unimed taubaté

Transcrição

unimed taubaté
Edição Nº 06 | 2016
UNIMED TAUBATÉ:
COMO SERÁ O DESFECHO
DA CRISE?
CAPA
SOB NOVA DIREÇÃO
Saiba como a operadora está cumprindo as
determinações da ANS e reagindo à alienação
compulsória da carteira de beneficiários
Conheça a nova diretoria e as diretrizes traçadas
para o Hospital São Lucas
RESIDENCE
ENTRE AS
100
MAIORES DO
BRASIL
EXCLUSIVAVALE
LANÇAMENTOS IMOBILIÁRIOS
CRECI 27670 -J
ÍNDICE
Fachada da sede Regional Taubaté
Foto: Gabriel da Silva
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EDITORIAL
6
OPINIÃO
10
Dr. Camillo Soubhia Junior
Dr. Paulo Pereira
Dr. Renan Gerbelli
INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA
APM Taubaté se moderniza e lança novo site
11
CAPA
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APM ENTREVISTA
18
20
Unimed Taubaté enfrenta crise e repassa carteira de clientes
Hospital São Lucas sob nova direção
REGIONAL CAMPOS DO JORDÃO
Dr. Nelson Guimarães Proença
REGIONAL GUARATINGUETÁ
Dr. Antonio Diniz Torres
22
REGIONAL LORENA
23
CLUBE DE BENEFÍCIOS APM
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Inauguração CEOV
DIRETÓRIO ACADÊMICO
Rua Engenheiro Marcondes de Matos, 134
Centro - Taubaté /SP
(12) 3632.3818
E-mail: [email protected]
Site: apmtaubate.com.br
Facebook: AMP-Taubaté_Oficial
Presidente:
Dr. Camillo Soubhia Junior
Vice-presidente:
Dr. Décio Henrique Rocha
1º Secretário:
Drª. Luciana da Cruz Noia
2º Secretário:
Dr. Gustavo Salgado Muragaki
1º Tesoureiro:
Dr. Auro Fábio Bornia Ortega
2º Tesoureiro:
Dr. Marcos Roberto Martins
Secretária APM:
Denizi Morais
Jornalista responsável:
Ana Cláudia Bohler/ MTB: 57.484
Designer responsável:
Aline Gonzaga de Campos
Esclarece-se que as colunas assinadas nesta publicação não condizem,
necessariamente, com a opinião da diretoria da APM. Desta forma, fica
registrado que as opiniões emitidas nos referidos textos são de exclusiva
responsabilidade de seus autores.
Tiragem: 1000 exemplares
Circulação: Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte | SP
Impressão: Gráfica Resolução | Taubaté | SP
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EDITORIAL
Foto: Agência Box Criativo
Frente parlamentar defenderá
interesses da classe médica na
Câmara dos Deputados
Dr. Camillo Soubhia Junior
Presidente
APM Regional Taubaté
R
ecentemente, estive em São Paulo para uma
reunião de diretoria na sede da APM e, na
ocasião, estava presente como palestrante o
deputado federal Luis Henrique Mandetta (DEM), que
é médico oftalmologista. Na ocasião, foi discutido o
propósito que as entidades médicas têm de formarem
uma frente parlamentar da Medicina, para que haja a
defesa de interesses em apresentações de projetos de
cunho médico na Câmara.
Nós temos consciência de que a luta que
desenvolvemos para melhoria das condições sócioeconômicas da classe passa, prioritariamente, pelas
aprovações de nossas reivindicações frente aos planos
de saúde e ao próprio governo. Atualmente, estamos
em desvantagem neste embate porque os opositores
estão muito bem articulados com poderosos lobbies e
conseguem, com relativa facilidade, aprovar projetos
que os favorece e, logicamente, muitos destes projetos
vão contra os nossos interesses.
Um exemplo vigoroso que discursa a favor da formação
desta entidade organizada pelos médicos vem da
frente parlamentar Ruralista, que segundo o deputado,
possui sede própria em Brasília. Quando há projetos
de interesse a serem aprovados, os associados se
reúnem neste local e, junto com deputados colegados,
discutem a estratégia da apresentação dos programas
e como conseguir a maioria para aprová-los.
Já existe uma frente parlamentar da Saúde, porém, ela
é muito heterogênea pois congrega hospitais, clínicas
e demais serviços voltados ao setor e, por este motivo,
os interesses específicos da classe médica ficam
pulverizados entre tantas reivindicações apresentadas.
Frente aos fatos expostos, chegamos à conclusão de
que um dos caminhos a serem tomados seria a criação
de uma Frente Parlamentar da Medicina. O primeiro
passo já foi dado e, a partir de agora, as articulações
serão feitas em torno de políticos que queiram
trabalhar junto aos nossos interesses. Também
buscamos contar com o apoio e prestígio dos médicos
e médicas, que serão antecipadamente informados
sobre o desenrolar das atividades voltadas à defesa
dos interesses comuns a nossa classe.
Saúde!
4
EVENTO
Residentes do HR celebram
formatura em Cirurgia Geral
A
noite do último dia 13 de fevereiro foi de muita comemoração
para os concluintes da Residência Médica em Cirurgia Geral da
Universidade de Taubaté, em parceria com o Hospital Regional
do Vale do Paraíba.
A celebração ocorreu na Mansão Fabelle, renomada casa de festas
da cidade de Taubaté, e contou com a presença dos doze formandos,
acompanhados de familiares e amigos, além dos estimados preceptores
do Curso. A agitação ficou por conta do DJ Renato Benecke e da banda
Tom e Vinicius, responsáveis pela trilha sonora do evento.
Na ocasião, os formandos proferiram discursos sobre os momentos de
convivência e superação do curso, e prestaram agradecimentos às famílias
e aos mestres. Foram homenageados os professores: Dr. Antônio Vitor
Martins Priante, Dr. Antonio Baptista Cauduro, Dr. Carlo Guilherme da
Silveira e Lima e Dr. Valdemir José Allegre Salles.
Aos novos colegas, registramos os votos da APM para uma feliz
trajetória, engajada com a defesa da classe e com a luta incessante pela
saúde da população.
FORMANDOS
Ádamo Katsuhiro de Andrade Yoshiki
Alini Nadielli Luz
Carolina Mardegan
Felipe Mayer Reis
Henrique Generoso Silva
Lorenzo Fernandes Moça Trevisani
Matheus Zaroni
Paulo Giovanni Estevam Cunha
Paulo Victor Tenório Figueiredo
Pedro Storani Biscaro
Rafael Resende
Fotos: Elison Lopes
Matheus Maia
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As verdades da Medicina
Foto: Raquel Marques
OPINIÃO
Dr. Paulo Pereira
Diretor artístico
APM - Regional Taubaté
N
os velhos tempos, quem
exercia a Medicina eram
pessoas com pendores para
isso, com ações empíricas, sem
nenhum conhecimento científico
ou formação adequada. Nas tribos
primitivas, das quais temos notícia,
existiam os pajés que, com suas
pajelanças, eram muito respeitados
pelos demais componentes do
grupo. Promoviam tratamentos
com
águas,
folhas,
raízes,
benzimento e encenações que
hoje nos pareceriam gozações. Eles
promoviam curas, e suas presenças
eram do maior significado.
A evolução desta fase não foi para
outra tão distante dela. As curas
passaram a acontecer através de
sangrias, ventosas, banhos em
termas, tudo muito interessante e
respeitado, mas ainda sem grandes
fundamentações.
Já mais próximos de nossos
tempos, existiam os “práticos”,
que formulavam chás e poções
numa química pouco cuidadosa,
mas de efeito satisfatório. Ainda
hoje, século XXI, vemos “raizeiros”
com comércios lucrativos e fiéis
seguidores.
Tudo isso era verdade. Cada método
era característico de seu tempo.
Nenhum destes personagens era
falso e não pretendia enganar
ninguém. Eles acreditavam no
que faziam porque havia sucesso
em suas propostas. As pessoas
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saravam e, com isso, a humanidade
cresceu e prosperou. Não vale a
pena discutir aqui efeitos placebos,
somatizações ou algo parecido, pois
estamos focados em dizer que estes
fatos eram verdadeiros, embora sem
fundamentos científicos.
Para aqueles que não tinham acesso a
estes métodos, valiam procedimentos
ainda mais empíricos, como passar
sebo nas feridas, lavar com urina
de vaca ou enfaixar com tecidos e
trapos. Dor na garganta sarava-se
com uma cruz de madeira colocada
no pescoço e mais algumas rezas
profetizadas. Dor de cabeça passava
colocando-se meia batata na testa.
