Edição do dia 23 de março
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Edição do dia 23 de março
JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 1 JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 2 Range Rover Evoque aprende a contar até nove; e nos surpreende novamente AUTONOTÍCIAS P rimeiro por ser peça fundamental dentro da estratégia de sobrevivência da Land Rover no mundo contemporâneo: a marca precisava de um carro atual, estiloso e divertido de guiar o bastante para atrair novos consumidores (avessos ao tradicionalismo exagerado da gama de jipões ingleses, considerados quadrados demais, em todos os sentidos), sem deixar de instigar os clientes fieis. Deu tão certo, que o novo Range Rover Vogue, o topo da linha, é inspirado no próprio Evoque. Segundo porque sua versão de produção deu aula de design ao ganhar as ruas sem dever nada (pelo contrário, ficou até melhor) ao conceito que fez sucesso nos Salões que antecederam seu lançamento. A marca confirmou o caráter de sua cria com uma nova primazia: o Evoque vai estrear, no Salão de Genebra (que acontece entre 7 e 17 de mático de nove marchas. março), um câmbio auto- Atenção: é automático, de uma, movimentada mecanicamente, e ainda está na casa das sete marchas). Pois bem, ele será o primeiro carro em série do mundo a ter este tipo de transmissão. O sistema, para não variar, foi desenvolvido pela empresa alemã ZF (especialista em transmissões e que fornece tecnologia para diversos fabricantes) em sua unidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. É a mesma casa que desenvolveu o câmbio de oito marchas usado atualmente por Volkswagen (Amarok), Chrysler (300 C), BMW (em praticamente todos os carros, desde o Série 1) e pela própria Land Rover (Freelander, Discovery etc). PRECISA DE TUDO ISSO? Olhe para o carro aí na sua garagem. É automático? De quantas marchas? Boa parte das marcas presentes no Brasil ainda só sabe contar até quatro. Mas o resto do munmesmo, com conversor tomatizado (que tem em- do sabe que quanto mais de torque e tudo, não au- breagem, às vezes mais melhor: quanto mais alta a marcha, menor é o regime de rotações em que o motor trabalha e maiores os benefícios. Baixo consumo de combustível, baixos níveis de emissão de poluentes, menos ruídos, menor vibração… e maior disposição em saídas, retomadas e momentos de mais uso de força. Este é o apelo que a Land Rover usa para promover o novo câmbio no Evoque. “O carro terá significante melhora no consumo de combustível e redução de CO2″, confirma o comunicado, que avisa ainda que as relações de marcha mais curtas corresponderão a melhores reacelerações do SUV e maior força, sem fazer mais barulho. Até pouco tempo atrás, muitos pensavam que as seis marchas eram o limite para os câmbios automáticos. Mas isso já foi desmentido por três vezes. Até onde a tecnologia pode chegar e nos ajudar a derrubar paradigmas, consumo e emissões?(André Deliberato, Eugênio Augusto Brito). Volvo terá sete novos carros no Brasil até 2017 A partir do segundo semestre a Volvo dará início a um plano de reformulação de sua linha de produtos oferecidos no mercado brasileiro. Até 2017, de acordo com a fabricante sueca, serão sete lançamentos no País – entre novos produ- tos e reestilizações de modelos já existentes. Desse total, três vão ser apresentados ainda neste ano. O primeiro a chegar às lojas será o V40, que foi a principal atração da Volvo no Salão do Automóvel de São Paulo de 2012. O hatch recheado de recursos de segurança – com direito a air bag para pedestres – deverá custar cerca de R$ 100 mil para concorrer com os alemães BMW Série 1 e novos Audi A3 e Mercedes-Benz Classe A, que estreiam até o fim deste semestre. Os outros dois lançamentos de 2013 prometidos pela Volvo devem ser as versões renovadas do sedã S60 e do utilitário-esportivo XC60. Ambos terão atualizações no visual, com a adoção de nova grade, para-choques e conjunto óptico. Por dentro haverá opções de bancos de couro de dois tons e um novo quadro de instrumentos, com velocímetro digital. Entre os demais modelos prometidos até 2017, espera-se que esteja a nova geração do XC90, cuja estreia mundial já foi confirmada para 2014. De acordo com a marca pertencente à chinesa Geely, a novidade terá motores mais eficientes, será maior que o utilitário-esportivo atual – que tem 4,80 metros de comprimento –, além de 150 quilos mais leve e dotada dos mesmos itens de segurança aplicados ao V40. Outro cotado para rodar futuramente no Brasil é a versão com apelo aventureiro do V40, batizada de XC40. Indústria tem maior alta em Primeira foto do New quase 3 anos impulsionada Fiesta nacional esconde pela produção de veículos mais do que revela A produção industrial brasileira subiu 5,7% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (7). O resultado mensal de janeiro é o mais expressivo desde março de 2010, quando a atividade registrou avan- ço de 3,4% na comparação anual. Na comparação com dezembro, a alta foi de 2,5% (a maior expansão mensal em quase três anos). De acodo com o IBGE, a produção de veículos teve alta de 39,3% em um ano, e exerceu a maior influência positiva no indicador, com destaque para a maior fabricação de carros, caminhões e ônibus. Parte da alta pode ser explicada pelos dados ruins obtidos pelo setor em janeiro do ano passado, quando teve uma queda de 26,8%, em virtude das paralisações ocorridas por conta da concessão de férias coletivas em várias empresas. Com esse resultado, o setor interrompe o comportamento negativo presente desde novembro (na comparação mensal), período em que acumulou perda de 4,5%. A Ford do Brasil liberou a primeira imagem oficial de um New Fiesta fabricado no Brasil. Diversas unidades de teste do New Fiesta nacional, algumas praticamente sem disfarces, vêm sendo fotografadas nas ruas do Brasil já há alguns meses. O carro da imagem liberada pela Ford traz a grande frontal cromada na parte superior, luzes de neblina com canhões redondos (aquele filete vertical de LEDs foi extinto) e repetidores de seta nos retrovisores. Deve corresponder a uma versão topo da gama do compacto. Cuja vida, aliás, não será fácil. Dois compactos premium passaram a perna no hatch da Ford, ao menos em termos de agenda: o Citroën C3 de nova geração e o Peugeot 208, cuja apresentação à imprensa acontece já nesta semana (vendas em abril). São carros que apostam em design diferenciado e muito conteúdo; os