alfanews 2015 4-1

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alfanews 2015 4-1
Alfanews
Informativo do Projeto ALFA – Aliança de Laboratórios de Fertilização Assistida | Volume 4 | Número 1 | Ano 2015
Encontro Latino-americano
pelo Cuidado da
Fertilidade
Participação Especial:
Dra. Sheryl Vanderpoel
Organização Mundial da Saúde
Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa
Segurança da
vitrificação de oócitos:
melhor evidência
4
Editorial
Infertilidade e tecnologias reprodutivas: tendências no século xxI
5
Conta-Gotas
Reprodução Assistida volta a ser reconhecida como área de atuação
da Ginecologia e Obstetrícia | Autismo na Reprodução Assistida |
Pílulas: vantagens e desvantagens
6
Opinião
Discussões sobre Ética em Reprodução Humana e técnicas de
Reprodução Assistida | Newton Eduardo Busso
8
artigos alfa
Segurança da vitrificação de oócitos: melhor evidência | Leopoldo Oliveira Tso
11
artigos alfa
Estudo comparativo sobre o impacto psicológico de uma e de múltiplas tentativas de
tratamento Reprodução Assistida (FIV) em casais | Luciana Leis
12
passo a passo
On-label and off-label drug use in the treatment of female infertility | Karina Tafner
Agenda de eventos | 2015
11 | jun | 2015
XXIX Jornada Santa Casa • São Paulo – SP
14 | jun | 2015
31o Encontro Anual da ESHRE (www.eshre.eu) • Lisboa – Portugal
27 | ago | 2015
XX Congresso Paulista de Ginecologia e Obstetrícia – SOGESP • São Paulo – SP
04 | out | 2015
XXI FIGO World Congress of Gynecology and Obstetrics - Vancouver, Canada
17 | out | 2015
71 st Annual Meeting of the ASRM • Baltimore – Maryland (EUA)
12 | nov | 2015
56º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia – Brasília - DF
11 | dez | 2015
IX Congresso Paulistade Medicina Reprodutiva- São Paulo-SP
É expressamente
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Ilustração da capa
| Ingimage
Projeto aLFA fERTILIZAÇÃO aSSIsTIDA S/A.
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Comitê Executivo Elvio Tognotti • Jonathas Borges Soares • Nelson Antunes Júnior • Newton Eduardo Busso • Sidney Glina
Calaboradores Cristiano Eduardo Busso • Karina Tafner • Leopoldo Oliveira Tso • Luciana Leis • Oscar Barbosa Duarte Filho • Rodrigo Romano
ALFANEWS é órgão informativo do Projeto ALFA Fertilização Assistida S.A.
Editor Newton Eduardo Busso | [email protected] Projeto Gráfico e Diagramação Josimar Silvestre Tanaka | [email protected]
Jornalista Responsável Josimar Silvestre Tanaka | [email protected] gráfica Prol Gráfica Tiragem 3.000 exemplares
Editorial | Newton Eduardo Busso
INFERTILIDADE E TECNOLOGIAS REPRODUTIVAS:
TENDÊNCIAS NO SÉCULO XXI
ção até lei mais recente (2009) que ga-
tratamentos de TRA pela população de
rante o tratamento dos casais inférteis
menor renda devido à falta de compro-
pelos planos de saúde, direito negado
metimento político e ressaltaram que
pela Agência Nacional de Saúde (ANS)
a implementação destes serviços não
por interpretação distorcida da lei. A per-
pode depender somente da iniciativa
gunta que fica é: o que podemos fazer
dos profissionais envolvidos mas devem
para corrigir esta interpretação, a nosso
fazer parte de uma política objetiva de
ver equivocada, para dar acesso a estas
saúde pública.
pessoas marginalizadas pelo fator eco-
Bahamondes e Makuch, em nova pu-
nômico, a exemplo do que fez a Argenti-
blicação, reafirmaram em 20143 que a
na em 2013 e o Uruguai em 2014.
barreira de acesso aos tratamentos acon-
Recente revisão da literatura feita por
tece em virtude da insuficiência dos ser-
Inhorn e Patrizio identificou 140 traba-
viços públicos e da falta de envolvimento
lhos (artigos, monografias, capítulos de
dos políticos e profissionais com o tema.
