Palestra Técnica na ABTS em São Paulo Prezadas leitoras
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Palestra Técnica na ABTS em São Paulo Prezadas leitoras
No. 07 01 PORTUGAL 10/09 FISCHER NEWSLETTER Coating Thickness Material Analysis Microhardness Material Testing «editorial» «observando com atenção» Prezadas leitoras, prezados leitores Palestra Técnica na ABTS em São Paulo No ano que está findando investimos novamente na proximidade ao cliente e na competência – na Europa, na Ásia e na América do Sul. A nossa rede de distribuição mundial foi ampliada com a abertura de duas novas filiais, em São Paulo / Brasil e em Seul / Coréia do Sul, e com a mudança para novas instalações em Milão / Itália e Barcelona / Espanha, ganhando assim força em competência, em Assistência Técnica e em Vendas. Em outros setores também procuramos estreitar o contato com nossos clientes: p.ex., depois de uma ausência de anos, a FISCHER voltou a participar da Feira BASELWORLD em 2012; foram realizados inúmeros seminários abordando o assunto «Medições» e recursos foram injetados nos Laboratórios de Aplicações, na forma de novos colaboradores etc. Quanto ao conteúdo desta edição: a procura mundial por valores duradouros levou o preço do ouro a níveis bastante elevados. A firma FISCHER, por meio dos aparelhos de fluorescência de raios-X XAN® 220 oferece a solução ideal para a medição do teor de ouro de maneira rápida, por via não-destrutiva e, principalmente, de modo confiável. Atualmente a precisão de medição destes modelos atingiu um nível elevadíssimo. A exatidão das medições é garantida com a ajuda dos padrões de calibragem para ouro fabricados pela própria Helmut Fischer. A respeito, leia o artigo na última página é também o primeiro artigo sobre a análise de traços de elementos em materiais para bijuteria e acessórios de moda, de modo simples e rápido. Além dos aparelhos de medição, a firma Helmut Fischer fabrica padrões de calibragem de alto valor para a aferição dos mesmos. Com a sua utilização, uma medição exata é garantida. Como exemplo, apresentamos na página 3 os novos padrões SnPb. Entre em contato conosco apresentando sugestões e comentários a respeito de nossos artigos, ou sugerindo uma tarefa de medição especial; teremos o máximo prazer em atendê-lo com competência. Cordialmente Walter Mittelholzer Marcel Koch CEO Gerente de Marketing Helmut Fischer Holding AG Helmut Fischer AG Helmut Fischer AG No dia 27 de Novembro a Fischer do Brasil realizou uma palestra sobre Sistemas de Medição e Controle de qualidade para Tratamentos de Superfície na sede da Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície – ABTS em São Paulo. Com cerca de 80 participantes de diversos seguimentos da indústria e também de ensino, a palestra técnica ministrada pelo Gerente Geral da Fischer do Brasil, Sr. Leandro de Santis, abordou os conceitos básicos sobre os métodos, tecnologias e aplicações existentes para medição e controle de tratamentos de superfície como: Indução Magnética, Corrente Parasita, utilizados nos medidores clássicos portáteis, e ainda métodos mais complexos como o Couloscópico e Fluorescência de Raios-X. O evento que fora gratuito, teve como Responsabilidade Social solicitar a cada participante a contribuição de alimentos que foram doados ao Lar Assistencial Mãos Pequenas localizado em Diadema/SP. Mesmo cobrindo apenas os conceitos básicos, os participantes mostraram muito interesse em se aprofundar nestes assuntos e com certa a Fischer do Brasil irá promover em um futuro breve, novas palestras e seminários para atender esta demanda. Fique ligado em nossa agenda de eventos ! «aplicação prática» Análise de traços de elementos em materiais para joias e bijuteria Foto1: Joias e bijuteria estão em contato permanente com a pele humana e por isso o teor de matéria nociva naquelas deve ser limitado. São levados a cabo esforços, a nível mundial, para limitar a concentração de certos elementos químicos em bens de consumo. Depois que elementos como Chumbo, Mercúrio etc. foram «eliminados», agora deverão ser emitidas regulamentações similares também para outros produtos. Serão afetados, por exemplo, joias e bijuterias, peças de relógios, acessórios metálicos em bolsas, carteiras ou em peças de roupa. As forças