fenômenos climáticos - Colégio Jardim São Paulo

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fenômenos climáticos - Colégio Jardim São Paulo
FENÔMENOS CLIMÁTICOS
A maioria dos fenômenos climáticos acontece na TROPOSFERA – Camada inferior da
atmosfera que vai do nível do mar até cerca de 10 a 15 quilômetros de altitude. Nuvens,
poluição, precipitações (chuva, neve, granizo), balões meteorológicos, balões tripulados,
aviões, etc. são vistos nessa camada da atmosfera.
EL NIÑO – ocorre em média a cada dois a sete anos; é um fenômeno regional de influência planetária
Causa – o El Niño é fruto do enfraquecimento dos ventos alísios, que normalmente sopram de leste para oeste pelo
Pacífico (a velocidade habitual é de 15 m/s – esporadicamente a velocidade cai para 2 m/s). Isso faz com que haja um
aquecimento anormal (3°C a 7°C acima da média) nas águas da superfície do oceano Pacífico à costa da América do Sul.
Esse aquecimento se inicia nos meses de agosto-outubro. Em dezembro, essa porção de água oceânica chega à costa
peruana
Consequências – a água aquecida na região equatorial não seja levada em direção à Indonésia. As massas quentes e
úmidas ficam estacionadas na costa sul-americana, provocando chuvas intensas. As massas que vêm do Pacífico
empurram para o sul a massa que vêm do Atlântico. Assim as chuvas que cairiam na Amazônia ou na caatinga nordestina
acabam tornando mais fortes no Sudeste.
Como a umidade fica estacionada no Pacífico Leste, ocorrem secas na Indonésia, na Austrália e em
outras regiões.
Altera o ecossistema marinho. Como não há o deslocamento das águas quentes da superfície, as águas
profundas, que são mais frias e carregadas de nutrientes, não conseguem vir à tona, na ressurgência (circulação de
correntes frias e quentes entre a superfície e as profundezas dos oceanos; ao deslocar-se para cima, a massa de água traz
consigo nutrientes que estavam no fundo do mar). A população de peixes diminui drasticamente causando prejuízos para
os pescadores peruanos e chilenos. O Peru é o segundo maior produtor de pescado do mundo e o Chile é o quinto.
LA NIÑA – fenômeno oposto ao El Niño
Causa – as águas do oceano Pacífico esfriam porque os ventos alísios, que carregam a água quente para o oeste, ficam
mais intensos. Consequentemente, as águas quentes da superfície são deslocadas em maior quantidade para o oeste e mais
água fria vem à tona. A temperatura do oceano diminui na região próxima à costa oeste da América do Sul e o clima fica
mais úmido na Austrália e Indonésia, por causa das massas de ar quentes e úmidas.
CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA GLOBAL
INVERSÃO TÉRMICA
É um fenômeno atmosférico que costuma ocorrer em grandes aglomerações urbanas industriais localizadas em áreas
deprimidas e cercadas por serras ou montanhas
Causa – rápido resfriamento da superfície, das camadas de ar mais baixas, como no caso da passagem de uma frente fria.
É um fenômeno que ocorre nos dias úmidos do inverno.
Num dia normal, o Sol esquenta o chão e o ar junto ao solo, que fica mais leve e sobe, dispersando a poluição.
Consequência – o aprisionamento repentino de uma camada de ar frio por uma camada de ar quente impede a dispersão
dos poluentes lançados na atmosfera pelos veículos e pelas indústrias.
☼
Dia normal
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AR MAIS FRIO
-------------------------AR FRIO
-------------------------AR QUENTE
Inversão térmica
_____________________
AR FRIO
-----------------------------AR QUENTE
------------------------------AR FRIO
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EFEITO ESTUFA / AQUECIMENTO GLOBAL – MOCINHO ou BANDIDO
Fenômeno natural – faz com que a temperatura média do globo se conserve nos limites necessários para a manutenção
da vida, em torno de 14,5°C. Ele ocorre graças a gases como o carbono, que existem naturalmente na atmosfera e
impedem a dissipação para o espaço de parte da radiação vinda do Sol que é absorvida e refletida pela Terra.
