COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA ENSINO
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COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA ENSINO
1 COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO CÂNDIDO FERREIRA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Guaira, 2225 – Jardim La Salle Toledo- PR [email protected] PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO Toledo- PR Setembro/2011 2 SÚMARIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ARTE ........................................... 03 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - BIOLOGIA .................................. 26 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - CIÊNCIAS ................................... 30 PROPOSTA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................ 36 PROPOSTA CURRICULAR - ENSINO RELIGIOSO ........................................... 50 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - L. E. M. – ESPANHOL ............... 56 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA .................................63 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FÍSICA ......................................... 68 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - GEOGRAFIA ............................... 74 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - HISTÓRIA ................................... 81 PROPOSTA CURRICULAR – L. E. M. – INGLÊS ............................................... 90 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA ............ 97 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA ............................ 110 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUÍMICA .................................... 122 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA ............................. 128 3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ARTE FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA Ação pedagógica articulando conhecimentos dos princípios fundamentais de artes cênicas (dança, música e teatro) e artes visuais (desenho, pintura, escultura, gravura e mídia contemporânea) dentro das percepções sentir e perceber, fazer e contextualizar. Desenvolvimento da disciplina de Arte de forma que não se priorize somente o desenvolvimento da sensibilidade, da emoção, da espontaneidade ou da técnica instrumental e sim se associe com o estudo de ARTE de distinguir as diversas linguagens artísticas. Definir a “cultura erudita” e “cultura popular” afirmando a importância de cada uma delas em seu contexto histórico/social. Que o fio condutor do ensino da arte seja a Linguagem e a Cultura. Deve-se através da interação do professor/aluno/conhecimento ser valorizada e diversidade cultural manifestada pelas linguagens visuais, dança, música e teatro. O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito criador e simultaneamente, transcende-o, pois o objeto criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto concreto é uma nova realidade social” (PEIXOTO, 2003, p. 39). Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo de criação. Assim, o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos, inerente à dimensão artística, tem uma direta relação com a produção do conhecimento nas diversas disciplinas. Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para humanização dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e repressão à qual os sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre as disciplinas escolares e ações que favoreçam uma unidade no trabalho pedagógico. Por isso, essa dimensão do conhecimento deve ser entendida para além da disciplina de Arte, bem como as dimensões filosófica e científica não se 4 referem exclusivamente à disciplina de Filosofia e às disciplinas científicas. Essas dimensões do conhecimento constituem parte fundamental dos conteúdos nas disciplinas do currículo da Educação Básica. Assim, como está proposto nas Diretrizes Curriculares de Arte para Educação Básica, o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. Por isso, desde o início as discussões coletivas para a elaboração destas diretrizes curriculares pautaram-se em um diálogo entre a realidade de sala de aula e o conhecimento no campo das teorias críticas de arte e de educação. Entretanto, diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a necessidade de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos sobre ela, quais sejam: o conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes momentos históricos e formações sociais em que se manifestam. Pode-se buscar contribuições nos campos da Sociologia e Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor compreendido em relação às representações artísticas. O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibilizar obras ao público, incluindo as características desse público e as forma de contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança, música e teatro. Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas 5 representações artísticas. Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do conhecimento em arte. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica e cromática Improvisação Greco-Romana Oriental Ocidental Africana ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto Linha Textura Forma Superfície 6 Volume Cor Luz Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia... Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica ÁREA TEATRO CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais Ação Espaço Enredo, roteiro. Espaço Cênico, Adereços Técnicas: jogos Teatrais, teatro Indireto e direto, Improvisação, 7 Manipulação, Máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo. Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento ÁREA DANÇA CONTEÚDOS BÁSICOS Corporal Tempo Espaço Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos Articulares Fluxo (livre e Interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e Baixo) Deslocamento (direto E indireto) Dimensões (pequeno E grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular Pré-história Greco-Romana 8 Renascimento Dança Clássica 7º ANO ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, Indígena, popular e Étnico Técnicas: vocal, instrumental E mista Improvisação Música popular e Étnica (ocidental E oriental) ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto Linha Forma 9 Textura Superfície Volume Cor Luz Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, Escultura, Modelagem, Gravura... Gêneros: Paisagem, Retrato, natureza Morta... Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco ÁREA TEATRO CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais Ação Espaço 10 Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos Teatrais, mímica, Improvisação, formas Animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização. Comédia dell’ Arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africana ÁREA DANÇA CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal Tempo Espaço Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre,interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica 11 Dança Popular: Brasileira Paranaense Africana Indígena 8º ANO ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS BÁSICOS Linha Forma Textura Superfície 12 Volume Cor Luz Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista... Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea ÁREA TEATRO CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais Ação Espaço Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica... Indústria Cultural Realismo Expressionismo 13 Cinema Novo ÁREA DANÇA CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal Tempo Espaço Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna 9º ANO ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS Altura Duração 14 Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico. Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS BÁSICOS Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafite, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano... Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop 15 ÁREA TEATRO CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais Ação Espaço Técnicas: Monólogo, jogos, teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino Teatro Engajado Teatro do oprimido Teatro Pobre Teatro do absurdo Vanguardas ÁREA DANÇA CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo 16 Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - ENSINO MÉDIO ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos CONTEÚDOS BÁSICOS Altur Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas Modal, Tonal e Fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, ético, folclórico, Pop... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação. Música Popular Brasileira Paranaense 17 Popular Industria Cultural Engajada Vanguardas Ocidental Oriental Africana Latino-Americana. ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: pintura desenho,modelagem,instalação, performance,fotografia, gravura e esculturas, 18 arquitetura...história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia... Arte Ocidental Arte Africana Arte Oriental Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguardas Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino Americana ÁREA TEATRO CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: expressões, corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro- Fórum Roteiro Encenação e Leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas Mídias Caracterização Cenografia, Sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção Teatro Greco-Romana Teatro Medieval Teatro Brasileiro 19 Teatro Paranaense Teatro Popular Industria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguardas Renascentista Teatro Latino Amaricano Teatro Realista Teatro Simbolista ÁREA DANÇA CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamentos, Movimentos, Articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação 20 Coreografia Gêneros: espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão. Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica Medieval Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena H ip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea Em todos os Anos do Ensino Fundamental e Médio serão trabalhados textos que enfatizem o conhecimento e valorização da Historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena( conforme lei nº 11.645/08 de 10/03/2008),textos sobre prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra criança e o adolescente, o Direito das Crianças e Adolescente( L.F nº 11525/07), Educação Tributária( Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02), Educação Ambiental(L.F. nº 9795/99,Dec.420/02). ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como 21 espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica: Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte. Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. Os conteúdos propostos serão trabalhados primeiramente com repasse de dados e informações de forma expositiva com objetivo de proporcionar ao aluno a possibilidade de que ele forme um esquema mental pertinente ao tema para que ele possa estabelecer relações sociais, políticas, históricas e culturais, portanto com os fatores que compõe a sociedade. Todas as atividades serão previamente determinadas, objetivos a serem analisados através da assimilação dos alunos onde irão desenvolver uma composição artística utilizando sua criatividade. Utilizando como recurso didático o uso da Tv Pendrive, vídeos, músicas, livros, revistas, jornais, visita ao Teatro e Mostras Culturais. A educação do campo participa do debate sobre o desenvolvimento, assumindo a visão de totalidade, em contraposição a visão setorial e excludente ainda predomina em nosso país. Reforça a ideia de que é necessário e possível fazer do campo uma opção de vida, vida digna. Nesta perspectiva é preciso avanços na reflexão que combina diferentes políticos voltados à população do campo, e que vincula a educação a um projeto de desenvolvimento com diferentes dimensões. Priorizando a presença significativa de experiências educativas que expressam a resistência cultural e pedagógica do povo do campo, frente as tentativas de sua destruição, vinculadas ou não a estas lutas sociais. O projeto de educação no campo contempla: a socialização, a construção de uma visão de mundo, o cultivo de identidades, a auto-estima, resgate à memória e resistência cultural. 22 Cultura Afro (reconhecimento da justiça e igualdade de valores sociais, civis, culturais e econômicos, bem como valorizar a diversidade de estratégias pedagógicas educacionais a fim de superar a desigualdade étnico-racial. AVALIAÇÃO No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares. Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a sociedade que quer construir. Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da 23 comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação. Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola. Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas, isso significa que: É importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm o intuito de ensinar; No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente; Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são elementos de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação pedagógica; Os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede; Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios 24 estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva; A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros; Uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-aprendizagem; A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo. Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: ed. Pioneira, 1991. AUMONT, Jacques. A imagem (trad.: Estela dos Santos Abreu e Cláudio C. Santoro). 2 ed. Campinas: ed. Papirus, 1995. CHIPP, Herschel Browning. Teorias da Arte Moderna. São Paulo: ed. Martins Fontes, 1996. 617 pag. DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. SEED, 2009. FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro: ed. Guanabara, 1992. 254 p. KNELLER, George. Arte e Ciência da Criatividade (trad.: José Reis). ed. São Paulo: IBRSA. OSTROWER, Fayga, Universos da Arte. Rio de Janeiro: ed. Campus, 1991. 358 p. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: ed. Ática, 1994. Museu de Artes Plásticas – São Paulo. 26 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A disciplina de biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Este levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste. Pois esta ciência esteve e está presente em cada momento histórico, sujeito a tendências inovadoras, transformações, interferências, valores e ideologias do homem e da sociedade, associada a contextos sociais, políticos, econômicos e culturais. Em meio a esses fatos, o ensino de biologia deve ser compreendido como um processo contínuo de construção do desenvolvimento humano, atendendo as necessidades naturais e materiais do homem. Pois os conhecimentos apresentados de biologia no ensino médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si. Entretanto, contempla os modelos teóricos elaborados para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais em benefício à vida, ou seja, o progresso tecnológico relacionado a esta ciência e suas implicações positivas e negativas sobre a vida, as consequências na saúde do homem e os impactos ambientais. Sendo assim, o ensino de biologia está elaborado a partir dos conteúdos estruturantes, que são: mecanismos biológicos, organização dos seres vivos, biodiversidade e manipulação genética. Estes ligados a realidade histórica atual, devendo possibilitar a formação do aluno crítico, reflexivo e atuante, levando-o a compreender o fenômeno vida em toda à sua complexidade de relações. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Organização dos seres vivos; Mecanismos biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética. CONTEÚDOS BÁSICOS: 1º ANO Mecanismos Biológicos: Introdução à Biologia Origem da vida e a organização dos seres vivos: nível molecular 27 Bioquímica celular Citologia Histologia Estudo das características biológicas ( Biótipo dos diversos povos) conforme Lei nº 11.645/2008 2º ANO Organização dos seres vivos – biodiversidade: Classificação dos seres vivos em reinos Vírus Reino Monera Reino Protista Reino Fungi Reino Plantae Reino Animália Fisiologia animal e vegetal Análise e reflexão sobre à saúde dos diferentes povos, especialmente os africanos, conforme Lei nº 10.645/2008 3º ANO Biodiversidade – mecanismos biológicos e implicações no fenômeno vida: Reprodução humana, Embriologia e Genética e Evolução Humana Evolução Ecologia Bioética Biotecnologia Estudo sobre as teorias antropológicas, conforme Lei nº 10.645/2008 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve ocorrer de forma integrada que o educando compreenda o processo de construção do pensamento biológico presente na História da Ciência como construção humana. É importante considerar a necessidade de conhecer e respeitar a diversidade 28 social, cultural e as idéias dos alunos através de debates em sala, oportunizando a reflexão, a construção de conhecimento e de um sujeito interessado com os problemas ambientais , com à saúde voltado para o bem estar do homem. O ensino dos conteúdos estruturantes através da Prática Social percebe as concepções alternativas do aluno a partir de uma visão de senso comum. A respeito do conteúdo proposto após a problematização aponta-se questões a serem resolvidas, estabelecendo quais conhecimentos são necessários para resolução destas questões. Pela Instrumentalização, apresenta-se conteúdos sistematizados para que os alunos os assimilem, transformando-os em instrumento de construção pessoal e profissional. Isso aproxima o conhecimento adquirido pelo aluno com o problema em questão, retornando à Prática Social do saber concreto. Deve-se tomar cuidado como os recursos pedagógicos e didáticos utilizados, pois os mesmos devem contribuir com as demais áreas do conhecimento. Destacar continuamente a importância do indivíduo, como ser vivo, juntos, professor e aluno adotar recursos didáticos como vídeo, textos científicos como pressuposto de argumentação e aprendizagem de fatos biológicos, tecnologia, transparências, roteiros de atividades, aula dialogada, práticas em laboratórios, etc integrando relação homem-ambiente. Além da utilização dos recursos didáticos tecnológicos, como TV pendrive, informática e vídeos. AVALIAÇÃO A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo através de um diagnóstico contínuo, auxiliando o processo de ensino-aprendizagem, avaliando e recuperando o conteúdo em diferentes oportunidades através de debates, problematização, exposição interativa-dialogada, pesquisa, experimentação, trabalho de grupo, resolução das questões para estudo e exercícios, relatórios das aulas práticas, avaliação teórica, estudo do meio, seminários, assiduidade, participação, etc. 29 BIBLIOGRAFIA Paraná, Secretaria da Educação – Diretrizes curriculares da Educação Básica – Curitiba/PR, 2009. Biologia - Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação, Curitiba, SEED-PR, 2008. BARNES, R.D. Os invertebrados: uma nova síntese. São Paulo, Atheneu, 1995. CARRERA, M. Entomologia para você. EDUSP, São Paulo, 1963. CARSON, R. Primavera silenciosa. São Paulo, Melhoramentos, 1985. CURTIS, H. Biologia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1997. DE ROBERTIS, E.D.P. & DE ROBERTIS JR., E.M.F. Bases da biologia celular e molecular. