Mais de 4 mil meninas foram vacinadas contra HPV em um mês

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Mais de 4 mil meninas foram vacinadas contra HPV em um mês
Mais de 4 mil meninas foram
vacinadas contra HPV em um mês
A meta é atingir 7 mil meninas entre 11 e 13 anos em
Itaboraí – Fotos Sandro Giron
O primeiro mês da vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), responsável
por quase 95% dos casos de câncer de colo de útero no mundo, contou com 4.200
mil meninas entre 11 e 13 anos vacinadas em Itaboraí, que corresponde a
aproximadamente 66% do público-alvo. O balanço parcial divulgado nesta quintafeira (10), prazo de encerramento da mobilização, foi contabilizado pela Secretaria
Municipal de Saúde. A meta é alcançar sete mil adolescentes nessa faixa etária, ao
longo deste ano.
Após o período de campanha, a vacina contra o HPV continuará sendo liberada
para as meninas em todos os postos de saúde que realizam vacinação e também
na Policlínica de Especialidades Médicas Vereador José de Oliveira (Filoco), em
Manilha, e no Hospital Estadual Tavares de Macedo, em Venda das Pedras, das 8h
às 17h, de segunda a sexta-feira. As meninas que não receberam a dose deverão
procurar a unidade mais próxima de sua casa para tomar a vacina, apresentando
além da carteira de vacinação, documento original de identificação com foto.
O coordenador técnico da Divisão de Imunobiológicos da Secretaria Municipal de
Saúde, Valter Montes, aponta que a procura tem sido boa, com situações das mais
variadas enfrentadas pelos profissionais de saúde.
“Tem gente procurando que não está dentro dessa faixa e quer tomar a vacina de
qualquer jeito, e gente que, por motivo religioso ou outras razões, não quer
tomar”, enumera o coordenador. “O que percebemos é que muitas já tinham
tomado a vacina no posto, o que de certa forma mostra uma consciência dos pais.
A recepção tem sido boa”, avalia.
As estudantes Raquel Oliveira, de 11 anos, e Ingrid Rodrigues, de 12 anos,
ouviram sobre a importância da vacina na televisão.
“Eu tive medo de doer na hora, mas não doeu”, lembra Ingrid. “Sei que a vacina é
importante para não pegar a doença. Uma amiga nossa não queria tomar, estava
com medo, mas a gente falou com ela e aí ela foi”, explica Raquel.
A vacina
Depois da primeira dose, é preciso tomar uma segunda após seis meses e uma
terceira após cinco anos para completar a proteção. A vacina é restrita ao sexo
feminino, visando diminuir os casos e mortes devido ao câncer de colo de útero.
A vacina distribuída nos postos da rede pública é quadrivalente, combatendo os
subtipos HPV 6, 11, 16 e 18, sendo os dois últimos responsáveis por cerca de 70%
dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. O HPV (Papilomavírus
Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas. Sua transmissão ocorre
através do contato direto com a área infectada, e a principal forma de contágio é
através de relação sexual. A transmissão vertical (de mãe para filho) e o início
precoce da vida sexual também são formas de contágio.
No Brasil, o câncer de colo de útero é a quarta causa de morte por câncer entre as
mulheres. Com a inclusão da vacina no SUS, o Ministério da Saúde espera
contribuir na redução dos casos. Em 2015, de acordo com o calendário
desenvolvido pelo Ministério da Saúde, a vacina passa a ser oferecida para
meninas entre 9 e 11 anos.
Texto: Renata Nery
Fotos: Sandro Giron