1
livros) entre 2000 e 2014 nas áreas de
Sem acesso, muitos casais inférteis
infertilidade afeta cerca
demografia da infertilidade, TRA em po-
mergulham em despesas para financiar
de 186 milhões de pes-
pulação de baixa renda, discriminação
o tratamento ou ficam em filas inter-
soas no mundo. Embora a
de gênero e aumento das iniciativas às
mináveis mendigando por atenção no
masculina contribua com
TRA. Todos os dados indicam a inferti-
serviço público.
quase metade de todos
lidade conjugal como um problema de
Diante deste quadro, aumentar o aces-
os casos de esterilidade conjugal, esse
saúde pública. Apesar da maciça expan-
so aos tratamentos de infertilidade tor-
problema reprodutivo ainda permanece
são global de serviços de TRA ao longo
na-se mais que uma obrigação. Especia-
como carga social da mulher.
da última década (2005-2015), essa per-
listas devem envolver-se com aspecto de
Infelizmente, a infertilidade vem tor-
manece inacessível em muitas partes do
prevenção, sendo criativos e buscando
nando-se problema de saúde reproduti-
mundo. Os motivos encontrados foram:
soluções de baixo custo e menor com-
va, e as áreas do mundo com as maiores
a ausência de clínicas, particularmente
plexidade. O Estado deve encarar a in-
taxas de infertilidade são, muitas vezes,
na África subsaariana, o que torna esta
fertilidade como um problema de saúde
aquelas com pouco ou nenhum aces-
região
devastadora
pública e o Ministério Público deve ser
so às Técnicas de Reprodução Assistida
para as mulheres que são discriminadas
acionado para saber se a ANS interpreta
(TRA). Em muitas situações, as mulheres
pela infertilidade atribuída somente a
a lei como ela foi promulgada.
podem ser abandonadas em seus desti-
elas; a escassez de serviços públicos de-
nos sem filhos.
pendentes de subvenção do Estado; e o
Referências
1. Inhorn MC, Patrizio P. Hum
Reprod Update.2015 Mar 22
2. Makuch e cols. Inequitabel access to assited
reproductive technology for the low-income
Brazilian population: a qualitative study.
Hum Repr. Vol26, nº8 2054-2060, 2011
3. Bahamondes e Makuch. Infertility care
nad the intorduction of new reproductive
technologies in poor resource settings.
Reprod Biol Endocrinol 12:87, 2014
particularmente
Apesar das TRA estarem perto de
não cumprimento de leis que ampliam
completar 37 anos, ainda estão longe de
o acesso na assistência suplementar à
serem viabilizadas para locais de poucos
saúde, o que aliviaria inclusive o peso do
recursos ou ainda terem acesso limitado
sistema público.
às pessoas com condições financeiras
No nosso meio, Makuch e cols. pu-
para tal, mesmo em países como o nosso
blicaram em 20112 um trabalho mos-
no qual existem leis, desde a Constitui-
trando a desigualdade no acesso aos
4 alfanews  volume 4  número 1  ano 2015
Conta Gotas
Reprodução Assistida volta a ser
reconhecida como Área de Atuação
da Ginecologia e Obstetrícia
Foi publicada no início de fevereiro desse ano, pelo Con-
específica e reconhecida pelo Ministério da Educação e
selho Federal de Medicina (CFM), a Resolução no 2.116/15,
da Cultura (MEC).
que homologa a Reprodução Humana como área de atuação da Ginecologia e Obstetrícia.
A AMB ainda não divulgou o edital em que estabelece as
regras para a certificação dos médicos que já trabalharam
Destituída do título desde 2011, a categoria comemo-
na área da Reprodução Humana. Dentro desse novo con-
ra a nova medida. Agora, os médicos que atuam na área
texto, todos os cursos de formação sofrerão nova regula-
de Reprodução Humana e que quiserem obter o Títu-
mentação.
lo de Especialista terão que se registrar na Associação
A partir de agora, teremos cinco áreas de atuação vincu-
Médica Brasileira (AMB) e participar dos cursos de es-
ladas à especialidade de Ginecologia e Obstetrícia – Endos-
pecialização oferecidos pela AMB juntamente às Socie-
copia Ginecológica, Medicina Fetal, Sexologia, Ultrassono-
dades Médicas, ou deverão concluir Residência Médica
grafia em Ginecologia e Obstetrícia e Reprodução Assistida.
autismo na Reprodução Assistida
Um estudo caso-controle multicêntrico, realizado
Referência
com 2.760 crianças autistas, revelou que não há
Ackerman S, Wenegrat J, Rettew D, Althoff.
No increase in autismo-associated genetic events
in children conceived by assisted reproduction.
R. FertilSteril. 2014 Aug;102(2):388-93.
aumento do autismo associado a eventos genéticos
em crianças concebidas por meio de Técnicas
de Reprodução Assistida (TRA), tanto de baixa
quanto de alta complexidade, quando comparadas
às que foram concebidas naturalmente.
