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Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS Os Lusíadas: INÍCIO DA NARRAÇÃO E CONSÍLIO DOS DEUSES 9.º Ano de Escolaridade Português Ano Letivo 2012/2013 9.º A | 9.º B INÍCIO DA NARRAÇÃO (Canto I, estância 19) (Plano da Viagem) A narração d’Os Lusíadas inicia-se na estrofe 19, do Canto I, quando os navegadores portugueses já estão no Oceano Índico (“Já no largo oceano navegavam”). É por isso que a narração começa in media res, ou seja, no meio da acção. Resumo da estância 19, Canto I: No Oceano Índico, a armada portuguesa navega com mar e ventos favoráveis. CONSÍLIO DOS DEUSES (Canto I, estâncias 20-41) (Plano da Mitologia) ESTÂNCIAS 20-21 22-23 24-29 RESUMO / COMENTÁRIO Júpiter convoca, através de Mercúrio, os deuses para uma reunião no Olimpo, a fim de decidirem se devem ou não ajudar os Portugueses a chegar à Índia. Os deuses partem das várias regiões do Céu e chegam ao Olimpo, «onde o governo está da humana gente». Camões descreve Júpiter sentado num pedestal, como compete ao pai dos deuses, enquanto os outros deuses se encontravam dispostos, conforme a sua importância na hierarquia do Olimpo. O consílio começa com o discurso de Júpiter. Este determina que os portugueses sejam protegidos e ajudados na sua viagem, porque: são superiores a todos os outros povos (est. 24, vv. 4-8); venceram os mouros e os castelhanos (est. 25); Viriato e Sertório, heróis do passado, lutaram com sucesso contra os romanos (est. 26); agora, que navegam para o Oriente, os portugueses enfrentam, corajosamente, os perigos do mar desconhecido (est. 27); as leis do Destino não podem ser contrariadas ((est. 28); os marinheiros estão cansados da viagem e precisam de ser recebidos, «como amigos», ESTÂNCIAS 30-32 33-34 35 36-40 41 RESUMO / COMENTÁRIO na costa africana (est. 28-29). Apesar da determinação de Júpiter, os deuses não chegam a um acordo e instala-se a desordem no Olimpo (est. 30, vv. 1-4). Baco assume-se adversário dos portugueses porque: temia ser esquecido no Oriente, onde era adorado, caso os portugueses lá chegassem (est. 30, 32); sabia pelos «fados» que o governo do Oriente, que até então ele dominava, estava destinado aos portugueses, «Ũa gente fortíssima de Espanha» (est. 31). Vénus manifesta-se contra Baco e mostra-se favorável aos portugueses, porque: gostava do povo lusitano, no qual via qualidades idênticas às dos romanos: a coragem, as vitórias no Norte de África e a língua (est. 33); sabia que seria adorada nos locais por onde os portugueses passassem (est. 34, vv. 1-4). A discussão entre os deuses continua tão intensa que é comparada à força de um ciclone. Marte surge em defesa de Vénus, sem que saibamos as suas verdadeiras motivações (amor antigo que sente pela deusa, reconhecimento do valor dos portugueses, falsidade das razões de Baco), e é descrito como um deus tão poderoso, que ninguém ousa contestá-lo (est. 36-39). Termina o seu discurso, apelando a Júpiter para que cumpra a sua determinação inicial de apoiar os portugueses (est. 40). Júpiter concorda com Marte e o consílio termina com a decisão de ajudar os portugueses. PARA SABERES MAIS: Consílio: reunião em que se toma uma decisão. Olimpo: monte que é considerado a morada dos deuses. Júpiter: pai dos deuses romanos, senhor do Céu e da Terra. Mercúrio: deus romano, mensageiro de Júpiter. Baco: deus romano do vinho e da vinha. Vénus: deusa romana do amor. Marte: deus romano da guerra. Apolo: filho de Júpiter, deus do sol, das artes e das letras. Fontes: Pereira, A. F.; Afonseca, F.; Silva, R. M. (2010). Preparar o… exame nacional. Língua Portuguesa 9. Porto: Areal Editores. Santiago, A. I. (2008). Revisões para todo o ano. Língua Portuguesa – 9.º. Lisboa: Texto Editores.
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