Programa Director de Inovação, Competitividade e
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Programa Director de Inovação, Competitividade e
Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (PD-ICE) para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (DUECEIRA) SUMÁRIO EXECUTIVO Sociedade Portuguesa de Inovação Abril 2007 120-06-CO i Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) SUMÁRIO EXECUTIVO No actual contexto Europeu, num ambiente e mercados sem fronteiras, a criação e implementação de estratégias baseadas na inovação é, seguramente, o caminho que permite gerar riqueza e desenvolvimento. A responsabilidade da implementação destas estratégias tem vindo a deslocar-se gradualmente do nível nacional para o regional e local, em consequência do reconhecimento da necessidade de adaptação das directivas nacionais às realidades e singularidades de cada território. O território da Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (DUECEIRA), localizado na NUT III Pinhal Interior Norte, abrange os municípios da Lousã, Penela, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares. Com uma localização estratégica favorável, devido à proximidade a Coimbra e aos eixos de mobilidade nacional, o território da DUECEIRA tem vindo a registar um progressivo crescimento populacional. Acompanhando o crescimento populacional, assinala-se o aumento do nível de ensino da população e o aumento dos postos de trabalho no sector terciário e secundário. Esta dinâmica positiva contraria o panorama demográfico sub-regional e confere ao território da DUECEIRA uma estrutura socio-económica forte e competitiva. Consciente deste cenário sociodemográfico favorável, e das assimetrias ainda existentes no seu território, a DUECEIRA tem vindo a posicionar-se para os novos desafios, apostando em áreas essenciais para o desenvolvimento futuro, como são a educação, a cidadania, o apoio social e a qualidade de vida. Reconhecida a importância de definir uma estratégia local sustentada, centrada na Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, criando vantagens competitivas com base nos factores diferenciadores do seu território e em parcerias estratégicas, e explorando eficazmente as oportunidades existentes, a DUECEIRA tomou a iniciativa de elaborar o Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (PD-ICE), tendo para essa finalidade contratado os serviços da Sociedade Portuguesa de Inovação, S.A. (SPI), que muito se orgulha de contribuir para esta nova fase de desenvolvimento do Território, em alinhamento com a Estratégia de Lisboa. ii Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) O objectivo geral da elaboração do PD-ICE da DUECEIRA consiste, através de um processo partilhado, mobilizador e inspirado nas melhores práticas disponíveis (nacionais e internacionais), na identificação e envolvimento dos agentes locais na concepção de apostas estratégicas, indicadores de sucesso e carteiras de projectos estruturantes a desenvolver ao nível do território em análise, nas áreas da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (ICE). A elaboração do PD-ICE da DUECEIRA implicou o desenvolvimento de quatro fases: FASE 1 – Diagnóstico FASE 2 – Definição de Posicionamento / Indicadores de Sucesso FASE 3 – Definição de Objectivos / Acções FASE 4 – Apresentação e Validação do PD-ICE A metodologia definida implicou um trabalho minucioso de recolha de dados, através da realização de workshops, entrevistas, mergulho no território, reuniões de trabalho, estudos de caso dos Concelhos, pesquisa bibliográfica e estatística e análise de boas práticas a nível nacional e internacional. O envolvimento da parte da SPI e das forças vivas locais na realização do presente projecto pode ser resumido através de um conjunto de indicadores de execução, resumido e ilustrado na Tabela I. iii Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela I. Indicadores de execução do projecto. INDICADORES DE PROJECTO N.º Total Eventos 62 Agentes Locais > 200 Consultores SPI Fontes de Informação Consultadas Sites Consultados 9 Tipo de Evento • • • • • • 4 Mergulhos no Território 40 Entrevistas 7 Workshops Mergulho no Território Entrevistas Workshops - > 100 - > 200 - No âmbito deste PD-ICE, foram também analisadas boas práticas internacionais em estratégias e projectos locais e regionais de diversos territórios. Estas estratégias e projectos foram seleccionados de acordo com critérios especificamente relacionados, entre outros, com a estrutura económica e sociodemográfica, as características territoriais e económicas e os níveis de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, para que a sua análise permitisse a identificação de contributos relevantes para o PD-ICE da DUECEIRA. Assim sendo, foram seleccionadas, entre outras, estratégias de desenvolvimento do Município/Região de Kardinska (Grécia) e da região de East England (Reino Unido) e projectos em Rhône-Alpes (França), Western Greece (Grécia) e nas Canárias (Espanha). Tendo por base o conhecimento da realidade local e dos contextos nacional e internacional, foi realizada uma análise SWOT, identificando pontos fortes, áreas de melhoria, oportunidades e ameaças. Desta análise resulta a consciência de que o território da DUECEIRA deverá distinguir-se pelas complementaridades entre os seus concelhos, tirando partido das singularidades numa clara aposta de estímulo à consolidação de uma base económica inovadora. Este novo desígnio implica uma mudança profunda na cultura organizacional e na orientação do rumo de desenvolvimento. Tal mudança, já iniciada, deve operar-se nas lógicas funcionais e organizacionais, através da difusão de uma cultura de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo e do trabalho concertado entre instituições de ensino e I&D, tecido empresarial, administração pública e sociedade civil, com uma iv Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) aposta clara nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) enquanto ferramenta de difusão e gestão do conhecimento. A estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo que se propõe para o território da DUECEIRA assume a seguinte Visão: “Dueceira – criar e acolher : pontes de aproximação supramunicipal, cruzando serras e vales.” Esta Visão assume a diversidade local como vantagem competitiva para o futuro desenvolvimento intermunicipal. Pretende-se portanto enfatizar as mais-valias associadas aos contextos socioeconómicos dos quatro Concelhos, tirando partido destas para gerar e potenciar factores diferenciadores e dinamizar a base económica, aproximando-os dentro de lógicas de verdadeira parceria. A Visão estratégica para a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo do território da DUECEIRA desdobra-se depois e suporta-se em três linhas de orientação estratégica: I. Reforçar o capital social, investindo na educação e qualificação como factores de competitividade, considerando as prioridades de abrir a “escola” ao meio envolvente, fomentar o fluxo de informação sobre as novas necessidades do tecido empresarial e as novas tecnologias de acesso à informação e fomentar a cooperação institucional; II. Consolidar funções diferenciadas e diferenciadoras que valorizem a floresta enquanto sector económico de interesse estratégico ,considerando dois grandes domínios de intervenção: a sensibilização e educação ambiental e a investigação e desenvolvimento ligados à produção, prevenção e combate de riscos e à transformação de produtos derivados; III. Planear o desenvolvimento sustentado dos sectores estratégicos com base nos recursos e na identidade local, promovendo a cooperação e as parcerias entre agentes de desenvolvimento local e instituições de Investigação e v Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Desenvolvimento (I&D), considerando como sectores estratégicos e prioritários as indústrias associadas aos produtos endógenos e ao turismo. A concretização da Visão e linhas de orientação estratégica apontadas depende da mobilização de recursos em três domínios de acção: pessoas, sectores estratégicos e infraestruturas, sendo evidente que o sucesso do PD-ICE depende da capacidade de os organizar em torno de objectivos e projectos mobilizadores, conducentes a resultados convenientemente monitorizados, alimentadores de ciclos de melhoria (Figura 1). Gestão de Meios Gestão de Resultados PESSOAS SECTORES ESTRATÉGICOS RESULTADOS INTEGRADOS INFRA-ESTRUTURAS Melhoria Acompanhamento Figura I. Modelo unificador da estratégia. A concretização da estratégia de Inovação Competitividade e Empreendedorismo será efectuada de modo transversal às três linhas estratégicas, através da implementação de um conjunto de projectos mobilizadores. Esta carteira de projectos tenta dar resposta à necessidade de criação de condições para fomentar a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, tendo sido utilizados, como fonte de inspiração, alguns exemplos de boas práticas, nacionais e internacionais, devidamente documentados. A apresentação dos projectos mobilizadores é organizada nos três domínios de acção identificados – pessoas, sectores estratégicos e infra-estruturas, tendo sido definidas matrizes de impactos dos projectos sobre as linhas de orientação estratégica e dos projectos sobre os indicadores de sucesso. Uma listagem da carteira de projectos mobilizadores propostos é resumida na Tabela II. vi Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela II. Carteira de Projectos Mobilizadores. N.º Designação do Projecto Sigla Domínio EDUCAR Pessoas For-ICE Pessoas INTEGRAR Pessoas IDEIAS Pessoas Gestão e acompanhamento de Programas P1 Educativos para a Promoção de uma Cultura de Valores Estratégicos Formação para a Inovação, Competitividade e P2 Empreendedorismo Programa de intervenção para a prevenção da P3 exclusão e abandono escolar Promoção da cidadania - Sistema de recolha P4 de Ideias Estratégia Intermunicipal para as Energias P5 Renováveis P6 Programa Intermunicipal para o Turismo P7 Rede de Competências do Sector Florestal Rede de Competências para a valorização dos P8 produtos endógenos EMERG PIMT Sectores Estratégicos Sectores Estratégicos Ciclo da Sectores árvore Estratégicos VALOR Sectores Estratégicos Apoio à Qualificação e Inovação – Rede de P10 espaços e actividades para a divulgação e AQUI Infra-estruturas RUA Infra-estruturas BEL Infra-estruturas BICE Transversal comercialização dos produtos endógenos P11 P12 P13 Rede de Acessibilidades Urbanas Portal de apoio à dinamização da Base Económica Local Barómetro de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Os projectos apresentados prevêem o envolvimento de um conjunto alargado de entidades do território da DUECEIRA e da Região (autarquias, tecido empresarial, instituições de ensino e formação, instituições de I&D, associações de municípios, sociedade civil e associações de desenvolvimento), num conjunto de acções imateriais, tendo em vista o desenvolvimento de competências e o estabelecimento de redes de cooperação. Desta forma dá-se prioridade, por um lado, a acções de educação, sensibilização e formação em Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, que permitam dotar a DUECEIRA de capital vii Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) humano capaz de liderar e contribuir para o processo de desenvolvimento e, por outro lado, a acções de criação de redes de cooperação, que fomentem a partilha de conhecimento, tecnologias e outros recursos. As iniciativas propostas não deixam de considerar igualmente a necessidade de criação de novas infra-estruturas, geradoras de um ambiente facilitador do desenvolvimento local. No domínio das pessoas são propostos quatro projectos, que dão um enfoque especial à educação dos mais novos para uma cultura de valores estratégicos, à formação e qualificação da população e à captação de recursos humanos qualificados. O Projecto IDEIAS proporciona um instrumento de participação por excelência de toda a comunidade, que se pretende participativa, na construção do futuro e melhoria do território. No domínio dos sectores estratégicos são sugeridos quatro projectos, que fomentam a cooperação e as redes de transferência do conhecimento, com enfoque nas áreas que devem ser prioritárias na consolidação da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo no Concelho – floresta, energias renováveis, turismo e produtos endógenos. No domínio das infra-estruturas apresentam-se três projectos, sendo que um deles propõe a criação de espaços físicos de suporte à divulgação da economia local baseada na identidade e produtos endógenos. É proposto também um projecto relacionado com a rede de acessibilidades, e o terceiro projecto é suportado por TIC, visando a criação de um portal de suporte à dinâmica económica local. O Barómetro de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo é um projecto transversal, que visa a criação, gestão e actualização de uma bateria de indicadores (ver Tabela III), e sua análise periódica, como forma de monitorização e avaliação do sucesso alcançado na implementação da estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo na DUECEIRA. viii Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela III. Bateria de indicadores de sucesso para monitorização de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo no território da DUECEIRA. INDICADOR 1 2 3 4 5 Nível de instrução da população Abandono escolar (no 3º ciclo e na passagem do 3º ciclo para o secundário) Médias de classificação em exames nacionais Número de iniciativas relacionadas com a educação, sensibilização e formação para a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Número de sociedades comerciais criadas em sectores estratégicos (floresta, produtos endógenos, turismo) 6 Número de novos postos de trabalho criados nos sectores estratégicos 7 Número de entidades e de produtos endógenos certificados 8 Número de eventos nas áreas do desporto, cultura e turismo 9 investigação / outras entidades do Sistema Científico e Tecnológico Número de parcerias com outras empresas, universidades / centros de Nacional (SCTN) 10 Número de empresas e organizações com site na Internet 11 Número de recuperações nas Aldeias de Xisto 12 Número de iniciativas supramunicipais 13 População residente 14 Número de desempregados 15 Índice de satisfação dos munícipes 16 Indicador do poder de compra 17 Índice de satisfação dos colaboradores 18 Índice de satisfação dos investidores 19 Índice de satisfação dos turistas 20 Número de turistas e estadia média Como corolário do trabalho executado, é definida, de modo pragmático, a estrutura de gestão e acompanhamento do PD-ICE da DUECEIRA que se propõe, visando com isso ajudar a alcançar o posicionamento e os objectivos estratégicos identificados, através de uma eficaz gestão da sua implementação. A estrutura de gestão e acompanhamento do PD-ICE da DUECEIRA deverá ser composta por uma Comissão de Acompanhamento Estratégico, um Conselho Consultivo e quatro Unidades de Apoio centradas em cada um dos concelhos. ix Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) O sucesso da estrutura de gestão e acompanhamento do PD-ICE pressupõe: • A existência de uma equipa empenhada, competente e capaz de envolver e mobilizar representantes de forças vivas; • A liderança da DUECEIRA, suportada por fortes parcerias internas e externas, públicas e privadas, com especial importância as parcerias com as autarquias que a constituem; • A implementação de rotinas de controlo, monitorização e evolução articulada, individual, sectorial e agregada do PD-ICE, com actualizações periódicas (trimestrais) de progresso e a mobilização de todos os residentes neste território para a implementação efectiva do PD-ICE, mantendo-os envolvidos, constantemente entusiasmados e com vontade de participar activamente na sua concretização. Coimbra, Abril de 2007 A Sociedade Portuguesa de Inovação, S.A. x Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) AGRADECIMENTOS Gostaríamos de agradecer a todas pessoas e entidades que generosamente se disponibilizaram para a discussão de temas relevantes para o Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça, contribuindo com a sua visão para uma análise multifacetada da realidade e facilitando significativamente a reflexão que conduziu ao presente documento. xi Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................................................................. II AGRADECIMENTOS ..................................................................................................................... XI 1. OBJECTIVOS DO PROJECTO ................................................................................................. 1 2. METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROJECTO.................................................................. 2 2.1 Metodologia............................................................................................................................... 2 2.2 Indicadores de execução do projecto ........................................................................................ 4 3. ENQUADRAMENTO.................................................................................................................. 5 3.1 3.1.1 3.1.2 Enquadramento Supramunicipal .............................................................................................. 5 Contexto Administrativo – Dinâmicas Institucionais.......................................................................................5 Contexto Territorial ................................................................................................................................................8 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.2.5 3.2.6 Enquadramento Municipal ......................................................................................................16 Divisões administrativas e Principais Características Físicas do Território.................................................16 Indicadores demográficos ....................................................................................................................................17 Educação e Recursos Humanos..........................................................................................................................19 Dinâmica Económica............................................................................................................................................22 Ambiente Urbano e Qualidade de Vida ............................................................................................................31 Dinâmica Associativa............................................................................................................................................34 4. INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE E EMPREENDEDORISMO NO TERRITÓRIO DA DUECEIRA .................................................................................................................................... 37 4.1 Abordagem local | Métodos de recolha de informação ...........................................................37 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.2.4 4.2.5 Análise SWOT ..........................................................................................................................42 Contributos dos workshops de diagnóstico......................................................................................................42 Pontos fortes ..........................................................................................................................................................45 Áreas de Melhoria..................................................................................................................................................47 Oportunidades .......................................................................................................................................................49 Ameaças ..................................................................................................................................................................51 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.3.4 Estudos de caso ........................................................................................................................54 Município da Lousã...............................................................................................................................................54 Município de Miranda do Corvo ........................................................................................................................56 Município de Penela..............................................................................................................................................57 Município de Vila Nova de Poiares....................................................................................................................60 5. ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE E EMPREENDEDORISMO................ 62 xii Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 5.1 Introdução ................................................................................................................................62 5.2 Visão .........................................................................................................................................65 5.3 Linhas de Orientação Estratégica ............................................................................................67 5.3.1 Reforçar o capital social, investindo na educação e qualificação como factores de competitividade ....69 5.3.2 Consolidar funções diferenciadas e diferenciadoras que valorizem a floresta enquanto sector económico de interesse estratégico .................................................................................................................................71 5.3.3 Planear o desenvolvimento sustentado dos sectores estratégicos com base nos recursos e identidade local ...............................................................................................................................................................................74 5.3.4 Síntese ......................................................................................................................................................................76 6. MONITORIZAÇÃO DO PD-ICE ............................................................................................... 78 7. CONCRETIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – PROJECTOS MOBILIZADORES.......................... 82 7.1 Carteira de projectos.................................................................................................................82 7.2 7.2.1 7.2.2 7.2.3 7.2.4 Boas Práticas | Exemplos Inspiradores ................................................................................. 116 Estratégias locais e regionais............................................................................................................................. 117 Projectos............................................................................................................................................................... 125 Entidades “produtoras de conhecimento” .................................................................................................... 128 Investigação ......................................................................................................................................................... 131 8. ESTRUTURA DE GESTÃO E ACOMPANHAMENTO DO PD-ICE ...................................... 132 8.1 Condicionantes a ter em consideração para a implementação do PD-ICE ........................... 139 8.2 Estrutura de Acompanhamento e Gestão............................................................................... 140 9. EQUIPA SPI ........................................................................................................................... 143 10. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................... 148 10.1 Relatórios e Artigos ................................................................................................................ 148 10.2 Internet ................................................................................................................................... 154 10.3 Outra bibliografia consultada................................................................................................. 155 xiii Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Objectivos do PD-ICE. .........................................................................................................................................1 Figura 2: Enquadramento territorial da DUECEIRA ao nível de NUT II (Região Centro) e NUT III (Pinhal Interior Norte)..........................................................................................................................................................................5 Figura 3: Plano Rodoviário Nacional 2000, Distrito de Coimbra...................................................................................9 Figura 4: Soluções alternativas do estudo prévio do IC3................................................................................................11 Figura 5: Área de implementação do Metro Mondego. ..................................................................................................12 Figura 6: Rede de infra-estruturas tecnológicas no sistema nacional de inovação. ....................................................15 Figura 7: Divisão administrativa do território da DUECEIRA.....................................................................................16 Figura 8: Paisagem natural nos municípios da DUECEIRA. ........................................................................................16 Figura 9: Estimativas populacionais no território da DUECEIRA. .............................................................................18 Figura 10: População residente por nível de ensino em 1991 e 2001...........................................................................20 Figura 11: Estabelecimentos de ensino no território da DUECEIRA.........................................................................21 Figura 12: Unidades empresariais de referência no território da DUECEIRA. .........................................................28 Figura 13: Localização das zonas industrias no território da DUECEIRA.................................................................30 Figura 14: Zonas Industriais no território da DUECEIRA. ..........................................................................................30 Figura 15: Espaços urbanos no território da DUECEIRA. ...........................................................................................32 Figura 16: Modelo urbano característico do território da DUECEIRA. .....................................................................33 Figura 17: Território da DUECEIRA. ...............................................................................................................................34 Figura 18: Território da DUECEIRA como entidade gestora do Programa LEADER+ELOZ. ..........................35 Figura 19: Síntese da análise SWOT da DUECEIRA.....................................................................................................53 Figura 20: Interacção de domínios para a definição e implementação de uma estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. ............................................................................................................................62 Figura 21: Relação entre concentração de sectores de actividade (cluster) e intensidade de investigação.............63 Figura 22. Níveis de Definição da Estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo.....................64 Figura 23: Sinergias entre agentes para a valorização da educação e formação..........................................................70 Figura 24: Ciclo de valorização do cluster florestal. ........................................................................................................73 Figura 25: Determinação de sectores estratégicos. ..........................................................................................................74 Figura 26: Modelo unificador da estratégia ICE. .............................................................................................................76 Figura 27: Enquadramento dos indicadores de sucesso no modelo unificador da estratégia ICE. ........................81 Figura 28: Projectos mobizadores.......................................................................................................................................85 Figura 29: O papel dos projectos mobilizadores no modelo unificador da estratégia...............................................85 Figura 30: Estrutura de Gestão e Acompanhamento do PD-ICE da DUECEIRA............................................... 141 xiv Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Cronograma de realização do projecto...............................................................................................................3 Tabela 2: Indicadores de execução do Projecto. ................................................................................................................4 Tabela 3: Interacções geográficas a potenciar.....................................................................................................................8 Tabela 4: População residente no território da DUECEIRA e NUT III (1981, 1991 e 2001)................................17 Tabela 5: População residente por grupos etários em 1991 e 2001 e respectiva variação. .......................................19 Tabela 6: Taxa de Analfabetismo em 1991 e 2001...........................................................................................................19 Tabela 7: Indicador do poder de compra per capita e factor de dinamismo. ................................................................23 Tabela 8: População empregada por sector de actividade no território da DUECEIRA e NUT III.....................24 Tabela 9: Taxas de desemprego e actividade em 1991 e 2001. ......................................................................................24 Tabela 10: Desemprego registado na DUECEIRA segundo o género, tempo de inscrição e situação face à procura de emprego...............................................................................................................................................................25 Tabela 11: Empresas e Sociedades com sede no território da DUECEIRA segundo o CAE-Rev. 2....................26 Tabela 12: Pessoal ao serviço das sociedades com sede no território da DUECEIRA segundo o CAE-Rev. 2..26 Tabela 13: Volume de vendas nas sociedades com sede no território da DUECEIRA (milhares de Euros). ......26 Tabela 14: Volume de vendas nas sociedades da indústria transformadora com sede no território da DUECEIRA (milhares de Euros). .....................................................................................................................................27 Tabela 15: Entidades e Individualidades Entrevistadas. .................................................................................................38 Tabela 16: Locais visitados durante o “mergulho no território”...................................................................................39 Tabela 17: Estudos de Caso. ................................................................................................................................................41 Tabela 18. Resumo dos pontos fortes e áreas de melhoria listados nos workshops. ................................................42 Tabela 19. Principais Acções a Promover no território da DUECEIRA. ...................................................................44 Tabela 20: Bateria de indicadores de sucesso para monitorização do PD-ICE..........................................................78 Tabela 21: Matriz de impactos dos indicadores de sucesso sobre as linhas de orientação estratégica. ..................80 Tabela 22: Síntese dos Projectos Mobilizadores que integram os Programas Directores de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo dos municípios da DUECEIRA...................................................................84 Tabela 23: Tipologia de projectos de acordo com o papel da DUECEIRA na sua implementação......................86 Tabela 24: Matriz de impactos de projectos mobilizadores sobre as linhas de orientação estratégica...................86 Tabela 25. Matriz de impactos dos projectos mobilizadores sobre os indicadores de sucesso. ..............................87 Tabela 26. Classificação dos projectos de acordo com a sua estimativa orçamental. ................................................88 Tabela 27: Identificação de forças vivas locais, parceiros Nacionais e Internacionais relevantes para a implementação do PD-ICE. ............................................................................................................................................. 133 xv Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 1. OBJECTIVOS DO PROJECTO O objectivo geral da elaboração de um Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (PD-ICE) consiste, através de um processo partilhado, mobilizador e inspirado nas melhores práticas disponíveis (nacionais e internacionais), na identificação e envolvimento dos agentes locais na concepção de apostas estratégicas, indicadores de sucesso e carteiras de projectos estruturantes a desenvolver ao nível do território em análise, nas áreas da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (ICE) (ver Figura 1). Participação de Forças Vivas Locais REFLEXÃO ESTRATÉGICA Boas práticas Nacionais e Internacionais de ICE PD-ICE Apostas Estratégicas Indicadores de Sucesso Carteira de Projectos Mobilizadores Figura 1: Objectivos do PD-ICE. Pretende-se portanto determinar como a estratégia e as acções direccionadas para a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo podem vir a ser um motor do desenvolvimento local e competitividade territorial, nomeadamente ao nível de alguns sectores e subsectores de actividade, tidos como estruturantes ou de maior potencial. O trabalho aqui apresentado é focalizado na realidade específica da Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA), suportado por uma análise das oportunidades de fomentar a inovação, competitividade e empreendedorismo no seu território, e procurando o enquadramento adequado no rumo definido pelas prioridades do próximo período de programação financeira (2007-2013). 1 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2. 2.1 METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROJECTO Metodologia A elaboração do Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a DUECEIRA implicou o desenvolvimento de quatro fases: FASE 1 – Diagnóstico FASE 2 – Definição de Posicionamento / Indicadores de Sucesso FASE 3 – Definição de Objectivos / Acções FASE 4 – Apresentação e Validação do PD-ICE A exequibilidade destas fases foi garantida por uma equipa de consultores da SPI com valências associadas às áreas temáticas consideradas fundamentais para o projecto, nomeadamente: Planeamento Regional e Urbano; Inovação e Competitividade; Formação e Qualificação de Recursos Humanos; Estratégia Organizacional; Promoção de Parcerias e Alianças Estratégicas; e Programas de Financiamento. A metodologia definida envolveu a interacção da equipa da SPI nas diferentes fases com a DUECEIRA e com interlocutores locais das mais variadas áreas de actividade social ou económica, o que permitiu definir um programa compatível com as realidades e necessidades locais (ver Tabela 1). 