PÍLULAs: Vantagens e desvantagens
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Possibilidade de planejamento dos ciclos e evitação de assincronia
folicular
Menor taxa de gravidez em curso com antagonista
Griesinger et.al. 2010
Não houve diferença significativa nas taxas de perdas gestacionais
precoces e de gravidez com antagonista
Bellver et al., 2007
Maior consumo de gonadotrofinas e maior duração do
tratamento com antagonista | Barmat et al., 2005 | Griesinger
et al., 2010 | Huirne et al., 2006
Não altera receptividade endometrial
Bermejo et al., 2014
ACO combinado com antagonista x Protocolo longo agonista
Não houve diferença nas taxas de implantação, de gravidez e de
nascidos vivos. | Garcia-Velasco et al., 2011
ACO combinado x Estrogênio com antagonista
Não houve diferença nas taxas de implantação, de gravidez e de
nascidos vivos. | Hauzman et al., 2013
alfanews  volume 4  número 1  ano 2015 5
Centro de Convenções Rebouças
São Paulo-SP
27 de junho de 2015
Das 9h00 às 18h00
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PROGRAMAÇÃO
Evento aberto ao público
««««« Participação Especial
Dra. Sheryl Vanderpoel
P romo ç ão
Organização Mundial da Saúde
Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa
Coordenação
Rea l iz aç ão
Newton Eduardo Busso – Brasil
Nelson Antunes Júnior – Brasil
Sandra De la Garza Santos – México
Sérgio Papier – Argentina
A poio Instituciona l
Mais informações
RG Eventos Corporativos
[11] 3515.7880
Parceiros TIP T
alfanewsvolume
volume44número
número11ano
ano2015
2015
66 alfanews
PROGRAMAÇÃO
08:30Sessão de Abertura | Autoridades Presentes
14:45
» Aspectos psicológicos e sociais
Novas Formas de Família
Luciana Leis | ProFertilidade - Associação Brasileira de Casais
09:00Apresentação da RedTRAscender
Sandra De la Garza Santos | RedTRAscender – México
09:20Acesso global aos tratamentos da infertilidade. Um
grande desafio?
Sheryl Vanderpoel – Suíça | Organização Mundial da Saúde Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa
Discussão
Elvio Tognotti | Projeto Alfa - Aliança de Laboratórios de
Fertilização Assistida
» Doação de gametas: Direito a Identidade
Estela Chardon - Argentina
» Pensar, sentir e fazer em Infertilidade
Adela Jara - Peru
» Divergências ente a lei de Reprodução Assistida
e a lei de Saúde Mental no Peru
Ysis Roa- Peru
10:10Situação do acesso ao tratamento de Reprodução Assistida
e as leis vigentes na América Latina
Sergio Papier | Aliança Latino-americana de Medicina de Medicina
Reprodutiva – Argentina
» Eu também estava lá... e dói
Carmen Martínez Jover - México
10:30Intervalo
10:50Barreiras ao acesso do tratamento de Reprodução Assistida no
serviço público do Brasil
Maria Yolanda Makuch | Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas
11:10Situação do acesso ao tratamento de Reprodução Assistida e as
leis vigentes no Brasil
Newton Eduardo Busso | Comissão Nacional Especializada em
Reprodução Humana da FEBRASGO
11:30Importância das ONG's de pacientes
Isabel Rolando - Argentina | Red TRAscender – Concebir
12:30Almoço
14:00 Os dramas da Infertilidade: Aspectos físicos, conjugais,
sexuais familiares e sociais
Sheryl Vanderpoel – Suíça
Organização Mundial da saúde - Departamento de Saúde
Reprodutiva e Pesquisa
Discussão
João Pedro Junqueira Caetano
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana
Jonathas Borges Soares
Projeto Alfa - Aliança de Laboratórios de Fertilização
Assistida
» Considere o relógio biológico da mulher
Cristiano Busso | Projeto Alfa - Aliança de
Laboratórios de Fertilização Assistida
» Utilizar o método anticoncepcional
adequado
Jarbas Magalhães | SOGESP - Associação de
Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo
12:00Como se obtém acesso através das ONG's de pacientes
Patricia Ramírez | ONG Queremos ser Pais – Chile
Silvana García | Procrea Uruguay – Uruguai
Mónica Cabrera | Procrea Uruguay – Uruguai
16:00
» Prevenção e cuidados no Tratamento de
Reprodução Assistida
Coordenação:
Nelson Antunes Júnior | Sociedade Paulista de
Medicina Reprodutiva
Sergio Papier - Argentina | Aliança Latino-Americana de Medicina Reprodutiva
» Ter relações sexuais programadas de acordo
com o ciclo da mulher
Lucía Abulafia – Uruguai
» Informações sobre as alterações genéticas e seu
impacto sobre a fertilidade
Sergio Papier - Argentina | Aliança Latino Americana de
Medicina de Medicina Reprodutiva
» Cuidar do estilo de vida
Dirceu Henrique Mendes Pereira | Sociedade Brasileira de
Reprodução Humana
» Informando antes de se submeter a tratamentos de
radiação ou de alto impacto no ovário (quimioterapia) para
congelar tecido ovariano ou espermatozoides
Luis Arturo Ruvalcaba - México
» Informações sobre doenças prejudiciais a fertilidade (cistos
ovarianos, endometriose e miomas)
Rui Ferriani | Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente
Invasiva – SBE
» Informações sobre a prevenção e detecção precoce de infecções genitais
nocivos para a fertilidade
Paulo Giraldo | Universidade Estadual de Campinas
18:30
» Encerramento
artigo Alfa | Leopoldo Oliveira Tso
Mestre pelo Setor de Reprodução Humana do Departamento de Ginecologia
da UNIFESP – EPM • Assistente do Projeto Beta • Diretor da Clínica Mater – São José dos Campos
Segurança da vitrificação de oócitos:
melhor evidência
ginecologista é o profis-
assistida, abrindo novos horizontes
de problemas obstétricos e neonatais
sional de triagem da in-
ao tratamento de mulheres inférteis
têm sido reportadas por diversos es-
fertilidade conjugal, uma
ou, até mesmo, como alternativa às
tudos. Por isso, a contínua monitoriza-
vez que a maioria das con-
mulheres férteis com risco de perder
ção dos desfechos neonatais de ciclos
sultas por essa causa vem por queixa
sua capacidade reprodutiva devido
que utilizam oócitos desvitrificados é
feminina. Cabe ao ginecologista inves-
a procedimentos cirúrgicos ou gona-
fortemente recomendada pela grande
tigar o fator feminino e solicitar uma
dotóxicos com impacto nos ovários,
maioria das sociedades médicas de di-
avaliação urológica ao parceiro da pa-
como também àquelas que desejam
ferentes países.