Os benzedores também nunca eram
dispensados. Evidente que muitas
pessoas morriam, bastando ter um
problema mais sério. Nó na tripa, que
deveria ser apendicite, era fatal. Mas
morrer era natural e o sentimento de
perda parecia ser menos doloroso, por
ser fatalidade.
A
Obstetrícia
era
uma
das
especialidades melhor atendida. As
parteiras eram muito prestigiadas e
úteis. Encarava-se com naturalidade o
insucesso, quando havia complicação
no trabalho de parto. As mães tinham
muitos filhos e era compreensível que
muitos deles falecessem no parto ou
pouco tempo depois.
Nos dias atuais, a toda hora ouvimos
informações que nos chamam a
atenção por serem pitorescas. Muitas
delas eivadas de má fé e de falsidades;
outras, nem tanto, sendo sequelas
de crendices. Lembram-se do Ipê
Roxo? Da água oxigenada? Foram
afirmações tão fortes que criaram
dúvidas sobre suas validades.
Agora estão dizendo por aí que pó
de café protege contra a Dengue.
No desespero em que vivemos por
conta deste maldito mosquitinho
Aedes Aegypti, procuramos na
literatura se o que está sendo dito
tem feito algum significado.
Isto é fácil de se explicar. Quando
um ente querido está enfermo, o
parente apela para todas as formas
de cura, incluindo a disposição de
seguir alguma promessa religiosa.
Não importa se uma vacina contra
o câncer não tenha qualquer
significado, mas se é uma última
saída, por que não testá-la? Isto
abre caminho para a atuação de
charlatões, e põe a perder aquilo
que seria feito de boa fé.
Hoje vivemos a era da tecnologia
e do predomínio da ciência. As
pessoas ficaram mais seletivas e a
expectativa de vida cresce a cada
vez mais. Bom que assim seja, mas,
em todos os momentos, é bom
perceber que o mais importante de
tudo isso é a verdade. Se o fulano
tem um enorme conhecimento
científico, mas o utiliza de maneira
inadequada,
tentando
fazer
daquilo um meio de angariar
dividendos e enganando o pobre
cidadão, melhor partir para um chá
de hortelã.
OPINIÃO
FMT extingue trote violento
e promove semana de
recepção aos calouros
Foto: Arquivo Pessoal
Verdadeiras “boas-vindas”
Dr. Renan Gerbelli
Clínico Geral
Membro da Associação de Ex-alunos FMT
P
oucos episódios se comparam à alegria de ser
aprovado no vestibular, seja qual for a instituição
de ensino. Nada como a felicidade e o sentimento
que transbordam quando sabemos que iremos fazer o
que queremos e gostamos. Aquele objetivo que estava
lá, por vezes difícil de ser alcançado, não apenas está
sendo tocado, como está se tornando realidade, e o
melhor, fruto do próprio esforço.
que deveriam zelar pela saúde e pela vida agredirem
violentamente os seus próprios colegas, ocasionando
danos e gerando decepção para a sociedade. Os
culpados e envolvidos fazem parte de uma minoria, que
acabam por difamar e denegrir o nome das instituições
que negativamente representam, a ponto das mesmas
serem alvos de CPIs que investigam uma série de
episódios de constrangimento público e agressão física.
A grande maioria dos que escolhem seguir a carreira de
Medicina se dedica, e muito, para a aprovação em um
processo seletivo. Passa dias, até anos, se empenhando
para que aquele sonho de futuro, toda a sua trajetória de
estudos e a grande vitória de ingressar na faculdade se
tornem um projeto vitorioso, que poderá ser vivenciado
a cada dia já na condição pós-formado.
Todas as faculdades possuem órgãos acadêmicos que
visam interagir com a comunidade estudantil por meio
de projetos científicos, manifestações de cunho didático
e eventos diversos. Em Medicina, estes órgãos se
classificam como Atlética, Diretório/Centro Acadêmico
e Departamento Científico. Na Faculdade de Medicina
de Taubaté (FMT), todos estes órgãos são reconhecidos
pelo Vale do Paraíba devido às ações sociais promovidas
através de projetos de conscientização, como a «Semana
de Prevenção à Hipertensão e ao Diabetes». Manifestos
também são realizados a fim de manter íntegra e ativa
a estrutura dos dois hospitais públicos do município: o
Hospital Universitário e o Hospital Regional do Vale do
Paraíba. Entre os seus méritos, a FMT também costuma
participar da Intermed, a maior competição universitária
da América Latina. Em 2014, um novo órgão acadêmico
foi fundado pela FMT com o intuito de resgatar as
“verdadeiras tradições” do trote universitário, acabar
com os atos inibidores e violentos, e promover uma
nova forma de integração com os novos estudantes: o
Comitê de Ética Medicina Taubaté (CEMT).
A ansiedade consome aqueles que aguardam o primeiro
dia de aula; sentimentos de pura euforia se fazem
presentes, sistema simpático atua a todo vapor, e o
início da nova jornada é muito esperado. Lá está ele, o
«calouro», recém-chegado ao ensino superior, perdido
como se tivesse mudado de país; se aproxima, encontra
semelhantes e em meio as festividades encontra o
“personagem do veterano”. Até então, naquele primeiro
contato, o veterano é tido como referência, símbolo de
admiração e respeito; porém, em poucos instantes, a
situação é revertida e calouro é entregue ao vexaminoso
trote universitário.
O trote universitário aplicado pelos cursos de Medicina
é polêmico. Ano após ano, a violência dos atos, as
reclamações das vítimas e as denúncias realizadas
ocupam os noticiários das diferentes mídias e deixam em
xeque o perfil dos futuros médicos do país. Levanta-se
o questionamento sobre o motivo que induz as pessoas
Como medida, o CEMT redigiu um Regimento Interno que
determina: os órgãos correlacionados terão identidade,
estrutura e funções definidas – independentes ou
integradas, havendo cobrança e punição para desvios de
conduta; a implantação de uma carteira estudantil única,
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definida como “Carteirinha FMT”, que oferece descontos
em atividades acadêmicas remuneradas e em compras
realizadas em estabelecimentos comerciais conveniados;
e a criação da “Seleção do Calouro”, beneficiamento
oferecidos aos calouros que participam com assiduidade
dos projetos estudantis, como ligas acadêmicas,
programas solidários e treinos esportivos. Uma das
grandes diretrizes estabelecidas pelo CEMT é a proibição
absoluta do trote universitário, cabendo punição aos
que desrespeitarem a regra. Esta condição permite uma
melhor acolhida ao aluno recém-chegado, o qual tem
a possibilidade de bater um papo com os veteranos e
conhecer a história da Faculdade. É organizada uma
“semana de recepção”, que apresenta aos novatos os
órgãos acadêmicos, o Departamento de Medicina e a
infraestrutura da Universidade de Taubaté. Também são
realizadas visitas a hospitais, asilos e creches e, por fim,
promovida uma gincana com premiação para uma maior
interação da comunidade acadêmica.
A prática humilhante do trote ainda não está extinta
do meio universitário, mas a Faculdade de Medicina
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de Taubaté deu o primeiro passo contra a violência
e incentiva a todas as outras faculdades a fazerem o
mesmo. Após um ano da implantação do novo projeto,
uma significativa adesão ao programa de recepção foi
registrada em comparação com as turmas anteriores.
A idealização e execução de uma reforma como
esta é um grande desafio, mas modificar hábitos e
humanizar as relações interpessoais foram as grandes
motivações deste projeto.
Nós, médicos e acadêmicos de Medicina, somos
responsáveis por manter a nossa classe íntegra.
Devemos representá-la com muita dignidade e
sabedoria, visando aumentar a nossa força na luta por
melhores condições de tra-balho, por mais qualidade na
atenção à saúde da população, e pelo respeito a uma
das mais antigas profissões da humanidade. Todo este
desejo, este sonho, esta vontade de fazer a diferença
já estavam lá, naquele primeiro dia de aula, na cabeça
daquele calouro, mas tudo foi adormecido por aquele
“veterano inimigo”. Precisamos acabar de vez com este
inimigo para que ele não acabe conosco.
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INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA
Novidades a caminho!
Com proposta de modernidade, APM Taubaté
lança novo website
Com o intuito de oferecer novos serviços, facilitando a navegabilidade dos internautas e dinamizando os conteúdos publicados, o site da APM Taubaté receberá um novo formato.
A partir do mês de abril, o veículo de comunicação abrigará
configurações mais modernas, que prometem oferecer um
layout mais clean e um acesso facilitado às informações.