2 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 1: Cronograma de realização do projecto. Semana 1 Tarefa 1.1. Recolha de informação relevante Tarefa 1.2. Identificação de forças vivas Tarefa 1.3. Workshop diagnóstico Workshop 1 Workshop 2 Tarefa 1.4. Janeiro 2 3 4 1 Outubro 2 3 26 20 10 24 Estudos de Caso (16) Mergulho no território (4) Tarefa 1.5. Sistematização da informação recolhida e produzida 3 1 Novembro 2 3 4 FASE 1 1 Dezembro 2 3 4 1 2 28; 30 26; 30 17 Janeiro 2 3 4 Fev. Mar. Abr. 17 26 5 Entrevistas (48) 4 30 28; 30 2 5 4 6 8 8 22 FASE 2 Tarefa 2.1. Análise SWOT Tarefa 2.2. Identificação e análise de boas práticas Tarefa 2.3. Definição de Visão, Missão e Linhas de Orientação Estratégica Tarefa 2.4. Definição de indicadores de sucesso Tarefa 2.5. Relatório Intermédio Elaboração de draft de relatório intermédio Análise de draft de relatório intermédio Elaboração de relatório Intermédio Tarefa 2.6. Apresentação e discussão do Relatório Intermédio – Reunião FASE 3 Tarefa 3.1. Definição de Objectivos Tarefa 3.2. Definição de um Plano de Acções Tarefa 3.3. Identificação de oportunidades de cooperação Tarefa 3.4. Definição de linhas de orientação relativas ao acompanhamento e avaliação da implementação do Plano de Acções Tarefa 3.5. Sistematização da informação recolhida e produzida FASE 4 Tarefa 4.1. Preparação da versão preliminar do PD-ICE Tarefa 4.2. Apresentação da versão preliminar do PD-ICEReunião Tarefa 4.3. Preparação do PD-ICE Tarefa 4.4. Entrega Relatório Final PD-ICE 3 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2.2 Indicadores de execução do projecto O desenvolvimento do PD-ICE implicou um trabalho minucioso de recolha de dados, através da realização de workshops, entrevistas, mergulhos no território, reuniões de trabalho, análise de estudos de caso dos Concelhos, pesquisa bibliográfica e estatística e análise de boas práticas a nível nacional e internacional (Tabela 2). Para além destas actividades, a participação noutros eventos organizados pelos municípios mostrou-se essencial para um conhecimento aprofundado da realidade local. Tabela 2: Indicadores de execução do Projecto. INDICADORES DE PROJECTO Eventos Agentes Locais Consultores SPI Fontes de Informação Consultadas Sites Consultados N.º Total 62 > 200 9 Tipo de Evento • • • • • • 4 Mergulhos no Território 48 Entrevistas 7 Workshops Mergulho no Território Entrevistas Workshops - > 100 - > 200 - A participação dos agentes locais é um indicador importante mas difícil de calcular com exactidão, pois, apesar de ser possível apurar números exactos para a participação nas entrevistas (48 interlocutores) e nos workshops (136 agentes locais, dos quais 27 nos workshops promovidos no município da Lousã, 55 em Miranda do Corvo, 36 em Penela e 18 em Vila Nova de Poiares), há que equacionar todos os contactos tidos com diferentes interlocutores durante o “mergulho do território” e nas várias visitas aos quatro Concelhos que integram a DUECEIRA. Estima-se que, para a concretização do PD-ICE da DUECEIRA, foram consultados mais de duzentos sites de diversos domínios e mais de 50 fontes de informação, entre as quais livros, notícias e boletins estatísticos. 4 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 3. 3.1 ENQUADRAMENTO Enquadramento Supramunicipal A DUECEIRA é uma associação privada sem fins lucrativos, constituída no ano de 2004, tendo como missão a “promoção do desenvolvimento integrado e auto-sustentado da sua área de abrangência”. Esta secção visa analisar as dinâmicas existentes entre o território da DUECEIRA e o contexto envolvente, identificando os factores exógenos que directa ou indirectamente condicionam o desenvolvimento deste território. 3.1.1 Contexto Administrativo – Dinâmicas Institucionais Em termos administrativos e estatísticos, a DUECEIRA situa-se na região Centro (NUT II), na sub-região do Pinhal Interior Norte (NUT III), fazendo fronteira com a sub-região do Baixo Mondego (ver Figura 2). Figura 2: Enquadramento territorial da DUECEIRA ao nível de NUT II (Região Centro) e NUT III (Pinhal Interior Norte). 5 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) A nível sub-regional, como actores chave para o desenvolvimento concelhio e regional, destacam-se as seguintes entidades: • Associação de Municípios do Pinhal Interior Norte – AMPIN – esta associação congrega todos os municípios da NUT III com o mesmo nome, e surge do interesse que estes 14 municípios demonstraram em se unir para, mais facilmente, articularem investimentos de interesse intermunicipal, através, nomeadamente, da contratualização da gestão de fundos comunitários no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), para o período 2007/2013; • Associação Entre Lousã e Zêzere – ELOZ – da qual fazem parte os Concelhos de Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo, Lousã, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra e Pedrógão Grande, decorrente de um acordo de cooperação entre as associações DUECEIRA e Pinhais do Zêzere. A ELOZ surgiu em 1994 visando a organização conjunta de uma candidatura à Iniciativa Comunitária LEADER +, instrumento indispensável na promoção do potencial endógeno desta região; • Associação de Desenvolvimento Terras de Sicó – ADSicó – que tem como associados: a Associação de Municípios da Serra de Sicó (que integra os Concelhos de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure), as respectivas Câmaras Municipais e um conjunto significativo de agentes privados (associações e cooperativas locais e uma instituição bancária – Caixa de Crédito Agrícola Mútuo); • Grande Área Metropolitana de Coimbra – GAMC – representa um esforço de criação de um espaço de intermunicipalidade, do qual fazem parte os municípios pertencentes à DUECEIRA. 6 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Constata-se portanto que o território da DUECEIRA ocupa um lugar de charneira, interagindo com uma multiplicidade de espaços envolventes (Tabela 3). Esta realidade traduz simultaneamente uma oportunidade e uma ameaça: • A oportunidade decorre da possibilidade de gerar e fomentar diferentes tipos de interacção, dependendo dos domínios de intervenção que podem ajudar a consolidar; • A ameaça decorre da dispersão de esforços e energias que a multiplicidade de relacionamentos supramunicipais pode originar. Sugere-se portanto o seguinte modelo de posicionamento geoestratégico para a DUECEIRA: “Potenciar a diversidade de interacções eficazes com as suas diferentes fronteiras geográficas, explorando também a proximidade a Coimbra, consolidando o seu posicionamento de charneira, mas dentro de uma lógica coerente, de modo a evitar dispersões ineficazes de recursos e atenção.” 7 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 3: Interacções geográficas a potenciar. INTERACÇÕES A POTENCIAR • Desenvolvimento económico PINHAL INTERIOR NORTE • Acessibilidades • Turismo • QREN • Saúde • Cultura COIMBRA • Conhecimento • Ensino Superior • Tecnologia Associação de Desenvolvimento Terras de Sicó – ADSicó • Turismo de Natureza • Desenvolvimento Rural • Ensino e Formação Profissional • Desenvolvimento Local e Regional ELOZ – Entre Lousã e Zêzere • Turismo de Natureza • Artesanato 3.1.2 Contexto Territorial Localização e Acessibilidade Nacional e Regional O território da DUECEIRA possui uma localização privilegiada na rede de acessibilidades regional. Os principais eixos de estruturação territorial e de ligação à rede de mobilidade supramunicipal são a EN17, a EN17 – 1, a EN2, a EN236, a EN342 e a ER347. Com o crescimento urbano do território da DUECEIRA, e consequente aumento dos fluxos pendulares, estes eixos viários foram garantindo as ligações intermunicipais, ao mesmo tempo que estruturam a ocupação da grande parte das áreas urbanizadas. Esta dualidade de 8 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) funções tem vindo a fragilizar o território da DUECEIRA, sendo visível, ao circular entre os Concelhos que o constituem, a necessidade de diferenciar a rede de acessibilidades. Figura 3: Plano Rodoviário Nacional 2000, Distrito de Coimbra. Fonte. http://www.estradasdeportugal.pt/site/. A ligação entre os Concelhos de Miranda do Corvo, Lousã e Vila Nova de Poiares e a sede distrital – Coimbra, é assegurada pela EN17, ou Estrada da Beira, que apresenta algumas deficiências, devido ao elevado acréscimo de tráfego, fruto dos movimentos pendulares verificados. Na EN17, em períodos de “ponta” (início da manhã e fim do dia), o tempo despendido no percurso até Coimbra é muito superior ao que seria necessário para percorrer os cerca de 30 km de via que atravessam o território da DUECEIRA, e que, em período normal, correspondem a aproximadamente 30 minutos de viagem. Este é um problema crítico não só devido ao estrangulamento da capacidade da via mas também pelas caracteristicas do itinerário. A actual situação induz à necessidade de serem analisadas alternativas ao actual traçado ou equacionada uma significativa intervenção no traçado existente. A resolução da acessibilidade rodoviária a Coimbra permitirá aos concelhos ficar numa posição privilegiada para sustentar 9 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) o seu potencial de crescimento económico. Os beneficios poderão ter um significativo alcance socioeconómico, devido à possibilidade de atracção de mais investimentos e população para estes territórios. A ligação do território da DUECEIRA ao interior norte da região Centro e a Espanha é garantida pela EN2 (Penacova – Vila Nova de Poiares – Góis), que liga a EN17 ao IP3. Também esta ligação, com um papel crucial no desenvolvimento da base económica local, uma vez que permite o acesso privilegiado à rede de distribuição principal nacional e, consequentemente , aos principais pólos urbanos e plataformas logísticas da região Centro, carece de uma intervenção profunda ou, eventualmente, de substituição por uma nova ligação viária de maior capacidade e fluidez. Tendo em consideração o disposto, a execução de uma nova ligação do Concelho mais a norte - Vila Nova de Poiares ao IP3 e a requalificação deste itinerário principal são duas obras cruciais para a valorização da situação geográfica do território da DUECEIRA, nomeadamente, na aproximação aos corredores onde se registam os maiores volumes de tráfego de mercadorias e pessoas. Destacam-se, pelo seu papel na base económica nacional e internacional, as ligações aos portos de mar de Aveiro e Figueira da Foz e ao Norte e Cento de Portugal e de Espanha (Salamanca/Madrid, Irun, Galiza, etc). Diferenciado dos restantes municípios da DUECEIRA, devido à sua localização mais a Sul, o Concelho de Penela tem como principal eixo de estruturação concelhia e de ligação aos principais eixos de mobilidade Norte-Sul, a ER347. Este enquadramento excêntrico do Concelho de Penela será alterado pela conclusão da variante à EN342, que deverá ter um nó de ligação ao futuro IC3. A construção do IC3, actualmente em fase de elaboração do estudo prévio, será um marco no desenvolvimento das acessibilidades. Estão em estudo duas soluções alternativas, que se apresentam na figura seguinte. 10 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Ligação IC2 e IP1 Solução2 Solução1 Figura 4: Soluções alternativas do estudo prévio do IC3. Fonte: EP. A proposta final de traçado do IC3 deverá ser definida até Março de 2007, pela Estradas de Portugal, E.P.E. (EP). Da análise dos dois traçados alternativos (figura 4) fica evidenciada a vantagem da solução 1 para o território da DUECEIRA. Esta solução assegura um canal de mobilidade para os concelhos do interior do distrito de Coimbra, garantindo ligações rápidas à cidade de Coimbra e aos eixos viários de ligação Norte Sul que servem a região a Poente, nomeadamente ao IC2 e ao IP1. A solução 2 não é vantajosa, nem à escala regional nem nacional, uma vez que, pela proximidade ao canal do IC2, representaria quase uma duplicação desta via. Face à existência da alternativa IC2, a Oeste, a solução 1 será a mais vantajosa para todos os municípios da DUECEIRA. A construção de uma alternativa à EN2, que estabeleça a ligação da EN17 ao IP3, deverá ser equacionada como um projecto estratégico para o território da DUECEIRA. 11 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Figura 5: Área de implementação do Metro Mondego. Fonte. www.metromondego.pt. Para além da acessibilidade rodoviária, a acessibilidade ferroviária é um factor crucial para o desenvolvimento local e regional, com especial significado e história nos Concelhos da Lousã e de Miranda do Corvo. A ligação ferroviária é efectuada pelo Ramal da Lousã, que liga Coimbra a Serpins, encontrando-se em estudo o projecto de adaptação da ferrovia a Metro Ligeiro de Superfície (Figura 5). A concretização deste projecto fará diminuir significativamente o tempo de percurso e aumentar a qualidade e segurança do transporte ferroviário, que passará então a ser uma alternativa mais forte face ao automóvel, ainda que no período de construção da linha vá implicar importantes restrições e modificações de hábitos em sentido inverso. 12 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Rede Urbana Envolvente (Região/Subregião) A Região Centro caracteriza-se por uma rede de cidades policêntrica, onde se destacam Coimbra, Aveiro, Viseu e Leiria como principais pólos de desenvolvimento. O território da DUECEIRA tem com a cidade de Coimbra os vínculos de ligação mais fortes e naturais, relativamente a um vasto conjunto de serviços e actividades. A representatividade do tecido urbano regional é causa e consequência da sua capacidade empreendedora. A proximidade aos centros de decisão pode ser uma mais-valia. Rede de Infra-estruturas e Serviços de Apoio à Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Independentemente da escala de análise, a competitividade está cada vez mais ligada aos factores imateriais. O “saber fazer”, associado à denominada “economia do conhecimento”, deve constituir-se enquanto força mobilizadora dos agentes económicos, e é neste contexto que a rede de infra-estruturas, agentes e actores disponíveis para suportar a criação de novos modelos de desenvolvimento e criação de riqueza assume um papel determinante. O território da DUECEIRA possui uma localização privilegiada no quadro das infraestruturas tecnológicas, tendo na sua envolvente próxima várias unidades relevantes que integram o Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN), como sejam: em Coimbra, o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV), a Associação para a Inovação Tecnológica e Qualidade (AEMITEQ), a Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI), o Instituto Pedro Nunes (IPN), a Universidade de Coimbra (UC), o Instituto Politécnico de Coimbra, Hospital da Universidade de Coimbra (HUC) e o Centro Hospitalar de Coimbra (CHC); em Miranda do Corvo, o Centro de Biomassa para a Energia (CBE) e em Cantanhede, o Centro de Inovação em Biotecnologia (BIOCANT) (ver Figura 6). Para além das entidades do SCTN, é importante referir também a Associação Pinus Verde – entidade gestora da rede de aldeias de Xisto (http://www.aldeiasdoxisto.pt/index2.html), a Região de Turismo do Centro (http://www.turismo-centro.pt/), a Agência Regional de 13 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Promoção Turística Centro de Portugal (http://centrodeportugal.blogspot.com/), a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, o Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais (NICIF), o Centro de Operações e Técnicas Florestais (COTF) da Direcção Geral dos Recursos florestais, o Centro de Formação Especializado em Incêndios Florestais (CFEIF) da Escola Nacional de Bombeiros. 14 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Figura 6: Rede de infra-estruturas tecnológicas no sistema nacional de inovação. Fonte. http://www.adi.pt/2300.htm. 15 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 3.2 3.2.1 Enquadramento Municipal Divisões administrativas e Principais Características Físicas do Território VILA NOVA DE POIARES LOUSÃ MIRANDA DO CORVO PENELA Figura 7: Divisão administrativa do território da DUECEIRA. O território da DUECEIRA engloba os Concelhos da Lousã (138,4 km2), Miranda do Corvo (126,4 km2), Penela (135 km2) e Vila Nova de Poiares (100,2 km2), ocupando uma área de aproximadamente 484,3 km2. O território da DUECEIRA corresponde a 18,5% da área da NUT III do Pinhal Interior Norte. Figura 8: Paisagem natural nos municípios da DUECEIRA. Trata-se de um território marcado por uma grande diversidade geomorfológica e paisagística origem de singularidades económicas e socioculturais. A presença de elementos naturais 16 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) como a Serra da Lousã, a Serra do Carvalho, o Maciço de Sicó e os vales dos rios Dueça, Ceira, Arouce e Mondego são algumas das referências mais importantes. Determinada parcialmente pelas características do terreno, a paisagem do território DUECEIRA é marcadamente rural, havendo uma diferenciação entre as freguesias sedes dos Concelhos, onde se concentra a maioria dos serviços, e o restante território, onde predominam os espaços agrícolas e florestais. 3.2.2 Indicadores demográficos População Residente A DUECEIRA é um território que tem registado oscilações populacionais. De acordo com os levantamentos censitários de 1981 e 1991, neste período registou-se uma perda de 1.722 habitantes, contrariada no período intercensitário de 1991-2001, no qual se regista um aumento de 4.276 habitantes. A nível supramunicipal, na NUT III, o fenómeno de perda populacional é uma constante desde 1981. Em 2001 residiam no território da DUECEIRA aproximadamente 42.500 indivíduos, o que corresponde a cerca de 31% da população da NUT III Pinhal Interior Norte. Tabela 4: População residente no território da DUECEIRA e NUT III (1981, 1991 e 2001). Ano População Residente 1981 1991 2001 Variação (%) 19811991 19912001 18000 16000 14000 12000 10000 Pinhal Interior Norte 8000 152056 139413 138535 -8,3% -0,6% 6000 4000 2000 0 DUECEIRA 39923 38201 42477 -4,3% 11,2% Vila Nova de Poiares Lousã 1981 Miranda do Corvo 1991 Penela 2001 Fonte. INE, Recenseamento Geral da População 1981, 1991 e 2001. 17 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) No que diz respeito à distribuição da população (gráfico da Tabela 4), releva aqui a importância da Lousã, como principal ponto de concentração populacional, sendo o Concelho de Miranda do Corvo o segundo mais populoso. 45000 44500 44000 43500 43000 42500 42000 2001 2002 2003 2004 Figura 9: Estimativas populacionais no território da DUECEIRA. Fonte. INE, Anuários Estatísticos. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Estatística, a tendência registada no último decénio intercensitário tem vindo a manter-se, estimando-se que em 2004 a população dos quatro Concelhos da DUECEIRA fosse superior a 44.300 habitantes. Estrutura Etária A análise da estrutura etária da população revela um aumento populacional nos grupos etários com idade superior a 25 anos, o que corresponde a um aumento da população em idade activa (aproximadamente 65% da população encontra-se em idade activa). 18 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 5: População residente por grupos etários em 1991 e 2001 e respectiva variação. 1991 2001 Variação entre 1991 e 2001 (%) 65 ou 0-14 NUT III DUECEIRA 65 ou 65 ou 15-24 25-64 mais 0-14 15-24 25-64 mais Total 0-14 15-24 25-64 mais 24 596 19 152 65 698 29 967 20 053 17 435 68 352 32 695 -0,6 -18,5 -9,0 4,0 9,1 6 867 18 373 7 232 6 604 5 595 22 122 8 156 11,2 -3,8 -2,3 20,4 12,8 5 729 65 ou mais 65 ou mais 65 ou mais 25-64 25-64 25-64 15-24 15-24 15-24 0-14 0-14 0-14 0,0 10,0 20,0 30,0 DUECEIRA 40,0 50,0 60,0 total 0,0 10,0 20,0 30,0 DUECEIRA NUT III 40,0 50,0 60,0 -30,0 -20,0 -10,0 0,0 DUECEIRA NUT III 10,0 20,0 NUT III Fonte. INE, Recenseamento Geral da População em 1991 e 2001. 3.2.3 Educação e Recursos Humanos Grau de Instrução da População Entre 1991 e 2001 registou-se uma diminuição de aproximadamente três pontos percentuais na taxa de analfabetismo, de 12,9% para 10,0%. Tabela 6: Taxa de Analfabetismo em 1991 e 2001. Pinhal Interior Norte DUECEIRA (média) Lousã Miranda do Corvo Penela Vila Nova de Poiares 1991 16,7% 12,9% 10,1% 13,4% 15,4% 12,5% 2001 13,1% 10% 7,1% 9,6% 13,3% 10% Variação - 3,6% - 2,9% - 3% - 3,8% - 2,1% - 2,5% Fonte. INE, Recenseamento Geral da População (1991 e 2001). A distribuição da população por nível de ensino (Figura 10) mostra uma predominância do nível de instrução primário, seguido pelo grupo da população sem qualquer nível de ensino e com instrução básica de 2º e 3º ciclo. O principal ponto de inflexão que importa registar é o aumento da população a frequentar ou com a escolaridade obrigatória concluída e o aumento da população a frequentar o ensino superior ou com este já concluído. 19 Sociedade Portuguesa de Inovação 30,0 Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 Sem Ní vel EB1 EB1 EB1 EB2,3 EB2,3 EB2,3 ES ES ES EM EM de Ensino Complet o Incomplet o Frequent a Complet o Incomplet o Fr equent a Complet o Incomplet o Frequent a Complet o Incomplet o 1991 6000 11376 5832 2345 2602 715 1311 1665 1372 2772 206 74 2001 5480 10745 4213 1958 5301 2023 2504 2520 2083 1615 172 19 Ensino Ensino Ensino Superior Superior Superior Complet o Incomplet o Fr equent a 372 104 305 1415 210 1326 Figura 10: População residente por nível de ensino em 1991 e 2001. Fonte. INE, Recenseamento Geral da População 1991 e 2001. A análise do nível de instrução da população activa empregada revela que cerca de 65% da população empregada tem apenas o ensino básico (maioritariamente o 1º ciclo), enquanto apenas 10% dos activos empregados possuem um grau de ensino superior. Deste último grupo, destacam-se as áreas da formação de Professores e Ciências da Educação, Letras e Ciências Religiosas, Saúde e a área das Ciências Sociais e do Comportamento. A formação nas áreas de Engenharias, Comércio e Administração, ou em áreas relacionadas com a floresta, não são ainda visíveis como opções de formação. Neste contexto, torna-se essencial o reforço das políticas públicas com o objectivo de aumentar o grau de qualificação da população e orientar a procura formativa de acordo com as necessidades do tecido económico regional. Oferta e Procura da Rede de Ensino e Formação A rede escolar do território da DUECEIRA abrange desde o ensino pré-escolar ao nível secundário, incluindo estabelecimentos de ensino profissional. 20 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) O pré-escolar é garantido por vinte e seis estabelecimentos da rede pública (alguns dos quais com uma resposta integrada de JI e EB1) e sete estabelecimentos semipúblicos, geridos por associações de desenvolvimento locais ou outras entidades privadas (Instituições Particulares de Solidariedade Social), num total de trinta e três Jardins-de-Infância. O 1º ciclo do ensino básico é assegurado por cinquenta e dois estabelecimentos, cinquenta e quatros dos quais da rede pública e um da Casa do Gaiato, em Miranda do Corvo. O 2º e 3º ciclo são leccionados em 5 estabelecimentos, dois localizados na vila da Lousã (EB 2,3 da Lousã e Escola Secundária da Lousã), um na vila de Miranda do Corvo (EB 2/3 com Secundário José Falcão), um na vila de Penela (EB I Infante D. Pedro – Penela), e um em Vila Nova de Poiares (Escola EB 2,3 com Ensino Secundário Dr. Daniel de Matos). Figura 11: Estabelecimentos de ensino no território da DUECEIRA. No Concelho de Miranda do Corvo existe também o Centro de Formação Profissional do Artesanato – CEARTE, onde são leccionados cursos de educação e formação com equivalência ao 9º e ao 12º ano de escolaridade, correspondente à certificação profissional de nível 2 e 3. O ensino secundário é assegurado pela Escola Secundária da Lousã, no Concelho da Lousã, pela EB2/3 com Secundário José Falcão, no Concelho de Miranda do Corvo, e pela Escola EB 2,3 com Ensino Secundário Dr. Daniel de Matos, no Concelho de Vila Nova de Poiares. 21 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) No Concelho de Penela não actualmente oferta de ensino secundário, sendo Coimbra o destino escolhido pelos jovens que pretendem concluir o 12º ano. As redes escolares destes Concelhos são geridas por cinco agrupamentos de escolas – o Agrupamento de Escolas da Lousã (AGLOUSA), o Agrupamento de Escolas de Penela – Infante D. Pedro, o Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares, o Agrupamento de Escolas Ferrer Correia e o Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo. Nos Concelhos da Lousã e de Penela existe também oferta de formação profissional garantida pela Escola Profissional da Lousã, onde são leccionados os cursos de Animador Sócio Cultural/Desporto e de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e pelo pólo da Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (ETPS), com formação ao nível secundário com o curso de Técnico Laboratorial. No concelho de Vila Nova de Poiares, a Associação de Desenvolvimento integrado de Poiares (ADIP) é a principal responsável pela existência de uma vasta oferta de cursos de formação profissional em diversas áreas, garantindo uma formação ao longo da vida adequada ao perfil sócio-demográfico da região. Por último, importa referir a Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) com sede no concelho de Miranda do Corvo, que tem vindo a desenvolver diversas acções de formação e inserção profissional. 3.2.4 Dinâmica Económica Dados Gerais A dificuldade de, à escala concelhia, encontrar medidas quantificadas sobre o rendimento ou o consumo das famílias no sistema estatístico português levou-nos a adoptar o “Estudo sobre o poder de compra concelhio”1 do INE como documento de referência para a análise das dinâmicas económicas do território da DUECEIRA. 1 Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, Número VI – 2004. 22 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 7: Indicador do poder de compra per capita e factor de dinamismo. Indicador do Poder de Factor Dinamismo Relativo 2 Compra (IpC) Portugal 3 100 0 60,52 132,47 -0,10 -1,13 DUECEIRA (Média) 63,09 -0,20 Lousã 73,38 -0,18 Penela 54,43 -0,20 Miranda do Corvo 57,98 -0,35 Vila Nova de Poiares 66,59 0,07 Pinhal Interior Norte Coimbra Fonte. Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2004, INE. De acordo com este estudo, o indicador do poder de compra (IpC) dos Concelhos da DUECEIRA apresenta valores inferiores à média nacional, conhecendo no entanto os Concelho da Lousã e de Vila Nova de Poiares valores superiores à NUT III em que se inserem. No que diz respeito ao factor dinamismo relativo, os seus valores demonstram que o território DUECEIRA não é gerador de movimentos sazonais de índole turística em quantidade suficiente que reflictam uma alteração da dinâmica comercial (Tabela 7). Sectores de Actividade Acompanhando a tendência nacional, o Concelhos da DUECEIRA têm vindo a registar um acentuado fenómeno de terciarização, acompanhado por um ligeiro aumento dos activos empregues em actividades do sector secundário. 2 O Indicador per Capita é um número índice com o valor 100 na média do país, que compara o poder de compra manifestado quotidianamente, em termos per capita, nos diferentes concelhos e regiões, com esse valor de referência nacional. 3 O Factor Dinamismo Relativo reflecte o poder de compra, de manifestação geralmente sazonal, associado aos fluxos populacionais de raiz turística, constituindo a tendência de dinâmica comercial, ainda detectada na informação de base, para além da reflectida nos dois indicadores anteriores. Note-se que este último indicador vem expresso em proporção dos residentes nos concelhos, pelo que tende a tomar valores mais baixos nos grandes aglomerados populacionais. 23 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 8: População empregada por sector de actividade no território da DUECEIRA e NUT III. NUT III Pinhal Interior Norte DUECEIRA CAE 0 1991 v.a. % 1 460 10 CAE 1-4 5 651 41 6 763 49 CAE 5-9 13 874 Total População Empregada 14 632 Total População Activa 2001 v.a. % 623 3 6 309 35 11 159 62 18 091 19 219 1991 v.a. % 8 176 17 2001 v.a. % 3 959 7 20 970 22 303 43 19 119 40 48 265 50 595 38 28 445 49 54 707 57 977 80 70 Percentagem (%) 60 50 40 30 20 10 0 1991 1991 2001 2001 Pinhal Interior Norte DUECEIRA Pinhal Interior Norte DUECEIRA Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário Fonte. INE, Recenseamento Geral da População 1991 e 2001. Emprego No território da DUECEIRA a taxa de desemprego em 2001 rondava os 5,9%, valor ligeiramente superior ao registado na NUT III Pinhal Interior Norte (5,6%), afectando predominantemente o sexo feminino. A taxa de actividade revelou na década intercensitária uma evolução positiva (Tabela 9). Tabela 9: Taxas de desemprego e actividade em 1991 e 2001. Pinhal Interior Norte DUECEIRA (Média) Taxa de Desemprego (%) 1991 2001 HM H M HM H M 4,6 2,8 7,5 5,6 3,5 8,5 Taxa de Actividade (%) Em 1991 Em 2001 HM H M HM H M 36,3 47,6 26,0 41,9 49,8 34,5 4,8 2,8 8,5 5,9 3,4 8,9 37,6 49,8 26,3 Fonte. INE, Recenseamento Geral da População em 1991 e 2001. 44,2 51,1 37,8 24 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Dados mais recentes, do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), revelam uma progressiva, mas paulatina, diminuição do número de desempregados nos últimos três anos. Dos 1177 desempregados que, em Setembro de 2006, estavam inscritos no centro de emprego, 85% estavam à procura de novo emprego, com um tempo de inscrição no IEFP inferior a um ano (ver Tabela 10). Tabela 10: Desemprego registado na DUECEIRA segundo o género, tempo de inscrição e situação face à procura de emprego. Género Setembro 2004 Setembro 2005 Setembro 2006 H M 458 469 417 875 723 760 Tempo de Inscrição < 1 Ano 1 Ano e Mais 1026 307 854 338 903 274 Fonte. IEFP (2006). Situação face ao Emprego 1º Novo TOTAL Emprego Emprego 250 1083 1333 173 1019 1192 181 996 1177 Dinâmica Empresarial Tendo por base a informação do INE, organizada pelos Códigos de Actividades Económicas (CAE.4.), verifica-se que entre 2000 e 2004 houve um aumento das actividades terciárias relacionadas com o comércio por grosso e a retalho (CAE F), acompanhado pelo aumento das empresas ligadas ao sector da construção civil (CAE G). Não obstante terem sido registados decréscimos em vários sectores de actividade, assiste-se a um aumento do Classificação das Actividades Económicas (CAE): N.I. - Não Identificada - Actividades mal definidas A - Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura B -Pesca C - Indústrias Extractivas D - Indústrias Transformadoras E - Produção e Distribuição de Electricidade, de Gás e de Água F - Construção G - Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico H - Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares) I - Transportes, Armazenagem e Comunicações J - Actividades Financeiras K - Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas L - Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória M - Educação N - Saúde e Acção Social O - Outras Actividades de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais P - Famílias com Empregados Domésticos Q - Organismos Internacionais e outras Instituições Extra-Territoriais 4 25 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) número de empresas e de sociedades, a que correspondeu um incremento do volume de vendas. Tabela 11: Empresas e Sociedades com sede no território da DUECEIRA segundo o CAE-Rev. 2. Empresas ANO A+B C D E F G H I J K 2000 485 6 449 1 1 068 1 406 334 106 100 219 2001 478 5 457 1 1 115 1 416 350 140 101 239 2002 469 5 446 1 1 083 1 383 334 137 102 235 2003 468 6 440 1 1 107 1 418 348 157 104 210 2004 228 6 405 1 1 212 1 522 402 146 87 251 Sociedades ANO A+B C D E F G H I J K 2000 19 2 163 1 152 271 74 61 5 72 2001 23 3 179 1 205 298 86 99 6 94 2002 23 3 181 1 214 301 84 102 6 93 2003 25 4 180 1 236 332 98 122 8 100 2004 29 4 173 1 246 357 98 116 8 110 Fonte. INE, Anuários Estatísticos da Região Centro. M a O Total 160 4 448 169 4 471 175 187 220 4 370 4 446 4 480 M a O Total 32 46 49 59 64 852 1 040 1 057 1 165 1 206 Tabela 12: Pessoal ao serviço das sociedades com sede no território da DUECEIRA segundo o CAERev. 2. ANO A+B C 2000 2001 2002 2003 D E F G 988 H I J K M a O Total 27 0 2 406 0 1 351 227 165 0 151 136 5 495 33 0 2 401 0 1 320 1 471 252 238 0 210 186 6 167 42 0 2 296 0 1 415 1 539 248 302 7 210 246 6 353 52 0 2 322 0 1 459 1 559 226 280 0 220 235 Fonte. INE, Anuários Estatísticos da Região Centro. 6 396 Tabela 13: Volume de vendas nas sociedades com sede no território da DUECEIRA (milhares de Euros). ANO 2000 2001 2002 2003 A+B C D E F G H I J K MaO Total 1 434 0 103 947 0 69 448 235 137 5 942 9 197 0 6 373 3 055 435 737 1 432 0 107 222 0 74 187 248 596 5 959 9 965 0 5 993 2 819 457 372 1 802 0 107 305 0 78 589 262 786 6 741 11 936 221 6 484 3 433 482 300 3 533 0 119 626 0 85 271 291 415 6 734 14 699 0 Fonte. INE, Anuários Estatísticos da Região Centro. 7 840 4928 536 132 Em termos de postos de trabalho, destaca-se a indústria transformadora como maior empregador no território da DUECEIRA (2.322 trabalhadores), seguida pelo sector do Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de 26 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Bens de Uso Pessoal e Doméstico (1.559 trabalhadores) e pelo sector da construção (1.459 trabalhadores). As sociedades inscritas no CAE G são responsáveis por cerca de 291.415.000 Euros, o que equivale a 55% do volume total de vendas registado no território da DUECEIRA. Sendo a indústria transformadora a maior empregadora e geradora do segundo maior volume de vendas do território da DEUCEIRA, é relevante conhecer quais os seus ramos que apresentam maior potencial. Tabela 14: Volume de vendas nas sociedades da indústria transformadora5 com sede no território da DUECEIRA (milhares de Euros). ANO DA DB DC DD DE DF+DG DH DI DJ DK DL DM 2000 23470 18291 - 12269 5533 3470 2001 26168 19016 - 12172 5988 2002 25875 18936 - 11777 7769 2003 27316 15740 - 10734 25132 DN Total - 11980 3486 1686 8363 - 1956 103 947 3614 - 11083 4081 2110 8545 - 3831 107 222 3616 - 10031 3684 3048 - - 4140 107 305 3291 - 8833 4147 2941 - - 4347 119 626 Fonte. INE, Anuários Estatísticos da Região Centro. Destaca-se a Indústria Alimentar, das Bebidas e do Tabaco (27 316 000 Euros), responsável por 23% do volume de vendas total, e a Indústria de Pasta, de Papel e Cartão e seus Artigos (25 132 000 Euros), responsável por 21% do total do volume de negócios na indústria transformadora no território da DUECEIRA. A importância destes dois sectores encontrase essencialmente associada aos concelhos de Penela, no caso da indústria alimentar (Frijobel é a maior empresa do concelho), e da Lousã, no caso da Indústria do Papel, onde a Classificação das Actividades Económicas (CAE): DA - Indústrias Alimentares, das Bebidas e do Tabaco DB - Indústria Têxtil DC - Indústria do Couro e dos Produtos do Couro DD - Indústrias da Madeira e da Cortiça e suas Obras DE - Indústrias de Pasta, de Papel e Cartão e seus Artigos; Edição e Impressão DF - Fabricação de Coque, Produtos Petrolíferos Refinados e Combustível Nuclear DG - Fabricação de Produtos Químicos e de Fibras Sintéticas ou Artificiais DH - Fabricação de Artigos de Borracha e de Matérias Plásticas DI - Fabricação de Outros Produtos Minerais Não Metálicos DJ - Indústrias Metalúrgicas de Base e de Produtos Metálicos DK - Fabricação de Máquinas e de Equipamentos, N. E. DL - Fabricação de Equipamento Eléctrico e de Óptica DM - Fabricação de Material de Transporte DN - Indústrias Transformadoras, N. E. 5 27 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Companhia do Papel do Prado, a LouZanpel, a Trevipapel e a Tipografia Lousanense são alguns dos exemplos de empresas aí existentes. Cooperação e Inovação Empresarial Com um tecido empresarial constituído fundamentalmente por micro empresas (empresas em nome individual de pequena dimensão), o território da DUECEIRA encontra-se numa situação embrionária no que se refere à inovação e cooperação empresarial. Enquanto território demograficamente em crescimento, assiste-se a um dinamismo do sector empresarial, mais visível nos concelhos da Lousã e Vila Nova de Poiares, mas que, a uma escala diferente, também começa a acontecer em Penela e Miranda do Corvo. Figura 12: Unidades empresariais de referência no território da DUECEIRA. A iniciativa empresarial e a capacidade de atracção e fixação de empresas são evidentes, havendo um conjunto de zonas industriais, dispersas pelos quatro concelhos, que oferecem espaços e infra-estruturas adequadas ao desenvolvimento da iniciativa privada. No entanto, a maioria das iniciativas empresariais apresentam-se como apostas individuais, de pequena escala e sem uma estratégia de afirmação sectorial, quer a nível municipal quer a nível supramunicipal. A inexistência de estruturas especializadas, de suporte ao desenvolvimento económico e promotoras da transferência de conhecimento entre instituções de investigação e tecido empresarial, é um dos factores a que importa dar resposta. 28 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Frequentemente o desconhecimento do contexto económico em que se inserem e de exemplos de sucesso e boas práticas em sectores similares traduzem-se enquanto factores inibidores da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo no território da DUECEIRA. Infra-estruturas e Organizações de Apoio à Actividade Económica A existência de um ambiente estruturado de apoio à actividade económica é um factor essencial para a atracção do investimento privado. Uma região “amiga do investidor” pressupõe a existência de infra-estruturas, organizações de apoio e instrumentos legais que facilitem a criação de vínculos fortes entre as empresas (novas ou existentes) e os concelhos. No que se refere a infra-estruturas físicas, no território da DUECEIRA existem sete zonas de acolhimento industrial, três localizadas no concelho da Lousã – Zona Industrial do Alto do Padrão, Zona Industrial dos Matinhos, Zona Industrial de Casal de Ermio, uma situada no município de Miranda do Corvo – Zona Industrial de Miranda do Corvo, duas localizadas no concelho de Penela – Zona Industrial de Penela, Zona Industrial da Louriceira e uma com localização em Vila Nova de Poiares – Zona Industrial de Vila Nova de Poiares. Nestas zonas industriais (ZI) encontram-se localizadas empresas de diversos sectores económicos, algumas ligadas à actividade transformadora, como por exemplo as indústrias têxtil, agro-alimentar e florestal ou de produtos derivados da floresta, e outras (em número significativo) ligadas a serviços, armazenagem e comércio de bens diversos (materiais de construção, auto-mecânica, etc.). 