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TERCEIRA
Um roteiro pessoal
JOEL NETO
Passeatas
Passeios obrigatórios
- Algar do Carvão: interior de uma cratera de vulcão, com
abertura na cúpula e estalactites e estalagmites por todo o lado
– lindo! Unico vulcão visitável no mundo inteiro. É favor levar
um casaco, que este roteiro não traz seguro contra broncopneumonias.
- Monte Brasil: parque natural, local de recreio e
churrascos/piqueniques e vista linda sobre Angra, agora
infelizmente depauperada pela nova marina, que acabou com aquele
traçado do mural em forma de ovário, pleno de fertilidade.
- Serra do Cume: de um lado a baía da Praia da Vitória e a
planície das Lajes, do outro a vasta área do interior da ilha
com os seus típicos cerrados, separados pelos seus negros muros
e pelo azul das hortênsias.
- Serra de Santa Bárbara: uma coisa linda, linda, linda, linda,
linda, linda, etc, etc, etc.
- Estrada das Doze Ribeiras: «orlada por hortênsias, através da
encosta da serra de Santa Bárbara, possibilita um dos panoramas
mais bonitos sobre o oeste da ilha» – diz nos roteiros oficiais,
e por uma vez não é mentira (mas falta dizer o essencial: em
determinados sítios é possível abarcar num só olhar, num só
frame, as silhuetas das ilhas Graciosa, São Jorge e Pico).
- Furnas do Enxofre: furnas como as de São Miguel, mas muito
menos interessantes.
Visitas obrigatórias
- Jardim Público de Angra: lindo e diversificadíssimo – subir da
cidade até à vista da Memória, monumento erguido em memória de
D. Pedro IV e com uma vista linda sobre a cidade.
- Todos as principais artérias e Monumentos da cidade de Angra,
Património Mundial classificado pela UNESCO: peça um roteiro – é
impossível decorar tudo, porque se trata da cidade mais linda
dos Açores e da cidade com mais história de todo o Atlântico
português.
- Comércio de Angra: a mercearia do Basílio Simões, a loja de
plantas e decoração da Rua da Palha, as strippers da Twins Pub –
vale a pena dar uma vista de olhos.
- Esplanadas de Angra: com animação permanente
- Base americana: a América nos Açores – vá mexericar.
- Farol/mata da Serreta: belos fins de tarde, quando o vento
começa a instalar-se.
- Lagoa das Patas: é uma lagoa e tem patos – e pronto.
- Estrada dos Viveiros: cheia de criptomérias giríssimas.
Miradouros
- Charcão: nas Veredas, belas vistas sobre Angra e sobre as
traseiras da alegre casinha.
- Raminho: três ilhas no mesmo olhar, mais uma vez.
- Serra do Facho: uma varanda sobre a Praia da Vitória, uma
cidade cada vez mais bonita e animada.
- Três Marias: junto ao Farol das Contendas, entre a Salga
e os Salgueiros – miradouro natural.
Praias
- Silveira: a melhor praia da Terceira.
- Lagadouros (ou Baía das Pombas): um sítio lindo, com uma
baía de rocha de formação natural, frequência civilizada e,
quando o mar está Norte, muitos, muitos sargos no fundo do
mar para caçar ou pescar quando não há banhistas.
- Biscoitos: uma série de piscinas naturais, na modesta
opinião do autor o conjunto mais belo dos Açores;
lindíssimo e extraordinário para os miúdos, que devem levar
braçadeiras.
- Prainha de Angra: uma espécie de praia mediterrânica,
lúgubre e urbana, criada com a importação de 80 mil metros
cúbicos de areia para compensar os autóctones pela criação
daquela aberrante marina que se nos mete pelos olhos
dentro.
- Praia da Vitória: único areal da ilha, a água parece sopa
– está-se mesmo muito bem, especialmente na "Praia dos
Sargentos", que é onde estão as moças mais giras!
- Quatro Ribeiras: mais piscinas naturais – e dá para ir
apanhar lapas, fazer caça submarina...
- Cinco Ribeiras: mais um cais – e dá para ir apanhar
lapas, fazer caça submarina...
- Porto Martins: mais piscinas naturais
- Negrito: mais um cais – e só para nadar
Comezainas
Restaurantes obrigatórios
- Ti Choa: a nova moda. Restaurante tradicional, em que
duas senhoras, mãe e filha, fazem tudo à vista, do pão às
sobremesas. Os críticos do continente ficaram fascinados.
Mas não se deixe condicionar por isso – vá na mesma. Fica
na Serreta.