preços começam na vizinhança dos R$ 40 mil, e crescem até perto dos R$ 55 mil. Completaço, com câmbio de embreagem dupla Powershift de seis velocidades e itens como o sistema de infotainment Sync, o New Fiesta brasileiro deve bater neste valor também. JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 AUTONOTÍCIAS Suzuki Jimny, agora brasileiro, dá show longe da estrada T alvez cansada de ser mera coadjuvante no mercado automotivo nacional, a Suzuki (0,2% de participação em 2012, em 20º lugar) vem fabricando carros no Brasil desde o final do ano passado, tomando emprestada a linha de produção da Mitsubishi em Catalão (GO). Na verdade, vem fabricando um carro: o jipinho Jimny, outrora conhecido como Samurai, que chega ao modelo 2013 com uma gama mais completa e com públicos-alvo bem definidos. São quatro versões, todas com tração 4x4 sob demanda e reduzida (marcha de força), motor de 1,3 litro a gasolina em alumínio e transmissão manual de cinco velocidades. Veja: 4All é o Jimny para guiar na cidade -- R$ 55.990 4Sun acrescenta teto solar, parar atrair surfistas e aventureiros leves -- R$ 59.990 4Sport tem vocação off-road e pode ir a trilhas desafiadoras -- R$ 61.990 4Work é para o trabalho pesado, feito a partir da Sport -- (preço sob consulta) Não são valores acessíveis, e os preços não diminuíram com a produção nacionalizada -- segundo a Suzuki, o modelo importado recebia subsídios para anular o efeito das idas e vindas tributárias do Inovar-Auto. A produção do Jimny nacional deve ficar em torno de 7 mil carros por ano -- se vender todos, literalmente dobra seus emplacamentos na comparação com 2012. No caso da versão 4Sport, não há dúvida quanto a isso. O Jimny com para-choques dianteiro e traseiro de ferro, mais altos e que podem receber Aventura off-road 3 Marcas apostam em produtos diferenciados e competições para trazer os trilheiros para o mundo dos quadriciclos e side-by-sides N engates à frente e atrás, é feito para andar na lama e em carro, na buraqueira, ambientes nem moto. Os em que o conforto a boramantes do do fica mesmo em segunfora-de-estrada do plano. Mas nas versões estão pouco a 4All e 4Sun, um recheio pouco aderindo a uma nova com mais mimos aos ocu- forma de encarar as trilhas: pantes seria desejável. ao guidão de um quadriciclo (ou simplesmente ATV, All Terrain Vehicle) - ou a DESCOMPLICADO bordo de um side-by-side O grande trunfo do Jimny – também chamado de (que já está em seu 43º ano UTV, uma espécie de buggy de vida) é manter a simpli- ultramoderno guiado por cidade de projeto, adequan- volante e com assentos pado forma à função. A estru- ralelos semelhantes aos de tura é de carroceria sobre um carro. chassis, e todos os compoDesta forma, as marnentes da plataforma (mo- cas não poupam esforços tor, transmissão, diferencial, e, além de rechear o mersuspensões) podem ser “de- cado com uma grande vasencaixados” separadamen- riedade de produtos do te, facilitando eventual ma- gênero, investem em comnutenção de emergência. petições e passeios para difundir cada vez mais esse novo conceito de off-road em quatro rodas. O outro lado da aventura Embora os ATVs ainda sejam os mais lembrados nas trilhas, os side-by-sides estão, aos poucos, galgando espaço e atraindo “O Maverick foi lançado lá fora em outubro passado e será apresentado oficialmente no mês que vem. E nós já pretendemos participar com ele da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country, agora em março, em Barretos (SP)”, revela Gaspar. Se você gostou da ideia e está planejando ir para a terra em um quadriciMercado aquecido clo, opções não faltam. No entanto, escolher enCom diversos aven- tre um side-by-side e um tureiros descobrindo os ATV é como ter que opquadriciclos, não é de se tar entre um carro e uma estranhar que as vendas motocicleta. Um dos fatodo segmento estejam mo- res decisivos é o grau de vimentadas. “O mercado afinidade do piloto com o está em franco crescimen- guidão ou com o volante. to” embora sem revelar os Todavia, se a sua opção for números de venda empre- um side-by-side, as opções sa. Outra arma dos fabri- do mercado também tem cantes são os novos pro- preço salgado. Entre os dutos. Para agradar pilotos modelos da Can-Am, por como Murilo Serrano, a exemplo, os preços sugeriCan-Am trará ao Brasil já dos do Commander ficam no mês que vem o Ma- entre R$ 47.169 para a ververick 1000R. Ainda sem são com motor de 800cc e preço revelado, o novo as quatro versões do Comside-by-side é o primeiro mander 1000 variam entre da marca no país com foco R$ 54.513 e R$ 69.415. E exclusivamente esportivo. aí? Vai encarar? tanto os pilotos de moto quanto os de carro. Na visão de Paulo Brancaglion, da Polaris, essa migração, no caso dos motociclistas também tem a ver com a idade. “O piloto vai ficando mais maduro e acaba indo para o UTV pela segurança. Alguns até chegam a dizer que não têm mais idade para fisioterapia”, brinca o gerente. JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 AUTONOTÍCIAS E Exclusivo! Antecipamos o visual do novo Chevrolet Cruze 2015 mbora ainda seja recente no Brasil, o Cruze é um projeto que data de 2008, quando foi lançado na Coreia do Sul como Daewoo Lacetti. Por isso, a GM já começou a trabalhar na próxima geração do modelo, flagrada em testes no gelo (veja fotos) primeiramente na versão sedã – haverá ainda o hatch e a perua. A expectativa é que a novidade seja apresentada no segundo semestre de 2014, como linha 2015. Sucesso de vendas em diversos mercados, especialmente nos Estados Unidos, o Cruze ganhou importância dentro da estratégia global da Chevrolet. Tan- to que a próxima geração terá o privilégio de estrear a nova plataforma D2XX da General Motors, que também dará origem a outros modelos do grupo, como o novo Opel Astra e o Chevrolet Volt. A GM já anun- ciou, inclusive, que o Cruze deixará de ser fabricado na Coreia do Sul para ocupar as fábricas da Opel na Europa, atualmente com a demanda baixa por conta da crise. O carro flagrado estava bastante camuflado, mas Sobem as vendas de implementos no 1º bimestre Vendas de reboques pesados crescem 27,5% e leves recuam 15% em relação ao mesmo período de 2012. xo) mostrado pela Chevrolet no Salão de Detroit de olhando mais atentamen- 2012. Daí a grade avante dá para perceber que çada e os faróis bastante o Cruze vai ficar mais esti- angulosos, como você conloso, com um design mais fere em nossas projeções