Causas
Fenômeno intensificado – ações humanas (uso de combustíveis fósseis –especialmente carvão mineral e petróleo- e a
utilização predatória da terra –desmatamento, queimadas, depósitos de lixo) vêm liberando na atmosfera uma imensa
quantidade de gases que retêm calor (dióxido de carbono, metano, óxidos de nitrogênio), intensificando o efeito estufa.
Vozes dissonantes – um grupo de cientistas atribuem as oscilações térmicas do planeta a ciclos naturais que fazem parte
da longa história evolutiva da Terra, difíceis de serem estudados e comprovados devido à sua complexidade. Além disso,
não existem provas científicas definitivas que demonstrem uma relação de causa efeito entre as emissões dos gases estufa
pelas atividades humanas e o aquecimento do planeta.
Os vilões do aquecimento global
Atividades que mais contribuem para o aquecimento global
- Termelétricas – 22%
- Desmatamento – 18%
- Agricultura e pecuária – 14%
- Indústria – 14%
- Automóveis e aviões – 13%
- Uso comercial e residencial de combustíveis – 11%
- Decomposição de lixo – 4%
- Refinarias – 4%
Fonte: Pew Center on Global Climate Change
Atividades geradoras de gases do efeito estufa no Brasil – 2005
- Uso de terra e florestas – 61%
- Agricultura – 19%
- Energia – 15%
- Processos industriais – 3%
- Tratamento de resíduos – 2%
Consequências
Desde o início dos registros históricos, migrações forçadas pelo clima afetaram a civilização. Só no século 20, o
fenômeno conhecido como “American Dust Bowl” (tempestade de areia ocorrida na década de 30 e durou quase dez
anos), catástrofe ecológica de tempestades de areia precipitada por seca e associada a políticas desfavoráveis de manejo
de terras, desalojou 3,5 milhões de pessoas do Meio-Oeste dos Estados Unidos.
Hoje, essa história tem um novo enfoque. Estamos entrando em uma era marcada por rápidas mudanças
climáticas decorrentes de emissões de gases de efeito estufa produzidos pelo homem. As alterações previstas incluem
variabilidade mais acentuada nas precipitações, maior frequência de fenômenos externos (como estiagens e
enchentes), elevação do nível dos mares, acidificação oceânica (processo pelo qual as águas absorvem dióxido de
carbono da atmosfera, provocando alterações no nível de pH da água, deixando-a mais ácida.) e mudanças de
longo prazo nas temperaturas. Qualquer um desses eventos pode perturbar profundamente os ecossistemas que
suprem nossas necessidades básicas. Em nosso mundo mais densamente povoado, as pessoas podem ser forçadas a
abandonar sua casa em números jamais vistos.
Grande parte da atenção tem se concentrado no dilema de nações insulares baixas, ameaçadas pelo aumento do
nível dos mares. Em determinados cenários, muitos dos 38 pequenos Estados insulares do mundo poderiam desaparecer
até o fim do século. Entretanto, o problema enfrentado por seus habitantes é apenas a ponta do iceberg. Só na Índia, 40
milhões de pessoas seriam desalojadas se o nível do mar subisse 1 metro. Infelizmente, essa inundação costeira está longe
de ser o único desafio ligado ao clima no sul da Ásia. Modelos desenvolvidos por Arthur M. Greene e Andrew Robertson,
da Columbia University, sugerem um aumento do volume total das chuvas de monções (ventos que sopram ora do oceano
para a superfície continental, ora em sentido contrário, devido às diferenças de pressão e temperatura no Sudeste Asiático,
e costumam provocar enchentes e secas), mas uma redução na fequência das precipitações. Isso implica chuvas mais
intensas em menos dias. Alterações na sazonalidade dos fluxos fluviais (à medida que o manto de neve invernal diminui e
as geleiras encolhem) afetariam a subsistência agrícola de centenas de milhões de camponeses e os suprimentos
alimentares de um número igual de habitantes urbanos asiáticos.