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1985. FERRI, M.G. Botânica – morfologia interna e externa das plantas (anatomia). Nobel, São Paulo, 1970. FERRI,M.G. Ecologia: temas e problemas brasileiros. Belo Horizonte, Itatiaia, 1984. FRASER, F.C. & NORA, J.J. Genética Humana. 2. Ed. Rio de Janeiro, Guanaba ra Koogan, 1986. FREIRE-MAIA, N. Teoria da evolução: de Darwin à teoria sintética. Belo Horizonte 30 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A história da Ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem a própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas teorias correspondem a diferentes abordagens do fenômeno científico, da produção científica e do que é ser cientista. Hoje vários significados são aceitos para o termo Ciência. Vendo assim, pode-se considerar a ciência sob duas concepções: uma dogmática, neutra infalível, pronta e acabada, histórica e que não admite críticas; outra como processo de construção humana, que convive com a dúvida, é falível e intencional e, utiliza-se de métodos numa constante busca por explicações dos fenômenos naturais, químicos, biológicos, geológicos, dentre outros. Quando o homem, atritando alguns galhos secos, conseguiu produzir fogo, foi provavelmente sua primeira intervenção científica na natureza, uma aplicação prática de suas leis: o atrito gera calor, o calor produz fogo. O conhecimento humano foi se ampliando de tal maneira que muitas ciências foram surgindo para o estudo da natureza, como a química, que procura não só conhecer a matéria que nos rodeia, como também criar novos compostos e novas substâncias; a Biologia, que estuda a vida; a Geologia, que procura conhecer a Terra; a Astronomia, que estuda o Universo; a Ecologia, que estuda as relações dos seres vivos com o meio ambiente; e como não poderia deixar de ser, todas essas ciências se baseiam direta ou indiretamente na Física, cujo campo de ação é todo o Universo, das estrelas e galáxias onde as dimensões são incrivelmente grandes, às partículas elementares da matéria, onde as dimensões são incrivelmente pequenas. Tudo que pode ser percebido, medido e estudado é objeto de estudo das CIÊNCIAS. Como toda construção humana, o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza, está em permanente transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas. Pulando essa concepção, o processo de ensino e de aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando-se a sua função social. A Ciência, além de um acervo de conhecimentos, continuamente confirmados, retificado e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de pensar, de chegar a conclusões coerentes a partir de premissas, de questionar preconceitos, de estimular o equilíbrio entre 31 nossas idéias e as já estabelecidas. A leitura e análise crítica, dessa realidade social, possibilita um novo encaminhamento pedagógico à medida em que propõe a partir dessa realidade como um todo para a especificidade de ensino e de aprendizagem, nesta perspectiva, “não será a escola, nem a sala de aula, mas a realidade social” (Gasperim, 2003 p. 3-4). A CIÊNCIA deu ao homem um poder tão grande de intervir na natureza que hoje ele pode até destruí-la e destruir a si próprio. Assim, aumentou os conhecimentos sobre o próprio corpo e sobre os outros seres; descobriu remédios extraindo substâncias de raízes e folhas; fabricaram tecidos utilizando peles de animais e fibras vegetais; encontrou combustível e riquezas minerais pesquisando o solo; dominou os ares observando o vôo dos pássaros; e, estudando os movimentos as Lua, colocou em órbita da Terra satélites de comunicações. Esse relacionamento entre o homem e a natureza constitui o objeto da Ciência. É um relacionamento complexo, que, por isso, se realiza através dos diversos ramos em que a Ciência se divide: a biologia, a ecologia, a física, a química, etc. Diante disso, o objetivo da nossa proposta do ensino de ciências é expressar claramente as necessidades históricas que levaram o homem a compreender e apropriar-se das leis que movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais para criar diferentes processos e técnicas de trabalho que respondem pelo desenvolvimento da humanidade e que seja um instrumento a serviço do homem. E o homem somos todos nós. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 6o ANO CONTEÚDO BÁSICO Astronomia -Universo -Sistema solar -Movimentos terrestres -Movimentos celestes -Astros Matéria Constituição da Matéria Sistemas Biológicos Níveis de Organização Celular Energia Formas de Energia Conversão de energia Transmissão de Energia Biodiversidade Organização dos Seres Vivos Ecossistema Evolução dos Seres Vivos 32 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 7o ANO CONTEÚDO BÁSICO Astronomia Astros Movimentos Terrestres Movimentos Celestes Matéria Constituição da Matéria Sistemas Biológicos Células Morfologia dos Seres Vivos Energia Formas de Energia Biodiversidade Origem da Vida Organização dos Seres Vivos Sistemática CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 8o ANO CONTEÚDO BÁSICO Astronomia Origem e Evolução da Matéria Matéria Constituição da Matéria Sistema Biológicos Célula Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos Energia Formas de Energia Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 9o ANO CONTEÚDO BÁSICO Astronomia Astros Gravitação Universal Matéria Propriedades da Matéria Sistemas Biológicos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos Mecanismos de Herança Genética Energia Formas de Energia Conservação de Energia Biodiversidade Interações Ecológicas Lei 11.645/08 referente à “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” Serão desenvolvidos temas da referida Lei, junto aos conteúdos estruturantes, em todos os anos, sempre que surgir oportunidade, tendo como meta promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluri-étnica do Brasil buscando relações étnico-sociais positivas. Objetivando o reconhecimento e a valorização da identidade e da história e da 33 cultura afro-brasileira, bem como, a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas. Sugestões de temáticas possíveis de serem desenvolvidas: estudo sobre as teorias antropológicas; Desmistificação das teorias racistas; Estudo das características biológicas dos diferentes povos; Contribuição dos povos africanos e seus descendentes para o avanço da ciência e tecnologia. METODOLOGIA A proposta metodológica desta disciplina será baseada na investigação sobre o conteúdo que o aluno já adquiriu nos anos anteriores, seguida da exposição dos novos conteúdos, induzindo-os ao debate sobre a ação do homem na natureza. As atividades práticas a serem desenvolvidas durante este semestre estão relacionadas com o conteúdo, como exemplo, a utilização do geódromo para demonstração dos movimentos da Terra assim como a coleta de rochas e identificação das mesmas, testes de permeabilidade do solo e composição química, desenvolvidos em laboratório. Portanto, vemos que o encaminhamento metodológico para esta disciplina não ficará restrito a um único método, acrescentando, aulas expositivas com modelos do Sistema Solar em escala reduzida e vídeos relacionados aos temas citados, onde destacamos a importância dos registros que os alunos fazem, após o término destas atividades. A partir deste encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências poderá resgatar na escola, a sua principal função: o estudo dos fenômenos naturais e artificiais, bem como o envolvimento da espécie humana sobre os mesmos, por meio dos conteúdos específicos de forma crítica e histórica, priorizando os saberes historicamente constituídos. AVALIAÇÃO A avaliação do processo pedagógico é feita numa interação diária do professor com a classe e em procedimentos que permitem verificar em que medida 34 os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados. A coerência entre o planejamento, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, é necessário para que os critérios de avaliação estejam ligados aos propósitos do processo pedagógico, à aquisição dos conteúdos específicos e à ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade, levando-se em consideração o nível cognitivo dos alunos. Ao avaliar o conteúdo específico, é necessário estabelecer critérios verificando se o aluno e/ou a turma compreendeu a relação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, como também conseguirem relacionar os aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e históricos, de maneira a articulá-los com ciência, tecnologia, sociedade e no seu cotidiano. Concretamente com a concepção de conteúdos estruturantes e conteúdos específicos e com os objetivos propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento da capacidade dos estudantes com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também o confronto de conhecimentos prévios e os conteúdos específicos. Dessa forma é fundamental que se utilizem diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes aprendizagens. Os instrumentos de avaliação comportam: observação sistemática durante as aulas sobre perguntas feitas pelos estudantes, às respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, pesquisas, de experimentos, desenhos de observações, etc. as atividades de avaliação, como apresentações de pesquisas, participação em debates, provas dissertativas ou de múltipla escolha, relatórios, filmes e experimentos. Para que a avaliação seja feita em clima efetivo e cognitivo, propiciando para o processo de ensino e aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar explícitos e claros tanto para o professor quanto para o aluno. 35 REFERÊNCIAS Projeto Araribá. Coleção Ciências. 5ª.,6ª.,7ª.,8ª.série.1ª.ed.São Paulo. Moderna, 2006. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências: A vida na Terra. São Paulo; Editora Ática, 2002. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação Básica. SEED, 2008. 36 PROPOSTA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA Na tentativa de situar historicamente a trajetória da disciplina Educação Física, optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século XIX, devido às transformações pela qual o Brasil passava, dentre elas, o fim da exploração escrava e as políticas de incentivo a imigração. Com a Proclamação da República, entre as muitas propostas de mudanças, veio à tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais. A partir de 1882 a Educação Física tornou-se componente obrigatório nos currículos escolares. Portanto, de uma tradição fortemente marcada pelas ciências da natureza, a Educação Física tem avançado para preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento do corpo em sua complexidade, ou seja, a Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição interdisciplinar. A prática da Educação Física deve ser organizada, sistematizada e atualizada possibilitando o envolvimento de todos no processo educativo. Deste modo ela deve ser avaliada, refletiva e reavaliada constantemente para que se firmem valores e significados que sejam relevantes para a formação do educando. 6º ANO Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Ginástica de Solo (Teoria e prática ); Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas; Esportes: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, Atletismo, (TEÓRICA ). Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem necessários. Atividades Complementares: Torneios, campeonatos. Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas. Horas cívicas. Conteúdos Específicos: Jogos de imitação, jogos rítmicos, brinquedos cantados (rodas, cirandas...), jogos sensoriais, jogos recreativos, jogos dramáticos, jogos cooperativos, brincadeiras folclóricas e jogos intelectivos. 37 Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS Conteúdo Específico: ATLETISMO Histórico; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos; Mecânica do movimento; Regras; Provas: 75 m rasos; 100 m rasos; 250 m rasos; 800 m rasos; Revezamento. Salto em distância; Salto em altura; Lançamento da pelota; Conteúdo Específico: BASQUETEBOL Conhecimento da quadra; Marcação individual; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos; Manejo de corpo; Manejo de bola; Dribles; Passes; Recepção; Iniciação aos Arremessos; Regras; Jogos pré-desportivos. Conteúdo Específico: FUTSAL Noções de quadra; Posicionamento; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos; Manejo de corpo; Passes; Recepção; Dribles; Finta e Chute, Condução de bola: ataque e defesa, Domínio de bola, Posicionamento; marcação, Regras; Jogos pré-desportivos. Conteúdo Específico: HANDEBOL Conhecimento da quadra; Posicionamento; Regras; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos, Passes, Recepção; Drible; Marcação individual; Arremesso; Jogos pré-desportivos. Conteúdo Específico: TÊNIS DE MESA Conhecimento do jogo, Regras básicas do jogo; Jogo propriamente dito. Conteúdo Específico: VOLEIBOL Conhecimento da quadra; Desenvolvimento das destrezas motoras básicas; Regras; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos manchete, toque, saque e ataque; posicionamento na quadra e Jogos pré-desportivos (mini-voleibol, voleibol gigante) utilizando os fundamentos vivenciados anteriormente. Conteúdo Específico: XADREZ Conhecimento do jogo; Tabuleiro; posição inicial, movimentação das peças. 38 Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO Conteúdos Específicos: A dana e o teatro como possibilidades de manifestação corporal; mímicas e brincadeiras cantadas; diferentes tipos de danças; datas comemorativas; pluralidade cultura e participação em eventos culturais. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS Conteúdo Específico: GINÁSTICA DE RUA E GINÁSTICA DE SOLO Origem da cultura de rua e do circo, Ginástica de Solo: Rolamentos para frente e para trás, Vela, Avião, Saltitos, Saltos, Parada de cabeça e Parada de mão com ajuda, Roda (estrela), Iniciação ao movimento de ponte. ELEMENTOS ARTICULADORES O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas; Desenvolvimento corporal e construção da saúde; Relação do corpo com o mundo do trabalho. 7º ANO Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas; Esportes: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, Atletismo. (TEÓRICA ). Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem necessários. Atividades Complementares: Torneios, campeonatos. Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas. Horas cívicas. Conteúdos Específicos: Jogos de imitação, jogos rítmicos, brinquedos cantados (rodas, cirandas...), jogos sensoriais, jogos recreativos, brincadeiras folclóricas, jogos de estafetas, jogos cooperativos, jogos intelectivos, diferença entre jogo e esporte. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS Conteúdo Específico: ATLETISMO Histórico; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos; Mecânica do movimento; Regras; Provas: 75 m rasos; 39 100 m rasos; 250 m rasos; 800 m rasos; Revezamentos; Salto em distância; Salto em altura; Lançamento da pelota; Arremesso de peso; Lançamento de dardo. Conteúdo Específico: BASQUETEBOL Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos: manejo de corpo; Manejo de bola; Dribles; Passes; Recepção; (Tipos de arremesso, ataque e contra ataque, finta e giro), marcação mista; Regras; Jogos pré-desportivos. Conteúdo Específico: FUTSAL Histórico; Noções de quadra; Posicionamento; Desenvolvimento dos fundamentos básicos; Manejo de corpo; Passes; Recepção; Dribles; Arremessos; Condução e domínio de bola, Regras; Jogos pré-desportivos. Conteúdo Específico: HANDEBOL Histórico; Conhecimento da quadra; Posicionamento; Regras; Desenvolvimento dos fundamentos básicos, Passes, Recepção; Noções básicas; Jogos pré-desportivos; Marcação individual. Conteúdo Específico: VOLEIBOL Histórico; Posicionamento; Refinamento das destrezas motoras básicas; Noções de regras; desenvolvimento dos fundamentos básicos manchete, toque, saque; Posicionamento do corpo; e Jogos pré-desportivos (mini-voleibol). Conteúdo Específico: TÊNIS DE MESA Conhecimento do jogo, Regras; Jogo propriamente dito. Conteúdo Específico: XADREZ Conhecimento do jogo; Tabuleiro; posição inicial das peças; movimentação das peças, formas de disputa e sistema de anotação. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO Conteúdos Específicos: Origem da Dança (histórico) e suas mudanças, diferentes tipos de dança, Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas: Mímica 40 imitação e representação, Expressão corporal com e sem materiais. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS Conteúdo Específico: GINÁSTICA GERAL E GINÁSTICA DE SOLO Origem da Ginástica (histórico) e suas mudanças, diferentes tipos de ginásticas, Ginástica de Solo: Rolamentos para frente e para trás, Vela, Avião, Saltos com rolamento, Giros, Parada de cabeça (elefantinho) e Parada de mão, Roda (estrela) e Rodante, Movimento de ponte propriamente dito. ELEMENTOS ARTICULADORES O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas; Desenvolvimento corporal e construção da saúde; Relação do corpo com o mundo do trabalho. 8º ANO Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas; Modalidades Esportivas: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, (TEÓRICA ). Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem necessários. Atividades Complementares: Torneios, campeonatos. Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas. Horas cívicas. Conteúdos Específicos: Por que brincamos? Jogos recreativos, cooperativos e Jogos pré-desportivos, Jogos intelectivos. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS Conteúdo Específico: ATLETISMO Mecânica do movimento; Regras, penalidades e aperfeiçoamento; Provas: 100 m rasos; 400 m rasos; 1500 m rasos; Corridas com barreiras; Revezamentos; Salto em distância; Salto em altura; Jogos 41 Salto triplo; Arremesso de peso; Lançamento de dardo; Conteúdo Específico: BASQUETEBOL Regras oficiais e penalidades, Aprofundamento dos fundamentos: Tipos de arremessos, Corta-luz, Finta, Iniciação ao sistema de ataque e defesa, Arbitragem. Conteúdo Específico: FUTSAL Regras oficiais e penalidades; Posicionamento e função de cada um; Aprofundamento dos fundamentos; Iniciação ao sistema de jogo, Arbitragem. Conteúdo Específico: HANDEBOL Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos (Tipos de arremesso; finta, ataque e defesa); Arbitragem. Conteúdo Específico: VOLEIBOL Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos Fundamentos (Tipos de saque, Bloqueio e ataque), Coberturas; Sistema 4x2; Arbitragem. Conteúdo Específico: XADREZ Regras oficiais, Aberturas, Meio e Final de Jogo; Anotações (súmula), Sistema de disputa (Rápido, Relâmpago e Convencional), utilização do relógio. