Fase II Cenários de Desenvolvimento da Bacia do Rio Pungoé
Transcrição
Fase II Cenários de Desenvolvimento da Bacia do Rio Pungoé
Governo da República de Moçambique Governo da República do Zimbabwe Em cooperação com: Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi) DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA CONJUNTA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO PUNGOÉ Fase II Cenários de Desenvolvimento da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas Fevereiro 2002-Abril 2005 em associação com ICWS UCM-Beira Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Cliente: Governo da República de Moçambique Governo da República do Zimbabwe Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi) Projecto: DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA CONJUNTA DE GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO PUNGOÉ Título: Fase II Cenários de Desenvolvimento da Bacia do Rio Pungoé Sub-título: Volume II Relatório das Actividades da Componente de Participação das Partes Interessadas – Fevereiro de 2002 a Abril de 2005 Estatuto do relatório: Versão Final Projecto SWECO No: 1150447 Data: Dezembro de 2005 Equipa do Projecto: SWECO International AB, Suécia (líder) ARCADIS Euroconsult, Holanda OPTO, Suécia SMHI, Suécia Nordic Consulting Group, Suécia CONSULTEC Lda, Moçambique IMPACTO Lda, Moçambique Universidade Católica de Moçambique Interconsult Zimbabwe Ltd, Zimbabwe Aprovado por: Lennart Lundberg, Director do Projecto SWECO International Página ii Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 PREFÁCIO Os Consultores, representados pela SWECO, têm o prazer de apresentar este relatório. O Projecto Pungoé A Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungué (EGIRH), o Projecto Pungué para abreviar, representa um esforço de co-operação entre os Governos do Zimbabwe e de Moçambique para o desenvolvimento, gestão e conservação conjunta dos recursos hídricos da bacia do Rio Pungué. O Rio Pungué é um curso de água partilhado entre ambos os países. O Projecto Pungué é financiado pela Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (Asdi/Sida), através de um acordo com o Zimbabwe e Moçambique. O projecto está a ser implementado sob os auspícios do Departamento de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (DDRH), no Ministério de Recursos Rurais, Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e Irrigação (DRH&I), Zimbabwe, e da Direcção Nacional de Águas (DNA), no Ministério de Obras Públicas e Habitação, Moçambique, em nome dos dois governos. As agências de implementação são: Autoridades Nacionais de Águas do Zimbabwe (ZINWA) através do Gabinete do Gestor da Bacia do Save e a Administração Regional de Águas do Centro (ARA-Centro), respectivamente. O projecto Pungué teve início em Fevereiro de 2002. Página iii Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 ÍNDICE Volume II Relatório das Actividades da Componente de Participação das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 1 SUMÁRIO EXECUTIVO 1-1 2 2.1 2.2 2.3 PARTICIPAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS NO PROJECTO PUNGOÉ Antecedentes Consultas às Partes Interessadas e Instituições das Partes Interessadas Estratégia do Projecto para a Componente de Participação das Partes Interessadas 2-1 2-1 2-1 3 3.1 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.3 3.3.1 3.3.2 3.4 3.4.1 3.4.2 3.5 4 INVENTÁRIO E MOBILIZAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS NA BACIA DO PUNGOÉ EM MOÇAMBIQUE Início da Componente de Participação das Partes Interessadas A Fase de Inventário Área Geográfica Metodologia de Inventário Trabalho de campo Estratégia de Comunicação na Fase de Inventário A Fase de Mobilização Metodologia de Mobilização e Trabalho de campo Estratégia de Comunicação na Fase de Mobilização Estabelecimento da Comité da Bacia do Pungoé em Moçambique Abordagem Metodológica A Reunião de Constituição Desenvolvimento da Capacidade da Comité da Bacia do Pungoé 2-3 3-1 3-2 3-3 3-3 3-5 3-6 3-9 3-10 3-10 3-13 3-14 3-14 3-16 3-20 4.1 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.2.4 CONSULTA DAS PARTES INTERESSADAS NA FASE DE DESENVOLVIMENTO DE CENÁRIOS DO PROJECTO PUNGOÉ Considerações Metodológicas Resumo dos Resultados das Rondas de Consulta Reunião de Consulta do CSBP 1 – 25 Outubro de 2004 Reunião de Consulta da CBP 1 – 27 Outubro de 2004 Reunião de Constituição da CBP 2 – 18 Abril de 2005 Reunião de Constituição do CSBP 2 – 20 Abril de 2005 4-1 4-1 4-2 4-2 4-4 4-6 4-7 5 5.1 5.2 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Conclusões Recomendações 5-1 5-1 5-1 Página iv Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Volume II Anexos Anexo 1 Relatório da Semana Inicial da Componente das Partes Interessadas em Moçambique, Março de 2003 Anexo 2 Relatórios do Trabalho de Campo do Inventário das Partes Interessadas em Moçambique (em Português), Março a Agosto de 2003 Anexo 3 Boletim de Notícias do Pungoé (em Português) Anexo 4 Relatórios dos Seminários de Mobilização em Moçambique (em Português), Setembro de 2003, Abril de 2004 Anexo 5 Relatório da Reunião de Constituição da Comité da Bacia do Pungoé (em Português), Julho de 2004 Anexo 6 Relatórios das Reuniões de Consulta das Partes Interessadas com o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé (25 de Outubro de 2004 e 20 de Abril de 2005) e a Comité da Bacia do Pungoé (27 de Outubro de 2004 e 18 de Abril de 2005) Página v Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 1 SUMÁRIO EXECUTIVO O conceito de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos é um dos princípios fundamentais do Projecto Pungoé. Um dos princípios de políticas essenciais na GIRH é a participação das partes interessadas na gestão dos recursos hídricos. No Projecto Pungoé este princípio é operacionalizado através da inclusão dos consumidores e de outras partes interessadas na recolha de dados, discussões sobre os cenários de desenvolvimento e estratégia, bem como em apresentações formais e consultas realizadas pelo Consultor. A participação das partes interessadas no Zimbabwe e em Moçambique é desenvolvida com bases de políticas completamente diferentes. No Zimbabwe, os consumidores e outras partes interessadas estão organizados no Conselho da (Sub-)Bacia, um orgão legal previsto na Lei de Águas com poderes para a tomada de decisões sobre as licenças de água. Na parte Zimbabweana da bacia do Pungoé, o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé está completamente operacional, tem o seu próprio escritório em Hauna e dois funcionários remunerados, uma secretária e um responsável de formação a tempo inteiro. Em Moçambique, a Lei de Águas não prevê que as partes interessadas tenham um grande papel na tomada de decisões. O enquadramento institucional para a gestão dos recursos hídricos em Moçambique prevê a criação de Comissões da Bacia, orgãos com um papel de consulta relativamente às instituições de gestão dos recursos hídricos descentralizadas, as ARAs. Na parte Moçambicana da Bacia do Pungoé, a ARA-Centro, sendo uma instituição relativamente recente, não estabeleceu ainda a Comité da Bacia do Pungoé. Ao mesmo tempo, os Estatutos da ARA-Centro prevêem a inclusão de partes interessadas no Conselho de Gestão da ARA-Centro. Desta forma, as partes interessadas poderão influenciar as políticas da ARA-Centro ao mais alto nível. Com vista a estabelecer o modelo de participação das partes interessadas em todos os aspectos mencionados acima do Projecto Pungoé, delineou-se uma estratégia para criar um campo mais equilibrado para a participação das partes interessadas. Esta estratégia concentrou-se em prestar assistência à ARA-Centro para a criação da Comité da Bacia do Pungoé durante a Fase da Monografia do Projecto Pungoé. Desta forma, a CBP estaria estabelecida aquando do início da Fase de Desenvolvimento de Cenários, e as consultas com as partes interessadas poderiam ser realizadas nesta plataforma institucionalizada e não de forma ad-hoc. O Capítulo 2 deste relatório desenvolve as questões acima. O trabalho da Componente de Participação das Partes Interessadas do Projecto Pungoé em Moçambique teve início em Março de 2003 e consistiu de duas fases distintas, a Fase de Inventário e a Fase de Mobilização. De Março a Agosto de 2003 realizou-se um inventário estruturado e intensivo das partes interessadas, incluíndo consumidores, organizações governamentais e a sociedade civil ou organizações não governamentais a nível da bacia. Criou-se uma base da dados com todos os dados resultantes. Registaram-se, na base de dados das partes interessadas da ARA-Centro, um total de 90 partes interessadas. Identificaram-se outras 44 mas não puderam ainda ser visitadas e registadas. Página 1-1 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 A Fase de Mobilização, de Setembro de 2003 a Abril de 2004, consistiu de cinco seminários regionais das partes interessadas para mobilizar as partes interessadas para a criação da Comité da Bacia do Pungoé. Nestes seminários participou um total de 111 partes interessadas, sendo 39% consumidores, 51% instituições governamentais e 15% representantes da sociedade civil. Este processo de mobilização foi concluído a 8 de Julho de 2004 com a Reunião de Constituição da Comité da Bacia do Pungoé, realizada em Chimoio. A CBP tem 19 membros, dois em representação dos grandes consumidores de água, 3 em representação dos médios consumidores de água e quintas comerciais, 1 em representação do sector da indústria e das minas, 4 em representação dos pequenos consumidores, 2 em representação dos governos provinciais, 2 em representação dos governos distritais, 1 em representação das áreas de conservação, 3 em representação da sociedade civil e 1 em representação da ARA-Centro. O Capítulo 3 deste relatório desenvolve as questões acima. Apresenta também recomendações para a capacitação adicional da Comité da Bacia do Pungoé. O Capítulo 4 apresenta os resultados da consulta das partes interessadas no Zimbabwe e em Moçambique na Fase II (Cenários de Desenvolvimento), bem como algumas considerações sobre a consulta das partes interessadas na fase 3 (Estratégia de Gestão) do Projecto Pungoé. O Capítulo 5 apresenta as conclusões e recomendações. Para obter informações adicionais sobre a Componente de Participação das Partes Interessadas do Projecto ver www.pungweriver.net. Página 1-2 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 2 PARTICIPAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS NO PROJECTO PUNGOÉ 2.1 Antecedentes A noção de que as partes interessadas devem ter uma palavra na gestão dos recursos hídricos dos quais dependem é uma das pedras basilares do conceito de gestão integrada dos recursos hídricos. O conceito de gestão integrada dos recursos hídricos e, consequentemente, da participação das partes interessadas, foi incluído nas políticas nacionais de águas e leis da água de vários países. Foi também incluído nas do Zimbabwe e de Moçambique. Por conseguinte, a participacão das partes interessadas é uma componente principal do projecto Pungoé. Em geral, o projecto tem como objectivo apoiar o Zimbabwe e Moçambique a desenvolver uma estratégia conjunta para a gestão dos recursos hídricos da bacia do Pungoé. Com base no conceito mencionado de gestão integrada dos recursos hídricos, é difícil imaginar como tal estratégia de gestão pode ser desenvolvida sem o envolvimento constante das partes interessadas na bacia. De facto, o projecto tem a participação das partes interessadas como um dos componentes principais em todas as fases do projecto. 2.2 Consultas às Partes Interessadas e Instituições das Partes Interessadas O Projecto Pungoé consiste de três fases. Na Fase da Monografia, deu-se ênfase à recolha de dados de base e à documentação de todas estas informações na Monografia do Pungoé. Na Fase de Desenvolvimento de Cenários e na Fase de Desenvolvimento de Estratégias, são elaborados vários cenários para o desenvolvimento e gestão dos recursos hídricos do Pungoé e, eventualmente, é seleccionada uma estratégia conjunta de desenvolvimento. A participação das partes interessadas é vital nestas duas fases. As consultas com os representantes das partes interessadas devem ser realizadas regularmente como contribuição para o trabalho dos Consultores e para obter realimentação sobre algumas questões. No Zimbabwe as partes interessadas estão organizadas nos Conselhos da Bacia e Conselhos da Sub-Bacia. Os Conselhos da Bacia têm o poder legal de decisão sobre a atribuição das licenças de uso da água. O Gabinete da Bacia da ZINWA assiste-os no seu trabalho. No caso do Pungoé, o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé faz parte do Conselho da Bacia do Save. O Gabinete da Bacia do Save da ZINWA em Mutare funciona como o secretariado técnico do Conselho da Bacia do Save. O Conselho da Bacia do Save, o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé e o Gabinete do Save-ZINWA em Mutare estão totalmente operacionais e à altura da sua missão. Em conjunto, formam o sistema de gestão dos recursos hídricos das (sub)bacias sob a sua jurisdição. As consultas com as partes interessadas na parte Zimbabweana das bacias do Pungoé podem assim ser realizadas através das estruturas existentes do Conselho da Sub-Bacia do Pungoé e respectivos orgãos de gestão. Assim sendo, a participação das partes interessadas está bem desenvolvida e totalmente institucionalizada no Zimbabwe. Página 2-1 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Em Moçambique, a Lei de Águas de 1991 preve um papel muito mais limitado para as partes interessadas na gestão dos recursos hídricos. O formato institucional principal no qual se pode realizar a participação das partes interessadas é através das Comissões da Bacia. Estas Comissões da Bacia têm apenas um papel de consulta. No sistema de gestão de recursos hídricos em Moçambique, o ênfase está mais no papel de tomada de decisões de gestão institucionalizada, sob a forma das administraçoes regionais dos recursos hídricos ou ARAs. Por lei, as partes interessadas têm também um papel limitado no quadro de gestão das ARAs. Este papel formalmente limitado das partes interessadas, aliado ao facto da ARACentro ser uma organização criada recentemente (o seu núcleo foi criado em 1997 e os Estatutos aprovados em Agosto de 2004) que tem de desenvolver os seus instrumentos de gestão da bacia quase do zero, deu origem a um forte desiquilíbrio na participação das partes interessadas nos dois países ribeirinhos do Pungoé. Enquanto no Zimbabwe as partes interessadas estão bem organizadas e o seu papel legal é forte, em Moçambique, tanto a base formal para a participação das partes interessadas como as actuais redes das partes interessadas e respectiva interacção com a ARA-Centro são fracas. Caixa 1 – Partes interessadas vs. Consumidores Todos os consumidores são partes interessadas, mas nem todas as partes interessadas são consumidores! No âmbito do inventário das partes interessadas na parte Moçambicana da bacia do Pungoé, fezse uma distinção em três categorias: 1. Consumidores, definidos como os que necessitam de uma licença de uso da água de acordo com a Lei de Águas 2. Instituições Governamentais que, de acordo com a sua função de serviço público têm um interesse na gestão dos recursos hídricos 3. Sociedade Civil e as respectivas organizações não governamentais Esta distinção não é baseada em princípios, e foi feita para reconhecer que o termo partes interessadas inclui mais do que apenas consumidores. A distinção é também uma ferramenta útil para salientar a variedade pretendida na representação na Comissão da Bacia. Verificam-se sobreposições entre as três categorias. Com base no mencionado acima concluíu-se, na Fase Inicial do Projecto Pungoé, que as estruturas das partes interessadas no Zimbabwe seriam a base sobre a qual se poderiam realizar as consultas das partes interessadas nas Fases de Desenvolvimento de Cenários e Desenvolvimento de Estratégias do projecto. No entanto, em Moçambique não foram encontradas tais estruturas. Como resultado, não estava claro como se poderiam realizar as consultas das partes interessadas em Moçambique. Página 2-2 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 2.3 Estratégia do Projecto para a Componente de Participação das Partes Interessadas O projecto Pungoé foi desenvolvido com base na abordagem de capacitação institucional. Em poucas palavras, isto significa que as actividades do projecto têm como objectivo contribuir para o desenvolvimento de uma capacidade tangível e sustentável nas instituições de gestão dos recursos hídricos e naquelas com que o projecto interage: a ZINWA Save no Zimbabwe, a ARA-Centro em Moçambique, e em menor extensão, a ZINWA e a DWD no Zimbabwe e a DNA em Moçambique. Esta abordagem é também relevante para a componente de Participação das Partes Interessadas (PPI). Com base na abordagem de capacitação, decidiu-se que o trabalho em Moçambique deveria incidir na criação e desenvolvimento sustentável da participação das partes interessadas como uma parte integrante da estrutura institucional da ARA-Centro, em vez de ser uma actividade ad-hoc que serve os objectivos de consulta do projecto Pungoé apenas. Face ao mencionado acima, a estratégia foi, por isso, de utilizar o periódo da Fase da Monografia, na qual não se planearam consultas estruturadas das partes interessadas, para desenvolver as estruturas das partes interessadas sob a forma da Comité da Bacia do Pungoé. Assim sendo, o projecto desenvolveu um programa de actividades para facilitar o objectivo da ARA-Centro de criar a Comité da Bacia do Pungoé antes do início das consultas das partes interessadas no contexto das fases 2 e 3 do projecto. Como consequência da disponibilidade verificada das estruturas das partes interessadas no Zimbabwe para as consultas nas fases 2 e 3 do projecto, não foram planeadas nenhumas actividades na Fase da Monografia para a Componente de PPI nesse país. As consultas das partes interessadas com o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé seriam agendadas aquando do início do trabalho de consulta nas fases 2 e 3. Página 2-3 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 3 INVENTÁRIO E MOBILIZAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS NA BACIA DO PUNGOÉ EM MOÇAMBIQUE As actividades e resultados da Componente de Participação das Partes Interessadas são descritas neste capítulo. A seguinte tabela fornece um resumo cronológico das actividades no periódo de Março de 2003 – Setembro de 2004. Tabela 3.1 Cronologia das Actividades da Componente de Participação das Partes Interessadas Março 2003 (3-7) Semana inicial, desenvolvimento da base de dados, folheto informativo das partes interessadas, formulários de registo, questionários e guias, configuração da página de Internet; (11-12) Trabalho Fase de Inventário de campo em Nhamatanda; (12-14) Trabalho de campo em Gondola; (18-20) Trabalho de campo no Báruè; (26-28) Trabalho de campo na Gorongosa; Abril 2003 (2) Trabalho de campo em Muanza; (23) Trabalho de campo em Manica; (24) Trabalho de campo em Macossa Maio – Junho Introdução de dados na Base de Dados das Partes 2003 Interessadas Julho 2003 (28-31) Trabalho de campo no Báruè; Agosto 2003 (1) Trabalho de campo em Manica; (5-8) Trabalho de campo na Gorongosa; (12-15) Trabalho de campo em Fase de Mobilização Gondola Setembro 2003 (22) Seminário de Mobilização em Catandica (Báruè); (24) Seminário de Mobilização na Gorongosa Dezembro 2003 Abril 2004 Seminário da Fase Principal 1 na Beira (21) Seminário de Mobilização em Nhamatanda; (22) Seminário de Mobilização em Gondola; (23) Seminário de Mobilização no Dondo; Julho 2004 (8) Reunião de Constituição da Comité da Bacia do Pungoé em Chimoio Página 3-1 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 3.1 Início da Componente de Participação das Partes Interessadas O trabalho na Componente de PPI teve início em Março de 2003, no seguimento da aprovação do Relatório Inicial pelo Cliente em finais de 2002 e o recrutamento de um membro da contraparte pela ARA-Centro em Fevereiro de 2003. Estavam a ser feitas preparações desde Dezembro de 2002. Fizeram-se preparações detalhadas durante a “semana inicial” da componente da PPI de 3 – 8 Março de 2003. Discutiram-se todas as questões metodológicas durante essa semana num cenário dinâmico semelhante a um seminário com vários grupos de trabalho a trabalhar nos aspectos diferentes das preparações, como se apresenta a seguir: • Grupo de trabalho na preparação do Folheto Informativo das Partes Interessadas • Grupo de trabalho na preparação da folha de inventário de dados e questionário • Grupo de trabalho no desenvolvimento da configuração da página de Internet do Pungoé • Grupo de trabalho na configuração da Base de Dados das Partes Interessadas No Anexo 1 encontra-se um relatório completo da semana inicial, incluíndo o Folheto Informativo das Partes Interessadas, as folhas de inventário de dados e os questionários e o esquema da página de Internet do Pungoé. Decidiu-se que o primeiro passo necessário seria realizar um inventário das partes interesssadas no terreno. A lista existente de partes interessadas engloba principalmente organizações governamentais (partes interessadas de categoria 2). O número de consumidores conhecido era muito limitado (a dois: Companhia das Águas de Mafambisse e da Beira), como era também o das partes interessadas da sociedade civil e de ONGs. O número geral de partes interessadas conhecidas era inferior a 30. O inventário das partes interessadas, para além de servir o objectivo de trabalhar para a criação da Comité da Bacia do Pungoé, coincidiu também com outro dos objectivos centrais da ARA-Centro: o aumento do número de licenças de uso de água. O processo de fazer um inventário dos consumidores precede necessariamente a emissão de licenças de uso de água, assim sendo, previa-se que o trabalho da Componente de PPI de realizar um inventário das partes interessadas tivesse um duplo impacto. Após a conclusão do Inventário das Partes Interessadas e inclusão de todas as partes interessadas registadas na base de dados, teve início a segunda fase desta preparação, nomeadamente a mobilização das partes interessadas, estabelecer contactos com e entre eles, e trabalhar com eles para os motivar a trabalhar com a ARA-Centro para o estabelecimento da Comité da Bacia do Pungoé. Na secção 3.2 descreve-se em primeiro lugar a Fase de Inventários, seguida pela Fase de Mobilização na secção 3.3. Página 3-2 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 3.2 A Fase de Inventário 3.2.1 Área Geográfica No início da fase de inventário decidiu-se implementar uma campanha de trabalho de campo abrangendo todos os oito distritos da bacia do Pungoé. Estes distritos estão todos localizados nas províncias de Sofala e Manica. Na Figura 1 apresenta-se uma orientação geográfica geral da bacia e os distritos em que se situa, bem como as estradas e cidades principais da área. A figura mostra também a área da bacia no Zimbabwe. Os oito distritos onde se realizou o inventário das partes interessadas são: • Dondo (Sofala) • Muanza (Sofala) • Nhamatanda (Sofala) • Gorongosa (Sofala) • Gondola (Manica) • Manica (Manica) • Báruè (Manica) • Macossa (Manica) Pode observar-se que Muanza e Macossa são distritos esparsamente populados, especialmente as áreas dentro dos limites da bacia do Pungoé. No entanto, o trabalho no terreno foi alargado a estas áreas. Além disso, a bacia estende-se também aos distritos de Buzi, Marínguè e Cheringoma, mas nesses distritos abrange principalmente áreas muito pequenas, com pouca ou nenhuma actividade. Estas áreas não foram incluídas no inventário das partes interessadas. Página 3-3 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Figura 3.1 Vista geral da Bacia do Pungoé No âmbito da gestão dos recursos hídricos, é mais útil uma divisão em sub-bacias indicando os afluentes principais do Pungoé do que a divisão em áreas administrativas. Contudo, uma vez que ambas as divisões são relevantes no que diz respeito às partes interessadas, a figura 3.2 apresenta os limites de ambos os sistemas de divisão. Página 3-4 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Figura 3.2 3.2.2 Divisão em Distritos Administrativos e em Sub-Bacias Metodologia de Inventário A abordagem para cada distrito foi de começar por recolher informações sobre as partes interessadas na Administração Distrital. Com base nestas informações, principalmente sobre agricultura e outras actividades de uso da água no distrito e postos administrativos, seriam realizadas visitas a estas áreas. Estas visitas seriam algumas vezes realizadas imediatamente, enquanto que no caso de grande número de partes interessadas previstas, seriam planeadas visitas de acompanhamento. É por esta razão que a Fase de Inventário consistiu de duas rondas de trabalho de campo, uma para o inventário inicial, a segunda para o seguimento das informações recolhidas. Página 3-5 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Uma vez estabelecido o contacto com as partes interessadas assim identificadas, preenchia-se um formulário tipo de informações com os dados relevantes. Compilaram-se informações sobre a ARA-Centro e o Projecto Pungoé num folheto informativo especial que seria entregue à parte interessada. Ver também o Anexo 1. Após a primeira ronda de visitas, introduziam-se todos os dados na base de dados das partes interessadas. Após a conclusão deste trabalho, iniciou-se a segunda ronda. No seguimento da segunda ronda, introduziram-se todas as informações adicionais na base de dados. 3.2.3 Trabalho de campo A primera ronda de trabalho no terreno foi implementada imediatamente a seguir à semana inicial. Teve início a 11 de Março e devido a pequenas interrupções prolongou-se até 24 de Abril. Neste periódo de aproximadamente 6 semanas abrangeram-se, conforme planeado, todos os distritos. Identificou-se um total de 82 partes interessadas. A maioria destas foi visitada, os seus dados registados e o folheto informativo da ARA-Centro e do Projecto Pungoé foi-lhes entregue. Ficaram algumas por contactar posteriormente. Os meses de Maio e de Junho de 2003 foram utilizados principalmente para introduzir os dados recolhidos na Base de Dados das Partes Interessadas no escritório da ARA-Centro na Beira. A segunda ronda de trabalho de campo foi implementada de 28 de Julho a 15 de Agosto. O trabalho incidiu nos distritos de Báruè, Gorongosa e Gondola. Na segunda ronda foram identificadas 30 partes interessadas adicionais, a maioria delas visitadas e registadas. No final das duas rondas de trabalho de campo, o número total de partes interessadas registadas na base de dados totalizava 112. É de notar que este número inclui todas as visitadas e devidamente registadas, bem como as que tinham sido identificadas mas não puderam ser ainda visitadas. Durante a Fase de Mobilização subsequente, foram identificadas 22 partes interessadas adicionais, a maioria das quais visitadas e registadas na base de dados. A tabela seguinte apresenta os resultados das duas rondas de trabalho de campo na Fase de Inventário bem como as partes interessadas adicionais registadas durante a Fase de Mobilização. Página 3-6 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Tabela 3.2 Resultados por distrito do inventário das partes interessadas (até Julho de 2004) MUANZA DONDO GORONGOSA Identificadas registadas identificadas registadas identificadas Registadas Identificadas - - 4 5 2 7 3 2 2 - 3 - 10 - 4 - 1 3 GONDOLA 2 9 3 8 4 3 16 10 MACOSSA 4 11 2 4 Grupo 1 Consumidores Grupo 2 Governo Grupo 3 ONGs Total: BARUE MANICA registadas identificadas registadas identificadas registadas Identificadas registadas Identificadas 13 5 8 8 - - 1 2 11 - 3 - 1 1 3 1 8 32 5 10 2 13 8 1 2 1 4 3 Grupo 1 Consumidores Grupo 2 Governo Grupo 3 ONGs Total: Tabela 3.3 NHAMATANDA registadas Resultados gerais do inventário das partes interessadas (até Julho de 2004) Total Partes Interessadas Grupo 1 Consumidores Grupo 2 Governo Grupo 3 ONGs Total: registadas Identificadas 31 29 37 2 22 90 13 44 Com base nas tabelas acima pode-se concluir que o número de partes interessadas que corresponde aos grupos definidos é, no conjunto, bastante limitado. No entanto, é de notar que na maioria dos distritos, o número de partes interessadas é ainda significativamente maior que os números fornecidos acima. Os números acima referem-se apenas aquelas que de alguma forma foram identificadas e que foram registadas na base de dados, aguardando registo completo. Página 3-7 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Figura 3.3 Distribuição das Partes Interessadas na Bacia do Pungoé em Moçambique Conforme se pode observar no mapa acima, as partes interessadas – especialmente os consumidores – encontram-se ao longo das estradas principais, com algumas excepções. É de notar neste contexto que a maioria das partes interessadas ao longo da estrada EN102 em Manica são habitantes relativamente recentes na região, com actividades na área de agricultura e áreas correlativas, muitos dos quais originários dos países vizinhos. No fim deste relatório, antes do anexo 1, encontram-se mapas detalhados. Nestes mapas, apresentam-se as partes interessadas por categoria e por sub-bacia. Uma equipa de pessoal da ARA-Centro e do Consultor de composição variada realizou o trabalho de campo na Fase de Inventário. O Consultor disponibilizou um formador com experiência para acompanhar as duas rondas do trabalho no terreno para apoiar e formar o pessoal da ARA-Centro dedicado a trabalhar com as partes interessadas. Em todas as equipas de trabalho no terreno, estes membros do pessoal da ARA-Centro seriam uma presença constante. Página 3-8 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Os relatórios de trabalho (em Português) que foram elaborados nas duas rondas de trabalho no terreno são apresentados no Anexo 2. No fim do Anexo 2, estão incluídas as tabelas gerais por distrito com os nomes das partes interessadas. As conclusões importantes da fase de inventário incluem: • O número de partes interessadas na bacia, especialmente os consumidores, é muito maior que o previsto. Em particular, o grupo de agricultores comerciais estabelecidos na província de Manica é considerável e está a aumentar. • Muitos dos consumidores não estavam cientes do facto de que, de acordo com a Lei de Águas, eles precisam de uma licença de uso da água. Mesmo os grandes agricultores comerciais não estavam cientes disto. • Apesar do inventário ter identificado e registado com sucesso um número considerável de partes interessadas, ainda há muito trabalho a fazer e muitas partes interessadas não foram ainda contactadas. 3.2.4 Estratégia de Comunicação na Fase de Inventário Na fase de inventário, o objectivo era de identificar as partes interessadas na bacia, recolher os seus dados relevantes e registá-los na base de dados. Ao mesmo tempo, o objectivo era também de fornecer às partes interessadas informações sobre a ARA-Centro e sobre o Projecto Pungoé. A estratégia para identificar as partes interessadas e obter as suas informações relevantes foi apresentada na secção 3.2.2. A estratégia para fornecer informações às partes interessadas na fase de inventário incidiu no uso de quatro canais de comunicação diferentes. • Interacção Pessoal. Teve-se atenção em falar longamente com as partes interessadas aquando da primeira visita e registo dos dados relevantes na folha de dados, fornecendo as informações consideradas necessárias. Deu-se especial atenção à explicação da função da ARA-Centro, do seu papel relativamente às partes interessadas e a questões de gestão dos recursos hídricos em geral e dos conflitos de uso da água em particular. Relativamente aos consumidores, mencionou-se sempre os requisitos legais para obter uma licença de uso de água emitida pela ARA-Centro. A intenção de fazer visitas de acompanhamento e assistência na obtenção de uma licença de uso da água são também, por regra, comunicadas. • O Folheto Informativo das Partes Interessadas. Este folheto, em Português, consiste de duas secções (ver anexo 1 para obter uma cópia). A primeira apresenta o projecto Pungoé e as respectivas três fases, os objectivos, os resultados previstos, as responsabilidades institucionais do projecto em Moçambique e no Zimbabwe, bem como uma descrição geral dos atributos legais da ARA-Centro. A segunda secção apresenta o conceito de consulta pública, identifica os grupos envolvidos e descreve o processo de consulta incluíndo um calendário preliminar. Este convida as partes interessadas a contactar a ARA-Centro para obter informações adicionais. Página 3-9 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Distribuíram-se cópias do Folheto Informativo das Partes Interessadas a todas as partes interessadas na primeira visita e na entrevista de registo. • Boletim de Notícias. Enquanto o Folheto Informativo das Partes Interessadas é de carácter estático com informações que permanecem em grande parte válidas por vários anos, o progresso no trabalho da ARA-Centro e do Projecto Pungoé é comunicado às partes interessadas através dos boletins de notícias. Estes boletins de notícias, em Português, apresentam informações variadas como por exemplo sobre as recentes cheias, sobre as melhorias na rede hidrométrica, o progresso do inventário das partes interessadas, anúncio de seminários, etc. O primeiro boletim de notícias foi elaborado em Julho de 2003, antes da segunda ronda de trabalho de campo para o inventário das partes interessadas. Este “Boletim 0” e o Folheto foram entregues a todas as novas partes interessadas visitadas e registadas na segunda ronda de trabalho de campo. Ao mesmo tempo, todas as partes interessadas registadas na primeira ronda foram também visitadas e receberam uma cópia do Boletim 0. Os assuntos abrangidos incluiram: as razões para o Boletim de Notícias do Pungoé,a ARA-Centro e o Projecto Pungoé, informações sobre a bacia do Pungoé, e uma secção sobre as actividades de participação das partes interessadas realizadas e planeadas, incluíndo os seminários agendados. Os três novos boletins publicados até agora encontram-se no Anexo 3. • Página de Internet do Pungoé. Com vista a poder disponibilizar as informações sobre o Inventário das Partes Interessadas e a subsequente Fase de Mobilização e, mais tarde, das Consultas das Partes Interessadas aos orgãos governamentais institucionais DNA, ZINWA, ao doador, aos outros habitantes da bacia do Pungoé e ao público em geral, criou-se a página de Internet do Pungoé em formato piloto. A página de Internet do Pungoé pretendia fazer parte da estratégia de comunicação do projecto como um todo, não apenas da componente de PPI. O trabalho da componente de PPI ocuparia parte da página, enquanto as informações técnicas e a Monografia ocupariam outras secções. A página do Pungoé permanece no seu formato piloto e pode ser visitada em: www.pungwe.sweco.se. A configuração da página do Pungoé é também descrita no Anexo 1. Actualmente, a página está ainda na sua fase de construção. 3.3 A Fase de Mobilização 3.3.1 Metodologia de Mobilização e Trabalho de campo Após a conclusão da fase de inventário, o passo seguinte definido foi de mobilizar as partes interessadas a participarem nos seminários para obterem mais informações sobre a ARACentro, e nos quais seriam ouvidos e discutidos problemas ou outras situações relativas à gestão dos recursos hídricos nas sub-bacias. Simultaneamente, comunicar-se-ia às partes interessadas a intenção de criar a Comité da Bacia do Pungoé e o seu envolvimento nesse processo seria realçado. O trabalho de campo na fase de mobilização consistiu em visitar virtualmente todas as partes interessadas identificadas na fase de inventário e convidá-las para os seminários especiais que foram organizados em cinco locais na bacia. Estes foram: Página 3-10 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 • Catandica, Distrito de Barue, Província de Manica (22 de Setembro de 2003) • Cidade da Gorongosa, Distrito da Gorongosa, Província de Sofala (24 de Setembro de 2003) • Cidade de Nhamatanda, Distrito de Nhamatanda, Província de Sofala (21 de Abril de 2004) • Cidade de Gondola, Distrito de Gondola, Província de Manica (22 de Abril de 2004) • Cidade de Dondo, Distrito de Dondo, Província de Sofala (23 de Abril de 2004) As partes interessadas de cada distrito e, por vezes, dos distritos adjacentes foram convidadas para cada um destes seminários. Figura 3.4 Seminários de mobilização das partes interessadas em 5 áreas Página 3-11 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 A participação foi muito boa e mesmo para além das expectativas, especialmente considerando que seminários das partes interessadas como estes nunca tinham sido realizados, e que a ARA-Centro é uma instituição nova que era desconhecida aos habitantes da bacia do Pungoé até ao primeiro contacto na fase de inventário. Participou um total de 111 partes interessadas de toda a bacia nos seminários, de acordo com a distribuição na seguinte tabela: Tabela 3.4 Participação nos Seminários de Mobilização das Partes Interessadas BARUE/ GORONGOSA NHAMATANDA GONDOLA MANICA DONDO/ MUANZA TOTAL Grupo 1 13 2 9 12 7 Consumidores Grupo 2 (39%) 7 5 9 16 14 Governo Grupo 3 51 (46%) 3 8 2 1 3 ONGs Total: 43 17 (15%) 23 15 20 29 24 111 As conclusões importantes dos seminários de mobilização das partes interessadas incluíram: • Existe um número considerável de pequenos e grandes conflitos entre os consumidores. Em geral, existem problemas de água consideráveis, e sente-se a necessidade de intervenções, tanto a nível da resolução de conflitos como também sob a forma de construção de infraestruturas hidráulicas. • No que diz respeito aos conflitos sobre o uso da água, estes podem ser frequentemente resolvidos pela administração local ou pelos líderes da comunidade. Em casos específicos, pode-se considerar a investigação pela ARA-Centro e possivelmente intervenções na resolução de conflitos. • Do lado das partes interessadas, existe uma expectativa considerável de que a ARACentro possa apoiar na resolução de problemas de água, incluíndo conflitos de uso da água. Consequentemente, expressou-se interesse na participação adicional nas actividades da ARA-Centro relativas ao Projecto Pungoé, e à Comité da Bacia do Pungoé. Página 3-12 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Foto: Seminário de Mobilização das Partes Interessadas em Dondo, 23 de Abril de 2004 Os relatórios dos Seminários de Participação das Partes Interessadas (em Português) estão disponíveis no Anexo 4. 