Embora possa levar décadas para que se entendam plenamente os impactos do degelo de geleiras e da
elevação dos níveis marítimos, a intensificação das catástrofes relacionadas ao clima já é um fato. A frequência de
desastres naturais aumentou 42% desde os anos 80, e a porcentagem de calamidades vinculadas ao clima saltou de
50% para 82%. O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários e o Centro de
Monitoramento de Deslocados Internos estimam que, em 2008 catástrofes climáticas levaram 20 milhões de
pessoas a abandonar sua casa –mais de quatro vezes o número de desalojados por conflitos violentos.
Portanto, migrações forçadas e deslocamentos provocados por alterações climáticas estão destinados a se
tornar os desafios humanitários definidores –e potencialmente esmagadores- para a comunidade internacional nas
próximas décadas.
Alex de Sherbinin, Koko Warner e Charles Ehrhart
Scientific American – Brasil – Aula aberta. Editora moderna. Ano I, n° 9 /2011
Alterações significativas em dinâmicas naturais, como as datas de migração de determinadas espécies de
aves, épocas de reprodução de animais e floração das plantas, o crescimento e despigmentação das formações
coralíneas, entre outras. Os aumentos na temperatura média do planeta poderão acarretar o desaparecimento de
ecossistemas inteiros.
O que pode ser feito para minimizar os efeitos do aquecimento global
Se as emissões de carbono continuarem nos níveis atuais, a temperatura média do planeta poderá passar de 1,1°C
a 6,4°C até 2100 o que traria consequências desastrosas para o meio ambiente. Para evitar esse cenário, o Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC-criado pela ONU em 1988 para desenvolver pesquisas para
subsidiar as discussões relacionadas às mudanças no clima, seus prováveis impactos socioeconômicos e as
alternativas para amenizar seus efeitos), responsável por esse levantamento, crê ser necessário reduzir as emissões de
gases do efeito estufa entre 50% e 85%. Na prática isso significa diminuir o uso de combustíveis fósseis e ampliar a
utilização de energias renováveis (eólica, solar, biomassa, geotérmica), aplicar novos padrões na agricultura, no
transporte e na coleta de lixo. Traduzindo, é preciso mexer com a economia dos países, o que envolve um intricado
choque de interesses.
Segundo mensurações realizadas periodicamente no último século, já houve um aquecimento atmosférico global
médio de aproximadamente 0,6°C.
Protocolo de Kyoto / 1997 – definiu a redução das emissões até 2012, para 5% abaixo dos níveis de 1990 para as nações
desenvolvidas. Para entrar em vigor, deveria ser ratificado por ao menos 55 países que representassem ao menos 55% das
emissões dos gases estufa feitas pelos países desenvolvidos. EUA foi único país desenvolvido que não ratificou o
protocolo, no entanto, suas regras entraram em vigor em dezembro de 2007.
- Mercado de carbono ou Certificados de Redução de Emissões (CER, sigla em inglês) – para minimizar o
desequilíbrio entre as emissões de gases dos países ricos e dos menos desenvolvidos, o Protocolo de Kyoto prevê um
mecanismo conhecido como “mercado de carbono”. Ele funciona da seguinte forma: os países desenvolvidos, incapazes
de substituir o carvão e o petróleo de uma hora para outra, podem compensar parte de suas emissões comprando créditos
de carbono dos outros países cujas emissões ficaram abaixo do limite estipulado. Esses créditos são pagos com
investimentos em projetos que ajudem as nações vendedoras a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa.
O primeiro projeto baseado nesse mercado de carbono foi implementado em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Um antigo
lixão foi transformado em aterro sanitário com o financiamento da Holanda. Hoje em dia, centenas de projetos como esse
estão em andamento em várias partes do mundo.