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO Conteúdos Específicos: Origem da Dança de Salão e Danças Tradicionais (histórico) e suas mudanças, Desenvolvimento de formas corporais rítmicoexpressivas: Mímica imitação e representação, Expressão corporal com e sem materiais e dramatização. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS Conteúdos Específicos: GINÁSTICA RÍTMICA E GINÁSTICA DE SOLO Origem da Ginástica Rítmica (histórico) e suas mudanças; Ginástica Rítmica: fita, bola, corda e arco; Ginástica de Solo: Saltos grupados e carpados, Movimentos combinados e Construção de coreografias (ritmos). ELEMENTOS ARTICULADORES O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas; Desenvolvimento corporal e construção da saúde; 42 Relação do corpo com o mundo do trabalho. 9º ANO Conteúdo Estruturante: BRINCADEIRAS, BRINQUEDOS E JOGOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Textos sobre Saúde/Qualidade de vida, Relações Humanas; Modalidades Esportivas: Basquetebol, Voleibol, Handebol, Futsal, (TEÓRICA). Revisão de Fundamentos e implementação de outros que se fizerem necessários. Atividades Complementares: Torneios, campeonatos. Participações em Atividades Interdisciplinares, Gincanas. Horas cívicas. Conteúdos Específicos: Jogos recreativos, Jogos cooperativos e Jogos prédesportivos, Jogos intelectivos, Organização de Gincanas. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS Conteúdo Específico: ATLETISMO Mecânica do movimento; Regras, Súmulas; Provas: 100 m rasos; 200 m rasos; 400 m rasos; 800 m rasos; 1500 m rasos Corrida com obstáculos; Maratona; Revezamentos; Marcha Atlética; Salto em distância; Salto em altura; Salto triplo; Salto com vara; Arremesso de peso; Lançamento de dardo. 43 Conteúdo Específico: BASQUETEBOL Regras oficiais e penalidades, Aprofundamento dos fundamentos (Arremesso Jump, Corta-luz); Sistema de ataque e defesa, 1x3x1; 3x2; 2x1x2, flutuação e individual; Súmulas e arbitragem. Conteúdo Específico: FUTSAL Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos; Sistema de jogo; Superioridade e inferioridade numérica; Súmulas e arbitragem. Conteúdo Específico: HANDEBOL Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos fundamentos (Tipos de arremesso, sistema 6x0, Ataque e contra ataque, Finta), marcação mista; Súmulas e arbitragem; Superioridade e inferioridade numérica. Conteúdo Específico: VOLEIBOL Regras oficiais e penalidades; Aprofundamento dos Fundamentos (Tipos de saque, Bloqueio duplo e triplo, ataque), Coberturas; Sistema 4x2 e 5x1, Sistema de ataque e de defesa; Súmulas e arbitragem. Conteúdo Específico: XADREZ Regras oficiais, Aberturas, Meio e Final de Jogo; Anotações (súmulas), Sistema de disputa (Rápido, Relâmpago e Convencional), utilização do relógio. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES ESTÉTICO-CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO Conteúdos Específicos: Origem da cultura Afro-Brasileira, Danças de Rua, Apresentações Teatrais, Organização de festivais. Conteúdo Estruturante: MANIFESTAÇÕES GINÁSTICAS Conteúdo Específico: GINÁSTICA ARTÍSTICA, GINÁSTICA AERÓBICA Montagem de coreografias (Contagem Rítmica), Iniciação a ginástica aeróbica, noções de competições ginásticas artísticas. ELEMENTOS ARTICULADORES O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas; Desenvolvimento corporal e construção da saúde; Relação do corpo com o mundo do trabalho. Em atenção a Lei nº 11.645/2008, de 10 de Março de 2008 referente a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, devemos contemplar ainda os seguintes conteúdos estruturantes: 44 Dança: Danças e suas manifestações corporais e religiosas na cultura afrobrasileira; Pesquisa sobre os diferentes ritmos e expressões corporais atuais, influenciados pela cultura africana; Pesquisa sobre a influência da cultura afro no folclore brasileiro; Pesquisa sobre a vestimenta e adereços utilizados na cultura afro; Mostra de danças e desfiles sobre a pesquisa realizada. Ginástica: Relação corpo-trabalho e suas diferentes manifestações da cultura afro. Esporte: Análise sobre qual modalidade esportiva os negros se sobressaem, de acordo com seu somatotipo. Jogos e brincadeiras: Jogos, brinquedos e brincadeiras praticados no Brasil pelos afro-descendentes. Lutas: A capoeira, seus significados e sentidos no contexto histórico social, como elemento da cultura corporal. ENSINO MÉDIO 1º ANO Conteúdo Estruturante Esporte Conteúdos Básicos Coletivos Individuais radicais Conteúdo Estruturante Jogos e Brincadeiras Conteúdos Básicos Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Conteúdo Estruturante Dança Conteúdos Básicos Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua 45 Conteúdo Estruturante Ginástica Conteúdos Básicos Ginástica de academia Ginástica geral Conteúdo Estruturante Lutas Conteúdos Básicos Lutas com Aproximação Lutas que mantêm a distância Lutas com instrumento mediador Capoeira 2º ANO Conteúdo Estruturante Esporte Conteúdos Básicos Coletivos Individuais radicais Conteúdo Estruturante Jogos e Brincadeiras Conteúdos Básicos Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Conteúdo Estruturante Dança Conteúdos Básicos Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua Conteúdo Estruturante Ginástica Conteúdos Básicos 46 Ginástica de academia Ginástica geral Conteúdo Estruturante Lutas Conteúdos Básicos Lutas com Aproximação Lutas que mantêm a distância Lutas com instrumento mediador Capoeira 3º ANO Conteúdo Estruturante Esporte Conteúdos Básicos Coletivos Individuais radicais Individuais: atletismo; tênis de mês; badminton; natação. Radicais: skate; rappel ; bungee jumping Conteúdo Estruturante Jogos e Brincadeiras Conteúdos Básicos Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Conteúdo Estruturante Dança Conteúdos Básicos Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua Conteúdo Estruturante Ginástica Conteúdos Básicos Ginástica de academia 47 Ginástica geral Conteúdo Estruturante Lutas Conteúdos Básicos Lutas com Aproximação Lutas que mantêm a distância Lutas com instrumento mediador Capoeira ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Os Pressupostos do materialismo histórico-dialético configuram a cultura corporal, objeto de estudo da Educação Física, relacionando o movimento humano, historicamente constituído, ao cotidiano escolar em todas as suas formas e manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais. Para tanto, utiliza-se da metodologia Crítico-superadora. Nesta perspectiva os conteúdos não precisam ser organizados numa seqüência baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da complexidade crescente, assim, o grau de complexidade que o professor apresentará, deverá estabelecer diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e os elementos articuladores. Aulas teóricas e práticas; Trabalhos de pesquisas realizados de forma individual e coletiva; Uso de vídeos, jornais, revistas, apostilas e documentos sociais; e do livro didático publico; Elaboração e uso de quadro mural para divulgação de cartazes, sugestões; Participação e elaboração de festivais, gincanas e torneios; Trabalho de forma interdisciplinar; Clinicas com profissionais diversos. AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem será contínua e sistemática para obtenção de informações e diagnosticar progressos, capacidades e habilidades dos educandos, considerando os saberes acumulados, a aprendizagem, a participação nas aulas, o 48 trabalho individual e em equipe de forma coerente para aquisição e compreensão do conhecimento. A avaliação será realizada através da compreensão efetiva dos conhecimentos que o alunos adquiriram sobre os conteúdos desenvolvidos no decorrer das aulas, com avaliações práticas e teóricas (individuais), apresentação de trabalhos práticos e teóricos (individuais ou em grupo), buscando a aquisição de conhecimentos, produção de novos conceitos e sua participação efetiva na reelaboração do seu saber. Haverá no decorrer das aulas a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, como instrumentos de apoio para desenvolver os conteúdos trabalhados. 49 BIBLIOGRAFIA Educação Física / Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica/Ministério da Educação. Brasília, 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba, 2005. 50 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO RELIGIOSO FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA Identificar a diversidade religiosa presente na realidade sociocultural, analisando o fenômeno religioso como um dado da cultura, desenvolvendo o diálogo, a tolerância e o respeito às diferenças. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Vivenciar a alteridade por meio de valores que promovam o encontro consigo mesmo e com o outro; Identificar no contexto social a existência de diferentes tradições religiosas e reconhecer sua importância para a expressão da religiosidade do ser humano e a construção de um mundo melhor; Perceber a religiosidade como uma necessidade intrínseca à condição do ser humano; Reconhecer a representação do Transcendente nas diferentes Tradições religiosas, vivenciando a alteridade, favorecendo o respeito mútuo e o diálogo interreligioso na sala de aula e na sociedade; Compreender a origem e formação dos textos sagrado orais e escritos, relacionando-os aos acontecimentos religiosos importantes na história dos povos, percebendo-os como referencial de ensinamentos sobre fé e a prática das Tradições Religiosas; Conhecer e identificar rituais significativos em diferentes culturas religiosas, percebendo como o ser humano sacraliza o gesto, o movimento, o tempo e o espaço, compreendendo a importância dos rituais e símbolos na vida das pessoas. Resgatar a compreensão da vida como algo sagrado e a necessidade de respeitar tudo o que é sagrado bem como as diferentes formas de expressão da sacralidade; Compreender a realidade complexa que configura o universo simbólico enquanto chave de leitura das diferentes manifestações do sagrado no coletivo , tendo em vista as significações de determinados símbolos religiosos; Promover a reflexão sobre o sentido da vida e as respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições ou manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. 51 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: A Paisagem sagrada; O símbolo; O texto sagrado 6º ANO 1º Bimestre Conteúdos: Organizações religiosas. Principais líderes. Quem sou eu? Como ser um vencedor. Diferentes mas iguais na essência. Saber viver com as diferenças. Como viver em paz consigo mesmo e com os outros; Valorizar a si e aos outros. Como cada um pode ajudar a construir um mundo de paz. Percebendo o sagrado em minha vida; Respeitar a todos que são diferentes. 2º Bimestre Objetivos: Identificar e reconhecer os diferentes grupos religiosos, ou Tradições Religiosas presentes na realidade sociocultural. Levar o aluno a compreender que a Religião ou Tradição Religiosa é a forma concreta, visível e social de relacionamento pessoal e comunicativo do ser humano consigo mesmo, com o próximo e com a natureza e com o transcendente; Levar o aluno a entender que as Tradições Religiosas fazem parte da estruturação da sociedade; Desenvolver a sensibilidade à pluralidade; Compreender que é possível desenvolver a religiosidade sem estar vinculado à religião. Compreender que ninguém é “dono da verdade” pois não existe só verdade, mas o que é verdade no entender de cada um. 52 Aprender a respeitar a religiosidade do outro. Conteúdos: Lugares sagrados. Religião e Religiosidade; A religião no Cotidiano da minha vida; A religião na vida da minha família; Conhecendo as Tradições Religiosas presentes na nossa turma; As religiões e a construção da Paz; As religiões e a prática do bem. 3º Bimestre Objetivos: Compreender que a ideia sobre o Transcendente se expressa e se constrói de maneiras diferentes; Levar o aluno a compreender as diferentes ideias do Transcendente relacionadas com a pluralidade religiosa; Proporcionar o conhecimento para que o aluno compreenda melhor sua idéia sobre o Transcendente e exercitar a convivência harmoniosa com os outros que tenham diferentes convicções. Conteúdos: Textos sagrados; orais e escritos O transcendente em minha vida; O transcendente tem muitos nomes; As pessoas tem diferentes ideias sobre o Transcendente; Ideias sobre o Transcendente nas Tradições Religiosas de nossa comunidade. 4º Bimestre Objetivos: Identificar os símbolos mais importantes das Tradições Religiosas e compreender o seu significado; 53 Levar o aluno a compreender que os símbolos são linguagens que representam idéias do Transcendente ou um conhecimento de ordem espiritual; Compreender a importância dos símbolos na nossa vida. Conteúdos: O que são os símbolos? Os símbolos na minha vida; Diferença entre os símbolos religiosos e outros símbolos; Os símbolos religiosos na vida das pessoas; Os símbolos de algumas religiões. 7º ANO 1º Bimestre Objetivos: Compreender a diferença entre os símbolos religiosos e os símbolos usados no dia-a-dia; Perceber o significado de gestos, sons, formas, cores e textos simbólicos presentes nos ritos, nos mitos e no próprio cotidiano; Aprender a diferenciar símbolos religiosos dos não-religiosos; Perceber o significado de identificar-se através de símbolos; É o que identifica e caracteriza a preferência ou opção de cada pessoa. Relacionar o símbolo da religião como expressão da crença e da religiosidade. Diferenciar religião de religiosidade. Conteúdos: Temporalidade sagrada; O universo simbólico religioso; Símbolos que o aluno conhece do seu cotidiano; Símbolos religiosos do seu cotidiano em casa e na sua religião; Significado simbólico dos gestos, dos sons, das formas, das cores; Os símbolos que identificam as principais religiões; O que é sagrado. O que é religião é o que é religiosidade. 54 2º Bimestre Objetivos: Compreender o que são ritos nas manifestações e tradições religiosas; Compreender o significado dos ritos nas diversas religiões; Compreender o significado simbólico dos ritos de passagem na vida psicológica da pessoa; Perceber o significado dos ritos na vida das pessoas; Compreender que os ritos fazem parte da vida e da cultura de um povo. Conteúdos: O que são ritos; Ritos de passagem; Ritos Mortuários; Outros ritos; Principais ritos religiosos e sua importância na vida sob o aspecto psicológico, emocional e religioso. 3º Bimestre Objetivos: Compreender que as festas religiosas são organizações dos diferentes grupos religiosos com objetivos diversificados entre eles confraternização, rememoração, períodos especiais e datas importantes. Compreender o significado das festas como expressão da religiosidade de um grupo de uma comunidade, ou de um povo. Compreender que as festas são celebrações da vida. Conteúdos: Festas e datas comemorativas das diversas religiões; Pesquisar as festas de cada religião presente na sala de aula. Celebrar a vida em comunidade. Símbolos usados para celebrar a vida. Festa da colheita, festa da ressurreição, etc. 55 4º Bimestre Objetivos: Compreender que todo ser humano anseia dar sentido a sua vida; Perceber que o sentido da vida está diretamente relacionado com a crença sobre o além-morte; Compreender cada uma das quatro crenças sobre o após-morte ressurreição, reencarnação, nada; Relacionar a crença sobre o além-morte com o sentido da vida e o jeito de viver o aqui e agora; Compreender que a vida e as crenças são escolhas de cada um. Conteúdos: As diversas religiões e o que acreditam sobre a vida e sobre a morte; Crenças e sentido da vida; Ressurreição – Religiões que acreditam na Ressurreição; A crença na Ressurreição e a consequência para a vida crer e viver; Reencarnação – Religiões que acreditam na reencarnação. Reencarnação e o sentido da vida; - Ancestralidade - As religiões que acreditam em ancestralidade. Consequências para a vida; O nada. Pessoas que não crêem num ser superior e não crêem na vida após a morte. Consequências para a vida. 56 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - L. E. M. – ESPANHOL FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e as metodologias de ensino são instigadas a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos. A realidade do país, o espaço geográfico no qual está inserido o público alvo e os fatores históricos e culturais faz, da língua espanhola, parte indissociável do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de outras culturas, propiciando com isso a integração deste com o mundo globalizado e o acesso ao universo informatizado. É na língua que se percebe, se entende e se constrói a realidade. É preciso trabalhar a língua enquanto discurso – entendido como prática social significativa (oral e/ou escrito), pois, como afirma Voloshinov, 1992: “... o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular.” As línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. Para tanto, o conteúdo estruturante é o discurso como prática social. Relacionado com contextos reais, o processo ensino aprendizagem de línguas estrangeiras adquire uma nova configuração, procura fazer com que o aluno tenha acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto cidadão. Por isso deve-se ter em mente que as Línguas Estrangeiras fazem parte da comunicação moderna e é uma ferramenta imprescindível no mundo e na sociedade, pois visa a formação profissional, acadêmica ou pessoal. Na DCE, o ensino de Língua Estrangeira Moderna será¡ norteado para um propósito maior de educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Para este educador, é fundamental que os professores reconheçam a importância das relações entre língua e pedagogia critica 57 no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não se separam. Estas Diretrizes estão comprometidas com o resgate da função social e educacional da Língua Estrangeira Moderna na Educação Básica, de modo a superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente tão marcado o ensino desta disciplina. Desta forma, espera-se que o aluno: Use a língua em situações de comunicação oral e escrita; Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, Passíveis de transformação na prática social; Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS Conteúdo Estruturante Discurso como Prática Social Conteúdos Básicos LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas do texto; 58 Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no Texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e Humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função Das classes gramaticais no texto, pontuação, Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), Figuras de linguagem; Léxico. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Acentuação gráfica; 59 Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A partir do conteúdo estruturante Discurso como prática social,serão abordadas questões lingüísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não verbal como unidade de linguagem em uso. Propõe-se que nas aulas de Língua Estrangeira Moderna o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a funções do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso a gramática em si. Assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto sem, no entanto, abandoná-la. Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a textos de vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião etc. A estrutura de uma bula de remédio, por exemplo, difere da estrutura de um poema. Alem disso, é 60 necessário que se identifiquem as diferenças estruturais e funcionais, a autoria, público a que se destina, e que se aproveite o conhecimento adquirido de experiência com a língua materna. O objetivo será interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Para tanto teremos: Aulas expositivas, interpretação e discussão de textos, apresentação de trabalhos e exposições orais, jogos, desafios. Trabalhos com exercícios orais e escritos; Leitura, compreensão e produção de textos. Serão trabalhados textos de descrição, narração, poesia, prosa, contos, histórias, lendas, diálogos diretos ou indiretos; Vocabulário: Diversos tipos de vocabulário serão exercitados. Exemplo: corpo, dados humanos, coisas da casa, vestuário, comidas, produtos, serviços, profissões, costumes, atividades econômicas e culturais, características sociais, países, cidades, conteúdos históricos e geográficos, etc; Verbos: Será dado destaque ao domínio dos verbos, sobretudo dos irregulares por serem os mais usados na comunicação; Música: Além do exercício fonético, a música é altamente didática. Alegra, diverte, ensina, traz cultura e educa o ouvido, privilegiando as obras hispano e latinoamericanas. Livro didático da Secretaria de educação do Estado do Paraná; Filmes de variados gêneros do cinema; Documentários culturais e turísticos dos países hispânicos; Audição de textos gravados para compreensão auditiva; Textos da internet; Mapa de España; Diccionario; Cds. AVALIAÇÃO Quanto à avaliação do ensino-aprendizagem, a escola, vendo o trabalho do Professor com seriedade, ética, adota como critério a avaliação somativa. Os Professores se utilizam de todos os recursos didáticos e pedagógicos como: avaliações, testes, trabalhos, apresentações orais e escritas, cadernos com as anotações, tarefas propostas realizadas em sala de aula ou para casa, participação, 61 pontualidade, assiduidade, relacionamento e respeito consigo próprio, com os colegas, professores e funcionários, para realizar uma avaliação justa e verdadeira para com todos, sem discriminação ou acepção de pessoas, conforme o Regimento Escolar, onde o sistema de Avaliação Bimestral é composta pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades diversificadas; mais a nota 5,0 (cinco vírgula zero). As formas de registros avaliativos são a partir de notas e a periodicidade dos registros é feita bimestralmente. A recuperação é concomitante com relação à aprendizagem dos alunos. A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna deve superar a concepção de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. De fato, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações de aprendizagem. Caberá ao professor observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em língua materna e língua estrangeira; 62 REFERÊNCIAS FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996. p.50. GIMENEZ, T. Currículo de Língua Estrangeira: revisitando fins educacionais. Anais XI EPLE, 2003. PARANÁ.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba: 2009 SILVEIRA, M.I.M. Línguas Estrangeiras: uma visão histórica das abordagens, métodos e técnicas de ensino. Maceió: Edições Catavento, 1999. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Drº João Cândido Ferreira – 2009. Regimento Escolar. Colégio Estadual Drº João Cândido Ferreira – 2009. 63 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA As Orientações Curriculares de Filosofia organizam seu ensino a partir de conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da história da filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes, e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educação moral. O que se pretende com a Filosofia é a formação pluridimensional e democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especialização. Nesse mundo que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opera por questionamentos, conceitos e categorias de pensamento, que busca articular a totalidade espaço-temporal e sócio histórica em que se dá o pensamento e a experiência humana. Concomitantemente, o ensino de Filosofia não pode se furtar em avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio em criar conceitos ressignificativos; observar qual o discurso que se tinha antes e que se tem após o estudo, na aula de Filosofia. No entanto, a avaliação da Filosofia começa no início do trabalho com o conteúdo estruturante, coletando o que o estudante pensa antes (preconceitos) e o que pensa após o processo que se dá no interior da própria aula de Filosofia e não num momento em separado destinado a avaliar. Nesse contexto, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva dos estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico e social, estudados e analisados com textos filosóficos que lhe fornecem subsídios para que possam pensar o problema, argumentar criticamente, pesquisar, fazer relações, articular os problemas do mundo real concreto com as respostas e formulações da história da Filosofia e que nesse processo crie e recrie para si conceitos filosóficos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; 64 Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência. CONTEÚDOS BÁSICOS Mito e Filosofia Saber Místico; Saber Filosóficos; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do Mito; O que é Filosofia? Teoria do Conhecimento Possibilidade do Conhecimento; As Formas de Conhecimento; O Problema da Verdade; A questão do Método; Conhecimento e Lógica; Ética Ética e Moral; Pluralidade Ética; Ética e Violência; Razão Desejo e Vontade; Liberdade: Autonomia do Sujeito e a Necessidade das Normas; Filosofia e Política Relação entre Comunidade e Poder; Liberdade e Igualdade Política; Política e Ideologia; Esfera Pública e Privada; Cidadania Forma e ou Participativa; 65 Filosofia da Ciência Concepção de Ciência; A questão do Método Científico; Contribuições e limites da Ciência; Ciência e Ideologia; Ciência e ética; Natureza da Arte; Estética Natureza da Arte; Filosofia da Arte; Categorias Estéticas – Feio – Belo – Sublime – Trágico – Cômico Grotesco; Estética e Sociedade ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos. O desdobramento do ensino de Filosofia será desenvolvido mediante o uso de recursos físicos e de estratégias tais como: exibição de filme ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música, de aulas expositivas e dialógicas com o objetivo de investigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se chama sensibilização. Com a sensibilização inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a problematização, a investigação, a criação de conceitos. A problematização ocorrerá sempre que o professor e estudantes, através da discussão, levantem questões, identifiquem problemas e investiguem o conteúdo. Num momento posterior o professor convida o estudante a analisar o problema, o que se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica. Recorrendo a textos da história da Filosofia e aos clássicos, o estudante se defronta com diferentes maneiras de enfrentar o problema e com possíveis soluções 66 já elaboradas, embora não solucione o problema, orientam a discussão. O ensino de Filosofia privilegiará o diálogo com a vida, cuja busca de resolução de problemas tenha a preocupação também com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que remeta o estudante a sua própria realidade. Ele será permeado por atividades tais como: leitura, produção de textos, investigações individuais e coletivas a fim de que se organize e oriente o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo. A utilização de certos recursos, como: TV Multimídia, laboratório de informática, biblioteca, são indispensáveis para o estudo da Filosofia. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação será diagnóstica, servindo para o redirecionamento da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. Será avaliada a capacidade do aluno em reformular questões de forma organizada, construir e tomar posições, interpretar as dimensões de cada texto, em criar conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual discurso tem após o estudo da Filosofia. De certo modo, a avaliação servirá para diagnosticar as dificuldades dos alunos e intervir no processo, para que a reflexão tenha uma maior qualidade. A recuperação será concomitante às atividades e às avaliações realizadas 67 BIBLIOGRAFIA ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. ARENT, Hannnah. A Condição Humana. 4 Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989. Filosofia. Vários Autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. Livro Didático Público. CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo, Ática, 1997. GALLINA, S. O Ensino de Filosofia e a Criação de Conceitos.In: Cadernos CEDES, nº 64. A filosofia e o seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004. LANGON m. Filosofia do ensino de Filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G. & DANELON, M. Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003. LEOPOLDO E SILVA, F.Porque a Filosofia no Segundo Grau. REVISTA ESTUDOS AVANÇADOS, 6(14), 1992. REALE, G. & ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. RUSSEL, B. Os Problemas da Filosofia. Trad. Antonio Sérgio. Coimbra: Almedina, 2001. SEVERINO, A. In: GALLO, S.; CORNELLI, G. & DANELON, M. Ensino de Filosofia: Teoria e Prática. Ijuí: Ed. UNIJUÌ, 2004. CORDI, Justin. Para Filosofar. São Paulo: Scipione, 1995. CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. DCE- Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Secretaria da Educação Estado do Paraná – 2009. 68 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - FÍSICA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução cósmica e investigar os mistérios do mundo, assim como desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologia. O aprendizado de Física contribui como parte de um conjunto mais amplo de qualidades humanas, para a compreensão do mundo natural e transformado e, para o desenvolvimento de instrumentos, como sentido pratico e analítico para a cidadania e a vida profissional. A Física também contribui para a formação de uma cultura científica efetiva, permitindo ao individuo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, redimensionando sua relação com a natureza em transformação. O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações, possibilitando ao aluno desenvolver suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na sociedade, compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com temas cotidianos que se articulam com outras áreas do conhecimento. Portanto, o ensino da Física terá significado real quando a aprendizagem partir de ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, privilegiando a interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, tornando-o articulado e dinâmico. Objetivos Compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e intervenção e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático. Conteúdos 1º ANO Movimento Introdução à Física; Introdução à Mecânica; Velocidade; Movimento com trajetória orientada; 69 Equação horária do movimento uniforme; Gráficos do movimento uniforme; Aceleração escalar; Equações do movimento uniforme variado; Vetores; Lançamento de projeteis; Lei da Inércia; Segunda lei de Newton; Peso e a terceira lei de Newton; Decomposição de forças; Força elástica e força de atrito; Dinâmica do movimento circular; Trabalho de uma força; Energia cinética; Conservação da quantidade de movimento e colisões; Impulso de uma força; Gravitação; Estática dos corpos rígidos. 2º ANO Movimento: Hidrostática; Massa específica; Pressão; Teorema de Stevin; Teorema de Pascal; Prensa Hidráulica; Empuxo. Termodinâmica: Termometria; Expansão térmica de sólidos e líquidos; Calorimetria; 70 Mudanças de estado de agregação; Transmissão de calor; Leis dos gases ideais; Termodinâmica. Óptica: A luz; Espelhos planos; Espelhos esféricos; Refração da luz; Lentes. Ondas: Ondas; Algumas propriedades das ondas; Interferência e ondas estacionarias. 3º ANO Eletromagnetismo; Carga elétrica; Eletrização; Força eletrostática; Campo elétrico; Campo elétrico de várias cargas; Potencial elétrico I; Potencial elétrico II; Trabalho no campo elétrico; Campo elétrico uniforme; Corrente elétrica; Tensão elétrica; Resistores e lei de Ohn; Associação de resistores; Geradores elétricos; 71 Circuitos elétricos com geradores reais; Receptores elétricos; Potência e energia elétrica; Potência dissipada no resistor; O campo magnético; Força magnética; Fontes de campo magnético; Indução eletromagnética; Algumas aplicações da indução eletromagnética; Ondas eletromagnéticas; Opcional Física moderna; A teoria da relatividade; Mecânica quântica; Partículas elementares. METODOLOGIA O encaminhamento metodológico está ancorado nos pressupostos pedagógicos da contextualização e interdisciplinaridade. Para que esta proposta se viabilize de forma eficaz, faz-se necessário a incorporação de aspectos da história da ciência, e particularmente, da Física e de forma imprescindível das atividades de laboratório. A história da ciência e da Física possibilitam a compreensão da evolução dos conceitos físicos mediante estudos que contemplam aspectos sociais, políticos e culturais de uma época. Além de mostrar que a produção da ciência foi feita por pessoas que foram desafiadas a compreender certos fenômenos, levando às vezes, toda uma vida. Os conteúdos serão desenvolvidos utilizando-se dos recursos tecnológicos como: Computador, vídeo, retro-projetor, filmadora e máquina fotográfica para desenvolver trabalhos; Internet para pesquisa sobre conteúdos trabalhados, testes on-line, debates m fóruns e atualizações; 72 Os programas Word, Power Point, Excel, serão utilizados para pesquisa, trabalhos e organização de seminários, elaboração de planilhas; Os softwares educativos servirão para pesquisa, trabalhos, debates, testes e elaboração de aulas com uso de softwares de autoria; Ao ministrar os conteúdos, o professor deverá levar em consideração as características principais dos estudantes na aprendizagem de cada turma e em casos especiais à característica individual. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser essencialmente formativa, e processual, vista como instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do professor. Diante disso, não podemos avaliar o aluno por uma simples prova escrita limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento. Nesta proposta em que o aluno freqüentemente solicitado a participar e criar, uma prova não é suficiente para sintetizar o que ele aprendeu e viveu, pensou e aprendeu. Logo, é necessário repensar os instrumentos de avaliação, bem como definir seus objetivos, que devem envolver mais amplamente possível, todo o trabalho realizado. Nesse sentido, tanto o desempenho cognitivo como as atitudes dos alunos serão avaliados. Pode-se afirmar que é elemento significativo do processo ensino- aprendizagem, envolvendo a prática pedagógica do professor, o desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar, ou seja, a avaliação vai além de simplesmente quantificar os resultados de um processo ao término de um período. Cabe ao professor apresentar o conceito ou nota ao aluno, desde que acompanhados de orientação sobre como pode e deve agir para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado de Física. Utilizar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos como: Assiduidade e participação nas aulas práticas e teóricas; Leitura e interpretação de textos, de tabelas e gráficos; Trabalhos de pesquisa individuais ou em grupos, com apresentações de seminários; Avaliação escrita. 73 REFERÊNCIAS CHIQUETTO, Marcos José. Aprendendo Física. Volume 1-2-3. São Paulo: Editora Scipione, 1993. GASPAR, Alberto. Física. Volume Único. São Paulo: Editora Atual, 2008. MAXIMO, Antonio. ALVARENGA, Beatriz. Física, de olho no mundo do trabalho. Volume Único.São Paulo: Editora Scipione, 2003. PARANÁ, Djalma Numes. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, 1999. PENTEADO, Paulo César M. TORRES, Carlos Magno. Física, Ciência e Tecnologia. Volume 1-2-3. São Paulo: Editora Moderna, 2005. SAMPAIO, José Luiz. CALÇADA, Caio Sérgio. Física. Volume Único. São Paulo: Editora Atual, 2005. TOSCANO, Carlos. FILHO, Aurélio Gonçalves. Física. Volume Único. São Paulo: Editora Scipione, 2008. VARIOS AUTORES. Física – Ensino Médio. Volume Único. Curitiba 74 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA Para que o aluno compreenda a dinâmica social e espacial que produz e transforma o espaço geográfico, é necessário subsidiá-lo com alguns conceitos de lugar, paisagens, dinâmica sócio ambiental, cultural e demográfica, como também as questões econômicas e geopolíticas, porém sempre enfocando os conceitos de sociedade e natureza como papel principal na construção do espaço, proporcionando ao estudante a compreensão do mundo em que vive, das relações entre a Natureza / homem / trabalho, da sociedade, tornando-o crítico e parte integrante/participante como agente de transformação, possibilitando ao educando condições de se localizar no espaço em que vive e a partir daí entender os problemas sociais, político e econômicos. Com este enfoque, ter uma visão geral do local para o global e através desse conhecimento agir e interagir com autonomia na sociedade e no espaço em que está inserido. Contribuindo para que o aluno se oriente e se localize no tempo e no espaço, para a formação integral do aluno, para o exercício da cidadania, conduzindo a reflexão, a leitura de mundo e suas transformações sociais, políticas e econômicas. Oportunizando ao educando a possibilidade de situar-se na dinâmica das transformações contemporâneas, fazendo com que atue critica e construtivamente no contexto local como parte integrante do globo. Sentindo-se valorizado como cidadão capaz de perceber a sua realidade, desenvolver o senso crítico, a criatividade e o raciocínio, fazendo a leitura de mundo através do entendimento do espaço geográfico. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço geográfico; Dimensão socioambiental do espaço geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico. CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ANO Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. 