Edição no. 168
Transcrição
02 nov-dez/2006 KA G = J I A , Núcleo em www.abas.org No primeiro congresso da ABAS, realizado em Recife no ano de 1980, o maior interesse por parte dos associados eram questões relacionadas com a perfuração de poços tubulares, suas metodologias e seus procedimentos em função das litografias aqüíferas. De lá pra cá muitos temas pertinentes às águas subterrâneas foram discutidos nos congressos em quase todo o Brasil. Hoje, temas freqüentemente em discussão pelo país afora, tais como Gestão de Recursos Hídricos em Bacias Hidrográficas têm incluído, obrigatoriamente, as águas subterrâneas. E as águas subterrâneas passaram a ser, finalmente, consideradas como parte do Ciclo Hidrológico! Tanto é verdade que os Comitês de Bacias Hidrológicas existentes no Brasil, a hidrogeologia tem sua participação através de especialistas indicados pelos núcleos regionais da ABAS. Os trabalhos técnicos selecionados para o congresso, cada um com sua particularidade, representa uma oportunidade ímpar para se conhecer novas técnicas relacionadas com água subterrânea, sendo possível a aplicação em várias regiões do Brasil. Cada trabalho representa uma fonte fundamental a futuros estudos acadêmicos e de aplicação prática para o desenvolvimento da hidrogeologia no País. Um evento de conhecimento, de positivismo e discussões e aplicações práticas. Parabéns ao XIV Cabas. Boa leitura! Navegue pelo site da ABAS e descubra tudo sobre Águas Subterrâneas Cartas “Solicito a gentileza de alterar nosso endereço. Aquamundi Tecnologia em Tratamento de Água S/A. Av. Caetano Silveira, sem número - lote 10 Galpão 1 - Distrito Industrial (Jardim Eldorado) - Cep: 88.133-520. Palhoça (SC)”. Kleber M. Haake [email protected] “Nosso votos e desejos de um ano de Prosperidade em todos os sentidos e muita Paz”. Equipe Ciclo www.ciclobrocas.com.br “Meta a gente busca. Caminho a gente acha. Desafio a gente enfrenta. Vida a gente inventa. Sonho a gente realiza. Boas Festas!”. System Mud Fluidos de Perfuração “Nossos desejos para 2007: Muitas alegrias para compartilhar. Agradecemos o seu apoio. Felicidades”. Projeto Aqüífero Guarani [email protected] Nossa ABAS PRESIDENTE URIEL DUARTE 1º Vice-presidente Lauro Cezar Zanata (Santa Catarina) 2º Vice-presidente José Lázaro Gomes (São Paulo) Secretário Executivo Jeferson Plaza (São Paulo) Secretário Geral Cláudio De Oliveira (Rio Grande do Sul) Tesoureiro Carlos Eduardo Dornelles Vieira (Paraná) Conselho Deliberativo André Monsores (Rio de Janeiro), Apolo Oliva Neto (São Paulo), Benjamim Vasconcelos Neto (Pernambuco), José Roberto de Alcântara Silva (Ceará), Maurício de Sant’ana Barros (Mato Grosso), Paulo Roberto Penalva dos Santos (Bahia) e Reinaldo José Barbosa Lima (Pernambuco). Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo: Renato Della Togna - (78/80) (in memorian) Euclides Cavallari - (81/82) Carlos Eduardo Q. Giampá - (83/84) Aldo da Cunha Rebouças - (85/86 e 93/94) Antônio Tarcisio De Las Casas - (87/88) Arnaldo Correia Ribeiro - (89/90) Marcílio Tavares Nicolau - (91/92) Waldir Duarte da Costa - (95/96) João Carlos Simanke de Souza - (97/98) Itabaraci N. Cavalcante - (99/2000) Ernani Francisco da Rosa Filho (2001/2002) Joel Felipe Soares (2003/2004) Conselho Fiscal Célia Regina T. Barros (Mato Grosso), Eduardo C. Hindi (Paraná), José Roberto Santiago (São Paulo), Leila Nunes Menegasse Velasquez (Minas Gerais), Renato Blat Migliorini (Mato Grosso) e Valério Miguel Grando (Amazonas). ABAS - SEDE: Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 317 - Cj. 53 