TRANSPORTE - 14.04.15: Estradas mal

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TRANSPORTE - 14.04.15: Estradas mal
:: SINDICARNE - Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados no Estado do PARANÁ ::
TRANSPORTE - 14.04.15: Estradas mal conservadas favorecem aumento de
hematomas em bovinos
Mão de obra não qualificada também é um dos fatores. Produtores do Noroeste de Mato Grosso reclamam de
estradas de chão. Estradas mal conservadas e mão de obra sem qualificação são os dois principais fatores que podem
aumentar os hematomas no gado de corte, segundo João Alberto Conte, médico veterinário e pecuarista que tem
propriedades em Juara e Colniza, na região Noroeste de Mato Grosso. O abate do gado da fazenda de Juara é feito
em frigorífico no próprio município e os animais são transportados por motoristas já conhecidos de Conte. "Sempre visito o
frigorífico de Juína sem avisar e verifico o abate. Conferindo as lesões em locais como ponta de paleta, quadril e costelas
já sei como o gado foi conduzido até o abate", afirma. Mas a propriedade de Colniza fica a 360 km de Juara e, na
maioria das vezes, o transporte até os frigoríficos é feito por motoristas diversos. Preocupado com o bem estar de seus
animais, Conte faz questão de observar as condições dos caminhões que leva a boiada para a indústria. "Além das
estradas, que são problemáticas, existe uma rotatividade dos motoristas e falta um grau de comprometimento e
conhecimento", comenta. A diferença no transporte de um município a outro é notado por ele na hora da limpeza da
carcaça dos animais. "No gado de Juara vejo que quase não há necessidade de limpeza de hematomas, pois a
propriedade fica a 12 quilômetros da cidade, mas no de Colniza que é abatido no frigorífico de Juína a limpeza é grande",
analisa. Nilson De Brida é dono de uma fazenda em Brianorte, distrito de Nova Maringá (MT), que fica a 110 km de
Juara. O pecuarista envia o gado para ser abatido em um frigorífico em Diamantino e o transporte é feito pela MT-160
por cerca de 110 km de estrada de chão e mais 170 km de asfalto. Segundo ele, a estrada está abandonada pelo poder
público e a alternativa de mantê-la transitável vem dos produtores com terras próximas a ela. "Todo ano patrolamos 30
quilômetros dessa estrada, que liga Juara a Nova Maringá", informa. Um caminhão leva em média 6 horas para
percorrer o caminho da fazenda a Diamantino, conforme De Brida. "Infelizmente Mato Grosso é desse jeito. Todo lugar
que você vai o problema é estrada e não só na pecuária. Tudo depende de estrada para escoar a produção, se não, não
compensa. Quem investiu em agricultura aqui na região está sofrendo para tirar a produção", afirma. Com propriedade
a 7 quilômetros de Tabaporã (MT), José Lourenço Detomini também vende o gado para um frigorífico em Diamantino, na
região Oeste do Estado. O caminhão que carrega os animais para abate percorre 135 quilômetros de estrada de chão
partindo da fazenda até chegar ao asfalto. "Problemas sempre vamos ter por seguir nesse transporte, mas o produtor só
sabe se acompanhar o abate", diz. Em sua opinião, o manejo dentro da propriedade ajuda a evitar que o gado se
machuque, mas a logística deixa a desejar e as estradas de chão contribuem para o surgimento de hematomas nos
animais. Os cuidados do produtor até o momento de embarque para enviar o gado para o abate é o tema da palestra
de Mateus Paranhos, professor da Unesp de Jaboticabal, durante a rota 2 do Acrimat em Ação. Esta rota está
percorrendo municípios da região Noroeste e Vale do Arinos de Mato Grosso entre os dias 9 e 20 de abril. Entre os
cuidados estão a observação das condições do embarcadouro no curral, que deve ter inclinação entre 25° e 35°, além de
observar a gaiola do caminhão e a disposição dos motoristas que transportam o gado até o frigorífico. *A jornalista viaja
na rota 2 do Acrimat em Ação a convite da Acrimat. Fonte: Agro Debate
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Produzido em: 30 September, 2016, 08:20