As principais notícias estarão destacadas em uma tela itinerante, e, ao serem clicadas, surgirão ampliadas no computador. Os menus estarão reorganizados e os assuntos
reagrupados, a fim de proporcionarem melhor interatividade com a plataforma. Será possível conhecer a história
da instituição, noticiar-se sobre as ações empreendidas
em prol da classe médica, e informar-se sobre os benefícios oferecidos aos associados.
Uma das grandes inovações do projeto é o sistema de
filiação online, disponibilizado na aba “Filie-se”. A ferramenta permitirá que os interessados se associem à
APM de maneira simples, rápida e segura. A empresa de
publicidade e marketing responsável pela arquitetura e
gestão do site é a Interativa, de Taubaté, a qual defende
a implantação de uma programação visionária, adaptada
e inter-relacionada à tecnologia mobile. “Nossa aposta é
oferecer aos associados e futuros associados um website mais tecnológico e interativo, compatível com celulares e integrado às redes sociais Facebook e Instagram”,
esclarece Matheus Santos, diretor comercial da agência.
É com grande satisfação que a APM Taubaté investe em
tecnologia e comunicação, e convida os estimados leitores a conhecerem o novo canal digital.
Acessem: www.apmtaubate.com.br
Em breve, visite a APM Taubaté
no Facebook e no Instagram
10
CAPA
Crise Unimed Taubaté
Em nossa última edição, divulgamos uma extensa reportagem sobre a grave crise financeira que atinge a Unimed
Taubaté. A entrevista foi-nos concedida pelo diretor administrativo da operadora, Dr. José Adilson Camargo de
Souza, o qual havia relatado uma esperançosa expectativa
sobre a recuperação da unidade.
Mesmo com os esforços empregados, a cooperativa não
conseguiu sanear as anormalidades econômicas e, em dezembro passado, recebeu da ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar) uma notificação de alienação compulsória da carteira de beneficiários. A medida visa garantir a
continuidade da assistência aos clientes até que seja concluída a transferência para outra operadora.
Caso a Unimed Taubaté não consiga negociar, dentro do
prazo previsto, o repasse da totalidade de sua carteira, a
ANS promoverá uma oferta pública para que operadoras
interessadas possam oferecer propostas de novos contratos aos consumidores. Estas operadoras deverão apresentar favorável situação econômico-financeira e manter as
condições de contrato sem prejuízos aos clientes.
ra, que tem algumas regras muito rígidas para o funcionamento de um plano de saúde. Em 2010, a Unimed Taubaté
recebeu a primeira notificação da ANS de que havia não-conformidades no processo. Diante disso, era solicitado
que algumas atitudes fossem tomadas para corrigir esta
situação. Naquele momento, iniciou-se uma etapa, na
qual surgiram várias notificações, apresentações de planos de recuperação, entre outros fatores. Em fevereiro de
2015, ocorreu um dos capítulos mais marcantes desta história, que foi a decretação da direção fiscal. Na ocasião, um
diretor da ANS ficava acompanhando e fiscalizando todos
os nossos movimentos. Ele não tinha nenhum poder de
gestão, mas supervisionava tudo e orientava de forma
oficial, através de resoluções. No plano de recuperação
da cooperativa, já
se contemplava a venda do
Hospital do
São
Lucas.
Porém, em
Foto: Ana Cláudia Bohler
Operadora cumpre determinação da ANS e se prepara
para os novos rumos dos negócios
Em busca de esclarecimentos, a APM reuniu-se, novamente, com o Dr. Adilson Camargo. Confira informações detalhadas no texto a seguir.
APM: Dr. Adilson, na última conversa que tivemos, você
estava esperançoso com a recuperação da Unimed
Taubaté. Deixou-nos motivados com uma possível
continuidade dos trabalhos da cooperativa em nossa
cidade. Mas, logo em seguida, recebemos a informação de que a ANS tinha feito uma intervenção
neste processo de restabelecimento. Gostaríamos que você esclarecesse, aos colegas, qual é
a atual situação da Unimed Taubaté.
Dr. Adilson: Quando eu fui entrevistado pela APM, eu disse que acreditava
na recuperação da Unimed Taubaté,
mas deixei bem claro de que havia
um fator, do qual não tínhamos
controle: a permissão da ANS.
A ANS é uma agência regulado-
11
dezembro passado, nós esPaulistana. O que está sendo feitivemos na ANS, e nos foi
to pela direção maior do Sistema
Dentro de alguns meses, a ANS
dito que a situação econôpara controlar esta situação?
mica do país não favorece- colocará a nossa carteira numa oferta
ria a venda do Hospital, e
Dr. Adilson: O Sistema Unimed
pública, ou seja, à disposição dos
que o plano de recuperação
está em crise; os problemas não
que nós apresentamos não interessados em adquiri-la. Assume acontecem somente no Vale do
era factível. Nós tínhamos
Paraíba. Por exemplo, a Unia carteira aquele que oferecer
indicadores que apontamed Paulistana lidava com 740
vam uma recuperação, mas melhores condições de atendimento mil vidas, a Unimed Rio de Jaa ANS queria velocidade
neiro, que está com um sério
e de preço para o usuário.”
no processo. Depois de um
problema, lida com três milhões
tempo, descobrimos quais eram os fatores que motiva- de vidas, as unidades de Florianópolis, Brasília e Salvavam este anseio de agilidade; o primeiro era a troca do dor também já passaram por dificuldades. Ou seja, a crientão diretor da ANS. Ele estava próximo ao vencimento se é sistêmica. Eu tenho a certeza de que se não forem
do mandato, e tinha uma decisão tomada em colegiado: tomadas medidas para sanear este processo, o Sistema
não queria que nenhum processo que estivesse em anda- Unimed corre sérios riscos. As grandes vantagens que o
mento permanecesse sem solução. O segundo motivo era Sistema Unimed tem sobre todos os outros, fatores eso evento da Unimed Paulistana, que foi traumático para o ses que garantiram o seu crescimento e a sua sobreviSistema Unimed e a ANS. A ANS foi muito criticada, pois vência, foram a capilaridade e o atendimento. Isto é, um
a Unimed Paulistana ficou cinco ou seis anos em direção plano que é comprado aqui pode ser utilizado no Brasil
fiscal, e não se queria que este episódio se repetisse em inteiro. Mas estes mesmos fatores que garantiram o suoutras unidades. Foi quando um novo passo foi tomado cesso vêm trazendo problemas sérios ao Sistema, em face
dentro do processo: determinaram a alienação da carteira à crise econômica que nós temos enfrentado nos últimos
da Unimed Taubaté.
anos, juntamente com a questão da regulação. Não é mais
possível manter o Sistema com o nível de hierarquização
APM: Lembro-me que, por volta de 2003, havia por volta que há hoje, com dirigentes e estruturas administrativas
de 74 mil usuários. Atualmente, são quantos?
espalhados pelo país inteiro. É preciso enxugar o Sistema
de maneira drástica. No caso do Vale, eu gostaria de fazer
Dr. Adilson: Hoje, são 50 mil. É uma operadora de médio uma Unimed única em nossa região. Por mais que os diriporte. A Unimed Taubaté cuida de 50 mil vidas, sendo 27 gentes das unidades também tenham esta vontade, este
mil no pré-pagamento e 22 e tantas mil em empresas de processo não é tão simples; existem características indiauto-gestão, que nos contratam. Quando a ANS deter- viduais e diferenças gigantescas que, para serem superaminou a alienação compulsória, referia-se a estas 27 mil das, requerem um grande planejamento, dotado de temvidas, as quais são referentes aos planos de pessoa física po suficiente e expertise. Porém, eu não tenho dúvidas de
e de pessoa jurídica. Esta medida foi tomada no dia 11 de que, se o Sistema não for centralizado, unificado, haverá
dezembro, no dia 20 daquele mês nós recebemos a noti- dificuldades de sobrevivência a longo prazo. Em contraficação e, a partir daí, contaram-se os 30 dias. O próximo partida, estão sendo tomadas providências, mas de uma
passo dependeria do “andar” do processo: se acontecesse maneira mais acanhada de como nós gostaríamos. Sobre
na Unimed Taubaté o que ocorreu na Unimed Paulista- uma eventual oferta pública da nossa carteira, a FESP, Fena, onde os médicos e a Unimed pararam de atender, a deração do Estado de S. Paulo, poderia vir a se interessar.