agressivo. De acordo com exclusivas. Também havefontes ligadas à marca, a rá certa semelhança com o inspiração visual veio do Sonic, dada pelas máscaras conceito Tru 140 s (abai- redondas na parte interna 4 dos faróis. Na parte traseira, as colunas “C” ficarão mais largas e as lanternas, mais estreitas que as do carro atual. Por dentro, é esperado um acréscimo no volume do porta-malas e da cabine, notadamente no espaço para os passageiros do banco de trás. Por que o “tanquinho” ainda existe? Como Civic 2.0, agora são apenas 6 modelos flex sem o reservatório A Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) divulgou um saldo positivo dos dois primeiros meses do ano: com 9,4 mil unidades emplacadas do segmento de pesados (reboques e semirreboques), foi registrado um aumento de 27,5% sobre igual período do ano passado, quando foram vendidas 7,3 mil unidades. Já o segmento leve, de carrocerias sobre chassis, apresentou retração de 15% na mesma base de comparação, de 15,5 mil unidades contra as 18,3 mil de 2012. Já no acumulado de dois meses (e somados os segmentos), o setor apontou uma queda de 3,02% no primeiro bimestre. “O ambiente atual favorece a aquisição de implementos rodoviários do segmento pesado, com disponibilidade de crédito e taxa de juros melhor. O resultado é o crescimento de 27,55% no primeiro bimestre”, explicou em nota o presidente da Anfir, Alcides Braga. Braga ressaltou as razões do desempenho negativo dos implementos leves: “Esse segmento é majoritariamente formado por pequenas e médias empresas que têm mais dificuldade de acesso a linhas de financiamento com juros melhores. Por isso o desempenho de vendas de carrocerias sobre chassi ainda segue negativo”. Segundo a entidade, 89% das associadas estão entre micro, pequenas e médias empresas. A Anfir utiliza dados do IBGE para projetar um cenário macroeconômico otimista, e um dos principais índices é o que indica que a produção industrial brasileira aumentou 2,5% em janeiro na comparação com dezembro. Ainda segundo o IBGE, houve alta de 8,2% na produção de bens de capital, 0,9% de bens intermediários, 2,5% de bens de consumo duráveis e 0,2% de bens de consumo semi e não duráveis. A o contrário do que acontece em outros países, onde existe o E85 (85% de etanol e 15 % de gasolina), no Brasil o etanol é 100%, ou seja: não tem nada de gasolina, com isso fica mais difícil ligar o carro apenas com o combustível vegetal com o motor frio, especificamente abaixo dos 15 ºC. Para solucionar esse problema é necessário ter o famoso “tanquinho”, para injetar pequena quantidade de gasolina na primeira partida, em baixa temperatura. Esse método foi largamente adotado, mas agora o sistema que dispensa o reservatório está sendo cada vez mais presente nos modelos vendidos no Brasil. A tecnologia consiste no aquecimento do etanol antes de ser injetado no motor através de lanças aquecedoras instaladas no cavalete da injeção. Com isso, o combustível fica pulverizado, o que facilita a combustão. Segundo Renato Romio, engenheiro mecânico do Instituto Mauá de Tecnologia, o processo de pré-aquecimento facilita a vida do consumidor. “O sistema está só no começo e é tecnicamente melhor que o tanquinho, além de eliminar os problemas da gasolina, que pode ficar velha”, disse Romio. Motor flex celebra dez anos presente em 92% dos carros novos do país E m 23 de março de 2003 surgiu o primeiro automóvel fabricado no Brasil cujo motor utilizava sistema flexível de etanol e gasolina de forma viável. Foi o Volkswagen Gol 1.6, lançado simultaneamente à comemoração de 50 anos da empresa no Brasil, com a presença de diretores mundiais do grupo alemão e do presidente da República. Alguns meses depois de completar uma década em produção, a Anfavea projeta que, em meados deste ano, 20 milhões de veículos popularmente chamados de flex já terão sido fabricados, marco relevante. Nada menos de 92% dos automóveis e comerciais leves com motores de ciclo Otto, vendidos em 2012, tinham motores flex, incluídos nacionais e importados. Ao acrescentar os de ciclo Diesel, a parti- O ENGASGO cipação cai para 87%. Nenhum DO FLEX mercado no mundo apresenta esse cenário. Apelo do Na realidade, motor flex dimiflexibilidade de nuiu quando o abastecer o mespreço dos dois mo tanque com combustíveis se combustível de aproximou. A origem fóssil, de opção pelo etaorigem vegetal nol caiu drastiou de uma miscamente depois tura entre os dois de 2009 e o remete ao início governo ainda do século pasbate cabeças sado, por volta Volkswagen Gol equipado com motor 1.6 Total Flex foi o pioneiro do sobre a estrade 1910. Ford T tégia futura de sistema bicombustível no Brasil e alguns concorpreços relativos rentes podiam usar um ou ga de 2 litros com a tecno- apostar na tecnologia. Mo- e carga fiscal diferenciada. outro combustível juntos. logia flex, mas o sistema de tores de 1 litro representa- Só o apelo ambiental atraiNos EUA, em 1991, o me- reconhecimento de com- vam quase 70% das vendas rá poucos compradores. tanol apareceu em peque- bustível era caro e lento. O à época e, assim, a fábrica Por outro lado, as fábrinas frotas. O primeiro carro projeto só avançou depois escolheu o de 1.6 por pre- cas têm sido lentas na evoflex de série já com etanol de quatro anos, ao se des- caução. Como a Bosch for- lução técnica dos motores. surgiu em 1996 -- um Ford cobrir que a sonda lambda necia sistemas de injeção Partida dos motores sem Taurus. (sensor de oxigênio) servia para os motores VW de auxílio de gasolina em dias No Brasil, depois da cri- bem para identificar e ge- menor cilindrada, a Magne- frios, por exemplo, só surse de escassez de etanol renciar o tipo de combus- ti Marelli acabou por rece- giu em produção seriada em 1989/90, a Bosch apre- tível. ber a primazia. no ano passado, e em alsentou um Chevrolet OmeA Volkswagen decidiu guns modelos. Graças ao novo regime automotivo, Inovar-Auto, e seus objetivos de menor consumo de combustível, haverá avanços até 2017. Meta compulsória é de cortar o consumo médio da frota à venda de cada fabricante em 12,5% sobre 2012. A meta incentivada (até dois pontos percentuais a menos de IPI) chega a quase 19%. Alcançar essa referência, equivalente à da Europa em 2015, obrigará as montadores a investirem além dos motores. Grande passo, a injeção direta de combustível em motores flex apresenta potencial de corte de consumo em até 10%. Com uso eventual de turbocompressor, ganho