto,
não existe preocupação com falta de
energia”, constata.
Tanto Severine quanto Pinto
concordam em que os maiores desafios
do setor estão ligados às questões
ambientais. “É preciso conciliar o
crescimento econômico e o fornecimento
de energia, com menor impacto no meio
ambiente. Por isso, o licenciamento das
usinas térmicas é mais rápido do que de
uma hidrelétrica. Embora as térmicas
provoquem maior poluição do ar, as
hidrelétricas têm forte impacto social e
ambiental”, avalia Pinto.
Um avanço importante do país é o
marco regulatório. “É uma questão bem
resolvida e está consolidada”, afirma
Severine. Na opinião de Vladimir Pinto,
o marco se aperfeiçoou desde 2004,
trazendo mais credibilidade e menos
arbitrariedade. “A Aneel (Agência
Nacional de Energia Elétrica) teve uma
gestão bastante técnica, o que foi positivo.
Com isso, o risco do investidor é do
negócio, não de quebra de contrato ou
regras”, constata Pinto.
He affirms that Brazil is well able to generate sufficient
electricity in response to rising demands. Nevertheless, he
mentions some points for improvement. “We need faster
environmental licensing and more frequent energy auctions,” he
suggests. This executive also adds that this would contribute to
the construction of more small hydro-power plants. “These projects
offer advantages, including light environmental impacts with rapid
construction that takes only two years, together with social and
economic benefits, including the absorption of local workers.
Moreover, small hydro-power plants can distribute capital among
several investors of different sizes, while their hydro-based
counterparts demand huge amounts of funding and major
investors. This is a segment needing closer attention from the
government,” he feels.
In 2009, Energisa distributed 7,877 GWh of electricity. Its
main power distribution assets basically consisted of 136
distribution substations with a total capacity of 2,376 MV, with
3,964 kilometers of power lines, 123,051 kilometers of urban
and rural networks, and 146,934 transformers installed in its
distribution networks, with a capacity of 4,034 MVA. During the
first quarter of 2010, Energisa posted 8.6% growth in electricity
67
Matéria de capa
impacto ambiental, velocidade de sua
construção, de dois anos, e benefício
socioeconômico, com absorção de mãode-obra local. Além disso, na PCH é
possível distribuir o capital entre vários
investidores de diferentes portes, enquanto
as usinas hidrelétricas exigem volumes de
recursos, maiores e grandes investidores.
É um segmento que o governo deveria
dar maior atenção”, pondera.
A Energisa distribuiu 7.877 GWh
de energia elétrica em 2009. Suas
principais propriedades inerentes à
distribuição de energia elétrica consistiam
basicamente em 136 subestações de
distribuição, com capacidade total de
2.376 MVA, 3.964 quilômetros de
linhas de transmissão, 123.051
quilômetros de redes urbanas e linhas
rurais e 146.934 transformadores
instalados nas suas redes de distribuição,
com capacidade de 4.034 MVA. No
primeiro trimestre de 2010, a Energisa
registrou crescimento de 8,6% no
consumo de energia elétrica. Os
consumidores cativos na área de
concessão consumiram 1.764,9 GWh,
com destaque para o consumo das classes
residencial e comercial que apresentaram
ritmo de crescimento ainda mais
acentuado, com aumentos de 9,7% e
9,2%, respectivamente, na comparação
com o mesmo período do ano anterior.
No primeiro trimestre foram investidos
R$ 68,9 milhões, dos quais R$ 19,0
milhões foram destinados à geração de
energia (construção das PCHs Caju, São
Sebastião do Alto e Santo Antônio). Essas
usinas entram em operação no segundo
semestre de 2010.
COPEL: PLANEJAMENTO
COM FOLGA
A Companhia Paranaense de
Energia (Copel) elaborou um estudo
sobre o potencial energético do estado
paranaense, em 2008. O Balanço
Energético teve como base 2007 e
mostrou que o Paraná atende
diretamente a 3.655.255 unidades
consumidoras, em 393 municípios e
1.111 localidades (distritos, vilas e
povoados) paranaenses. Nesse universo,
incluem-se 2,8 milhões de residências,
67 mil indústrias, 300 mil
estabelecimentos comerciais e 358 mil
propriedades rurais. O parque gerador
consumption. The captive consumers in its concession area
absorbed 1,764.9 GWh, with consumption by the residential
and commercial classes being particularly noteworthy with even
faster growth rates, up by 9.7% and 9.2% p.a. respectively
compared to the same period the previous year. During the first
quarter, R$ 68.9 million were invested, of which R$ 19.0 million
were allocated to power generation (construction of the Caju,
São Sebastião do Alto and Santo Antônio small hydro-power
plants), which should come on-stream during the second half
of 2010.
COPEL: Planning with Headroom
The Parana State power utility (COPEL) drew up a study
of the energy potential in Parana State in 2008. With 2007 as its
baseline, this Energy Balance showed that Paraná State services
3,655,255 consumer units directly in 393 municipalities and
1,111 locations (districts, villages and hamlets) throughout this
State. This universe includes 2.8 million homes, 67,000
industries, 300,000 commercial establishments and 358,000
rural properties. Its generation facilities consist of 18 power plants
68
Cover story
próprio é composto por 18 usinas (17
delas, hidrelétricas), cuja potência
instalada totaliza 4.550 MW, que
responde pela produção de cerca de 7%
de toda eletricidade consumida no Brasil
– 15 dessas usinas são automatizadas e
comandadas à distância. O sistema de
transmissão totaliza 1.942 km de linhas
e 30 subestações (todas elas
automatizadas), somando 10,3 mil MVA
(megavolts-ampères) de potência de
transformação. O sistema de distribuição
da Copel tem 179.967 km de linhas e
redes até 230 kV – o suficiente para dar
quatro voltas em torno da Terra pela linha
do equador – e 350 subestações (100%
automatizadas).
Segundo Ronald Ravedutti,
presidente da Copel, para evitar
desligamentos indesejados, a companhia
planeja seu sistema para que se mantenha
íntegro e sem cortes de carga, mesmo
quando um dos elementos do sistema
esteja fora de operação (linha ou
transformador). “A companhia tem
investido fortemente em novas obras,
criando mais alternativas para o caso de
falhas e para o atendimento à expansão
do mercado”, afirma. Ravedutti ressalta
(17 of them hydro-based), whose installed capacity totals 4,550
MW, producing some 7% of all electricity consumed in Brazil,
with 15 of these power plants being automated and remote
controlled. Its transmission system totals 1,942 kilometers of
lines with thirty substations (all automated), making a total of
10,300 MVA (megavolts-amperes) in transformation capacity.
The COPEL distribution system encompasses 179,967
kilometers of power lines and networks up to 230 kV – sufficient
to circle the Earth four times around the Equator - together with
350 substations (100% automated).
According to the COPEL CEO Ronald Ravedutti, in order
to avoid undesirable power outages, the Company plans its
system to ensure that it remains up and running with no cuts,
even when one of its elements is not in operation (line or
transformer). “The Company has invested heavily in new projects,
introducing more alternatives to deal with power failures, in
addition to keeping pace with market expansion,” he affirms.
Ravedutti also stressed that COPEL is investing R$ 1,498 billion
during the 2008 - 2012 tariff cycle period, under its Distribution
Utility Development Plan (PDD). Allocated to work on substations
and power lines at 69 kV and 138 kV, these investments total
ainda que, somente no período do ciclo
tarifário de 2008 a 2012, dentro do Plano
de Desenvolvimento da Distribuidora
(PDD), a Copel está investindo R$
1,498 bilhão. Os investimentos,
referentes a obras de subestações e linhas
de transmissão de 69 kV e 138 kV,
somam R$ 563 milhões, sendo que os
outros R$ 935 milhões correspondem a
obras no sistema de distribuição em
tensões menores (138 kV).
A Copel planeja o seu sistema para
atender a atual projeção de crescimento
do mercado, considerando a taxa média
apontada pela EPE de 5,1% ao ano.
Porém, há folgas no sistema que
permitem absorver adequadamente um
crescimento maior no curto prazo.
“Havendo sinalização de crescimento em
ritmo superior ao esperado, novas obras
podem ser programadas para que
venham atender, em tempo, a essa nova
demanda”, informa Ravedutti.
INVESTIMENTO
CONSISTENTE
Se nos últimos anos já tivemos um
volume importante de investimentos em
geração e transmissão de energia elétrica
no País, diante da perspectiva de
continuidade do crescimento econômico
brasileiro o horizonte para esse tipo de
aplicação de recursos é cada vez mais
positivo porque será essencial continuar
investindo de forma consistente em
energia elétrica, ressalta Luiz Eugênio
Figueiredo, vice-presidente da ABVCAP
– Associação Brasileira de Private Equity
& Venture Capital. Ao longo dos
próximos cinco anos, pelo menos, o setor
elétrico deve continuar no topo do
ranking das alocações de investimentos
por meio de fundos de Venture Capital
(VC) e Private Equity (PE), estima
Figueiredo.
Atualmente, considerando o
número de empresas investidas, o setor
de energia elétrica já representa o segundo
lugar nos investimentos em VC e PE no
Brasil, perdendo apenas para a área de
Tecnologia de Informação. Segundo os
dados de dezembro de 2009, o setor de
energia respondia por aproximadamente
15% do total de empresas investidas.
“Levando em conta o fato de que o
investimento em energia é sempre muito
maior em termos financeiros, podemos
R$ 563 million, with a further R$ 935 million earmarked for work
on the distribution system at lower voltages (138 kV).
The COPEL system is planned to keep pace with the
current market growth forecast, based on the average rate
indicated by the EPE of 5.1% p.a. However, there is plenty of
room in the system that will allow it to deal comfortably with
higher growth over the short term. “Should there be indications
of growth at a rate faster than expected, new projects can be
slotted in that will meet these demands in good time,” notes
Ravedutti.
Steady investments
“As we have already seen significant investment volumes
allocated to power generation and transmission during the past
few years, spurred by the prospects of ongoing economic growth,
the horizon for this type of fund allocation is increasingly positive,
meaning that it will be essential to continue investing steadily in
the power sector,” stresses Luiz Eugênio Figueiredo, the VicePresident of the Brazilian Private Equity and Venture Capital
Association (ABVCAP). For at least the next five years, Brazil’s
“Havendo sinalização
de crescimento em ritmo
superior ao esperado,
novas obras podem ser
programadas.”
Ronald Ravedutti
power sector seems likely to top the ranking of investment
allocations by Venture Capital (VC) and Private Equity (PE)
funds, Figueiredo believes.
At the moment, considering the number of companies
absorbing investments, Brazil’s power sector already ranks
second for VC and PE investments in Brazil, behind only
Information Technology. According to data released for
December 2009, the power sector accounts for some 15% of
the total number of companies absorbing investments. “Bearing
in mind the fact that investments in electricity are always higher
in financial terms, we could well say that this sector probably
ranks first already by volume or funding allocated,” notes
Figueiredo. By December, US$ 34 billion had been assigned in
overall funding through PE/VC projects in Brazil, by either local
or offshore funds. Part of this has already been assigned to the
550 companies in the portfolios of these funds, while another
part – estimated by the market at between US$ 10 billion and
US$ 12 billion - is still available for investment during the next
two to three years. “These massive amounts of funding that
remain available for investments offer Brazil greater peace of
mind, even at times of market crises.”
69
Matéria de capa
dizer que o setor provavelmente já está
em primeiro lugar em volume de recursos
alocados”, observa Figueiredo. Ao todo,
em dezembro havia US$ 34 bilhões em
recursos comprometidos com projetos de
PE/VC no Brasil , seja por meio de
fundos locais ou offshore. Parte disso já
está alocada entre 550 empresas que estão
nos portfólios dos fundos, e outra parte,
estimada pelo mercado entre US$ 10
bilhões e US$ 12 bilhões, ainda está
disponível para ser investida ao longo dos
próximos dois a três anos. “Esse volume
expressivo que ainda está disponível para
investimentos dá maior tranqüilidade ao
Brasil mesmo em momentos de crise nos
mercados”.
A BATALHA DE BELO MONTE
Com o papel de protagonista na
história da geração de energia elétrica no
Brasil, a usina de Belo Monte, que deverá
ser a segunda maior hidrelétrica do País
e a terceira maior do mundo, começou a
sair do papel em 2010, a partir do leilão
que definiu o consórcio responsável pela
construção e venda de energia gerada pela
nova hidrelétrica. Respondendo por uma
capacidade instalada de geração estimada
em 11.233 mil MW, Belo Monte atraiu
e deverá continuar atraindo ao longo dos
próximos anos uma série de discussões
envolvendo questões de impacto sócioambiental na Amazônia, além de uma
batalha jurídica envolvendo os grupos
interessados em participar de sua
construção.
Nada mais previsível considerandose que o projeto tem tudo para atrair as
atenções para a região do rio Xingu: O
custo final da obra, que poderá chegar a
R$ 25 bilhões, inclui contratos de
fornecimento de equipamentos no valor
de R$ 6 bilhões, enquanto o valor
envolvido na contratação das
empreiteiras é estimado em no mínimo
R$ 16 bilhões. O consórcio vencedor do
leilão foi o Norte Energia, liderado pela
Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco (Chesf ), com 49,98% de
participação, além de outras oito
empresas do setor de construção e
engenharia.
“Belo Monte é importante porque
até 2010 a situação de fornecimento de
The Battle of Belo Monte
Playing a leading role in the history of power generation in
Brazil, the Belo Monte power plant – the world’s third largest hydropower complex, ranking second in Brazil – began to come off the
drawing board in 2010, through an auction that selected the
consortium in charge of its construction and sales of the electricity
generated by this new hydro-power complex. With installed power
generation capacity estimated at 11,233,000 MW, Belo Monte has
triggered – and will certainly continue to do so over the next few
years – a series of discussions involving issues related to its social
and environmental impacts in Amazonia, in addition to a legal battle
involving stakeholder groups wishing to participate in its construction.
Nothing could be more easily foreseen, bearing in mind
that this project has everything to draw attention to the Rio Xingu
river region: the final costs of this project (which may reach a
massive R$ 25 billion) include equipment supply contracts worth
R$ 6 billion, while the amount earmarked for hiring contractors is
estimated at R$ 16 billion or more. The Norte Energia consortium
submitted the winning bid in the auction, headed by the São
Francisco power utility (CHESF), which holds a 49.98% stake,
70
Cover story
energia no País está resolvida, mas é
preciso pensar em todas as condições
para obter energia barata para atender
às necessidades do País além disso” ,
afirma Maurício Tolmasquin,
presidente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE). Em relação às críticas
que sugerem ingerência excessiva do
governo na gestão de todo o processo,
Tolmasquin responde que houve um
leilão público normal e houve
competição. “É natural que haja atritos
nesses processos mas o importante é ver
quem oferece a menor tarifa. A
Eletrobrás não deve ser o principal ou
único ator mas também não poderia ser
excluída, até porque a região de Belo
Monte é difícil e envolve uma série de
questões complexas que precisam contar
com a presença do Estado, mas 50%
do projeto estão nas mãos do setor
privado”.
De acordo com as previsões da
EPE, o projeto está sendo conduzido em
um bom ritmo e Belo Monte poderá ter
seu cronograma adiantado em seis meses,
o que resultará na entrega antecipada para
meados de 2014.
together with eight other companies from the construction and
engineering sectors.
“Belo Monte is important because the power supply situation
in Brazil is resolved through to 2010, but it is necessary to explore
all the possibilities for obtaining cheap energy in order to respond
to the nation’s needs beyond this deadline,” affirms Maurício
Tolmasquin, President of the Energy Research Enterprise (EPE).
In response to criticisms suggesting excessive government
intervention in the management of the entire process, Tolmasquin
replies that this was a normal public auction, with competition. “It is
natural that there should be some friction during these processes,
but what is important is to find out who offers the lowest rate.
Eletrobras cannot be the main or the sole player, but it also may not
be excluded, particularly because the Belo Monte region is difficult,
encompassing a series of complex issues that require the presence
of the State; nevertheless, 50% of this project is held by the private
sector.
According to the forecast drawn up by the EPE, this project is
moving ahead at a rapid clip, and the Belo Monte schedule may
well be brought forward by six months, which could result in early
delivery by mid-2014.
Reconhecimento às empesas
que criaram valor em 2009
O Comitê do Prêmio Abrasca de Criação de Valor, formado por 14
entidades do mercado, concedeu à Cia. Hering o prêmio de melhor caso de
criação de valor de 2010. A companhia criou 127% de valor aos seus acionistas
ao longo dos últimos três anos. Os destaques setoriais foram conquistados
pelas empresas dos seguinte setores: Banco do Brasil (Banco & Crédito);
Gerdau S.A.(Siderurgia e Metalurgia); Totvs (Tecnologia da Informação);
CCR Rodovias (Transporte & Logística); Braskem (Petróleo & Gás, Química
& Petroquímica); Vale (Mineração); Randon (Máquinas e Equipamentos);
Energisa (Energia Elétrica); Rossi Residencial (Construção Civil & Mercado
Imobiliário); Drogasil (Atacado & Varejo); Copasa (Saneamento e Serviços
de Água e Gás); Vivo (Telecomunicações); Sul América (Serviços Financeirs)
e Odontoprev (Serviços Médicos Hospitalares, Análises e Diagnósticos).
The fourteen market entities represented on the ABRASCA Value
Creation Prize Committee awarded the Hering clothing company the 2010
Prize for the best Value Creation case study, showcasing the 127% value
created for its shareholders during the past three years. The Sector Highlight
prizes were won by the following companies: Banco do Brazil (Banks &
Credit); Gerdau S.A.(Steel & Metallurgy); Totvs (Information Technology);
CCR Rodovias (Transportation & Logistics); Braskem (Oil & Gas,
Chemicals & Petrochemicals); Vale (Mining); Randon (Machines &
Equipment); Energisa (Electricity); Rossi Residencial (Civil Construction
& Real Estate); Drogasil (Wholesale & Retail); Copasa (Sanitation, Water
& Gas Services); Vivo (Telecommunications); Sul América (Financial
Services) and Odontoprev (Medical & Hospital Services, Analyses &
Diagnoses).
Honoring companies creating value
in 2009
72
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
/ Comments on the methodology
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
GRC VISÃO, Gestão de Risco e Cenários
A
edição de 2010 do Prêmio Abrasca de Criação de
Valor teve o conceito de criação de valor ampliado,
passando a considerar o resultado obtido pelas
empresas nos últimos três anos. Para esta edição, foram
ponderados, portanto, os resultados de 2007, 2008 e 2009. A
mudança foi incorporada após um amplo debate da Comissão
Organizadora, realizado a partir do seminário “Criação de Valor
como Vantagem Competitiva”, que ocorreu em março deste
ano no auditório da BM&FBovespa (ver o hotsite do seminário
no portal www.ciasbrasil.com.br).
Pela nova forma de cálculo, a criação de valor considerada
para fins de premiação da edição 2010 passou a ser uma média
ponderada de 20% do valor criado em 2007, 30% do valor
criado em 2008 e 50% do valor criado em 2009.
Essa nova visão, mais ampla, permite observar quais
setores apresentaram uma criação consistente de valor aos
acionistas e quais apenas recuperaram a perda dos anos
anteriores. O principal exemplo foi o setor de Utilidades
Domésticas, que em 2009 foi o primeiro em geração de valor
(204,7%) e o último, quando considerado o desempenho dos
anos anteriores, -21%.
PRÊMIO ABRASCA DE CRIAÇÃO DE VALOR
COORDENADOR / Coordinator
Eduardo Lucano da Ponte
APOIO INSTITUCIONAL E COMITÊ
DE PREMIAÇÃO / Awards Committee
ABRAPP – Ivan Corrêa Filho
ABRASCA – Antonio D. C. Castro
AMEC – Walter Mendes
ANBID
ANBIMA
ANCOR – Paulino Botelho de A. Sampaio
ANDIMA
ANEFAC – José Ronoel Piccin
APIMEC – Lucy Souza
BM&FBOVESPA – Cristiana Pereira
IBEF
IBGC – Alberto Whitaker
IBRACON – Marco Aurélio Fuchida
IBRI – Salim Augusto Amed Ali
INI – Théo Rodrigues
FIPECAFI – Iran Siqueira Lima
The value creation concept underpinning theValue Creation
Prize awarded by the Brazilian Association of Publicly-Held
Companies (ABRASCA) was extended in 2010, encompassing
the earnings posted by companies during the past three years.
Consequently, this year’s prize is based on the earnings posted for
2007, 2008 and 2009. This alteration was adopted after broadranging discussions by the Organizing Committee, conducted
on the basis of the Seminar on Value Creation as a Competitive
Advantage, held in March this year in the BM&FBovespa
auditorium (see the Seminar hotsite at: www.ciasbrasil.com.br).
Through this new type of calculation, the value creation
considered for ranking purposes in the 2010 award was altered to
a weighted average of 20% of the value created in 2007, 30% of
the value created in 2008 and 50% of the value created in 2009.
This new and broader-ranging approach highlights sectors
presenting consistent value creation for their shareholders,
distinguishing them those which are merely catching up on losses
posted in earlier years. The best example is the Household Utility
Sector, which ranked first by value generation in 2009 (204.7%)
and last when considering its performance during the previous
year (-21%).
ABRASCA VALUE CREATION PRIZE
COMISSÃO ORGANIZADORA / Organizing Committee
Alexandre Fischer
Antonio Castro
Eduardo Lucano da Ponte
Iran Siqueira Lima
Lucy Souza
Luiz Spinola
Desenvolvimento da metodologia para o
mercado brasileiro / Development of the methodology
for the Brazilian market
GRC VISÃO, Gestão de Risco e Cenários
Pesquisa e validação de dados / Executive Secretary
Romina Lacerda
Empresa responsável pela revisão e acompanhamento
do prêmio / Auditors overseeing the awards
73
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
/ Comments on the methodology
O gráfico acima mostra a criação de valor, agregada por
setores econômicos, segundo duas comparações: no ano de
2009, expresso pelas barras cinza claro, e a média ponderada
dos anos de 2007, 2008 e 2009, pelas barras pretas.
Assim, companhias que não estavam listadas na
BM&FBovespa desde o primeiro pregão de 2007 não
concorreram nessa edição do prêmio. Os demais critérios de
premiação não foram alterados:
The above graph presents value creation by economic
sector, according to two comparisons: for 2009, shown
by the pale grey bars and the weighted average for 2007,
2008 and 2009, shown by the black bars.
Thus, companies not listed on the BM&FBovespa
since the first trading session in 2007 did not compete
for this year’s prize. The other award criteria were not
altered:
I) Critério de liquidez: foram excluídas da disputa as
companhias que não tiverem registrado, ao longo do ano de
2009, free-float mínimo de 10% e participação em, no mínimo,
60% dos pregões na BM&FBovespa. Segundo esse critério,
foram classificadas 151 companhias.
I) Liquidity Criterion: companies were excluded from
the contest that did not post a free float of at least 10%
during 2009 and participate in at least 60% of the trading
sessions on the BM&FBovespa. According to this
criterion, 151 companies were classified.
II) Critério de cálculo do valor criado: as companhias foram
classificadas pelo resultado de sua criação de valor, conforme a
nova metodologia, no últimos três anos. Foram indicadas as
15 primeiras em criação de valor (as 10% melhores) e as três
primeiras de cada setor, conforme classificação da
BM&FBovespa, corroborada pelas companhias.
II) Value Created Calculation Criterion: the companies
were classified by their value creation during the past three
years, as established in the new methodology, short-listing
the top fifteen for value creation (the best 10%) and the
three top companies in each sector, as established in the
BM&FBovespa ranking, corroborated by the companies.
III) Critério qualitativo: foi aplicado questionário qualitativo
a cerca de 100 analistas de mercado, que constam nos sites das
companhias ou foram indicados por correio eletrônico pelas
áreas de Relações com Investidores das candidatas.
III) Qualitative Criterion: a qualitative questionnaire was
completed by around 100 market analysts who are listed on
company websites or were appointed through email by the
Investor Relations areas of the candidates companies.
IV) Critério do voto das entidades de mercado: tanto os
resultados dos questionários como o cálculo do valor criado
IV) Market Entities Vote Criterion: the findings of the
questionnaires and the value created calculations were
74
foram apresentados ao Comitê de Premiação, formado por
representantes de 14 entidades de mercado. Em voto aberto,
cada um defendeu o voto dado à empresa que, em sua avaliação,
era o melhor caso de criação de valor de 2009.
presented to the Awards Committee, consisting of the
representatives of fourteen market entities. In an open ballot,
each of them supported the vote cast for the company that
was felt to be the best value creation case study for 2009.
O grupo que atende cumulativamente aos critérios de
liquidez para a seleção foi composto, este ano, por 151
companhias, que disputaram, além do “Prêmio Abrasca de
Criação de Valor”, o “Destaque Setorial” em seus respectivos
setores de atuação.
Esta terceira edição do Prêmio contou com a participação
de uma nova instituição no Comitê de Premiação: a Fundação
Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeira
(Fipecafi), representada na reunião por seu presidente, Iran
Siqueira Lima.
Abaixo, comparativo da criação de valor para as empresas
que classificadas pelo critério de liquidez:
The group that cumulatively met the liquidity criteria
for selection this year consisted of 151 companies competing
for the ABRASCA Value Creation Prize and the Sector
Highlight Prize in their respective operating sectors.
The 2009 III Value Creation Prize was supported by the
participation of a new institution on the Awards Committee:
the Accounting, Actuarial and Financial Research Institute
Foundation (FIPECAFI), represented at the meeting by its
President, Iran Siqueira Lima.
A value creation comparison is presented below for the
companies ranked by the Liquidity Criterion:
Criação de valor em 2009 (218 companhias): 68,36%
Grupo de empresas listadas desde 31/12/2006 (155): 61,61%
Criação de Valor em Três Anos:
Empresas selecionadas para o Prêmio (115): 15,88%
Empresas selecionadas que compõem o Ibovespa (365): 16,13%
Vencedoras do Prêmio Destaque Setorial (15): 26,78%
Vencedora do Prêmio Abrasca de Criação de Valor: 127,88%
Value creation in 2009 (218 companies): 68.36%
Companies listed since December 31, 2006 (155): 61.61%
Value creation in Three Years:
Group of companies selected for the Prize (115): 15.88%
Selected companies included on the IBOVESPA (365): 16.13%
Sector Highlight Prize Winners (15): 26.78%
Winner of the 2009 ABRASCA Value Creation Prize: 127.88%
OVERSIGHT AND REVIEW
ACOMPANHAMENTO E REVISÃO
Esse ano a organização do Prêmio Abrasca reeditou a
parceria com a empresa de auditoria KPMG. Buscando um
grau ainda maior de transparência na apuração dos
procedimentos adotados, nessa edição do Prêmio a auditoria
participou das duas reuniões do Comitê de Premiação,
responsável pela votação final.
This year, the organization of the ABRASCA Prize
repeated its partnership with the KPMG auditing company.
Seeking even more transparency in the reviews of the procedures
adopted, the auditors attended two Awards Committee
Meetings for the Prize this year, which undertook the final
balloting.
Vencedoras / Winners
Empresas / Companies
CIA HERING
BRASIL
BRASKEM
CCR RODOVIAS
COPASA
DROGASIL
ENERGISA
GERDAU
ODONTOPREV
RANDON PART
ROSSI RESID
SUL AMERICA
TOTVS
VALE
VIVO
Criação de valor % (2009) / Value creation % (2009)
Criação de valor % (3 anos) / Value creation % (3 years)
269,42%
96,19%
149,54%
69,68%
75,68%
178,12%
70,97%
85,31%
371,39%
141,89%
338,05%
223,01%
212,44%
74,81%
85,84%
127,88%
26,54%
39,90%
27,78%
17,51%
83,31%
33,59%
21,39%
160,35%
36,47%
64,76%
41,20%
93,18%
22,16%
20,19%
75
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
COMPANHIAS SELECIONADAS, PELO CRITÉRIO
DE LIQUIDEZ, PARA CONCORRER AO PRÊMIO.
Relação dos proventos pagos aos acionistas e aportes de capital ao
longo de 2009. Dados utilizados para o cálculo da criação de valor.
Empresa
Company
ABNOTE
ABYARA
ACO ALTONA
ACOS VILL
AES TIETE
ALFA FINANC
ALFA INVEST
ALL AMER LAT
ALPARGATAS
AMBEV
BANESE
BANRISUL
BARDELLA
BATTISTELLA
BOMBRIL
BRADESCO
BRADESPAR
BRASIL
BRASIL TELEC
BRASKEM
CCR RODOVIAS
CELESC
CEMIG
CESP
CIA HERING
COBRASMA
COELCE
COMGAS
CONFAB
CONTAX
COPASA
COPEL
COTEMINAS
CPFL ENERGIA
CSU CARDSYST
CYRELA REALT
DASA
DIMED
DIXIE TOGA
DOC IMBITUBA
DROGASIL
DURATEX
ECODIESEL
ELETROBRAS
EMAE
EMBRAER
EMBRATEL PAR
ENERGIAS BR
ENERGISA
EQUATORIAL
ETERNIT
FERBASA
FORJA TAURUS
FOSFERTIL
FRAS-LE
GAFISA
GERDAU
GERDAU MET
GLOBEX
GOL
GPC PART
GRAZZIOTIN
GRENDENE
GUARARAPES
HERCULES
HOTEIS OTHON
IDEIASNET
IENERGIA
INDS ROMI
INEPAR
INEPAR TEL
IOCHP-MAXION
76
(A) Lucro líquido (R$ mil)
(A) Net profit (R$ 1.000)
73.393
4.909
1.966
199.169
780.235
67.850
76.783
31.653
134.755
5.959.937
39.114
541.096
16.634
-39.864
391.565
8.012.282
952.732
10.147.522
-1.142.689
917.228
634.564
127.283
1.861.403
762.713
114.554
-304.319
334.448
367.867
205.543
139.916
525.306
1.026.433
3.167
1.286.470
17.873
729.349
83.814
29.697
51.838
-4.569
74.590
97.935
-88.493
170.526
-7.526
894.590
1.292.709
625.137
249.712
207.283
73.187
35.636
50.785
-140.813
43.896
213.540
1.004.508
796.640
-315.564
858.466
-15.808
28.444
276.161
214.151
-4.059
5.047
-46.273
-199.217
12.101
52.130
-739
55.133
GROUP OF COMPANIES CONSIDERED TO
ABRASCA VALUE CREATION AWARD, ACCORDING
TO LIQUIDITY CRITERION. Dividends and capital
contributions in 2009. Data used to calculate the value creation.
(B) Valor de mercado (R$ mil)
(B) Market capitalization (R$ 1.000)
973.350
480.472
75.825
3.213.800
7.072.178
425.092
703.928
13.244.746
2.085.969
98.306.350
210.829
5.658.196
253.293
104.275
476.309
103.388.948
13.653.849
76.275.139
12.289.428
7.334.668
17.607.318
1.476.527
17.651.599
7.390.020
1.585.771
12.530
2.474.900
3.735.896
2.065.113
1.537.446
3.833.709
10.053.702
619.424
16.945.655
410.916
10.348.640
3.271.393
274.324
502.902
66.590
1.660.993
7.421.683
790.521
40.100.343
517.259
7.041.823
15.782.936
5.327.915
2.343.644
1.868.117
773.280
1.035.110
717.399
7.478.804
357.907
3.670.142
38.244.246
13.733.754
1.915.474
6.918.490
104.425
283.820
2.985.000
3.834.792
7.611
137.793
547.005
132.473
876.906
364.670
30.970
1.207.136
/ Comments on the methodology
(C) Proventos*
(C) Total earnings*
27.562
0
0
330.590
780
20.558
24.282
41.866
29.500
2.544.935
15.919
87.522
0
0
0
2.601.415
392.810
3.176.324
0
0
608.684
73.657
943.116
461.660
33.053
0
263.130
268.379
73.608
50.765
172.387
429.834
4.315
1.177.775
0
65.957
23.529
3.416
14.173
0
20.472
36.065
0
741.509
0
177.712
308.191
149.017
123.363
50.804
55.414
33.897
15.174
0
14.681
26.058
419.065
213.372
3.951
0
0
8.058
120.000
29.016
0
0
0
0
9.718
0
0
79.215
C/B
C/A
2,83%
0,00%
0,00%
10,29%
0,01%
4,84%
3,45%
0,32%
1,41%
2,59%
7,55%
1,55%
0,00%
0,00%
0,00%
2,52%
2,88%
4,16%
0,00%
0,00%
3,46%
4,99%
5,34%
6,25%
2,08%
0,00%
10,63%
7,18%
3,56%
3,30%
4,50%
4,28%
0,70%
6,95%
0,00%
0,64%
0,72%
1,25%
2,82%
0,00%
1,23%
0,49%
0,00%
1,85%
0,00%
2,52%
1,95%
2,80%
5,26%
2,72%
7,17%
3,27%
2,12%
0,00%
4,10%
0,71%
1,10%
1,55%
0,21%
0,00%
0,00%
2,84%
4,02%
0,76%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
1,11%
0,00%
0,00%
6,56%
37,55%
0,00%
0,00%
165,98%
0,10%
30,30%
31,62%
132,26%
21,89%
42,70%
40,70%
16,17%
0,00%
0,00%
0,00%
32,47%
41,23%
31,30%
0,00%
0,00%
95,92%
57,87%
50,67%
60,53%
28,85%
0,00%
78,68%
72,96%
35,81%
36,28%
32,82%
41,88%
136,24%
91,55%
0,00%
9,04%
28,07%
11,50%
27,34%
0,00%
27,45%
36,83%
0,00%
434,84%
0,00%
19,87%
23,84%
23,84%
49,40%
24,51%
75,72%
95,12%
29,88%
0,00%
33,45%
12,20%
41,72%
26,78%
-1,25%
0,00%
0,00%
28,33%
43,45%
13,55%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
80,31%
0,00%
0,00%
143,68%
Empresa
Company
ITAUSA
JOAO FORTES
KARSTEN
KEPLER WEBER
KLABIN S/A
KLABINSEGALL
LIGHT S/A
LIX DA CUNHA
LOCALIZA
LOJAS AMERIC
LOJAS RENNER
LOPES BRASIL
LUPATECH
M G POLIEST
M.DIASBRANCO
MAGNESITA SA
MANGELS INDL
MARCOPOLO
MARISOL
MEDIAL SAUDE
MERC BRASIL
MERC INVEST
METAL LEVE
MILLENNIUM
MINUPAR
MMX MINER
MUNDIAL
NATURA
NET
ODONTOPREV
OHL BRASIL
P.ACUCAR-CBD
PARANAPANEMA
PETROBRAS
PLASCAR PART
PORTO SEGURO
PORTOBELLO
POSITIVO INF
PROFARMA
PRONOR
RANDON PART
RASIP AGRO
RECRUSUL
RENAR
ROSSI RESID
SABESP
SANEPAR
SANTANENSE
SANTOS BRP
SAO CARLOS
SARAIVA LIVR
SCHULZ
SID NACIONAL
SOUZA CRUZ
SUL AMERICA
SULTEPA
SUZANO PAPEL
TAM S/A
TECNOSOLO
TECTOY
TEKA
TELEBRAS
TELEMAR
TELEMAR N L
TELESP
TEX RENAUX
TIM PART S/A
TOTVS
TRACTEBEL
TRAN PAULIST
ULTRAPAR
UNIPAR
UOL
USIMINAS
VALE
VIVO
WEG
WETZEL S/A
TOTAL
(A) Lucro líquido (R$ mil)
(A) Net profit (R$ 1.000)
(B) Valor de mercado (R$ mil)
(B) Market capitalization (R$ 1.000)
(C) Proventos*
(C) Total earnings*
C/B
C/A
3.930.204
65.844
8.566
-3.010
332.907
37.551
604.831
1.341
102.030
152.028
189.589
49.997
31.385
-2.332
346.364
-29.685
16.745
136.543
35.762
-108.778
40.389
4.260
53.650
704
-76.680
-214.147
-16.627
683.924
735.948
58.976
176.278
591.580
194.029
28.981.708
10.084
328.416
16.570
118.717
53.152
70.031
138.950
2.769
-7.504
-15.630
218.099
1.373.879
137.871
18.760
41.421
133.385
53.007
35.195
2.598.665
1.484.905
419.093
14.706
877.932
1.342.539
2.269
-18.416
-55.791
-20.590
-435.962
-594.827
2.172.973
-14.436
214.893
120.296
1.134.398
828.019
466.748
-680.554
136.982
1.343.580
10.248.950
857.486
548.392
-7.092
51.411.200
800.000
60.110
443.686
4.904.581
721.244
5.298.207
47.854
3.896.999
10.947.814
4.789.160
1.206.532
1.294.186
1.123.494
4.764.900
3.727.441
251.570
1.513.519
324.219
1.213.485
365.899
210.060
761.339
407.442
143.934
3.768.274
59.270
15.617.470
7.773.288
2.833.129
2.342.222
15.329.774
2.122.437
347.084.678
404.426
6.615.087
228.973
1.960.574
546.647
151.687
2.418.566
83.333
43.384
81.600
4.012.535
7.833.023
1.089.036
137.116
2.295.218
925.225
959.833
330.572
42.290.058
17.656.660
4.846.459
66.737
6.440.501
5.564.623
66.560
67.351
14.960
858.220
15.161.190
15.859.646
21.099.556
19.915
13.647.896
3.675.983
14.053.539
7.938.675
10.902.650
1.298.455
1.129.244
25.211.523
250.189.922
21.765.000
11.364.332
89.146
1.406.671
0
1.248
0
125.420
0
594.368
3.650
31.514
31.647
53.308
0
0
0
31.669
0
509
71.798
10.192
0
15.813
1.437
32.880
0
0
0
0
551.860
0
82.428
25.042
140.500
0
8.367.837
0
93.026
0
50.000
4.174
0
66.413
4.686
0
0
28.182
455.673
39.012
7.430
0
49.575
20.724
1.765
2.130.062
1.436.098
103.910
2.669
233.263
23.532
38
0
0
0
2.266.772
1.461.315
1.471.938
0
171.482
39.011
542.006
643.513
237.923
55.477
914
1.006.731
5.299.850
374.975
357.932
0
2,74%
0,00%
2,08%
0,00%
2,56%
0,00%
11,22%
7,63%
0,81%
0,29%
1,11%
0,00%
0,00%
0,00%
0,66%
0,00%
0,20%
4,74%
3,14%
0,00%
4,32%
0,68%
4,32%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
3,53%
0,00%
2,91%
1,07%
0,92%
0,00%
2,41%
0,00%
1,41%
0,00%
2,55%
0,76%
0,00%
2,75%
5,62%
0,00%
0,00%
0,70%
5,82%
3,58%
5,42%
0,00%
5,36%
2,16%
0,53%
5,04%
8,13%
2,14%
4,00%
3,62%
0,42%
0,06%
0,00%
0,00%
0,00%
14,95%
9,21%
6,98%
0,00%
1,26%
1,06%
3,86%
8,11%
2,18%
4,27%
0,08%
3,99%
2,12%
1,72%
3,15%
0,00%
35,79%
0,00%
14,57%
0,00%
37,67%
0,00%
98,27%
272,19%
30,89%
20,82%
28,12%
0,00%
0,00%
0,00%
9,14%
0,00%
3,04%
52,58%
28,50%
0,00%
39,15%
33,73%
61,29%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
80,69%
0,00%
139,76%
14,21%
23,75%
0,00%
28,87%
0,00%
28,33%
0,00%
42,12%
7,85%
0,00%
47,80%
169,22%
0,00%
0,00%
12,92%
33,17%
28,30%
39,60%
0,00%
37,17%
39,10%
5,01%
81,97%
96,71%
24,79%
18,15%
26,57%
1,75%
1,69%
0,00%
0,00%
0,00%
-519,95%
-245,67%
67,74%
0,00%
79,80%
32,43%
47,78%
77,72%
50,97%
-8,15%
0,67%
74,93%
51,71%
43,73%
65,27%
0,00%
104.497.639
1.635.258.515
46.856.117
2,87%
44,84%
* Proventos = Dividendos (mais) juros sobre capital próprio
* Total Earnings = Dividends (plus) interest on equity
77
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
VENCEDORA
/ Winner
CIA. HERING
Empresa conquista Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Hering Clothing Company: Winner of the ABRASCA Value Creation Prize
G
raças a um novo modelo de negócios, que
melhorou acentuadamente os resultados da
empresa, a Cia.Hering conseguiu agregar
269% de valor para os acionistas em 2009 e 127%
na média dos últimos três anos. O valor de
mercado da companhia saltou de R$ 428,28
milhões em 2008 para R$ 1,58 bilhão no
final do ano passado.
Esses foram alguns dos fatores que
levaram o Comitê de Premiação, formado
por 14 entidades do mercado, a conceder à
Cia.Hering o Prêmio Abrasca de Criação de
Valor 2010. Ela concorreu com as seguintes
empresas: OdontoPrev, Totvs, Duratex,
Drogasil, Rossi Residencial, Contax,
SulAmérica, Magnesita, Siderúrgica
Nacional, Randon Participações,
Lojas Renner, Ultrapar e Eternit.
Avaliação – Os analistas
indicados pela Apimec (Associação
dos Analistas e Profissionais de
Investimento do Mercado de
Capitais) que avaliaram a Cia.Hering
atribuíram conceito excelente a todos os
quesitos qualitativos da análise:
transparência, relações com os investidores,
controle de riscos, governança corporativa e
atuação em projetos sociais e ambientais.
E mais, eles acham que a empresa tem alta
probabilidade de sustentar os resultados obtidos em
2009 no curto, médio e longo prazos. Consideraram, no
entanto, “mediana” a política de dividendos da empresa. Para
os analistas, a “força da marca Hering demonstrou ser um dos
grandes diferenciais para geração de valor aos acionistas,
Thanks to a new business model which
pumped up its earnings significantly, the value
added for the shareholders of the Hering clothing
company reached 269% in 2009, averaging out
at 127% over the past three years. Its market value
almost quadrupled from R$ 428.28 million
in 2008 to R$ 1.58 billion at the end of last
year.
These were just some of the factors that
prompted the fourteen market entities on the
Awards Committee to grant the Hering
clothing company the 2010 ABRASCA Value
Added Prize. It competed with the following
companies: OdontoPrev, Totvs, Duratex,
Drogasil, Rossi Residencial, Contax,
SulAmérica, Magnesita, Siderúrgica
Nacional, Randon Participações, Renner
Department Stores, Ultrapar and
Eternit.
Evaluation – The analysts
appointed by the Association of
Capitals Market Investment
Analysts and Professionals
(APIMEC) who assessed the Hering
clothing company assigned it an
Excellent rating for all the qualitative items in
the analysis: Transparency, Investor Relations, Risk
Control, Corporate Governance and activities related
to Outreach and Environmental Projects.
Furthermore, they feel that the company is very likely to
continue its 2009 earnings over the short, medium and long
terms, although rating its dividends policy as only Fair. For
these analysts: “The power of the Hering brand clearly
demonstrates that this is major comparative advantage in
Cia. Hering
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
78
428.185.787
1.585.771.137
10.578.454
22.474.694
1.053.804
269,42%
127,88%
conforme comprovam os resultados alcançados pela companhia
em 2009”.
No ano passado, a Cia.Hering obteve lucro líquido de
R$ 114, 554 milhões, o triplo do obtido em 2008 (R$ 37,722).
O resultado operacional, medido pelo Ebitda, ficou em R$
154 milhões. A empresa investiu ao longo do exercício R$
31,2 milhões, a maior parte aplicada na ampliação da produção.
As ações ordinárias da Cia. Hering integram o Novo Mercado
da BM&FBovespa, segmento que exige das empresas as
melhores práticas de governança corporativa.
generating value for its shareholders, as shown in the earnings
posted by the company in 2009.”
Last year, the Hering clothing company posted net
profits of R$ 114,554 million, triple its 2008 figures (R$
37,722). Measured by the EBITDA, its operating earnings
topped R$ 154 million, with investments of R$ 31.2 million
during the financial year, allocated mainly to expanding its
production activities. The common shares issued by the
Hering clothing company are listed on the Novo Mercado
segment of the BM&FBovespa, which is the tier requiring
the best corporate governance practices.
OPINIÃO DOS ANALISTAS
OPINION OF THE ANALYSTS
Renato Prado, analista do Banco Fator – Um diferencial
positivo da Hering é o forte crescimento das vendas, registrado
nos últimos dois anos, que sustentou os resultados em 2009.
Outro importante indicador é a margem Ebtida, que saiu de
14% no final de 2007 para 22% em 2009. Nesse período, a
empresa promoveu uma reestruturação, com emissão de ações.
Houve abertura de lojas próprias – subiu de nove para 50 – e
mudou o perfil de atuação, deixando de ser uma empresa de
confecção e passando a atuar mais intensamente no varejo.
Necessariamente, o ganho de margem não ocorre com a
expansão das vendas, mas a Hering alcançou esse resultado, e
ainda conseguiu reduzir as despesas operacionais, vendendo
um maior mix de produtos com custo menor. A empresa presta
também um atendimento aos analistas acima da média,
disponibilizando informações de maneira rápida e em
quantidade satisfatória. Isso contribui para se fazer uma análise
mais precisa, com subsídios para argumentar e reforçar sua
indicação.
Renato Prado, Analyst, Banco Fator – One of the comparative
advantages of Hering is the upsurge in its sales during the past
two years, which buttressed its 2009 earnings. Another
important indicator is its EBTIDA margin, which rose from
14% in late 2007 to 22% in 2009. During this period, it
undertook a restructuring process, in addition to issuing shares.
It opened stores under its own name (up from nine to fifty),
and tailored its operating profile, moving away from garment
manufacturing towards more intensive retail activities.
This market expansion did not necessarily occur through
rising sales, but Hering posted these earnings and still
managed to cut its operating expenditures, selling a broader
product mix at lower cost. The company also services the
analysts more effectively than its competitors, providing
information quickly and in satisfactory quantities. This
resulted in more accurate analyses, with input for presenting
and underpinning its nomination.
Guilherme Assis, analista de Small Caps da Raymond James
– A companhia tem uma performance forte. Um dos destaques
é o resultado das vendas, com base nas lojas existentes. O
mercado cresceu 5% em média, a Hering cresceu 20%. A
empresa manteve a abertura de lojas dentro do cronograma
estabelecido no seu IPO, realizado em 2007: inaugurou 230
lojas em 2008, 277 em 2009 (previa 267) e planeja abrir outras
325 em 2010. A companhia consegue promover uma expansão
agressiva, com grande margem Ebtida. No primeiro semestre
de 2010, essa margem está em 24,3%, bem acima dos 15%
registrados no mesmo período de 2009.
A Hering conseguiu ainda melhorar sua margem bruta,
que foi favorecida pelo câmbio e pelo trabalho com os
fornecedores para compra de matéria-prima para produção
própria e obteve produtos importados acabados mais baratos.
Comparando a companhia com outras empresas do setor, a
Hering apresenta um modelo diferenciado, porque opera no
sistema de franquia, em locais estratégicos. Isso é um bom
diferencial: ao contar com parceiros investidores para abertura
de lojas reduz a sua necessidade de investimento.
Guilherme Assis, Small Caps Analyst, Raymond James –
The Company performed strongly, with outstanding sales
grounded on the existing stores. With a market expanding
by 5% on average, Hering grew by 20%. It continues to
open its own stores in compliance with schedule established
in its 2007 IPO: 230 stores were inaugurated in 2008, 277
in 2009 (compared to a forecast of 267), with plans to open
a further 325 in 2010. The Company achieved aggressive
expansion with an ample EBTIDA margin. During the first
half of 2010, this margin has reached 24.3%, well above the
15% posted for the same period in 2009.
Additionally, Hering has managed to improve its gross
margin even more, with a favorable foreign exchange rate and
efforts with suppliers, procuring raw materials for in-house
production activities and shipping in imported finished goods
at lower costs. Comparing the Company with others in this
sector, Hering presents a noteworthy business model that is based
on a franchising system with strategic locations.This is an excellent
comparative advantage: by working with investor partners when
opening stores, it decreases its investment requirements.
79
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
VENCEDORA
As vendas da Hering também são expressivas nas lojas de
multimarca, representam 50%. O modelo de abertura de lojas
mais agressivo e o volume de vendas expressivo proporcionam
crescimento acelerado, superior ao da Renner e da Marisa. Para
o acionista, o principal ponto que agrega valor é o alto retorno
sobre o capital investido. É uma empresa que cresce forte, com
baixo investimento, o que traduz em um ROE acima do setor,
de 30%. Esse modelo de negócio é a melhor forma de gerar
valor para o acionista. Em relação ao atendimento aos analistas,
é bastante positivo. A Hering é pró-ativa, seus executivos são
bem acessíveis e faz bom gerenciamento das expectativas.
/ Winner
Hering sales are also significant in multi-brand stores,
reaching 50%. This more aggressive approach to opening
stores and significant sales volumes are triggering rapid
growth, outstripping Renner and Marisa. For its shareholders,
the main value added aspect is the high return on invested
capital. This is a company that is growing rapidly with low
investments, reflected in an ROE that is higher than the
sector at 30%. This business model is the best way of
generating value for shareholders. In terms of servicing the
analysts, its rating is positive. Adopting a pro-active stance,
the Hering executives are easy to contact, with good
management of expectations.
Juliana Rozenbaum, analista sênior do Setor de Consumo
da Itaú Securities – Em 2009, a Hering registrou um forte
crescimento nas vendas, mantendo esse ritmo até o primeiro
trimestre de 2010. A partir do segundo semestre de 2009, a
empresa também apresentou expansão na suas margens. A
Hering adota um modelo de negócio que favorece a criação de
valor para o acionista. Sua flexibilidade entre comprar e produzir
e ter loja própria e um canal de franqueado permite que cresça,
usando pouco seu fluxo de caixa e proporcionando retorno
expressivo sobre o capital investido.
Um importante diferencial é o atendimento dado a
investidores e analistas. É uma empresa que se diferencia pela
disponibilidade que tem, dando respostas rápidas e explícitas.
A acessibilidade da presidência e do diretor de Relações com
Investidores deixa os analistas em posição muito confortável.
Juliana Rozenbaum, Consumer Sector Senior Analyst, Itaú
Securities – In 2009, Hering posted an upsurge in sales,
maintaining this pace through the first quarter of 2010. From
the second half of 2009 onwards, it also posted an expansion in
its margins. Hering has adopted a business model that favors
shareholder value creation. Close but flexible links between its
procurement and production activities underpin growth through
its own stores and a franchise channel, making little use of its
cash flow and ensuring significant returns on invested capital.
A major comparative advantage is its servicing of
investors and analysts. This is a company that stands out for
its availability, providing fast, clear answers. The accessibility
of its CEO and Investor Relations Officer leaves analysts in
a very comfortable position.
Renata Coutinho, analista do Setor de Varejo no Brasil do
Deutsche Bank – Um plano bem executado a partir de 2007
permitiu que a Hering alcançasse resultados positivos por
semestres seguidos, mantendo a performance em 2010. A
empresa reposicionou a marca Hering no mercado –
considerando preço mais atraente e a inserção de produtos
com valor agregado –, mudou o layout das lojas para torná-las
mais interativas, melhorou os padrões de governança
corporativa, praticamente zerou o endividamento e aumentou
a geração de caixa. Essas medidas aumentaram a rentabilidade
da empresa e geraram valor ao acionista.
Também contribuiu para os resultados positivos a abertura
de lojas via franquia. Esse é um modelo de negócio que trouxe
para a Hering mais rentabilidade, porque a empresa não tem o
custo operacional da loja. É quase como vender no atacado.
As ações inovadoras e a força da marca Hering geram
plataformas de crescimento, o que dá mais confiança ao
mercado de que a empresa manterá seu ritmo de crescimento.
O relacionamento com analistas é bem receptivo, com boa
abertura e fornecimento de informações bem detalhadas. Essa
postura ajuda a entender bem o negócio da Hering. O
presidente e a equipe de RI fazem um esforço conjunto para
esclarecer possíveis dúvidas, além de conversar com investidores
ao participarem de eventos. É uma postura exemplar.
Renata Coutinho, Brazilian Retail Sector Analyst, Deutsche
Bank – Skillfully implementing its business plan from 2007
onwards ensured that Hering has posted positive earnings
for successive half years, maintaining this performance in
2010. It repositioned the Hering brand on the market –
bearing in mind a more attractive price and the introduction
of value added products – in addition to altering the layout
of its stores to make them more interactive, upgrading its
corporate governance standards, virtually eliminating its debt
and stepping up its cash flow generation. These measures
boosted its profits and generated value for its shareholders.
Other factors contributing to its impressive results include
the opening of stores through franchising. This business model
has increased the profits posted by Hering, as the company
incurs no operating costs for these stores, almost like operating
in the wholesale sector. These innovative actions and the power
of the Hering brand construct growth platforms, leaving the
market even more confident that the company will maintain
its growth rate. It is extremely receptive in its relationship with
the analysts, quite open and providing very detailed
information. This stance underpins a better understanding of
the Hering business. Its CEO and the Investor Relations staff
work together to clear up possible doubts, in addition to talking
with investors attending events. This is an exemplary stance.
82
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
ENTREVISTA COM FABIO HERING / Interview with Fabio Hering
Por Martha Elizabeth Corazza e Adriana Braz / By Martha Elizabeth Corazza and Adriana Braz
Os frutos de um novo modelo de negócio
New business model brings benefits
“Os resultados alcançados pela
empresa no ano passado são os frutos
da estratégia de negócios implementada
a partir do segundo semestre de 2007,
com foco na exploração do potencial
da marca Hering” diz o diretorpresidente da companhia, Fabio
Hering. Segundo ele, a resposta a essa
reformulação, a empresa obteve com
uma alavancagem operacional que
assegurou forte crescimento de margem
Ebtida.
O plano foi desenvolvido a partir
do resultado de pesquisas de mercado
que confirmaram o potencial da
Hering, já que a marca era altamente
reconhecida em todas as classes sociais
com pouca (ou nenhuma) rejeição.
Em contrapartida, apresentava uma
baixa penetração em função de preço,
desejo do consumidor por mais
novidades e lacunas de distribuição.
Identificadas essas deficiências, foi estruturado um plano
para corrigi-las, explica Fabio Hering, com um foco bem
objetivo: tornar a Hering uma marca acessível. “Aumentamos
a oferta de produtos, com níveis diferenciados de preços, e
passamos a lançar coleções novas a cada 60 dias”, acentuou.
Crescimento acelerado – Para aumentar a capilaridade
na distribuição, foi elaborado um plano com a meta de chegar,
até o final deste ano, com 325 lojas Hering Store (em 2006 a
empresa tinha 151). “Além disso, reforçamos a distribuição no
varejo multimarcas para atingir consumidores não atendidos
pela rede Hering Store”, destacou Fabio Hering.
Como conseqüência, a marca Hering vem apresentando
não só um crescimento acelerado, mas também aumentos
superiores a 20% nas vendas no conceito “mesmas lojas” (same
store sales) há 11 trimestres consecutivos.
Em 2009, disse Fabio Hering, a companhia apresentou
uma margem Ebitda de 21,4% (frente a 17,4% em 2008) e
24,3% no primeiro trimestre deste ano, contra 15, 2% no
mesmo período do ano anterior. “O crescimento de margem
está associado principalmente ao nosso modelo de negócios, o
84
“The earnings posted by the
company last year are the outcome of
a business strategy implemented from
the second half of 2007 onwards,
focused on exploiting the potential of
the Hering brand,” says its CEO,
Fabio Hering. In response to this new
approach, he feels that the company
has extended its operating leverage,
ensuring dynamic growth in its
EBTIDA margin.
This Business Plan was drawn
up on the basis of market surveys that
confirmed the potential of the Hering
brand, which was already widely
recognized among all social classes,
with little or even no rejection. In
counterpart, its penetration was low
due to price, consumer eagerness for
innovation, and patchy distribution.
Having identified these
shortfalls, a plan was structured to
correct them, explains Fabio Hering, with a very specific goal:
to make Hering an accessible and affordable brand. “We
stepped up the supply of products with tiered prices, and began
to launch new collections every sixty days,” he stressed.
Rapid growth – In order to enhance the capillarity of its
distribution network, a plan was drawn up with the goal of
reaching 325 Hering Stores by the end of this year (more than
double the 151 in operation during 2006). “Furthermore, we
strengthened distribution in the multi-brand retail sector in
order to reach consumers not serviced by the Hering Store
network,” stressed Fabio Hering.
As a result, the Hering brand has been posting not only
rapid growth, but also sales increases of more than 20% in
the Same Store sales concept for eleven consecutive quarters.
In 2009, Fabio Hering notes that the Company presented
an EBITDA margin of 21.4% (compared to 17.4% in 2008)
and 24.3% during the first quarter of this year, compared to
15.2% for the same period last year. “The expansion in this
margin is driven largely by our business model, which offers
ample operating leverage, in parallel to rising sales.”
qual apresenta grande alavancagem operacional associada ao
aumento de vendas.
Remuneração e governança – Ainda que não existam
metas específicas para uma política de criação de valor ao longo
dos próximos anos. O presidente explica que “o foco da
administração na geração de valor está associado a um modelo
de remuneração, no qual uma parte significativa é variável,
baseada em indicadores como Ebitda e ROIC (retorno sobre
capital investido), e que prevê um plano de opções de ações.’’
A estrutura de governança corporativa da empresa exerce
um papel significativo na conquista de resultados para os
acionistas. Listada no Novo Mercado (mais alto grau de
Governança Corporativa da BM&FBovespa), a Cia Hering
apresenta uma estrutura de controle difuso e um Conselho de
Administração formado em sua maioria de membros
independentes. “Esta estrutura se traduz em transparência,
consistência das informações passadas ao mercado e continuidade
da execução do plano de negócios’’, ressalta Fabio Hering.
Marcas em destaque – Implementado em 2007, o plano
estratégico segue em execução com foco na exploração do potencial
da marca Hering, mas vale destacar também a boa performance
das marcas PUC e Dzarm. No primeiro trimestre deste ano, as
vendas aumentaram 38,2%, e todas as marcas apresentaram
crescimento de dois dígitos, cita o presidente. “A marca Hering
foi o destaque, com aproximadamente 84% das vendas, tanto
na rede Hering Store como no canal varejo multimarcas”.
Para os próximos anos, diz Fabio Hering, a estratégia será
mantida. “Continuaremos explorando o potencial de
crescimento de nossas três marcas, sempre atentos às
oportunidades que possam surgir no mercado”. Na Hering, a
meta é manter o foco na exploração do potencial da marca, por
meio da expansão do número de lojas (405 lojas Hering Store
ao fim de 2012) e aumento das vendas no conceito “mesmas
lojas”. “Temos também um plano para melhor explorar o
mercado infantil com as marcas PUC e Hering Kids, além do
reposicionamento da marca Dzarm, já iniciado em 2009”.
Comunicação com o mercado – A área de Relacionamento
com os Investidores da Cia Hering mereceu avaliação elevada
nas respostas dos analistas que acompanham a empresa. Esse
resultado reflete o esforço para melhorar a comunicação com o
mercado, principal foco do RI da empresa, segundo explica Fabio
Hering. “Embora este ano a Cia Hering complete 130 anos e
nossas marcas sejam bem conhecidas, nosso modelo de negócios
é bastante peculiar e também implementamos uma nova
estratégia de negócios a partir de 2007, o que demanda explicações
aos stakeholders”.
Nesse sentido, completa o presidente, “consideramos
muito importante dar aos analistas de mercado e investidores
acesso constante ao management da companhia, para garantir
que os resultados sejam bem compreendidos, bem como
buscamos aperfeiçoar a divulgação de resultados,
disponibilizando informações que julgamos importantes para
esclarecer as particularidades das nossas operações”.
Remuneration and governance – Although there are
no specific goals for a value creation policy over the next few
years, the CEO explains that: “Value generation management
is focused on a remuneration model with a significant variable
portion, based on indicators such as the EBITDA and ROIC
(Return on Invested Capital), and also encompasses a stock
option plan.’’
The corporate governance structure of the company
plays a significant role in building up shareholder payback.
Listed on the Novo Mercado (the highest corporate governance
tier on the BM&FBovespa), the Hering company presents a
diffuse control structure, with most of its Board Members
being independent. “This structure is reflected in
transparency, consisting information disclosed to the market,
and the steady implementation of its business plan,” stresses
Fabio Hering.
Noteworthy brands – Implemented in 2007, the
strategic plan is being implemented with an eye to exploiting
the potential of the Hering brand, although it is also
worthwhile stressing the good performance of the PUC and
Dzarm brands. During the first quarter of this year, sales
rose by 38.2%, with all the brands posting double digit
growth, says the CEO. “The Hering brand was the highlight,
with some 84% of sales in the Hering Stores as well as the
multi-brand retail channel.”
Over the next few years, this strategy will be maintained,
says Fabio Hering. “We will continue to exploit the potential
growth of our three brands, always alert for opportunities
that may appear on the market.” The Hering goal is to stay
focused on exploiting the potential of its brands through
increasing the number of stores (405 Hering Stores by yearend 2012), while stepping up sales through the Same Stores
concept. “We also have a plan to expand more effectively on
the children’s market with the PUC and Hering Kids brands,
in addition to repositioning the Dzarm brand, which began
back in 2009.”
Market communications – The Investor Relations area
of the Hering company scored high in the replies submitted
by analysts monitoring this conglomerate. These ratings reflect
its efforts to upgrade communications with the market, the
main focus of its Investor Relations area, explains Fabio
Hering. “Although the Hering company celebrates its 130th
anniversary this year, and our brands are well known, our
business model is quite specific, and we also implemented a
new business strategy from 2007 onwards, which required
explanations to the stakeholders.”
Along these lines, adds this CEO: “We feel that it is
very important to provide market analysts and investors with
easy access to the management of the company, in order to
ensure that its figures are properly understood, while also
striving to fine-tune the disclosure of earnings, disclosing
information that we feel is important for clarifying some of
the more specific characteristics of our operations.”
85
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
ATACADO E VAREJO / Wholesale and retail
DROGASIL
Empresa se destaca pela segunda vez
DROGASIL PHARMACY CHAIN: Twice a star
D
ois anos depois de vencer a primeira edição do Prêmio,
a Drogasil volta a figurar entre as laureadas como um
excelente caso de criação de valor. Em 2009, a empresa
criou 178,2% de valor aos seus acionistas e, ponderando a
desempenho obtido nos últimos três anos, conseguiu o
expressivo resultado de 83,3%.
Na verdade, o forte crescimento da companhia vem
ocorrendo desde 2007. Neste período, a Drogasil obteve uma
expansão de 33%, ao ano, na receita de vendas, e de 15% em
sua rede de lojas. No ano de passado, a receita bruta totalizou
R$ 1,78 bilhão, com crescimento de 34,8% sobre o resultado
do exercício de 2008. O lucro líquido aumentou 45,8% ao
somar R$ 74.590 milhões.
Avaliação – Foi esse desempenho quantitativo somado à
boa performance qualitativa que deram à Drogasil, pela segunda
vez, o Prêmio Destaque Setorial. Os analistas da Apimec,
(Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais) que avaliaram a empresa deram conceito
excelente para quase todos os itens qualitativos: transparência,
relações com os investidores, atuação social e ambiental, controle
de riscos e governança corporativa. Apenas para o item política
de dividendos foi dado o conceito bom.
Os analistas consideram também o fato de que mais de
90% do resultado obtido pela Drograsil em 2009 ter sido
fruto de atividades operacionais. Para eles, a empresa tem alta
probabilidade de sustentar os resultados do ano passado no
curto, médio e longo prazos.
Em 28 de março de 2010, a empresa comemorou 75
anos de uma história de sucesso. Logo depois, dados da
Abrafarma confirmaram a Drogasil como a segunda maior
rede de farmácias do Brasil pelo critério de faturamento (base
2009). No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou
crescimento de 26,5% nas vendas, em relação ao mesmo
período de 2009, e uma expansão no EBITDA de 29,1%.
Two years after winning the first edition of this Prize,
Drogasil once again ranks among the front runners as a
notable value creation case study: in 2009, it created
178.2% in value for its shareholders, with an impressive
83.3% improvement in its performance over the past three
years.
In fact, this growth spurt has been under way since
2007, with sales revenues rising by 33% a year and 15%
expansion in its chain of stores. Last year, its gross revenues
totaled R$ 1.78 billion, up by 34.8% over its earnings for
the 2008 financial year, as its net profits rose by 45.8% to
R$ 74,590 million.
Evaluation – It was this impressive performance, in
quantitative and qualitative terms, that brought Drogasil
the Sector Highlight Prize for the second time. The
APIMEC analysts assessing the company rated it as
Excellent for almost all the qualitative items: Transparency,
Investor Relations, Environmental and Outreach
Activities, Risk Control and Corporate Governance, with
its Dividends Policy rated as Good.
The analysts also appreciated the fact that more than
90% of its 2009 earnings were brought in through its
operating activities. They feel that the company has a high
probability of continuing this performance over the short,
medium and long terms.
On March 28, 2010, Drogasil celebrated its 75th
anniversary, with a long and successful track record. Shortly
afterwards, data released by the Brazilian Pharmacy and
Drugstore Chains Association (ABRAFARMA) confirmed
its position as the second-largest drugstore chain in Brazil
by revenues (baseline: 2009). During first quarter of the
current year, it posted 26.5% growth in sales, compared
to the same period in 2009, with its EBITDA up by
29.1%.