Cep: 01317-901 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3104-6412 Fax: (11) 3104-3406 e-mail: [email protected] NÚCLEOS REGIONAIS: NÚCLEO AMAZONAS Presidente: CARLOS AUGUSTO DE AZEVEDO Av.General Rodrigo Otávio, 5211 - Bairro Japim Cep: 69077-000 - Manaus / Amazonas Fone: (92) 2123-0800 ou 9902-4774 E-mail: [email protected] NÚCLEO BAHIA Presidente: GODOFREDO CORREIA LIMA JÚNIOR Rua Boulevard Saback, 1 - Apto. 302 - Morro Ipiranga 40155-410 – Salvador – BA Fone: (71) 3115-8144 / 8108 E-mail: [email protected] ; [email protected] E-mail ABAS Sede: [email protected] Av.Brigadeiro Luiz Antonio, 317, Cj.53 Cep: 01317-901 - São Paulo/SP - Fone: (11) 3104-6412 NÚCLEO CEARÁ Presidente: FRANCISCO SAID GONÇALVES Av. Viana Weine, 100 - Cidade dos Funcionarios 60822-180 Fortaleza/CE Fone: (85) 271 1171 E-mail: [email protected] “O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) está promovendo a Exposição Permanente de Produtos da Instituição. No salão nobre do escritório do Rio de Janeiro, na Urca”. Asscom - [email protected] Expediente Conselho Editorial: Uriel Duarte Carlos Eduardo Giampá Jornalista Responsável: Wagner Sanches - MTB nº 29059 Diagramação: Eliane F. Deliberali Departamento Comercial: Valderez Camargo Colaboração: Aldo da Cunha Rebouças Euclydes Cavallari Everton de Oliveira Ricardo Hirata Bernivaldo Carneiro Carlos Eduardo Giampá ABAS informa é uma publicação mensal da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas Tiragem: 5.000 exemplares. [email protected] [email protected] Tel/Fax: (19) 3478-4189 e 3478-4467 As matérias e opiniões aqui publicadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores NÚCLEO CENTRO-OESTE Presidente: RENATO BLAT MIGLIORINI UFMT - Dep.Geologia Geral - Av. Fernando Correia da Costa, s/n 78060-900 - Cuiabá - MT Fone: 65 615 8754 com / 615 8932 secretaria Fax: 65 615 8701 - E-mail: [email protected] NÚCLEO MINAS GERAIS Presidente: ANTONIO TARCÍSIO DE LAS CASAS Rua Mar de Espanha, 453 - 2º andar Sto.Antonio 30330-220 - Belo Horizonte - MG Fone: 31 3250 1632 / 3238 1884 / Fax: 31 3250 1632 E-mail: [email protected] NÚCLEO PARÁ Presidente: MANFREDO XIMENES PONTE Trav. Barão doTriunfo, 2989 - Apto. 103 - Bairro do Marco 66000-050 – Belém – PA Fone: 91 226 7897 (res) / 267 2143 com Fax: 91 267 2143 E-mail: [email protected] NÚCLEO PARANÁ Presidente: EVERTON LUIZ COSTA SOUZA Rua Santo Antonio, 239 – Rebouças 80230-120 – Curitiba – PR Fone: 41 213 4786 / 9956 3937 Fax: 41 213 4795 E-mail: [email protected]; [email protected] NÚCLEO PERNAMBUCO Presidente: WILTON VIANA BARBOSA JUNIOR Estrada do Arraial, 3824 - Casa Amarela 52070-000 – Recife – PE Fone: 81 3269 0161(ABAS) / 9975 8520 Fax: 81 3442 9712 E-mail: [email protected] NÚCLEO RIO DE JANEIRO Presidente: ANDRÉ LUIZ MUSSEL MONSORES Av. República do Chile, 65 - 21° andar - sala 2101 20031-912 - Rio de Janeiro/RJ Fone: 21 3224-5964 com / 24 2242 2208 res Fax: 21 2275 9344 E-mail: [email protected] NÚCLEO SANTA CATARINA Presidente: LUIS FRANCISCO DE ANDRADE PACHECO Rua Artur Mariano, 1753 – Forquilhas 88106-501 - São José – SC Fone: 48 247 7710 com / Fax: 48 247 7710 E-mail: [email protected] NÚCLEO SUL Presidente: MÁRIO WREGE Rua Berto Cirio,1079 92420-030 - Canoas/RS E-mail: [email protected]; [email protected] nov-dez/2006 03 Votação Natal sediará o XV Cabas em 2008 A convenção nacional da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas foi realizada durante do XIV Cabas. Participantes, candidatos, diretoria e representantes de núcleos tiveram presença marcante. O auditório ficou