será maior com etanol. Significa que mesmo que o combustível vegetal custe 75% (talvez até 80%) do preço da gasolina, ainda será viável sua escolha na hora de abastecer. Hoje, referência é de 70%. JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 5 AUTONOTÍCIAS Mudança de geração do Sentra é confirmada, mas enfrenta obstáculos M ais uma unidade da nova geração d o Nissan Sentra, lançada globalmente em 2012, foi fotografada por um leitor de UOL Carros circulando no Brasil. Desta vez foi na rodovia Anhanguera, perto de Campinas (SP). A imagem foi clicada por Jefferson Moraes. A Nissan não se preocupou em disfarçar o carro além de ocultar os emblemas com fitas isolantes. Não é segredo que o sedã médio deve ser lançado este ano no Bra- sil, mas fica a dúvida sobre o cronograma da marca, que também vai colocar no mercado o sedã grande Altima, a ser tratado localmente como um modelo de luxo. UOL Carrosapurou que o melhor prognóstico é que o Sentra chegará no segundo semestre. CURTAS + Abeiva deve revisar, no final deste mês, sua previsão de importação de 150.000 unidades em 2013, provavelmente para menos. Kia (grupo Gandini) continua a liderar entre marcas sem produção local associadas àquela entidade. Grupo fez contas e decidiu não aderir ao Inovar-Auto, ao contrário dos demais. Cotas são baixas para seu volume de importação. + Caixas de câmbio (transeixos) manuais de seis marchas serão produzidas na nova fábrica de motores da GM, em Joinville (SC), mais voltada à exportação, assim que mercado europeu se recuperar da atual queda. Parte de produção ficará aqui para o Cruze e outros modelos. No exterior, empresa desenvolve transmissão “híbrida”: automática convencional e de dupla embreagem. O VELHO E O NOVO O Sentra atual (acima), a ser vendido no Brasil até o final dos estoques, parece um carro jurássico na comparação com as linhas mais arrojadas e sinuosas de seu substituto (abaixo) + Peugeot 208 chega ao mercado com preços que partem dos R$ 39.990 A Peugeot divulgou os preços do hatch 208, a aposta da marca para recuperar o prestígio da época do 206. O modelo, produzido na planta da marca em Porto Real (RJ), chega às lojas em 13 de abril com a versão mais acessível, Active, oferecida por R$ 39.990 (curiosamente o mesmo preço pedido pelo seu irmão, o Citröen C3). Por esse valor, a versão já vem com direção elétrica, ar-condicionado, trio elétrico, computador de bordo, freios com ABS e airbag duplo. O motor da versão de entrada é um 1,5L flex, que gera 89 cv com gasolina e 93 cv com etanol. A Allure, que também utiliza este propulsor, será oferecida por R$ 45.990. Além dos equipamentos básicos, esta variante traz ainda sistema multimídia com tela de sete polegadas touch screen e o teto solar panorâmico. Restou para a versão topo de linha, Griffe, o propulsor 1,6L 16V flex - 115 cv (gasolina) e 122 cv (etanol). Entre os equipamentos exclusivos está o ar-condicionado digital bizone. Com câmbio manual, a variante sai por R$ 50.690 e R$ 54.690 com caixa automática. Durango, novo SUV da Dodge (de R$ 179.900 a salgados R$ 199.900), oferece sete lugares e mais espaço interno que Journey/Freemont. Mesmo com os dois bancos da última fileira em posição normal, porta-malas é muito bom: 490 litros (até o teto; usáveis uns 35% menos). Chassi é igual ao do Grand Cherokee, com maior balanço traseiro. Motor V6 de 286 cv dá conta do recado. + Presidente da Magneti Marelli volta a ser brasileiro. Lino Duarte está à frente do segundo maior fabricante de autopeças aqui instalado. Ele destacou que a matriz italiana, além de fornecer motor elétrico para o híbrido LaFerrari, desenvolveu o Superlift: atuadores hidráulicos elevam em quatro cm o vão livre, ideal para carros esportivos em rampas e lombadas. + Tendência de desnacionalização em autopeças parece irreversível. Fabricantes de correias e tensionadores Dayco, dos EUA, com fábricas em São Paulo e Minas Gerais, comprou a brasileira Nytron. As marcas conviverão por tempo indeterminado. Aumentará exportações para Europa e América do Sul com integração dos produtos. Carro abastecido com energia solar é divulgado na Índia A montadora Mahindra apresentou, nesta semana, um carro sem emissão de poluentes, o chamado e2o, em Nova Delhi, Índia. O veículo, que custa 596 mil rúpias (R$ 21,8 mil, de acordo com a cotação do Banco Central do Brasil do dia 18 de março de 2013), pode ser carregado com energia solar e não tem previsão para chegar ao Brasil. O carro é visto como uma solução para a mobilidade urbana, sem precisar se preocupar com a poluição do meio ambiente. O e2o é automático e consegue rodar 100 km com uma carga de energia de cinco horas. Tecnologia Segundo a montadora, o motorista pode controlar o carro com o smartphone. Por exemplo, com um aplicativo é possível bloquear o carro, enviando um comando de bloqueio, ou então acionar o ar condicionado remotamente. Além disso, 10 computadores de bordo fornecem um feedback real de todas as funções do carro, com direito a uma verificação diária dos sistemas vitais e envio de alertas caso tenha algo errado. O automóvel também conta com um display de 6 polegadas com GPS, rádio, DVD, Bluetooth e entrada para iPod, além de retrovisores elétricos, entrada sem chave e botão start/stop. JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 6 SEU CARRO Sete pecados capitais S Prolongue a vida do seu carro, fique longe dos vícios e no passado não eram poucos os carros que ferviam ao menor sinal de congestionamento, hoje eles rodam milhares de quilômetros sem apresentar grandes problemas. Mas um fato não mudou: a forma de dirigir afeta diretamente a durabilidade do veículo e os custos de manutenção. Conheça os sete pecados que você pode cometer ao volante sem perceber e que causam desde um leve desperdício de combustível a uma quebra de câmbio automático. Pegar no batente A o manobrar, é comum segurar a direção hidráulica no fim do curso. Nesse momento, pode-se ouvir a bomba da direção chiando e até mesmo a correia. Não adianta ficar forçando o volante no batente, pois as rodas já estão esterçadas ao máximo. Isso apenas desgasta a bomba da direção e reduz sua vida útil. Ao perceber que o volante está no fim do curso, alivie a pressão e manobre normalmente. Seu bolso agradece. Ter ligações perigosas Q uando a carga da bateria acaba, o normal é fazer a popular “chupeta”, ou seja, transferir energia de outro veículo por meio de cabos