pancho c ampo - Sociedade da Mesa

Transcrição

pancho c ampo - Sociedade da Mesa
74
Maio 2009
Sociedade
da Mesa
Kanu Rockwood
Red 2006
Pancho Campo
Roobernet
Torta de damascos,
mel e amêndoas
02
EDITORIAL
Direção Dario Taibo
Direção da revista Dario Taibo
[email protected]
Desenho e direção de arte
OC O
comunicação e design
[email protected]
Atendimento ao cliente Karla Sol
[email protected]
Contato de Publicidade Ochoa
[email protected]
(55-11) 5084-8091
Impressão 5.500 exemplares
Sociedade da Mesa
Rua Branco de Moraes, 248/11
Chácara Santo Antônio
São Paulo - SP - Brasil
CEP 04718-010
(55-11) 5181-4140
www.sociedadedamesa.com.br
0800-7740303
Este informativo é uma edição
exclusiva para os associados da
Sociedade da Mesa. Pertencente
a um grupo internacional, a
Sociedade da Mesa é um clube
de vinhos, seleciona vinhos
para seus associados, publica
um informativo mensal além de
organizar cursos e eventos.
Sociedade
da Mesa
03
É em Londres que acontece
aquela que é considerada a mais
internacional feira de vinhos do
mundo. Londres é um dos maiores
mercados mundiais de vinho, e
é de lá que vem aqueles que são
considerados os mais influentes
críticos de vinho. É lá que está
sediada a IMW, centro de excelência
do qual se falará na entrevista desta
edição. E é justamente o fato de não
ser um país produtor que lhe dá essa
imparcialidade, essa capacidade de
promover a mais internacional das
feiras de vinho.
Estou aqui em Londres, amanhã
começa a feira. Saio e entro no
primeiro pub que encontro. Diz a
lenda que estando em Roma viva,
como os romanos. Então peço
Sausage com backed beans, ovo frito
e batata frita, um clássico. Dou uma
olhadela na carta de vinhos só para
confirmar o que já sabia. Um pub
qualquer, a carta tem somente 14
rótulos habilidosamente escolhidos:
tintos, brancos, espumantes e
rosados, 7 países produtores
representados e 11 variedades de
uva numa carta de tão só 14 rótulos.
Estou no país certo e na feira certa
para comprar vinhos, e intuo que
faremos boas compras.
Dario Taibo
sócio-diretor
índice
08
04
Seleção do Mês
10
06
Artigo técnico
Roobernet
Entrevista
Pancho Campo
15
Torta de
damascos, mel e
amêndoas
Próximas Seleções
04
05
Seleção Grandes Vinhos
TEXTO
JOÃO CALDERÓN
CATA
DARIO TAIBO
Kanu Rockwood
Red 2006
Na África do Sul, mais precisamente
em uma antiga fazenda de Goedgeloof,
conta-se uma lenda de um pássaro
imaginário: eles acreditavam que
sempre que esse pássaro aparecia,
todos que estivessem banhados por
sua sombra eram presenteados com
uma colheita abundante. Muito bem,
e o que isso tem a ver com a nossa
seleção do mês? Pois é justamente
este pássaro, Kanu, que dá o nome à
bodega e ao vinho do mês de maio, o
Kanu Rockwood Red 2006.
Kanu está localizada nos vales de
Stellenbosch, que juntamente com
Paarl e Franschoek formam a Região
Vinícola do Cabo, e que é a maior do
país. Situada aos pés das montanhas
da Dobra do Cabo, a região possui
características
climáticas
muito
semelhantes às do mediterrâneo,
com verões quentes e invernos não
muito rigorosos.
Uma peculiaridade deste vinho
está em uma das variedades de seu
corte, a uva Roobernet, um recente
cruzamento, sulafricano, de Pontac,
extensivamente plantada na Região
do Cabo, e Cabernet Sauvignon.
Agora, ainda mais curiosos, só nos
resta a melhor parte, beber!
Kanu Rockwood Red 2006
Safra: 2006
DO: Stellenbosch, África do Sul
Uvas: 56% Shiraz, 34% Cabernet Sauvignon,
6% Merlot, 4% Roobernet
Álcool por vol.: 14,29%
Envelhecimento: 6 meses em traves de
carvalho francês.