Drogasil
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
88
590.600.000
1.660.993.000
0
20.472.000
0
178,12%
83,31%
BANCOS E CRÉDITO / Banking
BANCO DO BRASIL
Nota excelente em governança
BANCO DO BRASIL: Top marks for governance
O
Banco do Brasil fechou 2009 registrando o maior
lucro já obtido por um banco brasileiro: R$ 10,148
bilhões, resultado 15,3% superior ao do mesmo
período do ano anterior. Os ativos totais cresceram 35,9% ao
alcançar R$ 708,54 bilhões. Esses resultados quantitativos
credenciaram a instituição para concorrer e conquistar o Prêmio
Destaque Setorial de 2009.
Os analistas que avaliaram o banco deram nota excelente
aos seguintes itens qualitativos: governança corporativa,
transparência, controle de riscos, atuação da área de RI,
política social e política de dividendos. Segundo os técnicos,
a instituição tem alta capacidade de sustentar os resultados
de 2009 no curto, médio e longo prazos. Consideraram
positivo o fato de 90% lucro tem sido obtido a partir da
atividade operacional.
Avaliação – De acordo com analistas, o Banco do Brasil
tem se destacado por práticas que garantem os direitos dos
acionistas pela prestação de contas aos investidores e à sociedade
e pela ética no relacionamento com seus públicos. “Prova disso
é a participação da instituição no Novo Mercado da
BM&FBovespa, segmento que reúne as instituições com as
mais rigorosas práticas de governança corporativa. Além de ter
as ações nos índices ITAG e IGC, que reúnem, respectivamente,
as empresas com tag along diferenciado, e aquelas com as
melhores práticas de governança”, acentuam.
Destacaram também que a política de controle de riscos
do banco é feita com independência e sem conflito de interesses.
“O alinhamento estratégico, a composição de comitês, definição
de limites e processos para sua gestão permitem seguir,
adequadamente, parâmetros pré-definidos”, observaram.
Os analistas mencionaram ainda que o processo de
alinhamento do Banco às diretrizes de Basiléia II reforça a
governança dos riscos vigentes e aprimora a infraestrutura de
gestão do banco.
The Banco do Brasil closed 2009 with the highest profits
ever posted by a Brazilian bank: R$ 10,148 billion, 15.3%
more than during the same period last year. Its total assets rose
by 35.9% to R$ 708.54 billion. These quantitative results
qualified this institution as the winner of the 2009 Sector
Highlight Prize.
The analysts assessing this bank gave it high marks for
the following qualitative items: Corporate Governance,
Transparency, Risk Control, Performance of its Investor
Relations area, Outreach Policy and Dividends Policy.
According to the technical experts, this institution is well able
to continue its 2009 performance over the short, medium
and long terms. They viewed as very positive the fact that
90% of its profits were brought in by its operating activities.
Evaluation – According to the analysts, the Banco do
Brasil is noteworthy for practices that ensure the rights of its
shareholders through accountability, addressing its investors
and society, in addition to its ethical relationships with its
publics. “This is proven by its listing on the Novo Mercado run
by the BM&FBovespa, which is the tier with the most stringent
corporate governance requirements, in addition to being listed
on the Special Tag Along Stock Index (ITAG) and the
Corporate Governance Index (IGC), which respectively cluster
together companies with special tag along rights and those
with the best corporate governance practices,” they stressed.
They also confirmed that the Bank’s risk control policy is
independent, with no conflicts of interest. “Its strategic alignment,
the composition of its committees, and the definition of its
management processes and limits allow it to comply properly
with the pre-established parameters,” they noted.
These analysts also mentioned that the alignment of this
Bank with the Basle II Guidelines buttresses its governance in
terms of current risks while fine-tuning its management
infrastructure.
Banco do Brasil
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
37.319.224.860
76.275.138.605
2.201.142.890
1.857.865.875
4.787.014.000
96,19%
26,54%
89
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
CONSTRUÇÃO CIVIL E MERCADO IMOBILIÁRIO
/ Real estate
ROSSI RESIDENCIAL
Construindo valor para os acionistas
ROSSI RESIDENCIAL: Building value for its shareholders
A
Rossi Residencial fechou 2009 com receita líquida
de R$ 1,57 bilhão com crescimento de 22,2% em
relação aos R$ 1,23 bilhão obtidos no mesmo
período do ano anterior. O lucro líquido cresceu 83,8% no
período ao passar de R$ 118,6 milhões para R$ 218,1 milhões
no final do ano passado.
O valor criado pela Rossi para os acionistas em 2009 foi
muito expressivo: 338% e nos últimos três anos a média foi de
64,76%, o que garantiu à empresa conquistar o Prêmio Destaque
Setorial entre as 43 companhias do segmento de construção
civil e mercado imobiliário cotadas na BM&FBovespa.
Avaliação – Os analistas da Apimec (Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais) que avaliaram a Rossi deram conceito bom a
transparência da empresa, atuação da área de relações com os
investidores, atuação ambiental e controle de riscos.
Conceituaram como mediana a política de pagamento de
dividendos, atuação na área social e governança corporativa.
Um dos pontos que pesou na avaliação dos analistas foi o
fato de mais de 90% dos resultados alcançados pela companhia,
em 2009, decorrerem de atividades operacionais. Entretanto,
consideraram baixa a probabilidade da empresa sustentar o
desempenho do ano passado no curto, médio e longo prazos.
A empresa, uma das principais incorporadoras e
construtoras do Brasil, está completando este ano 30 anos de
fundação com presença em 73 cidades de 14 estados do país,
além do Distrito Federal. Em 2006, a empresa entrou no Novo
Mercado da BM&FBovespa ampliando para 100% o tag along,
oferecendo um maior grau de transparência para os acionistas.
Em 2008, as ações da Rossi passaram a integrar a carteira do
Ibovespa, o mais importante indicador do desempenho médio
das cotações do mercado de ações brasileiro.
A Rossi iniciou 2010 com excelente desempenho. Fechou
o primeiro trimestre com crescimento de 126% no lucro líquido
e de 110% no EBITDA.
Rossi Residencial closed 2009 with net revenues of R$
1.57 billion, up by 22.2% compared to the R$ 1.23 billion
posted the previous year. Its net profits rose by 83.8% during
the period, up from R$ 118.6 million to R$ 218.1 million at
the end of last year.
The value created by Rossi for its shareholders in 2009
reached an impressive 338%, with an average of 64.76%, for
the past three years, making it the winner of the Sector
Highlight Prize among the 43 contenders in the civil
construction and real estate segment listed on the
BM&FBovespa.
Evaluation – The analysts appointed by the Association
of Capitals Market Investment Analysts and Professionals
(APIMEC) rated Rossi as Good for Transparency, Investor
Relations, Risk Control and Environmental activities, scoring
its Corporate Governance, Outreach activities and Dividends
Payment policy as Fair.
One of the aspects carrying much weight with these
analysts was the fact that more than 90% of its 2009 earnings
were brought in through its operating activities. However, they
felt that there was only a low probability of this performance
continuing over the short, medium and long terms.
One of Brazil’s leading property developers and
construction companies, Rossi celebrates its 30th anniversary
this year with a presence in 73 towns and cities in fourteen
States, as well as the Federal District. In 2006, it was accepted
on the Novo Mercado by the BM&FBovespa, bringing its tagalong rights up to 100%, with greater transparency for its
shareholders. In 2008, its shares were included in the portfolio
of the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA), which
is the main average share price performance indicator on the
Brazilian market.
Opening 2010 with an outstanding performance, Rossi
posted first quarter growth of 126% in its net profits, with its
EBITDA more than doubling at 110%.
Rossi Residencial
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
90
699.558.452
4.012.535.003
28.181.600
0
928.125.000
338,05%
64,76%
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
ENERGIA ELÉTRICA /
Electricity
ENERGISA
Lucro da empresa dobrou em 2009
ENERGISA: Power profits for 2009
A
Energisa S.A., companhia responsável por cinco
distribuidoras de energia localizadas nos estados de
Sergipe, Paraíba, Minas Gerais e Rio de Janeiro,
fechou o exercício de 2009 com lucro líquido consolidado de
R$ 249,7 milhões, 138% superior ao de 2008, que totalizou
R$ 105 milhões. O resultado refletiu o aumento do consumo
de energia entre os clientes cativos, que subiu 5,1% no ano.
Esse crescimento foi puxado principalmente pelas classes
comercial e residencial, com aumento de 8% e 7,6%,
respectivamente.
A empresa criou ainda 71% de valor para seus acionistas
e 33,6% na média dos últimos três anos. O valor de mercado
da Energisa subiu de R$ 1,3 bilhão, em 2008, para R$ 2,3
bilhões no final de 2009. O total de dividendos pagos no ano
passado somou R$ 123,3 milhões. Esses bons resultados
somados ao desempenho qualitativo deram à empresa o Prêmio
Destaque Setorial de 2009.
Avaliação – Depois de passar pela fase de análise
quantitativa, a Energisa foi avaliada por analistas indicados
pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento
do Mercado de Capitais (Apimec). Nesta avaliação, a empresa
obteve conceito excelente nos itens transparência, relações com
os investidores, controle de riscos e governança corporativa.
Foi atribuído o conceito bom para a política de distribuição de
dividendos e projetos sociais. Já na área ambiental a empresa
recebeu conceito médio. Segundo os analistas, a Energisa se
destacou também por ter mais de 90% do seu resultado
composto por atividades operacionais.
A Energisa S.A. faz parte do Grupo Energisa, originária da
Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, fundada em
1905, na cidade de Cataguases, Minas Gerais. Os planos da
empresa incluem investimentos de R$ 1,2 bilhão entre 2010 e
2012. Os recursos serão aplicados em geração e distribuição de
energia, além do programa “Luz para Todos” do governo federal.
The parent company of five power distribution utilities
in Sergipe, Paraíba, Minas Gerais and Rio de Janeiro States,
Energisa closed the 2009 financial year with consolidated
net profits of R$ 249.7 million, 138% higher than the R$
105 million posted in 2008.
These figures reflect the upsurge in electricity
consumption among captive consumers, which rose by 5.1%
during the year. This growth was driven mainly by the
commercial and residential categories, up by 8% and 7.6%
respectively.
It also created impressive value for its shareholders at
71%, averaging out at 33.6% for the last three years. The
market value of Energisa rose by R$ 1.3 billion in 2008 to
R$ 2.3 billion by year-end 2009, with the total dividends
paid out last year topping R$ 123.3 million. Together with a
remarkable qualitative performance, these figures brought it
the 2009 Sector Highlight Prize.
Evaluation – After the quantitative analysis phase,
Energisa was assessed by analysts appointed by the Association
of Capitals Market Investment Analysts and Professionals
(APIMEC), who rated it as Excellent for Transparency,
Investor Relations, Risk Control and Corporate Governance,
assigning a Good score to its Outreach Projects and Dividends
Distribution policies, with its Environmental activities ranked
as Fair. According to these analysts, Energisa was also
noteworthy for bringing in more than 90% of its overall
earnings through its operating activities.
It is a member of the Energisa Group, which originated
in the Cataguazes-Leopoldina power utility established in
1905 at Cataguases, Minas Gerais State. Its plans include
investments of R$ 1.2 billion between 2010 and 2012,
allocating funds to power generation and distribution
activities, in addition to the Light for All universal
electrification program run by the Brazilian Government.
Energisa
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
92
1.328.206.740
2.343.643.534
123.363.052
0
74.254.615
70,97%
33,59%
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
/ Machinery and equipment
RANDON
Crescendo em harmonia com o meio ambiente
RANDON: Growing harmoniously with the environment
A
pesar das adversidades que se abateram de forma intensa
sobre o setor de máquinas e equipamentos no ano
passado, a Randon Participações conseguiu encerrar o
exercício com lucro líquido consolidado de R$ 138,9 milhões,
embora 39% inferior ao de 2008. A receita líquida ficou em R$
2,5 bilhões, enquanto a margem EBITIDA atingiu 12,2%.
Ainda assim, o valor de mercado da companhia teve um
aumento expressivo ao passar de R$ 993 milhões em 2008
para R$ 2,41 bilhões no final do ano passado. E mais, em
2009, a Randon conseguiu criar 142% de valor para seus
acionistas e 36,5% na média dos últimos três anos. Foram
esses os principais resultados que deram à empresa o Prêmio
Destaque Setorial.
Avaliação – Os analistas indicados pela Apimec
(Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais) que avaliaram a empresa consideraram
relevante o fato de quase 90% do resultado obtido em 2009
ter sido fruto de atividades operacionais. Para eles, a Randon
tem alta probabilidade de sustentar esses resultados no curto,
médio e longo prazos.
Os analistas atribuíram ainda conceito excelente aos
seguintes itens: transparência praticada pela empresa; a atuação
da área de relações com investidores e atuação em projetos sociais
e ambientais. Consideraram “boas” as políticas de controle de
riscos, governança corporativa e distribuição de dividendos.
No ano passado, a empresa concluiu dois grandes
empreendimentos: o campo de provas das Empresas Randon
e o parque fabril da Castertech Tecnologia e Fundição, projetos
que visam um crescimento harmonioso com a natureza. O
avanço foi notável também na área social, na qual um dos
programas de responsabilidade social, o Florescer, deixou raízes
através de franquias sociais para disseminar o conceito e a prática
de que é possível semear e colher boas idéias.
Rocked by tempestuous times in the Machines and
Equipment sector last year, Randon closed 2009 with
consolidated net profits of R$ 138.9 million, 39% lower
than in 2008, with net revenues of R$ 2.5 billion, and an
EBITDA margin of 12.2%.
Nevertheless, its market value more than doubled,
up from R$ 993 million in 2008 to R$ 2.41 billion by
year-end 2009, while also creating 142% value for its
shareholders with a 36.5% average for the past three years.
These were the main accomplishments that brought
Randon this Sector Highlight Prize.
Evaluation – The analysts appointed by the
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Professionals (APIMEC) assessing Randon assigned high
importance to the fact that almost 90% of its 2009
earnings were brought in through its operating activities.
They felt that Randon has a high probability of continuing
this performance over the short, medium and long terms.
The analysts rated the following aspects as Excellent:
Transparency; Investor Relations and Environmental and
Outreach Projects, with its Risk Control, Corporate
Governance and Dividends Distribution policies rated as
Good.
Last year, it completed two major projects: the
Randon testing grounds and the Castertech
manufacturing complex, both designed to foster growth
in harmony with Nature. It also achieved notable progress
in the Outreach area through its Florescer social
accountability program, which put down firm roots
through partnerships disseminating the concept that good
ideas can be sown and reaped, together with the related
good practices.
Randon
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
993.364.859
2.418.566.466
34.321.765
32.090.979
6.000.000
141,89%
36,47%
93
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
MINERAÇÃO
/ Mining
VALE
Conceito excelente para a área de RI
VALE: Excellence in investor relations
O
lucro líquido da Vale em 2009 foi duramente afetado
pela crise global ao totalizar R$ 10,249 bilhões,
51,8% inferior ao de 2008, R$ 21,27 bilhões. O
resultado não surpreendeu os analistas, que já esperavam uma
queda no desempenho da empresa em função da baixa cotação
do dólar, redução nas exportações e nos preços do minério de
ferro no mercado internacional.
Exemplo de que os bons fundamentos da empresa
persistem foi o aumento de 78% no seu valor de mercado, que
subiu de R$ 140,55 bilhões em 2008 para R$ 250,19 bilhões
no final do ano passado. A Vale conseguiu ainda criar 74,8%
de valor para seus acionistas em 2009 e 22,2% na média dos
últimos três anos Esses indicadores quantitativos foram
fundamentais para levar a empresa a conquistar pela segunda
vez o Prêmio Destaque Setorial.
Avaliação – A Vale conseguiu conceito excelente dos
analistas indicados pela Apimec (Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) pela
transparência e atuação da área de relações com os investidores.
Eles destacaram também o fato de que quase 90% do lucro do
ano passado ter sido obtido por atividades operacionais. Acham
que a empresa tem alta probabilidade de sustentar esses
resultados no curto, médio e longo prazos.
Na análise qualitativa os analistas atribuíram conceito
“bom” para os seguintes itens: atuação em projetos sociais e
ambientais, controle de riscos, governança corporativa e política
de distribuição de dividendos.
A empresa manteve, pelo quarto ano consecutivo, a
certificação de controles internos previstos pela Lei SarbanesOxley. A Vale também lançou, em 2009, o Código de Conduta
do Fornecedor, que se somam ao Código de Conduta Ética e
Canal de Denúncias, direcionado ao Conselho de
Administração. A Vale é a segunda maior mineradora
diversificada do mundo e a maior empresa privada da América
Latina.
The net profits of Vale were severely undermined by
the global crisis in 2009, falling to R$ 10,249 billion, 51.8%
less than the R$ 21.27 billion posted in 2008. This was no
surprise to the analysts, who were already expecting a lackluster performance due to low US dollar prices, sluggish
exports and slumping iron ore prices on international markets.
However, confirmation that its solid foundations are
still firmly in place came from the 78% increase in its market
value, up from R$ 140.55 billion in 2008 to R$ 250.19
billion by year-end 2009. It also managed to create 74.8%
value for its shareholders in 2009, averaging out at 22.2%
for the past three years. These quantitative indicators were
the crucial factors that brought Vale the Sector Highlight
Prize for the second time.
Evaluation – The analysts appointed by the Association
of Capitals Market Investment Analysts and Professionals
(APIMEC) scored Vale as Excellent for Transparency and
Investor Relations, while also highlighting the fact that nearly
90% of its profits were brought in through its operating
activities last year. They feel that it offers a high probability
of continuing this performance over the short, medium and
long terms.
In the qualitative analysis, the analysts scored the
following items as Good: Outreach and Environmental
projects, Risk Control, Corporate Governance and Dividends
Distribution policy.
For the fourth consecutive year, Vale maintained its
certification for in-house controls under the Sarbanes-Oxley
Act, in addition to publishing its Supplier Code of Conduct
in 2009 which, together with its Ethical Code of Conduct
and Whistle-Blower Hotline, serve as guidelines for its Board.
The world’s second largest diversified mining conglomerate,
Vale is also the largest private sector corporation in Latin
America.
Vale
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
94
140.552.667.981
250.189.921.739
2.735.000.000
2.564.850.000
0
74,81%
22,16%
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
PETRÓLEO & GÁS, PETROQUÍMICA E PLÁSTICO
/ Oil and gas and derivates
BRASKEM
Empresa reverte prejuízo e cria valor
BRASKEM: Losses reversed while creating value
A
Braskem conseguiu em 2009 criar 150% de valor
aos acionistas e 40% na média dos últimos três. A
boa performance da empresa e a capacidade de
superar adversidades se refletiram no seu valor de mercado,
que passou de R$ 2,8 bilhões, em 2008, para R$ 7,3 bilhões
no final do ano passado. Esse desempenho foi fundamental
para a Braskem conquistar o Prêmio Destaque Setorial.
Apesar da retração econômica, a companhia conseguiu
reverter o prejuízo de R$ 2,457 bilhões registrados em 2008 e
fechar 2009 com lucro líquido de R$ 917 milhões. O Ebitda
consolidado da Braskem no ano foi de R$ 2,475 bilhões, em
linha com 2008, quando totalizou R$ 2,485 bilhões.
Avaliação – A empresa, na opinião dos analistas da
Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais (Apimec), tem alta probabilidade de
sustentar esses resultados no curto, médio e longo prazos. Foi
atribuído à empresa conceito bom aos seguintes itens:
transparência, relações com os investidores; atuação na área
social, controle de riscos e governança corporativa. Já para a
atuação na área ambiental foi dado o conceito médio. Em
compensação, a Braskem recebeu nota excelente pela política
de pagamento de dividendos.
A Braskem é líder no mercado latino-americano de resinas
termoplásticas e a terceira maior petroquímica pure-play (não
inclui companhias exploradoras de petróleo) das Américas.
Ocupa posição destacada entre as grandes produtoras globais
e é uma das principais exportadoras brasileiras, com presença
em cerca de 60 países.
Comprometida com as boas práticas de governança
corporativa e de relações com investidores, a Braskem busca
assegurar eficiência e transparência na divulgação de
informações. Suas ações estão listadas nas Bolsas de Valores de
São Paulo (BM&FBovespa), Nova York (NYSE) e Madri
(Latibex) e todas as ações têm direito a tag along de 100%.
In 2009, Braskem created 150% value for its
shareholders, with an average of 40% over the last three
years. Backed by its capacity to surmount difficulties, this
impressive feat was reflected in its market value, which rose
from R$ 2.8 billion in 2008 to R$ 7.3 billion by year-end
2009. This performance was crucial for Braskem to win
the Sector Highlight Prize.
Despite the economic slowdown, it managed to reverse
the losses of R$ 2,457 billion posted in 2008, closing 2009
with net profits of R$ 917 million and a consolidated
EBITDA of R$ 2,475 billion for the year, similar to 2008,
which totaled R$ 2,485 billion.
Evaluation – In the view of the analysts appointed by
the Association of Capitals Market Investment Analysts
and Professionals (APIMEC), Braskem is very likely to
sustain these earnings over the short, medium and long
terms. It was rated as Good for the following criteria:
Transparency, Investor Relations; Outreach Activities, Risk
Control and Corporate Governance. Its Environmental
Activities were rated as Fair, while its Dividends Payment
Policy was graded as Excellent.
The leader on the Latin America thermo-plastic resins
market, Braskem also ranks third among pure-play
petrochemical conglomerates in the Americas (excluding
oil companies). Standing high among the major global
producers, it is one of Brazil’s main exporters, with
operations in some sixty countries.
Firmly committed to good Corporate Governance
practices and positive Investor Relations, Braskem strives
to ensure that information is disclosed with efficiency and
transparency. Its shares are listed on the São Paulo
(BM&FBovespa), New York (NYSE) and Madrid (Latibex)
Stock Exchanges, with its shares having 100% tag along
rights.
Braskem
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
96
2.816.852.533
7.334.668.408
0
0
97.378.912
149,54%
39,90%
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS / Sanitation, water and gas services
COPASA
Referência em saneamento no Brasil
COPASA: Sanitation benchmark in Brazil
O
s resultados alcançados pela Companhia de
Saneamento de Minas Gerais(Copasa) em 2009
consolidaram sua posição como empresa referência
para o setor de saneamento no Brasil. A companhia encerrou
o ano com receita operacional líquida de R$ 2.202,2 milhões,
com crescimento de 6,9% em relação ao de 2008, e um
EBITIDA de R$ 934,7 milhões, com margem de 39,6%.
No ano passado, a empresa investiu R$ 1,03 bilhão –
totalizando quase R$ 5 bilhões desde 2003 – principalmente em
sistemas de abastecimento de água (R$ 516,1 milhões) e em
sistemas de coleta e tratamento de esgotos (R$ 495 milhões). Os
investimentos realizados aumentaram 12,8% no volume de esgoto
tratado em relação a 2008, e mais de 100% quando comparado
a 2003. Esse desempenho quantitativo foi fundamental para a
empresa conquistar o Prêmio Destaque Setorial.
Avaliação – Os analistas indicados pela Apimec (Associação
dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais) consideram excelente a política de dividendos da
empresa e a gestão para controle de riscos. Atribuíram o conceito
bom para os seguintes itens: transparência, relação com os
investidores, governança corporativa e atuação ambiental.
Consideraram como boa a política social da companhia.
Segundo os analistas, a Copasa se destacou também por
ter mais de 90% do seu resulto composto por atividades
operacionais. E consideram média a possibilidade da empresa
sustentar no curto, médio e longo prazos os resultados obtidos
em 2009.
Em 2009, o valor de mercado da empresa saltou de 2,16
bilhões para 3,83 bilhões. Este resultado, somado a uma
distribuição de 172,4 milhões de juros sobre capital próprio,
contribuiu para o bom índice de criação de valor do ano passado.
No primeiro trimestre de 2010, a receita operacional líquida da
empresa totalizou de R$ 563 milhões, com crescimento de 4,7%.
O EBITDA foi de R$ 237 milhões, com margem de 41,3%.
The earnings posted in 2009 by the Minas Gerais
State sanitation utility (COPASA) firmed up its position
as a corporate benchmark for Brazil’s sanitation sector. It
closed the year with net operating revenues of over R$
2.2 million and growth 6.9% higher than 2008, together
with an EBITDA of R$ 934.7 million and a 39.6%
margin.
Last year, it invested R$ 1.03 billion, bringing these
allocations up to almost R$ 5 billion since 2003,
earmarked mainly for water supply networks (R$ 516.1
million) and sewage collection and treatment systems (R$
495 million). These investments upped treated sewage
by 12.8% over the 2008 volumes, more than double the
2003 figures. This quantitative performance was crucial
for this utility to win the Sector Highlight Prize.
Evaluation – The analysts appointed by the
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Professionals (APIMEC) rated its risk management
control and dividends policies as Excellent, with the
following aspects rated as Good: Transparency, Investor
Relations, Corporate Governance and Environmental
Performance, together with its Outreach Policy.
According to the analysts, COPASA also stood out
for bringing in more than 90% of its earnings through its
operating activities, with a Fair possibility of sustaining
its 2009 earnings over the short, medium and long terms.
In 2009, its market value rose from 2.16 billion to
3.83 billion which, together with R$ 172.4 million
distributed as interest on equity, underpinned its good
value creation rating for the year. During the first quarter
of 2010, its net operating revenues rose by 4.7% to R$
563 million, while its EBITDA of R$ 237 million
provided a margin de 41.3%.
Copasa
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
2.166.266.817
3.833.708.508
0
172.386.906
4.194.347
75,68%
17,51%
97
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
SERVIÇOS FINANCEIROS
/ Financial services
SULAMÉRICA
Empresa avança em governança corporativa
SULAMÉRICA: Progress in corporate governance
A
SulAmérica encerrou o ano de 2009 com um lucro
líquido de R$ 419,1 milhões, com crescimento de
9,8% em relação ao de 2008, o que garantiu um
retorno sobre o patrimônio líquido de 17,6%. No ano passado,
a companhia melhorou muito as práticas de governança
corporativa. Editou um manual para os acionistas minoritários
participarem de assembléias e um guia de informações para
auxiliar os membros dos conselhos de Administração e Fiscal.
Além disso, a companhia estabeleceu um comitê de
sustentabilidade que passou a atuar como órgão responsável
pela formulação e execução do Programa Estratégico de
Responsabilidade Social Corporativo da empresa.
Os resultados dessas mudanças apareceram rápido. As
ações da companhia foram incluídas em diversas carteiras de
índices da BM&FBovespa. Além disso, em outubro de 2009,
a Standard & Poor’s elevou os ratings da SulAmérica de ‘B+’
para ‘BB-’, com perspectiva estável, refletindo o sólido e
consistente desempenho financeiro registrado nos últimos anos.
Avaliação – Foram esses resultados que deram à SulAmérica
o Prêmio Destaque Setorial no segmento de Serviços
Financeiros. Em 2009, a empresa criou 223% de valor para seus
acionistas e 41,2% na média ponderada dos últimos três anos.
Os analistas da Apimec (Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que
avaliaram a empresa atribuíram o conceito “bom” aos seguinte
itens qualitativos da empresa: Transparência, relações com os
investidores, governança corporativa e política de pagamento
de dividendos. Os técnicos avaliaram como “mediana” a política
de controle de riscos e a atuação da companhia em projetos
sociais e ambientais. No entanto, destacaram o fato de mais de
90% do resultado de 2009 ter sido obtido por atividades
operacionais, mas consideram “mediana” a probabilidade de
manter esses resultados no curto, médio e longo prazos.
Closing the year with net profits of R$ 419.1 million
and growth of 9.8% over 2008, SulAmérica ensured an
ROE of 17.6%. Upgrading its Corporate Governance
practices last year, it published a handbook on attendance
at general meetings for minority shareholders, together
with an informative guide designed to help its
Management and Audit Board members.
It also set up a Sustainability Committee that is now
in charge of drawing up and implementing its Strategic
Corporate Social Responsibility Program.
The outcome of these changes soon appeared: its
shares were included in several Index portfolios by the
BM&FBovespa, and in October 2009, Standard & Poor’s
increased its rating from ‘B+’ to ‘BB-’, with a stable
outlook, reflecting its solidly consistent financial
performance over the past few years.
These were the accomplishments that brought
SulAmérica the Highlight Prize in the Financial Services
Sector. In 2009, it created 223% value for its shareholders,
reaching a weighted average of 41.2% over the past three
years.
Evaluation – The analysts appointed by the
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Professionals (APIMEC) who assessed SulAmérica rated
the following qualitative aspects as Good: Transparency,
Investor Relations, Corporate Governance and Dividends
Payment Policy, grading its Risk Control policy and
Environmental and Outreach projects as Fair. Although
stressing the fact that more than 90% of its 2009 earnings
were generated through its operating activities, they felt
that was only a Fair probability of maintaining this
performance over the short, medium and long terms.
SulAmérica
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
98
1.498.204.965
4.846.459.207
103.910.484
0
0
223,01%
41,20%
SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES
/ Wealth services
ODONTOPREV
Excelentes perspectivas e bons resultados
ODONTOPREV: Excellent outlook and great earnings
O
Prêmio Destaque Setorial do segmento de serviços
médico-hospitalares, análises e diagnósticos foi
conquistado pela OdontoPrev, a maior operadora
de planos odontológicos da América Latina, com cerca de 4,2
milhões de associados e participação de 32% no mercado
nacional. No ano passado, a empresa criou 371,39% de valor
aos seus acionistas e 160,35% na média dos últimos três anos.
O seu valor de mercado pulou de R$ 586,5 milhões em 2008
para R$ 2,8 bilhões no final do ano passado.
Em 2009, a empresa obteve uma receita operacional
líquida de R$ 379,4 milhões, um aumento de 19,2% frente
os R$ 318,2 milhões de 2008. No mesmo período, o lucro
líquido passou de R$ 55,1 milhões para R$ 58,9 milhões,
uma variação de 6,9%. O exercício da empresa também foi
marcado pela associação com a Bradesco Dental, o que levou
as ações da empresa a terem uma valorização de 178%.
Avaliação – Os analistas consultados pela Apimec
(Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais) atribuíram conceito excelente pela
transparência, da empresa, política de relação com os investidores
e governança corporativa. O conceito bom foi dado para a atuação
em projetos sociais e ambientais e controle de riscos.
Os técnicos consideram alta a probabilidade da
OdontoPrev sustentar os resultados alcançados em 2009 no
curto, médio e longo prazos. Outro ponto forte considerado
pelos analistas foi o fato de que mais de 90% do lucro da
companhia foi decorrente de atividades operacionais.
A OdontoPrev está inserida em um segmento em forte
expansão.Desde 2002, a taxa média anual de crescimento do
setor é de 19,5%. A companhia é listada no Novo Mercado da
BM&FBovespa desde 2006, concede direitos de tag-along de
100% a seus acionistas e tem política de distribuição de
dividendos de 50% de seu resultado anual.
The Sector Highlight Prize for Medical & Hospital
Services, Analyses & Diagnoses was awarded to
OdontoPrev – the largest dental plan operator in Latin
America, with some 4.2 million members and a 32% share
of the Brazilian market. Last year, it created 371.39%
value for its shareholders and 160.35% on average for
the past three years. Its market value soared from R$ 586.5
million in 2008 to R$ 2.8 billion by the end of last year.
In 2009, it brought in net operating revenues of R$
379.4 million, up 19.2% over the R$ 318.2 million posted
for 2008. During the same period, its net profits rose by
6.9%, up from R$ 55.1 million to R$ 58.9 million. A
milestone for the year was its association with Bradesco
Dental, jacking up its share value by 178%.
Evaluation – The analysts consulted by the
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Professionals (APIMEC) rated it as Excellent for
Transparency, Investor Relations and Corporate
Governance, scoring its Risk Control and Outreach and
Environmental Projects as Good.
These experts felt that there was a high probability
of OdontoPrev sustaining its 2009 performance over the
short, medium and long terms. Another strong point
taken into consideration by the analysts was the fact that
more than 90% of its profits were brought in through its
operating activities.
The OdontoPrev segment is expanding rapidly, with
an average annual growth rate of 19.5% since 2002. Listed
on Brazil’s Novo Mercado since 2006, it grants 100% tagalong rights to its shareholders, with a Dividends
Distribution Policy that reaches 50% of its annual
earnings.
Odontoprev
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
586.505.290
2.833.129.478
72.421.727
10.006.052
94.486.607
371,39%
160,35%
99
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
SIDERURGIA E METALURGIA
/ Steel and metallurgy
GERDAU
Valorização em um ano bastante adverso
GERDAU: Higher value in a tough year
O
exercício de 2009 caracterizou-se para a Gerdau
como um período de otimização operacional e
financeira, com alinhamento de sua estrutura ao
novo cenário global para o mercado do aço. Durante o ano, a
companhia reduziu os custos fixos de produção em R$ 2
bilhões, o capital de giro em R$ 5 bilhões e a dívida líquida em
R$ 8 bilhões. Realizou ainda a renegociação dos seus covenants
e emitiu US$ 1,25 bilhão em títulos, confirmando sua
credibilidade junto ao mercado financeiro.
Com todas essas adversidades, a receita líquida da empresa
no ano passado alcançou R$ 26,5 bilhões, 36,7% inferior a de
2008. Apesar deste resultado, reflexo da forte retração na
demanda mundial por aço, o valor de mercado da Gerdau
aumentou 90,3%. E mais, a companhia conseguiu criar 85,3%
de valor para os acionistas em 2009 e 21,4% na média dos
últimos três anos. Foram esses resultados que deram à Gerdau
o Prêmio Destaque Setorial.
Avaliação – Um dos pontos que pesou na avaliação dos
analistas da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais
de Investimento do Mercado de Capitais) foi o fato de que
mais de 90% dos resultados alcançados pela companhia foram
decorrentes de atividades operacionais, considerado o ambiente
macroeconômico excepcional que viveu o setor em 2009. Os
analistas, no entanto,consideraram como “mediana” a
probabilidade da empresa sustentar os resultados de 2009, no
curto, médio e longo prazos.
Os técnicos atribuíram à empresa conceito excelente para
os itens transparência, relações com investidores e controle de
riscos. Para os itens atuação social e ambiental, política de
dividendos e governança corporativa deram o conceito “bom”.
A Gerdau foi fundada há mais de um século e hoje é líder
na produção de aços longos nas Américas. Tem mais de 140
mil acionistas e suas ações são negociadas nas bolsas de valores
de São Paulo, Nova York, Toronto, Madri e Lima.
For Gerdau, 2009 was the perfect time to fine-tune its
operating and financial structures, aligning them with the
new global steel market context. During the year, it slashed
its fixed production costs by R$ 2 billion, in addition to
pruning its working capital by R$ 5 billion and trimming its
net debt by R$ 8 billion. It also renegotiated its covenants
and issued papers worth US$ 1.25 billion, confirming its
credibility on the financial market
Nevertheless, its net revenues of R$ 26.5 billion last
year were 36.7% lower than in 2008. Despite this setback,
which reflected a sharp downturn in global steel demands,
the market value of Gerdau rose by 90.3%. Moreover, it
created 85.3% value for its shareholders in 2009, reaching
an average of 21.4% over the past three years. These were
the accomplishments that brought Gerdau the Sector
Highlight Prize.
Evaluation – One of the main points in the assessment
of the analysts consulted by Association of Capitals Market
Investment Analysts and Professionals (APIMEC) was the
fact that more than 90% of its earnings came from its
operating activities, particularly in view of the unusual macroeconomic conditions that prevailed throughout 2009 for this
sector. However, the analysts felt that there was only a Fair
probability of sustaining this performance over the short,
medium and long terms.
They scored it as Excellent for Transparency, Investor
Relations and Risk Control, with its Outreach and
Environmental Activities, Dividends Policy and Corporate
Governance rated as Good.
Founded more than a century ago, Gerdau today heads
up the long steel production sector in the Americas. With
more than 140,000 shareholders, its stocks are traded on the
São Paulo, New York, Toronto, Madrid and Lima Stock
Exchanges.
Gerdau
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
100
20.061.860.857
38.244.246.058
56.817.616
362.247.169
0
85,31%
21,39%
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
/ Information technology
TOTVS
Ganho expressivo em um ano de crise
TOTVS: Great gains in a crisis year
L
íder em seu setor de atuação e sétima maior em
desenvolvimento de sistema de gestão integrada (ERP)
do mundo, a Totvs encerrou 2009 provando, mais
uma vez, o seu bom modelo de negócio. Mesmo em um ano
de recessão, a companhia fechou o exercício com lucro recorde
de R$ 120,3 milhões, 150% superior ao de 2008, e com 2.591
novos clientes de software.
Este desempenho garantiu à companhia criar, no ano
passado, 212,44% de valor aos acionistas e 93,18% na média
dos últimos três, e conquistar o Prêmio Destaque Setorial. O
valor de mercado da empresa mais que triplicou ao passar de
R$ 1,15 bilhão em 2008 e fechar 2009 em R$ 3,68 bilhões.
Avaliação – Segundo os analistas consultados pela
Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais (Apimec), mais de 90% do resultado
obtido pela empresa no ano passado foi decorrente de atividades
operacionais. Para eles, é alta a probabilidade da Totvs sustentar
esse nível de resultado a curto, médio e longo prazos.
Os especialistas atribuíram ainda conceito excelente para
a governança corporativa da empresa, para a transparência,
atuação da área de RI e para controle de riscos. O conceito
bom foi assinalado para os seguintes itens: atuação nas áreas
social e ambiental e para a política de pagamento de dividendos.
A empresa já mostra perspectivas promissoras para este
ano. Fechou o primeiro trimestre com crescimento de 14%
na receita líquida, que totalizou R$ 240 milhões O lucro líquido
ajustado chegou a R$ 38,5 milhões, uma variação de 1,6 %
em relação ao valor obtido no mesmo período do ano passado.
A companhia também conquistou 622 clientes novos, com
aumento de 36,1% em relação ao primeiro trimestre de 2009.
Com margem de 23,4%, o Ebitda (lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) da Totvs somou mais de
R$ 60,8 milhões, o terceiro maior da história da companhia
neste período.
Heading up its sector, and ranking seventh worldwide
for integrated management systems development (ERP),
Totvs closed 2009 by proving yet again the validity of its
business model. Even during a recession, it ended the year
with record profits of R$ 120.3 million, 150% higher than
its 2008 figures, with 2,591 new software customers.
This performance allowed it to create 212.44% value
for its shareholders last year, averaging out at 93.18%
over the past three years and bringing it the Sector
Highlight Prize. Its market value more than trebled, up
from R$ 1.15 billion in 2008 to R$ 3.68 billion by yearend 2009.
Evaluation – According to the analysts consulted by
the Association of Capitals Market Investment Analysts
and Professionals (APIMEC), more than 90% of its
earnings were brought in through its operating activities
last year. They feel that there is a high probability of Totvs
maintaining this level of earnings over the short, medium
and long terms.
The specialists rated it as Excellent for Corporate
Governance, Transparency, Investor Relations and Risk
Control, with its Outreach and Environmental activities
and Dividends Payment policy scored as Good.
Already hinting promising prospects for 2010, it
closed the first quarter with 14% growth in its net revenues
of R$ 240 million, while its adjusted net profits reached
R$ 38.5 million, with a variation of 1.6% compared to
the figures for the same period last year. It also signed up
622 new customers, 36.1% more than during the first
quarter of 2009.
With a margin of 23.4%, its Earnings before Interest,
Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) topped
R$ 60.8 million, the third highest figure in its history for
this period.
Totvs
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
102
1.152.327.350
3.675.983.436
16.511.085
22.499.978
0
212,44%
93,18%
TELECOMUNICAÇÕES
/ Telecommunication
VIVO
Boas práticas corporativas geram frutos
VIVO: Good corporate practices set the tone
A
Vivo encerrou o ano consolidando a posição de
liderança no mercado de telefonia, com 29,75%
de market share. O total de 51,7 milhões de acessos
representou um crescimento de mais de 15% em relação à
base de 2008. O share de receitas foi ainda maior, superando
os 30%. Em relação ao ano anterior, o lucro líquido da empresa
teve avanço de 120%, atingindo R$ 857,5 milhões.
Em novembro do ano passado, a Vivo foi selecionada
para fazer parte da carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade)
da BM&FBovespa. Outro resultado positivo foi obtido em
março de 2010, quando a Vivo Participações S.A. teve seu
rating de crédito corporativo de longo prazo elevado pela
Standard & Poor’s de ‘brAA’ para ‘brAAA’. Também foram
revistos para cima os ratings das debêntures, no valor de R$ 1
bilhão com vencimento em 2015, e de R$ 810 milhões com
vencimento em 2019, de ‘brAA’ para ‘brAAA’.
Avaliação –Todos esses fatores contribuíram para a vitória
da Vivo como Destaque Setorial, do segmento de
telecomunicações. No ano passado, a empresa criou 85,8%
de valor para seus acionistas e 20,2% na média dos últimos
três anos. E mais, o valor de mercado da empresa pulou de R$
10,4 bilhões em 2009 para R$ 21,7 bilhões no final de 2009.
Os analistas da Apimec (Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) que
avaliaram a empresa consideram excelente a política de controle
de riscos da empresa. Para os itens transparência, relações com
os investidores, governança corporativa e política de pagamento
de dividendos e atuação em projetos sociais e ambientais eles
atribuíram o conceito “bom”.
Consideraram relevante o fato de mais de 90% do resultado
obtido pelo Vivo em 2009 ter sido gerado por atividades
operacionais. Para os analistas, a empresa tem alta probabilidade
de sustentar esses resultados no curto, médio e longo prazos.
Closing the year in a solid position of leadership on
the telephony market, with a market share of 29.75%,
Vivo posted growth of more than 15% in its subscriber
base compared to 2008, with 51.7 million terminals. Its
share of revenues was even higher, topping 30%, with
net profits up by 120% over 2008, reaching R$ 857.5
million.
In November 2009, Vivo was selected by the
BM&FBovespa to join the portfolio underpinning its
Business Sustainability Index (ISE). Another positive step
was an upgrade in its Standard & Poor’s long term credit
rating in March 2010, raised from ‘brAA’ to ‘brAAA’. Its
debentures ratings were also upped from ‘brAA’ to
‘brAAA’, for issues worth R$ 1 billion maturing in 2015,
and R$ 810 million maturing in 2019.
All these factors helped qualify Vivo as the
Telecommunications Sector Highlight. Last year, it
created 85.8% value for its shareholders, with an average
of 20.2% for the past three years, while its market value
more than doubled, up from R$ 10.4 billion in 2009 to
R$ 21.7 billion by year-end 2009.
Evaluation – The analysts appointed by the
Association of Capitals Market Investment Analysts and
Professionals (APIMEC) to assess Vivo scored its Risk
Control policy as Excellent, with Transparency, Investor
Relations, Corporate Governance, Dividends Payment
Policy and Environmental and Outreach Projects all rated
as Good.
Assigning much importance to the fact that more
than 90% of its 2009 earnings were generated by its
operating activities, they felt that it has a high probability
of sustaining this performance over the short, medium
and long terms.
Vivo
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
10.415.035.634
21.765.000.085
270.706.497
104.268.780
2.069.623.672
85,84%
20,19%
103
Prêmio Abrasca de Criação de Valor
Abrasca Value Creation Prize
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
/ Transport and logistics
CCR
Nota máxima em governança corporativa
CCR: Top score for corporate governance
C
CR Rodovias, o maior grupo privado de concessões
de infraestrutura do país e um dos cinco mais
representativos do mundo, registrou, em 2009,
volume recorde em suas rodovias. A empresa encerrou o ano
com um aumento de 17,1% no tráfego. Apenas no quarto
trimestre, o crescimento foi de 19,5%, em comparação com
os últimos três meses de 2008. A receita líquida em 2009
totalizou R$ 3.387 milhões, com crescimento de 14,8%, e
com lucro líquido R$ 634,6 milhões.
Marcaram ainda o exercício da CCR: a aquisição de 45%
do capital da Controlar, empresa responsável pela inspeção
veicular ambiental em São Paulo; o financiamento da dívida
de mais de R$ 2 bilhões para o trecho oeste do Rodoanel; e, a
realização da terceira oferta pública de ações, que arrecadou
mais de R$ 1 bilhão. No ano passado, a empresa criou 69,7%
de valor para os acionistas e 27,8% na média dos últimos três
anos, números que garantiram à CCR conquistar pela segunda
vez o Prêmio Destaque Setorial.
Avaliação – A empresa recebeu conceito excelente em quase
todos os itens qualitativos avaliados pelos analistas indicados pela
Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento
do Mercado de Capitais): Transparência, relações com os
investidores, atuação na área social, controle de riscos, governança
corporativa e política de dividendos. O conceito bom foi dado
apenas para sua atuação em projetos sociais.
As analistas consideram como positivo o fato de que mais
de 90% dos resultados obtidos pela empresa terem sido
decorrentes de atividades operacionais. Acham, inclusive, que
a companhias tem alta probabilidade de manter esses resultados
no curto, médio e longo prazos.
A CCR foi a primeira empresa a ingressar no Novo
Mercado da BM&FBovespa, segmento que exige excelência
na prática de governança corporativa. As ações da companhia
também fazem parte dos índices IBrX-50, IBrX-100, MSCI
Latin America e Ibovespa.
Ranking among the world’s five largest privately owned
infrastructure concessions group and the largest in Brazil,
CCR Rodovias posted record figures for its highway
concessions in 2009, ending the year with a 17.1% increase
in traffic. During the fourth quarter, growth was 19.5%
higher than in last three months of 2008. Rising by 14.8%
in 2009, its net revenues topped R$ 3,387 million, with
net profits of R$ 634.6 million.
Other highlights of the year for CCR include: the
acquisition of 45% of the capital of Controlar in São Paulo,
a firm specializing in environmental inspections of vehicles;
financing more than R$ 2 billion debt for the western
segment of the Rodoanel ring road, also in São Paulo; and
its third public share offering, which brought in more than
R$ 1 billion. Last year, it created 69.7% value for its
shareholders, with an average of 27.8% over the past three
years, bringing CCR the Sector Highlight Prize for the
second time.
Evaluation – It was rated as Excellent for almost all
the qualitative aspects assessed by the analysts appointed
by the Association of Capitals Market Investment Analysts
and Professionals (APIMEC): Transparency, Investor
Relations, Outreach Activities, Risk Control, Corporate
Governance and Dividends Policy, with its Outreach
Projects rated as Good.
The analysts viewed as positive the fact that more than
90% of its earnings were brought in through its operating
activities. They also felt that Braskem had a high probability
of maintaining this performance over the short, medium
and long terms.
The first company listed on the Novo Mercado of the
BM&FBovespa - the top-tier corporate governance segment
– CCR shares are also included in the following Indexes:
IBrX-50, IBrX-100 and MSCI Latin America, as well as
the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA).
CCR
Valor de mercado 2008 / Market capitalization 2008
Valor de mercado 2009 / Market capitalization 2009
Dividendos / Dividends
Juros sobre capital próprio / Interest on equity
Aumento de capital / Increasing stockholders equity
Criação de valor aos acionistas / Stockholders value creation
Criação de valor ao acionista 3 anos / Shareholder value creation 3 years
104
9.525.295.534
17.607.318.352
608.683.718
0
1.263.735.000
69,68%
27,78%
Aprimoramento da regulação
e autorregulação do mercado
O ano legislativo de 2009 no mercado de capitais brasileiro foi
marcado pelo aprimoramento de inúmeras normas editadas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para garantir maior
transparência das informações prestadas ao mercado. Na entrevista que
abre essa seção, Henry Sztutman, sócio do escritório Pinheiro Neto
Advogados e presidente da Comissão Jurídica da Associação Brasileira
das Companhias Abertas (Abrasca), diz que o destaque do ano passado
na área legislativa foi a edição da Instrução 480, em substituição à antiga
Instrução 202, que estabeleceu novas regras sobre o registro e informações
a serem prestadas por emissores de valores mobiliários. Não foram poucas
também as iniciativas adotadas pelas principais entidades do mercado.
Entre elas, a Abrasca, que prepara seu Código de Autorregulação, que
deverá estar concluído no final deste ano.
An important year for legislation, in 2009 Brazil’s capitals market
welcomed a steady stream of directives issued by the Brazilian Securities
Commission (CVM), ensuring greater transparency for information
disclosed to the market. In the interview opening this Section, Henry
Sztutman - a partner in the Pinheiro Neto Advogados law firm who also
chairs the Legal Affairs Commission of the Brazilian Association of PubliclyHeld Companies (ABRASCA) - notes that last year’s legislative highlight
was the promulgation of CVM Instruction Nº 480. Replacing Instruction
Nº 202, it establishes the new rules on listing and the information to be
disclosed by companies issuing securities. Many other initiatives were also
adopted by the main market entities, including ABRASCA, which is
currently drafting its own Self-Regulation Code, scheduled for completion
by year-end 2010.
Fine-tuning market rules and
self-regulation codes
106
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
ENTREVISTA COM HENRY SZTUTMAN / Interview with Henry Sztutman
Por Cleber Cabral Reis / By Cleber Cabral Reis
Instrução 480: Marco do ano legislativo no mercado
Instruction Nº 480: Market milestone of the year for legislation
O ano de 2009 foi marcado
pela forte atuação da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM)
emitindo normas e pareceres para dar
mais transparência às informações
prestadas pelas empresas. Na
avaliação de Henry Sztutman, sócio
do escritório Pinheiro Neto
Advogados e presidente da Comissão
Jurídica da Associação Brasileira das
Companhias Abertas (Abrasca), o
destaque foi a edição da Instrução
480, em substituição à antiga
Instrução 202, que trata do registro
e prestação de informações pelas
companhias abertas. Para ele, a
introdução do Formulário de
Referência, em substituição ao IAN,
permitirá às companhias acessarem
com mais rapidez o mercado.
Sztutman fala também sobre a
alteração no prazo do período de silêncio e a instrução sobre
infrações graves.
One of the most striking
characteristics of 2009 was the active
role played by the Brazilian Securities
Commission (CVM), issuing directives
and expert opinions seeking greater
transparency for corporate data. In the
view of Henry Sztutman, a partner
in the Pinheiro Neto Advogados law
firm and President of the Juridical
Commission of the Brazilian
Association of Publicly-Held
Companies (ABRASCA), the
highlight was the promulgation of
Instruction Nº 480 (replacing
Instruction Nº 202), which rules on
the registration and disclosure of
information by listed companies. He
feels that the introduction of the
Reference Form, replacing the Annual
Information (IAN), will allow
companies to access the market more
rapidly. He also spoke about alterations to the quiet period, and the
directive on serious offences.
» O que marcou o ano legislativo no mercado de capitais
brasileiro?
« O ano, sem dúvida, foi marcado pela atuação da CVM,
» What were the Legislative Landmarks for Brazil’s Capitals
Market this Year?
«Thereisnodoubtthatthisyearwascharacterizedbytheactivities
que esteve muito atenta à questão da fiscalização, colocando
várias normas revisadas em audiência pública. Outro ponto
que merece destaque foi a edição da Instrução 480, em
substituição à antiga Instrução 202, que trata do registro e
prestação de informações pelas companhias abertas. A
palavra chave para a 480 é transparência. A instrução acabou
com o IAN (informações anuais) e criou o Formulário de
Referência, o que turbinou o volume e a qualidade das
informações prestadas, periodicamente, pelas companhias.
Isso significa que as informações vão estar sempre
atualizadas, o que facilita, por exemplo, uma nova oferta
de ações. A empresa tem quase tudo pronto e só precisa
produzir o documento específico da oferta. Destaco também
a Instrução 481, que aumenta a quantidade e qualidade
das informações que as companhias precisam colocar à
disposição de seus acionistas, antes da realização das
of the CVM, which paid close attention to oversight, reviewing a
number of rules through public hearings. Another noteworthy
aspect was the promulgation of Instruction Nº 480, replacing
Instruction Nº 202, addressing the registration and disclosure of
information by listed companies. The key word in Instruction Nº
480 is transparency. This Instruction did away with the Annual
Information (IAN) form, introducing the Reference Form to
extend and enhance the quality of the information disclosed
regularly by companies. This means that the information will
always be up-to-date, speeding up new stock offerings, for example.
The company will have almost everything ready, needing only to
produce the specific document for the offering. I also spotlight
Instruction Nº 481, which increases the quantity and quality of
the information that companies must make available to their
shareholders before their general meetings, also regulating the
mechanism for publicly requesting proxies in order to make it
107
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
ENTREVISTA COM HENRY SZTUTMAN / Interview with Henry Sztutman
assembléias gerais. E também disciplina o mecanismo de
pedido público de procurações para facilitar a presença de
acionistas e seus procuradores nas assembléias.
» Existe mais algum ponto que você reconhece como positivo
na 480?
« Eu vejo muitos pontos positivos nessa instrução,
principalmente por dar muito mais agilidade para as empresas
acessarem o mercado. Esse, a meu ver, é um dos grandes méritos
da 480. Inicialmente, vai dar trabalho para as companhias
atualizarem as informações, mas tenho certeza que todas se
adaptarão rapidamente.
» Que outras medidas podem ser consideradas relevantes?
« A alteração do período de silêncio e a instrução sobre infrações
graves, que reúne em um único documento vários
procedimentos para punir irregularidades no mercado.
»
«
Qual a sua opinião sobre a redução no prazo do período
de silêncio?
A redução do prazo pode afetar o cronograma das ofertas e
easier for shareholders and their representatives to attend these
general meetings.
»IsthereanyotheraspectthatyouviewaspositiveinInstruction
Nº 480?
« I see many positive points in this Instruction, particularly as it
paves the way for companies to access the market more easily. In
my view, this is one of the great merits of this Instruction. Initially,
it will take more work for companies to update the information,
but I am confident that they will all adapt quickly.
» What other measures might be considered as relevant?
« The alteration to the quiet period and the directive on serious
offences, gathering together in a single document several procedures
for punishing irregular activities on the market.
» What is your view on shortening the quiet period?
« Shortening this period may affect the offering schedule, with
many companies finding it hard to comply with the deadline
established in this CVM Instruction. Nevertheless, I think it is
important for this semi-autonomous government entity to have
established a parameter. The period is now sixty days prior to the
“O ano, sem dúvida, foi marcado pela
atuação da CVM, que esteve muito atenta à
questão da fiscalização.”
“There is no doubt that this year was
characterized by the activities of the CVM,
which paid close attention to oversight.”
muitas empresas poderão encontrar dificuldades para cumprir
o período previsto na instrução da CVM. De qualquer forma,
achei importante a autarquia ter estabelecido um parâmetro.
O período agora é de 60 dias que antecedem o protocolo do
pedido de registro da oferta ou desde a data em que a oferta foi
decidida ou projetada, o que ocorrer por último. Todos terão
que se adequar e pronto.
submission of the application to register the offering, or from the
date on which the offering was decided or foreseen, whichever
occurs last. Everyone will simply have to adapt to this.
»
«
Já sobre a questão da divulgação da remuneração dos
administradores, o que você pode dizer sobre esse aspecto?
Sobre esse ponto, eu acho que a CVM errou na dose. Ela teve
a chance de escutar os vários agentes do mercado e, ainda assim,
resolveu adotar o critério de divulgar a remuneração maior, a
média e a menor. Acho que cabe citar que a Abrasca discutiu
profundamente esta questão em várias reuniões, das quais eu
participei. Elaboramos um documento, encaminhado à CVM,
sugerindo opções que não expunham tanto os executivos, como
a adoção de múltiplos entre a maior e a menor remuneração e
outros. Ou seja, uma forma alternativa que atenderia à exigência
da autarquia e seria perfeitamente entendida pelo mercado. Mas
a CVM acabou optando por outra forma, não acatando as
sugestões do mercado. A CVM diz que não quis individualizar,
mas, na prática, vimos que o resultado foi outro quando se cumpre
108
»
«
Regarding the issue of disclosing executive remuneration:
what can you say about this aspect?
On this point, I think that the CVM went too far. It had the
chance to listen to several market agents, and nevertheless decided
to adopt the criterion of disclosing the highest, the average and the
lowest remuneration. I think that it should be placed on record
that ABRASCA discussed this issue in depth at several meetings
that I attended. We drew up a document and forwarded it to the
CVM, suggesting options that would not leave these executives so
exposed, such as the adoption of multiples between the highest
and lowest remuneration, and others, offering alternative ways of
responding to the requirements laid down by this semiautonomous government entity that would be quite clearly
understood by the market. But the CVM adopted a different
approach, not accepting suggestions from the market, although
stating that it did not wish to individualize. However, we see that
the actual outcomes of this new rule are quite different. In most
companies, the highest pay is normally received by the CEO,
thus exposing key people quite unnecessarily.
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
ENTREVISTA COM HENRY SZTUTMAN / Interview with Henry Sztutman
a norma conforme o estabelecido. Em uma companhia, a maior
remuneração normalmente é a do presidente. Então você expõe
algumas pessoas chave de uma maneira desnecessária.
» E o questionamento judicial feito à CVM por esta decisão?
« Em minha opinião, o objetivo do Ibef-Rio, ao questionar
judicialmente a decisão da autarquia, foi o de proteger seus
associados. A liminar que a entidade conseguiu na Justiça
determinava que eles não precisavam divulgar o quanto
ganham. Na verdade, divulgar as remunerações dos
administradores não tem nenhum problema, pois as empresas
sempre divulgaram. O problema está na individualização. Essa
é a crítica que a Abrasca fez à decisão da autarquia.
»
» What about the suit filed with the Courts questioning this
CVM decision?
« In my view, when the Rio de Janeiro Chapter of the Brazilian
Institute of Financial Executives (IBEF-Rio) filed a suit with the
Courts questioning the decision adopted by this semi-autonomous
government entity, it was attempting to protect its members. The
preliminary injunction handed down by the Courts stated that
executives did not need to disclose their earnings. In fact, disclosing
the pay received by senior management is not a problem, as
companies have always disclosed this – instead the problem lies in
this new individualization. This is the criticism presented by
ABRASCA of the decision adopted by this semi-autonomous
government entity.
»
Apesar da polêmica, gerada por esta decisão, a CVM teve
uma boa atuação em 2009. Foi um ano marcado por um
número expressivo de normas e instruções editadas. Você
concorda com isso?
Plenamente. A CVM teve uma grande atuação, não só em
edições de normas como no número expressivo de julgamentos.
A autarquia não só aplicou mais penalidades como fez vários
Despite the controversy generated by this decision, the CVM
performed well in 2009, promulgating a significant number of
directives and instructions. Would you agree with this?
Completely. The CVM performed extremely well, not in
only in terms of directives but also a significant number of
decisions. This semi-autonomous government entity not only
imposed penalties, but also reached various agreements in order
“A tendência é a de aumentar a
autorregulação no país. O Código da Abraça,
por exemplo, esta a caminho.”
“The trend indicates rising levels of self-regulation
practices. For example, the ABRASCA SelfRegulation Code is already being drafted.”
acordos para encerrar processos administrativos. Acho que vale
a pena destacar também o empenho da Comissão para adequar
as normas contábeis ao padrão internacional. Foi um grande
trabalho, realizado em parceria com o Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), com o objetivo de orientar
as companhias a respeito do IFRS. Entendo que este foi um
desafio regulatório importante, que marcou o ano passado e
que continuará com repercussões em 2010 e 2011.
to bring some Administrative Proceedings to a close. I think it is
also worthwhile stressing the efforts of this Commission to adapt
Brazilian accounting practices.This was a massive task, conducted
in partnership with the Accounting Pronouncements Committee
(CPC) in order to provide guidance for companies on the
International Financial Reporting Standards (IFRS). I feel that
this was a major regulatory challenge that was a landmark in
2009, with ripple effects that will continue throughout 2010
and 2011.
«
» Com a forte retomada do crescimento econômico,
conforme mostram os dados do primeiro semestre, e com as
perspectivas promissoras do mercado no médio prazo, você
acha que precisamos regular ainda mais o nosso mercado?
Acho que o mercado atingiu um ponto bom de regulação.
A tendência natural é de sempre aumentar “o tamanho da
régua” em relação às boas práticas de governança, e o órgão
regulador tem um importante papel nisso. Entretanto, temos
bastante agentes preocupados e envolvidos com autorregulação
como a ANBIMA, a BM&FBovespa, a Abrasca, entre outras
entidades. É importante dar bons exemplos. A tendência é
essa: o aumento do nível das práticas de autorregulação no
país. O Código de Autorregulação da Abraça, por exemplo,
esta a caminho.
«
110
«
» With the economy bouncing back strongly, as shown in
the data for the first half of the year, and with promising market
prospects over the medium term, do you think the Brazilian
market needs even more regulation?
I think that the market has reached a good level of regulation.
The natural trend is always to extend the yardstick, in terms of
good governance practices, and the regulator plays an important
role here. However, we have many agents that are concerned
and engaged with self-regulation, including ANBIMA,
BM&FBovespa, and ABRASCA, among other entities. It is
important to offer good examples. The trend indicates rising
levels of self-regulation practices. For example, the ABRASCA
Self-Regulation Code is already being drafted.
«
Iniciativas das entidades
Initiatives undertaken by entities during the year
ABRASCA
Brazilian Association of Publicly-Held Companies (ABRASCA)
Código de autorregulação
Self-Regulation Code
A Abrasca trabalhou intensamente ao longo de 2009 em
seu Código de Autorregulação, que deverá ser implementado
a partir de 2011. O objetivo é ampliar a adoção e a utilização,
pelas companhias abertas, de um conjunto de informações e
recomendações que contribuam para garantir um padrão de
boa governança corporativa.
O Código está baseado em princípios, ao invés de regras
detalhadas, visando dificultar o descumprimento da essência
do que se busca alcançar. Na sua concepção, o Código adota
uma abordagem de “aplique ou explique”, modelo flexível que
confere às empresas liberdade para decidir não praticar uma
ou algumas regras, na condição de explicar aos acionistas e ao
mercado os motivos para tal decisão.
Nesse sentido, as linhas mestras do Código abrangem
temas de grande relevância como: Conselho de Administração
e Diretoria Executiva;
Responsabilidade dos Administradores; Política de
Remuneração; Controles Internos e Gestão de Riscos;
Transações com Partes Relacionadas; Reorganizações
Societárias; Ofertas Públicas de Aquisição; Controle e
Divulgação de Informações Relevantes.
Alguns desses tópicos refletem preocupações manifestadas
pela CVM como, por exemplo, o tema da gestão de riscos,
cuja relevância se relaciona com as perdas com derivativos
financeiros que algumas empresas sofreram em 2008,
evidenciando a necessidade de reforçar o papel dos conselheiros
nos controles internos das companhias.
Outro ponto, de importância fundamental neste Código, é
estabelecer, para as companhias de capital aberto, um maior grau
de transparência ao realizarem transações com partes relacionadas,
principalmente as operações envolvendo empresas coligadas.
During 2009, ABRASCA worked hard on its SelfRegulation Code, which must be implemented from 2011
onwards. Its purpose is to extend the adoption and use
by listed companies of a set of recommendations
and information that underpin high corporate governance
standards.
Based on principles rather than detailed rules, this Code
is intended to discourage non-compliance with the essence of
its goals. Its basic concept is grounded on a flexible Apply or
Explain approach that leaves companies free to decide in
whether or not to implement one or more rules, provided that
they justify the reasons for such decisions to their shareholders
and the market.
The main guidelines of this Code address aspects
of the utmost importance, including: the Board and
Executive Board; Management Liability; Remuneration
Policy ; In-House Controls and Risk Management;
Transactions with Related Parties; Corporate
Restructuring Processes; and Public Stock Offerings; in
addition to Information Control and the Disclosure of
Relevant Facts.
Some of these topics reflect concerns expressed by
the CVM, such as risk management, whose relevance is
underscored by the massive losses on financial derivatives
posted by some companies in 2008, highlighting
the need to buttress the roles of Board Members for
in-house control.
Another aspect of crucial importance in this Code is to
establish a higher level of transparency for listed companies
engaging in transactions with Related Parties, particularly
associate companies.
ANBIMA
Financial and Capitals Markets Entities Association (ANBIMA)
Foco na supervisão de regras
Focus on Rules and Oversight
A entidade desenvolveu várias atividades de
autorregulação ao longo de 2009 entre elas, a nova metodologia
This Association undertook several self-regulation
activities during 2009, including the new investment fund
111
Autorregulação e divulgação
para supervisão dos Fundos de Investimentos e a implantação
de procedimentos de supervisão dos Fundos de Investimento
em Direitos Creditórios (FIDCs) tanto nos custodiantes como
nos administradores, ambos os processos amparados pelos
Códigos de Fundos e Serviços Qualificados.
A instituição realizou a primeira rodada de supervisão
nas instituições participantes do Código de Private Banking,
para verificar a adequação da recomendação de investimento
feita ao perfil do investidor. Criou uma área de supervisão de
mercados para o Programa de Certificação Continuada, com
o objetivo de acompanhar o cumprimento das regras do Código
pelas instituições participantes.
A Anbima também iniciou a publicação de penalidades
aplicadas aos associados. Em 2009, foram aplicadas 149 multas
por descumprimento dos Códigos de Regulação e Melhores
Praticas e abertos cinco procedimentos para apuração de
irregularidades.