ciente com o objetivo de fazer a inves-
postergar a maternidade por motivos
Há três fatores na vitrificação que
tigação conjunta.
pessoais. A possibilidade de armazenar
causam preocupação e necessitam de
Grandes avanços ocorreram desde
oócitos vitrificados, formando, assim,
estudos e monitorização dos resulta-
o primeiro nascimento utilizando oó-
um banco de óvulos com potencial
dos para consagrar definitivamente a
cito criopreservado até os dias atuais,
reprodutivo comparado ao de oócitos
técnica como eficaz e segura. Primei-
quando culminou com a vitrificação de
frescos confere vantagens importantes
ramente, dúvidas no que se refere à
oócitos, processo que se tornou roti-
aos programas de ovodoação e ovoar-
técnica de vitrificação em si, que utiliza
neiro em muitos centros de fertilização
mazenamento.
grande quantidade de crioprotetores,
assistida espalhados em todo o mundo.
Por outro lado, preocupações quanto
necessários para criopreservação ade-
A vitrificação de oócitos se tornou
ao impacto da vitrificação na qualidade
quada dos oócitos. Essa preocupação
um marco nas técnicas de reprodução
dos oócitos e no consequente aumento
tem sido minimizada, graças a melho-
8 alfanews  volume 4  número 1  ano 2015
Leopoldo Oliveira Tso | Artigos alfa
rias da técnica, que passou a utilizar
nascimentos reportados entre janei-
nascimento, no escore de Apgar, na in-
menor quantidade de crioprotetores e
ro de 2007 e maio de 2012 que rea-
cidência de defeitos congênitos, na taxa
em temperaturas de crioarmazenagem
lizaram tratamento de Fertilização in
de admissão em Unidade de Terapia In-
extremamente baixas. Outra preocu-
vitro (FIV) no IVI com oócitos frescos e
tensiva (UTI) neonatal, na taxa de mor-
pação é com relação à segurança e
descongelados e analisou um total de
talidade perinatal e problemas puerpe-
o risco de contaminação do sistema
1.800 gestações (total de 2.251 fetos),
rais (como infecção e atonia uterina).
de congelamento “aberto”, que requer
sendo 996 gestações (1.224 fetos) de
Embora os resultados sejam im-
contato direto entre a amostra e o ni-
oócitos frescos e 804 gestações (1.027
portantes e impactantes pelo grande
trogênio líquido durante a vitrificação.
fetos) de oócitos descongelados.
número de gestações incluídas e pelo
E, finalmente, preocupações com rela-
Segundo esse estudo, a vitrificação
fato de terem sido realizados num úni-
ção ao aumento do risco de malforma-
não aumentou a incidência de efei-
co centro, o que diminui o risco de viés,
ções no desenvolvimento das crianças
tos adversos clinicamente relevantes
devemos aguardar por novos estudos
nascidas por meio da utilização de oó-
nos desfechos obstétricos e perinatais
em diferentes populações, para que
citos vitrificados.
quando comparada aos ciclos realiza-
tenhamos mais dados para oferecer a
Ana Cobo, pesquisadora do Instituto
dos com oócitos frescos após ajuste de
vitrificação de oócitos como técnica
Valenciano de Infertilidade (IVI) – Va-
potenciais fatores de confusão, como
segura para congelamento deles.
lência, Espanha, realizou, até o mo-
idade materna, índice de massa corpó-
mento, o maior estudo retrospectivo
rea, tabagismo, causa da infertilidade e
de coorte, com o objetivo de avaliar a
número de embriões transferidos, den-
segurança da vitrificação de oócitos
tre outros. Não houve diferenças entre
por meio da comparação dos desfechos
esses dois grupos nas taxas de compli-
obstétricos e perinatais dos recém-
cações obstétricas pré-natais (diabetes
-nascidos concebidos de oócitos vitri-
gestacional, doença hipertensiva da
ficados com os desfechos dos nasci-
gestação, anemia materna e colestase
mentos que utilizaram oócitos frescos.
hepática), na prematuridade ou na idade
Esse estudo compreendeu todos os
gestacional ao nascimento, no peso ao
Leitura recomendada
1. Obstetric and perinatal outcome of babies
born from vitrified oocytes. Cobo A,
Serra V, Garrido N, Olmo I, Pellicer A.