75 A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico. 7º ANO A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. As manifestações sócio-espaciais da diversidade culturais. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. A circulação da mão de obra, das mercadorias e das informações. 8º ANO As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. 76 O comércio em suas implicações sócio-espaciais. A circulação da mão de obra, das mercadorias e das informações. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. 9ºANO A revolução técnico -científico- informacional e os novos arranjos no espaço da produção. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. As diversas regionalizações do espaço geográfico. O comércio mundial e as implicações socioespaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. As manifestações socioespaciais da diversidade culturais. Movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão política do espaço geográfico; 77 Dimensão socioambiental do espaço geográfico; Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico. CONTEÚDOS BÁSICOS 1º ANO A formação e a transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego das tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A revolução técnico-científico-internacional e os novos arranjos no espaço da produção. 2º ANO O espaço rural e a modernização da agricultura, ênfase ao espaço agricultável do Paraná. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. A circulação de mão-de-obra, do capital das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. 3º ANO A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da produção. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações sócio espaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações sócio espaciais dos processos de mundialização. 78 A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. Especificidades regionais e cultura africana e afro brasileira. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A velocidade das mudanças e a complexidade com que um novo mundo se apresenta e como a sociedade se organiza, este é o espaço geográfico entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto pelo ambiente natural e cultural que estão inter-relacionados: economia e produção, dimensão socioambiental, geopolítica e demográfica dentro dos espaços, rural e urbano. Nesta perspectiva, os conhecimentos dos alunos à respeito do espaço devem ser explorados, para que a geografia adquira sentido e subjetividade, possibilitando a percepção de como o espaço foi produzido, quais fatores interferiram na sua produção, quais forças são agentes de transformação e a importância das pessoas e grupos em todo esse processo. É sob esta perspectiva, a de aprender a elaborar raciocínios sobre a realidade que o educador deve usar na metodologia participativa que valorize o respeito mútuo, estimule a ação individualizada, oferecendo oportunidades por meio das tarefas, possibilitando, ao educando trabalhar de forma ativa e comprometida com a hora de conhecimento, levando-o a desenvolver sua potencialidade criadora, não somente para compreender mas também para construir o seu saber o mundo. Para tanto serão desenvolvidas dinâmicas: leitura, interpretação e elaboração de textos, gráficos e mapas; pesquisas, seminários, debates, observação e descrição da paisagem, análise, representação e interação utilizando vários recursos como: jornais, revistas, livros, audiovisuais, internet, geoatlas, trabalhos em grupos. Lei 11.645/08 referente a cultura Afro-Brasileira e Indígina. Serão desenvolvidos temas da referida Lei, junto aos conteúdos estruturantes, em todas as séries, sempre que surgir oportunidade, tendo como meta promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil buscando relações étnico-sociais positivas. Objetivando o reconhecimento e a valorização da identidade e da história e da cultura afro-brasileira, bem como, a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas. 79 Sugestões de temáticas possíveis de serem desenvolvidas: estudo sobre as teorias antropológicas; desmistificação das teorias racistas; estudo das características biológicas dos diferentes povos; contribuição dos povos africanos, indígenas e seus descendentes para o avanço da ciência e tecnologia. AVALIAÇÃO A avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem, que torna-se importante instrumento para trabalho pedagógico do professor além de diagnosticar a aprendizagem do aluno, seu desempenho e avanços durante o ano. Deverá incidir sobre o desempenho do aluno nas diferentes experiências de aprendizagem, levando em consideração os objetivos visados,. O aluno deve aprender com a avaliação, identificar de forma transparente os objetivos do curso, o projeto educativo proposto, distinguindo claramente suas dificuldades e as suas possibilidades. A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua e contemple diferentes práticas pedagógicas tais como: leitura, interpretação e elaboração de textos, leitura, interpretação e produção de gráficos, tabelas e mapas; interpretação de fotos, imagens, paisagens, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários, participação durante as aulas, organização lógica de dados e relações, expressão oral e escrita, construção de maquetes entre outros. A proposta avaliativa deverá ser clara, onde os alunos acompanharão todo o processo. A recuperação será concomitante ao conteúdo trabalhado. 80 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARLOS, A.F.A (Org) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto 1999. DCE, 2009. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio – Secretaria da Educação – 2009. LUCCI, Elian Alabi: BRANCO, Anselmo Lázaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2007. MOREIRA, João Carlos e Eustáquio de Sene, geografia, 2007 Ed. Scipione. SANTOS, M. e outros (Org.) Fim do século e globalização. São Paulo: HucitecAnpur, 1993. VESENTINI, J. W. (Org) O ensino de Geografia no século XX. Campinas, SP: Papirus, 2004. 81 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A História do ponto de vista pedagógico e historiográfico tem a finalidade de ampliar horizontes de referência temporal dos alunos, de suas capacidades de explicação histórica e de suas atitudes de respeito e compreensão à diversidade cultural das sociedades e da sociedade brasileira em particular, para a formação da cidadania e da identidade social dos alunos. Este pensamento é o que também está posto nas Diretrizes Curriculares, quando abordam a temática do currículo e se propõe que o currículo da Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta ambição remete às reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento, na escola, deveria equivaler à idéia de atelier-bibliotecaoficina, em favor de uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica. DCE (2009) pág 20 A História também tem como finalidade expressar e compreender o conhecimento histórico, analisando e criticando documentos, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, produzindo textos analíticos e interpretativos sobre o discurso historiográfico. Permitindo assim a construção da identidade pessoal e social na dimensão histórica, reconhecendo a diversidade social, cultural e as relações de poder e trabalho, levando educando a comparar os problemas atuais e outros momentos históricos tendo posicionamento crítici e cidadão. A História enquanto ciência e disciplina se propõe a ser instrumento para compreensão da realidade. No entanto no Ensino Médio possibilita aprofundar os estudos sobre as problemáticas contemporâneas, situando-as nas diversas temporalidades, servindo de arcabouço para reflexões sobre as ações e relações humanas no conteúdo histórico,em que os sujeitos estão inseridos. Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas são as fontes sóciohistóricas do conhecimento em sua complexidade. DCE, 2009, pág 21 A pesquisa histórica esforça-se, atualmente, em situar as articulações entre a micro e a macro história, buscando nas singularidades dos acontecimentos as generalizações necessárias para a compreensão do processo histórico. Na articulação do singular e do geral, recuperam-se diversas formas de registros das 82 ações humanas tanto nos espaços considerados tradicionalmente os de poder, como o Estado e as instituições oficiais, como nos espaços privados e dos conflitos diários pela sobrevivência; das mentalidades, de valores e de crenças em transformações advindas com aparato tecnológico e nas configurações do mundo do trabalho e da convivência humana. As problemáticas contemporâneas têm produzido fortes e significativas discussões sobre a produção de conhecimento científico e percebe-se uma tendência, principalmente nas Ciências Humanas, da conquista de espaço, por diferentes abordagens que consideram novos objetos e que por sua vez impõem referência a novas fontes. O olhar da História para outras ciências tem trazido significativas contribuições para a compreensão de como as sociedades se constituem em determinado tempo e lugar, não de forma fragmentada, mas com recortes que valorizam sujeitos, permitindo relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento, percebendo-se desta forma, como agente histórico. Nesta concepção de História, que também é expllicitada nas Diretrizes, as verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.DCE, 2009, pág 45. Esta abordagem deverá primar pela investigação histórica considerando que os documentos/fontes não falam por si só e devem ser interrogados no sentido de dar voz aos diferentes grupos sociais no seu tempo e espaço. O mundo mudou, novos instrumentos surgiram, sobretudo, aceleram-se quase todas as ações humanas, fundamentalmente aquelas que implicam em deslocamento, do transporte de pessoas e coisas até o transporte de informações, transformando a história da humanidade. Num outro momento da história, tem a profusão de registros que este século vem acumulando, seja pelo testemunho de fatos e acontecimentos, seja pelo imaginário de filmes e programas de televisão voltados para a ficção. Praticamente todas as personalidades que influenciaram a história deste século têm imagens e depoimentos registrados por meio de audiovisuais, construindo um enorme acervo impossível de ser explorado em sua totalidade. Neste sentido torna-se imprescindível abordar os conteúdos a partir de uma perspectiva que privilegie as relações de trabalho, de poder e de cultura, articulados 83 às categorias de tempo e espaço. Isto para que se possa atingir o patamar onde se possa perceber, conforme afirmam as Diretrizes, que a aprendizagem histórica configura a capacidade dos jovens se orientarem na vida e constituírem uma identidade a partir da alteridade. A constituição desta identidade se dá na relação com os múltiplos sujeitos e suas respectivas visões de mundo e temporalidades em diversos contextos espaço-temporais por meio da narrativa histórica. Entende-se que esta implica que o passado seja compreendido em relação ao processo de constituição das experiências sociais, culturais e políticas do Outro, no domínio próprio do conhecimento histórico. DCE, 2009, pág 57 Esta abordagem permite aos professores desenvolver seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas, enfatizando História do Paraná e Cultura Afro-brasileira e Indígena. OS OBJETIVOS DA HISTÓRIA Contribuir para a formação de cidadãos críticos e participantes, capazes de caminhar com segurança e autonomia em sua realização pessoal e profissional. Domínio de conhecimentos acumulados historicamente, para ampliar as oportunidades de participação no processo social, produtivo e econômico de seu cotidiano. Refletir com o educando as condições da sociedade em que vive, vinculando-a com sua prática social. Adquirir informações básicas sobre nossa história possibilitando o espírito crítico com relação aos conteúdos estudados. Capacitar o aluno para contribuir pratica e teoricamente nas transformação social. Reconhecer,através do resgate de histórias populares uma fonte de suas origens,possibilitando que ele reconstrua de forma crítica a trajetória na qual está inserido. Analisar informações e fenômenos através do uso de recursos tecnológicos. Produzir e reproduzir, através de recursos tecnológicos,coletâneas de histórias,consideradas essenciais para a compreensão das profundas transformações da sociedade humana no mundo. Incorporar à sua prática,ferramentas de aprendizagem disponível nos 84 diferentes contextos históricos, do livro ao hipertexto, da lousa ao cinema, da televisão ao computador, do CD-Rom a internet. Fazer uso sistematizado das tecnologias como instrumento auxiliar na aprendizagem. Proporcionar a formação humana com ênfase na organização do conhecimento, privilegiando os princípios do trabalho, cultura ciência e tecnologia. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL As relações de Trabalho; As relações de Poder; As relações culturais. CONTEÚDOS BÁSICOS 6o ANO A experiência humano no tempo; Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; As culturas locais e a cultura comum. 7o ANO As relações de propriedades; A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; As relações entre o campo e a cidade; Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade. 8o ANO História das relações da humanidade com o trabalho; O trabalho e a vida em sociedade; O trabalho e as contradições da modernidade; Os trabalhadores e as conquistas de direito. 9o ANO A constituição das instituições sociais; A formação do estado; Sujeitos, guerras e revoluções. 85 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO As relações de Trabalho; As relações de Poder; As relações culturais. CONTEÚDOS BÁSICOS 1º Ano Introdução ao Estudo da História; Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho livre; Urbanização e Industrialização. 2º Ano O Estado e as Relações de Poder; Cultura e Religiosidade. 3º Ano Os Sujeitos as Revoltas e as Guerras; Movimentos Sociais, Políticos e Culturais e as Guerras e Revoluções. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O encaminhamento metodológico da disciplina de História deverá privilegiar a produção e re-elaboração do saber histórico, possibilitando a compreensão das relações de trabalho, poder e cultura, presentes na construção do processo histórico, articulando-se teoria-prática onde o trabalho intelectual permite ao aluno a articulação da prática no pensamento, pela sua capacidade de abstração a compreenda, e assim adquira condições para nela intervir,considerando o conjunto das relações sociais e produtivas através das quais o pensamento adquire materialidade ao transformar-se em ação. Lei 11.645/08 referente a cultura Afro-Brasileira e Indígina. Serão desenvolvidos temas da referida lei junto aos conteúdos estruturantes em todos os anos do ensino fundamental e médio, sempre que surgir oportunidades tendocomo metas promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais 86 positivos. Objetivando o reconhecimento e a valorização da identidade e da história da cultuta afro-brasileira e indígena bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas e indígenas da nação brasileira ao lado da européias, asiáticas, etc.. É a busca pela práxis. As Diretrizes pontuam para a forma de trabalhar o Ensino Médio: Para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos, ou seja, os conteúdos (básicos e específicos) terão como finalidade a discussão e a busca de solução para um tema/problema previamente proposto DCE, 2009, pág 68. Através de pesquisas bibliográficas e o uso de instrumentos tecnológicos disponíveis, perceber a dinâmica desta e as mudanças ocorridas, utilizando recursos de comunicação visual e audiovisual para composição de uma prática que permite a aplicação, ampliação e incorporação das tecnologias na compreensão e articulação das diferentes culturas e na formação de cidadãos nos diferentes contextos históricos, que os estudos das ações e relações humanas do passado, partem da problematização feita no presente. O conhecimento histórico é dinâmico e para compreensão da temporalidade, historicidade e transitoriedade do conhecimento, se faz necessário uso de informações do universo da linguagem escrita e audiovisual, estruturada dentro de uma organização com o objetivo de esclarecer, gerar curiosidade, transmitir informação e adquirir conhecimento requer uma metodologia que visa introduzir professor e aluno no universo da linguagem, fazendo das tecnologias instrumentos de criação, expressão e comunicação. A introdução de instrumentos e recursos na prática pedagógica, significa um novo vínculo que se estabelece com o saber e o desenvolvimento de competências e habilidades. O trabalho com pesquisas bibliográficas e o uso de tecnologias, orientadas pelo professor, aparecem como um dos encaminhamentos adotados com a finalidade de atingir os objetivos propostos. Além disso, a análise de documentos em sala de aula proporciona a produção de conhecimento histórico, pois constituise numa fonte na qual buscam-se respostas para as problematizações anteriormente formulados. A metodologia deverá estar pautada nas seguintes premissas: a- partir da realidade do educando, a fim de despetar o interesse estabelecendo assim um vínculo entre a teoria e a prática, na busca do conhecimento sistematizado; 87 b- buscar sempre a compreensão crítica da realidade, para que o aluno possa reelaborar seu conhecimento; c- dar ênfase ao dialogicidade, estabelecndo assim um relacionamento direcionado à construção do conhecimento, diminuindo a transmissão e assimilação passiva. Vale lembrar que, conforme as Diretrizes também pontuam, para que se atinja os objetivos a que nos propomos e para que aprendizagem histórica seja alcançada, sob a exploração de metodologias ligadas à epistemologia da História, é importante considerar, na abordagem dos conteúdos temáticos: múltiplos recortes temporais; diferentes conceitos de documento; múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade; Formas de problematização em relação ao passado; condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar historicamente; superação da ideia de História como verdade absoluta por meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas.DCE, 2009, pág 60. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO No contexto atual, a avaliação deve ser concebida como instrumento para auxiliar a aprendizagem do educando e o desenvolvimento de formas flexíveis de pensamento e ação, que proporcione elementos para a reflexão sobre o “outro” na sua temporalidade e diversidade que traduzem a experiência vivida pelos homens nos diferentes momentos da história. Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003). DCE, 2009, pág 31. A avaliação será contínua, processual, formal e diagnóstica, isto é, permitirá aos educadores e aos educandos identificar pontos fracos no processo de ensino e de aprendizagem, permitindo rever os procedimentos e re-planejar as ações. Desta 88 forma o educador avalia sua própria atuação e o educando vai continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades. Para esse processo de avaliação tornar-se eficaz, levar-se-á em consideração a necessidade da aquisição de noções e conceitos básicos para formar o pensamento histórico (tempo, espaço, cultura, semelhanças e diferenças, permanências e mudanças, dominações e resistências, ruptura e contradições) e que o ensino de História implica em criar possibilidades de investigação para construir e reconstruir com o educando o conhecimento histórico. Serão utilizadas como estratégias avaliativas o desenvolvimento de pesquisas, produção de textos, fichas de leitura,confecção de cartazes, análise de filmes e audiovisuais, documentos históricos e gravuras da época, elaboração e apresentação de trabalhos em grupo, seminários, oficinas, provas (com questões objetivas e discursivas), auto-avaliação, registros de conclusões, entrevistas, tele jornais, debates, juris simulados, ... Serão feitas revisões de conteúdo a medida que se julgar necessário, afim de se melhorar a assimilação de conteúdos. A avaliação será instrumento de aprendizagem, fornecendo ao educador informações para planejar as intervenções necessárias para recuperar educandos com dificuldades, propondo procedimentos que levem estes a atingir patamares mais elevados de conhecimento. O educando partilhará desta avaliação, desenvolvendo a consciência dos progressos feitos em relação ao conhecimento, tornando-se sujeito da aprendizagem e apropriando-se dos conceitos históricos e dos conteúdos propostos pela disciplina. A recuperação será concomitante ao conteúdo trabalhado, destacando-se que o que se busca recuperar é a aprendizagem e não a nota como produto final. 89 BIBLIOGRAFIA PARANÁ.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Curitiba:2009 Azevedo,Gislane e Reinaldo Seriacopi – História – Volume único PNLEM – FNDE2008. 90 PROPOSTA CURRICULAR - LÍNGUA INGLESA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A importância da língua estrangeira na formação integral do indivíduo ocorre a partir da compreensão de como significados são construídos com, nas e através das linguagens,dos sistemas simbólicos criados por diferentes culturas. É preciso também abandonar preconceitos e questionar pressupostos, desafiar noções superficiais de nacionalismo e perceber que fronteiras políticas nos mapas são também barreiras convencionalmente impostas a diferentes nações. Barreiras que muitas vezes nos impedem de beneficiarmo-nos do encontro/confronto com o estrangeiro, contato que pode nos permitir aprender sentidos diferentes daqueles fixados pela língua materna, de perceber outras possibilidades de entendimento de mundo e ultrapassar os significados que nos apresenta a nossa própria língua. O sujeito que aprende uma LE aprende também que sua identidade nacional não é a única possível, nem a melhor, mas sim uma dentre várias construções produzidas por diferentes comunidades mundo à fora; ele aprende que o mundo se encontra repleto de identidades diferentes da sua, que essas outras identidades também precisam ser respeitadas em suas singularidades, que elas podem contribuir muito para uma melhor compreensão dos processos que posicionam os indivíduos e as comunidades em relações de poder, e que tais posições não são revelações da essência dos indivíduos, não são a expressão da verdade sobre eles, mas sim representações simbólicas das pessoas, construções discursivas que rotulam e tentam apagar a individualidade e a heterogeneidade das comunidades nacionais. A LE, dentro desse entendimento, deverá contribuir para a formação de indivíduos que exerçam sua cidadania de forma ativa, crítica e portanto conscientes de sua capacidade de transformação da sociedade. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Discurso como prática social. Por meio do conteúdo estruturante pode-se identificar e organizar o campo de estudo da Língua Inglesa na escola. Dele derivam os conteúdos específicos, os quais fazem parte o ensino/ aprendizagem da língua Inglesa. Eles são os meios pelos quais se trabalha de forma dinâmica, o discurso enquanto prática social e 91 discursiva (oralidade, leitura e escrita). Far-se-á com que os alunos percebam que através da língua Inglesa há uma interdiscursidade nas relações sociais e que para compreendê-las será necessário atingir os níveis de organização linguística, e para isso será explorada a compreensão oral ou escrita verbal e não verbal. Propõe-se que a aula de língua Inglesa constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. O trabalho em sala de aula tem sido orientado pela Abordagem Comunicativa, pois essa opção favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua é concebida como um sistema para a expressão do significado, num contexto interativo. De acordo com as Diretrizes Curriculares Da Educação Básica, essa proposta se concretiza no trabalho com textos, não para extrair deles somente significados que supostamente estariam latentes em sua estrutura, mas para comunicar-se com eles, para lhes conferir sentidos e travar batalhas pela significação. Isto envolve a análise e a critica das relações entre texto, língua, poder, grupos sociais e práticas sociais. O texto pode ser verbal ou não-verbal. Podem ser considerados textos uma figura, um gesto, um slogan, tanto quanto um trecho de fala gravado em áudio ou uma frase em linguagem verbal escrita, a partir dos quais os conteúdos específicos de língua Inglesa serão tratados. Geralmente os textos estudados estão adequados à faixa etária, a realidade social e nível educacional do aluno, ao contrário serão feitas adaptações para aproximá-lo do entendimento do aluno e estar coerente com a realidade do mesmo, mostrando o que é desconhecido e ampliando dessa forma, a sua visão de mundo. A língua Inglesa contemplará a história e cultura Afro-Brasileira e Africana, privilegiando o reconhecimento e valorização de sua identidade, garantindo seus direitos de cidadão, explorando principalmente os elementos que caracterizam essas culturas. Ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua 92 estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social. Desta maneira estaremos contribuindo para a formação de cidadãos críticos e ativos, exercendo assim a sua cidadania e transformando o meio em que vive. CONTEÚDOS BÁSICOS Gêneros discursivos e seus elementos composicionais. A seleção dos gêneros será de acordo com o Plano de Trabalho docente e o nível de complexidade de cada série. Leitura Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade lingüística; Ortografia. Escrita Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; 93 Intertextualidade; Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Léxico; Coesão e Coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos; Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos, (como aspas, travessão, negrito); Variedade lingüística; Ortografia; Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso do gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição: Pronúncia. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Considerando o aspecto formativo da Língua Inglesa anteriormente citada, a proposta metodológica de trabalho será a abordagem comunicativa e a análise do discurso, as quais envolverão o interdiscurso e o intradiscurso, produzindo sentidos entre os interlocutores do texto por meio da leitura, oralidade e escrita. Esta concepção de ensino/aprendizagem em Língua Inglesa, está centrada no aluno, seus objetivos e necessidades. O trabalho de Língua Inglesa em sala de aula precisa partir do entendimento do papel das línguas nas sociedades, além de informativa, possibilita a ampliação do conhecimento, a expressão e transformação nos modos de conhecer o mundo e de construções de novos significados. O texto é uma amplitude de discussão sobre como pensar e agir criticamente, 94 respeitar as diferenças sociais e culturais, crenças e valores, analisar e refletir sobre fenômenos lingüísticos e culturais, do qual somos sujeitos que fazem parte deste processo. Esta proposta de trabalho será conduzida com o auxílio de vídeos (filmes, propagandas...), gravador (músicas, textos extras, exercícios orais e escritos...), dicionários (pesquisas), revistas, (pesquisas e recortes...), livros didáticos e internet para pesquisas etc., podendo através destes materiais reforçar ou abranger conteúdos de outras disciplinas, enfatizando aspectos da interdisciplinaridade. Mostrar-se-á ao aluno que não é necessário compreender o significado de cada palavra ou estrutura do texto de LE para produzir-lhe sentido. O importante é atribuir sentido ao contexto, pois a leitura é um processo de negociação de sentidos. E esse sentido não é garantido somente pela gramática, mas pelo conhecimento de mundo que o aluno apresenta. Cabe ao professor criar estratégias para que os sujeitos percebam a heterogeneidade da Língua, por isso podemos dizer que um único texto apresenta várias possibilidades de leitura. Não é o texto que determina a leitura, mas sim o sujeito que o lê. E para que haja maior motivação por parte dos alunos, é interessante trabalhar com textos que apresentam maior número de palavras cognatas (transparentes), principalmente para turmas iniciantes. Isso pode auxiliar o aluno a perceber que é possível ler um texto de LE sem muito conhecimento da língua. Para o ensino fundamental o professor deve usar a Língua Materna para poder inferir a Língua Inglesa, mostrando o conhecimento normativo e o conhecimento linguístico da língua estudada, sempre valorizando o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos. Dando-lhes oportunidade para expor o que já sabem por meio de discussões aos temas abordados, formulando hipóteses, construindo expectativas de sentido e intertextualidade. A forma como o professor conduz essa leitura em sala de aula produz significados mais ou menos problematizadores, ou, mais ou menos significativos. Ou seja, deve despertar no aluno interesse em buscar novos conhecimentos. A produção escrita em língua estrangeira deve partir de construção de frases, a um parágrafo, a um poema, a uma carta, e que as mesmas sejam as mais naturais possíveis. O aluno deve ser instigado pelo professor a buscar respostas aos seus 95 questionamentos e anseios relacionados ao ensino/aprendizagem. A abordagem comunicativa, juntamente com a análise do discurso, visa integrar a oralidade e a escrita, pois o importante é que o aluno faça uso da Língua Inglesa sem inibição, de forma descontraída. E para tanto, o ensino será conduzido de forma útil e agradável. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Na aprendizagem da LE, o aluno deve ser envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento. Seu esforço precisa ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o entendimento do erro como parte integrante da aprendizagem. É fundamental haver coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo. É preciso considerar as diferentes naturezas da avaliação (diagnóstica, somativa, e formativa) que se articula com os objetivos específicos e conteúdos, respeitando as diferenças individuais. É importante a diversidade nos formatos de avaliação, de modo a oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso. A avaliação será feita de: Leitura e interpretação de textos. Participação nas aulas. Atividades em sala e para casa. Listening, reading, writing e speaking. Testes escritos e orais. Trabalhos individuais ou em grupo. Produção de frases e pequenos textos. Auto-avaliação. Recuperação será concomitante às atividades e às avaliações realizadas. 96 BIBLIOGRAFIA BACCARIN, Marcelo Costa. Globetrotter. São Paulo – SP; Macmillan, 2001. MURPHY, Raymond. Essencial Grammar in Use. New York – USA; Cambridge University Press, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna: SEED/PR, 2008. 97 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA Considerando o artigo 5º da Constituição Brasileira, o qual postula que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, esta proposta tem por objetivo garantir no processo educativo, mais especificamente no ensino da Língua Materna, oportunizar ao estudante o aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. Para tanto há que se refletir sobre as contradições, as diferenças e paradoxos da contemporaneidade. Pretende-se assumir uma concepção de linguagem vista como um fenômeno social, pois ela nasce da necessidade de interação política, social e econômica entre os homens. Portanto, a língua materna será ensinada considerando os aspectos sociais e históricos em que o estudante está inserido, o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus significados são historicamente construídos. Sob essa perspectiva, há que se aprimorar os conhecimentos lingüísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos, que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões. Nesse sentido, pretende -se que a escola seja um espaço de difusão de uma gama de diferentes textos com diferentes funções sociais, com o objetivo de promover o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua, sejam de leitura, oralidade e escrita. Para tanto, propiciar -se -á a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais, que garantirão o envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, podendo alterar o sujeito em seus aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, lingüísticos e até econômicos. Assim, o ensino-aprendizagem da língua portuguesa abarcará as práticas discursivas constituídas na oralidade, escrita e leitura. Quanto à oralidade, a escola promoverá situações que incentivem os alunos a falar fazendo uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que a diferença de registro não constitui objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas; em relação à escrita, far-se-á o aperfeiçoamento da mesma a partir da produção de diferentes gêneros, 98 possibilitando que os estudantes se posicionem, tenham voz em seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade; quanto a prática da leitura/literatura, procurar -se -á evidenciar aos alunos que a literatura é produção humana intrinsecamente ligada à vida social, e por isso, não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros. Nesse sentido, e com a intenção de formar sujeitos usuários da linguagem com condições de assumir a palavra, participando das práticas sociais referidas, é necessário seguir uma concepção de língua que se apóia na intenção do aluno com outro e com o objeto, a partir das três práticas fundamentais do Ensino de Língua Portuguesa : oralidade, escrita e leitura. Uma decorrência da opção por uma concepção de linguagem como lugar de interação e da organização do ensino, a partir das práticas fundamentais apresentadas , é a escolha do texto como unidade fundamental para o ensino de Língua Portuguesa , utilizando -o não como um simples instrumento de comunicação, mas oferecendo ao aluno condições para que se aproprie dos diferentes tipos de discurso e de uma variedade de gêneros e textos de modo a ampliar a sua competência leitora e escritora, para que ele possa participar das práticas sociais, cada vez com mais proficiência, realizando escolhas de acordo com as situações. CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS GÊNEROS DISCURSIVOS O homem produz linguagens, transforma outros homens com ela e transforma também a si mesmo por meio da interação com o mundo. A linguagem, portanto, não é um objeto que pode ser aprisionado e controlado, pois está em constante transformação. Assim, uma palavra ou um símbolo pode ter um significado unívoco, quando tomados isoladamente, fora do espaço sócio interativo, mas seu sentido só se revela a partir do contexto ou situação na qual estão inseridos. Desta forma a palavra “gênero” sempre foi bastante utilizada pela retórica e pela literatura com acepção designadamente literária. Segundo Todorov (1978), essa palavra tem sido usada desde Platão, cujo objetivo era distinguir o lírico, em 99 que apenas o autor falava; o épico, em que o autor e personagem falavam; o dramático ,em que apenas a personagem falava. Brandão (2001, apud Santos, 2004) dizia que o estudo de gêneros foi uma constante temática, interessava aos antigos... tanto na retórica quanto às pesquisas em, semiótica literária e teorias lingüísticas. Os gêneros aparecem na perspectiva da fala e da escrita dentro de um continuum tipológico das práticas sociais de produção textual. Ramos (1997) tem a mesma concepção quando assume que a correlação entre fala e a escrita está num continuum das práticas sociais. Os pontos teóricos dos autores citados acima podese destacar como gêneros textuais a serem abordados em sala de aula: Adivinhas; álbum de família; anedotas; bilhetes; cantigas de roda; causos; comunicado; convites; diário; exposição oral; músicas; parlendas; piadas; provérbios; quadrinhas; receitas; relatos de experiências vividas; trava-línguas; autobiografia; biografias; contos; contos de fadas; contos de fadas contemporâneos; crônicas de ficção; fábulas; fábulas contemporâneas; haicai; histórias em quadrinhos; lendas; literatura de cordel; memórias; letras de músicas; narrativas de aventura; narrativas de enigma; narrativas de ficção científica; narrativas de humor; narrativas de terror; narrativas fantásticas; narrativas míticas; paródias; poemas; romances; cartazes; debate regrado; exposição oral; palestra; pesquisas; relatos de experiências científicas; resenha; resumo texto argumentativo; anúncio de emprego; artigo de opinião; carta ao leitor; cartum; charge; classificados; crônica jornalística; editorial; entrevista (oral e escrita); notícia; reportagens; tiras; e-mail; bulas; filmes. 6º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise linguística, na quinta série, serão utilizados os seguintes gêneros discursivos: adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão postal, convites, diário, parlendas, provérbios, quadrinhas, receitas, relato de experiências, trava-línguas, auto biografia, contos de fadas, conto de fadas contemporâneos, fábulas, fábulas contemporâneas, história em quadrinhos, lendas, memórias, narrativas de humor, fantásticas, poemas, cartazes, pesquisa, palestra, resumos, tiras, e-mail, folder, música, texto instrucional, blog, exposição oral, filme, 100 diálogo/discussão argumentativa, regulamento e desenho animado. LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; 101 Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; recursos semânticos. 7º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise linguística nesta série, serão adotados os seguintes gêneros discursivos: Contos, Haicais, literatura de cordel, narrativa de humor, narrativa de terror, narrativas míticas, narrativas fantásticas, narrativas de aventuras e enigmas, poemas, cartazes, diálogo discussão argumentativa, exposição oral, palestra, pesquisas, relato histórico, resumo, texto de opinião, classificados, notícia, entrevista, tiras, manchete, e-mail, folder, propaganda, música, textos de campanhas comunitárias, debate, filmes, regulamento. LEITURA Tema do texto; • Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; • Aceitabilidade; Situacionalidade; • Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico;• Ambigüidade; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); ESCRITA Tema do texto; 102 Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Semântica. 