INTERsection: Intimacy and Spectacle

Transcrição

INTERsection: Intimacy and Spectacle
Índice
Escrita na Paisagem – festival de performance
e artes da terra
Dossier de imprensa 2011
03 Apresentação
07 Fazem o Escrita na Paisagem
09 INTERsection:Intimacy and Spectacle / Quadrienal de Praga
16 Exposições e instalações
24 Embaixada do teatro italiano em Portugal
37 Programação
38 Julho
49 Agosto
54 Escola de Verão
64 Setembro
70 Igreja de S. Vicente: Palco Central do Festival
85 Ficha técnica
90 Contactos
2
APRESENTAÇÃO
3
Apresentação
A Colecção B apresenta a programação da oitava edição do Festival Escrita na Paisagem:
um vasto e diversificado programa para os meses de Julho, Agosto e Setembro, precedido
de algumas actividades programadas em pré-apresentação já no mês de Junho.
Ao eleger o tema MITOLOGIAS, o Festival Escrita na Paisagem centra a sua atenção
nos “mitos” e “mitologias” que pontuam o mundo contemporâneo, nas mitificações
e “mistificações” que as narrativas colectivas vão disseminando e inscrevendo em nós,
revisitando mitos contemporâneos, seja numa dimensão histórica, seja estabelecendo
aproximações à cultura mediática e cinematográfica dos séculos XX e XXI. Uma abordagem
centrada nas linguagens da criação contemporânea que desafia artistas e espectadores
e os convoca para uma releitura do mundo.
No ano de 2011, a Colecção B continua a redesenhar a sua marca na cartografia da
criação contemporânea, consolidada no território alentejano e com maior projecção a nível
nacional e internacional. Particular destaque, neste âmbito, para a participação da
Colecção B / Festival Escrita na Paisagem na Quadrienal de Praga 2011 através
do projecto “INTERsection: Intimacy and Spectacle”, um projecto europeu envolvendo
8 parceiros e a participação portuguesa dos performers Ana Borralho & João Galante e do
visualista Tiago Pereira. Destaque também para a realização de uma Embaixada do Teatro
Italiano em Portugal, co-produzida com o Ministério da Cultura italiano (MiBAC) e integrada
na programação do Festival Escrita na Paisagem. A Embaixada configura uma mostra
do que de melhor se faz no teatro da Itália contemporânea, estreando em Portugal 6
companhias e 8 espectáculos.
Na edição de 2011, o Festival Escrita na Paisagem continua a apostar num programa
transdisciplinar com o objectivo de diversificar e potenciar novos olhares e novos modos
de ver, através de exposições, performances, vídeo, teatro de marionetas, música,
concertos, fotografia, instalação, dança, cinema ao vivo, workshops, formação, residências
de criação, a 4ª edição da Escola de Verão e muito mais! Temos muito para lhe contar!
Destaques da programação Escrita 2011
Já em Junho, de 16 a 26, a Colecção B / Escrita na Paisagem marca a sua presença na
Quadrienal de Praga, através do projecto “INTERsection: intimacy and Spectacle” com
a apresentação de dois projectos de Ana Borralho & João Galante: Mistermissmissmister
e World of Interiors (in a box), uma proposta espectacular que alicerça nos sentidos do
4
Apresentação
espectador o mais profundo da sua intimidade, realizada pelo duo mais público e íntimo
de quantos se encontram na performance portuguesa contemporânea.
Num registo muito diferente, Tiago Pereira, enfant terrible da criação portuguesa, apresenta
Portugal Shake, um filme criado em tempo real a partir de documentos visuais e sonoros
colhidos em Portugal e pelo autor recombinados, manipulados, editados e misturados, num
espectáculo sobre a cultura (musical) portuguesa actual, uma visão da cultura imaterial
portuguesa fragmentada e recombinada com frenesim e volúpia para apresentação em
Praga (20 de Junho) e a 10 de Junho em Évora, a garantir uma perspectiva muito especial
à celebração do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Por outro lado a marca internacional do Festival, na sua edição de 2011, ficará assinalada
com a realização de uma Embaixada do Teatro Italiano em Portugal que apresentará
6 companhias italianas em oito espectáculos, quatro das quais em estreia absoluta:
Anagoor (Con la virtù come guida e la fortuna per compagna), Fanny & Alexander (T.E.L),
Lenz Rifrazioni (Daphne e Io), Motus (Let the Sunshine In (Antigone) Contest #1), Muta
3
Imago ((a+b) ) e Alessandro Sciarroni_C.C.00# (Your girl, Cowboys e Joseph). O melhor
do teatro visual, performativo, transgressor, experimental e inovador da Itália actual. Uma
iniciativa inédita contando com o apoio do Ministério da Cultura Italiano (MIBAC).
A participação internacional estende-se, porém, pela restante programação, incluindo nomes
como Elliot Mercer (USA), Maria Stankova (BG), Completely Nacked (UK), Paper Cinema
(UK), Léa le Bricomte (FR) ou The Mindless Company (FIN), entre muitos outros nomes e
projectos a apresentar ao longo dos meses de Julho, Agosto e Setembro.
Escola de Verão
Desde 2008, ano que marcou a estreia do projecto Escola de Verão, o Festival Escrita na
Paisagem tem desenvolvido um forte comprometimento com a formação internacional
altamente qualificada. Em 2011, retomamos a formação com a Cie. Philippe Genty, numa
parceria estratégica com a Universidade de Évora (CHAIA, DAC) na formação orientada
para marionetistas e para o teatro visual e de objectos. No quadro dessa parceria, importa
destacar a apresentação do projecto de formação e criação do Mestrado em
Actor-Marionetista, dirigido por Igor Gandra, director do Teatro de Ferro. Trata-se do único
mestrado nesta área em Portugal e o acolhimento da sua primeira produção no seio do
Festival resulta da colaboração entre o Festival e a Universidade, promotora do referido
Mestrado. A proposta deste ano da Escola de Verão inclui ainda a formação em
5
Apresentação
“Rasaboxes”, método de treino do actor concebido por Richard Schechner, dirigida por
Márcia Moraes (BR), uma das colaboradoras habituais do mestre nova-iorquino.
O Festival e a cidade
Em 2011, o Festival instala o seu ponto central na Igreja de S. Vicente, um espaço
municipal habitualmente dedicado à exibição de artes plásticas e que agora se requalifica
como palco central do Festival. Aí decorrerá uma intensa programação de espectáculos
(música, teatro, dança, performance etc.), exibição de vídeos, encontros e debates,
exposições e mostras, trazendo ao coração da cidade de Évora o palpitar quotidiano
da programação do Festival.
Destaque para a exposição de fotografia de José dAlmeida, Mytho-graphyas e para
a colaboração com o projecto de Tiago Pereira A Música Portuguesa a Gostar dela
Própria.
Extensões do Festival: 16ª Bienal de Cerveira
O final de Julho será ainda marcado pela presença do Festival Escrita na Paisagem na
Bienal de Cerveira com a apresentação dos espectáculos de Elliot Mercer com Márcio
Pereira & Amigos, o regresso do jovem bailarino e coreógrafo norte-americano, das
performances Mnemosyne e Becoming Manifold, de Maria Stankova, Greenback de Léa le
Bricomte e dos trabalhos surpreendentes dos britânicos Paper Cinema, que nos contam em
formato cinema vivo episódios da Odisseia, a clássica epopeia de Homero.
Com uma duração de três meses, o Festival envolve o Alentejo com uma programação rica
e diversificada, orientada para amplas camadas de público sem perder as especificidades
das linguagens artísticas contemporâneas e a intensa relação com o território. Fazemos
o Festival para si. Contamos consigo!
6
FAZEM O ESCRITA NA PAISAGEM 2011
7
Fazem o Escrita na Paisagem 2011
Fazem o Escrita na Paisagem 2011
16ª Bienal de Cerveira, A Música Portuguesa a Gostar dela Própria, Ana Godinho, Anagoor,
Bohdan Holomicek e Eva Hruba, Cão Solteiro & Vasco Araújo, Carlos Arroja, CasaBranca,
César Prata, CHAIA - Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de
Évora, Cláudia Miriam, Colecção B, Compagnie Philippe Genty, Completely Naked,
Alessandro Sciarroni_C.C.00#, Daniel Moutinho, Deize Tigrona, Donatella Ferrante, Duarte
Silva, Elliot Mercer, Eric de Sarria, Fanny & Alexander, Grupo de Cantares de Évora, Inês
Pinelas, INTERsection: Intimacy and Spectacle, Invisible Design, José Alberto Ferreira, José
dAlmeida, José Gil, José Rodrigues dos Santos, Kubik (Victor Afonso), Larapal, Léa le
Bricomte, Lenz Rifrazioni, Luís Torradas, Márcia Moraes, Márcio Pereira, Maria Stankova,
Mariana Falcão, Mestrado em Actor Marionetista da Universidade de Évora, MiBAC-Direzione Generale per lo Spettacolo dal vivo, Miguel-Manso, Motus, Muta Imago, Nancy
Rusek, Noémia Cruz, Oficina Movimento, Olga Moreira, Osso Vaidoso, Paper Cinema,
Quadrienal de Praga 2011, Razões Poéticas, Rhaisa Muniz, Ricardo Martins, Rita Valente,
Sam Spenser, Sara Aikaly Sardinha e Alexandre Azinheira, Susana Mourão & Jorge Mantas,
Teatro de Ferro, The Mind Less Company, The White Rabbit, Tiago Pereira, Zorra - Produções Artísticas.
8
INTERsection: Intimacy and Spectacle
Projecto indisciplinado da Quadrienal de Praga 2011
9
INTERsection
© Tiago Pereira
Tiago Pereira [pt]
Curadoria: José Alberto Ferreira [pt]
Portugal Shake
visuals | cinema | música
10 Junho
Antigos Celeiros da EPAC, Évora
20 Junho | 22h
Quadrienal de Praga 2011
Visualista, cineasta, músico, coleccionador, investigador, agitador, provocador e muito mais,
Tiago Pereira é o enfant terrile da criação portuguesa contemporânea. Mal amado por uns, o
seu trabalho tem uma larguíssimo suporte de públicos tão diversos como os que se
encontram nas culturas juvenis urbanas, nos círculos especializados dedicados à cultura
popular, mas também nas muitas porta-vozes da cultura popular e musical que ainda hoje
tem lugar no Portugal rural. Velhinhas e jovens valores musicais, grupos rock e cantautores
da nova geração avultam no percurso de Tiago Pereira, que os grava, filma, edita e divulga
com o mesmo entusiasmo e carinho com que trata a música portuguesa a gostar dela
própria.
A apresentação de Portugal Shake nas Noite de Cinema em Praga, integrada no programa
Intersection, consiste num projecto onde os registos visuais e sonoros colhidos em Portugal
são recombinados, manipulados, editados e misturados em tempo real, num espectáculo
sobre a cultura (musical) portuguesa actual. Com efeito, se há missão que o trabalho de
Tiago Pereira tem levado a cabo com êxito, é a de criar uma perspectiva de futuro sobre os
registos da cultura imaterial portuguesa que utiliza, fragmenta, recombina e nos propõe com
frenesim e volúpia. O prazer dessa perspectiva é também o prazer de dela ser espectador,
lugar de memória efémera e criadora, e assim nos brindar com uma memória do futuro.
10
INTERsection
Sobre Tiago Pereira
Tiago Pereira nasceu em Lisboa. Os anos 80 atravessaram-lhe a adolescência, vivida no
contexto do urbano - popular Bairro Alto. O seu trabalho distingue-se por uma abordagem
particular da tradição oral portuguesa: ele recolhe para recriar, para desconstruir, e não para
reproduzir acriticamente. A sua missão é sobretudo contribuir para uma “alfabetização da
memória”, porque "as pessoas são analfabetas em relação a recolher e a terem memória
e é preciso ensinar a fazer recolhas, a criar o bicho de recolher as suas coisas em vez de
terem vergonha dos sítios onde nasceram e de onde são". Tiago Pereira empenha-se em
libertar a tradição, preservando-a sem a sufocar. “Tradição oral é transmitir o que se vive,
passá-lo de geração em geração, contaminando-se, alargando-se e atingindo combinações
infinitas”.