3.3.2 Estratégia de Comunicação na Fase de Mobilização Na fase de mobilização, deu-se enfâse ao uso de contactos pessoais e dos boletins de notícias. O contacto pessoal com as partes interessadas foi intensivo neste periódo, através das visitas iniciais e seminários de mobilização nos distritos. Fez-se também um bom uso dos boletins de notícias. O boletim de Notícias 1 foi preparado em Abril de 2004 para a 2a ronda de seminários de mobilização. Os tópicos no Boletim de Notícias 1 incluiram: um relatório sobre as cheias de Março de 2004 no Pungoé, e uma actualização adicional das actividades das partes interessadas, tanto implementadas como planeadas. Durante a fase de mobilização, registaram-se várias partes interessadas no seguimento dos esforços de inventário das partes interessadas. Estas partes interessadas registadas recentemente receberam uma cópia do folheto informativo das partes interessadas e o anterior boletim de notícias 0. Página 3-13 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 3.4 Estabelecimento da Comité da Bacia do Pungoé em Moçambique 3.4.1 Abordagem Metodológica A intenção de estabelecer a Comité da Bacia do Pungoé apresentou algumas questões metodológicas que tinham de ser abordadas para que se pudesse prosseguir. As questões mais proeminentes que tinham de ser resolvidas eram a questão da base legal para o funcionamento da CBP e a questão da representatividade. Base Legal Estatutos da ARA-Centro Observou-se que uma vez que os Estatutos da ARA-Centro não tinham sido ainda aprovados, seria difícil estabelecer a Comité da Bacia do Pungoé. Embora de um ponto de vista legal possa parecer estranho estabelecer uma instituição subsidiária sem a instituição principal ter ainda bases legais, a questão foi também analisada noutro contexto. Em primeiro lugar, a CBP permitiria uma funcionalidade institucional necessária com urgência em relação à ARA-Centro. Desde a criação do respectivo núcleo por Decreto Ministerial em 1997, a ARA-Centro tem expandido gradualmente as suas funções como se estivesse suficientemente legalizada para realizar todas as atribuições legais da ARA. Apesar de se estar a retrair na implementação total de algumas das funções da ARA, por exemplo, na introdução do sistema de licenciamento do uso de água, tem feito bons progressos em muitas áreas. Com o estabelecimento ou quase estabelecimento do sistema de licenças de uso da água bem como da funcionalidade de planeamento da bacia, sentiuse cada vez mais a necessidade de criar um mecanismo de interacção formal com as partes interessadas na bacia, de acordo com a Lei de Águas. Em segundo lugar, ficou suficientemente claro ao longo de 2003 e 2004 que o Ministro de Obras Públicas e Habitação concordaria em prosseguir com a legalização da ARA-Centro e aprovaria os Estatutos mais cedo ou mais tarde. As duas considerações acima levaram a que o Director da ARA-Centro decidisse fazer as preparações necessárias para o estabelecimento da Comité da Bacia do Pungoé. A data para a sua Reunião de Constituição foi marcada para 8 de Julho de 2004. A reunião foi realizada, a CBP constituída. Pouco depois, a 25 de Agosto de 2004 os Estatutos da ARACentro foram aprovados pelo Ministro de Obras Públicas e Habitação, fornecendo assim a base legal para o funcionamento da ARA-Centro neste e outros aspectos. Regulamentos Internos da Comité da Bacia do Pungoé Com o objectivo de estabelecer a CBP, surgiu também a questão de como a CBP funcionaria na prática. Neste aspecto, fez-se bom uso das experiências da ARA-Sul. Na ARA-Sul, fizeram-se várias tentativas para estabelecer Comissões da Bacia. Os Regulamentos Internos para as Comissões da Bacia foram elaborados e ganhou-se experiência com o seu uso. Assim sendo, estes Regulamentos Internos utilizados pela ARASul foram utilizados como base para elaborar os Regulamentos Internos para a CBP. Página 3-14 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 A versão preliminar dos Regulamentos Internos da CBP preparados pela ARA-Centro sofreram alterações significativas em relação à versão da ARA-Sul. Em particular, o Director da ARA-Centro decidiu que o custo de operação da CBP seria suportado pela ARA-Centro. Este pressuposto de custo é um sinal claro da elevada importância que a ARA-Centro atribui à participação das partes interessadas, não apenas no Projecto Pungoé, mas também, a longo prazo, na sua operação. Relativamente à constituição da CBP, levantou-se a questão sobre a sua dimensão. Esta questão foi de novo analisada face às experiências da ARA-Sul. As suas Comissões da Bacia têm um número aproximado de 15 a 20 membros. Este número foi considerado adequado em termos de funcionabilidade da comissão, mas não muito pequeno e assim permite a ausência de alguns membros mantendo, não obstante, a sua funcionalidade. Assim, adoptou-se a proposta de ter 17 membros no Comité da Bacia do Pungoé. Representatividade e Pre-Selecção Uma das principais questões a ser abordada é a questão da representatividade da Comité da Bacia do Pungoé. Levantou-se a questão se os representantes das partes interessadas deveriam ser eleitos pelas partes interessadas. Esta questão foi discutida e a conclusão foi que não são necessárias eleições e que a representatividade pode ser decidida pela ARACentro. As principais considerações são: • Sendo a CBP um orgão de consulta do Director da ARA-Centro, a sua função é de dar voz mas não voto à comunidade das partes interessadas, de acordo com a Lei de Águas de Moçambique. A base legal de poder das partes interessadas em relação à ARA-Centro reside no Conselho de Gestão, não nas Comissões da Bacia; • Se, por qualquer razão, a ARA-Centro pretender ouvir outras partes interessadas além dos membros da CBP, pode faze-lo sem prejuízo para a CBP; • A função da CBP é também de canalizar sentimentos de certos grupos de partes interessadas para a ARA-Centro, assim sendo, a representatividade deve também ser encarada em vista do nível de organização de certos orgãos e associações das partes interessadas. O mesmo argumento mantém-se válido no que diz respeito à disseminação de informações da ARA-Centro para as partes interessadas. Assim sendo, decidiu-se observar uma distribuição quer geográfica quer através das 3 categorias de partes interessadas. A constituição proposta: Consumidores, 8 membros: • Grandes consumidores, 2 membros; • Médios consumidores e agricultures comerciais, 3 membros; • Sector de indústria e das minas, 1 membro; • Pequenos consumidores e agricultores, 2 membros. Página 3-15 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Governo, 5 membros: • Governo Provincial de Sofala, 1 membro; • Governo Provincial de Manica, 1 membro; • Governo Distrital da Província de Sofala, 1 membro; • Governo Distrital da Província de Manica, 1 membro; • Áreas de Conservação da Natureza, 1 membro. Sociedade Civil, 3 membros: • ONG, 2 membros; • Líderes da comunidade, 1 membro. ARA-Centro, 1 membro. Na constituição proposta acima, totalizando 17 membros, metade dos membros seriam consumidores, e a outra metade seria constituída por representantes do governo e da sociedade civil. O membro extra seria um representante da ARA-Centro. Relativamente à Reunião de Constituição, a ARA-Centro decidiu convidar cerca de duas vezes o número de partes interessadas de cada categoria e área geográfica, do que seria incorporado na CBP. Decidiu-se então dividir o grupo em grupos de trabalho por categoria, e deixar que os próprios grupos chegassem a um consenso sobre quem representaria a sua categoria das partes interessadas na CBP. 3.4.2 A Reunião de Constituição No seguimento da conclusão dos seminários de mobilização nos quais as partes interessadas manifestaram claramente o seu interesse em trabalhar com a ARA-Centro e ver a Comité da Bacia do Pungoé estabelecida, o Director da ARA-Centro decidiu que a Reunião de Constituição da CBP iria em frente. Esta reunião foi realizada na cidade de Chimoio a 8 de Julho de 2004. Foram convidados a participar na reunião um total of 32 representantes das partes interessadas, conforme descrito na secção anterior. A reunião foi aberta pelo Director da ARA-Centro, que apresentou os seguintes objectivos para a reunião: • Divulgar os objectivos da Comité da Bacia do Pungoé • Seleccionar os membros que farão parte da CBP • Discutir a proposta para os Regulamentos Internos da CBP • Discutir o funcionamento e plano de trabalho da CBP Definiram-se quatro grupos de trabalho para seleccionar e discutir os candidatos propostos para a sua própria categoria de partes interessadas. Estes grupos de trabalho levaram cerca Página 3-16 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 de duas horas para discutir a CBP e escolher os membros propostos. As descobertas dos quatro grupos foram apresentadas na sessão plenária. Foto: Grupo de Trabalho de médios consumidores e agricultores comerciais, Chimoio, 8 de Julho de 2004 Constituição da Comité da Bacia do Pungoé De acordo com os quatro grupos, a CBP seria constituída como se segue: Em representação dos grandes consumidores (2): 1. Açucareira de Mafambisse, representada na reunião pelo Sr. Luís Fulede Caetano 2. Companhia das Águas da Beira/FIPAG, representada na reunião pelo Sr. Mariano Roia Tesoura Em representação dos médios consumidores, agricultores comerciais (3): 1. Aruângua Agro-Industrial Lda em Nhamatanda, representada na reunião pelo Sr. Zaid Aly 2. Associação de Agricultores de Manica, representante do distrito de Baruè a ser indicado 3. Associação de Agricultores de Manica, representante de outro distrito a ser indicado Página 3-17 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Em representação do sector da Indústria e de Minas (1): 1. A ser indicado Em representação dos pequenos consumidores e agricultores (4): 1. UPCS – a União Provincial dos Agricultores de Sofala, representada na reunião pelo Sr. Domingos Buramo 2. UCAMA – a União Provincial dos Agricultores de Manica, representada na reunião pelo Sr. Albino Matias e pelo Sr. José Basquete 3. UDAC – a União das Associações e Cooperativas de Agricultura e Pecuária do Distrito de Manica, representada na reunião pelo Sr. Manuel Tendai 4. a Associação Agrícola de Mandruzi, representada na reunião pelo Sr. Norberto Gorra Em representação dos Governos Provinciais (2): 1. DPADR Manica – a Direcção Provincial de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Manica, representada na reunião pelo Sr. Lemos António Chalulo 2. DPCA Sofala – a Direcção Provincial de Coordenação Ambiental de Sofala, representada na reunião pelo Sr. Mauricio Xerinda Em representação dos Governos Distritais (2): 1. Distrito de Dondo, representante a ser indicado pelo Administrador Distrital 2. Distrito de Báruè, representante a ser indicado pelo Administrador Distrital Em representação das Áreas de Conservação (1): 1. Parque Nacional da Gorongosa, representante a ser indicado Em representação da Sociedade Civil (3): 1. MAGARIRO – a Associação para o Desenvolvimento da Comunidade na Província de Manica, representada na reunião pelo Sr. Luís Osório Coimbra 2. Regulado de Canda – o Líder Comunitário da região de Canda na Gorongosa, Sr. Eugênio Almeida 3. A Associação Nzara Yapera de Catandica, Distrito de Barué, representada na reunião pelo Sr. Peter Waziweyi Página 3-18 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Em representação da ARA-Centro (1): 1. A ser indicado. É de notar que o resultado da discussão entre as partes interessadas é significativamente diferente da configuração original proposta pela ARA-Centro. O equilíbrio entre os consumidores por um lado e as outras partes interessadas por outro mudou a favor dos consumidores. Isto foi devido principalmente ao facto de que a maioria dos representantes era da opinião de que os pequenos consumidores, através das suas várias associações, deveriam ter uma voz mais forte, enquanto se considerou que as organizações governamentais deveriam ter uma presença mais pequena. A última posição foi motivada pela ideia de que a ARA-Centro, sendo uma organização governamental em si, teria outras formas de incorporar os pontos de vista do governo e que, consequentemente, as partes interessadas deveriam ter preferência na CBP. A reunião chegou a um consenso sobre este ponto. Regulamentos Internos da CBP A ARA-Centro preparou a versão preliminar dos Regulamentos Internos para a CBP com base nos regulamentos internos utilizados pela ARA-Sul para algumas das suas Comissões da Bacia. Na versão preliminar dos Regulamentos Internos, a CBP é definida como uma plataforma de coordenação entre os consumidores, os gestores do abastecimento de água e esquemas de irrigação e outras instituições envolvidas no uso de água na bacia do Pungoé. É ainda definida também como um orgão de consulta do Director da ARA-Centro. O objectivo principal da CBP é de fazer todos os esforços para optimizar o uso de água na bacia, minimizar os danos e conservar o equilíbro ambiental na bacia. As funções da CBP são definidas como: a. Pronunciar-se sobre a conciliação das várias demandas de água (abastecimento de água, agricultura, energia hidroeléctrica, indústria) com a disponibilidade de água e a conservação do equilíbrio ambiental; b. Propor a adopção de medidas operacionais para optimizar e melhorar a gestão dos esquemas de irrigação e uso da água, infraesruturas e solos; c. Propor a adopção de medidas em caso de força maior, especialmente secas, cheias e acidentes, promovendo a definição de prioridades de uso da água; d. Avaliar, na perspectiva de uso da água, os programas de desenvolvimento da bacia; e. Pronunciar-se sobre o desempenho da ARA-Centro, formular sugestões pertinentes e elaborar comentários e pontos de vista conforme requisitado pela ARA-Centro; f. Prononciar-se sobre o cumprimento e o impacto dos acordos internacionais de partilha dos recursos hídricos na bacia; g. Prononciar-se sobre as alterações nas tarifas de água. Página 3-19 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Os representantes que participaram na Reunião de Constituição da CBP fizeram vários comentários. Houve comentários e discussão adicional na reunião da CBP em Chimoio a 27 de Outubro de 2004. Na reunião da CBP em Mafambisse apresentou-se uma última versão que foi aprovada pela CBP. Estratégia de Comunicação em função da Constituição da CBP As ferramentas de comunicação utilizadas na fase da reunião de constituição incluíram contactos pessoais através das visitas por convite às partes interessadas, bem como o Boletim de Notícias 2, abrangendo tópicos como: a ARA-Centro e a Comité da Bacia do Pungoé, uma breve descrição dos resultados do inventário das partes interessadas até agora e as actividades adicionais planeadas tanto no que diz respeito às partes interessadas bem como a outras actividades do projecto. Após a nomeação de todos os membros, será elaborado um Boletim de Notícias para todas as partes interessadas na bacia. A constituição da CBP encontra-se também publicada na página de Internet do Pungoé: www.pungweriver.net. No Anexo 5, apresenta-se um relatório de trabalho da Reunião de Constituição da Comité da Bacia do Pungoé, incluíndo a versão preliminar dos Regulamentos Internos da CBP. 3.5 Desenvolvimento da Capacidade da Comité da Bacia do Pungoé O estabelecimento da CBP a 8 de Julho de 2004 foi um marco significativo no desenvolvimento institucional da ARA-Centro. Pela primeira vez, a ARA-Centro poderia interagir com as partes interessadas de forma estruturada, em vez de em consultas ad-hoc. Independentemente do acima, o estabelecimento da CBP é apenas o primeiro passo, ainda que importante, num processo muito mais longo de desenvolvimento da capacidade da CBP para se tornar um orgão eficaz da ARA-Centro. Alguns dos desafios à frente incluem: • A própria CBP deve ser consolidada e reforçada em termos do seu funcionamento interno, como por exemplo a cooperação e comunicação entre os seus membros, etc. Considerando a dimensão da bacia do Pungoé em Moçambique e as distâncias envolvidas, poderá ser útil explorar a possibilidade de criar sub-CBP a nível das subbacias. Em especial, as sub-bacias com muitas partes interessadas podem querer estabelecer mecanismos de comunicação e coordenação a nível da sub-bacia em relação à CBP. Onde for aplicável, o Projecto Pungoé pode apoiar isto numa escala piloto. • Relativamente ao processo de interacção com a ARA-Centro, a Fase de Cenários de Desenvolvimento do Projecto Pungoé tem sido uma oportunidade bem-vinda para por em prática a consulta das partes itneressadas. Realizaram-se reuniões regulares, nas quais se pediu aos membros da CBP para consultar outras partes interessadas na categoria que representam. Página 3-20 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 • Uma tarefa específica para a CBP pode ser também ser a introdução do sistema de licenciamento da água que a ARA-Centro pretende realizar agora que os seus Estatutos foram aprovados em Agosto de 2004. O licenciamento é muito importante para a ARA-Centro, quer devido à gestão dos recursos hídricos quer para gerar rendimentos que permitam atingir a sustentabilidade. Uma vez mais, a organização da CBP a nível da sub-bacia seria útil neste contexto. • Uma tarefa específica para os membros da CBP e de outras partes interessadas pode estar também relacionada com a monitoria de cheias e recolha de dados através das redes hidro-meteorológicas. Enquanto já se verifica o envolvimento de partes interessadas individuais, este pode ser reforçado no futuro através da CBP. As estratégias de monitoria de cheias podem também contar com o potencial de recolha de dados através da CBP e dos seus membros. Uma vez mais, a organização da CBP a nível da sub-bacia seria útil neste contexto. • O inventário das partes interessadas tem sido bem sucedido na criação de uma base de conhecimentos para a ARA-Centro das partes interessadas na bacia. No entanto, o número de partes interessadas devidamente registadas é ainda significativamente mais baixo que o total na bacia. É necessário explorar formas de incluir os membros da CBP na expansão da base de dados das partes interessadas e a inclusão de todas as partes interessadas ou respectivas associações. Também aqui, a organização da CBP a nível da sub-bacia seria útil. • Na fase de desenvolvimento da estratégia conjunta de gestão integrada dos recursos hídricos da bacia do Pungoé, pode surgir a necessidade de comunicação e interacção entre os grupos de partes interessadas nos dois lados da fronteira entre Moçambique e o Zimbabwe. Estes contactos trans-fronteiras podem ser testados num formato piloto, facilitado pelo Projecto Pungoé. Esta interacção trans-fronteira das partes interessadas terá como objectivo facilitar a elaboração da Estratégia Conjunta de Gestão. • Após a conclusão deste projecto, podem desenvolver-se novas actividades que beneficiariam da inclusão da CBP, como o projecto e operação de um esquema de investimento na irrigação de pequena escala. Finalmente, é de notar que o desenvolvimento da capacidade da CBP e a possível criação de estruturas da CBP a nível da sub-bacia, mesmo que apenas numa escala piloto, necessitarão de apoio financeiro. Espera-se que este investimento seja mais do que justificado e substancie a causa da auto-sustentabilidade da ARA-Centro. Este apoio pode ser garantido através de apoio do projecto. Página 3-21 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 4 CONSULTA DAS PARTES INTERESSADAS NA FASE DE DESENVOLVIMENTO DE CENÁRIOS DO PROJECTO PUNGOÉ Com as estruturas das partes interessadas no lugar em ambos os lados da fronteira da bacia do Pungoé, o processo de consulta, que faz parte e parcela da preparação de Cenários de Desenvolvimento e subsequentemente da fase de Estratégia Conjunta de Desenvolvimento da Bacia iniciou-se de forma estruturada. Este capítulo apresenta algumas considerações metodológicas (secção 4.1) bem como os breves resultados das 2 rondas de consulta que foram realizadas com as partes interessadas no Zimbabwe e em Moçambique durante a Fase de Desenvolvimento de Cenários (secção 4.2). 4.1 Considerações Metodológicas Em primeiro lugar, é de notar que apesar de agora existirem estruturas das partes interessadas em ambos os lados da fronteira, na parte Zimbabweana da bacia estas estruturas estão muito mais institucionalizadas, têm mais experiência e estão concentradas numa área muito mais pequena do que em Moçambique. A área geográfica limitada e, consequentemente, a concentração das partes interessadas e o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé na mesma área, facilitam a fácil interacção com as partes interessadas individuais e com o CSBP. Organizar uma reunião com as partes interessadas não implica um longo processo de planeamento e trabalho de campo para enviar convites como acontece em Moçambique. A inclusão das partes interessadas no trabalho de campo dos Consultores é, por isso, relativamente fácil. Em Moçambique, as distâncias e a distribuição das partes interessadas é tal que planear uma reunião com a CBP exige cerca de duas semanas de preparação. Por isso, só se podem organizar interacções rápidas de forma ad-hoc. No entanto, a ARA-Centro com o apoio do projecto, envidou todos os esforços para interagir com a CBP de forma estruturada e, por isso, seria possível realizar reuniões regulares com a CBP em Outubro de 2004 e Abril de 2005. Um segundo aspecto do alto nível de institucionalização e experiência do CSBP é que os membros estão relativamente habituados a estar envolvidos em discussões sobre questões de gestão dos recursos hídricos que vão para além da sua própria realidade diária. Em Moçambique, a noção de bacia como uma unidade administrativa para a gestão dos recursos hídricos, a relação entre as causas e efeitos a montante e a juzante, a necessidade e utilidade das licenças de uso da água, são conceitos relativamente novos para muitos dos consumidores. Nesse contexto, a CBP tem também uma tarefa na consciencialização sobre estas questões. Como consequência do mencionado acima, o processo de consulta nas duas partes da bacia não pode ser realizado da mesma forma. Apesar de se tirar tanto partido quanto possível de uma semelhança na estrutura e conteúdo do processo de consulta, na prática os dois processos de consulta terão um carácter diferente em alguns aspectos. Por outras palavras, os processos de consulta servirão o mesmo objectivo de envolver as partes Página 4-1 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 interessadas na elaboração do plano de desenvolvimento da bacia mas, em muitos aspectos, o processo de consulta terá de ser feito à medida para ir de encontro a uma variedade de objectivos secundários, frequentemente relacionados com o desenvolvimento institucional. 4.2 Resumo dos Resultados das Rondas de Consulta As rondas de consulta com o CSBP e a CBP realizaram-se conforme se apresenta abaixo: Reunião Data Local Tópico Principal CSBP 25 de Outubro de 2004 Hauna Inventário de Dados sobre a Demanda de Água CBP 27 de Outubro de 2004 Chimoio Projecções da Demanda de Água CBP 18 de Abril de 2005 Mafambisse Cenários de Desenvolvimento e Projectos CSBP 20 de Abril de 2005 Mutare Cenários de Desenvolvimento e Projectos Os relatórios das reuniões individuais são apresentados no Anexo 6. 4.2.1 Reunião de Consulta do CSBP 1 – 25 Outubro de 2004 Esta reunião com o CSBP foi a parte final de uma série de reuniões realizadas entre o Consultor e o CSBP e os seus membros, no âmbito das projecções de demanda de água que o Consultor está a fazer na Fase de Desenvolvimento de Cenários. O objectivo da reunião era duplo. O primeiro objectivo era o Consultor discutir a versão final do relatório das projecções de demanda de água, o inventário de dados que tinha sido activamente apoiado pelos membros do CSBP. O segundo objectivo era apresentar ao CSBP o trabalho da ARA-Centro e do Consultor em Moçambique para estabelecer a Comité da Bacia do Pungoé. Estes eram também os dois items na agenda. Nas semanas que precederam esta reunião do CSBP, o Consultor e os consumidores na bacia realizaram várias reuniões e visitas de campo com apoio do CSBP. Em especial, o Responsável de Formação do CSBP acompanhou o Consultor na maioria das viagens à bacia. O relatório do Consultor foi discutido num sub-grupo mais pequeno do CSBP no final da reunião. Página 4-2 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 O Consultor apresentou o trabalho em Moçambique no sentido de estabelecer a CBP, começando por explicar as diferenças entre os papeis formais das partes interessadas na gestão dos recursos hídricos em ambos os países. O inventário das partes interessadas, a mobilização das partes interessadas e o estabelecimento da CBP foram todos apresentados brevemente e aceitaram-se perguntas. Os tópicos específicos discutidos em detalhe incluíram os seguintes: Representatividade das partes interessadas no CSBP • As categorias das partes interessadas estão definidas na Lei de Águas e legislação subsidiária. Estas incluem várias categorias de consumidores, bem como orgãos governamentais e não governamentais. • A representação é através de consenso e eleição. Se, por exemplo, os grandes consumidores são limitados em número, chegam frequentemente a consenso sobre a sua representatividade, mesmo que seja numa base de rotação. Grupos maiores podem eleger os seus representantes. É feita uma notificação da eleição na imprensa. Os eleitores que aparecem elegem o representante, independenemente da participação. A publicidade para as eleições é feita também através de associações do grupo das partes interessadas. • Ser membro do CSBP é pessoal, em representação de um certo grupo de partes interessadas. Por exemplo, se 10 Associações de Consumidores podem elegar 1 representante, esta pessoa torna-se pessoalmente um membro após a eleição, e não a Associação que ele/a representa. Se este se demitir, a sua Associação não tem direito a nomear outra pessoa, serão realizadas novas eleições. A natureza pessoal de membro significa também que os membros do CSBP podem ser processados por má conduta. Mobilização das partes interessadas para se candidatarem para obter licenças de água • O CSBP emprega um Responsável de Formação a tempo inteiro, cuja tarefa é sensibilizar os consumidores para a necessidade de obter licenças, ajudá-los a obter a mesma através do preenchimento de formulários e explicar os requisitos em termos de pagamentos de água. O RF é também responsável por mediar conflitos entre os consumidores. A tarefa de verificar o uso de água actual em função da quantidade nas licenças não é implementada, principalmente devido à falta de recursos para o fazer. Os SCCs não têm nenhuma obrigação de ter RFs. • Actualmente, a quantidade de licenças de água na bacia do Pungoé no Zimbabwe totaliza aprox. 100. O volume total permitido é 60,000 Ml. Muitos consumidores, aproximadamente 66% (incluíndo 75% dos anteriores detentores dos direitos de água) têm licenças válidas e aproximadamente 33% não têm ainda licenças. No final da reunião, o Consultor apresentou os passos seguintes na fase de desenvolvimento de cenários, incluíndo a intenção de ter uma reunião conjunta de partes interessadas com as partes interessadas de ambos os lados da fronteira na bacia. Os membros do CSBP receberam esta ideia de bom grado. Página 4-3 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 4.2.2 Reunião de Consulta da CBP 1 – 27 Outubro de 2004 Esta foi a primeira reunião regular da CBP desde a sua constituição em Julho. Participaram na reunião treze dos dezassete membros nomeados. Os principais pontos da agenda incluíram o seguinte: • Demanda de água presente e futura • Possíveis estruturas hidráulicas na bacia Para além destes tópicos principais, a ARA-Centro abordou a reunião com informações importantes sobre a aprovação dos Estatutos da ARA-Centro, a situação hidrológica na bacia, e o processo de emissão de licenças de uso da água. Outro item na agenda lidou com a necessidade de elaborar os Regulamentos Internos da CBP. Discutiu-se uma primeira versão preliminar. Demanda de água presente e futura Esta apresentação focou fornecer informações aos membros da CBP, bem como pedir aos membros que forneçam dados e resultados sobre estas projecções da demanda de água. Os Consultores apresentaram trés questões principais: • Ao considerar o uso e demanda de água, é necessário levar em consideração todos os tipos diferentes de usos: agricultura, abastecimento de água urbano e rural, florestas, turismo, etc. • A descarga média do Pungoé é de cerca de 100 m3/s durante o ano. No entanto, na época seca o mínimo pode baixar até cerca de 10 – 15 m3/s. • Fizeram-se projecções para cada um dos sectores de uso. O total destas projecções conclui que dentro de cerca de 5 anos, a demanda de água pode atingir aproximadamente 14 m3/s, ou perto do abastecimento de água mínimo disponível durante uma época seca normal. Os consultores apresentaram as seguintes conclusões: • A descarga média anual do Pungoé é suficiente para satisfazer todas as necessidades num futuro próximo. • Na época seca o Pungoé não terá sempre água suficiente. • As grandes secas causarão grandes problemas. • É necessário que as autoridades e partes interessadas tomem medidas para evitar problemas. Página 4-4 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 Com base nisto, e após alguma discussão em grupos mais pequenos, os membros da CBP apresentaram as seguintes questões principais: • Levantou-se a questão se as projeccções da demanda foram também feitas para afluentes individuais, considerando o facto de que o rio Inhazónia está a sofrer um grande influxo de consumidores agrícolas (não foram feitas projecções para os afluentes individuais). • A reunião foi informada de que a Açucareira de Mafambisse tenciona construir uma pequena barragem no rio Muda para utilizar aprox. 3.5 m3/s, e solicitou informações hidrológicas sobre o rio Muda. Este pedido foi atentido pela ARA-Centro. • Sugeriu-se focar igualmente a questão de qualidade da água devido às actividades dos garimpeiros na bacia do Pungoé. • Calcula-se que, actualmente, a área em irrigação no distrito de Barue é de 531 ha. Calcula-se que para toda a província de Manica esta área poderia aumentar para 14,000 ha durante o periódo do projecto. • Na província de Sofala, a açucareira de Mafambisse preve um aumento na demanda de 4.5 m3/s actualmente para 7.0 m3/s no futuro devido à reabilitação dos esquemas de irrigação do Mandruzi e 7 de Abril. Estruturas Hidráulicas na Bacia do Rio Pungoé A reunião foi informada do estudo pelos consultores para a possibilidade e necessidade de construir barragens no Pungoé. Distinguiram-se duas grandes razões para a construção da barragem: poluição causada pelas actividades mineiras que podem ser mitigadas através da construção de pequenas barragens de retenção, e faltas de água que podem ser mitigadas por reservatórios de água. Os detalhes do estudo do consultor foram apresentados na reunião. As questões destacadas pela CBP abordaram principalmente a poluição causada pelos garimpeiros de ouro. Estas incluíram: • A necessidade de coordenação inter-institucional foi destacada na resolução deste problema, enquanto se colocou a questão de se e como o Ministério de Coordenação Ambiental poderia intervir neste problema • A reunião foi informada de que as actividades de mineração de ouro não estavam limitadas ao Pungoé superior (rio Nhamucarare) mas que também se verificava mineração de ouro em pelo menos dois locais no distrito da Gorongosa • Questionou-se também se a estratégia para aplicar medidas de mitigação seria o curso de acção mais desejável nesta questão. Mencionou-se que a legislação existente (por exemplo, o protocolo da SADC sobre actividades mineiras) estipula claramente que esta actividade é ilegal, e sugere que o braço forte da lei poderia intervir. Página 4-5 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 4.2.3 Reunião de Constituição da CBP 2 – 18 Abril de 2005 Esta foi a segunda reunião regular da CBP desde a sua constituição em Julho de 2004. Participaram na reunião quinze dos dezanove membros. A questão principal em agenda era o estudo dos consultores sobre os cenários de desenvolvimento e estruturas hidráulicas no Pungoé. Para além disto, a ARA-Centro abordou a reunião com informações importantes sobre a publicação dos Estatutos da ARA-Centro (foram disponibilizadas cópias), a sua mudança de escritório para a Beira, a situação hidrológica na bacia. A reunião foi também informada de que no primeiro trimestre de 2005, foram emitidas oito novas licenças de uso da água. Outro item na agenda dizia respeito aos Regulamentos Internos da CBP, preparados pela ARACentro com a assistência do projecto, e subsequentemente aprovados pela reunião. Cenários de Desenvolvimento e Estruturas Hidráulicas Uma descrição geral dos cenários de desenvolvimento foi apresentada na reunião, com ênfase na questão de estruturas hidráulicas. Apresentaram-se informações para toda a bacia do Pungoé, incluíndo barragens projectadas no Zimbabwe (Pungwe Falls e Hauna). Os vários locais de barragens grandes foram apresentados com algum detalhe incluíndo mapas com a sua localização exacta e áreas que seriam inundadas. As possibilidades para barragens de tamanho médio e pequenas foram também apresentadas. As questões apresentadas pelos membros da CBP incluíram: • Em Janeiro de 2005 realizou-se uma reunião em Gondola sobre o estudo para construir uma barragem no rio Mussambise. O envolvimento da ARA-Centro neste empreendimento não ficou claro para os participantes. • Em casos como o acima e outros, solicitou-se que tipo de assistência técnica a ARACentro poderia disponibilizar às comunidades e consumidores individuais para proteger os seus direitos, considerando o facto de que existem actividades frequentes não autorizadas e crescentes de tomadas e uso de água. • A reunião aprovou a iniciativa da Açucareira de Mafambisse de entregar o seu projecto para a construção de uma barragem no Muda ao Ministério de Coordenação Ambiental e à ARA-Centro. A questão da coordenação inter-sectoral foi retomada. • Relativamente à construção de pequenas barragens perguntou-se quem realizaria o inventário de necessidades e locais para estas barragens. A reunião salientou a necessidade de incluir as populações locais neste trabalho, considerando o seu conhecimento próximo da realidade da bacia. • Relativamente à poluição dos garimpeiros, verificou-se a mesma variedade de opiniões entre os membros da CBP como na última reunião, com alguns membros a defender a criação de pequenas associações de mineiros para regular a indústria, enquanto outros destacam que estas actividades são ilegais e as forças legais e policiais deveriam ser utilizadas para resolver o problema. Página 4-6 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 4.2.4 Reunião de Constituição do CSBP 2 – 20 Abril de 2005 A reunião do CSSBP em Mutare a 20 de Abril tinha o mesmo objectivo da reunião da CBP em Mafambisse dois dias antes, apresentar às partes interessadas o trabalho realizado pelos consultores nos cenários de desenvolvimento, em particular para discutir o âmbito para estruturas hidráulicas no Pungoé. Apresentaram-se os estudos para o Zimbabwe e Moçambique. A reunião teve a participação de representantes do Conselho da Sub-Bacia do Pungoé bem como do Conselho da Bacia do Save. Outros participantes incluíram o Chefe do Departamento Provincial de Recursos Naturais e o Engenheiro da Cidade de Mutare. O consultor informou o seminário de que se realizou um exercício de identificação participativa no projecto com as partes interesssadas no periódo de Janeiro a Março de 2005. Como resultado do exercício, os pontos de vista das partes interessadas foram levados em consideração na selecção de potencias projectos de desenvolvimento. Além disso, o Consultor identificou áreas chave onde são necessárias melhorias na gestão dos recursos. O objectivo do seminário era de apresentar as descobertas do Consultor (lista de projectos) e, através de discussões, avaliar se as necessidades da parte interesssada tinham sido levadas em consideração. Os participantes colocaram as seguintes questões principais: • Relativamente ao estudo de barragens no Pungoé em Moçambique, pediram-se alguns esclarecimentos. A reunião destacou que a selecção dos locais das barragens deveria incluir as partes interessadas. • A reunião aconselhou que a Barragem de Hauna era muito urgente devido à situação deteriorante do abastecimento de água no ponto de crescimento. • A reunião observou que seria necessário um esforço conjunto no sentido de educar a comunidade relativamente à conservação para evitar o assoreamento das barragens. Isto deveria ser parte de um programa de formação sobre sustentabilidade e gestão ambiental. • O representante do Departamento Provincial de Recursos Naturais notou que os Garimpeiros estavam em processo de licenciamento e que a DNR e o Conselho Rural do Distrito de Mutasa estavam envolvidos no processo de vetting. Salientou-se a necessidade de harmonizar a implementação de leis ambientais para evitar confusão na gestão de actividades que poderiam surgir devido à existência de várias agências, todas relacionadas com a mesma actividade. • O seminário concordou que os esquemas de irrigação baseados em barragens necessitariam de ser agrupados para melhorar a organização e aperfeiçoar o financiamento e processo de implementação. • A reunião agradeceu ao Projecto por facilitar o envolvimento das partes interessadas e elogiou o processo de Participação das Partes Interessadas. • Houve um acordo geral sobre a lista de projectos apresentada. Página 4-7 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1 Conclusões 1. Aquando do início da Componente de Participação das Partes Interessadas em Março de 2003, o objectivo da primeira fase da Componente era de assistir a ARA-Centro na criação da Comité da Bacia do Pungoé, para servir como plataforma para a expressão directa dos interesses das partes interessadas na parte Moçambicana da bacia. Nesse sentido, a criação da CBP pretendia contrabalançar a plataforma das partes interesssadas no Zimbabwe: o Conselho da Sub-Bacia do Pungoé. Concluíu-se que a criação da CBP pela ARA-Centro e as partes interessadas foi bem sucedida, com a constituição official da CBP a ser realizada a 8 de Julho de 2004. 2. As consultas das partes interessadas na fase 2 do Projecto foram realizadas com e através das plataformas oficiais das partes interessadas: CSBPP no Zimbabwe e a CBP em Moçambique. As partes interessadas tiveram assim a oportunidade de participar no Projecto e apresentar contribuições e expressar opiniões. Estas foram levadas em consideração pelos Consultores no trabalho em curso nos Cenários de Desenvolvimento. 3. Durante as reuniões de consulta tornou-se claro que enquanto o CSBP é um orgão estabelecido com uma cultura de interacção e participação, a CBP é um orgão em formação que ainda necessita de encontrar a sua própria forma de participar de forma eficaz no trabalho da ARA-Centro. 4. Os resultados do trabalho da Componente de Participação das Partes Interessadas até agora levam a concluir que o envolvimento activo das partes interessadas na fase 3 do Projecto é desejável e possível. 5.2 1. Recomendações Recomenda-se que o envolvimento do CSBP e da CBP seja intensificado na fase 3 do Projecto com dois objectivos: • assegurar a aceitação dos projectos de seguimento e da estratégia conjunta de gestão • continuar a capacitação do CSBP e da CBP para melhorar o seu funcionamento e a crescente eficácia das suas intervenções vis-à-vis estruturas governamentais 2. Recomenda-se também envolver activamente as partes interessadas na concepção das acções de acompanhamento do Projecto. 3. A construção de barragens e de outras infra-estruturas hidráulicas vai exigir o envolvimento das partes interessadas na bacia. Tanto as leis nacionais como as melhores práticas aceites pelos Governos dos países da região e das instituições financeiras internacionais estipulam a importância dum envolvimento precoce das partes interessadas na preparação e implementação de projectos de barragens. Recomenda-se que na Fase III do projecto seja elaborado um esquema mais detalhado do envolvimento das partes interessadas, incluindo a interacção com as partes interessadas em geral e com o Comité da Bacia do Pungoé em particular. Página 5-1 Desenvolvimento da Estratégia Conjunta de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, Fase II Cenários de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé Volume II Relatório das Actividades da Componente das Partes Interessadas - Fevereiro 2002-Abril 2005 4. Deve-se dar a devida atenção para se conseguir um melhor balanço do género no Comité da Bacia do Pungoé no futuro. Ao mesmo tempo, devem-se encontrar mecanismos apropriados para envolver tanto o PSCC como o CBP na discussão de como a gestão dos recursos hídricos pode atender às necessidades específicas das mulheres. Isto será elaborado no Relatório da Estratégia. 5. Em Moçambique o sector de agues foi identificado como um sector chave para combater a pandemia do HIV/SIDA. O CBP deve discutir como a gestão dos recursos hídricos e o próprio PBC poderão contribuir para este esforço nacional. Será tida uma discussão similar com o PSCC numa altura apropriada. Página 5-2 ANNEX 1 REPORT OF START-UP WEEK OF THE STAKEHOLDER COMPONENT IN MOZAMBIQUE Pungue Project – Monograph Phase Component 9: Stakeholder Participation Report of Startup Week 3-8 March 2003 1. Introduction This is the report of the startup week of the Stakeholder Participation Component of the Pungue Project. After various delays in the startup of the component at the end of 2002, mostly for programming reasons, a coordination meeting was held at the end of January in Beira in which it was decided that the activities for the SP component would start immediately, with an intensive startup week from 3-8 March of this year. In the period running up to this week several preparations were made. 2. Objective of the Startup Week The objective of the startup week was to interactively and jointly make all the preparations for the fieldwork of the Stakeholder Inventory, which is one of the central tasks of the SP component in Mozambique in phase 1 of the project. These comprised: questionnaires and checklists stakeholder database travel plan and logistics stakeholder brochure website Section 4 of this report gives details about each of those preparations. 3. Staff and Counterpart Participation The group working on the above-mentioned components consisted, from the Consultant side of Ben Lamoree (BL - SP component coordinator), Mário Jorge Rassul (MR - Public Consultation Specialist), José Maria Macedo (JM - Fieldwork), Sergey Kudelya (SK – Website and Database Specialist) and António Alves (AA - Project Coordinator). ARA-Centro staff that participated in meetings and preparatory activities consisted of Manuel Fobra (MF - Director), Marcos Mponda (MM - Head of Technical Department), António Melembe (AM - Hydrologist) and Carlitos Omar (CO Stakeholder Participation Officer). The following working groups were formed: questionnaires and checklists: Mário Jorge, José Maria, Carlitos stakeholder database: Sergey, Ben travel plan and logistics: Mário Jorge, António stakeholder brochure: Ben, Mário Jorge website: Sergey, Ben, Marcos Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 1 The outputs of the working groups were presented and discussed in daily progress meetings that were held: Date and Time Main Topics of the Meeting Present Monday 3 March at 9:30 a.m. Coordination of work, create working groups, outline objectives and work plan for the week Short progress of all sub-groups MF, MM, AM, AA, BL, MR, CO, JM Tuesday 4 March at 9:00 a.m. Wednesday 5 March at 9:00 a.m. Thursday 6 March at 10:00 a.m. Friday 7 March at 12:00 a.m. First draft of brochure, first version of website Drafts of questionnaires and travel plan Draft final versions of all outputs, except for database (still under construction) MF, MM, AM, AA, BL, MR, CO, JM and Bento Salema MM, AM, AA, BL, MR, CO, JM and Bento Salema MM, AM, AA, BL, MR, CO, JM AA, BL, MR, CO, JM 4. Description of Activities The activities of this week were mostly geared towards the Stakeholder Inventory in the Mozambique part of the basin. The work plan foresees 1 week in the office for the preparations, three weeks in the field for the inventory, some weeks in the office for data processing, and after that another four weeks in the field for the inventory. The strategy of the inventory is to make principal use of the district administrator, the district agricultural officer and the district public works officer, to gather initial information about the various stakeholders in the district. On the basis of that information the interviews with stakeholders are developed progressively. Part of the interviews will be done immediately after the meeting with the district authorities, while others may be left to the second round of fieldwork. The emphasis in the field work is on the identification of new stakeholders, especially water users and civic associations. questionnaires and checklists The questionnaires, registration forms and checklists for the inventory were drafted, discussed and finalized. The stakeholder information is divided in two parts: part 1 is the identification and general information of the stakeholder, with the subdivision in three groups: water users, government institutions, and civic organizations and associations. Part 1 is identical for all stakeholders and will allow the project to create a directory of stakeholders. Part 2 is specific information of the stakeholder and is different for the various kinds of stakeholders. Emphasis was given to the two-way approach of stakeholder interviews. Not only do we want to receive information from the stakeholder, in particular his/her registration data, but also do we need to provide information about the project, about ARA-Centro and about the Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 2 involvement of stakeholders in the project and the water management structures of ARA-Centro. The fieldwork with the questionnaires, registration forms and checklists will start on 10 March. One week later, on 17 March, one day will be spent in the office in Beira to discuss possible adaptations to the questionnaires, registration forms and checklists. The registration form, questionnaire for water users and checklists for interviews are added as annexes 1.1 to 1.3 of this report. travel plan and logistics The travel plan takes into consideration the basic timetable for the inventory as described in the beginning of this section. A detailed travel plan was made for the first three weeks of field work and shortly afterwards. It is shown in annex 2.1. A more general work plan for the component until July 2003 was also drawn up, see annex 2.2. The fieldwork will start on 10 March. The team will consist of Carlitos Omar of ARA-Centro and José Maria Macedo and António Alves from the Consultant. Bento Salema, coordinator of the socio-economy component, will accompany the field work but with emphasis on that component’s All matters relating to the logistics were dealt with. stakeholder brochure On the basis of information in the Inception Report and the further development of the stakeholder participation strategy and plan, an information brochure was created with basic information for stakeholders in the Mozambican part of the Pungue basin. The brochure was written in Portuguese and specifically targets the group of stakeholders that is not yet involved with or informed about the Pungue project and ARA-Centro. The brochure consists of two parts. Part 1 presents general information about the Pungue project, its participating institutions and its objectives and outcomes. Part 2 presents specific information about the involvement and the role of stakeholders in the project. A copy of the brochure is added to this report in annex. The stakeholder brochure will be handed over to the stakeholders upon first contact or during the stakeholder interview during which the stakeholder is registered. stakeholder database On the basis of the registration form and questionnaire and checklists, a database structure was set up that equally has two parts. Part 1 of the database registers the stakeholder’s identification data. This is the part that will make up the stakeholder directory. The second part with specific information is in narrative format attached to the stakeholder’s record in the database. Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 3 The database was created in Microsoft SQL Server 2000, installed on the central GIS and database computer of the project. The user interface was created in Delphi 6.0. The input form consists of the mentioned two parts. The database is equipped with two filters, one for district and one for type of stakeholder. The results can be printed in specially prepared report format, or sent to an output file in Paradox format which is readable by Excel, for further reporting and presentation purposes. Annex 4 shows the database input and output screens. On Friday 7 March in the afternoon Carlitos Omar, José Maria Macedo and António Alves received a brief introduction and training in the use of the database, making use of its input forms and output possibilities. website Objective, phasing, structure The website is meant as an information resource on the Pungue basin on which technical information can be found as well as stakeholder information. In this phase 1 the general structure was set up and some of the stakeholder information added. In phase 2 the basin information can be added, possibly in a database-oriented manner. Interactivity can then also be considered. A structure was set up for phase 1 of the Pungue website. This consists of a domain name and link structure, and a navigation and communication structure. Content was added for all the sections of the website, although most if it preliminary. Domain names A URL from the .NET domain will be the most appropriate choice for the Pungue website, given the fact that the .NET extension is an illustration of the network nature of the website, and that it is intended to be a network of information bringing together information from various sources. Given the fact that two language versions of the website must be made and that the name of the Pungue river is spelt differently in the two languages, it seems appropriate to host the English language version of the website under the domain name PUNGWE.NET and the Portuguese language version under the domain name PUNGOE.NET. Considering that in the Portuguese language there is some confusion with respect to the way the name of the river is spelt, a second domain name PUNGUE.NET should be opened that links directly to the main page PUNGOE.NET. The opening page of each of the websites has the flags of both countries. This flag serves as a link to the other language version of the website. Schematically: PUNGWE.NET website English language version of the Pungwe PUNGOE.NET website PUNGUE.NET website Portuguese language version of the Pungwe Portuguese language version of the Pungwe Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 4 Each page has a switch to the other language version. The opening screen on the next page shows the general layout and the two flags serving as language buttons. Navigation Structure A navigation bar with buttons on the left side of the screen was chosen. The layout was kept as simple as possible with the following subdivision: About the Project – gives access to general background information about the project that was taken from the Inception Report. This is static information that is not expected to change over time. Host Organisations – gives access to information about the national institutions in Zimbabwe and Mozambique that are the owners of the Pungue project. This is static information as well. Links to homepages are provided. Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 5 The Pungwe Basin – gives access to the information resources of the project, the sector studies, the hydrological data, etc. Parts of it could be public domain and accessible to anyone, other parts could be password protected and be for the use of the host organizations. All this can be decided at a later stage. At present a map of the basin and a general characterization have been included. This section will be developed further under phase 2 of the website development. Stakeholder Participation – gives access to information resources for stakeholders, including general information on stakeholder participation in the project, the stakeholder brochure, and later on news bulletins and announcement of meetings. This section is meant as additional to the direct ways of communicating with the stakeholders, through written brochures and through meetings of the project or of the stakeholder participation structures of the basin management institutions. Contact us – gives access to a general information box that will allow the visitor to enter into direct contact with either the project, ARA-Centro or ZINWA Save Catchment Office. Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 6 5. Outputs Outputs of the startup week of the Stakeholder Participation Component include: 9 9 9 9 9 Stakeholder inventory forms developed, discussed and agreed; Travel plan and itinerary, work plan until July and further logistics worked out and agreed; Stakeholder database programmed including input and output interfaces and filter possibilities; Stakeholder brochure in the Portuguese language developed, discussed and agreed upon, as well as produced for use in the field; Website phase 1 set up and put on line for verification purposes; as well as: 9 9 Field work team trained in the use of the various forms as well as the use of the database; Close interaction between the consultants’ team and the ARA-Centro counterparts resulting in joint development of the above-mentioned outputs. 6. Follow-up Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 7 Stakeholder Inventory Field Work It was agreed that during the weeks of field work, starting 10 March, António Alves will accompany most of the field work. This task was originally the responsibility of Mário Jorge Rassul, however he was unavailable for the team training in the field and the partial accompaniment of their work. Part of this responsibility could be taken over by Bento Salema, however his time input does not allow for such a task and also he concentrates more on the Socio-Economy Component. He will, however, be with the team during part of the field work. Database Input and Output After the first three weeks of field work the team will be back in the office for approximately three weeks. During that period all the gathered data can be inputted into the database. It is important that this be done immediately Website Development The website has been put online for verification and evaluation purposes only. Comments and suggestions will be used to finish the phase 1 and put it on line once the domain names have been registered and the hosting organization been decided upon. Planning of Second Round of Field Work In April Mário Jorge Rassul will spent one week in Beira for evaluation of the results of the first round of the field work, for planning of the second round of the field work, and for preparation of the stakeholder mobilization workshops after the second round of the field work. 7. Final Remarks The database and website files are stored on the central database/GIS computer of the project. All files have been put on a CD, copy of which has been left with at the project office. All members of the consultants’ team and ARA-Centro staff are thanked for their input during this intensive week of startup of the Stakeholder Participation Component. Annexes: 1.1 1.2 1.3 Stakeholder Inventory Forms - Registration (part 1) Stakeholder Inventory Forms – Questionnaire Water Users (part 2) Stakeholder Inventory Forms – Interview Checklists (part 2) 2.1 2.2. Detailed travel/work plan March – April 2003 Work plan March – July 2003 3. Stakeholder Brochure (Portuguese) 4. Stakeholder Database Input and Output Screens Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 8 Annex 1.1: Stakeholder Inventory Forms - Registration (part 1) FICHA DE STAKEHOLDER PARTE 1 - IDENTIFICAÇÃO E DADOS DO STAKEHOLDER Nacionalidade: Nome da Empresa / Utente / Associação : Area de Actividade Desde Local de Actividade Telefone Fax Endereço Vila/Cidade Distrito Província E-mail Pessoas de Contacto Celular Tipo de Stakeholder Grupo 1 - Utente Grupo 2 - Governo Grupo 3 - ONGs, assoc. Dados registados: Data Longitude Hora Latitude Local Entrevistador Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 9 Annex 1.2: Stakeholder Inventory Forms – Questionnaire Water Users (part 2) FICHA DE STAKEHOLDER PARTE 2: DADOS ESPECIFICOS DO UTENTE Questionário Que actividades realiza: Agricultura Abastecimento de Agua Industria Pecuaria Outro Qual ___________________________ Detalhes da actividade ______________________________________________________________________________________________ _____ ______________________________________________________________________________________________ _____ __________________________________________________ ________________________________________________ Fonte de abastecimento: Superficial Rio___________________________________ Subterrânea Furo com motobomba ______________________ Coordenadas geograficas Lat____________ long__________________ Qual é a forma de captação? Bombagem Bombagem mais Ramal Gravidade Equipamentos de captação de água N. ordem Marca Tipo Localização Capacidade m³/hora Data inst Tempo de operação Hora/di a Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 10 Dia/semana As motobombas trabalham simultaneamente Quantidade de água bombada por dia/semana ____________ Sobre a Terra Qual é a área total de concessão de terra? __________________________________ Qual é a área cultivada? _______________________________ Qual é a área irrigada? _______________________________________ Qual o sistema de regadio utilizado? __________________________________________________________________________________________ Sobre Efluentes Que tipo de efeluntes tem ? __________________________________________ Aonde o descarrega ___________________________ (nome do local) Utiliza produtos quimicos? Se sim, quais? ________________________________ Pesticidas ____________________________ ______________________________ Fertilizantes ___________________________ _______________________________ _____________________________ ____________________________ Outro ___________________________ Qual ____________________________ Sobre o Movimneto Associativo O grupo faz parte de uma associação ou cooperativa ? _______________________________________________________________________________________________ _________sSe sim, qual? _________________________________________________________________________________________ Qual é o apoio que recebe? _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 11 _______________________________________________________________________________________________ Sobre Abastecimento de Água Aonde fica a captação ( nome do rio/ albufeira/ lago)___________________________________________________ Como é feito?__________________________________________________________________________________ Quem gere o sistema ______________________________ Quantos clientes possui _________________________ Existe alguma fábrica ligado ao sistema ____________________ Qual ____________________________ Outros Foi afectado pelas cheias e inundações do ano 2000 e 2001? _______________________________________________________________________________________________ ________ Quais as areas eventualmente inundáveis e suas consequências _______________________________________________________________________________________________ _________ _______________________________________________________________________________________________ _________ _______________________________________________________________________________________________ _________ _______________________________________________________________________________________________ _________ Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 12 Annex 1.3: Stakeholder Inventory Forms – Interview Checklists (part 2) G 01 Guião de entrevista semi-estruturada com Administrador do Distrito e Directores da DDADR e DDOPH Introdução Informe o entrevistado sobre a) ARA Centro b) o Projecto c) os objectivos da entrevista Distrito e sua população 1 Tem havido agregados familiares que estão a estabelecer-se neste distrito vindos de outros distritos ou das cidades ? * De onde vêm ? (província, distrito, cidade) * Onde é que eles se fixam ? (Postos Administrativos) * Quais são os principais motivos ? (comércio, agricultura familiar, agricultura privada, outros) * Quais são as formas de fixação ? (todo o agregado, só o marido, só a mulher) 2 Tem havido agregados familiares que saem para fora do distrito ? * De onde saem ? (postos administrativos) * Para onde vão ? (província, distrito, cidade) * Quais são os principais motivos ? (procura trabalho, terra, floresta, água...) * Quem é que se movimenta ? (todo o agregado, o homem, a mulher) 3 Tem havido movimentações de população dentro do distrito ? * De onde saem ? (postos administrativos) * Quais são os principais motivos ? (cheias, terra, floresta, água...) * Para onde vão ? Porquê (motivo de escolha da zona)? 4 Quais são as zonas afectadas ou inundadas pelas cheias de 2000/2001 ( localidades e comunidades) ? Principais actividades económicas do distrito 5 Quais são as actividades económicas que já existem no distrito ? * Agricultura e pecuária (familiar, associações, privada...) * Exploração florestal (operadores individuais/familiares, privados) * Pesca (artesanal com rede, sem rede, linha, outro tipo) * Extracção mineira (artesanal, industrial) * Industria * Energia * Construção (inclui produção artesanal ou industrial de materiais de construção) * Transportes e comunicações * Comércio, finanças (informal, formal retalhista, formal grossista, compradores de cereais e culturas de exportação) * Serviços (inclui turismo) * Outra 6 Quais são as actividades económicas que não existem actualmente no distrito mas podem vir a desenvolverse no futuro ? * Agricultura e pecuária (familiar, privada...) * Exploração florestal (operadores individuais/familiares, privados) * Pesca (artesanal com rede, sem rede, outro tipo) * Extracção mineira (artesanal, industrial) * Industria Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 13 * Energia * Construção (inclui produção artesanal ou industrial de materiais de construção) * Transportes e comunicações * Comércio, finanças (informal, formal retalhista, formal grossista, compradores de cereais e culturas de exportação) * Serviços (inclui turismo) * Outra 7 Existem no distrito actividades industriais ou de outro tipo que são fontes de poluição (descarga de água...) Actividades consumidoras de água 8 Quais são os agricultores privados/associações de agricultores que estão estabelecidos no distrito ( nome, localização) 9 Quais são os agricultores/associações que têm sistemas de rega ? (nome, localização) 10 Quais são as formas de captação da água? (nome do agricultor/associação, por gravidade, bombagem). Onde ? 11 Existem, pequenas barragens no distrito ? Onde ? Qual o estado de conservação ? 12 Existem outras actividades industriais ou doutro tipo que utilizam água dos rios, lagos, represas e nascentes? Quais ? (tipo de actividade, nome da pessoa/organização, localização) 13 De onde obtêm a água para as suas actividades (rio, lago, nascente, furo, albufeira) ? Nome. 14 Quais são os que têm sistemas de bombagem (motobombas, electrobombas..) 15 Existem pequenos sistemas de abastecimento de água no distrito? Onde?(posto administrativo, comunidade) 16 Qual é a fonte de abastecimento utilizada por estes sistemas ? (rio, nascente, outro) 17 Existem no distrito Comités de Água que se encontram organizados conforme uma área maior que não seja apenas a bomba de água ? (por localidade, por regulado, por posto administrativo, por distrito) Organizações e associações que trabalham no dstrito 18 Quais são as ONGs e associações que existem ou que trabalham no distrito? ( nome; localização). 19 Quais são as áreas de actividade destas organizações ou associações? Quais são aquelas que trabalham com mulheres (nome da organização, áreas de actividade) Planos de desenvolvimento do distrito/ município 20 O distrito tem um plano de desenvolvimento? Se sim é possível ficar c/ cópia ? Se não têm, existe alguma perspectiva do distrito vir a ter um plano de desenvolvimento ? 21 Existem no distrito estruturas que estão envolvidas nos planos de desenvolvimento do distrito ? Qual é a avaliação do seu funcionamento (inoperacional, operacional activa, inactiva) ? A nível das comunidades ? (que nome têm, quantas, avaliação) A nível das localidades ? (que nome têm, quantas, avaliação) A nível dos Postos Administrativos ? (que nome têm, quantas, avaliação) A nível dos regulados ? (que nome têm, quantas, avaliação) A nível do distrito ? (quem são as pessoas que participam) Conclusão a) agradeça b) entregue a brochura nomeadamente : seminários dirigidos e seminários gerais Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 c) informe os passos seguintes, page 14 Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 15 G 02 Guião de entrevista semi-estruturada Com Associações e ONGs PARTE 1 - INTRODUÇÃO Informe o entrevistado sobre: a) ARA-centro b) O projecto c) e os objectivos da entrevista PARTE II – RECOLHA DE INFORMAÇÃO 1. Qual é a actividade que realiza? (agricultura, agua, saude, educação etc) Desde quando ? Onde (Localidades e comunidades) 2. 3. 4. 5. Esta ONG trabalha com associações? Quais e onde se encontram localizados? Qual é o numero de associados de cada uma delas ? Quais são os associados com motobombas ou outro sistema de rega ? Quais são os associados que usam regadios por gravidade? E a sua localização e a area trabalhada? 6. Qual é o numero de associados com represas, sua localização e a area trabalhada? 7. Qual é a quantidade de agua que gastam ? 8. Tem algum actividade de proteção ambiental ? Qual? Aonde ? 9. Nas actividades tem medidas contra a erosão ? 10. Existem outras ONGs que trabalham em apoio das associações locais? 11. Conhece algum agricultor privado que actividades neste distrito? Se sim, quais (nome e localização) 12. Quais são as associações afectadas pelas cheias e inundações de 2000/2001 PARTE III - ENCERRAMENTO a) Agradeça b) Entregue a brochura c) Informe dos passos seguintes, nomeadamente: 1) seminários dirigidos e seminários gerais. Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 16 G 03 Guião de entrevista semi estruturada com DPADR e S.P. Geografia e Cadastro. P ARTE 1 - INTRODUÇÃO Informe o entrevistado sobre: b) ARA-centro b) O projecto c) e os objectivos da entrevista PARTE II – RECOLHA DE INFORMAÇÃO 1. Que tipo de licença são emitidas ( exploração agricola, florestal, mineira). 2. Quais os pedidos de concessão de terras para exploração ? Nome do requerente Nacionalidade Area solicitada Localidade Fim a que se destna Ponto de situação actual: autorizado, indeferido ou aguarda resposta 3. Quais as empresas com represas diques e qual a sua localização 4. Que registos possuem sobre os utilizadores de motobombas? PARTE III - ENCERRAMENTO d) Agradeça e) Entregue a brochura f) Informe dos passos seguintes, nomeadamente: 1) seminários dirigidos e seminários gerais. Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 17 G 04 GUIÃO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA COM EMPRESAS DE ÁGUAS PARTE 1 - INTRODUÇÃO Informe o entrevistado sobre: c) ARA-centro b) O projecto c) e os objectivos da entrevista 1. 2. 3. 4. 5. 6. Qual é a forma de captação de água da empresa? Quantas bombas tem? Aonde se situam? Que Rio Trabalham simultaneamente? Qual é a capacidade de cada uma? Qual o numero de horas de bombagem por cada bomba? Qual o caudal diário/mensal 7. Quais são os grandes consumidores da empresa? 8. Quais são os critérios da sua definição? 9. Existem outros consumidores de água que não sejam clients da Empresa ? 10. Tem conhecimento de outras instituições que retiram a água na mesma area? 11. Que tipos de obras em curso ou futuras a empresa tem na bacia de pungoe? 12. Se existem obras em curso ou futuras quais instituições estariam envolvidas? 13. Quais empresas ou organizações que tem acordo com esta Empresa para a exploração conjunta da bacia do pungoe. 14. Foi esta empresa afectada pelas cheias e inundações de 2000/2001? PARTE III - ENCERRAMENTO g) Agradeça h) Entregue a brochura i) Informe dos passos seguintes, nomeadamente: 1) seminários dirigidos e seminários gerais. Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 18 Annex 2.1: Detailed travel/work plan March – April 2003 Projecto da Bacia do Rio Pungue Componente de participacao dos stakeholders Programa de Trabalho Dfetalhado dos Meses de Marco e Abril Marco Dias dos Meses de Marco e Abril 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 8 9 Abril 17 18 19 20 21 8 9 24 25 26 27 8 9 30 31 1 2 3 4 8 9 7 8 9 10 11 8 9 14 15 16 17 18 Fases Preparatoria Trabalho de Campo Relatorios e planificacao das fases seguintes Actividades Conclusao do brochura Preparacao e Teste dos questionarios Recolha de dados nas sede dos distritos Nhamatanda Gondola Dondo Gorongoza Macossa Barue Manica Muanza Analise dos questionarios Introducao de dados Preparacao das fases seguintes Staff Ben Lamoree Mario Rassul Jose Maria Macedo Bento Salema Carlitos Omar Melembe Trabalho na Beira Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 Trabalho fora da Beira Tempo inteiro page 19 Tempo parcial Fim de semana 8 9 Annex 2.2: Work plan March – July 2003 Projecto da Bacia do Rio Pungue Componente de participacao dos stakeholders 3 Marco 17 10 24 31 7 Abril 14 21 28 5 Maio 12 19 26 Fases Preparatoria Trabalho de Campo Relatorios, seminarios e workshops Actividades Conclusao do brochura Preparacao e Teste dos questionarios Recolha de dados nos distritos Processamento e introducao dos dados Planificacao das fases seguintes Seminarios e Workshop Staff Ben Lamoree Mario Rassul Jose Maria Macedo Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 20 2 Junho 9 16 23 30 7 Julho 14 21 28 Annex 3: Stakeholder Brochure (Portuguese) Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 21 Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 22 Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 23 Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 24 Pungue Project Stakeholder Participation Component Report of Startup Week 3 – 8 March 2003 page 25 Annex 4: Stakeholder Database Input and Output Screens General Database Overview Screen Input Screen Stakeholder Registration (Part 1) Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé Input Screen Stakeholder Information (Part 2) Output Screen Stakeholder Report Form Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé ANNEX 2 FIELDWORK REPORTS OF THE STAKEHOLDER INVENTORY IN MOZAMBIQUE (IN PORTUGUESE) Março de 2003 2 1. Introdução No âmbito da estratégia conjunta da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo onde se propoêm gerir a bacia em conjunto, bem como a constituição dos Conselhos e comités de Bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e Consultores do Projecto Bacia do Pungoè trabalhou entre os dias 18 a 20 Março do corrente ano no distrito de Bàrué, com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com as associações, ONGs e utentes da bacia do Pungoè. A equipa era composta por : • • • 2. Sr José Maria João Macedo dr Carlitos Omar – ARA Centro Engº António Melembe Objectivos da visita • • • • Identificação dos stakeholderes existentes no distrito Conhecimento sócio económico do distrito Identificação de obras hidráulicas existentes no distrito Divulgação de informações sobre o projecto. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito ( demografia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de água, infra estruturas hidráulicas e relação dos stakeholders identificados). 3. Instituições e pessoas relevantes identificadas pela visita 3 Tipo de Instituições e pessoas Governamentais ONG’s e Associações Empresas privadas ou públicas Contactadas Não contactadas • Administração do Distrito (Director da Agricultura) • DDADRural • P.A. de Nhambassa • Conselho Municipal Catandica • Africare • Associação Agro-pecuária Kulima Kua Canaca • Ilda da Conceição Pegacho (Farma) • Fernando Campira (pequeno agricultor) • Pita Waziwei (pequeno agricultor) Felicidade (farmeiro • Herdade • zimbabweano) Catandica Ranch Zimbabweano ) (farmeiro. 4. Descrição sócio-económica do distrito de Barue 4.1 Divisão Administrativa e poder tradicional • • • • • • • • • • • • • Saimone Itai E. Massanduzi Jossefa Sebastião Dzindua Ananias Criane Dzindua Jemusse Itai Massanduzi Tom’e Maximo Filimone Mandiriza Eduardo Nezibeti Alberto Feniasse Jemusse Sirio Mawi Paulo Chekua Ismail Fione Olivea Jacob Elias Pambukeni. O distrito de Baruè tem a superfície total de 1739 km², 81 002, dividido em 3 Postos Administrativos: • Choa com uma área de 832 km² dos quais 363.00 km² está dentro da bacia a que corresponde a 44% ; • Catandica com uma área de 2953.3 km² dos quais 2950.50 km² está dentro da bacia a que corresponde a 100% • Nhampassa com uma área de 1985.0 km² dos quais 778.76 km² está dentro da bacia a que corresponde a 39%. Neste momento as funções administrativas do Posto administrativo de Choa são exercidas pela Administração do distrito. O distrito possui 7 regulados. A lista regulados será fornecida na segunda visita ao distrito. 4.2 Demografia 4 O quadro abaixo indicado resume as principais movimentações de população observadas no distrito : Tipo de movimentação da população Para o distrito definitiva ou temporariamente Proveniência Locais de fixação Motivos Guro e Changara (Província de Tete) Sede do Distrito Localidade de Nhauroa Para fora do Distrito Nada a assinalar Nada a assinalar Procura de terras férteis Procura de pastagem para o gado Nada a assinalar 4.3 Principais actividades económicas do distrito 4.3.1 – Agricultura e criação de gado Sector familiar A agricultura constitui a base de alimentação e de rendimento. O milho, mapira, mexoeira, feijões e a batata constituem principais culturas alimentares. O algodão e o tabaco são as principais culturas de rendimento (produção auto-fomento e por contrato). Associações. O movimento associativo no distrito é muito recente, promovido no âmbito da extensão rural. Existem apenas 2 associações agrícolas ainda não formalizadas, representando o interesse dos seus associados. Agricultura sector privado. De acordo com a postura do Governo Provincial, a maior parte dos agricultores privados será enviado para o distrito de Bárue. Não existe um cadastro actualizado sobre os pedidos de ocupação de terras por parte de agricultores privados, mas de acordo com o Director Distrital de Agricultura de Barue cerca de 22 pedidos de ocupação de terras, por parte de agricultores de capitais Zimbabweanos deram entrada na DPA Manica. Logo que estes processos estiverem concluidos serão encaminhados para a localidade de Honde (Inhamotemo). O critério de escolha deste local é a densidade populacional relativamente baixa e com condições agro-ecologica favorável. Existem no distrito seguinte agricultores privados: ( Ver o quadro a baixo ) Nome do Agricultor Ilda da C.Pegacho Área ocupada 1000 ha Actividade a desenvolver Infra estruturas de água Agro-pecuária: possui 236 - Motobomba cabeças de gado bovino,144 - Barragem suinos, 134 caprinos,196 5 Pita Waziwei 1000 ha Catandica Ranch 2000 ha Herdade Felicidade 1000 ha ovinos e mais de 500 aves de capoeira -Agricultura: cultivo de girassol e hortícola. Agro-pecuária: criação de gado,instalação de um matadouro e moagem industrial Agricultura: Produção de Tabaco. - Barragem Irá construir barragem no Nhamatema. Irá construir um barragem para irrigação. 4.3.2 - Exploração florestal Após a assinatura do acordo geral de paz houve uma entrada massiva de madeireiros, havendo neste momento o esgotamento de algumas espécies (umbila, panga-panga, chanfuta e umbawi). 4.3.3 - Pesca A pesca não constitui uma actividade tradicional para a população do distrito, ela é feita por um limitado número de camponeses para o consumo. Não existem potencial pesqueiro, a DDADR pretende desenvolver a piscicultura.(não nos foi informado o modo como será desenvolvido esta actividade). 4.3.4 - Industria A industria predominante no distrito é a industria moageira. 4.3.5 - Energia O fornecimento da energia ë feita pelas linhas da EDM, provenientes de Cabora Bassa. 4.3.6 - Transporte e comunicação O sistema de comunicação usado no distrito é por via rádio. Está em curso as obras de instalação do telefone digital. 4.3.7 - Comércio e finanças O comercio informal é o mais predominante. Apenas existem 2 lojas (beneficiaram do FARE). O comércio informal abunda em todos todos pontos do distrito. Não existem projectos de apoio em micro finanças. 4.3.8 - Serviços e turismo. Existem 2 pensões em funcionamento na sede do distrito. 4.4 uma rio Potencialidades e perspectivas de desenvolvimento do distrito 4.4.1 - Agricultura. 6 • • • • Vinda de mais agricultores privados de capitais Zimbabweanos. Já existem 22 pedidos de ocupação de terras por parte de agricultores privados de capitais Zimbabweanos com processos em curso. com apoio da GPZ será implementada um projecto de fomento de tracção animal para os camponeses, com vista a aumentar suas áreas de cultivo (60 animais). O projecto irá beneficiar camponeses das províncias de Sofala (Gorongosa e Maringue) e Manica (Barue e Macossa). Criação de um centro de prestação de serviços agrícola (aluguer de maquinas) Formação dos camponeses da Serra Choa em técnicas de conservação do leite e transformação em derivados. 4.4.2 - Pesca Prevê-se a introdução da piscicultura. 4.4.3 - Comercio e Finanças Prevê-se a instalação dos escritórios da Cessi roses (ONG estrangeira) que irá apoiar os comerciantes locais em micro créditos, assessoria do mercado e na comercialização agrícola. 4.4.4 - Serviços e Turismo Projecta-se a criação de uma instância turística na Serra Choa. 5 Stakeholders existentes: Governamentais Administração do Distrito (Administrador e seu substituto ausentes) Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural Posto Administrativo de Nhambassa Associações Africare Associação pecu’aria Kulima Kwa Canaca Utentes • • • • • • Catandica Ranj- farmeiro Zimbabweano. Herdade felicidade Piter Waziwei Conselho Municipal Ilda da C. Pegaço Fernando Campira 6. Principais infra estruturas hidráulicas identificadas: • Sistema de Abastecimento de Água do Município. 7 • • Ilda da C. Pegaço- moto bomba, barragem. Piter Waziwei- Barragem. 7. Anexos Encontram-se anexo o resumo das entrevistas conduzidas no distrito. A ficha de stakeholders cujo o modelo se anexa foi já introduzida na base de dados existentes. Em anexo apresenta-se o relatório imprimido a partir da base de dados. Anexo 1 - fichas de Stakeholders - 12 Anexo 2 - Dados sobre a comercialização agricola 1999-2002 Anexo 3 - DDADR lista de associações, pequenos agricoltores e camponeses no sector familiar Anexo 4 - Sistema de regadio no sector privado 8 Segunda fase de trabalho de campo dos Stakeholders no Distrito de Bárue (28 a 31 de Julho) Tipo de Stakeholders 1.Utentes Nomes Contactados Catandica Ranch Peter Waziwey Associação dos Irrigantes de Inhambue Mozambique Leafe Tabaco Localização e actividades Observação Está implantado na zona de Nhamatema possui 2000 ha, prevê construir uma barragem no rio Nhamatema com capacidade de retenção de 100000 m³, total de area a ser irrigada 450 ha. Prevé também usar águas do rio Inhazónia para irrigação. Está a comprar o milho junto aos camponeses locais e o processamento da farinha de milho e futuramente irá cultivar milho, soja e girasol Tem 52 ha na zona de Inhazónia, dedica-se a produção de girassol, milho e horticolas, criação de gado bovino. Faz regadio por gravidade, fonte de captação – montanhas. Através de experiências ganhas na Etiopia e no Zimbabwe na compania de amigos constituidos em associação prevêm construir uma feira de artesanatos em catandica. Associação dos Irrigantes de Inhambue (em formação). Não sabe o número de associados que beneficiam-se do regadio, quantidade da área irrigada e a quantidade de água que é usada, o regadio foi construído pelo Município, captam a água por gravidade na nascente da Serra Chôa. Os beneficiários do regadio dedicam-se a produção de horticolas. Fazem parte do Conselho de direcção da Associação os senhores Jasten, Pita Waziwey e o Presidente do Município. É uma firma Norte americana implantada em Manica neste momento está a fazer o fomento da cultura do tabaco. A firma não possui terras . O investimento da firma é feito através de agricultores zimbabweanos e Sul Africanos neste momento descapitalizados, estes recebem o financiamento da Mozambique Leafe Tabaco para o cultivo do tabaco num periódo de 2 anos. Após este periódo os agricultores poderão decidir se continuarão a produzir o tabaco ou não. O consórcio dos agricultores denominado por Sangen é formado por 5 empresas nomeadamente a Humbe Ranch, Sanger, Ballanson Agricola Lda, Agri Pungoè e Casa Branca. 5000 ha é a área total ocupada pelo consórcio, cabendo a cada um 1000 ha. A zona onde estão instalados chama-se Hombe, nas duas margens do rio Inhazónia. Prevê-se que todos irão fazer culturas de regádio usando motobombas e o uso de fertilizantes. São no total 5 agricultores a se instalar naquela zona próxima do rio Inhazónia, todos prevêm fazer regádio. Actualmente estão a fazer derrubes das florestas, lavras dos campos e cultivo de viveiros do tabaco. Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades . Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades Novo stakeholders foi visitado na 2ª fase do trabalho de campo. Novo stakeholders foi visitado na 2ª fase do trabalho de campo. 9 Conselho Municipal de Catandica Ilda Pegache Não Contactados 2.Governo Contactadas Herdade Felicidade • Faz o abastecimento de água potável á Vila de Catandica. Tem uma capacidade de armazenamento diário de 160 m³de água. A captação é feita por gravidade na nascente. O Município gasta diáriamente 60 m³ de água para cerca de 6000 consumidores. Há projecto de expansão da rede para os diversos bairros da edilidade. Construiram uma vala de drenagem na Serra para descargas, a mesma água beneficia a associação dos irrigantes de Inhambue e familias adjacentes para produção de horticolas. O Município extraiu a amostra da água captada na nascente para análise na Suíça e EUA e concluí-se que a água captada naquela nascente tem boas qualidades e é uma das melhores do país. Cerca de 3 empresários manifestaram o seu interesse na captação e engarrafamento da água mineral. Tem 1000 ha , faz produção de horticolas, cereais e pecuária (236 cabeças de gado bovino, 144 de suino, 134 de caprinos e mais de 500 aves de capoeira. Fornece sementes de batata a Semoc e é sócia fundadora da Cooperativa de batatas de Chimoio,Tem pretenções no futuro de produzir o girassol, tabaco e processamento de carne e seus derivados. Neste momento ocupa cerca de 500 ha total de área cultivada, não sabe dizer total de área irrigada e a quantidade água que utiliza, uma pequena barragem sobre o rio Inhamburo e faz captação por gravidade na nascente de Cancamira. Queixase do problema de água, alguns camponeses do sector familiar residentes no monte Cancamira que fazem suas machambas nas zonas altas desviam água da nascente para irrigação dos seus campos. Rio Inhazónia 1000 ha Prevê produzir tabaco e paprika Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades Novo stakeholders mas não foi possivel contacta-lo . Serra Lda Na zona de Inhamissundo 800 ha , prevê fazer regádio rio Malomué Novo stakeholders mas não foi visitado contacta-lo Boa sorte Rio Inhazónia 1000 ha Novo stakeholders mas não foi visitado contacta-lo Já contactada na 1ªfase nesta serve para um Informe sobre os objectivos da 2ª visita e entrega do convite do mini workshop Administração do Distrito 10 • DDADR Contactadas • UCAMA (União Camponeses de Manica) Não Contactadas • • AFRICARE Associação de Cumboedza Associação Hama Ybadza Associação Tamuca Associação Simba Maoco Associação Guesha Associação Chekwaedzera Associação Chingai Associação Tarissai Associação Thepera Associação Chiona Maededza Associação Tachinga 3. ONGs e outras entidades • • • • • • • • • • Recolha de informações sobre: • Vinda de novos agricultores ( Sangen Consórcio de agricultores da RSA e zimbabweanos que de princípio eram 11 e requeriam 11000 ha na zona de Hombe para produção de tabaco, feito o parcelamento de terras havia conflitos de terras com a comunidade local, decidiu-se desanexar os 6000 ha, provavelmente os 6000 ha estarão na outra margem da estrada na zona de Cagoa, tudo está dependente do estudo a se realizar. Estão implantados no distrito de Báruè a cerca de um mês nesta altura estão a fazer a inventariazação das associações de camponeses existentes no distrito. Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades Novo stakeholders foi visitado na 2ª fase do trabalho de campo. Novos stakeholders mas não foi possivel contácta-los. 2 Fichas de stakeholders 11 12 13 1. Introdução No âmbito da estratégia conjunta da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo onde se propoêm gerir a bacia em conjunto, bem como a constituição dos Conselhos e Comités de Bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e Consultores do Projecto Bacia do Pungoé trabalhou no distrito de Manica no dia 23 de Abril do corrente ano, com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com as associações, ONGs e utentes da bacia do Pungoé. A equipa era composta por: • Eng Manuel Fobra- ARA- Centro • Eng António Alves- Project team leader • dr Carlitos Omar – ARA Centro • Eng António Melembe 2. Objectivos da visita . Identificação dos stakeholderes existentes . Conhecimento sócio económico do distrito . Identificação de obras hidráulicas existentes . Divulgação de informações sobre o Projecto Pungoé. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito (demografia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de água, infra estruturas hidráulicas), bem como apresenta uma relação dos stakeholders identificados. 3. Instituições e Pessoas Identificadas Tipo de Instituição e pessoas Contactadas Governamentais ¾ Administração do Distrito. ¾ Posto ad. Vanduzi Privadas Associações ¾ AUSMOZ ¾ Associação dos Camponeses . Nhaumbwé Não Contactadas ¾ DDADR ¾ DDOPH ¾ Sagrev ¾ Associação Maio 1º de 4. Situação Sócio- Económica do Distrito. 14 O Distrito de Manica tem uma superficie de 4428,4 km² dos quais 2113,4 e a área que está dentro da bacia a que corresponde 48% da área total. Administrativamente o Distrito está dividido em 4 postos administrativos: ¾ Mavonde: localizado 87% da sua área dentro da bacia. ¾ Vanduzi: Localizado 67% da sua área dentro da bacia. ¾ Messica: Fora da bacia do Pungoé ¾ Machipanda: Fora da bacia do Pungoé 4.1. Demografia O Distrito conta com uma população de cerca de 155.000 ha, mas as estimativas feitas pelo governo local indicam que actualmente está na ordem dos 175.000 habitantes. A migração da população é notória, os maiores movimentos registam-se mais no sentido de imigração, pois que, a maioria da população prefere vir para Manica devido a facilidade de fazer negócio ao longo da fronteira com o vizinho Zimbabwe, mas regista-se também a saida para os principais centros urbanos como: Beira, Chimoio e para o sul do país, a procura de melhores condições de trabalho e de vida em particular. 4.2. Principais Actividades económicas do Distrito 4.2.1. Agricultura Manica é, por sinal, uma região agricola apresentando boas condições para a prática desta actividade, aliada ao tipo de clima que é propício para o desenvolvimento das culturas. Sector Familiar Neste sector, a actividade agrícola constitue a base de subsistência da população . As principais culturas são: Milho, Mapira, arroz, feijões, horticolas, sendo estas para o consumo e para pequenas vendas e ainda a cultura de tabaco, algodão como culturas de rendimento. A actividade agrícola é muitas vezes associada a actividade pecuária. Em forma de Associados e Privados Actualmente encontra-se em fase muito avançado a criação de associações de camponeses como forma de auto sustento. Destacando-se a existencia de duas associações no posto administrativo de Vandúzi, no povoado de Belas nomeadamente: Associação de Camponeses de Nhaumbwé e 1° de Maio. Em termos de agricultores privados a que destacar a empresa Ausmoz, que a equipa de trabalho teve a oportunidade de visitar, e a SAGREVE. 4.2.2. Exploração Florestal O Distrito de Manica é rico em recursos florestais destacando-se as seguintes espécies mais predominantes: Eucaliptos, Panga-panga, Umbila, Pau-preto, Mussassa, etc. Destaca-se uma larga 15 exploração florestal Machipanda. de privados principalmente no posto administrativo de Messica e 4.2.3. Pesca e Caça Esta duas actividades constituem o complemento das actividades económicas da população de Manica. A caça é feita na vasta mata do distrito, a pesar de proibida em certas áreas e para certas espécies, a população tem a desenvolvido de uma forma clandestina. A pesca, uma actividade não tradicional para aquela população, é feita nos princiapis rios e riachos que correm naquele distrito,destacando-se as seguintes espécies: Mussopa, Gapanhi, Pende, etc. 4.2.4.Indústria A nível do Distrito destaca-se as seguintes Indústrias: Moageiras, de Calçados (Afrotex), de Tabaco e a Vumba 4.2.5. Energia O abastecimento da energia electrica ao distrito é feita a partir da barragem de Chicamba Real, isto faz com que a vila não tenha problemas em relação a corrente electrica. 4.2.5. Extracção Mineira O Distrito tem um elevado potencial mineiro. Destaca-se aqui a extracção mineira do ouro. Esta actividade tem provocado problemas ambientais, com consequências desastrosas, uma vez que os garimpeiros, principalmente, na região de Mimosa, lavam o ouro no rio poluindo assim as águas,estas vão-se alastrando até ao Honde e ao Pungóe, com o resultado que se pode observar neste último rio, em que a água é imprópria para o consumo humano. A AUSMOZ, também dedica-se esta actividade, porém fazem alguma acções de protecção ambiental. O fundo Mineiro tem também desenvolvido certas actividades como forma de minimizar os impactos negativos, incentivando os garimperos para formarem associações com vista a uma melhor coordenação nas suas actividades. 4.2.6.Transportes e Comunicação O distrito de Manica é rico neste sector, pois é atravessada pelo corredor da Beira que liga o porto da Beira á vila de Machipanda, possuindo assim uma estrada transitável ao longo de todo ano e caminhos de Ferro. Em relação a comunicação, a vila possuem um sistema digital de comunicação e beneficia-se da rede de telefónia movél. 4.2.7. Comércio e Finanças. Existe actualmente um crescente comércio formal, destacando-se as hotelarias , as lojas a retalho e agrosso e um comércio informal também em crescente progressão . Acrescentar ainda, a existencia de Cambistas não licenciados, o que preocupa a autoridade local uma vez que o distrito nada ganha por esta actividade. 4.3.7. Abastecimento de água O Distrito abastece-se apartir de um pequeno sistema que pertecia ao C.FM., a água é captada a partir do monte Vumba e daí desce por gravidade até aos reservatórios onde é tratada e distribuida 16 a vila. Existe um projecto para a reabilitação do antigo sistema,mas os custos são muito elevado, daí ficando-se a espera do possivel finaciamento. 5. Potencialidades e Perspectivas de Desenvolvimento. Existem grandes perspectivas para o desenvolvimento do distrito, podendo-se mencionar entre as várias as seguintes: ¾ O projecto de exploração das águas Vengo e Garuso e a pedreiras naquela área. ¾ Instalação de sistema de abastecimento de água a Vila de Méssica. ¾ Reabilitação de pequeno sistema de abastecimento de água de Vandúzi. 6. Stakeholders existentes. Governamentais. ¾ Administração do Distrito ¾ Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural Associações e ONGs ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Associação camponeses de Nhaumbwé Associação 1º de Maio ACDI-Voga Cruz Vermelha Caritas GTZ UCAMA Cuaezte America Frense Africare ANDA Utentes ¾ AUSMOZ ¾ SAGREV 7- Plano de Desenvolvimento Distrital O plano de desenvolvimento distrital está em fase de triagem, segundo o administrador, garantese que a sua versão final sairá em Maio. Esta deve apoio da GTZ e da direcção provincial de Plano e Finanças. 8- ANEXO Ficha de Stakeholders. 