shihan Kawai
Transcrição
shihan Kawai
Informativo - Nº 01 - Maio/Junho/2011 Kawai Shihan Dojo / Florianópolis Às vésperas de completar 11 anos de Kawai Shihan dojo, é com imenso prazer que escrevo para o editorial do nosso primeiro jornal. Iniciativa dos senseis Zilmor e Fábio, 3º e 2º dans respectivamente, dedicados alunos que além de ministrar aulas no dojo, perseveram em seu treinamento e ainda encontraram tempo em suas vidas para realizar esse jornal, buscando levar mais informações ao nosso grupo. Acho necessário enfatizar alguns fatos ocorridos durante este tempo. Realizamos em julho de 2000 o sonho de todos daquela época, ter um dojo próprio; o que deu uma alavancada em termos de quantidade de alunos, pois podíamos contar com uma estrutura melhor, mais organizada e exclusiva de Aikido. Vale salientar que a inauguração foi realizada pelo nosso querido mestre, Kawai Shihan, que autorizou colocarmos seu nome no nosso dojo, e que ele festejou conosco todos os aniversários antes de sua morte. Lembro que todos os anos era motivo de grande expectativa e de imensa alegria receber Kawai Shihan. Eu ligava no início de cada ano convidando-o, e nossa conversa era mais ou menos assim: - Kawai Shihan, é Carlos Florianópolis, aniversário dojo julho, visita pode? Ele respondia, - julho! que que julho, - shichigatsu Sensei, (Pronuncia-se shitgatsu) - ah! shichigatsu, que que dia, - e eu respondia dia 7 sensei, - pouco espera faz favor, - em seguida ele voltava, imagino que depois de consultar sua agenda, que era muito concorrida, - Shit gatsu dia 7, pode. E ele desligava o telefone, pronto, estava marcada sua visita e podia esperar que na data combinada ele estaria presente. Recebemos também em nosso dojo, vários mestres entre eles, Fujita Shihan, Massuda Shihan e, Yamada Shihan, que na época ministravam aulas no Hombu Dojo, Japão, além de vários senseis/amigos aikidoistas brasileiros e da América do Sul. Nosso dojo se fez presente também no Hombu Dojo quando, junto com Kawai Shihan, visitei, o Japão e pude oferecer ao Doshu um pequeno presente em nosso nome, e recentemente através da visita do Castro. Posso dizer que praticar Aikido no Kawai Dhihan Dojo é além de treinar esta nobre arte, vivenciar um ambiente de pura amizade, cordialidade e confiança. Faço votos que este jornal, através de seus idealizadores, possa alcançar seu objetivo que é bem informar, buscando maior harmonia e interação entre nosso grupo de aikidoístas. Ganbatte Kudasai Dozo ! Carlos Sensei Em Junho de 2001 estive no Japão para conhecer e praticar Karate no hombu dojo da Nihon Karate Kiokai (JKA). Na ocasião fui com um companheiro da Budokan e ficamos lá durante 3 semanas. Agora, como praticante de Aikido, me senti tentado a fazer o mesmo em relação à Aikikai. Assim, no dia 3 de Março embarquei rumo a Tóquio em um vôo da British Airways com escala em Londres, porém desta vez sozinho. Cheguei em Tóquio na manhã de sábado (5/Março) e a tarde já estava no Hombu Dojo da Aikikai para fazer a matrícula e me familiarizar com o caminho. Claro está que após mais de 30 horas de viagem, entre vôos e espera em aeroportos, não havia condições para treinar; eu estava realmente bem cansado e um pouco “fora de prumo”. Todavia, após uma boa noite de sono, que se iniciou por volta das 19:00h, no domingo pela manhã, me senti recuperado e aproveitei o dia para fazer um passeio inicial. Na segunda-feira dei início ao período de treinamentos indo inicialmente pela manhã ao treino de karate e a tarde ao Aikikai Hombu Dojo. O Hombu Dojo A sede da Aikikai é um prédio de 3 andares. Como no Japão eles chamam o térreo de 1º andar então temos que nos referir ao Hombu Dojo como sendo um prédio de 4 andares. Assim, no 1º fica a secretaria, uma sala dos professores e um dojo menor. No 2º andar tem o dojo intermediário, os toiletes masculino e feminino, o vestiário feminino e o escritório do Doshu. No 3º andar fica o vestiário masculino e o dojo principal, que ocupa toda a extensão da lateral do prédio. O 4º andar tem um tamanho menor e é onde os praticantes podem deixar seus dogi pendurados para secar, sem