lotado. O presidente Uriel Duarte abriu a reunião com a votação para escolha do local onde será promovido o próximo Congresso Nacional de Águas Subterrâneas. São Luiz do Maranhão e Natal estavam na disputa. Como São Luiz do Maranhã passou a vez para Natal, a capital do Rio Grande do Norte sediará o evento em 2008. “É um estado belíssimo, mas vazio quando se trata de informações sobre recursos hídricos subterrâneos”, afirmou Helena Magalhães Porto Lira, presidente do Núcleo Pernambuco. O aqüífero Parreira, o maior do estado, abastece praticamente a população com água subterrânea. Com a grande ocupação dos centros urbanos aumenta o risco de contaminação dos recursos hídricos subterrâneos. “É problema atual e futuro a se resolver. A discussão de trabalhos e tecnologias vai trazer uma imensa contribuição para o nosso estado”, disse Josemar Azevedo, secretário estadual de recursos hídricos. Azevedo garantiu ainda o apoio do Governo do Estado, Ministérios Públicos e órgãos institucionais na viabilização do evento. Prêmio jovem pesquisador – Aproveitando a participação coletiva, João Carlos Simanke de Souza sugeriu que o Prêmio Jovem Pesquisador, a partir de agora, seja denominado Prêmio Aldo da Cunha Rebouças, em homenagem a uma das figuras mais importantes no Brasil em divulgação das águas subterrâneas. A proposta recebeu a aclamação de todos. Eleições – Em seguida ocorreu a votação para a escolha dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da chapa ´Águas Subterrâneas Para o Desenvolvimento´, para o biênio 2007/2008. A comissão eleitoral formada por Joel Felipe Soares, João Carlos Simanke de Souza e Carlos Eduardo Dorneles computou 125 votos válidos e 36 votos anulados. No total, 161 associados em dia com a anuidade par- ticiparam do processo de votação. A composição da nova diretoria ficou da seguinte maneira: Presidente: Everton de Oliveira 1º Vice-presidente – Everton Luiz da Costa Souza 2º Vice-presidente – Dorothy Carmem Pinatti Casarini Secretário Geral – Benjamin Gomes Vasconcelos Neto Secretário Executivo – Cláudio Pereira Oliveira Tesoureiro – Eduardo Hindi Chames No Conselho Deliberativo Lauro César Zanata foi o mais votado com um total de 83 votos. Em segundo lugar ficou Leila Nunes Menegasse Velásquez, com 81 votos. Entre a disputa do Conselho Fiscal, Suely Pacheco Mestrinho foi a favorita com 75 votos e Célia Regina Tasques Barros ficou com a segunda colocação com 73 votos. Confira quais foram os candidatos e suas respectivas votações: Conselho Deliberativo Lauro César Zanata – 83 votos Leila Nunes Menegasse Velásquez – 81 votos Vera Lúcia Castro – 77 votos Chang Hung Kiang – 76 votos Francis Priscilla Vargas hager – 70 votos André Luiz Mussel Monsores – 68 votos Marco Aurélio Zequin Pede – 59 votos Conselho Fiscal Suely Pacheco Mestrinho – 75 votos Célia Regina Tasques Barros – 73 votos Eurípedes do Amaral Vargas Jr – 43 votos Os suplentes foram Godofredo Correia de Lima Junior com 38 votos, José Luiz Gomes Zoby com 32 votos e Gibrail Dib com 27 votos. Associados durante a votação da nova diretoria para o biênio 2007/2008 04 nov-dez/2006 Núcleos Minas Gerais Fim de gestão: saldo positivo e divulgação das águas subterrâneas Antônio Tarcísio de Las Casas encerrou as atividades da gestão da ABAS MG no biênio de 2005 / 2006 com uma grande festa de final de ano, no dia 14 de dezembro. O evento foi uma homenagem aos associados e colaboradores que tanto ajudaram e apoiaram este período. Durante o evento também ocorreu a cerimônia de posse da nova diretoria para o biênio de 2007 / 