67 OS PRINCÍPIOS DA GEOGRAFIA O caráter científico da
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67 OS PRINCÍPIOS DA GEOGRAFIA O caráter científico da
OS PRINCÍPIOS DA GEOGRAFIA se uma ciência, torna-se apresentarmos uma definição. O caráter científico da Geografia decorre da existência e aplicabilidade de seus princípios, os quais constituem a sua própria metodologia. importante CONCEITO MODERNO “Geografia é a ciência que descreve, interpreta e explica os diversos fenômenos físicos, biológicos e humanos que se processam na superfície da terra”. Procura explicar também as causas e as relações locais desses fenômenos. EXTENSÃO: (Frederico Ratzel) Princípio segundo o qual deve o geográfico, ao estudar um fato ou área, proceder a sua localização e delimitação, utilizando para tanto os recursos da cartografia. O UNIVERSO ANALOGIA OU GEOGRAFIA GERAL (Karl Ritter e Vidal de La Blache) Devemos entender que o universo significa o conjunto de todos os astros e as diferentes formas de energia existentes no espaço. Delimitada e observada a área, deve o geográfico compará-la com outras áreas buscando as semelhanças e diferenças existentes. Em termos de dimensões, consideramos o universo infinito. ESQUEMA DO UNIVERSO CASUALIDADE Humboldt) (Alexandre Von LUMINOSOS Estrelas Cometas Nebulosas ILUMINADOS Planetas Satélites Asteróides ou Planetóides Meteoros Agrupamento Deve o geográfico explicar as causas e efeitos dos fenômenos observados. UNIVERSO = GALÁXIA= ASTROS = O todo CONEXÃO Brunhes) ou INTERAÇÃO Corpos Celestes (Jean Princípio segundo o qual os fatores físicos e humanos nunca agem isoladamente. AS GALÁXIAS São grandes grupos de astros considerados como elementos básicos da massa do universo. ATIVIDADE (Jean Brunhes) Este princípio estabelece que a paisagem possui um caráter sempre dinâmico São formadas por bilhões de astros. Considerando que, a partir dos seus princípios a Geografia efetivamente tornou- Existem três tipos de galáxias: Espirais, Elípticas e Irregulares. 67 Quanto ao brilho, tamanho e velocidade dos movimentos, os astros são bastantes variáveis. AS GALÁXIAS SÃO SISTEMAS ESTELARES A Via-láctea é a galáxia onde encontra-se o sistema solar. O ANO-LUZ Os que possuem luz própria são chamados de Astros Luminosos (Geralmente de estrutura gasosa). As distâncias no universo são tão grandes que os astrônomos utilizam medidas especiais. A principal delas é o ano-luz. Os que não possuem luz própria são denominados Astros Iluminados. Ano-Luz OS ASTROS LUMINOSOS Distância percorrida pela luz no período de um ano a uma velocidade de 300.000 km/seg. (aproximadamente). Esta distância corresponde a 9,5 trilhões de km. (aproximadamente). AS ESTRELAS Só para termos a ideia do que isso representa, a nossa Via-láctea apresenta 100.000 anos-luz de diâmetro, na sua maior espessura 12.000, estando o sistema solar, distante 30.000 anos-luz do seu centro. São classificadas quanto ao brilho seguindo a escala de grandeza ou magnitude. A olho nu podemos observar estrelas até 6a magnitude e, com o auxílio de telescópios, como o do monte palomar, na Califórnia, podemos observar estrelas até de 23a grandeza. São corpos gasosos, dotados de luz própria e que apresentam elevadas temperaturas e pressões. Em Tempo As estrelas formam-se a partir de nuvens de gases e poeiras que, ao se contraírem lentamente, se aquecem e começam a irradiar calor. Quando o aquecimento atinge um grau muito elevado, o hidrogênio transforma-se em Hélio, e a estrela tornase estável, permanecendo assim a maior parte de sua vida. É o caso do sol. AS CONSTELAÇÕES OS ASTROS Corpos celestes que apresentam-se em constantes movimentos no espaço. São configurações de grupos de estrelas, reunidas artificialmente pelo homem. 68 Atualmente, existem cerca de 88 constelações, classificadas de acordo com a localização em: Obs: Os cometas realizam órbitas elípticas alongadas em torno de Estrelas. O cometa HALLEY é o mais importante para nós. Boreais OS ASTROS ILUMINADOS Quando situadas no hemisfério norte (um total de 28). Algumas delas: Ursa menor, Ursa maior, Hércules, Perseu, Andrômeda, Cisne, Delfim, Cefeu, Lira etc. OS PLANETAS Situadas na faixa do zodíaco, isto é, uma faixa que envolve o equador celeste. São em número de doze: Carneiro, Touro, Gêmeos, Câncer, Virgem, Sagitário etc. Astros iluminados que giram eclipticamente em torno de uma estrela da qual recebe energia. Normalmente os planetas que estão mais próximos da estrela apresentam maiores temperaturas e maiores velocidades em seus movimentos; os mais distantes são mais frios e possuem menores velocidades ao realizarem seus movimentos. Austrais São exemplos: Marte, mercúrio, Terra, etc. Estão situadas no hemisfério sul celeste(um total de 48). São exemplos: Cruzeiro do Sul, Centauro, Cão Maior etc. OS SATÉLITES Zodiacais Astros também iluminados que giram em torno de planetas. Exemplo: A Lua. OS COMETAS Cometa Órbitas elípticas Corpos celestes cuja constituição é semelhante à das estrelas, embora apresente dimensões inferiores e um núcleo sólido. Planeta Satélite Apresentam três partes: Núcleo: parte central e sólida; Coma:camada núcleo central; gasosa que envolve OS PLANETÓIDES OU ASTERÓIDES o Pequenos “planetas” que gravitam entre as órbitas de Marte e Júpiter. Cauda: também constituída de gases que se desprendem da coma, devido ao seu movimento em torno da Estrela. Existem duas hipóteses atribuídas a origem desses pequenos planetas: uma delas afirma que seriam restos de um planeta desintegrado (Aster), a outra considera-os 69 como sendo matéria que nunca chegou a formar um planeta. Juntamente com estes corpos celestes, o sol forma um sistema ao qual denominamos planetário ou solar. Existem hoje já catalogados, cerca de 1.700 asteróides sendo ceres o maior de todos, possuindo aproximadamente 770km de diâmetro. Os menores planetóides apresentam diâmetros da ordem de 50km. SISTEMAS PLANETÁRIOS Durante vários séculos, baseados na teoria do astrônomo Cláudio Ptolomeu, que viveu em Alexandria, acreditava-se que a Terra estivesse imóvel no espaço, constituindo o CENTRO DO UNIVERSO. A este sistema deu-se o nome Geocêntrico. OS METEOROS Os meteoritos ou bólidos (bolsas de fogo) são pequenas partículas que, atraídas pela Terra, penetram em sua atmosfera com grande velocidade e devido ao atrito tornam-se incandescentes, recebendo o nome de “Estrelas Cadentes”. Treze séculos depois, mais precisamente em 1543 quando vigorava a teoria geocêntrica, o astrônomo polonês Nicolau Copérnico demonstrou ser o sol, e não a Terra, o centro do nosso sistema planetário, ao redor do qual giram os planetas e demais astros. Tendo como centro o sol (Hélio), tal sistema ficou conhecido como Heliocêntrico. Para melhor entendimento apresentaremos uma nova definição: METEOROS OU METEORITOS São corpos rochosos ou metálicos normalmente de pequenas dimensões, que podem atingir a superfície da Terra. Obs.: Chama-se órbita o caminho seguido por um astro para realizar um giro (movimento) completo em torno de outro. As órbitas dos astros são elípticas e variam em função da massa, da velocidade e da distância em relação ao outro. Esporadicamente grandes meteoritos atingem a superfície terrestre e a velocidade do impacto pode originar grandes crateras, como foi o caso da cratera barringer (no Arizona), que mede cerca de 1200m de diâmetro e 150m de profundidade. O SISTEMA SOLAR O sol, em sua trajetória pelo espaço, leva consigo uma série de outros astros, como os planetas e seus satélites, os cometas, os meteoros e os planetóides ou asteróides. 