29 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Figura 13: Localização das zonas industrias no território da DUECEIRA. Em Miranda do Corvo, uma vez que a zona industrial existente não possui capacidade de resposta para novos pedidos de localização empresarial, estão neste momento em fase de aprovação os projectos de duas novas zonas industriais – Zona Industrial de Vale Marelo e Zona Industrial da Corga. A Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares perspectiva também a criação de um segundo espaço de localização empresarial, localizado na freguesia da Arrifana, tirando partido da sua proximidade ao IP3. Para além deste projecto em avaliação no município de Vila Nova de Poiares, estão actualmente em curso as obras de ampliação da Zona Industrial existente. No concelho de Penela, a Zona Industrial encontra-se também na fase final do seu processo de expansão. Figura 14: Zonas Industriais no território da DUECEIRA. 30 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Para além das zonas industriais, as autarquias da DUECEIRA têm apostado na criação de instrumentos de suporte e de incentivo à localização empresarial. A este nível, no território da DUECEIRA existem as seguintes valências: • No concelho da Lousã, o Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico e Social; • Em Penela foi criado o Plano de Apoio ao Investimento6 (PAIP), gerido pelo Gabinete de Apoio ao Investidor7 (GAIP); • Em Miranda do Corvo existe a Unidade de Inserção na Vida Activa – Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento (UNIVA) e o Serviço de Apoio Local ao Empresário (SALE); • Em Vila Nova de Poiares os incentivos são essencialmente associados à gestão dos terrenos da Zona Industrial, pela venda de lotes a preço simbólico e pela construção das infra-estruturas necessárias, havendo também, um Serviço de Apoio Local ao Empresário (SALE) e um gabinete UNIVA. 3.2.5 Ambiente Urbano e Qualidade de Vida Uma estratégia de afirmação da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (ICE) pressupõe apostas claras ao nível do emprego, produtividade e pessoas. Num território como o da DUECEIRA, em crescimento demográfico, assiste-se ao despertar de novas necessidades, assumindo-se como fundamental a oferta de um ambiente urbano de qualidade, capaz de sustentar a nova realidade demográfica, bem assim como de atrair novos habitantes e manter os que nele residem e trabalham. 6 7 http://www.cm-penela.pt/docs/plano-apoio-ao-investimento.pdf. http://www.cm-penela.pt/areas-desenvol-gabinete.html. 31 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Figura 15: Espaços urbanos no território da DUECEIRA. As políticas municipais até ao presente determinaram um território com um elevado nível de cobertura da rede de equipamentos de serviço e apoio à população8. A rede de equipamentos escolares é diversificada. Os equipamentos culturais existentes revelam a preocupação dos quatro concelhos no fomento de actividades culturais. As Bibliotecas Municipais de todos os municípios, o Museu Municipal Dr. Álvaro Viana de Lemos e o Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques no concelho da Lousã, e o Espaço Museu do Rabaçal, são alguns dos exemplos de um território onde a cultura é considerada um bem público. Na área da cultura existem ainda vários projectos em avaliação e que têm como ponto comum a promoção da identidade local de que são exemplo o Museu da Chanfana em Miranda do Corvo e o Ecomuseu de Vila Nova de Poiares. Os equipamentos de recreio e lazer disponíveis à população são vários, e estão, na sua maioria, associados a espaços naturais de elevado valor paisagístico. São exemplos de destaque as Piscinas Naturais da Senhora da Piedade no concelho da Lousã, a Zona Verde da Quinta do Viso em Miranda do Corvo, o complexo de Piscinas da Fraga em Vila Nova de Poiares, ou as diversas Praias Fluviais, Miradouros, Parques de Campismo ou Parques de Merendas. Mais formais, mas complementares aos equipamentos referidos, existem os equipamentos desportivos, como o Pavilhão Gimnodesportivo e o Kartódromo em Vila Nova de Poiares ou o centro hípico da Quinta da Paiva, em Miranda do Corvo. 8 Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à População http://www.ine.pt/prodserv/quadros/quadro.asp. 32 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) A área da Saúde apresenta-se como uma das mais fragilizadas, de acordo com os pareceres dos residentes no território da DUECEIRA, facto em grande medida relacionado com o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos quatro concelhos. Actualmente, o serviço de saúde em cada município é assegurado pelos Centros de Saúde, que funcionam das 8h às 22h. Ainda na área da saúde, é importante referir a existência de unidades-piloto da rede de cuidados continuados, no concelho de Vila Nova de Poiares e de Miranda do Corvo. No que se refere ao apoio social, são muitas as instituições que garantem a coesão social no território da DUECEIRA, disponibilizando serviços de apoio à infância e à terceira idade. Entre as várias IPSS, destaca-se o papel da Santa Casa da Misericórdia em todos os concelhos. A oferta habitacional é mais diversificada nas sedes de concelho, onde se encontram diferentes tipologias, e onde existe uma maior oferta de espaços comerciais, de serviços e equipamentos. No restante território predomina a ocupação de tipologia unifamiliar à face da via, o que pode ser impeditivo de se alcançar os níveis de cobertura das infra-estruturas básicas de abastecimento de água e saneamento. Figura 16: Modelo urbano característico do território da DUECEIRA. 33 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 3.2.6 Dinâmica Associativa A DUECEIRA é uma associação constituída por dezassete associados, dos quais se destacam as Câmaras Municipais da Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares. O principal objectivo desta associação de direito privado e sem fins lucrativos é a promoção do desenvolvimento integrado e auto-sustentado da sua zona de intervenção, através da valorização dos recursos locais e da dinamização de iniciativas culturais, sociais e económicas. De acordo com este objectivo, a DUECEIRA procura dar resposta às necessidades de informação, formação, mediação, apoio técnico e consultadoria manifestadas pelos agentes locais. As principais áreas de actuação da DUECEIRA são a gestão da informação relacionada com iniciativas comunitárias, programas e projectos nacionais, outra informação de interesse geral ou sectorial, nomeadamente a relativa à floresta e aos produtos endógenos. Figura 17: Território da DUECEIRA. Na área da floresta, a DUECEIRA é gestora do projecto - piloto “Preservação da Floresta Contra Incêndios no Âmbito de 4 Comissões especializadas de Fogos Florestais (CEFF)”, onde reúne os recursos das CEFF municipais da Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila 34 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Nova de Poiares. Este projecto, cujo objectivo é a preservação da floresta no território da DUECEIRA, permitiu a aquisição de um parque de máquinas destinado a servir os associados na prevenção e combate a fogos florestais, ao nível da abertura de caminhos florestais, da reparação e regularização de estradas florestais, da limpeza de bermas e valetas, da limpeza de matos e de aceiros e de combate a incêndios. Para o desenvolvimento baseado em recursos endógenos, a DUECEIRA foi acreditada em 1995 como entidade local gestora do programa LEADER II e em 2002 como entidade gestora do Programa LEADER+ELOZ (Entre Lousã e Zêzere – Plano de Desenvolvimento Estratégico de Novas Ruralidades). Em ambas as fases foi desenvolvido um Plano de Acção Local (PAL), para a sua zona de intervenção, projecto onde associou os concelhos de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Lousã, Miranda do Corvo, Pedrogão Grande e Vila Nova de Poiares. Para concretizar este Programa, a DUECEIRA estabeleceu um protocolo de cooperação com Associação de Desenvolvimento Pinhais do Zêzere. O concelho de Penela não integra esta zona de intervenção, estando inserido na Associação de Desenvolvimento Terras de Sicó. Figura 18: Território da DUECEIRA como entidade gestora do Programa LEADER+ELOZ. Na área da formação têm sido promovidos estágios curriculares e/ou profissionais para recém-licenciados e a oferta de formação profissional em sectores como o turismo, a apicultura, o vinho e a gastronomia. 35 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) No intercâmbio de experiências e na articulação de estratégias, a DUECEIRA estabelece parcerias com diversos organismos locais, dos quais se destacam a Pinhais do Zêzere – Associação de Desenvolvimento, Terras de Sicó – Associação de Desenvolvimento, ADICES – Associação de Desenvolvimento, Montañas del Teleno – Associación de Desarrollo (Astorga, León, Espanha), CBE - Centro da Biomassa para a Energia, EDP Electricidade de Portugal, S.A., Associações e Câmaras Municipais localizadas no Vale do Ceira, DRABL – Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral, IDARC – Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Centro. 36 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 4. INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE E EMPREENDEDORISMO NO TERRITÓRIO DA DUECEIRA “A DUECEIRA deve aproveitar as características de cada um dos concelhos.” “Há empreendimentos que faziam mais sentido num nível sinergético entre os quatro concelhos.” “Não pode haver actos isolados.” “Tem que haver uma defesa da região em rede, em que os vários pontos de interesse se unem.” Intervenção de Forças Vivas Locais no Âmbito do Projecto 4.1 Abordagem local | Métodos de recolha de informação Encontrar um rumo de desenvolvimento e um quadro de suporte estratégico à consolidação da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, pressupõe um amplo trabalho de interacção com os agentes locais. Para que o PD-ICE seja um instrumento conducente a resultados de sucesso, foram assumidos diferentes momentos de aproximação à realidade local, dos quais se destacam entrevistas, workshops, actividades de mergulho no território, e estudos de caso. Todos estes momentos de recolha de informação foram conduzidos em paralelo com a elaboração dos Planos Directores de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo dos municípios que integram a DUECEIRA. As entrevistas tiveram uma importância transversal ao longo das diferentes componentes do âmbito da análise, enquanto instrumento privilegiado de obtenção de informação de natureza qualitativa. Estas foram desenvolvidas em moldes semi-directivos, com o apoio de um guião elaborado para orientar a auscultação das entidades no domínio da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. Para a realização das entrevistas foram contactadas entidades e individualidades que, à escala concelhia, se definiram como representativas de diferentes sectores de actividade. No total foram deste modos entrevistadas 47 forças vivas locais (Tabela 15). 37 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 15: Entidades e Individualidades Entrevistadas. Nome ENTIDADE/PROFISSÃO Município da Lousã Filipe Carvalho Direcção Regional do Ministério da Economia João Bandeira Empresário Marques Leandro Associação ARCIL Leopoldino Silvestre Clube Desportivo Lousanense Miguel Campos Associação Comercial da Lousã Paulo Bernardo Empresa AAPB José Redondo Empresa Licor Beirão Sónia Mendes Ex-Membro da Assembleia Municipal José Manuel Martins Ex-Presidente da Junta de Freguesia das Gândaras Fernanda Vaz Associação Activar Município de Miranda do Corvo Eduardo Barata Professor FEUC Nuno Filipe Ex-Vereador da CMMC e da CMP Carlos Ferreira Chefe de Gabinete da Presidência CMMC José Manuel Simões Presidente da Assembleia Municipal de MC António Simões Vereador da CMMC Pedro Batalhão Ex-Vice Presidente da CMMC Alcides Marques Insert Solutions Fausto Correia Ex-Deputado e Ex-Secretário de Estado Jaime Ramos Ex-Presidente da Câmara Municipal MC, presidente da ADFP Gil Patrão Ex-Director do Centro de Biomassa para a Energia José Manuel Reis Godinho Presidente Junta de Freguesia de Vila Nova Carlos Simões Silva Presidente Junta de Freguesia de Miranda do Corvo Maria Etelvína Fernandes Luís Presidente Junta de Freguesia de Lamas Arménio Carvalho Luís Presidente Junta de Freguesia de Semide Mário Lopes Cardoso Presidente Junta de Freguesia de Rio de Vide Rogério Batista Associação MCV Bike Clube Município de Penela David Leandro Cruz Associação TERRAS DE SICÓ Raul José Vasconcelos FRIJOBEL – Empresa de Congelados Lda. Pedro Peão Duarte FLOPEN – Associação de produtores e proprietários florestais António Duarte Arnaut Advogado (Ex-Ministro) Fernando Antunes Deputado (Ex-Presidente da CMP) Edgar Filipe Serrano Conselho Municipal Juventude Mário José Simões SIMÕES & RODRIGUES LDA. Manuel Ramos Santa Casa da Misericórdia Joaquim Campeão CERCI PENELA Guilherme Dias Vieira Escola Tecnológica de Sicó Avelino Agrupamento de Escolas de Penela Marli Monteiro Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal Município de Vila Nova de Poiares Madalena Carrito Presidente da Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares) Eduarda Carvalho Presidente do Conselho Executivo da EB 2,3/S Dr. Daniel de Matos Carlos Henriques Contabilista Filomena Correia Directora do Centro de Saúde de Vila Nova de Poiares Rogério Carvalho Empresário (Inducerâmica, Lda.) Ana Cristina Paixão Coordenadora de Acção Social Paulo Bandeira Empresário Júlio Lourenço Presidente do Centro de Convívio do Carvalho Paula Neves Empresária (Neves & Neves, Lda.) João Freire Gerente da Caixa Geral de Depósitos de Vila Nova de Poiares 38 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Foram realizados oito workshops, que contaram com a presença de um conjunto alargado de representantes das forças vivas dos quatro concelhos, contribuindo desse modo para o diagnóstico da situação actual de cada concelho e a estruturação de ideias sobre propostas de desenvolvimento futuro do território. O contributo dos participantes permitiu também diagnosticar e estabelecer prioridades relativamente ao território da DUECEIRA. Nestes workshops participaram cerca de 150 pessoas9. Um terceiro momento de recolha de informação sobre o território da DUECEIRA foi concretizado através de trabalho de campo efectuado nos concelhos da Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares – “mergulhos no território”. Nesta actividade, a equipa da SPI, em colaboração com as autarquias, efectuou visitas que permitiram estabelecer um contacto mais directo com os agentes e realidades locais. Neste âmbito, foram visitados locais de interesse em todas as freguesias, com o objectivo de proporcionar uma visão abrangente sobre os espaços naturais, com potencial turístico, de localização empresarial, acessibilidades intraconcelhias, rede de espaços urbanos e características singulares do território. Com este objectivo, foram visitados diversos locais, dos quais se destacam os apresentados na Tabela 16. Tabela 16: Locais visitados durante o “mergulho no território”. LOCAIS VISITADOS Município da Lousã 1. Fábrica da Empresa Licor Beirão 2. Zona Industrial do Alto Padrão 3. Castelo da Lousã 4. Vila da Lousã 5. Zona Industrial dos Matinhos 6. Quinta do Conde de Foz de Arouce 7. Viveiros Casal de Ermio 8. Turismo Rural Quinta de Além Ribeiro 9. Lousãmel 10. Museu Etnográfico e Posto de Turismo 9 Anexo B.2. 39 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) LOCAIS VISITADOS Município de Miranda do Corvo 1. Vila de Miranda do Corvo 2. Centro Hípico da Quinta da Paiva 3. Zona Industrial 4. Centro de Biomassa para a Energia (CBE) e AREAC 5. Aldeia do Gondramaz 6. Aldeia do Cadaval 7. Lar Dr. Clemente de Carvalho 8. Sra. Piedade de Tábuas 9. Santuário do Senhor da Serra 10. Freguesia de Vila Nova 11. Freguesia de Lamas 12. Carapinhal 13. Freguesia de Rio de Vide 14. Freguesia de Semide - Mosteiro 15. Segade 16. Corvo LOCAIS VISITADOS Município de Penela 1. Centro histórico e castelo de Penela 2. Zona de equipamentos da sede de Concelho 3. Castelo de Germanelo 4. Espaço-Museu da Villa Romana do Rabaçal 5. Aldeia de Chanca 6. Zona das vinhas na freguesia de Podentes 7. Quinta do Couço 8. Freguesia do Espinhal 9. Quinta da Ponte do Espinhal 10. Zona Industrial de Penela 11. Quinta do Vale do Espinhal 12. Represas naturais da Louçainha 13. Aldeia de Ferraria de São João 14. Freguesia da Cumieira 15. Centro de Interpretação do Sistema Espeleológico do Dueça (CISED), 16. Quinta das Pedrinhas 40 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) LOCAIS VISITADOS Município de Vila Nova de Poiares 1. Freguesia de Arrifana 2. Serra do Carvalho 3. Soutelo 4. Santa Maria 5. Terreiros 6. Louredo 7. Freguesia de Lavegadas 8. Moura Morta 9. Freguesia de S. Miguel de Poiares 10. Zona Industrial de Vila Nova de Poiares 11. Freguesia de Santo André de Poiares Finalmente, foram elaborados estudos de caso para algumas das entidades que, pelo seu dinamismo e potencial, representam exemplos em matéria de afirmação da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo no território da DUECEIRA. Estes estudos de caso, listados na tabela seguinte, são apresentados de forma sucinta no ponto 4.3 deste relatório. Tabela 17: Estudos de Caso. Município Lousã Penela Estudo de Caso • • • • • • • • • Miranda do Corvo Vila Nova de Poiares • • • • • • • • EFAPEL – Empresa Fabril de Produtos Eléctricos, S.A. Meliá Palácio da Lousã Boutique Hotel J. Carranca Redondo, Lda. Prado – Cartolinas da Lousã, S.A. FLOPEN, Associação de Produtores e Proprietários Florestais de Penela Quinta do Juromelo – Juromelo Unipessoal, Lda. SICGEN – Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia, Lda. Frijobel, Indústria e Comércio Alimentar, Lda. ADFP -Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional António Simões & Filhos, Lda. Espírito Santo & Lamas, Lda. Edmundo Maria Rodrigues & Irmão, Lda. Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares – ADIP; Centro de Bem-Estar Infantil de Santo André – CBEISA; Macropeças – Recuperação Mecânica, Lda.; Marigold Industrial Portugal; Sta Casa da Misericórdia – Lar da Irmandade de Nª Srª da Necessidades. 41 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 4.2 Análise SWOT O conhecimento da realidade local, baseado na interpretação dos documentos e dos dados estatísticos disponíveis, e nos vários momentos de contacto com os agentes de desenvolvimento local (entrevistas, workshops, mergulho no território, estudos de caso), permite sistematizar matrizes de pontos fortes e áreas de melhoria, oportunidades e ameaças, com especial ênfase nas questões relacionadas com a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. Iremos, num primeiro momento, apresentar as principais conclusões dos workshops de diagnóstico promovidos, e em seguida descrever uma análise SWOT, resultante do cruzamento dos vários momentos de aproximação ao território, com reflexões sobre as dinâmicas instaladas e outros elementos recolhidos. 4.2.1 Contributos dos workshops de diagnóstico Como resultado do desafio lançado nos workshops para, de forma estruturada, se identificar um conjunto de pontos fortes e áreas de melhoria, é possível apresentar agora um resumo do que se identificou como pontos de vista partilhados pela maioria dos participantes (Tabela 18). Tabela 18. Resumo dos pontos fortes e áreas de melhoria listados nos workshops. DUECEIRA – Pontos Fortes DUECEIRA – Áreas de Melhoria População: taxa de natalidade, rede de Localização Geográfica: proximidade à respostas sociais, formação direccionada para Universidade e Politécnicos, proximidade à sede as necessidades de emprego, solidariedade do Distrito e ao Litoral. social, oportunidades de emprego, abastecimento de água. Acessibilidades: melhores acessos à autoestrada, IC3, acessos intermunicipais, rede de Acessibilidades: acesso ferroviário. transportes, caminho-de-ferro, acessibilidades a Coimbra, acessos rodoviários. Associação: objectivos de desenvolvimento comuns, promoção concertada, parcerias, Associação: espírito cooperativo e trabalho de complementaridade, projectos de apoio a equipa, disfuncionalidade organizacional e actividades de desenvolvimento, estrutural, ausência de uma visão intermunicipal desenvolvimento integrado, sinergias comuns, de desenvolvimento, ausência de identidade cooperação entre municípios, homogeneidade própria, cooperação, organização, dinâmica, geográfica e proximidade entre os concelhos, divulgação, capacidade de reivindicação, falta abrangência da informação e rapidez no de diálogo. feedback à população. 42 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) DUECEIRA – Pontos Fortes DUECEIRA – Áreas de Melhoria Qualidade de Vida: identidade territorial, Planeamento intermunicipal: ordenamento do identidade cultural da região, tratamento de território, plano estratégico integrado, projecto resíduos urbanos, baixo nível de criminalidade. comum e integrado para os quatro concelhos. Indústria: incentivo à fixação de Grandes Empresas, uniformidade de processos para Indústria: fixação industrial, indústria das instalação de novas empresas nas Zonas madeiras, empresas com dimensão significativa Industriais, indústria de tratamento de madeira a nível nacional, parques industriais. queimada, promoção de um ordenamento urbano/ industrial conjunto. Turismo: intercâmbios, área de turismo a explorar, criar escala na oferta turística, Turismo: eco-turismo, rotas turísticas comuns, promoção turística das Serras da Lousã, Sicó e desportos radicais, património natural. Açor, alojamento, maior notoriedade externa (Marca Lousã), criação de parque de lazer, campanhas de divulgação da região. Produtos Endógenos: maior apoio ao Produtos endógenos regionais: intercâmbio, escoamento dos produtos endógenos, publicidade, apicultura – mel Serra da Lousã, promoção dos produtos regionais, potenciar artesanato. turisticamente o produto Serra da Lousã, apoio ao artesanato. Divulgação da Região: concorrência entre a projecção/promoção dos próprios concelhos, em Gastronomia: chanfana. detrimento da região abrangida pela DUECEIRA. Património: Aldeias de Xisto, cultura, património histórico e religioso, riqueza do Protecção Ambiental: Despoluição das linhas património ambiental, valorização dos pontos de de água. convergência. Recursos naturais e ambiente: preservação Recursos naturais e ambiente: Rio Ceira, dos espaços verdes, fauna, cursos de água, melhor aproveitamento dos recursos naturais. racionalização de recursos. Serra da Lousã: percursos pedestres, Saúde: Urgência Básica de Saúde. património natural. Floresta: intercâmbio de serviços de apoio Floresta: fogos florestais, participação conjunta florestal, filão florestal, caça grossa, valorização na gestão florestal, oferta turística conjugada, da componente florestal. silvicultura, ordenamento florestal, gestão da Serra, recursos cinegéticos. Energias alternativas: energia eólica. Formação Profissional: Apoio à formação relacionada com produtos endógenos. Complementaridade: das várias actividades nos diferentes municípios. Associativismo: Forte movimento de associativismo, capacidade de mobilização de entidades nos objectivos que define. Educação: Aposta na qualificação dos recursos humanos como factor de competitividade das empresas, fraco nível de escolarização e formação, reforço da formação, profissionalização/formação de quadros superiores. Cultura: Valorização do património cultural, aposta/ desenvolvimento da área cultural. Associativismo: União entre municípios para responsabilizar e exigir ao poder central investimento no Pinhal Interior Norte. 43 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Depois de identificados os pontos fortes e áreas de melhoria, os participantes foram desafiados a elencar acções que, no seu entender, seria fundamental concretizar no território DUECEIRA. Tabela 19. Principais Acções a Promover no território da DUECEIRA. DUECEIRA – Acções 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Plano intermunicipal de ordenamento florestal Criação de unidade de aproveitamento de resíduos florestais Esforço conjunto para que a linha férrea seja electrificada Melhorar a rede viária Intermunicipal Apresentação de projectos comuns ao QREN Planos Intermunicipais envolvendo várias vertentes Projectos de interesse comum Parceria ao nível da protecção ambiental Ligação à rede viária nacional Estratégia de aproveitamento dos recursos energéticos endógenos Apoio à exportação dos produtos endógenos e sua promoção Promoção global da Serra da Lousã Alternativa credível à Estrada da Beira Dinamização de rotas turísticas em parceria Promover a limpeza e fiscalização rigorosa das linhas de água (penalizações) Acessibilidades (ligação do IC3 ao IP3) Criação de uma imagem para promoção dos concelhos Variante de Lamas Envolvimento efectivo nos projectos e parcerias Incentivo das energias alternativas (eólica, biomassa) Reestruturação da floresta Rede regional de cuidados continuados e paliativos Infra-estruturas básicas intermunicipais Criar um efectivo projecto de desenvolvimento para o território A votação final das acções determinou como prioritárias as intervenções no domínio das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, da valorização dos produtos endógenos e do ambiente, mais concretamente a floresta e as energias renováveis. Conjugando estes elementos com toda a informação e reflexão efectuada, construiu-se a análise SWOT que seguidamente se ilustra. 44 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 4.2.2 Pontos fortes A análise e diagnóstico de toda a informação recolhida permite identificar os seguintes pontos fortes do território da DUECEIRA. Enquadramento Regional O território da DUECEIRA possui uma localização privilegiada na Região Centro, ocupando uma posição de charneira entre o Centro Litoral e Interior. A proximidade ao IP1 e IP3 e a curta distância a Coimbra, um dos centros urbanos de maior relevância regional, constitui igualmente uma mais-valia, que se tem traduzido em movimentos populacionais para concelhos abrangidos pela DUECEIRA. A ligação ao importante pólo urbano de Viseu é favorecida pela ligação ao IP3, conferindo ao território, especialmente a Vila Nova de Poiares, relações próximas ao interior norte da Região Centro. Acessibilidade Ferroviária A ligação ferroviária a Coimbra pelo Ramal da Lousã foi, ao longo das últimas décadas, indutora de um crescimento acelerado da população nos concelhos de Lousã e Miranda do Corvo. Há alguns anos o transporte ferroviário ajudou também ao crescimento do tecido empresarial, sendo de assinalar o facto da Companhia de Papel do Prado ter tido um ramal de ligação à sua unidade fabril. Crescimento Populacional O território da DUECEIRA tem registado um aumento significativo da população ao longo das últimas décadas. De realçar o aumento da população nas classes etárias mais jovens, com especial ênfase na população em idade activa. Valores Patrimoniais O património arquitectónico e arqueológico encontra-se presente em todos os concelhos da DUECEIRA. As Aldeias de Xisto, que marcam uma arquitectura vernacular típica da região serrana, os castelos de Penela, Lousã e Germanelo, ou os exemplares de arquitectura religiosa (Convento de Semide em Miranda ou convento de Santo António em Penela) e de arquitectura civil (Palácio dos Salazares na Lousã) são alguns dos exemplos dos valores que aqui se encontram. Diversidade de produtos endógenos de qualidade O queijo, o mel, a noz, o azeite, a castanha, o cabrito, a chanfana, o arroz de bucho, o vinho ou os doces tradicionais (Talasnicos, Serranitos, Poiaritos) são os principais produtos locais, sendo a sua produção fundamentalmente assegurada por uma rede de microprodutores. Destacam-se a Lousãmel, o licor Beirão, o vinho da Quinta do Conde de Foz de Arouce e o queijo do Rabaçal, como nomes que dão a conhecer além fronteiras este território. 45 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Qualidade do Ambiente/Recursos Naturais No território da DUECEIRA existe uma diversidade de recursos naturais e de paisagens notável. A integração da Serra da Lousã na REDE NATURA 2000 é uma prova da qualidade deste habitat. A preservação ambiental é uma das apostas dos concelhos, seja através da preservação e recuperação do património ou da aposta na educação ambiental. Património Florestal No território abrangido existe um vasto património florestal, que pode ser gerador de riqueza, quer pelo desenvolvimento de actividades transformadoras, quer por via do turismo. Serra da Lousã A Serra da Lousã é um dos elementos de marca da área em questão. Constitui uma referência natural e é responsável pela atracção de turistas ao longo de todo o ano, para as mais diversas actividades. A biodiversidade, a qualidade ambiental e os lugares de apropriação do Homem (aldeias, castelo, ermidas) são factores diferenciadores deste espaço natural, especialmente marcante nos concelhos da Lousã e de Miranda do Corvo. No concelho de Vila Nova de Poiares, a presença das Serras do Carvalho, do Bidueiro e de S. Pedro Dias, e no concelho de Penela a Serra do Espinhal assumem importância similar. Tradição na Formação e Investigação na Prevenção de Riscos Florestais A existência do NICIF, do COTF e da Escola Nacional de Bombeiros, no concelho da Lousã, e de dois aeródromos (um na Lousã e outro em construção, em Poiares) tem sido responsável pela dinamização da investigação no sector florestal, na prevenção de riscos florestais e nas técnicas de combate às catástrofes. Equipamentos e Serviços de Apoio às Energias Renováveis Na Zona Industrial de Miranda do Corvo estão sediadas duas importantes instituições no âmbito das energias renováveis – a Agência Regional de Energia e Ambiente do Centro (AREAC) e o Centro da Biomassa para a Energia (CBE), e que, associadas à extensão da mancha florestal, potenciam uma cultura energética inovadora a nível regional. Potencial turístico com reconhecimento externo A diversidade paisagística das diversas Serras, complementada com os rios, as Aldeias de Xisto, os percursos pedestres, o desporto em contacto com a natureza (BTT) e a qualidade dos produtos endógenos conferem ao território da DUECEIRA um elevado potencial turístico. A Lousã assume-se já como um destino turístico preferencial no Centro Oeste de Portugal. Dinâmica Empresarial A dinâmica empresarial, determinada por um forte espírito empreendedor e pela capacidade de atracção e fixação de empresas, é uma mais-valia dos concelhos da Lousã e Vila Nova de Poiares. As condições físicas, os apoios das Câmaras Municipais e a rede de acessibilidades são três dos principais factores indutores desta realidade. 46 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Artesanato As actividades artesanais apresentam uma forte presença nos concelhos de Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares, destacando-se a olaria, as rendas em fio de algodão fino, a cestaria aproveitando matérias primas de origem vegetal (castanho, acácia, vime), barro forte, o barro preto, a latoaria, a tanoaria, a escultura, a tecelagem e os artefactos de madeira. O artesanato possui uma importancia estratégica, sendo a sua valorização efectivada através de iniciativas diversas. A Poiartes (Feira Anual de Artesanato), o Centro Difusor de Artesanato e Recursos Endógenos do Concelho e a ligação entre o barro preto e a gastronomia local são alguns exemplos de revitalização e promoção do artesanato local. Cultura e Identidade Social É de destacar a riqueza cultural e tradições únicas. Apesar da cultura e identidade própria do território ainda estar pouco divulgada, salienta-se a existência de entidades e infra-estruturas de apoio ao nível social, cultural, recreativo e desportivo, que defendem e promovem a identidade local. 4.2.3 Áreas de Melhoria Como principais áreas de melhoria são identificadas as seguintes: Identidade ao nível da DUECEIRA Como o próprio nome indica, os elos de ligação deste território são os rios Ceira e Dueça. Para além destes elementos, a heterogeneidade territorial e de processos de desenvolvimento determinou uma fragilidade identitária acentuada. Acessibilidades Rodoviárias Excessiva dependência da EN17 (Estrada da Beira) como ligação a Coimbra e à rede viária nacional. Para além das ligações ao exterior, as ligações internas também apresentam algumas fragilidades, devido à desadequação de traçados e funções desempenhadas. Infra-estruturas básicas A cobertura de todo o território por uma rede adequada de infra-estruturas básicas é uma pré-condição para o crescimento e desenvolvimento sustentado. Nesta matéria existem ainda alguns problemas de tratamento de águas residuais, para os quais é necessário garantir soluções adequadas. Nível de Instrução e Formação da População Baixo nível de escolarização da população e a escassez de oferta formativa adaptada à realidade local. 47 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Movimentos Pendulares Diariamente os concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares são geradores de um elevado volume de deslocações pendulares para Coimbra. A falta de emprego qualificado nos concelhos será a principal razão para este fenómeno. O congestionamento de tráfego gerado é um problema diário. Urbanismo e Planeamento O acelerado crescimento demográfico provocou o crescimento dos espaços urbanos, em especial os aglomerados nas sedes de concelho. Assistiu-se à inclusão de novos modelos de ocupação, onde a tipologia multifamiliar surge de forma segregada e sem os devidos espaços livres complementares. Existe um zonamento vincado entre as zonas multi e unifamiliares, entre as zonas antigas e as zonas urbanas emergentes, com um caminho a percorrer na coesão territorial. Desarticulação da oferta turística Apesar do potencial e das iniciativas turísticas pontuais, ainda não existe um plano integrado que congregue todas as actividades desenvolvidas, que organize as diferentes ofertas e as planeie temporal e territorialmente. O caso mais paradigmático desta falta de articulação é o que se pretende com a utilização da Serra da Lousã. Promoção turística O potencial turístico está ainda pouco organizado e divulgado, não existindo uma imagem de marca nem espaços de mostra e venda do território da DUECEIRA. Ordenamento Florestal A floresta local é um recurso natural de grande valor. Importa desenvolver a gestão e a utilização dos espaços florestais e a monitorização do estado da floresta (repartição dos territórios com o predomínio do minifúndio ou problemas de riscos naturais, como os incêndios). Riscos Ambientais Da qualidade do ambiente natural depende parte da estratégia de desenvolvimento da DUECEIRA. A poluição atmosférica, visual, contaminação das linhas de água e os fogos florestais são os principais riscos a prevenir. A actividade industrial existente nos concelhos tem de ser orientada e gerida de forma coerente, de modo a não inviabilizar o desenvolvimento integrado do território. As serras e os rios são os elementos mais críticos, não podendo ser no entanto negligenciado o restante território. Espaços de Localização Empresarial O tecido empresarial caracteriza-se por uma forte dispersão, em grande parte relacionada com necessidades específicas de algumas das unidades existentes. A oferta de zonas industriais marcou um momento de viragem na estratégia de captação e retenção de investimento. Para que esta estratégia seja bem-sucedida, é essencial a qualificação das zonas existentes e a sua gestão complementar. 48 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Dispersão Sectorial De um modo geral, no território da DUECEIRA é visível uma forte dispersão sectorial, o que dificulta a identificação e promoção de clusters locais. Emprego Qualificado Os postos de trabalho existentes são fundamentalmente não qualificados. Esta realidade, cruzada com o aumento da população a frequentar e a concluir o ensino superior, pode levar a uma situação de abandono do território da DUECEIRA, uma vez que na procura de um emprego adequado ao seu perfil a população jovem tenderá a sair deste território. Serviços de Apoio à Actividade Económica A escassez de serviços de apoio à actividade económica no território da DUECEIRA potencia uma desarticulação da iniciativa privada. Investimento em actividades de I&D e Inovação Apesar do dinamismo económico, o investimento em actividades de I&D e em Inovação é ainda muito escasso, o que torna o tecido económico bastante frágil e pouco preparado para os desafios globais. Associativismo Comercial/Industrial A inexistência de mecanismos de associação comercial/industrial pode afastar algum dinamismo económico e de cooperação local para fins comuns. 