precisar levar para casa. Existem vários horários de aulas e cerca de 30 instrutores além do Doshu. As aulas são divididas por classes: Regular, Principiantes, turma exclusiva Feminina, Infantil e mais algumas classes especiais. A turma Regular é a maior, basicamente constituída por faixas preta embora alguns faixa-branca também participem do treino assim como na turma de Principiantes sempre tem alguns faixas preta treinando. O detalhe é que eles usam a faixa branca até o 1º Kyu, de modo que lá só existem 2 cores de faixa: branca e preta. Por outro lado, o costume é que as mulheres usem hakama a partir de 3º Kyu mas não há nenhuma restrição para que qualquer um o utilize, mesmo se iniciante. De qualquer forma, eu só observei um estrangeiro com faixa branca e hakama. Quanto às mulheres, vi que o uso é comum. Os exames de Kyu e Dan ocorrem alternadamente todos os meses à exceção de Janeiro e Agosto. O Primeiro Treino a Gente Nunca Esquece Realmente foi uma sensação muito especial fazer pela primeira vez todo aquele cerimonial: entrar no prédio, cumprimentar o pessoal da secretaria, deixar os sapatos na entrada, subir até o vestiário no 3º andar, colocar o dogi e finalmente pisar no tatame e fazer a saudação inicial ao kamiza e depois aos companheiros já presentes no dojo, sentar (em seiza) e ficar aguardando a entrada do sensei para o início da aula. Minha primeira aula foi na turma de Principiantes com o Sensei Sugawara. Muito simpático, praticamente me deu uma aula particular sobre ukemi e hanmi. Ele passava as técnicas para a turma e vinha fazer os ukemi comigo. Embora ele seja 7º Dan e tenha o título de Shihan para as situações normais os Shihan são tratados por Sensei. Uma das primeiras coisas que me chamou a atenção desde o início é que eles fazem um ukemi parecido com o do Judo: batem no chão só com a palma de uma mão e com força. É como quando se cai após um shiho-nage; tem que amortecer a queda com a mão “de fora”. Só que lá eles já treinam individualmente assim. (Obs: Esse ukemi pode ser visto na página 34 do livro “Aikido – Evolução Passo a Passo” do atual Doshu – Moriteru Ueshiba.) Na terça-feira, um pouco mais confiante, fui experimentar uma aula na turma Regular. Nesse primeiro treino nessa turma percebi sensivelmente a diferença de ritmo. A aula Regular é muita mais fluída do que na dos Principiantes. Por padrão, vários senseis, inclusive o Doshu, passam as técnicas demonstrando apenas uma vez para cada lado em omote e em ura e os alunos começam a praticar. Raramente é feita alguma pausa para comentários sobre a técnica. Os alunos por sua vez se alternam nas funções de uke e nage executando os kata 4 vezes seguidas cada um (omote hidare/migi, ura hidare/migi). Na turma de Principiantes os parceiros vão sendo trocados a cada nova técnica, conforme costumamos fazer, mas na turma Regular o mais comum é uma dupla permanecer formada durante toda a aula. Em ambas as situações, o agradecimento entre os alunos só é executado ao final da aula, após o sensei se retirar. Nessa ocasião cada um procura o(s) colega(s) com quem praticou e faz o agradecimento em seiza. Um aspecto interessante nas aulas da turma Regular é que o sensei utiliza o mesmo tipo de ataque durante toda a aula e vai variando as técnicas de defesa para esse ataque. As aulas tem 60 minutos de duração e começam com um rápido porém vigoroso alongamento. As reverências ao kamiza e ao Sensei são feitas com apenas um cumprimento à frente, em seiza, sem palmas. Após a saudação inicial (Onegaishimassu) não é feito nenhum agradecimento ao sensei durante a aula. À cada nova técnica demonstrada os alunos sentam, assistem e ao término apenas fazem um cumprimento silencioso à frente e depois outro para o parceiro antes de levantar. Nos treinos que fiz na turma Regular não teve nenhum ukemi ou tenkan como exercício inicial, os treinos já começaram com os sensei passando os kata. Nas 2 turmas os Senseis costumam circular entre os alunos durante a execução dos kata aplicando-lhes as técnicas. Alguns dos sensei deixam os últimos 10 ou 15 minutos finais da aula para que as duplas pratiquem