70 O SOL – CENTRO DO SISTEMA SOLAR A FORMA DA TERRA O astro-rei, como é conhecido o sol, apesar de 1.301.200 vezes maior do que a Terra, é uma estrela de média dimensão (5a grandeza) que, por estar mais próxima de nós (cerca de 150 milhões de km), parecenos maior do que as demais. A Terra apresenta um pequeno achatamento nas regiões polares e um abaulamento ou alongamento na região equatorial. A esta forma, toda própria da terra damos o nome de GEÓIDE ou ELIPSÓIDE DE ROTAÇÃO. Sua importância é vital, pois, sendo a principal fonte de energia para a Terra, é também responsável pela origem e manutenção da vida em nosso planeta. Do exterior para o inferior, apresenta as seguintes camadas: Coroa (parte mais externa, Cromosfera (Esfera de calor), Fotosfera (Esfera de Luz) e Núcleo A TERRA E UM GEÓIDE OS MOVIMENTOS DA TERRA Na realidade a Terra apresenta quatorze movimentos, porém, estudaremos apenas dois; o de Rotação e o de Translação. MOVIMENTO DE ROTAÇÃO O SOL É O CENTRO DO SISTEMA SOLAR O PLANETA TERRA A Terra gira em torno de um eixo imaginário que passa pelos seus pólos. A TERRA NO ESPAÇO Sentido A Terra do ponto de vista astronômica é tão somente um dos bilhões de astros que ocupa um lugar no universo. de oeste para leste (contrário aos ponteiros do relógio). Duração POSIÇÃO ASTRONÔMICA DA TERRA Se o referencial for o sol, a duração será de 24 horas (dia solar). Se o referencial for um astro fora do sistema solar, a duração será de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. (dia sideral). Em relação aos outros planetas do sistema solar, a Terra está localizada na 3a órbita na ordem de afastamento do sol, mais precisamente entre as órbitas de Vênus e Marte. Velocidade PEQUENA FICHA TÉCNICA DA TERRA 1.609km/h na altura do equador, reduzindose a zero nos pólos. Equatorial = 12.774km DIÂMETROS Polar = 12.713km CIRCUNSFERÊNCIAS Equatorial = 40.110km Polar = 40.009km 71 CONSEQÜÊNCIAS DO MOVIMENTO DE ROTAÇÃO CONSEQÜÊNCIAS DO MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO • A sucessão dos dias e das noites; • O abaulamento da Terra na região equatorial e o achatamento polar; • O nível oceânico no litoral leste dos continentes tem alguns metros a mais em relação ao nível oceânico no litoral oeste; • A circulação atmosférica e as correntes marítimas, influenciadas pela rotação terrestre, sofrem um desvio para oeste. Durante o seu movimento de translação, a Terra apresenta posições diferentes em relação ao sol, resultando as estações do ano. MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO Sentido de oeste para leste. • é desigual a duração dos dias e das noites • é desigual a distribuição de luz e calor na Terra conforme a época do ano; • as sucessões dos solstícios e equinócios. Duração AS ESTAÇÕES DO ANO A duração do movimento de translação da Terra é de aproximadamente 365 dias (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos). Se considerarmos essa fração de horas, minutos e segundos, teremos aproximadamente 6 horas, que serão somadas durante quatro anos e então teremos um ano Bissexto (Corresponde a 366 dias, esse dia será acrescentado no mês de fevereiro). Solstícios Correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul são desigualmente iluminados. Ocorrem nas seguintes datas: O eixo terrestre (Norte-Sul) mantém-se inclinado em relação ao plano de sua órbita (Plano da eclítica solar), determinando, juntamente com o movimento de translação, as seguintes conseqüências: A terra gira em torno do sol. 21 de dezembro – corresponde ao solstício de verão no hemisfério sul e coincide com a passagem do sol pelo Obs:As datas dos solstícios e equinócios variam de ano para ano, pois o movimento de translação não se faz de modo uniforme. A trajetória descrita pela Terra no seu movimento de translação chama-se órbita, medindo cerca de 930 milhões de km, sendo percorrida pelo planeta, em 1 ano, à velocidade média de 29,7km/seg. ou 106.800km/h. A figura a seguir mostra a translação da Terra e suas respectivas distâncias em relação ao sol. 72 os períodos de ocorrência das estações do ano. HEMISFÉRIO ESTAÇÃO SUL NORTE Verão 21/12 a 20/03 21/06 a 22/09 Outono 21/03 a 20/06 23/09 a 20/12 Inverno 21/06 a 22/09 21/12 a 20/03 Obs: As datas dos solstícios e equinócios variam de ano para ano, pois o movimento de translação não se faz de modo uniforme. Primavera 23/09 a 20/12 21/03 a 20/06 trópico de capricórnio, quando os raios solares ficam perpendiculares a esse trópico. Em consequência, esse hemisfério receberá maior quantidade de luz e calor e terá os dias mais longos que as noites. Essa data marca o início do verão no hemisfério sul e do inverno no hemisfério norte. A figura a seguir mostra a translação da Terra e suas respectivas distâncias em relação ao sol. 21 de junho – corresponde ao solstício de verão no hemisfério norte. Agora, é este que receberá maior quantidade de luz e calor, ficando com os dias longos e as noites curtas. No hemisfério sul teremos o oposto. Observando o desenho, notamos que a órbita da Terra é de forma elíptica e isso faz com que existam distâncias diferentes da Terra em relação ao sol. As distâncias estão representadas da seguinte forma: Equinócios Correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul são igualmente iluminados, coincidindo com a passagem do sol pela linha do equador. Os raios solar apresentam-se perpendiculares a essa linha. Os equinócios estabelecem igual duração dos dias das noites para ambos os hemisférios e ocorrem nas seguintes datas: A – (Afélio) Maior distância = 151 milhões de quilômetros. Ocorre no dia 8 de julho. B – (Periélio) menor distância = 148 milhões de quilômetros, acontece no dia 31 de dezembro. 21 de março – no hemisfério sul teremos o início do outono e da primavera no hemisfério norte. Como complementação, quando mencionamos a distância da Terra em relação ao sol, usamos sempre uma medida padrão que corresponde a 149.500.000 km, medida esta que chamamos de distância média e que na 23 de setembro – teremos no hemisfério sul o início da primavera e do outono no hemisfério norte. O quadro abaixo mostra 73 figura anterior está representada pela letra “C”. ROSA DOS VENTOS ORIENTAÇÃO PONTOS DE ORIENTAÇÃO O homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfície terrestre criou alguns pontos de orientação, baseando-se, para tanto, no nascer e no pôr do sol, (movimento aparente do sol). PONTOS DE ORIENTAÇÃO PRINCIPAIS PONTOS OU DIREÇÕES PONTOS CARDEAIS Existem várias direções ou rumos, que são chamados de pontos cardeais, pontos colaterais e pontos subcolaterais. A rosados-ventos assinala todas essas direções. PONTOS CARDEAIS São as principais ou primordiais direções. Baseiam-se no movimento aparente do sol. O lugar onde ele nasce é chamado de leste ou este ou ainda nascente. O lugar onde ele se põe é chamado de Oeste ou West ou ainda poente. Estendendo a mão direita para leste e a esquerda para oeste, encontramos mais dois pontos de orientação – norte, à nossa frente, e o sul, às nossas costas. PONTOS COLATERAIS PONTOS SUBCOLATERAIS N Norte NE Nordeste NNE NorteNordeste S Sul SE Sudeste ENE EsteNordeste L ou Leste E ou este SO Sudoeste ESE EsteSudeste O ou W NO Noroeste SSE SulSudeste SSO SulSudoeste OSO OesteSudoeste ONO OesteNoroeste NNO NorteNoroeste Oeste ou West PONTOS COLATERAIS MEIOS DE ORIENTAÇÕES Estão situados entre os pontos cardeais Existem diversos meios que permitem a um indivíduo orientar-se para um determinado rumo ou direção. Desde a antiguidade os meios empregados pelo homem são os astros (principalmente o Sol). PONTOS SUBCOLATERAIS Direções situadas entre os pontos cardeais e colaterais. 74 OUTROS MEIOS DE ORIENTAÇÃO Devido à grande extensão do nosso planeta, para facilitar a localização de qualquer ponto da sua superfície foram imaginadas algumas linhas em círculos. Para se traçar essas linhas foi necessário representar-se graficamente a Terra por meio de uma figura semelhante a sua forma – a Esfera. Nos extremos da espera terrestre estão situados os pólos norte e sul. A igual distância dos pólos, foitaçado no centro da esfera terrestre um círculo máximo – o Equador. O Equador divide a Terra horizontalmente em duas partes iguais – os hemisférios norte ou boreal e sul ou austral. A Bússola (instrumento de orientação mais utilizado). As constelações (Cruzeiro do Sul como exemplo) A estrela polar A lua O radar O rádio O computador. Em Tempo A Bússola comum ainda é utilizada pelas pequenas embarcações, enquanto as embarcações maiores costumam utilizar a agulha giroscópica, que indica diretamente o norte geográfico e não o norte magnético. Obs.: Hemisfério – meia esfera A bússola é constituída por uma agulha magnética convenientemente colocada sobre uma haste no centro de uma caixa cilíndrica. PARALELOS Paralelamente ao Equador, em ambos os hemisférios, Foram traçadas outras linhas ou círculos – os paralelos. Portanto, paralelos são círculos imaginários que atravessam a Terra paralelamente ao Equador. PRINCIPAIS PARALELOS Hemisfério Norte Hemisfério Sul A agulha está ligada a um círculo graduado e dividido com a rosa-dos-ventos. Este círculo é geralmente constituído de talco ou mica. Trópico de câncer = 23º27’ do equador Círculo polar ártico = 23027’ do pólo norte Trópico de capricórnio = 23027’ do equador Círculo antártico = 23027’ do pólo sul MERIDIANOS Atravessando perpendicularmente o Equador, temos também linhas ou círculos AS LINHAS IMAGINÁRIAS DA TERRA 75 que vão de um pólo a outro – os meridianos. A latitude e a longitude constituem as coordenadas geográficas. Portanto, as coordenadas geográficas são um conjunto de linhas imaginárias destinadas a auxiliar o homem na determinação de pontos ou acidentes geográficos na superfície terrestre. Assim como o Equador é o paralelo inicial ou de 00, os geógrafos convencionaram adotar um meridiano inicial. Este meridiano é conhecido também pelo nome de Meridiano de Greenwich, pelo fato de passar próximo de um observatório astronômico situado na cidade do mesmo nome, nas proximidades de Londres, Inglaterra. Esse meridiano divide a Terra verticalmente em dois hemisférios – o oriental ou leste e o ocidental ou oeste. LATITUDE Distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao Equador. A latitude varia de 00 a 900 (A partir do Equador) tanto para o Norte quanto para o Sul. Tomando-se por base o Meridiano Inicial ou de Greenwich, temos 180 meridiano no hemisfério oriental e 180 hemisfério ocidental. Obs.: Qualquer ponto da superfície terrestre que apresente a mesma latitude, obrigatoriamente estará no mesmo paralelo. A latitude é uma distância vertical LONGITUDE Corresponde à distâncias em graus que existe entre um ponto da superfície da Terra e o Meridiano de Greenwich. A longitude varia a partir do Meridiano Inicial = 00 até 1800 (antimeridiano) tanto para o Leste quanto para o Oeste. A longitude é uma distância horizontal. As coordenadas geográficas do ponto p são dadas pela sua distância até o Equador (latitude) e até o meridiano de Greenwich (longitude). COORDENADAS GEOGRÁFICAS Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude e da longitude determinar a posição exata de um ponto qualquer da superfície terrestre. 