Minha cata: Em nariz, chocolate preto e
framboesa, complementado por notas
apimentadas, noz moscada e canela, da
componente Shiraz. Suave, aveludado em
taninos com frutas vigorosas que terminam
em um longo e seco final.
Harmonização: Todo tipo de patês e terrines.
Ótimo como aperitivo, como diversa gama
de presuntos e saladas. Acompanha bem as
carnes em geral, principalmente as de porco,
assim como as aves, e também as massas
de molhos com carne.
Temperatura de serviço: servir levemente
refrescado, a 20ºC.
Guarda: para beber agora, ou durante os
próximos 3 anos.
06
07
ENTREVISTA
Pancho Campo
No Brasil, o IMW não é uma organização muito
conhecida entre os aficionados. Poderia nos explicar
o que é IMW?
Os vinhos espanhóis são muito frequentes em nossas
seleções. Quais são as DOs espanholas em ascensão,
onde devemos mirar nossas seleções futuras?
O “Institute of Masters of Wine” foi criado em 1953
pelos negociantes e profissionais de vinho do Reino
Unido. A ideia era criar uma instituição que buscaria
o nível máximo de excelência na educação do vinho.
Hoje em dia, é o título de maior prestígio da indústria
e de maior reconhecimento internacional.
Creio que Rioja se tornará a região vinícola mais
importante. Além do mais, a história, a cultura, a
gastronomia e as bodegas de Rioja fazem com que ela
tenha potencial para se tornar a região vinícola mais
importante para o enoturismo. O espumante já pôde
experimentar um boom de pessoas que buscam pagar
menos por um vinho de qualidade. Hoje em dia estão
fazendo espumantes muito bons pela metade do preço
de um Champagne. O mesmo ocorre com os vinhos
de Sherry, que é um dos grandes vinhos do mundo,
é pouco conhecido e tem um preço fantástico. Acho
que pode haver um renascimento dos vinhos andaluz.
Em geral, a Espanha faz bons vinhos em todas as
denominações de origem. As que vão sofrer são as
que têm se posicionado em uma escala alta de preços.
Entendo que é muito difícil conseguir colocar o “MW”
depois do nome. São pouquíssimas as pessoas que
conseguiram. Quão difícil é?
PANCHO
CAMPO
Primeiro Master of Wine espanhol; Presidente e
fundador da “The Wine Academy of Spain”; Tutor
recomendado da Wine & Spirit Education Trust; Estudou
produção de vinhos na Universidade da California, em
Davis; Participou do OIV / UC Davis Wine Marketing
Program; Foi treinado na Áustria, Bordeaux e Londres pelo Institute
of Masters of Wine; Fundador da Conferência Mundial “Climate
Change & Wine”; Fundador do programa “Spanish Wine Education
Certification”; Treinado pessoalmente pelo vice-presidente Al Gore e
membro do The Climate Project; Freqüentou a escola de medicina;
Antigo Presidente e CEO da CSM, companhia de eventos, onde
organizou e dirigiu a Davis Cup, World Cup of Indoor Trials, Pro Beach
Soccer World Tour e eventos com Andre Agassi, Stefab Edberg, Emilio
e Arantxa Sanchez Vicario, Eric Cantona, Pink Floyd, Sting, Enrique
Iglesias, Tom Jones e Jamiroquai, dentre muitos outros; Ex-tenista
profissional e participante das Olimpíadas de Barcelona 1992.
É extremamente difícil. Apenas 247 pessoas
conseguiram se tornar ´Masters of Wine’ desde que se
criou o IMW. É preciso um domínio em todas as áreas
da indústria vinícola, enologia, viticultura, negócio,
marketing e tendências contemporâneas. Além disso, é
preciso passar por um exame prático de cata às cegas
que dura três dias. Quando se consegue aprovação em
tudo isso, ainda é necessário fazer uma tese sobre um
tema de investigação própria.
E o investimento?