2008. Em sua incansável luta na promoção e divulgação do conhecimento sobre os recursos hídricos, especialmente os subterrâneos, o núcleo mineiro realizou os seguintes eventos no biênio: ♦ Abril de 2005 (de 25 a 28) - Curso “A Qualidade das Águas Subterrâneas e Sua Proteção”, ministrado por Suely Mestrinho, contanto com a participação de 56 inscritos. ♦ Abril de 2005 (dia 29) – Workshop “Tra- tamentos Químicos de Poços Profundos Combate e Prevenção a Ferro Bactérias”, contanto com a participação de 100 inscritos. ♦ Julho de 2005 (de 04 a 07) - Curso “A Qualidade das Águas Subterrâneas e Sua Proteção”, ministrado por Suely Mestrinho. Solicitação de alguns associados que não participaram do evento anterior. Contou com a participação de 30 inscritos. ♦ Entre os meses de julho a dezembro foram realizados vários cursos de Aperfeiçoamento Profissional “Procedimento Para Obtenção de Outorga de Direito de Uso da Água”, através do Convênio IGAM / ABAS MG e ABES Seção MG. Abaixo segue a relação de locais e períodos dos cursos: ♦ Março de 2006 (de 22 a 23) - Curso “Perfilagem Geofísica de Poço Aplicada a Hidrogeologia”, ministrado por Geraldo Girão Nery, contanto com a participação de 20 inscritos. ♦ Abril de 2006 (de 23 a 26) - Realizado o “Iº Simpósio Latino Americano de Monitoramento de Águas subterrâneas” com a participação de 200 inscritos vindos de todo o Brasil e também de alguns países da América Latina. ♦ Maio de 2006 (de 16 a 19) - Curso “Modelagem Matemática de Fluxo e Transporte em Águas Subterrâneas”, ministrado por Nilson Guiguer e Celso de Oliveira Loureiro. O evento contou com 26 inscritos de todo o Brasil e também de alguns países da América Latina. Ceará ♦ Setembro de 2006 (de 27 a 29) - Seminário “Novas Tecnologias Para Poços Tubulares” contato com a participação de 100 inscritos vindos de todo o Brasil e também de alguns países da América Latina. ♦ Além da distribuição gratuita de duas cartilhas: “As Aventuras de Léo e Bia Pelas Águas Subterrâneas”, e “Águas Subterrâneas um Valioso Recurso que Requer Proteção”. Antonio Tarcísio de Las Casas Presidente ABAS-MG e-mail: [email protected] Fone: (31) 3238-1884 Fax: (31) 3250-1632 Câmara Técnica cria grupo de informação hidrogeológica Acaba de ser criado pela Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CTAS), da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), o Grupo de Trabalho de Informações Hidrogeológicas. Este Grupo tem como objetivo propor ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), órgão ligado ao Governo do Estado, a criação de um banco de dados capaz de vir a ser o centro técnico de consultas para especialistas, pesquisadores, estudantes e a qualquer interessado nas informações sobre água subterrânea em território cearense. O resgate dessas informações se dará junto às universidades federais e estaduais, inclusive particulares, que deverão também ser enriquecidas pelo novo levantamento das informações. O secretário executivo da CTAS, Carlos Eduardo Sobreira Leite, informou que o Grupo de Trabalho, composto por 12 entidades universitárias e órgãos públicos federais, estaduais e representações de níveis superiores locais e nacionais, realizou no auditório da SRH, sua primeira reunião de definição de tarefas. Inicialmente, o GT tratará de diagnosticar a situação atual da hidrogeologia cearense e quais as instituições e órgãos detentores dessas informações. O grupo é composto pelos representantes ... o GT tratará de diagnosticar a situação atual da hidrogeologia cearense e quais as instituições e órgãos detentores