ANS determinaria a chamada Portabilidade Especial, na
qual cada um dos usuários de pessoa física receberia um APM: A Fesp nunca deu uma certeza sobre o interesse
documento dizendo “procure o seu plano de saúde”. Isso na carteira?
aconteceu em São Paulo. No nosso caso, permaneceram
os atendimentos e a ordem, não houve um desabasteci- Dr. Adilson: Não, mas seria natural se isso acontecesse.
mento total e, por isso, ainda nos encontramos na fase de Se corrermos o risco da massa da Unimed Taubaté ser
alienação compulsória. Estamos aguardando a aprovação gerenciada por outra empresa ou, até mesmo, de haver
da ANS para a prorrogação dos prazos. Provavelmente, uma eventual liquidação extrajudicial, efeitos importandentro de alguns meses, a ANS colocará a nossa carteira tes acontecerão nas outras unidades do Vale. Para mim,
numa oferta pública, ou seja, à disposição dos interessa- ocorre uma certa lentidão no processo, mas para o outro
dos em adquiri-la. Assume a carteira aquele que ofere- lado pode ser uma estratégia de precaução.
cer melhores condições de atendimento e de preço para
o usuário. Não envolve dinheiro; a Unimed Taubaté não APM: Sabemos que muitos colegas se desligaram da
receberá nada por isso. A carteira da Unimed Taubaté é Unimed Taubaté. Com isso, sugiram dívidas que repermuito boa! A sinistralidade dela é, em média, de 74%.
cutiram num prejuízo, o qual foi repassado aos demais
colegas. Alguns arcaram com ele, outros não. Como ficou
APM: É um desprestígio para o Sistema Unimed perder a situação destes colegas que tinham valores a serem
singulares como, por exemplo, a Unimed SP e a Unimed pagos e que não contribuíram?
12
Dr. Adilson: É uma questão de lei. A 5764 é muito clara: demanda trabalhista, a Justiça pode tomar medidas dentro
o sistema cooperativo funciona baseado em resultados, do patrimônio do corpo associativo, tanto o atual, quannão em lucros. Se houver um resultado positivo, rateia-se to o passado. A ANS nos colocou numa situação propícia à
na proporção da produção; se der um resultado negativo, oferta pública. Se uma empresa, dentro ou fora do Sistema
rateia-se o prejuízo. Não existe discussão! É um assunto Unimed, quiser assumir a nossa carteira, esta parte do proclaro e pacificado. Como foi apurado um prejuízo em 2014, blema estará resolvido. A alternativa que a Unimed Taubaté
este dano foi rateado para todos os cooperados que atua- tem é continuar atuando normalmente como prestadora,
ram naquele ano, na proporção
atendendo as 22 mil vidas de
da produção de cada um deles,
custo operacional e auto-gesconforme medida da Lei. Isso
tão, pagando o parcelamento
Não é mais possível manter o
provocou uma série de queixas
de refis, quitando as dívidas e
Sistema (Unimed) com o nível
e os reclamantes estão no seu
remunerando os cooperados.
completo direito. Mas, houve
A partir do momento em que
de hierarquização que há hoje,
um cuidado muito grande de
não se consiga resolver o procom dirigentes e estruturas
se proceder dentro das normas
blema da carteira ou da rede
contábeis; houve uma audito- administrativas espalhados pelo país prestadora, haverá o risco de
ria independente, a ANS avalise entrar num processo de lizou o processo. Existem aque- inteiro. É preciso enxugar o Sistema quidação extrajudicial. Então,
les que acertaram as contas
será nomeado um liquidande maneira drástica.”
e cumpriram com o que a Lei
te que passará a gerenciar a
manda, e aqueles que decidiram procurar a Justiça. Para massa, a vender os bens e patrimônios, tornando-se o resos devedores, nós encaminhamos uma notificação extra- ponsável por fazer os devidos pagamentos. São processos
judicial e demos uma última oportunidade para quitar a lentos, demorados e sofridos.
dívida. Quem não se pronunciar até o prazo determinado
terá que se defender como pode. No meu entendimento, APM: E se nenhuma empresa quiser assumir a carteira?
fundamentado em decisões da Justiça, não existe possibilidade de êxito para aqueles que se negarem a pagar. Nós Dr. Adilson: Esta é um a possibilidade real, mas eu não
esperamos que estas pessoas acertem a sua vida e evitem acredito que isso aconteça, pois há um único argumento:
seguir com este problema. Independentemente do futu- a nossa carteira é muito boa. Se alguém chega hoje e asro da Unimed Taubaté, esta problemática continuará na sume a nossa carteira, estará exposto a um risco jurídico
Justiça. No momento em que a decisão final for divulgada, de ser considerado sucessor de alguma dívida que, evennão caberá parcelamento do valor; pode haver até o blo- tualmente, nós tenhamos. Isso faz com que não haja qualqueio de bens e patrimônios. É muito desgastante!
quer interesse, neste momento. Está havendo o aguardo
da oferta pública, pois, nesta condição, é drasticamente
APM: Quantos cooperados a Unimed Taubaté tem hoje? reduzido o risco de sucessão. É como se fosse um leilão;
O volume de atendimento deles compensa o risco de uma não se assume da Unimed Taubaté, se assume da ANS. Eu
liquidação extrajudicial?
não posso afirmar nada, mas eu tenho a confiança de que,
numa oferta pública, terão interessados dentro e fora do
Dr. Adilson: Temos cerca de 150 cooperados ativos. A li- Sistema Unimed.
quidação extrajudicial é um cenário horrível para todos.
Ela pode ser equiparada a um processo de falência de em- APM: Se a Unimed pudesse recomeçar, ela seria só uma
presas normais. Se os atuais cooperados não tomarem as prestadora, como é a SulAmérica?
devidas providências, esta situação pode vir a ocorrer em
nossa unidade. Isso pode acontecer se for promovida uma Dr. Adilson: É diferente; a Sulamérica é uma seguradora,
ruptura drástica nos atendimentos, ou seja, se todos pa- proibida por lei de ter recursos próprios. Mas dizem que a
rarem de atender. Por isso que nós temos enfatizado, com lei vai mudar, de forma a permitir que as seguradoras tefreqüência, aos cooperativos que permaneçam atendendo nham recursos próprios. Não dá para se ter uma opinião
normalmente. A Unimed Taubataxativa sobre isso, porque
té continua existindo como
nós convivemos com um inioperadora de plano de saúde,
migo dentro do sistema de
Se corrermos o risco da massa da
continua recebendo e continua
saúde: a judicialização da Mepagando. A liquidação extrajudiUnimed Taubaté ser gerenciada por dicina. A falta de regras claras
cial também poderia acontecer
tem feito com que muitos
outra empresa ou de haver uma
se, a partir do momento em que
usuários busquem os seus
fosse estabelecida a transferêndireitos na Justiça, a qual acoeventual liquidação extrajudicial,
cia da carteira, a cooperativa tilhe e dá decisões, no nosso
vesse dívidas com a rede presta- efeitos importantes acontecerão nas entendimento, absurdas. O
dora. Caso não haja patrimônio
princípio contratual não é
outras unidades do Vale.”
na empresa para fazer frente à
respeitado, o que faz com
13
que os custos sejam exorbitantes. Neste aspecto,
ter os recursos próprios
auxilia no gerenciamento.
A alternativa que a Unimed Taubaté tem
é continuar atuando normalmente como
prestadora, atendendo as 22 mil vidas de
custo operacional e auto-gestão, pagando
o parcelamento de refis, quitando as
dívidas e remunerando os cooperados.”
APM: (Dr. Camillo) Eu tenho uma empresa de saúde e acompanho este problema: o cooperado não se
sente dono da cooperativa. Na Unimed Taubaté é diferente, a unidade é gerida
por colegas bem intencionados, que tem uma tendência para gestão. Se houvesse uma maior conscientização, o cooperado ajudaria a empresa a se manter segura. Para mim, este é um dos problemas mais sérios
dentro da Unimed.
Dr. Adilson: Isso é fato! E para compor o cenário, há a
personagem da ANS, que não existia na época da fundação do Sistema Unimed, não acompanhou parte da vida
do Sistema Unimed e, quando foi fundada, passou a fazer
exigências e cobrar atitudes que as unidades da Unimed
não estavam aptas a cumprir.
APM: Sobre a venda do Hospital São Lucas, como ocorreu a decisão da venda?
Dr. Adilson: Como eu havia dito, a venda fazia parte do
plano de recuperação. O Hospital São Lucas enfrentava, há
vários anos, dificuldades no sistema como um todo. Sempre
existiu o adiantamento de produção da Unimed para o Hospital, ou seja, o São Lucas sempre foi devedor da Unimed.