76 FUSOS HORÁRIOS FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL Para se estabelecer esse sistema, o globo terrestre foi dividido em 24 partes iguais as quais chamamos de fusos. Devido à distância longitudinal (oeste/leste) e considerando-se as ilhas oceânicas, o Brasil possui 4 Fusos Horários. Portanto: 1 fuso = 1 hora = 150 = 15 meridianos DESCRIÇÃO DOS FUSOS HORÁRIOS DO BRASIL Em seguida adotou-se o meridiano de Greenwich (00) como meridiano de origem ou de referência. 1º FUSO Hora em relação a Greenwich (-2 horas) (300 Long. Oeste) Em Tempo Abrange: As ilhas oceânicas do leste. São elas: O espaço da superfície terrestre compreendido entre 15 meridianos ou 150 recebe o nome de fuso horário. A Terra possui, portanto, 24 fusos horários, que representam às 24 horas do dia. Trindade e Martim Vaz Arquipélago de Fernando de Noronha Penedos de São Paulo e São Pedro Atol das Rocas Abrolhos. Obs: Dentro de um mesmo fuso horário, todos os lugares devem possuir oficialmente a mesma hora. Como a Terra gira de Oeste para Leste, devemos compreender que a hora aumenta para Leste e diminui para Oeste. 2º FUSO Hora em relação a Greenwich (-3 horas) (450 Long. Oeste) LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DA DATA Abrange: Estabelecido o sistema de fusos horários, tornava-se necessário determinar o meridiano a partir do qual deveríamos começar a contagem de um novo dia. Escolheu-se para tal fim o Meridiano de 1800 ou Linha Internacional da Data (Isso em relação ao Meridiano de Greenwich), onde ocorre a mudança de data. Amapá, Pará, Tocantins, todos os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul e, ainda, Goiás e Distrito Federal. Este é o fuso oficial do Brasil. 3º FUSO Hora em relação a Greenwich (-4 horas) (600 Long. Oeste) Abrange 77 Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre e Amazonas. Isto significa que o objeto da representação foi reduzido em duzentos mil vezes para ser transportado para o Mapa. CARTOGRAFIA GRÁFICA, representada por uma linha dividida em partes iguais na qual encontramos diretamente os valores. A representação gráfica da terra é uma tarefa que cabe a um importante ramo da ciência geográfica – a Cartografia. 0 O objetivo da Cartografia é estudar os métodos científicos mais adequados para uma melhor e mais segura representação da Terra, ocupando-se, portanto, da confecção e análise dos Mapas e Cartas Geográficas. 5Km 10Km 15Km 20Km 25Km 30Km 1cm No exemplo anterior, cada espaço correspondente a 5km verdadeiramente do terreno. Um mapa é feito em grande escala quando a redução ou o denominador da fração é pequeno (1: 50.000; 1: 30.000). Um mapaé elaborado em pequena escala quando a redução ou o denominador da fração é grande (1: 500.000; 1: 10.000.000). Obs.: Mapas – Representações cartográficas de pequena escala. Cartas – Representações gráficas de grande escala. Existem duas formas de representarmos graficamente o nosso planeta: através dos globos e dos mapas. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS ESCALAS A projeção é uma técnica que permite a representação de umasuperfície esférica (a Terra) numa superfície plana (o Mapa), ou seja, consiste em se projetar a rede de paralelos e meridianos da esfera terrestre sobre um plano. Para reproduzirmos a Terra ou parte dela, em um mapa, precisamos diminuir o tamanho da área a ser representada. A escala é a maneira pela qual podemos reduzir uma área com a finalidade de reproduzi-la no mapa. Neste trabalho vamos mostra apenas três tipos de projeções. TIPOS DE ESCALAS PROJEÇÃO CILÍNDRICA NUMÉRICA ou ARITMÉTICA, representada por uma fração ordinária ou sob a forma de uma razão – 1:200.000. Esta projeção idealizada pelo cartografo Mercator, consiste em projetar a superfície terrestre, paralelos e meridianos sobre um cilindro. 78 Neste tipo de projeção, muito utilizada na confecção dos planisférios, os paralelos e meridianos são representados por linhas retas que se cruzam em ângulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados à medida que se aproximam dos pólos, acarretando grandes distorções mas altas latitudes. 2 – os meridianos são linhas retas, partindo do pólo e os paralelos são círculos concêntricos. 3 – as regiões polares e áreas circunvizinhas são representadas com pequenas distorções. 4 – essa projeção é bastante utilizada na navegação aérea. PROJEÇÕES CÔNICAS Neste tipo, a superfície da Terra é representada sobre um cone imaginário, que está em contato com a esfera em determinado paralelo. Obs.: O globo terrestre é a única forma fiel de representação da Terra. A ESTRUTURA DA TERRA Em termos globais, a estrutura da Terra apresenta-se com características bem distintas, cujos nomes derivam de seus elementos formadores, que são: Por essa projeção, obtemos mapas ou cartas com meridianos formando uma rede de linhas retas, que convergem para os pólos, e paralelos constituindo círculos concêntricos que têm o pólo como centro. Na projeção cônica, as deformações são pequenas próximas ao paralelo de contato, mas tendem a aumentar à medida que as zonas representadas estão mais distantes. Devemos recorrer a este tipo de projeção para representarmos mapas regionais, onde são apresentadas apenas pequenas partes da superfície terrestre. Elementos gasosos Elementos líquidos Elementos sólidos Elementos biológicos Elementos tecnológicos Por isso, as camadas da Terra são: Atmosfera: camadas gasosas que envolve a Terra; Hidrosfera: camada líquida da Terra; Litosfera: camada sólida da Terra; Biosfera: corresponde à camada biológica, isto é, aos seres vivos animais e vegetais. Tecnosfera: camada apoiada na superfície da Terra, que corresponde a todos os produtos tecnológicos criados pelo homem. PROJEÇÃO AZIMUTAL 1 – o pólo é projetado no centro do plano. 79 A FORMAÇÃO DA TERRA A PARTIR DA SUPERFÍCIE 2 – Magma Pastoso: esta camada está subdividida em três: LITOSFERA OU CROSTA TERRESTRE Manto: camada situada logo abaixo do ‘Sima”. Tem uma espessura de 1.20km e temperatura em tono de 3.400oC. O manto é constituído de silicatos ferromagnesianos e encontra-se em estado pastoso. Todos os estudos realizados até o momento levam a supor que a Terra seja formada, da superfície para o interior, porvárias camadas concêntricas, de constituição e aspectos bem diferentes. Camada intermediária ou núcleo externo Situada entre o manto e o núcleo central, encontra-se também em estado líquido. Sua espessura é de aproximadamente 1.700m e a temperatura pode atingir 4000ºC. Núcleo Interno ou Núcleo Central Também chamada de Nife (Níquel e ferro a temperatura é de 5000ºC). 1 – Litosfera ou Crosta Terrestre: Camada externa e consolidada, com espessura aproximada de 70km nas regiões montanhosas e em torno de 10km nas bacias oceânicas. É de 50km a espessura média nos continentes. CONSTITUIÇÃO DA LITOSFERA A litosfera está constituída por rochas e minerais. As rochas são formadas por minerais e estes pelos elementos químicos. A Litosfera está subdividida em outras duas camadas. O Sial e o Sima. OS MINERAIS Sial Mineral é um elemento ou composto químico de composição química definida, resultante de processos inorgânicos e encontrado naturalmente na crosta terrestre. porção superior da crosta, correspondendo ao solo e subsolo, principal domínio das rochas graníticas e sedimentares. Predominância de silicatos de alumínio. Espessura: de 15 a 25km. Composição química definida Sima Cada mineral apresenta sempre a mesma composição. A hematita será sempre Fe2O3. porção inferior da litosfera, com predomínio de rochas basálticas e dos minerais de silício e magnésio. Espessura: de 30 a 35km. Portanto: 80 HEMATITA = Dias elementos químicos de ferro (Fe2) + três elementos químicos de oxigênio (O3) = Fe2O3. ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS São rochas bastante antigas e resistentes, formadas através da solidificação do magma. As rochas magmáticas ou ígneas formamse a partir de dois processos; ROCHAS MAGMÁTICAS INTRUSIVAS OU PLUTÔNICAS Resultante de processos inorgânicos Os minerais não podem ser formados por processos orgânicos. Encontrado terrestre naturalmente na crosta Formam-se através da lenta solidificação do magma pastoso ainda no interior da crosta terrestre. Os minerais formadores desse tipo de rocha são macroscópicos. (mais desenvolvidos). Qualquer produto produzido artificialmente pelo homem não pode ser considerado mineral. AS ROCHAS ROCHA Agregado natural formado de um ou mais minerais (Inclusive material orgânico) e constitui a camada sólida da Terra. ROCHAS MAGMÁTICAS EXTRUSIVAS OU VULCÂNICAS A GÊNESE DAS ROCHAS Originam-se a partir da rápida solidificação do magma quando entra em contato com o exterior (ar ou água). Os minerais que formam essas rochas são microscópicos. (Menos desenvolvidos). Rochas magmáticas GÊNESERochas sedimentares Rochas metamórficas Em Tempo: Na litosfera, é a seguinte, a participação das rochas. Rochas magmáticas e metamórficas = 95% Rochas sedimentares = 5% Participação das rochas na superfície terrestre. ROCHAS SEDIMENTARES Rochas sedimentares = 75% Rochas ígneas e metamórficas = 25% São formadas tanto pela destruição e posterior acumulação de sedimentos de 81 outras rochas (Magmáticas e Metamórficas) como também por processos químicos e orgânicos ocorridos na crosta terrestre. Após a acumulação, os sedimentos entram num processo de cimentação (União e solidificação), também conhecido como diagênese. Sedimentares Orgânicas: calcário, dolomito, carvão mineral. Químicas: sal-gema, estalactite, estalagmite. Metamórficas A PARTIR DOS MINERAIS DEPOSITADOS, AS ROCHAS SEDIMENTARES OCORREM DAS SEGUINTES MANEIRAS: Rocha inicial Arenito Argila Siltito Calcário Granito Detriticas ou Clásticas: também chamadas de mecânicas, formam-se através de fragmentos de outras rochas. Quartzito Adósia Filito Mármore Gnaisse GEOMORFOLOGIA Orgânicas: formadas pela decomposição dos seres vivos (Animais e vegetais). O MODELADO DA CROSTA TERRESTRE Basicamente o modelado terrestre apresenta as seguintes configurações: Montanhas, Planaltos, Planícies e Depressões (Absolutas e relativas). Químicas: originam-se a partir de processos químicos, tais como a dissolução e posterior precipitação. RELEVO ROCHAS METAMÓRFICAS É a existência de desníveis que se processam na superfície. É na realidade as diferentes configurações da superfície do globo terrestre. São resultantes de transformações sofridas por rochas preexistentes (antigas) submetidas a novas condições de temperatura e pressão (Magma pastoso). Exemplos das rochas anteriormente. Magmáticas ou ígneas Rocha metamórfica citadas Intrusivas: granito, sienito, diorito, gabro. A geomorfologia é a ciência que estuda as diversas formas de relevo, observando a origem, estrutura, natureza das rochas, a ação do clima sobre a região. Estas diferentes formas de relevo resultam da ação de dois conjuntos de fatores Extrusivas: basalto, riólito, diabásio, obsidiana. Clásticas: argilito, arenito, tilito, varvito, areia. 82 denominados agentes do relevo. São os seguintes: Tectonismo (Diastrofismo) São distorções provocadas por forças oriundas do interior da crosta terrestre, que atuam de maneira lenta e prolongada. Internos ou endógenos Atuam do interior superfície.(Modeladores) para a O tectonismo a partir das forças exercidas na Terra, se apresenta de duas formas: Subdividem-se em: MOVIMENTOS OROGÊNICOS Tectonismo Vulcanismo Abalos Sísmicos Quando as forças ou pressões atuam horizontalmente ou tangencialmente em camadas rochosas de maior plasticidade (menor resistência), provocando dobramentos ou enrugamentos na superfície da Terra. Externos ou Exógenos Atuam na superfície (Modificadores) da Terra Em Tempo: Subdividem-se em: Estas rochas citadas como de maior plasticidade são as sedimentares. Intemperismo Águas correntes Ventos Mares / oceanos Geleiras Seres vivos ESTUDO DOS AGENTES ENDÓGENOS OU INTERNOS FORÇAS INTERNAS ALGUNS DOS DOBRAMENTOS DA TERRESTRE São causadas pelas contrações na crosta terrestre, devido ao deslocamento das placas tectônicas (massas continentais), provocando forças laterais e pressão do magma pastoso. PRINCIPAIS CROSTA Cordilheira do himalaia Montanhas rochosas Alpes suícos Cordilheira dos Andes Alpes Escandinavos Obs.: Estes dobramentos datam da era cenozóica (período terciário). 83 MOVIMENTOS EPIROGÊNICOS O RELEVO VULCÂNICO Ocorrem através da ação de foças ou pressões exercidas verticalmente em camadas rochosas de maior resistência (pouca plasticidade) provocando o levantamento ou rebaixamento de determinadas áreas da crosta terrestre. As erupções vulcânicas originam duas características predominantes de relevo: Como consequência fraturas. disso, temos O postiço, desde que não tenha nenhuma relação estrutural com a superfície preexistente, e a rapidez com quese constitui. as A forma mais comum desse tipo de relevo, pelo que se observa, é o cone vulcânico. As fraturas podem apresentar-se sob dois diferentes aspectos. Em certos casos, porém, quando o material proveniente do manto não rompe a superfície e se introduz entre as camadas das rochas da crosta, temos a formação de um lacólito. Diáclase: Simples brecha que se abre, sem provocar desnivelamento do terreno. Paráclase ou Falha: quando as camadas se desnivelam, ficando em posições diferentes. Esse tipo de fratura apresenta maiores deformações na superfície. AS PARTES DE UM VULCÃO DISTRIBUIÇÃO VULCÕES VULCANISMO Fenômeno de expulsão, atividade pela qual o material magmático oriundo do manto chega à superfície terrestre. Ocorre a erupção vulcânica, quando o material atinge a superfície através de uma fenda ou abertura. 84 GEOGRÁFICA DOS O Círculo de Fogo ou Cinturão de Fogo Gases: São os gases e vapores produzidos pela atividade vulcânica. Os mais comuns são os vapores de água (80 a 95% do total) e as fumarolas, verdadeiras nuvens ardentes com temperaturas que podem alcançar até 8000C. É nas zonas de fraturas recentes, que aparece a maior quantidade de vulcões extintos ou ativos da crosta terrestre. Existem duas extensas regiões do globo em que os vulcões são mais frequentes: são os chamados Círculo de fogo ou Cinturão de Fogo. O VULCANISMO NO BRASIL Atualmente o Brasil não apresenta nenhum vulcão ativo, porém, no passado geológico ocorreram intensas atividades. Círculo de Fogo do Atlântico Abrange as crateras das Antilhas, de Açores e de Cabo Verde, da Islândia, além de alguns vulcões africanos. Na realidade, a antiguidade geológica do território brasileiro impede o aparecimento de vulcões modernos. A principal manifestação vulcânica ocorreu no final da era mesozóica afetando grande parte do sul do país (planalto meridional). Círculo de Fogo do Pacífico É representado por cerca de 80% dos vulcões e forma um alinhamento que se estende ao longo das cadeias montanhosas mais novas da Terra (Terciário), como por exemplo, o sistema montanhoso da América Central, Japão e Filipinas, e as montanhas rochosas (América do Norte) MATERIAIS EXPELIDOS ATIVIDADES VULCÂNICAS: As principais áreas, do Brasil, afetadas no passado por atividades vulcânicas são: O sul do país e o planalto de poços de caldas. As ilhas oceânicas A Bacia Amazônica. Pequena área do interior do Nordeste PELAS Lavas: Material magmático em estado de fusão derramado sobre a superfície terrestre. Material Piroclástico (Blocos e Bombas): Material formado pela fragmentação das rochas lançadas pelo vulcanismo. Blocos: são matérias que já saem do vulcão em estado sólido. Bombas: são massas de lavas que se consolidam na atmosfera durante a trajetória. 