Em 1998, o Alentejo provoca o seu primeiro vídeo-documentário musical “Quem canta seus
males espanta”, e desde aí parte à descoberta da ruralidade. E não pára: em 1998 recebeu
o prémio de Melhor Realizador nos Encontros de Cinema Documental da Malaposta;
em 2003 foi galardoado com o Grande Prémio do Juri no Festival Ovarvídeo; em 2006,
ganha o Grande Prémio Tóbis para a Melhor Curta Metragem Portuguesa no Doc Lisboa;
em 2007 recebe o galardão para Melhor Filme Etnográfico no Dialektus Festival, em
Budapeste. A par de tudo isto, resta mencionar que Tiago Pereira foi várias vezes
seleccionado em diversos festivais europeus e participou em inúmeros outros projectos,
desde a animação infantil aos Live Acts.
Mais informação:
http://www.intersection.cz/cinema/20-6-mon-22-00-escrita-na-pasaigem-presents-tiagoperreira-portugalshake/
http://www.myspace.com/tiagopereirafilm
http://www.vimeo.com/tiagopereira
11
INTERsection
© Ana Borralho & João Galante
Ana Borralho & João Galante [pt]
Curadoria: José Alberto Ferreira [pt]
World of Interiors (in a box)
performance
6 » 4 Junho [apresentação]
16 » 26 Junho [workshop]
Quadrienal de Praga 2011
4 » 7 Julho [workshop]
8 Julho [apresentação]
Palácio D. Manuel, Évora
World of Interiors (in a box) de Ana Borralho & João Galante é a escolha da Colecção B –
Festival Escrita na Paisagem para a representação portuguesa nos “cubos brancos-caixas
pretas” do projecto INTERsection: Intimacy and Spectacle, instaladas na Praça do Teatro
Nacional de Praga, no âmbito da Quadrienal de Praga 2011. Uma performance que explora
o espaço intimo em confronto com o espaço público.
Os espectadores, ao entrarem na sala, deparam-se com um conjunto de corpos estáticos,
de olhos fechados a sussurrarem um texto. O texto é do autor, encenador e director artístico
da companhia de teatro contemporâneo espanhol “La Carniceria Teatro”, Rodrigo Garcia.
O espectador é convidado a aproximar-se dos performers para os escutar, estabelecendo,
assim, uma relação de intimidade, controlada por aquele, ao escolher quem quer escutar
e por quanto tempo.
Depois de Praga, World of Interiors viaja para o Alentejo, sendo apresentado pelo Festival
Escrita na Paisagem em Évora. Aqui, como em Praga, a apresentação é antecedida por um
período de workshop com participantes locais.
12
INTERsection
Mais informação:
http://www.intersection.cz/umelci2/ana-borralho-joao-galante/
© O.Fryszowski
Ana Borralho & João Galante [pt]
Curadoria: José Alberto Ferreira [pt]
Mistermissmissmister
performance
18 Junho
Quadrienal de Praga 2011
Em Mistermissmissmister, da dupla portuguesa João Galante & Ana Borralho, três corpos
nus interpelam quem queira sentar-se frente a cada um deles. A nudez não é aqui convite
íntimo e ao espectador está reservado um desafio, já que cada performer ostenta na cabeça
e no rosto sinais de identidade que os respectivos corpos não confirmam. Com efeito, as
identidades sociais e sexuais são aqui redistribuídas, num gesto de política de género que
melhor se diria impolítico ao formular o problema de género (aludo ao famoso título de
Judith Butler) dando-lhe contornos de exposição extrema, de intimidade transgressora e de
indestrinçável ambiguidade.
Aos espectadores são fornecidos: um lugar para se sentar em clara posição frontal face aos
performers (cada espectador escolhe sentar-se frente a apenas um dos três performers),
privilegiando o contacto visual, a evidência do ambíguo e a transgressão do íntimo, espécie
de experiência aberta (como se diz da obra aberta) na qual o que acontece depende do
espectador em primeira instância.
Entre os dois, uma mesa e uma canção de amor, que cada espectador encontra num dos
três headphones disponíveis sobre a mesa. O tempo indeterminado da experiência coloca o
espectador na posição de quem toma decisões: frente a qual dos performers quer sentar-se,
13
INTERsection
como quer estabelecer essa relação (Inquisitivo? Voyeur? Tímido? Seguro?), com que
duração quer manter a sua posição e quando quer quebrar essa ligação/relação e deixar
o lugar a outro espectador (mas podendo sempre seguir o evento a partir de fora, como
observador).
Situada num espaço público, a performance Mistermissmissmister desloca a intimidade
para o espectacular, solicitando não apenas o espectador individualmente, mas também
o espaço colectivo das representações de identidades, lugar onde o problema de género
(Butler outra vez) encontra definitiva pertinência.
Sobre Ana Borralho & João Galante
Ana Borralho & João Galante conheceram-se enquanto estudavam artes plásticas
no AR.CO. Enquanto actores/co-criadores trabalharam regularmente com o grupo
de teatro OLHO.
Iniciaram a sua colaboração artística em 2002. Do conjunto dos seus trabalhos, destacam
as peças Mistermissmissmister (2002), Glin Gló (2002), I Love You (2003), Girl Play Boy
(2004), No Body Never Mind, 001 (2004), No Body Never Mind, 002 (2005), No Body Never
Mind, 003 (2006), SexyMF (2006), Uníssono (2007), an I for an I (2007), I put a spell on you
(2007/08), Untitled, Still Life (em colaboração com Rui Catalão – 2009), Meeting Room
(2009) e World of Interiors (2010).
Desde 2004, os seus trabalhos são apresentados em Festivais Internacionais em Portugal,
França, Espanha, Suíça, Escócia, Brasil, Alemanha, Áustria, Itália, Japão e Emiratos
Árabes Unidos.
São membros fundadores da associação cultural casaBranca.
Ana Borralho & João Galante desenvolveram com Mónica Samões o projecto de ateliers
infanto-juvenis No Jogo do Desejo ou o Choque Frontal (2008/09), o vídeo-documentário Eu
Não Tu (2009) e o espectáculo/instalação infanto-juvenil A Linha ou O Deserto já não é uma
casa vazia (2009).
Mais informação:
http://www.intersection.cz/out-of-the/
14
INTERsection
Holomíek & Eva Hrubá [cz]
Projection by request
fotografia ao vivo
10 » 17 Julho
Igreja de S. Vicente, Évora
Uma apresentação ao vivo non-stop do trabalho da vida de um dos maiores fotógrafos
documentaristas checos. O próprio criador apresenta aos espectadores, segundo os seus
pedidos, diferentes projectos, pessoas e momentos, captados pela sua objectiva. Um
trabalho apresentado no Festival no quadro dos Pós-eventos do INTERsection: Intimacy
and Spectacle (PQ11).
Sobre Bohdan Holomíek
Bohdan Holomíek não é nem fotojornalista, nem documentarista - as suas fotos são mais
pessoais e tomadas como um todo, criam uma espécie de monumento para os momentos
não-quotidianos da vida quotidiana. Holomíek tem trabalhado intensamente com a
tecnologia digital desde 2004, e recentemente, tem vindo a interessar-se cada vez mais
em projecções audiovisuais.
Mais informação:
http://www.intersection.cz/umelci2/bohdan-holomicek/
15
EXPOSIÇÕES E INSTALAÇÕES
16
Exposições e Instalações
© Augusto Baptista
António Jorge / Razões Poéticas [pt]
Máscaras 1000: Gramática de um Aprendiz
exposição
1 Julho » 15 Agosto
Comércio local dos Centros Históricos de Avis, Estremoz, Moura
Piscinas Municipais, Montemor-o-Novo
15 Julho » 30 Setembro
Convento dos Remédios, Évora
O Festival Escrita na Paisagem 2011 apresenta “Máscaras 1000 - gramática de um
aprendiz”, uma exposição da autoria do actor e artesão António Jorge, cujo espólio
ultrapassa já os 1000 objectos. Para o criador a máscara é “um suporte alternativo de
experimentação e comunicação. A máscara é um espaço de síntese, poderoso e
polissémico. A máscara, sei-o melhor agora, consegue ser verbo antes do verbo, é material
concreta e língua universal e, ao contrário da palavra, está condenada a não mentir e a
perdurar”. Através de uma experimentação constante, António Jorge produz máscara a
partir dos materiais mais variados, sendo os preferidos “a ráfia, o papel e a pasta de
madeira”. Centrado no processo em detrimento do objecto final, no abstracto em detrimento
da ornamentação, António Jorge trabalha as suas máscaras guiado pela natureza dos
materiais, pelas “técnicas rudimentares e alguma funcionalidade.”
Encontramos no trabalho de António Jorge diversas variações sobre o tema que este ano
nos ocupa: “Mitologias”. Nas máscaras podemos identificar uma forma de organização da
identidade, de construção de narrativas (e portanto, “mitos”) sobre o “eu”. Com efeito,
António Jorge diz-nos que as máscaras “[c]onfiguram um princípio de organização interior,
duma identidade como artista e como pessoa (persona = máscara). Cada máscara foi um
17
Exposições e Instalações
improviso, um acto calculado de libertinagem numa espécie de cadinho onde me reconstruo
continuamente no meu caos, nos outros e no mundo.”
Objectos fantásticos, capazes de interpelar a nossa imaginação, estas máscaras são, elas
próprias, portadoras de mitos – estórias para os observadores mais atentos – activadas pelo
olhar e fantasia de quem as observa.
Dividida em núcleos (ou “clãs”, como o criador lhes chama) a maravilhosa colecção de
máscaras de António Jorge espalha-se pelo Alentejo, podendo ser visitada em Avis,
Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo e Moura. Uma exposição que propõe um itinerário de
visita, uma viagem e, assim, uma (re)escrita do território.
Sobre António Jorge
Iniciou a actividade teatral no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra – TEUC,
em 1987. Integrou a organização da Bienal Universitária de Coimbra - BUC/90. Antes da
constituição dA Escola da Noite, trabalhou com os encenadores António Augusto Barros,
Rogério de Carvalho e Ricardo Pais, entre outros. N'A Escola da Noite, de que é membro
fundador e a qual integrou desde a fundação (1992) até 2010, desenvolveu trabalho nas
áreas da actuação, concepção plástica de espectáculos (cenografia e adereços), direcção
técnica e de montagem, formação e encenação. Fez parte da direcção da companhia em
diversos períodos ao longo de dezoito anos. Desde 2003, integra Cena Lusófona Associação para o Intercâmbio Teatral. Hoje desenvolve trabalho a título individual.
Mais informação:
http://mascaras1000.blogspot.com/
18
Exposições e Instalações
© Todos os direitos reservados
José dAlmeida [pt]
Mytho-graphyas
exposição
1 Julho » 7 Agosto
Igreja de S. Vicente, Évora
12 Agosto » 4 Setembro
Posto de Turismo, Moura
10 Setembro » 31 Outubro
Teatro Bernardim Ribeiro, Estremoz
Na exposição Mytho-graphyas de José dAlmeida o Festival Escrita na Paisagem encontra a
possibilidade de exploração de mais uma dimensão do tema “Mitologias”. Encarnando um
processo de criação que o autor define como quase místico, os trabalhos de José dAlmeida
centram-se no que consideramos serem “mitologias contemporâneas”: os corpos híbridos e
a decadência na fusão entre o humano e a máquina. Composições entre o sonho e o
pesadelo, impressionantes pelo detalhe e beleza poética.
As fotografias de José dAlmeida são marcadas pelo dramatismo e contraste, numa citação
ao estilo barroco. Trabalhos em que a tecnologia intervém de forma clara, numa distorção
mi(s)tificada da realidade, do autor, e do próprio acto de fotografar.
19
Exposições e Instalações
Sobre José dAlmeida
Formado em design e artes gráficas pela Escola António Arroio, é pintor e fotógrafo
autodidacta. Desde 2001, expõe trabalhos de pintura em formato colectivo e individual.
Presentemente dedica-se à fotografia, contando já com algumas exposições e prémios
nesta área.
Mais informação:
http://olhares.aeiou.pt/josedealmeida
20
Exposições e Instalações
Quem Quer casar com a carochinha © Cláudia Guerreiro
Noémia Cruz [pt]
Os meus “bonecos”
exposição
1 Julho » 28 Agosto
Galeria D. Dinis, Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho, Estremoz
Dando continuidade ao projecto Os meus bonecos de Estremoz, concebido para a edição de
2008 do Festival Escrita na Paisagem, Noémia Cruz reinventa os bonecos tradicionais de
Estremoz através da sua estética pessoal, marcada por uma sexualidade expressiva e por
questões de género que se re-configuram e aprofundam na visão contemporânea daqueles
bonecos tradicionais. Neste novo passo do projecto, Noémia Cruz desafia dois barristas
locais, criadores de bonecos de Estremoz segundo as práticas e estética tradicionais, a
juntarem-se a ela, construindo um diálogo entre duas perspectivas muito distintas sobre um
mesmo objecto e as mitologias nele contidas, entre o artesanato tradicional e a criação
contemporânea.