17 Segunda fase de trabalho de campo dos Stakeholders nos Postos Administrativos de Vanduzi e Mavonde (1 de Agosto) Tipo de Stakeholders 1.Utentes 2.Governo 3. ONGs e outras entidades Contactados • Nomes Inácio Nunes Não Contactados • ADPP- • Cudhja Buino • Farmeiro Português • Chefes dos Postos Administrativos de Vanduzi e Mavonde Contactadas Contactadas Localização e actividades Chitundo, criação de gado e produção de cereaissequeiro • Rio Mucumbezi, plantio de árvores de frutas • 650ha, Mucumbezi Pungoè Sul, cultivo de milho e horticolas • • 900 ha, culturas de regadio, rio Maunde- Mucumbezi O Posto Administrativo de Vanduzi forneceu-nos uma lista contento o nome de 40 requerentes autorizados desde oano 2000, contendo respectivas áreas e actividades, destes, não existe nenhum com actividades implantadas na bacia do pungoè, não só, muitos destes apenas requererama ocupação de terras e não desenvolvem nenhuma actividades Observação Novo stakeholders foi visitado na 2ª fase do trabalho de campo. Novo stakeholders foi visitado na 2ª fase do trabalho de campo. Novo stakeholders foi visitado na 2ª fase do trabalho de campo. Novo stakeholders foi visitado na 2ª fase do trabalho de campo. Já contactada na 1ª fase,na 2ªserviu para um Informe sobre os objectivos da visita e entrega do convite para o mini workshop. As associações existentes estão fora da bacia do Pungoé. Não Contactadas 1 Ficha de stakeholders 18 19 1. Introdução No âmbito da estratégia conjunta da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo onde se propoêm gerir a bacia em conjunto, bem como a constituição dos Conselhos e Comités de Bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e do Projecto Bacia do Pungoé trabalhou no distrito de Macossa no dia 24 de Abril do corrente ano, com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com as associações, ONGs e utentes da bacia do Pungoé. A equipa era composta por: • Eng Manuel Fobra- ARA- Centro • Eng António Alves- Project team leader • dr Carlitos Omar – ARA Centro 2. Objectivos da visita . Identificação dos stakeholderes existentes . Conhecimento sócio económico do distrito . Identificação de obras hidráulicas existentes . Divulgação de informações sobre o Projecto Pungoé. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito (demografia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de água, infra estruturas hidráulicas) bem como apresenta uma relação dos stakeholders identificados). 3. Instituições e Pessoas Identificadas Tipo de Instituição e pessoas Contactadas Governamentais ¾ Administração do Distrito. Privadas Associações - Não Contactadas ¾ DDADR ¾ DDOPH - 4. Descrição sócio- Económica do Distrito 4.1 Divisão Administrativa O Distrito de Macossa tem uma área de 9635,6 km² dos quais 5460,2 km² é a área que está dentro da bacia o que corresponde a 57% da área total. Administrativamente possue 3 postos administrativos: ¾ Nguawala: localizado 100% dentro da bacia. ¾ Posto Sede: Com 37% da sua área dentro da bacia. ¾ Nhamagua: Com 66% da sua área dentro da bacia A nível do poder tradicional existem 4 regulados: ¾ Nhauca ( No Mussancassi-Sede ) 20 ¾ Sawege ( Em Nhamagua ) ¾ Xitique( Em Nguawala) ¾ Nhawada( No posto sede) Macossa ascende a categoria de distrito a 10 de Julho de 1980. Antes era um posto administrativo do distrito de Barué. Mais de metade do distrito encontra-se dentro das coutadas 9 e 13, ocupando só a coutada 9 quase metade da área do distrito. 4.2. Demografia. Macossa conta actualmente com uma população de 15.325 habitantes . A migração da população é muito notório, principalmente a emigração, na procura de melhores condições de vida, principalmente melhores terras para a prática de agricultura, visto que a nível local as terras para a prática desta actividade são escassas, principalmente devido a falta de água. A zona mais procurada pela população é a região de Dunda, no posto administrativo de Nhamagua, devido a relativa facilidade da prática da agricultura. 4.3. Principais actividades económicas do distrito. 4.3.1- Agricultura Agricultura é a base de subsistência da população. As principais culturas são: Milho, Mapira, Mexoeira, batata-doce. A água é um dos factores limitante para o desenvolvimento desta actividade, razão pela qual a maioria da população desloca-se para as margens do rio Phandira em Dunda a fim de praticar esta actividade. As populações do distrito estão muito habituados com o programa comida pelo trabalho, o que contribui, negativamente para o desenvolvimento das suas faculdades fisicas e mentais. A nível do distrito não existe nenhuma associação de campones e nem qualquer agricultor privado. 4.3.2. Exploração Florestal Macossa é um distrito rico em recursos florestais. A exploração florestal poderia tirar o distrito da situação de pobreza em que se encontra, porém, nada é permitido desenvolver na sua vasta mata, pois como se disse, mais da metade da sua área encontram-se em onde é proibido desenvolver outras actividades económicas . Da actividade de coutadas, o distrito nada ganha, pois segundo o administrador,os beneficios são recolhidos directamente pelo governo central . 4.3.3- A pesca e Caça A pesca não constitui uma actividade tradicional da população local, porém desenvolvem-se algumas actividades ao longo dos rios que correm na região. A caça, apesar de proibida é uma actividade que a população tem desenvolvido de uma forma clandestina. 4.3.4- Industria O distrito não possue nenhum tipo particular de Industria, sendo a destacar apenas as moageiras 4.3.5. Energia. O distrito não se beneficia da energia electrica, salvo as algumas organizações, como a FAO, que possue gerador. 4.3.6. Transportes e comunicação 21 Macossa tem a grande vantagem de possuir duas entradas para a vila, pode-se lá chegar a partir de Catandica com cerca de 85 Kms e ou ainda a partir de Gorongosa na província de Sofala a 50 Kms desde o cruzamento com EN1. As estradas são relativamente transitáveis. A comunicação só é possivel atráves da rádio, pois não existem telefones. 4.3.7.Comércio e Finanças. Ao nível do distrito não existem estabelecimentos comerciais formais, sendo apenas de destacar o comércio informal, constituido por bancas móveis e fixas. 4.3.8. Abastecimento de água O distrito abastece-se a partir de água captada num furo. Esta água é elevada para um tanque e dai é distribuida algumas casas na vila. 5.Potencialidades e Pespectivas Uma das potencialidades de Macossa é o desenvolvimento da actividade de apicultura. Assim, constitui uma das apostas da FAO, o desenvolvimento desta actividade. Há ainda a pespectiva de construir uma represa, a exploração da madeira e negociações a nível central para a racionalização dos rendimentos das coutadas ao distrito, a instalação da corrente electrica. 6. Stakeholders Existentes. ¾ Administração Distrital. ¾ Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural Associações e ONGs ¾ UCAMA ¾ FAO ¾ Kulima Utente Não existe 7- Plano de Desenvolvimento Distrital O plano está em elaboração,o atraso para a sua finalização deveu-se a saida do seu maior financiador, o PDHL que terminou o projecto à sensivelmente a um ano. A FAO encarregou-se actualmente pela sua finalização. Anexo. Ficha de Stakeholders 22 MARÇO DE 2003 23 1. Introdução No âmbito da estratégia conjunta da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo onde se propoêm gerir a bacia em conjunto, prevê-se a constituição dos Conselhos e comités de Bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e Consultores do Projecto Bacia do Pungoè trabalhou no distrito de Gondola entre os dias 12 a 14 Março do corrente ano, com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com as associações, ONGs e utentes da bacia do Pungoè. A equipa era composta por: • Eng António Alves – Projecto Pungoé • Sr José Maria João Macedo • dr carlitos Omar – ARA Centro • Eng António Melembe – ARA Centro 2. Objectivos da visita . Identificação dos stakeholderes existentes no distrito . Conhecimento sócio económico do distrito . Identificação de obras hidráulicas existentes no distrito . Divulgação de informações sobre o projecto. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito (demografia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de água, infra-estruturas hidráulicas, bem como apresenta uma relação dos stakeholders identificados. 24 3. Instituições e pessoas relevantes identificadas pela visita Tipo de Instituições e pessoas Governamentais ONG’s,utentes e Associações Empresas privadas ou públicas Contactadas Não contactadas -Administração do distrito -Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural - DPADRural-Manica. -Viveiro de Bengo (DPADR Manica) ACDI VOCA (ONG) Magariro (ONG) Cooperativa 1.º de Maio (utente) Associação 16 de Junho (utente UDAC (utente) Citrinos de Chimoio/ JFS CFM Gondola Guilherme Nazário dos Santos Fernando Martene Abilio Antunes 4. Descrição sócio-económica do distrito 4.1 Organização administrativa e poder tradicional - Armindo Guilinde - Domingos Texeira - ADP-Manica -Tabacos de Manica. - Sociedade algodoeira O distrito está divido em 7 Postos Administrativos e 14 localidades, eis os nomes dos Postos Administrativos: • Macate totalmente fora da bacia do Pungoè • Zembe totalmente fora da bacia do Pungoè • Matsinho com uma área de 1306.3 km² dos quais 1213.13 km² está dentro da bacia a que corresponde 93% • Cafumpe com uma área de 774.5 km² dos quais 714.30 km² está dentro da bacia a que corresponde 92% • Amatongas com uma área de 837.1 km² dos quais 748.93 km² está dentro da bacia a que corresponde 89% • Inchope com uma área de 1016.9 km² dos quais 666.58 km² está dentro da bacia a que corresponde parcialmente banhado pela bacia em 66% e • Gondola Sede com uma área de 52.6 km² dos quais52.60 km² está dentro da bacia a que corresponde a 100%. Quanto ao poder tradicional, o distrito tem 6 regulados : • • • • • Régulo Baptista (abrange parte dos Postos Administrativos de Amatonga e Inchope) Rainha Ngomai (Posto Administrativo de Cafumpe) Régulo Nhaucaranga (Posto Administrativo de Zembe) Régulo Gaiola (Posto Administrativo de Matsinho) Régulo Chicanga (abrange parte dos Posto de Macate e Cafumpe) 25 4.2 Demografia O quadro abaixo indicado resume as principais movimentações de população observadas no distrito : Tipo de movimentação da população Para o distrito definitiva ou temporariamente Para fora do Distrito Dentro do distrito 4.3 Proveniência Locais de fixação Motivos Chibabava e Nhamatanda (Sofala) Gorongosa Tete vários Posto Administrativo de Inchope PA de Amatongas PA de Matsinho Cidades da Beira e Chimoio (temporário) Agricultura, vias de acesso e procura de mercados Vários (pouco frequentes) várias Procura de mercados para comercialização de excedentes agrícolas Esgotamento dos solos Hábitos Conflitos sociais Principais actividades económicas do distrito 4.3.1 – Agricultura e pecuária Sector familiar É a principal fonte de subsistência e de rendimentos. O sistema predominante é sequeiro, com áreas de cultivo não superiores a 10 ha. Em alguns casos é associado à criação de gado e aves de capoeira. As principais culturas são: milho, tubérculos, hortícolas. Existem camponeses com grandes porções de terra (culturas de rendimento como é o tabaco) e com pequenas barragens usando o regadio por gravidade .A área irrigada é inferior a 10 ha. As culturas irrigadas são as hortícolas. É possível duas épocas por ano. Associações de camponeses Existe um número considerável de associações de camponeses criadas pela ACDI VOCA e outras ONGs (ver anexo 6). Algumas destas associações apenas representam o interesse dos seus membros, outras possuem concessões de terras e pequenas barragens, produzem e vendem os excedentes quer por contratos quer através do fomento. As culturas são o gergelim, o girassol, o milho, feijões, tabaco, frutas e hortícolas. Algumas associações tem machambas parceladas e usam a barragem de um dos membros. Agricultura privada 26 Existem no distrito grandes explorações privadas como é o caso de Citrinos de Chimoio, Tabacos de Manica, Aviários e outras. Dados relativos ao sistema de regadio no sector empresarial e projecção de áreas trabalhadas são apresentados nos anexos 3. 4.3.2 - Exploração florestal • • • • O distrito é rico em florestas de espécies indígenas (umbila, panga-panga, mussassa), exploradas empresarialmente. A produção do carvão é feita de forma artesanal, estando neste momento interdita. Existem plantações de espécies exóticas como o eucalipto e o pinheiro (área e o sistema de irrigação serão fornecidos após a segunda visita) Outras espécies indígenas como o pau preto e o pau rosa são exploradas artesanalmente 4.3.3 - Indústria A industria de destaque no distrito é a madeireira e a panificação. 4.3.4 - Comércio e finança A rede comercial do distrito é assegurada pelo comércio informal e formal (apoiado pelo FARE). As instituições de apoio aos pequenos negócios CARE-CRESCE, IRDP (Integrad Rural Development Project – um projecto da Universidade de Pretória ) não tem escritório no distrito, mas tem actividades no local. 4.3.5 - Transportes e comunicações O distrito localiza-se ao longo do Corredor de Desenvolvimento da Beira (passam pelo distrito o Pipeline e a linha férrea). Existe uma estação de serviço da TDM, um tecelecentro, rede da mcel e Correios de Moçambique. 4.3.6 Serviços e Turismo Existe no distrito uma Pensão (Galo Verde). 4.4 Potencialidades locais e perspectivas de desenvolvimento 4.4.1 - Agricultura Prevê-se a implantação dos seguintes projectos de desenvolvimento: • Abilio Antunes requereu 7000 ha., para construção dum matadouro industrial, produção e processamento de soja. Prevê empregar 400 trabalhadores. • Aumento do número de farmeiros (não foi fornecido o número) nos Postos Administrativos de Cafumbe e Zembe para implantação de projecto agro-pecuários, processamento de frutas, leite, carne e derivados, tabaco , soja, girassol e gergelim. 4.4.2 - Energia Prevê-se a construção de uma subestação de fornecimento de energia no Posto Administrativo de Inchope bem como uma estação de abastecimento de combustível. 27 4.4.3 - Transporte e comunicações Prevê-se a construção de uma pista de aterragem de aviões e uma estação de serviços das TDM em Inchope. 4.4.4 - Turismo Prevê-se a construção de 3 Hotéis de 4 estrelas no Posto Administrativo de Inchope. 4.4.5 - Construção de infra estrutura hidráulica e sistema de abastecimento de agua • • Será construído um sistema de abastecimento de água privado para o Posto Administrativo de Inchope a partir do rio Metuchira. Está previsto para breve a reabilitação do sistema de abastecimento de Gondola pertencente a empresa CFM, a ser entregue a uma gestão privada. 5. Stakeholders identificados Governamentais • • Administração do distrito Viveiro de Bengo (Direcção Provincial de Agricultura e Desenvolvimento Rural) Associações e ONGs • • • ACDI VOCA Magariro UDAC Utentes • • • • • • • • • • • 6. • CFM Cooperativa 1º de Maio Associação 16 de Junho Guilherme José Nazário dos Santos Citrinos de Chimoio/JFS Fernando Martene Abilio Antunes Tabacos de Manica( por contactar) Sociedade Algodoeira (por contactar) Dom. Teixeira (por contactar) Armindo Guilinde (por contactar) Principiais infra estruturas hidráulicas. Sistema de abastecimento de água de Gondola 28 • (ver anexo Sistemas de regadio no sector empresarial e lista do Sr Melembe) 7. Anexos Encontram-se anexo o resumo das entrevistas conduzidas no distrito. A ficha de stakeholders cujo o modelo se anexa foi já introduzida na base de dados existentes. Em anexo apresenta-se o relatório imprimido a partir da base de dados. Anexo 1 Fichas de Stakeholders - 16 Anexo 2 Cadastro de infra estruturas hidráulicas - 12 Anexo 3- Levantamento de sistema de regadio no sector empresarial Anexo 4 – Projecção de áreas trabalhadas pelo sector familiar na campanha 2002/2003 Anexo 5 – Taxa do DUAT a pagar no ano 2003 Anexo 6 – Numero de Associações existentes em manica por cada distrito. 29 Segunda fase de trabalho de campo dos Stakeholders no distrito de Gondola (12 a 15 de Agosto) Tipo de Stakeholders 1.Utentes Nomes ¾ Localização e actividades Associação dos Irrigantes de N’tsingara Upenhi ¾ Contactados ¾ ¾ Associação dos Irrigantes do Monte Chimoio ou Bhasa y Chacha Cooperativa 1º de Maio ¾ ¾ Localizada no Posto Administrativo de Matsinho, ocupa uma área de mais ou menos 12 ha , na antiga farma de Rudiger Boye, trabalham nos campos individuais, praticam culturas de regadio como horticolas em áreas inferiores a 0.5 ha, as regas são feitas a manual com recurso a regadores, aproveitando-se da barragem existente no riacho Inhacisse. Futuramente os membros da associação, prevêm ter uma machamba colectiva (12 ha aumento da área de cultivo) para produção do girassol. O regime do riacho é sansonal o que afecta negativamente a barragem que na altura da visita o caudal era muito baixo. A associação tem 23 membros dos quais 19 são homens e 4 mulheres. Não sabem dizer o volume de água que gastam na irrigação. Situada na antiga farma de Almeida Magalhães, não sabem dizer a área total, mas sabem o total da área irrigada correspondente a 3 ha, existe 2 barragens alimentadas através duma fonte subterrânea. O regadio é feito por gravidade, a associação acaba de receber um apoio em equipamentos por parte da DDADR constituido por válvulas, tubagem de 20 polegadas e cimento para o melhoramento do sistema de regadio. Os membros da associação dedicam-se a produção de horticolas, cereais, girassol e tabaco. A associação tem 21 membros dos quais 18 são homens e 3 mulheres. Não sabem dizer o volume de água que gastam na irrigação. Situada na antiga farma de Miguel Marques/ Dimas, com uma área de 100ha dos quais 5 ha irrigáveis é ocupada por antigos trabalhadores da extinta farma que constituiram uma Cooperativa (13 membros dos quais 6 mulheres e 7 homens).Possuem 2 barragens, o caudal do rio é permanente, o regadio é feito por gravidade. A Cooperativa tem perspectivas para no futuro breve com o apoio da Empresa João Ferreira dos Santos produzirem tabaco, numa primeira fase de forma individual e mais tarde colectivamente. Não sabem dizer o volume de água que gastam na irrigação. Observação Novo Stakeholders contactado na segunda fase do trabalho de campo. Novo Stakeholders contactado na segunda fase do trabalho de campo Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades 30 ¾ ¾ ¾ Viveiro de Bengo José Nazário dos Santos Rainha Investiment Lda ¾ Localizado na zona do Bengo pertence a DPADR Manica é um Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase campo de produção de viveiros de plantas exóticas e fruteiras destinadas ao fomento e venda às empresas. Tem uma barragem, possuem uma área de 1.2 ha, 2 motobombas. Estima-se que gasta-se cerca de 4000 l/dia de água na irrigação das plantas. apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades ¾ ¾ Localizado no Posto Administrativo de Cafumpe, tem 700 ha, possui 2 barragens com seguintes dimensões (a primeira 30 m de largura, 300 m de comprimentos e 6 m de profundidade; a segunda com 30 m de largura, 100 m de comprimento e 3 de profundidade). Uma das barragens sofreu o efeito das cheias do ano 1999/2000 que será reparada ainda no presente ano. Nos anos passados usam barragens para irrigação do girassol e horticolas.Devido a falta de mercados para colocação de produtos e a destruição das barragens por forças das águas em 1999/2000 houve paralização das suas actividades. Neste momento está a negociar com a Mozambique Leaf Tabaco e a João Ferreira dos Santos para a introdução da cultura de tabaco usando o regadio a partir do próximo ano. Actualmente faz a produção de horticola em cerca de 2 ha e pecuária, gasta diáriamente cerca de 10000 l de água para horticolas e animais, esta água é captada a partir de 2 furos existentes. Trata-se de um cidadão Zimbabweano, com 50 ha situado no Posto Administrativo de Cafumpe, está em construção um matadouro industrial para o abate, processamento da carne e seus derivados. O arranque das suas actividades está condicionados a 2 factores fundamentais – água e energia. Quanto a água a zona onde ele está instalado apresenta problemas de água. Abriu-se 5 furos, só 2 dos quais saem água em quantidade relativamente baixa, longe de satisfazer as suas necessidades. Futuramente pensa construir uma barragem em outras áreas onde pensa fazer a criação de gado. No inicio das suas actividades irá optar pela compra de animais localmente. Quanto ao abastecimento de energia eléctrica no distrito de Gondola é gerida pela empresa CFM, fornecida só durante o dia até as primeiras horas da noite o que não favorece a actividade industrial. Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades. Novo Stakeholders contactado na segunda fase do trabalho de campo 31 ¾ Adérito Augusto Parra ¾ Antiga farma de Mendes/ Jorge Amaral, com uma área de 600 ha dos quais ± 25 ha irrigáveis (corresponde a área actualmente cultivada), tem 3 barragens, 1 assoreada, localizado no riacho Chipaco, dedicam a produção de horticola e criação de gado bovino, suinos,caprino e aves de capoeira. Possuem 6 motobombas (de 6 cilindros, 2 operacionais). Utilizam quantidades enormes de água (a entrevistada não sabe dizer a quantidade de água que gastam, aconselhou-nos a contactar o seu esposo a quem pode fornecer mais informações). O caudal nas barragens é de regime permanente. • Abilio Antunes Não Contactados 2. Governo Contactados • Tem 2150 ha, possui um aviário dedica-se a produção de pintos, venda de ovos, 800 cabeças de gado. Para o aviário usa água do 3 furos, está a construir mais 2 furos. Actualmente está a consumir 9000 a 10000 l/hora, no dizer do sr Abilio Antunes esta quantidade que gasta actualmente está longe de satisfazer as suas necessidades. Daqui a 30 dias o seu matadouro automático vai iniciar a laborar o que prevê gastar mais de 60000 l/dia. Novo Stakeholders contactado na segunda fase do trabalho de campo Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades • Apartir do próximo ano vai cultivar soja . Tem cinco barragens das quais 1 assoreou devido as descargas, a sua reabilitação está para breve. As barragens localizam no rio Nhaacisse • JFS é que o proprietário da empresa citrino de Manica, possui barragens em número de 4 todas operacionais. Não foi possivel ter um contacto com o gerente pelo facto de se encontrar ausente. Já contactada na 1ª fase do trabalho de campo na 2ª apena a consolidação Localiza-se em Matsinho, possui uma área de 1500 ha e uma barragem que serve para irrigar os campos e para o abastecimento do gado. Novo Stakeholders contactado na segunda fase do trabalho de campo • João Ferreira dos Santos • Gabriel Mabunda • • • • Administrador do distrito DDADR Posto Administrativo de Matsinho • Situação do sistema de abastecimento de água a sede do distrito Antes o sistema de abastecimento de água a sede do distrito pertencia a empresa CFM que na altura servia também para abastecer as locomotivas e aos residentes locais. Com a actual restruturação e privatização da empresa o sistema será gerido por um privado. A DPOPH de Manica já lançou um concurso para privatização do sistema, faltando apenas apurar o vencedor. A água para abastecer a vila é captada no rio muda, espera-se que o sistema após a sua recuperação venha beneciar 15000 hab. Antes a capacidade instalada era de 40000 m³ diário, prevê-se que esta capacidade venha aumentar futuramente. Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades 32 • Sistema de abastecimento de água ao Posto Administrat. Inchope Existem vários projectos de desenvolvimento para o Inchope (Construção de 3 Hoteis, bomba de combustíveis, estação de serviço da TDM), água constitui o factor condicionante. Já foram abertos 2 furos até 60 m de profundidade e não se encontrava o lençol freático. Existe em carteira um projecto de construção de um sistema de abastecimento de água no Inchope a partir do rio Metuchira com a comparticipação de um empresário Zimbabweano, actualmente o governo do distrito está a procura de parceiros para financiar a sua comparticipação. • Sobre o mapa das infraestruturas hidraúlicas existentes No contacto que se tive com o sr Guta técnicoda DDADR e responsável dos viveiros de Bengo, deu-nos a conhecer da existência de um mapa na administração do distrito, por ele elaborado onde vem a localização de todas barragens, suas coordenadas geográficas e respectivos donos. O trabalho foi feito no âmbito da elaboração do Plano de desenvolvimento de Gondola, financiado pela Cooperação Italiana, onde foi elaborado vários mapas por Postos Administrativos onde representadas todas as barragens existentes. O Administrador do distrito desconhece do mapa e do respectivo plano de desenvolvimento, alegando que após o termo da elaboração do respectivo plano a Cooperação Italiana não deixou nada no distrito. O administrador Ficou por contactar com o referido técnico para a posterior localização dos mapas. • Garimpos de ouro no sector informal Sobre a existência garimpeiros no sector informal que estão a poluir as águas do rio pungoé no distrito, junto ao limite com o distrito de Gorongosa (Sofala) o Administrador disse desconhecer da existência desta actividade, procurará se informar junto as autoridades locais para tomada de medidas. Disse ainda que tem agendado um encontro de troca de experiência com o Administrador do distrito de Gorongosa, entre outros assuntos procurará abordar este. • Contacto com o Director da DDADR Sobre a implantação de novos agricultores que estão em curso a legalização da documentação: - Sr Sérgio PereiraYee – Agricultura - Matsinho - Sociedade Algodoeira de Tembwe – Matsinho - Bloom Field Lda – Aviário 50 ha – Inchope - Agro-Edu 100 ha – Chiremera - Sr Sandramo 5000 ha com 3 barragens, pretende desenvolver a agropecuária e industria. Actualmente está-se em processo de consulta comunitária. Segundo o director da DDADR dificilmente ficará autorizada a explorar toda a área, devido a maior extensão o que leva a conflitos com a população local. 33 3. ONGs e outras entidades • ACDI VOCA ¾ Contactadas • UCAMA • • • CAM- Consoltores Associados de Manica • • • Promove o movimento associativo no seio dos camponeses em Gondola, Manica e Sussundenga e capacita – as sobre funcionamento interno de associações; princípios de animação participativa; interpretação de dados e preços no campo, técnicas de produção e comercialização; planificação de machamba como empresa; e a ligação do camponês – comprador; Promove a criação de centros de desenvolvimento de negócios para comercialização agricola. Já contactado na 1ª fase do trabalho de campo, na 2ª fase apenas a consolidação das informações e verificação do grau de desenvolvimento das suas actividades UCAMA significa União dos Camponeses da Província de Manica, promove o movimento associativo no seio dos camponeses a nível dos distritos. Fazer supervisão das actividades das Uniões distritais de camponeses Novo Stakeholders contactado na segunda fase do trabalho de campo Fazem prestação de serviços aos agricultores zimbabweanos desde a identificação de terras, legalização, contabilidade, importação de equipamentos, elaboração de projectos e a ligação agricultor e a Mozambique Leaf Tabaco que é uma empresa norte americana que financia aos agricultores Zimbabweanos e Sul Africanos descapitalizados que pretendem desenvolver a cultura de tabaco. A CAM reune com os agricultores Zimbabweanos e Sul Africanos 1 vez por mês na segunda semana do mês as quarta-feiras. Possuem toda informação sobre a vinda, fixação de agricultores de capitais estrangeiro. O representante da CAM é também membro de direcção da Mozambique Leaf Tabaco. Sobre a fixação de agricultores no distrito de Gondola informaram-nos que 4 farmeiros já se fixaram, não obstante, todos estão fora da bacia do pungoé. Existe uma ligeira alteração quanto ao número de agricultores e locais de fixação no distrito de Barué, estas informações poderão ser obtidas através da CAM nos próximos 7 dias. Novo Stakeholders contactado na segunda fase do trabalho de campo 7 fichas de stakeholders Recomendações Informações úteis ainda por recolher. Instituição Geográfia e Cadastro Informações a recolher Novos processos de Gondola Contacto sobre Sr Custódia 082 57 66 28 34 GAPI Viveiros do Bengo UCAMA ACDI VOCA CAM demarcação de terra, para agricultores que manifestaram interesse de se estabelecerem em Gondola e Barué Projectos no sector agricola de regadio das associação dos disvinculados dos CFM a serem executados Mapa de localização das barragens do distrito de Gondola por Postos Administrativos feito com apoio da Cooperação Italiana, quando se elaborava o plano de desenvolvimento de Gondola Vai fornecer a lista das associações de camponeses, agricultores privados, sua localização, área, tipo de regadio dentro da bacia do pungoé Lista das associações de camponeses nos Postos Administrativos de Vanduzi e Mavonde Relação actualizada dos agricultores zimbabweanos e Sul africanos estabelecidos em Bárue Sr Lino 082 87 28 52 Sr Guta 082 56 77 56 David Rafael 051 23432/ 051 24388 Sr Gaspar 051 23993 Dr João Ferrão 051 24476/082 502464 35 36 1.Introdução No âmbito da estratégia conjunta da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo onde se propoêm gerir a bacia em conjunto, prevê-se a constituição dos Conselhos e comités de Bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e Consultores do Projecto Bacia do Pungoè trabalhou entre os dias 26, 27 e 28 de Março do corrente ano, com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com osutizadores de água e outras entidades ligadas ao problemas da água . A equipa era composta por: • Sr José Maria João Macedo • Dr Carlitos Omar – ARA Centro • Dr António Melembe – ARA Centro 2.Objectivos da visita . Identificaçào dos stakeholderes existentes no distrito . Conhecimento sócio económico do distrito . Identificação de obras hidraulicas existentes no distrito . Divulgação de informações sobre o projecto. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito ( demográfia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de agua, infraestruturas hidraulicas, bem como apresenta uma relação dos stakeholders identificados). 3. Instituições contactadas: Tipo de instituições e pessoas Governamentais Contactadas Não Contactadas . Administração do distrito Direcção Distrital de (Substituto) Comércio, Industria e Turismo - Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural - Direcção Distrital de Obras Públicas e habitações ONGs e Associações - FHI - GTZ PRODER - GPZ - ORAM - FUMASO -Associação de Nhamissenguere - Associação de camponeses de Nhauranga - Associação dos apicultores de Canda - Associação de Nhabirira 37 Privados -Associação Azamakamo -Associação de Mulheres Católicas de Mapombue. - Associação Pecuária - Associação dos Apicultores - Gonçalves Dinis - Proplanta - Irmãos Pinto - Apolin’ario Mangel - Rui Franque - Luís José - Fernando nhamisse - Jonas Pagero - Andres Sayle - Ramiro Jorge - Nicolão Xavier da Barca - Domingos Flávio - Americo (Entre Beira) 4. Descrição socio economica do distrito 4.1. Divisão administrativa e poder tradicional Limites: Norte – limita-se com o distrito de Maringuè Sul - limita-se com o distrito de Nhamatanda Este – limita-se com os distritos de Cheringoma e Muanza Oeste – limita-se com o distrito de Gondola. O distrito dista a 200 Km² da cidade da Beira. A superficie total do distrito é de 7687 km².A área protegida (Parque e Coutadas) corresponde a 485 019 ha e a área disponível para as actividades agricolas corresponde a 243 381 ha. Tipos de solos frequentes – argilosos, franco argilosos,arenosos acastanhados, delegados poucos profundos e rochosos. O distrito tem problemas de erosão, com terrenos de declives acentuados e problemas de assoreamento dos rios e lagoas. A precipitação média anual situa-se entre 800 -1200mm Fauna – variedades tipos de animais (leões, antilopes etc.) Florestas abertas – sul e este do distrito (margem do Pungoè e Vunduzi) Florestas fechada – norte do Posto administrativo de Vunduzi e Nhamadze O distrito de Gorongosa tem 3 Postos Administrativos: - Gorongosa sede com uma área de 2995.4 km² dos quais 2992.04 km² está dentro da bacia a que corresponde a 100% - Nhamadze com uma área de 2024.2 km² dos quais 2024.17 km² está dentro da bacia a que corresponde a 100% - Vunduzi com uma área de 1756.1 km², dos quais 1562 km² está dentro da bacia a que corresponde a 89%. Cada Posto Administrativo tem 2 localidade: - Sede ( localidade sede e Pungoè) 38 - Nhamadze ( Nhamadze e Cuso) - Vunduzi (Vunduzi e Casa Banana). Existem 3 regulados: • Regulado Tambarara (Sanjujuri) Sede até ao Pungoè • Regulado Canda (Posto Administrativo de Nhamadze). • Regulado Chicale ( Parte do Posto Administrativo de Vunduzi) 4.2 Demografia População total 77 877 hab Censo 97 Movimentação da população Tipos de movimentos Para dentro do distrito Proviniência Beira,Inhambane, Gaza e Maputo pontos Locais de fixação Sede, Canda, Vunduzi e Casa Banana Para fora do distrito Vários distrito do Beira e Chimoio Dentro do distrito Casa Banana e outros Sede e Canda pontos Motivos Periodos comercialização agricola(milho cabritos) de e Comercialização dos excedentes agricolas, compras de mercadorias e emprego Comercialização dos excedentes agricolas e gado caprino. 4.3. Principais actividades socio- económicas do distrito 4.3.1 Agricultura Constitui a base de subsistência e de rendimento para as familias do distrito. A área média cultivada é de 37 500 ha dos 243 381ha disponíveis.A área apta a irrigação corresponde a 58 000 ha. A produção anual é de 42 561 toneladas de culturas diversas: • Cereais 73,3% • Leguminosas 2,5% • Tubercolos 22,6% • Oleoginosos 0,6% • Horticolas 0,67% • Algodão 1,1% Sector familiar Cerca de 15 000 familias são camponesas, com uma área média de cultivo por familia de 2,5 ha. O milho, a mapira, os feijões, o inhame constituem culturas de subsistência. 39 - 470 familias produzem o tabaco (auto fomento Tabaco de Manica) no Posto Administrativo Sede e de Nhamadze. - 2259 familias produzem algodão no Posto Administrativo de Nhamadze e norte do Vunduzi (auto fomento Compania Nacional Algodoeira) -2116 produzem piri piri no Posto Administrativo Sede e Nhamadze (auto fomento Sims Miles). A empresa Mobeira compra o milho directamente aos camponeses. Existe também grande produção de banana nas aldeias de Mucosa, Nhauranga, Magoe, Canda, Murombozi, Nhamazi e Cuso. O milho constitui o grande chamariz dos comerciantes ambulantes provinientes fora do distrito. Agricultura em forma de associações. O movimento associatismo no distrito é recem, existem pequenas associações criadas no âmbito do programa de extenção rural da DDADR, FHI e GTZ PRODER. O Governo Italiano (através do FAO) financiou a construção da Barragem de Nhauranga numa ärea de 7,5 ha que está a beneficiar 26 camponeses constituidos em forma de associação (Associação dos irrigantes de Nhauranga). Privados Há muitos pedidos de ocupação de terras por parte dos cidadãos nacionais para actividades agropecuárias, muitos dos requerentes adquirem o direito de ocupação e não desenvolvem nenhuma actividade, devido a incapacidade financeira, material . Do total das áreas requeridas apenas 14% é explorada, veja o quadro aseguir: Nome localização Tipo de activid Situação actual Sede Morombeze Área ha 100 1000 Igreja Betane Proplanta Agricultura Agricultura Gonçalves Dinis Irmãos Pinto Apolinário Mangel Rui Franque Luís José Fernando Nhamisse Jonas Pagero Andrea Sayle Associação Pecuaria Ramiro Jorge Mangara Sede Nhamissongora Canda Canda Canda Canda Canda Nhaussembe Murombozi 6 10 50 210 100 100 100 10 150 65 Agro-pecuaria Agro-pecuaria Agricultura Agro-pecuaria Agro-pecuario Agro-pecuario Agro-pecuario Agro-pecuario Pecuaria Agricultura Nicolão Xavier da Barca Canda 310 Agricultura Domingos Flávio Rio Muera Nhabirira 1840 Agricultura 150 750 Agricultura Agricultura s/ informação Apenas 2 ha cultivado Paralizado Paralizado Paralizado Paralizado Paralizado Paralizado Paralizado Paralizado Em curso Com regadio motobomba Em curso /sequeiro Parcial 15 ha/ gravidade s/ informação Parcial / sequeiro Associação de Nhabirira Américo (Entre Beira) 40 Em Gorongosa não se fala da vinda de agricultores de capitais Zimbabweanos. Fontes no local informaram – nos que alguns farmeiros visitaram informalmente o distrito, a falta de energia eléctrica poderá ser um dos factores do recuo. 4.3.2 Exploração florestal Gorongosa possui uma área florestal de 77 000 ha. As espécies que mais abundam são a pangapanga, umbila, chanfuta e mussassa. Há uma empresa que faz a exploração da madeira. A exploração do carvão em certas zonas não é controlada. A DDADR tem apenas 3 fiscais. Em algumas comunidades já foram criadas os comités de gestão dos recursos naturais (fiscais comunitários). 4.3.3 Pesca A pesca não constitui uma actividade importante para a população de Gorongosa, aliás, não é característico. Com os apoios da GTZ - PRODER (fase piloto) e da FAO a DDADR introduziu a piscultura. - GTZ PRODER – financiou a construção de 3 tanques em Magoè, Mucodza (Posto Administrativo Sede) e Murombezi (Posto Administrativo de Nhamadze). Dos 3 camponeses beneficiários apenas um tem resultados satisfatórios. - FAO apoiou na construção de 11 tanques de povoamento (s/informação dos locais). Há resultados satisfatórios em termos de reprodução. As espécies são o peixe telapias ’ macacana’ e alvinos. Existem pequenos pescadores amadores que pescam usando o anzol na bacia do Pungoè para consumo e mercado. A espécie do pescado é o peixe de barbas ‘ mussopo’.Esta actividade é feita no periódo chuvoso principalmente nos meses de Fevereiro, Março e Abril de cada ano. A DDADR de Gorongosa não tem um registo do número de pescadores e as áreas de pesca. 4.3.4 Industria O tipo de industria predominante no distrito de Gorongosa é industria moageira. Existem 31 moagens privadas das quais 22 em funcionamento. Mesmo assim este está muito longe de satisfazer as necessidades do distrito. Antes do conflito armado ora terminado no país existia em Gorongosa uma industria moageira de produção de ração e de processamento da farinha de milho, esta ficou sabotada devido a destruição da rede de transporte de energia eléctrica ao distrito. O arranque da industria está condicionada ao projecto de electrificação do distrito. Gorongosa por causa desta industria chegou a ser um local de maior produção do gado suino. 4.3.5 Energia O abastecimento de energia a sede do distrito é feito através de geradores (pertecente a GTZ PRODER), que fornece energia das 08 às 11 horas no periódo da manhã e das 18 às 23 horas no periódo nocturno. 41 Estão em curso as obras de electrificação do distrito apartir do Posto Administrativo de Inchope, (Distrito de Gondola), previa-se a conclusão das obras para o mês de Maio, tudo leva a crer que este periódo poderá ser dilatado, fontes no local desconhecem as razões da demora. A falta de fornecimento regular de energia ao distrito condiciona a paralização de vários projectos de desenvolvimento. 4.3.6 Transportes e comunicações A comunicação na sede do distrito é feita através de telefone digital. A comunicação entre a sede e o Posto Administrativo de Nhamadze é feita via rádio HF, não há comunicação com o Posto Administrativo de Vunduzi. A GTZ PRODER, a FHI e a Administração do distrito é que possuem rádios. A estrada nacional centro nordeste totalmente reabilitada (área da circunscrição territorial do distrito). A rede de estradas secundárias e terceárias constitui um problema para vida das populações do distrito no escoamento dos seus produtos ( por ex: EN 215). 4.3.7 Comércio e finanças No distrito existem 2 lojas (retalhistas),1 Pensão, 1 Padaria, 1 mercado municipal, e 9 mercados informais. Os produtos mais vendidos são de higiene, roupa usada, géneros alimenticios, de beleza, bicicletas e obra de artesanato (cadeiras de bambú). 4.3.8 Turismo O Parque Nacional de Gorongosa é a maior estância turistica existente constituindo um grande chamariz de visitantes nacionais e estrangeiros. 4.3.9 Abastecimento de água a sede do distrito O abastecimento de água a sede do distrito é feito através de furos. Existem 28 fontes das quais 10 inoperacionais. O sistema de abastecimento de água a Sede do distrito está completamente destruido, segundo as estruturas locais será necessário conceber um novo projecto para instalação de um novo sistema de abastecimento de água. 5 Potencialidades e perspectivas de desenvolvimento do distrito. 5.1 Agricultura - GPZ – Projecto de construção de regadios para: • Gorongosa 20 ha s/ informação do local • Baruè 120 ha s/ informação do local • Macossa 10 ha s/ informação do local - GPZ – Projecto de introdução de tracção animal 30 juntas para igual número de familias - BAD –Através do Projecto de irrigação a pequena escala prevê a construção de um regadio para 150 ha em Nhabirira. - Ara Centro – construção de uma pequena barragem em Nhabirira 42 5.2 Industria - Após a conclusão do projecto de electrificação do distrito, prevê-se que seja lançado um concurso de privatização da Industria de produção de ração e de farinha de milho. - INAS prevê instalar uma industria moageira no Posto Administrativo de Vunduzi. 5.3 Energia - ARA Centro – prevê a construção de uma Barragem para o fornecimento de energia no rio Nhandar. 6. Stakeholders identificados Governamentais - Administração do distrito ( Administrador ausente) - Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural - Direcção Distrital de Obras Públicas e habitações ONGs e associações - FHI - GTZ PRODER - GPZ - ORAM FUMASO -Associação de Nhamissenguere - Associação de camponeses de Nhauranga - Associação dos apicultores de Canda - Associação de Nhabirira -Associação Azamakamo -Associação de Mulheres Católicas de Mapombue. - Associação Pecuária - Associação dos Apicultores Privados - Gonçalves Dinis - Proplanta - Irmãos Pinto - Apolinário Mangel - Rui Franque - Luís José - Fernando nhamisse - Jonas Pagero - Andres Sayle - Ramiro Jorge - Nicolão Xavier da Barca 43 - Domingos Flávio - Americo (Entre Beira) 7. Anexos Encontram-se anexo o resumo das entrevistas conduzidas no distrito. A ficha de stakeholders cujo o modelo se anexa foi já introduzida na base de dados existentes. Em anexo apresenta-se o relatório imprimido a partir da base de dados. - Anexo 1 fichas de Stakeholders 7 44 Segunda fase de trabalho de campo dos Stakeholders no distrito de Gorongosa (05 a 08 de Agosto) Tipo de Stakeholders 1.Utentes Nomes Contactados Não Contactados 2. Governo Contactados Localização e actividades Observação ¾ Domingos Flávio Localizado no Posto Administrativo de Nhamadze, tem 10 ha no regulado de Domba – Mutondo, dedica-se a produção de horticolas, faz regadio por gravidade a partir do rio Muera. A área total irrigada corresponde a 5 ha. A produção é destinada a venda. Considera-se como o maior agricultor privado distrito com actividades em curso. Novo Stakeholders, e foi visitado na segunda fase do trabalho de campo. ¾ Laine Tole, Samuel Joaquim e Bechane Dique Novo Stakeholders, e foi visitado na segunda fase do trabalho de campo. ¾ Tomas Magura Agricultores no sector familiar e membros de direcção da associação de irrigantes de Nhabirira (em formação), com áreas inferiores a 0,5 ha, dedicam-se a produção de horticolas. Estes agricultores desenvolvem suas actividades numa antiga farma com barragem construída em 1964 sobre o rio Nhabirira Agricultor no sector familiar , dedica a produção de horticolas e criação de gado bovino, tem uma área de 100 ha, dos 5 irrigáveis, por gravidade a partir do rio Murombezi ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Gonçalves Dinis Proplanta Irmãos Pinto Irmãos Pinto Apolinário Mangel Rui Franque Luís José Fernando nhamisse Jonas Pagero Andres Sayle Ramiro Jorge Nicolão Xavier da Barca Americo (Entre Beira) ¾ Administrador do distrito (ausente substituido pelo Director da DDADR) ¾ DDADR ¾ Presidente da localidade do Pungoè ¾ Régulo do Nhambita Novo Stakeholders, e foi visitado na segunda fase do trabalho de campo A partir da contacto com a DDADR convista a obtenção de informações sobre estes agricultores concluiu-se que estes apenas requereram terras e não estão a desenvolver qualquer tipo de actividades Do encontro realizado concluiu-se não existe agricultores de carácter empresarial, quer nacionais ou de capital estrangeiro a operar ou que manifestaram o desejo de se estabelecerem no distrito. Já contactadas na 1ª fase do trabalho de campo, nesta apenas a consolidação. Existem várias entidades que requereram a ocupação de terras no distrito, mas que não desenvolvem nenhuma actividade. Estes deram um informe geral da localidade como por exemplo: Sobre a actividade de extração do ouro no rio Pungoè ¾ Há crescente actividade de extração de ouro no rio Pungoè, na altura da visita ao local pela equipa da ARA Centro e do Projecto, verificamos no local um número considerável de pessoas extraíndo o ouro e poluíndo as águas do rio nas duas margens, com maior destaque a margem pertecente ao distrito de Gondola, este problema preocupa as autoridades da localidade que prometem canalizar o caso a Administração do distrito para Novos Stakeholders visitados na 2ª fase do trabalho de campo. 