Apresentação do PowerPoint - História da Arquitetura Contemporânea
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Apresentação do PowerPoint - História da Arquitetura Contemporânea
Castelnou Antonio Castelnou Maneirismo Moderno Introdução A partir da década de 1950, os EUA passaram a ser o novo centro de discussão da arquitetura mundial, devido ao quadro político e socioeconômico surgido com o término da Segunda Guerra Mundial (1939/45). Na Europa, os anos do segundo pós-guerra, consistiram em um período de transição e preparação, onde se produziu construções para eliminar os danos ocorridos nas principais cidades e abrigar milhares de refugiados. Walter Gropius (1883-1969) Universidade de Bagdá (1957/60, Iraque) Várias correntes proliferaram entre os anos 1950 e 1960, tanto na Europa como nos EUA, de modo a englobar o trabalho de artistas e arquitetos de formação modernista, mas que procuraram ampliar seus horizontes técnicos e estéticos. U. S. Embassy (1956/61, Atenas, Grécia) TAC & Walter Gropius (1883-1969) Denomina-se MANEIRISMO MODERNO o conjunto dessas atitudes pessoais que exploraram a linguagem modernista, aplicando-a em enquadramentos mais vastos e enriquecendo-a com originalidade e genialidade, através de novas experimentações. Frank Lloyd Wright (1869-1959) Solomon R. Guggenheim Museum (1946/59, N. York EUA) Espoo Polythecnic School (1949/74, Finlândia) Alvar Aalto (1898-1976) Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969) IIT Crown Hall (1956, Chicago IL) O período que vai do final da Segunda Guerra Mundial (1939/45) até meados dos anos 1960 ficou sendo conhecido como PLURALISMO, no qual várias correntes maneiristas procuraram questionar e inovar a estética funcionalista, propondo reformulações (MASSA, 1984). Gropius House (1938/39, Lincoln MA) Walter Gropius (1883-1969) Mestres Modernos Os próprios mestres testemunharam a desagregação do MOVIMENTO MODERNO, através de suas últimas experiências entre décadas de 1940 e 1960. Suas pesquisas tardias acabaram influenciando a formação e difusão das novas tendências pluralistas na arquitetura. Millowners Associaton Building (1952/54, Ahmedabad, Índia) Le Corbusier (1887-1965) Centre Le Corbusier (1963/67, Zurich, Suiça) Com a perseguição nazista e fechamento da Bauhaus, WALTER GROPIUS (18831969) foi para a Inglaterra e colaborou com Edwin Maxwell-Fry (1899-1987) em uma arquitetura mais elástica e dinâmica. Em 1938, estabeleceu-se nos EUA como professor em Harvard (Cambridge MA), passando a criticar um repertório unitário e soluções esquemáticas não-contextuais. Impington Village College (1938/39, GB) W. Gropius & M. Breuer J. Ford House (1938, Lincoln MA) Chamberlain Cottage (1940/41, Wayland MA) Frank House (1939, Pittsburgh PA) Influenciado pela escala americana e urgência de soluções econômicas e flexíveis, Gropius fez uma série de pesquisas sobre pré-fabricação, entre as quais as casas Ford (1938, Lincoln MA), Frank (1939, Pittsburgh PA) e Chamberlain (1940/41, Wayland MA). Em 1945, juntou-se a exalunos no grupo THE ARCHITECTURE COLLABORATIVE (TAC), que se caracterizou pelo pragmatismo e extremo rigor técnico-construtivo, produzindo cerca de 70 projetos até 1953, destacando-se o próprio Harvard Graduate Center (1949/50, Cambridge MA), formando as bases do BRUTALISMO. W. Gropius & TAC Harvard University (1949/50, Cambridge MA) Pan American World Airways MetLife Building (1958/63, N. York) c/Pietro Belluschi (1899-1994) Das Bauhaus-Archiv Museum für Gestaltung (1976/79, Berlim, Alemanha) Walter Gropius (1883-1969) Já MIES VAN DER ROHE (1886-1969), ao sair da Alemanha, tornou-se diretor do Illinois Institute of Technology (IIT) em 1938, estabelecendo-se em Chicago IL, onde iniciou uma rica experiência