Sobre Noémia Cruz
Noémia Cruz nasceu em 1948 em Santana da Serra, Ourique.
Em 1980 concluiu a licenciatura em Escultura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.
Exerce actividade docente no ensino básico, desde 1976, em Artes Visuais. Entre 1980
e 1998 trabalhou com o escultor Jorge Vieira em projectos de escultura, com especial
destaque nas técnicas de terracota e engobes. Com este escultor acompanhou e apoiou
projectos de divulgação do trabalho de desenho e escultura, bem como, do processo de
execução da sua obra pública, designadamente: dos monumentos alusivos ao 25 de Abril
em Grândola e Almada; memorial ao escultor Jorge Vieira, em Beja; monumento ao
mármore, em Estremoz.
21
Exposições e Instalações
Foi consultora artística do Museu Jorge Vieira, desde 1995 até 2003, altura em que integra
a direcção artística deste museu e da Galeria Municipal dos Escudeiros – Beja. Participou
entre 1990 e 1993, como artista plástica, no Projecto de Sensibilização à Criatividade
promovido pela Câmara Municipal de Lisboa. Em 2001 participa no atelier experimental de
construções de um forno de vidrado a sal, nas oficinas do Convento em Montemor-o-Novo.
Participa em exposições colectivas desde 1977 e expõe individualmente desde 1987,
encontrando-se representada, a nível nacional, em colecções públicas e privadas.
Mais informação:
http://www.escritanapaisagem.net/2008/esp_estremoz.html
22
Exposições e Instalações
© Todos os direitos reservados
Colecção B [pt]
Chapéus há muitos: uma instalação espacial
Largo de S. Vicente e Corredor dos Antigos Celeiros da EPAC, Évora
A instalação Chapéus há muitos consiste na utilização de um objecto tão comum no nosso
quotidiano, o guarda-chuva, na recriação e reinvenção de espaços, estimulando-nos
a repensar a forma como os utilizamos e vivemos. Vários foram os países que se deixaram
transformar por este tipo de instalações - Itália, Grécia, Austrália, Estados Unidos da
América, entre outros - através de trabalhos de artistas como Christo, Sam Spenser
e Ingo Maurer.
O Festival Escrita na Paisagem propõe-se contagiar Évora com esta forma de criação
contemporânea, com duas instalações, nos espaços associados à programação de 2011
do Festival: Antigos Celeiros da EPAC e Largo de S. Vicente.
23
EMBAIXADA DO TEATRO
ITALIANO EM PORTUGAL
24
Embaixada do Teatro Italiano
Fruto da prolongada convivência e da persistente presença de companhias, artistas
e projectos italianos presentes, ao longo de sucessivas edições do Festival, e fazendo eco
do que de melhor se produz na cena teatral italiana contemporânea, o Escrita na Paisagem
apresenta, em 2011, um conjunto de projectos de teatro visual, performativo, transgressor,
experimental e inovador. Estarão representadas seis grandes companhias, cinco das quais
fazem a sua estreia absoluta em Portugal nesta ocasião, apresentando dez espectáculos
onde se recorre menos à palavra do que à construção de imagens poderosas
e deslumbrantes, explorando universos temáticos que iluminam o tema escolhido para
organizar a programação do Escrita na Paisagem 2011: mitologias.
Associado ao evento decorre um programa de actividades de promoção da Cultura Italiana
em Portugal.
Com o apoio de
Ministero per i Beni et le Attività Culturali (MiBAC)
Direzione Generale per lo Spettacolo dal Vivo
Instituto Italiano de Cultura de Lisboa
25
Embaixada do Teatro Italiano
© Francesco Pititto
Lenz Rifrazioni [it]
Daphne
teatro visual
7 Julho | 21h30
Palácio D. Manuel, Évora
A responsabilidade da abertura da Embaixada do Teatro Italiano em Portugal cabe à
companhia Lenz Rifrazioni, que, a convite do Escrita na Paisagem, apresenta no Alentejo os
dois espectáculos do ciclo Radical Change, inspirado na obra Metamorfoses de Ovídio.
Daphne, espectáculo pleno de beleza imagética e sonora, toma como objecto o mito de
Daphne, uma ninfa que é transformada em árvore depois de rejeitar o amor do deus Apolo.
26
Embaixada do Teatro Italiano
Lenz Rifrazioni [it]
Io
© Francesco Pititto
Teatro Visual
7 Julho
Palácio D. Manuel, Évora
Io é o último episódio de Radical Change, tradução, imagem, cinema, espaço, som da
Metamorfose de Ovídio, o projecto de performance mais recente produzido por Lenz
Rifrazioni, criado e dirigido por Francesca Maria Federica Maestri e Francesco Pitittocom,
com música de Andrea Azzarello. Io é interpretada por Sandra Soncini, performer do Lenz
Rifrazioni, protagonista da triologia de Fausto.
Sobre Lenz Rifrazioni
No cruzamento entre o teatro e as artes visuais, Lenz Rifrazioni reinventa os clássicos:
desconstrói textos fundamentais da tradição ocidental, de autores tão variados como
Büchner, Hölderlin, Lenz, Kleist, Rilke, Dostoevskij, Majakovskij, Shakespeare, Goethe,
Grimm, Andersen, Calderón de la Barca, Bacchini, Genet, Ovídio ou García Lorca
e recria-os em trabalhos com um poderoso impacto visual.
Mais informação:
www.lenzrifrazioni.it
27
Embaixada do Teatro Italiano
© Todos os direitos reservados
Fanny & Alexander [it]
T.E.L.
teatro
15 Julho | 21h30
Teatro Garcia de Resende, Évora
Em 2011, Fanny & Alexander trazem ao Festival Escrita na Paisagem o primeiro
espectáculo de um tríptico sobre a figura histórica de Thomas Edward Lawrence, que o
cinema mitificou com “Lawrence da Arábia”.
Apresentado em dois espaços em simultâneo, T.E.L. funda-se na exploração de
mecanismos de comunicação à distância. Actor e actriz, cada um num local distinto,
comunicam entre si através de uma ligação rádio-internet, redesenhando assim, pelo
período do espectáculo, as relações de distância e proximidade dentro de um mesmo
edifício.
Sobre Fanny & Alexander
Jovem companhia que teve estreia absoluta em Portugal no quadro do Escrita na Paisagem
2010. Fanny & Alexander foi fundada em Ravenna, em 1992, por Luigi de Angelis e Chiara
Lagani. Entre 1993 e 1999 a companhia atravessou um período de desenvolvimento
e crescimento. Ao criar espectáculos como Cantico dei cantici, Con mano devota, Ponti in
core, Sinfornia majakovskiana (em colaboração com Teatrino Clandestino), e Sulla turchinità
della fata, preparava-se para produções mais exigentes como Requiem (2001) e as várias
etapas do projecto Ada, Cronaca familiare (2002-2004), inspirado no romance de Nabokov.
Uma das suas produções mais recentes, Heliogabalus, conta a estória do jovem imperador
romano que dá nome à peça.
28
Embaixada do Teatro Italiano
As qualidades mais impressionantes do trabalho de Fanny & Alexander são: a deliberada
inversão dos códigos (um desafio constante à percepção do público) e uma cultura visual
refinada. No entanto, estas características são secundárias quando comparadas com
a atenção e análise rigorosa que dedicam à linguagem – um aspecto que atravessa todo
o trabalho da companhia, culminando em “linguagens impossíveis”. O “duplo” é um
elemento igualmente recorrente no trabalho desta companhia.
Mais informação:
www.fannyalexander.org
http://www.escritanapaisagem.net/fannyalexandre
29
Embaixada do Teatro Italiano
© Todos os direitos reservados
Anagoor [it]
Con la virtù come guida e la fortuna per compagna
teatro
16 Julho | 21h30
Igreja de S. Vicente, Évora
Com Con la virtù come guida e la fortuna per compagna, Anagoor leva-nos numa viagem
pelos sons e imagens de um mundo-outro, um dos berços dos mitos europeus: a Veneza
antiga. Através de cânticos e ritmos, o coro de performers transforma-se num conjunto de
memórias vivas, imagens de uma poderosa e deslumbrante beleza poética, habitando
o presente onde a acção se desenrola.
Sobre Anagoor Colectivo italiano empenhado na exploração de novas linguagens artísticas, no cruzamento
entre teatro, performance, dança e artes plásticas e cujo trabalho tem colhido
o reconhecimento nacional e internacional. O seu trabalho com imagens arquetípicas,
na busca por novas iconografias, cruzando, por exemplo, as linguagens contemporâneas
com a estética renascentista, tem sido amplamente celebrado: foram uma das companhias
centrais da programação do OperaEstate Festival, em 2007, o mesmo ano em que o jornal
Corriere della Sera inclui a companhia na publicação “Please Disturn”, considerando-a uma
das mais relevantes da sua região, Veneto; em 2008 Anagoor esteve entre os finalistas
do Extra Prize 08; e em 2009 recebeu uma Menção Honrosa com a produção Tempesta,
no Scenario Award 2009.
30
Embaixada do Teatro Italiano
© END&DNA
Motus [it]
Let the Sunshine in (Antigone) contest#1*
teatro
20 Julho | 21h30
Évora
22 Julho |21h30
Envolvente da Muralha, Avis
* Espectáculo com dobragem em português.
Let The Sunshine In é o primeiro episódio de um ciclo inspirado no texto dramático Antígona
de Sófocles, que é, neste trabalho, reformulada através do corpo de dois actores. Em palco,
os actores Sílvia e Benno, transformam-se ao longo da peça em Antígona e Polinices,
Etéocles e Polinices, Ismênia e Antígona, personagens em constante confronto. A
companhia pretende explorar, assim o sentimento de fraternidade contido em Antígona: “[o]
laço extremamente poderoso, auto-destrutivo entre dois irmãos / actores que buscam uma
representação que é impossível de implementar, que se desintegra na tentativa de alcançar
a verosimilhança, onde os números trágicos são usados, de acordo com um processo
pessoal combinatório, um projecto de reescrita político - policêntrico, quase beckettiano.”
Durante o processo de criação desta peça, Motus deparam-se com um acontecimento que
os acorda para a urgência e pertinência de trazer Antígona para o presente: a morte do
anarquista Alexis Grigoropoulos de 15 anos de idade, morto a tiro a 6 de Dezembro de 2008,
por uma bala perdida disparada por um polícia.
O espectador, colocado no centro da cena, é bombardeado com estas questões, tornandose inevitavelmente actor numa performance que anarquicamente se apropria do palco,
escapando do teatro para se contaminar com as incertezas e a pobreza da vida quotidiana.
31
Embaixada do Teatro Italiano
Sobre Motus
A companhia Motus foi criada em Rimini, em 1991, por Enrico Casagrande e Daniela
Francesconi Nicolò. Ambos estudaram em Urbino, onde se conheceram no grupo de teatro
da Universidade Atarassia e E.A.S.T (European Associations of Students of Theatre). Após
a licenciatura (em História da Economia e Sociologia, respectivamente) mudaram-se para
Rimini, onde tiveram a ideia de formar um grupo independente,
inicialmente chamado
Opere dell'ingegno . Em 1991, eles apresentaram Stati d'Assedio, inspirado pela peça L' état
de siège de Albert Camus, um espectáculo que envolvia o público num itinerário móvel.
Desde essa primeira experiência (Primeiro Prémio Coordenação Jovens Artistas Italianos,
Spazio Proposta, Santarcangelo Festival '91) a natureza "polimórfica" do novo colectivo
artística foi sendo delineado: para além de actores, o projecto incluiu músicos, artistas
gráficos e escultores. A partir da sua primeira criação, houve uma tentativa contínua de
expandir, difundir e misturar a experiência de teatro além das fronteiras entre os géneros.
Em 1992, o grupo mudou o seu nome para Motus. Este foi o início de uma longa série de
produções e pequenos eventos curados e dirigidos por ambos, Enrico e Daniela, o primeiro
particularmente interessado na encenação e a segunda no processo de dramaturgia
e escrita.