Cada tonelada de CO2 corresponde a um crédito cujo valor é definido pelo mercado mundial de carbono. Para os demais
gases é feita uma conversão pelo sistema de “carbono equivalente”
A utilização de recursos energéticos alternativos vem crescendo, porém mais lentamente que o aumento da
demanda. A China, o maior emissor de gases do efeito estufa do planeta, elevou em 53% os investimentos em energia
renovável em 2009. Os Estados Unidos e a Europa também avançam em projetos para baratear o custo dessas fontes de
energia. O Brasil, que já tem quase metade de sua matriz energética proveniente de recursos renováveis, caminha para ter
93% de sua energia elétrica com origem em fontes que não se esgotarão até 2050, de acordo com um estudo da ONG
Greenpeace. Vale ressaltar que muitas das fontes de energia alternativas ainda têm um custo ambiental alto: as usinas
hidrelétricas, por exemplo, devastam o meio ambiente com a formação de lagos, como no caso da Usina de Três
Gargantas, na China. A energia nuclear, por sua vez, pode causar sérios danos ao meio ambiente com o lixo radiativo.
Nesse sentido, o futuro aponta para o desenvolvimento das energias que sejam renováveis, mas limpas.
Grandes vilões – Atualmente, a China é o maior emissor global de CO2, mas os EUA, segundo nas emissões totais é o
maior emissor per capita. O Brasil figura entre os dez maiores emissores de CO2 do mundo, e o desmatamento, sobretudo
na Floresta Amazônica e no Cerrado, é responsável por cerca de 2/3 do problema, seguido da emissão de metano, que
ocorre no processo digestivo das mais de 200 milhões de cabeças de gado bovino do rebanho nacional. Em 2009, o Brasil
emitiu 1,78 bilhão de toneladas de CO2 , o que representa uma redução de 1/3 em relação ao ano de 2004. O compromisso
assumido pelo país na COP-15 era de reduzir suas emissões até 2020 para 1,7 bilhão de toneladas.
OFERTA DE ENERGIA POR FONTE
MUNDO
Petróleo e derivados – 33,2% *
Carvão – 27% *
Gás natural – 21,1% *
Nuclear – 5,8% * = não renováveis
Biomassa – 10%
Hidráulica – 2,2%
Outras (geotérmica, eólica, solar, térmica) – 0,7% = renováveis
BRASIL
Petróleo e derivados – 37,9% *
Gás natural – 8,8% *
Carvão – 4,8% * = não renováveis
Biomassa – 28,1%
Hidráulica – 15,2%
Nuclear – 1,4%
Outras – 3,8% = renováveis
O sequestro de carbono e os sumidouros de carbono – sequestro de carbono é absorção e a fixação do gás carbônico da
atmosfera pelas florestas e pelos oceanos através da fotossíntese das plantas e do fitoplâncton. Assim, estes ecossistemas
armazenam o gás carbônico e lançam o oxigênio na atmosfera. Por esta razão são considerados grandes sumidouros ou
sorvedouros naturais de CO2 . Pesquisas são feitas em vários países a fim de se desenvolverem técnicas para o sequestro
de carbono induzido pelo homem, já que a capacidade que a biosfera tem de absorver as emissões antrópicas é limitada e
vem sendo reduzida pelo desmatamento e pela poluição dos mares. Uma das possibilidades estudadas é a reintrodução do
CO2 nas formações geológicas de onde são retirados o petróleo e o gás natural.
ILHAS DE CALOR
Fenômeno antrópico
Zonas de ocorrência – é mais verificado em ambientes urbanos.
Causa – os diferentes padrões de refletividade (albedo) são altamente dependentes dos materiais empregados na
construção civil. Dependendo do albedo, mais radiação será absorvida e, por consequência, mais calor será emitido pela
superfície. Esses padrões diferenciados de emissão de calor acabam determinando uma temperatura mais elevada no
centro e, à medida que se afasta desse ponto em direção aos subúrbios, as temperaturas tendem a ser mais amenas.
Ex. 16 de julho de 1981, dados do satélite NOAA-7 registraram no centro da cidade, na zona leste, na sudeste, na
marginal do Tietê e em Santo Amaro uma temperatura de 33°C. Já na Serra da Cantareira, a temperatura registrada dói de
23°C e, no Parque do Estado, 24°C, salientando o efeito da altitude e da presença de vegetação.