No ano passado, depois de serem adotadas várias medidas
para melhorar a gestão e calcular os custos dos setores, o
Hospital vinha numa crescente de faturamento. Desde julho do ano passado, o São Lucas passou a assumir uma função superavitária. Mas, a crise econômica enfrentada pelo
14
país, trouxe uma instabilidade. Ainda diante de
uma situação em que foi
decretada a alienação
compulsória da nossa
carteira, era necessário
que uma atitude fosse
tomada. Uma alternativa seria continuar com o
Hospital dentro de uma
Unimed prestadora, promovendo a transferência da carteira, mantendo atendimentos no hospital e operando
nos laboratórios. Em assembleia, ficou nítido, para mim,
o desinteresse dos cooperados em querer continuar com
o Hospital. A maioria optou pela venda do São Lucas.
Creio que não cabe a discussão se foi um bom ou mau
negócio. É perfeitamente possível que a Unimed se
mantenha como uma prestadora sem o Hospital. Se for
encontrado o caminho do Sistema Unimed neste tempo, quem sabe em um futuro próximo não tenhamos
uma Unimed mais segura e tranquila, onde não haja
medo de se produzir e ter perdas.
APM: A Unimed ainda tem reserva técnica?
Dr. Adilson: Não tem, porque, esta reserva teve que
ser recomposta com o prejuízo que foi rateado, com as
margens para dar resultado.
APM: Dr. Adilson, nós agradecemos a sua participação.
Assinalamos os anseios da APM e de toda a diretoria
para que haja uma solução favorável para a cooperativa, os médicos e os usuários. Conte com o nosso apoio
para que esta recuperação aconteça.
Dr. Adilson: Estamos batalhando para isso! Obrigado
pela oportunidade desta entrevista.
Confira em nosso site a íntegra da entrevista.
www.apmtaubate.org.br
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15
Empresário adquire Hospital São
Lucas e promete melhorias em
atendimento e gestão
Desde o início do ano, um dos assuntos mais comentados em Taubaté
foi o processo de compra e venda do
Hospital São Lucas. A comunidade
médica do município, assim como profissionais de diversas áreas da saúde,
estavam curiosos para conhecer o investidor e novo proprietário do empreendimento. A APM teve acesso ao
empresário e entrevistou-o, com exclusividade, a fim conhecer os fatores
que motivaram a aquisição do Hospital e quais são os planos estabelecidos.
O nome dele é Guilherme Whately
Paiva, administrador de empresas,
natural de Rezende/RJ, mas residente de Taubaté por alguns anos durante a infância. Casado e pai de três
filhos, atualmente vive nos Estados
Unidos. Possui uma rotina atribulada, dividida entre o convívio familiar
e os negócios que mantém no Brasil.
Concursado pela Caixa Econômica
Federal, aos 23 anos abriu mão do
emprego e aventurou-se em novos
rumos pelo mercado financeiro. Respeitado e bem-sucedido no meio,
hoje presta consultoria a grandes
empresas nacionais e estrangeiras.
Fotos: Ana Cláudia Bohler
APM ENTREVISTA
ção do Hospital. Renegociações
de dívidas estão sendo discutidas, novas parcerias têm sido estabelecidas, e retenções de custo
já são promovidas nos mais distintos setores.
Em relação à ideologia humanizada
do projeto, o empresário esclarece: “Temos, sim, o interesse em ganhar dinheiro, mas a prioridade é o respeito pelas
pessoas”. De acordo com Guilherme, a
estrutura dos setores clínicos será modernizada, o centro cirúrgico passará
por melhorias e novos aparelhos serão
adquiridos para que os pacientes sejam
acolhidos da melhor maneira possível.
“Buscamos a excelência através do oferecimento de um bom produto, da realização de um atendimento humano, e da
constatação da satisfação das pessoas”,
explica o superintendente.
atitudes que engrandecem a empresa e
agregam melhorias para a cidade”, conta.
O empresário ainda considera desenvolver atividades que apresentem responsabilidade social. “Gerar empregos para
taubateanos, interagir com a comunidade e colaborar com entidades sócias são
A diretoria do São Lucas também é formada pelo Dr. João Carlos Menezes, que
ocupa o cargo Diretor Técnico, e Dr. Rui
Noronha Sacramento, que assume a função de Diretor de Desenvolvimento.
Novo layout do Hospital São Lucas
Adquiriu o Hospital em um momento difícil, marcado pela grave crise
financeira que atinge o país. Aceitou
o desafio de gerir um negócio abatido por uma enorme dívida tributária,
além das muitas despesas pendentes com bancos e fornecedores, mas
assegurou que a experiência adquirida e o apoio de uma equipe eficaz e
comprometida garantirão a sobrevivência do empreendimento.
Medidas estratégicas já estão sendo
adotadas no programa de recupera-
16
Confira em nosso site a íntegra da entrevista.
www.apmtaubate.org.br
17
Desafios da Saúde
Suplementar no Brasil
Foto: APM Campos do Jordão
REGIONAL CAMPOS DO JORDÃO
Dr. Nelson Guimarães Proença
Diretor Científico
Associação Médica Jordanense
N
ão se deve aceitar e reproduzir a frase: “A Medicina vai mal no Brasil”; isto não é verdade. Temos
médicos e Medicina de igual nível ao das demais
nações; até muitas nações importantes são nitidamente
superadas por nós.
Então, o que vai mal, muito mal, neste nosso Brasil?
De um lado, deve-se destacar a assistência pública; a
seu respeito, já fiz algumas considerações no número
anterior da revista Médicos do Vale. De outro, temos os
planos de saúde, que atravessam uma grave crise financeira. Se não forem todos, são quase todos. As entidades
nacionais que os representam têm se pronunciado publicamente sobre a importância e a gravidade desta situação financeira, que tem levado inúmeros destes planos a
encerrarem as suas atividades.
Os problemas essenciais, na origem destas dificuldades, foram recentemente divulgados pelo Ex Ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, em artigo publicado no jornal “O
Estado De São Paulo”, em 13 de janeiro último. O Ministro
relacionou quatro tópicos que considera fundamentais:
Primeiro, o aumento da expectativa de vida da população,
o que torna mais numerosos os tratamentos necessários.
Em segundo, a permanente introdução de novas técnicas
e de novos produtos farmacêuticos, resultando em custos progressivamente elevados. E chama a atenção para a
precipitação com que o “novo” é aceito, sem que haja uma
evidente comprovação de sua necessidade e eficácia.
Como conseqüência do “novo” surgiu uma terceira questão, a Judicialização da Medicina, que obriga a
efetuar despesas em tratamentos não perfeitamente
comprovados e aceitos.
Em quarto lugar, a questão do abuso de procedimentos
de toda natureza pelos prestadores de serviços, sejam os
18
hospitais, sejam os médicos.
A frase final do artigo é uma previsão pessimista do futuro:
“Saídas simples, que miram os efeitos, tendem apenas a aprofundar desequilíbrios e a tornar o sistema insustentável”. Concordo plenamente com o conteúdo do referido texto e, inclusive, já tenho publicado meus próprios artigos com o mesmo
encaminhamento da discussão e com semelhantes conclusões.
Vou aproveitar a oportunidade para fazer considerações sobre a pressa com que se torna rotineiro o emprego de medicações com efeitos ainda não totalmente comprovados.
Vou narrar um episódio que é bastante ilustrativo desta
questão. Em 1977, fui presidente da Seção Regional de São
Paulo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Era habitual
a realização anual de uma Sessão Científica especial sob o
título “O Que Há de Novo”. Meus antecessores não falharam
quanto a sua realização, ela já era esperada por todos os
sócios, todos os anos.
O que haveria de novo em 1977? Decidi romper com a praxe e variar o conteúdo; convidei e consegui a colaboração
dos professores titulares das Faculdades do nosso Estado.
A reunião científica foi denominada: “O Que Houve de Novo
em 1962”. Estávamos em 1977, 15 anos depois, portanto, o
objetivo da reunião era claro. O que teria ficado sendo incorporado à Terapêutica Dermatológica? O que havia simplesmente desparecido do cenário, por se mostrar inútil ou
inferior ao que já havia?
O resultado foi surpreendente e superou todas as mais negativas expectativas. Somente 10% do que era “novo”, em
1962, manteve-se no receituário de 1977. Para nós, esta reunião foi um marco, mostrou como é errado aceitar imediatamente, sem juízo crítico, aquilo que se anuncia como “novo”
e “insuperável”. É certo que, muitas vezes, o interesse comercial está envolvido, gerando farta utilização de mídia para
convencer os médicos.
Bem, este já é assunto para outro artigo.
Projetoatualize 2016
EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA
A APM Regional de Campos
do Jordão irá realizar, pelo
sétimo ano consecutivo, o
PROJETO ATUALIZE, uma
parceria com a faculdade de
Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo.
Todos os conferencistas são
professores docentes das
disciplinas da faculdade.