4.2.4 Oportunidades Importa também identificar os condicionalismos externos que influenciam positivamente o desenvolvimento do território, ou seja, as respectivas oportunidades: Quadro institucional/Contexto regional A diversidade institucional existente é uma fonte de possibilidades de cooperação e criação de redes em diversos domínios: Cultura e Turismo (rede de Aldeias de Xisto), Floresta (Flopen), Desporto e Turismo, Saúde e Acção Social, Desenvolvimento Económico (AMPIN, ADSicó, ELOZ). Por outro lado, existe uma proximidade a centros de decisão e de conhecimento (Coimbra) e a boas práticas municipais, como sejam a dinâmica cultural centrada no Castelo de Montemor-o-Velho ou o parque de biotecnologia em Cantanhede. 49 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Aposta nacional no sector do turismo Portugal possui uma vocação clara para aposta no Turismo enquanto sector chave de actividade económica, tendo sido criados recentemente o PENT, como principal documento de orientação do sector, o Conselho para a Dinamização do Turismo, a Comissão Nacional de Gastronomia e a Agência de Promoção do Turismo da Região Centro. Aposta nacional na valorização ambiental e das identidades regionais A política nacional assume o ambiente e o ordenamento do território enquanto pilares fundamentais para o desenvolvimento do País. A reorganização do Instituto de Conservação da Natureza, a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) e o Programa Estratégico Nacional de Turismo são alguns dos instrumentos nacionais que operam para garantir a sustentabilidade dos espaços naturais, visando o desenvolvimento potencial dos diversos territórios. A par da preservação ambiental, aposta-se na valorização do património específico de cada região, como pilar de reposicionamento da economia local num contexto de concorrência global. Crescimento do Turismo de Montanha A prática do desporto de montanha (BTT, escalada, downhill, ...) é cada vez mais conhecida. Os concursos, campeonatos ou mesmo colóquios/conferências relacionados com o Desporto de Montanha começam a ser actividades emergentes a nível nacional e internacional. Os concelhos da DUECEIRA possuem características para se afirmarem nesta matéria. Necessidades de espaços de qualidade para eventos culturais A proximidade a Coimbra, com uma comunidade estudantil de aproximadamente 30000 jovens, é um nicho de mercado com elevadas potencialidades. A Queima das Fitas tem vindo a promover eventos fora da cidade, sendo os concelhos da DUECEIRA um destino de excelência para as camadas mais jovens. Na Lousã, a construção da Pousada da Juventude, em fase de conclusão, é uma vantagem competitiva a este nível. Domínios Estratégicos dos Programas de Financiamento O aproveitamento dos apoios financeiros para os sectores ambiental e turístico e ainda as acções preconizadas no âmbito do PO Centro - AIBT- Acção Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior (concretamente as Redes das “Aldeias de Xisto”, das “Praias Fluviais do Pinhal”, das “Estradas Panorâmicas”), e as iniciativas aos níveis do Turismo e Floresta podem ser decisivas. Investigação Produzida (Portugal e Europa) para o sector florestal O potencial económico da floresta é muito significativo e enquadra-se dentro de uma área onde se desenvolve investigação em unidades próximas (Universidade de Coimbra, Universidade de Aveiro, RAIZ, Centro de Biomassa, Instituto Politécnico de Coimbra). 50 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Crescimento do mercado ligado aos produtos biológicos O mercado dos produtos da terra, da agricultura biológica e a investigação ligada à sua valorização (potenciais utilizações, propriedades medicinais, nutricionismo, alimentos funcionais e nutricêuticos) encontram-se em franco desenvolvimento em todo o Mundo. Novo traçado do IC3 O novo traçado do IC3 encontra-se na fase de elaboração do estudo prévio, com duas soluções alternativas. A solução 1 assegura um canal de mobilidade para os concelhos do interior do distrito de Coimbra, garantindo ligações rápidas à cidade de Coimbra e aos eixos viários de ligação Norte – Sul que servem a região a Poente, nomeadamente ao IC2 e ao IP1. Metro de Superfície A possibilidade da modernização do ramal ferroviário continua a ser um factor de atracção de novos residentes e uma esperança de melhoria das acessibilidades. Aposta nacional e internacional em estratégias direccionadas para o viver saudável A prevenção e a educação dos hábitos da população para garantir a qualidade de vida e minimizar os riscos de saúde criados pelas novas rotinas (stress, depressões e outras doenças) são apostas 10 mundiais (Organização Mundial de Saúde ). Cluster da Saúde em Coimbra A presença de um forte cluster da saúde em Coimbra pode servir de âncora ao desenvolvimento de estratégias de turismo activo e de bem-estar, actuando os concelhos da DUECEIRA como prestadores de serviços em valências complementares. 4.2.5 Ameaças A envolvente também implica ameaças, ou seja, aspectos negativos da envolvente que podem comprometer as vantagens competitivas do território: Baixo nível de cooperação institucional A baixa articulação institucional, nomeadamente, entre a Administração local e supra local, o tecido empresarial e os agentes ligados ao Ensino e Investigação, dificulta a existência de uma estratégia concertada e focalizada nos vectores chave de afirmação da DUECEIRA. Esforços recentes têm vindo a ser desenvolvidos no sentido de estabelecer esta cooperação e interacção. 10 http://www.euro.who.int/Document/E66134.pdf 51 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Concorrência de outros municípios com maior potencial de captação de investimento É inevitável a concorrência de outros concelhos na atracção de investimentos, alguns deles com vantagens comparativas em termos de acessibilidades, infra-estruturas de apoio e qualificação de recursos humanos. Complexo de periferia A tendência instalada de litoralização do investimento levou, algumas áreas do território da DUECEIRA a assumir a sua condição periférica como obstáculo intransponível. No entanto, é cada vez mais consensual que a competitividade não está dependente apenas das conexões físicas, mas também de factores imateriais, pelo que localização geográfica deixa de representar uma desvantagem tão relevante. Dificuldade na fixação e atracção de recursos humanos qualificados A proximidade a Coimbra, apesar de apresentar diversas vantagens, pode constituir-se como obstáculo à fixação de recursos humanos qualificados, agravada pela inexistência da criação de postos de trabalho orientados para quadros qualificados. Desarticulação de actividades desenvolvidas na Serra da Lousã A Serra da Lousã representa um património supramunicipal, que integra os municípios da Lousã, Miranda do Corvo, Góis e Castanheira de Pêra. Sendo um espaço partilhado, são aqui desenvolvidas actividades e muitas vezes dificilmente incompatíveis (observação de animais versus rallies). A inexistência de um plano integrado pode também colocar em causa a sustentabilidade da Serra da Lousã. 52 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Em síntese, podemos então ilustrar a Análise SWOT do seguinte modo: PONTOS FORTES • • • • • • • • • • • • • • Enquadramento regional; Acessibilidade Ferroviária; Crescimento populacional; Valores patrimoniais; Diversidade de produtos endógenos de qualidade; Qualidade do Ambiente/Recursos naturais; Património florestal; Serra da Lousã; Tradição na Formação e Investigação na Prevenção de Riscos Florestais; Equipamentos e Serviços de Apoio às Energias Renováveis; Potencial turístico com reconhecimento externo; Dinâmica Empresarial; Artesanato; Cultura e Identidade Social. ÁREAS DE MELHORIA • • • • • • • • • • • • • • • • OPORTUNIDADES • • • • • • • • • • • • Quadro institucional/ Contexto Regional; Aposta nacional no sector do turismo; Aposta nacional na valorização ambiental e das identidades regionais; Crescimento do Turismo de Montanha; Necessidades de espaços de qualidade para eventos culturais; Domínios Estratégicos dos Programas de Financiamento; Investigação produzida (Portugal e Europa) para o sector florestal; Crescimento do mercado ligado aos produtos biológicos; Novo traçado do IC3; Metro de Superfície; Aposta nacional e internacional em estratégias direccionadas para o viver saudável; Cluster da Saúde em Coimbra. Identidade ao nível da DUECEIRA Acessibilidades Rodoviárias; Infra-estruturas básicas; Nível de Instrução e Formação da População; Movimentos Pendulares; Urbanismo e Planeamento; Desarticulação da oferta turística; Promoção turística; Ordenamento Florestal; Riscos Ambientais; Espaços de Localização Empresarial; Dispersão Sectorial; Emprego Qualificado; Serviços de Apoio à Actividade Económica; Investimento em actividades de I&D e Inovação; Associativismo Comercial/Industrial. AMEAÇAS • • • • • Baixo nível de cooperação institucional; Concorrência de outros municípios com maior potencial de captação de investimento; Complexo de periferia; Dificuldade na fixação e atracção de recursos humanos qualificados; Desarticulação de actividades desenvolvidas na Serra da Lousã. Figura 19: Síntese da análise SWOT da DUECEIRA. 53 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 4.3 Estudos de caso Numa estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, tão importante como a abordagem a casos de sucesso externos é a identificação de exemplos locais, casos que todos conhecem e que, pela sua proximidade e familiaridade, podem ser importantes fontes de inspiração. Tendo consciência das externalidades positivas que se podem gerar pelo conhecimento deste tipo de iniciativas locais, apresenta-se uma síntese analítica dos casos seleccionados como ilustrativos à escala concelhia: 4.3.1 Município da Lousã EFAPEL – Empresa Fabril de Produtos Eléctricos, S.A A EFAPEL – Empresa Fabril de Produtos Eléctricos, S.A., dedica-se à produção e comercialização de aparelhos para instalações eléctricas de baixa tensão. Localizada na freguesia de Serpins, a empresa conquistou um posicionamento sólido no seu ramo de actividade, sustentado numa política de inovação e desenvolvimento tecnológico que procura a melhoria contínua dos produtos, serviços e desempenho, garantindo uma imagem de qualidade e fiabilidade dos produtos e eficiência dos serviços prestados. A sucessiva instalação de novos equipamentos de montagem, desenvolvidos por equipas internas da empresa, é uma prática há muito assumida. J. Carranca Redondo, Lda. A empresa J. Carranca Redondo, Lda. está sediada na freguesia da Lousã desde 1940 tendo por base a comercialização da bebida espirituosa Licor Beirão. Esta é uma marca de referência no comércio de bebidas nacional, tendo-se afirmado não só pela qualidade do produto mas também pelo empreendedorismo e inovação ao nível do marketing e publicidade. 54 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Meliá Palácio da Lousã Boutique Hotel O Meliá Palácio da Lousã Boutique Hotel situa-se num palácio do século XVIII, convertido em unidade hoteleira. O hotel é o resultado de uma parceria público-privada entre a Câmara Municipal da Lousã, investidores locais e o Grupo Meliá, com o intuito de promover o desenvolvimento turístico aliado à recuperação do património. A reconversão deste edifício, classificado como património histórico, teve apoio comunitário do Programa PRIME. À disposição do visitante, o Meliá Palácio da Lousã oferece, além dos quartos, vários espaços de reunião, salas de convívio, jardins, piscina, restaurante e bar. O hotel assume-se não só como um espaço de alojamento ao serviço do turismo concelhio mas também como forte interlocutor na divulgação deste destino turístico. Prado – Cartolinas da Lousã, S.A. A origem da empresa Prado – Cartolinas da Lousã, S.A. remonta ao início do século XVIII (1710 – 1715), tendo sido a boa qualidade das águas no sítio do penedo e a proximidade a Coimbra, tradicional consumidora de papel, factores fundamentais para a instalação da empresa na Lousã. Desde esse momento, a fábrica da Lousã manteve-se sempre em actividade, aumentando continuadamente a sua capacidade produtiva. Actualmente, assume-se como uma empresa herdeira do saber e experiência acumulada em mais de 200 anos de história. As marcas que a Prado – Cartolinas da Lousã, S.A., comercializa já conquistaram uma posição de referência, sendo reconhecidas pela sua qualidade e tendo a empresa grande capacidade competitiva no mercado ibérico. As cartolinas “Bristol” aqui produzidas estão presentes nos mercados à escala mundial. 55 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 4.3.2 Município de Miranda do Corvo ADFP - Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional A ADFP - Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional é uma IPSS sem fins lucrativos, reconhecida como de Utilidade Pública desde 1989. Com sede em Miranda do Corvo, a ADFP (Instituição Privada de Solidariedade Social) estende o seu raio de acção a vários concelhos do distrito de Coimbra. Assumindo-se fundamentalmente como uma entidade prestadora de serviços, a sua actuação tem como objectivos fundamentais a inclusão social, a qualidade de vida para todos e a solidariedade e desenvolvimento local. “Aqui investimos em pessoas” é o lema da associação, onde população de todas as idades e com diferentes necessidades sociais convive e aprende. O sucesso da ADFP tem permitido um crescimento contínuo, quer nas suas áreas de actuação quer na sua área de influência, e um investimento contínuo nas pessoas e na sua qualidade de vida, tornando-a num exemplo de solidariedade e numa mais-valia a destacar na rede social concelhia. António Simões & Filhos. Lda. A António Simões & Filhos é uma empresa local que actua a montante do sector da Construção Civil, pela produção de produtos à base de argila. Apesar de algumas limitações ao nível da inovação do produto a empresa tem vindo a afirmar-se no mercado ibérico, tendo apostado no mercado espanhol para aumentar a produção e garantir o aumento do volume de negócios. O seu posicionamento de mercado permite que a empresa se encontre num momento de viragem, no qual está a ser objectivada a estratégia de negócio e inovação, quer na gestão dos capitais da empresa quer nos produtos que coloca no mercado. 56 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Edmundo Maria Rodrigues & Irmão Lda. A empresa Edmundo Maria Rodrigues & Irmão Lda., com uma rede de espaços de restauração, actua principalmente para a população de Miranda do Corvo, mas comercializa os seus produtos em Concelhos limítrofes – Lousã e Penela. A visão dos proprietários tem permitido a expansão dos estabelecimentos, garantindo a qualidade e assegurando a identificação dos clientes com os produtos. Os espaços que possuem são pensados de modo a serem convidativos e apelativos ao cliente. A fórmula de sucesso assenta no empreendedorismo e no conhecimento do mercado que os seus proprietários adquirem e renovam em formações ou encontros na área da restauração. Espírito Santo & Lamas, Lda. Com 20 anos de existência a Espírito Santo & Lamas, localizada em Miranda do Corvo, assume-se como um caso de sucesso no sector do têxtil lar, com uma área de influência que abrange quase todo o território nacional. Atenta às novas oportunidades e ao mercado nacional e internacional a empresa tem crescido e conseguido ultrapassar as necessidades dos clientes através de critérios de qualidade e inovação. 4.3.3 Município de Penela Frijobel, Indústria e Comércio Alimentar, Lda. A Frijobel é uma empresa de produtos congelados, que apresenta uma posição de destaque no panorama económico do Concelho de Penela, pela sua dimensão (claramente a maior empresa do Concelho) e ao apresentar um percurso marcado por sólidos investimentos na qualidade. 57 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) A evolução do mercado, e de normas legais relativas às actividades de transportes internacionais, ditou que fosse criada uma empresa de transportes que efectua a distribuição dos produtos Frijobel. Com uma clara ligação ao Município de Penela, a empresa tem vindo a expandir o seu negócio e a sua rede de transportes, tendo-se disponibilizado para realizar a divulgação do Município nos camiões de transporte, paralelamente à publicitação que é feita à própria empresa. FLOPEN, Associação de Produtores e Proprietários Florestais de Penela A Flopen é uma Associação de produtores florestais, sediada em Penela e fundada com a missão de agregar os proprietários, por forma a colmatar as dificuldades de gestão e rentabilização de uma mancha florestal marcada pelo minifúndio. Com uma actuação inicial no âmbito da silvicultura preventiva, cedo se especializou na “procura de soluções de mercado para os seus associados e parceiros na tentativa de motivar o investimento no sector florestal”. Assim, com 223 entidades produtoras florestais associadas, esta entidade tem vindo a afirmar-se como prestadora de serviços de abrangência nacional, tendo apostado numa recente expansão, com a abertura de dois pólos nos municípios de Condeixa-a-Nova e Coimbra. Quinta do Juromelo – Juromelo Unipessoal, Lda. A queijaria Quinta do Juromelo é uma unidade de fabrico artesanal de Queijo do Rabaçal, com uma nova gerência desde Setembro de 2005, tendo como tónica dominante a aposta em três vertentes: • Produção de queijo do Rabaçal aperfeiçoando o seu fabrico artesanal, e tendo como objectivo de curto prazo a certificação, cujo processo está já em curso; 58 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • Diversificação de produtos, tanto à base de queijo (como os frascos de queijo em azeite ou a produção de creme de queijo), como noutras vertentes, incluindo compotas, aliadas ao queijo ou à noz; • Conjugação da oferta de produtos regionais de qualidade com a realização de percursos turísticos que incluem visitas à queijaria, passeios pedestres e visitas à villa romana. SICGEN – Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia, Lda. A SicGen traduz um projecto empresarial na área da investigação e desenvolvimento das ciências da vida que se propõe explorar comercialmente oportunidades aliadas à produção de anticorpos para utilização em aplicações biomédicas, recorrendo ao uso de animais ovinos e caprinos no seu habitat natural. Paralelamente serão desenvolvidas actividades de investigação e desenvolvimento para aprofundamento das técnicas a utilizar e seu potencial em biomedicina. Um dos pontos fortes desta nova organização reside na formação especializada, na área das ciências e tecnologias da saúde, dos seus promotores, ligados a instituições de saber como o AIBILI (Coimbra) e o Imperial College (Londres). A localização deste laboratório empresarial está prevista para a freguesia do Rabaçal, revelando-se de extrema importância para o Concelho, não só devido ao potencial de I&DT, mas também pela atracção para o Concelho de uma cultura de investigação, tendo como base recursos locais – animais caprinos e ovinos. Procurando uma actualização permanente no âmbito tecnológico e de novas políticas e orientações neste âmbito, tem sido uma ponte de modernidade para um sector até então muito marcado por grande estagnação. 59 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 4.3.4 Município de Vila Nova de Poiares Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares – ADIP Fundada em 1996 a Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares (ADIP) tem como missão a promoção do desenvolvimento local de uma forma integrada, através do trabalho com as populações socialmente mais desfavorecidas, idosos, crianças, mulheres, jovens em risco e família. Os vectores de actuação da ADIP são a acção social, a formação profissional, as artes e ofícios locais, a economia e desenvolvimento, o desporto, cultura e tempos livres e também a divulgação, publicidade e marketing. A ADIP tem um dinamismo único a nível concelhio, garantindo uma multiplicidade de serviços que abrangem desde as áreas social, cultural e económica. Centro de Bem-Estar Infantil de Santo André – CBEISA O CBEISA. – Centro de Bem-Estar Infantil de Santo André, fundado em 1982, é uma Instituição Privada de Solidariedade Social (IPSS) sem fins lucrativos, que presta serviços nas valências de Creche, Jardim-de-Infância (Pré-Escolar) e A.T.L (Actividades de Tempos Livres). O sucesso do CBEISA é visível no crescente aumento da procura dos diversos serviços da instituição. A experiência dos funcionários, a qualidade dos serviços prestados e uma gestão orientada para a segurança e o bem-estar das crianças são as causas do sucesso da entidade, que se assume como uma mais-valia a destacar na rede social concelhia. Macropeças – Recuperação Mecânica, Lda. A Macropeças, Recuperação Mecânica, Lda. iniciou a sua actividade em 1992, dando continuidade a uma empresa em nome individual dos proprietários. A Macropeças assumese como referência nacional no desmantelamento qualificado de veículos em fim de vida (VFV), desenvolvendo a sua actividade de acordo com um conjunto de práticas e soluções plenamente integrados numa política de protecção ambiental. 60 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) A excelência da sua actividade garantiu-lhe a obtenção de certificações de qualidade e ambiental em conformidade com as normas, ISO 9001 e ISO 14001. Marigold Industrial Portugal A Marigold Industrial Portugal – Luvas Industriais Unipessoal, Lda é uma unidade fabril do Concelho de Vila Nova de Poiares que se dedica à fabricação de material de protecção de mãos no sector industrial, tendo o objectivo de trazer valor acrescentado aos clientes graças a uma estratégia e organização globais dirigidas para o mercado. Da sua gama de produtos fazem parte Luvas de Resistência Química; Luvas de Limpeza Industrial; Luvas de Laboratório; Luvas de Controlo de Contaminação Electrónica; Luvas de Controlo de Contaminação Farmacêutica; Luvas de Controlo de Contaminação Alimentar; Luvas de Resistência Mecânica; Luvas Térmicas. Sta. Casa da Misericórdia – Irmandade Nª Sª das Necessidades A Misericórdia de Vila Nova de Poiares é uma IPSS que tem como missão a ajuda e a melhoria da qualidade de vida da população idosa. Fundada neste concelho há mais de 100 anos, a Santa Casa da Misericórdia possui duas unidades de apoio à terceira idade, com valências distintas, o lar e a unidade de cuidados continuados. O apoio aos cuidados de saúde é um dos projectos inovadores desta intituição, com destaque para a Unidade de Cuidados Continuados. Como entidade representada no CLAS (Conselho Local de Acção Social) e na Rede Social de Vila Nova de Poiares, a instituição desempenha, ainda, um importante papel de intervenção social a nível concelhio para a promoção do desenvolvimento social e para a erradicação ou atenuação da pobreza e da exclusão. A qualidade dos serviços, decorrente da entrega dos profissionais à missão da instituição, e a responsabilidade na sua gestão fazem desta entidade uma referência no apoio à população idosa. Importa também destacar o espírito empreendedor e o pioneirismo que têm caracterizado o percurso desta instituição. 61 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 5. ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO, COMPETITIVIDADE E EMPREENDEDORISMO “An innovative ‘milieu’ may be defined as the set, or the complex of networks of mainly informal social relationships on a limited geographical area, often determining a specific external ‘image’ and a specific internal ‘representation’ and a sense of belonging, which enhance the local innovative capability through synergetic and collective learning processes” R. Camagni, 199111 5.1 Introdução O desenvolvimento do PD-ICE para o território da DUECEIRA tem como principal desígnio a construção e implementação de estratégias de desenvolvimento alinhadas com os novos modelos de competitividade, à escala supramunicipal. A concretização territorial destas apostas ao nível municipal exige um esforço global de conhecimento das dinâmicas supramunicipais, das apostas regionais em I&D e da articulação institucional entre administração (local, regional, nacional), tecido económico (clusters) e Instituições de Ensino, Formação Profissional e Investigação. Quadro estratégico de políticas públicas Inovação Competitividade Empreendedorismo Tecido económico (Clusters) Sistema de Educação /Investigação Figura 20: Interacção de domínios para a definição e implementação de uma estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. CAMAGNI, Roberto (1991), “Local Milieu, uncertainty and innovation networks: towards a new dynamic theory of economic space”, in R. Camagni (1991) (editor), Innovation Networks: spatial perspectives, Londres: Belhaven Press. 11 62 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) As propostas estratégias de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo terão portanto viabilidade de concretização fortemente condicionada pelo contexto exterior aos municípios, uma vez que este poderá ser mais ou menos facilitador do seu sucesso. Investigação/Ensino e Cluster estão alinhados Aposta: focar no desenvolvimento do cluster Aposta: focar na eficiência e transferência do conhecimento + Investigação/Ensino dominante Fragilidade Aposta: focar em nada ou em tudo - Sector de Actividade(cluster) dominante - Intensidade de Investigação/Ensino na Região + Concentração do Sector de Actividade no território da DUECEIRA (Cluster) + Aposta: Focar I&D + Figura 21: Relação entre concentração de sectores de actividade (cluster) e intensidade de investigação. Fonte: Comunidades Criativas e Inovadoras, CCDRC (2005). Assim sendo, para além do conhecimento da realidade local e respectiva análise SWOT, é fundamental para a estruturação das apostas em Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, conhecer os domínios de investigação mais fortes a nível regional, com especial enfoque para as instituições próximas, ou com as quais mais facilmente se criariam parcerias sólidas e duradouras. A proximidade geográfica à cidade de Coimbra e o prestígio das instituições de ensino superior aí existentes justifica uma preocupação na análise das apostas estratégicas de I&D que, entre outras, a própria Universidade de Coimbra tem privilegiado, de modo a beneficiar/facilitar a transferência de know-how e a aplicação prática da investigação científica produzida. A definição da Visão e linhas de orientação estratégica do PD-ICE procura enfatizar as possibilidades de cooperação e parcerias com instituições de I&D e com outras instituições, numa perspectiva de fortalecimento do capital intelectual e incremento de uma economia baseada no conhecimento. 63 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) A estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo define uma bateria de indicadores de sucesso que se pretende vir a constituir como métrica de avaliação da implementação dos projectos mobilizadores para o território da DUECEIRA, resultantes da análise e diagnóstico efectuado à realidade local e do contexto de política nacional e internacional. A criação de um sistema de acompanhamento e gestão do PD-ICE é o último patamar do projecto e que assegura a sua exequibilidade, monitorização e controlo. VISÃO LINHAS DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA INDICADORES DE SUCESSO PROJECTOS MOBILIZADORES SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E GESTÃO Figura 22. Níveis de Definição da Estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. A Visão corresponde ao cenário de desenvolvimento futuro, o objectivo central que se define como linha condutora de toda a estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo proposta para o território da DUECEIRA. Da definição da Visão decorre a identificação das Linhas de Orientação Estratégica, correspondentes à objectivação nas várias áreas de actuação e das metas que se pretende alcançar através da concretização do PD-ICE. 64 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 5.2 Visão O território da DUECEIRA deverá distinguir-se pela valorização ambiental, pela qualidade na educação e formação e pela valorização dos sectores estratégicos, com uma clara aposta na inovação enquanto estímulo à consolidação de uma base económica forte. Este novo desígnio implica uma mudança profunda na cultura organizacional e na orientação do rumo de desenvolvimento. Tal mudança, já iniciada, deve operar-se nas lógicas funcionais e organizacionais, através da difusão de uma cultura de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, e do trabalho concertado entre instituições de ensino e I&D, tecido empresarial, administração pública e sociedade civil, com uma aposta clara nas TIC enquanto ferramenta de difusão do conhecimento. A Visão que propomos para o território da DUECEIRA, no que respeita à Inovação, Competitividade de Empreendedorismo, pode ser definida do seguinte modo: DUECEIRA criar e acolher: pontes de aproximação supramunicipal, cruzando serras e vales A estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo que se propõe para a DUECEIRA assume as singularidades locais como vantagens comparativas para o desenvolvimento. Pretendem-se portanto enfatizar as mais-valias associadas aos contextos socioterritoriais dos quatro Concelhos, tirando partido destas para a geração de factores competitivos e dinamização do tecido económico. Apostar na educação e formação para 65 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) criar os alicerces de uma estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo duradoura, tirar partido dos recursos locais enquanto suporte à criação de inovação, em paralelo com a utilização da inovação enquanto ferramenta de apoio à criação de mais riqueza a partir dos mesmos recursos locais, num caminho bidireccionado. Para que tal suceda, importa trabalhar de modo a criar: • Uma dinâmica intermunicipal, onde seja cultivado o espírito cooperativo e o trabalho de equipa, minimizando problemas organizacionais e estruturais e fomentando a criação de uma identidade capaz de fortalecer o poder reivindicativo e a capacidade de iniciativa e concretização da DUECEIRA; • Políticas municipais dinâmicas, capazes de responder em tempo útil às necessidades da sociedade civil e do tecido empresarial, premiando o empreendedorismo, a inovação, a criação de riqueza e a educação das suas gentes, alinhada com este tipo de prioridades. • Um tecido empresarial mais empreendedor e competitivo, com uma organização, produção e gestão modernizadas, atento às mudanças e tendências dos mercados e com capacidade para inovar e para trabalhar em parceria com instituições locais e supra-locais. • Uma rede de ensino e de formação simultaneamente adequada à realidade/necessidades locais e aberta ao exterior, reconhecendo nesta interacção a base da qualidade formativa e a estrutura de suporte à criação de uma cultura reforçada de inovação e empreendedorismo. • Uma aposta na criação de parcerias e participação em redes com instituições de I&D nas áreas que se pretende desenvolver, facilitando a transferência de know-how e de tecnologia e possibilitando a inserção em redes de conhecimento nacionais e internacionais. 66 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 5.3 Linhas de Orientação Estratégica O cumprimento da Visão implica a existência de um contexto favorável, incluindo a afirmação de uma cultura de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo que possa estender-se a todos os sectores da sociedade, em particular às empresas, instituições de ensino e formação, instituições de I&D e à administração pública. A promoção da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo no território da DUECEIRA deverá centrar-se nas empresas e em sectores de actividade seleccionados, com especial ênfase naqueles a que está associado um maior potencial competitivo, sejam eles sectores já perfeitamente implantados ou sectores emergentes, que possam beneficiar, para o seu crescimento, das condições favoráveis existentes localmente e da sua complementaridade. A cooperação entre entidades municipais e supramunicipais, entre empresas, administração e instituições de ensino e I&D é um factor indispensável para que se consolide uma economia de conhecimento de base regional/concelhia e se dinamize o mercado de trabalho. Actualmente, a competitividade tem de ser equacionada em perspectivas de mercados globais. Como tal, a criação de redes entre empresas assume especial relevância no desenvolvimento de massa crítica. O associativismo é, ao nível local, o sinal evidente da capacidade de organização institucional em torno de um objectivo comum. Sendo o objecto de estudo um território intermunicipal, é fundamental fomentar a criação de redes entre os concelhos que o constituem e entre estes e a região envolvente. Assim, tendo em consideração o enquadramento supramunicipal, quer no domínio das políticas públicas, quer no domínio das redes de criação e transferência de conhecimento, e as realidades locais, para as quais já foram definidas estratégias de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, é possível encontrar vectores estratégicos, em torno dos quais se deve investir para criar uma dinâmica de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo reforçada no território da DUECEIRA. 67 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) A Visão estratégica para a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para o território da DUECEIRA pode então ser suportada e afirmada em torno de três linhas estratégicas que nos parecem ser fundamentais: LINHA 1. Reforçar o capital social, investindo na educação e qualificação como factores de competitividade LINHA 2. Consolidar funções diferenciadas e diferenciadoras que valorizem a floresta enquanto sector económico de interesse estratégico LINHA 3. Planear o desenvolvimento sustentado dos sectores estratégicos com base nos recursos e na identidade local 68 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 5.3.1 Reforçar o capital social, investindo na educação e qualificação como factores de competitividade A consolidação de uma cultura de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo depende de um vasto conjunto de factores, nomeadamente os relacionados com a existência de estratégias de ensino (do pré-escolar ao superior) em que se cultive o valor do imaterial, do arriscar, do conhecer, em que se estimule e premeie a criatividade e os seus resultados práticos. Abrir a escola ao meio envolvente, fomentar o fluxo de informação sobre as novas necessidades do tecido empresarial e as novas tecnologias de acesso à informação e fomentar a cooperação institucional são algumas das premissas para que a base económica local não cristalize (Figura 19), renovando-se através da criação, captação e retenção de talento humano nos Concelhos da DUECEIRA. Tendo em consideração os diagnósticos elaborados para os quatro municípios da DUECEIRA, os baixos níveis de escolaridade, as taxas de abandono e insucesso escolar surgem como debilidades estruturais deverão ser solucionadas a médio prazo. Nesta linha estratégica assume-se a necessidade de estruturar o sistema de ensino, formação e de I&D, privilegiar as necessidades do tecido empresarial e ajustar a oferta e a procura, estimulando a cooperação institucional, o acesso à informação, a criação e gestão do conhecimento. Assume-se a escola, desde o ensino pré-escolar, como meio privilegiado para incutir o prazer da descoberta, do fazer, da novidade: “Inovar no pré-escolar é garantir a novidade das actividades, das estratégias, dos espaços, da quebra de rotinas, da antecipação do conhecimento, do questionamento permanente, do fomento da curiosidade, da exploração, da experiência reflectida e crítica, do exercício de solidariedade, da partilha e da tolerância, da liberdade de crescer, do desenvolvimento de valores, do respeito por si mesmo e pelos outros, da criatividade”.12 12 Moreira, A. “Terra batida, juncos e lousa; linóleo, cloro e PDAs: atitudes e inovação” em Inovar.te Nº1 Out/Nov 06. 69 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) SECTORES ESTRATÉGICOS TECIDO EMPRESARIAL (mercado de trabalho) EDUCAÇÃO E CULTURA para: COOPERAÇÃO E ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL (empresas/administração pública/Ensino/Formação /I&D/ONG ) (viabilização de parcerias, adequação da formação ao mercado de trabalho) INOVAÇÃO COMPETITIVIDADE EMPREENDEDORISMO GLOBALIZAÇÃO SUSTENTABILIDADE PARTILHA SOCIAL SOCIEDADE CIVIL Fomentar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, Incentivar o acesso à informação, Conhecer para Inovar... REDES SOCIAIS REDES ORGANIZACIONAIS PLANEAMENTO REDES DE ENSINO, FORMAÇÃO e I&D Investir em áreas de formação direccionadas para os sectores estratégicos e criar parcerias de investigação ligada aos sectores estratégicos Figura 23: Sinergias entre agentes para a valorização da educação e formação. 