Mais que o investimento econômico é o tempo que
tem de ser dedicado, o esforço e o sacrifício. Durante
muitos anos tive que me levantar quase todos os
dias às 5 da manhã para poder estudar e seguir
trabalhando. Aproveitava todas as viagens de avião
ou trem para estudar. Eu levei pouco menos de 4
anos e fui um pouco mais rápido que a média, que
costuma levar uns 5 anos. Em relação ao dinheiro,
não é mais caro que qualquer outro Masters. O
principal gasto para mim eram as viagens à Londres,
às zonas vinícolas, a trabalhar em bodegas e a
aprender sobre o terreno.
Que conselho daria a alguém que queira fazê-lo?
É uma experiência fantástica e se aprende
muitíssimo, mas você precisa estar preparado
para fazer um grande sacrifício, precisa ser muito
disciplinado e metódico. Isto não é como uma carreira
universitária ou como qualquer master. Qualquer
pessoa que se voltar ao MW deve avaliar, primeiro,
a razão pela qual o faz, seus objetivos e ser honesto
com você mesmo. Não se pode tentar ser MW
se você não dispõe de tempo, ou se não é muito
disciplinado e preciso consigo mesmo.
O vinho espanhol. Acredito que seu lugar no ranking
mundial quanto a volume negociado deveria estar um
pouco mais acima. Onde os espanhóis se confundem?
Os espanhóis se equivocam por não saberem vender
e nem divulgar seu vinho. A Espanha é o país com
mais vinhedos, e o terceiro produtor mundial. Além
disso, quase todos os críticos mundiais concordam
em dizer que a Espanha possui o panorama vinícola
mais interessante e a melhor relação preço x
qualidade. Sinceramente, creio que o vinho espanhol
pode converter-se em líder mundial, se tudo
fosse feito medianamente bem. A crise econômica
representa uma grande oportunidade para a Espanha
já que as pessoas buscam relação preço x qualidade,
e esse é o grande valor dos nossos vinhos. Mas é
preciso ter visão e saber investir adequadamente.
O tema da mudança climática está em alta hoje em dia.
Como afetará a Espanha e em que prazo?
A mudança climática já começou a afetar todas as
regiões do mundo. Na Espanha vemos coisas boas
como a grande diminuição das geladas primaverais,
facilitando a maturação em regiões de difíceis
colheitas antes. A parte negativa é a seca, o aumento
de temperaturas e a baixa acidez. Com um clima
mais quente, as uvas maturam demasiado rápido,
e poderiam chegar a sofrer perdas em seu caráter
varietal, falta de complexidade aromática e que a
maturez fenólica adequada não seja atingida. As
regiões produtoras de vinhos brancos, espumantes e
vinhos delicados são as mais suscetíveis. O importante
é reconhecer que há um problema, e que quanto antes
começarmos a nos adaptar e tomar medidas, será
mais fácil e mais barato.
E aproveitando o tema terroir, digamos que amanhã você
decida produzir um vinho, um único vinho e em qual
poderá dar o seu nome. Onde o faria e com que cepa?
Não acho que exista um vinho que já tenha demais
no mundo, e creio que minha contribuição à indústria
pode ser mais valiosa em outras áreas. Para mim, os
dois países mais interessantes são Espanha e Chile.
Espanha porque produz vinhos de uma qualidade
excelente com um preço adequado. Além disso,
a Espanha deveria tornar o turismo de vinho seu
destino mais atrativo, por ter bodegas espetaculares,
a gastronomia espanhola é líder, é um país com uma
história impressionante e de uma riqueza cultural
muito ampla. O Chile possui todas as qualidades
climatológicas ideais para a produção de vinho de
qualidade, para adaptar-se a mudanças climáticas
melhor que nenhuma outra região, e bodegueiros
muito preparados.
Para terminar, não posso deixar de fazer a pergunta
óbvia. Sei que esteve no Brasil. O que achou de
nossos vinhos?
O Brasil me encantou. Me pareceu que tem um
potencial enorme para desenvolver uma cultura de
vinho muito boa. Tive a oportunidade de experimentar
muitos espumantes e tintos brasileiros. A verdade é
que fiquei muito impressionado porque provei coisas
muito interessantes e de uma qualidade que eu não
esperava.