auxiliares. No entanto, se o seu automóvel tiver chaves codificadas, como a maioria dos veículos atuais, tome cuidado. Você deve retirá-la da ignição antes de conectar os cabos, pois há risco de queimar o chip eletrônico da chave. Esse perigo é muito maior nas que não usam a haste metálica para dar a partida, como Renault Mégane, Mercedes, Volvo e importados premium, pois são mais sensíveis à sobrecarga. Nessa situação, o custo de uma nova chave pode passar de 2 000 reais. Forçar a barra N Acelerar, não frear Q uando estão em um congestionamento ou semáforo em uma ladeira, muitos motoristas acabam mantendo o carro automático parado usando apenas a força do câmbio, acelerando aos poucos. Isso jamais deve ser feito, pois aumenta a temperatura da caixa e acelera o desgaste dos materiais internos, provocando problemas nas válvulas solenoides e nos discos de acoplamento. No futuro, a transmissão pode começar a patinar ou dar trancos nas trocas de marcha. Por causa desse mau hábito, você pode ter de mandar abrir o câmbio para fazer um conserto. Não vai sair por menos de 1 000 reais (para trocar as válvulas) e pode passar dos 15 000 reais (se a caixa for substituída). A dica também vale para a transmissão manual. Segurar o carro em aclives só com a aceleração aumenta o desgaste do disco de embreagem. O correto nas duas situações é sempre inda tem gente que costuma dar uma última deixar o pé no freio ou manter o freio de mão acionad acelerada antes de desligar o motor. É um mito enquanto o veículo estiver parado. que vem da época do motor de dois-tempos, no qual o óleo era misturado ao combustível. Acreditava-se que assim as paredes dos cilindros estariam mais lubrificadas e facilitariam a partida no futuro. Outros ão deixe um carro automático estacionado na acreditavam que no motor de quatro tempos o posição P sem o freio de mão acionado. Isso força a excesso de combustível ficaria na câmara e ajudaria na trava do câmbio, pois todo o peso estará apoiado nela – combustão no próximo uso. Com a injeção eletrônica, não projetada para o esforço –, provocando dificuldades nada disso faz sentido. O procedimento só desperdiça de engate pos- teriormente. O ideal é colocar a alavanca combustível. Em alguns modelos com motores turbo, na posição N, puxar o freio de mão, soltar o pedal de freio ainda há o risco de a última acelerada interromper para se certificar de que o automóvel está totalmente a lubrificação da turbina antes de ela parar de girar. imobilizado e só depois pôr a alavanca em P. O mesmo A lógica vale também para o hábito que muitos têm vale para a transmissão manual, a fim de evitar danos na de manobrar o veículo dando várias aceleradas. Puro engrenagem da marcha engatada. desperdício. Acelerar ao desligar A Parar sem freio N unca suba em calçadas sem rebaixamento do meiofio. É um hábito que destrói ou abrevia a vida útil dos pneus, ainda mais se estiverem com baixa pressão. Dependendo do ângulo de entrada e da velocidade, os danos se estendem à direção e à suspensão. Se por uma emergência tiver de subir na calçada (para fugir de um alagamento ou acidente), faça-o sempre em baixa velocidade e entre perpendicularmente, tocando ão deixe um carro automático estacionado na posição P sem o freio de mão acionado. Isso força a trava do ao mesmo tempo as duas rodas no meio-fio. Por falar câmbio, pois todo o peso estará apoiado nela – não projetada para o esforço –, provocando dificuldades em pneus, vale lembrar que mantê-los calibrados é o de engate pos- teriormente. O ideal é colocar a alavanca na posição N, puxar o freio de mão, soltar o pedal melhor recurso para fazê-los durar mais e economizar de freio para se certificar de que o automóvel está totalmente imobilizado e só depois pôr a alavanca em P. O dinheiro. Pneus murchos aumentam o consumo de mesmo vale para a transmissão manual, a fim de evitar danos na engrenagem da marcha engatada. combustível em até 20%, além de acelerar seu desgaste. Relaxar no câmbio N D Manutenção, higienização e recarga de gás do ar condicionado icas simples e eficientes para a utilização e manutenção do ar condicionado de seu veículo. - Verifique o filtro do ar condicionado (filtro de pólen, filtro de ar de cabine) periodicamente - Estando muito quente dentro do veículo, é recomendável abrir todos os vidros e deixar o aparelho ligado na temperatura mais baixa e com o máximo de ventilação por aproximadamente um minuto, antes de sair com os vidros fechados. - Mesmo durante o inverno e nos períodos em que o aparelho não é muito utilizado, deve-se acioná-lo algumas vezes durante a semana, para evitar danos no compressor e lubrificar o sistema. - A melhor maneira de prevenir doenças causadas pelos sistemas de ar condicionado automotivo é a manutenção constante, com a limpeza dos dutos, substituição dos filtros, higienização e recarga com gás ecológico, se necessário. CURIOSIDADE Apelidos, a sabedoria popular aplicada ao automóvel Carinhosos ou depreciativos, os apelidos podem identificar o carro, expressar sua aceitação ou decretar seu fracasso Q uando chegou o momento de substituir o veterano 147, na década de 1980, a Fiat brasileira pensou grande: trouxe da Itália em 1984 — apenas um ano e meio após o lançamento europeu — o projeto do moderno Uno, que de repente mostrou como estavam envelhecidos os concorrentes Chevette e Gol. O bom humor do brasileiro, contudo, não demorou a apelidar o carrinho com uma alusão a seu formato: “botinha ortopédica”. Hoje se sabe que — para alívio da Fiat — a alcunha não impediu o sucesso do Uno, ainda um de nossos carros mais vendidos, quase 30 anos depois. Aqui ou no exterior, tudo é motivo para apelidar um automóvel. Pode ser o desenho, uma característica técnica ou mesmo a falta de potência. Que o diga o Simca Chambord, lançado em 1959 com um motor V8 de apenas 84 cv e desempenho insuficiente: logo ficou conhecido como “Belo Antônio”, personagem de Marcello Mastroianni no filme homônimo ítalo-francês de 1960 que — como o sedã — era elegante, mas impotente. Mais tarde, nos anos 70, a própria denominação do carro esporte Volkswagen SP2, que significava sport prototype, virou “sem potência” na boca do povo. O Fusca, no alto, foi apelido adotado como nome; o Uno virou “botinha ortopédica” no começo; o baixo desempenho rendeu alcunhas ao Simca Chambord e ao VW SP2 Outro caso famoso é o do Volkswagen 1965 com um funcional teto solar de aço, alemão. Consta que