70 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 5.3.2 Consolidar funções diferenciadas e diferenciadoras que valorizem a floresta enquanto sector económico de interesse estratégico No território da DUECEIRA, a floresta é, a par dos cursos de água que deram o nome à associação de desenvolvimento, um elemento natural comum aos quatro Concelhos. A floresta pode ser considerada uma marca da paisagem subregional, mas, para além disso, é um dos bens mais relevantes da base económica. Nos quatro Concelhos da DUECEIRA a importância e valor económico da floresta são distintos: • Na Lousã a floresta está associada à Serra e a estratégia a ela associada baseia-se essencialmente na sensibilização, preservação e valorização enquanto elemento marcante de um território que se pretende afirmar como destino turístico de montanha; • Em Vila Nova de Poiares a floresta é assumida essencialmente como um recurso económico, sendo o sector da transformação da madeira o mais representativo neste Concelho. Paralelamente, os actuais planos de preservação florestal e de manutenção da diversidade faunística, são um contributo estratégico para a valorização do turismo natureza; • Em Miranda do Corvo a floresta tem o duplo papel de elemento paisagístico associado à Serra e também de recurso económico, este último associado fundamentalmente aos sobrantes florestais (biomassa) para produção de energia; • Em Penela, sendo 70% do Concelho ocupado por floresta, o seu potencial começa a ser equacionado numa lógica de sustentabilidade económica, associada ao turismo e à transformação. Do diagnóstico elaborado importa reter as seguintes conclusões: • O valor ecológico e económico do sector florestal a nível supramunicipal; 71 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • A importância da Serras da Lousã e S. Pedro Dias como maciço florestal chave numa estratégia para o sector, onde importa garantir uma abordagem integrada, que contemple a preservação, a prevenção, a investigação e a utilização equilibrada; • O aproveitamento de organismos ligados à prevenção e combate a fogos florestais na Lousã, à investigação sobre o potencial energético dos produtos sobrantes em Miranda do Corvo e a potenciação de estruturas para aeronaves, meios médios e pesados (anfíbios), bem como, campo de treinos no âmbito da Protecção Civil (Formação Fogos Industriais, Florestais e Salvamento Aquático); • A tradição na formação e investigação em riscos (incêndios) florestais e no aproveitamento energético da biomassa; • A existência, no território da DUECEIRA, de actividades em vários pontos da cadeia de valor associada aos produtos da floresta, que vão desde a produção, à comercialização e à transformação – indústria do papel e do mobiliário; • Não são visíveis investimentos em inovação e na criação de produtos diferenciados, o que fragiliza este sector e pode pôr em risco a sua competitividade num ambiente de mercado fortemente concorrencial; • A proximidade geográfica a entidades de ensino e de IDI (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) que se encontram a desenvolver projectos relacionados com a floresta e produtos derivados, e que se posicionam como parceiros estratégicos fundamentais na criação de valor acrescentado no território da DUECEIRA; • Numa lógica de especialização e diferenciação, as propostas de criação de centros de competências com o objectivo de valorizar e fortalecer o sector florestal à escala regional, fomentando a experimentação e a aplicação prática dos projectos dos parceiros estratégicos de IDI; • O enfoque estratégico da fileira florestal a nível nacional e da Região Centro. 72 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Investigação no sector do papel Inovação e design de mobiliário Investigação: Técnicas de restauro – horizonte de vida da madeira UC RAÍZ UA Universidade de Aveiro NICIF e COTF Gestão da propriedade Técnicas de combate a fogos Técnicas de vigilância IPV Instituto Politécnico de Viseu Transformação da matéria-prima: Papel, Mobiliário Actividades existentes Preservação e prevenção de riscos Investigação Energias alternativas (biomassa) Sector FLORESTAL IPN Instituto Pedro Nunes Normalização e Certificação da madeira e derivados EFN Estação Florestal Nacional UC Universidade de Coimbra Comercialização da matéria-prima: Madeira e Biomassa Produção Investigação: resistência e utilizações potenciais da madeira Técnicas de Transformação: trabalhar com madeira Investigação: utilizações potenciais da biomassa LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil Figura 24: Ciclo de valorização do cluster florestal. 73 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 5.3.3 Planear o desenvolvimento sustentado dos sectores estratégicos com base nos recursos e identidade local A capacidade de dinamizar a base económica do território da DUECEIRA passa pela identificação e valorização dos recursos e da identidade local. A análise da realidade local e o diagnóstico cruzado com o enquadramento da rede regional de ensino e de I&D e do quadro estratégico de acção supra-local, conduziram à identificação dos sectores de actividade seguidamente ilustrados como sendo estratégicos e de aposta prioritária Importa promover a cooperação e as parcerias entre agentes de desenvolvimento tendo como ponto de partida a identificação destes sectores de actividade como estratégicos no território da DUECEIRA. REALIDADE LOCAL Localização geo-estratégica Nível de qualificação da população Paisagem - Serra, Floresta Clima História / Valores Patrimoniais Acessibilidades Produtos Endógenos Qualidade / Diversidade ambiental Fragilidade do tecido empresarial – micro e pequenas empresas Zonas de localização empresarial INSTITUIÇÕES DE ENSINO E I&D REGIÃO Universidade de Coimbra Faculdades de Farmácia, Medicina, Ciências e Tecnologia, Instituto Pedro Nunes Escola Superior Agrária de Coimbra Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra Escola Profissional e Tecnológica de Sicó Agência Regional de Energia e Ambiente do Centro QUADRO ESTRATÉGICO SUPRALOCAL Incremento dos Factores de competitividade eficiência e qualidade das instituições públicas, estímulos à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, apoio à investigação e desenvolvimento Potencial humano – emprego, educação e formação, coesão social e igualdade de género Valorização territorial - Infra-estruturas, equipamentos, energia, ambiente, património, prevenção e gestão de riscos. Sectores estratégicos no território da DUECEIRA: TURISMO (natureza e de montanha) PRODUTOS ENDÓGENOS (mel, queijo, vinho, azeite, noz, castanha, artesanato) ENERGIAS RENOVÁVEIS (biomassa, eólica e hídrica) Figura 25: Determinação de sectores estratégicos. Desta análise destacam-se as seguintes conclusões: • A densidade de instituições de ensino e de I&D pode ser potenciada na perspectiva de inverter o cenário de desqualificação académica da população activa, desde que se aposte em sinergias entre os domínios académico, empresarial e autárquico; 74 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • A qualidade ambiental e o património arquitectónico e cultural (convento de Semide, castelo de Penela, castelo da Lousã, castelo do Germanelo, etc.), são elementos chave para o território da DUECEIRA, não estando ainda estruturados numa lógica de funcionamento em rede capaz de gerar mais-valias em diferentes ramos de actividade; • A diversidade de ofertas potenciais no sector turístico – Serra da Lousã, Serra de S. Pedro Dias (Dólmen), Aldeias de Xisto, Villa Romana do Rabaçal, rios Ceira, Dueça, Alva e Mondego, gastronomia e espaço rural onde se pode desfrutar de Parques de Campismo, Praias Fluviais e Parques de Merendas; • A crescente procura de actividades ligadas à natureza e ao ecoturismo: desportos de montanha, caminhadas, todo-o-terreno, entre outros, não está a ser acompanhada pela criação de serviços de suporte, havendo défices de unidades hoteleiras e/ou de restauração de referência e com efeitos âncora; • A ausência de um plano de utilização integrada da Serra da Lousã, que agregue as várias actividades desenvolvidas neste território chave para a DUECEIRA, garantindo compatibilidades e complementaridades de calendários de eventos municipais; • O alcance das Aldeias de Xisto como marca turística com um plano de acção e marketing estruturado e que é actualmente um dos cartões de visita de maior destaque da Região Centro; • A excessiva predominância da economia informal nos sectores ditos tradicionais (artesanato, produtos endógenos) potencia actividades de baixo valor acrescentado, nas quais se torna quase impossível determinar uma trajectória de desenvolvimento; • A fragilidade do tecido empresarial, resultante dos escassos investimentos em I&D e na qualificação dos activos, bem como a deficitária oferta de serviços de apoio, incentivo e orientação estratégica das empresas locais; 75 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • A existência de uma diversidade de produtos endógenos que se foram afirmando no mercado, resultantes de iniciativas individuais e espontâneas, e cuja continuidade pode estar em risco, por falta de iniciativas de cooperação numa lógica de clusterização da actividade. Tendo em consideração o descrito, assumem-se como sectores estratégicos e prioritários o turismo, muito vocacionado para o turismo natureza e de montanha, os produtos endógenos, elementos de preservação identitária e de valorização da base económica local e as energias renováveis, área já com alguma tradição no território da DUECEIRA e cujo potencial representa uma mais valia competitiva. Tais sectores de actividade merecerão portanto especial ênfase aquando da definição de uma carteira de projectos mobilizadores propostos para a afirmação da Inovação, Competitividade e Empreendedorismo no território da DUECEIRA. 5.3.4 Síntese A concretização da Visão e linhas de orientação estratégica apontadas depende da mobilização de recursos em três domínios de acção: pessoas, sectores estratégicos e infraestruturas, sendo evidente que o sucesso do PD-ICE depende da capacidade de os organizar em torno de objectivos e projectos mobilizadores, conducentes a resultados convenientemente monitorizados, alimentadores de ciclos de melhoria. Gestão de Meios Gestão de Resultados PESSOAS SECTORES ESTRATÉGICOS RESULTADOS INTEGRADOS INFRA-ESTRUTURAS Melhoria Acompanhamento Figura 26: Modelo unificador da estratégia ICE. 76 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Como entidade supramunicipal, a DUECEIRA deverá ser um agente promotor e indutor de mudanças culturais, no sentido de criar mentalidades menos individualistas. Gerir e agregar os esforços municipais em torno do desenvolvimento global e garantir a complementaridade entre projectos mobilizadores à escala municipal e entre estes e os que se propõem à escala intermunicipal são dois princípios orientadores da acção da DUECEIRA na implementação da Visão e linhas de orientação estratégica. Nos pontos seguintes do presente relatório, tendo por base a Visão e as linhas de orientação estratégica propostas, são identificadas métricas aplicáveis na monitorização do sucesso do PD-ICE para a DUECEIRA, uma carteira de projectos para a sua implementação e o sistema de gestão e acompanhamento do PD-ICE. Os três domínios de acção identificados – pessoas, sectores estratégicos e infra-estruturas, estarão sempre presentes na organização da correspondente informação, em conformidade com o modelo integrador de análise acima retratado. 77 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 6. MONITORIZAÇÃO DO PD-ICE De acordo com o conhecimento das dinâmicas locais e da estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo que se pretende concretizar no território da DUECEIRA, adianta-se aqui uma bateria de indicadores de sucesso, destinada a permitir estabelecer objectivos e monitorizar o sucesso de implementação da referida estratégia. Assim, com base no diagnóstico do desenvolvimento concelhio, bem como nos indicadores de inovação, competitividade e empreendedorismo utilizados a nível internacional (Estratégia de Lisboa, Scorecard de Inovação da União Europeia, GEM, etc.), e em alinhamento com a estratégia definida, sugere-se a construção do seguinte barómetro de monitorização do sucesso em Inovação, Competitividade e Empreendedorismo na DUECEIRA: Tabela 20: Bateria de indicadores de sucesso para monitorização do PD-ICE. FONTE INDICADOR (entidades PERIODICIDADE VALOR REFERÊNCIA ACTUAL responsáveis) Pessoas Sem nível de Ensino (2001) Ensino Básico Câmaras Municipais e 1. Nível de instrução da população Agrupamentos de Escolas Anual Ensino 5480 26744 6218 Secundário Ensino Médio Ensino Superior 191 2951 2. Abandono escolar (no 3º ciclo e na passagem do 3º ciclo para o Agrupamentos de Escolas Anual - secundário) Português (2005): Média Nacional: 3,00 3. Médias de classificação em exames nacionais Agrupamentos de Escolas Anual Média Distrital: 3,13 Matemática (2005): Média Nacional: 2,20 Média Distrital: 2,41 4. Número de iniciativas relacionadas com educação, sensibilização e formação para a Inovação, Competitividade e Câmaras Municipais DUECEIRA Anual - Empreendedorismo 78 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Sectores estratégicos 5. Número de sociedades comerciais criadas em sectores estratégicos (floresta, produtos endógenos, turismo, energias Câmaras Municipais DUECEIRA Semestral - Semestral - Anual - Anual - Anual - Semestral/ Anual - Anual - Anual - Anual 42477 (2001) Semestral 1177 (Setembro 2006) Anual - Anual 63,09 (2004) Anual - Anual - Anual - Semestral - renováveis) 6. Número de novos postos de trabalho criados nos sectores estratégicos 7. Número de entidades e de produtos endógenos Câmaras Municipais DUECEIRA Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e certificados 8. Número de eventos nas áreas do desporto, cultura e turismo Pescas Câmaras Municipais DUECEIRA 9. Número de parcerias com outras empresas, universidades / centros de investigação / outras Câmaras Municipais DUECEIRA entidades do SCTN Infra-estrutura 10. Número de empresas e organizações com site na internet 11. Número de recuperações nas aldeias de xisto Câmaras Municipais DUECEIRA Câmaras Municipais DUECEIRA 12. Número de iniciativas Câmaras Municipais supramunicipais DUECEIRA Resultados Integrados 13. População residente 14. Número de desempregados 15. Índice de satisfação dos munícipes Câmaras Municipais DUECEIRA IEFP da Lousã Câmaras Municipais DUECEIRA 16. Indicador do poder de compra 17. Índice de satisfação dos colaboradores 18. Índice de satisfação dos investidores 19. Índice de satisfação dos turistas 20. Número de turistas e estadia média INE Câmaras Municipais DUECEIRA Câmaras Municipais DUECEIRA Câmaras Municipais DUECEIRA Câmaras Municipais DUECEIRA 79 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Sugere-se que esta bateria de indicadores, correspondente monitorização e gestão, sejam efectuados de forma articulada e com possibilidades de implementação, agregação e desagregação, face a corresponentes barómetros definidos à escala municipal. Definida a bateria de indicadores, é identificada uma matriz de impactos que a relacionam com as linhas de orientação estratégicas propostas para o PD-ICE, ilustrando o impacto que a evolução temporal de cada indicador vai reflectir sobre o resultado do sucesso da implementação das linhas de orientação estratégica. Com esta matriz de impactos é ainda possível aferir quais os indicadores mais influentes, associados à monitorização da implementação de cada uma das três linhas de orientação estratégica. Tabela 21: Matriz de impactos dos indicadores de sucesso sobre as linhas de orientação estratégica. Indicador 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Linhas estratégicas I II III Elevado Médio 80 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Gestão de Meios Gestão de Resultados PESSOAS 1,2,3,4 SECTORES ESTRATÉGICOS 5,6,7,8, 9 RESULTADOS INTEGRADOS 13,14,15, 16,17,18, 19, 20 INFRA-ESTRUTURAS 10, 11, 12 Melhoria Acompanhamento Figura 27: Enquadramento dos indicadores de sucesso no modelo unificador da estratégia ICE. 81 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 7. 7.1 CONCRETIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA – PROJECTOS MOBILIZADORES Carteira de projectos A concretização da estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo será efectuada de modo transversal nas três linhas estratégicas, devendo ser dada prioridade a iniciativas que se traduzem em resultados positivos sobre o maior número de sectores e recursos estratégicos. A definição dos projectos mobilizadores para a DUECEIRA baseou-se no conhecimento da sua realidade e âmbito de actuação, mas também, na sistematização dos projectos propostos nos PD-ICE de cada município, promovendo complementaridades e garantindo uma maior exequibilidade dos mesmos. Encontrar pontos de contacto comuns aos quatro municípios, ou de complementaridade, permite clarificar e assegurar a articulação entre projectos municipais e supramunicipais e estabelecer desde já qual o papel da DUECEIRA na sua concretização. Nalguns casos este será um papel mais relacionado com a orientação e coordenação, e noutros casos mais direccionado para a concepção e gestão das próprias iniciativas. Na tabela seguinte é apresentada uma síntese dos projectos mobilizadores associados aos PD-ICE da Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares. Na coluna dos Projectos Mobilizadores é utilizado um esquema cromático para agregar projectos que, independentemente do território municipal onde estão a ser propostos, apresentam objectivos e campos de acção comuns. Os Programas Educativos para a Promoção de uma Cultura de Valores Estratégicos (PECVE) e o Programa Captação de Talentos (CT) são projectos que se complementam, tendo por objectivo comum estimular a sociedade para novos valores e tornar a educação num alicerce da mudança e desenvolvimento. 82 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Os projectos mobilizadores na área da formação e qualificação profissional (QICE e UPGRADE) também são similares, uma vez que ambos têm por objectivo aumentar o nível de qualificação da população activa e a sua integração no mercado de trabalho. A promoção da cidadania e a criação de plataformas adequadas para sustentar processos de participação cívica (CP, INCLUIR, IDEIAS e Participar) são projectos comuns aos quatro municípios, sendo também importante garantir a sua existência à escala supramunicipal, no sentido de estimular a cooperação e reforçar a identidade ao nível da DUECEIRA. O Turismo é um tema transversal a todos os municípios e, independentemente da sua tipologia, encontra-se presente na carteira de projectos proposta para cada um deles, no domínio dos sectores estratégicos e das infra-estruturas. Os projectos OUTDOOR, ETI, EMPT, ESTAR, SAP, RECREIO e Turis-CAN traduzem, em conjunto com os eventos temáticos propostos, um pacote de iniciativas que pode ser gerido à escala da DUECEIRA. A floresta é o elemento comum a todo o território e a fonte de inspiração para alguns dos projectos no domínio dos sectores estratégicos. Os projectos NCF, NCPL e CVFM, propostos para diferentes municípios, propõem actividades em fases diferentes da cadeia de valor da floresta. Atendendo às especificidades locais, os projectos de suporte e valorização da base económica local variam sectorialmente, abrangendo investimentos em infra-estruturas e a estruturação de redes e núcleos de competências. 83 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 22: Síntese dos Projectos Mobilizadores que integram os Programas Directores de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo dos municípios da DUECEIRA. Município LOUSÃ MIRANDA DO CORVO PENELA VILA NOVA DE POIARES Visão “Lousã: no trilho de uma comunidade sustentável” “Miranda do Corvo: uma comunidade saudável e solidária” “Penela: Recursos locais ao serviço da inovação, inovação ao serviço dos recursos locais”. “Vila Nova de Poiares: um Concelho amigo do investimento” Linhas de Orientação Estratégica 1. Potenciar a Lousã como centro do Turismo de Montanha 2. Transformar a Lousã numa plataforma de excelência para a preservação e investigação do sector florestal 3. Afirmar a Lousã como um município criativo, centrado “no papel e no livro 1. Promover o “bem-estar” como sector estratégico de desenvolvimento 2. Fomentar a inovação nas artes e ofícios locais 3. Estimular a utilização das energias renováveis 1. Dinamizar a base económica local, promovendo a cooperação e as parcerias entre agentes de desenvolvimento 2. Consolidar novos factores competitivos centrados na educação e formação, criando uma cultura de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo 3. Valorizar o território como suporte do desenvolvimento 1. Estimular uma base económica dinâmica e inovadora 2. Apostar na qualidade de vida como alicerce da competitividade 3. Investir na Educação, Formação e Cultura – uma geração empreendedora Projectos Mobilizadores PECVE UPGRADE OUTDOOR ETI GAICE CP NCF REQUALZI CASA DO LIVRO BEL BICE PECVE GAICE TELA VERDE NCPL BIS INOVARTE IDEIAS QICE ESTAR PIMC INCLUIR FESTIVAL DA LONGEVIDADE EMERG OFICINA RECREIO BICE PECVE QICE CT CCNH EMERG EMPT GAICE PENELI SAP IDEIAS NOZWEEK HIESE BEL BICE PECVE CDIAUTO GAICE SIMPAE CVFM PMAI REQUALZI QICE EIPQV PARTICIPAR VNP CARTE PROTÓTIPO Turis CAN BEL BICE Com base nas estratégias de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo propostas para os quatro municípios da DUECEIRA (Tabela 22) e na Visão e linhas de orientação estratégica já delineadas, foi feito um trabalho de síntese e sistematização sectorial e temática. Os projectos mobilizadores no domínio dos sectores estratégicos são particularmente relevantes a este nível, ao ter por objectivo dotar o território de capacidade de produção de conhecimento e de capacidade tecnológica, orientada para as necessidades da base económica local (Figura 28). 84 Sociedade Portuguesa de Inovação BEL Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) DUECEIRA CRIAR E ACOLHER : PONTES DE APROXIMAÇÃO SUPRAMUNICIPAL, CRUZANDO SERRAS E VALES I. Reforçar o capital social, investindo na educação e qualificação como factores de competitividade Pessoas P1 EDUCAR Sectores Estratégicos P5. EMERG II. Consolidar funções diferenciadas e diferenciadoras que valorizem a floresta enquanto sector económico de interesse estratégico P2. FOR-ICE P3. INTEGRAR P6. PIMT P7. Ciclo da Árvore III. Planear o desenvolvimento sustentado dos sectores estratégicos com base nos recursos e na identidade local P4. IDEIAS P12. Infraestruturas P9. AQUI P8. VALOR P10. RUA Barómetro ICE P11. BEL Figura 28: Projectos mobizadores. Gestão de Meios Gestão de Resultados PESSOAS P1,P2,P3,P4 SECTORES ESTRATÉGICOS P5,P6,P7,P8 RESULTADOS INTEGRADOS P12 INFRA-ESTRUTURAS P9,P10,P11 Melhoria Acompanhamento Figura 29: O papel dos projectos mobilizadores no modelo unificador da estratégia. 85 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Na carteira de projectos mobilizadores proposta é importante destacar a existência de duas tipologias (Tabela 23), consoante o papel da DUECEIRA na sua implementação: A. Projectos em que a DUECEIRA tem um papel essencialmente de coordenação e agregação de esforços municipais, assegurando a complementaridade intermunicipal dos projectos individuais, essencialmente concelhios; B. Projectos em que a DUECEIRA tem um papel de concepção e gestão, justificado pelas potencialidades diagnosticadas a nível local, mas cujo sucesso depende da sua implementação a uma escala que é essencialmente intermunicipal. Tabela 23: Tipologia de projectos de acordo com o papel da DUECEIRA na sua implementação. Tipologia P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 A B Não obstante a transversalidade dos projectos em relação à concretização da estratégia de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, é possível estruturar uma matriz onde se identificam os diferentes níveis de impacto entre os projectos mobilizadores e as linhas de orientação estratégica do PD-ICE (Tabela 24). Apresentam-se dois níveis de impacto: “elevado” indica que a execução de um projecto é crucial para a concretização da correspondente linha estratégica, podendo a sua não execução comprometer a mesma; “médio” indica que não sendo determinante para a concretização da linha estratégica, a execução do projecto em causa seria facilitadora e aliada da sua concretização. Tabela 24: Matriz de impactos de projectos mobilizadores sobre as linhas de orientação estratégica. Projectos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 Linhas Estratégicas I II III Elevado Médio 86 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Para além da importância de relacionar os projectos mobilizadores com as linhas de orientação estratégica, importa relacionar estes projectos com os indicadores de sucesso, pois é fundamental para a monitorização da implementação da estratégia Inovação, Competitividade e Empreendedorismo identificar as trajectórias de evolução nos indicadores de sucesso decorrentes da concretização dos projectos mobilizadores. Tabela 25. Matriz de impactos dos projectos mobilizadores sobre os indicadores de sucesso. Projectos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 Indicadores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Elevado Médio Em seguida, descrevem-se os Projectos Mobilizadores propostos, elencando, para cada um deles, os objectivos, uma descrição sucinta, as actividades a desenvolver, as entidades envolvidas, duração, estimativa orçamental e métricas do sucesso de implementação. 87 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) A estimativa orçamental apresentada é indicativa e efectuada de acordo com intervalos de valores que permitem classificar os projectos da seguinte forma: Tabela 26. Classificação dos projectos de acordo com a sua estimativa orçamental. Tipo Intervalo orçamental A > 250 000 € e < 1 000 000€ B >100 000 € e < 250 000 € C <100 000 € Segue-se então uma listagem da informação acima referida. 88 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Pessoas Projecto P1 Gestão e acompanhamento de Programas EDUCAR Educativos para a Promoção de uma Cultura de Valores Estratégicos Objectivos Criar as bases para que se encontrem e desenvolvam, no seio da população da DUECEIRA, os novos empreendedores. Nesse sentido, a sensibilização e educação para valores estratégicos como o empreendedorismo, o optimismo, a ética, a confiança, o risco, a inovação e a criatividade devem ser trabalhados o mais precocemente possível. Promover uma cultura de valores estratégicos é determinante para a melhoria do padrão comportamental da sociedade de amanhã, começando desde o início do percurso escolar (3 anos) e sendo contínuo ao longo da vida, tornando-se essencial: • Sensibilizar e motivar os docentes para a importância do ensino para os valores estratégicos; • Despertar o interesse das várias camadas etárias da população em aprender e cultivar os valores estratégicos; Fomentar as parcerias entre instituições de ensino, tecido empresarial e tecido associativo • para a promoção desta cultura. Descrição Criar um sistema de gestão e acompanhamento que, em parceria com as autarquias da DUECEIRA, promova as edições anuais dos PECVE, garantindo a complementaridade dos programas e o intercâmbio entre as escolas do território da DUECEIRA. Gerir e acompanhar as acções desenvolvidas localmente, para a comunidade educativa e para a população em geral, visando a promoção de uma cultura de valores estratégicos, nomeadamente acções de sensibilização, de animação, de formação e de interacção com o tecido empresarial e associativo. Actividades a desenvolver 1. Participar no processo de definição dos programas de intervenção ao nível do pré-escolar, 1º Ciclo, 2º e 3º Ciclos do básico e ensino secundário para cada um dos quatro Concelhos do território da DUECEIRA: • Formatação detalhada do projecto, incluindo as matérias a abordar de acordo com a população alvo, a calendarização, as entidades a envolver em cada acção e os resultados esperados; • Concepção e disponibilização de materiais didácticos de apoio nestas temáticas; • Promoção de acções de formação de professores; 89 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 1º Ciclo do ensino básico – Lançamento de programas de criação de pequeno negócio: os • alunos constituem equipas que irão seleccionar/conceber um produto a ser comercializado, com a contabilização de custos e proveitos associados a essa comercialização; • 2º e 3º Ciclos: criação de concursos de ideias de negócio; • Visitas a empresas e casos de sucesso de exploração e inovação nos produtos endógenos; • Visitas de empresários e quadros de empresas a escolas; • Criação de sistemas de geminação escola/empresa; • Dinamização de espaços de aprendizagem complementares, em todos os graus de ensino, direccionados para dar a conhecer e sensibilizar crianças/jovens para os sectores estratégicos e sua importância (visitas de estudo, área projecto, exemplos ilustrativos, palestras com oradores convidados, etc.). 2. Participar no processo de definição de programas de acção para a população em geral e determinados públicos alvo em particular, visando “sentir a DUECEIRA como a nossa casa”: Formatar programas anuais de eventos ligados aos valores estratégicos, com semanas • temáticas dedicadas à criatividade, ética e confiança, inovação, empreendedorismo, etc; 3. • Dar a conhecer e reforçar a identidade supramunicipal DUECEIRA; • Fomentar intercâmbios e acções supramunicipais. Elaborar relatórios anuais de avaliação dos PECVE dos quatro Concelhos e definir os plano de actividades do EDUCAR, estabelecendo matrizes intermunicipais de complementaridades temáticas. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, empresas, Pré-escolar, Escolas 1º ciclo, Escolas 2º e 3º ciclo, Escolas Secundárias, Escolas Profissionais, IPSS, associações culturais e artísticas, Ministério da Educação (ME) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino superior (MCTES). Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental B 90 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Métricas de sucesso do projecto • Ter programas anuais para todos os níveis de ensino existentes no território da DUECEIRA, com uma iniciativa por semestre aberta à comunidade; • Diminuir os valores de insucesso e abandono escolar em 10% ao ano; • Convergir as médias de classificação em exames nacionais no território da DUECEIRA com o distrito em 10% ao ano. Exemplos Inspiradores • Federacion Canaria de Desarrollo Rural – Programa educativo para o desenvolvimento das capacidades empreendedoras dos mais novos: http://www.laescuelaemprende.org/. • Irlanda – perceber o funcionamento do mundo do trabalho, estimular para o conhecimento do mundo: http://www.juniorachievement.ie/. • Grã Bretanha – Durham: Special Project to Implement Children’s Elections (SPICE) – estimular os valores da cidadania: http://crc.rocktimeweb.net/Uploads/SPICE_FileFile_FILE1471.pdf. 91 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Projecto Pessoas P2 Formação para a Inovação, Competitividade e For-ICE Empreendedorismo Objectivos Os baixos níveis de formação e qualificação da população activa constituem um dos principais obstáculos à consolidação da Inovação Competitividade e Empreendedorismo no território da DUECEIRA, o que, paralelamente com o baixo nível de investimento em I&D e a preponderância de postos de trabalho pouco qualificado, fragiliza o tecido económico da DUECEIRA. Será assim essencial promover um programa de formação e qualificação que reforce as competências do tecido empresarial local nestes domínios: • Reforço das capacidades profissionais dos recursos humanos nos sectores estratégicos; • Promoção de percursos de formação que facilitem a integração de activos qualificados no mercado de trabalho; • Estímulo à formação contínua; • Estímulo à adaptação dos activos a novas ofertas de trabalho, potencialmente mais qualificado; • Estímulo à integração de jovens quadros superiores nas empresas locais. Descrição Criar um sistema de gestão e acompanhamento que, em parceria com os municípios, estabeleça um modelo de formação profissional adaptado às necessidades evidenciadas nos sectores estratégicos e que, paralelamente, crie as condições para que os jovens quadros superiores encontrem na DUECEIRA o seu posto de trabalho, regenerando o tecido económico e garantindo a sua sustentabilidade nos mercados. Actividades a desenvolver • Elaboração de um diagnóstico integrado de necessidades de formação e qualificação para a dinamização dos sectores estratégicos na DUECEIRA; • Acompanhamento e participação na divulgação da iniciativa junto das empresas que se pretende envolver; • Coordenação do processo de construção do modelo de formação, dos planos curriculares/agendas das acções, em parceria com os municípios e as empresas; • Gestão e apoio à selecção das empresas a visitar no País e em países Europeus no âmbito das acções; • Gestão e apoio na identificação dos formadores/intervenientes nas acções, que possam envolver quadros de empresas e consultores experientes; 92 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • Definição de conteúdos para apostas em e-learning, focalizados em áreas de formação adequadas aos sectores estratégicos (agricultura, turismo, cultura, biotecnologia, recursos naturais, floresta, produtos endógenos, energias renováveis, reabilitação patrimonial). Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, empresas, Escolas Profissionais, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Instituto do Emprego e Formação Profissional, Ministério da Educação (ME), Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino superior (MCTES) e Entidades Locais acreditadas pelo IFQ – Instituto para a Qualidade na Formação. Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental B Métricas de sucesso do projecto • Realizar 8 visitas por ano a casos exemplares. • Envolver 40 empresas e 400 trabalhadores por ano em acções de formação. • Avaliação positiva da eficácia da formação recebida Exemplos Inspiradores • Finlândia – Programa Y4: http://paketti.posiona.net/y4/graf/Y4-presentation.swf. • Brasil – Conteúdos de e-learning para a formação e upgrade no sector agrícola: http://www.agroescola.com.br/ • Empresa de Formação que desenvolve conteúdos nas áreas do turismo e animação sociocultural em França: http://www.oriadis.afpa.fr/browse/metier/fs_browse_details.asp?code=7055 93 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Pessoas Projecto P3 Programa de intervenção para a prevenção da INTEGRAR exclusão e abandono escolar Objectivos O abandono escolar é um fenómeno que afecta toda a sociedade portuguesa: “Por um lado, as causas tradicionais de abandono, muito associadas à entrada precoce na vida activa e a situações de pobreza das famílias e de isolamento das escolas, encontram-se globalmente em declínio mas confrontam-se com focos de resistência significativos.” Ferrão, J. et al em Revista Sociedade e Trabalho, nº10. O objectivo do INTEGRAR é a avaliação, estudo e definição de programas de intervenção com vista à diminuição do abandono escolar a nível municipal e supramunicipal. Descrição O combate ao abandono escolar é um desafio complexo que implica uma mudança cultural e social profunda, sustentada num trabalho conjunto entre escola, família e mercado de trabalho. O INTEGRAR deve assumir-se como uma rede de suporte, mobilizando parceiros institucionais e a população no sentido de apoiar as famílias e jovens em risco de abandonarem precocemente o sistema de ensino. Actividades a desenvolver 1. Avaliação do abandono escolar a nível intermunicipal, em parceria com as redes sociais locais: • Estudo detalhado da população escolar (contributos das redes/cartas educativas); • Estudo do contexto sociocultural da população escolar; • Determinação das ameaças potenciais ao abandono escolar precoce e identificação de grupos de risco; 2. Definição do sistema intermunicipal de prevenção: • Criação de grupos locais de prevenção do abandono, com o envolvimento de famílias, escolas e tecido empresarial; • Estruturação de um sistema de avaliação, monitorização e enquadramento social, responsável pelo acompanhamento dos jovens em risco fora do ambiente escolar; • Estruturação de um sistema de avaliação da resposta educativa, responsável pelo acompanhamento dos jovens em risco no ambiente escolar, pela sua orientação profissional e pela adequação dos “pacotes” educativos locais; • Criação e implementação do “FICA” – sistema para o Fomento da Integração Continuada de Alunos, no qual são propostas as seguintes actividades: • Definição da figura de tutores socioeducativos; 94 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • Criação de bolsas de estudo para jovens em risco de abandono; • Definição das interacções a potenciar com os programas EDUCAR; • Criação de prolongamentos escolares especiais – ocupação de tempos livres promovido em parceria com os agentes locais, onde os jovens podem ter contacto com novidades em sectores estratégicos, a importância da criatividade e inovação. • Criação de um prémio anual para atribuição a jovens em risco que concluam o ensino obrigatório • Criação e implementação do “CASA” – Centro de Apoio e Suporte à Alfabetização: • Contacto com as famílias dos jovens em risco, motivando a alfabetização e formação, paralelamente com o percurso escolar dos jovens em risco; • Identificação dos meios de subsistência da família – tipos de actividade e requisitos ao seu exercício e definição de planos de alfabetização adequados e apelativos; 3. • Criação de bolsas de alfabetização e formação familiar; • Criação de um prémio anual para atribuição a família exemplar. Estabelecimento de parcerias com entidades bancárias para patrocinarem as bolsas e os prémios anuais do FICA e do CASA. 4. Desenvolvimento de protocolos com empresas para colocação dos jovens em estágios escolares – componente prática preferencialmente efectuada em ambiente de trabalho. