perfil setorial e tendências dos mercados de hortícolas e frutas no rs

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perfil setorial e tendências dos mercados de hortícolas e frutas no rs
PERFIL SETORIAL E TENDÊNCIAS DOS
MERCADOS DE HORTÍCOLAS E FRUTAS
NO RS, NO BRASIL E NO MUNDO
Carlos Cogo
Maio/2015
CLIMA
Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar sobre
o Pacífico Equatorial
El Niño
2002/2003, 2004/2005*, 2006/2007, 2009/2010, 2014/2015* e 2015/2016
La Niña
2000/2001, 2005/2006 (fraco), 2007/2008, 2008/2009 (fraco), 2010/2011 e 2011/2012 (fraco)
Neutro
2001/2002, 2003/2004 e 2013/2014
2015 -> “EL NIÑO”
CLIMA: PROJEÇÕES PARA 2015/2016
O “El Niño” está em curso na região tropical do oceano
Pacífico e pode ter consequências severas até o fim de 2015.
O “El Niño” é caracterizado pelo aquecimento das águas do
Pacífico e maior ocorrência de chuvas no País no inverno.
O fenômeno é causado por variações nas temperaturas do
oceano e pode gerar secas e inundações em diversos países,
inclusive no Brasil.
Pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram em abril que
ele havia começado, mas ainda estava “fraco”.
Um “El Niño fraco”, chamado de Modoki, traz efeitos
distintos do fenômeno convencional (canônico), pois não
impede a ocorrência de secas.
Mas é possível que venha a provocar efeitos substanciais,
com episódios climáticos intensos a partir de setembro,
segundo o Bureau de Meteorologia da Austrália.
CLIMA: PROJEÇÕES PARA 2015/2016
Enquanto o “El Niño” tradicional (Canônico) está ligado às
águas relativamente quentes no leste do Pacífico, perto da
costa peruana, o Modoki aparece na região central do oceano.
O “El Niño” Modoki é muito mais raro do que a forma normal
do evento em número de ocorrências, com apenas 7, contra
32 casos tradicionais nos últimos 150 anos.
Mas há outro ciclo de variabilidade climática do Pacífico que
está se iniciando em sua fase negativa, que é a Oscilação
Decadal do Pacífico (ODP), que dura entre 25 e 30 anos.
O ciclo da ODP nas fases negativas gera uma tendência que
ocorra um maior número de episódios de “La Niña” que
tendem a ser mais intensos.
Simultaneamente, ocorre uma frequência menor de eventos
do “El Niño” e que tendem a ser mais curtos e menos intensos
(Modoki).
OSCILAÇÃO DECADAL DO PACÍFICO - ODP
PRÓXIMOS ANOS DEVEM TER CONDIÇÕES
CLIMÁTICAS SEMELHANTES ÀS OBSERVADAS
ENTRE 1945 E 1975: PERÍODO COM REDUÇÃO DO
VOLUME DE CHUVAS
FASE
QUENTE
NA FASE FRIA DA ODP, OS
EL NIÑOS SÃO INIBIDOS A
EXEMPLO DO OBSERVADO
EM 2012 E AGORA EM 2014
FASE FRIA
FASE FRIA
CLIMA: PROJEÇÕES PARA 2015/2016
Segundo o Bureau de Meteorologia da Austrália, este
previsto para 2015 não é um “El Niño fraco”.
Segundo o centro australiano, sempre há um grau de
incerteza em previsões sobre intensidade, mas todos os
modelos sugerem que este será especialmente substancial.
Cada ocorrência do fenômeno é diferente, e, uma vez que
começa, é possível prever como se comportará num período
posterior de 6 a 9 meses, com um bom nível de precisão.
Um forte “El Niño” ocorrido há cinco anos estava ligado a
chuvas de monções fracas no sudeste da Ásia, secas no sul da
Austrália, das Filipinas e do Equador, nevascas nos Estados
Unidos, ondas de calor no Brasil e enchentes no México.
Outro “El Niño” intenso era esperado durante a temporada
de temperaturas recordes do ano passado, mas não se
concretizou.