APIMEC
Self-Regulation and disclosure
watchdog methodology and the introduction of oversight
procedures for Credit Rights Investment Funds (FIDCs),
targeting custodian and management institutions, both backed
by the Funds and Qualified Services Codes
This institution conducted the first round of
inspections at institutions covered by the Private Banking
Code, in order to ascertain whether they have adapted to
the investor profile investment recommendation. It also
set up a markets oversight area for the Ongoing
Certification Program, in order to supervise compliance
with the Code rules by participant institutions.
Additionally, ANBIMA has begun to disclose the
penalties imposed on its members: 149 fines were imposed
in 2009 for failures to comply with the Regulations and
Best Practices Codes, with five proceedings filed to
investigate irregularities.
Association of Capitals Market Investment Analysts and Professionals
Entidade avança na autorregulação
Moving ahead with Self-Regulation
Autorregulação foi o tema de destaque na Apimec em
2009, assunto que ganha cada vez mais espaço na comunidade
de analistas e profissionais de investimento. A entidade busca
mais transparência, regras claras e boas práticas de governança
corporativa no exercício da atividade.
A Apimec também conseguiu que a CVM delegasse à
entidade a supervisão e pós-certificação dos analistas, o que foi
concedido em julho de 2010 por meio da Instrução CVM nº
483. Caberá à entidade, a partir de outubro, acompanhar as análises
produzidas pelo mercado, supervisionar a qualidade dos paper”,
com recomendações de compra e venda. Haverá, inclusive, rígido
controle sobre as relações entre os analistas e as empresas.
Em decorrência desse processo, a Apimec Nacional
mudou de endereço. Agora está instalada em amplo espaço na
rua Maestro Cardim, 1170, 10º andar, São Paulo.
The top topic for APIMEC in 2009, self-regulation is
becoming increasingly more important among investment
analysts and professionals, striving for more transparency, clearer
rules and good corporate governance practices in this
community.
Additionally, APIMEC persuaded the CVM to assign it
all activities related to analyst supervision and certification,
granted in July 2010 through CVM Instruction Nº 483. From
October onwards, this Association will monitor the analyses
produced by the market, supervising the quality of its papers,
with purchase and sale recommendations, while tightly
controlling relationships between analysts and companies.
With all these added responsibilities, its national head
offices now have a new address: Rua Maestro Cardim 1170,
10th floor, São Paulo.
BM&FBOVESPA
Stocks, Commodities and Futures Exchange (BM&FBOVESPA)
A reforma do Novo Mercado
Restructuring Brazil’s Novo Mercado
Em 2009, a BM&FBOVESPA deu continuidade ao
processo de revisão das regras que diferenciam as empresas listadas
nos segmentos especiais de governança (Novo Mercado, Nível 1 e
Nível 2). Ao longo do ano, a Bolsa realizou 16 fóruns de discussão
com a presença de 169 representantes das empresas listadas nos
segmentos especiais. O objetivo foi apresentar as propostas de revisão
In 2009, the BM&FBOVESPA forged ahead with its
review of the tiering rules for companies listed in the special
governance segments (Novo Mercado, Tier 1 and Tier 2).
During the year, it hosted sixteen discussion forums that were
attended by 169 representatives of companies listed in these
special segments, where it presented the proposed revisions
112
elaboradas pela Bolsa e debater as recomendações da Câmara
Consultiva do Novo Mercado (CCNM).
Em setembro, foi realizado o seminário “Desafios do Novo
Mercado”, no Rio e em São Paulo, que reuniu mais de 700
pessoas. Participaram dos debates representantes das companhias
abertas, da CVM, da CCMN, da Câmara de Arbitragem do
Novo Mercado (CAM), investidores institucionais e
internacionais, bancos de investimento, especialistas em
governança corporativa e escritórios de advocacia.
IBRI
and discussed the recommendations drawn up by the Novo
Mercado Advisory Chamber (CCNM).
In September, seminars on the Challenges of the Novo
Mercado were held in Rio de Janeiro and São Paulo, gathering
together more than 700 people. These discussions attracted
representatives of listed companies, as well as the CVM, the
CCMN, the Novo Mercado Arbitration Chamber (CAM),
international and institutional investors, investment banks,
corporate governance specialists and law firms.
Brazilian Investor Relations Institute (IBRI)
Mudança na governança corporativa
Shifts in Corporate Governance
O ano de 2009 foi marcado por grandes transformações
no IBRI. Passou por importante mudança em sua governança
corporativa, reavaliações estratégicas de gestão estrutural e de
comunicação. O Instituto realizou AGE (Assembléia Geral
Extraordinária), na qual seus associados aprovaram o novo
estatuto, que implementa alterações na estrutura de governança
e gestão do IBRI.
Nesse novo modelo, o Conselho de Administração
assume uma função mais estratégica, com foco em cobrar
resultados da diretoria como: olhar orçamento, analisar
planejamento e examinar pronunciamentos públicos do
Instituto. A Diretoria Executiva é nomeada e se torna a
representante institucional e a Superintendência, ao lado da
Diretoria, passa a assumir a representação legal, continuando a
tocar o dia a dia do IBRI. Nesse modelo, todos os associados
têm o mesmo direito de voto. Além disso, o IBRI buscou a
excelência em suas práticas de governança corporativa com a
atualização de seus regulamentos internos para todas as
Comissões, Presidência do Conselho e Diretoria.
O instituto realizou ainda o 11º Encontro de RI, em
parceria com a Abrasca, e o seminário “Políticas de Divulgação
e de Negociação: Qual a atual situação? Fez ainda uma ampla
pesquisa sobre este tema. O levantamento, realizado junto a
551 companhias abertas, mostrou que as empresas brasileiras
ainda têm muito que evoluir em termos de melhores práticas
de divulgação e negociação. A pesquisa chamou a atenção para
a importância da disseminação interna da cultura dos Comitês
de Divulgação em uma companhia.
A entidade publicou também o “Caderno de
Sustentabilidade IBRI – O Mercado de Carbono”. A publicação
teve como objetivo estimular o debate sobre o aquecimento
global e elucidar pontos acerca do mercado de carbono. Além
dos cursos que já realiza, como o MBA Relações com Investidores
em parceria com a FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas
Contábeis, Atuariais e Financeiras), lançou o curso sobre
“Formação do Profissional de Relações com Investidores”.
A year of sweeping changes for this Institute, 2009 saw a
major shift in its corporate governance, reviewing its strategic
management and communications structures. It convened
an Extraordinary General Meeting at which its members
approved the new By-Laws, altering its governance and
management framework.
Through this new model, its Board plays a more strategic
role, focused on demanding more from its Officers, such as:
monitoring its budgets, analyzing its planning, and examining
its public statements.
The Executive Board is appointed as its institutional
representative, while its Superintendency and Officers take
over its legal representation and continue to handle its routine
activities. Under this model, all its members have the same
voting rights. Moreover, the IBRI is striving for excellence in
its Corporate Governance practices through updating the
internal regulations for all its Commissions, the Chairman of
the Board and the Executive Board.
It also hosted the XI Investor Relations Meeting
jointly with ABRASCA, as well as a Seminar on Disclosure
and Trading Policies: What is the Current Situation?
Additionally, it conducted a broad-ranging survey of this
topic, contacting 551 listed companies and confirming
that Brazilian corporations still have a long way to go in
terms of the best disclosure and trading practices. This
survey also spotlighted the importance of in-house
dissemination of a Disclosure Committees culture among
these companies.
It also published a booklet on Sustainability and the
Carbon Market, spurring discussions of global warming
and clearing up points related to the carbon market. In
addition to the courses already in place, such as the MBA
in Investor Relations conducted in partnership with the
Accounting, Actuarial and Financial Research Institute
Foundation (FIPECAFI), it launched a training course
for Investor Relations professionals.
113
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
Legislação
Legislation
Conselho Monetário Nacional (CMN)
National Monetary Council (CMN)
Resolução 3.794 de 07.10.2009 – Altera o art. 9º da Resolução
nº 2.827, de 30/03/01, estabelece novas condições para
concessão de empréstimos em moeda pelos Estados e Distrito
Federal por instituições financeiras federais.
Resolution Nº 3,794 – Oct 7, 2009 – Alters Article 9 of Resolution
Nº 2,827 dated March 30, 2001, establishing the establishing the
new conditions for granting cash loans by the States and the Federal
Districts through federal financial institutions.
Resolução 3.793 de 28.09.2009 – Altera o art. 1º da Resolução
nº 3.692, de 26/03/09, que dispõe sobre a captação de depósitos
a prazo, com garantia especial proporcionada pelo Fundo
Garantidor de Créditos (FGC).
Resolution Nº 3,793 – Sep 28, 2009 – Alters Article 1 of
Resolution Nº 3,692 dated March 26, 2009, ruling on the
uptake of term deposits with special guarantees offered by the
Credit Guarantee Fund (FGC).
Resolução 3.792 de 24.09.2009 – Dispõe sobre as diretrizes de
aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados
pelas entidades fechadas de previdência complementar.
Resolution Nº 3,792 – Sep 24, 2009 – Rules on the guidelines
for allocating funds serving as collateral for plans managed as
closed supplementary pension funds.
Resolução 3.790 de 24.09.2009 – Dispõe sobre as aplicações
dos recursos em moeda corrente dos regimes próprios de
previdência social instituídos pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.
Resolution Nº 3,790 – Sep 24, 2009 – Rules on the allocation
of cash funds under the specific social welfare schemes
established by the Federal, State, and Municipal Governments
and the Federal District.
Resolução 3.787 de 24.09.2009 – Define a Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) para o quarto trimestre de 2009.
Resolution Nº 3,787 – Sep 24, 2009 – Defines the Long
Term Interest Rate (LTIR) for the fourth quarter of 2009.
Resolução 3.786 – 24.09.2009 – Dispõe sobre a elaboração e
a divulgação de demonstrações contábeis consolidadas com
base no padrão contábil internacional emitido pelo
International Accounting Standards Board (IASB).
Resolution Nº 3,786 – Sep 24, 2009 – Rules on the
preparation and disclosure of consolidated financial statements
based on the international accounting standards issued by the
International Accounting Standards Board (IASB).
Resolução 3.691 de 01.09.2009 – Altera a Resolução nº 3.622,
de 09/10/2008 que dispõe sobre as operações de redesconto e
de empréstimo de que trata a Medida Provisória nº 442, de
06/10/2008, e dá outras providências.
Resolution Nº 3,691 – Sep 1, 2009 – Alters Resolution Nº
3,622 dated October 9, 2008, ruling on the rediscount and
loan transactions addressed by Provisional Measure Nº 442
dated October 6, 2008, and other matters.
Resolução 3.771 de 26.08.2009 – Altera a Resolução nº 3.198,
de 2004, que regulamenta a prestação de serviços de auditoria
independente para as instituições financeiras, demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e para as
câmaras e prestadores de serviços de compensação e de
liquidação.
Resolution Nº 3,771 – Aug 26, 2009 – Alters Resolution Nº
3,198/2004, which regulates the rendering of independent
auditing services to financial institutions, other institutions
authorized to function by the Brazilian Central Bank, as well
as to clearance and settlement chambers and service providers.
Resolução 3.761 de 29.07.2009 – Altera a Resolução nº 3.105,
de 25 de junho de 2003, que dispõe sobre a concessão de prazo ao
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para
enquadramento no limite de aplicação de recursos no Ativo
Permanente, de que trata a Resolução nº 2.283, de 05/06/96.
114
Resolution Nº 3,761 – Jul 29, 2009 – Alters Resolution Nº
3,105 dated June 25, 2003, ruling on the granting a grace
period to the National Social and Economic Development
Bank (BNDES) for qualifying under the fund allocation ceiling
for its Permanent Assets, addressed by Resolution Nº 2,283
dated June 5, 1996.
Resolução 3.760 de 29.07.2009 – Autoriza o lançamento,
no exterior, de Programas de Depositary Receipts lastreados
em ações de emissão de instituições financeiras com sede no
País, com ações negociadas em bolsas de valores.
Resolution Nº 3,760 – Jul 29, 2009 – Authorizes the
launch outside Brazil of Depositary Receipt Programs based
on shares issued by financial institutions with head offices
in Brazil, and with shares traded on stock exchanges.
Resolução 3.756 de 01.07.2009 – Altera as Resoluções nos
394, de 03/11/76, que disciplina as atividades dos bancos de
desenvolvimento, e 2.515, de 29/06/98, que entre outras
disposições, trata da captação de recursos externos por bancos
estaduais.
Resolution Nº 3,756 – Jul 1, 2009 – Alters Resolution
Nº 394 dated November, 3, 1976, which regulates the
activities of development banks, and Resolution Nº 2,515
dated June 29, 1998, addressing the uptake of foreign
funding by state banks, among other matters.
Resolução 3.753 – 30.06.2009 – Altera o prazo para conclusão
de negociações decorrentes da aquisição de direitos sobre folhas
de pagamento para efeito de exclusão do cálculo do limite de
aplicação de recursos no Ativo Permanente.
Resolution Nº 3,753 – Jun 30, 2009 – Alters the period
of completing negotiations arising from the acquisition of
rights on payrolls, for exclusion from the calculation
establishing the fund allocation ceiling under the Permanent
Assets.
Resolução 3.751 de 30.06.2009 – Define procedimentos de
salvaguarda às instituições financeiras à vista do disposto no
art. 33 da Lei Complementar nº 101, de 04/05/00, bem como
procedimentos para exigir comprovação de cumprimento dos
limites e condições para a contratação de operações de crédito.
Resolução 3.750 de 30.06.2009 – Estabelece critérios e
condições para a divulgação, em notas explicativas, de
informações sobre partes relacionadas por instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.
Resolução 3.748 de 30.06.2009 – Fixa a meta para a inflação
e seu intervalo de tolerância para o ano de 2011.
Resolução 3.744 de 30.06.2009 – Altera o art. 2º da Resolução
nº 3.631, de 30/10/08 que dispõe sobre a realização de contrato
de swap de moedas entre o Banco Central do Brasil e o Federal
Reserve Bank of New York.
Resolução 3.723 de 12.05.2009 – Altera o inciso VII do art.
9º-N da Resolução nº 2.827, de 30/03/01, que autoriza a
contratação de empréstimos em moeda pelos Estados e Distrito
Federal por instituições financeiras federais.
Resolução 3.721 de 30.04.2009 – Dispõe sobre a
implementação de estrutura de gerenciamento do risco de
crédito.
Resolução 3.719 de 30.04.2009 – Dispõe sobre o recebimento
da receita de exportação e dá outras providências.
Resolução 3.717 de 23.04.2009 – Altera a Resolução nº 3.692,
de 2009, que dispõe sobre a captação de depósitos a prazo,
com garantia especial proporcionada pelo Fundo Garantidor
de Créditos (FGC).
Resolution Nº 3,751 – Jun 30, 2009 – Defines the
safeguard procedures for financial institutions, pursuant to
the provisions set forth in Article 33 of Supplementary Law
Nº 101 dated May 4, 2000, as well as procedures for
requiring compliance with the ceilings and conditions for
undertaking credit transactions.
Resolution Nº 3,750 – Jun 30, 2009 – Establishes the
criteria and conditions for the disclosure in explanatory
notes of information on related parties by financial
institutions and other institutions authorized to operate by
the Brazilian Central Bank.
Resolution Nº 3,748 – Jun 30, 2009 – Establishes the
goal for inflation and its tolerance bracket for 2011.
Resolution Nº 3,744 – Jun 30, 2009 – Alters Article 2 of
Resolution Nº 3,631 dated October 30, 2008 which rules
on the currency swap agreements between the Brazilian
Central Bank and the Federal Reserve Bank of New York.
Resolution Nº 3,723 – May 12, 2009 – Alters item VII of
Article 9N of Resolution Nº 2,827 dated March 30, 2001,
which authorizes loans taken out in currency by the States
and Federal District through Federal financial institutions.
Resolution Nº 3,721 – Apr 30, 2009 – Rules on the
implementation of the Credit Risk Management structure.
Resolution Nº 3,719 – Apr 30, 2009 – Rules on the receipt
of export revenues and other measures and other matters.
Resolution Nº 3,717 – Apr 23, 2009 – Alters Resolution
Nº 3,692/2009, ruling on the uptake of term deposits with
special collateral provided by the Credit Guarantee Fund
(FGC).
115
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
Resolução 3.716 de 17.04.2009 – Inclui o art. 9º-N à
Resolução nº 2.827, de 30/03/01, autorizando a contratação
de empréstimos em moeda pelos Estados e Distrito Federal
por instituições financeiras federais.
Resolution Nº 3,716 – Apr 17, 2009 – Includes Article 9N
in Resolution Nº 2,827 dated March 30, 2001, authorizing
currency loans taken out by the States and Federal District
through Federal financial institutions.
Resolução 3.715 de 16.04.2009 – Altera o art. 2º da Resolução
nº 3.622 que dispõe sobre as operações de redesconto e de
empréstimo de que trata a Medida Provisória nº 442, de 06/
10/08, e dá outras providências.
Resolution Nº 3,715 – Apr 16, 2009 – Alters Article 2 of
Resolution Nº 3,622 which rules on the re-discounted loan
transactions addressed by Provisional Measure Nº 442 dated
Oct 6, 2008, and other matters.
Resolução 3.707 de 08.04.2009 – Altera a Resolução nº 3.631,
de 30/10/2008, que dispõe sobre a realização de contrato de
swap de moedas entre o Banco Central do Brasil e o Federal
Reserve Bank of New York.
Resolution Nº 3,707 – Apr 8, 2009 – Alters Resolution Nº
3,631 dated October 30, 2008, ruling on the currency swap
agreements between the Brazilian Central Bank and the Federal
Reserve Bank of New York.
Resolução 3.697 de 26.03.2009 – Prorroga o prazo
estabelecido no art. 1º da Resolução nº 3.105, de 2003, e
altera o cronograma para enquadramento do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no limite
de aplicação de recursos no Ativo Permanente.
Resolution Nº 3,697 – Mar 26, 2009 – Extends the period
established in Article 1 of Resolution Nº 3,105/2003, and
alters the schedule for compliance by the National Social and
Economic Development Bank (BNDES) for compliance with
the allocation of funds under the Permanent Assets.
Resolução 3.695 de 26.03.2009 – Dispõe acerca de
procedimentos relativos à movimentação e à manutenção de
contas de depósitos.
Resolution Nº 3,695 – Mar 26, 2009 – Rules on the
procedures for operating and maintaining deposit accounts.
Resolução 3.694 de 26.03.2009 – Dispõe sobre a prevenção de
riscos na contratação de operações e na prestação de serviços por
parte de instituições financeiras e demais instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Resolução 3.693 de 26.03.2009 – Veda a cobrança de despesas
de emissão de boletos, alterando o art. 1º da Resolução nº
3.518, de 2007.
Resolução 3.692 de 26.03.2009 – Dispõe sobre a captação
de depósitos a prazo, com garantia especial proporcionada pelo
Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Resolução 3.689 de 04.03.2009 – Altera a Resolução nº 3.672,
de 17 de dezembro de 2008, que estabelece critérios e condições
especiais para a realização de operações de empréstimo em
moeda estrangeira de que trata a Lei nº 11.882, de 23 /12/08,
e dá outras providências.
Resolução 3.683 de 29.01.2009 – Altera o art. 2º da Resolução
nº 3.622, de 2008.
Resolution Nº 3,694 – Mar 26, 2009 – Rules on the
prevention of risks when undertaking transactions and
rendering services by financial institutions and other institutions
authorized to function by the Brazilian Central Bank.
Resolution Nº 3,693 – Mar 26, 2009 – Bans fees charged for
issuing bank slips, altering Article 1 of Resolution Nº 3,518/
2007.
Resolution Nº 3,692 – Mar 26, 2009 – Rules on the uptake
of term deposits with special guarantees offered by the Credit
Guarantee Fund (FGC).
Resolution Nº 3,689 – Mar 4, 2009 – Alters Resolution Nº
3,672 dated December 17, 2008, which establishes the special
criteria and conditions for undertaking loan transactions in
foreign currency addressed by Law Nº 11,882 dated December
23, 2008, and other matters.
Resolution Nº 3,683 – Jan 29, 2009 – Alters Article 2 of
Resolution Nº 3,622/2008.
Resolução 3.681 de 29.01.2009 – Estabelece novas condições
para a concessão de empréstimos e financiamentos de
subvenção econômica pela União no âmbito do REVITALIZA
destinados a operações de capital de giro.
Resolution Nº 3,681 – Jan 29, 2009 – Establishes the new
conditions for granting loans and financing for economic
investments by the Federal Government under the aegis of
the REVITALIZA program, intended for working capital
transactions.
Resolução 3.679 de 29.01.2009 – Regulamenta os arts. 24,
Resolution Nº 3,679 – Jan 29, 2009 – Regulates Articles 24,
116
25 e 26 da Lei n° 11.775, de 17/09/08, e revoga a Resolução
nº 3.580, de 29/05/08.
25 and 26 of Law Nº 11,775 dated September 17, 2008,
and revokes Resolution Nº 3,580 dated May 29, 2008.
Resolução 3.675 de 29.01.2009 – Prorroga o prazo para o
embarque de mercadorias ou para a prestação de serviços com
entrega de documentos pactuada em contrato de câmbio de
exportação.
Resolution Nº 3,675 – Jan 29, 2009 – Extends the period
for shipping goods or rendering services with presentation
of documents agreed in foreign exchange export contracts.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Brazilian Securities Commission (CVM)
INSTRUÇÕES
Instructions
Instrução 481 de 17.12.2009 – Dispõesobreinformaçõesepedidos
públicos de procuração para exercício do direito de voto em
assembléias de acionistas. Revoga a Instrução 341/00 que dispõe
sobre o anúncio de convocação de Assembléia Geral. (Publicada no
DOU de 02.02.10). (Retificada no DOU de 12.02.10).
Instruction Nº 481 – Dec 17, 2009 – Rules on the information
and public requests for proxies to exercise voting rights at general
shareholders’ meetings. Revokes Instruction Nº 341/00 regulating
convocation announcements for general meetings. (Published:
FGG* on February 2, 2010, rectified on Feb 12, 2010).
Instrução 480 de 07.12.2009 – Dispõe sobre o registro de
emissores de valores mobiliários admitidos à negociação em
mercados regulamentados de valores mobiliários. Revoga
diversos dispositivos editados pela Autarquia. (Publicada no
DOU de 09.12.09).
Instruction Nº 480 – Dec 7, 2009 – Rules on the registration
of the issuers of securities accepted for trading on regulated
securities markets. Revokes several provisions promulgated by
the CVM. (Published: FGG* on Dec 9, 2009).
Instrução 479 de 07.12.2009 – Altera a Instrução 422/05
que dispõe acerca da emissão de Nota Comercial do
Agronegócio para distribuição pública e dos registros de oferta
pública de distribuição e de emissora desse valor mobiliário.
(Publicada no DOU de 09.12.09).
Instrução 478 de 11.09.2009 – Altera a Instrução 472/08,
que dispõe sobre a constituição, a administração, o
funcionamento, a oferta pública de distribuição de cotas e a
divulgação de informações dos Fundos de Investimento
Imobiliário – FII. (Publicada no DOU de 14.09.09).
Instrução 477 de 28.01.2009 – Altera a Instrução 209/94,
que dispõe sobre a constituição, o funcionamento e a
administração dos Fundos Mútuos de Investimento em
Empresas Emergentes. (Publicada no DOU de 29.01.09).
Instrução 476 de 16.01.2009 – Dispõe sobre as ofertas públicas
de valores mobiliários distribuídas com esforços restritos e a
negociação desses valores mobiliários nos mercados
regulamentados. (Publicada no DOU de 19.01.09).
Instruction Nº 479 – Dec 7, 2009 – Alters Instruction Nº
422/05, ruling on the issue of Commercial Agri-Business Notes
for public distribution and the records of public distribution
offerings and the issuers of these securities. (Published: FGG*
on Dec 9, 2009).
Instruction Nº 478 – Sep 11, 2009 – Alters Instruction Nº
472/08, ruling on the establishment, management,
functioning, public offering for the distribution of quotas and
the disclosure of information by Real Estate Investment Funds
(FII). (Published: FGG* on Sep 14, 2009).
Instruction Nº 477 – Jan 28, 2009 – Alters Instruction Nº
209/94, ruling on the establishment, functioning and
management of Mutual Investment Funds in Emerging
Enterprises. (Published: FGG* on Jan 29, 2009).
Instruction Nº 476 – Jan 16, 2009 – Rules on the public
offerings of distributed securities with limited efforts and the
trading of these securities on regulated markets. (Published:
FGG* on Jan 19, 2009).
* Federal Government Gazette
DELIBERAÇÕES
Deliberations
Deliberação 621 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 12 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de mudanças em passivos por desativação, restauração
Deliberation Nº 621 – Dec 22, 2009 – Approves ICPCTechnical
Interpretation Nº 12 issued by the Accounting Pronouncement
Committee, addressing alterations to liabilities through closure,
117
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
e outros passivos similares. (Publicada no DOU de 24.12.09
– Retificada no DOU de 29.12.09).
restoration and other similar liabilities. (Published: FGG* on
December 24, 2009, rectified on Dec 29, 2009).
Deliberação 620 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 11 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de recebimento em transferência de ativos dos clientes.
(Publicada no DOU de 24.12.09).
Deliberation Nº 620 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 11 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing receipt through transfer
of customer assets. (Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberação 619 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 10 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata da aplicação inicial ao ativo imobilizado e à
propriedade para investimento dos Pronunciamentos Técnicos
CPC 27, 28, 37 e 43. (Publicada no DOU de 24.12.09).
(Retificada no DOU de 28.12.09). (Retificada no DOU de
15.01.10).
Deliberation Nº 619 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 10 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing the initial application
to property, plant and equipment and investment property
covered by CPC Technical Pronouncements Nº 27, 28, 37
and 43. (Published: FGG* on Dec 24, 2009, rectified on Dec
28, 2009, rectified on Jan 15, 2010).
Deliberação 618 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 09 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de demonstrações contábeis individuais,
demonstrações separadas, demonstrações consolidadas e
aplicação do método de equivalência patrimonial. (Publicada
no DOU de 24.12.09).
Deliberation Nº 618 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 9 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing Individual Financial
Statements, separate Financial Statements, consolidated
Financial Statements and application of the equity earnings
method. (Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberação 617 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 07 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de distribuição de lucros in natura. (Publicada no
DOU de 24.12.09).
Deliberation Nº 617 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 7 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing unprocessed profits
distribution. (Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberação 616 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 06 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de hedge de investimento líquido em operação no
exterior. (Publicada no DOU de 24.12.09 – Retificada no
DOU de 28.12.09).
Deliberation Nº 616 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 6 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing net investment hedges
for transactions conducted outside Brazil. (Published: FGG*
on December 24, 2009, rectified on Dec 28, 2009).
Deliberação 615 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 05 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata do pronunciamento técnico CPC 10 – Pagamento
Baseado em Ações – Transações de Ações do Grupo e em
Tesouraria. (Publicada no DOU de 24.12.09).
Deliberation Nº 615 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 5 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing CPC Technical
Pronouncement Nº 10: Share-Based Payments – Transactions
involving Shares issued by the Group and held in Treasury.
(Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberação 614 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 04 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 –
Pagamento Baseado em Ações. (Publicada no DOU de
24.12.09).
Deliberação 613 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 03 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de aspectos complementares das operações de
arrendamento mercantil. (Publicada no DOU de 24.12.09).
Deliberação 612 de 22.12.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 02 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
118
Deliberation Nº 614 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 4 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing the scope of CPC
Technical Pronouncement Nº 10 – Share-Based Payments.
(Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberation Nº 613 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 3 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing supplementary aspects
of leasing transactions. (Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberation Nº 612 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
que trata de contrato de construção do setor imobiliário.
(Publicada no DOU de 24.12.09).
Deliberação 611 de 22.12.2009 – Aprova a InterpretaçãoTécnica
ICPC 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata
de contratos de concessão. (Publicada no DOU de 24.12.09).
Deliberação 610 de 22.12.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 43 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata da adoção inicial dos pronunciamentos técnicos CPC
15 a 40. (Publicada no DOU de 24.12.09).
Deliberação 609 de 22.12.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 37 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata da adoção inicial das normas internacionais de
contabilidade. (Publicada no DOU de 28.12.09).
Deliberação 608 de 26.11.2009 (redação original)– Aprova
o Pronunciamento Técnico CPC 36, do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis, que trata de demonstrações
consolidadas. (Publicada no DOU de 27.11.09). (Alterada
pela Deliberação 624/10).
Deliberação 607 de 26.11.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 35, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de demonstrações separadas. (Publicada no DOU
de 27.11.09).
Deliberação 606 de 26.11.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 19, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de investimento em empreendimento conjunto.
(Publicada no DOU de 27.11.09).
Deliberação 605 de 26.11.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 18, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de investimento em coligada e em controlada.
(Publicada no DOU de 27.11.09).
Deliberação 604 de 19.11.2009 – Aprova os Pronunciamentos
Técnicos CPC 38, 39 e 40, do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, que tratam do reconhecimento e mensuração, da
apresentação e da evidenciação de instrumentos financeiros. Revoga
a Deliberação 566/08. (Publicada no DOU de 20.11.09).
Deliberação 603 de 10.11.2009 – Dispõe sobre a apresentação
dos Formulários de Informações Trimestrais – ITRs relativos
ao exercício de 2010 e sobre a adoção antecipada das normas
contábeis que devem vigorar a partir de 2010. (Publicada no
DOU de 12.11.09).
Deliberação 602 de 14.10.2009 – Revoga as Deliberações
49/87; 73/89; 136/91; 140/91; 182/95; e 459/03. (Publicada
no DOU de 21.10.09).
Technical Interpretation Nº 2 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing construction contracts
for the real estate sector. (Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberation Nº 611 – Dec 22, 2009 – Approves ICPC
Technical Interpretation Nº 1 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing concession
agreements. (Published: FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberation Nº 610 – Dec 22, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 43 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing the initial adoption
of CPC Technical Pronouncement Nºs 15 to 40. (Published:
FGG* on Dec 24, 2009).
Deliberation Nº 609 – Dec 22, 2009 – Approves CPCTechnical
Pronouncement Nº 37 issued by the Accounting Pronouncement
Committee, addressing the initial adoption of international
accounting standards. (Published: FGG* on Dec 28, 2009).
Deliberation Nº 608 – Nov 26, 2009 (original wording) Approves CPC Technical Pronouncement Nº 36, issued by
the Accounting Pronouncement Committee, addressing
consolidated Financial Statements. (Published: FGG* on Nov
27, 2009. Altered by Deliberation Nº 624/10).
Deliberation Nº 607 – Nov 26, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 35, issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing separate Financial
Statements. (Published: FGG* on Nov 27, 2009).
Deliberation Nº 606 – Nov 26, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 19, issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing investments in joint
ventures. (Published: FGG* on Nov 27, 2009).
Deliberation Nº 605 – Nov 26, 2009 – Approves CPCTechnical
Pronouncement Nº 18, issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing investments in associated
and subsidiary companies. (Published: FGG* on Nov 27, 2009).
Deliberation Nº 604 – Nov 19, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nºs 38, 39 and 40, issued by the
Accounting Pronouncement Committee, addressing the entry,
measurement, presentation and proof of Financial Instruments.
Revokes Deliberation Nº 566/08. (Published: FGG* on
November 20, 2009).
Deliberation Nº 603 – Nov 10, 2009 – Rules on the
presentation of the Quarterly Information Report (ITR) forms
for the 2010 financial year and the early adoption of accounting
standards that come into effect from 2010 onwards. (Published:
FGG* on Nov 12, 2009).
* Federal Government Gazette
119
Autorregulação e divulgação
Deliberação 601 de 07.10.2009 – Aprova a Interpretação
Técnica ICPC 08 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata da contabilização da proposta de pagamento de
dividendos. (Publicada no DOU de 08.10.09).
Deliberação 600 de 07.10.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 33 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de benefícios a empregados. Revoga a Deliberação
371/00, a partir de dezembro de 2010. (Publicada no DOU
de 08.10.09).
Deliberação 599 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 32 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de tributos sobre o lucro. (Publicada no DOU de
16.09.09).
Deliberação 598 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 31 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de ativo não-circulante mantido para venda e operação
descontinuada. (Publicada no DOU de 16.09.09).
Self-Regulation and disclosure
Deliberation Nº 602 – Oct 14, 2009 – Revokes Deliberations
Nº 49/87; 73/89; 136/91; 140/91; 182/95; and 459/03.
(Published: FGG* on Oct 21, 2009).
Deliberation Nº 601 – Oct 7, 2009 – Approves ICPCTechnical
Interpretation Nº 8 issued by the Accounting Pronouncement
Committee, addressing entries in the books of proposed
payments of dividends. (Published: FGG* on Oct 8, 2009).
Deliberation Nº 600 – Oct 7, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 33 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing employee benefits.
Revokes Deliberation Nº 371/00 from December 2010
onwards. (Published: FGG* on Oct 8, 2009).
Deliberation Nº 599 – Sep 15, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 32 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing taxes on profits.
(Published: FGG* on Sep 16, 2009).
Deliberação 597 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 30 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de receitas. (Publicada no DOU de 16.09.09).
Deliberation Nº 598 – Sep 15, 2009 – Approves CPCTechnical
Pronouncement Nº 31 issued by the Accounting Pronouncement
Committee, addressing non-current assets held for sale and
discontinued operations. (Published: FGG* on Sep 16, 2009).
Deliberação 596 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 29 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de ativo biológico e produto agrícola. (Publicada no
DOU de 16.09.09).
Deliberation Nº 597 – Sep 15, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 30 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing revenues. (Published:
FGG* on Sep 16, 2009).
Deliberação 595 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 26 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de apresentação das demonstrações contábeis. Revoga
a Deliberação 488/05, a partir de dezembro de 2010. (Publicada
no DOU de 16.09.09). (Alterada pela Deliberação 624/10).
Deliberation Nº 596 – Sep 15, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 29 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing biological assets and
agricultural products. (Published: FGG* on Sep 16, 2009).
Deliberação 594 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 25 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de provisões, passivos contingentes e ativos
contingentes. Revoga a Deliberação 489/05, a partir de
dezembro de 2010. (Publicada no DOU de 16.09.09).
Deliberation Nº 595 – Sep 15, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 26 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing the presentation of
the Financial Statements. Revokes Deliberation Nº 488/05,
from December 2010 onwards. (Published: FGG* on Sep
16, 2009. Altered by Deliberation Nº 624/10).
Deliberação 593 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 24 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de evento subsequente. Revoga a Deliberação 505/
06, a partir de dezembro de 2010. (Publicada no DOU de
16.09.09).
Deliberation Nº 594 – Sep 15, 2009 – Approves CPCTechnical
Pronouncement Nº 25 issued by the Accounting Pronouncement
Committee, addressing provisions, contingent liabilities and
contingent assets. Revokes Deliberation Nº 489/05, from Dec
2010 onwards. (Published: FGG* on Sep 16, 2009).
Deliberação 592 de 15.09.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 23 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de políticas contábeis, mudança de estimativa e
retificação de erro. Revoga a Deliberação 506/06, a partir de
dezembro de 2010. (Publicada no DOU de 16.09.09).
Deliberation Nº 593 – Sep 15, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 24 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing subsequent events.
Revokes Deliberation Nº 505/06, from Dec 2010 onwards.
(Published: FGG* on Sep 16, 2009).
120
Deliberação 591 de 11.08.2009 – Delega competência à
Superintendência de Relações com o Mercado e
Intermediários para suspender atividades de intermediação
irregular no mercado de valores mobiliários por parte de
pessoas não autorizadas pela CVM, nos termos do artigo 15
da Lei nº 6.385, de 07/12/76. (Publicada no DOU de
13.08.09).
Deliberação 590 de 11.08.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Interbank FX. (Publicada
no DOU de 13.08.09).
Deliberação 589 de 11.08.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – FX Direct Dealer. (Publicada
no DOU de 13.08.09).
Deliberação 588 de 11.08.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – StartForex. (Publicada no
DOU de 13.08.09).
Deliberação 587 de 11.08.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Ava Financial Ltd. (Publicada
no DOU de 13.08.09).
Deliberação 586 de 11.08.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Forex Macro.
(Publicada no DOU de 13.08.09).
Deliberação 585 de 11.08.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Forex Capital Markets.
(Publicada no DOU de 13.08.09).
Deliberation Nº 592 – Sep 15, 2009 – Approves the Technical
Pronouncement Nº 23 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing accounting policies,
alterations to estimates and rectifications of errors. Revokes
Deliberation Nº 06/06, from Dec 2010 onwards. (Published:
FGG* on Sep 16, 2009).
Deliberation Nº 591 – Aug 11, 2009 – Delegates powers to the
Market and Broker Relations Superintendency to suspend irregular
brokering activities on the securities market by persons not
authorized by the CVM, as set forth in Article 15 of Law Nº
6,385 dated Dec 7, 1976. (Published: FGG* on Aug 13, 2009).
Deliberation Nº 590 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction
on the securities market – Interbank FX. (Published: FGG*
on Aug 13, 2009).
Deliberation Nº 589 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction
on the securities market - FX Direct Dealer. (Published: FGG*
on Aug 13, 2009).
Deliberation Nº 588 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction
on the securities market – StartForex. (Published: FGG* on
Aug 13, 2009).
Deliberation Nº 587 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction
on the securities market – Ava Financial Ltd. (Published: FGG*
on Aug 13, 2009).
Deliberation Nº 586 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction
on the securities market – Forex Macro. (Published: FGG* on
Aug 13, 2009).
Deliberação 584 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 28 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de propriedade para investimento. (Publicada no
DOU de 03.08.09).
Deliberation Nº 585 – Aug 11, 2009 – Irregular transaction
on the securities market – Forex Capital Markets. (Published:
FGG* on Aug 13, 2009).
Deliberação 583 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 27 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de ativo imobilizado. (Publicada no DOU de
03.08.09).
Deliberation Nº 584 – Jul 31, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 28 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing investment properties.
(Published: FGG* on August 3, 2009).
Deliberação 582 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 22 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de informações por segmento. (Publicada no DOU
de 03.08.09).
Deliberation Nº 583 – Jul 31, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 27 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing property, plant and
equipment assets. (Published: FGG* on Aug 3, 2009).
Deliberação 581 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento
Técnico CPC 21 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
que trata de demonstração intermediária. (Publicada no DOU
de 03.08.09).
Deliberation Nº 582 – Jul 31, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 22 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing information by
segment. (Published: FGG* on Aug 3, 2009).
Deliberação 580 de 31.07.2009 – Aprova o Pronunciamento
Deliberation Nº 581 – Jul 31, 2009 – Approves CPC
* Federal Government Gazette
121
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
Técnico CPC 15 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
que trata de combinação de negócios. (Publicada no DOU de
03.08.09).
Technical Pronouncement Nº 21 issued by the Accounting
Pronouncement Committee, addressing interim Financial
Statements. (Published: FGG* on Aug 3, 2009).
Deliberação 579 de 02.07.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Filadélphia Empréstimos
Consignados Ltda. e Srs. Carlos Henrique Vieira, Rosa Cristina
Nagib Vieira e Marilice Pimentel da Silva. (Publicada no DOU
de 03.07.09).
Deliberation Nº 580 – Jul 31, 2009 – Approves CPC
Technical Pronouncement Nº 15 issued by the Accounting
Pronouncement Committee addressing tied deals. (Published:
FGG* on Aug 3, 2009).
Deliberação 578 de 25.06.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Premium Intermediação,
Administração e Participação Ltda. e Srs. Ailton Rattis,
Alexandre Audino Campos e Lucimara de Carvalho Gouveia.
(Publicada no DOU de 26.06.09) .
Deliberação 577 de 05.06.2009 – Aprova o Pronunciamento
CPC 20 emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
intitulado “Custos de Empréstimos”. Revoga a Deliberação
193/96. (Publicada no DOU de 09.06.09).
Deliberação 576 de 05.06.2009 – Aprova o Pronunciamento
CPC 17 emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
intitulado “Contratos de Construção”. (Publicada no DOU
de 09.06.09).
Deliberação 575 de 05.06.2009 (redação original) – Aprova
o Pronunciamento CPC 16 emitido pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis intitulado “Estoques”.
(Publicada no DOU de 09.06.09). (Alterada pela Deliberação
624/10).
Deliberação 574 de 29.04.2009 – Prorroga o prazo para
apresentação, pelos auditores independentes, das informações
periódicas anuais previstas na Instrução CVM nº 308, de 14
de maio de 1999. (Publicada no DOU de 30.04.09).
Deliberação 573 de 14.04.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Srs. Wagner de Aguiar
Moraes, Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha e
Wanderley Dias Bertolucci. (Publicada no DOU de 16.04.09).
Deliberação 572 de 14.04.2009 – Atuação irregular no
mercado de valores mobiliários – Thylon Consultoria
Financeira Ltda., Sr. Cristian Carvalho Silva e Sr. Julio Reginato.
(Publicada no DOU de 16.04.09).
Deliberação 571 de 31.03.2009 – Delega competência à
Superintendência de Relações com Investidores Institucionais
– SIN para conceder a dispensa de atendimento ao art. 105 da
Instrução 409/04, e o cancelamento do registro de fundos de
investimento, nas hipóteses que especifica. (Publicada no DOU
de 01.04.09).
122
Deliberation Nº 579 – Jul 2, 2009 – Irregular transaction on the
securities market – Filadélphia Emprestimos Consignados Ltda.
and Messrs. Carlos Henrique Vieira, Rosa Cristina Nagib Vieira
and Marilice Pimentel da Silva. (Published: FGG* on Jul 3, 2009)
Deliberation Nº 578 – Jun 25, 2009 – Irregular transaction
on the securities market – Premium Intermediação,
Administração e Participação Ltda. and Messrs. Ailton Rattis,
Alexandre Audino Campos and Lucimara de Carvalho
Gouveia. (Published: FGG* on Jun 26, 2009).
Deliberation Nº 577 – Jun 5, 2009 – Approves CPC
Pronouncement Nº 20 issued by the Accounting
Pronouncement Committee entitled “Loan Costs”. Revokes
Deliberation Nº 193/96. (Published: FGG* on Jun 9, 2009).
Deliberation Nº 576 – Jun 5, 2009 – Approves CPC
Pronouncement Nº 17 issued by the Accounting
Pronouncement Committee entitled “Construction
Contracts”. (Published: FGG* on Jun 9, 2009).
Deliberation Nº 575 – Jun 5, 2009 (original wording) Approves CPC Pronouncement Nº 16 issued by the Accounting
Pronouncement Committee entitled “Inventories”. (Published:
FGG* on Jun 9, 2009. Altered by Deliberation Nº 624/10).
Deliberation Nº 574 –Apr 29, 2009 – Extends the period for
the presentation of the periodic annual information by the
independent auditors, as addressed in Instruction Nº CVM
308 dated May 14, 1999. (Published: FGG* on Apr 30, 2009).
Deliberation Nº 573 – Apr 14, 2009 – Irregular transaction on
the securities market – Messrs. Wagner de Aguiar Moraes,
Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha and
Wanderley Dias Bertolucci. (Published: FGG* on Apr 16, 2009).
Deliberation Nº 572 – Apr 14, 2009 – Irregular transaction
on the securities market – Thylon Consultoria Financeira Ltda.,
Mr. Cristian Carvalho Silva and Mr. Julio Reginato. (Published:
FGG* on Apr 16, 2009).
Deliberation Nº 571 – Mar 31, 2009 – Delegates powers to the
Institutional Investors Relations Superintendency to grant waivers
for compliance with Article 105 of Instruction Nº 409/04, and
Deliberação 570 de 30.03.2009 – Dispõe sobre o Programa
de Educação Continuada e sobre a necessidade de
aprimoramento e treinamento dos auditores independentes
em função da adoção do padrão contábil internacional emitido
pelo International Accounting Standards Board – IASB.
(Publicada no DOU de 31.03.09).
Deliberação 569 de 10.03.2009 – Altera a Estrutura
Organizacional da CVM. Revoga a Deliberação 545/08.
(Publicada no DOU de 12.03.09).
Deliberação 568 de 11.02.2009 – Altera a Deliberação 521/
07. (Publicada no DOU de 17.02.09).
Deliberação 567 de 14.01.2009 – Alerta os participantes do
mercado de valores mobiliários que a Investverde Investimentos
Sustentáveis Ltda. não se encontra habilitada a ofertar
publicamente quaisquer títulos ou contratos de investimento
coletivo e que a oferta pública realizada por tal sociedade
também não foi registrada nesta Autarquia, configurando,
portanto, procedimento irregular. (Publicada no DOU de
16.01.09).
the cancelation of registration for investment funds under the
specified hypotheses. (Published: FGG* on Apr 1, 2009).
Deliberation Nº 570 – Mar 30, 2009 – Rules on the Ongoing
Education Program and the need to upgrade and train
independent auditors, due to the adoption of the international
accounting standards issued by the International Accounting
Standards Board (IASB). (Published: FGG* on Mar 31, 2009).
Deliberation Nº 569 – Mar 10, 2009 – Alters the
Organizational Structure of the CVM. Revokes Deliberation
Nº 545/08. (Published: FGG* on March 12, 2009).
Deliberation Nº 568 – Feb 11, 2009 – Alters Deliberation
521/07. (Published: FGG* on February 17, 2009).
Deliberation Nº 567 – Jan 14, 2009 – Warns players on the
securities market that Investverde Investimentos Sustentáveis
Ltda., is not qualified to undertake public offerings of any
collective investment agreements or papers, and that the public
offering conducted by this firm was also not registered with this
semi-autonomous government entity, thus constituting an
irregular proceeding. (Published: FGG* on January 16, 2009).
* Federal Government Gazette
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon)
Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON)
COMUNICADO TÉCNICO
Technical Communiqué
Comunicado Técnico nº 05 de 13.07.2009 – Atualiza o
Comunicado Técnico nº 02/2006, de 23/01/06 sobre o
denominado “alargamento da base de cálculo” do Programa
de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
Technical Communiqué Nº 5 – Jul 13, 2009 – Updates
Technical Communiqué Nº 2/2006 dated January 32, 2006
on what is known as the “broadened calculation basis” for the
Social Integration Program (PIS) and the Social Security
Financing Levy (COFINS).
Comunicado Técnico nº 04 de 07.05.2009 – Orienta os
auditores independentes na emissão de relatórios de revisão
das Informações Trimestrais – ITR durante o ano 2009, em
decorrência das mudanças nas práticas contábeis adotadas no
Brasil ocorridas em 2008, as quais eventualmente possam afetar
a comparação entre os dois períodos.
Technical Communiqué Nº 4 – May 7, 2009 – Guides the
independent auditors when issuing Review Reports of the
Quarterly Information Reports (ITRs) in the course of 2009, due
to alterations in the accounting practices generally accepted in
Brazil in 2008, which may affect comparisons between the two
periods.
Comunicado Técnico nº 03 de 17.04.2009 – Orienta os
auditores independentes no atendimento à circular SUSEP
n° 344/2007, que dispõe sobre os controles específicos para a
prevenção contra fraudes.
Technical Communiqué Nº 3 – Apr 17, 2009 – Guides the
independent auditors in compliance with Circular N° 344/2007
issued by the Private Insurance Superintendency (SUSEP), ruling
on specific controls for preventing frauds.
Comunicado Técnico nº 02 de 20.02.2009 – Analisa assuntos
relacionados à indústria de energia elétrica que impactam as
demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31
de dezembro de 2008.
Technical Communiqué Nº 2 – Feb 20, 2009 – Analyzes
matters related to the power sector that affect the Financial
Statements covering the financial year ending on December 31,
2008.
123
Autorregulação e divulgação
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon)
Comunicado Técnico nº 01 de 19.01.2009 – Emissão de
Parecer sobre o exame das primeiras demonstrações contábeis
elaboradas de acordo com as novas práticas contábeis adotadas
no Brasil trazidas pela Lei nº 11.638/07, Medida Provisória 449/
08 e pelos Pronunciamentos Contábeis editados pelo CPC.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
Pronunciamento Técnico 43 de 04.12.2009 – Adoção Inicial
dos Pronunciamentos Técnicos 15 a 40 – O objetivo do
Pronunciamento é fornecer as diretrizes para que as demonstrações
contábeis de uma entidade de acordo com os Pronunciamentos
Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC, e as divulgações
contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por
essas demonstrações contábeis possam ser declaradas, com as
exceções do contido nos itens 4 e 5, como estando de acordo com
as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB –
International Accounting Standards Board (IFRS).
Pronunciamento Técnico 40 de 02.10.2009 – Instrumentos
Financeiros: Evidenciação – Requer que as entidades apresentem
evidenciações em suas demonstrações financeiras que permitam
que os usuários avaliem a significância dos instrumentos
financeiros para a posição patrimonial e performance da entidade;
a natureza e a extensão dos riscos oriundos de instrumentos
financeiros aos quais a entidade está exposta; e a forma pela qual
a entidade gerencia esses riscos.
Pronunciamento Técnico 39 de 02.10.2009 – Instrumentos
Financeiros: Apresentação – Estabelece os princípios para a
apresentação de instrumentos financeiros como passivos ou
instrumentos patrimoniais e para a compensação de ativos e
passivos financeiros.
Self-Regulation and disclosure
Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON)
Technical Communiqué Nº 1 – Jan 19, 2009 – Issue of an Expert
Opinion on the examination of the first Financial Statements drawn
upincompliancewiththenewaccountingpracticesgenerallyadopted
in Brazil, ushered in by Law Nº 11,638/07, Provisional Measure
Nº 449/08 and the Accounting Pronouncements promulgated by
the Accounting Pronouncements Committee (CPC).
Federal Accouting Council (CFC)
Technical Pronouncement Nº 43 – Dec 4, 2009 – Initial
adoption of Technical Pronouncements Nºs 15 to 40 – The
purpose of this Pronouncement is to present the guidelines for
the Financial Statements of an entity, in compliance with the
Technical Pronouncements, Interpretations and Guidelines
promulgated by the Accounting Pronouncements Committee
(CPC), and the interim accounting information disclosed for
partial periods covered by these Financial Statements that may
be declared, with the exceptions of the matters addressed in
items 4 and 5, as set forth in the International Financial
Reporting Standards (IFRS) issued by the International
Accounting Standards Board (IASB).
Technical Pronouncement Nº 40 – Oct 2, 2009 – Financial
Instruments / Evidence: Proof – Requires that entities present
proof in their Financial Statements that allows users to assess
the significance of the Financial Instruments for the equity
and performance positions of the entity; the type and extent
of the risks arising from the Financial Instruments to which
the entity is exposed, and the manner in which the entity
manages these risks.
Technical Pronouncement Nº 39 – Oct 2, 2009 – Financial
Instruments: Presentation - Establishes the principles for
presenting the Financial Instruments as liabilities or equity
instruments, and for offsetting financial assets and liabilities.
Pronunciamento Técnico 38 de 02.10.2009 – Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração – Disciplina o
reconhecimento e a mensuração de operações realizadas com
instrumentos financeiros – incluindo derivativos – de acordo
com o disposto no IAS 39 – Financial Instruments: Recognition
and Measurement.
Technical Pronouncement Nº 38 – Oct 2, 2009 – Financial
Instruments: Recognition and Measurement – Regulates the
recognition and measurement of transactions conducted with
Financial Instruments (including derivatives) as set forth in IAS
39 – Financial Instruments: Recognition and Measurement.
Pronunciamento Técnico 37 de 04. 12.2009 – Adoção Inicial
das Normas Internacionais de Contabilidade – Garante que as
primeiras demonstrações contábeis consolidadas de uma entidade
de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas
pelo IASB – International Accounting Standards Board (IFRS –
International Financial Reporting Standards) e as divulgações
contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por
Technical Pronouncement Nº 37 - Dec 4, 2009 – Initial
adoption of the International Accounting Standards – ensures
that the first consolidated Financial Statements of an entity are
compliant with the International Financial Reporting Standards
(IFRS) issued by the International Accounting Standards Board
(IASB) and the intermediate Financial Statements disclosed for
partial periods covered by these Financial Statements contain
124
essas demonstrações contábeis contenham informações de alta
qualidade e apresentem o mesmo resultado líquido e patrimônio
líquido, a não ser em situações excepcionais.
Pronunciamento Técnico 36 (R1) de 06.11.2009 –
Demonstrações Consolidadas – Aumenta a relevância, a
confiabilidade e a comparabilidade das informações que a
controladora fornece em suas demonstrações contábeis.
Especifica as circunstâncias em que a entidade deve consolidar
as demonstrações contábeis de outra entidade (uma
controlada), os efeitos contábeis de mudanças na participação
relativa da controladora sobre a controlada e da perda do
controle sobre a controlada e a informação que deve ser
evidenciada para permitir que os usuários avaliem a natureza
da relação entre a entidade e suas controladas.
Pronunciamento Técnico 35 de 06.11.2009 – Demonstrações
Separadas – O objetivo do Pronunciamento é aumentar a
relevância das informações que uma entidade fornece em suas
demonstrações contábeis sobre a avaliação dos investimentos
societários pelo método da equivalência patrimonial.
Pronunciamento Técnico 33 de 04.09.2009 – Benefícios a
Empregados – Estabelece as formas de remuneração concedidas
por uma entidade patrocinadora/empregadora em troca dos
serviços prestados pelos empregados.
Pronunciamento Técnico 32 de 17.07.2009 – Tributos sobre
o Lucro – Estabelece o tratamento contábil para os tributos
sobre o lucro, que inclui todos os impostos e contribuições
nacionais e estrangeiros que são baseados em lucros tributáveis.
Pronunciamento Técnico 31 de 17.07.2009 – Ativo Não
Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada
– Estabelece a contabilização de ativos não circulantes mantidos
(colocados) para venda e a apresentação e divulgação dos efeitos
de operações descontinuadas.
high quality information and present the same net profits and
net worth, except for exceptional situations.
Technical Pronouncement Nº 36 (R1) – Nov 6, 2009 –
Consolidated Financial Statements – Enhances the relevance,
reliability and comparability of the information provided by
the parent company in its Financial Statements. Specifies the
circumstances under which the entity must consolidate its
Financial Statements with those of other entities (subsidiaries),
the accounting effects of alterations in the stakes held by the
parent company in its subsidiaries and the loss of control over
subsidiaries, with the information that must be presented in
order to allow users to assess the nature of the relationship
between an entity and its subsidiaries.
Technical Pronouncement Nº 35 – Nov 6, 2009 – Separate
Financial Statements – The purpose of this Pronouncement is
to enhance the relevance of the information supplied by an
entity in its Financial Statements on the assessment of its
corporate investments through the equity earnings method.
Technical Pronouncement Nº 33 – 4 Sep 2009 – Employee
Benefits – Establishes the types of remuneration granted by a
sponsor/employer entity in exchange for the services rendered
by its employees.
Technical Pronouncement Nº 32 – Jul 17, 2009 – Taxes on
Profits - Establishes the accounting treatment for taxes on
profits, which includes Brazilian and foreign taxes and levies
that are based on taxable profits.
Technical Pronouncement Nº 31 – Jul 17, 2009 – NonCurrent Assets kept for Sale and Discontinued Operations
establishes the book-entry system for non-current assets kept
(offered) for sale and the presentation and disclosure of the
effects of discontinued operations.
Pronunciamento Técnico 30 de 09.08.2009 – Receitas –
Especifica a contabilização da receita e quando reconhecê-la.
Technical Pronouncement Nº 30 – 9 Aug 2009 – Revenues
– Specifies the entry in the accounts of revenues and when to
recognize them.
Pronunciamento Técnico 29 de 07.08.2009 – Ativo Biológico
e Produto Agrícola – Estabelece o tratamento contábil e as
respectivas divulgações, pertinentes à avaliação dos estoques
dos ativos biológicos e dos produtos agrícolas, como parte do
registro das atividades agrícolas.
Technical Pronouncement Nº 29 – 7 Aug 2009 – Biological
assets and Agricultural Products - Establishes the accounting
treatment and the respective disclosures for assessing inventories
of biological assets and agricultural products, as part of the
registration of agricultural activities.
Pronunciamento Técnico 28 de 26.06.2009 – Propriedade
Para Investimento – O objetivo deste Pronunciamento é o de
prescrever o tratamento contábil de propriedades para
investimento e respectivos requisitos de divulgação.
Technical Pronouncement Nº 28 – Jun 26, 2009 – Investment
Properties – Establishes the accounting treatment for investment
properties and the respective disclosure requirements.
Pronunciamento Técnico 27 de 26.06.2009 – Ativo
Technical Pronouncement Nº 27 – Jun 26, 2009 – Property,
Plant and Equipment – Establishes the accounting treatment
125
Autorregulação e divulgação
Self-Regulation and disclosure
Imobilizado – Estabelece o tratamento contábil para ativos
imobilizados, bem como a divulgação das mutações nesse
investimento e das informações que permitam o entendimento
e a análise desse grupo de contas.
for assets consisting of property, plant and equipment, as well
as the disclosure of alterations in these investments and
information that ensures proper understanding and analysis
of this set of accounts.
Pronunciamento Técnico 26 de 17.07.2009 – Apresentação
das Demonstrações Contábeis – Defini a base para a
apresentação de demonstrações contábeis, inclusive as separadas
e consolidadas, para assegurar a comparabilidade tanto com as
demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma
entidade quanto com as de outras entidades.
Technical Pronouncement Nº 26 – Jul 17, 2009 –
Presentation of the Financial Statements – Defines the bases
for presenting the Financial Statements, including separately
and consolidated, in order to ensure comparability with the
Financial Statements for previous periods issued by the same
entity, as well as with those issued by other entities.
Pronunciamento Técnico 25 de 26.06.2009 – Provisões,
Passivos Contingentes e Ativos Contingentes – Assegura
aplicação de critérios de reconhecimento e bases de mensuração
apropriados às provisões e garante a divulgação de informações
suficiente nas notas explicativas.
Technical Pronouncement Nº 25 – Jun 26, 2009 – Provisions,
Contingent Liabilities and Contingent Assets – Ensures the
application of appropriate recognition criteria and measurement
bases to the provisions and ensures the disclosure of sufficient
information in the explanatory notes.
Pronunciamento Técnico 24 de 17.07.2009 – Evento
Subseqüente – Estabelece que a entidade não deve preparar suas
demonstrações contábeis segundo o pressuposto da continuidade.
Technical Pronouncement Nº 24 – Jul 17, 2009 –Subsequent
Event - Establishes that the entity may not prepare its Financial
Statements based on an assumption of continuity.
Pronunciamento Técnico 23 de 26.06.2009 – Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro –
Defini critérios para a seleção, alteração e divulgação de políticas
contábeis, para as alterações nas estimativas contábeis e para as
retificações de erros.
Technical Pronouncement Nº 23 – Jun 26, 2009 – Accounting
Policies, Alterations to Estimates and Rectifications of Errors –
Defines the criteria for the selection, alteration and disclosure of
accounting policies for altering estimates and rectifying errors.
Pronunciamento Técnico 22 de 26.06.2009 – Informações
por Segmento – Especifica como a entidade deve divulgar
informações sobre seus segmentos operacionais nas
demonstrações contábeis anuais, lembrando que o
Pronunciamento Técnico CPC 21 – Demonstração
Intermediária exige que a entidade divulgue informações sobre
seus segmentos operacionais em demonstrações intermediárias.
Também define os requisitos das respectivas divulgações sobre
produtos e serviços, áreas geográficas e principais clientes.
Pronunciamento Técnico 21 de 26.06.2009 – Demonstração
Intermediária – Estabelece o conteúdo mínimo de uma
demonstração contábil intermediária e os princípios para
reconhecimento e mensuração para demonstrações completas
ou condensadas de período intermediário.
Pronunciamento Técnico 20 de 08.05.2009 – Custos de
Empréstimos – O Pronunciamento foi elaborado a partir do
IAS 23 – Borrowing Costs (IASB) e sua aplicação, no julgamento
do Comitê, produz reflexos contábeis que estão em
conformidade com o documento editado pelo IASB.
Pronunciamento Técnico 19 de 06.11.2009 – Investimento
em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture)
– Especifica como contabilizar as participações em
126
Technical Pronouncement Nº 22 – Jun 26, 2009 –
Information by Segment – Specifies how the entity must
disclose information on its operating segments in the annual
Financial Statements, recalling that CPC Technical
Pronouncement Nº 21 - Interim Financial Statements requires
the entity to disclose information on its operating segments
through interim Financial Statements. It also defines the
requirements for the respective disclosures on products and
services, geographical areas and major customers.
Technical Pronouncement Nº 21 – Jun 26, 2009 – Interim
Financial Statements - Establishes the minimum content for
interim Financial Statements and the principles for the
recognition and measurement of Financial Statements or
condensed Financial Statements covering interim periods.
Technical Pronouncement Nº 20 – May 8, 2009 – Loan
Costs - This Pronouncement was drawn up on the basis of
IAS 23 – Borrowing Costs (IASB) and its application, in the
view of the Committee produces repercussions in the accounts
that are compliant with the document published by the IASB.
Technical Pronouncement Nº 19 – Nov 6, 2009 –
Investments in Joint Venture – Specifies how to enter stakes in
the accounts held in joint ventures and the disclosure of assets,
liabilities, revenues and expenditures incurred by these ventures
empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) e
na divulgação dos ativos, passivos, receitas e despesas desses
empreendimentos nas demonstrações contábeis dos
investidores. Ele não se aplica aos investimentos em coligadas
e controladas que forem mantidos por organizações de capital
de risco, fundos mútuos, trustes e entidades similares, e também
não se aplica aos investimentos classificados como instrumentos
financeiros mantidos para negociação, de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração.
Pronunciamento Técnico 18 de 06.11.2009 – Investimento
em Coligada e em Controlada – Especifica como devem ser
contabilizados os investimentos em coligadas nas demonstrações
contábeis individuais e consolidadas do investidor e em
controladas nas demonstrações contábeis da controladora.
Pronunciamento Técnico 17 de 08.05.2009 – Contratos de
Construção – Estabelece o tratamento contábil das receitas e
despesas associadas a contratos de construção que normalmente
se caracterizam por ter suas datas de início e término em períodos
contábeis diferentes. O ponto central é o reconhecimento da
receita e da correspondente despesa ao longo dos períodos de
execução da obra nas demonstrações contábeis das contratadas.
Pronunciamento Técnico 16 de 08.05.2009 – Estoques – O
presente Pronunciamento trata da avaliação contábil dos estoques
em geral, com exceção dos ativos biológicos e produto agrícolas.
Pronunciamento Técnico 15 de 26.06.2009 – Combinação
de Negócios – Melhora a relevância, a confiabilidade e a
comparabilidade das informações que uma entidade fornece
em suas demonstrações contábeis sobre uma combinação de
negócios e sobre seus efeitos.
Codim
in the Financial Statements of the investors. This is not applied
to investments in associated and subsidiary companies held
by risk capital entities, mutual funds, trusts and similar entities,
and also does not apply to investments classified as financial
instruments held for trading purposes, as set forth in CPC
Technical Pronouncement Nº 38 - Financial Instruments:
Recognition and Measurement.
Technical Pronouncement Nº 18 – Nov 6, 2009 –
Investments in Associated and Subsidiary Companies –
Specifies how investments must be entered in the accounts
allocated to associated companies in the individual and
consolidated Financial Statements of the investors and in
subsidiary companies for the Financial Statements of the parent
company.
Technical Pronouncement Nº 17 – May 8, 2009 –
Construction Contracts - Establishes the accounting treatment
for revenues and expenditures associated with construction
contracts, whose starting and finishing dates normally occur
in different accounting periods. The main point is the
recognition of revenues and the corresponding expenditures
during the works implementation periods in the Financial
Statements of the contractors.
Technical Pronouncement Nº 16 – May 8, 2009 – Inventories
– This Pronouncement addresses the book-entry assessment
of Inventories in general, except for biological assets and
agricultural products.
Technical Pronouncement Nº 15 – Jun 26, 2009 – Tied
Deals – Enhances the relevance, reliability and comparability
of the information provided by an entity in its Financial
Statements on a tied deals and their effects.
Guidance Committee on Disclosing Information to the Market
Pronunciamento de Orientação nº 07 de 22.09.2009 – Ementa:
Período de silêncio antes da divulgação pública das demonstrações
contábeis – Padroniza procedimentos com relação a um período
de silêncio antes da divulgação de demonstrações contábeis, como
forma de contribuir para a adoção de boas práticas de governança
corporativa que fortaleçam critérios de equidade e o
desenvolvimento de maior confiabilidade no mercado.
Guideline Pronouncement Nº 7 – Sep 22, 2009 – Digest:
Silent period prior to the public disclosure of the Financial
Statements – Standardizes the procedures for a silent period
prior to the disclosure of the Financial Statements, as a way of
fostering the adoption of good Corporate Governance practices
that strengthens equity criteria and fosters the development of
greater trustworthiness on the market.
Pronunciamento de Orientação nº 06, de 05.03.2009 –
Ementa: Release. Necessidade de padronização de
procedimentos para preparação e distribuição de release, como
forma de contribuir para a adoção de boas práticas de
governança corporativa.
Guideline Pronouncement Nº 6 – Mar 5, 2009 – Digest:
Press Releases. Need to standardize the procedures for the
preparation and distribution of press releases, as a way of
fostering the adoption of good Corporate Governance practices.