Fertil Steril 2014; 102(4):1006-15.
2. Borini A, Cattoli M, Mazzone S, Trevisi
MR, Nalon M, Iadarola I. Survey of 105
babies born after slow-cooling oocute
cryopreservation. Fertil Steril 2007;88:S13-4.
3. Chian RC, Gilbert L, Huang JY, Demirtas
E, Holzer H, Benjamin A, et al. Live birth
after vitrification of in vitro matured human
oocytes. Fertil Steril 2009;91:372-6.
PROJETO BETA: GER ANDO V IDAS HÁ 10 ANOS.
Fertilização in vitro
Congelamento de espermatozoides
Congelamento de oócitos
Congelamento de embriões
Pioneirismo no tratamento com responsabilidade social
Tratamento com custo adequado à realidade socioeconômica do paciente
Laboratório de alto padrão técnico com elevadas taxas gestacionais
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artigos alfa | Luciana Leis
Psicóloga do Projeto Beta
estudo comparativo sobre o
Impacto psicológico de uma
e de múltiplas tentativas de
tratamento com reprodução
assistida (FIV) em casais
Reis S, Xavier MR, Coelho R, Montenegro N.
Referência do artigo: Eur J ObstetGynecolReprod Biol. 2013 Nov;171(1):61-6
OBJETIVO
(IDATE) antes de seu primeiro ou
Analisar o impacto psicológico,
subsequente ciclo de tratamento.
através dos níveis de ansiedade
e depressão, em casais que, con-
RESULTADOS
frontados com o diagnóstico de
Casais que fizeram FIV pela pri-
infertilidade, realizaram técnica de
meira vez apresentaram níveis
reprodução assistida (FIV); avaliar e
mais elevados de ansiedade-esta-
comparar níveis de ansiedade-traço
do em comparação com os casais
(ansiedade basal de cada pacien-
que a realizaram repetidamente
te) e ansiedade-estado (ansiedade
(p <0,05). Os níveis de depressão
apresentada no momento presen-
foram mais elevados em casais
te) e também os níveis de depres-
que realizaram repetidamente FIV
são em casais submetidos à FIV
(p <0,05). Em ambos os grupos do
uma única vez e repetidamente.
estudo, as mulheres e os homens
Além disso, verificar as diferenças
tiveram níveis mais elevados de
de gênero.
ansiedade-estado em comparação com ansiedade-traço (p<0,05).
DESENHO DO ESTUDO
Com relação à depressão, existem
Neste estudo prospectivo da Uni-
diferenças significativas entre os
dade de Reprodução Medicamente
sexos: as mulheres apresentaram
Assistida do Centro Hospitalar de
valores mais elevados em relação
São João, Portugal, 89 casais com
aos homens (p <0,01).
diagnóstico de infertilidade foram
divididos em dois grupos: 1) os ca-
CONCLUSÕES
sais que fariam FIV pela primeira
Os resultados mostraram que há ne-
vez (43) e 2) os casais que procu-
cessidade de adequar intervenções
ravam repetir a FIV (46). Os parti-
psicológicas específicas de acordo
cipantes preencheram o Inventário
com a história de cada casal, sendo
de Depressão Beck (BDI) e o Inven-
que é preciso de mais estudos para
tário de Ansiedade Traço-Estado
comprovar esses achados.
alfanews  volume 4  número 1  ano 2015 11
Karina Tafner | passo a passo
Assistente do Projeto Beta
On-label and off-label drug use in the
treatment of female infertility
Fertility and Sterility, março 2015, 583-604
As drogas utilizadas para tratamentos de saúde, após sua descoberta e desenvolvimento, necessitam passar por diversos estudos clínicos antes
de serem aprovadas para o uso da população. Nos EUA, o órgão responsável por esses estudos é o Food and Drug Administration (FDA)
São poucas as drogas para indução da ovulação ou para uso em ciclos de Fertilização in vitro (FIV) que são aprovadas pelo FDA. A maior parte delas são
prescritas “off label ”. Frequentemente essas drogas estão nas fases I e II dos trials de pesquisas clínicas, mas não completaram as fases III e IV.
Essa revisão apresenta a eficácia, os efeitos colaterais e os riscos das drogas mais frequentemente utilizadas off-label nos tratamentos de Reprodução Assistida.