impulsionadoras destas medidas são tanto organizações governamentais, como p.ex. a americana CPSC, como também grêmios específicos para certos setores como Oeko-Tex®, uma organização que luta por produtos têxteis isentos de elementos nocivos. elemento (traços) matriz desvio-padrão [ppm] Pb ABS Al 0.5 2 Pb Cu Zn Sn Latão, real SnBi2, real SnBi50, real 13 20 0.6 10 – 30 5 – 15 50 – 100 Deverão ser limitados diversos materiais nocivos orgânicos, assim como metais pesados, em especial Pb, Cd e Ni. Os valores-limite variam bastante de acordo com o país e com o setor industrial. Para firmas com atuação no mercado global naturalmente são seguidos os regulamentos mais severos, a nível mundial, para facilitar o comércio. Isto significa, por exemplo, 100 ppm Cd e 90 ppm Pb, no máximo. Peças metálicas para bijuteria ou acessórios, por motivo de custo, não são fabricadas de metais maciços. Os corpos básicos são fabricados de ligas mais baratas, muito bem trabalhados, e em seguida revestidos com uma camada decorativa. Neste caso, tanto o material da base como a camada devem estar isentos de Pb e Cd. Porém, uma verificação individual desta isenção não é trivial. Os materiais básicos como latão e ligas de zinco etc. são portanto analisados de maneira eficiente antes de sua conformação final e antes do revestimento. As análises em geral são efetuadas por Emissão Óptica ICP ou por aparelhos de análise por fluorescência de raios-X (FRX). As vantagens dos dois métodos são bastante distintas e complementares. Análises por EDXRF são muito eficientes e econômicas e a detectabilidade em geral é satisfatória (vide a Tabela 1). Tabela 1: Valores típicos da precisão de repetibilidade dos valores individuais na medição de traços de elementos (EDXRF). Os desvios-padrão são uma medida direta para concentrações mínimas que ainda podem ser detectadas em um material (limite de detectabilidade ~ 3 x desvio-padrão). FISCHERSCOPE® Para tarefas de medição por FRX tornam-se relevantes simples considerações estatísiticas – uma análise deveria se basear sempre em valores médios obtidos a partir de vários valores individuais. No. 07 A tabela comprova que a detecção de traços de Chumbo em Alumínio é muito mais simples do que em material de solda SnBi ou em latão. Qual é a razão para este fato, respectivamente como se avalia a dificuldade em resolver uma tarefa de medição ? Em princípio, elementos pesados (número atômico elevado) são mais facilmente detectáveis em matrizes de materiais leves (número atômico menor). A comprovação de Pb em plásticos, metais leves ou também em materiais oxídicos é fácil por EDXRF. Porém, em ligas de Fe, Cu, Zn esta comprovação é mais difícil. Para obter resultados satisfatórios deve-se analisar a situação concreta no espectro de fluorescência (as energias exatas das linhas individuais de fluorescência, o comportamento na absorção/excitação recíprocas). Limites de detectabilidade profundos são uma premissa importante para a aplicabilidade do método. Será necessário ainda analisar de maneira crítica a exatidão das medições. Esta foi examinada em diversas tarefas de medição. Figura 2: Correlação entre valores de concentrações de Pb medidas por FRX e os valores teóricos certificados. A exatidão dos valores já é muito boa mesmo antes da calibragem, o que é importante em um processo de medição confiável. Como a variação dos valores medidos em peças reais é maior do que sobre os elementos puros será necessário trabalhar com valores médios obtidos de diversas medições individuais (são mostrados valores médios a partir de dez medições individuais, intervalos de confidência 95 %) . Como exemplo serão mostrados alguns resultados da exigente análise de ligas fundidas de ZnAl por meio dos aparelhos por FRX FISCHERSCOPE XDV®-SDD (vide a figura 2). Os valores medidos, mesmo sem calibragem, já são muito próximos dos valores teóricos certificados. Os aparelhos FISCHER X-Ray são utilizados no mundo todo para o Screening de materiais utilizados na fabricação de joias, bijuteria e demais acessórios. Dr. Daniel Sutter, Helmut Fischer AG Schweiz «observando com atenção» Novos padrões de calibragem SnPb para a análise de fluorescência por raios-X no setor de alta confiabilidade A foto 1 mostra diversas placas de circuitos