Sindicato investe na mobilização por hospitais.

Transcrição

Sindicato investe na mobilização por hospitais.
Trabalhadores rejeitam
proposta do Sindihospa
Foto: Ique Silveira
Os trabalhadores da Saúde reunidos na Assembléia
Geral, na quarta-feira (30),
no parque Social da Ashclin,
rejeitaram a proposta patronal de Convenção Coletiva.
A categoria não aceita
mais ver os hospitais públicos e privados ampliarem
suas áreas físicas e seus serviços, cobrando cada vez
mais pelos atendimentos
prestados à população e na
negociação querem retirar
direitos dos trabalhadores
da saúde.
Os trabalhadores também
decidiram marcar a próxi-
ma assembléia para apreciar uma nova proposta da
patronal. Durante a assembléia foram distribuídas cordas de crachás e adesivos
para os participantes com
o slogan da Campanha Salarial 2007: “Eu também
faço saúde”.
Sindicato
investe na
mobilização
por hospitais.
Página 3
Rejane, Alessandra, Giovana,
Rita e Marilei do HED
Encarte Especial do Jornal Emergência - nº 63 - Maiol/07
ENCARTE E
Assembléia Geral
rejeita proposta patronal
Assembléia reuniu um grande número de trabalhadores que vestiram a camiseta
para reivindicar o aumento real e melhorias nas condições de trabalho.
O
s trabalhadores da Saúde rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial e as cláusulas das
condições sociais do Sindicato dos Hospitais de
Porto Alegre (Sindihospa)
na assembléia realizada
quarta-feira, 30 de maio, às
14 horas, no Parque Social Ashclin (ao lado do Hospital de Clínicas).
Além do reajuste de
3,3% referente ao INPC do
período os trabalhadores
querem aumento real com
base no índice de produtividade do Estado em 2006,
calculado pela Fundação
de Economia e Estatística
(FEE) em 2,7%.
Na avaliação dos trabalhadores a proposta do Sin-
dicato patronal não apresentou nenhum avanço.
Pelo contrário, na proposta apresentada por eles
consta:
Redução do adicional
por tempo de serviço; redução do adicional noturno; redução do adicional
de risco de vida dos seguranças; reembolso para
aposentadoria; redução
dos prazos para atestado
médico; redução do tempo de estabilidade dos delegados sindicais; redução
dos dias de licença para
levar filhos ao médico. o
único aumento que eles
propuseram foi no banco
de horas, aumentando o
prazo de seis meses para
um ano de compensação.
Comissão de negociação e diretoria do Sindisaúde-RS
Melhorias nas
condições de trabalho
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O Sindisaúde-RS propôs um conjunto de cláusulas que são importantes para melhorar as condições de trabalho, como a proibição das despedidas sem motivos, ou punição para quem utiliza práticas discriminatórias ou faz assédio moral à categoria. Porém o Sindicato Patronal não quis aceitar
e colocar na convenção estas medidas que coíbem
as injustiças e perseguições dentro dos locais de
trabalho.
Nenhum avanço: A proposta patronal também não
garante avanços como: o auxílio creche; o regramento do número de trabalhadores para atendimento das áreas e pacientes e às 30 horas semanais
para todos os trabalhadores da Saúde.
Trabalhadores participaram em massa
Sindicato investe na
mobilização por hospitais
Durante os meses de abril e maio a diretoria do SindisaúdeRS visitou os hospitais de Porto Alegre, Alvorada,
Cachoeirinha, Gravataí, Canoas, Guaíba e Viamão.
Moinhos de Vento
Em cada hospital foi distribuído o material da Campanha com as principais propostas discutidas na mesa de
negociação com o Sindihospa. Além do folder os trabalhadores também receberam camisetas, jornais, adesivos da campanha e muitos
aproveitaram para preencher
a ficha de sindicalização.
Pelo número de camisetas distribuídas e hospitais visitados, mais de oito mil trabalhadores foram convidados
diretamente a participar e
vestir a camiseta da Campanha Salarial.
No mês de abril foram os
hospitais Vila Nova, Nossa
Senhora do Livramento de
Guaíba, Clínicas e Conceição.
No mês de maio foi a vez dos
hospitais: Moinhos de Vento;
Fêmina; Ernesto Dornelles;
Instituto de Cardiologia; Mãe
de Deus; Cristo Redentor; São
Lucas da Puc; Ulbra Álvaro
Alvim; Caridade de Viamão;
Nossa Senhora das Graças de
Canoas; Dom João Becker de
Gravataí; Alvorada; Padre Jeremias de Cachoeirinha, Ulbra
Independência, Banco de
Olhos e São Vicente de Paulo
(Osório).