livremente os katas que foram treinados. Todas as aulas sempre terminam com suwari-waza kokyu-ho e depois um alongamento de costas em pé. Em seguida todos sentam e é feita a saudação de despedida para o sensei. Após os agradecimentos entre os alunos é dado início à limpeza dos tatames e áreas adjacentes. Nas aulas Regulares, no dojo principal, eu contava em média entre 60 e 80 participantes, sendo a grande maioria faixas preta. As aulas dos Principiantes, no dojo intermediário, com um espaço um pouco menor, devem ter uma média de 50 a 60 participantes. Desses totais cerca de 20% eram do sexo feminino e também havia um significativo número de estrangeiros, alguns deles residentes no Japão. Nas aulas Regulares, de um modo geral, a prática é feita com vigor, com bastante técnica e as conduções são firmes. Uma vez no solo, me pareceu que a maioria dos praticantes evita “fechar” as imobilizações de maneira muito forte de modo a não machucar o colega. Em contrapartida tem um grupo que procura forçar sempre um pouco mais o alongamento do uke. Numa avaliação superficial posso considerar que o dojo principal tenha aproximadamente duas vezes e meia a largura e o dobro do cumprimento do nosso dojo do Kawai Shihan Dojo. Humor “Pra Relaxar” Dois amigos conversam sobre as maravilhas do Oriente. Um deles diz: Quando completei 25 anos de casado, levei minha mulher ao Japão. Não diga? E o que pensa fazer quando completarem 50? Volto lá para buscá-la. O homem inconformado por não dar sorte com mulher bonita, vai procurar um grande sábio japonês. Mestre, o que é preciso para um cara conseguir uma mulher linda e maravilhosa? E o sábio responde: - É preciso karatê, né?! O homem não entendendo direito, pergunta: - Karatê, mestre? - Sim. É preciso karatê beleza, karatê carro, karatê grana... Receitas Orientais: YAKISOBA Um dos pratos japoneses mais conhecidos e preciados pelos estrangeiros, etimologia: Yaki = Frito / Assado Soba = Macarrão oriental -1 pacote (500g) de macarrão para Yakisoba (o qual pode ser substituído por macarrão instantâneo tipo Miojo/Lamen) - 2 colheres de sopa de óleo de gergelim torrado (Goma Abura) - 300g de peito de frango ou de carne bovina ou de porco, cortado em tiras finas (Tori Niku, Gyuu Niku, Buta Niku, respectivamente) - 4 cogumelos frescos (Shiitake), cortados em tiras finas - 150g de broto de feijão (Moyashi) - 1 colher de chá de gengibre ralado (Shooga) - 1 cebola média cortada em rodelas - 1 cenoura em tiras finas (Ninjin) - 2 pimentões em tiras finas (Piiman) - 300g de repolho picado sem o talo (Kyabetsu) - 4colheres de sopa de óleo comum (Sarada Abura) - 1 colher de chá de sal (Shio) - 4 colheres de sopa de molho de soja (Shoyu ) - Pimenta do reino a gosto (Koshoo) - 4 colheres de sopa de molho para Yakisoba (pode ser substituído por molho Inglês) - Algas marinhas ressecadas (Nori) Curiosidades: Velas Zen O jardim do templo Torinin, em Kyoto, fica todo iluminado com cerca de 400 lanternas e velas todo o ano por ocasião da primavera e do outono, quando as luzes formam mensagens zen-budistas. As lanternas chamadas de Bonto, são feitas à mão e representam a renúncia aos desejos materiais. fonte: (www.madeinjapan.com.br) Preparo do Macarrão: Coloque o macarrão diretamente na panela com água fervente. Deixe cozinhar por até 6 minutos. Depois escorra a água. Preparo dos Ingredientes: Aqueça 4 colheres de sopa de óleo e refogue a carne, de sua escolha, temperada com molho de soja Shoyu. Deixe cozinhar por alguns minutos em fogo brando e reserve. Em uma chapa ou frigideira, grande o suficiente para comportar todos os ingredientes, frite a cebola e o gengibre, acrescentando todas as verduras e legumes. Refogue por três minutos. Acrescente a seguir a carne reservada e tempere com o molho de Yakisoba. Coloque em seguida o macarrão e misture bem. Deixe fritar um pouco toda a mistura. Sirva ainda quente. Adicione as algas marinhas a gosto. Rendimento: 4 porções. Nota: Qualquer um dos ingredientes podem ser retirados ou novos ingredientes podem ser adicionados, de acordo com sua preferência.
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