85 ABALOS SÍSMICOS Em relação à escala de medição da intensidade dos tremores, atualmente a mais usada é a Richter. Esta escala mede a quantidade de energia liberada por cada abalo. No Brasil, por causa, de desmoronamentos internos os Abalos Sísmicos ocorrem em áreas bastante restritas como: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará. Os abalos sísmicos quando ocorrem nas superfícies continentais são chamados de Terremotos e de Maremotos, quando se processam nos substratos oceânicos. Portanto, os Abalos Sísmicos, correspondem a movimentos vibratórios naturais em zonas internas da crosta terrestre que se propagam através de ondas denominadas sísmicas. O TRABALHO DOS EXTERNOS EXÓGENOS(Modificadores) CAUSAS AGENTES OU Desmoronamentos internos Vulcanismo Tectonismo Atuam na superfície da Terra. HIPOCENTRO Conjunto de fenômenos físicos, químicos e biológicos que opera na natureza, provocando a desintegração e decomposição das rochas. O produto final desse conjunto de fenômenos é um material arenoso chamado manto intemperismo ou regolito. Intemperismo ou Meteorização Local do interior da Terra onde se origina o Sismo. O hipocentro também chamado de Foco, pode estar situado desde a proximidade da superfície terrestre até uma profundidade de 650km (aproximadamente). Os focos situados próximos à superfície denominam-se Rasos, os situados a grande profundidade são os profundos e os demais recebem o nome de intermediários. A Ação das Águas Correntes Os mais importantes modificadores do relevo: os enxurradas e as torrentes. agentes rios, as EPICENTRO Obs.: São três, os destinos das águas das chuvas ao caírem na superfície terrestre: Área da superfície terrestre onde se manifesta o tremor (a movimentação final). Evaporação Infiltração Escoamento superficial Em Tempo Sismógrafo – Instrumento que registra automaticamente os fenômenos sísmicos, ainda no interior da litosfera. Esta ação do escoamento superficial pode acarretar, entre outras coisas, a formação de ravinas e voçorocas (Incisões e sulcos 86 mais ou menos profundos e extensos no solo). As ravinas e voçorocas, são uma forma de erosão do solo, devido à falta de coberturas vegetais. O homem tem participação indireta nesse processo. Ex: delta do rio Nilo (o maior do mundo) A Ação dos Ventos Os ventos realizam trabalhos de destruição e construção no relevo. Trabalho dos Ventos Destruição ou erosão eólica; transporte e deposição Transporte. Construção ou acumulação eólica: Dunas e Loess (deposição) O TRABALHO DO MAR OU DO OCEANO A ação do oceano realiza-se principalmente ao longo da orla marítima, no contato com o continente, através das ondas. Ocorre um trabalho constante, ora destruindo as rochas através da erosão, ora acumulando sedimentos nos locais apropriados (retirando as saliências e preenchendo as reentrâncias). O Trabalho dos Rios Os rios executam os seguintes trabalhos no modelado da terra: Erosão fluvial Transporte Acumulação ou sedimentação fluvial Erosão marinha ou abrasão Ocorre geralmente em costas altas. A abrasão é consequência do incessante movimento das vagas (ondas) que atingindo a base das costas elevadas, faz com que haja desmoronamento da parte superior. Desta forma, a costa sofre contínuo recuo (transgressão marinha). As costas altas e abruptas resultantes desse trabalho chamam-se Falésias. O trabalho final dos rios é a consequente formação de Planícies Fluviais, Meandros e Deltas. 87 A figura abaixo mostra uma abrasão A AÇÃO DO HOMEM NO MODELADO TERRESTRE O homem através do seu processo evolutivo, vem realizando profundas transformações no modelado da Terra, abrindo túneis, construindo estradas, promovendo aterros e etc. O homem vem constituindo-se num poderoso agente modificador do quadro natural e da paisagem geográfica. As devastações de florestas, cortes de barreiras em estradas (talude), a construção de moradias nas encostas e etc, constituem, num futuro não distante, profundas alterações, conhecidas como erosão Antrópica. (Antropogenética acelerada, anormal ou biológica). Obs: O trabalho final das águas oceânicas e marítimas nos litorais, é a formação de praias, restingas, tômbolos e recifes. As Geleiras ATMOSFERA Como definição temos que a atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra acompanhando-a em todos os seus movimentos. As geleiras são enormes massas de gelo que se acumulam nas regiões onde a queda de neve é superior ao degelo. São também, um importante agente modelador do relevo terrestre. A COMPOSIÇÃO DO AR Em Tempo As geleiras formam na superfície da terra, os circos glaciais (que na atualidade correspondem aos lagos de origens glaciais) e os vales glaciais que hoje dão uma ideia dos fjords. 78% - Nitrogênio (azoto) 21% – Oxigênio 1% - Gases raros Deposição ou acumulação glacial – ao descer pelas encostas montanhosas e pelos vales, as geleiras transportam grande quantidade de fragmentos de rochas. Quando depositados, formam as chamadas Marainas ou Morenas. TROPOSFERA CAMADAS DA ATMOSFERA A partir do nível do mar, é a primeira camada da atmosfera. É portanto, a camada que está em contato com a superfície do planeta. Espessura de 11 a 16km; 88 ESTRATOSFERA AS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA Apresenta-se acima da troposfera Espessura de aproximadamente 50km; Sabemos que a temperatura atmosférica varia de lugar para lugar. Essas variaçõesexistem em função de alguns fatores, as quais se destacam: MESOSOFERA Aqui tem início a chamada atmosfera superior. Vai da tropopausa até 80km de altitude. Ao contrário da estratosfera, a temperatura diminui com a altitude (o aré muito rarefeito), podendo atingir – 900C no limite superior. LATITUDE IONOSFERA Quanto maior for a altitude, menor será a temperatura. O aumento da latitude decréscimo da temperatura. acarreta o ALTITUDE Localiza-se acima da mesosfera. Apresenta as seguintes características principais: Prolonga-se até cerca de 600km de altitude. CONTINENTE X OCEANO (continentalidade x maritimidade) As água cuja absorção de calor é mais demorada em relação aos continentes, levam mais tempo para devolver o calor à atmosfera. Quando as superfícies continentais já se resfriaram, os ventos quentes (Brisas marinhas), que sopram do oceano,amenizam os rigores da temperatura. Isto explica a maior regularidade térmica que geralmente as regiões litorâneas apresentam, comparadas com as áreas mais interiores. EXOSFERA Além da ionosfera, admite-se a existência da exosfera, extremamente rarefeita, chegando até 650 km de altitude. A TEMPERATURA DA ATMOSFERA A temperatura atmosférica é “o estado térmico ar atmosférico”, isto é, o estado quente ou frio da atmosfera. É através dos raios refletidos que se dá o aquecimento atmosférico. MEDIDAS DA TEMPERATURA MEDIAS TÉRMICAS Obtemos a temperatura média diária através de várias observações feitas durante um dia, e por meio de uma média aritmética resultando da soma das temperaturas e sua divisão pelo número de observações. 89 Temperatura Média = Soma das Temperaturas Número de medições durante, no mínimo oito meses e estações do ano bem definidas. É importante salientar que as médias, além de diárias, podem ser mensais ou anuais. FRIA AMPLITUDES TÉRMICAS Com apenas quatro meses de temperatura acima de 100C e sem verão. Correspondem à diferença entre as máximas e as mínimas temperaturas de um dia, mês ou ano. As linhas que unem mapa pontos de mesma amplitude térmica denominam-se isoamplitudes. POLAR Apresenta temperatura sempre inferior a 100C. ISOTERMAS São linhas que unem mapa unem pontos de igual temperatura. ZONAS TÉRMICAS OU CLIMÁTICAS DA TERRA A partir da variação térmica, podemos dividir a Terra em várias zonas: EQUATORIAL / TROPICAL PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS SUPERFICIAIS Apresenta pequenas amplitude térmica anual e médias anuais normalmente acima de 200C. São representadas pelo nevoeiro neblina, pelo orvalho e pela geada. ou Nevoeiro ou neblina SUBTROPICAL É a condensação do ar junto à superfície (mais fria que o ar). O ar quente perde calor para a superfície e se condensa, formando gotículas suspensas no ar (é o nevoeiro). Faixa da Terra que apresenta temperatura superior a 200C durante o período de um a oito meses do ano. A amplitude térmica de inverno e verão varia de 70 a 180C, de acordo com a latitude e o afastamento do mar. Orvalho TEMPERADA Formam-se durante a noite devido ao resfriamento do ar próximo à superfície terrestre. Esse resfriamento do ar faz com que o vapor de água irradiado da Terra se Corresponde a região da Terra que apresentam temperatura inferior a 200C 90 condense próximo à superfície, originando gotas de água sobre as plantas e outros objetos. congelamento. A precipitação dogranizo (chuva de pedra) ocorre durante o verão, por ocasião das trovoadas ou em momentos de tempestade. É uma forma muito violenta de precipitação e, por isso mesmo, capaz de provocar danos consideráveis, principalmente na agricultura. Geada Quando a temperatura da superfície atinge o ponto de congelamento antes de ocorrer a saturação. O vapor de água se transforma diretamente em uma delgada camada de gelo, que é a geada. Isto acontece quando o céu está bastante limpo, permitindo rápida dissipação do calor irradiado pela Terra. Chuva É a mais comum das precipitações e a mais benéfica para o homem e demais seres vivos. Ela resulta do contato de uma nuvem saturada de vapor de água com uma camada de ar frio. Existem