Mais informação:
http://www.motusonline.com/
32
Embaixada do Teatro Italiano
© Laura Arlotti
Muta Imago [it]
(a + b)3
teatro
22 Julho | 21h30
Palácio D. Manuel, Évora
23 Julho | 21h30
Auditório Municipal Ary dos Santos, Avis
Muta Imago estreia-se em Portugal, no Festival Escrita na Paisagem, com o espectáculo
(a+b), baseado na mitologia grega de Orfeu. Um músico e cantor dotado que tocava lira.
Orfeu era um dos cinquenta argonautas que participou na missão de Jasão para ir buscar
o Velocino de Ouro. A Orfeu é atribuído o dom de tudo acalmar com a sua música.
Uma das grandes façanhas de Orfeu foi adormecer Cérebro, o cão do Hades que protegia
a entrada do submundo para resgatar Eurídice, a sua amada, morta por uma serpente.
Orfeu fez um acordo com Hades, em que poderia levar Eurídice de volta para o mundo da
vida, desde que Orfeu não olhasse para ela até que esta estivesse à luz do Sol. Orfeu
quebrou o acordo e olhou para a sombra da sua amada, e esta continuou no reino da morte.
(a+b) é a estória do gesto de desenhar numa parede a sombra. Do gesto de abraçar uma
sombra. Nas palavras de Cláudia Sorace, encenadora de Muta Imago: “ (…) gestos que
falam sobre a eterna busca de uma ausência e uma tentativa de desenhar uma fronteira que
pode ratificar a presença.”
33
Embaixada do Teatro Italiano
Sobre Muta Imago
Muta Imago é um projecto de pesquisa artística que nasceu em Roma em 2006, orientado
por Claudia Sorace (encenadora) e Fazi Riccardo (dramaturgo - designer de som) com a
colaboração de Massimo Troncanetti (técnico de palco) e Backhall Glen (performer).
Neste ano o grupo produziu espectáculos, performances e instalações onde a investigação
sobre a relação entre o ser humano, espaço e tempo, tem um papel principal.
(a + b) (2007), Lev (2008), Madalena (2009), os últimos espectáculos produzidos têm sido
apresentados pelos mais importantes festivais nacionais de Itália e europeus como
RomaEuropa Festival, Festival de Teatro Napoli Italia (também produtor do desempenho
Napoli. Primo Passo nelle città di sotto), Vie Scena Contemporanea Festival, Santarcangelo
Festival Internacional das Artes, Inteatro Festival, Festival de Ópera Bassano, Primavera dei
Teatri, Biennale dei Giovani Artisti d'Europa e del Mediterraneo e festivais internacionais
diversos como Premières Festival (Strasbourg), Cyl Festival (Salamanca), Festival Fadjr
(Teerã), Festival Bipod (Beirute), Clipa Aduma Festival (Tel Aviv), Festival Unidram
(Potsdam), Teatro Temps d'Images (Cluj-Napoca, Budapeste) / Teatro: Italienischer
Theaterherbst (Berlim), Festival Internacional des Brigittines (Bruxelas), Théâtre de la Ville
(Paris).
Em 2009, a companhia ganhou o Prémio Speciale Ubu, a crítica della Premio da
Associazione Nazionale dei Critici di Teatro e / DE.MO. o Prêmio Movin 'UP. No mesmo ano,
Claudia Sorace ganhou o Premio Cavalierato Giovanile della Provincia di Roma e do Premio
Internazionale Valeria Moriconi como "Futuro della scena".
Mais informação:
http://www.mutaimago.com/
34
Embaixada do Teatro Italiano
© Todos os direitos reservados
Alessandro Sciarroni_C.C.00# [it]
Cowboys
Your Girl
Joseph
Teatro
27 » 30 Setembro
Palácio D. Manuel, Évora
Alessandro Sciarroni_C.C.00# encerra a Embaixada do Teatro Italiano em Portugal e o
Festival Escrita na Paisagem, com três espectáculos: Cowboys, Your Girl e Joseph.
Cowboys é um trabalho a partir das premissas de investigação espacial iconográfica da
artista portuguesa Helena Almeida. Inspirado na estrutura do livro sobre as cores de Derek
Jarman, Chroma, Cowboys é um trabalho sobre a identidade da cor e da superfície. Poderia
ser resumido com a frase, “damos graças ao contemporâneo, que nos permitiu ficar na
superfície das coisas”. Os intérpretes da obra, um rapaz e uma rapariga, vestem-se de
espelhos em forma de quadrado colocando-os à frente do rosto. Desta forma, o corpo perde
a identidade e funde-se ao longo do tempo com o espaço, com os olhos do público, mas
sobretudo com as cores do chão.
Your Girl é uma obra sobre o desejo, a inspecção de um sentimento. Peça baseada no
estudo de Madame Bovary de Flaubert e da tradução para século XX, de John Smith na
colecção de poesia Bovary c'est moi. Em Your Girl, Emma Bovary não pode matar, não
pode sufocar, mas ainda pode respirar, impossível numa foto, numa canção pop italiana.
Então Mateus Ramponi, objecto do desejo, torna-se seu companheiro numa anti-tragédia.
Joseph, é o novo projecto de criação de Alessandro Sciarroni_C.C.00# no qual são
exploradas as possibilidades criação de um “milagre” através da arte, na relação entre
35
Embaixada do Teatro Italiano
performers e espectadores. Uma performance em que o intérprete reflecte sobre os
mecanismos da criação e da localização do palco público num espaço teatral. O autor da
performance, adquire o nome do pai do homem que esconde o divino. Como numa
cerimónia religiosa, a expectativa segue a epifania como o tambor do mágico, que concede
ao ilusionista a autoridade para fazer surgir coelhos brancos.
Sobre Alessandro Sciarroni_C.C.00#
Associação cultural fundada em 2007 e que se ocupa de promoção e investigação teatral.
Corpoceleste 01# é o nome da primeira fase de pesquisa laboratorial que a associação que
actua na região de marchigiano. A associação tem sede em San Benedetto del Tronto (AP)
e realiza as suas actividades de formação e produção entre a zona de Marche Emilia
Romagna e a zona de Lombardia. Em 2007, CC00 # apresentou a performance Your Girl
e o espectáculo If I Was Your Girlfriend. Em 2008, realizam o evento performativo intitulado
We are not here e em 2009 a performance Cowboys.
Alessandro Sciarroni é o fundador e director de Alessandro Sciarroni_C.C.00#. Artista que
desenvolve trabalho no cruzamento entre o teatro, a performance e as artes visuais. Entre
1998 e 2006 foi actor na companhia Lenz Rifrazioni e, desde 2007, apresenta trabalho
a título individual e/ou concebido em colaboração com outros colectivos. Os seus trabalhos
são marcados pela criação de imagens com base na fisicalidade dos actores.
Mais informação:
www.alessandrosciarroni.it
36
PROGRAMAÇÃO
Julho » Agosto » Setembro
37
PROGRAMAÇÃO
Julho
38
Programação » Julho
Dia Aberto dos Celeiros
9 Julho
Antigos Celeiros da EPAC, Évora
Os Antigos Celeiros da EPAC abrem os seus portões à festa! Todos são bem-vindos para
visitar os espaços das várias associações que habitam e fazem daquele espaço a sua casa
- a bruxa Teatro, Colecção B / Festival Escrita na Paisagem, Grupo de Cantares de Évora
e Pé de Xumbo - e participar nas várias actividades propostas por cada uma das
associações: workshops, teatro, jantar comunitário, baile e concerto.
Entre outras propostas o Escrita na Paisagem oferece aos visitantes dos Antigos Celeiros
da EPAC o concerto de encerramento do Dia Aberto dos Celeiros, protagonizado pela
frenética cantora funk brasileira Deize Tigrona.
39
Programação » Julho
© Todos os direitos reservados
Deize Tigrona [br]
9 Julho | 23h
Antigos Celeiros da EPAC, Évora
Deize Tigrona (ou Deize da Injeção, como ficou conhecida pelo sucesso de uma das suas
canções, com o mesmo nome) é uma das figuras mais proeminentes da música funk
brasileira no feminino. Deize Tigrona foi uma das primeiras mulheres a contrariar o domínio
de vozes masculinas no funk, e na sua peugada surgiram vários grupos femininos.
As canções de Deize centram-se explicitamente num tema: o sexo. As suas letras,
contundentes e mordazes, são marcadas pela afirmação da sexualidade feminina e pelo
desafio de mi(s)tificações e estereótipos relacionados com a masculinidade e o exercício
de poder e domínio masculino. As canções de Deize Tigrona falam-nos, assim, não apenas
de sexo, mas também de política. O impacto das suas letras só é igualado pelo ritmo
frenético da sua música e a energia e euforia imparáveis da sua interpretação.
Mais informação:
http://www.myspace.com/deizetigrona
40
Programação » Julho
© Arquivo Escrita na Paisagem 2010
Elliot Mercer com Márcio Pereira & Amigos [usa/pt]
Dançar com Mitos
dança | performance
13 » 15 Julho
Centro Histórico, Avis
17 » 19 Julho
Centro Histórico, Moura
21 » 23 Julho
Centro Histórico e Igreja de S. Vicente, Évora
30 Julho
Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira
Reposição do projecto de recriação de coreografias de grandes nomes (mitos) da
performance e dança Norte-Americanas, dos anos 60 e 70, estreado em Portugal em 2010,
no âmbito do Festival Escrita na Paisagem. Elliot Mercer, coadjuvado por Márcio Pereira,
coordena um grupo de jovens participantes na recriação e reactualização de trabalhos
de Anna Halprin, Trisha Brown, Allan Kaprow e Simone Forti. Apresentadas em locais
de passagem, interiores e exteriores, as peças cativam e interpelam os transeuntes com
as
suas
coreografias
simples
e
bem-humoradas,
convidando
os
espectadores
à participação.
Para a edição de 2011 do Festival Escrita na Paisagem, Elliot Mercer junta ao repertório
do grupo a peça Ten Myths, uma recriação de Myths de Anna Halprin (1973): uma peça de
carácter experimental e comunitário, na qual se exploram relações de proximidade,
intimidade e cooperação entre actores e espectadores; um caminho de descoberta que se
41
Programação » Julho
constrói à medida que os dois grupos se fundem na tarefa de criar, em conjunto, peças que
reflectem imaginários (mitos) tanto individuais como colectivos.
Sobre Elliot Mercer
Elliot Mercer é um jovem criador e académico norte-americano, mestre pelo Departamento
de Performance Studies da prestigiada Tisch School of the Arts/Universidade de Nova
Iorque. Define-se como coreógrafo- e bailarino-arquivista, já que a sua investigação teórica
e artística está centrada nas possibilidades de recriar e reactualizar peças de performance
e dança experimental americana produzida durante os anos 60 e 70 norte americanos,
inscrevendo-as em novos contextos e corpos, na busca da construção de um “arquivo vivo”.
Sobre Márcio Pereira
Márcio Pereira é Licenciado em Teatro pela Universidade de Évora. Participou em cursos
de formação orientados por Amélia Bentes, António Tavares, Clara Andermatt, Margarida
Bettencourt, Margarida Mestre, Nélia Pinheiro, Peter Michael Dietz, Sofia Neuparth, na área
da dança; e com Andreas Poppe, Cristina Carvalhal, Jean Paul Bucchieri, Miguel Seabra,
Nuno Pinto Custódio, na área do teatro. Trabalhou com Guilhermo Gómez Peña (La Pocha
Nostra), Eric de Sarria e Nancy Rusek (Cie. Philippe Genty) e com Ana Borralho & João
Galante. No seu percurso como performer destaca os trabalhos próprios: Projecto Mãe
(2008), Happy-Family (2009), Absolutamente Falso (2009/2010) e Enxoval cor-de-rosa para
a menina que não nasceu (2010).
Trabalha com a Colecção B, associação cultural desde 2009, ano em que começou a dirigir,
no espaço da associação, o projecto de formação Oficina Movimento.
42
Programação » Julho
© Joana Dilão
Cão solteiro & Vasco Araújo [pt]
A Portugueza
performance
13 Julho | 21h30
Teatro Garcia de Resende, Évora
A Portugueza é um trabalho da companhia Cão Solteiro em colaboração com o artista
plástico Vasco Araújo, sobre o hino nacional português.
Uma performance bem humorada e perspicaz, na qual se mostra a preparação, execução
e desmontagem de um espectáculo onde se canta o hino nacional português. O público
assiste,
simultaneamente,
à
montagem
do
espectáculo
e
à
“desmontagem”
de
A Portugueza.