impressos com componentes. Os pontos de soldagem e os revestimentos dos grupos eletrônicos podem ser medidos pelo FISCHERSCOPE® XDAL® . O método da fluorescência de raios-X, por via não-destrutiva, é bastante adequado para a medição da composição de ligas para soldagem com Estanho e de revestimentos do mesmo material. Especialmente a medição de Pb em ligas de estanho para solda- No. 07 gens é uma aplicação importante e muito difundida dos aparelhos FISCHERSCOPE® X-RAY. Por um lado a quantidade tolerável de Pb é limitada por razões de saúde, por outro lado existem também aplicações nas quais deve existir uma concentração mínima de Pb FISCHERSCOPE® no estanho para soldagem. A norma RoHS regula o emprego de diversas substâncias nocivas, incluindo Pb em componentes eletrônicos, para que não venham a poluir o meio ambiente. Assim, nos últimos anos estanhos para soldagem com teor de Pb foram substituídos por ligas isentas de Pb, devendo ser comprovado que o teor de Chumbo é menor do que o valor limite de 1000 ppm. Igualmente, a recomendação Consumer Product Safety Improvement Act (CPSIA) regula o emprego de Pb e reduziu o limite no ano de 2011 para 100 ppm. dos fatores. Entre outros, têm influência o processo de fabricação, p.ex. se a liga esfriou bruscamente ou lentamente, conformação mecânica da superfície, armazenamento e envelhecimento das amostras etc. A tabela 1 mostra imagens por dispersão refletiva de elétrons MEV de diversas amostras SnPb com teor de Pb superior a 3 %, assim como os resultados isentos de padrões. No caso das «ilhas» claras trata-se da uma fase rica em Pb, a «matriz» cinza escura é uma fase rica em Sn. Nota-se que estas «ilhas» podem apresentar diferentes extensões e que estão dispersas mais ou menos homogeneamente. O tamanho, respectivamente a falta de homogeneidade também tem uma influência sobre as relações de intensidades das linhas de fluorescência de raios-X. Na amostra de referência homogênea o valor da FRX obtida sem calibragem coincide muito bem com o valor teórico, de modo que o teor de Pb pode ser verificado sem calibragem prévia. Porém, com o aumento da falta de homogeneidade o desvio em relação ao valor teórico aumenta (vide a tabela 1). Porém, no âmbito aeronáutico ou na técnica médica (aplicações de alta confiabilidade) são exigidas exclusivamente ligas de soldagem com teor de Pb. Nestes casos deve ser comprovado um teor mínimo de 3 % Pb nas ligas utilizadas em soldagens. A razão para tal é que o Estanho puro tende a formar Whiskers . Estes são cristais de Sn em forma de agulha que se formam na superfície passado um determinado tempo, podendo dar origem a curto-circuitos. A determinação destes componentes é assim uma tarefa importante e de alta responsabilidade, que em geral exige uma inspeção de 100 % dos componentes. A literatura também descreve uma consequência do envelhecimento que pode se fazer notar em ligas SnPb com teor de Pb na região de ppm. Assim, observou-se um incremento na concentração de Pb, após alguns anos, em amostras que foram armazenadas erradamente (p.ex. em temperaturas muito altas); o Pb tinha se acumulado na superfície. A superfície de uma amostra envelhecida Com a ajuda da análise por FRX a composição das ligas de estanho para soldagem é determinada de maneira rápida e não-destrutiva. Por meio do Software WinFTM® também podem ser determinados amostra de referência a snPb3 snPb3 amostra snPb8 amostra arame eutético snPb38 10 μm 10 μm 10 μm 50 μm Valor teórico Pb %massa 3,1 (+/- 0,15) 3,0 8,5 38 Medido Pb %massa 3,0 2,8 7,5 33,6 Difusão relativa teórica, em % 3 6 12 12 sinh (sinh não homogêneo) 0,05 0,11 0,3 1,0 Dispersão refletiva de elétrons MEV Tabela 1: Medições em diversas ligas SnPb com o FISCHERSCOPE® XDAL® (50 kV, filtro Ni, 0.2 mm *0.2 mm diafragma, área 3 mm *3 mm com 64 pontos, tempo de medição100 s, a não-homogeneidade sinh foi calculada de sinh2 = sges2 – swdh2). a espessura da camada, e somente assim, a composição correta do revestimento de SnPb sobre diferentes componentes eletrônicos como placas condutoras, tomadas e contatos, BGAs ou resistências SMD condensadores (foto 1). Durante a medição da composição SnPb do revestimento de componentes SMD deve-se levar em conta que Pb também pode ser encontrado em cerâmica ou