127
Crise trava crescimento das
companhias abertas em 2009
Para a indústria brasileira, 2009 foi um ano de superar as adversidades
decorrentes da crise financeira internacional, iniciada no segundo semestre
de 2008. A retração da demanda internacional e o receio do
aprofundamento da crise deram uma trava generalizada nos negócios. O
primeiro trimestre foi o período mais difícil para a indústria, cuja produção
caiu 12,4% no período. No segundo trimestre, porém, começou a ser
esboçada uma tímida reação e a perda foi reduzida para 1,7%. No último
trimestre, já era possível observar uma retomada mais consistente da
atividade industrial, com uma aceleração de 5,8%. Ainda assim, o ano
terminou com as empresas registrando, na média, queda de 3,2% nas
receitas líquidas. A retração foi mais severa no setor de máquinas e
equipamentos (-18,5%), veículos automotores (-12,4%), metalurgia
básica (-17,5%) e material eletrônico (-25,5%).
Throughout 2009, Brazil’s industrial sector focused on surmounting
the difficulties caused by the international financial crisis that exploded
during the second half of 2008. Shrinking international demands and
spillover fears crippled businesses across-the-board. The first quarter was
toughest time for industry, with output falling by 12.4% over the period.
However, hints of recovery began to appear during the second quarter,
with losses pruned back to 1.7%. During the last quarter, a steadier return
to production was already visible, with an increase of 5.8%. Nevertheless,
companies posted an average 3.2% drop in their year-end net revenues.
This shrinkage was more marked in the following sectors: Machines and
Equipment (-18.5%), Automotive Vehicles (-12.4%), Base Metallurgy (17.5%) and Electronic Materials (-25.5%).
Crisis stunts growth of listed
companies in 2009
128
Desempenho setorial
Sectorial performance
AÇÚCAR E ÁLCOOL / Sugar and ethanol
Setor viveu um ano de consolidação
A year of consolidation for this sector
P
ara as companhias abertas produtoras de açúcar e
etanol, 2009 foi um ano de consolidação. Após viver
um movimento de fusões e aquisições, com a entrada
de grupos investidores de outros setores da economia, o setor
observou alguns importantes movimentos de investimento de
grupos tradicionais, com destaque para o francês Tereos,
controlador da Guarani e detentor de 6% da Cosan. O Brasil
passou a ser o centro de decisão do Grupo francês que,
naturalmente, deverá investir para adquirir outros negócios
no país. O resultado desse movimento foi o crescimento de
cerca de 140% no valor de mercado das companhias.
O desempenho operacional das empresas foi marcado
por dois movimentos distintos. Por um lado, a boa safra de
cana de açúcar fez com que as receitas líquidas do setor mais
do que duplicassem entre 2008 e 2009. Por outro, o ainda
baixo patamar de preços dos produtos e as despesas com o
equacionamento dos passivos das usinas produtoras,
proporcionado pela reabertura do Programa de Recuperação
Fiscal (Refis) geraram um prejuízo líquido expressivo para o
setor de R$ 1,2 bilhão.
Outro ponto que cabe observação foi a elevação de cerca
de 34% no volume de ativos das companhias, em grande parte
gerada por aquisição de empresas de capital fechado. O corolário
desse movimento é a natural absorção dos passivos dessas
empresas, gerando uma elevação de mais de 60% no
endividamento total do setor. O ponto de preocupação é o
nível de alavancagem do setor, elevado pela combinação
negativa de crescimento do endividamento e estabilidade do
patrimônio líquido agregado das companhias. O volume de
proventos (dividendos + juros sobre capital próprio) pagos aos
acionistas passou de R$ 4,5 milhões para R$ 20,5 milhões, no
final de 2009.
For listed companies producing sugar and ethanol,
2009 was a year of consolidation. After a wave of mergers
and acquisitions, with the arrival of investor groups from
other sectors of the economy, this area saw some major
shifts in investments by long-established groups, particularly
France’s Tereos, which is the parent company of Guarani,
with a 6% stake in Cosan. Brazil has become the decision
center for this French group which will naturally be
allocating investments to acquiring other businesses in
Brazil. The outcome of this trend was an upsurge of around
140% in the market value of these companies.
The operating performance of these companies was
shaped by two separate movements. On the one hand, a
good sugarcane harvest pumped up the net revenues of
this sector to more than double between 2008 and 2009.
However, product prices remained low while outlays on
resolving the liabilities of mills and distilleries – triggered
by the reopening of the Fiscal Recovery Program (REFIS)
– generated significant net losses for this sector of R$ 1.2
billion.
Another noteworthy aspect was the increase of some
34% in corporate asset volumes, due largely to acquisitions
by privately held companies. The corollary of this trend is
the natural absorption of the liabilities of these companies,
triggering a hike of over 60% in the total indebtedness of
this sector. The point causing concern is the level of leverage
in this sector, jacked up by the negative combination of
increased indebtedness among the companies, while their
aggregate net worth remains unchanged. The amount of
income (dividends + interest on net equity) paid out to the
shareholders rose from R$ 4.5 million to R$ 20.5 million
by year-end 2009.
Açúcar e álcool / Sugar and ethanol
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
22.598.105
2.270.381
12.884.281
9.713.824
6.759.871
3.745
6.443.869
4.455
30.248.555
6.752.781
20.716.024
9.532.531
15.226.876
-1.242.878
15.447.813
20.581
—-
33,9%
197,4%
60,8%
-1,9%
125,3%
—139,7%
362,0%
129
Desempenho setorial
Sectorial performance
ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO / Food, beverage and tobacco
Vendas em alta apesar das adversidades
High sales despite difficulties
O
conturbado ano de 2009 acabou sendo positivo
para o setor. O faturamento líquido das empresas
listadas em bolsa cresceu 15,8%, passando de R$
73,6 bilhões em 2008 para R$ 85,2 bilhões em 2009. O
lucro líquido consolidado atingiu R$ 8,6 bilhões, com um
crescimento de 128,9% frente a igual período de 2008. Ao
final de 2009, o valor de mercado das companhias atingiu
R$ 185,4 bilhões, superando em 77,4% o valor verificado
um ano antes.
As vendas reais aumentaram 2,53% em 2009, conforme
dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação
(Abia). As maiores participações ficaram com o varejo, com
R$ 158,9 bilhões, e o food service, com R$ 65,2 bilhões. Do
faturamento total, outros R$ 60 bilhões foram relativos às
exportações. Para 2010, a expectativa da Abia é que o volume
de produção da indústria alimentícia aumente 4,5% e as vendas
reais alcancem crescimento de 5% em relação a 2009.
O segmento de bebidas foi, entre os três, o que menos
sentiu a desaceleração da economia. A produção física
aumentou 7,1% no ano passado, segundo dados do IBGE. O
volume de cerveja produzida no ano cresceu 9,9%, enquanto
o de refrigerantes e não-alcoólicos teve alta de 8,1%, frente a
2008. Nos primeiro trimestre de 2010, a quantidade produzida
já supera em 17,1% o volume do mesmo período de 2009,
mantendo positivas as expectativas para o setor neste ano.
Por último, no ramo de fumos, os aumentos de 23,5%
do IPI e de 72,5% do PIS/COFINS sobre cigarros ocorridos,
respectivamente, em maio e julho de 2009, tiveram impactos
diretos nos resultados do setor. Em contrapartida, melhores
preços praticados em dólar nas exportações de fumo da Souza
Cruz, e a depreciação (média) do real em relação ao dólar,
compensaram os aumentos de impostos.
Although turbulent, 2009 was a positive year for this
sector, the net revenues of companies listed on the Stock
Exchange increased by 15.8%, rising from R$ 73.6 billion in
2008 to R$ 85.2 billion in 2009. Consolidated net profits
reached R$ 8.6 billion, up by 128.9% compared to 2008. By
year-end 2009, their market value topped R$ 185.4 billion,
77.4% higher than the figures for the previous year.
Actual sales rose by 2.53% in 2009, according to data
released by the Brazilian Food Industries Association (ABIA).
The highest figures were posted by the retail sector at R$ 158.9
billion, followed by food services at R$ 65.2 billion. Out of the
total revenues, a further R$ 60 billion were brought in through
exports. According to this Association, the outlook for 2010 is
that the production volumes of the food industry will rise by
4.5%, while actual sales post 5% growth compared to 2009.
Among these three segments, the beverages area was the
least affected by the economic slowdown. Physical output rose by
7.1% last year, according to data released by the Brazilian Institute
for Geography and Statistics (IBGE). Beer production volumes
rose by 9.9% during the year, while non-alcoholic and carbonated
soft drinks posted an increase of 8.1%, over the 2008 figures.
During the first quarter of 2010, production volumes were already
17.1% higher than for the same period in 2009, underpinning a
positive outlook for this sector during the current year.
Finally, in the tobacco segment, increases of 23.5% in
the Industrialized Products (IPI) Tax and 72.5% in the Social
Integration Program /Social Security Financing Levy (PIS/
COFINS) were imposed on cigarettes in May and July 2009
respectively, with direct impacts on earnings in this sector. In
counterpart, better prices in United States Dollars for leaf
exports by Souza Cruz, and the (average) depreciation of the
Brazilian Real against the dollar helped offset these tax hikes.
Alimentos, bebidas e fumo / Food, beverage and tobacco
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
130
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
83.728.620
25.714.361
48.829.119
34.899.501
73.580.053
3.751.696
104.524.408
4.232.662
126.608.539
31.378.663
68.465.748
58.142.791
85.205.889
8.587.010
185.432.553
6.021.997
14,24%
51,2%
22,0%
40,2%
66,6%
15,8%
128,9%
77,4%
42,3%
ATACADO E VAREJO / Wholesale and retail
Seis anos consecutivos de crescimento
Six consecutive years of growth
A
pesar da crise financeira mundial, o comércio brasileiro
obteve em 2009 um avanço de 5,9% no volume de
vendas e de 10,1% na receita, segundo dados da
Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. Com isso, o
Brasil obteve o sexto ano consecutivo de expansão das vendas
no comércio. A última queda do índice foi registrada em 2002.
A maior influência veio do segmento de “Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo”, pelo
próprio peso do segmento no índice geral. A alta de 8,3%
nesta rubrica respondeu por mais de dois terços da expansão
das vendas. Entretanto, vale destacar o crescimento mais forte
de segmentos não relacionados ao consumo de subsistência,
como “artigos de perfumaria e cosméticos”, com alta de 11,8%
frente a 2008, e “equipamentos e materiais para escritório,
informática e comunicação”, que avançou 10,6% na mesma
base de comparação.
As empresas de atacado e varejo com ações listadas em
bolsa estão em linha com os números do IBGE. Os balanços
destas companhias mostraram evolução dos principais
indicadores financeiros, ao mesmo tempo em que o valor de
mercado do setor subiu 133,5%, resultado bem superior à
média da BM&FBovespa, de 72,5%. Em 2009, destaque para
a evolução de 20,8% da Receita Líquida, para R$ 60,6 bilhões,
e de 94,2% do lucro líquido, que passou de R$ 1,38 bilhão
em 2008 para R$ 2,69 bilhões no ano passado.
Em 2010, números do primeiro trimestre apontam para
uma evolução promissora. O avanço de 12,8% é recorde para
os três primeiros meses e, além disso, embute a recuperação da
venda de produtos com maior valor agregado, como, por
exemplo, móveis e eletrodomésticos. As perspectivas são,
portanto, positivas para as vendas no atacado e no varejo.
Despite the worldwide financial meltdown, Brazil’s trade
posted a 5.9% increase in sales volumes for 2009, with a
10.1% upsurge in revenues, according to data presented in
the Monthly Trade Survey conducted by the Brazilian
Institute for Geography and Statistics (IBGE). This was
Brazil’s sixth consecutive year of expanding sales in the trade
sector, with the last drop in this figure recorded in 2002.
The driving force behind this performance came from
the Hypermarkets, Supermarkets, Food, Beverages and
Tobacco Segment, due to its weight in the General Index.
The 8.3% improvement in this sector accounted for more
than two thirds of this expansion in sales. It is also worth
stressing dynamic growth in segments unrelated to subsistence
consumption, such as Perfumery and Cosmetics (up 11.8%
compared to 2008) and Office Equipment and Materials,
Information and Communication Technology (up 10.6%
over 2008).
Wholesale and retail companies listed on stock
exchanges are also aligned with the figures released by the
IBGE. Their balance sheets indicate progress for the main
financial indicators, while the market value of this sector
soared by 133.5%, close to double the 72.5% average posted
by the BM&FBovespa. Particularly noteworthy in 2009 was
the 20.8% increase in net revenues, rising to R$ 60.6 billion,
and the 94.2% hike in net profits, rising from R$ 1.38 billion
in 2008 to R$ 2.69 billion last year.
In 2010, the first quarter figures indicate promising
development, with a record 12.8% expansion, which also
includes recovering sales for higher value added products, such
as furniture and household appliances. Consequently, the outlook
is positive for sales in the wholesale and retail sectors.
Atacado e varejo / Wholesale and retail
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
39.601.681
15.150.310
25.973.957
13.627.724
50.122.383
1.383.494
32.455.698
793.561
48.633.764
17.948.913
31.329.436
17.304.328
60.564.635
2.687.089
75.799.279
951.754
24,68%
22,8%
18,5%
20,6%
27,0%
20,8%
94,2%
133,5%
19,9%
131
Desempenho setorial
Sectorial performance
BANCOS E CRÉDITO / Banking
Mais lucro e menos dividendos
Higher profits and lower dividends
E
ntre 2008 e 2009, o setor bancário mostrou evolução
nos principais indicadores de balanço. Neste período,
o patrimônio líquido subiu 21,5%; a receita de
intermediação financeira cresceu 15,3%; e os créditos totais
aumentaram em 10,7%. O lucro líquido avançou 14,7%, de
R$ 28,6 bilhões para R$ 32,8 bilhões em 2009, o que,
entretanto, não se refletiu em maiores pagamentos de proventos.
No ano passado, os bancos com ações cotadas em bolsa
distribuíram um total de R$ 11,47 bilhões entre dividendos e
juros sobre o capital próprio (JCP) para seus acionistas. O
resultado representa um recuo de 8,8% frente os R$ 12,57
bilhões distribuídos em 2008 e também uma queda no payout
dos bancos (dividendos mais JCP divididos pelo lucro líquido)
de 43,9% em 2008 para 34,9% em 2009.
Ainda assim, as instituições financeiras permanecem entre
os maiores distribuidores de juros e dividendos no mercado
brasileiro. Na comparação com empresas reconhecidamente
rentáveis no mercado de capitais nacional, os dividendos pagos
pelos bancos tendem a ser mais estáveis até em função da
natureza das atividades desse setor, que podem apresentar um
grau de alavancagem muito maior que as empresas que não
são do setor financeiro.
Os bancos nacionais também apresentaram uma forte
valorização em Bolsa ao longo do ano passado. Em 2009, o
valor de mercado destas instituições na Bovespa aumentou
88,67%, contra um avanço de médio de 72,08% das empresas
listadas. Este crescimento é justificado em parte por uma base
de comparação mais fraca das instituições financeiras no final
de 2008, quando os temores da crise se abatiam de forma mais
intensa sobre as ações deste grupo. Para 2010 são esperados
novos avanços nos indicadores financeiros, refletidos em
aumentos de créditos, depósitos e lucros.
During 2008 and 2009, Brazil’s banking sector
presented progress in its main balance sheet indicators.
During this time, its net equity rose by 21.5%; financial
brokering revenues increased by 15.3%; and total credits
expanded by 10.7%. Net profits rose by 14.7%, up from
R$ 28.6 billion to R$ 32.8 billion in 2009, although not
reflected in higher dividend payments.
Last year, banks listed on the stock exchange
distributed a total of R$ 11.47 billion in dividends and
interest on net equity to their shareholders. This was 8.8%
less than the R$ 12.57 billion distributed in 2008, in parallel
to a drop in bank payouts (dividends and interest on net
equity divided by net profits) down from 43.9% in 2008
to 34.9% in 2009.
Nevertheless, financial institutions are still among the
leading distributors of interest and dividends on the Brazilian
market. Compared to corporations acknowledged as
profitable on Brazil’s capital markets, the dividends paid out
by banks tend to be more stable, due to the nature of the
activities of this sector, which may enjoy far higher levels of
leverage than enterprises not operating in the financial sector.
The value of Brazilian banks also rose significantly on
the stock exchange last year. In 2009, the market value of
these institutions on the São Paulo Stock Exchange
(BOVESPA) increased by 88.67%, compared to average
growth of 72.08% for other listed companies. This upsurge
is justified partly by a weaker comparison base for financial
institutions at year-end 2008, when fears prompted by the
global crisis undermined share prices in this group more
severely. Further progress is expected for 2010 in the
financial indicators, reflected in expanding credits and
deposits, with higher profits.
Bancos e crédito / Banking
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
132
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
2.100.317.025
1.920.273.803
2.038.963.625
175.928.665
227.466.156
28.616.775
253.650.289
12.572.652
2.326.616.227
2.107.146.720
2.257.611.589
213.737.519
262.329.342
32.832.931
465.204.375
12.021.792
13,06%
10,8%
9,7%
10,7%
21,5%
15,3%
14,7%
83,4%
-4,4%
Desempenho setorial
Sectorial performance
CONSTRUÇÃO CIVIL E MERCADO IMOBILIÁRIO
/ Real estate
Perspectivas continuam promissoras
Promising prospects
A
pós redução significativa dos lançamentos no
primeiro semestre de 2009, o setor da Construção
Civil no Brasil reagiu e mostrou seu potencial de
mercado ao longo do ano. Foram vários os fatores que
impulsionaram essa virada.
Primeiro, o cenário para captações se manteve favorável,
graças às expectativas positivas para a economia brasileira e isso
é essencial para o setor, que tem grande necessidade de capital
para financiamento das obras. Segundo, a eleição do Brasil
como sede das Olimpíadas, em 2016, e da Copa do Mundo,
em 2014, é uma garantia de novos projetos de infraestrutura
pelos próximos seis anos. Por último, o lançamento do projeto
do governo “Minha Casa, Minha Vida”, foi visto como uma
grande oportunidade para as empresas especializadas na
construção de moradias para as classes de renda mais baixas.
Somente neste projeto o governo federal deve investir R$ 34
bilhões de um total esperado de R$ 202 bilhões para o setor
em 2010.
Essas perspectivas foram refletidas no desempenho das
companhias cotadas na BM&FBovespa ao longo do ano passado.
O valor de mercado dessas empresas passou de R$ 21, 47 bilhões
em 2008, para R$ 67,89 bilhões em 2009, com aumento de
215,8%, quase três vezes a média do mercado (72,2%). O ativo
total subiu 57,8%, ao passo que a receita líquida aumentou
24,2% e o lucro líquido 97,4%. Os dividendos e juros sobre o
capital próprio deliberados em 2009 avançaram 93%.
Os ingredientes que contribuíram para alavancar a construção
civil em 2009 – juros baixos, maior acesso ao crédito e incentivos
do governo – devem se manter em 2010. Além disso, o setor deve
contar com um maior aporte externo, na esteira da recuperação do
investimento estrangeiro no Brasil. Estimamos um crescimento
de 7,4% para o PIB do setor em 2010.
After a significant drop in new project launches during
the first six months of 2009, Brazil’s civil construction sector
bounced back, demonstrating its market potential throughout
the rest of the year. There were several factors prompting this
about-turn.
First, the funding uptake context remains favorable,
thanks to positive expectations for the Brazilian economy –
essential for this sector, which requires ample capital to
underwrite its projects. Second, the choice of Brazil as the
host of the 2016 Olympic Games and 2014 World Cup
assures the implementation of infrastructure projects during
the next six years. Finally, the launch of the Federal
Government’s mass housing program (Minha Casa, Minha
Vida) was viewed as a great opportunity for companies
specializing in the construction of homes for lower income
families. The Brazilian Government plans to invest R$ 34
billion in this Program, out of a total amount of R$ 202
billion expected for this sector in 2010.
These positive outlooks were reflected in the
performances of companies listed on BM&FBovespa in the
course of last year. Their market value rose from R$ 21.47
billion in 2008 to R$ 67.89 billion in 2009, up by 215.8%
– almost triple the market average of 72.2%. Total assets
Increased by 57.8%, while net revenues rose by 24.2%, with
net profits up 97.4%. Dividends and interest on net equity
distributed in 2009 almost doubled at 93%.
The factors providing leverage for the civil construction
sector in 2009 – low interest rates, easy access to credit, and
government incentives – should continue throughout 2010.
Moreover, this sector should absolve a rising inflows of funds
from abroad, as foreign investment recovers in Brazil. We
estimate 7.4% growth for the GDP of this sector in 2010.
Construção civil e mercado imobiliário / Real estate
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
134
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
84.749.958
18.985.689
48.143.138
36.606.821
48.628.183
2.754.218
21.408.095
428.186
133.391.650
30.204.867
74.151.675
59.239.976
60.361.057
5.425.793
69.123.186
844.413
22,77%
57,4%
59,1%
54,0%
61,8%
24,1%
97,0%
222,9%
97,2%
EDUCAÇÃO
/ Education
Alta expressiva no valor de mercado
Significant upsurge in market value
A
relação das empresas listadas no segmento de
educação na BM&FBovespa é formada
principalmente por companhias voltadas para o
ensino superior. Um segmento bastante amplo, em fase de
crescimento e atendido predominantemente por instituições
privadas. Segundo dados da UNESCO, o ensino superior
brasileiro é o quinto maior do mundo e o maior da América
Latina, com aproximadamente cinco milhões de matrículas.
Ainda assim, comparado a outros países emergentes,
incluindo América Latina, o nível de atendimento do setor de
educação no Brasil é baixo. A taxa de 20% entre jovens de 18 a
24 anos situa-se muito aquém das taxas, por exemplo, de Chile
e Argentina, com índices de 52% e 67%, respectivamente. Essa
disparidade indica o potencial de continuidade de crescimento
do setor de ensino superior no país.
Além disso, o segmento de educação brasileiro é bastante
fragmentado, composto, em sua maioria, por pequenas
instituições privadas, com escala ineficiente. No entanto, o
processo de consolidação do mercado em 2009 se deu num
ritmo muito menor que no ano anterior.
Com isso, as empresas passaram a privilegiar a melhoria
do seu desempenho operacional, estratégia refletida no resultado
das empresas na BM&FBovespa. Ao longo do ano passado, o
valor de mercado dessas companhias avançou 107,7%, bem
acima da média registrada pela bolsa (72,5%). O lucro líquido
subiu 163%, puxado essencialmente pela recuperação do lucro
por parte da Anhanguera. No mesmo período, a receita líquida
aumentou 16,7%, e os dividendos e juros sobre capital próprio
tiveram alta de 35,4%.
Para os próximos anos, o segmento é bastante promissor,
principalmente no segmento de graduação para adultos no qual o
crescimento das matrículas pode chegar a dois dígitos até 2013.
The companies listed in the thriving education
segment of the BM&FBovespa are mainly private
institutions with dynamic growth, clustered in the relatively
large field of higher education. According to data released
by UNESCO, Brazil ranks fifth worldwide for higher
education, with the largest market in Latin America,
reaching some five million enrollments.
However, the service levels reached by the education
sector are low in Brazil compared to other emerging nations,
including some in South America. The 20% rate for young
people between 18 and 24 years old falls well behind the
rates for Chile and Argentina, for example, at 52% and
67% respectively. This disparity indicates the potential for
ongoing growth in Brazil’s higher education sector.
Moreover, this sector is somewhat fragmented,
consisting mainly of small private institutions operating
on inefficient scales. Nevertheless, the market consolidation
process slowed significantly during 2009, compared to the
previous year.
Companies consequently began to focus more on
upgrading their operating performances, with this strategy
reflected in their earnings on the BM&FBovespa. In the
course of last year, their market value more than doubled
at 107.7%, well above the 72.5% average posted by the
Stock Exchange. Their profits rose by 163%, driven mainly
by a return to the black for Anhanguera. During the same
period, their net revenues rose by 16.7%, with dividends
and interest on equity capital up by 35.4%.
During the next few years, this segment should remain
promising, particularly in the adult graduate studies
segment, where enrollments may increase at double digit
rates by 2013.
Educação / Education
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
3.001.817
524.283
880.672
2.121.145
2.176.994
67.218
3.258.182
35.864
3.809.262
616.888
1.188.195
2.621.067
2.649.777
184.397
7.059.322
50.643
—-
26,9%
17,7%
34,9%
23,6%
21,7%
174,3%
116,7%
41,2%
135
Desempenho setorial
EMBALAGENS
Sectorial performance
/ Packaging and labeling
Recuperação só chegou no final do ano
Year-end recovery
E
m razão da crise econômica mundial, a produção física
da indústria de embalagens em 2009 ficou 3,79%
abaixo da alcançada um ano antes. Entretanto, dois
momentos distintos podem ser vistos ao longo do ano. No
primeiro semestre, a produção física de embalagens ficou negativa
em 9,74%, enquanto nos últimos três meses de 2009 a
recuperação dava saltos, avançando 8,28% frente a mesmo
período no ano anterior, melhorando as expectativas para 2010.
Em relação ao ano passado, os dados do IBGE analisados
pela FGV apontaram resultados negativos em quase todos os
segmentos: papel, papelão e cartão (-0,72%); plástico (-0,84%);
metal (-6,72%); vidro (-14,35%) e madeira (-19,57%). O
segmento de alimentos, contudo, reagiu de outra forma. Este
mercado responde por mais de 30% da produção total do setor
de embalagens e tende a ter uma evolução um pouco mais
constante. As embalagens plásticas para produtos de alimentos e
bebidas, por exemplo, foi o único segmento que conseguiu
reverter o quadro negativo e terminar o ano com aumento da
produção, registrando alta de 1,41% em relação a 2008. No
segmento de embalagens metálicas, o destaque foram as latas de
alumínio, que acumularam alta de 5,7% no ano. Já a produção
de latas de ferro e aço ficou negativa em 20,19%.
Para 2010, a expectativa é por melhores resultados. Os
fabricantes nacionais de embalagem deverão obter receitas
próximas a R$ 39 bilhões, superando os R$ 36,2 bilhões gerados
2009. Para a produção física, a Associação Brasileira de
Embalagem (Abre) projeta um crescimento entre 4,7% e 6,1%,
o que seria o melhor resultado desde 1995.
Atividade muito ligada ao crescimento do PIB e apontada
como um dos “termômetros” do desempenho da economia, o
segmento se beneficia de aspectos positivos da atual conjuntura,
notadamente: o bom desempenho do mercado interno;
aumento do emprego formal; e estabilidade dos preços.
The global credit crunch damped down the output of
the packaging industry in 2009, which fell by 3.79%
compared to the previous year. However, two separate stages
are apparent in the course of this period: during the first half
of the year, packaging output fell by 9.74%, bouncing back
during the last quarter of 2009 to outstrip the same period
the previous year by 8.28%, with a better outlook for 2010.
Compared to last year, the data released by the Brazilian
Institute for Geography and Statistics (IBGE) and analyzed
by the Getulio Vargas Foundation (FGV) indicated negative
earnings for almost all segments: paper and cardboard (0.72%): plastics (-0.84%): metal (-6.72%); glass(-14.35%)
and wood (-19,57%). However, the food segment reacted
differently. This market accounts for more than 30% of the
total output of the packaging sector, and tends to develop
more steadily. For example, plastic packs for beverages and
food products was the only segment that managed to move
out of this negative situation, closing the year with a 1.41%
increase compared to 2008. In the metal packs segment,
aluminum cans were the top performers, with a 5.7% increase
during the year, while iron and steel can production fell by
20.19%
The outlook for 2010 indicates higher earnings, with
Brazilian packaging manufacturers bringing in revenues of
around R$ 39 billion, higher than the R$ 36.2 billion
generated in 2009. In terms of physical output, the Brazilian
Packaging Association (ABRE) forecasts growth of 4.7% to
6.1%, which would be the highest earnings since 1995.
Closely linked GDP growth and tagged as one of the
thermometers measuring the performance of the economy,
this segment is benefiting from positive aspects of the current
situation, particularly: a thriving domestic market; rising
formal employment; and price stability.
Embalagens / Packaging and labeling
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
136
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
3.175.865
729.322
2.159.919
1.015.946
2.213.617
38.960
1.341.142
17.141
3.023.692
804.209
1.875.900
1.147.792
2.272.566
188.146
1.799.503
47.942
-20,06%
-4,8%
10,3%
-13,1%
13,0%
2,7%
382,9%
34,2%
179,7%
Desempenho setorial
Sectorial performance
ENERGIA ELÉTRICA /
Electricity
Setor reage depois de um ano difícil
Sector brightens after a gloomy year
O
valor de mercado das empresas de energia elétrica
subiu 35,1% no ano passado. Embora este resultado
tenha ficado abaixo da média das empresas cotadas
na BM&FBovespa, ele reflete o padrão de menor volatilidade
do setor.
Os dividendos e juros sobre capital próprio pagos pelas
empresas subiram 27,7%, com aumento substancial no payout
(dividendos mais juros, divididos pelo lucro líquido), que passou
de 52,4% para 83,3% no ano passado. Já o lucro líquido das
empresas caiu 19,6% em relação ao de 2008, ao somar R$
14,5 bilhões. A receita teve aumento nominal de 2,3%,
chegando a R$ 130,7 bilhões. Esse desempenho, porém, foi
inferior ao reajuste das tarifas concedidas ano passado.
Em 2009, o setor de energia elétrica foi fortemente
atingido pela queda da produção industrial: o consumo caiu
8% frente a 2008, segundo dados da Empresa de Pesquisas
Energéticas (EPE). Este resultado foi reflexo de um menor
nível de atividade, principalmente por parte da indústria
exportadora, afetada pela crise econômica mundial.
As principais forças que sustentaram o consumo energético
em 2009 foram as residências e o comércio. As famílias
consumiram 6,2% mais energia que em 2008, principalmente
nas classes mais baixas de renda. No comércio, o aumento foi
igual: 6,2%. Entretanto, isso não foi suficiente para contrabalançar
a queda verificada na indústria. A demanda nacional por energia
elétrica registrou, então, uma redução de 1,1% no ano passado.
Para este ano, a expectativa é de recuperação dos níveis de
consumo, com elevação de 7,9% ao longo do ano, puxado,
principalmente pela retomada da indústria. Neste setor, que parte
de uma base de comparação bastante contraída, o aumento em
2010 deve chegar a 9%. Os setores residencial e comercial devem
manter um nível de expansão semelhante ao do ano passado.
The market value of power utilities rose by 35.1% last
year. Although falling below the average for companies listed
on the BM&FBovespa, this also reflects generally lower
volatility in this sector.
Interest on equity capital and dividends paid out by
these companies increased by 27.7%, with a substantial
increase in the payouts (dividends plus interest, divided by
net profits), which rose from 52.4% 83.3% last year. In
contrast, profits fell by 19.6% compared to the 2008 figures
posted by these companies, reaching a total of R$ 14.5 billion.
Despite a 2.3% nominal increase in revenues, which reached
R$ 130.7 billion, this performance fell below the tariff
restatements granted last year.
In 2009, the power sector was severely affected by
sluggish industrial output: consumption slumped by 8%
compared to 2008, according to data released by the Empresa
de Pesquisas Energéticas (EPE). This was an outcome of lower
activity levels, particularly in the export sector, which was
affected by the global economic crisis.
The main drivers behind electricity consumption in
2009 were the residential and commercial sectors, with
families consuming 6.2% more electricity than in 2008,
mainly in lower income segments, with a similar increase of
6.2% in the commercial sector. However, this was not enough
to offset the drop in industrial consumption, with national
electricity demands dropping by 1.1% last year.
For the current year, consumption levels are respected
to recover, with a 7.9% increase during the year, fueled mainly
by improvements in the industrial sector, reaching 9% in
2010, with fairly low comparison bases. The residential and
commercial sectors should continue their expansion at rates
similar to those of last year.
Energia elétrica / Electricity
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
138
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
353.207.897
65.903.860
194.778.520
158.429.377
128.124.526
18.054.177
138.014.239
9.467.441
358.265.342
71.730.303
205.331.255
152.934.087
132.360.148
14.516.202
186.475.255
10.934.673
10,33%
1,4%
8,8%
5,4%
-3,5%
3,3%
-19,6%
35,1%
15,5%
LAZER, TURISMO E HOTELARIA
/ Leisure industry
Investir para atender a demanda futura
Investing in order to meet future demands
S
egundo dados da Organização Mundial do Turismo
(OMT), 2009 foi um dos anos mais difíceis para o
turismo mundial. A receita com viagens caiu 4%,
principalmente por conta dos efeitos da crise financeira.
Contudo, a organização já prevê uma recuperação em 2010,
com alta de 3% a 4% no faturamento.
No Brasil, os resultados do setor foram positivos. No ano
passado, o número de passageiros nos aeroportos brasileiros
alcançou a marca de 55,9 milhões,14,6% maior do que o
verificado em 2008 e 11,7% superior a 2007. Só em dezembro,
foram 5,3 milhões de desembarques, segundo melhor resultado
do ano, atrás apenas de outubro, que registrou 5,4 milhões.
Para 2010, os empresários do setor de Turismo estão
bastante otimistas: é o que indica a 6ª Pesquisa Anual de
Conjuntura Econômica do Turismo (Pacet), iniciativa do
ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio
Vargas (FGV). Ao contrário do ano passado, quando as
incertezas sobre o futuro da economia ainda eram grandes, os
empresários agora apostam no aumento de 14,6% do
faturamento. Os ramos com perspectivas mais positivas para o
faturamento são os de feiras, locadoras de automóveis,
operadoras de turismo, transporte aéreo e turismo receptivo.
Para o setor como um todo, este é um momento de
investir para aproveitar as oportunidades com a Copa do
Mundo, em 2014, e com as Olimpíadas, em 2016. Nesta
linha, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) lançou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão
para ampliação e modernização de hotéis, visando
principalmente atender a demanda na Copa do Mundo de
2014. Este valor pode ainda ser superado, dependendo da
demanda do mercado. Os recursos são destinados à construção,
reforma, ampliação e modernização de unidades hoteleiras,
além de investimentos socioambientais.
According to data released by the World Tourism
Organization (WTO), 2009 was a really tough year for global
tourism. Travel revenues slumped by 4%, due mainly to fallout
from the international financial crisis. Nevertheless, this entity
is already forecasting a recovery in 2010, with revenues rising
by 3% to 4%.
The earnings posted by this sector in Brazil were positive,
with more than 55.9 million passengers flowing through
Brazilian airports, 14.6% more than in 2008 and 11.7% higher
than in 2007. December alone saw 5.3 million passengers
disembarking, which was the second highest figure for the
year, behind only October with 5.4 million.
In 2010, executives in the Travel and Tourism sector are
quite optimistic, according to the VI Annual Travel and Tourism
Sector Survey (PACET), an initiative undertaken by the Ministry
ofTourism through a partnership with Getúlio Vargas Foundation
(FGV). In contrast to last year, when massive uncertainties still
loomed over the future of the Brazilian economy, these executives
are now wagering on a 14.6% hike in revenues. The segments
with the most positive outlooks for revenues are: trade fairs, car
hire, tour operators, air transportation and incoming tourism.
For the sector as a whole, this is the right time to invest in
order to benefit from all the opportunities opening up with
the World Cup in 2014 and the Olympic Games in 2016.
Along these lines, Brazil’s National Social and Economic
Development Bank (BNDES) launched an R$ 1 billion line
of credit that will underwrite the expansion and modernization
of hotels, mainly in order to respond to demands prompted
by the World Cup in 2014. This amount might be even higher,
depending on market demands. These funds are earmarked
for the construction, retrofitting, expansion and modernization
of hotel accommodation, in addition to social and
environmental investments.
Lazer, turismo e hotelaria / Leisure industry
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
696.883
192.367
688.541
8.342
212.860
-20.930
611.363
0
710.741
156.211
705.617
5.124
230.692
10.571
781.131
0
117,27%
2,0%
-18,8%
2,5%
-38,6%
8,4%
150,5%
27,8%
—-
139
Desempenho setorial
Sectorial performance
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
/ Machinery and equipment
Um ano de queda no faturamento
A year of dropping revenues
E
m 2009, o faturamento líquido do setor de máquinas
e equipamentos totalizou R$ 64 bilhões, o que
significou uma queda de 20% em relação ao resultado
de 2008, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A perda mais
acentuada ocorreu nas exportações, com recuo de 40% nas
vendas. O mercado interno, por sua vez, teve uma redução de
12,3% no faturamento.
Entre as empresas listadas na BM&FBovespa, o resultado
foi um pouco melhor. A queda na receita líquida foi de 11,4%,
passando de R$ 34,2 bilhões em 2008 para R$ 30,3 bilhões
em 2009. Já o lucro líquido subiu 19,6%, ao totalizar R$ 1,8
bilhão, enquanto o valor de mercado das companhias
aumentou 42,9%.
Em linha com a queda no faturamento, a produção física do
setor, medida pelo IBGE, fechou 2009 com redução de 18,5%
frente a 2008. Entretanto, os níveis de produção foram retomados
no final do ano passado e já acumulam, no primeiro trimestre de
2010, alta de 42,1% sobre mesmo período do ano anterior.
A retomada dos investimentos em máquinas e equipamentos
foi facilitada por condições favoráveis de financiamento BNDES.
Em julho do ano passado, o banco iniciou o chamado Programa
de Sustentação do Investimento (PSI), com o intuito de ajudar a
recuperação pós-crise. O programa disponibilizou uma linha de
crédito, cobrando 4,5% ao ano para as contratações feitas até
julho de 2010. O valor foi ligeiramente superior à taxa de inflação
do ano (4,3%), o que significa taxas reais muito próximas a zero.
Esta linha de crédito estará disponível até o fim de 2010, mas a
taxa subiu para 5,5% em junho último.
Em 2010, a Abimaq espera uma expansão de 15% para
a indústria de máquinas e equipamentos no Brasil. Se a previsão
se realizar, o nível de atividade do setor voltará ao mesmo
patamar de 2008.
In 2009, the net revenues of the machines and equipment
sector totaled R$ 64 billion, down by 20% compared to the
figures for 2008 released by the Brazilian Equipment and
Machines Industry Association (ABIMAQ). The heaviest losses
were due to exports, with sales down by 40%, while the
domestic market posted 12.3% shrinkage in revenues.
Companies listed on the BM&FBovespa performed
slightly better, with an 11.4% drop in net revenues, down
from R$ 34.2 billion in 2008 to R$ 30.3 billion in 2009.
Meanwhile, net profits rose by 19.6% to a total of R$ 1.8
billion, while the market value of these companies increased
by 42.9%.
In line with slumping revenues, the output of this sector
– measured by the Brazilian Institute for Geography and
Statistics (IBGE) – fell by 18.5% in 2009 compared to 2008.
However, production levels were already bouncing back by
year-end 2009, with 42.1% upsurge during the first quarter
of 2010, compared to the same period the previous year.
A return to investing in machines and equipment was
underpinned by more favorable financing conditions offered
by Brazil’s National Social and Economic Development Bank
(BNDES). In July last year, this Bank launched its Investment
Support Program (PSI), buttressing post-crisis recoveries
through providing a line of credit at 4.5% p.a. for loans taken
out by July 2010. This figure was barely higher than the inflation
rate for the year (4.3%), reflecting a real interest rate very close
to zero. Although this line of credit remains open through to
year-end 2010, its rate rose to 5.5% in June.
In 2010, ABIMAQ expects Brazil’s machines and
equipment industry to expand by 15% – and if this forecast
proves accurate, activity levels in this sector will return to
their 2008 status.
Máquinas e equipamentos / Machinery and equipments
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
140
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
47.353.645
19.061.734
36.524.599
10.829.046
34.223.940
1.570.735
22.251.428
949.973
43.100.422
14.500.488
32.842.264
10.258.159
30.407.433
1.881.218
31.893.572
1.169.445
-17,56%
-9,0%
-23,9%
-10,1%
-5,3%
-11,2%
19,8%
43,3%
23,1%
MINERAÇÃO
/ Mining
Em 2010, preços definem novo cenário
Prices define new context in 2010
O
ano passado foi bastante atípico para a mineração
mundial. Mercados tradicionais, como Europa e
Estados Unidos, apresentaram uma forte redução
no consumo de minério de ferro, e uma quantidade grande da
produção foi deslocada para a China, que manteve forte a
demanda pelo produto.
Em meio a um cenário conturbado, a Vale, maior
produtora de minério de ferro do mundo, produziu, em 2009,
237,9 milhões de toneladas, contra 301,7 milhões em 2008,
com queda de 21,1%. Como 80% da produção é voltada
para o mercado externo, a questão do frete ainda foi um ponto
importante para a empresa brasileira, que se encontra mais
distante da China do que os fornecedores australianos, seus
principais concorrentes.
A receita líquida do setor em 2009 apresentou redução
de 30,1% frente a 2008, enquanto o lucro líquido caiu 49,3%
na mesma base de comparação. Em 2010, a produção chinesa
de aço permaneceu forte. Entretanto, o presidente da maior
siderúrgica da China, a Baosteel, que tradicionalmente negocia
os preços referenciais para o setor, afirmou que vê enormes
dificuldades no segundo semestre deste ano por causa de uma
desaceleração no setor imobiliário. Além disso, mercados que
em 2009 não demandaram tanto minério começam a se
recuperar, reduzindo a oferta disponível para a China. Tudo
isso levou a um choque entre oferta e demanda.
Como conseqüência, o sistema de precificação anual que
prevalecia entre as grandes empresas de mineração e as siderúrgicas
chinesas sucumbiu este ano, dando lugar a negociações trimestrais.
Além disso, negociações individuais, em vez dos tradicionais acordos
coletivos, foram liberadas dada a dificuldade na negociação de
preços. Com tudo isso, é esperado um forte aumento do preço do
minério em 2010, o que contribuirá para a melhora dos resultados
das empresas neste ano.
In a somewhat atypical year for the global mining
industry, iron ore consumption dropped sharply on
traditional markets such as Europe and the USA, with
large quantities of output redirected to China, where
product demands remained high.
In these turbulent times, the world’s largest iron ore
producer - Vale - turned out 237.9 million tons in 2009,
compared to 301.7 million tons in 2008, indicating a
21.1% drop. As 80% of its output is earmarked for foreign
markets, freight rates were still an important point for
this Brazilian multinational, as it is further away from
China than its main competitors in Australia.
The net revenues of this sector shrank by 30.1% in
2009 compared to 2008, as net profits plummeted by
49.3% on the same basis.
Although China’s steel industry continued to thrive
in 2010, the CEO of its largest steel mill, Baosteel, which
traditionally negotiates the benchmark prices for the entire
sector, stated that he saw massive difficulties ahead during
the second half of this year due to a slowdown in the real
estate sector. Moreover, markets whose ore demands
dipped in 2009 are starting to recover, leaving more limited
supplies available for China. All this resulted in clashes
between supply and demand that undermined the annual
pricing system in place among major mining
conglomerates and Chinese steel mills, now replaced by
quarterly negotiations. Furthermore, individual contracts
are being accepted instead of the traditional collective
agreements, due to difficulties in price discussions. All
this seems to indicate a steep upsurge in ore prices during
2010, which will pump up the earnings of mining
companies this year.
Mineração / Mining
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
194.619.447
20.844.956
95.409.424
99.210.023
72.659.553
20.158.855
143.393.902
5.557.910
184.536.713
19.320.541
86.744.617
97.792.096
50.784.943
10.219.930
257.739.902
5.299.850
23,55%
-5,2%
-7,3%
-9,1%
-1,4%
-30,1%
-49,3%
79,7%
-4,6%
141
Desempenho setorial
Sectorial performance
PAPEL & CELULOSE E MADEIRA
/ Wood, pulp and paper
Competitividade supera demanda fraca
Keen competitive edge outweighs weak demands
A
redução da demanda global levou muitas empresas
a fechar suas atividades, principalmente no hemisfério
norte. Para as empresas brasileiras do setor, a grande
dificuldade em 2009 foi a queda do preço da celulose no
mercado internacional. Entretanto, a vantagem competitiva
brasileira foi um fator positivo num ano de fraca demanda.
Um exemplo foi a produção de celulose, que totalizou
13,461 milhões de toneladas, com crescimento de 6% em
relação ao ano anterior. O crescimento foi quase que exclusivo
no ramo de celulose de fibra curta, produzida a partir do
eucalipto. Já o setor de papel fechou 2009 com queda de 0,7%
na produção, em comparação a 2008.
Grande parte do crescimento veio no segundo semestre
do ano, influenciada por um maior consumo da China. Ao
longo de 2009, a Europa continuou sendo o principal destino
das exportações de celulose brasileiras, mas sua participação
recuou de 52% para 40% do total.
Mesmo com um cenário de incertezas, as companhias
conseguiram vender toda a produção, embora o câmbio tenha
sido um fator negativo para o desempenho do setor. Em 2009,
as empresas também conseguiram reverter a perda de R$ 2,15
bilhões observada em 2008, apresentando lucro líquido de R$
2,48 bilhões no ano passado. A receita líquida de vendas
aumentou 19,2%, para R$ 19,6 bilhões.
Em 2010, o cenário de retomada do crescimento
econômico global oferece condições favoráveis à sustentação
dos níveis mais altos de preços. A celulose, que chegou a ser
cotada a US$ 450 no ano passado, já é vendida por mais que
o dobro deste patamar. Por outro lado, a valorização do dólar
em relação a outras moedas contribui para os resultados
positivos das empresas. Um fator preocupante ainda é o alto
endividamento das empresas, mas a melhora dos preços pode
ser uma saída para superar esse problema.
As shrinking global demands forced many companies
to shut down their operations, particularly in the Northern
Hemisphere, Brazil’s pulp and paper mills were faced by
dropping woodpulp price on international markets.
However, their keen competitive edge proved an advantage
during a year of sluggish demands.
A good example was woodpulp production at 13,461
million tons, up 6% over the previous year. This growth
took place almost completely in the short fiber woodpulp
segment, processed from eucalyptus. In contrast, the paper
sector closed 2009 with a 0.7% drop in output compared
to 2008.
Much of this growth appeared during the second
half of the year, driven by higher consumption in China.
During 2009, Europe remained the main destination for
Brazil’s woodpulp exports, although shrinking from 52%
to 40% of the total figures.
Despite a context fraught with uncertainty, the mills
managed to sell their entire output, although foreign
exchange proved a negative factor in the performance of
this sector. In 2009, these companies also managed to
reverse their losses of R$ 2.15 billion posted in 2008,
posting net profits of R$ 2.48 billion last year, with net
sales revenues rising by 19.2% to R$ 19.6 billion.
A return to economic growth worldwide paves the
way for prices to remain high in 2010. Quoted at US$
450 last year, woodpulp is already being sold at more than
twice this price. On the other hand, a US Dollar rising
against other currencies also helps these companies post
better earnings. Although heavy indebtedness matter of
concern for this sector, higher prices may well prove the
best way of dealing with this problem.
Papel & celulose e madeira / Wood, pulp and paper
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
142
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
51.090.746
8.974.564
38.505.595
12.585.151
16.326.929
-2.151.519
10.323.337
237.282
69.019.536
11.567.441
47.372.253
21.647.283
19.456.982
2.477.561
39.326.490
461.674
5,92%
35,1%
28,9%
23,0%
72,0%
19,2%
215,2%
280,9%
94,6%
Desempenho setorial
Sectorial performance
PETRÓLEO & GÁS, PETROQUÍMICA E PLÁSTICO / Oil and gas and derivates
Criação de valor em um ano difícil
Creating value in a difficult year
A
s companhias abertas que compõem o setor
apresentaram um interessante movimento de criação
de valor ao longo de 2009. Com um modesto
crescimento de 11,3% no volume total de ativos, o valor de
mercado das companhias aumentou cerca de 70%,
demonstrando que os analistas entenderam como
estrategicamente positivo o movimento de mudança societária
pelo qual passou o setor.
Este movimento, que causou retração de cerca de 12%
no passivo circulante das empresas, foi fruto de uma série de
reestruturações societárias que vem ocorrendo ao longo dos
últimos dois anos, em especial no segmento petroquímico e
de processamento de matérias plásticas. O objetivo das
companhias foi reduzir o grau de exposição e prepara-se para
aquisições de ativos e novos investimentos. A reabertura do
Programa de Recuperação Fiscal (Refis) por parte do governo
também ajudou a reduzir os encargos sobre o endividamento
e, consequentemente, o passivo circulante total.
O desempenho operacional do setor em 2009 também
não foi positivo. As receitas líquidas registraram retração de 15%
no ano passado, frente a uma base já deprimida observada em
2008. O resultado foi fruto da valorização do real ao longo de
2009, reduzindo a receita em reais das exportações do setor.
Outro fator determinante da queda na receita líquida foi a redução
nos patamares de preço de resinas e petroquímicos básicos. O
segmento de fertilizantes, que tem peso considerável no agregado
do grupo das companhias do setor, também apresentou forte
recuo nos resultado devido à retração dos preços em 2009, o que
afetou os investimentos no segmento do agronegócio.
Apesar da redução do lucro líquido agregado das
companhias, os proventos pagos aos acionistas (dividendos +
juros sobre capital próprio) em 2009 aumentaram 13,4%.
The listed companies in this sector presented an
interesting trend in value creation during 2009. With
modest growth of 11.3% in total asset volumes, the market
value of these companies rose by around 70%, showing
that the analysts view the widespread corporate changes in
this sector as strategically positive.
Resulting in some 12% shrinkage in the current
liabilities of these companies, this trend was the outcome
of a series of corporate restructuring processes that have
been taking place over the past two years, especially in the
petrochemicals and plastics processing segments. The
intention of these companies was to lessen their levels of
exposure, gearing up for acquisitions of assets and new
investments. The resurrection of the REFIS fiscal recovery
program by the government also eased the burdens on
indebtedness and consequently lowered total current
liabilities as well
The operating performance of this sector in 2009 was
also not positive. Its net revenues fell by 15% last year,
compared to the already low baseline noted in 2008. This
was the outcome of the rising value of the Brazilian Real
during 2009, undermining local currency revenues brought
in through exports by this sector. Another factor damping
down net revenues was the drop in price levels for resins
and base petrochemicals. Carrying considerable weight
among the group of companies in this sector, the fertilizers
segment also posted a sharp drop in earnings due to lower
prices in 2009, which in turn affected investments in the
agribusiness segment.
Despite lower aggregate net profits, the income paid
out by these companies to their shareholders (dividends +
interest on net equity) rose by 13.4% in 2009.
Petróleo & gás, petroquímica e plástico / Oil and gas and derivates
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
144
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
351.912.278
80.590.959
195.365.468
156.546.810
254.593.403
30.156.410
254.743.712
8.100.333
391.682.483
71.037.937
212.951.191
178.731.292
216.498.020
29.253.795
425.683.443
8.425.670
11,62%
11,3%
-11,9%
9,0%
14,2%
-15,0%
-3,0%
67,1%
4,0%
SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS / Sanitation, water and gas services
Bem longe da meta do milênio
Millennium goals still distant
C
erca de 80% dos brasileiros são atendidos com água
potável, mas apenas 42% têm coleta de esgoto. A
universalização desses direitos custaria pelo menos R$
200 bilhões em investimentos, de acordo com o secretário
nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades,
Leodegar Tiscoski. No atual ritmo de aplicação dos recursos, a
meta levaria pelo menos 20 anos para ser cumprida. Nos últimos
anos, o setor avançou bastante e a continuidade dos investimentos
pode acelerar os resultados com os recursos do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), destinados a infraestrutura.
Ainda assim, vai ser difícil o país atingir a meta dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para o saneamento,
proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). A
organização propôs reduzir pela metade a proporção da
população sem acesso à água e ao esgotamento sanitário até
2015. Contudo, de acordo com o Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento, elaborado em 2009, a
probabilidade de o Brasil cumprir a meta para abastecimento
de água no ano passado era de 70%. Já a chance real de atingir
a meta de esgotamento sanitário era de menos de 30%.
Os resultados de balanço das empresas de saneamento
cotadas na BM&FBovespa não impressionam e refletem o
ritmo deste cenário. A receita e o patrimônio líquido avançaram
quase que de forma vegetativa (5,2% e 7,2%, respectivamente).
O valor de mercado subiu 5,7%, bem abaixo da média do
mercado. Até mesmo a variação de 123,2% do lucro líquido
do setor representa apenas uma retomada aos níveis de lucro
pré-crise.
Para os próximos anos, o maior incentivo permanecerá
sendo governamental. A segunda etapa do PAC prevê
investimentos de, pelo menos, R$ 40 bilhões em saneamento
básico entre 2011 e 2014, o mesmo volume da primeira etapa.
Although some 80% of Brazilians are provided with piped
drinking water, only 42% are hooked up to sewage networks.
Universal access to these facilities would cost at least R$ 200
billion in investments, according to Leodegar Tiscoski, the
National Secretary for Environmental Sanitation under the
Ministry of Cities. At the current rate of allocating funds, it
would take at least twenty years to reach this Goal. During the
past few years, the sector has progressed significantly, and
ongoing investments will help speed up the outcomes through
funds earmarked for infrastructure under the Accelerated
Growth Program (PAC).
Even so, Brazil is unlikely to attain the Millennium
Development Goals proposed by the United Nations, which
include halving the proportion of the population with no access
to water and sewage networks by 2015. Nevertheless, according
to the National Information Sanitation System established in
2009, there was a 70% probability of Brazil attaining the Water
Supplies Goal last year, while its real chances of reaching the
Sewage Goal were less than 30%.
The earnings posted on the balance sheets released by
sanitation enterprises quoted on the BM&FBovespa were
unimpressive, reflecting the sluggish pace of this context. Their
revenues and net worth increased at almost a vegetative rate of
5.2% and 7.2% respectively, while their market value rose by
5.7%, well below the market average. Even the 123.2%
variation in net profits posted by this sector reflects only a
return to its pre-crisis profit levels.
Over the next few years, the main incentives will still
come from the Government, as Stage II of the Accelerated
Growth Program (PAC) plans investments of at least R$ 40
billion in basic sanitation from 2011 to 2014, the same amount
that was allocated to Stage I.
Saneamento e serviços de água e gás / Sanitation, water and gas services
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
41.275.193
6.196.204
22.040.444
19.234.749
16.183.957
1.153.646
23.174.368
777.017
43.640.212
6.030.554
23.011.773
20.628.439
17.130.732
2.575.309
24.500.966
1.003.965
-1,82%
5,7%
-2,7%
4,4%
7,2%
5,9%
123,2%
5,7%
29,2%
145
Desempenho setorial
Sectorial performance
SERVIÇOS FINANCEIROS
/ Financial services
Boa performance em um ano difícil
Good performance in a difficult year
A
receita do mercado segurador consolidado (seguros,
previdência e capitalização) – fora o ramo saúde –
totalizou R$ 94,8 bilhões no ano passado,
apresentando crescimento de 12% na comparação com 2008,
segundo dados divulgados pela Confederação Nacional das
Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde
Suplementar e Capitalização (CNSeg). Com o resultado, o
ramo de seguros atingiu 3,16% do PIB, um recorde histórico.
O resultado é expressivo para um ano que começou de
forma complicada para o setor financeiro internacional.
Entretanto, o fortalecimento do segmento no país, com a
capitalização obrigatória das empresas a partir de 2008, foi um
dos fatores importantes para este crescimento. Os aumentos
de até R$ 30 bilhões em capital ajudaram as companhias
nacionais a atravessar, sem grandes revezes, a crise internacional.
O bom momento do mercado é refletido na valorização
das empresas listadas na BM&FBovespa. Ao longo de 2009,
o valor de mercado do setor avançou 251% e só perdeu para o
setor de Papel e Celulose, que se recuperou da grande queda
em 2008. Além da valorização de mercado, as empresas se
destacaram pelo aumento de 246% nos proventos pagos aos
acionistas e uma expansão de 15,1% do ativo total.
O aumento de 12% no faturamento de 2009, calculado
pela CNSeg, é equivalente ao ganho de receita das empresas
listadas na Bovespa. O avanço no ano passado manteve uma
sequência de seis anos de crescimento de dois dígitos. Para
2010, o crescimento deverá ser de 16% a 20%, segundo as
projeções da Susep, autarquia que regula e fiscaliza empresas
de seguros (exceto saúde), previdência aberta e capitalização.
Ainda há muito espaço para a expansão dos seguros no mercado
brasileiro e a participação do setor no PIB tem potencial para
dobrar nos próximos cinco anos.
Revenues on the consolidated insurance market (insurance,
private pension funds and capitalization, excluding the medical and
dental aid area) totaled R$ 94.8 billion last year, posting growth of
12% compared to 2008, according to data disclosed by the National
Confederation of General Insurance, Private Pension Funds,
Supplementary Life Assurance and Capitalization Companies
(CNSeg). Consequently, the insurance sector set an all-time record
by accounting for 3.16% of GDP.
This is an impressive accomplishment for a year that dawned
gloomy for the international financial sector. However, strengthening
this segment in Brazil through mandatory capitalization of these
companies from 2008 onwards was an important factor driving
this growth. Capital increases of up to R$ 30 billion helped Brazilian
companies get through the International crisis with no major upsets.
This positive time for the market is reflected in the rising values
ofcompanieslistedontheBM&FBovespa.During2009,themarket
value of this sector rose by 251%, second only to the Paper and
Woodpulp sector, which recovered from a massive drop in 2008. In
addition to rising market values, these companies were also
noteworthy for the 246% hike in the income paid out to their
shareholders and 15.1% expansion of their total assets.
The 12% increase in 2009 revenues calculated by the CNSeg,
is equivalent to the increasing revenues posted by companies listed
on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). Last year’s progress
continued a sequence of six years of double-digit growth. In 2010,
this expansion might well hover between 16% and 20%, according
to forecasts drawn up by the Private Insurance Superintendency
(SUSEP), a semi-autonomous government entity that regulates and
overseas insurance companies (except medical and dental aid plans),
as well as open private pension funds and capitalization companies.
There is still plenty of headroom for insurance companies to expand
on the Brazilian market and the share held by this sector in the
nation’s GDP may well double over the next five years.
Serviços financeiros / Financial services
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
146
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
64.735.471
24.305.447
37.467.344
27.268.127
15.006.787
4.555.995
23.684.710
988.353
74.494.754
30.633.010
45.095.091
29.399.663
16.876.821
4.737.961
83.128.117
3.422.572
22,11%
15,1%
26,0%
20,4%
7,8%
12,5%
4,0%
251,0%
246,3%
Desempenho setorial
Sectorial performance
SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES
/ Wealth services
Setor foi destaque em valor de mercado
Sector outstanding for market value
D
e acordo com a Agência Nacional da Saúde (ANS),
as operadoras de saúde terminaram o ano de 2009
administrando 41,9 milhões de beneficiários na
assistência médica, uma ligeira variação de 2,2% em relação
aos 41,0 milhões atendidos ao final de 2008, ao passo que os
planos exclusivamente odontológicos registraram alta de 9%,
abrangendo 12,1 milhões de pessoas.
O ano passado foi um período desafiador para o setor.
Nos primeiros meses do ano, as empresas conviviam com
incertezas quanto à evolução da crise financeira internacional;
em seguida, vieram os surtos da gripe H1N1. Ambos os
acontecimentos com tendências de reduzir as margens
operacionais das empresas.
Ainda assim, para as empresas do setor de saúde listadas
na BM&FBovespa, o ano foi bastante positivo. A receita líquida
avançou 13,9% , apesar da baixa entrada de novos beneficiários,
ao passo que o lucro líquido subiu 52,8%. O grande destaque,
porém, foi a evolução de 173,4% do valor de mercado das
empresas, refletindo perspectivas positivas para o setor e para a
consolidação das empresas.
A fusão entre OdontoPrev e Bradesco Dental e a aquisição
da Medial Saúde pela Amil asseguram um cenário livre de
guerra de preços para usufruir dos bons ventos da economia.
Para 2010, as expectativas são de crescimento de 4,8% na
quantidade de membros dos planos de saúde suplementar,
para 43,9 milhões, além de um salto de 14,5% nos planos
odontológicos, somando 13,8 milhões.
Existe também a expectativa de que, a partir deste ano, o
setor se divida em três grupos: as gigantes, que terão escala para
produtos massificados; as regionais, que se organizam em forma
de cooperativa – e que cresceram 15% em média por ano
desde 2003 -; e as pequenas,que se dedicam a um público de
melhor poder aquisitivo.
According to the National Supplementary Health
Regulator (ANS), health-care operators closed 2009 with
41.9 million beneficiaries signed up with medical aid
schemes, just 2.2% higher than the 41.0 million assisted
by year-end 2008, while dental-only plans rose by 9%,
assisting 12.1 million people.
Last year was a challenging time for this sector. During
the first few months of the year, companies were assailed by
uncertainties prompted by the International crisis crunch,
swiftly followed by outbreaks of H1N1 influenza, though
tending to prune the operating margins of these companies.
Nevertheless, for companies in the healthcare sector
listed on the BM&FBovespa, this was a fairly positive year,
with net revenues up by 13.9%, despite sluggish sign-ups
by new beneficiaries, while net profits rose by 52.8%.
However, the highlight was the 173.4% upsurge in the
market value of these companies, reflecting a positive
outlook for the sector as a whole, as well as the consolidation
of these companies.
The merger between OdontoPrev and Bradesco
Dental, and the acquisition of Medial Saúde by Amil swept
away the threat of a price war, leaving the way open to
enjoy fair winds in the Brazilian economy. For 2010,
expectations are 4.8% growth in the number of
supplementary healthcare plan members, rising to 43.9
million, in addition to a 14.5% increase for dental plans,
reaching a total of 13.8 million.
There are also expectations that this sector will split
into three groups, from this year onwards: the majors,
operating at scales that can offer mass market products; the
regionals, organized into cooperatives, which have been
growing by an average of 15% a year since 2003; and the
minors, focused on a public with higher purchasing power.
Serviços médico-hospitalares, análises e diagnósticos / Wealth services
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
148
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
7.121.365
2.132.033
3.930.755
3.190.610
9.345.466
179.917
5.748.057
69.606
9.372.168
3.067.589
5.039.171
4.332.997
10.642.014
274.843
15.714.178
217.765
54,94%
31,6%
43,9%
28,2%
35,8%
13,9%
52,8%
173,4%
212,9%
SIDERURGIA E METALURGIA
/ Steel and metallurgy
Nem o aço resistiu à crise internacional
Even steel buckles under the international crisis
O
s negócios no setor de aço praticamente se derreteram
em 2009. Com uma das margens de lucro mais
altas do mundo, as siderúrgicas brasileiras assistiram
uma queda simultânea dos preços e das vendas.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr),
ao longo de 2009, a produção brasileira de aço bruto caiu 21,4%
frente a 2008. Em relação aos laminados, a queda foi de 18,2%.
No mesmo período, as vendas domésticas despencaram 25,2%.
No mercado externo, a indústria reduziu em 2% o volume de
vendas e em 38,6% o valor das exportações.
Com isso, o lucro líquido do setor saiu de R$ 20.230
milhões, em 2008, para R$ 6.485 milhões no ano passado,
uma queda de 67,9%. A receita líquida das empresas diminuiu
em 33%, de R$ 124.701 milhões, para R$ 83.570 milhões.
Outros indicadores também registraram queda, como o ativo
total, o patrimônio líquido e o passivo circulante, com
contrações respectivas de 18%; 8,8%; e 39,3%.
Também teve queda, a deliberação de dividendos e de juros
sobre o capital próprio que passou de R$ 5.578 milhões em 2008
para R$ 4.228 milhões em 2009, uma redução de 24,2%.
Entretanto, quando se considera os proventos deliberados em
relação ao lucro líquido do exercício, ou payout, verifica-se um
crescimento de quase 38 pontos percentuais. Há dois anos, o payout
da indústria foi de 27,6%, e, no ano passado, essa relação passou
para 65,2%, um resultado extremamente alto para um ano, mas
que mostra certa estabilidade na política de pagamentos de
proventos mesmo em anos de baixo lucro para o setor.
Para 2010, é esperada recuperação das margens e
produtividade do setor para níveis próximos ao pré-crise. A
demanda doméstica, como vem acontecendo nos últimos anos,
deve responder por grande parte da produção, voltando a
ganhar espaço sobre a do mercado externo.
Business in the steel sector almost melted down in
2009. With some of the world’s highest profit margins,
Brazilian steel mills were assailed by simultaneous drops
in prices and sales.
According to data released by the Brazilian Steel
Institute (IABr), steel production fell by 21.4% in Brazil
compared to the previous year, with rolled products
down by 18.2%. During the same period, domestic sales
shrank by 25.2%, with foreign market sales volumes
down by 2% and a 38.6% drop in export values.
This brought the net profits for this sector down
by 67.9% from R$ 20,230 million in 2008 to R$ 6,485
million last year. Net revenues fell by 33%, down from
R$ 124.701 million to R$ 83.570 million. Other
indicators also posted losses, such as total assets, net
equity and current liabilities, down by 18%, 8.8% and
39.3% respectively.
The distribution of dividends and interest on net
equity fell by 24.2%, down from R$ 5,578 million in
2008 to R$ 4,228 million in 2009. However, payouts
posted growth of almost 38 percentage points. Two years
ago, the payout of this industry 27.6%, rising to 65.2%
last year – an extremely high figure that confirms certain
stability in its payout policy, even in low-profit years for
this sector.