CLIMA: PROJEÇÕES PARA 2015/2016
Os principais efeitos no Brasil são o aumento da chuva na
Região Sul e diminuição da chuva no Nordeste.
Já quando ocorre um Modoki, expressão que quer dizer
“parecido, mas diferente”, os efeitos no clima são suavizados.
O “El Niño” deve iniciar nos próximos meses, estendendo-se
até o próximo verão, no máximo até abril de 2016.
O “El Niño” pode ajudar o Brasil a não atrasar o período de
chuvas no período primavera-verão de 2015.
A expectativa é que se tenha estações úmidas, mas em um
nível normal, embora as precipitações a serem registradas
talvez não sejam no volume que os reservatórios precisam.
O fato de o “El Niño” se estabelecer não é motivo para que o
inverno seja mais chuvoso, especialmente no Sudeste.
Na região este fenômeno, normalmente, não tem influência
na chuva, mas sim na temperatura.
FAO - ÍNDICE DE PREÇOS REAIS ALIMENTOS
2002-2004 = 100
200
180
160
140
ÍNDICE FAO
CARNES
LEITE
CEREAIS
OLEAGINOSAS
CRISE FINANCEIRA
MUNDIAL
120
100
80
PREÇOS ESTÃO 38%
ACIMA DA MÉDIA EM
TERMOS REAIS
60
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
40
FLV: PERFIL DO CONSUMO NO BRASIL
OBS: Consumo nos lares das capitais brasileiras, com base em
dados da POF do IBGE. Não representa o consumo total.
HORTALIÇAS E FRUTAS: PERFIL DO CONSUMO NO BRASIL
OBS: Consumo nos lares das capitais brasileiras, com base em
dados da POF do IBGE. Não representa o consumo total.
HORTALIÇAS E FRUTAS: PERFIL DO CONSUMO NO BRASIL
OBS: Consumo nos lares das capitais brasileiras, com base em
dados da POF do IBGE. Não representa o consumo total.
HORTALIÇAS: PERFIL DO CONSUMO NO BRASIL
FRUTAS: PERFIL DO CONSUMO NO BRASIL
FLV: EVOLUÇÃO DO CONSUMO APARENTE PER CAPITA NO BRASIL
HORTALIÇAS
UN.
1990
2000
2015*
2014/1990
2015*/2000
BATATA
KG
13,5
15,2
20,2
13%
33%
TOMATE
KG
15,4
17,7
21,2
15%
20%
CEBOLA
KG
6,0
7,3
8,6
22%
18%
CENOURA
KG
2,4
4,0
4,1
67%
2%
ALHO
KG
0,9
1,0
1,2
11%
20%
FRUTAS
UN.
1990
2000
2015*
2014/1990
2015*/2000
BANANA
KG
38,3
34,0
34,9
-11%
3%
LARANJA
KG
10,5
10,9
13,1
4%
20%
MELANCIA
KG
8,4
9,6
10,7
14%
11%
MAMÃO
KG
5,1
8,5
8,9
67%
5%
MANGA
KG
3,1
3,5
6,0
13%
71%
MAÇÃ
KG
3,5
5,2
6,1
49%
17%
UVA
KG
2,9
3,4
4,2
17%
24%
MELÃO
KG
0,4
1,1
1,9
175%
73%
FONTES: IBGE, MAPA, IBRAF, SECEX E CARLOS COGO CONSULTORIA AGROECONÔMICA
* 2015 - PROJEÇÕES
SUCOS E NÉCTARES:
DISTRIBUIÇÃO DO
MERCADO GLOBAL POR
SABORES
SUCOS E NÉCTARES:
NÚMERO DE VARIANTES
POR SABORES NO
MERCADO GLOBAL
25
FRUTAS: EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE CULTIVO
NO BRASIL - CITROS E BANANA - MIL HA
1.100
1.000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
CITROS
BANANA
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
FRUTAS: EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE CULTIVO
NO BRASIL - MIL HA
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
MANGA
UVA
MAÇÃ
MAMÃO
MELÃO
FRUTAS: PRODUÇÃO TOTAL DAS PRINCIPAIS
CULTURAS NO BRASIL - MIL TONELADAS
34.000
33.000
32.000
31.000
30.000
29.000
28.000
27.000
26.000
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
25.000
FRUTAS: O PERFIL DO CONSUMO DOMÉSTICO
A oferta cada dia mais diversificada de frutas e a
preços decrescentes tornou o mercado muito mais
competitivo, com um consumo diversificado e muito
sensível a preços relativos.
