Águas das serras de Aire e Candeeiros desaproveitadas
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Águas das serras de Aire e Candeeiros desaproveitadas
24 de Abril de 2005 - 14h13 Edição Impressa Última Hora Olá Brilha - Página pessoal - Logout ED. 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Esta foi uma das conclusões de um colóquio realizado em Torres Novas. O subsolo calcário e bastante permeável da região é o segundo maior recurso hídrico renovável do país - logo a seguir ao do vale do Tejo mas o seu quase completo desaproveitamento pode vir a ser dramático. Os estudos para o aproveitamento do enorme aquífero cársico estão feitos há anos e existe um projecto para o seu aproveitamento assinado por 18 entidades da região, mas nem a profunda seca que o país atravessa conseguiram até agora resolver o problema por falta de financiamento. "Está a ser difícil vender este projecto", afirmou num debate realizado sexta-feira à noite, Maria de Jesus Fernandes, técnica superior do PNSAC. Mas o grande aquífero do parque esbarra ainda com problemas relacionados com a indefinição da sua gestão e com a vulnerabilidade às fontes de contaminação. É que os lençóis de água subterrânea estendemse ao longo dos 75 mil hectares do maciço calcário estremenho, mas a protecção e fiscalização às fontes de poluição da água, que depois se infiltra para o subsolo, apenas se faz nos 39 mil hectares que incluem o PNSAC. "Há resíduos das indústrias, como por exemplo dos curtumes, que são lançados nos algares [fendas nas rochas calcárias] e vão por aí abaixo até às zonas mais profundas onde circula a água. Além disso também há contaminações com os esgotos das habitações, já que em alguns casos há povoações sem saneamento público, com restos de pesticidas e até com porcos, burros e cães mortos ou mesmo com hidrocarbonetos ou gorduras provenientes dos lagares", afirmou Carlos Costa Almeida, geólogo e aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Duas comissões regionais Costa Almeida nota que em toda a região cársica a qualidade da água subterrânea não pode ser apenas defendida nas serras de Aire e Candeeiros, mas também mais a norte, quer no planalto de Fátima, quer mesmo na serra de Sicó, que estão excluídos da área protegida. "Há também um problema na sua gestão. Hoje a gestão dos recursos hídricos faz-se com base nos chamados planos de bacia. Ora, nesta região do PNSAC, há a bacia do Tejo, gerida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo de um lado, e a bacia do rio Lis, gerida pela comissão homóloga do Centro, do outro lado", observa Costa Almeida. O geólogo alerta ainda que se devia desenvolver "uma estratégia para aumentar a capacidade de retenção e regulação das reservas" do aquífero, evitando que "o grande manancial de água criado nas épocas de recarga [chuvas mais intensas] saia logo a seguir", sem qualquer proveito. "O maciço está todo furado com algares, grutas e lapiás (rochas esburacadas existentes à superfície) e a verdade é que ele vai evoluindo ao longo do tempo", nota Costa Almeida, que acrescenta: "Actualmente tem havido uma concentração da água que sai do maciço sobretudo pelas nascentes dos rios Almonda e Alviela, que vão para o Tejo, e do rio Lis, que vai para o Atlântico". O investigador adianta ainda que se estima que o conjunto das três nascentes drena anualmente um caudal médio de entre 300 a 350 milhões de metros cúbicos de água. Manuel Fernandes Vicente EDIÇÃO IMPRESSA Bento XVI recebe hoje no Vaticano os símbolos do papado Cardeais confirmam documento sobre divorciados Papa promete continuar o diálogo com os jornalistas Secções Últimos 7 dias SUPLEMENTOS Pública Aventuras e desventuras de pescadores que embarcam em portos alheios A lenta integração das famílias de pescadores que migraram para o País Basco GUIA DO LAZER CONCERTOS Guia do Lazer online Festa da Música 2005 FESTIVAIS Festival Galp Energia Ao Vivo EXPOSIÇÕES A Storybook Life CINECARTAZ Cinecartaz online ESTREIA DA SEMANA A Queda - Hitler e o Fim do Terceiro Reich Veja as escolhas dos críticos do PÚBLICO Newsletters Pesquisa INTERACTIVOS Bússola Política Inquéritos Trânsito Horóscopos Fóruns SERVIÇOS Meteorologia Lotarias Diário da República Pesquisa PROJECTOS Eixo Atlântico SimWeb Painel Público/IDC Troféu Público/RTP Público na Escola Público/Gradiva Nós Contactos Ficha Técnica Mapa do Site Os nossos Sites Livro de Estilo Provedor do Leitor Assinaturas Publicidade GALERIA Arte Viagens Leilões . publico.pt edição impressa última hora desporto guia do lazer banda desenhada cinecartaz tvzine emprego dossiers ecosfera calvin bartoon tempo horóscopo publicidade ficha técnica nós contactos © 2004 PUBLICO Comunicação Social SA / Direcção editorial: José Manuel Fernandes © 2004 PUBLICO.PT, Serviços Digitais Multimédia SA / Direcção editorial: José Vítor Malheiros - Webmaster - Publicidade
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