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, Juntas de Freguesia, Associações Locais, Ministério do Trabalho e Segurança Social (MTSS), Instituto do Emprego e Formação Profissional, tecido empresarial, Ministério da Educação (ME) e rede escolar dos quatro Concelhos. Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental B Métricas de sucesso do projecto • Diminuir as taxas de abandono escolar em 10% ao ano; • Convergir as médias de classificação em exames nacionais na DUECEIRA com o distrito 10% ao ano. 95 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Exemplos Inspiradores • EUA – National DropOut Prevention Center Network: http://www.dropoutprevention.org/ndpcdefault.htm – organismo nacional de prevenção ao abandono escolar que estabelece e gere programas de natureza diversa (destaque para um documento sobre os factores de risco e a necessidade de agir proactivamente na identificação dos grupos de risco: http://www.achieve.org/files/dropouts.pdf). • França – Conseil Regional de Prevention de Prévention de l’abandon scolaire : http://www.crepas.qc.ca/. 96 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Projecto Pessoas P4 Promoção da Cidadania – Sistema de criação IDEIAS e recolha de ideias Objectivos Estimular a cidadania (“the sense of belonging”) no território da DUECEIRA. Permitir, através de um canal informal, que todos sintam que têm uma voz activa e que podem fazer propostas sobre o rumo de desenvolvimento e acções concretas para que a DUECEIRA seja um território cada vez mais inovador, competitivo, empreendedor, acolhedor e atractivo. Descrição Criar um sistema de criação, recolha e tratamento de ideias propostas por qualquer cidadão. Actividades a desenvolver • Desenvolvimento de um sistema de criação, recolha e tratamento de ideias à escala concelhia e supraconcelhia, suportado em TIC; • Avaliação de suportes não digitais para reforçar a implementação do projecto – colocação de caixas de sugestões apelativas em locais chave, como sejam escolas, locais comerciais, igrejas, juntas de freguesia, etc.; • Divulgação da iniciativa; • Elaboração de um calendário temático, em simultâneo com um espaço do tipo “tribuna livre”; • Recolha periódica e análise das ideias; • Publicitação das ideias recolhidas e do seguimento dado a cada uma delas; • Participação nos processos de atribuição periódica de prémios simbólicos para as melhores ideias em cada um dos municípios e à escala supramunicipal. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, Juntas de Freguesia, sociedade civil. Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental C 97 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Métricas de sucesso do projecto • 120 ideias/ano. Exemplos Inspiradores • Livro “Ideas are free” de Alan G. Robinson e Dean M. Schroeder: http://www.ideasarefree.com/. 98 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Projecto Sectores Estratégicos P5 Estratégia Intermunicipal para as Energias EMERG Renováveis Objectivos Os Concelhos de Lousã, Penela, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares têm condições favoráveis para a produção de energia a partir de fontes renováveis – solar, eólica e biomassa, e para a sua utilização como fonte de abastecimento dos serviços públicos. O recurso a energias renováveis é uma aposta global, havendo incentivos para a progressiva substituição das energias ditas tradicionais. Neste contexto, são propostos os seguintes objectivos: • Aproveitamento do potencial morfológico e climático dos Concelhos para a produção de energia eólica e solar; • Racionalização e optimização de consumos energéticos; • Afirmação do território da DUECEIRA como referência ao nível energético, um exemplo a seguir a nível nacional; • Conquista de posição de referência no que concerne ao fomento e utilização de energias renováveis, beneficiando de forma optimizada dos fundos e programas de apoio neste âmbito. Descrição Criar um programa intermunicipal de análise, diagnóstico e acção no domínio das energias renováveis. Identificação de oportunidades de inovação no sector a nível intermunicipal e identificação de destinatários potenciais e preferenciais. Actividades a desenvolver • Criação do Plano energético intermunicipal; • Gestão do processo de divulgação do projecto junto do tecido empresarial local e de instituições de I&D nacionais; • Co-organização de workshops; • Parceria no desenvolvimento de projectos-piloto como base para a inovação; • Fomento de parcerias entre municípios, CBE e AREAC em projectos para fomento da utilização de energias renováveis; • Identificação de sectores empresariais estratégicos que se podem candidatar aos projectos-piloto; • Recepção e avaliação de candidaturas intermunicipais; • Avaliação e acompanhamento dos projectos objecto de apoio. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, Municípios vizinhos da região, Tecido Empresarial, AREAC, Instituições financeiras, Instituições de I&D, Associações de Municípios, Associações de desenvolvimento. 99 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental A Métricas de sucesso do projecto • Utilização de fontes renováveis para o abastecimento energético de todos os edifícios públicos existentes nos Concelhos, com crescimento situado em 10% ao ano; • Redução da despesas municipais afectas ao abastecimento energético em 5% ao ano; • Aumento do número de indústrias a utilizar fontes renováveis de energia em 10% ao ano; • Desenvolvimento, no mínimo, de um projecto-piloto por ano. Exemplos inspiradores • Moinhos da Ti Antoninha – Moimenta da Beira: empreendimento turístico a funcionar exclusivamente com energias renováveis: http://www.moinhostiaantoninha.com/menergia.asp?idp=2&lg=1. • Ecocidade – Projecto europeu a actuar numa rede de cidades europeias, visando aumentar o uso de energias alternativas no funcionamento da urbe: http://www.ecocity-project.eu/index.html. • Negócio ecológico – Áustria – Ecobusiness Plan: http://www.magwien.gv.at/english/eco/index.htm. 100 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Sectores Estratégicos Projecto P6 Programa Intermunicipal de Turismo PIMT Objectivos A DUECEIRA, pela diversidade de elementos com potencial turístico (Serra da Lousã, Aldeias de Xisto, Villa Romana, castelos, património religioso, gastronomia, etc.) e pela notoriedade que alguns deles já alcançaram no exterior, pode vir a conquistar uma posição de referência no turismo da região Centro. No entanto, a oferta turística nesta área carece ainda de um fio condutor, uma estratégia que promova de forma integrada o potencial natural local. Pretende-se criar um programa que concilie as diversas ofertas turísticas de forma integrada, contribuindo para a construção de uma imagem apelativa junto do turista, desenvolvendo materiais de divulgação associados, e implementando no terreno as acções que possibilitem uma fácil orientação e identificação de todas as possibilidades disponíveis. Descrição O projecto pretende criar um sistema de análise, diagnóstico e acção para a promoção e dinamização do turismo no território da DUECEIRA, organizando calendários temáticos e compatibilizando-os para que a qualidade e a sustentabilidade da oferta sejam o seu cartão-devisita. Este projecto será fortemente condicionado pela criação de parcerias público-privadas e pela capacidade de articulação do PIMT com a região envolvente e com a estratégia promocional de destinos turísticos já reconhecidos – Aldeias de Xisto e Coimbra. Actividades a desenvolver 1. Identificação de parceiros públicos e privados para o desenvolvimento dos programas de intervenção e estabelecimento de protocolos de colaboração. 2. Promoção do território da DUECEIRA em parceria com os municípios e as estratégias no sector do turismo que estas possam estar a desenvolver: • Criar rotas turísticas intermunicipais temáticas – rios Ceira, Dueça, Alva (Zona de Pesca Desportiva) e Mondego, Serra da Lousã, Serra de São Pedro Dias (Dólmen), templo dos Romanos (Villa Romana do Rabaçal), sabores (gastronomia dos quatro Concelhos), etc.; • Coordenação e suporte à divulgação do calendário de eventos e de animação cultural dos municípios, promovendo a articulação e complementaridade das actividades. • Criar materiais de promoção e divulgação das rotas intermunicipais temáticas, promovendo sempre que possível parcerias com agentes públicos e privados que garantam um maior alcance da estratégia promocional; 101 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • Disseminar a utilização das TIC na promoção das actividades e ofertas turísticas; • Reformular o site da DUECEIRA, para que seja um canal privilegiado de divulgação da informação turística; 3. Prioridades de Intervenção no Território: • • Efectuar levantamento de circuitos pedestres existentes (e criação de novos circuitos); Desenvolver um programa de monitorização e intervenção para os trilhos do Ceira e Dueça, que monitorize o seu estado e garanta a possibilidade de utilização durante todo o ano; • Colocar sinalética em todo o território da DUECEIRA com um design único e elaborar mapas dos trilhos acessíveis em cada estação do ano, por grau de dificuldade e tipo de deslocação (a pé, bicicleta, VTT); • Estudar possibilidade de utilização sistemas de orientação por GPS na Serra para a realização dos percursos; • Participar nos estudos municipais de viabilidade e localização de estruturas hoteleiras. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, tecido empresarial (hotelaria, restauração, comércio e serviços), Direcção Geral de Turismo (DGT), Região de Turismo, ARPT Centro de Portugal, Ministério da Economia, Municípios Vizinhos, ICN. Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental A Métricas de sucesso do Projecto • 200.000 turistas por ano no território da DUECEIRA; • Aumento das estadias e do seu tempo médio em 20% ao ano; • Aumento do índice de satisfação dos turistas; • Aumento do índice de satisfação da população. Exemplos Inspiradores • França – Comuna de Morzine: http://www.morzine.com/. 102 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Projecto Sectores Estratégicos P7 Rede de Competências do Sector Florestal Ciclo da Árvore Objectivos O território da DUECEIRA é um ponto de referência regional no sector florestal. A localização de diversos organismos ligados a instituições de ensino e I&D e a organismos nacionais de prevenção e segurança pública, com um longo percurso de trabalho desenvolvido para os vários momentos da cadeia de valor associada ao sector florestal, tornam a DUECEIRA numa plataforma de excelência nesta área. Com o Ciclo da Árvore pretende-se estruturar o conhecimento existente e fomentar a inovação com vista à sua integração no tecido económico local e supra-local e consequente dinamização do cluster florestal. Descrição O Ciclo da Árvore corresponde a uma rede de competências que visa fomentar a educação e sensibilização ambiental, a protecção e monitorização do estado da floresta, o desenvolvimento de técnicas de intervenção e minimização de riscos, o incremento da qualidade da mancha florestal e a investigação relacionada com os produtos derivados da floresta. Este núcleo deverá agrupar os serviços e o conhecimento existente, criando um plano de acção para o que se denomina, ciclo da árvore, assumindo-se como órgão consultivo dos projectos existentes a nível municipal. Actividades a desenvolver 1. Definição da missão, dos objectivos, das actividades a desenvolver, dos serviços a prestar e da forma de operacionalização do Ciclo da Árvore; 2. Sistematização do conceito do Ciclo da Árvore, numa apresentação que possa ser efectuada junto de potenciais interessados em aderir a esta rede; 3. Realização de contactos e recolha de manifestações de interesse em participar na criação do Ciclo da Árvore; 4. Estabelecimento de protocolos para a criação do Ciclo da Árvore entre as entidades envolvidas; 5. Definição do plano de interacção com as estruturas locais a desenvolver actividade nesta área; 6. Desenvolvimento de uma plataforma de comunicação entre as entidades envolvidas; 7. Divulgação do Ciclo da Árvore, nomeadamente das suas actividades e serviços, junto da 103 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) população e a nível nacional; 8. Estruturação de um plano intermunicipal de actividades na área da Sensibilização e Educação Ambiental: 9. • Calendário anual de actividades escolares; • Calendário anual de eventos abertos à população (workshops, conferências). Estruturação do plano de acção de IDI: • Inovação em Técnicas de Combate: o Formação dos meios humanos de combate aos riscos florestais: Formação profissional – parceria com Centro de Formação Especializado em Incêndios Florestais da Escola Nacional de Bombeiros (Lousã); o • Novos equipamentos e materiais químicos de combate a fogos florestais. Gestão da Propriedade Rústica: o Desenvolvimento de sistemas de monitorização do estado da propriedade o Investigação da Florestação para combate à erosão – espécies, e seu abandono em suporte TIC; densidades em parceria com o COTF – Centro de Operações e Técnicas Florestais (Lousã). • Prevenção e combate a riscos florestais: o Desenvolvimento de sistemas de vigilância (TIC risco – métodos de vigilância e controlo); • Produtos: o Estruturação e apoio a processos de Certificação Florestal; o Gestão da Biomassa (Recolha de sobrantes florestais e gestão do seu destino final- produção de Energia em actividades do sector público e privado); • Transformação: o Actividades de I&D ligadas ao papel e livro – papel com cheiros, novas texturas, técnicas de conservação e restauro – parceria com centros e unidades de investigação existentes e empresas de software (ex.: Ydreams) o Actividades de I&D ligadas à madeira – Investigação sobre propriedades da madeira e novos usos no sector da construção e mobiliário, técnicas de modernização e inovação no tratamento e transformação da madeira, design de mobiliário, reciclagem dos desperdícios da indústria de transformação da madeira; 10. Desenvolvimento de projectos-piloto à escala intermunicipal, em parceria com municípios e instituições de I&D; 11. Identificação de incentivos e instrumentos de financiamento para investigação e intervenção, suporte a candidaturas públicas e privadas. 104 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Associações de Produtores Florestais, COTF, NICIF, Corpo de Bombeiros, municípios vizinhos, tecido empresarial, AREAC, instituições financeiras, associações de municípios e associações de desenvolvimento. Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental A Métricas de Sucesso do Projecto • Desenvolvimento de 5 projectos piloto por ano; • Recolha e aumento da utilização energética da biomassa em 20% ao ano; • Aumentar o número de empresas do cluster florestal com projectos de I&D apoiados pelo Ciclo da Árvore. 105 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Sectores Estratégicos Projecto P8 Rede de Competências para a valorização dos VALOR produtos endógenos Objectivos No território da DUECEIRA existem vários produtos endógenos de qualidade, mas que na sua maioria surgem na economia informal e com baixo valor acrescentado. O VALOR tem como objectivo principal apoiar a Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, contribuindo activamente para a renovação e dinamização do tecido empresarial local e para a estruturação de uma cadeia de valor dos produtos endógenos, tornando-os mais competitivos e geradores de riqueza. Descrição Constituir uma rede de competências para fomentar o desenvolvimento e a valorização dos produtos endógenos, através da criação de redes de cooperação com instituições de I&D e tecido empresarial. Actividades a desenvolver 1. Definição da missão, dos objectivos, das actividades a desenvolver, dos serviços a prestar e da forma de operacionalização do VALOR; 2. Sistematização do conceito VALOR , numa apresentação que possa ser efectuada junto de potenciais interessados em aderir a esta rede; 3. Realização de contactos e recolha de manifestações de interesse em participar na criação do VALOR ; 4. Estabelecimento de protocolos para a criação do VALOR entre as entidades envolvidas; 5. Definição do plano de interacção com as estruturas locais a desenvolver actividade nesta área; 6. Desenvolvimento de uma plataforma de comunicação entre as entidades envolvidas; 7. Criação de uma rede de excelência, focalizada nas potencialidades dos produtos endógenos, cobrindo um espaço inexistente a nível nacional (nomeadamente para o mel e queijo ou a noz), com ligações às entidades do SCTN existentes na Região, e com valências de investigação e inovação – unidade intermunicipal de valorização dos produtos endógenos (UniVPEN) • Rede de I&D do mel; • Rede de I&D do queijo do Rabaçal; • Rede de I&D da noz e castanha; • Rede de I&D do vinho. 106 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Criação de uma unidade de apoio à concepção (UAC) para pesquisa e identificação de 8. novos produtos ou melhoramento dos produtos existentes, de modo a lhes conferir maior valor acrescentado, em articulação com entidades públicas ou privadas especializadas em processos de desenvolvimento de novos produtos; Promoção de concurso de Ideias de Negócio nos sectores estratégicos, junto dos alunos 9. finalistas das Escolas Profissionais e do Ensino Básico/Secundário; 10. Benchmarking nacional e internacional, interagindo com unidades de referência em matéria de investigação e inovação neste tipo de produtos. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, associações de produtores, tecido empresarial, instituições financeiras, associações de municípios, associações de desenvolvimento. Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental A Métricas de Sucesso do Projecto • Duplicar, até 2010, o número de sociedades e empresas ligadas aos produtos endógenos; • Aumentar o investimento do tecido empresarial em IDI 10% ao ano; • Aumentar o número de empresas e de produtos certificados 10% ao ano. 107 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Projecto Sectores Estratégicos P9 Apoio à Qualificação e Inovação – Rede de AQUI espaços e actividades para a divulgação e comercialização dos produtos endógenos Objectivos A existência de produtos endógenos de qualidade não é condição suficiente para o seu sucesso. Torna-se essencial a divulgação, promoção e gestão dos processos de produção e comercialização orientados para mercados alvo. Criar uma rede de espaços e actividades para a divulgação e comercialização, tendo por objectivo assegurar a auto-sustentabilidade da economia local relacionada com os produtos endógenos. Descrição Adaptação de espaços existentes, onde seja possível criar uma rede de lojas para venda de produtos endógenos e onde possam ser promovidas actividades culturais. Apostar numa imagem de marca para as lojas AQUI. Actividades a desenvolver 1. Elaborar estudo de localização das lojas AQUI, numa lógica coerente de rede e com um projecto de sinalética de suporte; esta actividade deverá ser conduzida em estreita ligação com os projectos VALOR e PIMT; 2. Elaborar estudo de imagem e marketing das lojas AQUI, responsável por: • Criar unidades de venda de produtos endógenos, sofisticadas na apresentação e design do espaço e nos produtos oferecidos; • Disponibilizar nestes espaços novas ofertas, utilizando os produtos endógenos, com particular enfoque nos produtos inovadores (apostar na estreita ligação com o programa VALOR); • 3. Criar ambientes temáticos em cada loja. Elaborar projectos de arquitectura, engenharia e de paisagismo: • Estudo de imagem para criação de uma identidade apelativa em todas as lojas; • Elaborar um portal AQUI; Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias , associações de produtores, tecido empresarial, instituições financeiras, associações de municípios, associações de desenvolvimento. 108 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental A Métricas de Sucesso do Projecto • Triplicar, até 2010, o volume de vendas de produtos endógenos; • Aumentar o número de empresas e de produtos certificados 10% ao ano. Exemplos Inspiradores • Loja Terras de São Pedro do Sul - Projecto Criar raízes, promovido pela autarquia, que pretende dar resposta à desertificação das zonas mais afectadas. O objectivo é assegurar o escoamento dos produtos hortícolas e frutícolas produzidos nesses locais, através de espaços onde também é possível encontrar artesanato e outros produtos locais de qualidade. http://www.cm-spsul.pt/progride.html 109 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Sectores Estratégicos Projecto P10 Rede Urbana de Acessibilidades RUA Objectivos Melhorar a rede de infra-estruturas de apoio à Inovação, Competitividade e Empreendedorismo, através da mobilidade e acessibilidade. Descrição Criar novas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, que melhorem a mobilidade interna na DUECEIRA e as suas ligações externas. Os investimentos nesta área deverão ser precedidos de estudos pormenorizados, que permitam elaborar um plano detalhado, mas é já possível identificar algumas acções que poderão assumir um carácter prioritário. Este projecto apresenta como principais vantagens a possibilidade de criar melhores condições de instalação para empresas, criar melhores condições de vida para as populações e atrair mais investimentos. Actividades a desenvolver 1. Estudo detalhado da rede de acessibilidades e da mobilidade, onde sejam considerados: • Ao nível rodoviário: o A melhoria dos acessos internos na DUECEIRA, a construção do IC3, a melhoria da EN17, a conclusão da variante à EN342, e a construção da variante à EN236 e à EN2; o A ligação EN17-IP3, numa perspectiva de vir a implementar-se a denominada “Estrada do Pinhal” entre o IP3-Penacova e Vila de Rei (antiga Nacional 2), Eixo fundamental, “Portal de Entrada” do Pinhal Interior, a Norte; • Ao nível dos transportes públicos, criar uma rede intermunicipal que permita ultrapassar limitações claras existentes a este nível; • No que respeita ao transporte aéreo, deverá ser equacionado o papel futuro dos aeródromos da Lousã e Vila Nova de Poiares; 2. Elaboração de um plano detalhado de investimentos; 3. Concretização das acções previstas no plano. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, Ministério das Obras Públicas, Estradas de Portugal, E.P.E. 110 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental A Métricas de Sucesso do Projecto • Diminuição dos tempos de viagem dentro do território da DUECEIRA, e deste a Coimbra. 111 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Domínio Projecto Infra-Estruturas P11 Portal de apoio à dinamização da Base BEL Económica Local Objectivos Fomento da utilização das TIC como ferramenta de trabalho, para acesso a informação, • troca de experiências e qualificação; • Promoção de uma cultura digital global; • Disseminação via Internet da rede de recursos, oportunidades, programas de apoio, redes de I&D e demais informações de interesse para a base económica local; Promoção de redes de cooperação pelo acesso à informação. • Descrição Criação de um espaço digital onde seja compilada toda a informação relacionada com os sectores estratégicos do território da DUECEIRA. Identificação e caracterização dos sectores, empresas sediadas, infra-estruturas e serviços disponíveis, redes de parceiros de apoio à I&D e Inovação, programas de financiamento e documentos de política nacional e internacional que influenciem a base económica local. Actividades a desenvolver • Articulação com os BEL municipais; • Realização de um diagnóstico detalhado de necessidades, através da recolha de informação sobre os requisitos da plataforma, dando origem a um documento escrito com o delineamento estratégico para a sua construção; • Definição da arquitectura do sistema, isto é, do modelo físico de dados, módulos do sistema e interface, comunicações, plataforma de suporte e ferramentas; • Desenvolvimento de uma base de dados que centralize informação relativa a IDI e Inovação de entidades regionais, nacionais e estrangeiras; • Experimentação da plataforma em ambiente controlado, identificando e corrigindo falhas; • Realização de testes com clientes reais e fictícios; • Disseminação da plataforma junto das empresas do Concelho, bem como de entidades do Sistema Científico e Tecnológico e organismos nacionais, com incentivos à participação; • Registo das entidades interessadas na base de dados, construção de perfis, análise, interpretação e recolha de informações sobre objectivos, ideias e projectos; • Inclusão de uma bolsa de empresas e produtores locais, parceiros tecnológicos, programas de apoio, novas oportunidades de negócio, práticas e casos de excelência; 112 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, tecido empresarial, Instituições de I&D. Duração 2007 1ºS 2ºS 2008 1ºS 2ºS 2009 1ºS 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro Estimativa Orçamental C Métricas de sucesso do projecto • Em 2013 haver 70% das empresas sediadas no território da DUECEIRA com página na internet; • Aumentar o número de empresas envolvidas em parcerias com instituições de I&D em 10% ao ano; • Aumentar o número de empresas com projectos candidatados e aprovados a sistemas de incentivo à modernização e inovação em 10% ao ano. Exemplos Inspiradores • Inglaterra – Food and Drink Information Centre: http://www.foodanddrinkinfo.com/home.aspx. • Austria – Lower Austria Business Portal: http://www.loweraustria.biz/index_en.php?lang=en. 113 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Infra-estruturas Domínio Projecto P12 BICE Barómetro de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo Objectivo O plano de acções delineado no PD-ICE deverá ser acompanhado de um processo objectivo e expedito de avaliação do seu sucesso, que permita de uma forma ágil e em tempo útil detectar pontos críticos na implementação do PD-ICE, e introduzir as necessárias medidas correctivas. Descrição A bateria de indicadores já identificada neste documento deverá ser demonstrativa da situação do território da DUECEIRA e a sua evolução deverá revelar o trajecto que está a ser realizado em matéria de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. A principal missão deste projecto consiste na criação, gestão e actualização desta bateria de indicadores e sua análise periódica, enquanto Barómetro de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. Actividades a desenvolver • Reunião inicial com Comissão de Acompanhamento Estratégico e Conselho Consultivo para análise do Barómetro de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo e valores de referência (no momento de arranque do projecto), definição do trajecto de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (evolução dos indicadores) e objectivos a atingir no horizonte temporal do plano de acção; • A DUECEIRA irá proceder à actualização dos indicadores semestralmente, com publicação no BEL, recorrendo a apoios externos quando necessário; • O Barómetro ICE será objecto de análise nas reuniões semestrais da Comissão de Acompanhamento Estratégico e Conselho Consultivo do PD-ICE, que irão avaliar o desempenho da implementação do PD-ICE, por comparação dos indicadores com os valores estabelecidos como objectivo. Na sequência desta análise poderão ser identificados pontos críticos e definidas medidas correctivas. Entidades envolvidas DUECEIRA, Autarquias, Comissão de Acompanhamento Estratégico e Conselho Consultivo do PD-ICE (entidades previstas na estrutura de acompanhamento e gestão do PD-ICE). Duração 1ºS 2007 2ºS 2008 1ºS 2ºS 1ºS 2009 2ºS 2010 1ºS 2ºS 2011 1ºS 2ºS 20012 1ºS 2ºS 2013 1ºS 2ºS Concepção Arranque Velocidade de Cruzeiro 114 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Estimativa Orçamental B Métricas de Sucesso do Projecto • Evolução positiva da bateria de indicadores, com melhorias de 5% ao ano. 115 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 7.2 Boas Práticas | Exemplos Inspiradores Conhecer outras realidades e estudar diferentes estratégias de desenvolvimento permite encontrar inspiração e ajuda-nos numa melhor identificação de projectos mobilizadores para a realidade do território DUECEIRA. Incentivar o acesso à informação sobre diferentes formas de aproximação a realidades semelhantes e ao conhecimento de casos de sucesso pode ser determinante para disseminar uma cultura de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. A identificação de boas práticas e casos de sucesso de estratégias e projectos de desenvolvimento e de entidades a produzir conhecimento nos domínios de interesse estratégico, enquadra-se na lógica de benchmarking13 que se espera incentivar. Estas estratégias e projectos foram seleccionados de acordo com critérios especificamente relacionados, entre outros, com a estrutura económica e sociodemográfica, as características territoriais e económicas e os níveis de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. As entidades “produtoras de conhecimento” foram seleccionadas tendo em consideração a sua área de estudo e relevância para o seu desenvolvimento. A análise de boas práticas deverá permitir a identificação de contributos relevantes para o PD-ICE do território DUECEIRA. 13 Define-se como “Processo contínuo e sistemático que permite a comparação das performances das organizações e respectivas funções ou processos face ao que é considerado “o melhor nível”, visando não apenas a equiparação dos níveis de performance, mas também a sua ultrapassagem”, (Comissão Europeia, 1996). 116 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 7.2.1 Estratégias locais e regionais Apresentam-se os seguintes exemplos: 1. Áustria – Região da Lower Áustria – estratégia de desenvolvimento orientada por clusters, dos quais se destaca o cluster do bem estar. 2. Grécia – Município/região da Kardinska – estratégia relacionada com o tecido económico de microempresas, a sustentabilidade ambiental e a preservação identitária. 3. Reino Unido – Regional Development Agencies – entidades gestoras do desenvolvimento regional no Reino Unido. 4. Alemanha – Região da Bavária – estratégia focalizada em clusters, dos quais se destacam o ambiental e o florestal. 5. França – Comuna de Morzine – estratégia relacionada com o turismo de montanha. 6. Reino Unido – Neath Port Talbot County – estratégia de saúde, apoio social e bemestar para 2005-2008. 7. Polónia – Opolskie Voivodeship – estratégia de desenvolvimento orientada para o crescimento económico, aliado ao respeito pelo ambiente e qualidade de vida. 117 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) ÁUSTRIA: Região LOWER ÁUSTRIA As pequenas e médias empresas são o pilar da economia da região. Apesar da sua relevância económica, a globalização sentida nos seus mercados tem vindo a debilitá-las. A necessidade de inovação e especialização afirma-se como crucial e a necessidade de cooperação emerge como ponto de partida para o sucesso. A estratégia de desenvolvimento da região passa pela aposta em alianças estratégicas, numa óptica de optimização da produção, organização e abordagem aos mercados. Os clusters e as redes de cooperação são conceitos chave para o aumento da competitividade. Entidade Gestora The Business Agency of Lower Austria: http://www.ecoplus.at/ecoplus/e/33143.htm. Programas Na lógica de Clusters e Redes de Cooperação intra-regional destacam-se dois exemplos: 1. Wellbeing Cluster of Lower Austria (http://www.wellbeingcluster.at/ecoplus/cluster/wbc/): Um cluster multidisciplinar que visa estruturar o bem estar da região, pondo a trabalhar para esse objectivo comum empresas, instituições e actores nas áreas do turismo de saúde e bem estar (unidades de SPA, hotéis, estâncias termais), Medicina Preventiva, produtos naturais (produtos biológicos, cosmética natural), serviços médicos complementares (nutrição saudável, desporto, saúde psicossocial), instituições de ensino e fornecedores (se possível, exclusivamente locais). 2. Food Industry Initiative of Lower Áustria, na qual são Projectos chave: • Subsidised Continuing Education for HACCP and IFS: Este é um projecto que apoia as empresas na sua adequação aos padrões de qualidade internacionalmente reconhecidos. • Origin Tracking in the Production Chain: Desenvolvimento de um sistema operacional para acompanhamento de todo o processo de produção, através da criação de um passaporte do produto. • The "Blue-Yellow Shelf" at Food Retail: Criação de uma estratégia de Marketing para os produtos endógenos de qualidade, agrupando-os e disponibilizando-os em conjunto nos espaços comerciais. 118 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) GRÉCIA: Município/Região de KARDINSKA Kardinska é uma região da Grécia Central fortemente marcada por uma extensa área de montanha e com um cariz predominantemente rural. Tendo em consideração as singularidades regionais, a estratégia delineada assume o desenvolvimento rural como âncora, definindo um conjunto integrado de programas neste domínio. Entidade Gestora Development Agency of Kardinska, SA – http://www.anka.gr/newsite/anka.php?lang=en&epil=4&id=1. Descrição INTEGRATED PROGRAMS FOR RURAL DEVELOPMENT Uma nova aposta no desenvolvimento rural passa pela implementação de estratégias de qualidade, integradas e originais, que visam reforçar o desenvolvimento sustentável e a dinamização do “campo”. O objectivo a alcançar é o desenvolvimento económico e sociocultural da região com vista à autosustentação económica, protecção ambiental e preservação cultural dos territórios alvo. A agência de desenvolvimento regional é a gestora dos vários programas, avaliando e orientando os projectos privados de acordo com as medidas pré-estabelecidas. Destacam-se os seguintes programas de apoio à diversificação da base económica rural, qualificação territorial, promoção educacional e da formação: • Operational Program of Community Initiative LEADER +; • Local Program for Mountainous Areas of Karditsa Fthiotida and South Larissa; • Community Initiative LEADER II – Programme for the Rural Development of the Mountainous Area of Karditsa’s Region; • Environmental Education, Research and Information Center in Neochori – "a significant environmental infrastructure in an ecological interesting area". 119 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) UK – Regional Development Agencies Entidades gestoras do desenvolvimento regional no Reino Unido, as Regional Development Agencies elaboraram um documento estratégico de suporte para a “Rural England”: http://www.englandsrdas.com/filestore/pdf/EEDA%20Strong_Prosperous_Communities%20-%20JULY%2006.pdf Esta é a base de sustentação dos projectos regionais de desenvolvimento rural, uma aposta de que o desenvolvimento no Reino Unido é “Rural Proof”. Destacamos três: East England, South East e West Midlands. Entidades Gestoras EAST ENGLAND – http://www.eeda.org.uk/ SOUTH EAST – http://www.seeda.co.uk/ WESTMIDLANDS – http://www.advantagewm.co.uk/ Programas por Região EAST ENGLAND Trata-se de uma região com mais de 80% da sua superfície afecta à agricultura, actividade da qual dependem mais de 40% dos activos. A aposta passou pelo apoio ao desenvolvimento e diversificação da base económica rural: • Rural gateway service: http://www.eeda.org.uk/640.asp. • Funding and Support: http://www.eeda.org.uk/192_193.asp. • Desenvolvimento de portais de apoio aos produtos locais: http://www.growninherts.com/, http://www.tastesofanglia.com/, http://www.foodeast.com/foodeastsplash3.asp, http://www.producedinnorfolk.com/, http://www.erfi.co.uk/. SOUTH EAST Aposta estruturada nos produtos locais, apoiando a melhoria dos processos, o posicionamento no mercado e o acesso à informação: • http://www.seeda.co.uk/Work_in_the_Region/Rural_Issues/local_produce/. WESTMIDLANDS Plano de Acção para a regeneração rural: • Rural regeneration: http://www.advantagewm.co.uk/rural-renaissance-action-plan.pdf. Algumas histórias de sucesso • Stoneleigh Park “the home of rural excellence”: http://www.stoneleigh-park.co.uk/index2.html • Food and Drink Information Centre: http://www.stoneleigh-park.co.uk/zones/enterprise.html • Parque Empresarial de Leominster: http://www.advantagewm.co.uk/leominster-enterprise-parkbrochure.pdf • Sandy Lane Industrial Estate – parque industrial. 