em camadas encobertas. Para estes casos existe um programa especial que leva em conta tal possibilidade. Sn e Pb formam uma liga eutética; sempre existem lado a lado uma fase rica em Pb e outra fase rica em Sn. A solubilidade máxima de Pb em Sn é de 2,5 % massa e aquela de Sn em Pb é de 19 % massa. A composição real das fases e a homogeneidade, respectivamente a estrutura desta liga, dependem também dos mais varia- FISCHERSCOPE® deve por isso ser desbastada (lixada/polida) antes de se efetuar uma nova medição. Nesta operação deve-se cuidar para que não ocorra o aporte de material estranho na superfície da amostra. Esta problemática mostra claramente como é importante que padrões de referência SnPb sejam cuidadosamente preparados e também verificados regularmente. A firma Helmut Fischer GmbH coloca à disposição para as duas aplicações (RoHS e alta confiabilidade) padrões de referência, em cuja fabricação foi dada grande ênfase na homogeneidade do material. Foi possível melhorar bastante a qualidade da liga SnPb com 3 % Pb por meio de um novo processo produtivo, de modo que mesmo utilizando aparelhos de FRX com ponto de medição inferior a 50 μm (p.ex. o XDV®-μ com óptica policapilar) se obteve No. 07 uma boa distribuição homogênea da fase rica em Pb. A foto 2 mostra a imagem obtida por dispersão refletiva de elétrons MEV da nova liga assim como um Scan linear sobre a amostra, comparado com material de referência SnPb3 usual, que é pouco adequado para a microanálise. Os materiais de referência da firma Fischer também são verificados em intervalos de tempo regulares visando eliminar possíveis efeitos do envelhecimento e para assegurar a sua elevada qualidade. Dr. Simone Dill A foto 2 mostra as imagens MEV assim como um Scan linear sobre o material de referência A da tabela 1 (acima) e o novo material SnPb (abaixo) ao longo de 1 mm de comprimento com o FISCHERSCOPE® XDV®-µ (Policapilares com FWHM de aprox. 20 µm, 50 kV, filtro Al, 50 *25 s, precisão de repetibilidade 0,031%). «observando com atenção» PICODENTOR® HM500 com Microscópio de Força Atômica (AFM): visualização e quantificação de estruturas na região dos nanometros Foto 2: Medições de dureza sobre uma placa de vidro BK7 com uma força máxima de 5 mN. A profundidade permanente é inferior a 100 nm. Nos últimos anos os requisitos quanto às propriedades das superfícies dos mais diversos materiais aumentaram bastante. Sistemas de camadas altamente complexos foram desenvolvidos para criar superfícies resistentes ao riscamento, repelentes de sujeira, antiestáticas, refletoras ou com poder de armazenamento. Para caracterizar as propriedades mecânicas destas camadas, às vezes muito delgadas, utiliza-se o ensaio de penetração instrumentado, que fornece valores característicos para a dureza ou para a elasticidade destas camadas. Para tanto, necessita-se da Foto 1: PICODENTOR® HM500 com Microscópio de Força Atômica. No. 07 FISCHERSCOPE® medição precisa do percurso (da ordem de nanometros) e a geração de cargas de até poucos Micronewton. Além disto, para medições em pequenas estruturas as amostras devem ser posicionadas com precisão. Visando obter informações adicionais sobre o material, o PICODENTOR® HM500 pode ser fornecido, opcional- topografia da superfície, que mostra o perfil das altitudes, o AFM oferece ainda a possibilidade de se medir uma série de outras grandezas. Além das medições de distância altamente precisas graças ao eixo Z calibrado (com ruído de fundo < 0.05 nm) podem ser bem representadas a fase e, especialmente, as impressões do Foto 3: Medição com AFM (representação 3D) de uma impressão com Foto 4: Impressão sobre Tungstênio (Fmax = 50 mN) com abaulamentos força máxima de 5 mN (escala do eixo Z: 50 nm). claramente visíveis. mente, com um Microscópio de Força Atômica, AFM (foto 1). A mesa XY programável com uma precisão de posicionamento < 0,5 μm, o bloco de apoio antivibratório e a câmara de medição fechada fornecem as condições básicas para medições com este tipo de microscópio. O «Microscópio de Força Atômica» engloba um grupo de microscópios que dispõem de uma ponta de medição que, ao contrário dos microscópios com luz, apalpa fisicamente a superfíce das amostras. Um braço articulado ( Cantilever) com uma ponta minúscula de