45 tomada de medidas respectivas. 3. ONGs e outras entidades Contactadas Não contactadas Sobre associações e ONGs existentes no distrito: ¾ GTZ e ORAM ¾ Associação dos Irrigantes de Nhauranga ¾ Associação dos Irrigantes de Nhabirira ¾ Associação de Mulheres Católicas de Mapombue ¾ Associação Azamakamo ¾ GTZ e ORAM: Trabalham na delimitação, legalização de terras e formação de comités de gestão de recursos naturais (terras e florestas) nas comunidades de Canda, Tambara e Nhambita. ¾ Associação dos Irrigantes de Nhauranga: Com 26 membros dos 21 homens e 6 mulheres, um regadio construído com o financiamento da FAO, com uma área de 7.5 ha.Os camponeses dedicam-se ao cultivo de horticolas, cereais e piscicultura. ¾ Associação dos Irrigantes de Nhabirira: Com 78 membros, ocupam uma antiga farma, s/informação do total de área cultivada e irrigada, com uma barragem construída em 1964, dedicam-se a produção de horticolas em pequenas quantidades. ¾ Comité de gestão de recursos naturais de Nhambita, orgão de controle e de fiscalização do uso e maneio de recursos naturais no regulado de Nhambita, constituido por 9 membros escolhidos pela comunidade. Para além do controlo dos recursos naturais o comité ¾ faz o plantio de árvores de frutas, plantas madereiras como a ¾ panga panga, chanfuta e outros tipos de plantas. O comité encarrega-se na plantio de viveiros e a sua distribuição pelos diversos membros da comunidade. O comité recebe o apoio técnico, material e financeiro da GTZ PRODER e da ORAM. ¾ ¾ Associação de Mulheres Católicas de Mapombue Associação Azamakamo Novos Stakeholders visitados na 2ª fase do trabalho de campo. Novos Stakeholders mas não foram contactadas. 8 Ficha de stakeholders 46 47 1. Introdução No âmbito da estratégia conjunta da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo onde se propoêm gerir a bacia em conjunto, prevê-se a constituição dos Conselhos e comités de Bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e Consultores do Projecto Bacia do Pungoè trabalhou no Distrito de Nhamatanda entre os dias 11 e 12 de Março do corrente ano, com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com as associações, ONGs e utentes da bacia do Pungoé. 2. Objectivos da visita . Identificação dos stakeholderes existentes . Conhecimento sócio económico do distrito . Identificação de obras hidráulicas existentes . Divulgação de informações sobre o projecto. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito ( demografia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de água, infra estruturas hidráulicas, bem como apresenta uma relação dos stakeholders identificados). 3. Instituições e pessoas relevantes identificadas pela visita Tipo de Instituições e pessoas Governamentais ONG’s e Associações Empresas privadas ou públicas Contactadas -Administração do Distrito (Administrador Adjunto, Director Distrital de Ag. e Des Rural, Director Distrital de Obras Públicas -Chefe Posto Administ. de Tica -Fundação Contra a Fome (FHI) -ADPP – Lamego -Agripel – Empresa agro-pecuária de Lamego CFM Pedro Simango (agricultor) Empresa Agro Pecuária, Comercial e Industrial de Nhamatanda Empresa Aruângua (antiga Lomaco) 4. Descrição sócio económica do distrito 4.1 Divisão administrativa e poder tradicional Não contactadas -UDAC (não funciona em pleno) -Associação Agrícola de Metuchira Pita -Associação Ag. de Monte Chiluvo -Associação de Macaura -Associação agrícola de Macuzi -Associação agro- pecuária de Mbirimbiri Senhor Assane (agricultor) Sra Conceição ( criadora de gado 48 O distrito de Nhamatanda situado ao longo do corredor de desenvolvimento da Beira, tem uma área de 4040,7 km², dos quais 3752,1 km² está dentro da bacia. O distrito está dividido em Postos Administrativo: • Nhamatanda sede com uma área de 2461.7 km² dos quais 2199.40 km² a que corresponde a 89% da sua área dentro da bacia, 2461 e • Tica com uma área de 1552.7 km² a 100% dentro da bacia . O distrito tem 10 localidades a saber: Sede, Xiluvo,Metuchira, Bebedo, Matenga, Macorococho, sede-tica e Nhampoca. A nível do poder tradicional existem 2 grandes regulados : Tica e Nhampoca. 4.2 Demografia O quadro abaixo indicado resume as principais movimentações de populações observadas no distrito : Tipo de movimentação da população Para o distrito definitiva ou temporariamente Para fora do Distrito Proveniência Locais de fixação Motivos Cidade da Beira -Sede do Distrito -Localidade de Metuchira Beira Procura de terrenos par agricultura Dentro do distrito -Vários locais -Aldeias de Pungoè, Muda, Lamego, Nhampoca 4.3 Vários pontos do distrito -Vários -Campo de reassentamento de John Segredo -Procura de mercados para venda -Procura de emprego -Conflitos sociais -Cheias de 2000/2001 Principais actividades económicas do distrito 4.3.1 - Agricultura Sector Familiar A agricultura constitui a principal actividade de subsistência e de rendimento. As principais culturas são: milho, mapira, hortícolas, girassol e gergelim. O sistema usado é o sequeiro. Em certos casos é frequente o uso de bombas pedestrais para a irrigação das hortícolas. No posto administrativo sede, a FHI apoia os camponeses na extensão rural, fomento de culturas de rendimento bem como na ligação produtor e comprador. A CNA promove o sistema de contrato e fomento da cultura do algodão com camponeses locais. A V&M e a Mobeira comercializam o milho produzido pela agricultura familiar, assim como outras culturas de rendimento com o gergelim e o feijão. Associações 49 O movimento associativo a nível do distrito encontra-se numa fase embrionária. Existem pequenas associações promovidas no âmbito da extensão rural, estas apenas representam os interesses dos seus associados. Algumas delas possuem bombas pedestrais. Há informações segundo as quais a associação de Metuchira Pita possui um motobomba. As restantes associações possuem campos de demonstração parcelados onde os associados aprendem as tecnologias. Agricultores privados Não existe um grande número de grandes explorações. As de maior dimensão são a Empresa Agrícola Aruângua (antiga Empresa Lomaco), recentemente privatizada, e a Empresa AgroPecuária Comercial Industrial de Nhamatanda. Outros pequenos agricultores estabelecidos no distrito são : Nome do agricultor Tem motobomba ? Área ocupada e culturas Alfredo Chidengo 5 ha uma motobomba Pedro Simango uma motobomba 1000 ha (1 ha irrigado) Amorim- 5 ha (plano 15 ha viveiros de cana) uma motobomba Sr Mpiri S/ informação Julio Doglass tem motobomba Silva 10 ha, horticolas 300 ha, bananas e hort. (rio Muda) 300 ha, hortícolas S/ informação Keneth 10.000, 1800 cabeças de bovino várias Assane Nuro Agro-pecuária Represa Comercialização agrícola O quadro abaixo resume os dados da comercialização da Campanha 2001-2002 nas 12 comunidades assistidas pela ONG Fundação Contra a Fome (FHI). Produto Milho Mapira Sorogo Produção (kg) 880,353 5,503 650 Receitas (MT) 2,200,882,500 16,509,000 1,950,000 50 Nhemba Gergelim Cera Mel 3,345 5438 76 31.5 954,5 10,035,000 27 19380000,00 630,000 23862500 4.3.2 - Exploração florestal É feita duma forma não organizada. A exploração carvoeira é feita de forma individual 4.3.3 - Extracção mineira Nos rios Metuchira e Mecuzi é praticada a extracção mineira de forma artesanal (garimpos de ouros), que tem provocado a poluição das águas. 4.3.4 - Indústria O tipo de industria predominante são as moageiras. 4.3.5 - Energia A energia provém das linhas de abastecimento da EDM, provenientes da Central de Mavúzi na Província de Manica, sendo distribuída pelos CFM. 4.3.6 - Construção Existem 2 pedreiras (Xiluvo e Nharuchonga) onde é feita a exploração industrial de pedra. Outros materiais de construção como a produção de tijolo burro explorados de forma artesanal, especialmente entre a Vila Sede e o cruzamento do Inchope. 4.3.7 - Transportes e comunicações Nhamatanda está ao longo do corredor de desenvolvimento da Beira, tem uma estação dos CFM, uma estação de telefone digital (nas Vila de Nhamatanda e Tica), uma estação de correios e a rede de telefonia móvel da MCEL 4.3.8 - Comércio e finanças O comércio informal está cada vez mais a crescer em relação ao comércio formal. Os comerciantes formais são retalhista. A comercialização agrícola apresenta uma tendência crescente nas últimas campanhas agrícolas, com alguns grandes compradores de cereais e culturas de rendimento como o o milho,algodão,gergelim estabelecidos no distrito e a comprar os produtos aos camponeses, como a Mobeira, a V&M, a CNA e outros. As instituições de micro- crédito estão sediadas em Chimoio (CRESCE). 4.3.9 - Abastecimento de água ao distrito Neste momento o distrito enfrenta problemas de abastecimento de água. A empresa CFM é o responsável pelo abastecimento de água a partir de Lamego. O sistema tem parte da tubagem degradada, não permitindo a adução de água à Vila do distrito. 51 4.4 Potencialidades e perspectivas de desenvolvimento do distrito. 4.4.1 - Agricultura Sector privado O Complexo Aruângua tem 1500 ha, prevê fazer da propriedade uma exploração integrada, turismo, agricultura de sequeiro e agricultura de regadio. Empresa Agro-Pecuária Comercial e Industrial de Nhamatanda (sr Amorim), tem 500 ha, prevê explorar actividade agrícola (cana de açúcar e cereais) e a pecuária. Neste momento explora uma área de 5 ha ADEL- Prevê instalar uma industria de processamento de tomate. 4.4.2 - Extracção mineira A associação de operadores de minas de Maputo, prevê explorar minas de ouro no rio Metuchira . O distrito não tem conhecimento do andamento do projecto, o caso está sendo tratado na Direcção Províncial de Recursos Minerais e Energia de sofala. 4.4.3 - Reabilitação do sistema de abastecimento de água e urbanização Está em negociação a nível do Governo da Província e da Cooperação Italiana a reabilitação do sistema de abastecimento de água à vila, a construção de mais furos e poços com bombas manuais. A reabilitação não abrange o Posto Administrativo de Tica. O posto tem um plano de expansão da sua área urbana, tendo em vista a criação de uma associação de construtores e a produção de material de construção. 5. Caracterização dos Stakeholders no distrito • Em Nhamatanda não existem grandes consumidores de água e os projectos existentes estão numa fase inicial. • Para além dos 2 grandes projectos em andamento existem outros pequenos agricultores com bombas de água. De notar também que se verifica uma tendência crescente para o uso de bombas pedestrais por parte de agricultores membros de associações ou operando em explorações de tipo familiar. • 5.1 Stakeholders identificados Governamentais Administração do Distrito e suas respectivas Direcções Distritais de Agricultura e Obras Públicas Associações e ONGs -Fundação Contra a Fome (FHI) 52 -ADPP – Lamego -Agripel – Empresa agro-pecuária de Lamego -UDAC (não funciona em pleno) -Associação Agrícola de Metuchira Pita -Associação Ag. de Monte Chiluvo -Associação de Macaura -Associação agrícola de Macuzi -Associação agro- pecuária de Mbirimbiri Utentes - Agripel – Empresa agro-pecuária de Lamego - CFM - Pedro Simango (agricultor) - Empresa Agro Pecuária, Comercial e Industrial de Nhamatanda - Empresa Lomaco (antiga Lomaco - Senhor Assane (agricultor) - Sra Conceição ( criadora de gado 6. Principais infra estruturas hidráulicas Sistemas de abastecimento de agua dos CFM- Lamego 7. Anexos Encontram-se anexo o resumo das entrevistas conduzidas no distrito. A ficha de stakeholders cujo o modelo se anexa foi já introduzida na base de dados existentes. Em anexo apresenta-se o relatório imprimido a partir da base de dados. Anexo 1 Fichas de Stakeholders - 9 (falta ficha da empresa CFM Eng Alves) Anexo 2 Ficha de inquérito de inventário de infraestruturas hidráulicas - 1 53 54 1. Introdução No âmbito da estratégia conjunta da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo onde se propoêm gerir a bacia em conjunto, prevê-se a constituição dos Conselhos e comités de Bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e Consultores do Projecto Bacia do Pungoé trabalhou no distrito de Muanza no dia 02 de Abril do corrente ano, com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com os uti as associações, ONGs e utentes da bacia do Pungoé. A equipa era composta por: • Eng António Alves. • José Maria João Macedo • Dr Carlitos Omar – ARA Cento • Eng António Melembe 2. Objectivos da visita . Identificação dos stakeholderes existentes . Conhecimento sócio económico do distrito . Identificação de obras hidráulicas existentes . Divulgação de informações sobre o projecto. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito (demografia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de água, infra estruturas hidráulicas, bem como apresenta uma relação dos stakeholders identificados). 3. Instituições e pessoas relevantes identificadas pela visita Tipo de Instituições e pessoas Governamentais Contactadas Não contactadas -Administração do Distrito (Administrador Substituto e Técni9co da Direcção Distrital de Ag. e Des Rural. - Parque Nacional de Gorongosa ONG’s e Associações Empresas privadas ou públicas Não existe - PMA - Associação Comercial de Jovens de Pedreira - Associação Comercial de Jovens da Moageira. Não existe 4. Descrição sócio – económica do distrito. 55 4.1 Divisão administrativa e poder tradicional O distrito tem uma superficie de 7541.7 km² dos quais 1585.722 km² é a área que está dentro da bacia a que corresponde a 21%. Administrativamente Muanza tem 2 Postos Administrativos: • Muanza Sede – com uma área de 1601.9 km² dos quais 1579.02 km² está dentro da bacia a que corresponde a 99% e • Galinha que está totalmente fora da ‘area da bacia do Pungoé. A nível do poder tradicional existem 2 regulados: • Régulo Nguinha e • Régulo Nhantega. Muanza ascendeu a categoria de distrito a 10 de Julho de 1980, antes era Posto Administrativo do distrito de Cheringoma. Mais de 90% da área territorial do Posto Administrativo Sede, a que é banhada pela bacia pertence ao Parque Nacional de Gorongosa. Nesta área é proibido desenvolver quais quer tipo de actividades e fixação populacional, apesar de, haver pequenos núcleos de povoados dentro da área do Parque. 4.2 Demografia Actualmente o distrito conta com um total de 17 206 habitantes (dados dad actualização) dos quais 3 818 habitantes são do Posto Administrativo Sede e os restantes do Posto administrativo de Galinha. O Posto Administrativo de Galinha é que tem mais habitantes em relação a sede do distrito. O quadro abaixo indica as movimentaçòes da população no distrito. Tipos de movimentação Para dentro do distrito (temporariamente) Proviniência Local de fixação Motivos Diversos locais Para fora do distrito Vários pontos Posto Administrativo de Galinha e Pedreira (Sede) Marromeu, Caía e Beira. Dentro do distrito (mais frequente) Vários pontos - Visitas familiares - Trocas comerciais - Corte de madeira - Agricultura e - Melhores condições de vida Terras fértis para agricultura Vários pontos As movimentações dentro do distrito constitui hábito da população de Muanza. Não tem residências definitivas, deslocam constantemente de um ponto para o outro. A baixa da fertilidade dos solos constitui o grande motivo das movimentações. 4.3 Principais actividades económicas do distrito 4.3.1 Agricultura 56 Sector familiar A agricultura é a base de subsistência e de rendimento. As principais culturas são: - Arroz, milho, mandioca, amendoim, e a mapira. A criação de aves da capoeira está associada a esta actividade. A DDADR é que promove a estenção rural. A comercialização dos excedentes agricolas é feito comerciantes ambulantes provinientes da Beira que compram os produtos directamente aos camponeses. Agricultura em forma de associações e privado. Não existem camponeses organizados em forma de associações. Não existe agricultores privados. 4.3.2 Exploração florestal Muanza é rico em produtos florestais. Existem concessões de corte de madeira de forma empresarial, por ex: a Moçambique Florestal, Empacol... Quanto as espécies são: panga panga, umbila eoutras. A exploração carvoeira é feita de forma individual para venda. 4.3.3 Pesca e caça A pesca e a caça constituem outra actividade de relevo. A caça apesar de proibida é feita de forma clandestina. A pesca é feita no rio Muerezi de forma artesanal em muitos casos. Alguns camponeses que tem redes tornam-se patrões empregando algumas pessoas na actividade pesqueira cujo o pagamento é feito em dinheiro ou peixe. A pesca é feita com uso de redes, a linha e armadilhas e o tipo do pescado são: - Pende (macacana grandes ou simplesmente peixe telapias) - Mussopo (peixe de barba) - N’cupe - Dhande - Mbuta e outros. 4.3.3 Industria O tipo de industria predominante são as moageiras. 4.3.4 Energia O abastecimento de energia a sede do distrito é feito através de um gerador da Administração. O funcionamento do gerador é bastante deficiente, o mesmo só fornece energia no periódo nocturno das 18 horas as 22 horas. Existem ± 15 consumidores de energia que pagam uma taxa fixa de 100 000,00 Mt (para consumidores domésticos e 150 000,00 Mt (para os comerciantes). A Administração do distrito acaba de receber um gerador novo que se presume com uma capacidade maior ao actual. 4.3.5 Extracção mineira 57 A 11 km da Vila existe uma pedreira, local onde a Fábrica de Cimentos extrai calcário para o fabrico de cimento. 4.3.6 Transporte e comunicações. A comunicação entre Muanza e outros pontos do país é feita através de telerádio (TDM), rádio das Administração e da DDADR. A estrada principal Dondo – Cheringoma é transitavel com dificuldades. Não temos informações da rede de estrada para o interior. 4.3.7 Comercio e finanças Comércio formal – 2 lojas das quais 1 fechada (retalhistas). Comércio informal – 6 bancas fixas venda de produtos diversos, este número não inclui as bancas fixas da pedreira. 4.3.8 Abastecimento de água a sede do distrito O consumo de água imprópia constitui um problema para o distrito. Existem 10 fontes de abastecimento de água no distrito. A Administração tem uma motobomba que capta água no poço e distribui para as residências dos funcionários administrativos. 5. Potencialidades e perspectivas de desenvolvimento Não existe nenhuma perspectiva de projectos de desenvolvimentoa curto e médio prazo em nenhuma área. 6. Stakeholders existentes Governamentais - Administração do Distrito - Direcção Distrital de agricultura e Desenvolvimento Rural - Parque Nacional de Gorongosa Associações e ONGs - PMA - Associação Comercial de Jovens da Pedreira - Associação Comercial de Jovens Moageiros Utentes Não existe. 7. Anexos 58 Encontram-se anexo o resumo das entrevistas conduzidas no distrito. A ficha de stakeholders cujo o modelo se anexa foi já introduzida na base de dados existentes. Em anexo apresenta-se o relatório imprimido a partir da base de dados. Anexo 1 - Fichas de Stakeholders -2 59 60 1.Introdução No âmbito da estratégia da gestão integrada da bacia do Pungoé, os governos de Moçambique e Zimbabwe rubricaram um acordo de exploração da bacia que prevé a constituição dos Conselhos de bacia, integrando os utentes na gestão participativa dos recursos hídricos. Uma equipa de técnicos da ARA Centro e Consultores do Projecto Bacia do Pungoè trabalhou no dia 25 de Março do corrente ano, no distrito de Dondo com seguinte missão: . Contacto com as autoridades administrativas do distrito; . Contacto com as associações, ONGs e utentes da bacia do Pungoè. A equipa era composta por: • Sr José Maria João Macedo • Eng António Melembe 2.Objectivos da visita . Identificaçào dos stakeholderes existentes no distrito . Conhecimento sócio económico do distrito . Identificação de obras hidraulicas existentes no distrito . Divulgação de informações sobre o projecto. O presente relatório descreve as actividades realizadas pelo grupo, fornece informações gerais sobre o distrito ( demográfia, situação sócio económica, sistema de abastecimento de agua, infraestruturas hidraulicas, bem como apresenta uma relação dos stakeholders identificados). 3. Pessoas e instituições contactadas Tipo de instuições e pessoas Governamentais Contactadas DDADR Conselho Municipal - Fumaso - DEC,PADM e PAARSS ( Projectos da Coop. Austríaca) - Associação Agricola do Vale de Mandruzi - Cooperativa 7 de Abril - Cooperativa Filipe Samuel Magaia -Associação Tambararanhi de mandruzi - Associação 7 de Setembro de Mandruzi -Associação Jovens de Mandruze - Associação de Macharote - Associação Nhanschato de Macharote ONG e associaçòes Privados Não contactadas -Administração do Distrito - Cimentos de Moçambique - Samuel Sitole – Mandruze Canhandula 61 - Sr Boane – Macharote - Xavier Manuel Bango – Mutua - Alberto Master Lázaro – Mutua - Adolfo A.Mucumbi – Dondo - Tomás Domingos - Florêncio F. Zunguza Mafambisse - António Alberto - Açucareira de Moçambique - Anastâncio Miguel – Macharote - Saquil Abdul Gany – Muimbite/Mafambisse - Augusto mucumo Waira/ Nhapuepue - Arquiodecese da Beira/ Savane - Augusto da Costa Nobre/ Muzimbite -Maila da Costa Nobre/ Muzimbite - Allan David Scharz - Bernardo ( Pinho) / Muzimbite - Matamue José / Mutua - Nazir Amad / Muzimbiti 4. Descrição sócio económica do distrito de Dondo. 4.1 Divisão administrativa O distrito de Dondo tem 2 Postos Administrativos: • Dondo Sede parcialmente banhado pela bacia do Pungoè em 11% e • Posto Administrativo de Mafambisse quase totalmente banhado pela bacia do Pungoè em 99% Não temos informação do número das localidades existentes e dos regulados. No âmbito do processo de autarcisação Dondo ascedndeu a categoria de cidade.A cidade de Dondo está dividida em bairros. Não temos a lista dos respectivos bairros. 4.2 Demografia Tipos de movimentos Proviniência da população Para o distrito Cidade da Beira Locais de fixação Motivos Vale do Manduze - Procura de terrenos 62 temporariamente (altura do cultivo do arroz) e defitivamente Para do distrito Vários pontos Beira Dentro do distrito Vários De vários locais para cultivo de arroz - Procura de áreas de residências. - Serviço e Negócios (Beira) 4.3 Principais actividades económicas do distrito 4.3.1Agricultura e pecuária Sector familiar A agricultura constitui uma das actividades de subsistência e de rendimento para algumas familias do distrito. A baixa do vale do Mandruze é o local onde a populaçào desenvolve a produção do arroz. A produção do milho é feita em Pungoè, Mutua, Savane e outras povoações. Não nos foi fornecidos dados sobre: - Comercialização agricola, Produção, área média de cultivo por cada agregado familiar, principais culturas. No âmbito do PRAGRI foram distribuidas 6 bombas pedrestrais a crédito as associações e camponeses. A PROMEC ( projecto da Cooperação Austríaca) promove a comercializaçào agricola, liga o produtor ao comprador. A Sims Miles fomenta a produçào do piri piri. Os camponeses já produzem frutas secas. Agricultura em forma de associações O movimento associativo no seio dos camponeses é muito novo. As associações apenas representam o interesses dos seus membros. Existem seguintes associações: - Associação Agricola do Vale de Mandruzi - Cooperativa 7 de Abril - Cooperativa Filipe Samuel Magaia -Associação Tambararanhi de mandruzi - Associação 7 de Setembro de Mandruzi -Associação Jovens de Mandruze - Associação de Macharote - Associação Nhanschato de Macharote Privados Há muitos pedidos de ocupação de terras por parte dos cidadãos nacionais para actividades agropecuárias, muitos dos requerentes adquirem o direito de ocupação e não desenvolvem nenhuma actividade, devido a incapacidade financeira, material e técnica dos requerentes. Veja o quadro aseguir: Nome localização Área Tipo de activid Situação actual 63 Xavier Manuel Bengo Alberto Master Lázaro Adolfo A. Mucumbi Tomas Domingos Florêncio F. Zunguza Antoni Alberto Júlio Doglasse Barro Anastâncio Miguel Saquil Abdul Gany Nazir Amad Augusto Macumo waira Mutua Mutua Dondo Arquiodecese da Beira Augusto da Costa Nobre Maila da Costa Nobre Allan David Scwarz Bernardo (Pinho) Matambue José Savane Muzimbiti Muzimbiti Mafambisse Mafambisse Mafambisse Macharote Muzimbiti Muzimbiti Nhapuepue Muzimbiti Mutua ha 50 50 4 20 50 50 250 25 15.5 230 500 150 7,6 3000 200 25 25 Agricultura Agricultura Agricultura Agriculturas Agricultura Agricultura Agro-pecuario Agro-pecuaria Pecuária Agro-pecuaria s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação Agro-Pecuaria Agro-pecuária Pecuária Agricultura Agricultura Agricultura s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação s/ informação 4.3.2 Exploração florestal Existe actividades de exploração florestal empresarial (madeira) e carvoeira (artesanal) em Savane ( s/informação do número de Empresas). As espécies frequente são panga-panga, umbila,chafunta. A Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento rural promove a formação de Comités de maneio comunitário, sua capacitação e zoneamento da milha 8 4.3.3 Pesca A pesca constitui uma das actividades de subsistência e de rendimento para algumas familias. Esta actividade é desenvolvida na foz do rio Pungoè, Savane e na bacia do Pungoè. E é feita com anzóis, rede, barcos a vela e ratoeiras e é pratica pelos homens em certos locais as mulheres usando redes finas e ratoeiras. As espécies do pescado são: macacana, N’somba, gonogono,mbuta, camarão de cabeça grande e outros. Na foz e Savane pescam peixe da agua salgada. 4.3.4 Indústria Em Dondo existe grandes indústrias que se destacam: • Açucareira de Mafambisse • Fábrica de Cimentos • Fábrica de Lusalite • Fábrica de Travessas de betão 64 4.3.5 Energia O abastecimento de energia é feita apartir da Central de Mavuzi. Há uma empresa privada contrada para gestão de energia na cidade de Dondo . No Posto Administrativo de Mafambisse a gestão está a cargo da empresa Açucareira de Mafambisse. 4.3.6 Transportes e comunicações O sistema de comunicação no distrito é feito através do telefone digital, celulares, e-mail. Dondo localiza-se ao longo do Corredor de Desenvolvimento da Beira te seguinte projecto em curso: Reabilitação da linha ferrea Dondo - Caia A antiga estrada naciona Dondo Caia carece de reabilitação, no periódo chuvoso o transito tornase dificil. Acomunicação entre as cidades da Beira e dondo é rápida, a via de acesso está em bom estado de conservação. 4.3.7 Comércio e finanças A rede rede comercial do distrito é caracterizada por comércio formal (retalhistas) e comércio informal e ambulantes (venda de pão, refresco,bolachas, roupa e artigos domésticos).Os produtos mais comercializados são os géneros alimenticios, bebidas, bicicletas, roupas usada, e produtos de higiene e de beleza. Os comerciante Não temos dados de número de estabelecimentos comerciais. Há um posto de captação de poupança do Banco Austral. Não temos informação sobre instituições de microcréditos. 4.3.8 Serviços e turismo Existe no Dondo 1 Pensão e outros locais de diversão tais como : Zainip, Casa Bia, Balança. 5. Potencialidades e perspectivas de desenvolvimento 5.1 Agricultura - BAD – através do projecto de irrigaçào de pequena escala (Direcção Nacional de Hidráulica Agricola) será construido um sistema de regadio 49 ha em Mandruze. - Chineses – interessados na baixa do Mandruze para produçào do arroz, vão construir um sistema de regadio que também irá beneficiar a população local. -Prevê – se a construção de uma Fábrica de processamento do piri piri em Dondo. 5.2 Industria - Portugueses - construção de uma empresa de produção de materiais de construção - Construção de uma fabrica de processamento da farinha de trigo. 6. Stakeholders identificados Governamentais -Administração do distrito 65 -DDADR Conselho Municipal Associações e ONGs - Fumaso - DEC,PADM e PAARSS ( Projectos da Coop. Austríaca) - Associação Agricola do Vale de Mandruzi - Cooperativa 7 de Abril - Cooperativa Filipe Samuel Magaia -Associação Tambararanhi de mandruzi - Associação 7 de Setembro de Mandruzi -Associação Jovens de Mandruze - Associação de Macharote - Associação Nhanschato de Macharote Privados Nome localização Xavier Manuel Bengo Alberto Master Lázaro Adolfo A. Mucumbi Tomas Domingos Florêncio F. Zunguza Antoni Alberto Júlio Doglasse Barro Anastâncio Miguel Saquil Abdul Gany Nazir Amad Augusto Macumo waira Arquiodecese da Beira Augusto da Costa Nobre Maila da Costa Nobre Allan David Scwarz Bernardo (Pinho) Matambue José Mutua Mutua Dondo Mafambisse Mafambisse Mafambisse Macharote Muzimbiti Muzimbiti Nhapuepue Savane Muzimbiti Muzimbiti Muzimbiti Mutua Área ha 50 50 4 20 50 50 250 25 15.5 230 500 150 7,6 3000 200 25 25 Tipo de activid Agricultura Agricultura Agricultura Agriculturas Agricultura Agricultura Agro-pecuario Agro-pecuaria Pecuária Agro-pecuaria Agro-Pecuaria Agro-pecuária Pecuária Agricultura Agricultura Agricultura 7. Constrangimentos • • • • • Dificuldades em contactar a Administradora do Distrito Director da Agricultura e Desenvolvimento Rural é novo no distrito, tem pouca informação, está no processo de organização interna Não foi possivel entrevistar a empresa Cimentos de Moçambique ( pedem uma carta dirigida a Direcção da Empresa a pedir entrevista) Um dia de trabalho ( tempo insuficiente para a recolha de toda informação no distrito). Pouca informação recolhida. 66 7.1 Anexos Encontram-se anexo o resumo das entrevistas conduzidas no distrito. A ficha de stakeholders cujo o modelo se anexa foi já introduzida na base de dados existentes. Em anexo apresenta-se o relatório imprimido a partir da base de dados. Anexo 1 Ffichas de Stakeholders – 2 67 Stakeholders Contactas e Não contactas na bacia do Pungué Distrito: Dondo Contactas Grupo1: Utentes Grupo2: Governo Grupo3: ONGs/Assoc. Não contactada mas identificadas - Açucararia de Mafambisse. - Aguas da Beira - Ass. Agrícola de Mandruzi - Ass. Tambalalane - Ass. Agrícola de Chibababua - Cooperativa 7 de Abril - Quinta Dantes(criação de Gado) - Quinta Cajual(criação de Gado) - Quinta Shaks(criação de Gado) - Administração do Distrito - Conselho Municipal - Direcção D. Agric. Des. Rural - CM da Beira - S.P.G. Cadastro - S.P. Extensão rural - Micoa - N. Hidráulico agrícola - D.P.A.D.R - Departamento de Agua - UDAC - União Prov. Camponeses de Sofala. - C.Vermelha de Moçambique - GTZ - Proter - PROMEC - Ass. Agrícola da Ponte do Pungoé. - Ass. De Cultivo de Piri piri Contactas Não contactada mas identificadas Distrito de Muanza - Grupo1: Utentes Grupo2: Governo - Administração do Distrito - Direcção D. Agric. Des. Rural - - UDAC Grupo3: ONGs/Assoc. Distrito: Macossa Contactas Grupo1: Utentes Não contactada mas identificadas - - Administração do Distrito - Direcção D. Agric. Des. Rural Grupo2: Governo - Magariro Grupo3: ONGs/Assoc. Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé - Distrito: Nhamatanda Grupo1: Utentes Grupo2: Governo Grupo3: ONGs/Assoc. Contactas Não contactada mas identificadas - Agripel - Aruângua Agro – Industrial - Empresa A.I.P. Nhamatanda - Pedro Simango - Agripec - Tomé Sadia( criador de Gado) - Zacarias ( criador de Gado) - Maria da C. Reis(criador de Gado) - Assane Bahadur (criação de Gado) - Administração do Distrito - Direcção D. Agric. Des. Rural - Posto Administrativo de Tica - -ADPP- Lamego - Fundação contra fome. - Ass. Agrícola de Monte Chiluvo. - Ass. Agrícola de Mecuzi - Ass .Agro p. Mbirimbiri Contactas Não contactada mas identificadas - Ass. Agrícola de Nhauranga - Ass. Regantes de Nhabirira - Parque N. Gorongosa - Domingos Flávio - Apolinário Mangel Distrito: Gorongosa Grupo1: Utentes Grupo2: Governo Grupo3: ONGs/Assoc. - Administração do Distrito - Direcção D. Agric. Des. Rural - Direcção D. Obra P. habitação - Posto Admin. de Pungóe - GPZ - Fundação contra fome. - ORAM - GTZ Proder Distrito: Manica ( Vandúzi e Mavonde) Contactas Grupo1: Utentes - Ausmoz Grupo2: Governo - - Ass. Agrícola de Mecuzi - Ass .Agro p. Mbirimbiri Não contactada mas identificadas - Inácio Nunes - Cadhja Buino - Administração do Distrito - Posto Admnist. Vandúzi - Posto Admnist. Mavonde - Direcção D. Agric. Des. Rural Grupo3: ONGs/Assoc. Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé - Distrito: Gondola Grupo1: Utentes Grupo2: Governo Grupo3: ONGs/Assoc. Contactas Não contactada mas identificadas - Abílio Antunes - Adérito A. Parra - Ass. Regantes de Ntsingara - Ass.16 de Julho - Ass. Bhasa y Chacha - CFM - Citrinos de Chimoio - Cooperativa 1° de Maio - Empresa Aguas de Chimoio - Fernando Martene - Farma Gabriel Mabunda - Guilherme J. Nazário - Rainha Investment - - College Farm - DIMON- Tabaco - Samuel Jeremias Tole - José Gondua - Florindo Dzimba. - Administração do Distrito -D. Prov. Agric. Des. Rural - Direcção D. Agric. Des. Rural - Direcção P. O . P. e Habitação - Direcção P. R. M e Energia - Departamento de Agua - MICOA - S.P. de Extensão rural - SPFF Bravia - SPG e cadastro. - Viveiro Bengo -ACDI - Voca -CAM(consultores Associados de Manica - Magariro -C. Vermelha de Moçambique - Molisv - P. Desenv. Humano - UCAMA - UDAC - - Ass. Heróis Moçambicanos - Ass. Kulima Kwacanaca - Ass .Matole Bock - Ass. Mvura Yokucher - Ass. 25 de Setembro Distrito: Barué Grupo1: Utentes Grupo2: Governo Grupo3: ONGs/Assoc. Contactas Não contactada mas identificadas - Catandica Ranch - Fazenda A. De Hombe - Ilda C. Pegaço - Fernando Campira - Nzara Yapera - Herdade Felicidade - Cons. Municipal de Catandica - Ass. Kulima kwacanaca - Companhia de Desenv. De Pungoé. - Saimone Itai E. Massanduzi - Oliveira Jacob - Hombe Ranch - Sanger - Ballanson Agricola LDA - Agri Pungoé - Casa branca - Administração do Distrito - Direcção D. Agric. Des. Rural - Posto Administrativo de Nhampassa - Africare - UCAMA Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé - - Estatística Dondo Contactadas G1: 2 G2: 10 G3: 4 Muanza Identificadas G1: 7 G2: 0 G3: 3 Nhamatanda Contactadas G1: 4 G2: 3 G3: 2 Identificadas G1: 5 G2: 0 G3: 3 Contactadas G1: 3 G2: 4 G3: 4 Identificadas G1: 2 G2: 0 G3: 2 Contactadas G1: 13 G2: 11 G3: 8 Identificadas G1: 5 G2: 0 G3: 5 Contactadas G1: 8 G2: 3 G3: 2 Identificadas G1: 8 G2: 0 G3: 0 Gondola Identificadas G1: 0 G2: 1 G3: 0 Manica Contactadas G1: 1 G2: 3 G3: 0 Identificadas G1: 0 G2: 0 G3: 0 Gorongosa Macossa Contactadas G1: 0 G2: 1 G3: 1 Contactadas G1: 0 G2: 2 G3: 1 Barue Identificadas G1: 2 G2: 1 G3: 0 Total: 134 Stakeholders. Contactados 90, Identificados 44. 1ª fase- De Março à Abril : 82 Stakeholders 2ªfase- De Julho à Agosto: 30 Stakeholders 3ªfase- De Setembro à Julho 04: 22 Stakeholders Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé ANNEX 3 PUNGUE NEWS BULLETINS (IN PORTUGUESE) 4. Gestão participativa dos recursos hídricos e o envolvimento dos stakeholders. Pungoé–Informações 4.1 Actividades realizadas Edição: 0 Julho de 2003. AR A Centro–Rua Heróis de Marracuene nº232, Beira- Tel (03) 312424 / 311304 Fax: (03) 311298 E-mail: [email protected] e s [email protected] No mês de Março do pres ente ano o projecto iniciou as suas actividades de campo com o inventário dos stakeholders na bacia do rio Pungoé. Foram vis itados os distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa na Província de Sofala e os distritos de Gondola, Macossa, Manica e Barué na Província de Manica. ARA-Centro 1. Boletim Pungoé - Informações. Porquê? O trabalho de campo dos técnicos teve inicio no dia 11 de Março no dis trito de Nhamatanda e terminou no dia 24 de Abril no dis trito de Macoss a. A missão dos técnicos da ARA Centro e do Projecto nos dis tritos foi de contactar as ins tituições governamentais, associações de agricultores, ONGs , utentes da bacia do Pungoé e complementarmente avaliar a s ituação sócio-económica e o inventário das obras hidráulicas existentes. Durante os trabalhos de campo foram contactadas 49 entidades . O projecto criou um banco de dados onde é processada e armazenada toda informação recolhida no campo nomeadamente: tipo de s takeholders, localização da actividade que des envolve, contactos do representante e informações sobre a utilização da água. O Boletim Pungoé-Informações é uma folha informativa da ARA Centro e do Projecto Pungoé com o objectivo de fornecer informações aos stakeholders ou seja às entidades interessadas e afectadas pela gestão da água do rio Pungoé nomeadamente as instituições governamentais , não governamentais , as entidades privadas e associativas . O boletim não só fornece informações sobre actividades realizadas no âmbito da ARA-Centro, mas também, procura fornecer dados para os s takeholders de modo a envolvê-los na gestão dos recursos hídricos do Pungoé. A pres ente edição fornece informações s obre as actividades realizadas na primeira fase de trabalhos, nomeadamente o trabalho de campo ocorrido em Março de 2003, os locais visitados , as instituições contactadas, bem como sobre actividades a realizar a curto prazo. 4.2 Actividades a serem efectuadas brevemente 2. ARA Centro e o Projecto do Pungoé A s egunda fase do trabalho de campo irá começar a partir do dia 28 de Julho e terminará no 15 de Agosto, obedecendo a seguinte calendarização: • De 28 de Julho à 1 de Agosto – Barué e Manica • De 5 à 8 de Agosto – Nhamatanda e Gondola • De 12 à 15 de Agos to – Gorongos a. O trabalho a levar a cabo na segunda fase será de consolidação do trabalho des envolvido na fas e anterior, inventário de s takeholders , das barragens e outras infraes truturas hidráulicas, preparação de dois mini-workshops para envolvimento dos stakeholders . Serão contactados os principais utilizadores de água e convidados alguns representantes para participar nesses mini-works hops. A ARA-Centro é a entidade, responsável pela administração dos recursos hídricos das bacias dos rios Save, Búzi e Pungoé, tal como a formulação, implementação e revisão dos planos hidrográficos das bacias , adminis tração e controle das águas públicas , recolha das taxas de água e licenciamento da utilização de água. 4.3 Workshops com os stakeholders Tendo em vis ta o reforço do envolvimento dos stakeholders na gestão da água da bacia do Pungoé, a ARA Centro irá realizar 2 mini-workshops nos dis tritos de Catandica e Gorongosa nos dias 22 e 24 de Setembro respectivamente. Em cada miniworkshop prevê-se a participação de cerca de 20 representantes dos stakeholders do distrito, com excepção do workshop de Catandica que contará igualmente com participantes provenientes dos Postos Administrativos de Mavonde e Vanduzi do distrito de Manica. Es tas duas reuniões servirão de preparação do Workshop principal a decorrer nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro do corrente ano na cidade de Chimoio com a participação de elementos seleccionados de todos os distritos existentes na bacia do Pungoé. A AR A-Centro é a agência de implementação do Projecto para o Desenvolvimento da Es tratégia Conjunta para a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio Pungoé, s implificadamente des ignado por Projecto Pungoé. Este projecto é uma iniciativa dos Governos de Moçambique e do Zimbabwe para o desenvolvimento, gestão e cons ervação conjunta dos recurs os hídricos na bacia do Rio Pungoé e é financiado pela Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI) através de um acordo com os dois países , Moçambique e Zimbabwe. A Assis tência Técnica para a s ua implementação é cons tituída por um cons órcio de empresas de consultoria internacionais e moçambicanas sob a liderança da empres a SWECO AB. O principal objectivo do Projecto é criar um instrumento para a gestão sustentável, equitativa e participativa dos recurs os hídricos na Bacia do Rio Pungoé, aumentando os benefícios s ociais e económicos da população que vi ve na bacia. O elemento chave para o des envolvimento des ta es tratégia consiste na capacidade de implementação, na ges tão participativa efectiva de ambos os países e dos s takeholders. 