120 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) ALEMANHA: Região da BAVÁRIA A Bavária é uma zona de excelência para as trocas comerciais Norte/Sul e Oeste/Este na Europa. Paisagens de qualidade, cultura, tradições e um ambiente propício ao lazer e turismo caracterizam esta região alemã que, com o alargamento da União Europeia a Este, passou a desempenhar um papel de destaque e a assumir-se como região de oportunidade para novos mercados. Entidade Gestora Invest in Bavaria – projecto conjunto do Bavarian Ministry of Economic Affairs, Infrastructure, Transport and Technology and Bayern International: http://www.invest-in-bavaria.com/. Programas A identificação de Clusters Regionais foi a base estratégica essencial, criando assim “espaços” diferenciados para apoiar o seu desenvolvimento: • http://www.fr.invest-in-bavaria.com/BavariasClusters/index.html. Destacam-se, nesta lógica estratégica, a identificação de duas tipologias de clusters: • High tech clusters: http://www.invest-in-bavaria.com/BavariasClusters/environment.html; • Production oriented clusters: http://www.invest-in-bavaria.com/BavariasClusters/forest.html; http://www.invest-in-bavaria.com/BavariasClusters/energy.html; De acordo com esta divisão, foram criadas redes de I&D e dinamizadas parcerias público-privadas (PPP) para implementação dos objectivos a atingir nos sectores económicos estratégicos seleccionados. 121 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) FRANÇA: Comuna de MORZINE Morzine é uma comuna nos Alpes franceses, situada no departamento de Alta Sabóia, na região de Ródano-Alpes. Tem uma população de 2.948 habitantes (1999) e área de 44,10 km². Descrição Como destino turístico de montanha esta região destaca-se pela organização da oferta, pela atractividade e eficácia da imagem e estratégia de marketing. O site oficial da região de turismo http://www.morzine.com/ é a porta de entrada para Morzine. Os dois grandes blocos organizacionais são Verão e Inverno e em cada um deles a informação foi agrupada em quatro temas: “A vila”, “Com a família”, “Relaxar” e “Desporto”. Para além da informação temática, encontram-se elementos mais generalistas sobre acessibilidades, mapas, meteorologia, webcam, alojamento, programa de actividades e directório de serviços/ comércio existente (públicos e privados), com os respectivos contactos. Nesta estratégia promocional de uma estância turística há um cuidado notável em antever as necessidades do público alvo, pondo à sua disposição informação detalhada sobre todas as actividades, trilhos de montanha e serviços que aqui encontrarão. Trilhos de Verão (pedestres e TT). Trilhos de Inverno (por graus de dificuldade). 122 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) REINO UNIDO: Neath Port Talbot County O County Borough Council of Neath Port Talbot congrega 64 membros eleitos que representam 42 divisões de Neath, Northern Lliw e Port Talbot. Existem 19 Community Councils na área do County Borough. A população do County é de 134468 habitantes, dos quais 108669 são eleitores. O Council destaca-se pelos elevados padrões de qualidade dos serviços prestados às populações desfavorecidas. A melhoria do apoio social e do bem-estar da população é uma das prioridades em Neath Port Talbot. Os investimentos contínuos nos serviços sociais resultaram em serviços altamente qualificados e que foram aplaudidos como sendo dos melhores de Gales. http://www.neath-porttalbot.gov.uk/ Descrição A aposta do County Borough Council of Neath Port Talbot no bem-estar e inclusão social é evidente nos serviços e valências disponibilizadas à população, e no trabalho contínuo de monitorização da realidade socio-económica local e das necessidades da população desfavorecida. Da rede de serviços de apoio à população, na área da saúde e apoio social, destacam-se os prestados ao nível da igualdade racial, igualdade dos deficientes, apoio à população idosa, saúde e bem-estar. A informação, organizada por temas, está disponível no site do council, no qual é possível aceder a todos os documentos temáticos e a directórios de serviços. RACE EQUALITY OLDER PEOPLE STRATEGY HEALTH & WELL BEING DISABILITY EQUALITY Os serviços prestados vão desde o apoio na criação de uma bolsa de voluntariado, educação especial, cuidados domiciliários a pessoas idosas e deficientes, centros de convívio, transportes, serviços de alarme (telealarm, community alarm e emergency duty team), entre outros. Foram estabelecidas parcerias com entidades privadas e redes regionais para a operacionalização e o sucesso da prestação de todos os serviços. Para além da rede de serviços, destacam-se as seguintes iniciativas: • Estratégia de Neath Port Talbot’s para a saúde, apoio social e bem-estar 2005/ 2008 com o lema ‘A Healthy Future for Neath Port Talbot’: http://www.npt.gov.uk/downloads/opc/directory.pdf. • Older People Council (OPC) com o lema “Viver a vida em pleno”: http://www.npt.gov.uk/opc/index.cfm 123 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) POLAND: Opolskie Voivodeship Com o mote “investors-friendly region”, a região qualificou-se e criou as condições para acolher investimentos num ambiente moderno e bem organizado, onde o crescimento económico caminha lado a lado com o respeito pelo ambiente e qualidade de vida. Entidade Gestora Self-Government of the Opole Voivodeship: http://umwo.opole.pl/eng/index.php?id=1105. Programas • Development strategy for the Opolskie Voivodeship – especifica os caminhos de desenvolvimento futuro das actividades principais, em harmonia com as directivas da UE. Em conjunto com os parceiros regionais, têm de ser feitos esforços consistentes para que a estratégia seja realemente implementada: “It depends on us to what extent we will be able to achieve them”; • Investor assistance centre for Opolskie Voivodeship (IAC) – local de primeiro contacto para os investidores que queiram apostar na região: http://www.coi.opolskie.pl/. • “A region of many opportunities” – quadro regional com elencagem das mais valias que se encontram em Opolskie; • Database of investment sites in the Opolskie Voivodeship – disponibilização online de contactos; • Board of the Opolskie Voivodeship – Apresentação dos responsáveis e contactos directos dos mesmos; • Marshal Office of Opolskie Voivodeship; • Information Office of the Opole Voivodeship in Brussels; • Information Office of Opole Voivodeship in Warsaw. 124 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 7.2.2 Projectos Foram seleccionados alguns exemplos relacionados com Educação, Formação e Prevenção do Abandono Escolar, Turismo, Energias Renováveis, Portais Regionais de Apoio ao Investimento e Portais de apoio ao sector agrícola/meio rural, Adaptação da base económica local aos desafios globais, Apoio ao Empreendedorismo/Apoio à criação de negócios, Sector do Bem-Estar, Eventos e Participação Pública. Educação Irlanda e Reino Unido – “Creative use of digital media: developing the skills of young people” projecto financiado pelo programa Leader+: http://www.kelt.ie. Espanha – Federación Canaria de Desarrollo Rural: http://www.laescuelaemprende.org/. Irlanda – perceber o funcionamento do mundo do trabalho, estimular para o conhecimento do mundo http://www.juniorachievement.ie/. Reino Unido – Durham: Special Project to Implement Children’s Elections (SPICE) – estimular os valores da cidadania: http://crc.rocktimeweb.net/Uploads/SPICE_FileFile_FILE1471.pdf. Federacion Canaria de Desarrollo Rural – Programa educativo para o desenvolvimento das capacidades empreendedoras dos mais novos: http://www.laescuelaemprende.org/. Prevenção do abandono escolar EUA – National DropOut Prevention Center Network: http://www.dropoutprevention.org/ndpcdefault.htm: organismo nacional de prevenção ao abandono escolar que estabelece e gere programas de natureza diversa (destaque para um documento sobre os factores de risco e a necessidade de agir proactivamente na identificação dos grupos de risco: http://www.achieve.org/files/dropouts.pdf). França – Conseil Regional de Prevention de Prévention de l’abandon scolaire : http://www.crepas.qc.ca/. Turismo natureza/aventura/desporto Finlândia e Itália – projecto “Orientering – Combining sports with innovation”: http://www.fi-ori.com e http://www.alba.it (financiado pelo programa Leader+). Áustria (Salzburg) – Entre 1997 e 1999 foi apoiada a criação do projecto “Pinzgau Cycling Tourism Programme”, no qual 28 comunidades cooperaram e trabalharam em conjunto para estabelecer um rede de trilhos cicláveis – http://www.bike-pinzgau.at/english/index.html (custo total do projecto 494 mil euros). Estónia – Haanja Sports and Leisure Centre, Programme: PHARE ESC: http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/panorama/pdf/mag13/mag13_en.pdf. 125 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Turismo cultural/património Bélgica – “Route du feu“ : http://www.laroutedufeu.be/fr/. EUA – Denver: http://www.culturalheritagetourism.org/. Reino Unido – Monmouthshire em Cardiff –“Using culture to creatively innovate tourism products and develop a sense of place”: http://www.monmouthshire.gov.uk/Monmouth/English/Environment_and_Planning/Countryside/Explore_ the_Countryside/. Portugal – Óbidos: http://www.cm-obidos.pt/AgendaCultural/default.aspx. EUA – Denver - http://www.culturalheritagetourism.org/. Portais regionais de apoio ao investimento Áustria – Lower Austria Business Portal: http://www.loweraustria.biz/index_en.php?lang=en. Polónia – Opolskie region: http://umwo.opole.pl/eng/index.php. Mundial – RISI – Portal com toda a informação sobre os produtos da floresta: http://www.risiinfo.com/corporate/do/welcome. EUA: http://www.byregion.net/section/US_Community/Health+and+WellBeing. Irlanda – Portal for Forestry, Wood and Furniture Research and training – INNOVAWOOD, http://212.17.41.155/Innovawood/DesktopDefault.aspx?tabindex=0&tabid=1. Apoio ao Empreendedorismo/Apoio à criação de negócios França – Boutiques de Gestion, http://www.boutiques-de-gestion.com/. França – Union des Couveuses (união de incubadoras) http://www.uniondescouveuses.com/. França – Agence Provençale de l’Economie Alternative et Solidaire http://www.apeas.fr/spip.php?rubrique61. Adaptação da base económica local aos desafios globais Grécia – Western Greece: http://www.anol.gr/index2_en.php. (exploração dos recursos endógenos numa cadeia de valor baseada na cooperação empresarial e institucional – cosmética, alimentação) Programa LEADERII e LEADER Plus. França – Rhône-Alpes: http://web.upmf-grenoble.fr/partage/. (favorecimento da transferência de conhecimento para adaptação das empresas tradicionais) França – Ille de France: http://www.adie.org/. 126 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Portais de apoio ao sector agrícola/meio rural (Formação, Divulgação, Qualificação) Brasil – http://www.agroescola.com.br/. EUA – http://www.agweb.com/profarmer.asp. Bem-Estar World Healthy Organization – Europe – health-enhancing physical activity (HEPA): http://www.euro.who.int/document/HEPAN/HEPA_leaflet_eng_rev1.pdf. Scotish government – Building Community Well-Being: http://www.scotland.gov.uk/Publications/2003/06/17395/22575. Cluster do bem-estar da Lower Austria: http://www.wellbeingcluster.at/ecoplus/cluster/wbc_en/WBC06_EN_R6.htm. Turismo acessível – Reino Unido http://www.tourismforall.org.uk/. Finlândia e Itália – Projecto “Orientering – Combining sports with innovation”: http://www.fiori.com e http://www.alba.it (financiado pelo programa Leader+). Energias Renováveis Austria – EcoBusinessPlan Vienna – The Environmental Service Package of the City of Vienna: http://www.magwien.gv.at/english/eco/index.htm. Espanha – Solar Orchid in a Rural Setting: http://www.redcanariarural.org/dlocal/index.php?option=com_clasifier&Itemid=90. Ecocidade – Projecto europeu a actuar numa rede de cidades europeias, visando aumentar o uso de energias alternativas no funcionamento da urbe: http://www.ecocity-project.eu/index.html. Eventos Austrália – Camberra – Summernats car festival: http://www.summernats.com.au/. EUA – Detroit – North American International Auto Show – http://www.naias.com/. REcicl@rt – artista plástica que utiliza desperdícios para produzir objectos de arte: http://www.gamma.es/index.html. Participação Pública Portal da Comunidade de Bolonha com um espaço criado para a participação da população: http://www.comune.bologna.it/partecipazione/index.php. Governo do Brasil: Reuniões e eventos em espaços públicos, visando discutir com as lideranças das comunidades os problemas de transporte de cada região. Ouvir a população, suas sugestões e anseios, ajuda a melhorar a qualidade dos serviços prestados: http://www.cidadao.sp.gov.br/servicos_final.php?cod_servico=1191. 127 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 7.2.3 Entidades “produtoras de conhecimento” ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DOS ELEITOS DE MONTANHA http://www.promonte-aem.net/AEM/en É uma ONG que tem como objectivos: • Congregar os eleitos, as colectividades territoriais locais ou regionais das montanhas da Europa e as organizações que as representam; • Defender os interesses das regiões e das populações da montanha; • Informar os seus associados e a opinião pública sobre os problemas e a actualidade relacionada directa o indirectamente com as regiões de montanha; • Promover uma política global e equilibrada de desenvolvimento sustentável das regiões de montanha na Europa. EUROPEAN MOUNTAIN FORUM (EMF) http://www.mtnforum.org/ O EMF é a ponte de ligação entre as diferentes regiões de montanha europeias (reuniões, conferências, projectos de cooperação, etc.). A EMF está também a utilizar as TIC como instrumento de trabalho. Online são disponibilizadas informações sobre: • Lista de discussão; • Livraria online; • Calendário de Eventos; • Base de dados dos membros; • Formação. A rede da EMF inclui actualmente 1582 individualidades de referência e 131 organizações. THE INTERNATIONAL ECOTOURISM SOCIETY (TIES) http://www.ecotourism.org/webmodules/webarticlesnet/templates/eco_template_news.aspx?articleid =12&zoneid=25 Entidade que, desde 1990, promove turismo responsável que una conservação e comunidades. A TIES é uma rede global, constituída por empresários do sector, instituições e cidadãos que, em conjunto, trabalham para pôr em prática os princípios de responsabilidade social e ambiental. 128 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) INSTITUTO DE HOSPITALIDADE (IH) http://www.hospitalidade.org.br Entidade que promove o desenvolvimento sustentável do Brasil aprimorando o sector do turismo. Entre outras actividades de promoção do turismo no Brasil, o IH encontra-se a desenvolver os seguintes projectos: Projectos internacionais: • Liderança da Rede de Normas e Certificação de Competências Laborais da América Latina e Caraíbas; • Coordenação do Comité Sectorial de Normalização no Sector de Turismo da Associação Mercosul de Normalização; • Participação na Rede das Américas de Certificação em Turismo Sustentável. Programas Nacionais: • Programa de Certificação de Pessoas; • Projecto de Certificação em Turismo de Aventura; • Projecto Turismo e Responsabilidade Social; • Produtos e Processos Educacionais; • Portal da Misericórdia; • Costa dos Coqueiros; • Movimento Brasil de Turismo e Cultura – MBTC. MOUNTAIN PARTNERSHIP http://www.mountainpartnership.org/default.asp A Mountain Partnership é uma aliança voluntária de parceiros dedicados à melhoria da qualidade de vida das populações e dos ambientes de montanha em todo o mundo. A Mountain Partnership tem como membros 47 países, 15 organizações intergovernamentais, 80 entidades privadas e ONG. Um dos seus pontos de análise é o turismo, que reconhece como sendo essencial para as terras de montanha, se devidamente estruturado e amigo do ambiente. 129 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) EUROPEAN CULTURAL TOURISM NETWORK http://www.cultural-tourism.net/ A European Cultural Tourism Network é a única rede que junta profissionais da indústria do turismo e da cultura que trabalham em diferentes Regiões da Europa, possibilitando a troca de experiências, informações e boas práticas. Os objectivos da rede são: • Facilitar a partilha da investigação; • Facilitar o desenvolvimento de projectos transnacionais; • Assegurar uma maior e melhor cooperação e integração entre os sectores do turismo e cultura; • Desenvolver e melhorar oportunidades de formação; • Possibilitar troca de experiências e boas práticas; • Desenvolver respostas comuns às consultas da Comissão Europeia; • Promover a ligação a outras redes. ACADEMY FOR SUSTAINABLE COMMUNITIES http://www.ascskills.org.uk/pages/home A Academy for Sustainable Communities (ASC) é um novo centro de excelência, nacional e internacional, para as competências e o conhecimento necessários à criação de comunidades sustentáveis para o século XXI. A ASC foi criada devido às lacunas existentes, ao nível do conhecimento e formação, para estabelecer comunidades sustentáveis no Reino Unido. Ela pretende contribuir para o aumento dos níveis de formação e conhecimento, direccionar formação para as necessidades locais e partilhar experiências e conhecimento. A ASC trabalha em parceria com várias organizações. A abordagem de colaboração com o sector público, privado e a comunidade é uma sua característica estrutural. 130 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 7.2.4 Investigação MEL National Honey board – http://www.honey.com/honeyindustry/. Queensland University Honey Research Unit – Australia: http://www.uq.edu.au/lafs/index.html?page=23714 University of Florida: http://apis.ifas.ufl.edu/threads/nhboard.htm. Honey Research Unit of the University of Waikato – New Zealand: http://bio.waikato.ac.nz/honey/. QUEIJO University College Cork, Ireland: http://cheese.ucc.ie/Cheeseripening.htm. U.S. Dairy Foods Research Centers: http://www.findarticles.com/p/articles/mi_m3301/is_n3_v98/ai_21243576. 131 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 8. ESTRUTURA DE GESTÃO E ACOMPANHAMENTO DO PD-ICE Como corolário de todo o trabalho já descrito, importa definir de modo pragmático a estrutura de gestão e acompanhamento do PD-ICE do território DUECEIRA, visando com isso ajudar a alcançar o posicionamento e objectivos estratégicos identificados, através de uma eficaz gestão da sua implementação. A esta estrutura de gestão e acompanhamento encontra-se associado o estabelecimento de prioridades e formas objectivas de medir o sucesso do seu desenvolvimento e implementação – Barómetro de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. A definição desta estrutura de gestão e acompanhamento decorre de uma lógica de consolidação centrada em torno da Visão e linhas de orientação estratégica e projectos mobilizadores identificados previamente, de modo a estabelecer-se uma estrutura coerente e única de intervenção no território da DUECEIRA. Assim sendo, apresentam-se em seguida as oportunidades de cooperação, os constrangimentos a ter em consideração e a estrutura de acompanhamento e gestão proposta. A identificação de parceiros e oportunidades de cooperação foi elaborada para cada um dos municípios e é apresentada na tabela seguinte. 132 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 27: Identificação de forças vivas locais, parceiros Nacionais e Internacionais relevantes para a implementação do PD-ICE. SECTORES ESTRATÉGICOS PARCEIROS (oportunidades de cooperação) MUNICÍPIO DA LOUSÃ Locais: • Tecido empresarial do Concelho; • Rede Associativa Municipal; • Câmara Municipal da Lousã (CML); • ELOZ; • Escola Profissional da Lousã; • ARCIL; • DUECEIRA; Turismo de Montanha Regionais/ Nacionais: • Região de Turismo do Centro; • Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal; • ATECO (Associação Portuguesa de Turismo Sustentável e Ecoturismo); • Instituto do Turismo de Portugal (ITP); • Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC); • Universidade de Coimbra: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação física – Centro de Estudos Biocinéticos (CEB); Faculdade de Letras; Faculdade de Ciências e Tecnologia – Centro de Geociêncas (CG); • Universidade de Aveiro (UA); • Agência de Inovação (AdI); Internacionais: • European Cultural Toursim Network; • The International Ecotourism Society (Ties). Locais: • Associação Florestal do Pinhal (AFLOPINHAL); • Câmara Municipal da Lousã (CML); • Núcleo de Investigação Científica de Incêndios Florestais (NICIF); • Centro de Operações e Técnicas Florestais (COTF) da Direcção Geral dos Recursos Florestais; • Centro de Formação Especializado em Incêndios Florestais (CFEIF) da Escola Nacional de Bombeiros; Florestal Regionais/ Nacionais: • Universidade de Coimbra: Faculdade de Ciências e Tecnologia – Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF); Instituto de Ciência e Engenharia de Materiais e Superfícies (ICEMS); • Instituto de Investigação da Floresta e do Papel (RAIZ); • Centro de Biomassa para a Energia (CBE); • Agência de Inovação (AdI); • Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais (SPCF). 133 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Locais: • Tecido empresarial do sector (produção de papel e derivados, impressão); • ARCIL; • Câmara Municipal da Lousã (CML); • Cooperativa editora e de promoção cultural – Trevim; Município Criativo (papel e livro) Regionais/ Nacionais: • Universidade de Coimbra (UC); • Agência de Inovação (AdI); • Ministério da Cultura (MC) e Delegação Regional da Cultura do Centro (DRCC); • Instituto das Artes (IA); • Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB); • Associação Portuguesa para a promoção do livro infantil e juvenil (APPLIJ); • Museu do Papel (Santa Maria da Feira); • Empresas livreiras da região (alfarrobistas); • Fundação Circulo de Leitores (Prémio LER/ Millenium BCP); • Empresas inovadoras (YDreams – projecto magic book); • Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL); Internacionais: • Finlândia – KCL - http://www.kcl.fi/page.php; • European Association for creativity and http://www.eaci.net/. Innovation (EACI) MUNICÍPIO DE MIRANDA DO CORVO Locais: • ADFP; • Câmara Municipal; • Rede Social; • Santa Casa da Misericórdia de Semide; • CEARTE. Bem-Estar Regionais/ Nacionais • Associação de Municípios que formam a rede portuguesa de cidades saudáveis; • Associação Portuguesa de Turismo Sustentável e Ecoturismo (ATECO); • Universidade de Coimbra (UC): Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física – Centro de Estudos Biocinéticos (CEB); Faculdade de Medicina; Centro de Neurociências de Coimbra; • Fundação Bissaya Barreto; • Universidade de Aveiro (UA): Secção Autónoma de Ciências da Saúde; • Agência de Inovação (AdI). Internacionais • World Healthy Organization – Europe – health-enhancing physical activity (HEPA); • Tourism for All – UK. 134 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Locais: • Câmara Municipal; • CEARTE; • ADFP; • Tecido Empresarial do Concelho; • DUECEIRA. Artes e Ofícios Regionais/ Nacionais • Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV); • Escola Universitária das Artes de Coimbra (ARCA); • Universidade de Coimbra: • ICEMS – Instituto de Ciência e Engenharia de Materiais e Superfícies; • Universidade de Aveiro: • Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO); • Centro de Design e Tecnologia dos Materiais (CDTM); • Unidade de Investigação dos Materiais Industriais e Argilas (UIMIA); • APICER – Associação Portuguesa da Indústria e de Cerâmica; • FPAO – Federação Portuguesa de Artes e Ofícios; • Agência de Inovação (AdI); • Instituto das Artes (IA), Ministério da Cultura. Internacionais • International Expressive http://www.ieata.org / Arts Therapy Association (IEATA) Locais: • Centro de Biomassa para a Energia (CBE); • Agência Regional de Energia e Ambiente do Centro (AREAC); • Câmara Municipal; • Tecido Empresarial do Concelho; • DUECEIRA. Energias Renováveis Regionais/ Nacionais: • EDP; • Universidade de Coimbra: Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF); Centro de Aerodinâmica e Sistemas Energéticos (CASE); Instituto de Investigação da Floresta e do Papel (RAIZ); Grupo de Investigação em Utilização Racional de Recursos Energéticos e Gestão de Energia (URGE); • Agência de Inovação (AdI); • Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI); • Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis (APREN); • Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES); • Tecido Empresarial – empresas de celulose e papel, MARTIFER, BOSCH. 135 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) MUNICÍPIO DE PENELA Locais: • Tecido Empresarial do Concelho; • SICÓ-QUALIDADE – Centro de Controlo e Certificação de Produtos Agro-Alimentares da Área da ADSICÓ; • LOUSAMEL – Cooperativa Agrícola dos Apicultores da Lousã e Concelhos Limítrofes, CRL; • SERRAMEL, Associação de Apicultores da Serra do Espinhal; • VINISICO - Assoc. de Vitivinicultores da ADSicó; • COPRORABAÇAL – Cooperativa de Produtores do Queijo do Rabaçal, CRL.; • Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (ETPSicó); • Câmara Municipal – Gabinete de Apoio ao Investidor; • DUECEIRA. Produtos Endógenos (Agro-alimentar, Farmácia, Medicina, Cosmética, Nutrição) Regionais/ Nacionais: • Unidades de Investigação da Universidade Coimbra: Ciências da Saúde (centro de estudos farmacêuticos, laboratório de farmacognosia); Química - Associação para a Inovação Tecnológica e Qualidade – AEMITEQ; Ciências Agrárias – Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Centro - IDARC; Instituto Pedro Nunes – IPN; • Escola Superior Agrária de Coimbra – Departamento de Ciência e Tecnologia Alimentar – DCTA; • Ministério da Agricultura – Instituto do Desenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRHA) e Direcção Regional de Agricultura (DRABL) • Agência de Inovação (AdI); • BIOCANT (Cantanhede); • Escola Superior de Biotecnologia (Porto); • Instituto Superior de Agronomia (Lisboa). Internacionais: • Queensland University Honey Research Unit (mel); • University of Florida (mel); • Honey Research Unit of the University of Waikato – New Zealand (mel); • University College Cork, Ireland (queijo); • University of California (nozes). Turismo (Património / Cultura / Ambiente) Locais: • Tecido Empresarial do Concelho; • Rede Associativa Municipal; • Câmara Municipal de Penela; • Associação de Desenvolvimento de Sicó (ADSicó/ Terras de Sicó); • Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (ETPSicó); • Centro de Interpretação do Sistema Espeleológico do Dueça (CISED); • DUECEIRA; 136 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Regionais/ Nacionais: • Região de Turismo do Centro; • Agência de Promoção do Turismo do Centro; • Instituto do Turismo de Portugal (ITP); • Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC); • Universidade de Coimbra: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação física - Centro de Estudos Biocinéticos (CEB); Faculdade de Letras; Faculdade de Ciências e Tecnologia - Centro de Geociêncas (CG); • Universidade de Aveiro; • Agência de Inovação (AdI). Locais: • Associação de Produtores e Proprietários Florestais do Concelho de Penela – FLOPEN; • Câmara Municipal de Penela. Exploração Florestal Energias alternativas (Biomassa, Eólica, Solar) Regionais/ Nacionais: • Universidade de Coimbra: Faculdade de Ciências e Tecnologia – Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF); Instituto de Ciência e Engenharia de Materiais e Superfícies (ICEMS); Instituto de Investigação da Floresta e do Papel (RAIZ); Núcleo de investigação Científica de Incêndios Florestais (NICIF); Centro de Biomassa para a Energia (CBE); • Agência de Inovação (AdI); • Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais (SPCF); • Tecido Empresarial – empresas de celulose e papel; • Instituto Superior de Agronomia (Lisboa). Locais: • Associação de Produtores e Proprietários Florestais do Concelho de Penela – FLOPEN; • Câmara Municipal; • Tecido empresarial do Concelho; • DUECEIRA. Regionais/ Nacionais: • EDP; • Agência Regional de Energia e Ambiente do Centro (AREAC); • Universidade de Coimbra: Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF); Centro de Aerodinâmica e Sistemas Energéticos (CASE); Instituto de Investigação da Floresta e do Papel (RAIZ); Grupo de Investigação em Utilização Racional de Recursos Energéticos e Gestão de Energia (URGE); Centro de Biomassa para a Energia (CBE); • Agência de Inovação (AdI); • Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI); • Associação Portuguesa de Produtores Independentes de Energia Eléctrica de Fontes Renováveis (APREN); • Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES); • Tecido Empresarial – empresas de celulose e papel, MARTIFER, BOSCH 137 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE POIARES Locais: • Câmara Municipal; • Rede Escolar; • Associações de Desenvolvimento – ADIP; • Tecido económico local – Alves Bandeira e Macropeças, Recuperação Mecânica Lda. Auto-mecânica Regionais/ Nacionais: • Universidade de Coimbra – Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra (CEMUC), Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), Instituto de Ciência e Engenharia de Materiais e Superfícies (ICEMS), Instituto de Sistemas e Robótica (ISR); • Instituto Pedro Nunes (IPN)– Laboratório de Automática e sistemas, Laboratório de ensaios e desgaste & materiais; • Instituto Politécnico de Coimbra – Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), Laboratório de Investigação e Inovação Tecnológica (LIIT); • Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal; • Instituto Politécnico de Leiria – Escola Superior de Tecnologia e Gestão; • ADI – Agência de Inovação; • VALORCAR; • AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel. Internacionais: • EUREKA; • Ohio State University, Center for Automobile Research (CAR); • Japan Automobile Research Institute (JARI). Locais: • Câmara Municipal; • Rede Escolar; • Associações de Desenvolvimento – exemplo: ADIP; • Tecido económico local Tecido económico local – Indústria de Mobiliário S. Miguel (IMSMLda). Floresta e Madeira Regionais/ Nacionais: • Universidade de Coimbra (Instituto de Ciência e Engenharia de Materiais e Superfícies (ICEMS), Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQF); • Instituto Politécnico de Viseu (Engenharia de Madeiras); • Estação Florestal Nacional; • Laboratório Nacional de Engenharia Civil; • Universidade de Aveiro (Design); • Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP); • ADI – Agência de Inovação. Internacionais: • EUREKA • Purdue University, Indiana, Wood Research Laboratory; • Austrália, Forest and Wood Products Research and Development Corporation (FWPRDC); • Suécia, Centre of Expertise for Wood Products (WoodWisdom). 138 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Locais: • Câmara Municipal; • Rede Escolar; • Associações de Desenvolvimento – exemplo: ADIP; • Tecido económico local Tecido económico local. Comércio e Serviços de Proximidade 8.1 Regionais/ Nacionais: • Universidade de Coimbra – Faculdade de Economia (FEUC) • Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC); • Escola de Hotelaria; • Instituto Politécnico de Coimbra – Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC); • Ministério da Economia/ PRIME – Programa MODCOM; • Centro Empresarial do Centro (CEC). Condicionantes a ter em consideração para a implementação do PD-ICE Da concretização de uma carteira de projectos mobilizadores depende o desenvolvimento económico, social e territorial do território da DUECEIRA, sustentado numa cultura de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo. No entanto, é fundamental não esquecer que o sucesso desta estratégia não depende exclusivamente dos esforços da DUECEIRA, mas também do envolvimento de múltiplos agentes e da concretização de diversas outras iniciativas. São factores determinantes do sucesso, a este nível, os seguintes: • Capacidade de articulação entre a DUECEIRA e os municípios que a constituem, na concepção, gestão e coordenação das carteiras de projectos. • Dinâmica associativa – criação de redes de colaboração nos vários sectores estratégicos; • Adequação da rede viária e sistemas de mobilidade à estratégia, nomeadamente a construção do IC3, a criação de uma alternativa à Estrada da Beira (EN17) e a construção de uma ligação apropriada ao IP3 – remodelação da EN2; • Adequação da rede escolar à estratégia, com especial ênfase na aprovação de novos conteúdos e ofertas formativas no ensino técnico-profissional e no ensino secundário, após um estudo de prospecção e viabilidade de índole supramunicipal. 139 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 8.2 Estrutura de Acompanhamento e Gestão Com base nas opções estratégicas definidas no PD-ICE, propõe-se que este seja gerido e acompanhado por uma estrutura com os seguintes componentes (Figura 30): • Comissão de Acompanhamento Estratégico (CAE) – Entidade composta essencialmente por residentes no território da DUECEIRA, responsável pelo acompanhamento estratégico do PD-ICE, que deve reunir semestralmente com os GAICE municipais, para avaliação da evolução do percurso de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo no território da DUECEIRA, apontar novos caminhos e acções correctivas. • Conselho Consultivo (CC) – Órgão composto sobretudo por entidades/individualidades externas à DUECEIRA. Deve reunir anualmente, comentando os resultados obtidos e fazendo sugestões de melhoria. • Associação de Desenvolvimento entre Ceira e Dueça - DUECEIRA - Órgão responsável pela implementação e gestão executiva do PD-ICE, sendo directamente responsável pela dinamização e implementação dos projectos mobilizadores, recorrendo sempre que necessário a parcerias com os GAICE municipais. • Gabinetes Municipais de Apoio à Inovação, Competitividade e Empreendedorismo (GAICE) - Órgãos responsáveis pela implementação e gestão dos PD-ICE municipais, e cujas equipas serão elementos chave na prossecução da estratégia intermunicipal. Os GAICE e a DUECEIRA deverão trabalhar em conjunto, garantindo a monitorização e gestão dos resultados e iniciativas. 140 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Comissão de Acompanhamento Estratégico (Câmaras Municipais, Escolas, Empresas, Cultura, Juventude, Turismo) GAICE Lousã Conselho Consultivo (Entidades Externas) GAICE Miranda do Corvo DUECEIRA GAICE Penela Unidade d GAICE Penela GAICE e Apoio Vila Nova de Poiares Figura 30: Estrutura de Gestão e Acompanhamento do PD-ICE da DUECEIRA. O sucesso da estrutura de gestão e acompanhamento do PD-ICE pressupõe: • A liderança da DUECEIRA, só possível com fortes parcerias internas e externas, públicas e privadas, em estreita colaboração com os GAICE municipais, na concretização de iniciativas e angariação dos meios necessários ao sucesso do PDICE; • Uma equipa de pequena dimensão, composta por profissionais competentes a trabalhar a tempo inteiro, capaz de envolver representantes de forças vivas e de os mobilizar constantemente para a implementação, monitorização e melhoria do PDICE; 141 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) • A implementação de rotinas de controlo, monitorização e evolução articulada, individual, sectorial e agregada do PD-ICE, com actualizações periódicas (trimestrais) do progresso efectuado e correcção de eventuais desvios; • A mobilização de todos os cidadãos dos quatro Concelhos da DUECEIRA para o PD-ICE, mantendo-os envolvidos, constantemente entusiasmados e com vontade de participar activamente na sua concretização. 142 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 9. EQUIPA SPI A equipa SPI envolvida no presente projecto possui valências em diversas áreas temáticas consideradas fundamentais para o projecto, nomeadamente: Planeamento Regional e Urbano; Inovação e Competitividade; Formação e Qualificação de Recursos Humanos; Estratégia Organizacional; Promoção de Parcerias e Alianças Estratégicas; e Programas de Financiamento. De seguida são apresentados os elementos constituintes da equipa, liderada pelo Professor Augusto Medina e pelo Professor Pedro Saraiva. Augusto Medina O Professor Augusto Medina é licenciado em Engenharia Química e doutorado na mesma área e é Professor Catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Foi Director fundador da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. Recebeu vários louvores ao longo da sua carreira: Chevalier de L'Ordre National du Mérite, Republique Française, 1995; United Biscuits Industrial- Academic Achievement Award, 1997; Doutor Honoris Causa -Moscow State Academy of Applied Biotechnology, Moscow, 1996. Foi ainda delegado nacional em diferentes programas da Comissão Europeia. No âmbito da Sociedade Portuguesa de Inovação coordenou mais de duas dezenas de estudos de natureza sectorial ou estratégica, incluindo diferentes trabalhos ligados às áreas do Ensino, Formação e do Emprego. Entre os mais significativos contam-se o Estudo de Diagnóstico e Prospectiva dos Perfis Profissionais e das Necessidades de Formação no sector Agro-Alimentar, realizado para o INOFOR em 2001, o Estudo e-Economy de avaliação do impacto da economia digital no empreendedorismo e nas start-ups do sector tecnológico, realizado para a Comissão Europeia em 2003, o Estudo Global Entrepreneurship Monitor 2004, sobre as características do empreendedorismo em Portugal e o Estudo do Sector de Ciência e Tecnologia de Moçambique, para o Banco Mundial. 