com aço e vidro, em que seus edifícios tornaram-se mais circunscritos em si, embora mais flexíveis. Edith Farnsworth House (1946/51, Plano IL) Modelo do IIT Crown Hall (1950/56, Chicago IL) Através de um ritmo uniforme e aplicação de estruturas metálicas com vedação em vidro ou alvenaria, Mies influenciou uma corrente caracterizada pelo rigor disciplinar, precisão geométrica e perfeição técnica denominada TECNICISMO. Promontory Apartments (1939/47, Chicago IL) Mies van der Rohe (1886-1969) Novo Campus do Illinois Institute of Technology (1939/42, Chicago IL) IIT Crown Hall (1950/56, Chicago IL) Mies van der Rohe (1886-1969) Suas principais obras em Chicago foram: o novo Campus do IIT (1939/42), os Promontory Apartments (1939/47), a Edith Farnsworth House (1946/51), os 860-880 Lake Shore Drive Apartments (1948/51) e o IIT Crown Hall (1950/56). ITT CAMPUS Mies van der Rohe (1886-1969) 860-880 Lake Shore Drive Apartments (1951, Chicago) Seagram Building (1953/55, New York) A obra-prima de Mies van der Rohe nos EUA foi o Seagram Building (1953/55), situado na Park Avenue (Nova York), cuja sutileza de proporções e riqueza material influenciaram toda uma geração de arquitetos. Mies van der Rohe (1886-1969) Embora permanecendo na França entre as décadas de 1930 e 1960, LE CORBUSIER (1887-1965) empenhouse na divulgação do pensamento moderno por todo o mundo, realizando obras em vários países, inclusive latino-americanos e no Brasil. Palácio Capanema Ed. MES (1936/45, Rio de Janeiro) Villa Le Sextante (1935, Le Palmyre – Les Mathes) Na década de 1930, com as críticas organicistas, Le Corbusier procurou explorar novos sistemas de construção e padrões funcionais, além do uso de brise-soleil e materiais rústicos, como nas Villa De Mandrot (1930/31, Le Pradet) e Villa Aux Mathes (1935, Le Palmyre), ambas na França Villa De Mandrot (1930/31, Le Pradet, França) Le Corbusier (1887-1965) Unité d’Habitation (1947/52, Marseille, França) Nos anos 1940 e 1950, sua arquitetura caminhou cada vez mais para o emprego de formas pesadas e maciças, através da adoção da estética agressiva do concreto aparente (beton brut), preconizando a corrente brutalista. Duval Factory (1946/51, st.Dié-des-Vosges, França) Le Corbusier (1887-1965) Apoiado pelo governo e visando superar as distâncias urbanas, associando serviços à habitação coletiva, Le Corbusier projetou uma série de Unités d’Habitacion entre 1946 e 1965, promovendo um rico debate arquitetônico. Unité d’Habitation (1946/52, Marseille, França) Berlim (1957/60) UNITÉS D’HABITACION (1946/65) Nantes (1953/55) Marseille (1946/52 Briey-La-Fôret (1959/63) Firminy-Vert (1965/67) Chapelle de Nôtre-Dame du Haut (1950/54, Ronchamp, França) Seus principais projetos franceses desta fase foram: a Chapelle de Nôtre-Dame du Haut (1950/54, Ronchamp), o Conjunto Residencial Jaoul (1952/55, Neuilly) e o Monastério de La Tourette (1956/59, Lyon), entre outros. Le Corbusier (1887-1965) Casas Jaoul (1952/55, Neuilly-sur-Seine, França) Ainte Marie de La Tourette (1956/59, L’Abresle, Fr.) Igualmente válida foi a experiência urbanística do plano e arquitetura de Chandigarh, a nova capital do Punjab, Estado ao norte da Índia (1950/65). Le Corbusier (1887-1965) Chandigarh (1950/65, Punjab, Índia) Secretariado Palácio da Assembléia Suprema Corte Sturenkatu Hall of Culture (1952/56, Helsinki, Finlândia) No pós-45, o mestre finlandês ALVAR AALTO (1898-1976) concentrou-se na exploração plástica do concreto armado e principalmente da superfície exposta de tijolos, antecipando também a concepção brutalista. Säynäysalo Town Hall (1949/52, Finlândia) Nos Dormitórios Baker do Massachusetts Institute of Technology – MIT (1947/48, Cambridge MA), Aalto acentuou a exposição da estrutura, além