ON-LABEL
Droga
Mecanismo
Excreção e
genérica
de ação
meia vida
Indicação FDA/uso
off-label em
Principais efeitos
Interações
Risco de
colaterais
medicamentosas
importantes
anomalias
reprodução
CC Clomid
Misto de
(Sanofi-Aventis) propriedades
estrogênicas e
antiestrogênicas
Meia vida:
5-7 dias
Excreção
renal >biliar
Inchaço
Desconhecidas
Desconforto
abdominal
Aumento do volume
ovariano
Mudanças visuais
Cefaleia
Fogachos
Sangramento
uterino anormal
Categoria X
Aumento das
taxas de perda
embrio-fetal e
malformações
estruturais
(ósseas, catarata,
fenda palatina,
mudanças
metaplásticas do
trato reprodutor)
em animais
Hipersensibilidade
Gravidez
Hepatopatias
Sangramento uterino
anormal
Cistos ovarianos ou aumento
do volume ovariano
Tireoidopatias ou disfunção
adrenal
Lesão intracranial
FDA: Estimulação
ovariana e
indução ovariana
em mulheres
anovulatórias
realizando TRA
Inchaço
Desconhecidas
Rash
Dor pélvica ou
abdominal
Aumento do volume
ovariano
Mudanças de
humor
Fadiga
Categoria X
Hipersensibilidade
Falência ovariana primária
Tireoidopatias ou disfunção
adrenal
Lesão intracraniana
Tumores dependentes de
hormônio sexual
Sangramento uterino
anormal
Cistos ovarianos ou aumento
do volume deles
Gravidez
FDA: Maturação
folicular final e
luteinização precoce
como parte da
TRA; indução da
anovulação em
mulheres
Inflamação no local
da injeção
Distúrbios
gastrointestinais
Sangramento
intermenstrual
Dores pelo corpo e
nas costas
Febre
Cefaleia
Fogachos
Categoria X
Morte
intrauterina e
problemas no
parto
Hipersensibilidade
Falência ovariana primária
Tireoidopatias ou disfunção
adrenal
Lesão intracraniana
Sangramento uterino
anormal
Cisto ovariano ou aumento
do volume
Tumores dependentes de
hormônio sexual
FDA: Indução
da ovulação em
infertilidade
inexplicada e
anovulatória
Off label:
Induzindo resposta
multifolicular
Gonadotrofinas Análogos de
FSH (Bravelle) gonadotrofina
Follitropin
humana
alpha (Gonal-f)
Follitropin beta
(Follistim)
Lutropin alpha
(Luveris)
LH + FSH
(Menopur)
Meia vida:
11-38h
hCG
Ovidrel
Novarel
Profasi
Pregnyl
Meia vida:
29h
Unidade sub-alpha é análogo
de LH
Excreção
renal
Excreção
renal
Off-label: Secreção
da progesterona do
corpo lúteo na fase
lútea da TRA
Antagonistas
GnRH
Ganirelix
(Merck)
(Antagon)
Cetrorelix
(Cetrotide)
Ocupa os
receptores
GnRH no
hipotálamo
Meia vida:
12-16h
Progesterona
(vaginal,
IM, oral)
Progesterona
é um esteroide
natural que
causa mudanças
endometriais
Meia vida:
35-55h
Excreção
renal >biliar
Excreção
50-60%
renal e
10% biliar
Contraindicações
Desconhecidas
FDA: Inibição
do pico de LH
pré maduro em
mulheres realizando
hiperestimulação
ovariana controlada
Off-label:
Tratamento de SHO
Fogachos
Cefaleia
Náuseas e vômitos
Desconforto
Abdominal
Aumento do
volume ovariano
Categoria X
Hipersensibilidade a
antagonistas de GnRH,
GnRH e análogos de GnRH
FDA: Suporte de
progesterona na
gravidez precoce
após TRA
Dor abdominal
Inchaço
Cefaleia
Fadiga
Distúrbios
gastrointestinais
Náusea
Mudança de humor
Categoria NR
Hipersensibilidade
Sangramento
uterino anormal
Hepatopatias
Ca de mama ou
órgãos genitais
Tromboflebite ou distúrbios
tromboembólicos
Aborto completo
12 alfanews  volume 4  número 1  ano 2015
OFF-LABEL
Droga genérica
Mecanismo
Excreção e
de ação
meia vida
Indicação FDA/uso
off-label em
Principais efeitos
Interações
Risco de
colaterais
medicamentosas
importantes
anomalias
Fogachos
Sudorese noturna
Dor muscular
Fadiga
Náuseas e vômitos
Sangramento e
irritação vaginal
Dor mamária
Queda de cabelo
Quando usada com
Tamoxifeno ocorre
redução de letrozole
no plasma de 38%
Categoria D
Hipersensibilidade
Aumento da
Mulheres em
mortalidade
pré-menopausa
fetal e
anomalias
fetais
(ausência e
encurtamento
da papila renal,
dilatação do
uréter, edema,
ossificação
incompleta
frontal do
crânio e
metatarso) em
animais
Fogachos
Dores ósseas
Off label: Alternativa Depressão
ao Clomid in
Queda de cabelo
pacientes com SHO
Secura vaginal
resistentes ao Clomid Tonturas
ou com endométrio
fino em resposta ao
Clomid
Desconhecidas
Categoria X
Hipersensibilidade
Falência ovariana
primária
Tireoidopatias ou
disfunção adrenal
Lesão intracraniana
Tumores dependentes de
hormônio sexual
Sangramento uterino
anormal
Cistos ovarianos ou
aumento do volume
Gravidez
FDA: Ca próstata,
puberdade precoce,
endometriose,
fibrose uterina
Fogachos
Secura vaginal
Cefaleia
Mudança de humor
Depressão
Desconhecidas
Categoria X
Aumento
da taxa de
anomalias
fetais
(hidrocefalia
e anomalias
vertebrais) e
aumento da
mortalidade
fetal em
animais
Hipersensibilidade
Sangramento vaginal
anormal
Gravidez
Amamentação
Acne
Ganho de peso
Imunossupressão
Hipertensão
Náusea e vômitos
Confusão mental
CYP3A indutores e
inibidores alteram
as concentrações de
dexametasona.