8º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise linguística serão adotados os seguintes gêneros discursivos: Música, contos, crônicas, Haicai, textos dramáticos, poemas, paródias, cartazes, diálogo, discussão argumentativa, exposição oral, palestra, pesquisa, relatório, resumo, texto de opinião, carta ao leitor, carta do leitor, cartum, charge, reportagem, sinopse de filmes, comercial para TV, Folder, slogan, e-mail, publicidade comercial, Filme, regulamento. LEITURA Conteúdo temático; Interlocutor; 103 Finalidade Intencionalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso ideológico presente no texto; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto. ORALIDADE Conteúdo temático; 104 Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 9º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise linguística serão trabalhados os seguintes gêneros discursivos: Contos, crônicas, romance, poema, paródia, relatório, resenha,a resumo, texto argumentativo, texto de opinião, pesquisa, palestra, júri simulado, exposição oral, diálogo e discussão argumentativa, debate regrado, cartazes, artigo de opinião, crônica jornalística, editorial, entrevista oral e escrita, reportagem, resenha crítica, sinopse de filmes, música, e-mail, blog, folder, regulamento, LEITURA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade Intencionalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; 105 Discurso ideológico presente no texto;; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de linguagem; Semântica: operadores argumentativos, modalizadores; Polissemia; 106 ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. METODOLOGIA Abordagem teórico-metodológica da leitura: propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos; formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; encaminhar discussões sobre o tema, intenções, intertextualidade; contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizar textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; relacionar o tema com o contexto atual; oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. Conhecer e valorizar a Historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, conforme lei nº 11.645/08 de 10/03/2008. Da escrita: planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, Informatividade, Situacionalidade, temporalidade e ideologia; estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; acompanhar a produção do texto; analisar se a produção de texto está coerente e coesa, se há continuidade temática, 107 se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, finalidade; encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem o gênero ; conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Da oralidade: organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas da oralidade em seu uso formal e informal; estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando recursos extralinguísticos como entonação, pausas, expressão facial e outros; selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros; propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de rádio e TV ,., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas ; expressar oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; compreender os argumentos no discurso do outro; expor objetivamente seus argumentos; organizar a sequência de sua fala; analisar os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; participar ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS A avaliação é formativa e visa verificar o nível de conhecimento adquirido pelos alunos antes, durante e depois do processo ensino-aprendizagem. Essa observação se fará através da prática reflexiva, tanto do aluno quanto do professor, possibilitando o desenvolvimento permanente do ser humano como um todo, bem como a retomada dos conteúdos, caso seja necessário. O professor deverá estar atento à construção dos conhecimentos dos seus alunos, deve cultivar, na sua prática pedagógica, uma postura de constante investigação. A avaliação contínua diagnóstica da leitura e da escrita dos alunos é fundamental para planejar atividades e intervenções de qualidade que possam realmente ampliar os conhecimentos lingüísticos dos alunos. Sabendo que leitura e escrita são “ferramentas” mentais e possibilitam o trabalho de todas as outras áreas. Possibilitar que os alunos compreendam, se apropriem e façam uso das 108 diferentes instâncias da linguagem é uma forma de romper com as dicotomias excludentes que tem gerado distanciamento entre a linguagem do aluno e da escola. Falar certo ou errado, oralidade e escritas (dialetos populares e dialeto padrão), linguagem forma e informal, entre outros aspectos, sob a ótica das instâncias públicas e privadas, deixam de ser vistos em oposição, passando a revelar a pluralidade, multiplicidade e dialogismo da linguagem. Trabalhar a partir dos conteúdos que os alunos já sabem, pensando o erro como parte de um processo de construção que olha prospectivamente, portanto acreditando e criando condições para que eles percorram o caminho que há pela frente, sem negar ou apagar as diferenças culturais, mas ampliando as possibilidades de uso da linguagem, é uma questão política pedagógica fundamental, quando se pensa em uma escola democrática. Nessa perspectiva, a recuperação será concomitante às atividades trabalhadas. Para tanto será utilizada uma variedade de instrumentos de avaliação. Todos esses instrumentos servirão de critérios para alcançar os objetivos propostos, fornecendo condições para que o professor analise, provoque, acione, raciocine, se emocione e tome decisões e providencia relação a cada aluno. 109 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKHTIN,Mikail. Questões de Estética e Literatura. São Paulo: Martins Fontes,1997. CEREJA, Roberto William; MAGALHÃES, Thereza Cochar. PORTUGUÊS/Linguagens – São Paulo: Editora Atual, 2009. GERALDI, João Wanderlei. O texto na sala de aula. Assoeste: 1985. PARANÁ:Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares, 2008. RAMOS. Jania M. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo Martins Fontes. 1997. SANTOS. M.F.O. Gêneros Textuais: Na Educação de Jovens e Adultos em Maceió, Maceió –AL, FAPEAL, 2004. TODOROV, T. Os gêneros do discurso. São Paulo, Martins Fontes, 1980. 110 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - MATEMÁTICA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna. É uma área do conhecimento essencial para o desenvolvimento atual da ciência e da tecnologia, considerada como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender às necessidades sociais e teóricas. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas. A matemática desenvolve a capacidade de discernimento do indivíduo e construção de valores e atitudes que visam a formação integral do ser humano. Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas e organizar, analisar e interpretar criticamente as informações. Compreender e usar ideias básicas de Matemática no seu dia-a-dia é um direito de todos os alunos, e não apenas daqueles que tem mais afinidade com o raciocínio lógico. A Matemática está presente em praticamente tudo, com maior ou menor complexidade. Perceber isso é compreender o mundo à sua volta e poder atuar nele. E a todos, indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de compreensão e atuação como cidadão. O Ensino da Matemática deve ter como desafio a busca de um currículo que possibilite ao estudante condições tanto de inserir no mundo do trabalho quanto uma formação humanística consistente, desempenhando seu papel de formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio do aluno, para que, pelo conhecimento do conteúdo matemático, possa apropriar-se de conhecimentos que possibilitam a capacidade de agir com autonomia suas relações sociais. Em conformidade com a Lei 11.645/08, serão contemplados conteúdos referentes a história e a cultura afro-brasileira, indígena e africana afim de trabalhar com as diversidades culturais explorando as diferenças étnico-raciais reconhecendo e valorizando as identidades, reforçando principalmente os elementos que caracterizam tais culturas garantindo seus direitos de cidadão. Desse modo, o ensino da Matemática implica na proposição de teorias e metodologias que possibilitem o aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e a condição de estabelecerem relações com experiências 111 anteriormente vivenciadas. Implica, portanto, na construção de conhecimentos com a intenção de solucionar problemas respondendo às exigências do contexto em que está inserido e não às expectativas do professor. Trata-se de pensar num processo de ensino, voltado para a construção dos conceitos e significados em Matemática. A educação matemática entendida desse modo terá como função desenvolver a consciência crítica do aluno, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Objetivos A finalidade da Educação Matemática deve ser de capacitar o estudante para: Aplicar conhecimentos matemáticos para compreender, interpretar e resolver situações-problema do cotidiano ou do modo tecnológico científico; estabelecer relações, conexões e integração entre os diferentes campos da matemática, para resolver problemas, interpretando-os de várias maneiras e sob diferentes pontos de vista; fazer arredondamentos e estimativas mentais de resultados aproximados; analisar e interpretar criticamente dados provenientes de problemas matemáticos, de outras áreas do conhecimento cotidiano; empregar corretamente os conceitos e procedimentos algébricos, incluindo o uso do importante conceito de função e de suas várias representações (gráficos, tabelas, fórmulas.); utilizar os conceitos e procedimentos de estatística e da probabilidade, valendo-se para isso da combinatória, em outros recursos; compreender a construção do conhecimento matemático como um processo histórico relacionado com as condições sociais, políticas e econômicas de determinada época; construir, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano, isto é, do homem público; elaborar possíveis estratégias para enfrentar os problemas levantados, buscando, se necessário novas informações e conhecimentos; compreender formas pelas quais a Matemática influencia nossa interpretação do mundo real; 112 reconhecer que uma mesma situação pode ser tratada através de diferentes instrumentos matemáticos, de acordo com suas características; quantificar e fazer previsões em situações aplicadas a diferentes áreas do conhecimento e da vida cotidiana; compreender e interpretar situações, para se apropriar de linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar conclusões próprias, tomar decisões; selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente; desenvolver a comunicação matemática, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas. CONTEÚDO ENSINO FUNDAMENTAL 6o ANO Números e Álgebra Sistema de numeração: Sistema de civilização do passado, nosso sistema de numeração indo-arábico; Números naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais. Grandezas e Medidas Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulo; Sistema monetário. 113 Geometrias Geometria plana; Geometria espacial. Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem. 7o ANO Números e Álgebra Números inteiros; Números racionais; Equação e inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples. Grandezas e Medidas Medidas de ângulos; Medidas de temperatura. Geometrias Geometria plana; Geometria espacial; Geometria não-euclidianas. Tratamento da Informação Pesquisa estatística; Média Aritmética; Moda e mediana; Juro simples. 8o ANO Números e Álgebra Números racionais e irracionais; Sistema de equações do 1º grau; 114 Potências; Monômios e polinômios; Grandezas e Medidas Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de ângulos. Geometrias Geometria plana; Geometria espacial; Geometria analítica; Geometria não-euclidianas. Tratamento da Informação Gráfico e informação; População e amostra. 9o ANO Números e Álgebra Números reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações irracionais; Equações biquadradas; Regra de três composta. Grandezas e Medidas Relações métricas do triângulo retângulo; Trigonometria no triângulo retângulo; Funções Noção intuitiva de função Afim; Noção intuitiva de função Quadrática. 115 Geometrias Geometria Plana (polígonos semelhantes, semelhança de triângulos); Geometria espacial; Teorema de tales; Geometria analítica; Geometria não-euclidiana. Tratamento da Informação Noções de análise combinatória; Noções de probabilidade; Estatística; Juros compostos. CONTEÚDO – ENSINO MÉDIO 1º ANO Números e Álgebra Números reais; Os conjuntos numéricos; A potenciação e a radiciação no conjunto de números reais; Introdução à teria do conjuntos; Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares. Grandezas e Medidas Medidas de informática; Medidas de Energia; Trigonometria. Funções Função Afim; Função quadrática; Função polinomial; Função exponencial; Função logarítmica; Progressão aritmética; Progressão geométrica; 116 Geometrias Geometria plana. Tratamento da Informação Estatística; Matemática financeira. 2ª ANO Números e Álgebras Sistemas lineares; Matrizes e determinantes; Grandezas e Medidas Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de grandezas vetoriais; Trigonometria. Funções Função trigonométrica; Função modular. Geometrias Geometria plana; Geometria. Tratamento da Informação Análise combinatória; Binômio de Newton; Estudo das probabilidades; Estatística; 3º ANO Números e Álgebras Números complexos; Polinômios. 117 Grandezas e Medidas Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de Informática; Medidas de energia. Funções Função polinomial; Função quadrática. Geometrias Geometria plana; Geometria analítica; Geometria espacial; Geometria não-euclidiana. Tratamento da Informação Estatística; Matemática financeira. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A Matemática deve ser compreendida como uma parcela do conhecimento humano essencial para a formação de todos os jovens, que contribui para a construção de uma visão de mundo, para ler e interpretar a realidade e para desenvolver capacidades que deles serão exigidas ao longo da vida social e profissional. Os procedimentos metodológicos expressam articulações entre os conteúdos específicos do mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos de conteúdos estruturantes diferentes, se forma que suas significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas. Ao organizar os conteúdos por eixos (números e álgebras, grandezas e medidas, geometria e tratamento de informação) é importante entender as especificidades de cada eixo. O professor deverá promover um ensino contextualizado, integrado a outros conhecimentos para a formação dos conceitos, criando estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. 118 É fundamental compreendermos que os problemas não são um conteúdo e sim uma forma de trabalhar os conteúdos. O professor deve ser um preparador de situações problemas que permitem aos alunos construção e compreensão dos conceitos, dando-lhes significados e a condição de estabelecerem relações com experiências anteriormente vivenciadas. A metodologia empregada pelo professor deve levar o aluno à leitura e troca de ideias sobre as situações estudadas, soluções dos problemas, e discussão dos resultados, pesquisa, enfoque histórico, para a verificação dos avanços das teorias e técnicas de cada assunto abordado: explorar vídeos co-relacionados aos conteúdos, recursos áudio-visuais e computacionais, trabalhamos com situações do “mundo real” que envolva matemática, sistematizar as conclusões por meio da linguagem matemática. O professor em sua prática deverá fazer uso dos recursos metodológicos variados tais como: modelagem matemática (a aprendizagem pode ser potencializada quando se problematizam situações do cotidiano); resolução de problemas (oportunidade do estudante de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos, desenvolvendo seu raciocínio); etnomatemática (reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático, permitindo o exercício da crítica e a análise da realidade das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais); jogos, recursos tecnológicos, história da matemática; trabalho em dupla ou em grupo; retomadas dos temas (garantem a memorização e re-elaboração dos conhecimentos adquiridos, que vão aprofundando a compreensão). desenvolvimento de atividades que aproximem a teoria e a prática; atividades com jornais e revistas (tratamento da informação); correção coletiva das avaliações, discutindo as dúvidas e as diversas formas de resoluções obtidas pelos alunos. AVALIAÇÃO A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como esta se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo – tanto para o professor e a equipe escolar conhecerem e analisarem os resultados de seu 119 trabalho como para o aluno verificar seu desempenho. A avaliação vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico torna-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino para que realmente o aluno aprenda. Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e compreensão dos avanços dos limites e das dificuldades dos alunos em atingir os objetivos da atividade de que participam. As relações de conhecimento produzidos na sala de aula estão intimamente ligadas às experiências adquiridas pelos alunos no convívio social. Uma prática avaliativa em Educação Matemática, precisa que o professor abra espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do aluno. Portanto, é fundamental o diálogo entre professores e alunos na tomada de decisões e questões relativas aos critérios utilizados para avaliar. É importante que as atividades propostas em sala de aula sejam avaliadas de modo que, considere todo o processo de construção do aluno, propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar seus conhecimentos, oralmente ou por escrito. A avaliação deve contemplar os diferentes momentos do processo de ensino e aprendizagem, e servir como instrumento que orienta a prática do professor e possibilita ao aluno sua forma de estudar. É necessário observar o processo de construção do conhecimento e para isso a avaliação deverá ser necessariamente diagnóstica. Por fim, as aulas de matemática devem conter entre seus vários aspectos, momentos para expor, explicar, conjecturar e questionar. As práticas avaliativas devem conter encaminhamentos diversos como a observação e a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes desse processo (aluno, professor, metodologia e instrumento de avaliação). Os instrumentos de avaliação devem servir como diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho e será um suporte para verificar a necessidade de uma nova metodologia. Assim, o objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo ensino-aprendizagem e coletar informações para corrigir possíveis distorções observadas nele. 120 Portanto, o professor deverá buscar diversos métodos avaliativos: formas escritas, orais e de demonstração; uso de materiais manipuláveis (régua, compasso, transferidor, calculadora, computador); observação e análise da produção do aluno individualmente ou em grupo; resolução de situações-problemas; participação ativa nas atividades propostas em sala de aula e principalmente o desenvolvimento do mesmo. Observação e registro; Ao avaliar o desempenho global do aluno, é preciso considerar os dados obtidos continuamente pelo professor a partir das observações que levem em conta os aspectos citados anteriormente e outros que possam traduzir seu aproveitamento. A observação permite ao professor obter informações sobre as habilidades cognitivas, as atitudes e os procedimentos dos alunos, em situações naturais e espontâneas. O processo de observação deve ser acompanhado de cuidadoso registro, com objetivos propostos e critérios bem definidos: Provas, testes, trabalhos, tarefas e outras atividades. Estes devem ser encarados como oportunidades para perceber os avanços ou dificuldades dos alunos em relação ao conteúdo em questão; conversas informais; estabelecer canais de comunicação entre professor e aluno. Conversando também se avalia o que os alunos estão aprendendo aproveitando para procurar soluções para as dificuldades. Auto-avaliação: É preciso que o aluno exercite a reflexão sobre seu próprio processo de aprendizagem e socialização. A determinação desses critérios deve ser flexível e levar em conta a progressão de desempenho de cada aluno e as características de cada classe. 121 REFERÊNCIAS DANTE, L. R. Matemática, volume único. São Paulo: Ática 2005. _______________ Tudo é Matemática. São Paulo: Ática 2009. GIOVANNI, Castrucci, Giovanni Jr. A conquista da Matemática. São Paulo: FTD 2005. GIOVANNI & BONJORNO, Matemática completa.São Paulo: FTD 2005. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. 2008. 122 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - QUÍMICA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A proposta do ensino de química é construir e reconstruir os significados dos conceitos científicos, pois não é uma ciência pronta e acabada, mas dinâmica e em constante transformação inserida dentro do contexto histórico, político, econômico, social e cultural vivenciado no momento em questão. Os conhecimentos científicos devem contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo, desenvolvendo o raciocínio, a capacidade de aprender através do domínio da norma culta da Língua Portuguesa com o uso das linguagens Matemática, Química, Artística e Científica. A importância da experimentação é fundamental, pois integra o trabalho prático com a argumentação teórica da sala de aula, fazendo com que o caráter investigativo da experimentação, auxilie o aluno a refletir criticamente e na explicitação, problematização e discussão dos conceitos químicos. Da mesma forma, relacionar os conteúdos com o dia a dia do estudante é imprescindível para um bom aprendizado, criando condições favoráveis e agradáveis para o ensino e aprendizagem, aproveitando a vivência do aluno, a tradição cultural e a mídia, contextualizando os conhecimentos científicos na sala de aula. Como a química deve estar inserida dentro do contexto-histórico-políticosocial, a interdisciplinariedade é muito importante. Portanto objetiva-se mediar um ensino de química investigativo, crítico, focado nas questões do dia a dia e argumentativo para formar um cidadão consciente para a vida, sabendo que a química é essencial para a mesma. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Matéria e sua natureza; Biogeoquímica; Química Sintética. CONTEUDOS BÁSICOS 1º ANO Conteúdos estruturantes Matéria e sua natureza Biogeoquímica 123 Química Sintética Matéria soluções ligação química, funções químicas gases 2º ANO Conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza Biogeoquímica Química Sintética Solução reações químicas velocidade das reações equilíbrio químico 3º ANO Conteúdos estruturantes: Matéria e sua Natureza Biogeoquímica Química Sintética Radioatividade Funções químicas ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS A abordagem teórico-metodológica mobilizará para o estudo da Química presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida. Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais 124 e transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos químicos serão explorados na perspectiva do Conteúdo Estruturante Matéria e sua natureza por meio de modelos ou representações. E é imprescindível fazer a relação do modelo que representa a estrutura microscópica da matéria com o seu comportamento macroscópico. Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém, para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas. Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem ser amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas químicas e modelos. O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado descritivamente ou classificatoriamente. Este conteúdo básico deve ser explorado de maneira relacional, por que o comportamento das espécies químicas é sempre relativo à outra espécie com a qual a interação é estabelecida. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO Nestas Diretrizes, a avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a avaliação formativa e processual, como resposta às históricas relações pedagógicas de poder, passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola. No modelo tradicional e positivista de ensino, a avaliação é tão somente classificatória, caracterizada pela presença de alunos passivos, submetidos às 125 provas escritas, explicitando uma relação de poder e controle do professor que verifica o grau de memorização de suas explanações pelo aluno. Por sua vez, aos alunos, restaria acertar exatamente a resposta esperada, única e absoluta. É necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os alunos, como direito que tem de acompanhar todo o processo. A avaliação leva em conta todo o conhecimento prévio do aluno, orientando e facilitando a aprendizagem, de forma a subsidiar e redimensionar o curso da ação do professor. Assim, a avaliação do aproveitamento escolar dos alunos, é dada de forma processual, diária e contínua, tendo caráter investigativo, de forma qualitativa e, não apenas, quantitativamente. É um instrumento para caracterizar se houve aprendizagem e se a metodologia está sendo adequada para respectiva turma. Para isso é usados os seguintes instrumentos: Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química; Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; Problematize a construção dos conceitos químicos; Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico. Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria; Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc; Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos 126 catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso; Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico; Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico; Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico; Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases; Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com a qual estabelece interação. Para isso são usados os seguintes instrumentos: Assiduidade e participação ativa; Escrita (individual e coletiva); Leitura e interpretação; Apresentação e entrega de trabalhos/pesquisa; Trabalhos práticos (individuais e coletivos) com revistas, jogos didáticos e exercícios propostos; Relatórios de aulas experimentais; provas objetivas; Outras atividades propostas. A recuperação será concomitante às atividades e avaliações realizadas. 127 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENABOU, J.; RAMANOSKI, M. Química: volume único. São Paulo: Atual, 2003. CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química na abordagem do cotidiano - Química geral e inorgânica: volume 1. São Paulo: Moderna, 1998. CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química na abordagem do cotidiano – Físico Química: volume 2. São Paulo: Moderna, 1998. CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química na abordagem do cotidiano - Química Orgânica: volume 3. São Paulo: Moderna, 1998. CANTO, E. L.; PERUZZO, T. M. Química: volume único. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2003. CUNHA, M. B. Jogos Didáticos de Química. Santa Maria: 2000. MATEUS, A . L. Química na Cabeça. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. SARDELA, A. Química – série Novo Ensino Médio: volume único. 5 ed. São Paulo: Ática, 2003. USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química Essencial: volume único. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2001. Vários Autores. Química – Ensino Médio: volume único. 1 ed. Curitiba: SEED –PR, 2006. CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Seed. Curitiba.2009. 128 PROPOSTA CURRICULAR – SOCIOLOGIA FUNDAMENTO TEÓRICO DA DISCIPLINA A sociologia possibilita a formação do educando numa perspectiva de compreensão da sociedade e das relações sociais, tornando-o construtor de conhecimentos e transformador da sociedade, reafirmando assim, sua cidadania. A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos e das sociedades. É um empreendimento fascinante e irresistível, já que o objeto de estudo é nosso próprio comportamento como seres sociais, além do estudo crítico reflexivo das transformações políticas, econômicas, tecnológicas e sociais. A sociologia mostra a necessidade de assumir uma visão mais ampla sobre o por que somos, como somos e por que agimos com agimos. Ela nos ensina que aquilo que encaramos como natural, inevitável, bom ou verdadeiro, pode não ser bem assim e que os “dados” de nossa vida são fortemente influenciados por forças históricas e sociais. Pensar sociologicamente é ser capaz de se libertar da imediatividade das circunstâncias pessoais e apresentar as coisas num contexto mais amplo. A sociologia como construção histórica e social, desempenha o papel desde sua constituição como conhecimento sistematizado, de contribuir para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social. A Sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades. O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e se sustenta em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu potencial explicativo. A ciência, dessa forma, pode ser mobilizado para a conservação ou transformação da sociedade, para a melhoria ou para a degradação humana. Como disciplina escolar, a Sociologia deve acolher essa particularidade – das diferentes tradições – e, ao mesmo tempo, recusar qualquer espécie de síntese teórica , assim como encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de métodos e rigor. O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, 129 descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial de o conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social. O ponto de partida da Sociologia foi à reflexão sobre as mudanças nas condições sociais, econômicas e políticas advindas desde os séculos XVIII e XIX. Três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber alicerçaram, e ainda alicerçam as concepções sociológicas contemporâneas. Cada uma a seu modo, elege conteúdos, temáticas, problemáticas, metodologias, concernentes ao contexto histórico em que foi construída, e buscam interpretar e dar respostas aos problemas da realidade social. A Sociologia busca reconstruir dialeticamente com o aluno do Ensino Médio os conhecimentos de que ele já dispõe, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa e mais que isso, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais cristalizadas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Os conteúdos estruturantes propostos são representativos dos grandes campos do saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção histórica. Os conhecimentos estruturantes da Sociologia são conhecimentos de grande amplitude conceitos e práticas que identificam e organizam campos de estudos considerados centrais e básicos para compreender os processos de construção social. Os conhecimentos sociológicos não podem ser estanques nem estudados em si mesmo, mas devem estar em contínuo diálogo com as transformações socioeconômicas, culturais e políticas do mundo contemporâneo. Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são: 130 1º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS. Conteúdos Básicos: ● O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas; ● O processo de socialização; ● Instituições Sociais: Familiares; Escolares; Religiosa; ● Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc). CONTEÚDO ESTRUTURANTE: CULTURAS E INDÚSTRIA CULTURAL Conteúdos Básicos: ● Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades. ● Diversidade cultural; ● Identidade ● Indústria Cultural; ● Meios de comunicação de massa; ● Sociedade de consumo; ● Indústria Cultural no Brasil; ● Questões de Gênero; ● Culturas Afro-brasileiras e Africana; ●Culturas Indígenas. 2° ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS. Conteúdos Básicos: ● O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; ● Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais; ● Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; ● Globalização e o Neoliberalismo; ● Relações de trabalho; ● Trabalho no Brasil. 131 CONTEÚDO ESTRUTURANTE: PODER, POLITICA E IDEOLOGIA Conteúdos Básicos: ● Formação e desenvolvimentos do Estado Moderno; ● Democracia, Autoritarismo, Totalitarismo; ● O Estado no Brasil; ● Conceitos de poder; ● Conceitos de ideologia; ● Conceitos de dominação e legitimidade; ● Expressões da violência nas sociedades contemporâneas. 3°ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS Conteúdos Básicos: ● Direitos: civis, políticos e sociais; ● Direitos humanos; ● Conceito de cidadania; ● Movimentos sociais; ● Movimentos sociais no Brasil; ● A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; ● A questão das ONG’s. METODOLOGIA No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a explicação, a leitura e esclarecimentos dos significados e conceitos, da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, discussão, pesquisa de campo e bibliográfica ou outros. O aluno do Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária e em sua diversidade cultural, isto é, além de importantes aspectos como a linguagem, interesses pessoais e profissionais e necessidade materiais, deve-se ter em vista as peculiaridades da região em que a escola esta inserida e a origem social do aluno, para que os conteúdos trabalhados e a metodologias escolhidas respondam as 132 demandas desse grupo social. Apreender a pensar a sociedade em que vivemos e consequentemente, agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo em uma atitude ativa e participativa. O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, e que este seja constantemente provocado a relacionar a teoria como o vivido, a rever conhecimento e a reconstruir coletivamente novos saberes, questionando a existência de verdades absolutas, sejam elas de compreensão do cotidiano, ou na constituição da ciência, percebendo que a realidade social é histórica e socialmente construída, desnaturalizando ações que se estabelecem na sociedade, tornando-se um sujeito capaz de compreender a sua realidade imediata, mas que também perceba o que se estabelece além dela. Através do processo de descoberta, investigação, reflexão, meditação, contemplação, vamos identificando a razão de nós sermos o que somos e de por que as coisas que nos rodeiam são do modo que são. Portanto a verdadeira responsabilidade, passa pelo caminho da consciência e da liberdade, sendo portanto, a consciência que conduz a liberdade, e a consciência e a liberdade que conduzem à responsabilidade. Os conteúdos da disciplina de Sociologia serão trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar, tendo em vista a complexidade dos fenômenos sociais existentes na atualidade, os assuntos serão abordados através de diferentes recursos como: Recursos áudio visuais, leitura de livros, textos, artigos, jornais e revistas, pesquisas de campo, onde a proposta deve ser o levantamento de dados articulados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno colocando-o como sujeito de seu aprendizado, propiciando uma articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematização e contextualizações propostas permitindo que o conhecimento sociológico seja construído justamente com outras disciplinas que compõem a grade curricular do ensino médio. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÂO DE ESTUDOS A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no processo pedagógico. 133 A avaliação será um processo constante na prática da disciplina em que são considerados vários aspectos da aprendizagem, mas ressaltamos que serão ministradas: ● Avaliações quantitativas, qualitativas individuais – que tragam o diagnóstico do conhecimento do aluno; ● Trabalhos de pesquisa e exploração de conteúdo em grupo; ● Participação nas atividades em sala de aula; ● Seminários e debates. A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência na explicação das idéias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os problemas sociais, iniciativa e autonomia para tomar atitudes a serem defendidas de forma criativa, para rever praticas de acomodação e sair do senso comum, poderão ser adotadas como ações avaliativas. A recuperação de estudos será realizada de forma concomitante às atividades e as avaliações solicitadas. 134 BIBLIOGRAFIA ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Brasiliense, 1994. BOURDIEU, P.; PASSERON, J. C. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975. DURKHEIM, E. Da divisão social do trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1994. ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Ática, 1978, V. 1 e 2. FOUCALR. M. Vigiar e punir: nascimento da prisão; Petrópolis: Vozes, 1983. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 8 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986. IANNI, O. Neoliberalismo e neosocialismo. In: IANNI, Octavio. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1996. MARX, K. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1994. ROUSSEAU, J. L. Do contrato social. São Paulo: Nova Cultura, 1999. V. 1. WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 15 ed. São Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciência Sociais, 2000. Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia.
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