143 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Pedro Saraiva Pedro Saraiva é assessor da SPI desde Janeiro de 2006, e responsável pela orientação da unidade SPI-Centro, com escritório em Coimbra. Professor Associado no Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra, tem como áreas de especialização a Gestão da Qualidade e Engenharia de Sistemas em Processos e Produtos. É Pró-Reitor da Universidade de Coimbra, responsável pelas actividades de Comunicação e Identidade. É também responsável pela criação e acompanhamento do Observatório Nacional de Recursos Humanos (barómetro de satisfação dos colaboradores de empresas e entidades nacionais) e é fundador e sócio da empresa QUAL-Formação e Serviços em Gestão da Qualidade, Lda,. Foi Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (20042005), Gestor do Programa Operacional do Centro e Presidente do Conselho de Administração das sete sociedades POLIS da Região Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu). Laureado com o Prémio Feigenbaum referente ao ano de 1998, atribuído pela American Society for Quality, é autor e co-autor de diversos livros, artigos e apresentações em conferências nas áreas de Gestão da Qualidade e Engenharia de Sistemas. Cátia Furtado Cátia Furtado é Licenciada em Geografia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e encontra-se a frequentar Mestrado em Planeamento do Território – Inovação e Políticas de Desenvolvimento, na Universidade de Aveiro. Enquanto consultora da Sociedade Portuguesa de Inovação, tem participado na realização de Programas Directores de Inovação Competitividade e Empreendedorismo para entidades municipais e supra municipais e na elaboração de candidaturas a programas de apoio para cofinanciamento de actividades de inovação de empresas. Celeste Iong 144 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Celeste Iong é consultora da SPI (Sociedade Portuguesa de Inovação). Anteriormente, trabalhou como auditora interna no Banco Mais, SA e realizou um estágio na Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, no Departamento Financeiro. Celeste Iong é licenciada em Gestão e Administração Pública pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, e possui uma especialização em Administração Urbana e Municipal. Hugo Magalhães Hugo Magalhães é consultor da Sociedade Portuguesa de Inovação desde Outubro de 2006, onde tem participado em estudos nas áreas da gestão do conhecimento, inovação, investigação e desenvolvimento. Hugo Magalhães é licenciado em Matemática Aplicada à Tecnologia e doutorado em Matemática Aplicada pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Laureado com o prémio Engenheiro António de Almeida referente ao melhor aluno da licenciatura em 2001, é autor e co-autor de mais de duas dezenas de publicações científicas em conferências e revistas internacionais. É também co-autor de um manual didáctico sobre Segurança Informática e o Negócio Electrónico, pertencente à colecção Negócio Electrónico, editado pela SPI, com o apoio do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, Secretaria de Estado do Emprego e Formação (Programa Operacional Formação Profissional e Emprego União Europeia - Fundo Social Europeu). Joana Soares Joana Soares é licenciada em Psicologia pela Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto e pós-graduada em Marketing. Colabora com a SPI em regime interno e permanente como consultora, tendo colaborado em diversos projectos de consultadoria na área da formação. Joana Soares é formadora acreditada pelo Sistema Nacional de Certificação Profissional, colaborando também com a SPI nessa actividade e ainda na qualidade de tutora de cursos de formação a distância. De entre os projectos em que participou podem destacarse: GGPOCI 2010 – Actualização da Avaliação Intercalar do POCTI/POCI 2010; Estudo do Impacto das Estratégias de Inovação Regional na Competitividade e no Emprego em 145 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Portugal; Programa Director de Inovação Competitividade e Empreendedorismo (PD-ICE) da GAMVIS - Grande Área Metropolitana de Viseu. João Medina João Medina é licenciado em Gestão e Engenharia Industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e mestre em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano pela mesma instituição. Concluiu mestrado em 2007 com a defesa da sua dissertação sob a temática: “Estratégias Regionais de Inovação em Portugal”. O seu percurso académico permitiu-lhe não só desenvolver competências nas áreas tradicionais da Engenharia, da Gestão e Economia como, complementarmente, na área do Ambiente e do Planeamento. João Medina é desde 2000 consultor da Sociedade Portuguesa de Inovação. Ao longo da sua carreira profissional colaborou no desenvolvimento e gestão de projectos para diferentes tipos de instituições, sejam elas do sector público, privado ou instituições internacionais (como a União Europeia). Para além da participação em projectos europeus, obteve ainda experiência internacional no desenvolvimento de projectos em Moçambique e no Egipto. O tipo de projectos em que esteve envolvido cobre um leque alargado de actividades, desde estudos de viabilidade, estratégias de fomento do empreendedorismo, incubação de empresas e de desenvolvimento do sector privado, estratégias de inovação, estudos diagnósticos de tecnologia, estratégias de e-business e de e-learning e desenvolvimento de parcerias a nível nacional e internacional. Para além da SPI, João Medina trabalhou como estagiário durante meio ano em Washington DC, Estados Unidos da América, na Bioreliance Corporation, uma empresa farmacêutica, onde desenvolveu diferentes tipos de estudos e adquiriu experiência internacional. Susana Loureiro Susana Loureiro é Licenciada em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade de Aveiro e pós-graduada em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano – Faculdades de 146 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Engenharia e de Arquitectura da Universidade do Porto. Com larga experiência na realização e coordenação de Planos de Ordenamento do Território, nomeadamente Planos Directores Municipais, Planos de Urbanização e Planos de Pormenor em municípios das Regiões Norte e Centro, coordenou igualmente a execução de diversas Cartas Educativas em municípios da Região Norte. Como consultora da Sociedade Portuguesa de Inovação, tem colaborado na elaboração de Programas Directores de Inovação Competitividade e Empreendedorismo para entidades municipais e supra municipais e na organização de iniciativas de formação. Susana Seabra Susana Seabra é licenciada em Engenharia Química pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). É desde Janeiro de 2006 consultora da Sociedade Portuguesa de Inovação, tendo colaborado na elaboração do plano de negócio e estratégia de marketing para o novo escritório SPI a ser criado na Região Centro, e assumido responsabilidade pela execução das actividades desta unidade. Trabalhou durante 2 anos como Directora de Departamento de Inovação da empresa Tecnia, Processos e Equipamentos Industriais e Ambientais, Lda, tendo assumindo a coordenação de diversos projectos de Inovação Tecnológica (desenvolvimento de novos processos/produtos) em consórcio a nível nacional e internacional incluindo a realizção de candidaturas a programas nacionais e comunitários de apoio à Inovação. Anteriormente, trabalhou em engenharia e gestão de projecto, com a realização de trabalhos de diagnóstico ambiental e consultoria de âmbito ambiental para entidades fabris e elaboração e coordenação de projectos de execução. Após conclusão da licenciatura trabalhou durante 1 ano no Conselho Directivo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, tendo integrado a equipa que desenvolveu o Plano Estratégico da Faculdade e sendo responsável pela organização do Seminário Internacional “Criação de Empresas de base Científica e Tecnológica”. 147 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 10. BIBLIOGRAFIA 10.1 Relatórios e Artigos Bremen Partner, Somehow Bremen is a sucess story, 2006. ADIP – Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares, Carta Educativa do Concelho de Vila Nova de Poiares, 2004. 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Tartu City & County, Tartu, The smart location in Estónia, 2003. 153 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 10.2 Internet Agência de Inovação: www.adi.pt Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça: www.dueceira.pt Câmara Municipal da Lousã: www.cm-lousa.pt Câmara Municipal de Miranda do Corvo: www.cm-mirandadocorvo.pt Câmara Municipal de Penela: www.cm-penela.pt Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares: www.cm-vilanovadepoiares.pt European Trendchart on Innovation: trendchart.cordis.lu Estradas de Portugal, E.P.E.: www.estradasdeportugal.pt Innovation Point: www.where-to-invest-in-portugal.com Instituto Nacional de Estatística: www.ine.pt Ministério da Ciência e do Ensino Superior, Direcção Geral do Ensino Superior: www.acessoensinosuperior.pt Plano Tecnológico: www.planotecnologico.pt Progama POCTI/POCI 2010: www.poci2010.mctes.pt Programa POSI/POS_Conhecimento: www.posi.pcm.gov.pt Programa Prime: www.qca.pt/pos/prime.asp Serviço de Informação Comunitário sobre Investigação e Desenvolvimento www.cordis.lu Sexto Programa Quadro: europa.eu.int/comm/research/fp6 154 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 10.3 Outra bibliografia consultada ASHEIM, B.T. e ISAKSEN, A., “Localised Knowledge, Interactive Learning and Innovation: Between Regional Networks and Global Corporations”, in VATNE, E. and TAYLOR M., The Networked Firm in a Global World. 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(completo, incompleto, a frequentar) População Residente Empregada Sem nível de ensino 219 Ensino Básico 11 825 1º Ciclo 6 107 2º Ciclo 3 365 3º Ciclo 2 353 Ensino Secundário 4 108 Ensino Médio 81 Ensino Superior 1 858 Bacharelato 463 Licenciatura 1 289 Mestrado 83 Doutoramento 22 Fonte. INE, Recenseamento Geral da População 1991 e 2001 Tabela 2: População Residente Desempregada segundo a Condição de Procura de Emprego, Idade e Nível de Instrução Total 1991 2001 Pinhal Interior Norte Dueceira Pinhal Interior Norte Dueceira Sem nível de ensino 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Ensino Secundário Ensino Médio Ensino Superior 2 323 758 3 270 1128 População Desempregada Procura do 1º Procura de Novo Emprego Emprego 901 1 422 304 454 742 2 528 274 854 15 aos 24 25 aos 34 35 aos 44 45 aos 64 TOTAL 0 18 40 75 136 0 47 0 46 104 35 101 1 42 2 102 55 39 36 0 11 6 163 25 17 15 2 10 8 329 224 166 288 3 110 Fonte. INE, Recenseamento Geral da População 1991 e 2001 A.2 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) ANEXO B – MOMENTOS DE APROXIMAÇÃO À REALIDADE LOCAL Na realização de um Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo os momentos de aproximação à realidade local revelam-se fundamentais para a compreensão das sinergias concelhias. Nesses momentos os consultores SPI privilegiam do contacto directo com as forças vivas locais e suas imagens mentais do território. Estes encontros pautaram-se por entrevistas pessoais, workshops, mergulho no território e casos de estudo particulares. Todos os participantes foram escolhidos em concertação com as câmaras municipais da Dueceira – Câmara Municipal da Lousã, Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Câmara Municipal de Penela e Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, entidades conhecedoras dos actores mais representativos do concelho. B. 1 – Entrevistas As entrevistas foram efectuadas a quarenta e sete actores locais em diferentes datas, entre o mês de Setembro e o mês de Dezembro de 2006. Para este momentos a SPI elaborou um guião de entrevistas, a partir do qual se conduziram as mesmas: a) Factores que contribuem para a inovação, competitividade e empreendedorismo (ICE); b) Experiências recentes de ICE; c) Factores que limitam as actividades de ICE; d) Quais as apostas estratégicas para a Dueceira; e) Indicadores de sucesso que traduzem a situação da Dueceira em ICE; f) Como dinamizar a ICE e como implementar essas acções. Nas entrevistas estiveram presentes por parte da SPI o Professor Augusto Medina e o Professor Pedro Saraiva, e os consultores Susana Seabra, Susana Loureiro, Cátia Furtado, Celeste Iong, Gonçalo Meireles e Joana Soares. A.3 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) B. 2 – Workshops Os workshops realizados consistiram num brainstorming estruturado seguido de um espaço de tribuna livre com o intuito de extrair opiniões e visões sobre os concelhos e sobre o território Dueceira. Neste momento foram convidados a participar aproximadamente 30 membros da sociedade civil, abarcando diversas áreas profissionais. Nestes workshops estiveram presentes 136 agentes locais, dos quais 27 nos workshops promovidos no município da Lousã, 55 em Miranda do Corvo, 36 em Penela e 18 em Vila Nova de Poiares). Tabela 3: Participantes nos workshops no concelho da Lousã. NOME António Francisco Simões Correia João Pereira Pedro Corvelo Filipe José Soares Fernando Santos Carvalho Maria Martins António Manuel Antunes Marçal Luís Miguel Correia Antunes Luís Gonçalves Jorge Alves João Melo Maria do Rosário Fernandes Jorge Monteiro Augusto Matias Simão António Bandeira José Augusto Pais Padrão Lucília Salgado Ulisses Martins Júlio Sales Orlando Ferreira Milena Rodrigues António Almeida José Orlando Reis Filipa Ribeiro Torres Maria Nogueira Paulo Correia Lourenço Mexia Santos CARGO 20 Outubro de 2006 Presidente Junta de Freguesia das Gândaras Membro da Assembleia Municipal Vereador da Câmara Municipal da Lousã Vereador da Câmara Municipal da Lousã Presidente da Câmara Municipal da Lousã Membro da Assembleia Municipal Presidente Junta de Freguesia da Lousã Vereador da Câmara Municipal da Lousã Presidente da Assembleia Municipal Vereador da Câmara Municipal da Lousã Vereador da Câmara Municipal da Lousã Vereador da Câmara Municipal da Lousã Presidente AE Presidente Junta de Freguesia de Serpins Membro da Assembleia Municipal Presidente da Junta de Freguesia de Foz de Arouce 26 Outubro de 2006 Escola Superior de Educação de Coimbra Bombeiros Municipais da Lousã P.T./ Coordenador Empresário Centro Emprego da Lousã/ Directora Escola Profissional da Lousã/ Director LOUSANPEL/ Empresário Tipografia Lousanense/ Gestora BES/ Gerente BANIF/ Gerente Serra da Lousã, S.A./ Administrador A.4 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 4: Participantes nos workshops no concelho de Miranda do Corvo. NOME José Manuel Simões Carlos Ferreira José Reis Santos Palrinhas Hugo Filipe Serra Paulo Fernando Silva Edmundo Rodrigues Abílio Rodrigues Fausto Jorge Luis Antonio Taborda Fernando Manuel Pereira Fátima Ferreira Ana Figueiredo Dalila Gameiro Salvador José Ribeiro Alberto Torres Joaquim Leitão Couto Isidoro da Silva Carlos Simões Silva Reinaldo Couceiro Teresa Almeida Marco Caetano Tiago Carvalho Carla Batista Virgílio Dias Paulo Carlos Silva Arménio Carvalho Luís Tiago José Lucas Carvalho Manuel Ferreira Lopes Fernando Francisco Manuel Tomás Ricardo Rodrigues Quirino S. Miguel Reinaldo Couceiro Jaime Ramos José Ana Cristina Cruz Aires da Silva Caetano Carlos São Miguel José Parrinhas António Marques Armando Olívio Duarte Fernando Santos CARGO 02 Novembro de 2006 Presidente da Assembleia Municipal Chefe de Gabinete Câmara Municipal de Miranda do Corvo Secretário da Assembleia Municipal Gerente Piclima Deputado da Assembleia Municipal Gerente Pingo Mel Secretário da Assembleia Geral da Associação de Viveiristas Presidente da Associação de Escolas de Miranda do Corvo Director EDP Gerente Técnico da Câmara Municipal de Miranda do Corvo Arquitecta Câmara Municipal de Miranda do Corvo Coordenadora ADFP Professor Director CEARTE Médico Gerente Industrial Junta de Freguesia de Miranda do Corvo Vice-presidente CMMC AREAC Eng.º. Mecânico Presidente do Centro Juvenil Moinhos Vereadora Saúde CMMC (sem informação) 30 Novembro de 2006 Presidente Junta de Freguesia de Miranda do Corvo Presidente Junta de Freguesia de Semide Presidente Centro Juvenil dos Moinhos Sócio L.R.R. Presidente Comissão Aldeia Espinho Assembleia Geral Comissão Aldeia Espinho (sem informação) (sem informação) Vice Presidente da CMMC Presidente A.D.F.P. G.T.L. – CMMC Animadora A.D.F.P. Direcção A.D.F.P. Bancário Aposentado (Finanças) Aposentado (CTT) Paróco Construção Civil A.5 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) NOME Aquiles dos Santos Joaquim C. Fátima Ramos Carlos Ferreira CARGO Reformado Bancário Presidente da CMMC Chefe de Gabinete na CMMC A.6 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 5: Participantes nos workshops no Concelho de Penela. NOME Paulo Jorge Simões Júlio José António Mendes Manuel Duarte Carla Matos Rui Clara Rui Seoane Pereira Miguel Pessoa Rui Figueiredo Adelino Ferreira Maria Ermelinda Sousa David Duarte António Martins Ilídio Rodrigues Sílvio Freire Álvaro Mendes Rui Fernandes Manuel Pereira José Torres Isabel Gorne José Coelho e Silva Mónica Matias Aurélio Rodrigues José Henriques Marques Dora Freire Paulo Jorge Simões Júlio António José dos Reis Madeira Emídio Domingues Luís Lourenço Matias Luís Manuel Felipe José Carlos Fernandes Reis Mário José Rodrigues Simões Alfredo Santos Luís Alberto Fernandes Reis Francisco Reis António José Alves José Manuel Dias Paz Mendes Lopes ENTIDADE/PROFISSÃO 25 Setembro de 2006 Presidente Câmara Municipal Comércio/ Sócio Gerente Ex-vereador/ Ex-Presidente da Ass. Municipal Gestora Terras de Sicó/ Administrativo Clínica Dentária/ Médico Dentista Villa Romana do Rabaçal/ Coordenador Cientifico Penelmar, Lda./ Empresário Louritêxtil/ Empresário CERCIPENELA/ Professora Advogado Carlos Gil, Ld.ª/ Engenheiro Projecentro/ Empresário Professor Pecipenela; Santamarauto/ Empresário RSF Representações, Ld.ª/ Empresário MRP Construções, Ld.ª/ Empresário Queijaria Juromelo, Ld.ª/ Empresário Santa Casa Misericórdia/ Assistente Social Engenheiro Superleve/ Empresário Adir, Ld.ª/ Empresário Restaurante O Pastor/ Empresário Sicó Formação/ Professora 10 Outubro 2006 Presidente Câmara Municipal Presidente J.F. Rabaçal Presidente Assembleia Municipal Membro Eleito Assembleia Municipal Vereador Câmara Municipal Vice-Presidente Câmara Municipal Membro Eleito Assembleia Municipal Presidente J.F. Cumeeira Presidente J.F. São Miguel Presidente J.F. Santa Eulália Vereador Câmara Municipal Adjunto Presidente Câmara Municipal Vereador Câmara Municipal A.7 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 6: Participantes nos workshops no Concelho de Vila Nova de Poiares. NOME Arnaldo Quaresma ENTIDADE/PROFISSÃO 17 Janeiro de 2007 Administrador E.T.C. Ana Dinis Direcção – APPACDM Artur Henriques Técnico – ADIP António Manuel Coimbra Santos - Eduardo Manuel Lima Fernandes - Filipe dos Santos Silva - José Carlos Rodrigues Garcia Sócio-Gerente Transfraga Luis Miguel Martins Amaro Sócio Gerente Poiartex Marcos Ferreira de Carvalho Gerente D´lUX Mario Júlio Lima Direcção – CEBEISA Paulo João Alves Bento Dias Restaurante “Mó” Pedro José Moreira Engenheiro Civil Habipoiares Rui Manuel Teixeira GNR Raúl Miguel Oliveira Sócio “As Medas” Rogério Paulo de Lima Sócio Gerente LHContas Ricardo Cruz Director Ajdunto Jornal O Poaiarense Rosa Maria Pedroso Técnico – ADIP Sara Isabel Pinheiro Técnico – ADIP Nestes workshops estiveram presentes por parte da SPI os consultores Professor Pedro Saraiva, Susana Seabra, Susana Loureiro e Cátia Furtado. O contributo recolhido nos workshops foi diverso e muito rico, dos quais se apresentam as ilações extraídas sobre a associação Dueceira. A.8 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2.1 Workshop Penela – 25 de Setembro de 2006: Tabela 7: Pontos Fortes do território Dueceira. DUECEIRA Pontos Fortes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Intercâmbio de produtos endógenos regionais Publicidade aos produtos endógenos Turismo Indústria Floresta Património Indústria das madeiras Reciclagem de madeira queimada Linha-férrea até Espinhal Tratamento de resíduos urbanos Acesso ferroviário Eco turismo Energias alternativas Percursos pedestres Chanfana Indústria Intercâmbio de serviços de apoio florestal Preservação dos espaços verdes Criação de associações mais fortes Marketing mais poderoso Maior capacidade reivindicativa Fauna Mel Serra da Lousã A.9 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 8: Áreas de Melhoria do território Dueceira. DUECEIRA – Áreas de Melhoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Maior apoio ao escoamento dos produtos endógenos Espírito cooperativo e trabalho de equipa IC3 Fogos florestais Melhores acessos à auto-estrada Melhor relacionamento entre municípios Indústria de tratamento de madeira queimada Abastecimento de água Promoção dos produtos regionais Acessos intermunicipais Formação direccionada para as necessidades de emprego Pressionar o governo para minimizar a interioridade Intercâmbios na área do turismo Participação conjunta na gestão florestal Rede de respostas sociais Área de turismo a explorar Rede de transportes Planeamento intermunicipal - ordenamento do território Potenciar turisticamente o produto serra da Lousã Tabela 9: Acções a Promover no território Dueceira. DUECEIRA – Acções 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Pôr a Dueceira no mapa Fazer conhecer a Dueceira Abastecimento de água Criação de bolsas de emprego conjuntas Aproveitar melhor a floresta Criar parcerias para o investimento integrado Melhorar a informação sobre a Dueceira Falar a uma só voz perante o poder central Divulgar e promover respostas turísticas a nível internacional Turismo associado Implementar um sistema de rotatividade na presidência Articulação turística com empresas privadas e concelhos vizinhos (Grutas, Rabaçal, etc.) Ligação às auto-estradas Criação e integração de roteiro turístico e gastronómico A.10 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2.2 Workshop Penela – 10 de Outubro de 2006: Tabela 10: Pontos Fortes do território Dueceira. DUECEIRA – Pontos Fortes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Identidade Territorial Filão florestal Objectivos de desenvolvimento comuns Rio Dueça Floresta Serra e apicultura Recursos naturais – cursos de água Zona mais abrangente para promoção concertada Maior capacidade de associativismo Aldeias de Xisto Energia eólica Gastronomia Turismo Apicultura e produtos endógenos Aproveitamento dos Recursos Naturais Rotas turísticas comuns Identidade do território Caça grossa A.11 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 11: Áreas de Melhoria do território Dueceira. DUECEIRA – Áreas de Melhoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Centralismo decisório, disfuncionalidade organizacional e estrutural Ausência de uma visão intermunicipal de desenvolvimento Mais uma entre outras estruturas intermunicipais (ausência de identidade própria) Criar escala na oferta turística Interacção entre municípios Vias de comunicação Acessibilidades (ligação precária entre concelhos: falta de um eixo rodoviário com características de IC) Cooperação Aproximação dos municípios Organização/ Divulgação Dinamização de projectos Plano estratégico integrado Promoção conjunta dos produtos endógenos Oferta turística conjugada Recursos naturais - floresta, silvicultura Turismo Ordenamento florestal Parceria em projectos intermunicipais Conclusão do projecto IC3 Cedência de equipamentos quando concelhos que não sejam Vila NP necessitem Política de ordenamento florestal conjunta Apoio ao artesanato (Exemplo: olaria de Miranda do Corvo) Taxa de Natalidade Tabela 12: Acções a Promover no território Dueceira. DUECEIRA – Acções 8 3 13 19 20 17 Plano Intermunicipal de ordenamento florestal Apresentação de projectos comuns ao próximo QCA (QREN) Planos Intermunicipais envolvendo várias vertentes Apoio à exportação dos produtos endógenos e sua promoção Criação de uma imagem para promoção dos concelhos Promoção e apoio do desporto de montanha e aventura Pontuação 10 8 8 6 5 4 A.12 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2.3 Workshop Concelho da Lousã – 20 de Outubro de 2006: Tabela 13: Pontos Fortes do território Dueceira. DUECEIRA – Pontos Fortes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Serra da Lousã Necessidades Situação Geográfica Património Natural Fixação Industrial Qualidade de Vida Identidade Comum Localização Lousã Complementaridade Interligação Municipal Apoio a actividades de desenvolvimento Análise de novas oportunidades Identidade Cultural da Região Projectos Parcerias Desenvolvimento Acessibilidades Proximidade entre as sedes dos concelhos Mel Cultura Turismo Desenvolvimento Integrado Intercâmbios Sinergias Comuns Gastronomia A.13 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 14: Áreas de Melhoria do território Dueceira. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 DUECEIRA – Áreas de Melhoria Saúde Rio Ceira Criação de Sinergias Cooperação Gestão da Serra Maior Notoriedade Externa (Marca Lousã) Capacidade de reivindicação Incentivo à fixação de Grandes Empresas Acessibilidades Coordenação Política Intermunicipal Interligação Municipal Planeamento Intermunicipal Busca de Projectos de Interesse Articulação do Parque de Máquinas Participação Activa dos Corpos Sociais Parcerias Projectos Conjuntos Zona Industrial Realização de Parque de Lazer Infra-estruturas Intermunicipais Divulgação da Região Proximidade Urgência Básica de Saúde sediada na Lousã A.14 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 15: Acções a Promover do território Dueceira. DUECEIRA – Acções 1 2 5 7 13 3 4 18 8 9 23 15 20 22 24 28 29 6 10 17 21 25 11 12 14 16 19 26 27 Melhorar a Rede Viária Intermunicipal Ligação à Rede Viária Nacional Promoção Global da Serra da Lousã Variante de Lamas Envolvimento efectivo nos projectos e parcerias Infra-estruturas Básicas Intermunicipais Requalificação da EN - 110 Rede Ferroviária Definição de Objectivos Comuns Planos Intermunicipais de Protecção e Segurança Promoção do Turismo Diminuição da Pobreza Segurança Rodoviária Requalificação Florestal Região Digital Saúde Coordenar conjuntamente ligação à Universidade de Coimbra Protecção Civil Plano de Cooperação entre pares Capacidade reivindicativa e de inovação Plano de Desenvolvimento Conjunto Alargamento dos Projectos Elegíveis Programas de Formação das TIC Sensibilização a um melhor e maior desenvolvimento Divulgação e Planeamento conjunto Integração Espaços Verdes Melhoria na área administrativa Aquisição de Equipamento Pontuação 9 7 6 5 5 4 4 4 3 3 3 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 A.15 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2.4 Workshop Concelho da Lousã – 26 de Outubro de 2006: Tabela 16: Pontos Fortes do território Dueceira. DUECEIRA – Pontos Fortes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Possibilidade de parcerias na área da natureza e agrícola Localização Geográfica Serra da Lousã Floresta Linhas de apoio para um desenvolvimento mais eficaz e de maior volume Património Natural importante Boa Gastronomia Existir uma associação com a dinâmica da Dueceira Ter Região Demarcada do Mel da Lousã Produtos Endógenos idênticos em três dos concelhos Ter o concelho da Lousã como membro Empresas com dimensão significativa a nível nacional Linha ferroviária (Miranda do Corvo e Lousã) Tabela 17: Áreas de Melhoria do território Dueceira. DUECEIRA – Áreas de Melhoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Inexistência de transportes públicos que liguem os diversos concelhos Falta de dinâmica Cooperação e parceria entre os municípios e instituições Ligações rodoviárias interconcelhias Reabilitação do Ramal da Lousã com prolongamento até Arganil Descentralização do poder para todos os outros municípios Fundos da Dueceira não são distribuídos numa perspectiva de desenvolvimento local Demasiados interesses centrados nos políticos Falta de diálogo entre os políticos Ausência de partilha de recursos entre concelhos Enfatização dos recursos naturais Falta de um projecto comum e integrado para os quatro concelhos Aproveitamento dos recursos naturais Concorrência entre a projecção/promoção do próprio concelho, em detrimento da região abrangida pela Dueceira Ausência de um líder reconhecido enquanto tal Ausência de projectos em energias renováveis Criação de parcerias entre associações com os mesmos objectivos Uniformidade de processos para instalação de novas empresas nas Zonas Industriais Falta de acessibilidades regionais e intramunicipais Falta de identidade entre os concelhos A.16 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 18: Acções a Promover do território Dueceira. DUECEIRA – Acções 10 Alternativa credível à Estrada da Beira 6 Criar um efectivo projecto de desenvolvimento para o território 11 Electrificação da linha férrea União de esforços entre os municípios para a urgente rectificação da EN342 (Condeixa 3 Arganil) 5 Organização de assembleia interconcelhia anual rotativamente em cada concelho 2 Promover/realizar projectos comuns às associações dos diversos concelhos 4 Dinamização do Centro da Biomassa com intervenção dos municípios 7 Substituir o líder da DUECEIRA 9 Divulgar os (poucos) projectos existentes interconcelhios ao nível da DUECEIRA 1 Colocar os meios disponíveis da associação para todos os concelhos 8 Maior concertação entre os políticos Pontuação 6 4 4 3 3 2 1 1 1 0 0 A.17 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2.5 Workshop Concelho de Miranda do Corvo – 02 de Novembro de 2006: Tabela 19: Pontos Fortes do território Dueceira. DUECEIRA – Pontos Fortes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Localização Geográfica/ Gastronomia e Turismo Rivalidade Saudável Formação Profissional Património e Turismo Acessos Proximidade à Universidade e Institutos Superiores Homogeneidade Geográfica e Proximidade entre os Concelhos Património (recursos naturais) Parcerias Turismo Recursos Energéticos Renováveis Construção de mais estradas florestais e conservação das existentes Aproveitamento de recursos hídricos Recursos Naturais/ Turismo Acidentes geográficos comuns: Serra e Rio Parcerias intermunicipais/ Projectos Serra da Lousã Proximidade à Sede do Distrito e ao Litoral Conjugação de sinergias Recursos Florestais Recursos Humanos Boa Localização Desportos Radicais Parques Industriais Produtos Endógenos Património Natural Ambiente Homogeneidade Localização Indústria Acessibilidades Cooperação entre municípios Património Histórico e Religioso Interesses Comuns (provavelmente) A.18 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 20: Áreas de Melhoria do território Dueceira. DUECEIRA – Áreas de Melhoria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 Formação Plano Integrado de Transportes Reformulação dos Parques Industriais Encontro de Estratégias Comuns de desenvolvimento Estruturação e sincronismo de esforços em áreas específicas (saúde, turismo e rede viária) Rivalidade não saudável Solidariedade Social Aproveitamento das potencialidades da Serra de Vila Nova Transportes (caminho-de-ferro) Rede Escolar Património Produção Agrícola (viveiros) Oportunidades de emprego Aproveitamento sustentado dos recursos naturais Conjugação de esforços em objectivos comuns Promoção turística das serras Lousã, Sicó e Açor Acessibilidades a Coimbra Valorização da imagem do agrupamento de municípios como Região Articulação intermunicipal Acessos Rodoviários Cooperação entre concelhos Desenvolvimento de projectos conjuntos Aproveitamento de Recursos Florestais Alojamento Estabelecimento de um objectivo comum Melhor aproveitamento dos Recursos Naturais: dinamização Falta de estratégias comuns Acessibilidades Criação de obras para benefício de todos (exemplo: metro e ligações ferroviárias) Defesa das nossas tradições Protecção Ambiental Recursos cinegéticos Turismo Despoluição das linhas de água Integração do desenvolvimento/ desenvolvimento sustentado Melhoria das vias de comunicação Rede viária Rio Ceira Caminhos-de-Ferro A.19 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 21: Acções a Promover do território Dueceira. DUECEIRA – Acções 24 3 5 19 20 11 12 17 1 4 15 Esforço conjunto para que a linha férrea seja electrificada Projectos de interesse comum Melhoria das vias intermunicipais Parceria ao nível da protecção ambiental Estratégia de aproveitamento dos recursos energéticos endógenos Dinamização de rotas turísticas em parceria Promover a limpeza e fiscalização rigorosa das linhas de água (penalizações) Acessibilidades (ligação do IC3 ao IP3) Incentivo das energias alternativas (eólica, biomassa) Reestruturação da floresta Rede regional de cuidados continuados e paliativos Votos 9 8 8 8 7 6 6 6 5 5 5 A.20 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) 2.6 Workshop Concelho de Vila Nova de Poiares – 17 de Janeiro de 2007: Tabela 22: Pontos Fortes do território Dueceira. DUECEIRA – Pontos Fortes Riqueza do património ambiental Valorização dos pontos de convergência Racionalização de recursos Artesanato Valorização da componente florestal Baixo nível de criminalidade Aposta na qualidade de vida Turismo Património Natural Acessibilidades – vias rodoviárias Abrangência da informação e rapidez no feedback à população Estruturas e instituições de desenvolvimento integrado Gastronomia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Complementaridade das várias actividades nos diferentes municípios 15 Forte movimento de associativismo 16 Parque industrial 17 Capacidade de mobilização de entidades nos objectivos que define 18 Valorização de todos os recursos económicos disponíveis 19 Apoio à formação relacionada com produtos endógenos 20 Parque de máquinas 21 Apoio à elaboração de vários projectos 22 Rios 23 Localização geográfica 24 Automotora 25 Protecção Florestal A.21 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 23: Áreas de Melhoria do território Dueceira. DUECEIRA – Áreas de Melhoria 1 Melhoria da rede de transportes entre os 4 concelhos e entre estes e a capital de distrito 2 Aposta na qualificação dos recursos humanos como factor de competitividade das empresas 3 Melhor aproveitamento dos recursos ambientais 4 Aposta/ desenvolvimento da área cultural 5 Desenvolvimento/ aposta no turismo 6 Ausência de campanhas de divulgação da região 7 Fraco nível de escolarização e formação 8 Educação 9 Indústria 10 Turismo 11 Divulgação dos seus próprios objectivos e âmbito de acção 12 Promoção da formação de recursos humanos 13 Acessibilidades 14 Ambiente e floresta 15 Melhor rentabilização dos recursos 16 Promoção do conceito de desenvolvimento integrado 17 Reforço da formação 18 Valorização do património cultural 19 Aumentar capacidade de resposta aos projectos apresentados 20 Mais e melhores parcerias entre os municípios para aumentar o desenvolvimento 21 Diálogo intermunicipal e criação de projectos conjuntos 22 Afirmação das potencialidades regionais 23 Profissionalização/ formação de quadros superiores 24 Promoção de um ordenamento urbano/ industrial conjunto 25 Entendimento em todas as áreas entre todos os municípios 26 União entre municípios para responsabilizar e exigir ao poder central o investimento no Interior Norte 27 Revisões dos PDMs A.22 Sociedade Portuguesa de Inovação Programa Director de Inovação, Competitividade e Empreendedorismo para a Associação de Desenvolvimento do Ceira e do Dueça (DUECEIRA) Tabela 24: Acções a Promover do território Dueceira. DUECEIRA – Acções Pontuação 1 Acessibilidade dos vários municípios às vias rápidas 11 11 Criação de unidade de aproveitamento de resíduos florestais 9 Criação de uma rede ferroviária abrangendo os quatro concelhos com ligação à capital de 5 distrito 7 Criação de projecto comum para a divulgação a nível nacional e internacional do turismo e 10 gastronomia 7 2 Política integrada no investimento produtivo dos vários concelhos 6 8 Campanha de marketing para a região 6 17 Projectos intermunicipais de desenvolvimento 6 4 Divulgação junto da população dos objectivos da associação 4 Definição de acções de formação de acordo com as necessidades detectadas nas 6 empresas e entidades 4 12 Construção de via que substitua a Estrada da Beira 4 14 Centro de recolha de resíduos florestais 4 Criação de uma estrutura regional que fomente a Inovação, Competitividade e 7 3 Empreendedorismo nas empresas e serviços 16 Aposta na afirmação nas potencialidades da região 3 13 Criação de rede intermunicipal de abastecimento de água e tratamento de esgotos 2 15 Elaboração de cadastro florestal dos concelhos 2 3 Criar condições à fixação de quadros técnicos 1 9 Requalificação dos rios e espaços naturais 1 A.23 Sociedade Portuguesa de Inovação