08
09
ARTIGO T´ECNICO
ROOBERNET
Eduardo Giovannini
“O melhoramento genético em
uvas para vinho fino, através de
cruzamentos, vem sendo feito desde
meados do século XVI. Quando se
entendeu melhor sobre reprodução
de plantas e genética, foram iniciados
trabalhos de polinização das flores de videiras-mães que tivessem alguma
qualidade à qual fosse possível agregar outras características desejáveis,
usando pólen de outras variedades. Normalmente a flor da videira é
autofecundada, não necessitando da ajuda nem do vento, nem de insetos.
Pegando-se uma semente de ‘Merlot’, por exemplo, e plantando-se a mesma,
em 98,5% das oportunidades nascerá outra ‘Merlot’ idêntica à planta-mãe. A
chance de tal semente ter sido formada a partir de fecundação por pólen de
outra flor é 1,5%. E, muito provavelmente, a outra flor que a polinizou estava
no mesmo primórdio floral, sendo portanto, outra flor de ‘Merlot’.
Assim, as chances de ocorrerem cruzamentos ao natural são baixíssimas. Mas
eles ocorrem. Estão aí a ‘Cabernet Sauvignon’, a ‘Chardonnay’ e a ‘Syrah’
dentre outras para provar.
Cruzamentos dirigidos, feitos pelo homem, foram muitos. Poucos, no entanto,
deram bons resultados enológicos. Dos mais conhecidos são a ‘Alicante Henri
Bouschet’ (uva tintória francesa), a ‘Flora’ (uva rosada californiana), a ‘Ruby
Cabernet’ (uva tinta californiana), a ‘Manzoni Bianco’ (uva branca italiana) e
a ‘Pinotage’ (uva tinta sul-africana).
No Brasil foram feitos diversos cruzamentos, mas a maioria visando obter
uvas para vinhos comuns ou sucos.
Dentre as novas técnicas de melhoramento genético, atualmente se dispõe
da biotecnologia. Já existem porta-enxertos de videira obtidos por esta
técnica. A maneira mais usual para se melhorar uma variedade de videira é a
seleção feita em vinhedos bons, isolando indivíduos (videiras) que tenham as
características buscadas, e posteriormente, propagando somente estas.
Na África do Sul além da ‘Pinotage’ (‘Cinsault’ x ‘Pinot Noir’), mais
recentemente foi lançado um novo cruzamento no ano de 1990. Trata-se da
uva ‘Roobernet’. O mesmo foi feito pelo professor Orffer, em Stellenbosch,
utilizando como genitores a conhecida ‘Cabernet Sauvignon’ e a desconhecida
‘Pontac’. Esta última é uma cultivar originária do sudeste da França e já era
cultivada na África do Sul no século XVII, tendo sido exportado seu vinho
para a Holanda em 1772 por Jan van Riebeeck. Era usada na elaboração do
vinho Constantia tinto doce. É uma cultivar tintória (tem matéria corante na
polpa além da película), originando vinhos de cor forte, levemente tânicos
com sabor suave e bom potencial de envelhecimento.
A ‘Roobernet’ produz pouca uva, sendo a produtividade do vinhedo próxima
a 5 toneladas por hectare. O vinho que origina é de cor acentuada e tânico
devendo envelhecer bem. É um vinho que tem qualidades intermediárias
entre as dos seus genitores. Atualmente só é encontrada em seu país de
origem e ainda assim em pequena área. Deverá se constituir em um novo tipo
de vinho original da África do Sul.
Para nós, será uma grande surpresa conhecer um vinho absolutamente novo.”
Artigo de Eduardo Giovannini, professor de viticultura no Curso
Superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia do Centro Federal
de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves, RS
Você indica.
A gente explica.
Ele se associa.
Você ganha.
Simples assim!
Traga um novo associado para
a Sociedade da Mesa e receba
duas taças Borgonha com a
próxima entrega.
São taças de cristal perfeitas para
os melhores momentos com os
grandes amigos.
Os dados de seu amigo podem ser enviados ao mail
[email protected], site ou podem ser fornecidos pelo
telefone 0800-7740303. Nos envie seu nome completo com telefone particular
e comercial. Promoção válida apenas em caso da associação de seu amigo.
Sociedade
da Mesa
Amigo é pra essas coisas!