TAXAS:
Associados AMCJ e contratados
PSF / Campos do Jordão são Isentos de pagamento
Inscrição Anual:
R$ 200,00 (R$ 25,00 por jornada)
Inscrição Semestral:
R$ 120,00
19 DE MARÇO – CIRURGIA BARIÁTRICA
Prof. João Eduardo Nunes Salles
20 DE AGOSTO – NEUROLOGIA
Prof. Wilson Sanvito
1 - Avaliação do Índice de Massa Corpórea como
Indicador para a Cirurgia
1 - Meningites: Visão Geral do Problema
2- Enxaquecas
Prof. Carlos Alberto Malheiros
2 - Alternativas Técnicas e
Resultados Obtidos
17 DE SETEMBRO – REUMATOLOGIA
Prof. Dalton Torigoe
16 DE ABRIL –
OTORRINOLARINGOLOGIA
Prof. Lídio Granato
Prof. Carlos Alberto Malheiros
1 - Infecções da Via Respiratória Alta, na Criança
2 - Infecções da Via Respiratória Alta, em Adulto
21 DE MAIO – GERIATRIA
Prof. Marcelo Valente, Profª Sueli
Luciano Pires e Prof. Ranato Fabbri
1 - Idoso Frágil e Sarcopenia
2 - Asilamento
3 - Distúrbio do Sono
18 DE JUNHO – GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA
Prof. Sebastião Piato
1 - Infecções da Via Respiratória Alta, na Criança
2- Doença Inflamatória Pélvica
1 - Artrite Reumatóide
2 - Gota: Atualização no
Diagnóstico e Tratamento.
15 DE OUTUBRO - DERMATOLOGIA
Profª Rosana Lazarini
1 - Reações Cutâneas
Medicamentosas - Farmacodermias
Profª Thaís Proença
2 - Síndrome de Stevens Johnson e
Necrolise Epidérmica Tóxica
19 DE NOVEMBRO – CLÍNICA MÉDICA
Prof. Vidal Haddad
1 - Animais Peçonhentos da
Região da Mantiqueira
2 - Dermatoses Consequentes às
Picadas de Animais Peçonhentos
Jornada Individual:
R$ 40,00
* Associados AMJ e Contratados
PSF Campos do Jordão são isentos de pagamento
Local das Jornadas:
Auditório do Hospital São Camilo
Av. Agripino Lopes de Morais, 101
Vila Matilde - Campos do Jordão
Informações: 12 3664-3705 (Falar com Priscila)
19
19
Falando de vinho:
Harmonização Enogastronômica
Por: Dr. Antonio Diniz Torres
Cardiologista
Em suma, o básico é: vinho tinto para carnes vermelhas,
vinho branco para carnes brancas. Todavia, a harmonização entre vinhos e alimentos deve levar em consideração muitos outros aspectos. O aprendizado de regras
e critérios técnicos é obtido em cursos especializados de
Gastronomia e Enologia.
Considero o vinho o companheiro ideal dos alimentos nas
refeições, e o complemento indispensável para transformar um almoço, ou um jantar, em um evento gastronômico. Neste caso, temos que conhecer os ingredientes
utilizados no preparo culinário, saber qual a região que
deu origem aquele prato, e, quem sabe, conhecer as circunstâncias históricas relacionadas à refeição.
Vamos observar, por exemplo, o bacalhau, que comumente é acompanhado de vinho tinto, respeitando as
tradições culturais. Outro exemplo clássico é a “Bouillabaisse”, uma espécie de sopa de peixes e frutos do mar,
muito consumida no sul da França; nesta região, o par
perfeito da iguaria é o vinho rosé seco, naturalmente
procedente da Provença.
Ainda em relação ao preparo dos alimentos, tomemos
como referência o Frango assado com macarrão, típico
dos domingos; este combina muito bem com um Sauvignon Blanc ou um Chardonnay. Sobre frango, ademais,
quando preparado com um vinho tinto, conhecido como
“Coq au vin” (originalmente feito com carne de galo,
mas, em terras brasileiras, adaptado para o frango), harmoniza com os tintos da região onde o prato foi criado,
no caso, os Pinot Noir.
A respeito do pato, uma ave que vem ganhando espaço
nas mesas brasileiras, deve-se estar atento a sua textura e maneira de preparo. Quando servido o peito, o qual
deve estar mal passado, sugere-se o acompanhamento
de um vinho tinto. Já o famoso “Canard a l’orange”, Pato
à laranja, por causa do seu molho agridoce, a melhor opção seria um Gewurztraminer.
20
É preciso salientar que certos alimentos não são compatíveis com vinhos. Embora este assunto seja permeado de
nuances, o recomendável é evitar harmonizações quando
os alimentos são muito ácidos e/ou apimentados.
Um velho ditado popular lembra: “o que seria do amarelo se todos gostassem do azul?”; com este dito, reforço a
ideia de que, apesar de haver regras que visam obter harmonizações enogastronômicas certeiras, o que realmente importa é o paladar individual. O vinho que você gosta, acompanhado da comida que você prefere, é a melhor
harmonização. No paladar não valem as regras, vale a sua
preferência! Tanto a alta culinária, quanto os melhores vinhos, buscam conquistar o paladar dos apreciadores.
Não recomendo postulados imutáveis, mas sim, bom
senso e muitas degustações. Para descobrir as suas preferências, experimente as melhores associações para seu apetite.
Você decide!
Por fim, não há verdades quando o assunto é gosto, porém
“in vino veritas”.
Se beber, não dirija, pois
“in aqua sanitas”.
Clássicos e sugestões
Ostras: Chablis
Presunto cru: Jerez fino
Sushi / Sashimi : Espumante nacional
Massa com molho de tomate: Chianti
Fondue de queijo: Riesling
Queijo Roquefort ou Gorgonzola: Sauternes
Chocolate: Vinho do Porto
Imagem: Shutterstock
Este assunto pode ser extenso e até controverso, muitas pessoas chegam a considerá-lo uma tolice, mas o entendimento acerca das características do vinho possibilita a percepção das diferenças, a descoberta de aromas
e a busca dos sabores durante uma degustação. Estas
apreciações enveredam-nos em um contexto sedutor e,
certamente, muito prazeroso.
Foto: Arquivo Pessoal
REGIONAL GUARATINGUETÁ
CONSELHO REGIONAL
DE MEDICINA
Em cerimônia solene realizada na
noite do dia 07 de março, no
auditório da APM Taubaté, uma
nova geração de médicos foi contemplada com o recebimento da
carteira profissional. O evento foi
presidido pelo delegado superintendente do Conselho Regional
de Medicina do Estado de São
Paulo, Dr. Álvaro de Faria Pereira,
o qual estava acompanhado do
presidente regional da Associação
Paulista de Medicina, Dr. Camillo
Soubhia Junior. Ambos discursaram sobre as respectivas instituições, citando a importância da
filiação a um órgão representativo
da classe, além da necessidade de
cumprimento da ética médica no
exercício da profissão. Os presentes, 33 médicos recém-formados e
seus familiares, assistiram a ence-
nação do Hino Nacional e acompanharam a declamação do termo de
compromisso com a carreira.
Segundo dados atualizados em março/2016 pelo Conselho Federal de
Medicina, há 420.470 médicos atuantes em todo o Brasil.
Fotos: Lúcia Fátima da Silva
Cremesp promove entrega de registro
médico a novos profissionais
21
REGIONAL LORENA
Unimed Lorena oferece atendimento
especializado a pacientes oncológicos
No início de janeiro, a Unimed Lorena inaugurou o CEOV (Cen- piciando o credenciamento de outros convênios.
tro de Excelência em Oncologia do Vale), uma clínica dedicada
ao tratamento de pacientes com diagnóstico confirmado ou Segundo o relato do oncologista responsável pelo CEOV,
suspeito de câncer.
Dr. Álvaro Peres Neto, o Centro acolherá a demanda de
clientes oriundos de toda a região, principalmente das ciA infra-estrutura do local conta com dois consultórios, uma dades do Fundo do Vale, Sul de Minas e Sul Fluminense. O
sala de aplicação de quimioterápicos, constituída de oito pol- médico também explica que o local visa atender com hutronas e dois leitos - dedicados aos pacientes mais debilitados, manidade e dignidade os pacientes, já que o diagnóstico
além de um espaço para atendimento ambulatorial. Os pro- de câncer é difícil de ser enfrentado por eles tanto clinicafissionais envolvidos compõem uma equipe multidisciplinar, mente, quanto emocionalmente. “Buscamos oferecer um
formada de médicos, enfermeiros, farmacêutico, nutricionista, tratamento diferenciado, capacitado por uma estrutura
psicólogo e assistente social.
altamente tecnológica e focado no atendimento humanitário dos pacientes”, esclarece.