três tipos de chuvas: PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS NÀOSUPERFICIAIS São representadas pela neve, pelo granizo e pela chuva, a mais importante de todas. CLIMATOLOGIA A climatologia se encarrega de estudar os diversos tipos de climas da Terra. Antes de iniciarmos o estudo propriamente dito, torna-se extremamente importante apresentarmos a diferença entre Clima e Tempo. Neve Resulta da cristalização do vapor de água no interior ou um pouco abaixo das nuvens, (os cristais de neve possuem formas bastante curiosas e variadas, apesar de sempre apresentarem estrutura hexagonal). A precipitação da neve ocorre em regiões onde a temperatura atmosférica é suficientemente baixa para evitar que os cristais entrem em fusão. O acúmulo da neve nas regiões frias, polares de altas montanhas é responsável pela formação das geleiras. Tempo O tempo é algo momentâneo, isto é, ele pode mudar diariamente ou mesmo de uma hora para outra. Ele reflete as condições atmosféricas do momento. Portanto, tempo é o estado momentâneo da atmosfera. Granizo Clima É constituído pelo gelo. Sua formação deve-se às fortes correntes conectivas, que realizam o transporte das gotas de água condensadas para as camadas mais elevadas e mais frias, onde se dá o O clima é dinâmico e ao mesmo tempo duradouro. É definido pela sucessão habitual de tipos de tempo durante um longo período. 91 O ESTUDO DO CLIMA CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN O estudo do clima de uma região dever ser precedido da análise de todos os elementos e fatores que nele interferem. Uma das mais tradicionais e mais utilizadas, essa classificação considera separadamente cada um dos elementos do clima, tomando por base a temperatura e as precipitações atmosféricas, e representa-os com letras maiúsculas e minúsculas: a primeira é maiúscula e indica a característica geral do clima; a Segunda é normalmente minúscula e representa o regime pluviométrico, porém com algumas exceções; a terceira é também minúscula e indica a temperatura da região. OS ELEMENTOS CLIMÁTICOS Os elementos do clima são originários da própria atmosfera. Observe o esquema: Elementos do Clima Temperatura Massas de ar Ventos Pressão atmosférica Umidade do ar Nuvens Orvalho Geada Dessa maneira temos: 1a LETRA (Característica geral do clima) A – Climas quentes e úmidos (Equatoriais e tropicais chuvosos) B – Climas secos (pouca umidade) C – Climas mesotérmicos úmidos (subtropicais e temperados). D – Climas microtérmicos úmidos (temperados continentais frios). E – Climas polares. F – Climas de montanhas. Precipitações Líquidas: Garoa e Chuva Sólidas: Nuvem e Granizo OS FATORES CLIMÁTICOS Os fatores climáticos têm a particularidade de modificar os elementos climáticos, pois eles atuam indiretamente nos climas. São eles: 2a LETRA (Intensidade e distribuição das chuvas) Fatores do Clima f – Sempre úmido (ausência de estação seca) m – Monçônico (com uma estação seca) s – Chuvas de inverno e outono w – Chuvas de verão w’- Chuvas de verão e outono Latitude Altitude Continentalidade Maritimidade Correntes marítimas Coberturas vegetais. Aglomerados urbanos 3a LETRA (temperatura da região) a – Verão quente 92 b – Verão moderadamente quente (brando) c – Verão moderadamente frio d – Inverno muito frio h – Quente ou sempre quente (árido e semi-árido). k – Moderadamente frio (árido e semiárido). Índico Ocupa uma área aproximada de 73 milhões de km2. Devido a sua localização, é o oceano que apresenta maiores médias térmicas. Oceano Glacial Ártico Obs: Com uma área de aproximadamente 14 milhões de km2, é o menor dos oceanos. Durante quase todo o ano grande parte de suas águas se apresenta congelada. Há determinadas classificações em que a 2a letra é maiúscula. São elas: S – Estepes W – Deserto F – Gelo perpétuo T – Tundra. OS MARES Mares são grandes extensões de águas salgadas, situadas nas margens dos oceanos ou no interior dos continentes. Apresentam características físico-químicas próprias como; profundidade, salinidade, cor das águas e temperatura. OS OCEANOS ATUAIS Pacífico O mais extenso dos oceanos, abrangendo uma área de aproximadamente 165 milhões de km2, portanto maior do que a área de todos os continentes e ilhas juntos. No pacífico, estão as maiores profundidades oceânicas, como por exemplo: Fossa de Mindanau com 11.033m. Classificação dos Mares Abertos ou Costeiros Se comunicam amplamente com os oceanos ou outros mares. Exemplo: Mar do Norte e Mar das Antilhas Atlântico Interiores ou Mediterrâneos É o mais importante de todos os oceanos, devido a intenso comércio, as comunicações e ao turismo entre a América do Norte e a Europa. É o segundo oceano mais extenso, com uma superfície de 82 milhões de km2. São aqueles que comunicam-se com os oceanos ou outros mares através de estreitos ou canais. Exemplo: Mar Negro e Mar de Mármara 93 Débito, descarga ou vazão – é o volume de água que passa pela secção transversal de um determinado ponto do rio; Isolados ou Fechados Não apresentam nenhuma comunicação com oceanos ou outros mares. Estão inteiramente no inteiro dos continentes. Esses mares são muito influenciados pelas características da região onde estão situados. Margem – é a parte de terras marginal às águas do rio; Bacia fluvial – é o conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes; OS RIOS Drenagem exorréia – são os rios que direta ou indiretamente (caso dos afluentes) deságuam no mar; Rios são correntes de água que movimentam-se pelas massas sólidas. Podem se originar de fontes ou nascentes, água das chuvas e fusão da neve. Drenagem endorréica – são os rios que direta ou indiretamente deságuam dentro dos continentes. A RESPEITO DOS RIOS, SAIBA QUE: Drenagem arréica – quando as águas desaparecem por infiltração ou evaporação. Nascente ou cabeceira – é o local onde o rio nasce; Foz ou desembocadura – é o local onde o rio desemboca. Pode ser no mar, num lago ou em outro rio. Os tipos de foz são : estuário, delta e mista; PRINCIPAIS RIOS E BACIAS FLUVIAIS DO MUNDO AMÉRICA DO NORTE Alto curso ou curso superior – é a parte do rio próxima a nascente ou cabeceira; Mississipi-Missouri São Lourenço Colorado Tenessi Ohio Grande Mackienze Hudson Curso médio – é a porção intermediária do rio; Baixo curso ou curso – é a parte do rio próximo a foz; Montante – é a parte do rio em direção a nascente a partir de um determinado ponto; Jusante – é a parte do rio em direção a foz a partir de um determinado ponto; AMÉRICA DO SUL Leito – é a superfície banhada pelas águas; Amazônica Platina São Francisco Magdalena Orinoco Talvegue – é a parte mais profunda do leito fluvial; 94 Tocantins – Araguaia Xingu Uruguai Paraguai Obs: As bacias hidrográficas brasileiras são divididas em dois grupos: 1 – Bacias Secundárias – menores e menos importantes. Exemplos: Bacia do Norte-Nordeste Bacia do Leste Bacia do Sul-Sudeste EUROPA Sena Reno Tibre Rio Pó Tâmiza Volga Dinieper Danúbio Ródano Teju Elba Vístula 2- Bacias Principais – maiores e mais importantes Exemplos: Amazônica (a maior do mundo) São Franciscana (Bacia da Integração Nacional) Tocantins Araguaia Bacia Platina (formada pelos rios Paraguai, Uruguai e Paraná). ÁSIA Lena Ienissei Tigre Eufrates Mecongue Huang-ho Yang-Tse-kyang Cikiangue Indo Brahmaputra Ural Conceito Conjunto de terras, banhadas ou drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. GEOGRAFIA HUMANA ÁFRICA Estudo das Relações Homem / Natureza. É o estudo do espaço geográfico (Humanizado). Nilo Branco Nilo Azul Niger Zambeze Congo Okavango DEMOGRAFIA É o estudo da população humana. 95 Termos normalmente empregados no estudo demográfico. 