- Beira Mar de São Mateus: a fama é demasiado antiga e o
serviço até já foi mais deferente, mas mantém o melhor
peixe e marisco do Mundo: lapas grelhadas inesquecíveis;
boca negra e garoupa grelhados ou fritos incríveis –
pergunte pelo Miguel, o empregado mulato, bem formado e
simpático (duas destas características não abundam entre os
empregados de balcão da ilha...
- Boca Negra: no Porto Judeu de Baixo, com uma alcatra de
peixe para a qual nos faltam agora adjectivos (ah, o dono é
em si próprio um entretenimento, tratando mal os clientes e
exibindo orgulhosamente o seu fanatismo pelo Sporting).
- Quinta do Martelo: o maior roteiro gastronómico de todos
os Açores, na verdadeira acepção de todas estas palavras:
come-se durante cinco horas, paga-se bem, mas provou-se de
tudo; o ambiente é etnográfico e, com sorte, há música
folclórica; se quiserem ficar lá a viver para sempre, há
quartos disponíveis.
- Mar À Mesa: peixe belíssimo e carne angus melhor ainda.
Savoir faire e serviço de excelência. Belíssima esplanada –
e com bar sofisticado em anexo. Podia ficar em qualquer
praia mediterrânica. Fica na Marina da Praia da Vitória.
Tascas típicas
- Tasca das Tias: novíssima, petiscos típicos “do mundo”,
alguns deles açorianos; o lugar mais sofisticado de Angra,
neste momento.
- Casa de Pasto do Posto Santo: uma espécie de Quinta do
Martelo para pobres ou gente apressada, que é provavelmente
a sua vil condição, pobre amigo do autor deste roteiro.
- Preguiça: uma espécie de Casa de Pasto do Posto Santo em
versão piscícola – no Porto Judeu.
- Bar do parque de campismo das Cinco Ribeiras: uma espécie
de Preguiça em versão marisco – não perder a santola.
- Galanta: uma espécie de bar do parque de campismo das
Cinco Ribeiras em versão tasca com oito lugares, só para
grupos com encomendas prévias e recepção por parte de um
cantador tradicional que goza com toda a gente – não é uma
espécie de nada, portanto, é único.
- Eduardo do Porto Martins: uma espécie de Galanta, mas só
para grupos de amigos do dono – e só quando este lhe
apetece, de resto.
- Clube de Golfe: hambúrgueres, aros de cebola, chocolates
Butterfinger e Hersheys, latas de Canada Dry – very
typical, very typical.
Outros restaurantes
- Adega Lusitana: em Angra, uma sopa de funcho
absolutamente imperdível.
- Os Ilhéus: algum do melhor peixe da Terceira, servido com
uma vista arrasadora para o Ilhéu das Cabras. Preços
módicos, atmosfera descontraída e possibilidade de ficar a
beber copos pela noite dentro. Melhor é impossível
- Adega de São Mateus: alguns dos os melhores cavacos
(mariscos) de todo o Mundo (e bem mais baratos do que em
São Miguel) – acompanhar com vinho de cheiro.
- Marcelino’s Bar: em Angra, carne, carne, carne, carne… A
melhor carne da ilha, basicamente.
- Caneta: uma coisa divinal, na recôndita Altares, com uma
alcatra de carne absolutamente estonteante, entre outros
pratos de absoluta “trip” – não perca, pelas alminhas do
Purgatório, especialmente as mais abandonadas, o doce de
vinagre!)
- Casa do Peixe: tem peixe, lulas, marisco na telha – tudo
magnífico, a exigir um passeio pelo Pátio da Alfândega,
para desmoer.
Pastelaria, gelados e outras modernices
- Quinta dos Açores: um conceito extraordinário, uma vista
sublime, gelados como nenhuns outros. Rigorosamente
obrigatório, como mensageiro da nova açorianidade
- q.b.: um lugar de estar, com snack-bar e restaurante, boa
decoração, pizzas e hambúrgueres, famílias e crianças,
esplanadas e cervejas.
- Gelados São Mateus: uma coisa duvidosa, aparentemente
pouco higiénica, mas servida por moças giras.
- Banquete: em Angra, pastelaria conventual e típica – não
perder as Donas Amélias, as Covilhetes de Leite, as
Cornucópias, os Caramelos (ou melhor, comê-los primeiro e
depois pensar em perdê-los, que a injecção calórica é
considerável).
- Forno: em Angra, pastelaria conventual – não perder as
Donas Amélias, as Covilhetes de Leite, as Cornucópias, os
Caramelos (ou melhor, comê-los primeiro e depois pensar em
perdê-los, que a injecção calórica é considerável).