O serviço é promovido em parceira das unidades de Lorena,
Guaratinguetá e Cruzeiro, atendendo a pacientes usuários do
sistema Unimed, prestando atendimentos particulares, e pro-
Sala de aplicação de
quimioterápicos
(À esquerda) Dr. Álvaro Peres Neto, oncologista
responsável pelo CEOV, acompanhado dos presidentes das Unimeds de Lorena, Guará e
Cruzeiro (respectivamente).
Leito disponibilizado aos pacientes
22
22
Consultório de atendimento clínico
Fotos: Unimed Lorena
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23
CINEMA
Oscar 2016
Mais uma edição do Oscar, prêmio
concedido pela Academia de Artes
e Ciências Cinematográficas, registrou a audiência de milhões de
cinéfilos e atingiu os trending topics (recurso que mede a popularidade dos assuntos discutidos nas redes sociais) do mundo inteiro.
Melhor canção original
Writing’s on the wall
De Spectre por Jimmy Napes e
Sam Smith
Era domingo, dia 28 de fevereiro,
quando o Teatro Dolby, em Los Angeles (Califórnia), recebeu as mais
célebres referências das telinhas
para a entrega da estatueta mais
almejada e disputada do cinema.
Melhor fotografia
O Regresso
A cerimônia foi transmitida ao vivo
por emissoras de todo o planeta, e
teve como anfitrião o comediante
Chris Rock.
Saiba quais categorias foram avaliadas e conheça os vencedores:
Melhor filme
Spotlight – Segredos Revelados
(Spotlight)
Melhor ator
Leonardo DiCaprio
Como Hugh Glass em O Regresso
(The Revenant)
Melhor atriz
Brie Larson
Como Joy “Ma” Newsome em Room
Melhor diretor
Alejandro González Iñarritu
De O Regresso
Melhor ator coadjuvante
Mark Rylance
Como Rudolf Abel em Bridge of pies
Melhor atriz coadjuvante
Alicia Vikander
Como Gerda Wegener em The Danish
Girl
Melhor Mixagem de Som
Chris Jenkins
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Mixagem de Som
Bem Osmo
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor roteiro original
Spotlight
Por Josh Singer e Tom McCarthy
Melhor Direção de Arte
Lisa Thompson
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Documentário de
Longa Metragem
Amy
Melhor roteiro adaptado
A Grande Aposta (The Big Short)
Por Charles Randolph e Adam McKay
Melhores Efeitos Visuais
Ex_Machina: Instinto Artificial
Melhor Figurinho
Jenny Beavan
De Mad Max: Estrada da Fúria (Mad
Max: Fury Road)
Melhor Filme de Animação
Divertida Mente
Melhor Montagem
Margaret Sixel
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Edição de Som
David White
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Edição de Som
Mark Mangini
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Mixagem de Som
Gregg Rudloff
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Direção de Arte
Colin Gibson
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Maquiagem e Penteados
Lesley VanderWalt
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Maquiagem e Penteados
Damien Martin
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Maquiagem e Penteados
Elka Wardega
De Mad Max: Estrada da Fúria
Melhor Curta-Metragem de Animação
História de un Oso
Melhor Documentário de
Curta-Metragem
A Girl in the River: The Price
of Forgiveness
Melhor Trilha Sonora Original
Os Oito Odiados
Melhor Curta-Metragem em Live
Action
Stutterer
Por: Dr. Alexandre Souza
de Macedo Reis
Melhor filme estrangeiro
O filho de Saul (Saul fia)
Da Hungria
24
Leonardo DiCaprio
Brie Larson
Alejandro González
Jenny Beavan
Mark Mangini
CINEMA
Cinemateca:
Relembrando filmes antigos
Por: Dr. Alexandre Souza de Macedo Reis
Estamos em 1991. O filme é O Silêncio dos Inocentes (The Silence
of the lambs), uma das três únicas
produções cinematográficas contempladas com o Big Five, premiação concedida por Hollywood aos
filmes que recebem cinco títulos do
Oscar: melhor filme, melhor diretor,
melhor ator, melhor atriz e melhor
roteiro (neste caso, adaptado de
uma novela de Thomas Harris). Os
outros filmes premiados com esta
honraria do cinema são Aconteceu
Naquela Noite (1934) e Um Estranho no Ninho (1975).
Na história, a principal pista que o
Dr. Hannibal Lecter, interpretado
por Anthony Hopkins, dá à Clarice
Starling, personagem de Jodie Foster, para alcançar o assassino Búfalo
Bill, do ator Ted Levine, é a pergunta:
“Qual a cobiça?”
Cobiça: Clarice é uma moça interiorana que tenta se urbanizar, mas ainda
usa sapatos de segunda linha. Almeja ser agente do FBI, em honra ao seu
venerável pai, policial já falecido.
Pertencente a um meio masculino,
recebe olhares de seus colegas, que
a desejam sexualmente. Em uma
das cenas, chegam a constrangê-la
durante um funeral. Dr. Frederick, papel de Antony Heald, insiste
em lhe mostrar as atrações noturnas da cidade. Até o seu superior
e antigo professor, Jack Crawford,
interpretado por Scott Glenn, dedica-lhe uma atenção especial. Ou
seja, a sexualidade se sobrepõe à
oposição que almeja.
são: orgulhar a memória o saudoso pai.
Assim, é factível que encare o Dr. Lecter
e penetre nas profundezas do Búfalo
Bill. Este, por sinal, cobiça ser mulher,
nem que para isso tenha que se vestir
peles (símbolo fetichista clássico) e sair
do estágio larval para se transformar
numa linda borboleta.
A pele: Em análise, o desejo primário
por outrem se inicia pela pele, já que
esta recobre todas as superfícies do
corpo almejado. Também serve para
enganar o olhar do telespectador ao
fugir da prisão, em determinado momento. Esta mesma pele é retirada aos
escalpos dos cordeiros em cena, origem
do trauma de Clarisse.
O olhar: É penetrante na interpretação
magistral de Anthony Hopkins, quando
este é substituído pelo seu correspondente fílmico, a câmera. Numa edição
sensacional de Craig Mc Kay, nos faz
entrar na casa errada, deixando Clarice
a própria sorte.
E o Dr. Lecter, o que cobiça? Música clássica, belas paisagens e jantar com um
amigo bebendo Chianti, um vinho tinto
italiano. Nada a mais!
Diante deste contexto, decide provar a sua capacidade e seguir adiante com o cumprimento de sua mis-
25
Após quebra de acordo,
alunos de Medicina
exigem retratação
da UNITAU
D
esde que foi fundada, em 1967,
a Faculdade de Medicina de
Taubaté admitia o ingresso de
alunos por meio de um vestibular
anual de verão. A datar de então,
o modelo curricular seguia um padrão de disciplinas anuais, as quais
eram programadas para serem lecionadas integralmente ao longo
dos meses letivos. Entretanto, no
ano de 2013, devido às normas do
financiamento estudantil, a Universidade de Taubaté propôs a
adoção do sistema de semestralidade, base que ocasionou mudanças no currículo disciplinar.
Neste mesmo ano, embora aplicada a mudança curricular, a UNITAU não promoveu um vestibular
de inverno e, portanto, registrou-se apenas o ingresso dos alunos
oriundos do processo seletivo de
verão. Já em 2014, a intenção da
instituição era promover as duas
seleções anuais mencionadas, mas
o Diretório Acadêmico Benedicto
Montenegro se opôs à proposta,
em favor do bem-estar dos alunos.
Para o DABM, era inviável a entrada
de duas novas turmas a cada ano,
pois a infraestrutura disponibilizada tanto no campus, quanto no
hospital, era avaliada como inapta.
sárias para que todos os acadêmicos
de Medicina estivessem acomodados
em instalações adequadas. Entre as
mudanças solicitadas, pleiteava-se
a construção de um novo prédio, no
qual o número de salas de aula, anfiteatros e laboratórios fosse condizente com a totalidade de alunos que
frequentaria o campus. Da mesma
forma, requeria-se que as Ligas Acadêmicas obtivessem um espaço específico para que as suas atividades
fossem desempenhadas. Este termo
de compromisso também foi assinado pelos pró-reitores da Universidade, ficando acordado que a entrega
da obra estaria agendada para janeiro
de 2016.
Desde que o acordo foi estabelecido no
documento citado, o DABM cobra agilidade e transparência por parte da instituição. Após a prorrogação insistente
das licitações e a falta de informações
Membros da diretoria do DABM
gestão 2015 – 2016
incisivas sobre o estágio da obra, o
Diretório buscou a Pró-Reitoria de
Administração da UNITAU, visando
obter um parecer sobre o atraso do
processo. Através de um ofício emitido em nome do atual Vice-reitor e
Pró-Reitor de Administração, Prof.