Frutas com alta sazonalidade de oferta não cativam
consumidores e abrem espaços para expansão de
demanda daquelas com maior regularidade de oferta uva, mamão, abacaxi, manga, banana, maçã e melão.
A robustez do mercado interno absorve parte maior da
produção nacional não exportada, mas ainda há
excedentes, com os problemas econômicos na Europa.
A força do mercado interno elevou as importações de
frutas em 22,8% em 2012 e 0,8% em 2013.
FRUTAS: O PERFIL DO CONSUMO DOMÉSTICO
Citros: a demanda interna para suco extraído na hora perde
espaços para outros sucos, especialmente de uva e maçã.
Manga: na região do Vale do São Francisco, os produtores
investem na troca de pomares de Tommy por Palmer, Kent e
Jeitt, com preços mais altos e maior aceitação.
Mamão: o período de férias escolares diminui a demanda,
visto que é muito consumida como merenda escolar e, no
inverno, o consumo de fruta, tipicamente, é menor.
Maçã: a aceitação da fruta brasileira, devido a sua qualidade
e sabor diferenciado, tanto nos mercados internos como
externos, foi um dos principais motivos para maior consumo.
Uva: o consumo em crescimento se deve ao aumento da
produção interna, diversificação de variedades, redução da
sazonalidade, frutos sem sementes e importações suprindo os
períodos de entressafra doméstica.
89/90
90/91
91/92
92/93
93/94
94/95
95/96
96/97
97/98
98/99
99/00
00/01
01/02
02/03
03/04
04/05
05/06
06/07
07/08
08/09
09/10
10/11
11/12
12/13
13/14
14/15
LARANJA: ÁREA DE CULTIVO NO
BRASIL - MIL HECTARES
1.050
1.000
950
900
850
800
750
700
650
CITROS: PRINCIPAIS POLOS DE PRODUÇÃO
LARANJA
INDÚSTRIA
PRODUÇÃO DE
16,3 MILHÕES T
EM 2015
70% SUCO PARA
EXPORTAÇÃO
LARANJA
INDÚSTRIA
LARANJA
MESA
LARANJAS
TANGERINAS
UVA: PRINCIPAIS REGIÕES PRODUTORAS
SUL: UVAS VINÍFERAS
SUL: UVAS VINÍFERAS
Fonte: Cepea
CAMPOS DE
CIMA DA SERRA
SERRA
GAÚCHA
CAMPANHA
SERRA DO
SUDESTE
SUCOS: PERFIL DO MERCADO NO BRASIL
Atualmente, o consumo de sucos industrializados no
Brasil é de 1,2 bilhão de litros por ano, com crescimento
médio anual de 15% nos últimos três anos.
O consumo per capita no Brasil é de 5,7 litros/ano,
contra 55,5 litros/ano nos Estados Unidos.
Esse mercado passa por uma grande mudança, com o
aumento na percentagem de laranja e de uva nos sucos
industrializados, que passou de 30% para 40% em
janeiro de 2015 e vai subir para 50% em 2016.
Suco integral de laranja possui 100% da fruta e
apenas 20g de açúcar, proveniente da própria laranja.
Néctar tem de 20% a 50% de suco de laranja e 23g de
açúcar, adicionado e o próprio da fruta -> o mais
consumido no Brasil é o néctar de laranjas.
40
Teste do IDEC com 31 amostras de néctar identificou
que 10 delas não têm a quantidade mínima de polpa ou
suco de fruta exigida por lei.
SUCOS: PERFIL DO MERCADO NO BRASIL
O consumo de suco de uva integral cresce 28% ao ano
no Brasil – cresceu 570% nos últimos 10 anos.