um gerente de marketing da Ford foi quem espalhou o vexatório apelido de “cornowagen”, criando a imagem de que o equipamento serviria para maridos traídos. Ao ilustre marqueteiro pode ser atribuída a rejeição que os brasileiros tiveram por tanto tempo ao teto solar — até que, por ironia do destino, o Escort XR3 da própria Ford o tornasse um item desejado nos anos 80. Nossos primeiros automóveis, é verdade, facilitavam a criação dos apelidos. Sem primar pela resistência, os pioneiros Renaults Dauphine e Gordini eram chamados de “leite Glória” em alusão ao mote desse leite em pó, “desmancha sem bater”. Pela precária estabilidade, a sus- pensão adotada por eles em 1960 — a Aerostable — virou “aerocapotable” na boca do povo. No concorrente DKW-Vemag Belcar, as portas dianteiras com abertura inversa (chamadas aqui e no exterior de “suicidas”) transformaram a pronúncia da marca de “decavê” (DKW) para “dechavê”, pois “deixavam ver” algo mais quando as moças de saia entravam e saíam do carro… Há apelidos que descrevem a simplicidade de um automóvel, como Tin Lizzie para o Ford Modelo T — algo como criada de lata, já que Lizzie era a gíria para uma criada eficiente e confiável, atributos que o popular automóvel também tinha — ou “guarda-chuva sobre rodas” para o espartano Citroën 2CV. Não faltam aqueles relacionados à forma de carrocerias e detalhes, como o citado do Uno. Caso bem conhecido é o do VW 1600 sedã de quatro portas de 1968, que teve o azar de nascer sem nome, deixando a deixa para o público. As formas quadradas e as quatro maçanetas cromadas foram a inspiração e o sedã virou o “Zé do Caixão”, nome de guerra do ator e cineasta José Mojica Marins. O próprio Fusca ganhou inúmeros apelidos mundo afora, a maioria por causa da semelhança de formas com um inseto: besouro no Brasil, carocha em Portugal, maggiolino na Itália, Käfer na Alemanha, beetle ou bug nos Estados Unidos, escarabajo na Espanha, coccinelle na França e na Bélgica… A fábrica chegou a brincar com o fato na publicidade da versão 1600 S nacional, de 1974, chamada de “bizorrão”. Ao lançar sua última interpretação, em 2011, a VW alemã permitiu que cada filial adotasse o nome ou apelido usual no país, o que fez renascer o Fusca entre nós. Quando o Fusca ganhou lanternas traseiras grandes e circulares, em 1979, não demorou a ser apelidado de Fafá, alusão aos seios fartos da cantora Fafá de Belém (em Portugal, contudo, era o Fusca “pata de elefante”). Esse tipo de “homenagem” não era inédito: nos anos 50 as protuberâncias do para-choque dianteiro de Cadillacs como o Eldorado, nos Estados Unidos, eram chamadas de dagmars em referência ao busto de Dagmar, uma atriz e modelo norte-americana, enquanto nos anos 60 o Lancia Fulvia com grandes faróis auxiliares circulares se tornou Fanalone, que em italiano servia tanto para os elementos de iluminação quanto como gíria para seios fartos. Mesmo automóveis que estrearam com grande sucesso, como o Corsa em 1994, foram rebatizados pelo público. Todo arredondado, rompendo os padrões de estilo retilíneos de então, o pequeno Chevrolet foi chamado por alguns de Kinderovo, marca de um pequeno ovo de chocolate. Pela mesma razão o Gol de segunda geração, lançado poucos meses depois, tornou-se conhecido como “bola” ou “bolinha” para se diferenciar do antigo “quadrado” ou “caixa”. Na França dos anos 30, o alongado Talbot-Lago ganhou os apelidos de goutte d’eau (gota d’água) em francês e teardrop (lágrima) em inglês. Tal como o Fusca, a Kombi foi apelidada em diversos países. Aqui virou “pão de forma” pelo formato, a exemplo dos EUA (breadloaf) e da Dinamarca (rugbrød), enquanto na Alemanha era Bulli — um diminutivo para bulldog, a raça de cachorros que, como o utilitário da VW, tem uma cara achatada. O BMW 501/502 dos anos 50 ficou conhecido como Barockengel ou anjo barroco, pois suas linhas sinuosas lembravam as esculturas de igrejas alemãs do período barroco. Na mesma década a Ford americana lançava o Edsel, cuja grade vertical foi motivo de piadas e apelidos — de um carro chupando limão até alguns chulos demais para publicarmos aqui… JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 7 Chinesa Qoros mal nasceu e já está de olho no Brasil MARCAS & MERCADO A Qoros Auto, marca chinesa que apresenta no Salão de Genebra seu primeiro modelo, o 3 Sedan, já está de olho no Brasil. Foi o que UOL Carros apurou nesta terça-feira (5) com um executivo de vendas que falava inglês, mas que em seguida emendou um italiano fluente com outro jornalista. Pouco antes, o vice-presidente mundial da Qoros havia discursado; ele é alemão, se chama Volker Steinwascher e fez carreira na indústria automotiva europeia (o italiano é italiano mesmo e atende por Stefano Villanti). Esse internacionalismo da Qoros (a despeito dos hilariantes erros de inglês em seu site mundial) já seria sinal certo de que mirar o mercado brasileiro é quase uma obrigação para ela. Ainda mais Qoros 3 Sedan, exposto em Genebra: é derivativo, mas aposta em porte e preço porque 50% de suas ações estão nas mãos da Chery, marca independente (não-estatal) chinesa bem estabelecida em nosso país, onde já ergue uma fábrica. Não há prazo para que a Qoros chegue ao Brasil porque, antes, sua missão é penetrar no mercado europeu, mais refratário a carros vindos da Ásia e especialmente da China, que já teve modelos reprovados em testes de segurança. A proposta da Qoros é prudente: ela quer entrar no continente via países do leste, ex-comunistas e mais pobres (e talvez mais Nissan desenvolve aço mais leve que ajuda na economia de combustível Primeiro modelo a receber nova liga será o sedã de luxo Infiniti Q50. Já os veículos da marca Nissan vão adotar o material a partir de 2017. A Nissan começa a adotar uma nova liga metálica em seus veículos. A montadora japonesa anunciou, nesta quarta-feira (13), que o “Advanced High Tensile Strength Steel” (aço avançado de alta resistência), conhecido como AHSS, foi desenvolvido dentro da estratégia de buscar a redução do peso de seus modelos e melho- rar os níveis de consumo de combustível. A Nissan estima que a novidade irá diminuir em até 17% o peso final dos veículos. O primeiro modelo a receber esse aço de alta resistência será o sedã esportivo de luxo Infiniti Q50, lançado este ano em Detroit e que será vendido no Brasil a partir do fim de 2014. Os veículos Nissan começam a ser produzidos com a inovadora liga metálica a partir de 