- presença de particulados em suspensão na atmosfera atuam tanto como elemento bloqueador da incidência da
radiação solar como de geração de efeito estufa local.
Consequências – desconforto térmico e problemas respiratórios
O que pode ser feito para minimizar os efeitos desse fenômeno?
CHUVA ÁCIDA
Fenômeno antrópico
Zonas de ocorrência – áreas mais afetadas são o leste dos EUA e a Europa Ocidental, porém, as regiões industriais da
Ásia já registram aumento na ocorrência do problema. Podemos verificar que esse fenômeno também ocorre no Brasil,
em áreas do Sudeste.
Em alguns casos a chuva ácida pode ocorrer em locais distantes das fontes de poluição, como as que atingem a
Escandinávia, no norte da Europa. O fator responsável é a circulação atmosférica global.
Causa – associação entre a água da chuva e gases poluentes como o dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio,
produzidos pela queima de combustíveis fósseis, que se transformam em ácido sulfúrico e ácido nítrico, respectivamente.
Consequências – as chuvas ácidas podem causar danos à vegetação, contaminar mananciais e solos e provocar corrosão
em estruturas, edificações e monumentos. No Brasil, o fato mais grave relacionado à chuva ácida foi a destruição da Mata
Atlântica nas encostas da Serra do Mar nos anos 1980, devido à poluição produzida no polo industria de Cubatão, em São
Paulo.
O que pode ser feito para minimizar os efeitos desse fenômeno?
Os acordos internacionais para o controle e a redução das emissões de substâncias que provocam chuva ácida não
alteraram significativamente o cenário devido à pouca iniciativa para efetivá-los e à baixa adesão dos países, como é o
caso da Convenção sobre Poluição Transfronteiriça, de 1979, que conta com menos de cem países signatários.
DESERTIFICAÇÃO
Fenômeno antrópico
Zonas de ocorrência – regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas.
No Brasil as áreas de ocorrência da desertificação estão limitadas ao Polígono das secas, área de clima semiárido em parte
do Nordeste.
Muitas vezes associada à desertificação, a formação de areais no sul do Brasil, especificamente no sudoeste do Rio
Grande do Sul, é consequência de um processo natural de arenização do solo intensificado pela ação humana. Como esse
fenômeno ocorre numa área de clima subtropical, com elevadas precipitações, não é correto denominá-lo desertificação.
O que ocorre no Rio Grande do Sul, segundo estudos da UFRGS, trata-se de uma “deficiência da cobertura vegetal devido
à intensa mobilidade dos sedimentos por ação das águas e ventos”. Acredita-se que o pastoreio e a introdução de plantios
recentes, como a da soja, são responsáveis pelo escasseamento da cobertura nativa (campos). Tal acontecimento expôs os
arenitos encontrados no subsolo que passaram a sofrer intensa erosão eólica, devido aos fortes ventos que sopram na
região. Essa combinação de fatores fez com que o solo se tornasse arenoso, marcando a paisagem local. A formação de
areais antecede a ocupação humana na região. A partir da década de 70 foi feito o plantio de eucalipto como método de
recuperação destas áreas degradadas, mas os resultados não foram satisfatórios. Mais recentemente, o uso de diversas
técnicas de contenção de ravinas e voçorocas e o plantio de gramíneas e outras espécies nativas estão sendo utilizadas.
Causa – a degradação da terra é resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas,
como o sobrepastoreio, salinização dos solos por irrigação e processos de uso intensivo e sem manejo adequado na
agricultura.
Consequências – a desertificação provoca três tipos de impactos, relacionados entre si: ambientais, sociais e
econômicos.
Segundo dados das Nações Unidas, a desertificação é responsável por impedir o aproveitamento de solos correspondentes
a 6 milhões de hectares (60.000 km²) por ano.
O que pode ser feito para minimizar os efeitos desse fenômeno?
Utilizar técnicas de conservação dos solos, tais como, rotação de culturas, terraceamento, plantações em curvas de nível.