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TEXTO
mesa
RONALDO CARRILHO
Torta de damascos,
mel e amêndoas
Ronaldo Carrilho é sócio-chef do restaurante LeBOU.
[email protected]
Para o creme, tenha:
125 ml de creme de leite (prefira os mais
espessos)
1 ovo bem grande ligeiramente batido
½ de colher de chá de essência de amêndoas
½ de colher de chá de essência de baunilha
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de farinha de trigo passada na
peneira mais fina que você tiver.
Acredito que minhas contribuições para esse periódico
nunca incidiram sobre doces. Um espanto! Não há dia
que fico sem um doce. Mesmo que ruim. Não posso ir
a restaurantes que ficam passando aqueles carrinhos
de sobremesa pelo salão. Nessas ocasiões, engulo o
salgado mirando no doce.
É difícil me deparar com um doce que eu não goste.
Claro, tenho preferências. Olho de sogra, dou um olho.
Por quindim, ajoelho. Por doces com massas, cremes
e frutas (frescas ou secas), sou capaz de desatinos.
Portanto rapaziada, chegou a hora de doce. Assim
sendo, vamos atacar de uma torta típica da região de
Provence. É bem fácil de fazer. Essa receita foi tirada
de um livro da Patricia Wells, jornalista americana,
crítica de gastronomia e cozinheira, que reside entre
Paris e Provence. Ô inveja... Ela tem uma casa de
campo em Provence que é pura poesia.
No fim, essa torta será uma boa pedida. Afinal, estamos
celebrando o ano Brasil/França.
Vamos ao mercado? Como vamos massagear nossos
tímpanos e alegrar a alma? Bom, por falar em França,
que tal Richard Galliano, L’hymne a’ l’amour? Se você
não conhece, deveria. Ele já tocou com as grandes
feras da música mundial (jazz, choros, tangos...).
Para a massa, tenha:
120g de manteiga sem sal em ponto de pomada
100 g de açúcar
¼ de colher de chá de essência de amêndoas
¼ de colher de chá de essência de baunilha
1 pitada de sal
180 g de farinha de trigo
2 colheres de sopa de amêndoas (com casca) bem moídas
Para a fruta, tenha:
800 g de damascos frescos, cortados ao meio, com
a casca e sem caroço (acho que essa informação é
dispensável, não é?!). Como não é fácil encontrar
damascos frescos, adquira damascos secos e
hidrate-os com suco de laranja e um pouco de
açúcar ou mel, por uma noite, dentro da geladeira.
No dia seguinte, retire e ponha-os sobre uma
peneira para escorrer o excesso de líquido.
Açúcar de confeiteiro para polvilhar no momento
de servir.
Já fiz essa torta com morangos frescos e doces.
Ficou muito bom. Também já fiz com cerejas frescas.
Chique e linda. Você pode tentar com ameixas ou
figos frescos ou qualquer outra fruta que contenha
pouco líquido e não seja muito ácida.
Você vai precisar de uma forma de torta baixa
com fundo removível. Aquela de borda franzida é
a mais adequada. Se for com película antiaderente,
não precisa untar.
Para a massa, misture a manteiga e o açúcar com
um garfo. Acrescente as essências e o sal. Por
fim, despeje a farinha peneirada. Amalgame. Fica
meio quebradiça. Não se apavore. Com as mãos
e o auxílio luxuoso de seus dedos cubra a forma
e as bordas com a massa. A espessura é por tua
conta. Eu gosto de sentir o gosto de massa. Ou
seja, deixo bordas grossas. Leve à geladeira para
firmar (30 minutos são suficientes).
Aqueça o forno a 200ºC. Se você não tem controle
de temperatura, se vire e compre um termômetro
de forno. Cada um com seus problemas.
Retire a forma da geladeira, faça uns furos no piso da
massa com garfo. Isso dificulta um pouco a formação
de bolhas. Polvilhe aquelas amêndoas trituradas por
sobre a massa e bote-a no forno para assar. Entre
10 e 15 minutos, ela deverá estar firme e levemente
assada. Retire a massa do forno e deixe amornando.
Não desligue o forno.