3. A bacia do rio Pungoé A bacia do rio Pungoé tem um a área de 31 150 Km 2, dos quais 1460 km 2 em solo zimbabueano. Em Moçambique a bacia do Pungoé distribui-se maioritariamente pelos distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa na Província de Sofala e os distritos de Gondola, Macossa, Manica e Barué na Província de Manica, conforme se pode observar na figura seguinte. A população residente ou utilizadora da água da bacia do Pungoé é cerca de 950 000 habitantes, dos quais 30% são do Zimbabwe. É de referir que a cidade de Mutare localizada fora da bacia do Pungoé é abastecida com água do rio Pungoé, através de uma transferência de cerca de 0.7 m3/s, o que corresponde a um volume anual de 22 milhões m 3. O rio Pungoé nasce nas m ontanhas de Inyangani no Zimbabwe a 2300 m de altitude, percorrendo cerca de 50 km nesse país e 320 km em Moçambique. O rio Pungoé tem um grande potencial em termos de recursos hídricos. Com uma precipitação média anual na bacia de 1150 mm, variando desde mais de 1700 mm nas áreas de maior altitude para valores próximos de 700 mm no centro da bacia, gera um escoamento médio anual de cerca de 4200 milhões de m 3 por ano (135 mm ). No entanto face ao seu regime grandemente variável, podem ocorrer nalguns anos grandes cheias e noutros grandes secas. De que são exemplos as cheias de 2000 e 2001 e a seca que ocorreu entre 1990 e 1995. O escoamento mensal que no período seco é na ordem de 46 milhões de m 3, registou no ano mais seco (1991/92) apenas 9 milhões de m 3. É de referir que sendo a área da bacia do Pungoé no Zimbabwe apenas 5% da área total da bacia, esta área gera no entanto 28% do escoamento total, podendo assim se constatar da im portância da bacia zimbabweana do Pungoé na geração do escoamento superficial. Os recursos potenciais em água subterrânea são baixos na bacia não podendo ser utilizados de m odo intensivo, constitui no entanto, a fonte principal de abastecimento da população rural. As áreas de conservação e vida selvagem têm na bacia um papel muito significativo, pois o Parque Nacional de Gorongosa cobre 20% da área total da bacia e as coutadas outros 20%. O Parque Nacional de Nyanga (Zim babwe) cobre menos de 1% da área total. Pelo que o desenvolvim ento da actividade turística poderá assum ir grande importância na região. Nesta figura pode-se observar a traço preto os lim ites da bacia hidrográfica do rio Pungoé. Esta bacia compreende a quase totalidade dos distritos de Gorongosa e Nhamatanda e a maior parte dos distritos de Barué, Macossa, Manica e Gondola. Os distritos de Muanza, Dondo têm apenas uma pequena área na bacia e os distritos de Buzi, Maríngue e Cheringom a um a área extremam ente reduzida, pelo que não foram considerados nos estudos. As cidades da Beira e de Chimoio estão parcialm ente integradas na bacia. Como se referiu atrás a ARA-Centro é a entidade responsável pela boa gestão da água do Pungoé. Para atingir esses objectivos e de acordo com a Lei de Águas todas as utilizações da água para f ins empresariais deverão possuir licença de uso, pelo que se solicita a todos os utentes de água que se registem na ARA-Centro ou a contactem através: tel (03) 312424 ou (03) 311304 f ax (03) 311310 e-mail: [email protected] Ou carta dirigida a: ARA – Centro, Att: Engº Manuel Américo Fobra, Director Rua Heróis de Marracuene nº 232, Macúti, Beira 4. Gestão participativa dos recursos hídrico s e o envolvimento dos stakeholders. Pungoé – Informações 4.1 Actividades realizadas Edição: 1 Março de 2004. AR A Centro – Rua Heróis de Marracuene, 232, Beira - Tel. (03) 312424 / 311304 Fax: (3) 311310 E-mail: [email protected] z e [email protected] 4.2 Actividades a serem efectuadas brevemente Tendo em vis ta o reforço do envolvimento dos stakeholders na gestão da água da bacia do Pungoé, a ARA-Centro irá realizar três encontros a 21, 22 e 23 de Abril de 2004 nos distritos de Nhamatanda, Gondola e Dondo respectivamente, envolvendo neste últim o igualm ente os stakeholders do distrito de Muanza. Como preparação des tes encontros irá realizar-se duas semanas de trabalho de campo em Março de 2004 para contactar com os stakeholders inventariados e contactar novos stakeholders e utentes de água. Como se ref eriu atrás a ARA-Centro é a entidade responsável pela gestão da água da bacia do rio Pungoé. Para atingir esses objectivos e de acordo com a Lei de Águas todas as utilizações da água para fins empresariais deverão possuir licença de uso, pelo que se solicita a todos os utentes de água que se registem na ARA-Centro ou a contactem através: tel. 03 312424 ou 03 311304 fax 03 311310 e-mail: [email protected] Ou carta dirigida a: ARA – Centro, Att: Engº. Manuel Américo Fobra, Director C.P. 1284, Rua Heróis de Marracuene nº 232, Macúti, Beira 1. As Cheias de Março de 2004 no rio Pungoé A bacia do rio Pungoé registou até meados de Janeiro de 2004, precipitações m uito reduzidas, que faziam prever o início de um período seco. No entanto, na última quinzena de Janeiro, as chuvas ocorridas provocaram a subida dos níveis de água em alguns rios de montante, que no entanto só assum iram valores elevados no rio Pungoé no início de Março de 2004. A estação hidrométrica E65 no Pungoé Sul registou o m aior pico de cheia a 5 de Março, com mais de 8,00 m (metros) na escala hidrométrica, depois de picos nos finais de Janeiro e Fevereiro, com mais de 6,00 m. No rio Nhazónia, na E72 - JE da Costa, registou-se o maior pico no dia 6 de Março com 8,14 m . Os níveis do rio Pungoé na estação E67, em Mafam bisse, começaram a aumentar a partir do dia 2 de Março, com os níveis a ultrapassarem os 5 m . As chuvadas intensas ocorridas nos fins de Fevereiro e princípios de Março, com o são os casos registados no Púngoè Sul com 128,3 mm (milímetros) no dia 29 de Fevereiro, em Catandica com 114 mm nos dias 1 a 4 de Março e no rio Nhazónia com 100,8 mm de 2 a 8 de Março, levaram à subida dos níveis de água no Pungoé, com o se pode ver na figura seguinte. O maior valor registado (7,29 m) ocorreu em 13 de Março. Níveis do Rio Púngoè na E-67 Mafambisse Altura hidrométrica (m) No mês de Março de 2003 iniciaram -se as actividades de campo, com o inventário dos stakeholders na bacia do rio Pungoé. Foram visitados os distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa na província de Sofala e os distritos de Gondola, Macossa, Manica e Barué na província de Manica. Em Julho e Agosto de 2003 foi efectuada uma segunda fase do trabalho de cam po. Este trabalho culminou com o inventário de cerca de 120 Stakeholders na bacia do Pungoé. Em Setembro de 2003 realizou-se dois encontros nos distritos de Catandica e Gorongosa com os stakeholders destes distritos e dos postos administrativos de Ma vonde e Vanduzi do distrito de Manica, para discussão dos problemas da água. Cada encontro teve uma participação de cerca de 25 representantes dos stakeholders dos dis tritos. Nestes encontros foram escolhidas as seguintes pessoas chaves: - distritos de Barué e Manica: Costa Chale, Adm inistrador do Distrito; Peter Waziweyi, agricultor privado; Peter Taylor, agricultor de Catandica Ranch; Peter Jasse, presidente da Associação de Criadores de Gado de Nhampassa e Samuel Magozozo, presidente da Associação Nkay Zero. - distrito de Gorongosa: Luís Tomossene, Administrador do Distrito; Nhabanga Nguilande, da Associação de Regantes de Nhauranga; Eugénio Almeida, Régulo de Canda e Matilde Cunhaque da FHI. Em Dezembro de 2003 realizou-se o workshop da Monografia, com a participação dos principais stakeholders existentes na bacia e onde foi discutido e analisado o trabalho realizado no âmbito do Projecto Pungoé, nomeadamente o relatório da Monografia e o plano de actividades para a fase seguinte: o desenvolvimento de cenários. ARA-Centro 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 2/27/04 0:00 3/1/04 0: 00 3/4/04 0:00 3/7/04 0:00 3/10/04 0:00 3/13/04 0:00 3/16/04 0:00 3/19/04 0:00 3/22/04 0:00 3/25/04 0:00 Data Mesmo considerando que ainda estamos no período chuvoso, podendo a situação de cheia se agravar, a cheia registada é de muito pequena dim ensão, quando comparada com as cheias de 1999 e 2001. Nesta última cheia ocorreu a inundação de algumas áreas agrícolas nas margens do rio Pungoé em Mafam bisse, mas dentro do que é normal em período húmido, pois é de prever que em cada ano ocorram cheias deste tipo. 2. ARA Centro e o Projecto do Pungoé A ARA-Centro é a entidade, responsável pela administração dos recursos hídricos das bacias dos rios Save, Búzi e Pungoé, tal como pela formulação, implem entação e revisão dos planos hidrográficos das bacias, administração e controle das águas públicas, licenciamento da utilização de água e recolha das taxas de água. A AR A-Centro é a agência im plementadora do Projecto para o Des envolvimento da Estratégia Conjunta para a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé, abreviadam ente designado por Projecto Pungoé. Este projecto é uma iniciativa dos Governos de Moçambique e do Zim babwe para o desenvolvimento, gestão e conservação conjunta dos recursos hídricos na bacia do Rio Pungoé e é financiado pela Agência Sueca para o Desenvolvim ento Internacional (ASDI) através de um acordo com os dois países, Moçambique e Zim babwe. A Assistência Técnica para a sua implementação é constituída por um consórcio de empresas de consultoria internacionais e m oçambicanas sob a liderança da empres a SWECO International AB. O principal objectivo do Projecto é criar um instrumento para a gestão sustentável, equitativa e participativa dos recursos hídricos na bacia do rio Pungoé, aumentando os benefícios sociais e económicos da população que vive na bacia. Os elementos chave para o desenvolvimento desta estratégia consistem na existência de capacidade para a implementação desta gestão e na gestão participativa de am bos os países e dos stakeholders dos dois lados da fronteira. 3. A bacia do rio Pungoé A bacia do rio Pungoé tem um a área de 31 150 km 2, dos quais 1 460 km 2 em solo zimbabueano. Em Moçambique a bacia do Pungoé dis tribui-se maioritariamente pelas províncias de Sofala, nos distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa e em Manica nos distritos de Gondola, Macossa, Manica e Barué, conforme se pode observar na figura seguinte. Nesta figura pode-se observar a preto os limites da bacia hidrográfica do rio Pungoé, a azul a rede hidrográfica e a vermelho as estradas principais. As áreas dos distritos envolvidos es tão a cores diferentes. Os distritos de Buzi, Maríngue e Cheringoma têm um a área extrem amente reduzida na bacia, pelo que não foram considerados nos estudos. As cidades da Beira e de Chimoio estão parcialmente integradas na bacia. A população residente ou utilizadora da água da bacia do Pungoé é cerca de 950 000 habitantes, dos quais 30% são do Zimbabwe. É de referir que a cidade de Mutare localizada fora da bacia do Pungoé é abastecida com água do rio Pungoé, pelo que foi considerada nes te estudo. Está prevista a transferência de cerca de 0.7 m 3/s, o que corresponde a um volume anual de 22 m ilhões m 3. O rio Pungoé nasce nas montanhas de Inyangani no Zimbabwe a 2300 m de altitude. O rio Pungoé tem um grande potencial em termos de recursos hídricos. A bacia têm uma precipitação m édia anual de 1150 mm que gera um es coam ento médio anual de 4200 milhões de m 3 por ano (135 mm ). No entanto, face ao regim e grandem ente variável do rio Pungoé, podem ocorrer nalguns anos grandes cheias e noutras alturas longos períodos de seca. São exemplos dessas situações as cheias de 1999 e 2001 e a seca que ocorreu no período de 1990 a 1995. O escoamento médio mensal que no sem estre seco é em média na ordem de 46 milhões de m 3, pode registar valores muito baixo em períodos secos, como foi o caso do ano de 1991/92, onde o escoamento mensal mais baixo atingiu 9 milhões de m 3. Os recursos potenciais em água s ubterrânea são baixos na bacia não podendo ser utilizados de modo intensivo, constitui no entanto, a fonte principal de abastecimento da população rural. As áreas de conservação e de vida selvagem têm na bacia um papel muito significativo, pois o Parque Nacional da Gorongosa ocupa 20% da área total da bacia e as coutadas existentes outros 20%. No Zimbabwe existe o Parque Nacional de Nyanga com cerca de 1% da área total da bacia. 4. Gestão participativa dos recursos hídricos e o envolvimento dos stakeholders. Pungoé – Informações 4.1 Actividades realizadas Edição: 2 Junho de 2004. AR A Centro – Rua Heróis de Marracuene, 232, Beira - Tel. (03) 312424 / 311304 Fax: (3) 311310 E-mail: [email protected] e [email protected] Foram elaborados e dis tribuídos pelos s takeholders para além de uma brochura descrevendo as principais aspectos da ARA-Centro e do Projecto Pungoé, dois boletins informativos, em Julho de 2003 e Março de 2004. Como se descreveu nos boletins anteriores , as actividades de campo iniciaram-se em Março de 2003, com o inventário dos stakeholders na bacia do rio Pungoé. Foram visitados os distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa na província de Sofala e os de Gondola, Macoss a, Manica e Barué na província de Manica. De Julho a Agosto de 2003 e de Março a Abril de 2004 efectuaram-se outras visitas aos stakeholders ao longa da bacia, que culminaram, com cinco encontros de stakeholders a nível dis trital, para discutir os principais problemas da água, nomeadamente: • • Em Setembro de 2003, encontros em Catandica e Gorongosa com os stakeholders des tes distritos e do distrito de Manica, Em Abril de 2004, encontros em Nhamatanda, Gondola e Dondo com os stakeholders des tes distritos e do distrito de Muanza Ao longo deste trabalho foram inventariados cerca de 130 Stakeholders na bacia do rio Pungoé. Como já foi referido noutros boletins , realizaram-se dois importantes works hops na cidade da Beira em Setembro de 2002 e em Dezembro de 2003, para discutir respectivamente, o Plano de Trabalhos do Projecto Pungoé e o Relatório da Monografia. Neste encontros participaram os principais stakeholders existentes na bacia. Além destas actividades directamente associadas aos stakeholders, a ARA-Centro e o Projecto Pungoé tem efectuado um grande número de actividades internas e de campo, tendo em vista reforçar a recolha de informação sobre os caudais dos rios e os registos de precipitação, nomeadamente com a melhoria dos equipamentos instalados, reforço da capacitação dos leitores e realização de medições dos caudais nas es tações em operação. 4.2 Actividades a serem efectuadas brevemente Em Junho e Julho de 2004 no âmbito da criação do Comité de Bacia, serão desenvolvidos contactos com os stakeholders e o convite a um número determinado de s takeholders para participação da reunião constitutiva do Comité de Bacia prevista para 8 de Julho de 2004 no Acampamento da Cruz Vermelha em Chimoio. Está previsto até Setembro de 2004, a realização de obras de construção civil e a compra de equipamentos para a automatização das es tações E-65 – Pungoé Sul e E72 – Nhazónia, bem como a ins talação de rádios de comunicação. ARA- Centro 1. A ARA- Centro e o Comité de Bacia A ARA-Centro é uma instituição do Estado responsável pela administração dos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos) das bacias hidrográficas dos rios da região centro nomeadamente Save, Búzi e Pungoé. Actualmente está a decorrer na bacia do Pungoé, o Projecto Pungoé (Projecto para o Desenvolvimento da Estratégia Conjunta para a Gestão Integrada dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Pungoé), cuja agência implementadora em Moçambique é a AR A-Centro. Este Projecto é uma iniciativa dos governos de Moçambique e Zimbabwe, tendo em vista a gestão conjunta dos recursos hídricos da bacia do Pungoé. Os elementos chave para o desenvolvimento da estratégia de ges tão sustentável, equitativa e participativa dos recursos hídricos na bacia do rio Pungoé tem por base a existência de capacidades para a implementação dess a ges tão nos dois países, simultaneamente com uma gestão participativa, envolvendo as pessoas interess adas e afectadas na bacia ‘’stakeholders’’. Comité de Bacia Tendo em vista a gestão participativa dos stakeholders na gestão da água na bacia do Rio Pungoé, es tá estabelecido nos Estatutos da ARA-Centro, a criação do Comité de Bacia do Pungoé. O Comité é um órgão consultivo do Director da ARA-Centro, sendo também o órgão de coordenação entre os stakeholders e utentes de água existentes na bacia hidrográfica do Rio Pungoé. O Comité será composto por 15 a 17 membros, que representarão os utentes e outros stakeholders existentes da bacia. Os membros deverão ser escolhidos de modo a terem uma representação geográfica, cobrindo os vários dis tritos que constituem a bacia e igualmente repres entarem os diferentes grupos de stakeholders, nomeadamente utentes, governos provinciais e locais e organizações da sociedade civil com ligações ao sector da água (ONGs). As funções mais importantes do Comité de Bacia são as de discutir e propor medidas operacionais para os principais problemas que afectam a gestão da água e analisar os planos anuais propostos de modo a ter uma intervenção na melhoria da gestão da água, de tal forma que es te bem público satisfaça as necessidades dos utentes em qualidade e quantidade. Uma des crição mais detalhada das funções do Comité de Bacia e de outros aspectos de funcionamento do Comité é apres entado no Regulamento Interno do Comité de Bacia a ser aprovado pelo próprio Comité. 2. As partes interessadas e afectadas (Stakeholders) na Bacia do Pungoé • “Stakeholders” Os “s takeholders ” da bacia do Pungoé podem-se definir, como as partes interessadas ou afectadas pelos recursos hídricos da bacia do rio Pungoé. Os stakeholders são classificados em três grupos , que correspondem aos Utentes, Governo e ONG’s. 1- Utentes - s ão os consumidores e utilizadores de água; 2- Governo - são as instituições es tatais com responsabilidade pela gestão dos recursos naturais e pelas actividades económicas e sociais que tenham relação com a água. 3- ONG’s - são as organizações não governamentais, associativas ou cívicas que tenham ou repres entem interesses relacionados com a água. • • Distrito de Nhamatanda: Laurindo Samuel, Administrador do Distrito; Marques Canivete, presidente da UDAC; Pedro Simango, agricultor privado; João Mangaze, Régulo de Tica. Distrito de Gondola: Eduardo Gimo, Adminis trador do Distrito; Alberto Matole, Régulo de Gondola, Alberto Al ves , presidente da Associação Mvura Yokuchera; Mateus Amonde, presidente da Associação Tsanzira Upenho; Ros alvo, Citrinos de Chimoio. Distritos de Dondo e Muanza: Maria Alice e Albano Chinai, Administradores dos Distritos ; Anibal Mafambisse, Régulo de Mafambisse, António Inácio, pres idente da UDAC Dondo; Domingos Buramo, pres idente da UPCS; João Chioio, presidente da UDAC Muanza. Principais Stakeholders na Bacia do Pungoé Após a inventariação dos s takeholders efectuada em toda a bacia, os principais utilizadores de água (utentes) existentes na bacia são: Gondola: Abílio Antunes, Adérito A. Parra, Guilherme J. Nazário, Citrinos de Chimoio, Gabriel Mabunda, Fernando Martene, Águas de Chimoio, College Farm e DIMONTabacos de Manica. Barué: Catandica Ranch, Fazenda Agrícola de Hombe, Herdade Felicidade, Ilda C. Pegaço, Peter Waziwei, Empresa de Águas de Catandica (Conselho Municipal de Catandica). Nhamatanda: Aruângua; Empres a Agro-industrial e Comercial de Nhamatanda, AGRIPEL, Maria C. Reis, As sane Bahadur. Manica: AUSMOZ. Gorongosa: Laine Tone, Tomas Magura, Domingos Flávio, Samuel Joaquim, Bechane Dique, Ass ociação dos Regantes de Nhauranga e Associação dos Regantes de Nhabirira. Dondo: Açucareira de Mafambiss e, Águas da Beira, Quinta Cajual, Quinta Nazir e Quinta Shak’s. Para além destes utentes foi inventariado um grande número de ass ociações de agricultores, ONGs, lideres tradicionais e entidades governamentais a nível distrital e provincial, cuja distribuição por distritos se apres enta na Figura seguinte. No sentido de discutir os principais problemas da água a nível local/dis trital foram realizados cinco encontros, com uma participação entre 20 e 30 stakeholders. Nestes encontros foram escolhidas as s eguintes pessoas chaves : • Distrito de Barué e Manica: Costa Chale, Adminis trador do Distrito de Barué; Peter Waziweyi, agricultor privado; Peter Taylor, agricultor de Catandica Ranch; Peter Jasse, pres idente da Associação de Criadores de Gado de Nhampass a e Samuel Magozo zo, pres idente da Ass ociação Nkay Zero. Dis trito de Gorongos a: Luís Tomossene, Administrador do Distrito; Nhabanga • Nguilande, da Associação de Regantes de Nhauranga; Eugénio Almeida, Régulo de Canda e Matilde Cunhaque da FHI. Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé Os contactos da ARA-Centro são: Tel. 03 312424 ou 03 311304 Fax 03 311310 e-mail: [email protected] Endereço: ARA – Centro, Att: Engº. Manuel Américo Fobra, Director C.P. 1284, Rua Heróis de Marracuene nº 232, Macúti, Beira 1/A ANNEX 4 REPORTS OF MOBILIZATION WORKSHOPS IN MOZAMBIQUE (IN PORTUGUESE) RELATÓRIO DE 2 SEMINÁRIOS DE MOBILIZAÇÃO DE STAKEHOLDERS, REALIZADOS NO DIA 22 DE SETEMBRO DE 2003 NA VILA DE CATANDICA E NO DIA 24 DE SETEMBRO NA VILA DE GORONGOSA BEIRA, SETEMBRO DE 2003 Capitulo I – Aspectos Gerais 1.1 Antecedentes 1.2 Objectivos dos Workshops 1.3 Os participantes 2 1 1 2 Capitulo II – Distrito de Bárue e Manica 2.1 Introdução 2.2 Apresentação dos participantes 2.3 Apresentações 2.3.1 Da ARA – Centro 2.3.2 Do Projecto 2.3.3 Da componente de participação dos stakeholders 2.4 Questões Levantadas 2.5 Conclusões 2.6 Recomendações 3 3 3 3 3 3 3 4 5 6 Capítulo III – Distrito de Gorongosa 3.1 Introdução 3.2 Apresentação dos Participantes 3.3 Apresentações 3.3.1 Da ARA – Centro 3.3.2 Do Projecto 3.3.3 Da componente de participação dos stakeholders 3.4 Questões Levantadas 3.5 Conclusões 3.6 Recomendações 7 9 9 9 9 9 9 10 10 11 Capítulo IV – Considerações Finais 12 Capitulo I – Aspectos Gerais 1.1 Antecedentes A ARA – Centro é a entidade, responsável pela administração dos recursos hídricos das bacias dos rios Save, Búzi e Pungoé, tal como a participação na formulação, implementação e revisão dos planos hidrográficos das bacias, administração e controle das águas públicas, recolha das taxas de água e licenciamento da utilização de água. No mês de Março de 2003 e no âmbito do “Projecto Pungoé” a ARA – Centro iniciou as suas actividades de campo com o inventário dos stakeholders na bacia do rio Pungoé. Foram visitados os distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa na Província de Sofala e os distritos de Gondola, Macossa, Manica e Barué na Província de Manica. O trabalho de campo dos técnicos teve inicio no dia 11 de Março no distrito de Nhamatanda e terminou no dia 24 de Abril no distrito de Macossa. A missão dos técnicos da ARA Centro e do Projecto nos distritos foi de contactar as instituições governamentais, associações de agricultores, ONGs, utentes da bacia do Pungoé e complementarmente avaliar a situação sócio-económica e o inventário das obras hidráulicas existentes. A segunda fase do trabalho de campo começou a 28 de Julho e terminou 15 de Agosto, obedecendo a seguinte calendarização: • • • De 28 de Julho à 1 de Agosto – Barué e Manica De 5 à 8 de Agosto – Nhamatanda e Gondola De 12 à 15 de Agosto – Gorongosa. O trabalho levado a cabo na segunda fase foi de consolidação do trabalho desenvolvido na fase anterior, inventário de stakeholders, das barragens e outras infra-estruturas hidráulicas, preparação de dois miniworkshops para envolvimento dos stakeholders. Foram contactados os principais utilizadores de água e convidados alguns representantes para participar nos mini-workshops. Tendo em vista o reforço do envolvimento dos stakeholders na gestão da água da bacia do Pungoé, a ARA Centro realizou 2 mini-workshops nos distritos de Barue (Vila de Catandica) e Gorongosa nos dias 22 e 24 de Setembro respectivamente. Estes workshops serviram da preparação da mobilização dos stakeholders para o subsequente criação do Comité de Bacia do Pungue, mais tarde. Foram realizados também para ganhar experiência e investigar o interesse dos stakeholders na interacção com ARA-Centro em geral e a criação do Comité de Bacia em particular. 1.2 Objectivos dos Workshops Foram objectivos destas pequenos wokshops, os seguintes: a. Divulger a ARA-Centro no seio dos diferentes utentes de Água b. Envolver os stakeholders na gestão dos recursos hídricos. c. Efectuar o levantamento dos problemas vividos pelos difertentes grupos de stakeholders 1 d. Iniciar o processo de criação de mecanismos de ligação entre os stakeholders e a ARA-Centro. e. Permitir que os vários utentes partilhem dos seus problemas em conjunto e que estabeleçam relações entre si. 1.3 Os participantes Foi definido que seriam convidados os stakeholders agrupados nas seguintes categorias: a) Administração do Distritos b) Os Conselhos Municipais c) As Associações de camponeses d) As Organizações Não Governamentais e) E os agricultores privados 2 Capitulo II – Distrito de Bárue e Manica 2.1 Introdução O workshop teve lugar nas instalações da pensão Girassol em Catandica com a participação de 25 convidados entre os representantes de associações, ONGs, utentes e o governo local (anexo 1). Segundo o planificado, abertura cabe ao Director da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Bárue em representação do Administrador do Distrito. Nesta fase, deu as boas vindas aos participantes dando assim o inicio dos trabalhos. O director da ARA – Centro deu as boas vindas e o agradecimento por terem aceites os convites feitos para esse efeito. 2.2 Apresentação dos participantes O moderador sugeriu que cada participante fizesse um apresentação do seu perfil como forma de conhecerem-se mutuamente e apresentou o programa da workshop. Foi nesta fase que surgiu uma proposta de um dos utente da água ( Piter Waziweyi) para que se incluísse no programa uma visita de campo à nascente que abastece o Vila de Catandica. De acordo com o mesmo as encostas estavam sendo desflorestadas o que no futuro muito próximo poderá criar problemas da falta de água. 2.3 Apresentações 2.3.1 Da ARA – Centro O Director da ARA – Centro explicou acerca do significado e formação das ARAs, as tarefas e responsabilidades da ARA – Centro. Nesta fase surgiu uma recomendação no sentido que a ARA – Centro, em próximas ocasiões faça folhetos onde vem detalhes da lei da água, pois que, os participante quase nada sabem acerca disso. 2.3.2 Do Projecto O Engº Alves a apresentar aspectos relevantes do projectos, nomeadamente a criação do “Projecto Pungoé”, as suas tarefas na ARA – Centro, os estudos feitos e as fases seguintes do Projecto, com os resultados esperados de cada uma delas. 2.3.3 Da componente de participação dos stakeholders 3 O Eng.º Ben Lamoree explicou aos participantes a componente gestão participativa dos utentes da água, a palavra Stakeholders e a ideia da formação de comité de bacia do Rio Pungoé. 2.4 Questões Levantadas - Peter Taylor – Em representação da Catandica Ranch: questionou se para se abrir um furo de água era necessário pedir a autorização da ARA – Centro? R: Para este caso não era necessário pedir a autorização a ARA – Centro. Questionou ainda o facto de se estar a planificar actividades de uso de água para um período de 10 anos, se por caso as actividades aumentarem como seria a gestão da água? R: É a razão pela qual recomendasse a todos os médios e grandes utilizadores da água a se dirigirem a ARA – Centro, apresentarem os seus planos e projectos, isso ajudará a ARA a racionalizar a água existente e se possível construir uma barragem para o armazenamento da água. Ainda deu a opinião de que é mais viável construir uma barragem que sirva a vários utentes do que cada um individualmente construir a sua própria. - Tacho António - Em representação do chefe do posto administrativo de Vandúzi: recomendou para que a ARA – Centro se empenhasse na resolução do problema da poluição das águas do Pungoé porque a situação na sua área de jurisdição está de mal a pior. - Peter Waziwei- Utente da água: Recomendou que a ARA – Centro em próximos projectos incluísse a componente resolução dos problemas não só da água mas também do Garimpos de ouro ao longo da margens do rio Pungoé. Ainda questionou o porque é que a ARA – centro não construí uma barragem na parte de cima da vila, como forma de controlar a quantidade de água que poderá um dia ser escassa para a comunidade? R: Se a barragem é individual não é a tarefa da ARA – Centro construir a tal infra-estrutura, mas se é um bem público é uma das tarefa da ARA, por isso, nesse caso o que é necessário são os investimentos. - Jambo Francisco - Representante da UCAMA ( União Provincial dos Camponeses): Questionou o que aconteceria se um utente requeresse uma licença de uso da água e a água não fosse suficiente? R: Existem fenómenos naturais que são impossíveis de controlar é caso das cheias e secas. Estes estão fora da capacidade da ARA, porém uma vez a ARA com conhecimento, a partir dos estudos feitos, da escassez da água num determinado período do ano, poderia sugerir a nível central a construção por exemplo de uma barragem para a reserva da água nessa área. Questionou ainda se o futuro comité de bacia não corria o risco de ser como outros comités que já existem, é o caso de comités de gestão das florestas e mais outros que nada fazem? R: O comité que futuramente será formado não será um comité a nível distrital, mas sim de toda a bacia do pungoé, por isso, que há certeza que funcionará plenamente. - Kastel London - Presidente da Associação Chekwaedzera: Questinou o que se faz para se obter uma licença de uso da água? R: É necessário apresentar o projecto a ARA – Centro, onde será avaliada o grau das suas actividades e feito isto preenchesse um formulário que está disponível nos escritórios da ARA – Centro na Beira. - Alberto Remane – Presidente da Associação dos produtores de Tabaco de Mpanthagoma: Questionou que tipo de apoio a ARA – Centro daria aos utentes de água? R: Não é a função da ARA – Centro dar apoio, mas sim existem outras entidades do governo, é o caso da direcção provincial de Agricultura e desenvolvimento rural, DN de hidraúlica agrícola, mas sim a ARA poderá procurar ajuda aos utentes a partir de pedidos de financiamentos. - Ilda Pegacho – Farmeira : Sugeriu que se deixasse o formulário na DDADR de Bárue e as respectivas instruções porque seria dispendioso para os utentes da água deslocarem-se a ARA – Centro na Beira. R: 4 Da comissão formada como ponto de contacto entre a ARA – Centro e os utentes da água será fácil a aquisição do formulário pois que, os técnicos da ARA – Centro iram se deslocar até este distrito numa primeira fase. - Técnico da Urbanização do município de Catandica – Falou do uso sistemático da água e propôs que a ARA – Centro, fizesse o zoneamento da terra no município, e ainda a construção de pequenas barragem no distrito. - Samuel Magazozo – Representante da associação Nkay zero – Apresentou o problema da infiltração da água no solo nas zonas verdes o que provoca a escassez. R: O que é preciso neste caso é o apoio financeiro do que apoio técnico pois que isso deve-se em muitos casos pelo grau da destruição dos canais. - Peter Chanço – Representante da associação dos criadores de Gado: Apresentou o problema de escassez da água na zona de Nhampassa para o consumo do gado, porque o rio que por ali passa, corre quase no meio das machambas da comunidade e isso faz com que a associação não meta os seus animais, dai que pedia a ARA – Centro para criar mecanismo de puxar a água para outra zona. - Romão Sadumbua - Presidente da Associação Kulima kwa canaca: Apresentou o problema que existe entre a associação e um grupo de indivíduos que tomam banho no canal por onde passa a água para a irrigação, pediu a ARA – Centro para que ajudasse na resolução do problema pois que a autoridade tradicional mostrou-se incapaz. R: Não é a missão da ARA – Centro resolver problemas de menor dimensão. Aconselhou-se que uma vez a autoridade tradicional mostrou-se incapaz poderia recorrer ao posto administrativo. - José Arone – Representante da Africare: Levantou a questão de que o que se fará se na construção de uma barragem inundar as machambas da população? R: Uma vez acontecido isso, o governo indemniza a população afectada. - Peter Jasse - Levantou o problema relacionado com a vinda de Agricultores comerciais se isso não criará a escassez da água para a comunidade? R: Por isso que é muito importante conhecer-se que quantidade de água cada individuo irá consumir para ser fácil a sua previsão, por isso, o licenciamento é meio para se conhecer a água a ser utilizada. - António Lucas - Extensionada da DDADR – Nhampassa : Questionou o que faz para alguém que desvia o curso natural de um rio? R: Se construir uma infraestrutura sem autorização, o governo neste caso a ARA – Centro irá demolir porque ninguém está autorizado a fazer obras sem autorização. Uma vez terminada esta fase passou-se a última fase que consistiu na apresentação dos passos a seguir após aquele workshop que consistirá na criação de um comité de bacia a nível de toda a bacia do Pungoé. Ainda pediu-se a listagem do grupo de contacto constituído por diferentes grupos. A proposta visita à serra para vermos os efeitos da desflorestação realizou-se depois do almoço de encerramento do seminário. 2.5 Conclusões As conclusões foram as seguintes: a) Existe uma vontade expressa dos vários grupos de stakeholders de participarem na gestão da Bacia através das associações de utentes e através do comité de Bacia 5 b) Ficou claro que não existe conhecimento da obrigatoriedade de obtenção de licenças de uso da água c) Existe uma clara necessidade de campanhas de explicação e sensibilização sobre as obrigações relativas ao uso da água. d) A Lei de água não é conhecida pelos vários grupos de utentes, não se conhecendo portanto os dispositivos legais que defendem os interesses dos cidadãos e que conferem igualmente algumas obrigações. e) Os utentes manifestaram vontade de obterem as respectivas licenças, tendo sugerido que os processos fossem simplificados, por forma a que a nível do distrito fosse possível iniciar o processo de obtenção da mesma. f) Foram designadas 4 elementos que funcionarão como elementos de ligação com a ARAcentro. 2.6 Recomendações Face aos resultados obtidos nesta reunião, sugere-se: a) Que se continue com as reuniões a nível dos distritos até que se cubra toda a bacia do Rio Púngue. b) Que se existir um segundo ciclo de workshops, que os mesmos sejam feitos na base de sub-bacias. c) Que se façam campanhas de sensibilização e explicação da Lei de Águas, do Licenciamento e da Politica Tarifária de Águas. d) Finalmente, recomenda-se que sejam disponibilizados atravás das DDADR os formulários e requistos necessários para a obtenção das Licenças de Uso de Água. 6 Anexo 1 Lista de convidados para o mini-workshop de Catandica Data de realização 22 de Setembro de 2003 Distrito de Barué A. Governo 1. Administrador do Distrito 2. Director Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural 3. Extensionista da DDADR 4. Presidente do Conselho Municipal de Catandica 5. Vereador de Obras Públicas e Urbanização do Município de Catandica 6. Chefe do Posto Administrativo de Nhampassa B. Utentes 7. Ilda Pegache (agricultora) 8. Peter Wazei (agricultor) 9. Elisabeth Projecto Djara Yapera (agricultora) 10. Richard – Representante do consórcio de 5 farmeiros Sul Africanos e Zimbabweanos 11.Herdade Felicidade 12. Catandica Ranch C. Associações 13. Associação Kulima Cua Canaca 14. UCAMA 15. Associação Cumboedza 16. Associação Hama Ybadza 17. Associação Chekwaedzera 18. Duas Associações do Posto Administrativo de Nhampassa 19.Africare D. Régulos 20. Régulo de Nhampassa 21. Régulo da zona de Catandica Distrito de Manica A. Governo 22. Chefe do Posto Administrativo de Vanduzi 23. Chefe do Posto Administrativo de Mavonde B. Utente 24. Inácio Nunes (agricultor) 7 Anexo 2 Lista dos Participantes no Workshop de Baruè 1. Gilberto Moisés - Director DDADR, representante do administrador. (II) 2. Jambo Francisco – Representante da UCAMA. (I) 3. José Arone – Representante da Africare. (III) 4. Peter Taylor – Representante da Catandica Ranch (I) 5. Ilda Pegaço – Agricultura privado (I) 6. Tacho António – Representante do chefe do posto de Vandúzi. (II) 7. Romão Launde – Presidente da associação Kulima kwa canaka. (I) 8. Alberto Meque - Representante dos comerciantes locais. (III) 9. Peter Chanço – presidente da associação dos criadores de gado de Nhampassa. (I) 10.Secuma Jhon Marenjela - representante da ass de Agric. de Mpanthagoma. (I) 11.Luis Mandoras – Representante da associação de Mpanthagoma. (I) 12.António Lucas – Extensinista do posto Administrativo de Nhampassa. (II) 13.Júlio machado – Assistente da Administração (II) 14.Francisco Mário – Extensionista da DDADR – Bárué (II) 15.Kastel London - Presidente da associação (I) 16.Alberto Remane – Presidente da Associação dos Produtores de Tabaco. (I) 17.Peter Waziweyi – Agricultor privado. (I) 18.Elizabeth Waziwei – Agricultora privada (I) 19.Manuel Fobra – Director da ARA – Centro 20.Carlitos Omar – Técnico da ARA – Centro 21.António Alves – Projecto Pungoé team leader 21.Mario Rassul- Moderador – Impacto 22.Ben Lamore – Arcadis 23.Samuel David Magazozo – presidente da associação Nkay zero. (I) 24.Peter - Farmeiro Zimbabweano. (I) 25.Representante do Municipio na área da Urbanização. (II) 26.Régulo de Nhampassa. (III) 27.Tomé Lucas - Presidente da Localidade de Chuala (II) I – Grupo 1, Utentes, 13 II – Grupo 2, Governo, 7 III – Grupo 3, ONG, 3 8 Capítulo III – Distrito de Gorongosa 3.1 Introdução O workshop teve lugar nas instalações da Administração do Distrito da Gorongosa, com a participação de 20 convidados entre os representantes da associações, ONGs, Utentes e o governo local (anexo 2). Segundo o planificado, abertura cabe ao director distrital de Obras Públicas e habitação de Gorongosa em representação do administrador do distrito. Nesta fase, deu as boas vindas aos participantes dando assim o inicio dos trabalhos. O director da ARA – Centro deu as boas vindas e o agradecimento por terem aceites os convites feitos para esse efeito, tendo apresentado de forma resumida o programa do Workshop. 3.2 Apresentação dos Participantes O moderador sugeriu que cada participante fizesse um apresentação detalhada do seu perfil como forma de se conhecer quem estava a participar neste encontro. 3.3 Apresentações 3.3.1 Da ARA – Centro O director da ARA – Centro explicou acerca do significado e formação das ARAs, as tarefas e responsabilidades da ARA – Centro. Nesta fase surgiu uma recomendação no sentido que a ARA – Centro, em próximas ocasiões faça folhetos onde vem detalhes da lei da água, pois que, os participante quase nada sabem acerca disso. 3.3.2 Do Projecto O Engº Alves a apresentar aspectos relevantes do projectos, nomeadamente a criação do projecto Pungoé, as suas tarefas na ARA – Centro, os estudos feitos e as fases seguintes do Projecto, com os resultados esperados de cada um delas 3.3.3 Da componente de participação dos stakeholders O Eng.º Ben explicou aos participantes a componente gestão participativa dos utentes da água, a palavra Stakeholders e a ideia da formação de comité de bacia do rio Pungoé 9 3.4 Questões Levantadas Ricardo Cumbane – Representante do director distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural: Questionou quando é um indivíduo deve requerer a licença de uso de água? R: Só requer a licença aquele que está acima do sector familiar, portanto, os médios e grandes agricultores com meios mecânicos para a captação da água. Existe indivíduos com autorização da administração local, retiram areias no rio. Será que não provocará problema? R: Isso não devia acontecer sem se consultar a ARA – centro porque segundo a lei da água isso constitui uma das tarefas da ARA – Centro, a retirada da areia provoca para além da poluição o aluimento da terra e a consequente assoreamento do rio, por isso, devia-se fazer uma consulta intersectorial. - Associação de Mulheres Católicas: Questionou se era necessário requerer uma licença de uso da água elas puxam a água numa nascente de Nhandar e irrigam pequenas hortas ? R: Esse trata-se do sector familiar que está dispensado pedir licença. - Anselmo Martinho: Coordenador da GTZ – Proder: Procurou saber o que é que a ARA – Centro está fazendo para que a água não acabe na bacia do Pungoé, pois que, são estas actividades de pequena dimensão que podem comprometer a existência da água? R: É a razão pela qual é indispensável que os indivíduos declarem as suas actividades para o seu licenciamento e melhor controlo da quantidade da água existente e fazer-se a previsão para o futuro. E ainda a ARA – Centro tem projectos de construção de barragens neste distrito como forma de garantir e controlar á agua. - Manuel Conde Cabriel – Chefe do posto de Nhamadze: Apresentou e pediu a intervenção da ARACentro no conflito que se opõem entre o agricultor Domingos Flávio e a comunidade de Utombo, por causa de canais que já existiam e ele estando a utilizar actualmente não permite que a comunidade local também aproveite. R: Porque o agricultor não se fez apresentar no Wokshop, o que se pode fazer será o estudo do caso, primeiro a partir das entidades locais e depois a ARA – Centro poderá intervir. Existe ainda um agricultor, Xavier da Barca, que está construindo uma cisterna para reserva da água para irrigação, sugeriu que devia ser licenciado e ainda há projectos de instalação de uma captação e tratamento de água nas cascatas de Murombozi para posterior engarrafamento. - Cambo André – presidente da localidade de Pungoé : Referiu-se da questão da poluição das águas do pungoé através do garimpo de ouro que actualmente constitui perigo para o consumo da comunidade, qual é a solução? R: Está-se evitar esforços intersectorial para estagnar ou organizar as suas actividades, sem o uso de mercúrio que é altamente tóxico para os seres vivos. 3.5 Conclusões As conclusões foram as seguintes: a) Os utentes da água tem conhecimentos sobre a Lei da Terra e das suas obrigações no referente a protecção do leito dos Rios e das nascentes. b) No distrito da Gorongoza já foram criados os comités de base de Gestão dos recursos Naturais. Embora existe uma vontade de participação na gestão participativa da Bacia é necessário clarificar como as diferentes “associações de base” se relacionarão. 10 c) A Lei de Águas. Contrariamente a Lei de Terras, não é conhecida, não sendo portanto conhecido os Direitos e Obrigações dos utentes de água. d) Existe uma clara necessidade de campanhas de explicação e sensibilização sobre as obrigações relativas ao uso da água. e) Foram designadas 3 elementos que funcionarão como elementos de ligação com a ARAcentro. 3.6 Recomendações Face aos resultados obtidos nesta reunião, sugere-se: a) Que se continue com os esforços no sentido de se identificar os utentes de água (agricultores) e os motive para que participem nestas reuniões. b) Que se façam campanhas de sensibilização e explicação da Lei de Águas, do Licenciamento e da Política Tarifária de Águas. c) Que se use os comités de base já existente no dialogo com as associações existentes nas comunidades. 11 Anexo 1 Lista de convidados para o mini-workshop de Gorongosa Data de realização 24 de Setembro de 2003 Distrito de Gorongosa A. Governo 1. Administrador do Distrito 2. Director Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural 3. Director Distrital de Obras Públicas e Habitação 4. Supervisor de extensionistas da DDADR 5. Chefe do Posto Administrativo de Nhamadze B. Utentes 6. Domingos Flávio (agricultor) C. ONGs / Associações 7. Associação dos Regantes de Nhauranga 8. Associação das mulheres católicas 9. Comités de gestão de recursos naturais de Canda 10. Comités de gestão de recursos naturais de Nhambita 11. Comités de gestão de recursos naturais de Tambarara 12. Grupo de agricultores de Nhambirira. 13. GTZ 14. FHI 15. GPZ D. Régulos 16. Régulo de Nhambita 12 Anexo 2 Lista dos Participantes 1.Nhambaca Dize - Presidente da Associação dos regantes de Nhauranga. (I) 2.Samuel Joaquim – Presidente da Associação de Nhabirira (I) 3.Caetano Jorge – Presidente de comité de gestão de r. naturais de tambarara. (III) 4.Eugénio Almeida – Régulo de Canda. (III) 5.Manuel Escavo – Régulo de Nhambita. (III) 6.Cambo André – Presidente da localidade de Pungoé. (II) 7.Alberto José – Chefe do posto administrativo de Vunduzi. (II) 8.Mateus E. Santos – D.O. Publicas e Hab – representante do administrador. (II) 9.Vitoria Francisco – Representante da Associação das Mulheres Católicas (III) 10.Adélia Abdele – Membro da Associação das Mulheres Católicas. (III) 11. Isabel Cristo - Membro da Associação das Mulheres Católicas. (III) 12.Anselmo Martinho – Coordenador da GTZ – Proder (III) 13.Matilde Baúque – Coordenadora da FHI (III) 14.Manuel Conde Gabriel – Chefe do posto de Nhamadze. (II) 15.Ricardo Cumbana – Em representação do DDADR (II) 16.Carlitos Omar – Técnico da ARA – Centro. 17.Manuel Fobra – Director da ARA – Centro. 18.António Alves – Projecto Pungoé team Leader. 19.Mário Rassul – Impacto 20.Ben Lamore – Arcadis I – Grupo 1, Utentes, 2 II – Grupo 2, Governo, 5 III – Grupo 3, ONG, 8 13 Capítulo IV – Considerações Finais As duas reuniões realizadas foram de muita utilidades pois permitiram que de forma inequívoca se concluísse que o envolvimento dos stakeholders deverá ser feito através das sub-bacias e não através da divisão administrativa. Esta reuniões permitiram também verificar que para além da Lei de Águas não ser conhecida, os procedimentos para a obtenção de Licenças de Uso não estão ajustadas a realidade dos distritos, pois estas devem ser tratadas somente na Beira, não existindo qualquer possibilidade de iniciar o processo a nível de cada distrito. Num dialogo mais cuidado com os vários utentes mostra que é de prever a curto prazo conflitos de uso de água. É portanto fundamental que o projecto considere maior esforço nas campanhas de sensibilização e esclarecimentos como forma de prevenir e preparar para esses eventuais conflitos de interesse. Em relação com todos os pontos acimo mencionados, a criação do Comité de Bacia do Rio Pungue poderá ser considerada mais que desejável para atingir uma maior participação dos utentes na gestão dos recursos hídricos da bacia. 14 RELATÓRIO DE 3 SEMINÁRIOS DE MOBILIZAÇÃO DE STAKEHOLDERS, REALIZADOS NO DIA 21 DE ABRIL DE 2004 NA VILA DE NHAMATANDA, NO DIA 22 DE ABRIL DE 2004 NA VILA DE GONDOLA E NO DIA 23 DE ABRIL DE 2004 NA VILA DE DONDO BEIRA, ABRIL DE 2004 Capitulo I – Aspectos Gerais. 