In 2010, the margins and productivity of this sector
are expected to return to pre-crisis levels. Similar to
previous years, domestic demands should absorb most
of this output, moving ahead of foreign markets.
Siderurgia e metalurgia / Still and metallurgy
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
188.983.960
34.290.698
112.525.043
76.458.917
124.700.706
20.230.444
70.262.987
5.577.606
154.879.321
20.828.301
85.143.147
69.736.174
83.570.036
6.485.089
129.522.469
4.227.926
25,60%
-18,0%
-39,3%
-24,3%
-8,8%
-33,0%
-67,9%
84,3%
-24,2%
149
Desempenho setorial
Sectorial performance
TECIDOS, VESTUÁRIO E CALÇADOS / Textile, clothing and footwear
Setor ainda sofre com a concorrência
Sector still snagged by competition
O
Brasil possui a sexta maior indústria têxtil do mundo,
sendo o segundo maior produtor de denim (matéria
prima para fabricação de jeans) e o terceiro na
produção de malhas. O país, auto-suficiente na produção de
algodão, produz 9,8 bilhões de peças de confecção por ano,
sendo referência mundial em moda praia, jeanswear e homewear.
Somados, os segmentos de têxtil, de vestuário e de calçados
representam 6,8% do PIB da indústria de transformação e
respondem por 16,47% dos empregos gerados no país.
Entretanto, estes três setores estão sob a mira da
concorrência internacional. No balanço de 2009, os números
não são tão animadores assim. O déficit na balança comercial
aumentou para US$ 1,585 bilhão, frente os US$ 1,408 bilhão
de 2008. O total de investimentos recuou de US$ 1,5 bilhão
em 2008 para US$ 850 milhões em 2009. E a produção física
registrou queda nos três segmentos: têxtil (-6,39%); vestuários
(-7,89%); e calçados (-8,62%).
Estes números são refletidos numa queda de 4,3% na receita
líquida das companhias listadas na BM&FBovespa. Contudo,
no cômputo geral, o resultado de 2009 pode ser considerado
positivo. Mesmo sobre forte concorrência internacional e sem
isonomia tributária em relação aos países asiáticos, o valor de
mercado do setor aumentou 67,2%, um pouco abaixo da média
da Ibovespa, de 72,5%. Além disso, as empresas reverteram dois
anos de prejuízo com forte aumento do lucro líquido em 2009.
Por último, segundo a nova metodologia do Prêmio Abrasca de
Criação de Valor, essas empresas criaram 20,4% de valor para
seus acionistas nos três últimos anos. Também merece destaque o
fato da grande vencedora do Prêmio ter sido uma empresa do
setor: a Cia. Hering .
Para 2010, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e
de Confecção (ABIT) prevê crescimento de 4% no faturamento
do setor.
With the world’s sixth largest textile industry, Brazil
ranks second for denim production (the fabric used to make
jeans) and third for knits. Self-sufficient in cotton, Brazil
turns out 9.8 billion clothing items a year, being a global
benchmark for beachwear, jeanswear and homewear.
Together, the textiles, clothing and footwear sectors account
for 6.8% of the processing industry GDP and 16.7% of the
jobs generated in Brazil.
However, these three sectors are being targeted by
international competition, undermining the figures in the
2009 balance sheet. The trade deficit expanded to US$ 1,585
billion, compared to US$ 1,408 billion in 2008, while total
investments shrank from US$ 1.5 billion in 2008 to US$
850 million in 2009, and physical output dropped in all
three segments: textiles (-6.39%); clothing (-7.89%); and
footwear (-8.62%).
These figures are reflected in the 4.3% drop in the net
revenues of companies listed on the BM&FBovespa.
Nevertheless, looking at the bottom line in general, 2009
may be considered as a positive year. Despite strong
international competition and lacking a tax structure
equivalent to those of the Asian countries, the market value
of this sector rose by 67.2%, slightly below the 72.5% average
posted by the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA).
Furthermore, these companies caught up on two years of
losses through an upsurge in net profits for 2009. Finally,
according to the new methodology for the ABRASCA Value
Creation Prize, these companies have created value of 20.4%
for their shareholders during the last three years. Also
noteworthy is the fact that the overall winner of this Prize
was a company in this sector: Hering.
For 2010, the Brazilian Textiles and Garments Industry
(ABIT) forecasts revenue growth of 4% for this sector.
Tecidos, vestuário e calçados / Textile, clothing and footwear
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
150
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
21.497.714
6.307.151
14.511.932
6.985.782
18.595.472
-158.847
7.154.004
217.582
20.095.084
5.623.009
12.384.824
7.710.260
17.786.824
796.426
11.961.785
374.390
20,41%
-6,5%
-10,8%
-14,7%
10,4%
-4,3%
601,4%
67,2%
72,1%
Desempenho setorial
Sectorial performance
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
/ Information technology
Empresas têm espaço para crescer
Room to grow for dotcoms
A
s perspectivas para as empresas de tecnologia da
informação são promissoras no Brasil, que se prepara
para sediar as Olimpíadas e a próxima Copa do
Mundo. Além disso, a previsão de crescimento da economia
nacional pode ajudar as empresas a ampliarem sua participação
no Produto Interno Bruto (PIB), dos atuais 1,8%, registrados
ao final de 2009, para cerca de 3% nos próximos anos.
O espaço para crescimento ainda é grande, considerando
que, nos países desenvolvidos, o uso da tecnologia supera os
4% do PIB. Esta diferença é mais forte nas pequenas e médias
empresas, que, apesar de terem participação importante na
economia, ainda utilizam pouca tecnologia. Mesmo assim, é
possível a expansão em outras fatias do mercado, como no
segmento pessoal, no setor público e também nas grandes
empresas, que direcionam em torno de 2,3% do faturamento
para área de TI. Os setores que mais investem em tecnologia
no Brasil são o financeiro e o de telecomunicações.
Por outro lado, o desenvolvimento de infraestrutura para a
realização da Olimpíada e da Copa, e o plano do governo em
levar o acesso à internet banda larga para todo o território nacional,
são fontes importantes de expansão para as empresas. O Brasil
possui atualmente cerca de 15 milhões de conexões de banda
larga, o equivalente a 7,5 acessos para 100 pessoas. O mundo
atingiu, ao fim de 2009, 467 milhões, segundo estimativa da
Economist Intelligence Unit, totalizando 6,9 por 100 pessoas.
Na área externa também existem possibilidades pouco
exploradas. Entretanto, diferente de países como a Índia, o
setor no Brasil está focado na demanda interna e só
recentemente passou a buscar negócios internacionais.
As boas perspectivas para o setor foram refletidas no
resultado das companhias com ações cotadas na
BM&FBovespa. No ano passado, o valor de mercado das
empresas de TI subiu180%.
The prospects are promising for information technology
companies, as Brazil gears up to host the Olympic Games in
2016 and the 2014 World Cup. Furthermore, forecast economic
growth may spur these dotcoms to expand their share of Brazil’s
Gross Domestic Product (GDP), up from its 1.8% at year-end
2009 to around 3% during the next few years.
There is still plenty of room of growth, particularly as
technology use tops 4% of GDP in the more developed
countries. This difference is more marked among small and
medium businesses which, although playing important roles
in the economy, still make only limited use of technology.
Nevertheless, expansion is quite possible in other market
segments, such as personal computing, the public sector and
major corporations, which earmark some 2.3% of their
revenues for the IT area. The sectors investing most heavily in
technology in Brazil are finance and telecommunications.
On the other hand, the implementation of the
infrastructure needed by the Olympic Games and the World
Cup, together with Government plans to provide nationwide
broadband internet access, are major forces driving dotcom
expansion. At the moment, Brazil has some 15 million
broadband connections, equivalent to 7.5 accesses for each 100
people. By year-end 2009, worldwide access topped 467 million,
according to an estimate released by the Economist Intelligence
Unit, reaching a total of 6.9 accesses for each 100 people.
Foreign markets also offer possibilities that are still underexploited. However, in contrast to countries such as India, in
Brazil this sector is focused more on domestic demands, only
recently starting to seek out international deals.
The positive outlook for this sector was reflected in the
earnings posted by companies whose shares are listed on the
BM&FBovespa. Last year, the market value of Brazilian
dotcoms rose by 180%.
Tecnologia da informação / Information technology
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
152
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
3.259.017
626.222
1.550.025
1.708.992
2.731.935
204.265
2.730.558
75.869
4.008.358
964.281
1.867.191
2.141.167
3.751.927
415.397
7.647.858
67.487
38,57%
23,0%
54,0%
20,5%
25,3%
37,3%
103,4%
180,1%
-11,0%
TELECOMUNICAÇÕES
/ Telecommunication
Ritmo de expansão do setor diminui
Slowdown in sector expansion rate
O
total de acessos dos serviços de telecomunicações
no Brasil somou cerca de 226,8 milhões em 2009,
representados por 41,7 milhões de linhas fixas em
serviço, 174 milhões de usuários móveis e 11,1 milhões de
acessos à Internet banda larga. A evolução de 12,4%, ou 25
milhões de acessos, em relação a 2008 representa uma redução
no ritmo de expansão. Em 2008 o setor registrou avanço de
20%, ou 33,7 milhões de acessos, frente a 2007.
Ao final de 2009, a telefonia móvel brasileira cresceu
90,6%. Os 174 milhões de acessos mantiveram o país como
quinto maior mercado de telefonia celular do mundo. O
crescimento de 15,5% neste ano, apesar de inferior ao de 2008,
foi suficiente para manter o Brasil entre os países que mais
crescem mundialmente. Foram 23,3 milhões de novos usuários,
resultado que ficou abaixo dos 29,7 milhões de 2008. A
evolução é maior no segmento pré-pago, normalmente menos
rentável para as empresas. Este segmento cresceu 17%, contra
8,8% dos acessos pós-pagos, e representou 82,5% do total de
usuários moveis.
O crescimento não foi suficiente para recuperação das
margens das empresas, que tiveram queda de 3,9% na receita
líquida, entre 2008 e 2009, e no lucro líquido com redução de
26,4% no mesmo período. Com este resultado o valor de
mercado das empresas cotadas na BM&FBovespa subiu apenas
34,4%, abaixo da média do Ibovespa (72,5%).
Em 2010, deve ser mantida a tendência de crescimento
da base de consumidores. É esperado aumento de 15 a 18
milhões de acessos nos planos pré-pagos. No médio e longo
prazos, as empresas devem apresentar melhora de margem.
Ainda assim, os percentuais registrados há cinco anos, que
chegaram a 45% de margem Ebitda, dificilmente voltarão a se
repetir. Contudo, as empresas estão reduzindo os custos, o que
pode contribuir para melhorar o desempenho do setor.
The total number of subscribers to telecommunications
services in Brazil reached some 226.8 million in 2009, with
41.7 million landlines in operation, 174 million mobile users
and 11.1 million broadband Internet access points.
Representing 25 million users, this 12.4% increase over the
2008 figures reflects a slowdown in the expansion rate of this
sector, particularly after a 20% hike (up by 33.7 million
subscribers) in 2008 compared to 2007.
By year-end 2009, mobile telephony had expanded
by 90.6%, with 174 million users ranking Brazil as the
world’s fifth largest mobile telephony market. Although
below the 2008 figures, this 15.5% increase ranked Brazil
among the countries with the fastest growth during the
year, with 23.3 million new users, below the 29.7 million
signed up in 2008. Normally less profitable for the carriers,
the pre-paid segment was the most dynamic, up by 17%
compared to 8.8% for post-paid customers, accounting
for 82.5% of all mobile users.
This expansion was unable to restore company
margins, with a 3.9% drop in net revenues, between 2008
and 2009, and net profits down by 26.4% over the same
period. Consequently, the market value of carriers listed
on the BM&FBovespa rose by only 34.4%, below the
average for the São Paulo Stock Exchange Index
(IBOVESPA) of 72.5%.
For 2010, the consumer base should continue
expanding, with an expected 15 to 18 million new users
signing up for pre-paid plans, with the carriers posting better
margins. Although unlikely to repeat the percentages posted
five years, which reached 45% of the EBITDA margin,
Brazil’s carriers are pruning costs, which should help upgrade
the performance of this sector.
Telecomunicações / Telecommunication
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
532.997.092
138.663.429
401.991.978
131.005.114
312.827.900
32.233.863
106.184.958
10.391.647
551.133.658
142.499.435
405.669.729
145.463.929
300.669.468
23.713.391
142.706.670
6.281.610
2,36%
3,4%
2,8%
0,9%
11,0%
-3,9%
-26,4%
34,4%
-39,6%
153
Desempenho setorial
Sectorial performance
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
/ Transport and logistics
Empresas recuperaram perdas
Companies recovering from losses
A
s empresas de transporte e logística enfrentaram um
período difícil ao longo de 2009, com tarifas reduzidas
e custo operacional elevado. Este foi o reflexo da crise
financeira internacional que causou retração de 5,5% no
Produto Interno Bruto (PIB) da indústria e de 5,2% no da
agricultura.
Por outro lado, o transporte aéreo recuperou grande parte
das perdas de 2008. Segundo a Agência Nacional de Aviação
Civil (ANAC), a demanda pelo transporte aéreo nacional cresceu
17,65% em 2009, o melhor resultado registrado pelo segmento
desde 2005. Ao longo do ano passado, foram efetivados 126
milhões de embarques, um acréscimo de 13 milhões em relação
ao ano anterior. Em contrapartida, o valor pago por quilômetro
voado foi 27,6% mais baixo que em 2008.
No ano passado, os consumidores pagaram
aproximadamente R$ 0,48 por quilometro voado, contra R$
0,66 em 2008. O resultado foi uma queda expressiva na receita
líquida das maiores empresas aéreas brasileiras. Entretanto, as
margens de lucro foram recuperadas com ganho financeiro,
cujo resultado foi superior ao registrado antes de setembro de
2008, quando estourou a crise.
Estes resultados se refletiram nos balanços das empresas
do setor com ações cotadas na BM&FBovespa. Apesar da
queda de 1,8% na receita líquida o setor conseguiu reverter o
prejuízo de R$ 1,47 milhões, registrado em 2008, para um
lucro de R$ 3,42 milhões no ano passado. O valor de mercado
das empresas também teve valorização expressiva (140,0%),
graças às expectativas positivas para o setor em 2010.
Para este ano, é esperada uma recuperação das tarifas de
logística, impulsionadas por resultados melhores da indústria e da
agricultura. O tráfego aéreo também deve permanecer positivo
no país, embora, no cenário internacional, o setor esteja vivenciando
uma das piores crises desde a segunda guerra mundial.
Transportation and logistics companies battled
through turbulent times in 2009, with lower freight rates
and high operating costs, reflecting the spillover of the
international financial crisis that triggered 5.5% shrinkage
in the Gross Domestic Product (GDP) for industry and
5.2% for agriculture.
On the other hand, air transportation caught up on
many of its 2008 losses. According to Brazil’s Civil Aviation
Regulator (ANAC), the nation’s demands for airborne
transportation rose by 17.65% in 2009, posting the
highest earnings by this segment since 2005, with 126
million people boarding during the year, 13 million higher
than the previous year.
In counterpart, the price paid per kilometer flown was
27.6% lower than in 2008, with consumers paying around
R$ 0.48 per kilometer flown, compared to R$ 0.66 the
previous year, resulting in a significant drop in the net
revenues of major Brazilian airlines. However, their profit
margins were buoyed by financial gains at levels higher than
those posted prior to the crisis in September 2008.
These earnings are reflected in the balance sheets
released by companies in this sector whose shares are listed
on the BM&FBovespa. Despite a 1.8% dip in net
revenues, this sector managed to turn losses of R$ 1.47
million posted for 2008 into profits of R$ 3.42 million
last year. The market value of these companies also rose
significantly by 140.0%, thanks to positive expectations
for this sector in 2010.
For the current year, logistics rates are expected to
bounce back, driven by better earnings for industry and
agriculture. Air traffic should also remain positive in Brazil,
although at the international level, this sector is being
buffeted by one of its worst crises since World War II.
Transporte e logística / Transport and logistics
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
154
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
50.216.889
13.172.134
38.942.571
11.274.318
28.547.248
-1.473.427
25.948.986
958.198
57.415.717
13.301.213
40.059.471
17.356.246
28.034.508
3.417.577
62.276.812
795.795
1,22%
14,3%
1,0%
2,9%
53,9%
-1,8%
331,9%
140,0%
-16,9%
Desempenho setorial
Sectorial performance
UTILIDADES DOMÉSTICAS / Household utilities
Recorde na venda de eletroeletrônicos
Record sales for electro-electronics
M
esmo com a crise mundial que paralisou a indústria
eletroeletrônica no final de 2008, as empresas
venderam no ano passado 20 milhões de unidades, a
maior parte produtos da linha branca. O número é recorde histórico
para o setor, que dobrou a saída de itens nos últimos cinco anos.
Entretanto, o déficit da balança comercial de produtos
eletroeletrônicos permanece preocupante, com as exportações
tendendo à estabilidade e as importações crescendo no ritmo do
mercado interno. Em 2009, as vendas para o exterior somaram
US$ 7,5 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 25
bilhões, resultando num saldo negativo de US$ 17,5 bilhões.
Já no primeiro trimestre de 2010, o setor eletroeletrônico
registrou um déficit comercial de US$ 5,82 bilhões, 66% acima
do resultado do mesmo período de 2009 (US$ 3,51 bilhões).
Este crescimento é fruto de US$ 1,65 bilhão em exportações e
US$ 7,5 bilhões em importações, 44,9% acima do registrado
no mesmo período de 2009. Para 2010, a Associação Brasileira
da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) estima que as
exportações cheguem a US$ 7,5 bilhões, o que representará
cerca de 4,5% do total exportado pelo país, enquanto as
importações devem atingir US$ 27 bilhões, ou 17,3% das
compras brasileiras no exterior.
A indústria de informática, por sua vez, saiu praticamente
ilesa da crise. Em 2009, as vendas de PCs chegaram a 12 milhões
de unidades, mesmo nível de 2008, mas com um futuro
bastante promissor. Para esse ano, as vendas devem superar 14
milhões de unidades, um crescimento de mais de 17%. A
principal contribuição vem da renovação da chamada “Lei do
Bem”, que estabelece um processo bem sucedido de
desoneração tributária. A redução de preços dos computadores
estimulou a compra pelos meios legais e desestimulou o
chamado mercado cinza.
Despite the global crisis that jolted the electroelectronic industry in late 2008, twenty million units were
sold last year, mainly white line goods, setting an all-time
record for this sector, where the outflow of products has
doubled during the past five years.
However, the negative trade balance for electroelectronic goods is still causing concern, with exports
flatlining as imports rise, in step with the domestic market.
In 2009, foreign sales reached US$ 7.5 billion, while
imports topped US$ 25 billion, resulting in a negative
trade balance of US$ 17.5 billion.
During the first quarter of 2010, the electroelectronic sector posted a trade deficit of US$ 5.82 billion,
66% worse than its 2009 figures (US$ 3.51 billion). This
was due to exports of US$ 1.65 billion and imports of
US$ 7.5 billion, 44.9% higher than the figures for the
same period in 2008. For 2010, the Brazilian ElectricElectronic Industry Association (ABINEE) estimates that
exports may well top US$ 7.5 billion, accounting for some
4.5% of Brazil’s total exports, while imports should reach
US$ 27 billion, equivalent to 17.3% of foreign purchases.
Meanwhile, the information technology sector sailed
almost scathed through the crisis, with PC sales of 12
million units in 2009 remaining unchanged since 2008,
and now looking ahead to a promising future. For the
current year, sales should top 14 million units, up by more
than 17%. The main contribution comes from the renewal
of Brazil’s Goodness Act, which ushered in a successful
set of tax breaks. Lower computer prices spurred purchases
through lawful channels, leapfrogging undocumented
equipment sold on the grey market.
Utilidades domésticas / Household utilities
Ativo total / Total assets
Passivo circulante / Current liabilities
Exigível total / Total indebtedness
Patrimônio líquido / Total equity
Receita líquida / Net revenues
Lucro / Prejuízo / Profit / Loss
Valor de mercado / Market capitalization
Dividendos + JCP deliberados / Dividends + Interest on equity
Criação de valor ao acionista (3 anos) / Shareholder value creation (3 years)
156
2008 (R$)
2009 (R$)
Variação % / variation %
7.907.900
3.296.771
4.685.078
3.222.822
10.173.645
1.117.359
7.394.922
1.240.349
8.522.459
3.657.750
5.047.844
3.474.615
11.173.171
680.444
10.663.689
580.240
-20,87%
7,8%
10,9%
7,7%
7,8%
9,8%
-39,1%
44,2%
-53,2%
Depois da crise, Brasil vive clima
de forte crescimento econômico
Quando 2009 começou, reinava no mercado uma ingonita: quanto tempo
iria durar a crise? No Brasil durou pouco. A partir de abril, as empresas
davam sinais que estavam voltando à atividade. E, apesar dos pesares, o ano
terminou bem, se comparado o que ocorreu na Europa e nos Estados Unidos.
A análise elaborada pela GRC Visão, com base no balanço de 366
companhias listadas na BM&FBovespa, mostrou que, na média, elas
apresentaram no ano passado crescimento de 72% no valor de mercado. E
mais, todos os setores analisados tiveram aumento na criação de valor. O
destaque foi para “Utilidades Domésticas”, que, beneficiado pela redução
do IPI, barateamento do crédito ao consumidor e aumento da renda do
trabalhador, criou 204% de valor, o que compensou a perda de 2008. O
ano de 2010 começou com os empresários dispostos a investir diante da
perspectiva de forte crescimento econômico.
In early 2009, a massive question mark hung over the market: how
long would the crisis last? The answer appeared swiftly: not long, for Brazil.
From April onwards, companies were putting out signs that they were
firmly back on the road to recovery. Despite some stumbles along the way,
the year closed on a high note, especially compared to gloomy outlooks in
Europe and the USA. Based on the balance drawn up for 366 companies
listed on the BM&FBovespa, the analysis prepared by the GRC Visão
consulting firm showed average growth of 72% in their market value last
year. Furthermore, all the sectors analyzed posted higher value creation as
well. The highlight was Household Appliances, which more than offset its
2008 losses by creating 204% value, buoyed by the Industrialized Products
(IPI) tax break, cheaper consumer credit and higher worker incomes. As
2010 opened, businesses were clearly eager to invest, attracted by this
positive outlook for dynamic economic growth.
Economic upswing for Brazil
after the meltdown
158
Estatísticas
Statistics
Um ano de superação e recuperação
A year of resilience and recovery
GRC Visão, Gestão de Risco e Cenários
C
om a maciça saída dos investidores estrangeiros da
BM&FBovespa, a partir de setembro de 2008,
quando estourou a crise financeira internacional, os
preços das ações desabaram. O resultado foi uma contração
no valor de mercado das companhias abertas superior a 40%
no final daquele ano. E mais, a soma dos proventos, dos aportes
de capital e do prêmio de risco do mercado, (conceito utilizado
na metodologia do Prêmio Abrasca de Criação de Valor para
aferir criação de valor aos acionistas) apresentou resultado
negativo em 46,4% para o conjunto de companhias listadas
na BM&FBOVESPA em 2008.
O governo federal, entidades de mercado, companhias
abertas e órgãos reguladores trabalharam pesado em 2009 para
recuperar o valor destruído como resultado da crise. Essas
iniciativas se materializaram em medidas de estímulo fiscal,
por parte do governo federal, impulsionando o faturamento
das companhias, e de controles mais rígidos nos níveis de
transparência das companhias. Cabe destaque a intensa atuação
dos profissionais de relações com investidores no sentido de
dar transparência aos projetos de investimento e crescimento e
às iniciativas de recuperação das companhias.
When the financial bubble burst in September 2008,
international fallout bumped foreign investors off the
BM&FBovespa in droves as share prices plummeted. As a
result, the market value of its listed companies shrank by
more than 40% at the end of the year, with the sum of
income, capital allocations and the market risk premium –
the (concept used in the ABRASCA Value Creation Prize
methodology to measure the value created for shareholders)
posting negative earnings of 46.4% for the companies listed
on the BM&FBOVESPA in 2008.
Throughout 2009, the Brazilian government, market
entities, listed companies and regulators worked hard to
retrieve the value destroyed by the crisis. These initiatives
consisted of tax breaks offered by the government that
pumped up business revenues, together with tighter controls
over corporate transparency. Particularly noteworthy were
the efforts of investor relations executives, who strove to
enhance the transparency of investment and expansion
projects, as well as initiatives designed to help companies
get back into the black.
RECOVERY
RECUPERAÇÃO
A dinâmica da contração observada há dois anos se refletiu
em recuperação acelerada do mercado de capitais em 2009. O
volume total de recursos captados pelos agentes superou a marca
de R$100 bilhões, registrando crescimento de cerca de 8%
em relação ao de 2008.
O movimento de captação reiniciado em março de 2009,
se intensificou a partir de julho, alinhado com o retorno do
capital estrangeiro para as Bolsas. A temporada de IPOs de
2009 só foi reaberta em junho, mas com expressão: a oferta
inicial da VisaNet foi o maior IPO da BM&FBovespa até
então, totalizando R$ 8,4 bilhões, sendo cerca de 60%
proveniente de investidores estrangeiros.
Para exemplificar o dinamismo do mercado de ações
brasileiro, cabe citar que enquanto o volume total captado
para renda variável cresceu 35,1%, o segmento de renda fixa
(que inclui debêntures, notas promissórias, certificados de
recebíveis imobiliários e FDICs) registrou uma queda nominal
de 6,4% na comparação com 2008. Outra prova inequívoca
da importância das companhias abertas para a retomada do
crescimento econômico, foi a distribuição da captação de
The shrinkage noted over the past two years was offset
by the rapid recovery of the capitals market in 2009, with
the total volume of funds brought in by agents topping R$
100 billion, some 8% higher than in 2008.
Beginning in March 2009, this inflow of financing
built up steam from July onwards as foreign capital returned
to stock exchanges. The 2009 IPO season opened only in
June, but with plenty of muscle: the VisaNet IPO was the
largest transaction of this type in the history of the
BM&FBovespa, totaling R$ 8.4 billion, with some 60%
coming from foreign investors.
Reflecting the dynamism of the Brazilian stock market,
it is worthwhile noting that while total variable income
volumes rose by 35.1%, the fixed income segment (which
includes debentures, commercial papers, real estate
receivables certificates and credit rights investment funds)
posted a nominal drop of 6.4% compared to 2008. Other
clear evidence of the importance of listed companies for
Brazil’s return to economic health came from the
distribution of funding brought in through fixed income
instruments, with debentures up 14.4% by volumes
159
Estatísticas
Investimento Estrangeiro em Ações - US$ milhões
Fonte: Banco Central
recursos via instrumentos de renda fixa: as debêntures tiveram
aumento de 14,4% no volume captado em relação ao ano
anterior, na contramão dos demais instrumentos de renda fixa.
Esse crescimento expressivo das debêntures foi resultado de
uma conjuntura favorável, uma vez que o mercado de títulos de
dívida privada tornou-se uma alternativa atraente para as
companhias emissoras ante as condições desfavoráveis do mercado
de crédito bancário. A aceleração no ritmo de queda da taxa básica
de juros também elevou a demanda por papéis de dívida privada.
Em paralelo, as entidades do mercado fizeram sua parte:
contribuiu para o dinamismo do mercado de dívidas, a redução
dos custos e do tempo envolvidos na preparação da emissão de
títulos de renda fixa para oferta pública direcionada aos
investidores qualificados. A regulamentação da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) das emissões com esforço restrito
de distribuição (Instrução CVM 476 de 15/1/2009), isentou
os títulos de renda fixa objeto de oferta restrita limitada a 20
investidores qualificados da exigência de elaboração de
prospecto para emissão e do registro da distribuição junto à
CVM. A Instrução CVM 476 também procurou proteger os
interesses dos investidores não qualificados, ao vedar a busca
de investidores em locais abertos ao público ou mediante
utilização dos meios de comunicação. Segundo dados da
Anbima, a modalidade “Esforço Restrito” respondeu por 56%
do valor captado no mercado de debêntures em 2009.
Uma vez implantado o Formulário de Referência
padronizado para todas as emissões das companhias, dispositivo
trazido pela ICVM 480/09, acreditamos que o mercado de dívida
vai ficar ainda mais ágil, impulsionando a emissão de debêntures
e notas promissórias e contribuindo para reduzir, pela elevação
da oferta, os spreads cobrados nas operações de crédito bancário.
160
Statistics
Foreign investments on the Stock Exchange
Source: IBGE
brought in compared to the previous year, in contrast to
other fixed income instruments.
This upsurge in debentures was the outcome of a
favorable context, as the private debt papers market became
an appealing alternative for issuer companies, due to
unfavorable conditions on the bank credit market. As the
basic interest rate dropped even faster, this also stepped up
demands for private debt papers.
In parallel, market entities played their role to the full,
boosting the dynamism of the debt market, cutting costs
and shortening the lead time required to issue fixed income
papers for public offerings addressed to qualified investors.
The regulations established through CVM Instruction Nº
476 (January 15, 2009) for issues with limited distribution
efforts waives prospectus requirements for fixed income
papers addressed by restricted offerings limited to twenty
qualified investors, with no need to register their distribution
with the CVM. This Instruction also protects the interests
of non-qualified investors, by banning investor prospecting
in public places or through the communications media.
According to data released by the Brazilian Financial and
Capitals Markets Entities Association (ANBIMA), restricted
effort offerings accounted for 56% by value of the
debentures market in 2009.
Once the standardized Reference Form is introduced
(through CVM Instruction Nº 480/09) for all corporate
issues, the debt market should become even more nimble,
driving up issues of debentures and commercial papers while
trimming the spreads charged on bank credit transactions
through boosting supplies.
DESEMPENHO SETORIAL
SECTOR PERFORMANCES
O melhor desempenho setorial na comparação de três
anos foi o de “Serviços Médicos - Hospitalares, Análises e
Diagnósticos”, com criação de valor de 54,9% no ano de 2009,
seguido por “Tecnologia da Informação”, com 38,5%. Cabe
destaque também para os setores de “Atacado & Varejo”, com
24,7% de criação de valor, e de “Construção Civil e Mercado
Imobiliário”, o qual se beneficiou dos investimentos públicos
em infraestrutura, no âmbito do PAC, e dos programas oficiais
de apoio ao crédito habitacional, que obteve uma criação de
valor de 23,6%.
Além desses segmentos, considerando apenas o ano de
2009 houve forte crescimento na geração de valor do setor de
“Utilidades Domésticas”, beneficiado pela redução do IPI,
barateamento do crédito ao consumidor e aumento da renda
do trabalhador. O setor criou 204,7% de valor no ano, o que,
apesar de expressivo, não foi suficiente para compensar as perdas
nos anos anteriores, tendo seu resultado acumulado em três
anos encerrado 2009 negativo em 20,9%.
Esse é o pior resultado na comparação de três anos. Além
de Utilidades Domésticas, os setores de Máquinas e
Equipamentos e Saneamento e Serviços de Água e Gás não
conseguiram recuperar as perdas ocorridas em 2008, tendo
registrado valores negativos de 17,6% e 1,82% respectivamente
de destruição de valor acumulado nos três últimos anos.
Quando a comparação ocorre apenas para 2009, todos
os setores registram crescimento na criação de valor, conforme
tabela abaixo:
The best sector performance in a three-year
comparison came from Medical Services, Hospitals,
Analyses and Diagnoses, which created value of 54.9% in
2009, followed by Information Technology at 38.5%. Also
noteworthy were Wholesale and Retail with 24.7% and
Civil Construction and Real Estate, which benefited from
public investments in infrastructure under Brazil’s
Accelerated Growth Program (PAC), as well as official
housing loan programs, with created value of 23.6%.
In addition to these segments, 2009 saw an upsurge
in the value generated by the Household Utilities sector,
benefiting from the Industrialized Products (IPI) tax break,
cheaper consumer credit and rising worker incomes. This
sector created value of 204.7% during the year which,
although impressive, was not sufficient to offset losses in
previous years, with its three-year accumulated earnings
posting 20.9% negative at year-end 2009.
This is the worse outcome for the three-year
comparison. In addition to Household Utilities, the
Machines and Equipment and the Sanitation and Water
and Gas utilities sectors were unable to make up for their
2008 losses, posting negative values of 17.6% and 1.82%
respectively, reflecting the accumulated loss of value over
the past three last years.
When this comparison is limited to only 2009, all
sectors posted an increase in value creation as shown in
following Table:
Criação de valor por setores / Value creation by sectors
Setor
Criação de valor % (2009)
Criação de valor % (3 anos)
Sector
Value creation % (2009)
Value creation % (3 years)
61,68%
111,84%
64,81%
175,24%
30,35%
49,25%
36,62%
77,94%
96,97%
52,13%
22,62%
128,80%
194,33%
83,85%
130,21%
122,44%
19,53%
96,58%
204,69%
14,24%
24,69%
12,22%
23,62%
10,33%
14,81%
-17,58%
23,73%
5,92%
11,55%
-1,82%
22,38%
54,94%
25,60%
20,89%
38,52%
2,36%
1,22%
-20,87%
Alimentos, bebidas & fumo / Food, beverage & tobacco
Atacado & varejo / Wholesale and retail
Bancos e crédito / Banking
Construção civil e mercado imobiliário / Real estate
Energia elétrica / Electricity
Holdings diversificadas / Holdings
Máquinas e equipamentos / Machinery and equipment
Mineração / Mining
Papel e celulose e madeira / Wood, pulp & paper
Petróleo & gás, química & plástico / Oil & gas and derivates
Saneamento e serv. de água e gás / Sanitation, water and gas services
Serviços financeiros / Financial services
Serviços médico-hospitalares / Wealth services
Siderurgia e metalurgia / Steel and metallurgy
Tecidos, vestuário e calçados / Textile, clothing & footwear
Tecnologia da informação / Information technology
Telecomunicações / Telecommunication
Transporte e logística / Transport and logistics
Utilidades domésticas / Household utilities
161
Estatísticas
Statistics
RECUPERAÇÃO DO VALOR
RECOVERY IN VALUE
Com captação de recursos externos expressiva, 2009
mostrou crescimento pujante dos preços das principais
companhias listadas na Bolsa, recuperando o valor destruído
para seus acionistas no ano anterior. O grupo de companhias
que encerrou o ano de 2009 com negociação na
BM&FBovespa, o qual totalizava em 31 de dezembro 365
companhias, observou, na média, crescimento de 72,5%
em seu valor de mercado. No conceito de criação de valor
ao acionista, o qual computa os proventos pagos pelas
companhias aos acionistas e debita os aportes de capital,
esse valor passa para 61,6% (ver Prêmio Abrasca de Criação
de Valor).
Ou seja, o desafio de recuperação de valor foi alcançado
e, em alguns casos, o patamar observado antes da crise foi
até superado. Porém, a situação econômica da zona do euro
voltou a preocupar no primeiro trimestre do ano e as fraturas
expostas pela má qualidade dos créditos soberanos no velho
continente voltaram a ameaçar saúde financeira da região.
With significant inflows of international capital,
2009 demonstrated powerful growth for foreign funding
through a sharp upswing in the share prices of the main
companies listed on the Stock Exchange in 2009, helping
retrieve shareholder value lost during the previous year.
The group of 365 companies whose shares were traded
on the BM&FBovespa through December 31, 2009,
posted average growth of 72.5% in their market values.
Through the shareholder value creation concept, which
calculates the incomes paid out by companies to their
shareholders and debits capital inflows, this value reached
61.6% (see the ABRASCA Value Creation Prize).
In other words, the value recovery challenge was
surmounted, in some cases even outstripping pre-crisis
levels. However, the economic situation in the Euro Zone
caused concern again during the first quarter of the year,
with cracks appearing due to the poor quality of sovereign
credits in the Old World, threatening the financial health
of this region.
INVESTIMENTOS E PERSPECTIVAS
INVESTMENTS AND OUTLOOK
A partir da melhoria nos mercados financeiros
internacionais e da reativação da atividade econômica no
Brasil, impulsionada pelo mercado interno e pelas medidas
de política anticíclica, o mercado de capitais voltou a ser a
melhor opção de alavancagem pelas companhias, as quais
retomaram seus planos de captação interrompidos pela crise.
Sobre a qualidade de crédito no mercado brasileiro,
também vale notar que o perfil de uso de recursos captados
em 2009 privilegiou a recomposição dos passivos e a redução
dos graus de exposição. Se em 2008 apenas um quarto dos
recursos captados pelas empresas via emissão de debêntures
tiveram como finalidade o refinanciamento de passivos,
no ano passado esse percentual superou o patamar de 70%
do total, mostrando forte grau de comprometimento das
companhias com sua saúde financeira.
Esse esforço já começou a dar frutos, elevando a
capacidade de investimento em 2010. Os investimentos
declarados pelas companhias participantes do Anuário
Estatístico das Companhias Abertas cresceram 7,1% entre
2008 e 2009, e a tendência antecipada para 2010, através
das pesquisas conduzidas pela Abrasca junto a seus
associados, os quais respondem por mais de 80% do valor
de mercado das companhias listadas no segmento
BM&FBovespa, também é positiva, sinalizando um
crescimento superior a 20% no volume investido para 2010.
Isso posto, acreditamos que o biênio 2010/2011 deverá
concretizar as perspectivas de forte crescimento do PIB e
dinâmico desenvolvimento econômico.
162
As the world’s financial markets began to recover,
and economic activity started to boom again in Brazil,
driven by the domestic market and anti-cyclic political
measures, its capitals market become the best leverage
option for companies, which revived financing plans put
on hold during the crisis.
Regarding the quality of credit on the Brazilian market,
it is also worthwhile noting that the usage profiles of funds
brought in 2009 focused largely on restructuring liabilities
and lessening exposure. While only a quarter of the funds
brought in through debentures were earmarked for
refinancing liabilities in 2008, this percentage topped 70%
last year, reflecting firm commitments to corporate health.
These efforts are already beginning to bear fruit,
stepping up investment capacities in 2010. The
investments declared by companies appearing in the Listed
Companies Statistical Yearbook rose by 7.1% between
2008 and 2009, with an ongoing uptrend forecast for
2010 through ABRASCA surveys of its members - which
account for more than 80% of the market value of the
companies listed in the BM&FBovespa segment - thus
indicating invested volume growth of more than 20%
during the current year.
As a result, we firmly believe that the 2010 - 2011
period will firm up the prospects for powerful growth in
Brazil’s GDP, keeping pace with dynamic economic
development.
Estatísticas
Statistics
Notas metodológicas
Methodological notes
O Anuário Estatístico das Companhias Abertas visa
detalhar, em termos contábeis e financeiros, o comportamento
dos principais setores e subsetores da economia brasileira,
considerando as empresas de capital aberto registradas na
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e listadas na
BM&FBOVESPA.
As informações foram obtidas das Demonstrações
Financeiras Padronizadas (DFP) divulgadas anualmente à
CVM, conforme a Instrução nº 202 da Comissão.
As informações consolidadas pela GRC Visão neste
anuário foram consultadas diretamente na CVM, no site das
empresas ou no site da BM&FBOVESPA.
Salienta-se que o registro na CVM nao implica qualquer
apreciaçao sobre a companhia, sendo que a veracidade e
atualizaçao das informaçoes prestadas sao de responsabilidade
de seus administradores.
A amostra inclui todas as companhias listadas na
BM&FBOVESPA no último dia útil de 2009, totalizando
366 companhias.
No intuito de introduzir maior transparência ao processo
e alinhar a publicaçao com as expectativas do mercado, Abrasca
e GRC Visao contataram as companhias para contra-checar
as informaçoes. Nesse processo, algumas companhias pediram
sua exclusão do Anuário, cuja amostra, ao final, conta com
359 nomes.
The purpose of the Statistical Annuary of Public
Companies is to detail, in accounting and financial terms, the
most significant behavior of the sectors and sub-sectors of the
Brazilian economy, considering the public traded companies
listed in the Brazilian Securities Commission (CVM) with
shares quoted on São Paulo Stock Exchange
(BM&FBOVESPA).
Statistics gathered for this Yearbook were consolidated
from the Standardized Financial Statements (DFP) which are
annually handed in to CVM, according to it’s Instruction 202.
All data were consolidated by GRC Visão according to
informations taken from CVM, companies’ websites and from
BM&FBOVESPA website.
It’s important to note that the register in CVM does not
imply any appreciation on the company, and the veracity and
actuality of data is responsibility of its administrators.
Sample includes all companies quoted in
BM&FBOVESPA between January 2009 and December
2009 were selected, totalizing 366.
Aiming to expand the transparency of the process and
increasingly align the publication to the capital market
expectations, Abrasca and GRC Visão introduced in the process
of table’s construction a stage of information counter-checking
with the companies. In this process some companies asked for
be excluded from the sample that, finally, count with 359
companies.
COMO CONSULTAR AS TABELAS:
HOW TO CONSULT THE TABLES:
As empresas são listadas por seu nome comercial e
agrupadas setorialmente, conforme classificação definida pelo
comitê organizador deste anuário.
As informações sobre cada companhia foram dispostas
em valores correntes (milhares de reais) para os anos de 2009 e
2008. As informações sobre a evolução histórica (2001 a 2009)
foram consolidadas para os setores e calculadas em valores de
2009, deflacionados pelo IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo – IBGE).
As informações contidas neste anuário foram consolidadas
até o dia 25 de julho de 2010. As empresas que não possuem
informações para o ano de 2009, não divulgaram suas
demonstrações financeiras até esta data, nem entraram em
contato com a equipe realizadora do anuário.
164
The companies are listed by its corporate name and
grouped by sectors, following the classification defined by the
ABRASCA Yearbook’s Executive Committee.
Individually information on the company was provided
in current values (in thousands of reais) for the years 2009 and
2008. The historic data (2001 to 2009) was consolidated for
sectors and expressed in prices of 2009, deflated by IPCA price
index (Amplified Consumer Price Index – IBGE).
The data for this yearbook was consolidated by July 25,
2010. Companies which do not hold information for 2009,
neither displayed their financial statements up to the closure
of this edition, nor got in touch with the staff in charge of this
yearbook.
Descrição dos Indicadores e Contas Utilizados nas Tabelas
Description of the Indicators and Accounts Used in the Tables
Ativo Total – Valor declarado no Balanço Patrimonial.
Patrimônio Líquido – Valor Declarado no Balanço Patrimonial
Receita Líquida – Receita Bruta excluindo-se deduções como
devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas.
Lucro / Prejuízo Operacional – Valor declarado na
Demonstração de Resultado.
Lucro / Prejuízo Líquido – Valor declarado na Demonstração
de Resultado após impostos e juros sobre capital próprio.
Endividamento Total – Ativo Total (menos) Patrimônio
Líquido.
Capital de Giro – Ativo Circulante (menos) Passivo Circulante.
Giro do Ativo – Receita Líquida operacional (dividido por)
Ativo Total. No caso do grupo “bancos”, o calculo é feito em
relação à Receita Intermediação Financeira.
Grau de Endividamento – Endividamento Total (dividido
por) Patrimônio Líquido.
Variação Real (%) – Trata-se da taxa de variação de cada um
dos indicadores, levando-se em conta a taxa de inflação (medida
pelo IPCA) de 4,30% em 2009. Este valor foi calculado de
forma que variações positivas indicam melhoras no resultado
da empresa, mesmo quando existem dois valores negativos,
ou um negativo em 2008 seguido de um valor positivo.
Por exemplo, caso a empresa registre um prejuízo em 2008 e,
se esse prejuízo reduzir em 2009, a taxa de variação será positiva,
indicando que o prejuízo diminuiu, ou seja, houve uma
melhora no resultado da empresa.
Da mesma forma, variações negativas devem ser lidas como
uma redução daquele indicador. Vale lembrar que sobre o valor
de 2008 incide a inflação verificada no ano passado, de forma
que em pequenos ganhos nominais pode haver variação
negativa, em função da correção aplicada.
Receita da Intermediação Financeira – Valor declarado na
Demonstração de Resultado.
Alavancagem – Endividamento Total (dividido por)
Patrimônio Líquido.
Depósitos Totais – Passivo circulante + passivo exigível a
longo prazo.
Crédito Total – Ativo circulante + ativo realizável a longo
prazo.
Investimentos – Investimento em Subsidiárias e Outros.
Total Assets – Amount stated in the Balance Sheet.
Shareholder’ Equity – Amount stated in the Balance Sheet.
Net Revenue – Gross revenue excluding deductions as
returns, discounts, and taxes on sales.
Operating Profit / Loss – Amount stated in the Income
Statement.
Net Income / Loss – amount stated in the Income Statement
after deduction of taxes and interests on equity.
Total Indebtedness – Total Assets (minus) Shareholder’
Equity.
Working Capital – Current Assets (minus) Current
Liabilities.
Asset Turnover – Operational Net Revenue (divided by)
Total Assets. If for bank sector, it is calculated by the
Intermediation Revenue.
Debt-to-equity ratio – Total Indebtedness (divided by)
Shareholders’ Equity.
Real Variation (%) – is a rate of variation for each indicator,
taking into account the rate of inflation (measured by IPCA)
of 4.30% in 2009. This value was calculated so that positive
variations indicate improvement in the company’s outcome
even if there are two negative values, or one negative in 2008
followed by a positive one.
For instance, if the company recorded loss in 2008, and if
this loss decreased in 2009, the variation rate will be positive,
indicating a smaller loss, that is, there has been an
improvement for the company.
Likewise, negative variations must be interpreted as a
reduction on that indicator. It is worth noting that over the
value of 2008 incurs last year inflation, so that there may be
negative variation on small face values gains, due to the
restatement applied.
Intermediation Revenue – amount stated in the Income
Statement.
Leverage –Total Indebtedness (divided by) Shareholders’ Equity
Total Deposits – Demand deposits (plus) Savings deposits
(plus) Interfinancial deposits (plus) Notice Account deposits.
Total Credit – short term Credit Operations (plus) short
term Leasing Operations (plus) short terms Other Credit.
Investments – Investment in Subsidiaries and others.
TABELAS DAS SÉRIES HISTÓRICAS SETORIAIS
TABLES OF HISTORICAL SERIES OF THE SECTORS
As tabelas para as séries históricas de indicadores, como o
Ativo Total, Patrimônio Líquido, Lucros/Prejuízos
Acumulados, Receita Líuida, etc para cada subsetor foram
calculadas com base na média, isto é, dividindo-se o somatório
do indicador, pela quantidade de empresas declarantes em cada
ano. Esse valor foi trazido a valores reais de 2009, levando-se
em conta a taxa acumulada de inflação medida pelo IPCA.
The tables for the historical series of indicators, as the
Total Assets, Shareholders’ Equity, Net Income/Loss, Net
Revenue, etc of each sub-sector were calculated based on the
average, that is, dividing the sum of the indicator by the
number of the companies returning data each year. This value
was put into 2009 actual values, taking into account the
accrued inflation rate, as measured by the IPCA.
165
Estatísticas
Statistics
DENOMINAÇÃO SOCIAL DAS EMPRESAS
Companies’ names
Denom. Com
Trade name
Denom. Social
Company name
Cód/seg Bovespa
Bovespa num./cod.
Cód. CVM
CVM code
CNPJ
cnpj
Setor / segmento
Sector / segment
UF
state
ABC BRASIL
ABNOTE
BCO ABC BRASIL S.A.
AMERICAN BANKNOTE S.A.
ABCB - N2
ABNB - NM
020958
020028
28.195.667/0001-06
33.113.309/0001-47
Bancos & Crédito
Tecnologia da Informação
SP
RJ
ABYARA
ACO ALTONA
ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIARIO S.A.
ELECTRO ACO ALTONA S.A.
ABYA - NM
EALT
020206
005380
07.794.351/0001-60
82.643.537/0001-34
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Máquinas e Equipamentos
SP
SC
ACOS VILL
AES ELPA
ACOS VILLARES S.A.
AES ELPA S.A.
AVIL
AELP
000108
019313
60.664.810/0001-74
01.917.705/0001-30
Siderurgia e Metalurgia
Energia Elétrica
SP
SP
AES SUL
AES TIETE
AES SUL DISTRIB GAUCHA DE ENERGIA S.A.
AES TIETE S.A.
AESL
GETI
016527
018350
02.016.440/0001-62
02.998.609/0001-27
Energia Elétrica
Energia Elétrica
RS
SP
AETATIS SEC
AFLUENTE
AETATIS SECURITIZADORA S.A.
AFLUENTE GER.E TRANSM.ENERG.ELETR. S.A.
AETA
AFLU
018104
020150
02.808.481/0001-91
07.620.094/0001-40
Serviços Financeiros
Energia Elétrica
SP
RJ
AGRA INCORP
AGRENCO
AGRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A.
AGRENCO LTD.
AGIN - NM
AGEN - DR3
020664
080080
07.698.047/0001-10
08.943.312/0001-40
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Atacado & Varejo
SP
SP
ALFA CONSORC
ALFA FINANC
CONSORCIO ALFA DE ADMINISTRACAO S.A.
FINANCEIRA ALFA S.A.- CRED FINANC E INVS
BRGE
CRIV
004707
003891
17.193.806/0001-46
17.167.412/0001-13
Serviços Financeiros
Bancos & Crédito
SP
SP
ALFA HOLDING
ALFA INVEST
ALFA HOLDINGS S.A.
BCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A.
RPAD
BRIV
009954
001384
17.167.396/0001-69
60.770.336/0001-65
Holdings Diversificadas
Bancos & Crédito
SP
SP
ALIPERTI
ALL AMER LAT
SIDERURGICA J. L. ALIPERTI S.A.
ALL AMERICA LATINA LOGISTICA S.A.
APTI
ALLL - N2
012823
017450
61.156.931/0001-58
02.387.241/0001-60
Siderurgia e Metalurgia
Transporte e Logística
SP
PR
ALPARGATAS
ALTERE SEC
SAO PAULO ALPARGATAS S.A.
ALTERE SECURITIZADORA S.A.
ALPA - N1
ALTR
010456
018066
61.079.117/0001-05
02.783.423/0001-50
Tecidos, Vestuário e Calçados
Serviços Financeiros
SP
SP
AMAZONIA
AMBEV
BCO AMAZONIA S.A.
CIA BEBIDAS DAS AMERICAS - AMBEV
BAZA
AMBV
000922
018112
04.902.979/0001-44
02.808.708/0001-07
Bancos & Crédito
Alimentos, Bebidas & Fumo
PA
SP
AMERICEL
AMIL
AMERICEL S.A.
AMIL PARTICIPACOES S.A.
AMCE
AMIL - NM
016195
021172
01.685.903/0001-16
36.461.242/0001-20
Telecomunicações
Saúde
DF
RJ
AMPLA ENERG
AMPLA INVEST
AMPLA ENERGIA E SERVICOS S.A.
AMPLA INVESTIMENTOS E SERVICOS S.A.
CBEE
AMPI
003050
020214
33.050.071/0001-58
07.809.905/0001-56
Energia Elétrica
Energia Elétrica
RJ
RJ
ANHANGUERA
ARTHUR LANGE
B2W VAREJO
ANHANGUERA EDUCACIONAL PART S.A
ARTHUR LANGE S.A. INDUSTRIA E COMERCIO
B2W - COMPANHIA GLOBAL DO VAREJO
AEDU - N2
ARLA
BTOW - NM
018961
000574
020990
04.310.392/0001-46
92.189.356/0001-33
776.574/0001-56
Educação
Tecidos, Vestuário e Calçados
Atacado & Varejo
SP
RS
SP
BAHEMA
BAN ARMAZENS
BAHEMA S.A.
CIA BANDEIRANTES DE ARMAZENS GERAIS
BAHI
CBAG
000701
002810
45.987.245/0001-92
58.128.174/0001-14
Holdings Diversificadas
Transporte e Logística
SP
SP
BANESE
BANESTES
BCO ESTADO DE SERGIPE S.A. - BANESE
BANESTES S.A. - BCO EST ESPIRITO SANTO
BGIP
BEES
001120
001155
13.009.717/0001-46
28.127.603/0001-78
Bancos & Crédito
Bancos & Crédito
SE
ES
BANPARA
BANRISUL
BCO ESTADO DO PARA S.A.
BCO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S.A.
BPAR
BRSR - N1
001171
001210
04.913.711/0001-78
92.702.067/0001-96
Bancos & Crédito
Bancos & Crédito
PA
RS
BARDELLA
BATTISTELLA
BARDELLA S.A. INDUSTRIAS MECANICAS
BATTISTELLA ADM PARTICIPACOES S.A.
BDLL
BTTL
001520
015458
60.851.615/0001-53
42.331.462/0001-31
Máquinas e Equipamentos
Holdings Diversificadas
SP
PR
BAUMER
BEMATECH
BAUMER S.A.
BEMATECH S.A.
BALM
BEMA
001562
020656
61.374.161/0001-30
82.373.077/0001-71
Máquinas e Equipamentos
Máquinas e Equipamentos
SP
PR
BIC MONARK
BICBANCO
BICICLETAS MONARK S.A.
BCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A.
BMKS
BICB
001694
021113
56.992.423/0001-90
7.450.604/0001-89
Utilidades Domésticas
Bancos & Crédito
SP
SP
BIOMM
BMFBOVESPA
BIOMM S.A.
BMF BOVESPA S.A. BOLSA VALORES MERC FUT
BIOM
BVMF - NM
019305
021610
04.752.991/0001-10
09.346.601/0001-25
Saúde
Serviços Financeiros
MG
SP
BOMBRIL
BOTUCATU TEX
BOMBRIL S.A.
BOTUCATU TEXTIL S.A.
BOBR
STRP
012190
010987
50.564.053/0001-03
61.087.581/0001-35
Atacado & Varejo
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
SP
BR BROKERS
BR MALLS PAR
BRASIL BROKERS PARTICIPACOES S.A.
BR MALLS PARTICIPACOES S.A.
BBRK - NM
BRML - NM
021180
019909
8.613.550/0001-98
06.977.745/0001-91
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Construção Civil e Mercado Imobiliário
RJ
RJ
BR PROPERT
BRADESCO
BR PROPERTIES S.A.
BCO BRADESCO S.A.
BRPR
BBDC - N1
019925
000906
6.977.751/0001-49
60.746.948/0001-12
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Bancos & Crédito
SP
SP
BRADESPAR
BRASIL
BRADESPAR S.A.
BCO BRASIL S.A.
BRAP - N1
BBAS - NM
018724
001023
03.847.461/0001-92
00.000.000/0001-91
Holdings Diversificadas
Bancos & Crédito
SP
DF
BRASIL TELEC
BRASILAGRO
BRASIL TELECOM S.A.
BRASILAGRO - CIA BRAS DE PROP AGRICOLAS
BRTO - N1
AGRO - NM
011312
020036
76.535.764/0001-43
07.628.528/0001-59
Telecomunicações
Construção Civil e Mercado Imobiliário
DF
SP
BRASKEM
BRASMOTOR
BRASKEM S.A.
BRASMOTOR S.A.
BRKM - N1
BMTO
004820
001970
42.150.391/0001-70
61.084.984/0001-20
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr. & Plást.
Utilidades Domésticas
BA
SP
BRAZILIAN FR
BRB BANCO
BRAZILIAN FINANCE E REAL ESTATE S.A.
BRB BCO DE BRASILIA S.A.
BFRE
BSLI
017922
014206
2.762.113/0001-50
00.000.280/0001-00
Serviços Financeiros
Bancos & Crédito
SP
DF
BRF FOODS
BROOKFIELD
BRF - BRASIL FOODS S.A.
BROOKFIELD INCORPORAÇÕES S.A.
BRFS - NM
BISA - NM
016292
020265
01.838.723/0001-27
07.700.557/0001-84
Alimentos, Bebidas & Fumo
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SP
RJ
BUETTNER
CACIQUE
BUETTNER S.A. INDUSTRIA E COMERCIO
CIA CACIQUE DE CAFE SOLUVEL
BUET
CIQU
002038
002909
82.981.912/0001-20
78.588.415/0001-15
Tecidos, Vestuário e Calçados
Alimentos, Bebidas & Fumo
SC
PR
CAF BRASILIA
CAMBUCI
CAFE SOLUVEL BRASILIA S.A.
CAMBUCI S.A.
CAFE
CAMB
002062
002100
25.869.736/0001-21
61.088.894/0001-08
Alimentos, Bebidas & Fumo
Tecidos, Vestuário e Calçados
MG
SP
CASAN
CC DES IMOB
CIA CATARINENSE DE AGUAS E SANEAM.-CASAN CASN
CAMARGO CORREA DESENV. IMOBILIARIO S.A.
CCIM - NM
016861
020486
82.508.433/0001-17
67.203.208/0001-89
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SC
SP
CCR RODOVIAS
CEB
CIA CONCESSOES RODOVIARIAS
CIA ENERGETICA DE BRASILIA
018821
014451
02.846.056/0001-97
00.070.698/0001-11
Transporte e Logística
Energia Elétrica
SP
DF
166
CCRO - NM
CEBR
Estatísticas
Denom. Com
Trade name
Denom. Social
Company name
Cód/seg Bovespa
Bovespa num./cod.
CEDRO
CIA DE FIACAO TECIDOS CEDRO CACHOEIRA
CEG
CELESC
CIA DISTRIB DE GAS DO RIO DE JANEIRO-CEG
CENTRAIS ELET DE SANTA CATARINA S.A.
CELGPAR
CELPA
Statistics
Cód. CVM
CVM code
CNPJ
cnpj
Setor / segmento
Sector / segment
CEDO - N1
003077
17.245.234/0001-00
Tecidos, Vestuário e Calçados
CEGR
CLSC - N2
016616
002461
33.938.119/0001-69 Saneamento e Serviços de Água e Gás
83.878.892/0001-55 Energia Elétrica
RJ
SC
CIA CELG DE PARTICIPACOES - CELGPAR
CENTRAIS ELET DO PARA S.A. - CELPA
GPAR
CELP
021393
018309
08.560.444/0001-93
04.895.728/0001-80
GO
PA
CELPE
CELUL IRANI
CIA ENERGETICA DE PERNAMBUCO - CELPE
CELULOSE IRANI S.A.
CEPE
RANI
014362
002429
10.835.932/0001-08 Energia Elétrica
92.791.243/0001-03 Papel & Celulose e Madeira
PE
RS
CEMAT
CEMEPE
CENTRAIS ELET MATOGROSSENSES S.A.- CEMAT CMGR
CEMEPE INVESTIMENTOS S.A.
MAPT
014605
013854
03.467.321/0001-99 Energia Elétrica
93.828.986/0001-73 Holdings Diversificadas
MT
RJ
CEMIG
CENT AÇU
CIA ENERGETICA DE MINAS GERAIS - CEMIG
CENTENNIAL ASSET PARTICIPAÇÕES AÇU S.A.
CMIG - N1
CTLG
002453
021245
17.155.730/0001-64
08.835.366/0001-92
Energia Elétrica
Transporte e Logística
MG
RJ
CENT AMAPA
CENT MIN-RIO
CENTENNIAL ASSET PARTICIP.AMAPA S.A.
CENTENNIAL ASSET PARTICIP.MINAS-RIO S.A.
CTAP
CTMI
020184
020176
07.950.674/0001-04
07.949.970/0001-87
Mineração
Mineração
RJ
RJ
CESP
CETIP
CESP - CIA ENERGETICA DE SAO PAULO
CETIP S.A. - BALCÃO ORG DE ATIVOS E DERIV.
CESP - N1
CTIP
002577
021792
60.933.603/0001-78
09.358.105/0001-91
Energia Elétrica
Serviços Financeiros
SP
RJ
CHIARELLI
CIA HERING
CERAMICA CHIARELLI S.A.
CIA HERING
CCHI
HGTX - NM
002488
014761
52.736.840/0001-10
78.876.950/0001-71
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
SC
CIELO
CLARION
CIELO S.A.
CLARION S.A. AGROINDUSTRIAL
CIEL -NM
CLAN
021733
018490
01.027.058/0001-91
24.956.666/0001-86
Serviços Financeiros
Alimentos, Bebidas & Fumo
SP
MT
COARI PART
COBRASMA
COARI PARTICIPACOES S.A.
COBRASMA S.A.
COAR
CBMA
019089
004448
04.030.087/0001-09
61.080.313/0001-91
Holdings Diversificadas
Máquinas e Equipamentos
RJ
SP
COELBA
COELCE
CIA ELETRICIDADE EST. DA BAHIA - COELBA
CIA ENERGETICA DO CEARA - COELCE
CEEB
COCE
014524
014869
15.139.629/0001-94
07.047.251/0001-70
Energia Elétrica
Energia Elétrica
BA
CE
COMGAS
CONFAB
CIA GAS DE SAO PAULO - COMGAS
CONFAB INDUSTRIAL S.A.
CGAS
CNFB - N1
015636
004650
61.856.571/0001-17
60.882.628/0001-90
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Siderurgia e Metalurgia
SP
SP
CONST A LIND
CONTAX
CONSTRUTORA ADOLPHO LINDENBERG S.A.
CONTAX PARTICIPACOES S.A.
CALI
CTAX
004723
019100
61.022.042/0001-18
04.032.433/0001-80
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Telecomunicações
SP
RJ
COPASA
COPEL
CIA SANEAMENTO DE MG-COPASA MG
CIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL
CSMG - NM
CPLE - N1
019445
014311
17.281.106/0001-03
76.483.817/0001-20
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Energia Elétrica
MG
PR
COSAN
COSAN LTD
COSAN S.A. INDUSTRIA E COMERCIO
COSAN LIMITED
CSAN - NM
CZLT
019836
080071
50.746.577/0001-15
8.887.330/0001-52
Açúcar e Álcool
Açúcar e Álcool
SP
SP
COSERN
COTEMINAS
CIA ENERGETICA DO RIO GDE NORTE - COSERN
CIA TECIDOS NORTE DE MINAS COTEMINAS
CSRN
CTNM
018139
003158
08.324.196/0001-81
22.677.520/0001-76
Energia Elétrica
Tecidos, Vestuário e Calçados
RN
MG
CPFL ENERGIA
CR2
CPFL ENERGIA S.A.
CR2 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S.A.
CPFE - NM
CRDE - NM
018660
020630
02.429.144/0001-93
7.820.907/0001-46
Energia Elétrica
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SP
RJ
CREMER
CRUZEIRO SUL
CREMER S.A.
BCO CRUZEIRO DO SUL S.A.
CREM - NM
CZRS - N1
020141
020753
82.641.325/0001-18
62.136.254/0001-99
Saúde
Bancos & Crédito
SC
SP
CSU CARDSYST
CYRE COM-CCP
CSU CARDSYSTEM S.A.
CYRELA COMMERCIAL PROPERT S.A. EMPR PART
CARD - NM
CCPR - NM
020044
021040
01.896.779/0001-38
8.801.621/0001-86
Tecnologia da Informação
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SP
SP
CYRELA REALT
DHB
CYRELA BRAZIL REALTY S.A.EMPREEND E PART
DHB INDUSTRIA E COMERCIO S.A.
CYRE - NM
DHBI
014460
005150
73.178.600/0001-18
92.825.900/0001-96
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Máquinas e Equipamentos
SP
RS
DASA
DAYCOVAL
DIAGNOSTICOS DA AMERICA S.A.
BCO DAYCOVAL S.A.
DASA - NM
DAYC - N1
019623
020796
61.486.650/0001-83
62.232.889/0001-90
Saúde
Bancos & Crédito
SP
SP
DIMED
DIRECIONAL
DIMED S.A. DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS
DIRECIONAL ENGENHARIA S.A.
PNVL
DIRR - NM
009342
021350
92.665.611/0001-77
16.614.075/0001-00
Atacado & Varejo
Construção Civil e Mercado Imobiliário
RS
MG
DIXIE TOGA
DOC IMBITUBA
DIXIE TOGA S.A.
CIA DOCAS DE IMBITUBA
DXTG
IMBI
014931
003174
60.394.723/0001-44
84.208.123/0001-02
Embalagens
Transporte e Logística
SP
SC
DOCAS
DOHLER
DOCAS INVESTIMENTOS S.A.
DOHLER S.A.
DOCA
DOHL
003182
005207
33.433.665/0001-48
84.683.408/0001-03
Holdings Diversificadas
Tecidos, Vestuário e Calçados
RJ
SC
DROGASIL
DTCOM-DIRECT
DROGASIL S.A.
DTCOM - DIRECT TO COMPANY S.A.
DROG - NM
DTCY
005258
018597
61.585.865/0001-51
03.303.999/0001-36
Atacado & Varejo
Tecnologia da Informação
SP
PR
DUFRYBRAS
DURATEX
DUFRY SOUTH AMERICA LTD.
DURATEX S.A.
DUFB
DURA - N1
080039
005274
8.383.595/0001-13
97.837.181/0001-47
Atacado & Varejo
Papel & Celulose e Madeira
SP
SP
ECODIESEL
ELEKEIROZ
BRASIL ECODIESEL IND COM BIO.OL.VEG.S.A.
ELEKEIROZ S.A.
ECOD - NM
ELEK
020354
004359
05.799.312/0001-20
13.788.120/0001-47
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
RJ
SP
ELEKTRO
ELETROBRAS
ELEKTRO - ELETRICIDADE E SERVICOS S.A.
CENTRAIS ELET BRAS S.A. - ELETROBRAS
EKTR
ELET - N1
017485
002437
02.328.280/0001-97
1.180/0001-26
Energia Elétrica
Energia Elétrica
SP
DF
ELETROPAR
ELETROPAULO
ELETROBRÁS PARTICIPAÇÕES S.A. - ELETROPAR LIPR
ELETROPAULO METROP. ELET. SAO PAULO S.A.