No Brasil a adequação a fertilidade e o controle da erosão estão entre as mais importantes práticas para a conservação dos
solos. Atualmente, o sistema de plantio direto que se expande por todas as regiões agrícolas do país, é a tecnologia mais
adequada para reduzir a erosão e manter matéria orgânica e a fertilidade do solo.
CICLONE, TUFÃO, FURACÃO OU TORNADO?
Fenômeno natural
Embora essas palavras sejam usadas como sinônimos de furacão, há uma pequena diferença entre elas. Na verdade, o “pai
de todas as tempestades” seria o ciclone, como denominamos qualquer perturbação atmosférica no centro da qual a
pressão é muito baixa, provocando ventos circulares com velocidade superior a 119 km/h.
PRINCIPAIS ZONAS DE OCORRÊNCIA
Ele ocorre nas regiões tropicais, sobre os mares quentes. A diferença refere-se mais a uma questão de localização. Em
geral, o ciclone que se forma sobre o oceano Atlântico é chamado de furacão, enquanto o que se forma sobre o oceano
Pacífico é conhecido como tufão. Por fim, há o caso dos tornados, que surgem sobre o continente, após o choque de
uma massa de ar quente com outra de ar frio –a ventania toma a forma de um cone invertido e sai num turbilhão
arrasador com velocidade de até 500 km/h.
Causa
O furacão por dentro
1- o furacão começa a partir da combinação de dois fatores: ar quente e úmido e a água aquecida dos oceanos (27°C) das
regiões tropicais.
2- as correntes de ar se aquecem em contato com a água, ficam mais leves e sobem, formando as primeiras nuvens.
Enquanto sugam energia das águas quentes, essas correntes vão circulando em direção ao olho do furacão –região de
baixa pressão no centro.
3- o atrito das correntes de ar com a superfície do mar faz com que os ventos e as nuvens girem de oeste para leste, no
sentido de rotação da Terra. O ar mais quente vai subindo numa espiral pelo olho do furacão.
4- quando as nuvens atingem cerca de 5 mil metros de altura, começa a chover. Nesse ponto, o ar seco ascendente
encontra as nuvens, resfria-se, ficando mais pesado, e desce pelo olho do furacão. Esse ar, ao chegar à superfície do mar,
vai formar novas nuvens.
5- vento oeste – o ciclone passa a se deslocar quando ventos externos sopram na direção oeste em grande velocidade. Se
ele chegar ao continente e encontrar baixa a umidade do ar, as nuvens se desfazem e –ufa! O vendaval acaba.
Consequências
Gradação desenvolvida por Saffir e Simpson
Dependendo de sua rapidez e capacidade de destruição, os ciclones são divididos em uma escala de cinco categorias.
Categoria 1 – ventos de 119 a 154 km/h. Quase não há destruição. Prédios e casas permanecem intactos, mas o vento
arrasta arbustos e derruba galhos de árvore, além de causar pequenas inundações.
Categoria 2 – ventos de 154 a 177 km/h. Telhados, portas e janelas são danificados. Ondas de até 2,40 metros acima do
nível normal inundam ruas da orla, obrigando a retirada dos moradores.
Categoria 3 – ventos de 178 a 209 km/h. A ventania consegue derrubar árvores inundando e abalando edificações.
Construções pouco resistentes, como casas pré-fabricadas, podem desabar.
Categoria 4 - ventos de 210 a 249 km/h. O poder de destruição é 100 vezes maior que o da categoria 1. Paredes e tetos de
grandes construções são derrubadas e ondas de até 5 metros acima do normal provocam inundações graves.
Categoria 5 – ventos superiores a 249 km/h. É alta a possibilidade de mortes. Árvores são arrancadas pela raiz e edifícios
inteiros podem cair. Os danos se espalham por até 16 quilômetros nas áreas próximas à costa e a região precisa ser
evacuada.
Fonte: Almanaque de Geografia – On Line Editora / 2011
Temas de Geografia Física que mais caem no vestibular. Editora Abril / 2011
Atualidades Vestibular. Editora Abril / 2011
Geografia Geral e do Brasil. Paulo Roberto Moraes. Editora Harba / 2011