1. Antecedentes. A ARA- Centro é a entidade responsável pela administração dos recursos hídricos das bacias dos rios Save, Búzi e Púngoè, tal como a formulação, implementação e revisão dos planos hidrográficos das bacias, administração e controle das águas públicas, recolha das taxas de água e licenciamento da utilização de água. No mês de Março de 2003 o Projecto Pungoé e a ARA- Centro iniciaram as suas actividades de campo com o inventário dos stakeholders na bacia do rio Púngoè. Foram visitados os distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa na província de Sofala e os distritos de Gondola, Macossa, Manica e Barué na província de Manica. O trabalho de campo teve as seguintes fases: - dia 11 de Março de 2003 no distrito de Nhamatanda e terminou no dia 24 de Abril de 2003 no distrito de Macossa, - dia 28 de Julho de 2003 no distrito de Barué e terminou no dia 15 de Agosto de 2003 no distrito de Gorongosa, - dia 29 de Março de 2004 no distrito de Gondola e terminou no dia 8 de Abril de 2004 no distrito de Dondo. Na primeira fase do trabalho de campo, os técnicos da ARA- Centro e do Projecto tinham como missão, contactar as instituições governamentais, associações de agricultores, ONGs, utentes da bacia do Púngoè e complementarmente avaliar a situação sócio- económica e o inventário das obras hidráulicas existentes nos distritos. O trabalho levado a cabo nas fases seguintes foi de consolidação do trabalho desenvolvido na fase anterior, inventário de stakeholders, das barragens e outras infra- estruturas hidráulicas, preparação de mini- workshops para envolvimento dos stakeholders. Foram contactados os principais utilizadores de água e convidados alguns representantes para participar nos mini- workshops. Tendo em vista o reforço do envolvimento dos stakeholders na gestão da água da bacia do Púngoè, a ARA- Centro realizou 2 mini- workshops nos distritos de Catandica e Gorongosa nos dias 22 e 24 de Setembro de 2003 respectivamente. Estes workshops serviram para preparação do grande workshop realizado em Dezembro de 2003 na cidade de Beira com a participação de elementos seleccionados de todos os distritos existentes na bacia do Púngoè. Com objectivo de criação do Comité de Gestão da Bacia do Púngoè, a ARA- Centro realizou 3 mini- workshops nos distritos de Nhamatanda, Gondola e Dondo nos dias 21, 22 e 23 de Abril de 2004 respectivamente, que tem com objectivo a preparação do grande workshop a realizar ainda no presente ano. 1.1. Objectivos dos workshops. • • • • • Foram objectivos destas pequenos workshops os seguintes: Divulgar a ARA- Centro no seio dos diferentes utentes de Água. Envolver os stakeholders na gestão dos recursos hídricos. Efectuar o levantamento dos problemas vividos pelos diferentes grupos de stakeholders. Iniciar o processo de criação de mecanismos de ligação entre os stakeholders e a ARACentro. Permitir que os vários utentes partilhem os seus problemas em conjunto e que estabeleçam relações entre si. 1.2. Os participantes. Foi definido que seriam convidados os stakeholders agrupados nas seguintes categorias: - As Administrações dos distritos, - Os Conselhos Municipais, - As Associações de camponeses, - As Organizações Não Governamentais, - Os agricultores privados. 1.2.1. Os participantes permantes em todos workshops. 1. Marcos Mponda- Chefe do departamento Técnico da ARA- Centro 2. Carlitos Omar- Técnico da ARA- Centro 3. Rui Fonseca- Técnico da ARA- Centro 4. António Alves- Projecto Pungoé team leader. 5. Mário Rassul- Moderador – Impacto. 6. Ben Lamoree- Arcadis. Capitulo II – Distrito de Nhamatanda. 2. Introdução. O workshop teve lugar nas instalações do Registo Civil, com a participação de 20 convidados entre os representantes das associações, ONGs, utentes e do governo local (anexo A). Segundo o planificado, abertura coube ao director distrital de Educação de Nhamatanda, António Tagarino, em representação do administrador do distrito, Laurindo Samuel. Nesta fase, António Tagarino deu as boas vindas aos participantes dando assim o inicio dos trabalhos. O chefe do departamento técnico da ARA- Centro, Engº Marcos Mponda, em representação do director da ARA- Centro, Engº Manuel Fobra, deu as boas vindas e agradeceu aos participantes por terem aceite os convites feitos para o workshop. 2.1. Apresentações. O moderador sugeriu que cada participante fizesse uma apresentação detalhada do seu perfil como forma de se conhecerem mutuamente e apresentou o programa do workshop. 2.1.1. Da ARA- Centro. O chefe do departamento técnico ARA- Centro explicou acerca do significado e formação das ARAs, as tarefas e responsabilidades da ARA- Centro. 2.1.2. Do Projecto Pungoé. O Engº António Alves apresentou aspectos relevantes do Projecto, nomeadamente a criação do Projecto Pungoé, as suas tarefas na ARA- Centro, os estudos feitos e as fases seguintes do Projecto, como os resultados esperados de cada uma delas. 2.1.3. Da componente de participação dos stakeholders. O Engº Ben Lamoree explicou aos participantes a componente gestão participativa dos utentes da água, a palavra stakeholders e a ideia da formação de comité de bacia do rio Púngoè. 2.2. Questões Levantadas. • António Tagarino - Em representação da Administração do distrito. - Questionou sobre a resolução do problema de abastecimento de água canalizada as vilas de Nhamatanda, Lamego e Tica/ Muda? R: Activar o sistema de abastecimento de água, nomeadamente, posto de tensão, tubagem de 12 km e ampliar o sistema de armazenamento. - Levantou o problema da existência de muitas (mais de 80), mas insuficientes fontes aguas (insuficiência devido a falta de água nas fontes, água salobra e um número elevado da habitantes). R: Para abertura de fontes de água são necessários estudos (que permitem verificar se no local existe água, em que quantidades e com que qualidade). A ARA- Centro faz esses estudos que muitas vezes os indivíduos que necessitam abrir tais furos acham desnecessários. - Equacionou o que é que se está a fazer uma vez que apesar de existirem rios de água permanente há falta de aproveitamento de água (populações próximas dos rios tem água e as mais afastadas não)? R: Há projectos para execução de pequenas represas/ barragens de modo a resolver esse problema. - Perguntou se a ARA- Centro executa ou apenas autoriza a execução de obras? R: A ARA- Centro não executa, apenas autoriza a execução de obras. - Quis saber se a ARA- Centro tem projectos em carteira? R: Tem projectos, basicamente, execução de pequenas barragens. • Neves Santos - Em representação da Direcção Distrital da Juventude e Desportos. - Questionou se as represas/ barragens fazem parte da bacia? R: Depende, pois bacias são zonas, enquanto que represas/barragens são infra-estruturas localizadas nos rios. Se as represas/ barragens estiverem localizadas na zona da bacia ‘xis’ farão parte dessa bacia, portanto bacia ‘xis’. - Equacionou se no estudo da Monografia houve estudos entre a influência da agua do mar sobre a agua do rio (água salobra)? R: Houve esse estudo. - Sugeriu que se executasse a barragem do Metuchira, pois é uma infra-estrutura que irá impulsionar bastante o desenvolvimento da região. • Joaquim Amorim - Em representação da Empresa Agro- Industrial e Comercial de Nhamatanda. - Levantou o problema da existência de um desvio do rio (rio Muda). A jusante do desvio, no curso natural do rio não há água. Que é que se está a fazer? R: Verificar quando é que foi feito o desvio e com que fim, de modo a resolver o problema de forma amigável. - Perguntou se as barragens (Bué- Maria), em caso de cheias nos rios (rio Púngoè) são soluções que ajudam/ atenuam os efeitos negativos das mesmas? R: As barragens constituem soluções apenas para pequenas cheias. • Henriques Bongege - Em representação do Posto Administrativo de Tica. - Quis saber a quem está a cargo a construção da barragem do Metuchira (obra do estado prometida construir à 3 anos)? R: O projecto está concluído. Ainda não foi lançado o concurso por falta de disponibilidade financeira. - Equacionou se é necessário pedir autorização a ARA- Centro para utilização da água de lagoas para fazer blocos? R: Depende muito das quantidades e do impacto que essa utilização causa as populações e ao meio ambiente. - Sugeriu que nos próximos workshops a ARA- Centro distribuísse pequenas brochuras dos assuntos a tratar no mesmo e material para os participantes (canetas, blocos). • Joaquim Chirangana - Em representação do Regulado de Nhapoca. - Questionou se a ARA- Centro tem conhecimento de um desvio do curso de água que a Açucareira de Mafambisse tem intenção de fazer (lagoa de Batauata, área de Mapanda)? R: A ARA- Centro deve ser informada de todas as obras a executar nos rios sob sua jurisdição, de modo a fazer estudos, aconselhar por forma a evitar litígios entre as partes interessadas. • Pedro Simango - Em representação de Pedro Simango. - Levantou o problema da existência de um desvio no rio Muda para Nhancuco e Nhandzato, originando falta de água a jusante desse desvio nesse mesmo rio. Não havendo água todos habitantes recorrem a única fonte de água existente na região (poço na habitação do sr. Pedro Simango), contudo esta não tem capacidade para satisfazer a todos; que medidas tomar para resolver a questão? R: Em principio deve ser encontrada uma solução com as autoridades locais. • Afonso Faz- Tudo - Em representação da Associação Bebedo. - Quis saber se é necessário a emissão de licença pela ARA- Centro para abertura de pequenos poços? R: Não. Contudo é sempre bom pedir apoio a ARA- Centro para um aconselhamento técnico. • Marques Canivete - Em representação da UDAC- União Distrital de Associações e Cooperativas Agro- Pecuárias. - Levantou o problema de cheias em Metuchira- Pita. A população sofre com as cheias; que fazer para mitigar o efeito das cheias? R: Campanhas de sensibilização às populações, incentivar as populações a terem terrenos em ambas zonas (baixa e alta) para poderem ter sempre zonas de cultivo independentemente da situação. • Maria Dique - Em representação da Associação Ndjove. - Levantou o problema de uma represa construída para irrigação na qual, para além deste propósito, está sendo usada para o abeberamento do gado. Como resolver a situação? R: Recorrer as autoridades locais para a resolução do conflito. • Domingos Alberto - Em representação da Associação Comercial de Nhamatanda. - Perguntou se há benefícios/ vantagens para os stakeholders na gestão participativa da bacia do Púngoè? R: Há benefícios, pois todas decisões a serem tomadas terão o parecer directo dos stakeholders. • Maria Magaia - Em representação da Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural. - Sugeriu que se falasse dos impactos sociais, ambientais e financeiros das obras hidráulicas de modo a informar mais e a sensibilizar as populações. 2.3. Conclusões. As conclusões foram as seguintes: Existe uma vontade expressa dos vários grupos de stakeholders de participarem na gestão da Bacia através das associações de utentes e através do comité de Bacia. Ficou claro que não existe conhecimento da obrigatoriedade de obtenção de licenças de uso da água. Existe uma clara necessidade de campanhas de explicação e sensibilização sobre as obrigações relativas ao uso da água. A Lei de água não é conhecida pelos vários grupos de utentes, não se conhecendo portanto os dispositivos legais que defendem os interesses dos cidadãos e que conferem igualmente algumas obrigações. Os utentes manifestaram vontade de obterem as respectivas licenças, tendo sugerido que os processos fossem simplificados, por forma a que a nível do distrito fosse possível iniciar o processo de obtenção da mesma. Foram designadas 4 elementos que funcionarão como elementos de ligação com a ARA- Centro. 2.4. Recomendações. Face aos resultados obtidos nesta reunião, sugere-se: Que se continue com as reuniões a nível dos distritos até que se cubra toda a bacia do Rio Púngoè. Que se existir um segundo ciclo de workshops, que o mesmo sejam feitos na base de sub- bacias. Que se façam campanhas de sensibilização e explicação da Lei de Águas, do Licenciamento e da Política Tarifária de Águas. Finalmente, recomenda-se que sejam disponibilizados através das DDADR os formulários e requisitos necessários para a obtenção das Licenças de Uso de Água. PARTICIPANTES NO WORKSHOP DE NHAMATANDA- 21 de Abril de 2004 Grupo Instituição/ Agricultor ou Criador de Gado Isolado Representante Instituição 1Utentes (9) AGRIPEL- Associação Agro-Pecuária de Lamego Associação Comercial de Nhamatanda Associação de NDJOVE Associação MACARAURE Associação BEBEDO Cooperativa 1 de Maio Empresa Agro- Industrial e Comercial de Nhamatanda Macarate Fernando Domingos Diogo Alberto- director da DDI Comercio e Turismo Maria Dique António Munageiro Afonso Faz- Tudo Xussassa Thomo Joaquim Pereira Amorim Agricultor ou Criador de Gado Isolado 2Governo (9) 3ONGs (2) Pedro Simango Tomé Sadia Pedro Simango Tomé Sadia Administração do distrito DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural DDJD- Direcção Distrital da Juventude e Desportos DDOPH- Direcção Distrital de Obras Públicas e Habitação DD de Registos e Notariado Posto Administrativo de Tica Regulado de Nhapoca Regulado de Tica António Tagarino- director da DD de Educação Maria Augusta Magaia- directora Alberto Massada Faria- técnico aranal de irrigação Neves Santos Paulino Joaquim Levia- director Bastos António Jemuce Henriques Bongege- chefe do posto Joaquim Manuel Chirangana João Mangaze FHI- Food for the Hungry International UDAC- União Distrital de Associações e Cooperativas Agro-pecuárias Alcidio Siriaco Marques Canivete Capítulo III – Distrito de Gondola 3. Introdução. O workshop teve lugar nas instalações do Telecentro, com a participação de 31 convidados entre os representantes da associações, ONGs, Utentes e o governo local (anexo B). Segundo o planificado, abertura coube ao director distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Gondola, Luciano Majone, em representação do administrador do distrito, Eduardo Gimo. Nesta fase, Luciano Majone deu as boas vindas aos participantes dando assim o inicio dos trabalhos. O chefe do departamento técnico da ARA- Centro, Engº Marcos Mponda, em representação do director da ARA- Centro, Engº Manuel Fobra, deu as boas vindas e agradeceu aos participantes por terem aceite os convites feitos para o workshop. 3.1. Apresentações. O moderador sugeriu que cada participante fizesse uma apresentação detalhada do seu perfil como forma de se conhecerem mutuamente e apresentou o programa do workshop. 3.1.1. Da ARA- Centro. O chefe do departamento técnico ARA- Centro explicou acerca do significado e formação das ARAs, as tarefas e responsabilidades da ARA- Centro. 3.1.2. Do Projecto Pungoé. O Engº António Alves apresentou aspectos relevantes do projecto, nomeadamente a criação do Projecto Pungoé, as suas tarefas na ARA- Centro, os estudos feitos e as fases seguintes do Projecto, como os resultados esperados de cada um delas. 3.1.3. Da componente de participação dos stakeholders. O Engº Ben Lamoree explicou aos participantes a componente gestão participativa dos utentes da água, a palavra stakeholders e a ideia da formação de comité de bacia do rio Púngoè. 3.2. Questões Levantadas. • Luciano Majone - Em representação da Administração de Gondola. - Levantou o problema de falta de potencial no aproveitamento dos recursos hídricos. Que fazer para inverter a situação? R: Potenciar as populações com campanhas de sensibilização de modo que elas utilizem racionalmente os recursos hídricos e dotar a região de infra-estruturas hidráulicas. • Mateus Untonje - Em representação do Posto Administrativo de Cafumpe. - Quis saber onde se localiza a sede da ARA- Centro? R: Beira, Rua dos Heróis de Marracuene, no 232- Estoril. - Questionou que meios a ARA- Centro tem para a resolução de problemas ligados aos recursos hídricos? R: Actualmente a ARA- Centro praticamente não tem meios financeiros, mas tem meios técnicos que ajudam em grande medida na resolução de problemas. • José Naete - Em representação do Posto Administrativo de Matsinho. - Equacionou onde apresentar problemas/ questões relacionados ao recurso água? R: Apresentar directamente a ARA- Centro ou as Direcção Distrital de Obras Públicas e Habitação (DDOPH) local. - Perguntou que se pode fazer para as barragens que estão a desaparecer? R: Numa primeira fase fazer um estudo para apurar quais as causas (existem várias causas que levam ao desaparecimento de barragens) de tais desaparecimento, e só depois é que se pode resolver a questão. - Quis saber qual é a coordenação entre a ARA- Centro e outras instituições na abertura de furos? R: A ARA- Centro executa estudos técnicos que permitem verificar a existência de água, suas quantidades e qualidade. Portanto, a ARA- Centro, sempre que for chamada a dar apoio nesta questão estará disponível. - Sugeriu que a ARA- Centro divulgue a Política Nacional de Águas. • Florindo Dzimba - Em representação de Florindo Dzimba. - Equacionou que financiamento a ARA- Centro poderá fazer em zonas secas? R: A ARA- Centro actualmente não está capacitada em dar financiamentos monetários; contudo, financiamentos/ apoios técnicos estão sendo feitos e serão sempre feitos. • João Frete - Em representação de Gabriel Mabunda. - Levantou o problema de uma barragem: barragem construída para irrigação está sendo usada pela população. Como resolver a questão? R: Recorrer as autoridades locais para a resolução do litígio. • Zacarias Bango - Em representação da Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural. - Perguntou o que são grandes utilizadores e como são cobradas as taxas? R: Actualmente a ARA- Centro defini os grandes utilizadores como sendo os utilizadores que empregam meios mecânicos para captação de água, as taxas são cobradas de acordo com os volumes de captação do utilizador. • Mateus Amonde - Em representação da Associação Tsanzira Upenho. - Equacionou o problema de uma barragem: a barragem (zona de Nhamazize) secou; o que fazer para solucionar a questão? R: Antes de mais nada, fazer um estudo para identificar as causas que originaram a situação e posteriormente, sabendo das causas procurar resolver/ corrigir a situação. • Albino Saize - Em representação da Associação Matole Bock. - Questionou o problema de uma barragem: a barragem (zona de Aeroporto- Chissule) está a secar, tem a vala tapada; o que fazer para resolver o problema? R: Identificar as causas do problema e depois solucionar a questão. Possivelmente a causa já é conhecida (deve ser a vala que como está obstruida não deixa que a água passe), deve limparse a vala de modo que a água alimente a barragem. • Rosalvo - Em representação dos Citrinos de Chimoio. - Quis saber se é preciso ter licença par abrir um furo? R: Não é preciso ter licença, mas é sempre aconselhável fazer estudos para identificar se será encontrada água no local onde se pretende furar; esses estudos servem também para verificar a quantidade e a qualidade da água. • José Nota - Em representação das Telecomunicações de Moçambique. - Levantou o problema de uma barragem: a população faz machambas nas encostas da barragem (zona de Zembe), provocando o assoreamento da mesma; como resolver a questão? R: Fazer campanhas de sensibilização as populações de modo que estas não façam machambas em zonas protegidas e resolver a questão a nível das autoridades locais. • Armando Rafael - Em representação da Associação 16 de Junho. - Sugeriu que a ARA- Centro fizesse campanhas de sensibilização as populações de modo que estas utilizassem racionalmente a água. PARTICIPANTES NO WORKSHOP DE GONDOLA- 22 de Abril de 2004 Grupo Instituição/ Agricultor ou Criador de Gado Isolado Representante Instituição 1Utentes (12) Águas de Chimoio Associação 16 de Junho Associação Herois Mocambicanos Associação Matole Bock Associação Mvura Yokuchera Associação Tsanzira Upenho Cooperativa 1 de Maio CM- Citrinos de Chimoio Rainho Investment Aléx Titosse- director Armando Rafael- presidente Tembo Zeca- presidente Albino Saize- presidente Alberto Sixpense Alves- presidente Mateus Amonde- presidente Jornal Nguilaze- presidente Rosalvo- director de pessoal (camponeses isolados) Tichaona Chibanda Agricultor ou Criador de Gado Isolado Florindo Dzimba Gabriel Mabunda Grupo Instituição/ Agricultor ou Criador de Gado Isolado Florindo Dzimba Casper Murenze João Frete Representante Administração do distrito Posto Administrativo de Cafumpe Posto Administrativo de Inchope Posto Administrativo de Matsinho * Luciano Rafael Majone- director da DDADR Rainha Ingomay- líder tradicional Francisco Melo Raite Francisco Daimone- líder comunitário Alberto Matole- líder comunitário Matanga João- chefe do grupo de povoação Araújo Gaiola- régulo José Araújo Jorge João Baptista- régulo * Luciano Rafael Majone- director Luciano Pacote- extensionista Machude Adamo- extensionista Zacarias Bango- extensionista Mateus Paulo Untonje- Chefe do Posto Jambara Lino Meque Maforga José Bento Naete MAGARIRO- Associação para o Desenvolvimento Comunitário Luís José Autoridade tradicional de Cafumpe Autoridade tradicional de Eduardo Mondlane- Bairro Autoridade tradicional de Gondola- sede Autoridade tradicional de Inchope 2Governo (16) Autoridade tradicional de Matsinho Autoridade tradicional/ Regulado de Amatonga DDADR- Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural 3- ONGs (1) Nota: Neste workshop para além dos participantes referidos acima participaram ainda: - Desdério Samuel Tonissai representando o TELECENTRO e um jornal local, e, - José Monteiro Nota representando as TDM- Telecomunicações de Moçambique. Capítulo IV – Distrito de Dondo 4. Introdução. O workshop teve lugar nas instalações da Administração, com a participação de 24 convidados entre os representantes da associações, ONGs, utentes e o governo local (anexo C). Segundo o planificado, abertura coube a administradora distrital de Dondo, Maria Daniel. Nesta fase, Maria Daniel deu as boas vindas aos participantes dando assim o inicio dos trabalhos. O chefe do departamento técnico da ARA- Centro, Engº Marcos Mponda, em representação do director da ARA- Centro, Engº Manuel Fobra, deu as boas vindas e agradeceu aos participantes por terem aceite os convites feitos para o workshop. 4.1. Apresentações. O moderador sugeriu que cada participante fizesse uma apresentação detalhada do seu perfil como forma de se conhecerem mutuamente e apresentou o programa do workshop. 4.1.1. Da ARA- Centro. O chefe do departamento técnico ARA- Centro explicou acerca do significado e formação das ARAs, as tarefas e responsabilidades da ARA- Centro. 4.1.2. Do Projecto Pungoé. O Engº António Alves apresentou aspectos relevantes do projecto, nomeadamente a criação do Projecto Pungoé, as suas tarefas na ARA- Centro, os estudos feitos e as fases seguintes do Projecto, como os resultados esperados de cada um delas. 4.1.3. Da componente de participação dos stakeholders. O Engº Ben Lamoree explicou aos participantes a componente gestão participativa dos utentes da água, a palavra stakeholders e a ideia da formação de comité de bacia do rio Púngoè. 4.2. Questões Levantadas. • Maria Daniel - Em representação da Administração de Dondo. - Levantou o problema da falta de aproveitamento racional das potencialidades do rio Púngoè. Que fazer para inverter a situação? R: Fazer campanhas de sensibilização as populações ribeirinhas e construir infraestruturas hidráulicas no rio de modo a aproveitar racional e integralmente os recursos disponíveis nesse rio. • Albano Chinai - Em representação da Administração de Muanza. - Quis saber das causas dos problemas de abastecimento de água a cidade da Beira? R: Provavelmente o sistema de abastecimento está parcialmente absoleto (captação, adução, armazenamento e distribuição). - Questionou como é que na zona sul de Moçambique (entre Save e Vilanculos) houve o aparecimento de lagoas em zonas altas (zonas onde nunca tinham existido lagoas)? R: Nessas zonas na verdade existiram lagoas (conforme relatos de pessoas idosas que vivem nelas). Aconteceu que em Moçambique existiu um longo período seco e as referidas lagoas ficaram sem água; porém quando aconteceram as grandes cheias essas lagoas voltaram a aparecer. - Perguntou se a ARA- Centro tem conhecimento que o Zimbabwe pretende fazer uma barragem no rio Púngoè em prejuízo do território moçambicano? R: Sendo o rio Púngoè um rio internacional, e por força do acordo que o Zimbabwe tem com Moçambique, qualquer infra- estrutura a erguer nesse rio pelo Zimbabwe só poderá ser materializada em comum acordo entre os dois estados. - Equacionou se a barragem de Bué- Maria, em Gorongosa, é apenas um estudo ou será executada? R: A barragem de Bué- Maria será executada. Todos estudos para a sua execução foram feitos, necessitando apenas de actualização e após isso fazer o lançamento do concurso para a sua execução. - Levantou o problema de cooperação/ coordenação entre a ARA- Centro e o MICOAMinistério da Coordenação para a Acção Ambiental: há cooperação? R: A ARA- Centro tem coordenação com o MICOA, principalmente por causa dos garimpeiros (causam muita poluição). • João Simeão - Em representação da Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Dondo. - Quis saber da diferença entre bacia e vale? R: Bacia é a área em volta dos rios (principais, afluentes e subafluentes), na qual toda água existente conflui para esses mesmos rios; enquanto que vale é a zona baixa por onde passam os rios. - Questionou se a ARA- Centro fez estudos para prevenir/ precaver as populações sobre os fenómenos anormais (cheias e secas)? R: A ARA- Centro fez estudos e tem um banco de dados sobre as cheias/ secas e seus períodos de retorno. A ARA- Centro tem também uma rede de recolha de dados (pluviométricos e hidrométricos) que permite informar/ alertar os interessados a cerca das situações de cheias e ou secas na sua área de jurisdição. - Sugeriu que a ARA- Centro forme/ crie comités de gestão das bacias e através destes divulgue a política de águas, as funções da instituição e campanhas de sensibilização as populações de modo que estas usem racionalmente este valioso recurso que é a água. - António José - Em representação da Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Dondo. - Equacionou se a ARA- Centro tem projectos para fazer pequenas represas/ barragens em rios sem/ com pouca água para beneficio das populações? R: A ARA- Centro tem projectos de pequenas barragens de modo a melhorar o nível de vida das populações. • Fernando Joaquim - Em representação do Conselho Municipal do Dondo. - Perguntou se a ARA- Centro tem conhecimento de todos utentes de água e como os conheceu? R: Desde o ano passado, portanto 2003, brigadas da ARA- Centro tem se deslocado aos vários distritos e com os apoios das Direcções Distritais da Agricultura e Desenvolvimento Rural assim como das Administrações Distritais locais, tendo vindo a fazer um levantamento dos utentes de água. É um processo lento, mas espera- se fazer o levantamento dos principais utentes. - Sendo a ARA- Centro uma instituição de vital importância na sociedade, sugeriu que a mesma amplie a sua zona de acção e se torne mais agressiva na divulgação das suas funções e campanhas de sensibilização às populações de modo que as mesmas façam um aproveitamento racional dos recursos hídricos. • Norberto Gorra - Em representação da Associação Agrícola do Vale de Mandruzi, Dondo. - Levantou os problemas de regadio, diz que ouviu falar num projecto de construção de uma barragem no rio Púngoè: que é que a ARA- Centro perspectivou para resolver os problemas do regadio? R: A ARA- Centro tem conhecimento dos problemas e como forma de os solucionar tem projectos para construção de pequenas represas/ barragens. - Quis saber se a ARA- Centro tem conhecimento dos problemas de poluição? R: A ARA- Centro tem conhecimento dos problemas e já comunicou ao MICOAMinistério da Coordenação para Acção Ambiental a questão. Os maiores problemas de poluição são originados pelos garimpeiros; o problema da poluição é uma questão complicada. • João Chioio - Em representação da UDAC- União Distrital dos Camponeses, Dondo. - Equacionou o que é concretamente o estudo de animais e plantas feito na fase de monografia? R: O estudo de animais e plantas foi essencialmente fazer um levantamento das espécies animais e vegetais existentes na bacia. PARTICIPANTES NO WORKSHOP DE DONDO- 23 de Abril de 2004 Grupo Instituição/ Agricultor ou Criador de Gado Isolado Representante Distrito de Muanza 2Governo (3) Administração do distrito DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural Albano Zaica Chinai- administrador João Simeão- director Sérgio Manecas Pope- extensionista 3- ONGs (1) UDAC- União Distrital dos Camponeses João Andrade Chioio- presidente Distrito de Dondo Instituição 1Utentes (7) Associação Agrícola de Mandruzi Associação Agro-pecuária de Canhandula Associação Chibababua Associação Tambalalane CM- Cimentos de Moçambique Norberto Gorra António Bati- Sheba Boaventura Nguenha Joaquim Mabide Eduardo Tinga Agricultor ou Criador de Gado Isolado Sebastião Mangate Teresa Manuel Sebastião Mangaite Teresa Manuel Grupo Instituição/ Agricultor ou Criador de Gado Isolado DDOPH- Direcção Distrital de Obras Públicas e Habitação Povoado de Chipinde Posto Administrativo de Mafambisse Maria Alice Daniel- administradora Gimo Mamboche Aníbal Dique Mafambisse- régulo Fernando Joaquim António Carlos Matsinho António José Paulo José Cardoso Xavier Ernesto Matsinho- director Filipe Meque Sithole Domingos Vembe- chefe do povoado João Chimunde- chefe do Posto UDAC- União Distrital de Camponeses UPCS- União Provincial dos Camponeses de Sofala António Domingos inácio Domingos Buramo Administração do distrito Autoridade tradicional/ Regulado de Mafambisse CMD- Conselho Municipal de Dondo 2Governo (11) 3ONGs (2) Representante DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural Programa do Workshop 1. Abertura – Administrador do Distrito 2. Boas vindas ao workshop – Director da ARA – Centro 3. Apresentação dos participantes – Moderador 4. Apresentação da agenda do trabalho – Moderador 5. Apresentação da ARA- Centro – Director da ARA – Centro. 6. Apresentação do Projecto - Engº António Alves 7. Explicação da componente de gestão participativa - Engº Ben Lamoree. - Intervalo para o lanche - 30 minutos 8. Levantamento de problemas – Participantes do workshop. 9. Os passos a seguir - Engº Ben Lamoree. - Almoço - Encerramento. Resumo das Questões no Quadro - Nhamatanda. Tipos de Problema Falta de água canalizada as vilas. Fontes de água nas zonas rurais: - sem/ com pouca água, - fraca cobertura (poucas fontes para muitos habitantes), - água salobra. Conflitos devido a: - uso de barragens - desvio de cursos de água. Cheias. Poluição. Resumo das Questões no Quadro - Gondola Tipos de Problema Fontes de água nas zonas rurais: - população vivendo distante dos rios não tem acesso a água. Conflitos devido a: - uso de barragens, - cultivo nas margens da barragem (assoreamento das mesmas). Resumo das Questões no Quadro - Dondo Tipos de Problema Falta de água canalizada as vilas. Fontes de água nas zonas rurais: - água salobra. Conflitos devido a: - uso de barragens, - desvio de cursos de água. Secas: - zonas de cultivo sem água para o regadio. Cheias. Poluição. Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé ANNEX 5 REPORTS OF THE CONSTITUTION MEETING OF THE PUNGUE BASIN COMMITTEE (IN PORTUGUESE) RELATÓRIO DA REUNIÃO DE CONSTITUÇÃO DO COMITÉ DE BACIA DO RIO PÓNGUÈ NO DIA 8 DE JULHO DE 2004 BEIRA, JULHO DE 2004 Capitulo I – Aspectos Gerais. 1. Antecedentes. A ARA- Centro é a entidade responsável pela administração dos recursos hídricos das bacias dos rios Save, Búzi e Púngoè, tal como a formulação, implementação e revisão dos planos hidrográficos das bacias, administração e controle das águas públicas, recolha das taxas de água e licenciamento da utilização de água. No mês de Março de 2003 o Projecto Pungoé e a ARA- Centro iniciaram as suas actividades de campo com o inventário dos stakeholders na bacia do rio Púngoè. Foram visitados os distritos de Dondo, Nhamatanda, Muanza e Gorongosa na província de Sofala e os distritos de Gondola, Macossa, Manica e Barué na província de Manica. Foi feito um trabalho de consolidação de inventário de stakeholders, das barragens e outras infra- estruturas hidráulicas, preparação de mini- workshops para envolvimento dos stakeholders. Tendo em vista o reforço do envolvimento dos stakeholders na gestão da água da bacia do Púngoè, a ARA- Centro realizou 2 mini- workshops nos distritos de Catandica e Gorongosa nos dias 22 e 24 de Setembro de 2003 respectivamente. Estes workshops serviram para preparação do grande workshop realizado em Dezembro de 2003 na cidade de Beira com a participação de elementos seleccionados de todos os distritos existentes na bacia do Púngoè. A ARA- Centro realizou 3 mini- workshops nos distritos de Nhamatanda, Gondola e Dondo nos dias 21, 22 e 23 de Abril de 2004 respectivamente, com objectivo de preparação do grande workshop de criação do Comité de Gestão da Bacia do Púngoè realizado em 8 de Julho de 2004 na cidade de Chimoio. 1.1. Objectivos do workshop. • • • • Foram objectivos deste grande workshop os seguintes: Divulgar os objectivos do Comité de Bacia Escolher os membros que irão constituir o Comité de Bacia do Pungoé Analisar a proposta de Regulamento Interno do Comité de Bacia Discutir o funcionamento do Comité de Bacia 1.2. Os participantes. • • Foi definido que seriam convidados os stakeholders agrupados nas seguintes categorias: Grupo 1 - Utentes Grupo de trabalho 1 - grandes utentes - médios e pequenos utentes comerciais - utentes industriais e mineiros Grupo de trabalho 2 - associações de agricultores e regantes Grupo 2 - Governos • • Grupo de trabalho 3 - governos provinciais e distritais - áreas de conservação Grupo 3 - ONGs Grupo de trabalho 4 - sociedade civil - ONGs - autoridades tradicionais 1.2.1. Os participantes pela parte da ARA- Centro e Consultores. 1. Manuel Fobra - Director da ARA- Centro. 2. Carlitos Omar - Técnico da ARA- Centro. 3. Rui Fonseca - Técnico da ARA- Centro. 4. António Alves - Team leader do Projecto Pungoé. 5. Mário Rassul - Moderador – Impacto. 6. Ben Lamoree - Arcadis. Capitulo II – Resumo da Reunião. 2. Introdução. O workshop teve lugar nas instalações do Cruz Vermelha de Moçambique, com a participação de 32 convidados entre os representantes das associações, ONGs, utentes e governos (anexo A). Segundo o planificado, abertura coube ao director da ARA- Centro, Manuel Fobra. Nesta fase, Manuel Fobra deu as boas vindas e agradeceu aos participantes por aceitarem o convite dando assim o inicio dos trabalhos. 2.1. Apresentações. O moderador sugeriu que cada participante fizesse uma apresentação detalhada do seu perfil como forma de se conhecerem mutuamente e apresentou o programa do workshop. 2.1.1. Da ARA- Centro. O director da ARA- Centro, Manuel Fobra, explicou acerca do significado e formação das ARAs, as tarefas e responsabilidades da ARA- Centro. 2.1.2. Do Projecto Pungoé. O Engº António Alves apresentou aspectos relevantes do Projecto, nomeadamente a criação do Projecto Pungoé, as suas tarefas na ARA- Centro, os estudos feitos e as fases seguintes do Projecto, como os resultados esperados de cada uma delas. 2.1.3. Da componente de participação dos stakeholders. O Engº Ben Lamoree explicou aos participantes a componente gestão participativa dos utentes da água, a palavra stakeholders e a ideia da formação de comité de bacia do rio Púngoè. 2.2. Questões Levantadas. As questões levantadas são relativas apenas a discussão do Regulamento Interno do Comité de Bacia do Pungoé. COMITÉ DE BACIA DO PUNGOÉ REGULAMENTO INTERNO Capitulo I Definição, funções e composição do Comité Artigo 1 Definição e objectivos 1. O Comité de Bacia do Pungoé é um órgão de coordenação entre os utentes, as entidades gestoras dos sistemas de abastecimento de água e dos perímetros de rega e outras instituições relacionadas com o uso e aproveitamento das águas da bacia hidrográfica do Rio Pungoé. Tem como objectivo principal conjugar esforços para optimizar o uso da água, minimizar os prejuízos e conservar o equilíbrio ambiental na Bacia. 2. O Comité de Bacia do Pungoé é também um órgão consultivo do Director da ARACentro. Artigo 2 Funções Ao Comité de Bacia, cabe, nomeadamente: a) Pronunciar-se sobre a compatibilização das várias demandas de água (abastecimento público, agricultura, energia e indústria) com as disponibilidades de água e a salvaguarda do equilíbrio ambiental; b) Propor a adopção de medidas operacionais para optimizar e melhorar a gestão das áreas de rega e uso da água e das infra-estruturas e solos; c) Propor as medidas a adoptar em casos de força maior, designadamente secas, cheias e acidentes, promovendo a definição de prioridades para o uso da água; d) Apreciar, na perspectiva do uso da água, os programas de desenvolvimento para a bacia hidrográfica; e) Pronunciar-se sobre o desempenho da ARA- Centro, formulando, inclusive as sugestões pertinentes, bem como elaborando pareceres solicitados por aquela entidade; f) Pronunciar-se sobre o cumprimento e o impacto dos acordos internacionais sobre a partilha de águas na Bacia; g) Pronunciar-se sobre as alterações às tarifas de água bruta. Artigo 3 Composição 1. Para o efeito, o Comité compõe-se de 17 membros, tal como se segue: 2 membros em representação dos grandes utentes; 3 membros em representação dos médios e pequenos utentes comerciais privados, distribuídos geograficamente; 1 membro em representação dos utentes dos sectores industriais e mineiro; 2 membros em representação das associações de agricultores e de pequenos regantes; 2 membros em representação dos Governos Provinciais de Sofala e Manica (um de cada província); 2 membros em representação dos governos distritais (um da Província de Sofala e outro da Província de Manica); 1 membro em representação das áreas de conservação; 3 membros em representação da sociedade civil, nomeadamente representantes das ONGs e do poder tradicional; 1 membro em representação da ARA- Centro. 2. O representante da ARA- Centro deve presidir ao Comité de Bacia. 3. O presidente do Comité poderá convidar a participar nas sessões do Comité, sempre que se julgue necessário, representantes de outros sectores ou instituições. Capítulo II Do Mandato, Deveres e Direitos dos Membros Artigo 4 Mandato dos Membros 1. O mandato dos membros do Comité de bacia do Pungoé é de 2 anos, podendo ser prorrogáveis por mais um mandato. 2. Em caso de força maior, ou nas suas ausências e impedimentos os membros poderão ser substituídos ou representados nos termos das disposições do presente regulamento. Artigo 5 Deveres dos Membros O membro do Comité de Bacia do Pungoé tem como deveres: a) Cumprir com as disposições do Regulamento Interno do Comité de Bacia do Pungoé; b) Participar nas reuniões do Comité de Bacia do Pungoé; c) Nas suas ausências ou impedimentos, os membros deverão fazer-se representar nas reuniões do comité pelas pessoas físicas que para o efeito designarem mediante simples carta que deve ser recebido pelo Presidente do Comité antes do início da reunião d) Informar os seus mandantes sobre os trabalhos do comité. Artigo 6 Direitos dos Membros São direitos dos membros do Comité de Bacia do Pungoé: a) Serem convocados e participarem nas reuniões do Comité; b) Submeter qualquer assunto para discussão aquando das reuniões do Comité, submetendo para tal antecipadamente ao Presidente do Comité para ser integrado no agenda de trabalhos; c) Manifestar os seus pontos de vista sobre as matérias relacionadas com o funcionamento do comité, incluindo votar nas situações previstas no artigo 8; d) Solicitar a convocação de uma reunião extraordinária do Comité de Bacia do Pungoé, de acordo com o estabelecido no número 1.b do artigo 7. Artigo 7 Substituição Em caso de uma substituição, por qualquer razão, de um membro, o grupo que está representado por este membro, deverá indicar o novo membro. Capitulo III Do funcionamento do Comité Artigo 8 Funcionamento 1. O Comité de Bacia do Pungoé reúne-se: a) Ordinariamente duas vezes por ano, no mês de Abril e Outubro; b) Extraordinariamente quando solicitado pelo menos por metade dos membros ou quando o Presidente do Comité o julgue necessário. 2. As convocatórias serão formuladas no mínimo com quinze dias de antecedência pelo Presidente do Comité de Bacia, salvo quando motivos especiais aconselhem a não observância deste período. 3. As convocatórias serão publicadas mediante aviso público e mediante uma carta para cada membro do Comité e serão acompanhadas da proposta de agenda de trabalhos. 4. A agenda de trabalhos da reunião é preparada pelo Presidente do Comité, devendo ser sujeita a aprovação pelo Comité de Bacia no início da secção. 5. O Comité de Bacia do Pungoé considera-se formalmente representado para qualquer reunião quando, numa primeira convocação, estejam presentes mais de metade dos seus membros e em segunda convocação, por qualquer que seja o número dos membros presentes, meia hora depois da hora marcada. 6. As reuniões do Comité da Bacia do Pungoé são abertas ao público, que não tem direito a intervir durante a reunião sem permissão expressa do Presidente do Comité. 7. As reuniões do Comité são secretariadas pelo Chefe do Departamento Técnico da ARACentro, coadjuvado por dois membros do Comité, a indicar num sistema rotativo. 8. A cada reunião do Comité corresponderá uma acta lavrada em livro próprio, contendo a indicação dos membros presentes, os assuntos tratados e as decisões. 9. A acta referida no número anterior deverá ser distribuída pelos membros do Comité e pelo Director Geral da ARA- Centro no prazo de 15 dias após a reunião, sendo posteriormente submetida a apreciação e aprovação na reunião seguinte. A acta estará disponível para consulta pelo público nos escritórios da ARA- Centro. Capítulo IV Das Deliberações Artigo 9 Modalidade 1. As deliberações do Comité de Bacia do Pungoé, bem como as propostas que este apresentar, são tomadas por consenso. 2. Em caso de falta de consenso, preceder-se-á á votação. 3. O Presidente do Comité tem a autoridade para adiar a votação e nomear uma comissão para análise do assunto em questão a apresentação das suas conclusões ao Comité na próxima reunião. Depois disso proceder-se-á á votação, se as divergências persistirem. 4. A votação é restringida aos membros do Comité bastando para tal a maioria simples dos membros presentes. 5. Para efectuar alterações ao presente Regulamento Interno, exige-se uma maioria qualificada de dois terços dos membros. 6. No caso de empate, cabe ao Presidente do comité o voto de desempate. Capítulo V Das Comissões Artigo 10 Comissões O Comité de Bacia do Pungoé poderá estabelecer comissões ad-hoc para o tratamento de assuntos específicos. Capítulo VI Das Finanças Artigo 11 Despesas As despesas para o funcionamento do comité serão suportadas pela ARA- Centro. Capítulo VII Disposições Finais Artigo 12 Revisão e Alteração do Regulamento Este Regulamento Interno será revisto de 5 em 5 anos e poderá ser alterado sempre que as condições assim o exigem. Artigo 13 Aprovação e Entrada em Vigor O presente Regulamento Interno é aprovado pelos membros do Comité de Bacia e entra em vigor passados 30 dias após a sua aprovação. Artigo 14 Designação dos membros Os utentes, instituições ou sectores deverão, nominal e formalmente, comunicar ao Presidente do Comité, no prazo de 30 dias após a entrada em vigor deste regulamento, os representantes referidos no Artigo 3, item 1. COMENTÁRIOS CAPITULO I Artigo 1 Onde se localiza a sede do Comité de Bacia do Pungoé? Artigo 2 O Comité deve funcionar como um órgão de consulta, observação e detecção de problemas (água) que afectam a sociedade, encaminhando-os à ARA- Centro. O Comité deve disseminar informação proveniente da ARA- Centro a comunidade residente na Bacia. Artigo 2 d) Existindo algum projecto a realizar o mesmo será submetido ao Comité? Apreciar os programas em coordenação com as entidades de tutela da actividade. O Comité deve pronunciar-se a cerca dos pontos maus e bons dos projectos de modo que os mesmos não causem problemas. Artigo 3 O número de membros em representação das associações de agricultores e de pequenos regantes deve passar de 2 para 4. Artigo 4 1. Artigo 6 b) CAPITULO II Artigo 7 Deve ser ‘’o mandato dos representantes dos membros’’ e não ‘’o tem direito a voto? mandato dos Os membros do Comité pagam cotas? membros.’’ ‘’Antecipadamente”, quanto tempo? Os representantes Quem é membro e o que é que representa? Duas (2) sessões anuais é muito pouco. Artigo 8 1. a) CAPITULO III Artigo 8 3. O comité deve deliberar qualquer que seja o número de membros presentes. Artigo 8 5. Abertura ao público, contudo sem direito a voto. Abertura ao público esfazia as funções dos representantes Artigo 8 6. CAPITULO IV Artigo 9 3. Artigo 9 6. Não fazem sentido porque o Comité é um órgão consultivo. Aviso público, aviso no jornal. Contudo a carta aos membros será sempre distribuída. Programa do Workshop 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Registo dos Participantes – Rui Fonseca Abertura e objectivos do Seminário – Mário Rassul Objectivos do Comité de Bacia – Manuel Fobra Projecto e Consulta Pública – Ben Lamoree Metodologia para a Selecção do Comité de Bacia – Mário Rassul LANCHE (30 minutos) Trabalho em Grupo – participantes do workshop (4 grupos) Apresentação dos trabalhos de Grupo – representantes dos grupos ALMOÇO (120 minutos) Discussão do Regulamento Interno do Comité de Bacia – participantes do workshop Próximas actividades e passos seguintes – Ben Lamoree ENCERRAMENTO – Manuel Fobra Membros do Comité de Bacia. Em representação dos grandes utentes: 1. Açucareira de Moçambique (Mafambisse)- Dondo: Luís Fulede Caetano 2. Águas de Moçambique- FIPAG- Beira: Mariano Roia Tesoura Em representação dos médios e pequenos utentes comerciais: 1. Aruângua Agro- Industrial Lda- Nhamatanda: Zaid Aly 2. Associação de farmeiros de Barué- certa 3. Associação de farmeiros de uma zona a indicar Em representação do sector da industria e minas: 1. Empresa a indicar Em representação das associações de agricultores/ regantes. 1. UPCS- União Provincial dos Camponeses de Sofala- Sofala: Domingos Buramo 2. UCAMA- União Provincial dos Camponeses de Manica- Manica: Albino Matias e José Basquete 3. UDAC- União Distrital de Associações e Cooperativas Agro- Pecuárias- Manica: Manuel Tendai 4. Associação Agrícola de Mandruzi- Dondo: Norberto Gorra Em representação dos Governos Provinciais 1. DPADR- Direcção Provincial de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Manica: Lemos António Chalulo 2. DPCA- Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental- Sofala: Mauricio Xerinda Em representação da sociedade civil 1. MAGARIRO- Associação para o Desenvolvimento Comunitário- Província de Manica: Luís Osório Coimbra 2. Regulado de Canda- Gorongosa: Eugênio Almeida 3. Associação Nzara Yapera- Barué: Peter Waziweyi Em representação da ARA Centro 1. A indicar PARTICIPANTES NO WORKSHOP DE CHIMOIO (Seminário Constitutivo do Comité de Bacia do Pungoé) - 08 de Julho de 2004 Em representação dos grandes utentes: 1. Açucareira de Moçambique (Mafambisse)- Dondo: Luís Fulede Caetano 2. Águas de Moçambique- FIPAG- Beira: Mariano Roia Tesoura 3. Águas de Chimoio- Gondola: Aléx Titosse Em representação dos médios e pequenos utentes comerciais: 4. Aruângua Agro- Industrial Lda- Nhamatanda: Zaid Aly 5. Empresa Agro- Industrial e Comercial de Nhamatanda- Nhamatanda: Joaquim Amorim 6. Catandica Ranch- Barué: Butch Chantler, Jackyi Mahere 7. Catandica Ranch- Barué: Jackyi Mahere 8. Fazenda Agrícola de Hombe- Barué: Lara Warner 9. Companhia de Desenvolvimento do Pungoé- Barué: C. C. Ashley Belbin 10. Agro- Pecuário de Nhamburo- Catandica: Ilda Pegach Em representação das associações de agricultores/ regantes. 11. UPCS- União Provincial dos Camponeses de Sofala- Sofala: Domingos Buramo 12. UCAMA- União Provincial dos Camponeses de Manica- Manica: Albino Matias, José Basquete 13. UCAMA- União Provincial dos Camponeses de Manica- Manica: José Basquete 14. UDAC- União Distrital de Associações e Cooperativas Agro- Pecuárias- Manica: Manuel Tendai 15. Associação dos Regantes de Nhauranga- Gorongosa: Nhabanga Dize Grande 16. Associação Nzara Yapera- Barué: Peter Waziweyi 17. AGRIPEL- Associação Agro- Pecuária de Lamego- Nhamatanda: Macarate Fernando 18. Associação Agrícola de Mandruzi- Dondo: Norberto Gorra 19. Associação Bhasa Y Chacha- Gondola (Matsinho): Jorge Escuta Em representação dos Governos Provinciais 20. DPADR- Direcção Provincial de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Sofala: Celso Cruz 21. DPADR- Direcção Provincial de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Manica: Lemos António Chalulo 22. DPCA- Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental- Sofala: Mauricio Xerinda 23. DPCA- Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental- Manica: Teresa Josefe Guinda Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé 1/A Em representação dos Governos Distritais 24. DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Dondo: Dinis Augusto Baina 25. DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Nhamatanda: José Vilanculos 26. DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Gondola: Filipe Saize 27. DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Barué: Gilberto Moisés Canheze 28. DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Gorongosa: Ricardo Pedro Cumbane 29. Administração Distrital- Gondola: Ernesto Sande Em representação da sociedade civil 30. FHI- Food for the Hungry International- Gorongosa: Américo Trezebio Tomás 31. MAGARIRO- Associação para o Desenvolvimento Comunitário- Província de Manica: Luís Osório Coimbra 32. Regulado de Canda- Gorongosa: Eugênio Almeida Em representação da ARA Centro 33. Manuel Fobra- Director 34. Carlitos Omar 35. Rui Fonseca Consultores 36. António Alves- Projecto Pungoé 37. Mário Rassul- IMPACTO 38. Ben Lamoree- ARCADIS Anexo Reunião Constitutiva do Comité de Bacia do Pungoé 2/A ANNEX 6 REPORTS OF CONSULTATION MEETINGS WITH PUNGWE SUBCATCHMENT COUNCIL (ZIMBABWE) AND WITH PUNGUE BASIN COMMITTEE (MOZAMBIQUE) MEETING OF PUNGWE SUB-CATCHMENT COUNCIL HAUNA, 25 OCTOBER 2004 Meeting report Company Date Subject : Present : : : From : Pungwe Sub-Catchment Council 25/10/04 – 15:00h Water Demand and Stakeholder Structures PSCC Members: separate list Consultant: Leonard Magara, António Alves, Ben Lamoree ARA-Centro: Carlitos Omar Ben Lamoree This meeting with the PSCC was part of a series of meetings that were held between the Consultant and the PSCC and its members, in the context of the water demand projections that the Consultant is making in the Development Scenario Phase. The objective of the meeting was twofold. The first objective was for the Consultant to discuss the draft final version of the water demand projections report. The second objective was to present to the PSCC the work that ARA-Centro and the Consultant have done in Mozambique to establish the Pungue Basin Committee. These were also the two agenda items. All participants introduced themselves. In the weeks leading up to this PSCC meeting, various meetings and field trips were realised by the Consultant and water users in the basin with assistance of the PSCC. Especially the PSCC Training Officer has accompanied the Consultant on most fact-finding trips into the basin. The Consultant’s report was discussed in a smaller sub-group of the PSCC at the end of the meeting. The Consultant presented the work in Mozambique towards the establishment of the PBC, starting by explaining the differences between the formal roles of stakeholders in water management in both countries. The stakeholder inventory, the stakeholder mobilization and the establishment of PBC were all briefly presented and questions answered. Specific topics that were discussed in some more detail included the following: Representativity of stakeholders in the PSCC Stakeholder categories are defined in the Water Act and its subsidiary legislation. They include various categories of water users, as well as government and non-governmental bodies. Representation is by consensus or by election. If for instance the large commercial water users are limited in number they often reach consensus about their representative, even on a rotational basis. Larger groups can elect their representatives. A notification of election is made in the press. The voters that turn out elect the representative, no matter how high the turnout. Publicity for elections is made also through the associations of the stakeholder group. Membership of the PSCC is personal, in representation of a certain stakeholder group. For instance, if 10 Water User Associations can elect 1 representative, this person after election personally becomes a member, not the Association he/she represents. If he steps down, his Association is not entitled to nominate another person, new elections will be held. The personal nature of the membership also means that PSCC members can be sued for misdoings. Mobilization of stakeholders to apply for water permits PSCC employs a full time Training Officer, whose task it is to create awareness with the water users that they need permits, to assist them in obtaining this permit through filling out forms and to explain the requirements in terms of payment of water. The TO also mediates water use conflicts between users. The task of checking actual water use against permit quantities is not implemented, mostly due to lack of resources to do so. The SCCs have no obligation to have TO’s. At present the amount of water permits in the Pungwe basin in Zimbabwe amounts to approx. 100. The total volume permitted is 60,000 Ml. Many water users, approximately 66% (including 75% of the former water rights holders) have valid permits, and approximately 33% do not have permits yet. At the end of the meeting, the Consultant presented the next steps in the development scenario phase, including the intention to have a joint stakeholder meeting between stakeholders from both sides of the border in the basin. The PSCC members welcomed this idea. After the meeting was finished, the Chairman, seconded by the Secretary and the Training Officer, gave a short explanation of the financial difficulties of the PSCC. They explained that the official income that PSCC has amounts to 150 Z$ per Ml of water. With 60,000 Ml of water billed, the income amounts to 9 million Z$ or approx. 1,500 US$. The minimum requirements for the functioning of the PSCC are 60 million Z$. To increase the income, PSCC has submitted a revised budget to Save CC to raise the relevant tariff from 150 to 1000 Z$. A decision has still to be made. Even if this budgetary issue is solved, the PSCC remains with serious difficulties due to lack of investment budget. It has a requirement for a computer and printer, and for transport for the training officer. Whereas the Pungue Project has already pledged to provide the computer equipment, the transport issue remains to be solved. It transpired that the Training Officer was hardly able to work with the water users in the basin due to this transport problem. As a result, the number of water users without permits is still considerable, water conflicts are not adequately solved, and no checks on the amounts of water used can be made. Altogether, this situation is negatively affecting the effectiveness, as well as the sustainability of the PSCC. A full copy of the Monograph Report was left in the custody of the PSCC. MEETING OF PUNGUE BASIN COMMITTEE (IN PORTUGUESE) CHIMOIO, 27 OCTOBER 2004 COMITÉ DE BACIA DO PUNGOÉ ACTA DA REUNIÃO Primeira Reunião Do Comité De Bacia Aos 27 dias do mês de Outubro do ano 2004 realizou-se a 1a reunião do Comité de Bacia do Pungoé no Centro de Formação de Pessoal de Saúde, na cidade de Chimoio. MEMBROS DO COMITÉ DE BACIA Fizeram-se presentes os seguintes grupos e membros: Grandes utentes: 1. Luís Fulede Caetano: Açucareira de Moçambique (Mafambisse)- Dondo Associações de agricultores/regantes: 2. Domingos Buramo: UPCS- União Provincial dos Camponeses de Sofala- Sofala 3. José Basquete: UCAMA- União Provincial dos Camponeses de Manica- Manica 4. Manuel Ramia Tendai: UDAC- União Distrital de Associações e Cooperativas AgroPecuárias- Manica 5. Norberto Gorra: Associação Agrícola de Mandruzi- Dondo Governos Provinciais: 6. Moisés A. Faquirá: DPOPH- Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação- Manica envés de Lemos António Chalulo: DPADR- Direcção Provincial de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Manica 7. Diogo Borges David: DPCA- Direcção Provincial para a Coordenação da Acção AmbientalSofala Governos Distritais: 8. Narciso Dique: DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Dondo 9. Gilberto Moisés Canheze: DDADR- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural- Barué Área de Conservação: 10. José Paulino Capece: Parque Nacional de Gorongosa Sociedade civil: 11. Luís Osório Coimbra: MAGARIRO- Associação para o Desenvolvimento ComunitárioProvíncia de Manica 12. Eugênio Almeida: Regulado de Canda- Gorongosa ARA-Centro: 13. Manuel Fobra- Director Estiveram ausentes os seguintes membros: Grandes utentes: 14. Mariano Roia Tesoura: Águas de Moçambique- FIPAG- Beira Médios e pequenos utentes comerciais: 15. Zaid Aly: Aruângua Agro- Industrial Lda- Nhamatanda Sector da indústria e minas: 16. Pedro Américo: AUSMOZ Gold Mine- Distrito de Manica Sociedade civil: 17. Peter Waziweyi: Associação Nzara Yapera- Barué Também estiveram presentes: Em representação da ARA-Centro: 18. Carlitos Omar- técnico (Secretariado) 19. Rui Fonseca- técnico (Secretariado) Em representação da Consultoria do Projecto: 20. António Alves- SWECO (team leader do Projecto Pungoé) 21. Mário Rassul- Impacto 22. Ben Lamoree- Arcadis A reunião teve início às 8:45 horas, com a seguinte proposta de agenda: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Abertura e boas vindas – Manuel Fobra Apresentação dos participantes – Mário Rassul Aprovação da agenda – Mário Rassul Informações gerais – Manuel Fobra Regulamento Interno do Comité de Bacia – Mário Rassul Necessidade de Água – Presente e Futuro – Ben Lamoree Informe sobre as obras na bacia – António Alves Outros assuntos – Mário Rassul Encerramento – Manuel Fobra 1. Abertura e boas vindas Manuel Fobra fez a abertura da reunião, dando as boas vindas aos participantes e agradecendo a sua disponibilidade para que a mesma se realiza-se. 2. Apresentação dos participantes Mário Rassul sugeriu que todos se apresentassem, referindo para além do nome a instituição que representavam. 3. Aprovação da agenda Mário Rassul deu a conhecer a agenda proposta para a reunião, questionando os participantes se havia alguma alteração a introduzir. Não havendo alterações, deu-se por aprovada a agenda. 4. Informações gerais Manuel Fobra forneceu informações gerais relativamente aos: • • • Estatutos e Regulamento Interno da ARA-Centro – realçando que os estatutos foram aprovados, faltando apenas a sua publicação no BR - Boletim da República enquanto que o Regulamento Interno está ainda a ser elaborado pela equipa de Consultores para posterior aprovação. Caudais baixos no Pungoé – informou que em períodos de estiagem os caudais baixam consideravelmente, causando transtornos aos utentes de água, sobretudo à Açucareira de Moçambique. Processos de licenciamento dos utilizadores de água – explicou que actualmente estão sendo licenciados os grandes e médios utentes em toda a área de jurisdição da ARA-Centro. Neste ponto intervieram ainda os seguintes participantes: − Diogo David Comentou que no início do período da actividade de garimpo os efeitos da mesma faziam-se sentir apenas na província de Manica, mas actualmente, com o surgimento de garimpeiros nos distritos de Gorongosa e Nhamatanda a situação agravou-se estando a afectar também a captação de água em Mafambisse, no baixo Pungoé. Questionou quais obrigações/deveres dos utentes de água em casos de conflitos. − Luís Caetano Perguntou que actividades a ARA-Centro está executando em parceria com outras instituições para resolver o problema da mineração. − Eugênio Almeida Falou do conflito de uso de água, havendo utilizadores que utilizam muita água, não permitindo o seu uso a outros. − Manuel Tendai Quis saber como será controlada a quantidade de água que um determinado utente retira do rio. 5. Regulamento Interno do Comité de Bacia Mário Rassul informou os participantes da existência de pontos conflituosos no mesmo Regulamento, carecendo de apoio/trabalho de juristas para rectificações/alterações. Por esse motivo solicitou que o ponto 5 fosse discutido na próxima reunião do Comité de Bacia do Pungoé. 6. Necessidade de Água – Presente e Futuro Ben Lamoree referiu que existe dois tipos de troca de informação, a informação a fornecer aos participantes e a informação a receber dos participantes. • Informação a fornecer aos participantes: ¾ Tipos de uso de água – fez referência ao abastecimento de água (urbano e rural), industria, turismo, pecuária, florestas e regadios. ¾ Quantidade de água no rio – realçou que no rio Pungoé a quantidade de água é em média 100 m3/s e que a mesma em períodos secos/estiagem baixa consideravelmente chegando a atingir 10 a 15 m3/s. ¾ Necessidade de água (presente e futuro) – falou da evolução da quantidade de água a utilizar nos diferentes usos de água tendo como base a projecção do crescimento fornecido pelos respectivos sectores. Realçou também, segundo as previsões, que a quantidade de água a usar daqui a 5 anos, portanto no ano de 2010, será de aproximadamente 14 m3/s constituindo um sério problema a ser tomado em consideração, uma vez que essa quantidade é a existente actualmente no rio em períodos de estiagem. Recordou que a necessidade de água será incrementada à medida que os anos passam, incrementando também os cuidados/medidas para que tal utilização de água não crie problemas. • Informação a receber dos participantes: ¾ Quanta água se está a usar actualmente em cada sector, ¾ Qual a previsão de utilização de água no futuro (1 a 5 anos). Como conclusão Ben Lamoree referiu que: • O rio em média tem água suficiente para as necessidades dos stakeholders, • Na época seca o rio não tem água suficiente, • Grandes secas causarão grandes problemas, • As autoridades conjuntamente com os stakeholders devem entrar em acção para evitar problemas no futuro. Neste ponto intervieram os seguintes participantes: − Narciso Dique Qual foi a projecção de crescimento tomada em consideração no uso de água (abastecimento, industria, turismo, pecuária, florestas e regadios) e se tal projecção foi fornecida pelos respectivos sectores. − Gilberto Canheze Se há uma projecção da evolução do consumo de água do rio Nhazónia, pois existe uma grande afluência de novos utentes no referido rio, permitindo assim evitar futuros conflitos de uso de água. − Luís Caetano Se haverá um estudo sobre o rio Muda, uma vez que a Açucareira de Moçambique prevê a utilização de 3,5 m3/s para regar 2500 ha de cana sacarina. Foi informado que o rio Muda na foz tem um caudal de 2,8 m3/s. − Diogo David Sugeriu que numa próxima reunião se ouvisse um representante do Governo da área mineira. Os participantes trabalharam em grupos e deram as seguintes informações: • Na província de Manica existem, actualmente, armazenadas para consumo 485 m3 (485 000 litros) de água em depósitos com bombagem tri-diária e 531 ha (hectares) de terra cultivada no distrito de Barué; estando previsto que em toda província a área cultivada suba para 14000 ha, • Na província de Sofala, a Açucareira de Moçambique prevê o aumento dos seus caudais de rega de 4,5 para 7,0 m3/s e a reabilitação futura dos regadios de Mandruzi e 7 de Abril. 7. Informe sobre as obras na bacia António Alves deu o informe, destacando os seguintes dois aspectos: • Os grandes problemas que afectam a bacia são: ¾ Poluição no rio Pungoé – deu a conhecer aos participantes as zonas conhecidas de actividade mineira nas províncias de Manica (zona de Mimosa, rio Nhamucuarara e fronteira com Zimbabwe) e Sofala (rio Muda, ponte de Gorongosa e fronteira com Manica). ¾ Falta de água em períodos secos – falou dos problemas causados (concretamante regadio e abastecimento) pela falta de água nos rios enfrentados pelos stakeholders em períodos secos. ¾ Cheias, ¾ Alto valor de salinidade da água em períodos secos, ¾ Aumento de consumo na bacia. • As obras a serem estudadas para resolver os grandes problemas que afectam a bacia são: ¾ Para o problema da poluição no rio Pungoé, propôs a construção de pequenos reservatórios nos rios com maior poluição (Nhamucuarara) reduzindo assim os sedimentos em suspensão, bem como a mudança dos métodos de trabalho dos garimpeiros nomeadamente, desviando água do rio para as lavagens, construindo pequenos reservatórios para diminuição dos sedimentos em suspensão e não usando mercúrio. ¾ Para resolver os restantes problemas, além de outras obras de menor dimensão foram propostas a construção de barragens: Grandes barragens de fins múltiplos (mais de 10 milhões m3 e a construir em 10 a 15 anos) para satisfazer objectivos nacionais, estando em estudo os seguintes locais: Bué Maria, Pavua, Tacuraminga, Pungoé 3, Chibandulire e Monte Hombe; Médias barragens (1 a 10 milhões de m3 em 5 anos) para satisfazer objectivos regionais. Existem estudos para a construção de médias barragens nos rios Nhazónia, Nhacangara, Metuchira e Pungoé; Pequenas barragens (menos de 1 milhão de m3) para satisfazer objectivos locais, estando previstas a construção de pequenas barragens nos rios Nhandare (Gorongosa) e Chitunga (Nhambirira). Neste ponto intervieram os participantes: − José Capece Opinou que não há coordenação inter-sectorial de modo a resolver o problema de garimpo. − Diogo David Recordou da existência do Fundo de Fomento Mineiro que financia a actividade mineira e do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) que desencoraja tal actividade em zonas de conservação, questionando como é que o MICOA poderá agir. − Eugênio Almeida Informou da existência de 2 zonas de garimpo, nomeadamente em Siquir e Cudzo, no distrito de Gorongosa. − Gilberto Canheze É de opinião que se use mão pesada para quem não cumprir a legislação (Protocolo mineiro assinado pelos países da SADC) que desencoraja a actividade mineira descontrolada e ilegal. 8. Outros assuntos Mário Rassul tratou principalmente de 2 aspectos, nomeadamente: • Meios de contacto – quis certificar se os meios de contacto utilizados pela ARA-Centro para a convocação da presente reunião foram os mais indicados e se não, quais os meios a usar para tornar o processo mais funcional. • Próxima reunião – recordou aos participantes que a próxima reunião realizar-se-á entre 15 de Janeiro a 15 de Fevereiro de 2005, tendo como alguns pontos de agenda o seguinte: 1. Aprovação da presente Acta 2. Regulamento Interno do Comité de Bacia do Pungoé 3. Informação do Comité de Bacia do Pungoé sobre: - Quanta água se está a usar actualmente em cada sector, - Qual a previsão de utilização de água no futuro (1 a 5 anos). 4. Desenvolvimento do sector da água na Bacia 5. Outros assuntos: Para a próxima reunião solicitou-se a convocação de um representante do Governo da área mineira. Neste ponto intervieram os participantes: − Domingos Buramo Sugeriu, que para além do contacto directo à ARA-Centro deve fazer e deixar uma carta convite na instituição a que pertence o participante. Tal carta deve conter também toda a situação logística. − Moisés Faquirá Concorda que a ARA-Centro deixe um convite na instituição a que pertence o participante e faça o contacto directo do mesmo. − Eugênio Almeida Informou que o Posto Administrativo de Canda tem rádio, sendo de opinião que se use esse meio de contacto para a convocatória. − José Capece Informou que o Parque Nacional da Gorongosa tem rádio/fax, opinando que se use esse meio de contacto. − Manuel Tendai Concorda que se mantenha o modelo actual de contacto (convite entregue pessoalmente, via fax ou via administração). − Gilberto Canheze Afirmou que o método usado pela ARA-Centro para a convocação para a primeira reunião é eficaz, opinando que o mesmo se mantenha. − Norberto Gorra Propôs que a convocatória seja feita com quinze (15) dias ou no mínimo sete (7) dias de antecedência. 9. Encerramento Manuel Fobra agradeceu mais uma vez a atenção e disponibilidade dos presentes, lembrando o papel de todos para uma melhor gestão do escasso e precioso recurso que é a água, dando assim, por concluída a reunião. De tudo para constar se lavrou a presente acta, que depois de lida e aprovada por todos, vai ser devidamente assinada. MEETING OF PUNGWE SUB-CATCHMENT COUNCIL (IN PORTUGUESE) MAFAMBISSE, 18 APRIL 2005 COMITÉ DE BACIA DO PUNGOÉ Acta da Segunda Reunião Do Comité De Bacia Aos 18 dias do mês de Outubro do ano 2004 realizou-se a 2a reunião do Comité de Bacia do Pungoé na sede da Empresa Açucareira de Moçambique em Mafambisse. MEMBROS DO COMITÉ DE BACIA PRESENTES Dos grandes utentes: 1. Luís Fulede Caetano: Açucareira de Moçambique (Mafambisse) - Dondo Dos médios e pequenos utentes comerciais: 2. Abdul Tayob – Em representação de Zaid M. Aly: Aruângua Agro–Industrial Lda. Nhamatanda 3. Pine Pienaar – Associação de Investidores de Manica - Manica Sector de indústria e minas: 4. Pedro Américo – AUSMOZ Minas de ouro – Vila da Manica Associações de agricultores/regantes: 5. Domingos Buramo: UPCS- União Provincial dos Camponeses de Sofala - Sofala 6. José Basquete: UCAMA- União Provincial dos Camponeses de Manica - Manica 7. Manuel Ramia Tendai: UDAC- União Distrital de Associações e Cooperativas Agro-Pecuárias - Manica 8. Norberto Gorra: Associação Agrícola de Mandruzi - Dondo Governos provinciais: 9. Benjamim Tenesse: DPA- Direcção Provincial de Agricultura - Manica 10. Diogo Borges David: DPCA- Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental Sofala Governos distritais: 11. Narciso Dique: DDA- Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento - Dondo 12. Gilberto Moisés Canheze: DDADR- Direcção Distrital de Agricultura - Barué Sociedade civil: 13. Eugênio Almeida: Regulado de Canda - Gorongosa. 14. Peter Waziwei: Associação Nzara Yapera - Barué ARA-Centro: 15. Manuel Fobra- Director MEMBROS DO COMITÉ DE BACIA AUSENTES Grandes utentes: 16. Mariano Roia Tesoura: Águas de Moçambique – FIPAG - Beira ( Ausência justificada) Dos médios e pequenos utentes comerciais: 17. David A. William – Catandica Ranch - Barué Sociedade civil: 18. Luís Osório Coimbra: MAGARIRO - Associação para o Desenvolvimento Comunitário Manica Área de conservação: 19. José Paulino Capece: Parque Nacional de Gorongosa - Gorongosa OUTROS PARTICIPANTES Em representação da ARA-Centro: Carlitos Omar- técnico (Secretariado) Em representação do consultor do Projecto Pungoé: António Alves - SWECO (Team leader do Projecto Pungoé) Mário Rassul - Impacto Ben Lamoree - Arcadis Em representação da ASDI Amanda Hammar. Lisa Telles Ake Nilsson AGENDA A reunião teve início às 9:15 horas, com a seguinte proposta de agenda: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Abertura e boas vindas Apresentação dos participantes Objectivos da Reunião Aprovação da Acta da reunião Anterior Informações Gerais Propostas de obras e Cenários de desenvolvimento da bacia Regulamento interno do CBP Próximas actividades Encerramento Almoço Visita á estação de Bombagem no Pungoé 1. Abertura e boas vindas António Machado na qualidade de anfitrião, deu as boas vindas aos participantes. De seguida, Manuel Fobra, director da ARA-Centro fez a abertura da reunião, agradecendo a disponibilidade dos participantes e desejando que a mesma se realizasse em bom ambiente de trabalho e fosse coroada de êxitos. 2. Apresentação dos participantes Mário Rassul sugeriu que todos se apresentassem, referindo para além do nome, a instituição que representavam. Fez notar que estavam igualmente presentes alguns convidados, como se indicam na lista de presenças. 3. Aprovação da agenda Mário Rassul deu a conhecer a agenda proposta para a reunião, questionando os participantes, se todos tinham recebido a acta da reunião anterior antecipadamente, para se efectivar a sua aprovação. Porém alguns responderam que tinham recebido apenas naquele momento, razão pela qual, ficou acordado que a aprovação da mesma seria feita na próxima reunião. 4. Informações gerais Manuel Fobra forneceu as seguintes informações gerais: • Os Estatutos da ARA – Centro foram publicados no boletim da Republica. • Novos Escritórios da ARA – Centro: Explicou que as antigas instalações eram pertença do governo provincial e que agora, a ARA-Centro já possuí instalações próprias, que se situam no Bairro da Ponta – Gêa. A reabilitação destas instalações teve o suporte financeiro do Projecto Pungué. • Processos de licenciamento dos utilizadores de água – Explicou que desde 2003 estão sendo licenciados os grandes e médios utentes de água em toda a área de jurisdição da ARA-Centro. Em 2005 houve 8 novos pedidos, tendo já sido emitidas as licenças, que brevemente serão entregue. Agradeceu a receptividade dos utentes e a consciencialização acerca da necessidade de pagamento da água bruta. • Situação Hidrológica 2004/05 – Explicou que o período chuvoso caracterizou-se pela não ocorrência de cheias. Houve casos de subida do nível de água no rio Pungoé, mas nunca chegou a atingir os níveis de alerta. Contrariamente ao que acontece nos outros anos, onde o mês de Abril tem níveis altos, este ano os caudais foram muito baixos, criando esta situação efeitos negativos nas culturas da primeira época, que estão a secar por falta de chuvas. • Monitoramento da rede hidrológica – Explicou que a ARA-Centro está muito empenhado no melhoramento da rede de monitoração dos caudais e das chuvas, através do aumento da frequências do trabalho de campo, para efectuar medições mais regularmente, visitar os leitores e pagar os seus ordenados, enfim melhorar a qualidade da informação e dos serviços a prestar aos utentes. Verificação de curvas de vazão - Explicou o que era uma curva de vazão e disse que existiam curvas à muito tempo, mas que devido à falta de medições recentes de caudal tinham ficado desactualizadas e sem poderem ser aplicadas. Com estas medições voltamos a ter curvas de vazão e assim podermos indicar quais os caudais que correm nos rios. • Neste ponto intervieram os seguintes participantes: - Domingos Buramo, que questionou se os utentes que foram licenciados, eram camponeses ou industriais? 5. Demanda da Água O Ben Lamoree interviu nesta fase e disse que esta reunião vinha em seguimento da ultima reunião realizada, onde se falou das demandas da água que existiam na bacia do Pungoé. Referiu-se que água existente será suficiente até a um certo tempo, mas que haverá problemas de águas num futuro próximo. Pediu aos participantes, que pudessem ter trazido novos dados, os apresentassem antes de se passar ao capítulo das obras hidráulicas. Explicou ainda que este tipo de encontro não era só para os utentes da parte moçambicana da bacia, pois também haveria outro com mesmos propósitos no Zimbabwe. 6. Propostas de Obras e Cenários de Desenvolvimento da Bacia. Este ponto da agenda coube a António Alves. Este, explicou a necessidade da construção de barragens na bacia, pois a curto prazo a água será insuficiente para satisfazer as necessidades dos utentes nos períodos secos. Referiu que apesar de Moçambique possuir uma área maior em comparação com o Zimbabwe, não possuímos nenhuma grande barragem, enquanto no Zimbabwe existe uma grande barragem no rio Pungoé. Referiu igualmente que a cidade de Mutare apesar de estar fora da bacia é abastecida pela água do Pungoé. Disse, que o Projecto Pungoé já identificou e estudou locais para a construção de grandes, médias e pequenas barragens. Mostrou em mapa os locais estudados, indicando que Pavua parece ser o melhor local para a sua construção, porque é uma zona rochosa. Mostrou que na parte zimbabweana os locais de Pungwe Falls e Hauna seriam os mais indicados para a construção de barragens afim de reforçar o abastecimento de água à cidade de Mutare e abastecer a vila de Hauna. Mostrou ainda os locais para a construção de médias barragens, tendo referido que o rio Nhacangara é um rio com muita água e que o rio Nhazónia vive a partir deste, a construção de uma barragem neste rio reforçava a quantidade de água para as farmas da zona de Nhazónia e reforçava ainda os caudais baixos no rio Pungoé nos meses mais secas em particular em Setembro e Outubro. Disse ainda que para além deste projecto de construção de médias e grandes barragens, será lançado um projecto para o fomento da construção de pequenas barragens, e que a Direcção Nacional de Água tinha já um plano para construir cerca de 50 barragens em várias províncias do país. Neste ponto intervieram ainda os seguintes participantes: - Gilberto Canheze: Disse que em Janeiro teria havido um encontro de estudo para a construção duma barragem no rio Mussambise em Gondola, queria saber se há registos pela parte da ARA–Centro, dos níveis críticos nesta área em tempos de chuvas. Questionou ainda sobre a poluição do rio Pungoé pelos garimpeiros, perguntando quem autorizava e licenciava os garimpeiros. - Eugênio Almeida ( Regulo Canda)- disse que no rio Murrombuzi, em Gorongosa, há um senhor que tenciona montar uma fábrica de captação e engarrafamento de água mineral na montanha da Gorongosa. Considerando que devia dar uma opinião sobre o projecto pede à ARA – Centro, o apoio técnico necessário a avaliação as implicações de tal fábrica, considerando a necessidade de água para a população - Diogo Borges – Louvou a ideia da Açucareira de Moçambique ter submetido o seu projecto de construção de um açude à MICOA. E disse ainda, que é ideal que os projectos que entram na ARA – Centro cheguem à MICOA, para o estudo do impacto ambiental e posterior decisão de aprovação ou não. Não foi discutido a questão do regulamento de Avaliação Ambiental ? - António Alves – interviu e disse que os estudos ambientais não deviam criar barreiras para a construção de pequenas barragens. - Mário Rassul – Falou da necessidade de coordenação intersectorial.. - Peter Waziwei – Questionou quem irá fazer o inventário dos sítios para as pequenas barragens. E disse ainda que devia ser incluída a população local porque esta conhece a realidade. Ben Lamoree interviu para abordar as propostas ambientais apresentadas pelo Projecto. Disse que os estudos feitos na bacia, deram como resultados o lançamento das várias propostas ambientais, designadamente: Estudos de necessidades de água para conservar o meio ambiente; Programa de redução dos impactos ambientais das actividades dos garimpeiros; Monitoramento e preservação dos caudais no Parque Nacional de Gorongosa; Sistema de aviso de cheias. No sistema de aviso de cheias disse que é indispensável a definição de tipo de barragem a construir porque isso está em estreita ligação com a desenvolvimento de cenários. Explicou Os cenários de Desenvolvimento nomeadamente: Cenário 1 – Pouco crescimento; Cenário 2 – Médio crescimento e o Cenário 3 - Alto crescimento. Neste Ponto interviram os seguintes participantes: - Pedro Américo – Disse que devia existir uma ligação entre a ARA – Centro e a Direcção das Minas, para se saber de facto a área propicia para construção de barragem devido a actividade mineira, porque pode-se construir num sitio impróprio. - Gilberto Canheze: Disse que a criação de associativismo no seio dos garimpeiros podia resolver a situação de poluição, o governo podia adoptar o sistema de que quem daquela associação poluísse as águas, não se comprava o ouro e assim minimizava-se a poluição. - Peter Waziwei – Disse que devia-se seguir a linha do novo governo, estagnar o espirito de deixa andar, devia-se punir todo aquele que polui o rio e só podia praticar esta actividade aquele que pertencesse a uma associação. 7- Regulamento Interno do CBP Neste capítulos houveram os seguintes comentários: António. Alves – Propôs que um dos participante lê-se e fizesse os primeiros comentários, tarefa que coube ao Mário Rassul. O comentário do artigo 1: falou-se da Unidade de Gestão de Bacia que será criada posteriormente e que será um organismo ou órgão executivo dentro da ARA – Centro. Discutiuse o termo preservar, que segundo o interveniente Sr Borges, sugeria que fosse conservar. Pine Pienaar _ Questionou se o UGB está previsto na lei, porque podia ser mais um órgão burocrático uma vez que existe o comité de bacia. No artigo 4 – fez-se a clarificação do que será um membro do CBP. Ficando definido, que o membro será a instituição, que por sua vez indica um seu representante. No artigo 5, no ponto 1 houve alterações passando-se ler: O mandato dos membros do Comité de bacia do Pungoé é de 2 anos, podendo ser prorrogáveis por iguais períodos. No artigo 8, no ponto 3 , sugeriu-se que o aviso dos comunicados pode-se se efectivar a partir de rádio ou por via da Direcção Distrital de Agricultura. No ponto 6 houve a dificuldade de perceber o termo Jurisdição. No ponto 10, clarificou-se que até ao dia 18 de Maio os membros estariam na posse das actas. Verificou-se que estava ausente o artigo 9, isto implicaria a alteração da sequência dos artigos o que se fez prontamente. Acções: A ARA –Centro deverá proceder as alterações do Regulamento, incorporando as propostas efectuadas e distribuir na mesma altura que distribui as actas da reunião. 8 - Próximas Actividades António Alves falou das próximas actividades e disse que o projecto terá o seu termino em Fevereiro de 2006 e que em Setembro do ano corrente ocorrerá a terceira reunião que irá aprovar as obras e da qual farão parte alguns dos representantes da Comité de bacia do Pungué. Posto isto, foi a vez dos representante da ASDI intervir: - Amanda Hammar: explicou a razão da presença dos financiadores disse que eles queriam auscultar os utentes, acerca do que queriam para a segunda fase do projecto e que voltariam em Junho para visitar os utilizadores da bacia, e que também estariam na reunião dos stakehoders no Zimbabwe. 9. Encerramento Manuel Fobra agradeceu mais uma vez a atenção e disponibilidade dos presentes, lembrando o papel de todos para uma melhor gestão do escasso e precioso recurso que é a água, dando assim, por concluída a reunião. Para constar o que se passou nesta reunião se lavrou a presente acta, que depois de lida e aprovada por todos, vai ser devidamente assinada. Á tarde foi efectuada uma visita à estação de bombagem de Mafambisse. MEETING OF PUNGWE SUB-CATCHMENT COUNCIL MUTARE, 20 APRIL 2005 DEVELOPMENT OF THE PUNGWE RIVER BASIN JOINT IWRM STRATEGY Development Scenario Phase MINUTES OF THE STAKEHOLDER WORKSOP : : VENUE DATE: Hillside Sports Club, Mutare 1000hrs, 20 April 2004 PRESENT Name Position Organisation Contact Details T Murinye Catchment Manager Save ZINWA Box 210,Mutare J T Sanhanga Vice Chairman Save Catchment Council Box 279, Mutare D Muganyura Vice Chairman Pungwe Subcatchment Box 74, Hauna A R Nenguke Provincial Head Dept of National Resources Box 585, Mutare D G Nyatoti City Engineer City of Mutare Box 910, Mutare L Nyamangodo Training Officer Save C/Council Box 210, Mutare A Mapondera Chairman Pungwe Subcatchment Box 50, Hauna T Duri Member Pungwe Subcatchment Box 36, Hauna R Dembaremba Member Pungwe Subcatchment Box 26, Hauna N Marowa Member Pungwe Subcatchment Box 41, Hauna ARA – Centro Box 320, 0825907530- Beira C Omar A Hammar Consultant SIDA Consultant [email protected] A Nilsson Consultant SIDA Consultant [email protected] I Telles Consultant SIDA Consultant [email protected] B Lamoree Consultant A Alves Consultant SWECO L Magara Consultant Interconsult Zimbabwe [email protected] APOLOGIES Name Position Organisation Mr Pswarayi Chairman Save Catchment Council Mr Mabvuwo Training Officer Pungwe Subcatchment Council Contact Details AGENDA Item Presenter 1. Welcome/Opening Remarks T Murinye 2. Introductions All 3. Objectives of the Meeting L Magara 4. Water Resources Projects in Mozambique, Development Scenarios A Alves/B Lamoree 5. Water Resources Projects in Zimbabwe, Development Scenarios L Magara 6. Project Next Steps L Magara The workshop was officially opened by the Catchment Manager for Save, Mr T Murinye who welcomed all the delegates present, and thanked them for taking their valuable time to SWECO ICWS, OPTO,NCG,CONSULTEC, IMPACTO, UCM, Interconsult Zimbabwe (Pvt) Ltd DEVELOPMENT OF THE PUNGWE RIVER BASIN JOINT IWRM STRATEGY Development Scenario Phase MINUTES OF THE STAKEHOLDER WORKSOP attend. Mr Magara, on behalf of the Consultant, outlined the objectives of the workshop. Representatives from the Consultant then presented the development scenarios for water resources projects in Mozambique and Zimbabwe. Several comments and suggestions on the presentations were received from all delegate groups and addressed accordingly by the Consultant. The following is a summary of the workshop deliberations, highlighting the key points raised during discussions on the various presentations. SUMMARY OF DISCUSSIONS Topic and Comments 1. Objectives Mr Magara informed the workshop that a participatory project identification exercise was undertaken with stakeholders during the period January to March 2005. As a result of the exercise, the views of the stakeholders were taken into account in the selection of potential development projects. In addition, the Consultant identified key areas where improvements in resource management are required. The purpose of the workshop was to present the Consultant’s findings, and through discussions, assess whether the needs of the stakeholder had been taken into account. 2 2.1 2.2 Water Resources Projects in Mozambique Muganyura and Nyamangodo enquired whether all the identified dam projects in Mozambique would be implemented by 2025, their motivation, and whether the stakeholders had been involved in selection. The Consultant advised that the projects were a shopping list intended for site identification purposes only. Actual selection for implementation would, among other issues, consider the need for each project through further studies. The Consultant was urged to involve stakeholders in the final selection of these projects. 2 Water Resources Projects in Zimbabwe 2.1 Mr Muganyura noted that a Dam on the Pungwe for Mutare City would improve tourism activities such as whitewater rafting currently being undertaken by Far and Wide. 2.2 Mr Nyamangodo suggested that the Dam, if implemented, be named Chirikuutsi, after the Sacred Site at the Pungwe Falls. Mr Mapondera advised that the Hauna Dam was very urgent due to the deteriorating water supply situation at the growth point. 2.3 Ms Nenguke noted that a concerted effort on community education with regard to conservation would be required to avoid the silting of dams. This should be part of a training programme on sustainability and environment management. 2.4 Mr Duri raised the issue of transport constraints in the day to day management of subcatchment water affairs, and suggested that a Motorbike be acquired, possibly through the project. Mr Murinye advised that such items should be included in the SCC budget and funded through income from Tariffs and Levies. 2.5 Ms Nenguke noted that Gold panners were now being licensed and that DNR and Mutasa Rural District Council were involved in the vetting process. Mr Magara pointed out the need to harmonise implementation of environmental laws to avoid confusion in the management of such activities that would arise from the existence SWECO ICWS, OPTO,NCG,CONSULTEC, IMPACTO, UCM, Interconsult Zimbabwe (Pvt) Ltd Action DEVELOPMENT OF THE PUNGWE RIVER BASIN JOINT IWRM STRATEGY Development Scenario Phase MINUTES OF THE STAKEHOLDER WORKSOP 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 Topic and Comments of numerous agencies, all concerned with the same activity. Mr Nyamangodo emphasised the need for Catchment Outline Planning, and noted that all these problems would be addressed in that Plan. Mr Magara reported that an assisted Catchment Outline Planning exercise would be initiated through the Project. The workshop agreed that dam based small-scale irrigation schemes would need to be lumped up together to enhance organisation, and streamline the funding and implementation process. Mr Duri and Muganyura thanked the Project for facilitating their involvement, and commended the Stakeholder Participation process. There was general agreement on the list of projects presented. The workshop was advised that SIDA Consultants would return at the end of May for consultations on how to proceed after Phase 3 of the Project. SWECO ICWS, OPTO,NCG,CONSULTEC, IMPACTO, UCM, Interconsult Zimbabwe (Pvt) Ltd Action -