Que sentimentos lhe vêm ao coração quando você está dentro de

Transcrição

Que sentimentos lhe vêm ao coração quando você está dentro de
Que sentimentos lhe vêm ao coração quando você está dentro de um carro,
parado em um semáforo, e uma criança ou um adulto carente se aproxima pedindo dinheiro? Que
pessoas com grandes problemas e necessidades você encontrou em seu caminho no dia de
hoje?
São muitas as pessoas ao nosso redor que estão perdidas e carentes. Duas
jovens pedindo dinheiro em um semáforo e, para tanto, fazendo malabarismos circenses. Um
homem deitado sobre papelões e coberto por uma fina manta embaixo da marquise de um
luxuoso edifício comercial. Uma mulher com síndrome do pânico que, por causa das limitações da
doença, não pôde cursar o último ano da faculdade, continuar a trabalhar e mal consegue sair de
casa. Um marido que não sabe mais o que fazer para ajudar a esposa que está perturbada
emocional e espiritualmente. Basta abrir bem os olhos para notar os muitos problemas e
necessitados que há nesta cidade. O que sentimos quando vemos cenas como essas? Repulsa e
rejeição? Dó e pena? Desprezo e desdém? E o que Deus sente? Que sentimentos passam pelo
coração do Todo-Poderoso ao ver a humanidade perdida? Ele é insensível e fica indiferente? Ou
é sensível e se emociona? Se temos paixão por Deus ou queremos ser apaixonados por ele,
temos de ser tocados pelo que lhe toca o coração. O Pai não é insensível e indiferente à
humanidade perdida e seus problemas. Quando Ele a vê é tocado em suas emoções. João
11.33-35 declara que Jesus agitou-se no espírito, ficou perturbado e finalmente chorou ao ver que
o seu amigo Lázaro estava morto. Um grande clamor de Deus foi registrado pelo profeta Isaías,
ao compadecer-se pelo perdido povo de Israel: Então ouvi a voz do Senhor conclamando: Quem
enviarei? Quem irá por nós? Isaías 6.8.
1. Paixão pelos perdidos está no coração de Deus. A história da ressurreição de Lázaro e o
clamor divino ouvido pelo profeta Isaías nos mostram que o coração de Deus está cheio de amor
e paixão pelos perdidos. Jesus, ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam
aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor, Mateus 9.36. Ele também disse aos seus
discípulos: A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da
colheita que envie trabalhadores para a sua colheita, Mateus 9.37-38. Jesus compara as
multidões de perdidos a um grande campo pronto para a colheita. Entretanto, são poucos os
trabalhadores. São poucos os que se dispõem a ir às grandes multidões de perdidos para lhes
oferecer a paz e a segurança do evangelho. O número de trabalhadores é insuficiente para tanta
demanda. Em Romanos 10.14-15 o apóstolo Paulo faz uma série de questionamentos ao tratar
desse mesmo tema: Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele
de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se
não forem enviados? O que responder a tão inquietantes perguntas?
2. Paixão pelos perdidos pede prontidão para ir. Quando o Senhor perguntou, Quem enviarei?
Quem irá por nós? Isaías respondeu, Eis-me aqui. Envia-me, Isaías 6.8. Isaías, homem de Deus,
tinha paixão pelo Senhor e por isso, paixão pelos perdidos. Ele se apresentou prontamente como
resposta ao chamado do Senhor. Se estivesse com Paulo quando ele fez aquela série de
perguntas, Isaías certamente teria respondido: Eis-me aqui. Envia-me. Eu irei. Paixão pelos
perdidos não é apenas um sentimento no coração, mas também uma disposição para agir.
3. Paixão pelos perdidos pede aproximação e envolvimento. Quando Jesus viu as multidões,
percebeu a sua aflição e ele foi tomado por uma grande compaixão. A paixão pelos perdidos
pede, além da prontidão para ir, aproximação e envolvimento. Devemos ir ao encontro do
perdido, devemos aproximar-nos dele, envolvendo-nos com ele e suas necessidades. Não há
como ter paixão pelo perdido e manter distância dele. Jesus pôde ver as multidões e perceber a
sua aflição porque estava no meio delas.
4. Paixão pelos perdidos pede compaixão. Paixão e compaixão são sentimentos distintos,
apesar de próximos. Jesus teve compaixão das multidões porque se importava com elas. O que
isso quer dizer? A paixão pelos perdidos levou Jesus a experimentar em si mesmo a dor e o
sofrimento das multidões. Ele teve empatia por elas, enxergou a situação pelo seu ponto de vista.
5. A paixão pelos perdidos pede oração. Jesus orientou seus discípulos a orar ao Pai pedindo
mais trabalhadores, pois era grande a multidão de perdidos e poucos os que estavam dispostos a
ir. De fato, no Reino de Deus, nada acontece sem o poder da oração, tampouco a salvação dos
perdidos. A paixão pelos perdidos deixa de ser apenas um sentimento e passa a ser uma atitude
quando intercedemos pela sua salvação. Em Gênesis 18.16-33, Abraão rogou ao Senhor para
não destruir Sodoma e Gomorra, como estava planejado, por causa dos justos que viviam ali.
Pediu-lhe para poupar os ímpios por amor aos justos.
6. Paixão pelos perdidos pede valores corretos. Por fim, como último texto desta lição, vamos
ler Jonas 4.10-11: Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito
crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu. Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte
mil pessoas que não sabem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não
deveria eu ter pena dessa grande cidade? Esse texto registra um confronto feito por Deus aos
valores de Jonas. O profeta foi de má vontade pregar a Palavra em Nínive e ficou profundamente
descontente e furioso porque Deus perdoou o pecado do povo e não o destruiu. Entretanto,
quando uma planta que lhe servia de sombra enquanto dormia foi devorada por uma lagarta e
morreu, ele se enfureceu e lamentou a morte da planta. E o Senhor então lhe pergunta: O que
tem mais valor, uma planta ou grandes multidões de perdidos? Atualmente, há muitas pessoas
apaixonadas pela ecologia que não medem esforços para preservar a flora e a fauna. E os seres
humanos? Onde estão aqueles que irão militar em favor da raça humana perdida? Onde estão
aqueles que irão doar a vida pela salvação dos perdidos? Esses são os apaixonados por Deus.
Esses são os apaixonados pelos perdidos.
“Paixão pelos perdidos” vem do coração de Deus. Por sermos apaixonados pelo
Pai, também nos tornamos apaixonados pelos perdidos. Isso, no entanto, não deve ficar restrito
ao coração, temos de agir. Como? Dispondo-nos a ir onde estão os perdidos, aproximando-nos e
envolvendo-nos com eles. Como Jesus, devemos ter compaixão e interceder por eles. Por fim,
todas essas ações, além de outras, são motivadas por paixão e por valores corretos. Qual é o
valor de uma alma para Jesus? Uma alma vale mais do que o mundo inteiro, declara o Mestre,
em Lucas 9.25.
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