1º China – 1,35 bilhão de habitantes 2º Índia – 1,2 bilhão de habitantes 3º E.U.A – 314 milhões de habitantes 4º Indonésia – 203 milhões de habitantes 5º Brasil 240 milhões de habitantes • População Absoluta (P.A.) São todos os habitantes de uma região. • País povoado Obs.: Região – Sentido de espaço, de continente, país, região de um país, estado, etc. Como exemplo temos: Aquele que apresenta elevada densidade demográfica. Exemplos: P.A. – Mundo – mais de 6,5 bilhões de habitantes. P.A. – Brasil – 203 milhões de habitantes (2008) P.A. – Pernambuco – aproximadamente 8,2 milhões de habitantes. Mônaco – 17,5 mil H / Km² Cingapura – 5,6 mil H / Km² Vaticano – 2,3 mil H / Km² Malta – 1,2 mil H / Km² Bangladesh – 1000 H / Km² • RECENSEAMENTO OU CENSO População Relativa ou densidade demográfica (P.R ou D.D) Estatística da população. Refere-se ao levantamento ou à coleta periódica de dados estatísticos dos habitantes de um determinado lugar (país, estado, região de um país, cidade, etc). É o número de habitantes por quilômetros quadrado (Km²). AD.D do Brasil é obtida da seguinte forma: 203 milhões de habitantes – P.A. 8,2 milhões de km² - área territorial. Os dados estatísticos de recenseamento dizem respeito diversos aspectos populacionais, como: D.D ou P.R (Brasil) = 203 milhões de Hab. 8,2 milhões de km² um aos tais D.D (Brasil) = 24 H/Km² (aproximadamente) - População absoluta - População rural - Movimentos migratórios internos externos - População urbana. - Crescimento demográfico. - Taxas de natalidade e de mortalidade. - Casamentos. - Faixas etárias - População ativa e inativa - Sexo, cor, etc. Obs: A D.D não reflete a real distribuição da população de uma região. • País populoso Quando apresenta elevada população absoluta, independentemente do espaço territorial. Exemplos: 96 e CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO Obs.: Países desenvolvidos velhos (industrializados da Europa Ocidental) – foram os primeiros a atingir essa fase, principalmente durante o século XIX. A população mundial tem crescido de modo contínuo ao longo do termo, porém com intensidade e proporções diferentes. Observe a tabela, cujos dados abrangem um período aproximadamente de 10.000 anos. Países desenvolvidos novos (E.U.A., Canadá, Japão, Rússia), essa fase ocorre na primeira metade do século XX. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL Ano 8000 a.C 1d.C 1.650 1.800 1.850 1.900 1.950 2.000 2.025 2.050 População em milhões 5 250 500 900 1.200 1.600 2.500 6.100 8.200 9.500 FASES DE POPULACIONAL • Países subdesenvolvidos – a partir da segunda metade do século XX (após a segunda guerra mundial). Fase rápida = alta natalidade – baixa mortalidade • CRESCIMENTO Primeira fase – fase do crescimento lento. Dos primórdios da humanidade até o final do século XVIII, aproximadamente. Elevada taxa de natalidade e elevada taxa de mortalidade, o que explica o baixo índice de crescimento demográfico. Estagnação = baixa natalidade e baixa mortalidade – transição demográfica Fase lenta = alta natalidade – alta natalidade TAXAS INDICATIVAS CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO Obs: A média de vida da população era baixa. • Terceira fase – Estagnação ou baixíssimo crescimento. Típica dos países desenvolvidos velhos. Caracteriza-se pela ocorrência de baixas taxas de natalidade e de mortalidade, resultando em baixíssimo crescimento e até mesmo em estagnação do crescimento populacional. A transição demográfica encontra-se concluída. DO • Natalidade – TN = Nº de nasc x 1000 P.A Elevada nos P.S. (Países subdesenvolvidos) Segunda fase– fase de crescimento rápido. Elevadas taxas de natalidade e baixas taxas de mortalidade. Nesta fase ocorre grande crescimento da população. No Brasil – 16%ou 1,6% (atualmente) 0 97 Obs.: para grupos de (1000) mil pessoas (%) Para grupos de (100) cem pessoas (%) E elevada nos países desenvolvidos (P.D.) É um importante indicador social. No Brasil – 71 anos (estimativa 2000) • Mortalidade– TM = Nº de óbitos x 1000 P.A Elevada nos P.S. • Taxa de fecundidade ou de fertilidade É a média de filhos por mulher com idade reprodutiva (entre 15 e 49 anos). Para crianças até 5 anos de idade. Essa taxa é elevada nos P.S. No Brasil – 1,9 filhos por mulher. (estimativa 2005). No Brasil – 6,1%(estimativas 0 2000) 0 Ex: TM – 12 %morreram 12 pessoas para cada grupo de 1.000 Obs.: Taxa de mortalidade infantil: é o número de crianças que morrem antes de completar o primeiro ano de vida. É elevada nos P.S. A T.M.I.: é um importante indicador do nível de desenvolvimento socioeconômico de um país. DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL A distribuição da população mundial é bastante desigual. Observando-se um planisfério de distribuição populacional, podemos perceber que existem áreas de grandes concentrações ao lado de vazios demográficos. No Brasil – 35% (estimativa 2000) FATORES DETERMINANTES 1. Físicos ou naturais • Taxa de crescimento vegetativo ou natural Determinam áreas ecúmenas (favoráveis à ocupação e permanências do ser humano) e áreas anecúmenas (desfavoráveis à concentração populacional) É a diferença entre a T.N. e a T. M. CV = TN – TM – é elevada nos P.S. No Brasil – 11% ou 1,1% (estimativa 2003) Obs.: A taxa de crescimento real da população é indicada da seguinte forma: CR = CV – emigrantes + Imigrantes • Expectativa de vida, esperança de vida ou longevidade • É a duração média de vida da população 98 Áreas ecúmenas Áreas anecúmenas - Planícies interiores - Planícies litorâneas - Planícies fluviais - Planaltos - Deltas - Regiões polares - Regiões desérticas (frias e quentes) - Regiões montanhosas - Regiões de florestas densas 2. Históricos ESTRUTURA DA POPULAÇÃO As regiões de origem populacional que transformaram-se em colonizadoras, estabelecendo novos espaços de ocupação demográfica. Fundamental para o funcionamento econômico de um país e de importância vital no traçado das metas governamentais, o estudo da estrutura populacional se faz através do conhecimento da sua composição por sexo, idade e atividades setoriais. 3. Econômicos Os mais responsáveis por adensamento populacionais, criando áreas atrativas e determinados graus de ocupação de acordo com a atividade ocupacional do espaço. Estrutura por sexo Normalmente, na maioria dos países, a população apresenta um equilíbrio entre os sexos. Há, no entanto, exceções a regra: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL Áreas densamente ocupadas - Ásia das monções ou sul, sudeste e leste da Ásia (formigueiro humano). - Europa centroocidental e meridional. Nordeste dos E.U.A Sudeste da América do Sul. - Vale inferior do Rio Nilo. - A grande México. R.M da cidade do México - Oriente Médio ou Oriente próximo. Áreas fracamente ocupadas (vazias) - Norte da América do Norte (Canadá) - Centro-Norte da América do Sul (Floresta amazônica) Norte do Continente africano (deserto do Saara) - Região da Sibéria (Rússia) - Porção centroocidental da Austrália (deserto) - Extremo sul da América do Sul (Patagôniadeserto) - Países que sofreram emigração masculina; -Países que participaram de guerras. Obs.: apresentam predomínio feminino - Países de imigração (por atrativos econômicos) Obs.: predomínio masculino - Países discriminadores de mulheres (alimentação e saúde deficientes) Obs.: maior mortalidade feminina – predomínio masculino. Estrutura etária É a distribuição da população através das idades. A população é dividida em três faixas: jovens, adultos e velhos, sendo que a delimitação de cada uma das faixas varia muito entre os países. Jovens – 0 a 14 ou 0 a 19 anos 99 Adultos – 15 a 59, 15 a 64 ou 20 a 59 anos Velhos – a partir dos 60 ou dos 65 anos Para efeito didático, os países são agrupados em quatro tipos principais. Brasil: Distribuição regional da população por sexo (estimativa) Região Norte Nordeste Sudeste Centro-Oeste Sul Brasil PIRÂMIDES ETÁRIAS São gráficos representativos da população de acordo com a idade e o sexo. Analisando as pirâmides etárias observamos as seguintes configurações: Mulheres % 51,0 51,3 51,2 50,3 50,7 50,9 Homem % 49,0 48,7 48,8 49,7 49,3 49,1 Estrutura Ocupacional ou econômica Do ponto de vista da composição profissional, a população de um país pode ser dividida em dois grandes grupos. • PEA – população economicamente ativa Pessoas empregadas (com remuneração) ou à procura de emprego com 10 ou mais anos de idade. Nos países desenvolvidos a base para o cálculo da PEA é 15 anos de idade ou mais, devido as atividades escolares. Características: A constituição brasileira impõe 16 anos como idade mínima para que a criança ingresse no mercado de trabalho, salvo na condição de aprendiz. Base: indica a população jovem; Corpo ou parte central: corresponde à população adulta; • PEI – População Economicamente inativa Ápice: representa a população senil; Lado direito: mulheres; estão representadas as Pessoas que não exercem atividades remuneradas (crianças, estudantes, aposentados, inválidos, damas do lar, etc). Lado esquerdo: o continente masculino; Na coluna vertical representadas as idades; central: DISTRIBUIÇÃO DA PEA ATRAVÉS DOS SETORES DA ATIVIDADE ECONÔMICA estão No eixo horizontal da base: o número de habitantes. DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO NO BRASIL Obs.: Em todas as macrorregiões do Brasil predominam as mulheres. Observe o quadro. 