Outras interações
incluem:
macrolídeos,
anticolinesterásicos,
anticoagulantes,
anti-inflamatórios
Categoria C
Aumento da
taxa de fenda
palatina em
animais
Hipersensibilidade
Cefaleia
Náuseas e vômitos
Interações com:
derivados da
ergotamina
Antagonistas
dopamina
Anti-hipertensivos
Categoria B
Hipertensão
descontrolada
Hipersensibilidade
Histórico de doenças
valvares cardíacas
Histórico de desordens
pulmonares, do
pericárdio e fibróticas
reprodução
Inibidores
Aromatase
Letrozole
(Femara)
Anastrazole
(Arimidex)
Inibidor seletivo
de aromatase
que previne a
conversão de
andrógenos
para estrogênio
e diminui a
quantidade
circulante de
estrogênio
Meia vida: 2
dias
Tamoxifen
Soltamox (Dara
Biosciences Inc)
Antiestrogênio
não esteroidal
Meia vida:
5-7 dias
GnRH- a
Acetato de
leuprolide
(Lupron) (42)
Acetato nafarelin
(Synarel)
Acetato
Goserelin
(zoladex)
Agonista nos
receptores
GnRh pituitários
– interfere na
estimulação
pulsátil dos
receptores de
GnRH. Diminui
a eficácia dos
receptores de
GnRH e diminui
a secreção de LH
e FSH
Meia vida:
3h
Dexametasona
Corticosteroide
adrenal sintético
com efeitos
metabólicos
variados
Meia vida:
190 minutos
Excreção
renal
FDA: Receptor de
estrogênico positivo
em mulheres com
Ca de mama pós
menopausa
Off label:
Estimulação
ovariana e indução
de ovulação para
infertilidade
anovulatória e
inexplicada
Excreção
fecal
Excreção
renal
Excreção
renal
FDA: Ca mama
Off-label: prevenção
de pico de LH
espontâneo e
ovulação em TRA
FDA: Alergia,
doenças
dermatológicas,
insuficiência
adrenal, condições
neurológicas
sintomáticas,
doenças
reumatológicas
Off-label: indução
da ovulação em
SHO resistente
a Clomid; antes
da transferência
embrionária na TRA
Agonistas de
dopamina
Bromocriptina
Cabergolina
Inibe receptores
D2 e exerce
um efeito
inibitório direto
na secreção de
prolactina
Meia vida:
80h
FDA: Desordens
hiperprolactinêmicas
Excreção
biliar > renal
Off-label: Tratamento
da infertilidade de
origem pituitária;
tratamento da SHO
Contraindicações
OFF-LABEL
Droga genérica Mecanismo
Prednisona
Excreção e
de ação
meia vida
Esteroides
adrenocorticais
sintéticos
com variados
mecanismos
Meia vida:
2-3h
Excreção
renal
Indicação FDA/uso
off-label em reprodução
Principais efeitos
Interações
Risco de
colaterais
medicamentosas
importantes
anomalias
Contraindicações
FDA: Anti-inflamatório e
imunossupressor para:
alergias , desordens
GI, hematológicas,
oftalmológicas, sistema
nervoso, renal, respiratórias
reumatológicas, doenças
infecciosas específicas,
transplantes; condições
endócrinas e paliativas
Hiperglicemia
Ganho de peso
Imunossupressão
Sintomas
psiquiátricos
Fadiga
Dor abdominal
Estrias
Interações com:
Anticoagulantes
Remédios para
diabetes
Indutores e inibidores
CYP 3A4
Ciclosporina
Antiinflamatórios
Categoria D
Taxas
aumentadas de
lábio leporino
com ou sem
fenda palatina
em humanos
nascidos
no primeiro
trimestre
Hipersensibilidade
Off-label: Tratamento
(com aspirina) da síndrome
anticorpo antifosfolípide
Sildenafil
(viagra)
Inibidor 5
específico da
fosfodiesterase,
que aumenta
os efeitos
vasodilatadores
do óxido nítrico
prevenindo a
degradação de
cGMP
Meia vida:
4h
FDA: Disfunção ejaculatória Cefaleia
Rubor
Off-label: Infertilidade
Náusea
Eliminado
feminina com fator
Dor nas costas
pelo
endometrial/uterino,
Mialgia
metabolismo aumenta espessura
Rash
hepático
endometrial na TRA
Tonturas
(CYP3A4)
Pode potencializar
os efeitos hipotensores dos nitratos,
bloqueadores alfa e
anti-hipertensivos.