Silício varre a superfície medindo diferenças de altitude; a superfície é escaneada em linhas e as altitudes são medidas ponto a ponto, com elevada precisão. A resolução nos sentidos XY é determinada pelo arredondamento da ponta de medição, situando-se em geral na faixa de 10 nm. Os dados capturados podem ser representados de diversas maneiras: além da Foto5: Recepão óptica da medição sobre Tungstênio (Fmax = 50 mN, ampliação 100 x). Menos detalhes são perceptíveis. penetrador obtidas sob cargas máximas diminutas. Foram efetuadas medições sobre uma placa de vidro BK7 com Fmáx = 5 mN (foto 2), que resultaram em impressões permanentes de menos de 50 nm. A representação 3D torna visíveis detalhes que seriam invisíveis sem a utilização do AFM (foto 5). Obtém-se assim , em determinados casos, uma interpretação mais precisa dos resultados das medições. Dr. Tanja Haas, Dr. Bernhard Nensel FISCHERSCOPE® No. 07 «aplicação prática» Você conhece o estado de calibração correto do seu aparelho medidor de espessuras? aparelho mostra em seguida se o valor medido da camada coincide com o valor do padrão, dentro da incerteza de medição pertinente, ou se uma calibragem é recomendada. Além de outras informações, é mostrada a incerteza de medição apurada, representando o estado de calibragem momentâneo do sistema (vide a foto 3). Esta incerteza do aparelho é uma componente necessária se quisermos determinar a incerteza de medições posteriores. Naturalmente, a incerteza do sistema de medição nunca poderá ser menor do que aquela do padrão utilizado. Mesmo que um ajuste do aparelho seja necessário, o estado de calibragem somente poderá ser melhorado no âmbito da incerteza do padrão de calibragem. Desejando efetuar medições mais precisas será necessário utilizar um padrão com uma incerteza menor. A incerteza determinada vale, de modo bastante estrito, somente na faixa de espessuras próximas daquela do padrão utilizado. Se forem esperadas medições de uma gama de espessuras maior, então dever-se-ia utilizar 2 padrões de calibragem, que incluam esta faixa de espessuras. Foto 1: Sondas sempre devem ser bem calibradas. Aparelhos de medição de espessuras são empregados em inúmeras tarefas. Tanto faz se forem medidas camadas galvanizadas finas, pinturas automotivas ou grossas camadas de proteção anticorrosiva, em geral deseja-se medições com qualidade relevante, que se prestam para uma comprovação ao cliente de que as tolerâncias especificadas foram obedecidas. Igualmente deve ser possível a comparação entre os resultados fornecidos por dois aparelhos diferentes, p.ex., as medições obtidas pelo fornecedor das peças e pelo recebedor. É necessária assim a determinação da incerteza de medição de acordo com a norma ISO/IEC Guide 98-3 como um primeiro passo na obtenção do estado de calibração da sonda. Nem todo inspetor consegue efetuar estas determinações corretamente e sem problemas. Verificação da calibragem Resultado A calibragem está OK! Detalhes Diferença 0.125 µm Incerteza (k=2): 0.955 µm Valor de teste E: 0.131 Repetir Por isso os nossos aparelhos de medição fornecem ferramentas simples e práticas para a realização desta tarefa. O estado de calibragem de uma sonda pode ser determinado com a ajuda de padrões de referência, que normalmente são lâminas providas de indicação da espessura e da incerteza de medição. Como decorre agora a verificação? Depois de ativar a função «Verificação da calibragem» no menu «Calibragem» são inseridos os valores da espessura e da incerteza de medição do padrão (vide foto 2) e em seguida são efetuadas diversas medições. Pronto! O Verificação da calibragem incerteza Por favor, informe o tipo de incerteza! Tolerância [µm] tolerância relativa [%] U(k=2) [µm] Uncertainty = OK N o . 