Uma proposta que renova o olhar sobre um dos elementos centrais da criação da identidade
nacional (ou do mito da “portugalidade”).
43
Programação » Julho
Sobre Cão Solteiro & Vasco Araújo
Cão Solteiro
Companhia de teatro formada em Lisboa, em 1997, e dirigida pelos actores Paula Sá
Nogueira e Marcello Urgeghe e pela figurinista Mariana Sá Nogueira. Recorrendo
a materiais textuais e plásticos de origens variadas, a companhia cria projectos onde
a imagem e a situação prevalecem sobre o narrativo. Trabalha preferencialmente em
espaços não convencionais.
As criações da companhia nascem frequentemente da colaboração com outros artistas
e companhias e são apresentadas em palcos
e festivais nacionais e internacionais
de renome.
Vasco Araújo
Nascido em Lisboa, em 1975, cidade onde vive e trabalha. É licenciado em Escultura pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (1999) e frequentou o Curso Avançado
de Artes Plásticas da Mausmaus (1999-2000, Lisboa). Desde então tem participado em
várias exposições individuais e colectivas, a nível nacional e internacional. Integrou
programas de residência internacionais, como Récollets (Paris, 2005) e Core Program
(Houston, 2003-2004). Em 2003, foi galardoado com o Prémio EDP Novos Artistas.
Vasco Araújo tem trabalho publicado em vários livros e catálogos e está representado em
várias colecções, públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro. Entre elas destacam-se: Centre Pompidou, Musée dArt Monderne (FR), Fundação Caloust Gulbenkian (PT)
Fundação de Serralves (PT), Fundación Centro Ordóñez-Falcón de Fotografia – COFF (ES),
Museo Nacional Reina Sofia, Centro de Arte (ES), e Museum of Fine Arts Houston (USA).
Mais informação:
http://caosolteiro.blogspot.com
44
Programação » Julho
Maria Stankova [bg]
Mnemosyne + Becoming Manifold
música | performance
26 » 28 Julho
Igreja de S. Vicente, Évora
30 » 31 Julho
Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira
A convite do Festival Escrita na Paisagem para que concebesse um trabalho em torno do
tema escolhido para a edição de 2011, “Mitologias”, Maria Stankova inspirou-se na mitologia
da Antiguidade Clássica, Grega e Romana para conceber, dois trabalhos com
características muito particulares: Mnemosyne e Becoming Manifold.
Mnemosyne é uma performance de “um(espectador)-para-um(performer)”, que toma o nome
da deusa grega da memória, e na qual a criadora explora as relações entre expressão vocal,
comunicação e memória.
Como afirma Maria Stankova:
“A ideia [para este trabalho] surgiu espontaneamente, depois de descobrir que se acreditava
que a deusa da [memória na] mitologia Grega, Mnemósina, tinha sido também a criadora da
linguagem.”
Um trabalho que se desenvolver com base na cumplicidade estabelecida entre o
espectador-participante e a artista.
Em Becoming Manifold Maria Stankova explora as relações entre som e espaço...
e mitologia! A criadora (re)descobre as sonoridades de diferentes espaços na Igreja de S.
Vicente, através da improvisação vocal e interacção com sonoridades pré-gravadas,
inspiradas em criaturas mitológicas.
45
Programação » Julho
Sobre Maria Stankova
Maria Stankova (n. 1984, Bulgária) é uma jovem vocalista e académica na área da música,
a residir neste momento em Nova Iorque. Os seus principais são a improvisação vocal,
electrónica e acústica, composição e experimentação. É um dos membros fundadores da
dupla de improvisação de voz e música electrónica Pygmy Jerboa, cujo primeiro álbum
"change still more again" foi editado pela Mandorla Records em 2010. A dupla já actuou na
Bulgária, Alemanha, México e Estados Unidos da América. Como cantora a solista, Maria
Stankova já fez digressões um pouco por todo o mundo com o Coro da Rádio Nacional
Búlgara e com o Coro Feminino Eslavo de Yale. Outros grupos reconhecidos com quem já
actuou são os Gamelan Dharma Swara e Wesleyan University Electro-Acoustic Illumination
Orchestra. Presentemente, Maria Stankova está no segundo ano do seu doutoramento em
Música na Universidade de Nova Iorque, onde é co-responsável por leccionar aulas de
licenciatura sobre voz, música do mundo, e culturas da música.
Mais informação:
http://www.linesofflight.com
http://www.pygmyjerboa.info
http://www.myspace.com/wueaio
http://www.archive.org/details/BirdOgOdd
46
Programação » Julho
Fotograma do vídeo Snails Invasion © 2010 Léa le Bricomte
Léa le Bricomte [fr]
Greenback
performance | Instalação
28 Julho
Igreja de S. Vicente, Évora
31 Julho
Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira
Léa le Bricomte é uma criadora de mitos; universos ficcionais através dos quais questiona
os conceitos e práticas de funcionalidade e racionalidade da sociedade contemporânea.
Em Greenback, a criadora reinventa o seu corpo como lugar do cruzamento de dois
mundos, a do humano e do caracol, transformando-se numa paisagem povoada por aquelas
criaturas. Surge assim a imagem de um ser híbrido, capaz de fomentar no espectador um
sentimento entre o desejo e a repulsa.
Ao apresentar seu corpo como paisagem de um “um mundo dentro de um mundo” criadora
questiona o conceito e imagem de corpo, humano e animal, bem como o conceito de escala
e realidade.
47
Programação » Julho
Sobre Léa le Bricomte
Léa le Bricomte é uma jovem artista multimédia francesa, dedicada à criação nas áreas
do vídeo, fotografia, escultura e performance. le Bricomte frequentou a École Nationale
Supérieur dArt de Dijon (2005-2007), a École des Beaux-Arts, in Caen (2007-2010), e mais
recentemente a École Nationale Supérieur des Beaux-Arts, em Paris (2010 até ao presente).
No seu trabalho, Léa le Bricomte procurar criar universos ficcionais que questionam
conceitos normalizados e normativos de funcionalidade e racionalidade da sociedade
contemporânea: esterilização, desinfecção, mercantilização da vida, alienação. A criadora
constrói imagens, compõe cenários, que propõem uma visão do corpo entre o desejo
e a repulsa. Le Bricomte é membro fundador de Alias Black Market, um colectivo de jovens
artistas dedicados às artes performativas.
Mais informação:
http://www.myspace.com/lealebricomte
48
PROGRAMAÇÃO
Agosto
49
Programação » Agosto
© 2009 Paper Cinema
Paper Cinema [uk]
Odisseia (episódios)
cinema ao Vivo
28 Julho » 1 Agosto [residência e criação]
Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira
30 Julho [apresentação]
Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira
2 Agosto | 21h30
Auditório do Parque Urbano, Montemor-o-Novo
3 Agosto | 21h30
Museu da Luz, Aldeia da Luz
4 Agosto | 21h30
Moura
5 Agosto | 21h30
Igreja de S. Vicente, Évora
The Paper Cinema regressam a Portugal e ao Festival Escrita na Paisagem depois da sua
participação na edição de 2009, para desenvolverem uma residência de criação sobre o seu
mais recente trabalho Odyssey (título original). Após a residência, na Bienal de Cerveira, no
quadro da participação do Festival Escrita na Paisagem, o colectivo viaja para o Alentejo,
onde apresenta, em vários municípios, alguns dos episódios mais célebres da obra
homónima de Homero.
50
Programação » Agosto
O trabalho de The Paper Cinema, pode ser descrito como um ponto de cruzamento entre
teatro de objectos, música e cinema de animação, contando estórias que não recorrem
à palavra, apenas à imagem e à música, uma e outra produzidas ao vivo e em directo. Para
que a magia possa acontecer bastam cenários e figuras de papel desenhadas à mão, uma
mesa, alguns candeeiros para uma iluminação difusa e uma câmara para captar a imagem.
Esta é tratada e projectada, em tempo real, acompanhada por música ao vivo. Um
espectáculo para toda a família, que fará as delícias de miúdos e graúdos.
Sobre Paper Cinema
Jovem companhia britânica, os Paper Cinema nasceram da cena musical de Bournemouth,
num primeiro momento proporcionando visuals ao vivo para acompanhar eventos musicais
em variados contextos, até se tornarem num grupo participando em várias iniciativas um
pouco por todo o seu país de origem.
Hoje o seu trabalho pode ser descrito como o ponto de cruzamento entre teatro de objectos,
música e cinema de animação, contando estórias que não recorrem à palavra, apenas
à imagem e à música, uma e outra produzidas ao vivo e em directo. Para que a magia possa
acontecer bastam cenários e figuras de papel desenhadas à mão, uma mesa, alguns
candeeiros para uma iluminação difusa e uma câmara para captar a imagem. Esta é tratada
e projectada, em tempo real, acompanhada por música ao vivo.
Mais informação:
www.thepapercinema.com
51
Programação » Agosto
© Movie-Posters Alfred Hitchcock
Kubik [pt]
Movie Poster
cine-concerto
3 Agosto | 21h30
Igreja de S. Vicente, Évora
4 Agosto | 21h30
Avis
5 Agosto | 21h30
Moura
6 Agosto |21h30
Rossio do Marquês de Pombal (frente à casa de Estremoz), Estremoz
Movie Poster, um cine-concerto de Kubik especificamente concebido para o Festival
Escrita na Paisagem, centra-se no que identificamos como uma mitologia iconográfica dos
posters de cinema. Objectos mitificadores, os posters de cinema eram a forma privilegiada
de divulgação de um filme, sendo a sua imagem o principal factor para atrair os
espectadores a irem ao cinema. Segundo Kubik, “estes posters representavam uma forma
de arte complementar à do próprio filme, porque eram concebidos como fascinantes
objectos de design e, ao mesmo tempo, de comunicação visual”.
Revisitamos, com Kubik, a magia dos posters de cinema, acompanhada por uma banda
sonora concebida pelo criador como contraponto aos estímulos visuais da luxuriante
coleccção de imagens que nos apresenta.
52
Programação » Agosto
Sobre Kubik
Kubik é o projecto de música electrónica de Victor Afonso, músico da Guarda com larga
experiência musical (rock, improvisação, experimental, electrónica).
A música de Kubik é um imprevisível caldeirão de cruzamentos de géneros, de
fragmentação estética, de metamorfoses estilísticas, com uma forte influência do imaginário
cinematográfico: manipulação electrónica, free-rock, jazz, hip-hop, ambient, world-music,
metal, breakbeat, música de “cartoons”. Kubik conta com dois álbuns aclamados pela crítica
especializada que os incluiu nas listas dos melhores discos portugueses do ano – “Oblique
Musique” (2001) e “Metamorphosia” (2005). Tocou ainda em diversos festivais de música
electrónica internacional, Casa da Música, Teatro São Jorge, ZDB, Fnac, Parede de Coura,
etc. Kubik colaborou ainda com diversos músicos (Adolfo Luxúria Canibal, Old Jerusalem,
Norton, Bypass, Factor Activo, Américo Rodrigues, César Prata…) e remisturou inúmeras
músicas para colectâneas nacionais e internacionais.
Compôs ainda música original para três filmes mudos (“Un Chien Andalou”, “Entr’Acte”
e “A Felicidade” - espectáculo concebido para o Festival Escrita na Paisagem 2008),
bailado contemporâneo (Culturgest), teatro, exposições, curtas-metragens e performance.
Mais informação:
http://www.kubikmusic.blogspot.com/
53
ESCOLA DE VERÃO 2011
54
Escola de Verão 2011
Escola de Verão 2011
Desde 2008, o Festival Escrita na Paisagem elege Agosto como o mês dedicado à formação
intensiva e altamente qualificada, com a sua Escola de Verão, proporcionando a jovens
artistas e alunos de artes a oportunidade de aprender com celebrados artistas internacionais
de teatro e performance.
A Escola de Verão 2011, na sua quarta edição, conta com dois cursos intensivos.
O primeiro, Paisagem interiores: introdução ao universo de Philippe Genty, configura
o regresso da Compagnie Phillipe Genty e da formação em teatro de marionetas. Paisagens
interiores é o segundo nível do curso de introdução à estética e metodologia de trabalho da
companhia, de acordo com os princípios e pressupostos metodológicos e estéticos dos seus
fundadores: Philippe Genty e Mary Underwood.
O segundo, Rasaboxes, é um curso que introduz os participantes uma técnica de treino do
actor criada por Richard Schechner, inspirado na teoria teatral de Antonin Artaud “o Atleta
da Emoção” e nas técnicas do teatro tradicional indiano.