ELPL - N2
015784
014176
01.104.937/0001-70
61.695.227/0001-93
Energia Elétrica
Energia Elétrica
RJ
SP
ELUMA
EMAE
ELUMA S.A. INDUSTRIA E COMERCIO
ELUM
EMAE - EMPRESA METROP.AGUAS ENERGIA S.A. EMAE
005479
016993
57.488.645/0001-32
02.302.101/0001-42
Siderurgia e Metalurgia
Energia Elétrica
SP
SP
EMBRAER
EMBRATEL PAR
EMBRAER-EMP BRAS DE AERONAUTICA S.A.
EMBRATEL PARTICIPACOES S.A.
EMBR - NM
EBTP
020087
017647
07.689.002/0001-89
02.558.124/0001-12
Máquinas e Equipamentos
Telecomunicações
SP
RJ
ENCORPAR
ENERGIAS BR
EMPRESA NAC COM REDITO PART S.A.ENCORPAR
EDP - ENERGIAS DO BRASIL S.A.
ECPR
ENBR - NM
016497
019763
01.971.614/0001-83 Tecidos, Vestuário e Calçados
03.983.431/0001-03 Energia Elétrica
MG
SP
ENERGISA
EQUATORIAL
ENERGISA S.A.
EQUATORIAL ENERGIA S.A.
ENGI
EQTL - N2
015253
020010
864.214/0001-06
03.220.438/0001-73
Energia Elétrica
Energia Elétrica
RJ
MA
ESTACIO PART
ESTRELA
ESTACIO PARTICIPACOES S.A.
MANUFATURA DE BRINQUEDOS ESTRELA S.A.
ESTC - NM
ESTR
021016
008427
8.807.432/0001-10
61.082.004/0001-50
Educação
Utilidades Domésticas
RJ
SP
ETERNIT
EUCATEX
ETERNIT S.A.
EUCATEX S.A. INDUSTRIA E COMERCIO
ETER - NM
EUCA
005762
005770
61.092.037/0001-81
56.643.018/0001-66
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Papel & Celulose e Madeira
SP
SP
EVEN
EXCELSIOR
EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A.
EXCELSIOR ALIMENTOS S.A.
EVEN - NM
BAUH
020524
001570
43.470.988/0001-65
95.426.862/0001-97
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Alimentos, Bebidas & Fumo
SP
RS
168
Energia Elétrica
Energia Elétrica
UF
state
MG
Denom. Com
Trade name
Denom. Social
Company name
Cód/seg Bovespa
Bovespa num./cod.
Cód. CVM
CVM code
CNPJ
cnpj
Setor / segmento
Sector / segment
UF
state
EZTEC
EZ TEC EMPREEND. E PARTICIPACOES S.A.
EZTC - NM
020770
8.312.229/0001-73
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SP
F GUIMARAES
FAB C RENAUX
CIA TEXTIL FERREIRA GUIMARAES
FABRICA TECIDOS CARLOS RENAUX S.A.
FGUI
FTRX
004138
005827
33.470.022/0001-74
82.981.671/0001-45
Tecidos, Vestuário e Calçados
Tecidos, Vestuário e Calçados
RJ
SC
FER HERINGER
FERBASA
FERTILIZANTES HERINGER S.A.
CIA FERRO LIGAS DA BAHIA - FERBASA
FHER - NM
FESA
020621
003069
22.266.175/0001-88 Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
15.141.799/0001-03 Siderurgia e Metalurgia
ES
BA
FIBAM
FIBRIA
FIBAM COMPANHIA INDUSTRIAL
FIBRIA CELULOSE S.A.
FBMC
FIBR
006017
012793
61.410.395/0001-95
60.643.228/0001-21
Siderurgia e Metalurgia
Papel & Celulose e Madeira
SP
SP
FINANSINOS
FLEURY
FINANSINOS S.A.- CREDITO FINANC E INVEST
FLEURY S.A.
FNCN
FLRY - NM
006076
021881
91.669.747/0001-92
60.840.055/0001-31
Bancos & Crédito
Saúde
RS
SP
FORJA TAURUS
FOSFERTIL
FORJAS TAURUS S.A.
FERTILIZANTES FOSFATADOS S.A.- FOSFERTIL
FJTA
FFTL
006173
014028
92.781.335/0001-02
19.443.985/0001-58
Máquinas e Equipamentos
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
RS
MG
FRAS-LE
GAFISA
FRAS-LE S.A.
GAFISA S.A.
FRAS - N1
GFSA - NM
006211
016101
88.610.126/0001-29
01.545.826/0001-07
Máquinas e Equipamentos
Construção Civil e Mercado Imobiliário
RS
SP
GAZOLA
GENERALSHOPP
GAZOLA S.A. INDUSTRIA METALURGICA
GENERAL SHOPPING BRASIL S.A.
GAZO
GSHP - NM
006378
021008
88.611.983/001-43
Utilidades Domésticas
08.764.621/0001-53 Construção Civil e Mercado Imobiliário
RS
SP
GER PARANAP
GERDAU
DUKE ENERGY INT. GER. PARANAPANEMA S.A.
GERDAU S.A.
GEPA
GGBR - N1
018368
003980
02.998.301/0001-81 Energia Elétrica
33.611.500/0001-19 Siderurgia e Metalurgia
SP
RJ
GERDAU MET
GLOBEX
METALURGICA GERDAU S.A.
GLOBEX UTILIDADES S.A.
GOAU - N1
GLOB
008656
006505
92.690.783/0001-09
33.041.260/0001-64
Siderurgia e Metalurgia
Atacado & Varejo
RS
RJ
GOL
GPC PART
GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A.
GPC PARTICIPACOES S.A.
GOLL - N2
GPCP
019569
016632
06.164.253/0001-87
02.193.750/0001-52
Transporte e Logística
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
SP
RJ
GRAZZIOTIN
GRENDENE
GRAZZIOTIN S.A.
GRENDENE S.A.
CGRA
GRND - NM
004537
019615
92.012.467/0001-70
89.850.341/0001-60
Atacado & Varejo
Tecidos, Vestuário e Calçados
RS
CE
GRUCAI
GUARANI
GRUCAI PARTICIPACOES S.A.
ACUCAR GUARANI S.A.
GRUC
ACGU - NM
015695
020940
01.258.945/0001-70 Transporte e Logística
47.080.619/0001-17 Açúcar e Álcool
SP
SP
GUARARAPES
GVT HOLDING
GUARARAPES CONFECCOES S.A.
GVT (HOLDING) S.A.
GUAR
GVTT - NM
004669
020117
08.402.943/001-52
3.420.904/0001-64
Atacado & Varejo
Telecomunicações
RN
PR
HABITASUL
HAGA S/A
CIA HABITASUL DE PARTICIPACOES
HAGA S.A. INDUSTRIA E COMERCIO
HBTS
HAGA
003298
013366
87.762.563/0001-03
30.540.991/0001-66
Holdings Diversificadas
Construção Civil e Mercado Imobiliário
RS
RJ
HELBOR
HERCULES
HELBOR EMPREENDIMENTOS S.A.
HERCULES S.A. FABRICA DE TALHERES
HBOR - NM
HETA
020877
006629
49.263.189/0001-02
92.749.225/0001-63
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Utilidades Domésticas
SP
SP
HOTEIS OTHON
HYPERMARCAS
HOTEIS OTHON S.A.
HYPERMARCAS S.A.
HOOT
HYPE - NM
006700
021431
33.200.049/0001-47
02.932.074/0001-91
Lazer, Turismo e Hotelaria
Atacado & Varejo
RJ
SP
IDEIASNET
IENERGIA
IDEIASNET S.A.
INEPAR ENERGIA S.A.
IDNT - NM
IENG
018414
016730
02.365.069/0001-44
02.225.714/0001-23
Serviços Financeiros
Energia Elétrica
RJ
PR
IGUACU CAFE
IGUATEMI
CIA IGUACU DE CAFE SOLUVEL
IGUATEMI EMPRESA DE SHOPPING CENTERS S.A
IGUA
IGTA - NM
003336
020494
76.255.926/0001-90
51.218.147/0001-93
Alimentos, Bebidas & Fumo
Construção Civil e Mercado Imobiliário
PR
SP
IND CATAGUAS
INDS ROMI
CIA INDUSTRIAL CATAGUASES
INDUSTRIAS ROMI S.A.
CATA
ROMI - NM
003395
007510
19.526.748/0001-50
56.720.428/0001-63
Tecidos, Vestuário e Calçados
Máquinas e Equipamentos
MG
SP
INDUSVAL
INEPAR
BCO INDUSVAL S.A.
INEPAR S.A. INDUSTRIA E CONSTRUCOES
IDVL - N1
INEP
020885
007595
61.024.352/0001-71
76.627.504/0001-06
Bancos & Crédito
Máquinas e Equipamentos
SP
SP
INEPAR TEL
INPAR S/A
INEPAR TELECOMUNICACOES S.A.
INPAR S.A.
INET
INPR - NM
015423
020702
00.359.742/0001-08
67.571.414/0001-41
Telecomunicações
Construção Civil e Mercado Imobiliário
PR
SP
INVEST BEMGE
IOCHP-MAXION
INVESTIMENTOS BEMGE S.A.
IOCHPE MAXION S.A.
FIGE
MYPK - NM
006041
011932
01.548.981/0001-79
61.156.113/0001-75
Holdings Diversificadas
Máquinas e Equipamentos
SP
SP
ITAUSA
ITAUTEC
ITAUSA INVESTIMENTOS ITAU S.A.
ITAUTEC S.A. - GRUPO ITAUTEC
ITSA - N1
ITEC
007617
012530
61.532.644/0001-15
54.526.082/0001-31
Holdings Diversificadas
Utilidades Domésticas
SP
SP
ITAUUNIBANCO
J B DUARTE
ITAU UNIBANCO HOLDING S.A.
INDUSTRIAS J B DUARTE S.A.
ITAU - N1
JBDU
019348
012319
60.872.504/0001-23
60.637.238/0001-54
Bancos & Crédito
Holdings Diversificadas
SP
SP
JBS
JEREISSATI
JBS S.A.
JEREISSATI PARTICIPACOES S.A.
JBSS - NM
MLFT
020575
008672
2.916.265/0001-60
60.543.816/0001-93
Alimentos, Bebidas & Fumo
Telecomunicações
SP
SP
JHSF PART
JOAO FORTES
JHSF PARTICIPACOES S.A.
JOAO FORTES ENGENHARIA S.A.
JHSF - NM
JFEN
020605
007811
8.294.224/0001-65
33.035.536/0001-00
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SP
RJ
JOSAPAR
KARSTEN
JOSAPAR-JOAQUIM OLIVEIRA S.A. - PARTICIP
KARSTEN S.A.
JOPA
CTKA
013285
004146
87.456.562/0001-22
82.640.558/0001-04
Alimentos, Bebidas & Fumo
Tecidos, Vestuário e Calçados
RS
SC
KEPLER WEBER
KLABIN S/A
KEPLER WEBER S.A.
KLABIN S.A.
KEPL
KLBN - N1
007870
012653
91.983.056/0001-69
89.637.490/0001-45
Máquinas e Equipamentos
Papel & Celulose e Madeira
RS
SP
KLABINSEGALL
KROTON
KLABIN SEGALL S.A.
KROTON EDUCACIONAL S.A.
KSSA - NM
KROT - N2
020249
017973
00.187.032/0001-48
2.800.026/0001-40
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Educação
SP
MG
LA FONTE TEL
LAEP
LA FONTE TELECOM S.A.
LAEP INVESTMENTS LTD.
LFFE
MILK
012262
080098
53.790.218/0001-53
8.904.552/0001-36
Telecomunicações
Alimentos, Bebidas & Fumo
SP
SP
LARK MAQS
LE LIS BLANC
LARK S.A. MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
LE LIS BLANC DEUX COM CONFEC ROUPAS S.A.
LARK
LLIS - NM
007978
021440
60.631.090/0001-40
49.669.856/0001-43
Transporte e Logística
Atacado & Varejo
SP
SP
LF TEL
LIGHT S/A
LF TEL S.A.
LIGHT S.A.
PITI
LIGT - NM
017442
019879
02.390.206/0001-09
03.378.521/0001-75
Telecomunicações
Energia Elétrica
SP
RJ
LIX DA CUNHA
LLX LOG
CONSTRUTORA LIX DA CUNHA S.A.
LLX LOGISTICA S.A.
LIXC
LLXL - NM
004774
021482
46.014.635/0001-49
08.741.499/0001-08
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Transporte e Logística
SP
RJ
LOCALIZA
LOG-IN
LOCALIZA RENT A CAR S.A.
LOG-IN - LOGISTICA INTERMODAL S.A.
RENT - NM
LOGN - NM
019739
020710
16.670.085/0001-55
42.278.291/0001-24
Transporte e Logística
Transporte e Logística
MG
RJ
LOJAS AMERIC
LOJAS HERING
LOJAS AMERICANAS S.A.
LOJAS HERING S.A.
LAME
LHER
008087
008117
33.014.556/0001-96
82.640.632/0001-84
Atacado & Varejo
Atacado & Varejo
RJ
SC
LOJAS RENNER
LOPES BRASIL
LOJAS RENNER S.A.
LPS BRASIL - CONSULTORIA DE IMOVEIS S.A.
LREN - NM
LPSB - NM
008133
020370
92.754.738/0001-62
8.078.847/0001-09
Atacado & Varejo
Construção Civil e Mercado Imobiliário
RS
SP
169
Estatísticas
Denom. Com
Trade name
Statistics
Denom. Social
Company name
Cód/seg Bovespa
Bovespa num./cod.
Cód. CVM
CVM code
CNPJ
cnpj
Setor / segmento
Sector / segment
UF
state
LUPATECH
LUPATECH S.A.
LUPA - NM
020060
89.463.822/0001-12
Máquinas e Equipamentos
RS
M G POLIEST
M.DIASBRANCO
M G POLIESTER S.A.
M.DIAS BRANCO S.A. IND COM DE ALIMENTOS
RHDS
MDIA - NM
014559
020338
56.806.656/0001-50
7.206.816/0001-15
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
Alimentos, Bebidas & Fumo
SP
CE
MAGNESITA SA
MANGELS INDL
MAGNESITA REFRATARIOS S.A.
MANGELS INDUSTRIAL S.A.
MAGG - NM
MGEL -N1
020842
008397
08.684.547/0001-65
61.065.298/0001-02
Mineração
Siderurgia e Metalurgia
MG
SP
MARCOPOLO
MARFRIG
MARCOPOLO S.A.
MARFRIG ALIMENTOS S.A.
POMO - N2
MRFG - NM
008451
020788
88.611.835/0001-29
3.853.896/0001-40
Máquinas e Equipamentos
Alimentos, Bebidas & Fumo
RS
SP
MARISA
MARISOL
MARISA LOJAS S.A.
MARISOL S.A.
MARI - NM
MRSL
020761
008486
61.189.288/0001-89
84.429.752/0001-62
Atacado & Varejo
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
SC
MEDIAL SAUDE
MELHOR SP
MEDIAL SAUDE S.A.
CIA MELHORAMENTOS DE SAO PAULO
MEDI - NM
MSPA
020273
003654
43.358.647/0001-00
60.730.348/0001-66
Saúde
Papel & Celulose e Madeira
SP
SP
MENDES JR
MERC BRASIL
MENDES JUNIOR ENGENHARIA S.A.
BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.
MEND
BMEB
004782
001325
17.162.032/0001-73
17.184.037/0001-10
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Bancos & Crédito
MG
MG
MERC FINANC
MERC INVEST
MERCANTIL BRASIL FINANC S.A. C.F.I.
BCO MERCANTIL DE INVESTIMENTOS S.A.
MERC
BMIN
008540
001309
33.040.601/0001-87
34.169.557/0001-72
Bancos & Crédito
Bancos & Crédito
MG
MG
MET DUQUE
METAL IGUACU
METALURGICA DUQUE S.A.
METALGRAFICA IGUACU S.A.
DUQE
MTIG
008648
008605
84.683.762/0001-20
80.227.184/0001-66
Siderurgia e Metalurgia
Embalagens
SC
PR
METAL LEVE
METALFRIO
MAHLE-METAL LEVE S.A.
METALFRIO SOLUTIONS S.A.
LEVE
FRIO - NM
008575
020613
60.476.884/0001-87
4.821.041/0001-08
Máquinas e Equipamentos
Máquinas e Equipamentos
SP
SP
METISA
MILLENNIUM
METISA METALURGICA TIMBOENSE S.A.
MILLENNIUM INORGANIC CHEMICALS BR S.A.
MTSA
TIBR
008753
011398
86.375.425/0001-09
15.115.504/0001-24
Máquinas e Equipamentos
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
SC
BA
MINASMAQUINA
MINERVA
MINASMAQUINAS S.A.
MINERVA S.A.
MMAQ
BEEF - NM
008818
020931
17.161.241/0001-15
67.620.377/0001-14
Atacado & Varejo
Alimentos, Bebidas & Fumo
MG
SP
MINUPAR
MMX MINER
MINUPAR PARTICIPACOES S.A.
MMX MINERACAO E METALICOS S.A.
MNPR
MMXM - NM
013765
017914
90.076.886/0001-40
02.762.115/0001-49
Alimentos, Bebidas & Fumo
Mineração
RS
RJ
MONT ARANHA
MPX ENERGIA
MONTEIRO ARANHA S.A.
MPX ENERGIA S.A.
MOAR
MPXE - NM
008893
021237
33.102.476/0001-92
4.423.567/0001-21
Holdings Diversificadas
Energia Elétrica
RJ
RJ
MRV
MULTIPLAN
MRV ENGENHARIA E PARTICIPACOES S.A.
MULTIPLAN - EMPREEND IMOBILIARIOS S.A.
MRVE - NM
MULT - N2
020915
020982
8.343.492/0001-20
7.816.890/0001-53
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Construção Civil e Mercado Imobiliário
MG
RJ
MUNDIAL
NADIR FIGUEI
MUNDIAL S.A. - PRODUTOS DE CONSUMO
NADIR FIGUEIREDO IND E COM S.A.
MNDL
NAFG
005312
009040
88.610.191/0001-54
61.067.161/0001-97
Tecidos, Vestuário e Calçados
Utilidades Domésticas
SP
SP
NATURA
NET
NATURA COSMETICOS S.A.
NET SERVICOS DE COMUNICACAO S.A.
NATU - NM
NETC - N2
019550
014621
71.673.990/0001-77
00.108.786/0001-65
Atacado & Varejo
Telecomunicações
SP
SP
NORD BRASIL
NORDON MET
BCO NORDESTE DO BRASIL S.A.
NORDON INDUSTRIAS METALURGICAS S.A.
BNBR
NORD
001228
009083
07.237.373/0001-20
60.884.319/0001-59
Bancos & Crédito
Máquinas e Equipamentos
CE
SP
ODERICH
ODONTOPREV
CONSERVAS ODERICH S.A.
ODONTOPREV S.A.
ODER
ODPV - NM
004693
020125
97.191.902/0001-94
58.119.199/0001-51
Alimentos, Bebidas & Fumo
Saúde
RS
SP
OGX PETROLEO
OHL BRASIL
OGX PETROLEO E GAS PARTICIPACOES S.A.
OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S.A.
OGXP - NM
OHLB - NM
020168
019771
7.957.093/0001-96
02.919.555/0001-67
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
Transporte e Logística
RJ
SP
P.ACUCAR-CBD
PANAMERICANO
CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUICAO
BCO PANAMERICANO S.A.
PCAR - N1
BPNM - N1
014826
021199
47.508.411/0001-56
59.285.411/0001-13
Atacado & Varejo
Bancos & Crédito
SP
SP
PANATLANTICA
PAR AL BAHIA
PANATLANTICA S.A.
CIA PARTICIPACOES ALIANCA DA BAHIA
PATI
PEAB
000094
018708
92.693.019/0001-89
01.938.783/0001-11
Siderurgia e Metalurgia
Serviços Financeiros
RS
BA
PARANA
PARANAPANEMA
PARANA BCO S.A.
PARANAPANEMA S.A.
PRBC - N1
PMAM - N1
020729
009393
14.388.334/0001-99
60.398.369/0001-26
Bancos & Crédito
Siderurgia e Metalurgia
PR
SP
PDG REALT
PETROBRAS
PDG REALTY S.A. EMPREEND E PARTICIPACOES
PETROLEO BRASILEIRO S.A. PETROBRAS
PDGR - NM
PETR
020478
009512
2.950.811/0001-89
33.000.167/0001-01
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
RJ
RJ
PETROPAR
PETTENATI
PETROPAR S.A.
PETTENATI S.A. INDUSTRIA TEXTIL
PTPA
PTNT
013412
009539
91.820.068/0001-72
88.613.658/0001-10
Embalagens
Tecidos, Vestuário e Calçados
RS
RS
PINE
PLASCAR PART
BCO PINE S.A.
PLASCAR PARTICIPACOES INDUSTRIAIS S.A.
PINE - N1
PLAS
020567
013471
62.144.175/0001-20
51.928.174/0001-50
Bancos & Crédito
Máquinas e Equipamentos
SP
SP
POLPAR
PORTO SEGURO
POLPAR S.A.
PORTO SEGURO S.A.
PPAR
PSSA - NM
013447
016659
59.789.545/0001-71
02.149.205/0001-69
Holdings Diversificadas
Serviços Financeiros
SP
SP
PORTOBELLO
POSITIVO INF
PORTOBELLO S.A.
POSITIVO INFORMATICA S.A.
PTBL - NM
POSI - NM
013773
020362
83.475.913/0001-91
81.243.735/0001-48
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Utilidades Domésticas
SC
PR
PRO METALURG
PROFARMA
PRÓ METALURGIA S.A.
PROFARMA DISTRIB PROD FARMACEUTICOS S.A.
PMET
PFRM - NM
001686
020346
56.994.924/0001-05
45.453.214/0001-51
Utilidades Domésticas
Atacado & Varejo
SP
RJ
PRONOR
PROVIDENCIA
PRONOR PETROQUIMICA S.A.
CIA PROVIDENCIA INDUSTRIA E COMERCIO
PNOR
PRVI - NM
009784
020974
13.552.070/0001-02
76.500.180/0001-32
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
Embalagens
BA
PR
QUATTOR PETR
RANDON PART
QUATTOR PETROQUIMICA S.A.
RANDON S.A. IMPLEMENTOS E PARTICIPACOES
SZPQ - N2
RAPT - N1
019267
014109
04.705.090/0001-77
89.086.144/0001-16
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
Máquinas e Equipamentos
SP
RS
RASIP AGRO
RECRUSUL
RASIP AGRO PASTORIL S.A.
RECRUSUL S.A.
RSIP
RCSL
018279
012572
94.789.468/0001-50
91.333.666/0001-17
Alimentos, Bebidas & Fumo
Máquinas e Equipamentos
RS
RS
REDE ENERGIA
REDECARD
REDE ENERGIA S.A.
REDECARD S.A.
REDE
RDCD - NM
003190
020893
61.584.140/0001-49
1.425.787/0001-04
Energia Elétrica
Serviços Financeiros
SP
SP
RENAR
RIMET
RENAR MACAS S.A.
RIMET EMPREEND INDS E COMERCIAIS S.A.
RNAR- NM
REEM
019658
012840
86.550.951/0001-50
29.388.352/0001-48
Alimentos, Bebidas & Fumo
Embalagens
SC
RJ
RIOSULENSE
RODOBENSIMOB
METALURGICA RIOSULENSE S.A.
RODOBENS NEGOCIOS IMOBILIARIOS S.A.
RSUL
RDNI - NM
013439
020451
85.778.074/0001-06
67.010.660/0001-24
Máquinas e Equipamentos
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SC
SP
ROSSI RESID
SABESP
ROSSI RESIDENCIAL S.A.
CIA SANEAMENTO BASICO EST SAO PAULO
RSID - NM
SBSP - NM
016306
014443
61.065.751/0001-80
43.776.517/0001-80
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Saneamento e Serviços de Água e Gás
SP
SP
SAM INDUSTR
SANEPAR
SAM INDUSTRIAS S.A.
CIA SANEAMENTO DO PARANA - SANEPAR
FCAP
SAPR
012980
018627
33.017.039/0001-70
76.484.013/0001-45
Holdings Diversificadas
Saneamento e Serviços de Água e Gás
RJ
PR
170
Denom. Com
Trade name
Denom. Social
Company name
Cód/seg Bovespa
Bovespa num./cod.
Cód. CVM
CVM code
CNPJ
cnpj
Setor / segmento
Sector / segment
UF
state
SANSUY
SANSUY S.A. INDUSTRIA DE PLASTICOS
SNSY
012696
14.807.945/0001-24
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
BA
SANTANDER BR
SANTANENSE
BCO SANTANDER S.A.
CIA TECIDOS SANTANENSE
SANB
CTSA
020532
004081
90.400.888/0001-42
21.255.567/0001-89
Bancos & Crédito
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
MG
SANTOS BRP
SAO CARLOS
SANTOS BRASIL PARTICIPACOES S.A.
STBP - N2
SAO CARLOS EMPREEND E PARTICIPACOES S.A. SCAR - NM
017892
013781
2.762.121/0001-04
29.780.061/0001-09
Transporte e Logística
Construção Civil e Mercado Imobiliário
SP
SP
SAO MARTINHO
SARAIVA LIVR
SAO MARTINHO S.A.
SARAIVA S.A. LIVREIROS EDITORES
SMTO - NM
SLED - N2
020516
010472
51.466.860/0001-56
60.500.139/0001-26
Açúcar e Álcool
Atacado & Varejo
SP
SP
SCHLOSSER
SCHULZ
CIA INDUSTRIAL SCHLOSSER S.A.
SCHULZ S.A.
SCLO
SHUL
003549
014664
82.981.929/0001-03
84.693.183/0001-68
Tecidos, Vestuário e Calçados
Máquinas e Equipamentos
SC
SC
SEB
SEG AL BAHIA
SEB - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO S.A
CIA SEGUROS ALIANCA DA BAHIA
SEBB - N2
CSAB
017906
003115
2.762.122/0001-40
15.144.017/0001-90
Educação
Serviços Financeiros
SP
BA
SERGEN
SID NACIONAL
SERGEN SERVICOS GERAIS DE ENG S.A.
CIA SIDERURGICA NACIONAL
SGEN
CSNA
010596
004030
33.161.340/0001-53
33.042.730/0001-04
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Siderurgia e Metalurgia
RJ
RJ
SLC AGRICOLA
SOFISA
SLC AGRICOLA S.A.
BCO SOFISA S.A.
SLCE- NM
SFSA - N1
020745
020680
89.096.457/0001-55
60.889.128/0001-80
Alimentos, Bebidas & Fumo
Bancos & Crédito
RS
SP
SONDOTECNICA
SOUZA CRUZ
SONDOTECNICA ENGENHARIA SOLOS S.A.
SOUZA CRUZ S.A.
SOND
CRUZ
010880
004057
33.386.210/0001-19
33.009.911/0001-39
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Alimentos, Bebidas & Fumo
RJ
RJ
SPRINGER
SPRINGS
SPRINGER S.A.
SPRINGS GLOBAL PARTICIPACOES S.A.
SPRI
SGPS - NM
010960
020966
92.929.520/0001-00
7.718.269/0001-57
Utilidades Domésticas
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
MG
SPTURIS
STEEL BRASIL
SAO PAULO TURISMO S.A.
STEEL DO BRASIL PARTICIPAÇÕES S.A.
AHEB
STLB
009415
021725
62.002.886/0001-60 Lazer, Turismo e Hotelaria
10.345.009/0001-98 Serviços Financeiros
SP
SP
SUL AMERICA
SULTEPA
SUL AMERICA S.A.
CONSTRUTORA SULTEPA S.A.
SULA - N2
SULT
021121
013030
29.978.814/0001-87
89.723.993/0001-33
Serviços Financeiros
Construção Civil e Mercado Imobiliário
RJ
RS
SUZANO HOLD
SUZANO PAPEL
SUZANO HOLDING S.A.
SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A.
NEMO
SUZB - N1
009067
013986
60.651.809/0001-05
16.404.287/0001-55
Papel & Celulose e Madeira
Papel & Celulose e Madeira
SP
BA
TAESA
TAM S/A
TRANSM ALIANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA S.A.
TAM S.A.
TRNA - N2
TAMM - N2
020257
016390
7.859.971/0001-30
Energia Elétrica
01.832.635/0001-18 Transporte e Logística
RJ
SP
TARPON INV
TEC BLUMENAU
TARPON INVESTIMENTOS S.A.
TECBLU TECELAGEM BLUMENAU S.A.
TRPN - NM
TENE
021717
011215
05.341.549/0001-63
08.424.178/0001-71
Serviços Financeiros
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
RN
TECEL S JOSE
TECNISA
FIACAO TEC SAO JOSE S.A.
TECNISA S.A.
SJOS
TCSA - NM
005983
020435
17.159.005/0001-64
8.065.557/0001-12
Tecidos, Vestuário e Calçados
Construção Civil e Mercado Imobiliário
MG
SP
TECNOSOLO
TECTOY
TECNOSOLO ENGENHARIA S.A.
TEC TOY S.A.
TCNO
TOYB
011207
014133
33.111.246/0001-90
22.770.366/0001-82
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Utilidades Domésticas
RJ
AM
TEGMA
TEKA
TEGMA GESTAO LOGISTICA S.A.
TEKA-TECELAGEM KUEHNRICH S.A.
TGMA - NM
TEKA
020800
011223
2.351.144/0001-18
82.636.986/0001-55
Transporte e Logística
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
SC
TEKNO
TELE NORT CL
TEKNO S.A. - INDUSTRIA E COMERCIO
TELE NORTE CELULAR PARTICIPACOES S.A.
TKNO
TNCP
011231
017604
33.467.572/0001-34
02.558.154/0001-29
Siderurgia e Metalurgia
Telecomunicações
SP
MG
TELEBRAS
TELEFONICA
TELEC BRASILEIRAS S.A. TELEBRAS
TELEFONICA S.A.
TELB
TEFC
011258
080004
00.336.701/0001-04
5.721.582/0001-19
Holdings Diversificadas
Telecomunicações
DF
ESP
TELEMAR
TELEMAR N L
TELE NORTE LESTE PARTICIPACOES S.A.
TELEMAR NORTE LESTE S.A.
TNLP
TMAR
017655
011320
2.558.134/0001-58
33.000.118/0001-79
Telecomunicações
Telecomunicações
RJ
RJ
TELESP
TEMPO PART
TELEC DE SAO PAULO S.A. - TELESP
TEMPO PARTICIPACOES S.A.
TLPP
TEMP - NM
017671
019917
02.558.157/0001-62
6.977.739/0001-34
Telecomunicações
Saúde
SP
SP
TENDA
TEX RENAUX
CONSTRUTORA TENDA S.A.
TEXTIL RENAUXVIEW S.A.
TEND - NM
TXRX
021148
007544
71.476.527/0001-35
82.982.075/0001-80
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
SC
TIM PART S/A
TIVIT
TIM PARTICIPACOES S.A.
TIVIT TERC. DE PROC., SERV. E TEC. S.A.
TCSL
TVIT - NM
017639
021768
02.558.115/0001-21
07.073.027/0001-53
Telecomunicações
Tecnologia da Informação
RJ
SP
TOTVS
TRACTEBEL
TOTVS S.A.
TRACTEBEL ENERGIA S.A.
TOTS - NM
TBLE - NM
019992
017329
53.113.791/0001-22
02.474.103/0001-19
Tecnologia da Informação
Energia Elétrica
SP
SC
TRAN PAULIST
TREVISA
CTEEP - CIA TRANSMI ENERGIA ELETTRICA PAULISTA TRPL - N1
TREVISA INVESTIMENTOS S.A.
LUXM
018376
008192
02.998.611/0001-04 Energia Elétrica
92.660.570/0001-26 Transporte e Logística
SP
RS
TRISUL
TRIUNFO PART
TRISUL S.A.
TPI - TRIUNFO PARTICIP. E INVEST. S.A.
TRIS - NM
TPIS - NM
021130
019330
8.811.643/0001-27
03.014.553/0001-91
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Transporte e Logística
SP
SP
TRORION
TUPY
TRORION S.A.
TUPY S.A.
TROR
TUPY
011525
006343
61.418.430/0001-12
84.683.374/0001-49
Embalagens
Máquinas e Equipamentos
SP
SC
ULTRAPAR
UNIPAR
ULTRAPAR PARTICIPACOES S.A.
UNIPAR UNIAO DE IND PETROQ S.A.
UGPA - N1
UNIP - N1
018465
011592
33.256.439/0001-39
33.958.695/0001-78
Holdings Diversificadas
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
SP
RJ
UOL
USIMINAS
UNIVERSO ONLINE S.A.
USINAS SID DE MINAS GERAIS S.A.-USIMINAS
UOLL - N2
USIM - N1
019887
014320
01.109.184/0001-95
60.894.730/0001-05
Tecnologia da Informação
Siderurgia e Metalurgia
SP
MG
USIN C PINTO
VALE
USINA COSTA PINTO S.A. ACUCAR ALCOOL
VALE S.A.
UCOP
VALE - N1
012220
004170
44.689.123/0001-57
33.592.510/0001-54
Açúcar e Álcool
Mineração
SP
RJ
VBC ENERGIA
VICUNHA TEXT
VBC ENERGIA S.A.
VICUNHA TEXTIL S.A.
NCNE
VINE
014540
005991
00.095.147/0001-02
07.332.190/0001-93
Energia Elétrica
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
CE
VIVO
VULCABRAS
VIVO PARTICIPACOES S.A.
VULCABRAS S.A.
VIVO
VULC
017710
011762
02.558.074/0001-73
50.926.955/0001-42
Telecomunicações
Tecidos, Vestuário e Calçados
SP
SP
WEG
WEMBLEY
WEG S.A.
WEMBLEY SOCIEDADE ANONIMA
WEGE - NM
WMBY
005410
011800
84.429.695/0001-11
25.329.319/0001-96
Máquinas e Equipamentos
Tecidos, Vestuário e Calçados
SC
MG
WETZEL S/A
WHIRLPOOL
WETZEL S.A.
WHIRLPOOL S.A.
MWET
WHRL
011991
014346
84.683.671/0001-94 Máquinas e Equipamentos
59.105.999/0001-86 Utilidades Domésticas
SC
SP
WIEST
WILSON SONS
WIEST S.A.
WILSON SONS LTD.
WISA
WSON
014397
080047
79.313.086/0001-62
05.721.735/0001-28
Máquinas e Equipamentos
Transporte e Logística
SC
SP
WLM IND COM
YARA BRASIL
WLM - INDUSTRIA E COMERCIO S.A.
YARA BRASIL FERTILIZANTES S.A.
SGAS
ILMD
011070
000140
33.228.024/0001-51
92.660.604/0001-82
Atacado & Varejo
Petr. & Gás, Quím. & Petroq., Borr.& Plást.
RJ
RS
171
Estatísticas
Statistics
Resultado das empresas por setor de atuação
INFRA-ESTRUTURA / INFRASTRUCTURE
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Construção Civil e Mercado Imobiliário / Real Estate
ABYARA
AGRA INCORP
BR BROKERS
BR MALLS PAR
BR PROPERT
BRASILAGRO
BROOKFIELD
CC DES IMOB
CONST A LIND
CR2
CYRE COM-CCP
CYRELA REALT
DIRECIONAL
ETERNIT
EVEN
EZTEC
GAFISA
GENERALSHOPP
HAGA S/A
HELBOR
IGUATEMI
INPAR S/A
JHSF PART
JOAO FORTES
KLABINSEGALL
LIX DA CUNHA
LOPES BRASIL
MENDES JR
MRV
MULTIPLAN
PDG REALT
PORTOBELLO
RODOBENSIMOB
ROSSI RESID
SAO CARLOS
SERGEN
SONDOTECNICA
SULTEPA
TECNISA
TECNOSOLO
TENDA
TRISUL
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
1.221.004
1.995.802
445.849
6.296.948
1.341.373
702.732
4.291.669
1.812.492
32.493
563.533
728.367
7.557.503
578.649
385.842
16.096.349
916.341
5.538.858
1.004.514
24.513
937.375
1.433.356
1.667.026
1.614.747
446.082
1.299.847
362.150
290.850
6.107.921
2.682.420
2.582.737
3.246.747
450.429
1.035.461
2.865.539
1.147.879
158.035
81.744
760.978
1.455.345
138.018
1.544.030
906.412
946.103
2.116.377
477.965
8.463.321
1.661.995
678.996
5.551.048
2.166.388
16.448
759.113
758.987
10.550.690
1.088.446
548.835
42.489.092
1.133.161
7.688.323
838.883
29.329
1.162.813
1.964.885
1.938.761
1.841.647
617.774
1.723.596
337.166
333.245
6.860.867
4.358.965
3.670.946
6.102.517
450.734
1.464.260
4.408.058
1.221.442
187.550
83.421
843.031
2.248.435
147.673
2.376.877
1.083.487
-25,7%
1,7%
2,8%
28,8%
18,8%
-7,4%
24,0%
14,6%
-51,5%
29,1%
-0,1%
33,8%
80,3%
36,4%
153,1%
18,5%
33,1%
-19,9%
14,7%
18,9%
31,4%
11,5%
9,3%
32,8%
27,1%
-10,7%
9,8%
7,7%
55,8%
36,3%
80,2%
-4,1%
35,6%
47,5%
2,0%
13,8%
-2,2%
6,2%
48,1%
2,6%
47,6%
14,6%
188.848
900.525
369.978
3.549.556
687.162
574.880
1.514.780
630.917
-26.682
378.570
340.048
2.120.949
307.538
247.940
6.134.411
790.280
1.612.419
373.093
-113.844
364.732
944.890
618.337
869.889
172.111
326.674
58.317
1.302
2.649.741
1.551.761
1.931.179
1.476.437
4.836
600.717
1.238.372
523.075
104.827
55.637
224.577
794.827
30.221
1.062.214
420.780
292.827
999.805
414.505
5.067.931
930.419
576.752
2.417.256
675.369
-27.575
379.968
401.526
3.852.804
656.413
373.102
16.728.086
912.673
2.325.634
397.516
-111.396
420.981
1.380.294
793.946
932.808
237.955
505.459
56.846
14.138
3.030.522
2.392.920
2.822.639
2.940.820
29.604
622.814
2.283.413
602.893
104.629
61.571
236.615
880.475
31.773
1.130.898
462.348
48,6%
6,4%
7,4%
36,9%
29,8%
-3,8%
53,0%
2,6%
0,9%
-3,8%
13,2%
74,1%
104,6%
44,3%
161,4%
10,7%
38,3%
2,1%
6,2%
10,7%
40,0%
23,1%
2,8%
32,5%
48,3%
-6,6%
941,0%
9,6%
47,8%
40,1%
90,9%
486,9%
-0,6%
76,8%
10,5%
-4,3%
6,1%
1,0%
6,2%
0,8%
2,1%
5,3%
261.032
493.570
205.653
318.999
86.707
45.389
792.323
584.148
9.574
230.739
107.761
2.847.441
263.156
544.221
30.340.255
334.046
1.740.404
86.956
30.241
345.725
189.609
566.784
675.226
115.584
541.508
1.329
231.977
1.707
1.110.748
411.231
1.231.159
408.581
403.782
1.233.133
149.555
5.056
70.766
128.140
493.213
190.240
485.248
315.267
223.786
584.280
249.341
392.583
117.349
35.284
1.812.012
514.073
9.784
300.099
144.518
4.087.825
377.613
581.986
34.311.806
505.978
3.022.346
100.557
30.058
655.333
217.420
488.150
496.410
290.283
805.099
7.561
224.693
2.133
1.647.580
523.107
1.983.819
401.979
466.337
1.572.285
531.083
1.495
77.461
145.531
710.708
162.684
988.444
560.184
-17,8%
13,5%
16,2%
18,0%
29,7%
-25,5%
119,2%
-15,6%
-2,0%
24,7%
28,6%
37,6%
37,6%
2,5%
8,4%
45,2%
66,5%
10,9%
-4,7%
81,7%
9,9%
-17,4%
-29,5%
140,8%
42,5%
445,4%
-7,1%
19,8%
42,2%
21,9%
54,5%
-5,7%
10,7%
22,2%
240,4%
-71,7%
4,9%
8,9%
38,1%
-18,0%
95,3%
70,3%
47.372
27.628
52.953
865.019
95
18.551
143.029
66.436
-18.364
25.375
55.853
441.995
75.885
117.233
84.759
116.987
168.205
-142
1.760
79.926
94.638
-58.546
183.513
1.758
9.884
-5.736
-35.520
503.900
298.798
98.044
245.061
2.203
98.233
135.308
44.165
-1.073
8.030
21.306
102.164
1.982
-57.942
17.738
12.361
-75,0%
161.247
459,5%
74.917
35,6%
1.541.828
70,9%
32.417 32612,6%
4.105
-78,8%
234.912
57,5%
86.425
24,7%
-5.839
69,5%
18.148
-31,4%
87.713
50,6%
971.957
110,8%
97.533
23,2%
104.704
-14,4%
340.523
285,1%
179.987
47,5%
461.174
162,8%
38.914 26371,4%
2.684
46,2%
123.779
48,5%
111.478
12,9%
1.031
101,7%
115.897
-39,5%
78.708 4192,1%
90.495
777,7%
1.077
118,0%
86.625
333,8%
556.092
5,8%
425.325
36,5%
258.972
153,2%
399.719
56,4%
20.987
813,3%
44.036
-57,0%
274.535
94,5%
132.486
187,6%
-800
28,6%
12.447
48,6%
6.995
-68,5%
154.798
45,3%
2.921
41,3%
86.380
242,9%
67.907
267,0%
84.749.958
133.391.650
50,9%
36.606.821
59.239.976
55,1%
48.628.183
60.361.057
19,0%
4.078.463
7.497.600
76,2%
Transporte e Logística / Transport and Logistics
ALL AMER LAT
BAN ARMAZENS
CCR RODOVIAS
DOC IMBITUBA
GOL
GRUCAI
LARK MAQS
LLX LOG
LOCALIZA
LOG-IN
OHL BRASIL
SANTOS BRP
TAM S/A
TEGMA
TREVISA
TRIUNFO PART
WILSON SONS
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
172
11.765.573
39.629
6.270.575
205.019
6.734.654
517
42.852
1.021.487
2.055.039
787.374
2.558.272
1.531.922
13.305.806
589.491
73.488
1.810.642
1.424.549
12.374.974
42.808
9.084.829
205.079
8.400.910
287
37.241
1.516.561
2.568.846
925.034
3.350.858
2.019.913
13.137.213
581.921
81.876
1.680.152
1.407.215
0,8%
3,6%
38,9%
-4,1%
19,6%
-46,8%
-16,7%
42,3%
19,8%
12,6%
25,6%
26,4%
-5,3%
-5,4%
6,8%
-11,0%
-5,3%
2.495.533
12.739
1.578.527
-25.437
1.334.393
496
5.289
442.123
537.256
596.041
813.893
1.126.260
537.330
323.597
26.425
693.539
776.314
3.816.229
14.642
2.877.990
-30.007
2.840.405
138
3.761
995.128
608.685
589.310
948.305
1.141.284
1.634.453
339.862
28.118
810.581
737.362
46,6%
10,2%
74,8%
-13,1%
104,1%
-73,3%
-31,8%
115,8%
8,6%
-5,2%
11,7%
-2,9%
191,6%
0,7%
2,0%
12,0%
-8,9%
2.509.227
48.869
2.734.214
1.131
6.409.578
0
31.308
16.442
1.823.776
443.936
724.982
727.114
10.592.044
978.947
41.572
299.616
1.164.492
2.471.663
46.829
3.089.337
858
5.992.685
0
28.141
13.807
1.820.913
426.361
1.189.009
660.783
9.900.321
1.134.296
39.906
387.501
832.098
-5,6%
-8,1%
8,3%
-27,3%
-10,4%
—-13,8%
-19,5%
-4,3%
-7,9%
57,2%
-12,9%
-10,4%
11,1%
-8,0%
24,0%
-31,5%
187.027
-1.625
1.114.904
-5.471
-1.191.658
-359
-2.575
-69.170
188.021
53.457
167.558
110.573
697.566
86.674
-3.339
-88.350
200.028
-217.819
2.654
1.057.023
-4.744
723.439
-203
-2.301
-84.731
141.473
11.803
264.772
111.426
336.020
107.427
2.422
76.499
210.837
-211,6%
256,6%
-9,1%
16,9%
158,2%
45,8%
14,3%
-17,4%
-27,9%
-78,8%
51,5%
-3,4%
-53,8%
18,8%
169,5%
183,0%
1,0%
50.216.889
57.415.717
9,6%
11.274.318
17.356.246
47,6%
28.547.248
28.034.508
-5,9%
1.443.261
2.735.997
81,7%
Corporates’ results (by sectors)
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
30.296
10.523
26.521
536.973
-1.579
5.541
102.837
51.753
-18.604
37.561
33.809
277.708
64.423
81.201
25.939
102.156
109.921
-7.707
2.125
48.382
76.754
-74.974
150.338
-5.240
-14.818
-4.016
-66.945
388.810
231.030
77.397
182.463
-9.352
82.818
118.638
33.764
-224
9.468
10.799
75.276
1.881
-38.209
8.781
4.909
131.251
44.927
1.094.468
28.999
950
201.887
58.007
-893
15.096
62.510
729.349
79.095
73.187
129.424
162.931
213.540
24.423
2.448
78.670
86.434
12.973
149.171
65.844
37.551
1.341
49.997
380.781
347.422
171.448
338.132
16.570
27.770
218.099
133.385
-530
10.750
14.706
110.536
2.269
64.450
51.516
-84,5%
1095,7%
62,4%
95,4%
1860,6%
-83,6%
88,2%
7,5%
95,4%
-61,5%
77,2%
151,8%
17,7%
-13,6%
378,3%
52,9%
86,2%
403,8%
10,4%
55,9%
8,0%
116,6%
-4,9%
1304,6%
342,9%
132,0%
171,6%
-6,1%
44,2%
112,4%
77,7%
269,9%
-67,9%
76,2%
278,7%
-126,6%
8,8%
30,5%
40,8%
15,6%
261,7%
462,4%
2.754.218
5.425.793
176.726
1.388
713.586
-5.299
-1.237.114
-359
-1.401
-52.972
136.517
83.373
105.438
47.139
-1.509.655
53.010
-3.448
-89.954
109.598
-1.473.427
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
1.032.156
1.095.277
75.871
2.747.392
654.211
127.852
2.776.889
1.181.575
59.175
184.963
388.319
5.436.554
271.111
137.902
9.961.938
126.061
3.926.439
631.421
138.357
572.643
488.466
1.048.689
744.858
273.971
973.173
303.833
289.548
3.458.180
1.130.659
651.558
1.770.310
445.593
434.744
1.627.167
624.804
53.208
26.107
536.401
660.518
107.797
481.816
485.632
653.276
1.116.572
63.460
3.395.390
731.576
102.244
3.133.792
1.491.019
44.023
379.145
357.461
6.697.886
432.033
175.733
25.761.006
220.488
5.362.689
441.367
140.725
741.832
584.591
1.144.815
908.839
379.819
1.218.137
280.320
319.107
3.830.345
1.966.045
848.307
3.161.697
421.130
841.446
2.124.645
618.549
82.921
21.850
606.416
1.367.960
115.900
1.245.979
621.139
-39,3%
-2,3%
-19,8%
18,5%
7,2%
-23,3%
8,2%
21,0%
-28,7%
96,5%
-11,8%
18,1%
52,8%
22,2%
147,9%
67,7%
30,9%
-33,0%
-2,5%
24,2%
14,7%
4,7%
17,0%
32,9%
20,0%
-11,6%
5,7%
6,2%
66,7%
24,8%
71,2%
-9,4%
85,5%
25,2%
-5,1%
49,4%
-19,8%
8,4%
98,5%
3,1%
147,9%
22,6%
-109.386
790.275
44.073
719.034
52.259
292.310
1.377.022
327.690
-16.497
271.265
187.789
2.132.303
348.047
92.933
3.331.525
374.317
2.448.306
-77.331
-21.801
468.552
198.727
489.240
351.560
70.768
542.500
31.085
120.927
-827.514
1.360.777
36.047
886.320
-65.360
492.988
1.043.476
267.446
81.815
30.108
-110.661
591.395
22.209
532.115
401.914
88,9%
48.143.138
74.151.675
47,7%
31.653
2.495
634.564
-4.569
858.466
582
-1.281
-48.732
102.030
-6.598
176.278
41.421
1.342.539
76.480
2.385
53.185
156.679
-82,8%
72,3%
-14,7%
17,3%
166,5%
255,4%
12,3%
11,8%
-28,4%
-107,6%
60,3%
-15,8%
185,3%
38,3%
166,3%
156,7%
37,0%
9.270.040
26.890
4.692.048
230.456
5.400.261
21
37.563
579.364
1.517.783
191.333
1.744.379
405.662
12.768.476
265.894
47.063
1.117.103
648.235
8.558.745
28.166
6.206.839
235.086
5.560.505
149
33.480
521.433
1.960.161
335.724
2.402.553
878.629
11.502.760
242.059
53.758
869.571
669.853
3.417.577
322,4%
38.942.571
40.059.471
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
130.242
1.027.075
79.656
943.174
24.407
245.510
2.008.224
920.138
-19.180
196.903
50.656
2.925.735
703.635
216.990
4.500.325
486.315
2.871.846
-82.209
-7.005
408.409
557.097
547.382
450.260
183.528
671.257
65.853
107.057
-1.745.386
1.973.192
691.043
2.154.924
-60.799
459.115
1.774.805
339.320
64.272
23.026
2.749
911.402
29.548
914.855
624.697
214,1%
24,6%
73,3%
25,8%
-55,2%
-19,5%
39,8%
169,2%
-11,5%
-30,4%
-74,1%
31,5%
93,8%
123,8%
29,5%
24,5%
12,5%
-1,9%
69,2%
-16,4%
168,7%
7,3%
22,8%
148,6%
18,6%
103,1%
-15,1%
-102,2%
39,0%
1737,8%
133,1%
10,8%
-10,7%
63,1%
21,6%
-24,7%
-26,7%
102,4%
47,7%
27,5%
64,8%
49,0%
0,21
0,25
0,46
0,05
0,06
0,06
0,18
0,32
0,29
0,41
0,15
0,38
0,45
1,41
1,88
0,36
0,31
0,09
1,23
0,37
0,13
0,34
0,42
0,26
0,42
0,00
0,80
0,00
0,41
0,16
0,38
0,91
0,39
0,43
0,13
0,03
0,87
0,17
0,34
1,38
0,31
0,35
0,24
0,28
0,52
0,05
0,07
0,05
0,33
0,24
0,59
0,40
0,19
0,39
0,35
1,06
0,81
0,45
0,39
0,12
1,02
0,56
0,11
0,25
0,27
0,47
0,47
0,02
0,67
0,00
0,38
0,14
0,33
0,89
0,32
0,36
0,43
0,01
0,93
0,17
0,32
1,10
0,42
0,52
5,47
1,22
0,21
0,77
0,95
0,22
1,83
1,87
-2,22
0,49
1,14
2,56
0,88
0,56
1,62
0,16
2,44
1,69
-1,22
1,57
0,52
1,70
0,86
1,59
2,98
5,21
222,39
1,31
0,73
0,34
1,20
92,14
0,72
1,31
1,19
0,51
0,47
2,39
0,83
3,57
0,45
1,15
2,23
1,12
0,15
0,67
0,79
0,18
1,30
2,21
-1,60
1,00
0,89
1,74
0,66
0,47
1,54
0,24
2,31
1,11
-1,26
1,76
0,42
1,44
0,97
1,60
2,41
4,93
22,57
1,26
0,82
0,30
1,08
14,23
1,35
0,93
1,03
0,79
0,35
2,56
1,55
3,65
1,10
1,34
19.580.567
28.370.042
38,9%
0,57
0,45
1,32
1,25
-11,5%
0,4%
26,8%
-2,2%
-1,3%
580,2%
-14,6%
-13,7%
23,8%
68,2%
32,0%
107,6%
-13,6%
-12,7%
9,5%
-25,4%
-0,9%
1.021.005
-4.436
-931.666
-30.862
-850.213
45
-9.953
16.382
-18.435
204.978
-249.411
-3.751
-301.159
58.263
1.427
-62.337
433.423
1.645.292
-6.394
886.790
-46.288
47.010
138
-3.989
98.339
-118.078
178.343
-683.629
-99.176
-85.531
46.634
117
-6.268
352.811
54,5%
-38,2%
191,2%
-43,8%
105,3%
194,0%
61,6%
475,5%
-514,0%
-16,6%
-162,8%
-2434,7%
72,8%
-23,3%
-92,1%
90,4%
-22,0%
0,21
1,23
0,44
0,01
0,95
0,00
0,73
0,02
0,89
0,56
0,28
0,47
0,80
1,66
0,57
0,17
0,82
0,20
1,09
0,34
0,00
0,71
0,00
0,76
0,01
0,71
0,46
0,35
0,33
0,75
1,95
0,49
0,23
0,59
3,71
2,11
2,97
-9,06
4,05
0,04
7,10
1,31
2,83
0,32
2,14
0,36
23,76
0,82
1,78
1,61
0,84
2,24
1,92
2,16
-7,83
1,96
1,08
8,90
0,52
3,22
0,57
2,53
0,77
7,04
0,71
1,91
1,07
0,91
-1,4%
-726.700
2.206.121
391,0%
0,57
0,49
3,45
2,31
173
Estatísticas
Statistics
UTILIDADE PÚBLICA / UTILITIES
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Energia Elétrica / Electricity
AES ELPA
AES SUL
AES TIETE
AFLUENTE
AMPLA ENERG
AMPLA INVEST
CEB
CELESC
CELGPAR
CELPA
CELPE
CEMAT
CEMIG
CESP
COELBA
COELCE
COPEL
COSERN
CPFL ENERGIA
ELEKTRO
ELETROBRAS
ELETROPAR
ELETROPAULO
EMAE
ENERGIAS BR
ENERGISA
EQUATORIAL
GER PARANAP
IENERGIA
LIGHT S/A
MPX ENERGIA
REDE ENERGIA
TAESA
TRACTEBEL
TRAN PAULIST
VBC ENERGIA
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
13.567.591
2.218.931
2.514.577
116.045
4.472.204
3.270.035
1.769.658
4.442.885
6.253.829
3.752.690
3.517.570
3.230.552
24.341.468
17.061.183
4.235.938
2.781.587
13.253.626
1.330.081
16.243.172
2.951.442
138.053.933
130.042
12.556.389
1.142.258
10.469.931
3.321.058
5.059.321
3.355.185
524.815
9.461.965
3.456.922
11.359.677
3.234.908
8.341.816
5.669.603
5.745.010
12.836.486
2.243.033
2.250.594
51.505
4.589.050
3.271.435
1.916.014
4.351.121
6.720.210
4.108.947
3.568.294
3.318.730
28.866.273
16.315.138
4.715.070
2.879.502
13.833.496
1.502.844
16.869.991
3.241.770
133.816.660
121.028
11.855.390
1.149.319
11.527.605
3.577.912
5.343.320
3.301.169
395.780
9.360.159
4.219.306
11.673.806
3.514.298
9.654.142
6.320.089
4.985.856
-9,3%
-3,1%
-14,2%
-57,5%
-1,6%
-4,1%
3,8%
-6,1%
3,0%
5,0%
-2,8%
-1,5%
13,7%
-8,3%
6,7%
-0,8%
0,1%
8,3%
-0,4%
5,3%
-7,1%
-10,8%
-9,5%
-3,5%
5,6%
3,3%
1,2%
-5,7%
-27,7%
-5,2%
17,0%
-1,5%
4,1%
10,9%
6,9%
-16,8%
1.421.540
605.510
501.037
98.990
1.545.902
186.957
331.955
1.638.252
486.814
1.066.725
1.308.262
1.129.436
9.351.634
7.904.531
1.631.205
917.101
8.053.087
551.633
5.018.619
1.103.032
85.618.361
118.587
3.298.824
830.126
3.542.918
604.625
1.101.126
2.141.931
311.604
2.803.704
2.095.848
1.108.177
1.476.109
3.170.788
4.103.296
1.251.131
1.424.468
613.358
501.037
36.235
1.394.879
163.003
371.656
1.729.474
393.379
1.157.689
1.412.937
1.252.440
10.275.505
8.522.626
1.779.543
1.038.697
8.830.061
585.391
5.082.942
1.127.310
76.091.785
118.623
3.281.274
821.467
4.268.704
802.845
1.181.541
2.151.402
110.122
2.887.054
1.907.360
1.128.515
1.873.954
3.681.267
4.185.346
750.198
-3,9%
-2,9%
-4,1%
-64,9%
-13,5%
-16,4%
7,3%
1,2%
-22,5%
4,0%
3,5%
6,3%
5,3%
3,4%
4,6%
8,6%
5,1%
1,7%
-2,9%
-2,0%
-14,8%
-4,1%
-4,6%
-5,1%
15,5%
27,3%
2,9%
-3,7%
-66,1%
-1,3%
-12,8%
-2,4%
21,7%
11,3%
-2,2%
-42,5%
7.608.837
1.409.595
1.605.213
45.764
2.451.329
1.915.044
953.672
3.520.893
1.809.083
1.263.611
2.214.524
1.249.633
10.890.319
2.479.693
3.115.104
1.915.044
5.458.778
796.266
9.681.866
2.512.477
30.388.632
0
7.529.860
250.344
4.610.492
1.640.097
2.346.027
707.811
26.354
5.386.644
8.105
3.995.756
625.190
3.400.250
1.565.384
2.746.835
8.138.777
1.432.374
1.669.874
49.590
2.745.730
2.140.702
1.094.301
3.660.043
1.850.532
1.408.233
2.501.300
1.364.346
11.705.083
2.652.807
3.350.764
2.140.702
5.617.311
855.089
10.565.982
2.662.347
27.652.513
0
8.049.899
160.838
4.648.348
1.755.792
2.506.453
780.274
29.547
5.432.306
63.911
5.044.554
752.675
3.496.677
1.656.478
2.723.996
2,5%
-2,6%
-0,3%
3,9%
7,4%
7,2%
10,0%
-0,3%
-1,9%
6,8%
8,3%
4,7%
3,0%
2,6%
3,1%
7,2%
-1,3%
2,9%
4,6%
1,6%
-12,8%
—2,5%
-38,4%
-3,3%
2,6%
2,4%
5,7%
7,5%
-3,3%
655,9%
21,0%
15,4%
-1,4%
1,4%
-4,9%
1.624.810
60.399
1.029.887
37.998
426.624
278.514
58.940
419.998
-364.858
4.095
477.910
137.358
3.290.987
-3.052.140
854.407
399.286
1.554.959
214.218
1.921.699
489.820
9.209.411
10.732
1.456.260
247.654
595.902
159.329
634.358
217.152
23.118
1.307.511
250.997
457.012
238.464
1.589.520
845.913
536.852
1.340.988
113.862
1.167.401
33.631
339.381
324.313
60.738
241.614
-73.284
97.498
420.443
198.797
3.083.430
1.077.675
847.223
390.990
1.427.228
195.805
1.884.524
621.641
-723.484
11.187
1.349.866
15.485
947.480
362.225
482.160
277.084
-197.770
825.734
-203.905
91.858
370.348
1.598.011
845.476
570.283
-20,9%
80,7%
8,7%
-15,2%
-23,7%
11,6%
-1,2%
-44,9%
80,7%
2182,5%
-15,7%
38,7%
-10,2%
133,8%
-4,9%
-6,1%
-12,0%
-12,4%
-6,0%
21,7%
-107,5%
-0,1%
-11,1%
-94,0%
52,4%
117,9%
-27,1%
22,3%
-920,1%
-39,5%
-177,9%
-80,7%
48,9%
-3,6%
-4,2%
1,8%
353.207.897
358.265.342
-2,8%
158.429.377
152.934.087
-7,5%
128.124.526
132.360.148
-1,0%
27.645.096
20.415.936
-29,2%
Saneamento e Serviços de Água e Gás / Sanitation and Water and Gas Services
CASAN
CEG
COMGAS
COPASA
SABESP
SANEPAR
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
1.446.722
4.668.298
4.012.519
6.365.445
20.113.911
4.668.298
1.606.574
4.858.229
3.829.183
6.922.794
21.565.203
4.858.229
6,5%
-0,2%
-8,5%
4,3%
2,8%
-0,2%
989.918
1.936.744
1.137.081
3.686.347
9.547.915
1.936.744
1.019.069
2.035.602
1.279.113
3.731.416
10.527.637
2.035.602
-1,3%
0,8%
7,8%
-3,0%
5,7%
0,8%
415.967
1.317.891
3.989.074
2.791.462
6.351.672
1.317.891
466.326
1.389.402
3.884.422
3.270.633
6.730.547
1.389.402
7,5%
1,1%
-6,6%
12,3%
1,6%
1,1%
30.040
193.603
716.601
409.437
461.804
193.603
35.239
188.013
422.462
708.073
1.937.929
188.013
12,5%
-6,9%
-43,5%
65,8%
302,3%
-6,9%
41.275.193
43.640.212
1,4%
19.234.749
20.628.439
2,8%
16.183.957
17.130.732
1,5%
2.005.088
3.479.729
66,4%
BENS PRIMÁRIOS / RAW MATERIAL
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Açúcar e Álcool / Sugar & Ethanol
COSAN
COSAN LTD
GUARANI
SAO MARTINHO
USIN C PINTO
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
7.352.356
8.478.732
2.475.339
2.916.623
1.375.055
10.647.393
11.558.700
3.172.028
3.394.692
1.475.742
38,8%
30,7%
22,8%
11,6%
2,9%
3.325.800
3.144.337
1.180.928
1.648.965
413.794
3.365.747
3.191.220
1.153.042
1.575.201
247.321
-3,0%
-2,7%
-6,4%
-8,4%
-42,7%
2.736.176
2.144.463
852.699
712.420
314.113
6.270.089
6.270.089
1.170.698
774.443
741.557
119,7%
180,3%
31,6%
4,2%
126,3%
-68.977
-135.780
-62.422
-71.271
231.571
-709.061
-742.290
-423.057
-131.816
-104.419
-885,5%
-424,1%
-549,7%
-77,3%
-143,2%
22.598.105
30.248.555
28,3%
9.713.824
9.532.531
-5,9%
6.759.871
15.226.876
115,9%
-106.879
-2.110.643
-1793,2%
7
947.342
5.563.975
2.328.652
185.779.471
5
122.185
4.966.274
1.710.060
177.738.189
-31,5%
-87,6%
-14,4%
-29,6%
-8,3%
-59.880
947.163
2.113.171
-65.071
96.274.640
-27.500
121.672
2.219.692
-279.883
95.758.115
56,0%
-87,7%
0,7%
-312,3%
-4,6%
0
0
1.466.125
652.434
70.540.994
0
0
1.926.568
361.809
48.496.566
——26,0%
-46,8%
-34,1%
-166.149
-52.740
-67.899
-904.149
22.237.695
-116.493
331.305
544
-223.480
15.249.218
32,8%
702,2%
100,8%
76,3%
-34,3%
194.619.447
184.536.713
-9,1%
99.210.023
97.792.096
-5,5%
72.659.553
50.784.943
-33,0%
21.046.758
15.241.094
-30,6%
Mineração / Mining
CENT AMAPA
CENT MIN-RIO
MAGNESITA SA
MMX MINER
VALE
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
174
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
464.945
44.896
692.462
35.550
281.386
-5.505
66.941
258.444
-253.942
-3.875
466.313
84.561
1.887.035
-2.351.639
814.805
338.523
1.078.744
212.344
1.275.692
391.787
6.136.497
10.664
1.027.109
170.585
388.779
104.961
300.114
148.332
146.397
974.453
204.078
179.169
187.545
1.115.153
827.065
353.809
307.019
156.964
780.235
28.271
222.281
26.558
48.920
127.283
-94.452
121.707
435.525
167.022
1.861.403
762.713
809.395
334.448
1.026.433
197.165
1.286.470
485.567
170.526
11.051
1.063.194
-7.526
625.137
249.712
207.283
189.417
-199.217
604.831
-147.392
20.338
287.795
1.134.398
828.019
387.709
-36,7%
235,2%
8,0%
-23,8%
-24,3%
562,5%
-29,9%
-52,8%
64,3%
3111,0%
-10,5%
89,4%
-5,4%
131,1%
-4,8%
-5,3%
-8,8%
-11,0%
-3,3%
18,8%
-97,3%
-0,7%
-0,8%
-104,2%
54,1%
128,1%
-33,8%
22,4%
-230,5%
-40,5%
-169,2%
-89,1%
47,1%
-2,5%
-4,0%
5,1%
12.146.051
1.613.421
2.013.540
17.055
2.926.302
3.083.078
1.437.703
2.804.633
5.767.015
2.685.965
2.209.308
2.101.116
14.989.834
9.156.652
2.604.733
1.864.486
5.200.539
778.448
11.224.553
1.848.410
52.435.572
11.455
9.257.565
312.132
6.927.013
2.716.433
3.958.195
1.213.254
213.211
6.658.261
1.361.074
10.251.500
1.758.799
5.171.028
1.566.307
4.493.879
11.412.018
1.629.675
1.749.557
15.270
3.194.171
3.108.432
1.544.358
2.621.647
6.326.831
2.951.258
2.155.357
2.066.290
18.590.768
7.792.512
2.935.527
1.840.805
5.003.435
917.453
11.787.049
2.114.460
57.724.875
2.405
8.574.116
327.852
7.258.901
2.775.067
4.161.779
1.149.767
285.658
6.473.105
2.311.946
10.545.291
1.640.344
5.972.875
2.134.743
4.235.658
-9,9%
-3,2%
-16,7%
-14,2%
4,6%
-3,3%
3,0%
-10,4%
5,2%
5,3%
-6,5%
-5,7%
18,9%
-18,4%
8,0%
-5,4%
-7,8%
13,0%
0,7%
9,7%
5,5%
-79,9%
-11,2%
0,7%
0,5%
-2,1%
0,8%
-9,2%
28,4%
-6,8%
62,8%
-1,4%
-10,6%
10,7%
30,7%
-9,6%
307.701
-207.754
125.650
17.551
510.843
-349.777
-370.218
586.908
-1.728.483
-224.868
307.500
-191.222
1.869.451
-734.663
185.941
-267.721
1.609.659
13.622
-529.701
-149.378
11.310.641
22.760
454.475
448
-614.498
667.503
602.760
99.172
-130.240
1.162.467
872.616
-387.865
-342.792
-954.197
-166.646
-274.538
-129.675
-178.829
-25.233
-4.444
252.584
-244.354
-151.905
388.761
-2.503.166
-135.733
375.503
-213.067
722.911
-758.328
-253.276
-109.692
1.986.583
-59.834
-340.602
-24.407
14.031.542
36.475
-36.533
-3.527
366.807
510.523
683.883
89.237
-196.375
1.162.468
796.806
-400.764