Inibidores de CYP3A4
aumentam concentração de sildenafil
Categoria B
Hipersensibilidade
Usuários de óxido
nítrico
Metformin
Diminui
gliconeogênese
Aumenta a
absorção
intestinal de
glicose
Meia vida:
6.2 h
Distúrbios GI
Desconforto
abdominal
Cefaleia
Acidose lática
Furosemida, cimetidina: aumentam
concentração de
metformina
Nifedipina aumenta
absorção de metformina
Categoria B
Hipersensibilidade
Disfunção ou
doença renal
Insuficiência
cardíaca
Acidose metabólica
Procedimentos
radiológicos com
contraste
Rabdomiólise
Zumbido
Dispepsia
Sangramento GI
Sangramentos
Arritmias
Eletrólitos
alterados
Incluem: Inibidores
ECA, acetazolamida,
anticoagulantes, anticonvulsivantes, beta
bloqueadores, diuréticos, metrotrexate,
antiinflamatórios,
agentes hipoglicemiantes orais, agentes
uricosúricos
Categoria C
Hipersensibilidade
Associação com Síndrome de Reye
diminuição do
peso do parto,
alterações
homeostáticas,
alterações do
sistema CV
(fechamento do
duto arterioso)
e mortalidade
perinatal
Artralgia
Cefaleia
Edema periférico
Sintomas gripais
Hipoestesia
Desconhecidas
Categoria B
Aspirina
hGH
DHEA(79)
Excreção
renal
FDA: T2DM
Off-label: Melhorar
a regularidade do
ciclo menstrual ou
hiperandrogenismo em
mulheres com SOP
Inibe a síntese de Meia vida:6h
prostaglandina
pela cicloExcreção
oxigenase, que
renal
reduz inflamação
e diminui
agregação
plaquetária
FDA: Dor, desordens
reumatológicas e
trombóticas
Produz IGF-1
que estimula
desenvolvimento
folicular,
produção
estrogênica e
maturação de
oócitos
Meia vida:
1-4h
FDA: Deficiência de
hormônio de crescimento
Excreção
biliar e renal
Off-label: Adjunto da FIV
em mulheres com reserva
ovariana diminuída e
história de pobre resposta
à estimulação pela
gonadotrofina
Precursor da
testosterona
e E2 e pode
aumentar a
produção de
IGF-1
Meia vida:
15-38
minutos
FDA: Sem usos
Excreção
renal
Off-label: Possível
implantação melhorada;
tratamento da síndrome do
anticorpo antifosfolípide
Off-label: Antes da FIV
em mulheres com reserva
ovariana baixa
14 alfanews  volume 4  número 1  ano 2015
Acne
Dermatite
Hirsurtismo leve
Reações de mania
(combinado com
antidepressivos e
álcool)
Categoria NR
Hipersensibilidade
Neoplasia ativa
Retinopatia
diabética
Síndrome Prader-Willi
MSD Fertilidade
Ajudando você
a ajudar as famílias
a crescerem
04-2017-ELO-15-BR-J
WOMN-1149326-0000
IMPRESSO EM ABRIL/2015
««««« Participação Especial
Dra. Sheryl Vanderpoel
Organização Mundial da Saúde
Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa
Conferências
Acesso global no tratamento
de infertilidade: um grande desafio?
O drama da infertilidade:
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d
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t
r
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F
aspectos físicos, emocionais, conjugais,
sexuais, familiares e sociais.
Temas abordados
Diagnóstico precoce da endometriose
e prevenção da infertilidade
Acesso às técnicas de Reprodução Assistida
Leis vigentes na América Latina
Importância das ONGs
Aspectos psicológicos e sociais
Prevenção da infertilidade
Coordenação
Newton Eduardo Busso – Brasil
Nelson Antunes Júnior – Brasil
Sandra De la Garza Santos – México
P romo ç ão
Sérgio Papier – Argentina
Evento aberto ao público
Centro de Convenções Rebouças
Rea liz aç ão
São Paulo-SP
27 de junho de 2015
Das 9h00 às 18h00
A poio Instituciona l
Mais informações
RG Eventos Corporativos
[11] 3515.7880
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