- Panificação: em Angra, gelados de plástico que, com a
disposição certa, até parecem típicos – o sabor Blue Sky é
uma experiência inolvidável no domínio do sintético.
- Carrinha da massa sovada: uma carrinha que passa na Terra
Chã ao fim do dia de quarta-feira com a melhor massa sovada
que se possa imaginar, ainda quentinha – noutras
localidades passará noutros dias, supomos nós.
Bares
- A Minha Casa: acabadinho de abrir!
- Estiva: o local da moda. Para trintões e etc.
- Six: em São Bartolomeu, bar trendy com boa música, boa
comida e sushi vegetariano. Recebem o João e a sua esposa
canadiana.
- Tertúlia Tauromáquica Terceirense: os proto-queques da
Terceira no seu habitat natural – giríssimo, em ambiente
taurino.
- Lawn Tennis Club: os queques da Terceira no seu habitat
natural – giríssimo, em ambiente country club.
Festarolas
Festas e festivais
- Sanjoaninas: em Angra, na segunda metade de Junho, as
maiores festas profanas do arquipélago, seguindo o ditado
que os Açores não têm nove ilhas, mas oito ilhas e um
parque de diversões (precisamente a Terceira)
- Festas da Praia: o equivalente, na Praia, às Sanjoaninas
– mas numa escala mais humana, com um cartaz mais cool
(jazz, etc) e uma bela feira gastronómica.
- Angra Jazz: em Outubro, o maior festival de jazz
português (consta).
- Festival do Ramo Grande: em Agosto/Setembro, música folk
(e world) de todo o mundo.
- Angra Rock: em Agosto e Outubro, concurso e depois
festival. Não é genial, mas tem graça.
- Touradas à corda: tem graça e pode complementar-se com
uma cassete de “Marradas”.
- Carnaval da Terceira: mais de 50 grupos, mais de 100
palcos e mais de 3000 espectáculos ao longo de três dias
numa ilha com pouco mais de 50 mil habitantes – é obra…
- Festas de freguesia: com quermesse e cantigas ao desafio,
num ambiente muito próprio – todos os dias em seis ou sete
pontoa da ilha, entre Maio e Outubro
- Outros festivais: folclore, grupos corais, artesanato –
há de tudo!
Souvenirs
- Fotografias: a Terceira não é a ilha mais bonita dos
Açores mas mesmo assim é linda – fotografe e guarde, que
não se arrepende.
- Comidinha, comidinha (que é isso que se leva desta vida):
massa sovada, sopas do espírito santo, alcatra, queijadas
da Graciosa, cracas, bolos lêvedos de São Miguel, lapas,
queijo de São Jorge (o melhor do mundo), da Graciosa (o
segundo melhor do Mundo) e do Pico (o terceiro melhor do
mundo), das Cinco (quarto melhor do mundo), da Ribeirinha
(quinto melhor do mundo)
- Vinho dos Biscoitos: belo verdelho, à venda no Museu do
Vinho nos Biscoitos.
- Pedra de bagacina: não há jovem prendada que não goste de
levar uma para pôr no apartamento por cima da lareira, váse lá perceber porquê.
- Artesanato: pronto, pronto, também há artesanato.
Roteiro
Volta à ilha
1. Angra do Heroísmo (zona histórica)
2. Monte Brasil
3. Serretinha/Ilhéu das Cabras
4. Refugo
5. Salga
6. São Sebastião
7. Farol das Contendas e vales circundantes
8. Três Marias
9. Salgueiros
10. Porto Martins
11. Cabo da Praia
12. Praia da Vitória
13. Serra do Facho
14. Base americana
15. Lajes
16. Fontinhas
17. Serra do Cume
18. Pico Celeiro
19. Clube de Golfe
20. Estrada da Agualva
21. Algar do Carvão
22. Tentadero de José Albino Fernandes
23. Furnas do Enxofre
24. Gruta do Natal
25. Lagoa do Negro e florestas circundantes
26. Biscoitos
27. Quatro Ribeiras
28. Vila Nova (voltar para trás)
29. Estrada dos Biscoitos
30. Altares
31. Mata da Serreta/Farol da Serreta
33. Estrada das Doze Ribeiras
34. Serra de Santa Bárbara
35. Lagoa das Patas
37. Caminho do Cabrito
38. Charcão
39. Terra Chã
40. Santa Bárbara (voltar para trás)
41. Porto das Cinco Ribeiras
42. São Mateus
43. Vila Maria
44. São Carlos
45. Angra do Heroísmo (zona marítima)