As vendas atingiram 90,2 milhões de litros em 2014.
O suco de uva é o mais consumido no Brasil, tendo
ultrapassado o suco de laranja em 2012.
Atualmente, 80% das empresas que engarrafam vinho
produzem também o suco de uva integral.
O suco de uva já representa mais de 50% do destino
das uvas comuns no Brasil: mais da metade da produção
das variedades americanas ou híbridas processadas são
para a elaboração de suco.
Enquanto a produção de vinhos (viníferas + comuns)
do RS caiu 13% em 10 anos, a de derivados cresceu
162%.
43
VINHOS E DERIVADOS: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO POR
SEGMENTOS NO RIO GRANDE DO SUL – MILHÕES L
PÊSSEGO: POLOS DE PRODUÇÃO NO RS
49
PÊSSEGO: PERFIL DO MERCADO
O Brasil tem 25 mil hectares cultivados com pêssegos,
entre frutos de mesa e os destinados às indústrias.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de pêssegos
do país, com 49% da produção ou 109,5 mil toneladas.
No Estado, destacam-se as regiões Sul com 38,8% da
produção gaúcha e Serra com 36,6%.
Juntos, estes municípios contribuem com 35,5% da
produção total de pêssegos do Rio Grande do Sul.
A região de Pelotas é maior polo produtor da fruta no
Brasil, para fins industriais (conservas).
A região Metropolitana (Porto Alegre), especialmente
na Vila Nova, é tradicional produtora de pêssego de
mesa.
50
PÊSSEGO: PERFIL DO MERCADO
O segundo maior produtor nacional de pêssegos é o
Estado de São Paulo, com 20% do total.
Em São Paulo, a produção de pêssegos de mesa está
recuando, enquanto cresce produção para as indústrias.
Santa Catarina é o 3º colocado, com 14% da produção
brasileira, seguida pelo Paraná com participação de 7%.
O Brasil importa pêssegos de mesa principalmente da
Argentina, Espanha e Chile e também importa pêssegos
enlatados da Argentina, do Chile e da Grécia.
As frutas de caroço frescas vêm sofrendo concorrência
cada dia mais acirrada pela crescente oferta de outras
frutas, principalmente das irrigadas no Nordeste.
A oferta cada dia mais diversificada e a preços
decrescentes torna o mercado muito mais competitivo.
51
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE FRUTAS
Ano
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
Frutas
Mil US$ Toneladas
524.958
903.001
620.702
954.877
710.886
935.533
738.856
913.534
967.719 1.047.583
1.033.135 1.001.445
871.153
885.987
906.138
839.518
940.451
748.988
909.626
765.329
877.606
777.987
841.296
733.719
Variação (%)
Valor
18,2%
14,5%
3,9%
31,0%
6,8%
-15,7%
4,0%
3,8%
-3,3%
-3,5%
-7,5%
Fonte: AgroStat Brasil, a partir de dados da SECEX/MDIC
Quant.
5,7%
-2,0%
-2,4%
14,7%
-4,4%
-11,5%
-5,2%
-10,8%
2,2%
1,7%
-4,1%
Preço Médio
US$/t
581
650
760
809
924
1.032
983
1.079
1.256
1.189
1.128
1.147
Var. (%)
11,8%
16,9%
6,4%
14,2%
11,7%
-4,7%
9,8%
16,3%
-5,3%
-5,1%
1,6%
FRUTAS: PERFIL DAS IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS
HORTALIÇAS: EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE
CULTIVO NO BRASIL - MIL HA
200
180
BATATA
TOMATE
CEBOLA
160
140
120
100
80
60
40
20
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
0
HORTALIÇAS: PRODUÇÃO DAS PRINCIPAIS
CULTURAS NO BRASIL - MIL T
4.500
4.000
BATATA
TOMATE
CEBOLA
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
0
BATATA: PROJEÇÕES PARA 2015
A produção foi de 3,7 milhões de toneladas em 2014, com
alta de 4,8% em relação ao ano anterior.