2017. O AHSS é um aço avançado ultra resistente, de 1,2 GPa (Gigapascal - unidade padrão de medição da resistência à tensão), com alta capacidade de moldagem. Foi desenvolvido pela Nissan em parceria com a Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation e a Kobe Steel, Ltd., e traz como principais diferenciais o alto índice de elasticidade e maiores resistência e maleabilidade. condescendentes) que os ocidentais. O Oriente Médio é a meta seguinte. O 3 Sedan, embora concebido por um ex-designer da Mini (como se vê, a “sacada” da marca para ter mais sucesso que as compatriotas é contratar ocidentais), passa uma pri- meira impressão genérica, como se tivesse sido projetado numa máquina de xerox, e não em CAD. Pela frente, lembra carros da Kia de uma geração atrás (por exemplo, o sedã grande Magentis). Os faróis parecem exagerados, assim como a barra cromada sobre a grade. Rodas de 18 polegadas (opcionais) bastante chamativas e lanternas traseiras com filetes de LED que parecem citar de propósito a BMW completam uma receita derivativa -- como previsível, o interior tem duas cores, uma escura, outra clara. O Qoros 3 Sedan mede 4,61 metros, com entre-eixos de 2,7 metros. No Brasil, seria considerado um modelo médio bem parrudo. Na cabine, o destaque vai para uma tela de 8 polegadas navegável como em smartphones (multitouch). Sob o capô, o carro terá duas opções de motorização, um 1.6 turbocomprimido e outro 1.6, este aspirado e com comando variável nas válvulas. A transmissão pode ser manual ou automatizada de dupla embreagem (DCT), sempre com seis velocidades. Em tempo: você pode ter lido por aí que a Qoros é a marca de luxo da Chery, ou simplesmente que é uma marca de luxo. Nada disso. Ela apenas quer ser melhor que as atuais chinesas. “Muito melhor”, disse Villanti a UOL Carros. Mas ele mesmo admitiu que não há sequer a pretensão igualar uma Volkswagen. Ou seja, é uma marca premium para os padrões chineses. E seus carros (também foram mostrados aqui os conceitos de um crossover e uma station wagon, ambos da gama 3) vão todos custar menos de 20 mil euros na Europa (R$ 52 mil). Novo Cayman chega em abril no Brasil em duas versões A Stuttgart Sportcar, empresa que importa a marca Porsche para o Brasil, anunciou que o Novo Cayman estará disponível em nosso mercado já em abril. O modelo chegará disponível em duas versões. A de entrada, que custará 319 mil reais, é equipada com motor 2.7 que entrega 275 cavalos, acelerando de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos e chegando a velocidade máxima de 266 km/h. Já a versão top de linha, a S, sairá por 399 mil reais e terá sob o capô o motor 3.4 que gera potência máxima de 325 cavalos. Nessa configuração, o esportivo alemão acelera de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos. Em ambas as versões, a transmissão é de sete velocidades PDK, que permite trocas a partir de borboletas no volante. Entre os itens de série, em ambas as versões, estão ar-condicionado automática dual zone, faróis dianteiros bi-xenon, Bluetooth, sensores de estacionamento, entre outros. LocatorOne lança nova Volkswagen UP! usa poucos geração de rastreadores O novo Super conta com menu de voz e disfarces, previsão para controle remoto para facilitar o manuseio chegar no 2º semestre C O Up! brasileiro não chega antes por uma série de fatores. Um deles está no fato de o modelo nacional ter de ser maior que a opção europeia. Os motivos são justificados pela inclusão de um local para o alojamento do estepe e pela necessidade de um porta-malas de maior capacidade. Outra questão tem nome e liderança de mercado, trata-se do “Gol”. Com dimensões e motorizações semelhantes, Up! e Gol poderiam disputar um espaço no mercado que a Volkswagen domina e, obviamente, não tem intenção de perder. Logo, uma das possibilidades seria introduzir o Up! na mesma faixa de entrada ocupada pelo Gol G4. A Volkswagen não re- vela nenhuma informação sobre o futuro popular “alemão”. Porém, uma fonte ligada a fábrica do ABC contou ao WebMotors que o modelo compacto chega no segundo semestre de 2013. om o aumento da violência nas ruas, uma boa saída para proteção do seu veículo é a instalação de rastreadores. Pensando nisso, a LocatorOne investe pesado na nova linha de rastreadores sem mensalidades no Brasil, o novo Super. Alta tecnologia e facilidade são palavras de ordem para a nova geração de rastreadores do Super. O equipamento inclui alarme, bloqueador e rastreador (ABR) para localização de veículos furtados. A instalação é simples e rápida. Outro destaque é na adoção de controle remoto, agora o condutor não precisa embarcar e levar o controle remoto para o acionamento, mas apenas realizar a operação pelo telefone. Preço sugerido para o produto é de R$ R$ 1220,00 (à vista) ou em 12 X de R$115,00. JORNAL DOMINGO - 23/03 A 06/04 DE 2013 8 Kawasaki Ninja ZX-6R 636 Nova geração da BMW chega ao Brasil a partir R 1200 GS chega ao de R$ 49.990 Brasil em abril ACELERANDO A Moto mais vendida da empresa no mundo ganhou novo motor de 125 cv. Com visual revisto, modelo recebeu suspensão eletrônica semiativa. Kawasaki anunciou a chegada de sua superesportiva média, a Ninja ZX-6R 636 ao Brasil. As novidades do modelo incluem o novo motor, que continua tendo quatro cilindros em linha, mas passa a ser de 636 cm³ e gerar 137 cv a 13.500 rpm já com a atuação do sistema Ram Air. O design também foi reestilizado, o que a deixou mais agressiva e parecida com a sua irmã maior, a ZX-10R. A nova Ninja também recebeu diversos itens eletrônicos como o controle de tração regulável em até três níveis, os dois modos de mapeamento do motor e uma versão equipada com freios ABS. A Kawasaki ZX-6R 636 já está em produção na fábrica da marca em Manaus (AM) e estará nas concessionárias em abril disponível nas cores verde e branca para versão Standard por R$ 49.990 e apenas na cor verde para a versão com ABS por R$ 52.990. P rincipal moto da BMW, a R 1200 GS terá sua nova geração no Brasil a partir de abril. O modelo mais vendido da fabricante alemã no mundo passou por profundas mudanças em seu conjunto, que fez estreia no Salão de Colônia 2012, na Alemanha. A empresa ainda não divulgou dados de preço da moto aventureira, nem com quais configurações a moto será vendida no país, mas a rede de concessionárias já está passando por treinamentos para atender aos clientes. O pacote top de linha, que inclui nova suspensão semiativa