Fêmina
·
Instituto de Cardiologia
Mãe de Deus
·
São Lucas da PUC
Ernesto Dornelles
·
Cristo Redentor
Encarte Especial do Jornal Emergência - nº 63 - Maio/07
ESPECIAL
Informação para
mobilizar a categoria
Para reforçar a campanha e dar visibilidade o
Sindicato investiu em:
busdoor e outdoor, colocando chamadas nas rádios Gaúcha AM, Farroupilha AM, Eldorado FM,
104 FM, Metrô FM e Liberdade. Através do site do
www.sindisaude.org.br e
do Jornal Emergência os
trabalhadores também podem se informar sobre o
andamento da campanha.
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Encarte Especial do Jornal Emergência - nº 63 - Maiol/07
ENCARTE ESPECIAL
Os trabalhadores da Saúde estão
vestindo a camiseta e participando
As trabalhadoras da CTI
do Hospital de Clínicas
Rita de Luzier da Silva,
Graziela Aparecida Nunes,
Aline Gopeti, vestiram a
camiseta para lutar. O técnico de Enfermagem do
Hospital Ernesto Dornelles, Paulo Afonso Machado, acha que não adianta
pegar a camiseta e guardar no armário. “Temos
que colocar ela para mostrar pelo que a gente luta
e apoiar a causa da nossa
categoria.”
Ana Maria Machado,
do Centro de Materiais
do Hospital Cristo Redentor, vestiu a camiseta porque está solidária com a
Campanha e Rosana Figueiredo, do setor de
Gesso do Hospital Cristo
Redentor, acha que é justo. “Pelos nossos direitos,
pelo reajuste salarial. É
uma coisa que me interessa, são os meus interesses. Uma luta nossa e do
Sindicato junto com a
gente”, explicou. Luciane Neto do Hospital
Fêmina “acha que a ca-
tegoria merece ganhar o
aumento real”. Ana Paula
da Silva, Débora Fedrizzi, Darciana Oliveira e
Carla Denise da UTI Neonatal do Hospital Fêmina
também estão na campanha “Pelo aumento real e
a valorização profissional. Com certeza!”
Já Marco Aurélio Rodrigues da lavanderia do
Instituto de Cardiologia
avalia que vestir a camiseta “é uma maneira sutil de
se manifestar, sem precisar
bater de frente com nin-
guém!”. Seu colega, André
Rocha da CTI, está nessa
“para auxiliar seus colegas
a terem melhores condições de trabalho e melhores salários”.
“Porque eu faço parte
do Sindicato”
Os trabalhadores do
hospital São Lucas da
PUC também vestiram a
camiseta. As Técnicas de
Enfermagem Simone da
Silva e Irene Duarte Machado da UTI Neonatal
vestiram a camiseta por-
que ambas são sócias do
sindicato. Para Mara Rejane Roberto da Higienização “quem trabalha em
hospital tem que vestir” e
Airton Antunes da Manutenção vestiu a camiseta
“para participar a favor da
Campanha Salarial”.
Com a participação de
todos a Campanha Salarial poderá conseguir aquilo que os trabalhadores
estão reivindicando que é
a reposição das perdas
(INPC 3,3%) e o aumento
de salário real de 2,7%.
Rita de Luzier da Silva, Graziela
Aparecida Nunes, Aline Gopeti –
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Rita de Luzier da Silva, Graziela
Aparecida Nunes, Aline Gopeti – CTI
Hospital de Clínicas
Paulo Afonso Machado Tec.
Enfermagem Hospital Ernesto
Dornelles
Simone da Silva Técnica em
Enfermagem Hospital
São Lucas da PUC
Ana Paula Da Silva, Débora Fedrizzi,
Darciana Oliveira, Carla Denise da UTI
Neonatal Hospital Fêmina
Luciane Neto do
Hospital Fêmina
Rosana Figueiredo setor de Gesso
Hospital Cristo Redentor
Marco Aurélio Rodrigues lavanderia
Instituto de Cardiologia
André Rocha CTI Instituto de
Cardiologia
Ana Maria Machado do Centro de
Materiais Hospital Cristo Redentor
Irene Duarte Machado UTI Neonatal
Hospital São Lucas da PUC
Airton Antunes Manutenção Hospital
São Lucas da PUC
Mara Rejane Roberto Higienização
Hospital São Lucas da PUC