100 Setor Atividade Características Primário Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Extrativismo e vegetal Todas as atividades ligadas à terra. Setor diretamente produtivo, de fundamental importância, já que todos os povos vivem direta ou indiretamente da Secundário Terciário Quaternário Compreende as atividades indústrias (indústria de transformação, indústria mineradora e construção civil) É o setor prestador de serviços, tais como: comércio, transportes, comunicações, administração pública, educação, hotelaria, bancos, seguradoras, turismo, etc. Abrange a pesquisa de auto nível (Biotecnologia, Robótica, Aeroespacial, etc.) deslocamentos de pessoas. É essa dinâmica que chamamos de migração. terra. É o setor da economia cujo crescimento implica no desenvolvimento econômico. O desenvolvimento está diretamente ligado a industrialização. Setor só indiretamente produtivo, visto que diz respeito à circulação das riquezas e os serviços indispensáveis ao funcionamento dos setores verdadeiramente produtivos. Seu crescimento deve estar na razão direta do aumento da riqueza de um país, isto é, do desenvolvimento dos setores secundário e primários. Hoje nos países desenvolvidos é o setor que mais cresce e diversifica-se. Atualmente com a revolução tecnocientífica, existe uma tendência em dividir os setores de atividade econômica em quatro, incluindo, além dos citados, este último apresentado. Migração Emigração (saída) Imigração (entrada) Causas das Migrações Politicas Religiosas Catástrofes naturais Econômica (as mais fortes) Estudos Étnico-raciais Profissionais Obs.: Todo ato migratório apresenta áreas repulsivas e atrativas. Tipos de Migração Internas Externas a) Internas ou Nacionais 1. Sazonal ligada à agricultura em determinadas épocas do ano: para plantar ou colher Obs.: Esta migração também é chamada de Transumância. 2. Pendular ou Diária (cria as cidadesdormitórios nas regiões metropolitanas). Pela manhã o trabalhador desloca-se para trabalhar na grande cidade, retornando à sua cidade de origem no final da jornada de trabalho. DINÂMICA DA POPULAÇÃO Olinda Conforme foi afirmado em assunto anterior, a população aumenta tanto através do crescimento vegetativo (já estudado), como por meio de movimentos horizontais ou Início da manhã Recife Final da jornada de trabalho 101 3. Êxodo Rural Consequências: Transferência, de forma definitiva, do homem do campo para a cidade. Surgimento de problemas políticos/ideológicos/social. Povoamento e distribuição geográfica da população. Vantagens econômicas para o país hospedeiro e o imigrante. Contribuição nos processos de miscigenação étnica e cultural. Obs.: Nomadismo (não é vista como migração) Causas: Pressões no campo. Causadas pela miséria, desemprego, marginalidade, etc. Industrialização e crescimento das cidades. Determinando pólos atrativos. É o deslocamento de um povo que não tem ponto fixo de partida nem de chegada. Movimento atualmente raro, mas, ainda encontrado em tribos indígenas primitivas do Brasil, Boxquímanes no continente africano, lapões na Lapônia, etc. Consequências: Crescimento desordenado das cidades pólos. Aumento do desempregado, ampliando a população econômica informal (trabalhador informal). Aumento da prostituição. Crescimento do tráfico de drogas. Aumento da população marginal da sociedade. Favelização das áreas periféricas das grandes cidades. Aumento da violência física. ETNIA Grupamento humano homogêneo quanto às características linguísticas, biológicas e culturais. Brasil – Distribuição segundo a cor (2005) da população, Brancos – 53% Pardos – 41% (miscigenados) O futuro da nossa população Negros – 5,2% Amarelos – 0,6% Outros – 0,2% 4. Êxodo Urbano Saída do homem (famílias) das grandes metrópoles para cidade mais pacatas (tranquilas e menores), do interior. Grupos étnicos formadores da população brasileira. Causas Pressão socioeconômica. Violência. Drogas. Dificuldades no atendimento médico. Menores deslocamentos nas atividades diárias. 5. Migrações Externas ou Internacionais (entre países) 102 URBANIZAÇÃO ENTENDENDO OS TERMOS É a superação da população rural pela urbana. Urbanização é um processo ou movimento resultante da transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). Cidade – Toda área urbana (habitada que abriga a sede de um municipio (Prefeitura), independentemente do número de habitantes. A cidade é uma área urbana para a qual convergem pessoas, mercadorias, capitais, tecnologias, etc. Causas Conurbação – Superposição ou unificação de duas ou mais cidades próximas, devido ao grande crescimento de seus sítios urbanos. Industrialização e capitalismo. Êxodo rural (provocado pelas pressões no campo). Ex.: - Juazeiro e Petrolina, no rio São Francisco, ligadas pela ponte. - ABCD, em São Paulo (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema). A urbanização no mundo desenvolvido De maneira mais organizada, mais lenta. Sem grandes problemas socioeconômicos. Obs.: A urbanização teve Inglaterra, em função da industrial (a 250 anos). início na revolução R.M. – Região Metropolitana – conjunto de cidades contíguas e integradas socioeconomicamente a uma cidade principal (metrópole), com serviços públicos de infra-estrutura comuns. São munícipios intimamente ligados, entre si e a uma metrópole. Países Urbanizados Bélgica (98%) e Reino Unido (92%), são países, dos mais urbanizados do mundo. A Urbanização subdesenvolvido no mundo Ex.: RMR – Região Metropolitana do Recife (14 municípios). Obs.: O Brasil tem hoje 17 R.M. Processo com caracteriticas muito diferentes daquelas do mundo desenvolvido. Fenômeno mais recente e de tal modo rápido que acabou resultando cidades com impressionantes contrastes sociais e espaciais, alternando áreas com muitos equipamentos urbanos e de muita opulência econômica com áreas de extrema miséria. São países pobres com focos de riqueza. REGIÕES METROPOLITANAS NO BRASIL REGIÕES METROPOLITANAS TOTAL DE MUNICÍPIOS Belém (PA) 5 Fortaleza (CE) 9 Natal (RN) 6 Recife (PE) 14 Salvador (BA) 10 Belo Horizonte (MG) 24 Vitória (ES) 5 Rio de Janeiro (RJ) 19 São Paulo (SP) 39 Baixada Santista (SP) 10 Curitiba (PR) 24 Londrina (PR) 6 Maringá (PR) 8 Para entendermos o processo de urbanização, necessária se faz a explicação de alguns termos técnicos. 103 Norte – Nordeste catarinense (SC) Vale do Itajaí (SC) Florianópolis (SC) Porto Alegre (RS) em boa parte da importância dos serviços que se inserem no interior de uma hierarquia relacionada com o volume e com as características da clientela a ser atendida. Sabe-se que as cidades, principalmente as metrópoles, possuem diversas atividades. Entretanto, cada cidade, geralmente, apresenta uma atividade básica, a qual se denomina Função da cidade. 18 15 10 23 Polarização – Influência ou dominação que uma cidade estabelece em relação a uma outra. Ex.: Recife – polariza uma vasta área do Nordeste, envolvendo várias cidades e capitais. Alguns exemplos de funções: - Comercial: Campina Grande, Hong Kong - Industrial: Volta Redonda, Detroit - Administrativa: Brasília, Washington - Portuária: Santos, Nova Iorque - Universitária: Campinas, Viçosa, Coimbra - Militar: Natal, Gibraltar, Rezende - Turística: Ouro Preto, Olinda, Miami - Religiosa: Aparecida do Norte, Vaticano, Meca Metrópole– Cidade que possui os melhores equipamentos urbanos do país ou de uma região. Corresponde à cidade principal, “cidade-mãe”. Megalópole (mega cidade) – É a conturbação ou união de várias metrópoles (nacionais + R.M.) formando uma extensa e gigantesca área urbanizada. Hierarquia das Cidades Ex.: Boswash (Boston atéWashigton) – 900 Km. (E.U.A) Tóquio – Osaka – 600 Km (Japão) Londres – Birmingham – Manchester. Renana – Oeste da Alemanha (Rio Reno) Obs.: Encontra-se em formação a primeira megalópole da América Latina, o eixo de cornubações, em grande parte no Vale do Paraíba do Sul, Rio de Janeiro – São Paulo. Na sua gênese terá aproximadamente 500 Km. Brasil – Metrópoles Globais, Nacionais e Regionais. Globais: Função das Cidades Rio de Janeiro / São Paulo A cidade proporciona uma série de serviços destinados não somente a seus habitantes, como também aos das cidades vizinhas. O papel desempenhado pela cidade depende Nacionais: Fortaleza / Recife / Salvador (Nordeste) Belo Horizonte (Sudeste) 104 Curitiba / Porto Alegre (Sul) Brasília (Centro-Oeste) Blocos Econômicos – São grupos de países que se juntam para promoverem o desenvolvimento econômico e social entre eles. São eles: EU – União Europeia NAFTA – Acordo de livre comércio da América do Norte (liderado pelo E.U.A) MERCOSUL – Acordo de livre comércio da América do Sul APEC – Área de livre comércio da Ásia – Pacífico Obs.: Países desenvolvidos – São ricos, apresentam elevado grau de industrialização, educação e qualidade de vida. Ex.: - Todos os países da Europa Ocidental - Japão - Austrália - E.U.A - Canadá Países Subdesenvolvidos – São pobres. Fraca Industrialização, educação e qualidade de vida. Países Emergentes – (Em vias de desenvolvimento) São Países subdesenvolvidos, porém, industrializados. Ex.: Brasil, México, Argentina, China. Boa Sorte! 105 _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ ANOTAÇÕES: _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ _____________________ 106