de utilizar métodos construtivos semi-artesanais e materiais ásperos. Baker MIT Student Housing (1947/49, Cambridge MA) Alvar Aalto (1898-1976) Vuoksenniska Church (1956/58, Imatra Finlândia) Essen Opera House (1961/76, Alemanha) National Pensions Building (1948/53, Helsinki, Finlândia) Price Tower (1953/56, Bartlesville OK) Até sua morte, FRANK LLOYD WRIGHT (18691959) manteve a postura organicista e caminhou cada vez mais para o fantástico. Seu trabalho tardio experimentou combinações espaciais e de continuidade volumétrica, inclusive resgatando simbolismos e até ornamentalismos. Unitarian Meeting House (1947/48, Madison WI) Solomon R. Guggenheim Museum (1946/59, N. York EUA) Frank Lloyd Wright (1869-1959) Desta fase, sua obra-prima foi o Solomon R. Guggenheim Museum, na 5th Avenue, em Nova York (1946/59, EUA), que revolucionou a circulação de espaços museológicos (rampa helicoidal). Marin County Civic Center (1957/66, San Rafael CA) Beth Sholom Congretion Synagogue (1954/59, Elkine Park PA) Frank L. Wright (1869-1959) R. Neutra & R. Alexander Henry E. Singleton House (1959/60, Los Angeles CA) Por fim, a intensidade profissional de RICHARD NEUTRA (1892-1970) reforçou-se na sociedade, entre 1948 e 1965, com o arquiteto Robert E. Alexander (1907-77). Nesse período, projetou vários grandes edifícios, embora de menor qualidade que as abertas e elegantes casas antes realizadas por encomenda. Pescher Haus (1965/69, Wuppertal, Alemanha) Pós-Modernismo A partir da reinterpretação do trabalho dos mestres modernos e de sua aplicação em novos contextos, várias tendências pluralistas afirmaram-se nesse período de transição, o qual perdurou até a década de 1970, quando se proclamou o PÓS-MODERNISMO. Le Corbusier (1887-1965) Philips Pavilion (1958, Bruxelas, Bélgica) First Christian Church (1950/77, Phoenix AZ) Frank L. Wright (1869-1959) Fifties American way-of-life Na década de 1950 (Fifties) iniciava-se o IMPERIALISMO norteamericano e várias transformações socioeconômicas se refletiram na arquitetura, como a difusão dos meios de comunicação de massa, o desenvolvimento dos meios eletrônicos e a surpreendente evolução tecnológica. Foi nas universidades americanas que a TEORIA FUNCIONALISTA teve suas posições rígidas superadas, nos anos 1960 e 1970, quando se passou a analisar novas técnicas e modos de produção, assim como configurações espaciais e significados simbólicos das atividades de arquitetura e construção. Yale University (New Haven CT) Princeton University (New Jersey) Columbia University (New York) University of California (Berkeley e Los Angeles) Peter Blake (1920-2006), em seu livro Form follows fiasco (1977), por exemplo, desvendaria o que teriam sido os 07 (sete) “mitos” da arquitetura moderna: 1. MITO DA FUNÇÃO (defesa das reciclagens) 2. MITO DA FLEXIBILIDADE (críticas à planta livre) 3. MITO DA PUREZA (denúncia da vulnerabilidade) 4. MITO DA TECNOLOGIA (críticas à não-contextualidade) 5. MITO DO DESIGN (ênfase na produção industrial) 6. MITO DO URBANISMO (perda de qualidade urbana) 7. MITO DA EFICIÊNCIA (desperdício energético) Peter Blake (1920-2006) Le Corbusier (1886-1965) Une Ville Contemporaine (1922) Modern Movement reality LOUIS HELLMAN (The legacy of founding modernist Le Corbusier) Leitura Complementar APOSTILA – Capítulo 12. BENEVOLO, L. História da arquitetura moderna. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998. DREXLER, A. Transformaciones en la arquitectura moderna. Barcelona: Gustavo Gili, 1980. MASSA, J. Pluralismo na arquitetura contemporânea. In: REVISTA PROJETO DESIGN. São Paulo: Projeto, n. 70, dez. 1984. PORTOGHESI, P. Depois da arquitetura moderna. Lisboa: Edições 70, 1985.
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