com ajuste eletrônico e controle de estabilidade, custa 16.100 euros - os freios ABS são de série. O novo motor passa a contar com misto de refrigeração líquida e a ar; agora tem 125 cavalos de potência e 12,74 kgfm de torque. A versão anterior tinha 110 cavalos de potência e 12,23 kgfm de torque, com preço a partir de R$ 70.900. Este aumento de potência leva a GS a ficar mais próxima, neste quesito, em relação às rivais mais novas: Ducati Multistrada e KTM 1190 Adventure ainda não presentes no BEST TRUCK Rely chega ao Brasil com Pick-Up, por R$ 29.990 A Rely, divisão da chinesa Chery Automobile voltada a veículos comerciais, acaba de fazer sua estreia no mercado brasileiro. O primeiro modelo a chegar é o Pick-Up, com cabine simples e caçamba de 2,5 metros para até 800 kg de carga, tabelado a R$ 29.990. O motor, um quatro-cilindros de 1,0 litro e 64 cavalos, também irá equipar outros três lançamentos da marca: as configurações CD (cabine dupla) e EX (caçamba estendida para 3 metros) do Pick-Up, ambas com previsão de lançamento no segundo semestre, e o modelo Van, para 7 passageiros, que chega em março. Em abril, será lançado o utilitário Link, também com 7 lugares, mas equipado com motor de 1,3 litro que gera 84 cv. Com ar-condicionado de dupla zona, vem para disputar mercado com Renault Kangoo e Fiat Doblò. Completa a linha Rely o H13, uma van para 14 passageiros, com motor 2.0 de 170 cv, também prevista para o segundo semestre. A ambição da Rely é conquistar 30% de market share do segmento, algo próximo a 4 mil unidades vendidas por ano. Para se diferenciar da concorrência, ela aposta em ar-condicionado e direção hidráulica como itens de série, além do motor de 1 litro – o mais potente da categoria, segundo a marca. A garan- A Rely tia, porém, é de apenas 1 ano, ou 30 mil km rodados. As revisões são feitas a cada 5 mil km. A rede de concessionários será independente da Chery. Serão 30 revendas no início das operações, 60 até o final deste ano, 100 lojas em 2014 e 120 até o fim de 2015. A marca promete que os consumidores não enfrentarão problemas de disponibilidade de peças de reposição: as autorizadas farão os pedidos pela internet e serão atendidas em até 12 horas pelo centro de distribuição, que fica em Salto, no interior de São Paulo. Inicialmente, os modelos Rely serão trazidos da China, usando a cota de 4.800 unidades/ano assegurada ao grupo importador Venko Motors pelo programa Inovar-Auto. Num segundo momento, existe Honda Gear a possibilidade de montar parte da linha no Uruguai, onde a Chery já fabrica os modelos Face e Tiggo. Se nos EUA a atração automotiva do momento é o Salão de Detroit, no Canadá o destaque é a mostra de Montreal. Por lá, um dos principais lançamentos revelados nesta sexta-feira (18) foi o conceito da Honda. Batizado de GEAR, o subcompacto é um estudo para o público jovem. Simples e utilitário, mas ao mesmo tempo personalizável, de acordo com a fabricante japonesa. Um possível concorrente do GEAR, que não teve qualquer informação técnica revelada, seria o Ford New Fiesta. país. Outras concorrentes são Triumph Tiger Explorer, Yamaha Super Ténéré, Kawasaki Versys 1000 e Honda VFR 1200X Crosstourer - todas já disponíveis no país. De acordo com a marca, a R 1200 GS possui dois pequenos radiadores, que estão integrados às carenagens, juntando-se ao sistema que já tinha injeção eletrônica. Apesar de manter a tradicional disposição boxer - com cilindros opostos - e mesma cilindrada (1.170 cm³), o propulsor foi redesenhado. O câmbio é de seis marchas. co - no modelo anterior a suspensão era somente eletrônica. Segundo a empresa, sensores captam o tipo de terreno e modo de utilização da motocicleta e automaticamente adaptam os amortecedores para o melhor tipo de uso. A regulagem é feita por meio de válvulas controladas eletronicamente. Seu chassi também é totalmente novo e conta com nova estrutura tubular de aço, que deixou o conjunto mais rígido, informa a BMW. O peso seco total da moto (com ABS) é 238 kg e a distância do solo aumentou 8 mm. A transmissão secundáSuspensões ria continua feita por eixo semi-ativas cardã, transmitindo robusO sistema de amorte- tez, porém, ele agora está cimento foi recalibrado e fixado do lado esquerdo passam a contar com sis- da moto - antes ficava do tema semiativo eletrôni- lado direito. Caminhões Cargo ganham freios ABS opcional Ford introduziu este ano a opção de freio ABS para toda a linha de caminhões Cargo. O sistema antitravamento (do inglês Anti-lock Braking System) garante o controle do veículo durante frenagens de emergência ou caso uma das rodas escorregue ao passar por uma superfície de baixo atrito, como ruas de paralelepípedo ou com manchas de óleo, aumentando a segurança. “A grande vantagem do ABS é permitir que o motorista freie e desvie o veículo ao mesmo tempo. É um recurso importante, que pode reduzir a quantidade de acidentes e aumentar significativamente a segurança dos ocupantes, ainda mais num país como o Brasil, com regiões de grande volume de chuvas”, explica Silvia Iombriller, supervisora de Freios da Ford e coordenadora do Comitê de Freios da ABNT, que está revisando a norma para caminhões, carros, ônibus e carretas. Segundo ela, nos mercados mais avançados o ABS já é item obrigatório nos caminhões há cerca de 20 anos, mas no Brasil ainda existem alguns mitos em torno do sistema, por falta de conhecimento. Entre eles estão a falsa ideia de que o ABS tem uma eletrônica complexa, exige manutenção frequente ou pode comprometer a eficiência do freio caso haja alguma falha. A Ford desenvolveu e testou o sistema de freio ABS para toda a linha Cargo, que é composta dos modelos leves, médios e pesados e com tração 4×2, 6×2 e 6×4. O processo envolveu simulações virtuais, testes de bancada e testes de rodagem simulando as diferentes aplicações dos veículos, no Campo de Provas de Tatuí, em São Paulo, o único do gênero na América do Sul com estrutura para o desenvolvimento de caminhões. Houve também testes realizados na Europa. O sistema ABS é formado basicamente por uma central eletrônica, sensores de roda e válvulas moduladoras. Os sensores fazem a leitura individual da velocidade de cada roda e, usando como parâmetro uma roda dentada, informam à central eletrônica se uma das rodas travar. O sistema então aciona as válvulas moduladoras, que controlam a pressão das câmaras de freio para evitar o travamento, de forma pulsante.