55
Escola de Verão 2011
© Todos os direitos reservados
Cie. Philippe Genty [fr]
Paisagens interiores: introdução ao universo de Philippe Genty
10 » 30 Agosto
Pólo dos Leões, Universidade de Évora
Paisagens interiores: introdução ao universo de Philippe Genty é o nome do projecto
proposto pelos formadores, no segundo nível do curso de introdução à estética
e metodologia de trabalho da Cie. Philippe Genty.
Um curso de carácter intensivo em que os participantes descobrem aprofundam a prática
e as ferramentas de linguagem visual da companhia, que cruzam o jogo do actor,
manipulação e materiais, objectos e marionetas, o movimento próximo da dança, a voz,
e que se sustentam nos recursos pessoais de cada participante. Estes são explorados
através de critérios como: escuta, convicção, impulsos, pontos fixos, dissociação,
distanciação, improvisação, memoria, relação com objectos e materiais, ocupação do
espaço e a voz.
Sendo o contacto com os espectadores um aspecto essencial do processo de formação,
o curso encerra com um exercício final, aberto ao público.
56
Escola de Verão 2011
Sobre Compagnie Philippe Genty
Eric de Sarria
Começou a tomar o gosto pelo teatro em cursos recriativos das escolas por onde passou,
e continuou depois da desenvolver trabalho nesta área com Vicky Messica (destaque para
as produções Les fils du Soleil, Les soeurs Brontë) e com Philippe Genty (Derives, Dédale,
Zigmund Follies, entre outras produções). Do primeiro apreendeu a paixão pelo Verbo, do
segundo a paixão pela Imagem.
Com estas duas paixões, trabalha com o Théâtre de LUnité e LIllustre Famille Burattini.
Assiste pontualmente Philippe Genty nos seus cursos de formação e nas suas criações.
Entre outras actividades, dirigiu cursos de formação e encenações em França e no
estrangeiro, entre as quais destaca: Un Molière à Soweto (África do Sul), La Reine et la
Pierre de Lumiére, Et si je vous mettais un peu de musique e Un Goût de Milefeuille
(dois solos que ele próprio interpretou), Cabaret Exorciste e Commune Empreinte (Rússia).
Nancy Rusek
Estudou ballet clássico na École Royal du Ballet de Flandres em Anvers, terra dos
diamantes (ou do chocolate)! Abandona os tutus, os sapatos de pontas e o papel de
princesa e lança-se na dança contemporânea, desenvolvendo trabalho com coreógrafos
e companhias como Andy Degroat, Philippe Decouflé, Système Castafiore, entre outros.
Mas ser apenas bailarina não é para ela suficiente. Assim, dedica-se igualmente a
coreografar para a sua própria companhia e para outras, bem como para filmes e video-clips. Alem disso, trabalha como assistente da coreógrafa Marcia Barcellos e das
companhias Ballets de Lorraine, Philippe Decouflé e Olivier Meyer. Mas durante a sua
passagem ela descobre um outro aliado, subterrâneo, do outro lado de La Fin des Terres
na companhia Philippe Genty, em 2004. Juntos traçam caminhos entre a plástica e o erro,
e sem o seu vestido vermelho, serve como assistente de Philippe Genty e Mary Underwood
em alguns dos seus numerosos cursos de formação.
Mais informação:
http://www.philippegenty.com
57
Escola de Verão 2011
© Todos os direitos reservados
Márcia Moraes [br/pt]
Rasaboxes
15 » 20 Agosto
Auditório Municipal Ary dos Santos, Avis
22 » 25 Agosto
Espaço Sheherazade, Moura
Rasaboxes é um treino psicofísico criado por Richard Schechner, encenador, professor na
Universidade de Nova Iorque, e fundador e director artístico (até ao Inverno de 2009) da
companhia ECA (East Cost Artist), e desenvolvido pelas directoras educativas desta mesma
companhia: Paula Murray Cole e Michele Minnick.
Inspirado na afirmação de Antonin Artaud de que o actor deve ser um atleta das emoções, e baseado na teoria da Rasa apresentada nas escrituras sagradas da arte clássica Indiana
(Natyasastra) e teorias e práticas contemporâneas da psicologia e da neurociência, a técnica
de treino do actor Rasaboxes pode ser aplicado como método para desenvolver a construção de uma personagem e uma partitura cénico-corporal. No curso Rasaboxes, o trabalho será conduzido através do movimento, do som, da palavra,
do relacionamento com objectos e outros elementos cénicos, linguagem e exercícios de
texto, até finalmente chegar ao trabalho de cena, construindo e concebendo as complexas
camadas emotivas de personagens, a composição de acções dramáticas nas cenas,
partituras corporais ou coreografias.
58
Escola de Verão 2011
Sobre Márcia Moraes
Márcia Moraes (BR/PT) mestre em teatro físico, actriz, bailarina, e encenadora e tem
trabalhado em diversas produções ao longo dos últimos 20 anos. Como professora
encontra-se neste momento a trabalhar Neue Musikschule Berlin (Berlim/Alemanha),
no Bacharelato em Teatro da Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro/Brasil). Parte dos
cursos que dirige centram-se no método das Rasaboxes, que ensina no Pós-Bacharelato
em Encenação de Movimento para Teatro, e no Pós-Bacharelato em Performance, tanto
na Universidade University Angel Vianna (Rio de Janeiro/Brasil), e no Mestrado de
Performance Studies na Universidade de Nova Iorque, com a companhia de teatro onde
o método foi criado, por Richard Schechner, os East Cost Artists. Também implementa
cursos de treino de em muitas escolas e instituições culturais no Brasil. Além disso, ao longo
dos últimos 16 anos, tem leccionado aulas de interpretação, movimento e voz em diversas
escolas
no
Brasil,
bem
como
workshops
na
Calgary
University
no
Canadá.
Como criadora, trabalhou durante três anos como encenadora e performer com
a reconhecida compositora de ópera e artista Jocy de Oliveira. Mantém uma parceria
de colaboração artística com o artista multimédia Egill Saebjornsson. Presentemente,
encontra-se sedeada em Berlim e no Rio de Janeiro, onde desenvolve performance entre
o teatro e as artes visuais, e apresenta trabalho por todo o mundo.
Márcia Moraes tem um Bacharelato em Cinema da Estácio de Sá (RJ-Brasil), um diploma
em Interpretação pela C.A.L. Instituto das Artes de Laranjeiras (RJ-Brasil), um Pós-Bacharelato em Dramaturgia também da Universidade Estácio de Sá University (RJ-Brasil)
e um diploma em Dança (nas áreas de interpretação, ensino e coreografia) pela
Universidade Angel Vianna (RJ-Brasil). Também teve treino em acrobacia circense na
Escola Nacional de Circo do Brasil, bem como em música (canto e teoria) pelo Instituto
de Música Villa Lobos. Além disso teve formação em interpretação/representação com os
seguintes grupos e artistas internacionais: companhia East Coast Artists (2003-2009),
Théâtre du Soleil (2000), Luiz Carlos Vasconcelos e Companhia de Teatro de Eugénio
Barba (1994), Grupo Pontedera e Grupo Potlansh.
Mais informação:
http://rasaboxes.org/
59
Escola de Verão 2011
© Todos os direitos reservados
César Prata [pt]
Canções de Cordel
música
24 Agosto | 21h30
Igreja de S. Vicente, Évora
25 Agosto | 21h30
Auditório do Parque Urbano, Montemor-o-Novo
26 Agosto | 21h30
Avis
27 Agosto | 21h30
Rossio Marquês de Pombal (frente à casa de Estremoz), Estremoz
César Prata traz ao Alentejo, a convite do Festival Escrita na Paisagem, o seu mais
recente projecto musical, Canções de Cordel, através do qual revisitamos a mitologia
e imaginário populares dos folhetos de cordel. Histórias de “sangue, faca e alguidar”, como
nos diz César Prata.
Uma (re)visitação a uma prática quase esquecida, que pertence a uma forma de
representação colectiva, tradicional, cujo tempo se encarregou de deslocar para um espaço
da memória, mi(s)tificando-a, num espectáculo que oscila entre o trágico e o cómico e que
fará, pelas músicas e letras, as delícias de miúdos e graúdos.
60
Escola de Verão 2011
Sobre César Prata César Prata fundou e dirigiu diversas associações culturais e trabalhou com inúmeras
colectividades no âmbito da recolha do património imaterial. Criou e dirigiu diversos
espectáculos. O seu nome encontra-se ligado a inúmeros discos, quer como compositor,
arranjador, criador, intérprete ou técnico dos quais se destacam Chuchurumel, Assobio
e Chukas (encomenda do IGESPAR para o Parque Arqueológico do Vale do Côa). Publicou
alguns cadernos sobre tradição oral. Criou e assegurou a direcção musical de espectáculos.
Compôs para teatro. Colabora regularmente com o Projéct (Teatro Municipal da Guarda).
Integrou o GEFAC. Fundou os projectos Chuchurumel e Assobio. Participou em festivais
internacionais, dos quais se destacam “Canti di Passione” (Salento, Itália, Abril de 2007),
“Ahoje é ahoje!” (Maputo, Moçambique, Agosto de 2008). Editou, em Dezembro de 2010,
Canções de cordel, o seu CD mais recente.
Mais informação:
http://www.myspace.com/csarprata
http://cancoesdoceguinho.blogspot.com/
61
Escola de Verão 2011
The White Rabbit [br/pt/de/isl]
A Paixão segundo G.H.
teatro | performance
25 Agosto | 21h30
Cine-Teatro Caridade, Moura
A Paixão segundo G.H. é um projecto interdisciplinar a partur do texto homónimo da
escritora brasileira Clarisse Lispector. Um espectáculo que nasce da colaboração entre
a performer e encenadora Márcia Moraes (BR), a artista plástica e videasta Ingibjörg
Magnadóttir (ISL) e o músico e artista multimédia Egill Saebjornsson (DE).
A Paixão segundo G.H. narra a crise de identidade de uma mulher, G.H, desencadeada pelo
encontro violento desta com uma barata. O encontro com esse ser nojento, mas mínimo,
provoca um profundo um abalo no mundo daquela mulher, que inicia assim uma viagem ao
interior de si própria, em busca da “sua” verdade. Um trabalho apaixonante, exemplificador
da criação literária e artística como lugar da criação de mundos-outros, ou mitos. E que nos
faz pensar sobre o quanto de mi(s)tificação existe na identidade individual: seremos mais do
que as histórias que contamos a nós próprios, sobre nós mesmos?
62
Escola de Verão 2011
Sobre The White Rabbit
The White Rabbit é um colectivo de artistas dedicado à produção de trabalhos na área da
performance. Os membros do grupo colaboram em projectos interdisciplinares, onde cruzam
teatro, artes visuais, música, e dança. O grupo está tem sede em Berlim, Rio de Janeiro
e Reykjavik, e trabalha a nível internacional. A ideia de fundar o grupo nasceu em 2008,
entre os artistas Egill Saebjornsson e Márcia Moraes, quando colaboraram pela primeira vez
na instalação Original Hand Bags para uma exposição no Projektraum 4. (Mannheim,
Alemanha) e mais tarde na exposição FischGrätenMelkStand na Temporäre Kunsthalle
(Berlim, cur.: John Bock). Ambos os artistas têm muita experiência e carreiras nas Artes
Visuais e Música (Egill) e em Teatro e Dança (Márcia). A organização The White Rabbit foi
então criada, tendo como missão a produção de projectos artísticos próprios, bem como
iniciativas de outros artistas. O grupo estreou-se com a performance The Mind I em Berlim
e no Rio de Janeiro, em 2009. Desde então, têm apresentado trabalho em diversos países
da Europa e encontram-se a preparar novos projectos para 2011, em colaboração com
instituições como The Watermill Center de institutions like Robert Wilson (NY, USA)
e o museu Hamburg Bahnhof em Berlim.
Mais informação:
http://www.the-white-rabbit.net/
63
PROGRAMAÇÃO
Setembro
64
Programação » Setembro
© Arquivo Escrita na Paisagem 2010
Márcio Pereira [pt]
Oficina Movimento
formação
18 » 19 Junho
Moura
17 » 18 Setembro
Avis
Oficina Movimento é um projecto de Márcio Pereira/Colecção B. Consiste numa unidade de
formação dirigida por Márcio Pereira, sobre movimento e improvisação, na qual são
trabalhadas técnicas de movimento contemporâneo como Contact-Improvisation, Body
Control, Pilates, Yoga, Acrobática, entre outras. Aliada à componente de formação, a Oficina
Movimento, tem vindo a desenvolver criações e intervenções na cidade, é o caso de “E Se
as Paredes fossem de Carne?”, inspirada nos trabalhos de Trisha Brown, Floor of the Forest
(1971) e Cie. Willie Donner.