A 1ª safra continua a ser a mais importante com 44,6% da
produção total; seguida da 2ª safra com 30,1%; e da 3ª safra
com 25,3%.
Na 1ª safra, os principais estados produtores são o PR
(29,7%), MG (29,3%) e RS (17,7%).
Na 2ª safra, os principais estados produtores são MG, com
36,1% da produção total; PR (30,4%); e SP (16,2%).
A 3ª safra foi a principal responsável pelo acréscimo da
produção total, pois produção passou de 760 mil toneladas
em 2013 para 947 mil toneladas em 2014, alta de 24,6%.
Para 2015, a projeção é de um recuo de 4% na área total
das 3 safras, com queda de 6% da produção brasileira.
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
BATATA: ÁREA DE CULTIVO NO
BRASIL EM MIL HA
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0,0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
BATATA: PRODUÇÃO NO BRASIL
MILHÕES DE TONELADAS
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
BATATA: PROJEÇÕES PARA 2015
As importações de batata in natura foram inexpressivas em
2014 (1,5 mil t), mas as de batatas industrializadas
cresceram 5,4%, para 302,4 mil t – US$ 368,8 milhões.
Pelo 2º ano consecutivo, o Brasil registrou volumes
recordes de importação de batata pré-frita congelada em
2014, com incremento de 8,8% sobre o ano anterior.
O principal motivo do aumento das compras externas é a
crescente demanda pelo produto, em função da praticidade e
da boa qualidade.
A tendência de aumento do consumo da batata
industrializada e redução da in natura deve seguir no Brasil.
Em 2014, o volume total de batata-semente importada
cresceu 3,8% sobre o ano anterior e foi o maior desde 1989.
Parte dessa importação se deve à renovação do vigor
genético das sementes e parte à produção para a indústria.
BATATA: PREÇOS RECEBIDOS PELOS
PRODUTORES - SUDESTE - R$/SC 50 KG
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
0
TOMATE: PROJEÇÕES PARA 2015
A produção de 4,3 milhões de toneladas em 2014 se
aproximou do recorde de 2011, de 4,4 milhões de toneladas.
Em 2014, as importações de atomatados tiveram queda de
35,3% e volume frente ao ano anterior – devido à alta do
dólar e ao aumento dos preços no mercado internacional.
Em 2015, as importações de atomatados devem seguir em
patamares próximos ou inferiores aos observados em 2014,
em função da projeção de novas altas do dólar.
A área de tomate industrial recuou apenas 1% em 2014,
com queda, principalmente, em GO e SP.
Há também uma migração de áreas de plantio para MG.
Para 2015, a projeção é de um recuo de 18% na área total
no Brasil (mesa + indústria), com retração prevista de 21%
na produção brasileira.
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
TOMATE: ÁREA TOTAL NO BRASIL (MESA
+ INDÚSTRIA) - MIL HECTARES
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
TOMATE: PRODUÇÃO TOTAL NO BRASIL
EM MILHÕES DE TONELADAS
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
TOMATE DE MESA: PREÇOS AOS
PRODUTORES SP - R$/CAIXA 23 Kg
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
CEBOLA: PROJEÇÕES PARA 2015
A produção de cebola atingiu 1,649 milhão de toneladas em
2014, 6,4% acima do ano anterior, como resultado de
expansão de 4,8% na área e de 1,7% na produtividade média.
Após o recorde de produção de 2010, com 1,753 milhão de
toneladas, 2014 foi o primeiro ano em que houve acréscimo
da área plantada.
Porém, os 57.921 hectares plantados em 2014 ficam aquém
dos 70.464 hectares de 2010.
A redução de área plantada ocorreu devido aos baixos
preços praticados no mercado – a alta produção de 2010, a
entrada de cebola argentina e mais recentemente de cebola
europeia, com preços em baixa nestes últimos quatro anos,
por muitas vezes não cobrindo o custo de produção.
Os 3 principais produtores de cebola do país são: SC com
30,9% da produção; SP com 10,8%; e MG com 10,4%.