0 7 Foto 2: Exemplo da indicação de um FMP100 µm Delete durante a verificação da Foto 3: Resultado da KAL OK verificação da calibragem. A verificação da calibragem e um eventual ajuste deverão ser efetuados utilizando a lâmina de calibragem sobre o mesmo material de base, sem camada (características do material e geometria da peça). Desta maneira fatores com influência importante nas medições seguintes são captados e levados em consideração na incerteza, respectivamente minimizados no ajuste. Em caso contrário estes fatores de erro adicionais deveriam ser determinados separadamente. Muitas vezes a incerteza pode ser reduzida aumentando o número de medições, especialmente no caso de materiais de base com superfície muito rugosa. A quantidade de medições efetuadas é anotada automaticamente e levada em conta no cálculo da incerteza. Medições de espessura corretas, com qualidade, não são coisa do diabo, mas podem causar problemas para muitos inspetores. O meio auxiliar apresentado é uma solução praticável e simplifica muito esta tarefa. calibragem. É mostrada a inserção da incerteza Dr. Hans-Peter Vollmar da lâmina. FISCHERSCOPE® «aplicação prática» A série de aparelhos XAN® com uma nova técnica e com uma nova apresentação: FISCHERSCOPE X-RAY XAN® 220 e XAN® 250 do para a análise de metais nobres, contendo as tarefas de medição típicas e uma calibragem de fábrica. A tabela acima (foto 3) mostra o resultado de uma calibragem por meio de 12 padrões. Vê-se o valor efetivo do padrão (jogo Au(%)) e o do Software WinFTM® sem calibragem, ou seja, o valor medido sem padrão (Au(%) Teor.). Reconhece-se que já o valor medido sem padrão coincide muito bem com o valor teórico e por isso a correção pela calibragem é mínima. É garantida assim uma precisão elevada mesmo para ligas não abrangidas pela calibragem. Foto 1: Os diversos, novos, modelos XAN® oferecem amplas possibilidade de medição, desde medições de Ouro até análises mais complexas de metais com muitos elementos. Há 12 anos foi lançada a série de aparelhos FISCHERSCOPE X-RAY XAN®. Os aparelhos de medição desta série foram concebidos como sistemas de análise compactos e potentes e desde então operam com sucesso no mercado. São empregados principalmente como aparelhos de laboratório universais por um lado; pelo outro lado também resolvem tarefas especiais como a análise de metais nobres ou de elementos nocivos. A série que, desde o seu lançamento, sofreu poucas alterações construtivas, foi agora renovada radicalmente e equipada com diversas melhorias técnicas. Desta maneira o FISCHERSCOPE X-RAY XAN® também irá corresponder, no futuro, às crescentes expectativas de nossos clientes. Foto 3: Resultado da calibragem de um XAN® 220 por meio de 12 padrões. Inovações Técnicas Um incremento significativo de seu rendimento se deve ao Detetor de Deriva de Silício (SDD) com maior área ativa, empregado agora nos modelos XAN® 220 e XAN® 250. Assim, pode-se operar agora com uma taxa de contagem que é o dobro daquela existente nos aparelhos XAN® antigos, o que corta pela metade o tempo de medição mantendo a mesma precisão. Naturalmente todas as outras vantagens do SDD foram mantidas, como a boa resolução da energia, a possibilidade de se operar com altas taxas de contagem e a maior sensibilidade para energias baixas. Outras novidades facilitam o trabalho diário com o aparelho. Assim, uma câmera USB para a observação do local da medição está incluida. Deixa de ser utilizado assim o cartão Vídeo para a calculadora. Além disto, todos os modelos estão equipados com um ventilador silencioso, tornando mais agradável o trabalho na sala. O XAN® 250 O XAN® 250, em comparação com o XAN® 220, está equipado com 6 filtros primários intercambiáveis, por meio dos quais a radiação de excitação pode ser otimizada para diversas tarefas de medição. Além disto dispõe-se de 4 diafragmas, de 0,2 a 2,0 mm de diâmetro, selecionáveis por meio de um motor. Desta maneira pode-se analisar áreas de diversos tamanhos nas amostras. Com a ajuda do XAN® 250 é possível resolver diferentes tarefas de medição como a análise de ligas, a determinação do teor de elementos nocivos, a medição de camadas metálicas até a região de nm ou a verificação de elementos com número atômico baixo. É muito recomendado como um aparelho de uso universal em laboratórios. Dr. Bernhard Nensel Foto 2: Medição com os novos aparelhos XAN®. No caso: simplesmente colocar o objeto de Ouro e medir por via não-destrutiva. O XAN® 220 O XAN 220 foi especialmente concebido para a análise de ligas de metais nobres. Possui um diafragma fixo com 1 mm de diâmetro (outros diâmetros são opcionais) e uma ampola de raios-X com microfoco, ânodo de Tungstênio e filtro primário fixo. Cada XAN® 220 é fornecido ajusta- www.helmutfischer.com FISCHERSCOPE® No. 07