65
Programação » Setembro
Sobre Márcio Pereira Márcio Pereira é Licenciado em Teatro pela Universidade de Évora e frequentou o mestrado
em Arte do Actor na mesma Universidade em 2010.
Em 2010 cria a Oficina Movimento, projecto em colaboração com a Colecção B/Festival
Escrita na Paisagem.
Participou em cursos de formação orientadas por Amélia Bentes, António Tavares, Clara
Andermatt, Cie. Philippe Genty (Eric Sarria e Nancy Rusek), Margarida Bettencourt,
Margarida Mestre, Nélia Pinheiro, Peter Michael Dietz, Sofia Neuparth, na área da dança;
e com Andreas Poppe, Cristina Carvalhal, Jean Paul Bucchieri, Miguel Seabra, Nuno Pinto
Custódio, na área do teatro. Trabalhou com Guillermo Gómez Peña (La Pocha Nostra),
Ana Borralho e João Galante e Elliot Mercer. No seu percurso como performer destaca os
trabalhos: Projecto Mãe (2008), Happy-Family (2009), Absolutamente Falso (2009/2010)
e Enxoval cor-de-rosa para a menina que não nasceu (2010).
66
Programação » Setembro
Completely Naked [uk]
Flashing Bodies Action 7- PENE (... the fall of a Myth)
Workshop | Performance
19 » 24 Setembro
Antigos Celeiros da EPAC, Évora
Flashing Bodies é o mais recente projecto de Completely Naked, no qual cruzam formação,
performance, participação do público, fotografia, vídeo e publicação. Ao Festival Escrita na
Paisagem o colectivo traz a sétima acção deste projecto, especificamente orientado para
a problemática dos mitos sociais do corpo.
Através da construção de quadros vivos, o colectivo explora o que define como “psicologias
sociais sobre o corpo humano”. Questionando noções de género e identidade sexual,
Completely Naked, desconstroem narrativas (mitos) convencionais sobre a vivência social
do corpo através da construção de novas narrativas; eles des-mi(s)tificam (re)mi(s)tificando.
Durante o período do workshop, participantes e criadores investigam mitos individuais e
colectivos, elaboram ideias e exploram imagens. O trabalho culmina em vários objectos, que
constituem diferentes etapas da criação. O mais imediato é a apresentação final que encerra
o workshop, dia 24 de Setembro. As fotografias e vídeos captados durante o workshop
serão editados em material performativo e documental, a ser disponibilizado online.
67
Programação » Setembro
Sobre Completely Naked
Completely Naked é uma iniciativa de artes visuais.
Com sede em Londres,
os fundadadores Claire Ward-Thornton e Pau Ros criaram Completely Naked em Novembro
de 1999. Actualmente, Completely Naked inclui uma equipa de colaborações free-lancer,
como Pablo Goikoetxea.
Exploram as representações do corpo humano e desafiam limites sociais em torno da
identidade pessoal. No seu trabalho combinam um interesse em psicologia, comunicação
e cultura com design envolvendo o público em métodos emocionantes de interactividade
e arte.
Ao manterem uma forte componente humana nas suas criações, constroem ambientes
interactivos que convidam o público a expressar livremente a sua interpretação pessoal
de um conceito simples, mas provocativo.
Um trabalho que explora a temporalidade e os novos media, fotografia e vídeo, em espaços
reais e virtuais. Para Completely Naked, a Internet tem-se revelado um espaço exploratório
onde curam galerias online dos trabalhos apresentados.
O seu trabalho já percorreu diversos festivais e espaços culturais na Europa, incluindo
o CCCB em Barcelona, «Desviaciones 'em Madrid, Mozaïque Motel em Roterdão e National
Review of Live Art, em Glasgow. E comissários que incluem Shooting Live Artists, LIFT
Festival, New Work Network, o Instituto Goethe e o British Council.
Mais informação:
http://www.completelynaked.co.uk/
http://www.facebook.com/pages/Completely-Naked/190073984824
68
Programação » Setembro
José Rodrigues dos Santos & Colecção B [pt]
Todos os Nomes
18 Setembro
Évora
Num ritual de conciliação com o passado e com a terra a comunidade eborense junta-se
para ler, um a um, todos os nomes das vítimas da Inquisição executadas em Évora.
Sobre José Rodrigues dos Santos
José Rodrigues do Santos é Antropólogo, professor na Academia Militar de Lisboa
e professor e investigador na Universidade de Évora, membro do centro de investigação
CIDEHUS (Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade
de Évora).
69
IGREJA DE S. VICENTE
Palco Central do Festival
Julho » Agosto » Setembro
70
Igreja de S. Vicente
© Todos os direitos reservados
Na edição de 2011, a Igreja de S. Vicente (Évora) transforma-se no Palco Central do
Festival Escrita na Paisagem. Renovada e recriada num espaço polivalente, a Igreja de
S. Vicente acolhe, nos meses de Julho, Agosto e Setembro, um programa de actividades
transdisciplinar e para vários públicos. Com projectos de performance, teatro, dança, música
e multimédia, exposições e instalações, cinema e uma mostra de vídeo-performance,
e encontros, debates e conversas, sem esquecer actividades de participação (jogos) que
propõem um envolvimento activo do espectador-participante, há muito para ver e fazer neste
espaço que apresentamos como um novo ponto de encontro do Festival para e com
a cidade.
Aos artistas deixamos o convite para a apresentação de projectos de criação a serem
integrados na programação deste Palco Central do Festival.
71
Igreja de S. Vicente
© Todos os direitos reservados
Tiago Pereira e José Alberto Ferreira (cur.) [pt]
A Música Portuguesa a Gostar dela Própria
música
4as-feiras Julho » Agosto » Setembro
Igreja de S. Vicente, Évora
Projecto
de
música
e
vídeo/documentação
concebido
e
dirigido
pelo
videasta-
documentarista Tiago Pereira, com a colaboração das realizadoras Joana Barra Vaz, Nélia
Marquez Martins e Carolina Simões e contando já com mais de 100 participações entre
jovens (e menos jovens) colectivos e artistas nacionais. Transversal nos géneros musicais
que abrange, A Música Portuguesa a Gostar dela Própria tem objectivos bem definidos:
“celebrar a maravilhosa variedade da música portuguesa”, “trazer a música para a rua”
colocando-a em diálogo com as mais diversas paisagens, rurais e urbanas, “divulgar
a música portuguesa e o autor português” e, acima de tudo “GOSTAR da música portuguesa
e aumentar-lhe o ego”.
No Festival Escrita na Paisagem o projecto A Música Portuguesa a Gostar dela Própria
tem um palco privilegiado, todas as quartas-feiras, em Évora. Com A Música Portuguesa
partimos à descoberta dos mitos e mi(s)tificações que em torno desta se constroem e ao
trazermos, de acordo com os objectivos deste projecto “a música para a rua”, reinventamos
e redescobrimos (remitificamos?) a geografia da cidade.
72
Igreja de S. Vicente
© Todos os direitos reservados
Susana Mourão & Jorge Mantas [pt]
Macchina dAutunno
música | instalação
23 Setembro
Igreja de S. Vicente, Évora
Uma digressão sobre mitologias pessoais, em relação com a estação que neste dia se inicia
– o Outono – a criação de Susana Mourão & Jorge Mantas apresenta-nos, segundo os
autores, “um dispositivo áudio visual em tempo real, enquanto meditação sobre o conceito
pessoal de melancolia”.
Sobre Susana Mourão & Jorge Mantas
Susana Mourão
Socióloga, trabalha o vídeo deste 1999 para a produção de documentos em investigação
social, em torno das questões do lugar. Desde 2004, os seus documentos potenciaram
a produção de documentários (em edição) e novas formas visuais.
Jorge Mantas
Mais conhecido pelo seu projecto de música ambiental electrónica The Beautiful
Schizophonic, tem explorado desde 2004 em disco e em performance ao vivo a ressonância
afectiva dos diversos espaços psicológicos e físicos que nos envolvem.
73
Igreja de S. Vicente
© Uula Kontino
The Mind Less Company [fi]
W.E.G.O.
performance
26 » 30 Setembro
Igreja de S. Vicente, Évora
W.E.G.O - World Equivalence Growth Organization [Organização para a igualdade
e desenvolvimento mundial] defende “que o crescimento económico é a única maneira de
purificar a humanidade [porque não está dependente de crenças ou ideologias]”,
constituindo, por isso, a chave para a paz mundial. Para o provar, a organização
encomendou um estudo à The Mind Less Research International (The Mind Less Company),
que escolheu o Alentejo como primeira paragem para a realização do seu trabalho de
campo. The Mind Less Research International vai empregar todos os seus esforços na
recolha da maior quantidade de dados possível para fundamentar o seu estudo. Os seus
investigadores vão ser persistentes e detalhados (até ao ridículo) nas suas perguntas
e pedidos aos inquiridos.
W.E.G.O. de The Mind Less Company é uma performance irónica e perspicaz, que pretende
evidenciar o quanto de mi(s)tificador existe no discurso sustentador da economia da
sociedade contemporânea.
74
Igreja de S. Vicente
Sobre The Mind Less Company The Mind Less Company é um colectivo de performance que explora e questiona as
problemáticas do consumismo. Irónicos e contundentes, The Mind Less Company
apresenta-se como “uma empresa internacional de alta qualidade que oferece serviços
exclusivos para que você possa satisfazer plenamente todas as suas necessidades. Uma
empresa livre, independente e neutra, que de forma inovadora participa no negócio criativo.”
Mais informação:
http://www.hyveenorja.net/mindless.php
75
Igreja de S. Vicente
Teatro de Ferro [pt]
M1.1 + M1.2
Teatro de Marionetas
28 Setembro, 21h30
Igreja de S. Vicente, Évora
M1 é o título de ciclo de solos dirigidos por diferentes artistas, mas protagonizados pela
mesma marioneta “M1” (ou Marioneta 1). “M1” é o protótipo optimizado (mi[s]tificação) do
corpo humano masculino, o fruto de um aperfeiçoamento constante fundado na
experimentação e no sonho.
O ciclo M1 desenvolve-se em várias fases, entre 2011 e 2012. No primeiro ano, estreiam no
âmbito do Festival Escrita na Paisagem os dois primeiros solos: o primeiro dirigido
e interpretado por Carla Veloso e o segundo por Teja Reba e Loup Abramovici.
Sobre Teatro de Ferro
Teatro de Ferro desenvolve um trabalho nos campos do teatro de marionetas e manipulação
de objectos, movimento e multimédia, sendo na fusão destes elementos que forja o seu
vocabulário teatral, performativo e interventivo. A companhia tem apresentado regularmente
várias produções com tipologias e objectivos específicos distintos, mas com objectos
artísticos comuns: espectáculos para crianças, dirigidos ao público escolar e familiar; ateliês
multidisciplinares com duração de seis meses, que se materializam em espectáculos em
que participam jovens integrados em projectos de reinserção social; espectáculos de
pesquisa onde se procuram caminhos inexplorados por este colectivo.
A direcção artística é da responsabilidade de Igor Gandra, encenador, actor e director do
Festival Internacional de Marionetas do Porto, distinguido e premiado pelo Clube Português
de Artes e Ideias (1997), Ministério da Cultura/DGArtes(2004), Cidade de Gaia (2005)
e Jornal do Centro (2005).
Mais informação:
http://www.myspace.com/teatrodeferro
76
Igreja de S. Vicente
© Todos os direitos reservados
Carolina Santos [pt]
Experiment#5
performance
27 Julho » 8 Agosto
Évora
Experiment#5 propõe a recolha de depoimentos, orais e escritos, sobre a região do Alentejo,
com particular enfoque nas cidades de Évora, Montemor-o-Novo e Beja, a habitantes locais,
nativos e não nativos, através de duas vias diferenciadas. Por um lado, o contexto de
proximidade, entrevistando familiares, amigos, conhecidos e/ou colegas de trabalho, sobre
a sua relação com a cidade e região, pontos favoráveis e desfavoráveis, o que deve
permanecer e o que devia (e como?) ser alterado, sempre de um ponto de vista individual –
do seu “eu” perante o mundo. Por outro, a discussão pública e aberta, através da promoção
de tertúlias em espaços de restauração e/ou culturais das cidades acima mencionadas,
enquanto laboratório de observação e reflexão sobre como é vivenciada/habitada a cidade
e a região.