-486.818
400.440
-571.792
-434.867
-140,4%
17,5%
-119,3%
-124,3%
-52,6%
33,0%
60,7%
-36,5%
-38,8%
42,1%
17,1%
-6,8%
-62,9%
1,0%
-230,6%
60,7%
18,3%
-521,1%
38,4%
84,3%
18,9%
53,6%
-107,7%
-854,7%
157,2%
-26,7%
8,8%
-13,7%
-44,5%
-4,1%
-12,5%
0,9%
-36,1%
140,2%
-228,9%
-51,9%
0,56
0,64
0,64
0,39
0,55
0,59
0,54
0,79
0,29
0,34
0,63
0,39
0,45
0,15
0,74
0,69
0,41
0,60
0,60
0,85
0,22
0,00
0,60
0,22
0,44
0,49
0,46
0,21
0,05
0,57
0,00
0,35
0,19
0,41
0,28
0,48
0,63
0,64
0,74
0,96
0,60
0,65
0,57
0,84
0,28
0,34
0,70
0,41
0,41
0,16
0,71
0,74
0,41
0,57
0,63
0,82
0,21
0,00
0,68
0,14
0,40
0,49
0,47
0,24
0,07
0,58
0,02
0,43
0,21
0,36
0,26
0,55
8,54
2,66
4,02
0,17
1,89
16,49
4,33
1,71
11,85
2,52
1,69
1,86
1,60
1,16
1,60
2,03
0,65
1,41
2,24
1,68
0,61
0,10
2,81
0,38
1,96
4,49
3,59
0,57
0,68
2,37
0,65
9,25
1,19
1,63
0,38
3,59
8,01
2,66
3,49
0,42
2,29
19,07
4,16
1,52
16,08
2,55
1,53
1,65
1,81
0,91
1,65
1,77
0,57
1,57
2,32
1,88
0,76
0,02
2,61
0,40
1,70
3,46
3,52
0,53
2,59
2,24
1,21
9,34
0,88
1,62
0,51
5,65
18.054.177
14.516.202
-22,9%
194.778.520
205.331.255
1,1%
13.103.107
14.541.302
6,4%
0,36
0,37
1,23
1,34
18.117
141.880
514.045
274.153
63.571
141.880
32.515
137.871
367.867
525.306
1.373.879
137.871
72,1%
-6,8%
-31,4%
83,7%
1971,8%
-6,8%
456.804
2.731.554
2.875.438
2.679.098
10.565.996
2.731.554
587.505
2.822.627
2.550.070
3.191.378
11.037.566
2.822.627
23,3%
-0,9%
-15,0%
14,2%
0,1%
-0,9%
2.616
8.111
-377.259
704.975
-778.507
8.111
45.253
-10.611
-421.906
306.444
-580.222
-10.611
1558,3%
-225,4%
-7,2%
-58,3%
28,6%
-225,4%
0,29
0,28
0,99
0,44
0,32
0,28
0,29
0,29
1,01
0,47
0,31
0,29
0,46
1,41
2,53
0,73
1,11
1,41
0,58
1,39
1,99
0,86
1,05
1,39
1.153.646
2.575.309
114,0%
22.040.444
23.011.773
0,1%
-431.953
-671.653
-49,1%
0,39
0,39
1,15
1,12
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
-47.775
-75.824
-62.908
-48.794
239.046
-473.836
-347.919
-290.984
-71.865
-58.274
-850,8%
-339,9%
-343,4%
-41,2%
-123,4%
3.745
-1.242.878
-166.149
-52.740
-53.861
-848.024
21.279.629
20.158.855
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
4.026.556
5.334.395
1.294.411
1.267.658
961.261
7.281.646
8.367.480
2.018.986
1.819.491
1.228.421
73,4%
50,4%
49,5%
37,6%
22,5%
1.705.913
2.522.578
-239.426
84.927
363.968
-31915,8%
12.884.281
20.716.024
54,1%
-116.493
331.305
-29.685
-214.147
10.248.950
32,8%
702,2%
47,2%
75,8%
-53,8%
59.887
179
3.450.804
2.393.723
89.504.831
27.505
513
2.746.582
1.989.943
81.980.074
10.219.930
-51,4%
95.409.424
86.744.617
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
749.684
1.205.696
-344.910
42.485
161.147
-57,9%
-54,2%
-38,1%
-52,0%
-57,6%
0,37
0,25
0,34
0,24
0,23
0,59
0,54
0,37
0,23
0,50
1,21
1,70
1,10
0,77
2,32
2,16
2,62
1,75
1,16
4,97
4.437.960
1.814.102
-60,8%
0,30
0,50
1,33
2,17
-56,0%
174,7%
-23,7%
-20,3%
-12,2%
-59.880
-178
833.606
-570.707
37.419.703
-293
-499
741.795
-749.803
19.291.669
99,5%
-168,7%
-14,7%
-26,0%
-50,6%
0,00
0,00
0,26
0,28
0,38
0,00
0,00
0,39
0,21
0,27
-1,00
0,00
1,63
-36,79
0,93
-1,00
0,00
1,24
-7,11
0,86
-12,8%
37.622.544
19.282.869
-50,9%
0,37
0,28
0,96
0,89
175
Estatísticas
Statistics
BENS PRIMÁRIOS / RAW MATERIAL
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Papel & Celulose e Madeira / Pulp & Paper
CELUL IRANI
DURATEX
EUCATEX
FIBRIA
KLABIN S/A
MELHOR SP
SUZANO HOLD
SUZANO PAPEL
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
563.540
1.137.591
1.146.734
12.801.898
8.242.200
989.267
13.251.037
12.958.479
520.389
4.333.741
1.238.211
28.323.732
7.997.732
760.384
13.086.378
12.758.969
-11,5%
265,2%
3,5%
112,1%
-7,0%
-26,3%
-5,3%
-5,6%
49.943
521.084
531.296
4.131.871
2.247.015
194.326
1.172.957
3.736.659
90.104
2.371.934
746.921
10.015.103
2.387.018
306.968
1.345.455
4.383.780
73,0%
336,4%
34,8%
132,4%
1,8%
51,4%
10,0%
12,5%
388.391
520.173
700.936
2.990.918
3.096.580
495.141
4.071.194
4.063.596
380.786
1.437.796
666.676
5.999.606
2.960.179
86.217
3.972.976
3.952.746
-6,0%
165,0%
-8,8%
92,3%
-8,4%
-83,3%
-6,4%
-6,7%
-81.538
125.164
72.933
-1.896.058
-580.347
21.309
-670.008
-635.783
70.704
172.277
218.474
1.992.305
753.168
173.599
1.240.065
1.232.099
183,1%
32,0%
187,2%
200,7%
224,4%
681,0%
277,4%
285,8%
51.090.746
69.019.536
29,5%
12.585.151
21.647.283
64,9%
16.326.929
19.456.982
14,2%
-3.644.328
5.852.691
254,0%
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica e Borracha & Plástico / Oil & Gas and Derivates
BRASKEM
ECODIESEL
ELEKEIROZ
FER HERINGER
FOSFERTIL
GPC PART
M G POLIEST
MILLENNIUM
OGX PETROLEO
PETROBRAS
PRONOR
QUATTOR PETR
SANSUY
UNIPAR
YARA BRASIL
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
22.701.942
499.570
659.119
1.891.585
4.308.269
750.066
1.623.729
566.190
9.747.932
292.163.842
471.369
2.386.564
232.096
11.919.403
1.990.602
22.105.061
549.303
584.308
1.704.581
2.646.904
596.688
1.466.193
490.294
10.388.632
345.607.250
447.733
2.237.050
252.858
1.419.181
1.186.447
-6,7%
5,4%
-15,0%
-13,6%
-41,1%
-23,7%
-13,4%
-17,0%
2,2%
13,4%
-8,9%
-10,1%
4,4%
-88,6%
-42,9%
3.679.857
104.338
441.390
237.258
1.918.003
112.114
196.229
380.489
9.165.729
138.365.282
144.521
687.836
-121.668
1.032.204
203.228
4.741.924
419.778
442.663
296.766
1.771.655
95.100
193.897
375.759
9.186.290
159.464.599
192.970
860.038
-158.829
347.153
501.529
23,5%
285,7%
-3,9%
19,9%
-11,4%
-18,7%
-5,3%
-5,3%
-3,9%
10,5%
28,0%
19,9%
-25,1%
-67,8%
136,6%
17.959.507
350.982
877.659
3.524.559
3.429.472
807.894
1.502.495
258.465
872.741
215.118.536
225.406
1.790.977
324.057
4.594.205
2.956.448
15.248.336
349.322
571.210
3.192.312
2.460.797
501.551
1.251.946
295.034
791.287
182.710.057
250.463
1.466.693
266.809
5.045.935
2.096.268
-18,6%
-4,6%
-37,6%
-13,2%
-31,2%
-40,5%
-20,1%
9,4%
-13,1%
-18,6%
6,5%
-21,5%
-21,1%
5,3%
-32,0%
-2.554.169
-197.100
80.440
-386.589
1.127.116
-22.230
-209.580
-34.559
556.428
48.204.798
-47.729
-339.207
-42.494
-1.035.159
-370.301
1.979.865
-88.508
-24.016
77.375
-211.824
11.261
-3.457
3.110
48.434
43.206.611
15.337
203.925
-37.233
-674.327
-112.200
174,3%
57,0%
-128,6%
119,2%
-118,0%
148,6%
98,4%
108,6%
-91,7%
-14,1%
130,8%
157,6%
16,0%
37,6%
71,0%
351.912.278
391.682.483
6,7%
156.546.810
178.731.292
9,5%
254.593.403
216.498.020
-18,5%
44.729.665
44.394.353
-4,9%
Siderurgia e Metalurgia / Steel & Metallurgy
ACOS VILL
ALIPERTI
CONFAB
ELUMA
FERBASA
FIBAM
GERDAU
GERDAU MET
MANGELS INDL
MET DUQUE
PANATLANTICA
PARANAPANEMA
SID NACIONAL
TEKNO
USIMINAS
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
1.964.276
166.665
2.094.887
748.156
988.741
68.519
59.050.514
60.156.919
782.091
148.258
204.561
3.320.395
31.497.439
212.486
27.580.053
1.850.096
171.711
1.740.368
749.271
980.797
72.344
44.583.316
45.699.733
705.788
143.976
211.986
2.845.063
29.167.224
210.315
25.747.333
-9,7%
-1,2%
-20,4%
-4,0%
-4,9%
1,2%
-27,6%
-27,2%
-13,5%
-6,9%
-0,7%
-17,9%
-11,2%
-5,1%
-10,5%
955.969
91.139
1.242.923
396.509
842.114
26.164
25.043.578
24.377.920
204.887
102.123
113.548
1.193.231
6.662.589
177.280
15.028.943
900.871
89.800
1.315.267
443.231
867.764
29.074
22.004.793
21.332.454
217.353
91.543
122.615
1.407.699
5.510.433
184.479
15.218.798
-9,7%
-5,5%
1,4%
7,2%
-1,2%
6,5%
-15,8%
-16,1%
1,7%
-14,1%
3,5%
13,1%
-20,7%
-0,2%
-2,9%
2.265.902
62.661
2.270.218
789.343
878.914
118.917
41.907.845
41.907.845
698.599
99.868
357.325
3.481.354
14.002.871
152.515
15.706.529
1.466.306
62.495
2.127.473
705.674
450.753
120.805
26.540.050
26.540.050
631.538
92.249
295.532
2.511.913
10.978.364
122.694
10.924.140
-38,0%
-4,4%
-10,2%
-14,3%
-50,8%
-2,6%
-39,3%
-39,3%
-13,3%
-11,4%
-20,7%
-30,8%
-24,8%
-22,9%
-33,3%
539.123
335
763.674
28.903
382.940
5.339
8.127.822
8.064.268
-21.379
2.028
27.343
173.513
6.728.948
39.421
4.248.015
208.005
3.328
279.031
92.636
47.260
5.659
846.887
804
28.102
-4.055
12.722
-89.360
3.289.723
24.875
1.890.136
-63,0%
852,4%
-65,0%
207,3%
-88,2%
1,6%
-90,0%
-100,0%
226,0%
-291,7%
-55,4%
-149,4%
-53,1%
-39,5%
-57,3%
188.983.960
154.879.321
-21,4%
76.458.917
69.736.174
-12,6%
124.700.706
83.570.036
-35,8%
29.110.293
6.635.753
-78,1%
BENS DE CAPITAL / CAPITAL GOODS
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Máquinas e Equipamentos / Machinery and Equipment
ACO ALTONA
BARDELLA
BAUMER
BEMATECH
COBRASMA
DHB
EMBRAER
FORJA TAURUS
FRAS-LE
INDS ROMI
INEPAR
176
180.308
678.161
63.207
485.694
8.450
198.769
21.499.170
800.045
463.955
1.680.924
2.278.336
143.196
896.433
72.126
493.224
6.568
215.126
15.945.642
866.481
527.375
1.738.947
2.699.194
-23,9%
26,7%
9,4%
-2,6%
-25,5%
3,8%
-28,9%
3,8%
9,0%
-0,8%
13,6%
-22.762
217.291
32.362
379.351
-2.889.200
-634.097
5.970.531
328.633
208.125
700.809
183.916
-20.796
224.581
33.891
376.293
-3.193.519
-744.876
5.020.805
365.757
235.069
682.875
331.365
12,4%
-0,9%
0,4%
-4,9%
-6,0%
-12,6%
-19,4%
6,7%
8,3%
-6,6%
72,7%
198.155
510.438
74.055
317.863
44
280.416
11.746.765
599.219
432.295
696.124
1.019.087
123.097
710.098
85.202
330.391
46
244.781
10.812.747
679.393
428.055
475.434
1.197.474
-40,4%
33,4%
10,3%
-0,4%
0,2%
-16,3%
-11,8%
8,7%
-5,1%
-34,5%
12,6%
27.925
15.043
5.409
54.212
-325.750
-133.055
883.179
77.159
35.371
161.759
119.098
3.022
16.806
5.434
39.126
-302.758
-113.852
620.731
90.828
59.204
14.868
-252.572
-89,6%
7,1%
-3,7%
-30,8%
10,9%
18,0%
-32,6%
12,8%
60,5%
-91,2%
-303,3%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2008
2009
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
-54.223
75.095
59.330
-1.310.347
-348.646
21.725
-143.145
-451.308
44.069
97.935
215.757
558.051
332.907
111.487
239.423
877.932
177,9%
25,0%
248,6%
140,8%
191,5%
392,0%
260,3%
286,5%
513.597
616.507
615.438
8.670.027
5.995.185
794.941
12.078.080
9.221.820
430.285
1.961.807
491.290
18.308.629
5.610.714
453.416
11.740.923
8.375.189
-19,7%
205,1%
-23,5%
102,4%
-10,3%
-45,3%
-6,8%
-12,9%
-75.452
92.562
102.710
-595.573
2.337.051
-26.677
2.135.430
2.050.117
-84.786
327.819
79.979
1.849.718
1.935.008
32.564
2.097.458
2.008.204
-7,7%
239,5%
-25,4%
397,7%
-20,6%
217,0%
-5,8%
-6,1%
0,69
0,46
0,61
0,23
0,38
0,50
0,31
0,31
0,73
0,33
0,54
0,21
0,37
0,11
0,30
0,31
10,28
1,18
1,16
2,10
2,67
4,09
10,30
2,47
4,78
0,83
0,66
1,83
2,35
1,48
8,73
1,91
-2.151.519
2.477.561
210,4%
38.505.595
47.372.253
17,9%
6.020.168
8.245.964
31,3%
0,32
0,28
3,06
2,19
-2.492.107
-197.100
81.245
-253.164
772.659
-5.645
-150.848
-19.907
359.884
32.987.792
-32.762
-340.049
-44.383
-152.311
-356.894
917.228
-88.493
3.830
59.508
-140.813
-15.808
-2.332
704
10.829
28.981.708
70.031
171.586
-36.954
-680.554
3.325
135,3%
57,0%
-95,5%
122,5%
-117,5%
-168,5%
98,5%
103,4%
-97,1%
-15,8%
304,9%
148,4%
20,2%
-328,3%
100,9%
19.022.085
395.232
217.729
1.654.327
2.390.266
637.952
1.427.500
185.701
582.203
153.798.560
326.848
1.698.728
353.764
10.887.199
1.787.374
17.363.137
129.525
141.645
1.407.815
875.249
501.588
1.272.296
114.535
1.202.342
186.142.651
254.763
1.377.012
411.687
1.072.028
684.918
-12,5%
-68,6%
-37,6%
-18,4%
-64,9%
-24,6%
-14,6%
-40,9%
98,0%
16,0%
-25,3%
-22,3%
11,6%
-90,6%
-63,3%
146.877
-19.764
198.396
-297.066
793.529
-138.162
-53.592
83.073
7.118.159
1.018.117
73.468
508.577
13.606
796.592
-324.648
-243.044
202.452
174.766
-288.353
390.860
-177.859
27.604
68.872
6.449.684
18.644.378
75.927
555.843
24.091
872.665
-204.493
-258,6%
1082,0%
-15,6%
6,9%
-52,8%
-23,4%
149,4%
-20,5%
-13,1%
1655,6%
-0,9%
4,8%
69,7%
5,0%
39,6%
0,79
0,70
1,33
1,86
0,80
1,08
0,93
0,46
0,09
0,74
0,48
0,75
1,40
0,39
1,49
0,69
0,64
0,98
1,87
0,93
0,84
0,85
0,60
0,08
0,53
0,56
0,66
1,06
3,56
1,77
5,17
3,79
0,49
6,97
1,25
5,69
7,27
0,49
0,06
1,11
2,26
2,47
-2,91
10,55
8,79
3,66
0,31
0,32
4,74
0,49
5,27
6,56
0,30
0,13
1,17
1,32
1,60
-2,59
3,09
1,37
30.156.410
29.253.795
-7,0%
195.365.468
212.951.191
4,5%
9.917.162
26.573.393
156,9%
0,72
0,55
1,25
1,19
391.776
3.443
508.090
18.475
336.008
3.555
4.944.898
4.842.771
1.992
1.113
17.925
133.014
5.774.149
28.802
3.224.433
199.169
3.273
205.543
59.690
35.636
4.639
1.004.508
796.640
16.745
-4.055
8.985
194.029
2.598.665
18.042
1.343.580
-51,3%
-8,9%
-61,2%
209,7%
-89,8%
25,1%
-80,5%
-84,2%
705,9%
-449,3%
-51,9%
39,8%
-56,9%
-39,9%
-60,1%
1.008.307
75.526
851.964
351.647
146.627
42.355
34.006.936
35.778.999
577.204
46.135
91.013
2.127.164
24.834.850
35.206
12.551.110
949.225
81.911
425.101
306.040
113.033
43.270
22.578.523
24.367.279
488.435
52.433
89.371
1.437.364
23.656.791
25.836
10.528.535
-9,8%
4,0%
-52,2%
-16,6%
-26,1%
-2,1%
-36,4%
-34,7%
-18,9%
9,0%
-5,9%
-35,2%
-8,7%
-29,6%
-19,6%
538.976
52.108
953.173
286.342
541.453
5.738
12.300.103
12.314.566
316.262
-17.636
97.240
1.189.666
8.695.472
157.759
7.479.011
643.327
5.479
1.076.453
287.711
531.887
9.343
9.346.165
9.440.241
199.721
-10.052
98.151
716.618
8.440.398
166.938
6.090.925
14,4%
-89,9%
8,3%
-3,7%
-5,8%
56,1%
-27,2%
-26,5%
-39,5%
45,4%
-3,2%
-42,3%
-6,9%
1,4%
-21,9%
1,15
0,38
1,08
1,06
0,89
1,74
0,71
0,70
0,89
0,67
1,75
1,05
0,44
0,72
0,57
0,79
0,36
1,22
0,94
0,46
1,67
0,60
0,58
0,89
0,64
1,39
0,88
0,38
0,58
0,42
1,05
0,83
0,69
0,89
0,17
1,62
1,36
1,47
2,82
0,45
0,80
1,78
3,73
0,20
0,84
1,05
0,91
0,32
0,69
0,13
1,49
1,03
1,14
2,25
0,57
0,73
1,02
4,29
0,14
0,69
20.230.444
6.485.089
-69,3%
112.525.043
85.143.147
-27,5%
44.910.233
37.043.305
-20,9%
0,66
0,54
1,47
1,22
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2008
2009
24.266
13.027
4.215
51.716
-327.318
-122.506
428.750
55.075
25.522
125.726
77.873
1.966
16.634
2.378
27.922
-304.319
-110.778
894.590
50.785
43.896
12.101
52.130
Var. Real %
Actual Var. %
-92,2%
22,4%
-45,9%
-48,2%
10,9%
13,3%
100,0%
-11,6%
64,9%
-90,8%
-35,8%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
203.070
460.870
30.845
106.343
2.897.650
832.866
15.528.639
471.412
255.830
980.115
2.094.420
2009
Var. Real %
Actual Var. %
163.992
671.852
38.235
116.931
3.200.087
960.002
10.924.837
500.724
292.306
1.056.072
2.367.829
-22,6%
39,8%
18,8%
5,4%
5,9%
10,5%
-32,6%
1,8%
9,5%
3,3%
8,4%
2008
8.769
135.960
28.583
191.017
-1.126
-643.514
5.790.530
202.916
170.309
469.489
-522.858
2009
6.013
73.589
32.296
124.064
-2.661
-739.002
5.206.651
248.340
204.465
508.537
-506.235
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
-34,3%
-48,1%
8,3%
-37,7%
-126,6%
-10,1%
-13,8%
17,3%
15,1%
3,8%
7,2%
1,10
0,75
1,17
0,65
0,01
1,41
0,55
0,75
0,93
0,41
0,45
0,86
0,79
1,18
0,67
0,01
1,14
0,68
0,78
0,81
0,27
0,44
-8,92
2,12
0,95
0,28
-1,00
-1,31
2,60
1,43
1,23
1,40
11,39
2009
-7,89
2,99
1,13
0,31
-1,00
-1,29
2,18
1,37
1,24
1,55
7,15
177
Statistics
Estatísticas
BENS DE CAPITAL / CAPITAL GOODS
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Máquinas e Equipamentos / Machinery and Equipment (cont.)
IOCHP-MAXION
KEPLER WEBER
LUPATECH
MARCOPOLO
METAL LEVE
METALFRIO
METISA
NORDON MET
PLASCAR PART
RANDON PART
RECRUSUL
RIOSULENSE
SCHULZ
TUPY
WEG
WETZEL S/A
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
1.133.879
417.310
928.573
2.435.045
1.633.061
856.522
160.932
36.341
606.849
2.215.764
54.281
123.162
457.706
2.038.688
5.772.774
145.739
1.391.309
417.022
1.211.889
2.492.246
1.364.978
719.756
171.700
27.345
722.112
2.577.230
69.042
115.173
521.394
2.178.605
5.373.607
142.702
17,6%
-4,2%
25,1%
-1,9%
-19,9%
-19,4%
2,3%
-27,9%
14,1%
11,5%
21,9%
-10,4%
9,2%
2,4%
-10,8%
-6,1%
442.937
173.820
194.730
683.509
446.528
278.667
91.836
-32.125
287.170
787.481
-43.704
-5.599
101.290
777.386
2.178.580
-8.419
482.429
170.854
191.341
724.043
561.509
271.733
110.255
-36.561
294.937
884.139
-37.066
-15.744
128.260
869.129
2.362.787
-15.331
4,4%
-5,8%
-5,8%
1,6%
20,6%
-6,5%
15,1%
-9,1%
-1,5%
7,6%
18,7%
-169,6%
21,4%
7,2%
4,0%
-74,6%
1.827.726
329.052
87.834
2.532.163
1.866.631
724.852
243.448
0
560.105
3.059.478
28.361
115.719
493.075
1.767.753
4.502.041
211.241
1.317.607
215.077
236.709
2.057.700
1.539.582
643.248
187.697
0
582.829
2.469.544
26.366
86.802
369.513
1.223.841
4.210.620
153.580
-30,9%
-37,3%
158,4%
-22,1%
-20,9%
-14,9%
-26,1%
—-0,2%
-22,6%
-10,9%
-28,1%
-28,2%
-33,6%
-10,3%
-30,3%
231.655
2.018
-99.022
186.779
44.734
-89.599
43.814
-1.124
3.669
419.846
-8.645
-26.488
-16.347
154.786
674.187
13.819
95.002
-6.677
20.331
191.375
50.003
54.666
33.997
-4.434
6.359
279.644
-32.040
-16.613
55.775
219.227
631.149
-9.123
-60,7%
-417,2%
119,7%
-1,8%
7,2%
158,5%
-25,6%
-278,2%
66,2%
-36,1%
-255,3%
39,9%
427,1%
35,8%
-10,3%
-163,3%
47.353.645
43.100.422
-12,7%
10.829.046
10.258.159
-9,2%
34.223.940
30.407.433
-14,8%
2.454.432
1.749.478
-31,7%
BENS INTERMEDIÁRIOS / INTERMEDIATE GOODS
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Embalagens / Packaging and Labeling
DIXIE TOGA
METAL IGUACU
PETROPAR
PROVIDENCIA
RIMET
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
1.220.734
72.509
690.282
1.044.773
147.567
1.278.485
69.158
523.736
986.609
165.704
0,4%
-8,6%
-27,3%
-9,5%
7,6%
527.974
42.090
222.317
471.592
-248.027
552.333
39.042
283.446
506.858
-233.887
0,3%
-11,1%
22,2%
3,0%
9,6%
1.064.794
71.649
459.816
500.369
116.989
1.173.270
72.907
485.749
412.837
127.803
5,6%
-2,5%
1,3%
-20,9%
4,7%
111.968
-4.896
-50.106
13.549
-22.393
129.327
-4.666
89.342
78.480
14.099
10,7%
8,6%
270,9%
455,3%
160,4%
3.175.865
3.023.692
-8,7%
1.015.946
1.147.792
8,3%
2.213.617
2.272.566
-1,6%
48.122
306.582
510,8%
BENS DE CONSUMO NÃO CÍCLICO / NON-CYCLE CONSUMPTION GOODS
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Alimentos, Bebidas & Fumo / Food, Beverage & Tobacco
AMBEV
BRF FOODS
CACIQUE
CAF BRASILIA
CLARION
EXCELSIOR
IGUACU CAFE
JBS
JOSAPAR
LAEP
M.DIASBRANCO
MARFRIG
MINERVA
MINUPAR
ODERICH
RASIP AGRO
RENAR
SLC AGRICOLA
SOUZA CRUZ
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
178
33.517.172
11.223.912
449.968
91.264
922.546
25.231
514.961
16.096.349
581.507
1.011.686
2.364.130
9.155.172
1.988.904
181.517
240.613
101.018
107.089
1.541.853
3.613.728
34.080.592
25.714.327
386.607
89.165
1.003.840
25.576
480.055
42.489.092
550.623
0
2.269.155
11.451.641
2.072.813
120.999
246.981
110.911
113.614
1.585.265
3.817.283
-2,5%
119,6%
-17,6%
-6,3%
4,3%
-2,8%
-10,6%
153,1%
-9,2%
-100,0%
-8,0%
19,9%
-0,1%
-36,1%
-1,6%
5,3%
1,7%
-1,4%
1,3%
17.278.138
4.110.618
188.350
-1.145.430
771.587
7.068
121.488
6.134.411
179.787
20.010
1.207.358
2.729.851
284.733
-36.792
97.747
53.954
51.965
716.338
2.128.320
19.243.058
13.134.650
206.943
-1.337.450
819.634
6.613
168.224
16.728.086
182.765
0
1.469.842
4.184.285
526.717
-113.472
101.709
55.453
56.471
813.869
1.895.394
6,8%
206,3%
5,3%
-11,9%
1,8%
-10,3%
32,7%
161,4%
-2,5%
-100,0%
16,7%
46,9%
77,3%
-195,7%
-0,2%
-1,5%
4,2%
8,9%
-14,6%
11.214.134
11.393.030
476.644
18.969
575.780
49.573
610.715
30.340.255
774.232
1.396.574
2.192.571
6.203.797
2.120.771
129.195
269.044
61.120
39.373
413.660
5.300.616
11.199.162
15.905.776
429.934
14.829
569.579
57.437
586.487
34.311.806
691.832
0
2.347.898
9.615.740
2.602.119
122.648
270.926
56.747
33.378
596.975
5.792.616
-4,3%
33,8%
-13,5%
-25,1%
-5,2%
11,1%
-7,9%
8,4%
-14,3%
-100,0%
2,7%
48,6%
17,6%
-9,0%
-3,5%
-11,0%
-18,7%
38,3%
4,8%
3.504.433
-183.686
-707
-234.764
39.160
-2.833
7.495
84.759
50.773
-455.598
236.022
-236.474
-253.114
-4.268
3.594
9.182
-3.330
60.452
1.603.483
6.982.242
334.011
18.472
-194.531
34.236
-572
12.290
340.523
6.356
0
398.586
568.488
73.882
-139.303
10.199
1.821
-15.630
10.770
1.889.648
91,0%
274,3%
2604,7%
20,6%
-16,2%
80,6%
57,2%
285,1%
-88,0%
-100,0%
61,9%
330,5%
128,0%
-3029,0%
172,0%
-81,0%
-350,0%
-82,9%
13,0%
83.728.620
126.608.539
45,0%
34.899.501
58.142.791
59,7%
73.580.053
85.205.889
11,0%
4.224.579
10.331.488
134,4%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2007
2008
Var. Real %
Actual Var. %
214.094
-3.312
-87.440
134.446
62.256
-87.937
28.643
-302
14.991
231.111
950
-17.598
-13.081
168.575
560.401
8.592
55.133
-3.010
31.385
136.543
53.650
34.822
25.355
-4.434
10.084
138.950
-7.504
-10.292
35.195
156.736
548.392
-7.092
-75,3%
12,9%
134,4%
-2,6%
-17,4%
138,0%
-15,1%
-1307,5%
-35,5%
-42,4%
-857,2%
43,9%
357,9%
-10,9%
-6,2%
-179,1%
1.570.735
1.881.218
14,8%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2007
2008
Var. Real %
Actual Var. %
2007
690.942
243.490
733.843
1.751.536
1.186.533
577.855
69.096
68.466
319.679
1.428.283
97.985
128.761
356.416
1.261.302
3.594.194
154.158
908.880
246.168
1.020.548
1.768.203
803.469
448.023
61.446
63.906
427.175
1.693.091
106.108
130.917
393.134
1.309.476
3.010.820
158.033
26,1%
-3,1%
33,3%
-3,2%
-35,1%
-25,7%
-14,7%
-10,5%
28,1%
13,6%
3,8%
-2,5%
5,7%
-0,5%
-19,7%
-1,7%
128.031
116.403
97.839
592.937
-22.027
263.952
56.946
-38.458
-27.763
668.552
-15.306
-25.679
75.992
376.483
1.865.549
13.715
36.524.599
32.842.264
-13,8%
9.957.241
2008
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2007
2008
2007
2008
131.784
109.716
221.004
815.632
381.660
206.607
104.080
-40.139
-69.116
1.044.011
-12.262
-30.489
143.125
386.670
2.147.312
6.918
-1,3%
-9,6%
116,5%
31,9%
1761,1%
-25,0%
75,2%
-0,1%
-138,7%
49,7%
23,2%
-13,8%
80,6%
-1,5%
10,3%
-51,6%
1,61
0,79
0,09
1,04
1,14
0,85
1,51
0,00
0,92
1,38
0,52
0,94
1,08
0,87
0,78
1,45
0,95
0,52
0,20
0,83
1,13
0,89
1,09
0,00
0,81
0,96
0,38
0,75
0,71
0,56
0,78
1,08
1,56
1,40
3,77
2,56
2,66
2,07
0,75
-2,13
1,11
1,81
-2,24
-23,00
3,52
1,62
1,65
-18,31
1,88
1,44
5,33
2,44
1,43
1,65
0,56
-1,75
1,45
1,91
-2,86
-8,32
3,07
1,51
1,27
-10,31
10.702.570
3,0%
0,72
0,71
3,37
3,20
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
Var. Real %
Actual Var. %
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
2008
65.700
-3.152
-41.477
40.282
-22.393
51.838
-3.048
74.230
50.986
14.140
-24,4%
7,3%
271,6%
21,3%
160,5%
692.760
30.419
467.965
573.181
395.594
38.960
188.146
363,0%
2.159.919
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
726.152
30.116
240.290
479.751
399.591
0,5%
-5,1%
-50,8%
-19,8%
-3,2%
291.771
21.088
64.602
353.931
-56.262
1.875.900
-16,7%
675.130
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
330.023
20.429
79.460
287.550
-124.467
8,4%
-7,1%
17,9%
-22,1%
-112,1%
0,87
0,99
0,67
0,48
0,79
0,92
1,05
0,93
0,42
0,77
1,31
0,72
2,10
1,22
-1,59
1,31
0,77
0,85
0,95
-1,71
592.995
-15,8%
0,70
0,75
2,13
1,63
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
3.059.478
54.372
4.164
-232.494
29.720
-1.806
7.477
25.939
27.653
-449.540
214.226
-35.500
-244.860
-4.070
40
6.027
-3.330
44.611
1.249.589
5.959.937
120.427
8.892
-192.022
25.358
-455
10.740
129.424
3.391
0
346.364
679.079
81.352
-76.680
7.926
2.769
-15.630
11.233
1.484.905
86,7%
112,3%
104,7%
20,8%
-18,2%
75,8%
37,7%
378,3%
-88,2%
-100,0%
55,0%
1933,8%
131,9%
-1706,1%
18895,9%
-56,0%
-350,0%
-75,9%
13,9%
3.751.696
8.587.010
119,4%
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
16.239.034
7.113.294
261.618
1.236.694
150.959
18.163
393.473
9.961.938
401.720
991.676
1.156.772
6.425.321
1.704.171
218.309
142.866
47.064
55.124
825.515
1.485.408
14.837.534
12.579.677
179.664
1.426.615
184.206
18.963
311.831
25.761.006
367.858
0
799.313
7.267.356
1.546.096
234.471
145.272
55.458
57.143
771.396
1.921.889
-12,4%
69,5%
-34,2%
10,6%
17,0%
0,1%
-24,0%
147,9%
-12,2%
-100,0%
-33,8%
8,4%
-13,0%
3,0%
-2,5%
13,0%
-0,6%
-10,4%
24,0%
-4.685.509
2.904.283
77.362
-807.204
110.044
1.598
-44.770
3.331.525
146.292
-221.097
28.023
1.570.952
614.632
-122.702
30.223
25.933
-12.687
351.020
1.417.194
48.829.119
68.465.748
34,4%
4.715.112
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
-1.466.719
4.569.646
26.921
-989.575
99.295
-1.523
13.781
4.500.325
137.574
0
166.978
3.556.761
681.464
-88.806
33.430
11.316
-3.661
322.357
1.149.853
70,0%
50,8%
-66,6%
-17,5%
-13,5%
-191,4%
129,5%
29,5%
-9,8%
-100,0%
471,2%
117,0%
6,3%
30,6%
6,0%
-58,2%
72,3%
-12,0%
-22,2%
0,33
1,02
1,06
0,21
0,62
1,96
1,19
1,88
1,33
1,38
0,93
0,68
1,07
0,71
1,12
0,61
0,37
0,27
1,47
0,33
0,62
1,11
0,17
0,57
2,25
1,22
0,81
1,26
—1,03
0,84
1,26
1,01
1,10
0,51
0,29
0,38
1,52
0,94
1,73
1,39
-1,08
0,20
2,57
3,24
1,62
2,23
49,56
0,96
2,35
5,99
-5,93
1,46
0,87
1,06
1,15
0,70
0,77
0,96
0,87
-1,07
0,22
2,87
1,85
1,54
2,01
—0,54
1,74
2,94
-2,07
1,43
1,00
1,01
0,95
1,01
12.719.417
158,6%
0,88
0,67
1,40
1,18
179
Estatísticas
Statistics
BENS DE CONSUMO CÍCLICO / CYCLE CONSUMPTION GOODS
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Atacado e Varejo / Wholesale and Retail
B2W VAREJO
BOMBRIL
DIMED
DROGASIL
GLOBEX
GRAZZIOTIN
GUARARAPES
HYPERMARCAS
LE LIS BLANC
LOJAS AMERIC
LOJAS HERING
LOJAS RENNER
MARISA
MINASMAQUINA
NATURA
P.ACUCAR-CBD
PROFARMA
SARAIVA LIVR
WLM IND COM
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
2.359.866
460.745
275.749
596.179
2.445.606
199.375
1.982.483
3.565.389
211.539
6.492.892
7.695
1.626.355
1.498.567
61.592
2.242.153
13.544.018
922.104
682.441
426.933
2.324.320
522.732
333.081
731.914
2.437.471
231.972
2.268.522
6.287.485
211.196
6.747.984
7.366
1.921.197
1.498.013
84.449
2.741.218
18.012.734
951.283
843.575
477.252
-5,6%
8,8%
15,8%
17,7%
-4,5%
11,5%
9,7%
69,1%
-4,3%
-0,4%
-8,2%
13,2%
-4,2%
31,4%
17,2%
27,5%
-1,1%
18,5%
7,2%
207.591
-486.693
130.807
355.313
684.798
145.447
1.326.798
1.916.528
152.728
294.422
-11.342
711.493
598.163
41.465
1.014.109
5.407.716
467.440
335.882
335.059
246.968
-210.459
150.600
407.615
642.358
169.778
1.499.486
3.437.310
154.028
380.116
-11.534
777.640
704.117
47.570
1.139.821
6.559.460
485.366
369.131
354.957
14,1%
58,5%
10,4%
10,0%
-10,1%
11,9%
8,3%
71,9%
-3,3%
23,8%
2,5%
4,8%
12,8%
10,0%
7,8%
16,3%
-0,5%
5,4%
1,6%
3.116.911
745.374
933.239
1.260.147
3.828.682
220.880
1.909.998
1.332.994
197.458
6.975.090
1.508
2.183.407
1.394.960
137.925
3.576.201
18.033.110
2.535.516
1.093.478
645.505
3.792.874
834.215
1.074.630
1.720.548
4.165.017
233.435
2.183.457
2.025.272
269.072
8.334.981
1.760
2.363.628
1.497.783
174.025
4.242.057
23.254.183
2.578.291
1.252.989
566.418
16,7%
7,3%
10,4%
30,9%
4,3%
1,3%
9,6%
45,7%
30,6%
14,6%
11,9%
3,8%
2,9%
21,0%
13,7%
23,6%
-2,5%
9,9%
-15,9%
97.671
-12.681
10.169
69.770
1.621
38.919
161.384
-322.089
16.017
190.754
-402
228.193
76.453
13.574
747.293
392.951
40.446
85.320
125.166
74.362
-27,0%
316.807
2495,0%
39.678
274,1%
105.220
44,6%
-453.953 -26946,9%
35.645
-12,2%
262.647
56,0%
479.115
242,6%
10.816
-35,3%
263.552
32,5%
-333
20,6%
272.211
14,4%
181.659
127,8%
10.532
-25,6%
874.154
12,1%
644.232
57,2%
71.896
70,4%
56.313
-36,7%
38.654
-70,4%
39.601.681
48.633.764
17,7%
13.627.724
17.304.328
21,7%
50.122.383
60.564.635
15,8%
1.960.529
3.283.207
60,5%
1.478.274
634.485
535.720
353.338
1.849.212
662.272
870.685
427.093
19,9%
0,1%
55,8%
15,9%
977.902
421.075
434.010
288.158
1.050.731
458.041
795.072
317.223
3,0%
4,3%
75,6%
5,5%
654.165
979.966
279.558
263.305
904.548
1.008.810
352.943
383.476
32,6%
-1,3%
21,0%
39,6%
-20.879
46.327
40.582
36.074
84.561
69.688
-1.395
68.409
488,3%
44,2%
-103,3%
81,8%
3.001.817
3.809.262
21,7%
2.121.145
2.621.067
18,5%
2.176.994
2.649.777
16,7%
102.104
221.263
107,7%
Educação / Education
ANHANGUERA
ESTACIO PART
KROTON
SEB
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
Lazer, Turismo e Hotelaria / Leisure Industry
HOTEIS OTHON
SPTURIS
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
423.284
273.599
423.012
287.729
-4,2%
0,8%
-52.984
61.326
-65.267
70.391
-18,1%
10,0%
96.968
115.892
101.780
128.912
0,6%
6,6%
-18.832
-1.132
4.846
7.107
124,7%
701,9%
696.883
710.741
-2,2%
8.342
5.124
-41,1%
212.860
230.692
3,9%
-19.964
11.953
157,4%
Tecidos, Vestuário e Calçados / Textile, Clothing and Footwear
ALPARGATAS
ARTHUR LANGE
BOTUCATU TEX
BUETTNER
CAMBUCI
CEDRO
CIA HERING
COTEMINAS
DOHLER
ENCORPAR
FAB C RENAUX
GRENDENE
IND CATAGUAS
KARSTEN
MARISOL
MUNDIAL
PETTENATI
SANTANENSE
SCHLOSSER
SPRINGS
TEC BLUMENAU
TECEL S JOSE
TEKA
TEX RENAUX
VICUNHA TEXT
VULCABRAS
WEMBLEY
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
180
1.813.346
26.946
62.175
172.912
169.194
352.030
692.141
3.511.517
315.683
86.973
125.797
1.621.937
215.068
317.380
440.567
866.227
212.188
247.086
21.962
3.014.896
8.301
42.233
438.595
87.429
1.503.001
1.442.925
3.689.205
1.748.959
0
0
190.153
163.600
352.051
654.707
3.082.129
292.982
85.776
114.894
1.751.065
207.890
281.547
431.739
852.835
250.378
256.993
25.500
2.602.303
8.097
0
412.433
106.802
1.475.109
1.599.750
3.147.392
-7,5%
-100,0%
-100,0%
5,4%
-7,3%
-4,1%
-9,3%
-15,9%
-11,0%
-5,5%
-12,4%
3,5%
-7,3%
-15,0%
-6,1%
-5,6%
13,1%
-0,3%
11,3%
-17,3%
-6,5%
-100,0%
-9,9%
17,1%
-5,9%
6,3%
-18,2%
971.192
-39.704
-12.000
-59.558
-48.568
188.643
242.765
1.460.072
237.075
84.662
-64.182
1.260.141
105.146
51.693
233.980
146.524
94.114
169.969
-118.044
1.592.636
-20.678
-41.080
-528.732
-151.599
370.466
389.691
471.158
1.054.008
0
0
33.183
22.170
188.942
316.427
1.505.021
237.809
83.665
-98.127
1.420.792
110.429
60.042
258.987
83.112
99.333
184.595
-95.863
1.693.518
-24.191
0
-582.709
-158.256
500.612
437.634
379.127
4,0%
-100,0%
-100,0%
153,4%
143,8%
-4,0%
25,0%
-1,2%
-3,8%
-5,3%
-46,6%
8,1%
0,7%
11,3%
6,1%
-45,6%
1,2%
4,1%
22,1%
1,9%
-12,2%
-100,0%
-5,7%
-0,1%
29,5%
7,7%
-22,9%
1.658.790
446
16.642
141.524
214.541
404.209
514.916
3.158.883
196.081
3.276
78.879
1.276.792
155.137
318.587
352.650
308.675
276.354
280.024
45.401
2.882.521
87
17.617
305.480
79.035
1.118.179
1.628.587
3.162.159
2.005.239
0
0
128.864
222.921
357.979
720.948
2.665.969
204.986
1.046
56.841
1.508.756
171.167
311.247
390.277
287.907
273.835
265.465
45.418
2.407.422
0
0
279.720
75.111
1.141.591
1.597.101
2.667.014
15,9%
-100,0%
-100,0%
-12,7%
-0,4%
-15,1%
34,2%
-19,1%
0,2%
-69,4%
-30,9%
13,3%
5,8%
-6,3%
6,1%
-10,6%
-5,0%
-9,1%
-4,1%
-19,9%
-100,0%
-100,0%
-12,2%
-8,9%
-2,1%
-6,0%
-19,1%
190.415
-6.914
-21.415
-12.651
-4.138
31.869
43.696
-100.714
10.389
8.049
-29.469
253.693
12.048
-44.462
29.270
8.673
18.367
36.610
-19.601
-362.026
-6.621
-13.524
-120.504
-39.509
-198.532
179.490
-73.148
154.245
0
0
25.899
69.483
5.520
163.087
15.445
5.624
699
-30.565
292.146
19.535
8.581
48.956
9.730
14.406
21.365
22.181
29.522
-3.513
0
-91.784
-32.690
-226.784
132.131
15.775
-22,3%
-100,0%
-100,0%
296,3%
1709,7%
-83,4%
257,8%
114,7%
-48,1%
-91,7%
0,6%
10,4%
55,4%
118,5%
60,3%
7,5%
-24,8%
-44,1%
208,5%
107,8%
49,1%
-100,0%
27,0%
20,7%
-9,5%
-29,4%
120,7%
21.497.714
20.095.084
-10,4%
6.985.782
7.710.260
5,8%
18.595.472
17.786.824
-8,3%
-230.659
668.994
378,0%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
61.768
8.984
9.689
51.173
-931
30.527
136.938
-207.876
15.091
89.527
-259
162.450
49.984
9.122
517.857
260.427
31.640
72.033
85.350
47.609
391.565
29.697
74.590
-315.564
28.444
214.151
313.373
6.643
152.028
-192
189.589
140.705
7.042
683.924
591.580
53.152
53.007
25.746
-26,1%
4078,3%
193,8%
39,7%
-32394,0%
-10,7%
49,9%
244,5%
-57,8%
62,8%
28,9%
11,9%
169,9%
-26,0%
26,6%
117,8%
61,0%
-29,5%
-71,1%
1.383.494
2.687.089
-26.704
37.635
30.560
25.727
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2.152.275
947.438
144.942
240.866
1.760.808
53.928
655.685
1.648.861
58.811
6.198.470
19.037
914.862
900.404
20.127
1.228.044
8.136.302
454.664
346.559
91.874
2.077.352
733.191
182.481
324.299
1.795.113
62.194
769.036
2.850.175
57.168
6.367.868
18.900
1.143.557
793.896
36.879
1.601.397
11.453.274
465.917
474.444
122.295
-7,5%
-25,8%
20,7%
29,1%
-2,3%
10,6%
12,4%
65,7%
-6,8%
-1,5%
-4,8%
19,8%
-15,5%
75,7%
25,0%
34,9%
-1,8%
31,2%
27,6%
360.114
-54.668
108.447
254.993
349.577
99.508
343.915
401.615
76.197
865.418
-47
339.338
540.866
31.092
550.430
2.234.481
563.253
194.878
174.706
86,2%
25.973.957
31.329.436
15,6%
72.859
64.280
-8.104
55.362
361,6%
63,7%
-125,4%
106,3%
500.372
213.410
101.710
65.180
798.481
204.231
75.613
109.870
67.218
184.397
163,0%
880.672
-19.798
-1.132
5.047
5.524
124,4%
567,8%
-20.930
10.571
173.181
-18.833
-21.445
-12.651
-4.138
24.015
37.722
13.624
6.586
7.276
-30.908
243.410
9.212
-43.794
21.348
7.379
10.218
32.916
-19.601
-342.379
-26.908
-14.399
-176.087
-39.584
-194.791
173.190
26.594
-158.847
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
751.567
44.173
126.438
259.896
-86.085
124.383
466.877
544.536
78.867
1.812.256
305
415.415
590.120
30.247
379.280
2.730.978
546.672
251.900
183.765
100,1%
177,5%
11,8%
-2,3%
-123,6%
19,8%
30,1%
30,0%
-0,8%
100,8%
722,1%
17,4%
4,6%
-6,7%
-33,9%
17,2%
-7,0%
23,9%
0,8%
1,32
1,62
3,38
2,11
1,57
1,11
0,96
0,37
0,93
1,07
0,20
1,34
0,93
2,24
1,59
1,33
2,75
1,60
1,51
1,63
1,60
3,23
2,35
1,71
1,01
0,96
0,32
1,27
1,24
0,24
1,23
1,00
2,06
1,55
1,29
2,71
1,49
1,19
10,37
-1,95
1,11
0,68
2,57
0,37
0,49
0,86
0,39
21,05
-1,68
1,29
1,51
0,49
1,21
1,50
0,97
1,03
0,27
8,41
-3,48
1,21
0,80
2,79
0,37
0,51
0,83
0,37
16,75
-1,64
1,47
1,13
0,78
1,40
1,75
0,96
1,29
0,34
7.434.113
9.251.590
19,3%
1,27
1,25
1,91
1,81
53,0%
-8,3%
-28,7%
61,6%
-24.710
174.999
142.461
143.714
231.414
187.340
457.867
77.277
997,8%
2,6%
208,1%
-48,5%
0,44
1,54
0,52
0,75
0,49
1,52
0,41
0,90
0,51
0,51
0,23
0,23
0,76
0,45
0,10
0,35
1.188.195
29,3%
436.464
953.898
109,5%
0,73
0,70
0,42
0,45
476.268
212.273
488.279
217.338
-1,7%
-1,8%
-108.498
-10.678
-75.975
6.368
32,9%
157,2%
0,23
0,42
0,24
0,45
-8,99
3,46
-7,48
3,09
148,4%
688.541
705.617
-1,8%
-119.176
-69.607
44,0%
0,31
0,32
82,54
137,71
134.755
0
0
58.918
69.738
2.751
114.554
3.167
3.845
134
-35.186
276.161
14.437
8.566
35.762
-16.627
8.423
18.760
22.181
38.975
-3.513
0
-55.791
-14.436
-28.034
136.877
2.009
-25,4%
-100,0%
-100,0%
546,5%
1715,6%
-89,0%
191,1%
-77,7%
-44,0%
-98,2%
-9,1%
8,8%
50,2%
118,8%
60,6%
-316,0%
-21,0%
-45,4%
208,5%
110,9%
87,5%
-100,0%
69,6%
65,0%
86,2%
-24,2%
-92,8%
842.154
66.650
74.175
232.470
217.762
163.387
449.376
2.051.445
78.608
2.311
189.979
361.796
109.922
265.687
206.587
719.703
118.074
77.117
140.006
1.422.260
28.979
83.313
967.327
239.028
1.132.535
1.053.234
3.218.047
694.951
0
0
156.970
141.430
163.109
338.280
1.577.108
55.173
2.111
213.021
330.273
97.461
221.505
172.752
769.723
151.045
72.398
121.363
908.785
32.288
0
995.142
265.058
974.497
1.162.116
2.768.265
-20,9%
-100,0%
-100,0%
-35,3%
-37,7%
-4,3%
-27,8%
-26,3%
-32,7%
-12,4%
7,5%
-12,5%
-15,0%
-20,1%
-19,8%
2,5%
22,6%
-10,0%
-16,9%
-38,7%
6,8%
-100,0%
-1,4%
6,3%
-17,5%
5,8%
-17,5%
536.380
-56.173
-37.620
-117.004
26.335
44.228
177.250
893.198
198.832
2.810
-61.467
1.154.100
74.056
50.648
117.638
-27.933
40.641
73.771
-68.124
700.552
-317
-68.570
-542.551
-124.046
190.721
558.050
892.647
623.554
0
0
-57.820
61.370
39.042
243.145
692.810
184.142
2.818
-34.512
1.240.434
65.881
88.204
152.435
-85.546
45.601
97.048
-32.456
509.453
-136
0
-562.236
-72.065
98.506
333.077
692.349
11,4%
-100,0%
-100,0%
52,6%
123,4%
-15,4%
31,5%
-25,6%
-11,2%
-3,9%
46,2%
3,0%
-14,7%
67,0%
24,2%
-193,6%
7,6%
26,1%
54,3%
-30,3%
58,9%
-100,0%
0,7%
44,3%
-50,5%
-42,8%
-25,6%
0,91
0,02
0,27
0,82
1,27
1,15
0,74
0,90
0,62
0,04
0,63
0,79
0,72
1,00
0,80
0,36
1,30
1,13
2,07
0,96
0,01
0,42
0,70
0,90
0,74
1,13
0,86
1,15
——0,68
1,36
1,02
1,10
0,86
0,70
0,01
0,49
0,86
0,82
1,11
0,90
0,34
1,09
1,03
1,78
0,93
0,00
—0,68
0,70
0,77
1,00
0,85
0,87
-1,68
-6,18
-3,90
-4,48
0,87
1,85
1,41
0,33
0,03
-2,96
0,29
1,05
5,14
0,88
4,91
1,25
0,45
-1,19
0,89
-1,40
-2,03
-1,83
-1,58
3,06
2,70
6,83
0,66
——4,73
6,38
0,86
1,07
1,05
0,23
0,03
-2,17
0,23
0,88
3,69
0,67
9,26
1,52
0,39
-1,27
0,54
-1,33
—-1,71
-1,67
1,95
2,66
7,30
796.426
580,7%
14.511.932
12.384.824
-18,2%
4.628.052
4.325.098
-10,4%
0,86
0,89
2,08
1,61
181
Statistics
Estatísticas
BENS DE CONSUMO CÍCLICO / CYCLE CONSUMPTION GOODS
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Empresa
Company
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Utilidades Domésticas / Domestic Utilities
BIC MONARK
BRASMOTOR
ESTRELA
HERCULES
ITAUTEC
NADIR FIGUEI
POSITIVO INF
PRO METALURG
SPRINGER
TECTOY
WHIRLPOOL
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
226.173
792.691
122.917
21.956
1.211.777
323.787
1.161.151
2.102
157.844
41.457
3.846.045
239.425
767.372
0
18.657
1.293.737
351.853
1.347.940
2.129
156.189
28.418
4.316.739
1,5%
-7,2%
-100,0%
-18,5%
2,4%
4,2%
11,3%
-2,9%
-5,1%
-34,3%
7,6%
181.925
790.456
-92.913
-281.780
453.094
193.171
570.009
-247.856
95.989
-11.661
1.572.388
199.893
765.055
0
-286.106
496.082
200.183
624.405
-263.968
93.203
3.348
1.642.520
5,3%
-7,2%
-100,0%
2,7%
5,0%
-0,7%
5,0%
-2,1%
-6,9%
127,5%
0,1%
37.874
0
79.029
9.428
1.786.616
274.642
1.927.415
4.483
89.747
39.974
5.924.437
31.385
0
0
6.465
1.871.694
296.856
2.170.983
3.398
72.796
44.942
6.674.652
-20,6%
—-100,0%
-34,3%
0,4%
3,6%
8,0%
-27,3%
-22,2%
7,8%
8,0%
17.414
328.637
-24.646
-19.325
54.599
22.264
147.285
-19.780
-2.190
-12.061
762.155
13.536
165.278
0
-4.059
65.987
17.314
53.209
-16.112
-6.823
-18.954
402.635
-25,5%
-51,8%
-100,0%
79,9%
15,9%
-25,4%
-65,4%
21,9%
-198,7%
-50,7%
-49,4%
7.907.900
8.522.459
3,3%
3.222.822
3.474.615
3,4%
10.173.645
11.173.171
5,3%
1.254.352
672.011
-48,6%
SERVIÇOS / SERVICES
Balanço / Balance Sheet
Depósitos Totais
Total deposits
Ativo Total
Operacional Total Assets
Empresa
Company
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
Crédito Total
Total credit
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Patrimônio Líquido
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Bancos & Crédito / Banking
ABC BRASIL
ALFA FINANC
ALFA INVEST
AMAZONIA
BANESE
BANESTES
BANPARA
BANRISUL
BICBANCO
BRADESCO
BRASIL
BRB BANCO
CRUZEIRO SUL
DAYCOVAL
FINANSINOS
INDUSVAL
ITAUUNIBANCO
MERC BRASIL
MERC FINANC
MERC INVEST
NORD BRASIL
PANAMERICANO
PARANA
PINE
SANTANDER BR
SOFISA
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
Empresa
Company
7.515.872
3.231.356
12.275.955
7.239.780
2.150.383
8.524.501
1.537.896
25.205.375
12.007.347
454.413.043
521.272.817
5.620.546
5.694.852
6.830.983
24.132
2.225.397
637.202.225
6.793.208
521.807
1.215.397
16.177.235
8.976.475
2.317.359
6.176.280
340.635.472
4.531.332
7.377.224
2.777.969
10.716.404
7.805.744
2.237.721
8.944.222
1.773.464
29.084.137
11.399.660
506.223.092
708.548.843
6.612.133
7.352.446
7.060.828
24.879
2.730.202
608.273.230
7.861.817
419.852
1.839.336
19.154.466
11.590.557
2.823.119
6.984.014
342.323.741
4.677.127
-5,9%
-17,6%
-16,3%
3,4%
-0,2%
0,6%
10,6%
10,6%
-9,0%
6,8%
30,3%
12,8%
23,8%
-0,9%
-1,2%
17,6%
-8,5%
10,9%
-22,9%
45,1%
13,5%
23,8%
16,8%
8,4%
-3,7%
-1,0%
2.100.317.025 2.326.616.227
6.376.988
2.745.086
11.254.478
5.354.223
2.019.013
7.955.812
1.359.071
22.122.933
10.317.114
419.561.494
491.335.567
5.166.297
5.055.844
5.215.689
6.481
1.776.716
590.788.356
6.226.961
406.351
1.170.611
14.379.670
7.787.619
1.507.629
5.347.350
291.316.236
3.720.214
4,6% 1.920.273.803 2.107.146.720
2009
-7,7%
-21,7%
-17,9%
5,8%
-0,8%
-0,3%
10,2%
11,3%
-10,6%
5,9%
31,2%
10,3%
26,8%
-1,4%
-3,9%
24,0%
-10,1%
12,0%
-28,5%
46,7%
13,9%
26,5%
29,4%
10,4%
-8,8%
0,8%
7.504.105
3.215.362
12.251.506
6.974.752
2.105.388
8.460.493
1.506.878
24.841.312
11.914.375
446.802.328
511.761.180
5.561.723
5.644.382
6.817.919
22.575
2.211.056
626.776.655
6.660.058
521.170
1.215.378
15.992.345
8.930.743
2.254.195
6.154.025
308.406.113
4.457.609
7.359.094
2.771.314
10.697.295
7.561.257
2.186.123
8.871.798
1.733.372
28.726.192
11.319.640
496.028.295
691.539.240
6.493.531
7.295.895
7.049.984
23.195
2.716.983
597.978.311
7.740.042
419.324
1.839.317
18.958.061
11.545.421
2.762.175
6.969.369
312.421.276
4.605.085
-6,0%
-17,4%
-16,3%
3,9%
-0,5%
0,5%
10,3%
10,9%
-8,9%
6,4%
29,5%
11,9%
23,9%
-0,9%
-1,5%
17,8%
-8,5%
11,4%
-22,9%
45,1%
13,6%
23,9%
17,5%
8,6%
-2,9%
-1,0%
3,6% 2.038.963.625 2.257.611.589
4,6%
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Operacional Total Assets
Investimentos
Investments
2008
6.140.092
2.241.886
9.636.294
5.908.426
2.089.174
8.277.920
1.562.184
25.674.020
9.624.225
463.351.041
672.429.437
5.945.986
6.687.750
5.362.551
6.494
2.297.224
553.856.072
7.272.058
302.934
1.791.868
17.081.727
10.275.079
2.034.542
6.156.150
277.229.453
3.912.133
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
1.130.312
485.427
926.009
1.885.557
131.342
567.369
178.825
3.079.139
1.685.085
34.256.544
29.937.250
424.328
635.768
1.607.228
17.651
448.524
43.664.036
521.071
112.794
44.769
1.797.519
1.187.616
809.730
827.173
48.756.557
811.042
1.218.441
534.812
980.518
1.897.318
148.531
665.114
211.280
3.408.462
1.766.422
41.753.751
36.119.265
581.385
661.089
1.692.718
18.385
432.694
50.683.423
546.042
114.658
47.467
2.072.725
1.313.771
788.576
825.212
64.492.693
762.767
3,3%
5,6%
1,5%
-3,5%
8,4%
12,4%
13,3%
6,1%
0,5%
16,8%
15,7%
31,3%
-0,3%
1,0%
-0,1%
-7,5%
11,3%
0,5%
-2,5%
1,6%
10,5%
6,0%
-6,6%
-4,4%
26,8%
-9,8%
175.928.665 213.737.519
14,7%
Resultado / Results
Lucro/Prejuízo Operacional
Operating Profit / Loss
Patrimônio Líquido
Shareholders’ Equity
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Holdings / Holdings
ALFA HOLDING
BAHEMA
BATTISTELLA
BRADESPAR
CEMEPE
COARI PART
DOCAS
HABITASUL
INVEST BEMGE
ITAUSA
J B DUARTE
MONT ARANHA
POLPAR
TELEBRAS
ULTRAPAR
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
182
156.763
86.807
1.152
262.995
771
3.270.861
79.023
51.657
201
2.270.478
0
457.413
1.194
0
1.516.000
235.001
21.442
1.123
339.885
771
5.374
56.969
85.552
201
2.209.522
4.001
478.851
1.194
0
1.946.000
43,7%
-76,3%
-6,5%
23,9%
-4,1%
-99,8%
-30,9%
58,8%
-4,1%
-6,7%
—0,4%
-4,1%
—23,1%
2.939.095
3.470.307
133.642
148.809
472.196
578.238
11.928.193
11.112.354
785
772
3.295.853
29.410.459
428.662
344.208
724.320
713.679
155.813
128.306
643.201.210 615.961.602
117.754
122.343
617.724
637.872
3.097
3.495
423.895
433.077
9.667.168
11.090.281
8.155.315
5.385.886
-37,6%
674.109.407
674.155.802
13,2%
6,7%
17,4%
-10,7%
-5,7%
755,5%
-23,0%
-5,5%
-21,1%
-8,2%
-0,4%
-1,0%
8,2%
-2,1%
10,0%
499.911
20.928
41.841
4.935.772
-6.336
3.271.872
-34.322
85.769
120.902
16.591.945
46.237
591.132
1.626
3.840
4.650.076
555.013
49.387
1.989
5.047.988
-3.785
12.118.982
-188.210
102.778
124.694
19.785.992
59.180
618.946
1.845
-16.279
4.829.274
6,4%
126,2%
-95,4%
-2,0%
42,7%
255,1%
-425,7%
14,9%
-1,1%
14,3%
22,7%
0,4%
8,8%
-506,4%
-0,4%
81.404
1.101
-122.602
1.191.192
-1.336
22.614
-34.554
-45.038
12.395
-3.033.168
-344
756
-161
-31.784
544.586
61.460
62.600
-36.457
1.364.440
2.551
-611.869
-154.809
17.318
11.862
20.988.744
442
74.101
353
-18.538
637.136
-27,6%
5350,7%
71,5%
9,8%
283,0%
-2693,9%
-329,5%
136,9%
-8,3%
763,4%
223,2%
9296,5%
310,2%
44,1%
12,2%
-5,6%
30.821.193
43.087.794
32,0%
-1.414.939
22.399.334
1594,9%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
10.605
325.428
-24.646
-19.325
40.543
15.806
136.075
-19.780
-1.307
-8.863
662.823
8.451
164.049
0
-4.059
53.569
15.125
118.717
-16.112
-4.085
-18.416
363.205
-23,6%
-51,7%
-100,0%
79,9%
26,7%
-8,3%
-16,4%
21,9%
-199,6%
-99,2%
-47,5%
1.117.359
680.444
-41,6%
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
44.248
2.235
215.830
303.736
758.683
130.616
591.142
249.958
61.855
53.118
2.273.657
39.532
2.317
0
304.763
797.655
151.670
723.535
266.097
62.986
25.070
2.674.219
-14,4%
-0,6%
-100,0%
-3,8%
0,8%
11,3%
17,3%
2,1%
-2,4%
-54,8%
12,8%
182.288
4.746
-79.557
-1.173
429.586
96.315
498.431
-141.748
3.588
17.295
663.655
4.685.078
5.047.844
3,3%
1.673.426
2009
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
2008
2009
205.814
2.484
0
-832
438.780
103.948
489.123
-155.572
-1.941
5.564
829.219
8,2%
-49,8%
-100,0%
32,0%
-2,1%
3,5%
-5,9%
-5,2%
-151,9%
-69,2%
19,8%
0,17
0,00
0,64
0,43
1,47
0,85
1,66
2,13
0,57
0,96
1,54
0,13
0,00
—0,35
1,45
0,84
1,61
1,60
0,47
1,58
1,55
0,24
0,00
-2,32
-1,08
1,67
0,68
1,04
-1,01
0,64
-4,56
1,45
0,20
0,00
—-1,07
1,61
0,76
1,16
-1,01
0,68
7,49
1,63
1.916.587
9,8%
1,29
1,31
1,45
1,45
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Receita Intermediação Financeira
Lucro/Prejuízo Líquido
Revenue from Financial Intermediation
Net Income / Loss
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
1.068.266
550.986
1.500.060
831.329
301.850
1.133.977
303.044
3.879.663
1.995.891
57.610.974
57.115.713
944.761
991.724
1.650.443
6.164
641.028
56.431.023
1.604.202
92.347
102.885
2.416.531
2.747.974
408.091
1.559.592
30.354.954
1.222.684
2008
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Individamento Total
Giro do Ativo
Alavancagem
Total indebtedness
Asset Turnover
Leverage
2009
Var. Real %
2008
2009
2008
2009
Actual Var. %
732.865
482.301
1.119.386
711.646
339.369
1.192.974
340.326
4.262.620
1.487.546
62.899.079
65.729.138
1.173.232
1.128.828
801.145
6.717
407.523
76.727.739
1.368.175
81.689
160.849
2.005.203
3.190.268
343.655
1.064.512
33.607.299
965.258
-34,2%
-16,1%
-28,5%
-17,9%
7,8%
0,9%
7,7%
5,3%
-28,6%
4,7%
10,3%
19,0%
9,1%
-53,5%
4,5%
-39,1%
30,3%
-18,2%
-15,2%
49,9%
-20,5%
11,3%
-19,3%
-34,6%
6,1%
-24,3%
137.843
55.027
100.321
215.850
34.112
161.285
78.397
590.873
320.531
7.620.238
8.802.869
110.317
-130.573
200.150
529
71.773
7.803.483
43.034
7.054
1.438
421.029
95.575
84.127
132.987
1.580.613
77.893
151.154
67.850
76.783
26.300
39.114
131.163
43.695
541.096
318.204
8.012.282
10.147.522
190.455
107.479
211.088
1.256
12.778
10.066.608
40.389
4.550
4.260
459.012
174.021
104.301
85.086
1.805.899
10.586
5,1%
18,2%
-26,6%
-88,3%
9,9%
-22,0%
-46,6%
-12,2%
-4,8%
0,8%
10,5%
65,5%
178,9%
1,1%
127,6%
-82,9%
23,7%
-10,0%
-38,2%
184,0%
4,5%
74,6%
18,9%
-38,7%
9,5%
-87,0%
6.385.560
2.745.929
11.349.946
5.354.223
2.019.041
7.957.132
1.359.071
22.126.236
10.322.262
420.156.499
491.335.567
5.196.218
5.059.084
5.223.755
6.481
1.776.873
593.538.189
6.272.137
409.013
1.170.628
14.379.716
7.788.859
1.507.629
5.349.107
291.878.915
3.720.290
6.158.783
2.243.157
9.735.886
5.908.426