Vamos ao creme. Em uma vasilha, junte o creme de
leite, o ovo batido, as essências e o mel. Bata um
pouco para misturar. Aos poucos, despeje a farinha
passada em coador bem fino. Bata e reserve.
Corte os damascos ao meio. Em circunferências
concêntricas, começando pelas bordas, disponha
os damascos, de forma que a borda de um se
sobreponha à borda do vizinho. Devem resultar três
circunferências. Preencha o meio com os damascos
que sobrar. Se sobrou algum, coma-o.
Com delicadeza, espalhe uniformemente o creme
sobre os damascos.
Volte a forma para o forno. Entre 40 e 50 minutos,
a torta deve estar assada. Retire e deixe esfriar. Só
desenforme-a depois de fria.
No momento de servir, polvilhe o açúcar de
confeiteiro.
Sirva com um bom licor, um bom vinho do porto ou
uma ótima aguardente de pêra (minha preferência).
Cai melhor em uma noite fria, após um belo jantar.
No momento de servir, diga: “Puxa, eu tinha um
pouco de farinha, um ovo e algumas frutas e não é
que deu para fazer uma tortinha para vocês!!”
Sorria e saboreie a torta e a vida.
Vai, não tenha vergonha, corra e me dê um abraço.
12
PROGRAMA SACA-ROLHA
Sociedade da Mesa é muito
bem-vinda e não paga rolha
Aqui nesta coluna publicaremos bares e restaurantes onde você, associado da
Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia
com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha!
Rua Lisboa, 346
tel. (11) 3064-3438
São Paulo - SP
Rua Bandeira Paulista, 387
Itaim-bibi - São Paulo
(11) 3078-6704
R. Salvador Cardoso, 131
Itaim-bibi, São Paulo.
Tel.: (11)3078-8686.
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705
Jardim Paulistano - São Paulo
(11) 3031-0005
Rua Lisboa, 191
Pinheiros - São Paulo
(11) 3082-7904
Rua Dr. Mario Ferraz, 213
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3816-4333
Rua Joinville, 561
Vila Mariana - São Paulo
(11) 5571-9839
Rua Mourato Coelho, 1267
Vila Madalena - São Paulo
(11) 3032-8605
Rua Joaquim Antunes, 224
Jardim América - São Paulo
(11) 3085-8485
Rua Jerônimo da Veiga, 461
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3079-3344
Rua Manuel Guedes, 545
Jardim Europa
www.limonn.com.br
(11) 2533-7710
Av. Pedro Paula de Morais, 749
Saco da Capela - Ilhabela - SP
(12) 3896-5241
R. Melo Alves, 294
Jardins, São Paulo.
www.chakras.com.br
Av Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85
Jatiuca - Maceió - Alagoas
(82) 3235-1016
Rua Pedroso Alvarenga, 1170
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3167-0977
Rua Girassol, 67
Vila Madalena - São Paulo
(11) 3031-6568
Rua Bandeira Paulista, 520
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3167-2147
Calá del Grau
Cocina de España na Vila Mariana
Genova
Rua Alexandre Dumas, 1152
Chácara Santo Antônio.
(11) 5181.4422
13
Rua Dr. Sodré, 241A
Vila Olímpia - São Paulo
(11) 3845-7743
Aprecie o sabor da culinária espanhola sem sair de São Paulo.
Localizado na Vila Mariana o restaurante Calá del Grau se
diferencia por trazer características típicas dos melhores
restaurantes espanhóis, tanto no preparo quanto na forma de
servir os alimentos.
Um dos destaques no cardápio é a Paella, servida em 5
versões diariamente . A Calá del Grau – sob encomenda e
para um grupo de no mínimo 15 comensais - é preparada da
mesma forma como é feita em Valência (região da Espanha
onde se originou a paella) . O prato é produzido de forma que
os ingredientes são adicionados um a um na paelleira, o que
transfere para o arroz (principal ingrediente desse prato) o
sabor de todos os alimentos utilizados. O restaurante serve
também pratos do sul e sudeste da Espanha, caso da Zarzuela
– um misto de pescados (robalo em postas, camarões, lula,
mexilhões, aspargos, ovo cozido e pimentões que vão ao
forno com molho de tomate), além das Tapas de la Huerta y
Del mar - pequenas porções para serem apreciadas com o
acompanhamento de um bom vinho.