77
Igreja de S. Vicente
Sobre Carolina Santos Carolina Santos licenciada em Arquitectura pelo DARQ/FTCUC(2008). Inicia o seu percurso
teatral num workshop orientado por Lúcia Ramos (Teatro do Morcego), no IPJ Coimbra em
1999. Em 2003, entra no TEUC (Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra), que
vem a presidir em 2008, e onde tem a possibilidade de trabalhar com profissionais como
André Gago, José Maria Abreu, António Fonseca, Ludger Lamers, Pedro Matos, Luís
Mestre, João Brites, António Durães, Rogério de Carvalho, bem como de experimentar
outras vertentes da criação artística, com enfoque no campo da concepção plástica –
cenografia, figurinos e design de comunicação.
A este nível conta já com diversas intervenções noutras estruturas para além do TEUC,
tais como a Camaleão - Associação Cultural, a Casa da Esquina – Associação Cultural,
ou a ESTE - Estação Teatral da Beira Interior.
Em Julho de 2009, inicia a série de performances Experiment#, servindo de mote para
o lançamento da plataforma independente c.ESSart .
De entre as várias formações que frequenta, nomeadamente na área da dança
contemporânea, performance e interpretação, destaca-se “Habitar el personaje” – orientada
por Júlio César Ramirez e produzida pelas Lendias Dencantar, em Novembro de 2010 em
Beja, que desencadeia o convite para futuras colaborações com a companhia (Novembro
de 2011) e a entrada para a Zorra Produções Artísticas, Cooperativa Cultural, sediada
em Évora.
Frequenta actualmente o primeiro ano de Mestrado em Teatro/Ramo Arte do Actor na
Universidade de Évora, contando já com formações de Renato Ferracini (Lume Teatro, Br)
e Igor Gandra (Teatro de Ferro).
Mais informação:
http://experimentseries.blogspot.com/
78
Igreja de S. Vicente
© Todos os direitos reservados
Sara Aikaly Sardinha e Alexandre Azinheira [pt]
Extra-Muros
vídeo-performance
Setembro
Évora
Neste trabalho, a jovem artista explora um dos mitos fundadores de Évora – a lenda de
Geraldo Sem-Pavor – e a relação que a cidade mantém com um dos seus elementos
arquitectónicos mais emblemáticos: as muralhas. Sara Aikaly Sardinha explora, assim, as
dimensões mundo interior e mundo exterior, aparências e aparições, o espaço público
e o espaço privado, o subjectivo e o objectivo, e o que está no meio destes termos
antagónicos: as barreiras à linguagem e relações humanas.
79
Igreja de S. Vicente
Sobre Sara Aikaly Sardinha e Alexandre Azinheira
Sara Aikaly
Nasceu em Beja em 1985, passou a infância em Angola, viveu em Évora dos 12 aos 19
anos. Actualmente reside em Lisboa, onde estuda e trabalha. Licenciada em Artes do
Espectáculo (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), em 2010 estudou teoria da
Performance (Performance at the Edge e Performing Arts in Word, Sound and Image) na
Universidade de Amesterdão e de momento frequenta o Mestrado em Teatro na Escola
Superior de Teatro e Cinema.
Na área da Produção de Espectáculos colaborou com várias instituições: Cineclube de
Évora, Museu do Oriente (responsável pela produção dos espectáculos) e Centro de Artes
de Portalegre. Actualmente encontra-se a produzir a peça de Teatro “Way Out”, da escritora
e realizador Cláudia Clemente.
Alexandre Azinheira
Nasceu em 1971 no Porto e licenciou-se em Artes Plásticas -Pintura na Faculdade de Belas
Artes do Porto. Estudou em Bordéus e Utrecht e foi bolseiro da Fundação Calouste
Gulbenkian em Londres, onde fez o mestrado em Time Based Media & Scenography na
Saint Martin'sSchool of Art& Design. Vive em Lisboa, onde colabora assiduamente com
vários encenadores e companhias de teatro portuguesas e alemãs. Actualmente trabalha
como realizador na produtora multi-disciplinar Take it Easy e divide o seu tempo entre
a publicidade, ilustração, videografia e documentário.
80
Igreja de S. Vicente
© Todos os direitos reservados
Daniel Moutinho [pt]
Cravo
teatro-performance
Setembro
Évora
O projecto consiste na produção de um discurso político centrado na temática da Identidade
individual, colectiva e nacional (como uma construção narrativa), através do uso de
provérbios, ditos, motes e adágios culturais. O que eu proponho como desafio é simples –
uma Jukebox Proverbial. O espectador escolhe o que quer ver e a ordem em que quer ver.
É posto à sua disposição um conjunto de provérbios de onde pode escolher um de cada vez.
(O provérbio que servirá de mote à criação, sob a forma de happening, “um evento teatral
espontâneo ”, uma vez escolhido o provérbio, o performer executa a performance escolhida
pelo público.) Cravo é uma performance que crava ao espectador não só a presença do
mesmo, mas uma redefinição do seu papel num espectáculo. Crava a presença de leitores,
quem assiste é quem faz e quem faz, lê antes de o fazer.
Cravo é o cravo da revolução, esse mesmo que dizem que mudou tudo, que trouxe
a democracia em que dizem que vivemos. “E se dizem que vivemos em democracia, quem
sou eu para dizer que não vivemos”.- João César Monteiro
Cravo é também esse exercício democrático.
Cravo e sou eu também cravado, como performer, ou melhor como poeta.
Com Cravo, procuro a criação de um teatro - poema, ou seja, uma poetização dos suportes
como forma de subverter a informação, usando a função poética para recriar discursos.
81
Igreja de S. Vicente
Sobre Daniel Moutinho Licenciado em Teatro, em 2010, pela Universidade de Évora. Daniel Moutinho é um jovem
criador, cujos interesses na criação passam pela relação com o texto, a palavra, a
dramaturgia, a poesia (do futuro) e a identidade. No seu percurso já frequentou workshops
e cursos com Guillermo Gomez-Peña; António Pedro Lopes, Hancock& Kelly, Cie. Philippe
Genty e foi assistente de Kate OReilly na Escola de Verão do Festival Escrita na Paisagem
2010. Entre as criações que fez destaca: Derrame Cerebral com André Salvador; Mãe
Sabes como te amei?, apresentado no Festival Escrita na Paisagem 2008, e Absolutamente
Falso em colaboração com Márcio Pereira e André Pinto. Tem como objectivo ser a voz da
sua geração e por influência do Ezra Pound, (quer ser também um dos maiores
especialistas na área da poesia). É neste momento estagiário da Colecção B/Festival Escrita
na Paisagem com a qual já desenvolve trabalho à quatro anos.
82
Igreja de S. Vicente
© CAlexandre
Márcio Pereira [pt]
Post-it (Whatever it means)
performance
6 Julho | 17h30
Capitol Theatre, Flare Festival, Manchester
Setembro
Évora
Um homem e uma mulher encontram num espaço gélido e monocromático dois pequenos
monstros sem cabeça. Observam. Apercebem-se que as cabeças destes seres se
encontram afinal exageradamente evidenciadas sobre os seus próprios pescoços.
Preparam-se para uma curta viagem num longo submarino amarelo na ilusão de encontrar,
ou talvez não, os seus próprios monstros.
Serão estes pequenos monstros meramente uma imagem reflectida neste monstruoso
espelho?
83
Igreja de S. Vicente
Sobre Márcio Pereira Márcio Pereira é Licenciado em Teatro pela Universidade de Évora e frequentou o mestrado
em Arte do Actor na mesma Universidade em 2010.
Em 2010 cria a Oficina Movimento, projecto em colaboração com a Colecção B/Festival
Escrita na Paisagem.
Participou em cursos de formações orientadas por Amélia Bentes, António Tavares,
Clara Andermatt, Cie. Philippe Genty (Erik Sarria e Nancy Rusek),Margarida Bettencourt,
Margarida Mestre, Nélia Pinheiro, Peter Michael Dietz, Sofia Neuparth, na área da dança;
e com Andreas Poppe, Cristina Carvalhal, Jean Paul Bucchieri, Miguel Seabra, Nuno Pinto
Custódio, na área do teatro. Trabalhou com Guilhermo Gómez Peña (La Pocha Nostra),
Ana Borralho e João Galante e Elliot Mercer. No seu percurso como performer destaca os
trabalhos próprios: Projecto Mãe (2008), Happy-Family (2009), Absolutamente Falso
(2009/2010) e Enxoval cor-de-rosa para a menina que não nasceu (2010).
Mais informação:
http://www.flarefestival.com/
http://vimeo.com/22998707
84
FICHA TÉCNICA
85
Ficha técnica
Direcção Artística e de Programação
José Alberto Ferreira
Assistente de programação
Rita Valente
Direcção de Produção
Rita Valente
Direcção Técnica
Carlos Arroja
Produção Executiva
Olga Moreira
Concepção de espaço para a Igreja de S. Vicente
Luís Torradas
Montagem de espaço da Igreja de S. Vicente
Ricardo Martins
Assistentes de Projecto
Cláudia Miriam
Daniel Moutinho
Duarte Silva (INTERsection/ Quadrienal de Praga)
Inês Pinelas
Márcio Pereira
Rhaisa Muniz
Design Gráfico
Invisible Design
Web Design
Larapal.org
86
Ficha técnica
Escrita na Paisagem – festival de performance e artes da terra é um projecto
Colecção B, associação cultural
Estrutura financiada por
Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artes
Projecto Associado
INTERsection, Quadrienal de Praga 2011, Programa Cultura 2007-2013
A Música Portuguesa a Gostar dela Própria (Tiago Pereira)
Municípios Aderentes
Câmara Municipal de Avis
Câmara Municipal de Évora (Festival Terras do Sol, InAlentejo 2007-2013, União Europeia)
Municípios de Acolhimento
Câmara Municipal de Estremoz
Câmara Municipal de Montemor-o-Novo
Câmara Municipal de Moura
Parcerias
Embaixada do Teatro Italiano em Portugal
MiBAC - Direzione Generale per lo Spettacolo dal Vivo
Instituto Italiano de Cultura em Portugal
Direcção Regional da Cultura do Alentejo – 2ª Temporada Artes ao Sul
Escrita na Paisagem na 16ª Bienal de Cerveira
16ª Bienal de Cerveira
Escola de Verão 2011
CHAIA – Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora (com
o apoio da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia)
Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora
Escola de Artes da Universidade de Évora
Máscaras 1000: Gramática de um aprendiz
Direcção Regional da Cultura do Centro
87
Ficha técnica
Paper Cinema
Museu da Luz, Aldeia da Luz
Os meus “bonecos”
Museu Municipal Professor Joaquim Vermelho, Estremoz
Apoios
Fundação Eugénio de Almeida
Instituto Português da Juventude/OTL
Co-produção
Teatro de Ferro
Apoios comerciais
Gelataria Zoca
Hotel Dom Fernando – Grupo Barata
Loja Enxovais
Maria Eugénia Palma & Associados
Túnel Restaurante e Bar
Apoio à Divulgação
Rádio Diana FM
Semanário Registo
Impressão
Recicloteca
Agradecimentos
Máscaras 1000: Gramática de um Aprendiz
ACDE – Associação Comercial do Distrito de Évora
88
Ficha técnica
Colaboração
Chapéus há muitos: uma instalação espacial
Sam Spenser
Dia Aberto dos Celeiros
a bruxa Teatro
Grupo de Cantares de Évora
Pé de Xumbo
Embaixada do Teatro Italiano em Portugal
Donatella Ferrante
89
CONTACTOS
90
Contactos
Contactos
José Alberto Ferreira (Director Artístico e de Programação)
Tel.: 266 704 236 (escritório: 9h-18h)
Tlm.: 931 763 350
E-mail: [email protected]
Rita Valente (Assistente de Programação e Directora de Produção)
Tel.: 266 704 236 (escritório: 9h-18h)
Tlm.: 932 514 803
E-mail: [email protected]
Olga Moreira (Produção Executiva)
Tel.: 266 704 236 (escritório: 9h-18h)
Tlm.: 919 306 951
E-mail: [email protected]
Morada
Apartado 287
7002-504 Évora
PORTUGAL
91
92

Documentos relacionados