2.089.190
8.279.108
1.562.184
25.675.675
9.633.238
464.469.341
672.429.578
6.030.748
6.691.357
5.368.110
6.494
2.297.508
557.589.807
7.315.775
305.194
1.791.869
17.081.741
10.276.786
2.034.543
6.158.802
277.831.048
3.914.360
-8,9%
-22,9%
-19,0%
4,2%
-2,3%
-1,8%
8,5%
9,6%
-11,9%
4,4%
29,2%
9,6%
24,9%
-3,0%
-5,4%
22,1%
-11,3%
10,1%
-29,5%
44,5%
12,2%
24,6%
27,4%
8,7%
-10,1%
-0,6%
0,14
0,17
0,12
0,11
0,14
0,13
0,20
0,15
0,17
0,13
0,11
0,17
0,17
0,24
0,26
0,29
0,09
0,24
0,18
0,08
0,15
0,31
0,18
0,25
0,09
0,27
0,10
0,17
0,10
0,09
0,15
0,13
0,19
0,15
0,13
0,12
0,09
0,18
0,15
0,11
0,27
0,15
0,13
0,17
0,19
0,09
0,10
0,28
0,12
0,15
0,10
0,21
5,65
5,66
12,26
2,84
15,37
14,02
7,60
7,19
6,13
12,26
16,41
12,25
7,96
3,25
0,37
3,96
13,59
12,04
3,63
26,15
8,00
6,56
1,86
6,47
5,99
4,59
5,05
4,19
9,93
3,11
14,07
12,45
7,39
7,53
5,45
11,12
18,62
10,37
10,12
3,17
0,35
5,31
11,00
13,40
2,66
37,75
8,24
7,82
2,58
7,46
4,31
5,13
227.466.156 262.329.342
8,9%
28.616.775
32.832.931
8,3%
1.924.388.360
2.112.878.708
3,7%
0,11
0,11
10,94
9,89
2008
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Endividamento Total
Capital de Giro
Giro do Ativo
Total indebtedness
Working Capital
Asset Turnover
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Actual Var. %
Actual Var. %
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2008
2009
53.643
-293
-130.389
1.126.271
-1.336
14.953
-30.647
-45.820
7.951
2.699.680
-344
-1.323
-161
-31.784
390.269
40.621
48.591
-39.864
952.732
2.551
-215.830
-150.627
17.009
9.336
3.930.204
146
74.101
309
-20.590
466.748
-27,4%
15998,4%
70,7%
-18,9%
283,0%
-1483,7%
-371,2%
135,6%
12,6%
39,6%
140,7%
5469,5%
284,0%
37,9%
14,7%
2.439.184
112.714
430.355
6.992.421
7.121
23.981
462.984
638.551
34.911
626.609.265
71.517
26.592
1.471
420.055
5.017.092
2.915.294
99.422
576.249
6.064.366
4.557
17.291.477
532.418
610.901
3.612
596.175.610
63.163
18.926
1.650
449.356
6.261.007
12,9%
-16,7%
26,4%
-18,1%
-39,6%
67987,7%
8,6%
-9,7%
-90,2%
-10,2%
-16,6%
-32,8%
5,9%
1,0%
17,8%
284.442
-54.294
-183.278
1.245.197
-358
1.077
-76.057
270.152
12.222
133.351.030
1.031
104.890
337
197.307
2.388.090
-173.093
45.775
24.498
1.395.262
-308
1.032.062
-116.069
267.613
10.505
119.319.905
12.927
108.209
418
206.689
2.889.803
-158,3%
180,8%
112,8%
7,4%
17,5%
91766,2%
-46,3%
-5,0%
-17,6%
-14,2%
1102,0%
-1,1%
18,9%
0,4%
16,0%
0,01
0,00
1,65
0,34
0,00
0,00
0,42
0,06
0,00
0,02
0,00
0,00
0,00
0,00
2,92
0,00
0,00
1,32
0,25
0,00
0,37
0,26
0,15
0,00
0,03
0,00
0,00
0,00
0,00
3,26
4,88
5,39
10,29
1,42
-1,12
0,01
-13,49
7,45
0,29
37,77
1,55
0,04
0,90
109,39
1,08
5,25
2,01
289,72
1,20
-1,20
1,43
-2,83
5,94
0,03
30,13
1,07
0,03
0,89
-27,60
1,30
4.050.670
5.115.437
19,3%
643.288.214
631.068.008
-7,4%
137.541.788
125.024.196
-14,2%
-
-
20,87
14,65
183
Estatísticas
Statistics
SERVIÇOS / SERVICES
Empresa
Company
Balanço / Balance Sheet
Ativo Total
Patrimônio Líquido
Operacional Total Assets
Shareholders’ Equity
2008
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
2008
Resultado / Results
Receita Líquida
Lucro/Prejuízo Operacional
Net Revenue
Operating Profit / Loss
2009
Var. Real %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
Actual Var. %
Serviços Financeiros / Financial Services
AETATIS SEC
ALFA CONSORC
ALTERE SEC
BMFBOVESPA
BRAZILIAN FR
CETIP
CIELO
IDEIASNET
PAR AL BAHIA
PORTO SEGURO
REDECARD
SEG AL BAHIA
STEEL BRASIL
SUL AMERICA
TARPON INV
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
114.173
4.993.600
1.554
20.430.089
1.311.800
274.158
2.532.524
424.251
936.437
7.767.322
14.644.606
414.116
154
10.881.839
8.848
28.089
5.367.967
1.776
21.201.183
1.505.769
388.127
2.967.826
421.790
724.090
11.522.502
17.459.193
446.867
24
12.433.411
26.140
-76,4%
3,1%
9,6%
-0,5%
10,0%
35,7%
12,3%
-4,7%
-25,9%
42,2%
14,3%
3,4%
-85,1%
9,5%
183,2%
81.673
576.116
329
19.291.724
476.566
252.721
702.046
189.161
574.728
1.964.108
722.962
143.687
122
2.285.638
6.546
18.612
638.026
342
19.709.749
613.473
308.304
860.429
127.928
610.356
3.127.063
719.088
174.542
-831
2.482.496
10.086
-78,2%
6,2%
-0,3%
-2,1%
23,4%
17,0%
17,5%
-35,2%
1,8%
52,6%
-4,6%
16,5%
-753,0%
4,1%
47,7%
20.949
23.307
115
1.602.011
195.561
165.148
2.892.854
877.186
157.452
0
2.059.509
21.582
0
6.985.076
6.037
13.603
15.338
58
1.502.544
241.473
208.833
3.627.805
831.581
170.673
0
2.423.344
23.828
0
7.777.190
40.551
-37,8%
-36,9%
-51,7%
-10,1%
18,4%
21,2%
20,2%
-9,1%
3,9%
—12,8%
5,8%
—6,7%
543,9%
22.355
156.447
462
1.057.466
41.245
108.471
1.708.821
-6.285
604.856
467.143
1.721.850
59.460
-36
805.429
-5.708
13.452
99.141
348
932.712
86.704
106.402
2.335.501
-44.504
11.455
513.876
2.095.744
21.267
-1.461
620.402
22.896
-42,3%
-39,2%
-27,8%
-15,4%
101,5%
-6,0%
31,0%
-578,8%
-98,2%
5,5%
16,7%
-65,7%
-3790,6%
-26,2%
484,5%
64.735.471
74.494.754
10,3%
27.268.127
29.399.663
3,4%
15.006.787
16.876.821
7,8%
6.741.976
6.813.935
-3,1%
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos / Wealth Services
AMIL
BIOMM
CREMER
DASA
FLEURY
MEDIAL SAUDE
ODONTOPREV
TEMPO PART
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
2.470.097
12.170
368.429
1.849.747
616.760
937.106
339.047
528.009
3.528.528
0
372.101
1.618.673
1.264.469
963.037
1.140.630
484.730
36,9%
-100,0%
-3,2%
-16,1%
96,5%
-1,5%
222,5%
-12,0%
1.192.588
-12.216
310.705
478.902
150.673
529.752
244.414
295.792
1.261.349
0
197.053
539.188
846.339
425.532
780.022
283.514
1,4%
-100,0%
-39,2%
7,9%
438,5%
-23,0%
205,9%
-8,1%
4.319.803
3.017
324.250
1.137.525
675.280
1.847.845
318.205
719.541
4.883.949
0
379.915
1.388.313
770.109
2.101.305
379.454
738.969
8,4%
-100,0%
12,3%
17,0%
9,3%
9,0%
14,3%
-1,5%
201.364
-7.412
35.823
-4.535
62.995
7.005
68.029
-110.098
116.170
0
54.895
106.390
127.204
-146.794
76.863
15.980
-44,7%
-100,0%
46,9%
2349,0%
93,6%
-2108,9%
8,3%
113,9%
7.121.365
9.372.168
26,2%
3.190.610
4.332.997
30,2%
9.345.466
10.642.014
9,2%
253.171
350.708
32,8%
Tecnologia da Informação / Information Technology
ABNOTE
CSU CARDSYST
DTCOM-DIRECT
TIVIT
TOTVS
UOL
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
660.858
287.432
14.084
277.868
1.040.333
978.442
687.488
279.047
11.594
623.134
1.209.103
1.197.992
-0,3%
-6,9%
-21,1%
115,0%
11,4%
17,4%
336.407
118.513
-3.661
68.275
453.678
735.780
380.403
130.687
-2.121
267.134
501.471
863.593
8,4%
5,7%
44,5%
275,1%
6,0%
12,5%
678.695
363.811
13.062
420.397
678.765
577.205
706.326
394.832
15.092
920.120
988.679
726.878
-0,2%
4,0%
10,8%
109,8%
39,6%
20,7%
76.598
8.130
-4.897
2.143
34.371
116.307
105.091
27.011
-1.477
81.428
125.623
162.509
31,5%
218,5%
71,1%
3542,6%
250,4%
33,9%
3.259.017
4.008.358
17,9%
1.708.992
2.141.167
20,1%
2.731.935
3.751.927
31,7%
232.652
500.185
106,1%
3.453.451
2.464.152
-31,6%
11.581.182
10.878.562
-9,9%
1.774.728
2.161.019
16,7%
9.777.306
10.601.977
4,0%
1.320.184
1.699.106
23,4%
0
0
—3.444.083
6.413.433
78,5%
3.254.193
6.195.725
82,5%
0
0
—3.690.409
4.613.389
19,8%
523.332
6.193.936 1034,6%
192.012.000 144.490.000
-27,9%
18.735.910
29.881.462
52,9%
18.665.298
29.811.811
53,1%
15.978.985
15.795.775
-5,2%
13.147.175
13.105.935
-4,4%
15.469.664
16.363.186
1,4%
146.595
1.579.433
145.868
677.052
50.059
-776
288.982
184.368
-44.771
167.010
1.140
35.500.000
1.906.930
1.938.326
3.501.664
115.898
738.883
235.161
53,8%
-1.552.204
-194,2%
208.621
37,1%
2.065.578
192,5%
255.097
388,5%
-739
8,7%
39.665
-86,8%
-158.165
-182,2%
-62.660
-34,2%
688.913
295,4%
801.093 67266,5%
26.055.000
-29,6%
-745.042
-137,5%
-807.800
-140,0%
3.162.281
-13,4%
220.409
82,3%
1.369.451
77,7%
312.827.900
46.896.661
31.774.659
Telecomunicações / Telecommunication
AMERICEL
BRASIL TELEC
CONTAX
EMBRATEL PAR
GVT HOLDING
INEPAR TEL
JEREISSATI
LA FONTE TEL
LF TEL
NET
TELE NORT CL
TELEFONICA
TELEMAR
TELEMAR N L
TELESP
TIM PART S/A
VIVO
ACUMULADO DO SUBSETOR
ACUMULADO DO SUBSETOR
184
2.493.527
17.539.938
992.686
15.185.259
3.248.263
334
10.866.544
9.356.590
927.235
6.395.930
457.151
324.902.000
40.767.617
39.835.737
19.992.009
16.239.468
23.796.804
2.017.125
22.756.076
1.130.899
16.478.932
3.733.311
349
15.435.701
13.389.236
952.199
8.333.791
14.348.187
271.258.000
60.925.036
60.446.522
20.461.431
17.449.734
22.017.129
-22,4%
24,4%
9,2%
4,0%
10,2%
0,2%
36,2%
37,2%
-1,6%
24,9%
2908,9%
-20,0%
43,3%
45,5%
-1,9%
3,0%
-11,3%
1.040.764
6.240.952
282.698
8.348.214
1.792.049
-19.594
831.167
112.710
214.757
2.771.567
86.890
63.624.000
9.591.017
9.984.248
10.045.692
7.790.456
8.267.527
532.997.092
551.133.658
-0,9%
131.005.114
1.262.149
16,3%
11.094.901
70,4%
342.657
16,2%
9.537.795
9,5%
2.118.218
13,3%
-20.333
0,5%
941.841
8,6%
99.019
-15,8%
208.575
-6,9%
3.507.515
21,3%
9.489.560 10369,9%
60.888.000
-8,3%
7.994.465
-20,1%
9.428.613
-9,5%
10.057.415
-4,0%
8.322.715
2,4%
10.190.824
18,2%
145.463.929
6,4%
300.669.468
-7,9%
-35,0%
R$ milhares / R$ thousands
Resultado / Results
Lucro / Prejuízo Líquido
Net Income / Loss
Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators
Capital de Giro
Giro do Ativo
Working Capital
Asset Turnover
Endividamento Total
Total indebtedness
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
Var. Real %
Actual Var. %
2008
2009
21.079
65.040
329
909.605
26.860
73.388
1.115.307
-8.508
401.558
290.175
1.196.120
56.661
-36
415.941
-7.524
12.763
46.296
254
881.050
61.037
66.605
1.536.700
-46.273
5.736
328.416
1.394.560
17.171
-1.461
419.093
16.014
-42,0%
-31,8%
-26,0%
-7,1%
117,8%
-13,0%
32,1%
-421,4%
-98,6%
8,5%
11,8%
-70,9%
-3790,6%
-3,4%
304,0%
32.500
4.417.484
1.225
1.138.365
835.234
21.437
1.830.478
235.090
361.709
5.803.214
13.921.644
270.429
32
8.596.201
2.302
9.477
4.729.941
1.434
1.491.434
892.296
79.823
2.107.397
293.862
113.734
8.395.439
16.740.105
272.325
855
9.950.915
16.054
-72,0%
2,6%
12,2%
25,6%
2,4%
257,0%
10,4%
19,8%
-69,9%
38,7%
15,3%
-3,5%
2461,4%
11,0%
568,6%
1.542
596.673
344
889.717
-26.516
202.530
298.970
81.116
309.804
814.927
506.631
71.403
32
1.737.317
6.418
8.013
-76.665
461
1.616.893
251.109
18.517
333.534
52.917
352.991
2.361.654
488.857
119.858
-358
2.246.828
9.702
4.555.995
4.737.961
-0,3%
37.467.344
45.095.091
15,4%
5.490.908
216.903
-7.412
28.359
-12.980
41.962
-162
55.153
-141.906
111.849
0
42.138
83.814
83.685
-108.778
58.976
3.159
-50,6%
-100,0%
42,4%
719,0%
91,2%
-64271,2%
2,5%
102,1%
1.277.509
24.386
57.724
1.370.845
466.087
407.354
94.633
232.217
2.267.179
0
175.048
1.079.485
418.130
537.505
360.608
201.216
70,1%
-100,0%
190,7%
-24,5%
-14,0%
26,5%
265,3%
-16,9%
179.917
274.843
46,4%
3.930.755
5.039.171
53.886
6.725
-4.897
4.141
48.212
96.198
73.393
17.873
-1.477
68.330
120.296
136.982
30,6%
154,8%
71,1%
1481,9%
139,2%
36,5%
324.451
168.919
17.745
209.593
586.655
242.662
204.265
415.397
95,0%
133.345
1.029.816
92.409
612.703
30.618
-789
19.480
-53.415
-44.771
20.254
37.579
24.692.000
1.154.280
1.520.548
2.419.971
180.152
389.683
344.348
-1.142.689
139.916
1.292.709
131.580
-739
76.370
-72.767
-62.660
735.948
551.812
19.505.000
-435.962
-594.827
2.172.973
214.893
857.486
32.233.863
23.713.391
Var. Real %
Actual Var. %
Grau de Endividamento
Debt-to-equity ratio
2008
2009
2008
2009
398,2%
-112,3%
28,5%
74,2%
1007,9%
-91,2%
6,9%
-37,5%
9,2%
177,8%
-7,5%
60,9%
-1172,5%
24,0%
44,9%
0,18
0,00
0,07
0,08
0,15
0,60
1,14
2,07
0,17
0,00
0,14
0,05
0,00
0,64
0,68
0,48
0,00
0,03
0,07
0,16
0,54
1,22
1,97
0,24
0,00
0,14
0,05
0,00
0,63
1,55
0,40
7,67
3,72
0,06
1,75
0,08
2,61
1,24
0,63
2,95
19,26
1,88
0,26
3,76
0,35
0,51
7,41
4,19
0,08
1,45
0,26
2,45
2,30
0,19
2,68
23,28
1,56
-1,03
4,01
1,59
7.784.311
35,9%
0,23
0,23
1,37
1,53
529.121
-9.063
219.974
526.407
-30.660
27.450
171.578
258.810
-268.362
0
186.803
366.652
544.250
-79.268
311.056
242.615
-148,6%
-100,0%
-18,6%
-33,2%
1801,7%
-376,8%
73,8%
-10,1%
1,75
0,25
0,88
0,61
1,09
1,97
0,94
1,36
1,38
—1,02
0,86
0,61
2,18
0,33
1,52
1,07
-2,00
0,19
2,86
3,09
0,77
0,39
0,79
1,80
—0,89
2,00
0,49
1,26
0,46
0,71
22,9%
1.693.617
1.303.746
-26,2%
1,31
1,14
1,23
1,16
307.085
148.360
13.715
356.000
707.632
334.399
-9,3%
-15,8%
-25,9%
62,8%
15,6%
32,1%
178.261
-24.821
-6.915
52.409
165.055
574.311
223.066
-3.116
-6.172
-93.945
255.568
548.861
20,0%
88,0%
14,4%
-271,8%
48,4%
-8,4%
1,03
1,27
0,93
1,51
0,65
0,59
1,03
1,41
1,30
1,48
0,82
0,61
0,96
1,43
-4,85
3,07
1,29
0,33
0,81
1,14
-6,47
1,33
1,41
0,39
1.550.025
1.867.191
15,5%
938.300
924.262
-5,6%
0,84
0,94
0,91
0,87
147,6%
-206,4%
45,2%
102,3%
312,0%
10,2%
275,8%
-30,6%
-34,2%
3383,4%
1307,7%
-24,3%
-136,2%
-137,5%
-13,9%
14,4%
111,0%
1.452.763
11.298.986
709.988
6.837.045
1.456.214
19.928
10.035.377
9.243.880
712.478
3.624.363
370.261
261.278.000
31.176.600
29.851.489
9.946.317
8.449.012
15.529.277
754.976
11.661.175
788.242
6.941.137
1.615.093
20.682
14.493.860
13.290.217
743.624
4.826.276
4.858.627
210.370.000
52.930.571
51.017.909
10.404.016
9.127.019
11.826.305
-50,2%
-1,1%
6,4%
-2,7%
6,3%
-0,5%
38,5%
37,8%
0,1%
27,7%
1158,0%
-22,8%
62,8%
63,8%
0,3%
3,6%
-27,0%
96.380
1.347.519
112.690
-464.128
582.827
-5.061
1.965.645
1.760.311
5.089
104.605
-136.764
-23.284.000
8.041.703
7.184.941
644.721
-44.787
-452.578
271.870
1.167.503
22.142
79.034
764.021
-5.405
1.017.760
447.607
105.342
475.574
1.567.231
-7.791.000
1.464.947
1.140.738
-606.240
1.029.632
-110.089
170,4%
-16,9%
-81,2%
116,3%
25,7%
-2,4%
-50,4%
-75,6%
1884,4%
335,8%
1198,6%
67,9%
-82,5%
-84,8%
-190,1%
2303,9%
76,7%
1,38
0,66
1,79
0,64
0,41
0,00
0,32
0,35
0,00
0,58
1,14
0,59
0,46
0,47
0,80
0,81
0,65
1,22
0,48
1,91
0,64
0,46
0,00
0,42
0,46
0,00
0,55
0,43
0,53
0,49
0,49
0,77
0,75
0,74
1,40
1,81
2,51
0,82
0,81
-1,02
12,07
82,01
3,32
1,31
4,26
4,11
3,25
2,99
0,99
1,08
1,88
0,60
1,05
2,30
0,73
0,76
-1,02
15,39
134,22
3,57
1,38
0,51
3,46
6,62
5,41
1,03
1,10
1,16
-29,5%
401.991.978
405.669.729
-3,3%
-2.540.887
1.040.667
139,3%
0,59
0,55
3,07
2,79
185
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO ATIVO TOTAL MÉDIO
Total average assets performance (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Infra-Estrutura / Infrastructure
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
-4,5%
3,8%
-1,0%
-5,9%
-10,5%
12,8%
87,7%
23,5%
50,9%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
-2,4%
-27,6%
-8,8%
8,9%
16,2%
42,5%
21,7%
17,4%
9,6%
Energia Elétrica
Electricity
8,2%
-0,8%
-9,6%
-5,6%
-13,1%
-10,5%
0,0%
2,4%
-2,8%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
0,3%
-13,1%
-5,2%
-3,0%
1,4%
5,7%
2,0%
4,7%
1,4%
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
3,1%
-14,6%
9,0%
-32,1%
376,2%
53,2%
12,3%
85,2%
28,3%
Mineração
Mining
3,6%
6,3%
3,3%
8,4%
23,2%
-46,7%
-8,7%
31,4%
-9,1%
27,3%
8,3%
-3,5%
-5,5%
11,2%
19,8%
1,5%
6,2%
29,5%
4,3%
25,9%
10,5%
7,3%
3,1%
-10,3%
13,9%
21,6%
6,7%
-1,0%
13,9%
-1,3%
11,1%
5,3%
8,7%
19,2%
26,0%
-21,4%
19,4%
20,1%
-3,9%
4,9%
3,4%
-5,8%
19,4%
20,9%
-12,7%
-9,1%
-6,6%
-7,4%
31,7%
25,4%
31,4%
8,0%
3,1%
-8,7%
Utilidade Pública / Utilities
Bens Primários / Raw Material
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
0,1%
8,9%
2,1%
35,8%
2,6%
4,3%
9,1%
26,4%
45,0%
0,1%
8,3%
-7,6%
-1,3%
-5,9%
7,0%
16,3%
1,8%
17,7%
—-
-15,5%
4,3%
-50,2%
-0,8% 4880,5%
608,1%
27,1%
21,7%
-9,0%
12,3%
-12,2%
-9,4%
-7,5%
-3,4%
69,2%
-17,9%
-2,2%
0,7%
-7,4%
9,5%
1,2%
-2,4%
16,7%
-3,7%
-6,5%
-10,4%
-11,7%
5,3%
-5,7%
2,8%
-17,8%
-18,8%
-0,9%
-1,4%
3,3%
Bancos & Crédito
Banking
12,7%
12,4%
9,9%
-4,6%
1,9%
-0,7%
18,8%
57,0%
4,6%
Holdings
Holdings
-6,3%
-0,6%
-7,5%
-0,9%
7,8%
23,0%
27,6%
96,4%
-5,6%
1,9%
-1,1%
10,4%
7,9%
-17,7%
294,1%
12,8%
92,6%
10,3%
—-
—-
—-
-32,0%
-21,9%
98,9%
57,8%
8,8%
26,2%
4,8%
-25,3%
-24,5%
-17,7%
-8,5%
31,4%
39,7%
23,2%
17,9%
22,8%
-7,5%
-9,5%
-11,0%
-6,0%
6,8%
0,6%
16,2%
-0,9%
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Educação
Education
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
Utilidades Domésticas
Household Utilities
Serviços / Services
Serviços Financeiros
Financial Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
Tecnologia da Informação
Information Technology
Telecomunicações
Telecommunication
186
EVOLUÇÃO REAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO
Average shareholders’ equity (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
-5,7%
-4,5%
-9,1%
-5,3%
-1,4%
79,1%
107,1%
2,9%
55,1%
-148,5% 1453,4%
18,7%
-48,4%
-6,3% -306,6%
43,6%
-18,8%
47,6%
Infra-Estrutura / Infrastructure
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Utilidade Pública / Utilities
Energia Elétrica
Electricity
-8,4%
-17,5%
-4,7%
-2,6%
-3,2%
-1,4%
4,2%
-0,9%
-7,5%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-9,9%
-20,8%
-0,1%
1,9%
1,2%
11,4%
3,5%
-1,7%
2,8%
43,9%
-18,3%
7,5%
-51,2%
202,1%
176,9%
63,2%
92,3%
-5,9%
3,4%
-3,7%
7,2%
13,0%
25,3%
-59,5%
14,8%
55,4%
-5,5%
-9,0%
-6,9%
17,2%
0,4%
3,8%
16,1%
3,9%
-35,0%
64,9%
7,8%
6,4%
26,8%
18,0%
16,7%
-5,7%
14,6%
15,0%
9,5%
-8,5%
-7,7%
22,1%
13,3%
17,6%
13,8%
14,5%
27,9%
-12,6%
17,9%
3,1%
-1,7%
13,3%
-2,4%
0,7%
37,0%
22,3%
-9,2%
-3439,9%
93,0%
19,9%
-61,0%
-369,9%
65,4%
-10,6%
38,0%
8,3%
Bens Primários / Raw Material
Açúcar e Álcool
Sugar and Alcohol
Mineração
Mining
Papel & Celulose e Madeira
Paper, Pulp and Timber
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas, Chemicals & Petrochemicals, Rubber & Plastic
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
-6,5%
1,0%
3,0%
102,7%
11,4%
-6,3%
11,8%
3,3%
59,7%
3,1%
-7,9%
-2,9%
2,7%
0,5%
1,0%
21,5%
10,0%
21,7%
—-
-14,2%
3,9%
-58,9%
-6,9% 6408,5%
524,6%
24,3%
18,5%
Lazer, Turismo e Hotelaria
Recreation, Tourism and Hotel Services
23,0%
7,5%
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
-1,4%
-17,0%
17,7%
-14,9%
-8,3%
7,9%
Alimentos, Bebidas & Fumo
Foods, Beverages and Tobacco
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Educação
Education
Utilidades Domésticas
Household Utilities
-65,1% -135,8%
349,9%
37,0%
-294,9%
-57,3%
-41,1%
1,3%
-0,7%
39,4%
-5,8%
-10,3%
5,8%
-12,6%
-8,8%
-8,0%
23,7%
3,1%
-10,6%
3,4%
-2,7%
16,2%
5,1%
9,0%
-0,5%
17,7%
48,5%
14,7%
11,5%
4,0%
3,8%
14,5%
5,2%
25,3%
31,5%
1,2%
32,0%
0,2%
-2,3%
3,3%
19,2%
-16,7%
66,3%
99,5%
463,3%
3,4%
—-
—-
—-
-15,7%
-33,1%
188,7%
101,6%
-6,9%
30,2%
18,6% -104,1% 2095,6%
-24,9%
-296,3%
73,1%
60,8%
1,2%
20,1%
-14,9%
-0,8%
16,9%
2,9%
-4,8%
6,4%
Serviços / Services
Bancos & Crédito
Banking
Holdings
Holdings
Serviços Financeiros
Financial Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
Tecnologia da Informação
Information Technology
Telecomunicações
Telecommunication
1,7%
-11,4%
-19,5%
187
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO MÉDIO
Average net income/loss performance (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
59,5%
59,6%
88,9%
-22,4% -155,0%
322,4%
Infra-Estrutura / Infrastructure
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
-40,3%
63,1%
-81,8% -161,6%
-118,2% 5534,5%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
251,0%
271,5%
-59,3% -133,2%
-148,0% -569,2%
Utilidade Pública / Utilities
Energia Elétrica
Electricity
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
57,4% -325,9% -124,8%
64,8%
50,6%
-4,2%
36,1%
15,5%
-22,9%
-38,9% -172,7% -361,7%
-11,9%
28,2%
0,2%
12,3%
-3,0%
114,0%
—- -144,8% -246,1%
-538,1%
Bens Primários / Raw Material
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
Mineração
Mining
-89,4% -681,1%
148,8% -149,1% -31916%
32,9%
-40,5%
101,9%
33,1%
53,0%
-38,1%
-41,8%
-60,3%
607,6%
-22,4%
-23,2%
14,8%
-7,6%
-23,3%
83,9%
-1,7%
18,7%
-10,5%
-21,4%
22,5%
-7,0%
-52,1%
-31,2%
298,2%
118,4%
-2,0%
-16,4%
14,6%
24,3%
-69,3%
90,5%
-19,3%
-19,3%
98,4%
-50,9%
0,2%
48,0%
-31,6%
14,8%
200,3%
-2,4%
-58,0%
-64,5%
-540,6%
-7,9%
-67,8%
19,0%
363,0%
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
-39,2%
-10,5%
-51,4%
11,8% -256,0%
210,4%
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
57,9%
31,2%
-4,7%
-18,5%
15,5%
20,3%
-0,9%
-65,6%
119,4%
-18,5%
-9,7%
9,3%
74,0%
-26,0%
-23,1%
32,5%
-3,3%
86,2%
—- -449,3%
-77,3%
54,6%
202,0% -1127,8%
572,2%
163,0%
9,4%
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Educação
Education
—-
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
-36,4%
43,0%
-19,7%
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
-98,0% -3482,3% -261,0%
13,5%
-112,7% -305,0% -151,3%
-72,6%
-413,1%
Utilidades Domésticas
Household Utilities
-8,4%
-7,7%
-4,0%
-91,3%
148,4%
-42,7% -320,5%
15,3%
38,1%
580,7%
256,3%
86,1%
20,3%
-41,6%
Serviços / Services
Bancos & Crédito
Banking
Holdings
Holdings
Serviços Financeiros
Financial Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
Tecnologia da Informação
Information Technology
Telecomunicações
Telecommunication
188
-33,8%
58,1%
31,3%
11,3%
37,3%
-24,7%
35,0%
3,4%
8,3%
15,3%
-1,5%
-19,5%
115,2%
1,6%
105,3%
-26,0%
-30,1%
19,3%
7,6%
3,1%
22,1%
-14,0%
22,4%
94,5%
48,3%
87,2%
-0,3%
—-
—-
—-
106,6%
-171,2%
-37,2%
35,1%
-10,0%
46,4%
71,2%
34,0%
-74,2%
-91,9%
-809,0%
-53,0%
59,4%
-75,6%
95,0%
-80,1%
-25,2%
245,0%
34,2%
21,1%
22,6%
46,4%
-6,2%
-29,5%
EVOLUÇÃO REAL DA RECEITA LÍQUIDA MÉDIA
Average net revenue performance (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Infra-Estrutura / Infrastructure
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
-7,3%
3,0%
-5,7%
0,5%
-13,1%
-15,6%
18,8%
58,7%
19,0%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
-5,6%
-0,6%
7,8%
-2,0%
7,1%
-14,6%
11,5%
19,9%
-5,9%
35,5%
-12,0%
3,3%
4,9%
-7,6%
-16,9%
-7,6%
7,0%
-1,0%
4,6%
-2,1%
9,7%
2,6%
6,7%
8,6%
4,4%
9,0%
1,5%
—-
46,3%
-6,3%
-31,7% 4720,4%
17,7%
-15,1%
24,6%
115,9%
19,1%
14,7%
11,2%
21,5%
23,6%
-46,6%
-55,6%
5,1%
-33,0%
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
8,6%
23,7%
18,2%
-6,9%
-2,3%
7,3%
-11,0%
2,5%
14,2%
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
3,5%
2,0%
28,8%
6,9%
12,7%
-7,2%
-3,3%
17,2%
-18,5%
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
5,6%
25,1%
20,4%
11,1%
2,1%
0,5%
17,6%
20,2%
-35,8%
22,8%
-1,2%
-12,3%
31,3%
-7,9%
-7,9%
22,6%
13,2%
-14,8%
3,5%
-14,2%
-0,6%
14,1%
26,9%
11,3%
-2,3%
-8,4%
-1,6%
Utilidade Pública / Utilities
Energia Elétrica
Electricity
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
Bens Primários / Raw Material
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
Mineração
Mining
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
32,9%
2,3%
8,7%
19,1%
12,0%
-0,6%
9,7%
35,4%
11,0%
-2,5%
-2,7%
2,5%
-4,2%
3,2%
0,5%
14,2%
9,4%
15,8%
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
92,2%
16,7%
-3,9%
-13,1%
-4,4%
13,2%
-18,0%
-2,7%
-8,8%
15,9%
3,9%
5,0%
2,9%
4,0%
13,2%
-11,2%
-19,1%
1,2%
-8,6%
-8,3%
-3,5%
2,7%
-0,1%
18,0%
-7,2%
-30,6%
6,2%
3,1%
5,3%
22,1%
53,9%
-14,6%
-8,7%
9,0%
-16,5%
7,9%
49,1%
8,9%
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
-7,4%
25,0%
-45,6%
45,6%
-29,3%
113,4%
88,4%
153,0%
7,8%
—-
—-
—-
12,2%
-9,2%
-4,9%
-6,4%
17,0%
9,2%
Tecnologia da Informação
Information Technology
19,6%
-32,7%
29,5%
-13,9%
2,1%
13,9%
24,0%
28,9%
31,7%
Telecomunicações
Telecommunication
30,8%
2,5%
-0,7%
-1,0%
0,6%
9,4%
1,7%
12,4%
-7,9%
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Educação
Education
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
Utilidades Domésticas
Household Utilities
Serviços / Services
Bancos & Crédito
Banking
Holdings
Holdings
Serviços Financeiros
Financial Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
189
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO LUCRO OPERACIONAL
Average operating profit performance (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
48,9%
52,8%
76,2%
-9,7% -138,3%
81,7%
Infra-Estrutura / Infrastructure
-6,0%
6,9%
-7,5%
-6,6%
-14,5%
-10,4%
-24,4%
-7,3%
15,2%
11,5%
-2,7%
4,3%
Energia Elétrica
Electricity
49,7%
-20,7%
-0,6%
-2,8%
-15,7%
-12,3%
2,4%
21,8%
-29,2%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-1,5%
-4,9%
-1,6%
3,8%
11,4%
9,7%
5,4%
-2,0%
66,4%
—- -298,3%
-60,4%
-90,7% 62626,8%
28,1%
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Utilidade Pública / Utilities
Bens Primários / Raw Material
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
-9,7% -108,8% -1793,2%
Mineração
Mining
18,5%
16,8%
3,8%
18,6%
19,3%
-47,0%
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
-0,4%
32,1%
22,5%
-15,4%
-21,8%
5,7%
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
-3,3%
-3,8%
57,4%
-1,4%
17,8%
-8,8%
-5,3%
11,5%
-4,9%
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
10,6%
35,3%
10,4%
29,7%
-9,6%
-13,2%
15,9%
43,7%
-78,1%
49,5%
8,8%
-27,5%
28,5%
-31,5%
-3,5%
8,7%
-10,0%
-31,7%
2,1%
-16,2%
1,8%
107,7%
9,5%
-0,2%
-23,9%
-35,5%
510,8%
-58,5%
-19,1%
-30,6%
-7,0% -259,2%
254,0%
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
34,0%
5,0%
4,2%
17,9%
19,5%
1,7%
9,8%
-64,5%
134,4%
-1,8%
-4,8%
4,1%
-0,7%
-2,6%
-9,9%
26,2%
14,6%
60,5%
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
746,0%
107,7%
-3,9%
-14,5%
4,5%
33,8%
-24,4%
-10,9%
-2,1%
-87,6%
157,4%
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
0,5%
6,3%
1,3%
17,7%
-15,1%
-16,1%
4,1%
63,6%
378,0%
Utilidades Domésticas
Household Utilities
1,6%
-2,4%
-16,3%
14,7%
-10,1%
-25,7%
19,6%
12,7%
-48,6%
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
Holdings
Holdings
22,5%
-21,8%
6,3%
4,1%
-3,4%
17,9%
18,4% -108,8% 1594,9%
Serviços Financeiros
Financial Services
-7,4%
25,0%
-45,6%
45,6%
-29,3%
77,5%
57,3%
92,5%
-3,1%
—-
—-
—-
17,5%
-9,1%
-9,9%
-7,4%
8,8%
32,8%
Tecnologia da Informação
Information Technology
15,6%
-40,0%
34,1%
-7,8%
-8,5%
19,9%
23,9%
-48,8%
106,1%
Telecomunicações
Telecommunication
33,7%
3,5%
7,9%
3,7%
5,9%
6,6%
5,1%
7,4%
-35,0%
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Educação
Education
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
Serviços / Services
Bancos & Crédito
Banking
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
190
EVOLUÇÃO REAL DO ENDIVIDAMENTO MÉDIO
Average indebtedness performance (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Infra-Estrutura / Infrastructure
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
-3,7%
9,6%
3,9%
-1,3%
9,9%
10,2%
73,4%
49,2%
47,7%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
12,9%
8,7%
-0,7%
2,5%
11,6%
-16,9%
12,5%
33,9%
-1,4%
Energia Elétrica
Electricity
34,0%
18,1%
-12,8%
-7,8%
-12,7%
-13,9%
-7,4%
5,5%
1,1%
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
12,1%
12,9%
-9,1%
-7,2%
1,6%
0,4%
0,4%
11,6%
0,1%
-30,7%
-8,2%
11,4%
-3,8%
506,8%
7,1%
-36,9%
80,6%
54,1%
3,8%
17,4%
-0,2%
3,9%
20,9%
169,8%
-5,2%
13,3%
-12,8%
71,4%
18,0%
-14,0%
-0,5%
16,9%
22,3%
0,0%
30,7%
17,9%
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
1,9%
39,9%
1,6%
0,1%
-7,8%
6,5%
13,0%
27,5%
4,5%
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
3,2%
24,7%
-10,0%
10,0%
-1,1%
5,5%
22,2%
24,7%
-27,5%
20,0%
26,4%
-1,1%
2,3%
5,3%
-1,5%
5,9%
20,5%
-13,8%
15,4%
14,0%
2,1%
12,3%
-51,9%
-16,7%
31,7%
-12,8%
-16,7%
Utilidade Pública / Utilities
Bens Primários / Raw Material
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
Mineração
Mining
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
10,6%
12,7%
8,1%
24,9%
-4,8%
20,5%
6,8%
43,8%
34,4%
-2,4%
22,2%
-10,7%
-4,1%
-4,3%
34,4%
6,2%
-2,3%
15,6%
—-
-65,5%
49,3% 1192,1%
25,8%
-26,1% 48492,5%
34,3%
29,3%
-17,1%
14,1%
6,6%
5,4%
6,7%
3,4%
10,6%
0,8%
-1,8%
2,7%
1,3%
7,4%
1,1%
-3,9%
-3,0%
-4,7%
-4,6%
-18,2%
-9,5%
14,1%
-2,1%
8,2%
-14,5%
-38,3%
-12,5%
5,5%
3,3%
13,1%
13,8%
9,4%
-0,1%
6,6%
38,9%
23,2%
57,8%
3,7%
-19,0%
-5,1%
-24,3%
-17,2%
13,2%
18,5%
12,9%
104,8%
-7,4%
3,1%
-0,2%
15,5%
0,5%
8,6%
545,8%
24,0%
12,9%
15,4%
—-
—-
—-
15,5%
120,8%
36,7%
12,5%
27,8%
22,9%
3,1%
14,7%
-10,1%
1,3%
-33,9%
4,7%
17,4%
53,1%
15,5%
50,2%
-4,0%
5,6%
-2,3%
-9,1%
0,1%
-1,2%
25,2%
-3,3%
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Educação
Education
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
Utilidades Domésticas
Household Utilities
Serviços / Services
Bancos & Crédito
Banking
Holdings
Holdings
Serviços Financeiros
Financial Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
Tecnologia da Informação
Information Technology
Telecomunicações
Telecommunication
191
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO DO GIRO DO ATIVO MÉDIO (%)
Average asset turnover performance (%)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
0,18
0,18
0,17
0,18
0,18
0,13
0,23
0,57
0,45
Transporte e Logística
Transport and Logistics
0,80
1,09
1,29
1,16
1,07
0,64
0,54
0,57
0,49
Energia Elétrica
Electricity
0,26
0,23
0,27
0,30
0,32
0,29
0,35
0,36
0,37
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
0,26
0,30
0,34
0,36
0,38
0,39
0,40
0,39
0,39
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
0,04
0,07
0,06
0,06
0,58
0,45
0,45
0,30
0,50
Mineração
Mining
0,28
0,31
0,33
0,37
0,37
0,37
0,47
0,37
0,28
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
0,32
0,37
0,45
0,44
0,39
0,35
0,35
0,32
0,28
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
0,68
0,55
0,65
0,64
0,70
0,73
0,75
0,72
0,55
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
0,43
0,47
0,58
0,58
0,56
0,52
0,70
0,66
0,54
0,80
0,65
0,60
0,75
0,67
0,65
0,78
0,72
0,71
0,79
0,73
0,78
0,68
0,68
0,58
0,78
0,70
0,75
Infra-Estrutura / Infrastructure
Utilidade Pública / Utilities
Bens Primários / Raw Material
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
0,79
0,74
0,79
0,69
0,75
0,72
0,86
0,88
0,67
1,13
1,02
1,13
1,09
1,20
1,13
1,15
1,27
1,25
—-
—-
—-
—-
—-
—-
0,48
0,73
0,70
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
0,31
0,24
0,26
0,33
0,29
0,29
0,16
0,31
0,32
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
0,64
0,71
0,68
0,76
0,69
0,48
0,89
0,86
0,89
Utilidades Domésticas
Household Utilities
0,93
0,91
0,97
1,11
1,25
1,07
1,13
1,29
1,31
0,12
0,16
0,12
0,12
0,13
0,11
0,12
0,11
0,11
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
0,17
0,21
0,10
0,14
0,12
0,07
0,06
0,23
0,23
—-
—-
1,04
1,71
1,99
0,95
1,23
1,31
1,14
Tecnologia da Informação
Information Technology
0,45
0,40
0,69
0,72
0,80
0,70
0,69
0,84
0,94
Telecomunicações
Telecommunication
0,42
0,46
0,51
0,57
0,60
0,62
0,63
0,59
0,55
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
Educação
Education
Serviços / Services
Bancos & Crédito
Banking
Holdings
Holdings
Serviços Financeiros
Financial Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
192
EVOLUÇÃO REAL DO GRAU DE ENDIVIDAMENTO MÉDIO (%)
Average degree of indebtedness performance, % (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
0,61
0,70
0,80
0,84
0,93
0,57
0,80
1,32
1,25
-33,47
-2,34
-1,96
-3,89
-4,64
1,86
2,20
3,45
2,31
Energia Elétrica
Electricity
0,92
1,32
1,21
1,15
1,03
0,90
1,11
1,23
1,34
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
0,90
1,28
1,16
1,06
1,06
0,96
0,93
1,15
1,12
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
0,58
0,65
0,68
1,33
2,68
1,04
1,51
1,33
2,17
Mineração
Mining
0,18
0,22
0,21
0,19
0,18
1,22
1,32
0,96
0,89
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
1,41
1,78
1,31
1,30
1,46
1,54
1,67
3,06
2,19
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
1,12
1,47
1,18
1,00
0,79
0,89
1,13
1,25
1,19
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
1,99
2,69
1,98
1,92
1,62
1,50
1,51
1,47
1,22
2,44
2,99
3,01
2,71
2,93
2,86
3,41
3,37
3,20
-4,03
-2,38
-2,03
-5,84
1,04
0,52
2,21
2,13
1,63
Infra-Estrutura / Infrastructure
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Utilidade Pública / Utilities
Bens Primários / Raw Material
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
1,49
1,66
1,74
1,07
0,92
1,18
1,32
1,40
1,18
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
0,86
1,15
1,06
0,99
0,94
1,25
1,99
1,91
1,81
Educação
Education
0,01
0,00
0,00
0,12
0,16
0,00
0,38
0,42
0,45
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
2,12
2,25
6,86
-20,18
-4,78
-3,61
2,11
82,54
137,71
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
1,03
1,26
1,15
1,15
1,11
0,77
1,93
2,08
1,61
Utilidades Domésticas
Household Utilities
1,42
1,76
1,97
2,34
2,17
1,09
1,13
1,45
1,45
Bancos & Crédito
Banking
6,75
7,90
7,44
7,07
6,91
9,64
10,34
10,94
9,89
Holdings
Holdings
1,02
0,93
0,68
0,49
0,53
0,50
11,28
20,87
14,65
Serviços Financeiros
Financial Services
0,67
0,69
0,77
0,65
0,84
3,28
4,65
1,37
1,53
—-
—-
0,27
0,36
1,20
0,57
0,82
1,23
1,16
Tecnologia da Informação
Information Technology
2,99
-83,89
-3,44
-4,64
1,56
0,94
0,74
0,91
0,87
Telecomunicações
Telecommunication
1,00
1,08
1,41
1,62
1,49
1,27
2,33
3,07
2,79
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Serviços / Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
193
Statistics
Estatísticas
EVOLUÇÃO REAL DO CAPITAL DE GIRO MÉDIO
Average working capital performance (IPCA deflated)
Setor / Sector
2001
2002
2003
2004
2005
2006
84,4%
78,2% -193,2%
2007
2008
2009
Infra-Estrutura / Infrastructure
-16,7%
Construção Civil e Mercado Imobiliário
Real Estate
67,9% -165,4%
191,3%
7,9%
38,9%
391,0%
98,7%
55,3%
-34,3%
-84,9%
-403,8%
204,8%
-8,4% -111,7%
189,4%
-7,2%
-12,9%
-73,9%
-168,5%
137,0%
73,8%
-236,9%
13,1%
6,4%
10,3%
-65,0%
—-
333,2%
-37,0%
7,0% 4587,4%
Transporte e Logística
Transport and Logistics
Utilidade Pública / Utilities
Energia Elétrica
Electricity
Saneamento e Serviços de Água e Gás
Sanitation and Water and Gas Services
-18,8%
6,4%
-64,6%
-41,1% -531,8%
-49,1%
214,5%
-64,6%
126,0%
-60,8%
-50,9%
Bens Primários / Raw Material
Açúcar e Álcool
Sugar & Ethanol
Mineração
Mining
-58,5%
-69,1% -988,1%
54,9%
122,1%
-70,7%
15,5% 1421,9%
Papel & Celulose e Madeira
Pulp & Paper
-88,3% -319,4% -217,3%
289,4%
-33,1%
145,3%
-8,8%
-22,6%
31,3%
Petróleo & Gás, Química & Petroquímica, Borracha & Plástico
Oil & Gas and Derivates
-296,5% -532,2%
-53,9%
97,5%
-86,2%
-77,2%
2920,2%
4,6%
156,9%
Siderurgia e Metalurgia
Steel and Metallurgy
-106,7% -728,6%
132,7%
104,5%
83,7%
-1,6%
-14,6%
59,2%
-20,9%
Bens de Capital / Capital Goods
Máquinas e Equipamentos
Machinery and Equipment
229,8%
-109,5%
317,8%
-495,0%
-51,0%
452,8%
28,5%
26,1%
3,0%
77,7%
-6,9%
49,4%
-26,0%
-140,2%
90,2%
-10,8%
-6,2%
-15,8%
-46,9% -188,9%
-203,8%
55,9%
24,3%
-7,2%
158,6%
Bens Intermediários / Intermediate Goods
Embalagens
Packaging and Labeling
Bens de Consumo Não Cíclico / Non-Cycle Consumption Goods
Alimentos, Bebidas & Fumo
Food, Beverage & Tobacco
3006,7%
86,6%
Bens de Consumo Cíclico / Cycle Consumption Goods
Atacado e Varejo
Wholesale and Retail
45,7%
-39,3%
-39,9%
128,4%
14,9%
-14,0%
59,9%
61,2%
19,3%
—-
—-
3,4%
-54,6%
-4,1%
-95,5% 184910,4%
-8,1%
109,5%
-33,6%
24,8%
-16,7%
-13,1%
12,9%
17,4%
-168,1% -196,8%
44,0%
Tecidos, Vestuário e Calçados
Textile, Clothing & Footware
-5,5%
5,5%
96,0%
16,4%
-15,6%
22,4%
-5,4%
-16,4%
-10,4%
Utilidades Domésticas
Household Utilities
30,0%
-37,7%
-31,7%
-11,8%
81,5%
-4,0%
52,2%
-8,1%
9,8%
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
—-
-12,7%
-7,8%
21,3%
-1,6%
18,4%
28,7%
17,0%
110,9%
-14,2%
101,1% -2054,1%
137,2%
15,6%
35,9%
Educação
Education
Lazer, Turismo e Hotelaria
Leisure Industry
Serviços / Services
Bancos & Crédito
Banking
Holdings
Holdings
Serviços Financeiros
Financial Services
Serviços Médico - Hospitalares, Análises e Diagnósticos
Wealth Services
Tecnologia da Informação
Information Technology
Telecomunicações
Telecommunication
194
2992,9% -201,9%
-55,1% -110,1%
—-
—-
—-
88,0%
-81,1%
966,7%
42,5%
3,5%
-26,2%
71,7%
11,2%
-12,7%
-25,0%
-131,6%
54,4%
-2,8%
6,8%
-5,6%
-732,9%
-66,0%
-59,3% -316,7%
-34,7%
233,4%
35,7%
46,3%
139,3%
Associados da Abrasca
AES ELETROPAULO S.A.
www.aes.com
A
Abrasca associates
BRASKEM S.A.
www.braskem.com.br
AES TIETÊ S.A.
www.aes.com
BRF – BRASIL FOODS S.A.
www.perdigao.com.br
ALMEIDA, ROTENBERG E BOSCOLI - SOC
DE ADVOGADOS
www.demarest.com.br
BROOKFIED INCORPORAÇÕES S.A.
www.brookfied.com
B
BUETTNER S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO
www.buettner.com.br
AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A.
www.all-logistica.com.br
AMERICEL S.A.
www.claro.com.br
CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS
S.A. – ELETROBRÁS
www.eletrobras.gov.br
AMIL PARTICIPAÇÕES S.A.
www.amil.com.br
AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S.A.
www.ampla.com
BANCO BRADESCO S.A.
www.bradesco.com.br
BANCO DA AMAZÔNIA S.A.
www.bancoamazonia.com.br
BANCO DO BRASIL S.A.
www.bb.com.br
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.
www.bnb.gov.br
BANCO INDUSVAL S.A.
www.indusval.com.br
BANCO ITAÚ UNIBANCO S.A.
www.itau-unibanco.com.br
C
CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S.A. –
CELESC
www.celesc.com.br
CETIP S.A.
www.cetip.com.br
B
CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
www.grupopaodeacucar.com.br
CIA CELG DE PARTICIPAÇÕES S.A.
www.celg.com.br
CIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA BAHIA – COELBA
www.coelba.com.br
CIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS – AMBEV
www.ambev.com.br
CIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS S.A.
www.ccrnet.com.br
BANCO PANAMERICANO S.A.
www.panamericano.com.br
CIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO
DE SÃO PAULO
www.sabesp.com.br
BANCO SANTANDER BRASIL S.A.
www.santander.com.br
CIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS – COPASA
www.copasa.com.br
BARBOSA, MÜSSNICH E ARAGÃO
ADVOGADOS
www.bmalaw.com.br
CIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ – SANEPAR
www.sanepar.com.br
BARDELLA S.A. INDUSTRIAS MECÂNICAS
www.bardella.com.br
BDO AUDITORES INDEPENDENTES
www.bdobrazil.com.br
BEMATECH INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE
EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS S.A.
www.bematech.com.br
BETA SECURITIZADORA S.A.
www.banifprimus.com.br
BM&F BOVESPA S.A.
www.bmf.com.br
BNDESPAR PARTICIPAÇÕES S.A.
www.bndespar.com.br
BOCATER, CAMARGO, COSTA E SILVA
ADVOGADOS ASSOCIADOS
www.bocater.com.br
CIA DE TECIDOS NORTE DE MINAS – COTEMINAS
www.coteminas.com.br
CIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA
www.cteep.com.br
CIA DISTRIBUIDORA DE GÁS DO RIO DE JANEIRO – CEG
www.ceg.com.br
CIA ENERGÉTICA DE BRASILIA – CEB
www.ceb.com.br
CIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG
www.cemig.com.br
CIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO – CESP
www.cesp.com.br
CIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE
www.coelce.com.br
CIA FIAÇÃO E TECIDOS CEDRO CACHOEIRA
www.cedro.com.br
195
Associados da Abrasca
CIA HABITASUL DE PARTICIPAÇÕES
www.habitasul.com.br
C
Abrasca associates
ENERGIAS DO BRASIL S.A.
www.energiasdobrasil.com.br
E
CIA HERING
www.hering.com.br
ENERGISA S.A.
www.energisa.com.br
CIA IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL
www.iguacu.com.br
ERNST & YOUNG AUDITORES INDEPENDENTES
www.ey.com/global/content.nsf/Brazil/Brasil_Home
CIA INDUSTRIAL CATAGUASES
www.cataguases.com.br
ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES S.A.
www.estacio.br
CIA MELHORAMENTOS DE SÃO PAULO
www.melhoramentos.com.br
ETERNIT S.A.
www.eternit.com.br
CIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL
www.copel.com
EUCATEX S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO
www.eucatex.com.br
CIA PROVIDÊNCIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
www.providencia.com.br
EVEN CONSTRUTORA INCORPORADORA S.A.
www.even.com.br
CIA SIDERÚRGICA NACIONAL – CSN
www.csn.com.br
EZTEC EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A.
www.eztec.com.br
CONSTRUTORA SULTEPA S.A.
www.sultepa.com.br
FELSBERG, PEDRETTI, MANNRICH E AIDAR
ADVOGADOS E CONSULTORES LEGAIS
www.felsberg.com.br
CP CIMENTO E PARTICIPAÇÕES S.A.
www.cpcimento.com.br
CPFL ENERGIA S.A.
www.cpfl.com.br
FERTILIZANTES FOSFATADOS S.A.
www.fosfertil.com.br
CREMER S.A.
www.cremer.com.br
FÍBRIA CELULOSE S.A.
www.fibria.com.br
CSU CARDSYSTEM S.A.
www.csu.com.br
FLEURY S.A.
www.fleury.com.br
CYRELA BRAZIL REALTY S.A.
www.cyrela.com.br
DASA S.A.
www.diagnosticosdaamerica.com.br
F
FORJAS TAURUS S.A.
www.taurus.com.br
D
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU AUDIT INDEPEN
www.deloitte.com.br
GENERAL SHOPPING BRASIL S.A.
www.generalshopping.com.br
G
GERDAU S.A.
www.gerdau.com
DIXIE TOGA S.A.
www.dixietoga.com.br
GLOBEX UTILIDADES S.A.
www.globex.com.br
DROGASIL S.A.
www.drogasil.com.br
GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A.
www.globo.com.br
DURATEX SA
www.duratex.com.br
GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A.
www.voegol.com.br
GVT HOLDING S.A.
www.gvt.com.br
ECONORTE – EMPRESA CONCESSIONÁRIA
DE RODOVIAS NORTE S.A.
www.econorte.com.br
E
ECORODOVIAS INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA S.A.
www.ecorodovias.com.br
HOTÉIS OTHON S.A.
www.othon.com.br
H
EMBRAER – EMPRESA BRAS DE AERONÁUTICA S.A.
www.embraer.com.br
EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S.A.
www.embratel.com.br
196
IGUATEMI EMP DE SHOPPING CENTERS S.A.
www.iguatemi.com.br
I
INDÚSTRIAS ROMI S.A.
www.romi.com.br
I
MARISA S.A.
www.marisa.com.br
M
INPAR S.A.
www.inpar.com.br
MARISOL S.A.
www.marisolsa.com.br
IOCHPE-MAXION S.A.
www.iochpe.com.br
MATTOS FILHO, VEIGA FILHO, MARREY JR E QUIROGA
ADVOGADOS
www.mattosfilho.com.br
ITAU UNIBANCO HOLDING S.A.
www.itau.com.br
MENDES JÚNIOR ENGENHARIA S.A.
www.mendesjunior.com.br
ITAÚSA INVESTIMENTOS ITAÚ S.A.
www.itausa.com.br
METALÚRGICA GERDAU S.A.
www.gerdau.com
ITAUTEC S.A. – GRUPO ITAUTEC
www.itautec.com.br
JBS S.A.
www.jbs.com.br
MMX MINERAÇÃO E METÁLICOS S.A.
www.mmx.com.br
J
JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A.
www.joaofortes.com.br
KEPLER WEBER S.A.
www.kepler.com.br
MONTEIRO ARANHA S.A.
www.monteiroaranha.com.br
MOTTA, FERNANDES ROCHA & ASSOCIADAS
www.mfra.com.br
MPX ENERGIA S.A.
www.mpx.com.br
K
KLABIN S.A.
www.klabin.com.br
MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A.
www.mrv.com.br
MULTIPLAN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.
www.multiplan.com.br
KPMG AUDITORES INDEPENDENTES
www.kpmg.com.br
NADIR FIGUEIREDO INDÚSTRIA E COM S.A.
www.nadir.com.br
LEVY & SALOMÃO ADVOGADOS
www.levysalomao.com.br
L
N
NATURA COSMÉTICOS S.A.
www.natura.com.br
NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A.
www.ri.netservicos.com.br
LIGHT SERVICOS DE ELETRICIDADE S.A.
www.light.com.br
LLX LOGISTICA S.A.
www.llx.com.br
LOBO E IBEAS ADVOGADOS
www.loboeibeas.com.br
OGX PETRÓLEO E GÁS
www.ogx.com.br
LOCALIZA RENT A CAR S.A.
www.localiza.com
OI S.A.
www.oi.com.br
O
LOJAS RENNER S.A.
www.lojasrenner.com.br
PARANÁ BANCO S.A.
www.paranabanco.com.br
LUPATECH S.A.
www.lupatech.com.br
P
PARANAPANEMA S.A.
www.paranapanema.com.br
M. DIAS BRANCO S.A.
www.mdb.com.br
M
PDG REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PART
www.pdgrealty.com.br
MACHADO, MEYER, SENDACZ E ÓPICE ADVOGADOS
www.mmso.com.br
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS
www.petrobras.com.br
MANGELS INDUSTRIAL S.A.
www.mangels.com.br
PINHEIRO NETO ADVOGADOS
www.pinheironeto.com.br
MARFRIG FRIGORIFICOS E COM ALIMENTOS S.A.
www.marfrig.com.br
PLANNER CORRETORA DE VALORES S.A.
www.planner.com.br
197
Associados da Abrasca
PORTO SEGURO S.A.
www.portoseguro.com.br
P
Abrasca associates
TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S.A.
www.telefonica.com.br
POSITIVO INFORMÁTICA S.A.
www.positivo.com.br
TIM PARTICIPAÇÕES S.A.
www.timpartri.com.br
PPE FIOS ESMALTADOS S.A.
www.ppefios.com.br
TOTVS S.A.
www.totvs.com.br
PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORES
INDEPENDENTES
www.pwc.com.br
TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA
ADVOGADOS
www.tozzinifreire.com.br
PROFARMA DIST DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS
www.profarma.com.br
TRACTEBEL ENERGIA S.A.
www.tractebelenergia.com.br
T
TRENCH, ROSSI E WATANABE ADVOGADOS
www.trenchrossiewatanabe.com.br
RANDON S.A.
www.randon.com.br
R
TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A.
www.tpisa.com.br
REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICAS S.A.
www.gruporede.com.br
TRISUL S.A.
www.trisul-sa.comj.br
REDECARD S.A.
www.redecard.com.br
TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A.
www.tpisa.com.br
ROSSI RESIDENCIAL S.A.
www.rossiresidencial.com.br
TUPY S.A.
www.tupy.com.br
SALUSSE, MARANGONI ADVOGADOS
www.nsm.adv.br
ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S.A.
www.ultra.com.br
S
SÃO PAULO ALPARGATAS S.A.
www.alpargatasonline.com.br
U
UNIPAR – UNIÃO DAS
INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS S.A.
www.unipar.ind.br
SCARPONI ADVOGADOS
www.scarponiadv.com.br
USINAS SIDERÚRGICAS
DE MINAS GERAIS S.A. – USIMINAS
www.usiminas.com.br
SOUZA CRUZ S.A.
www.souzacruz.com.br
SOUZA, CESCON AVEDISSIAN, BARRIEU E FLESCH ADV
www.scbf.com.br
SUL AMÉRICA S.A.
www.sulamerica.com.br
VALE S.A.
www.vale.com
V
VIVO PARTICIPAÇÕES S.A.
www.vivo.com.br
SUZANO HOLDING S.A.
www.suzano.com.br
SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A.
www.suzano.com.br
WALD ASSOCIADOS ADVOGADOS
www.wald.com.br
W
WEG S.A.
www.weg.com.br
TAM S.A.
www.tam.com.br
TAULI & CHEQUER ADVOGADOS
www.tklaw.com
TECNISA S.A.
www.tecnisa.com.br
T
WILSON SONS S.A.
www.wilsonsons.com
WLW INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A.
www.supergasbras.com.br
WTORRE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.
www.wtorre.com.br
TEGMA GESTÃO LOGÍSTICA S.A.
www.tegma.com.br
TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A.
www.teka.com.br
198
XAVIER, BERNARDES, BRAGANÇA SOC DE ADV
www.xbb.com.br
X

Documentos relacionados