Dr. Isnard de Albuquerque Câmara
Neto, recebemos a notícia de que a
obra foi suspensa.
Em nome dos alunos, o Diretório
Acadêmico Benedicto Montenegro
exige o cumprimento do acordo estabelecido junto aos pró-reitores da
Universidade, e afirma que continuará empenhando-se no fomento
de melhorias no ensino e na infraestrutura da Faculdade, para que nossos acadêmicos tenham melhores
condições de aprendizado.
Colaboração: Maria Júlia Watanabe
Presidente DABM
Diante disso, o DABM elaborou um
termo de compromisso, no qual
constavam propostas de melhorias
estruturais, consideradas neces-
26
Fachada prédio Bom Conselho
Foto: Google Creative Commons
Foto: DABM
DIRETÓRIO ACADÊMICO BENEDICTO MONTENEGRO
DABM
DIRETÓRIO ACADÊMICO BENEDICTO MONTENEGRO
DABM
N
o final de 2015, estudantes
da Faculdade de Medicina
de Taubaté realizaram, no
Taubaté Shopping, o “Salão Solidário”, evento que buscava arrecadar
mechas capilares para serem utilizadas na confecção de perucas. A ação
contou com o auxílio de uma cabeleireira voluntária, a qual realizava
cortes de cabelo gratuitos aos interessados em colaborar com a causa.
sem fins lucrativos que visa promover a
humanização de estudantes de Medicina, através da realização de atividades
junto à comunidade.
Intitulado “Rapunzéis”, o projeto é
uma parceria da ONG Rapunzel Solidária, de São Paulo, que desde 2014
confecciona perucas para meninas
e mulheres pacientes com câncer,
que se encontram em tratamento
de quimioterapia, e da IFMSA (Internacional Federation of Medical
Students of Brazil), organização
Para informar-se melhor sobre o
projeto, acesse a página no Facebook,
www.facebook.com/rapun
zelsolidaria, e visualize um extenso
e emocionante álbum com fotos de
doadoras e receptoras.
Graças à grande repercussão, a campanha continua. Os interessados em participar devem entregar as suas amostras
na secretaria do Departamento de Medicina da UNITAU, localizada no Campus
do Bom Conselho.
Imagem: Shutterstock
Projeto solidário arrecada mechas de
cabelo para pacientes com câncer
Colaboração: Maria Júlia Watanabe
Presidente DABM
27
LITERATURA
Receita de
Ano Novo
Por: Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar um belíssimo Ano Novo
Cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(Mal vivido talvez ou sem sentido)
Para você ganhar um ano, Não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
Mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
Novo até no coração das coisas menos percebidas
(A começar pelo seu interior)
Novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
Mas com ele se come, se passeia,
Se ama, se compreende, se trabalha,
Você não precisa beber champanha
ou qualquer outra birita,
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta,
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas,
Imagem: Shutterstock
Não precisa expedir nem receber mensagens,
(Planta recebe mensagens? Passa telegramas?)
Nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
A partir de janeiro as coisas mudem
E seja tudo claridade, recompensa,
Justiça entre os homens e as nações,
Liberdade com cheiro e gosto
de pão matinal,
Direitos respeitados, começando
Pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
Você, meu caro, tem de merecê-lo,
Tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
Mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde
sempre.
29
Aniversariantes
A APM Taubaté saúda a todos os amigos e associados
pelas comemorações natalícias
30
ANIVERSARIANTES DE MARÇO
ANIVERSARIANTES DE ABRIL
01/03 JOSE ELISIO UBARANA NETO
02/03 EUCLIDES TREVISAN ITHO
VIVIANE MARIE DAMASCENO MORGADO
03/03 ALEXANDRE DE PAIVA LUCIANO
IZAC ALESSANDRO B DE SOUZA
MARCELO PROSPERO DE ALVARENGA
MARIA HELENA MAGALHAES DA SILVA REZENDE
05/03 FELIPE DA MOTTA BARRICHELLO
KARLA TEIXEIRA SOUZA
LUCIANA DA CRUZ NOIA
06/03 ANTONIO CARLOS CANINEO
GABRIELA MENDES AGUIAR
09/03 ALCEMIR DE ASSIS QUEIROGA
ROSANA PROLUNGATTI CESAR
10/03 GLAUCIA LOLITA DOS SANTOS
MARCELO LOPES DE CARVALHO
RENATA TONZAR LOBATO
VANESSA FERNANDES BERTOLO
12/03 HELIANA HELENA VELLOSO DE ALMEIDA
LAFAYETTE DE ALMEIDA NETO
REGIS MORENO MACRI
13/03 RAFAEL CAMPOS FROES MARANGONI
TALASSA CISOTTO ROCHA
14/03 ANA LAURA ALVARENGA BRANDAO WANNA
15/03 BRUNA ANTUNES NOGUEIRA
16/03 ANDRE LOPES E SILVA
RONALDO ABRAHAM
17/03 CASSIO LUIS FERREIRA JUNIOR
DENISE CAMARGO CIRVIDIU AZEVEDO
18/03 DENISE CRISTINA DE OLIVEIRA
LUIZA VILLARINHO NASCIMENTO
RAFAEL SANCHES FERREIRA
19/03 HELCIO ALVARENGA JUNIOR
VALDEMIR JOSE ALEGRE SALLES
20/03 EDSON TANAKA
ROSANA RIBAS BRANCO ROMEIRO
22/03 WALTER HIROSHI MURAGAKI
23/03 ANTONIO JOSE ELIAS ANDRAUS
JOAO CARLOS DE MOURA MENEZES
PRISCILA VITOR ALVES FERREIRA
RENATO FILIPE MARTINS DE SA BARRETOS
26/03 MARCOS AUGUSTO PIRES
30/03 MARILEI LOPES BONATO
ROBERTO ROJAS FRANCO
31/03 ANDRE LOPEZ DO NASCIMENTO
ELISE MAYUMI KAMIGUCHI
JOSE JULIO DE SOUZA
JOSE ROBERTO DE CAMPOS
01/04 ANA CLAUDIA DE OLIVEIRA FONSECA
TELMA DA SILVA SANTOS
VANESSA FALCAO MONTEIRO
02/04 NELSON SHIDUHO YASSUDA
03/04 LUCIANO PRUDENTE DOS SANTOS
04/04 ANDRE LUIS FERREIRA SANTOS
THEREZA FREIRE VIEIRA
05/04 ANA CAROLINA EL ZOUKI
06/04 PAULO SERGIO VARGAS WERNECK
07/04 EDNELSON CUNHA NAVARRO
LUMA PRINCESS SCHNEIDER
08/04 ANDREA PAVAN
NATALIA XAVIER CARVALHAL DE LIMA VIEIRA
09/04 PAULO EDUARDO BERTOCCO PARISI
PRESPER FERES DAHER FILHO
10/04 ALESSANDRA CARVALHO TOLEDO MACHADO
11/04 OSCAR CESAR PIRES
THIAGO MARCHTEIN GUEDES
12/04 ANA LYDIA NOGUEIRA ARENAS
JOYCE YUMI MUKAI
13/04 ANA CAROLINA DA MATTA AIN
ANDREA APARECIDA DE ALMEIDA FONSECA
14/04 LIN CHEN HAU
MARCIA LANZONI DE ALVARENGA
16/04 ALEXANDRE SANTANA FANTAUZZI
17/04 CLERY NUNES DE CARVALHO
RIZZIERI DE MOURA GOMES
18/04 ARIELLA CASSIA DE MOURA
JOSE ADAN CEDENO BORGEN
PAULO CESAR PINTO MOUASSAB
19/04 LAIS NUNES SALLES PINHEIRO
MARISTELLA FROIO TOLEDO
21/04 DIOGO COSTA DE ALMEIDA
SUZANA ANDRE
22/04 AILTON AUGUSTINHO MARCHI
GUSTAVO NOTARI DE MORAES
JORGE ROBERTO DA COSTA CASTANHEIRA
MARIA TEREZA TORRES FROTA
ROGERIO DA CUNHA PEREIRA
SANDRO EURICO FERRIELLO
24/04 PAULO CESAR FEROLDI
26/04 MAGDALENI XAGORARIS
ROBERTO WAISSMANN
RODRIGO CORREIA COAGLIO
27/04 DIMAS AGUIAR MELAO
JOAO LUCIO RODRIGUES DE CASTRO
ROSANE GERALDO BONINSENHA
28/04 MARIA APARECIDA N. DE BARROS A. DA COSTA
30/04 ADRIANA DE OLIVEIRA MUKAI

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