O Calá Del Grau oferece vinhos argentinos, chilenos e
espanhóis para combinar com seus pratos. Para completar
o clima, a casa apresenta uma charmosa ambientação onde
os clientes sentem-se à vontade como numa autêntica casa
espanhola.
Rua Tabapuã, 838
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3168-6467
Restaurante Calá del Grau.
Rua Joaquim Távora, 1266 – Vila Mariana SP
Reservas (11) 5549-3210.
Rua Orobó, 125
Alto de Pinheiros - São Paulo
(11) 3022-2424
Rua Normandia, 12
Moema - São Paulo
(11) 5536-0490
Rua Conselheiro Brotero, 903
Santa Cecília - São Paulo
(11) 3664-8313
Rua Oriente, 609
Serra - Belo Horizonte
(31) 3227-6760
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SERVIÇOS
Seleção do Mês
Junho
Acessórios
Faça suas compras por telefone (0800-7740303) ou site
e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.
Bianchi Syrah e Bianchi Torrontés 2008
A seleção do mês de junho será uma caixa composta por dois
diferentes varietais: o Bianchi Torrontés 2008 e o Bianchi Syrah
2008. Os associados que recebem caixa com quatro garrafas
receberão dois de cada varietal, e claro, os que recebem caixa
com seis, três de cada.
Como já é de praxe da Sociedade da Mesa, ambos os vinhos
são exclusividade para nós associados, uma vez que eles serão
somente lançados no mercado nacional em 2010. Por isso mais
uma vez, aproveitem!
VACUVIN
Bomba de vácuo com rolhas para melhor
garantir as características do vinho.
Preço para associado: R$ 57,00
TAÇAS BORGONHA
Par de taças de Cristal
Preço para associado: R$ 50,00 (o par)
BOLSA vermelha
De lona modelo engradado.
Prática e ideal para carregar até 6 garrafas
Preço para associado: R$ 73,00
SACA ROLHAS
Modelo Somelier
Preço para associado: R$ 28,00
Preço no mercado:
Bianchi Syrah: R$ 45,00/Bianchi Torrontés: R$ 45,00
Aviso: As taças de cristal com as quais presenteamos os associados que nos trazem outro associado vinham sendo da marca Hering, mas
esta empresa não vem nos entregando as taças. Passamos então a entregar taças Strauss/ Imperattore. São quase idênticas, mas a taça
borgonha da Imperattore é ligeiramente mais bojuda.
Lembrete: Recordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como de alteração de
quantidades, pedidos de seleção especial, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até o dia 10 de cada mês.
Vinho em consigna
Informativos
Se você vai fazer um evento, festa,
jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos.
Consignamos o vinho para você e assim
nem sobrará nem faltará, já sem contar que
será um prazer ajudá-lo a escolher o vinho
mais adequado para a ocasião.
Atendendo a vários pedidos,
muito justos temos que dizer os
informativos estão disponíveis para
consulta, pesquisa e curiosidade.
Acesse nosso site e faça download
de nosso acervo. Boa leitura !
Preço para o associado:
Bianchi Syrah: R$ 37,80/Bianchi Torrontés: R$ 35,80
Seleção Grandes Vinhos
Finca La Anita Cabernet Sauvignon 2005
Nossa seleção de Grandes Vinhos do mês de junho estará
muito bem representada pelo Finca La Anita 2005. Este vinho
tem se instalado como referência entre os Cabernet Sauvignon
argentinos, com importantes menções na imprensa especializada.
É um vinho tão especial que é somente engarrafado quando
as uvas atingem seu máximo esplendor, sendo assim não são
produzidos todos os anos, por isso temos que aproveitar.
Preço no mercado: R$ 150,00
Preço para os associados: R$ 98,00
Neste mês não haverá “Seleção Especial do Mês”.
A “Seleção Especial do Mês”, ao contrário da “Seleção do Mês”, não é de envio automático, mas somente
sob pedido. Peça antes do dia 10 para recebê-la juntamente com seu vinho.
´
˜
PROXIMAS SELEÇOES
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