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
CEBOLA: ÁREA DE CULTIVO NO BRASIL
EM MIL HECTARES
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
CEBOLA: PRODUÇÃO BRASILEIRA
MIL TONELADAS
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
CEBOLA: PROJEÇÕES PARA 2015
As importações de cebolas recuaram 44% em 2014, para
150,6 mil t, contra 266,8 mil t em 2013, em função da alta do
dólar e essa tendência deve permanecer em 2015.
A entrada de cebolas da Argentina no mercado brasileiro foi
menor em 2014.
Isso ocorreu mesmo com elevada oferta no país vizinho e o
peso menos valorizado frente ao Real nesse ano.
Os preços devem ficar sustentados em 2015, sem expansão
de área e com menor atratividade das exportações.
A área total de cultivo no Brasil em 2015 deve voltar a
recuar em 5%, com a produção estimada em 1,531 milhão de
toneladas, 7% abaixo de 2014.
A baixa oferta de cebola no Sul do Brasil elevou as
importações do produto em abril, principalmente oriundas da
Argentina – com preço elevado e baixa qualidade em 2015.
CEBOLA: PROJEÇÕES PARA 2015
O alto preço da cebola argentina está atrelado à baixa oferta
naquele país e a menor disponibilidade, por sua vez, se deve
ao fato de a Argentina ainda estar em início de safra e com
foco no próprio mercado.
Além disso, o clima desfavorável atrasou o plantio de cebola
na Argentina, reduzindo a oferta neste início de temporada.
A variedade produzida neste começo de safra é a precoce,
com qualidade inferior à sintética 14 – variedade tardia
comumente importada pelo Brasil.
Diante da baixa oferta de cebola no mercado brasileiro,
houve também a importação de bulbo europeu, que chegou a
preço competitivo e com qualidade superior à da Argentina.
Mesmo com a menor produção na Argentina, as importações
brasileiras de cebola devem crescer em 2015, por conta da
escassa oferta nacional.
CEBOLA: HISTÓRICO DE IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS
VOLUMES, DESPESAS E PREÇOS MÉDIOS ANUAIS
ANO
VALORES
US$
VOLUMES
KG
PREÇO MÉDIO
US$/KG
2014
2013
2012
2011
40.427.892
108.346.547
60.068.927
67.181.121
150.591.711
266.873.506
179.513.777
195.171.474
0,27
0,41
0,33
0,34
2010
2009
2008
2007
2006
107.358.854
43.302.629
73.109.407
34.538.296
31.189.751
238.438.795
178.175.651
200.658.046
157.153.392
198.782.883
0,45
0,24
0,36
0,22
0,16
2005
22.750.117
169.517.659
2004
26.563.324
192.648.693
2003
20.871.711
172.678.658
2002
11.656.784
111.522.776
2001
16.018.702
105.239.247
Elaboração: Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica
Fonte dos dados: Secex
0,13
0,14
0,12
0,10
0,15
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
CEBOLA: IMPORTAÇÕES
BRASILEIRAS EM MIL TONELADAS
400
350
300
250
200
150
100
50
CEBOLA: PREÇOS PAGOS AOS
PRODUTORES SU/SE - R$/KG
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
2,80
2,60
2,40
2,20
2,00
1,80
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
DESAFIOS PARA O HORTIFRUTICULTOR
DESAFIOS PARA O HORTIFRUTICULTOR
GESTÃO DA PROPRIEDADE, PRINCIPALMENTE FAMILIAR
SUCESSÃO -> RECEPTIVIDADE ÀS NOVAS IDEIAS
CONTROLE RIGOROSO DOS CUSTOS POR ATIVIDADE
BUSCA PERMANENTE POR MAIOR PRODUTIVIDADE
ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE EFICÁCIA COMPROVADA
ASSOCIATIVISMO E COOPERATIVISMO
INOVAÇÃO E ADAPTAÇÃO AOS NOVOS MERCADOS
PESO DA MÃO DE OBRA
USO DE DEFENSIVOS
EVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS
EVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS
EVOLUÇÃO DAS EMBALAGENS
MUITO
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