Avaliação da Dieta Oferecida ao pudu(Pudu puda)
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Avaliação da Dieta Oferecida ao pudu(Pudu puda)
AVALIAÇÃO DA DIETA FORNECIDA AO PUDU (Pudu puda) EM ZOOLÓGICOS, SUAS IMPLICAÇÕES NAS EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS MÍNIMAS E USO DE PREBIÓTICO Gabriel Rodrigues Werneck ¹ , Malena Magariños ², Lucas Andrade Carneiro ³, Edson Gonçalves 4 5 de Oliveira & Marina Isabel Mateus de Almeida ¹ Zootecnista, mestrando em nutrição e produção de não-ruminantes e animais de companhia. Universidade Federal do Paraná. Email: [email protected] ² Fundación Bioparque Temaikèn, Escobar – Argentina. Email: [email protected] ³ Graduando em Zootecnia. Universidade Federal do Paraná – Departamento de Zootecnia. Email: [email protected] 4 Docente. Universidade Federal do Paraná – Departamento de Zootecnia. Email: [email protected] 5 Docente. Universidade Federal do Paraná – Departamento de Genética. Email: [email protected] Os cervídeos pertencem aos grupos de mamíferos, contendo mais de 60 espécies no mundo (WILSON & REEDER, 2005). Para Hofman (1988) os pudus são classificados como herbívoros ruminantes ramoneadores tipo “browser”, que buscam e selecionam os alimentos para o consumo. Algumas espécies do gênero Mazama são basicamente frugívoros, porém o oferecimento de frutas cultivadas como base da dieta não atende as necessidades nutricionais (DUARTE, 2006). Os concentrados mais utilizados na América do Sul são rações para potros e bezerros com 16-18% de proteína bruta (PB). As espécies de plantas que têm sido usadas incluem a alfafa (Medicago sativa), amoreira (Morus alba) e o rami (Boehmeria nívea). O nível de proteína da ração pode ser entre 14-16% caso opte pelas leguminosas na dieta, caso contrário, a ração deverá ter 18-20%PB (DUARTE e GONZALEZ, 2010). Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o consumo à partir da dieta ofertada para Pudu (Pudu puda) em zoológicos e buscar estratégias para aumentar o consumo da ração e o aporte nutricional através da forma de apresentação dos alimentos e utilização de prebiótico. O ensaio foi realizado na Fundaciòn Bioparque Temaikèn, Argentina. Foram utilizados 5 pudus, 2 machos e 3 fêmeas, sendo 1 macho e 1 fêmea filhotes. Todos foram pesados no início e no final do estudo. O estudo foi realizado em dois períodos para avaliar o consumo da dieta com e sem prebiótico, registrando o peso inicial dos ingredientes oferecidos menos o peso final das sobras no comedouro. A dieta consistia em ração para ramoneador (pouco aceitável), pellet de alfafa, cenoura, abóbora, chicória, suplemento vitamínico e mineral. Os teores nutricionais dos ingredientes foram obtidos na tabela TACO, 4ª edição 2011. Foi utilizado o software Zootrition®, para comparar os requerimentos para cervídeos e os aportes nutricionais dos consumos em Proteína Bruta (PB), Fibra Bruta (FB), Extrato Etéreo (EE), Amido, Cinzas, Ca, P e Energia Metabolizável (EM). Foram feitas as médias dos dados dos consumos. A análise estatística dos níveis nutricionais da composição da dieta ofertada e do consumo da dieta com e sem prebiótico foram feitos através do teste de tukey (p>0,05). Os resultados de todos os teores nutricionais foram inferiores ao recomendado na literatura, principalmente em FB e EM. Conclui-se que a dieta fornecida encontra-se desbalanceada e a adição do prebiótico na dieta reduziu o consumo individual, porém proporcionou maiores ganhos de peso, principalmente, para animais em manutenção.