dessas informações... da SRH e suas vinculadas Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), além do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Ceará (Crea-CE), Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), Associação Brasileira das Indústrias de Água Purificada (Abinap), CPRM - Serviços Geológicos do Brasil, Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos do Ceará (Funceme), Companhia de Água e Esgotos do Ceará (Cagece), Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Célula de Vigilância Sanitária (Cevisa) da Prefeitura de Fortaleza, Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) e Comitê da Bacia Hidrográfica da Região Metropolitana. O Conerh é o colegiado competente para propor ao Governador do Estado, mediante solicitação da SRH, por meio de exposição de motivos, o projeto de organização de informação hidrogeológica no Estado, inclusive definindo os recursos financeiros, técnicos e de pessoal, além de conceder autorização para assinatura de convênios e a natural manutenção do citado centro de informações... A divulgação e coordenação do grupo é da ABAS Ceará. Francisco Said Gonçalves Presidente Abas-CE [email protected] Fone: (85) 9983-5183 cel nov-dez/2006 Homenagem 05 Aldo é grande homenageado no simpósio ABRH Navegue pela web e descubra as principais novidades das águas subterrâneas, confira!!! www.abas.org [email protected] Pernambuco sediou de 17 a 20 de outubro o VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. O evento promovido pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) e as universidades Federal e Rural foi realizado na cidade de Gravatá. O tema central, “Segurança Hídrica e uso eficiente da água”, buscou assegurar a discussão de questões críticas de gestão e o cenário de escassez hídrica, na região. O evento da ABRH regional se pautou pela lógica de interiorização, bem como de integração entre associações que lidam com os recursos hídricos, dentre elas a ABAS e a SBEA. Destaque para a mesa redonda “Vulnerabilidade e Proteção das Águas Subterrâneas em Áreas Urbanas e Semi-Áridas” que reuniu técnicos e pesquisadores da ABAS como: Suzana Motenegro, Suely Mestrinho, Ricardo Hirata, Waldir Duarte e Aldo da Cunha Rebouças. Inclusive o professor Aldo foi o grande homenageado do evento. O evento da ABRH, em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, seguiu uma lógica de interiorização presente no Estado de Pernambuco, materializada na expansão das fron- teiras dos serviços e de infra-estrutura, como também na fronteira do conhecimento. Escolas de níveis fundamental e médio, com seus alunos e professores tiveram uma integração com participantes dos diversos segmentos, transformando teoria em prática, dentro de uma tendência cada vez mais premente em nosso meio: a extensão tecnológica. “Buscamos com o evento, maior interação e integração entre associações que lidam com os recursos hídricos, procurando, como diz o professor Aldo Rebouças: “Transformar Dificuldades em Oportunidades”, disse Abelardo Montenegro, presidente da regional pernambucana. O temário do evento foi de grande importância para o Estado, para o Nordeste, bem como para todo o território nacional. Entre os participantes, professores, pesquisadores, técnicos e estudantes marcaram presença. Cerca de 14 anos atrás, Pernambuco sediou o I Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, inaugurando a era dos simpósios regionais da ABRH. Mais de 200 trabalhos de todo Brasil foram apresentados debatendo diversas atividades do segmento. 06 nov-dez/2006 [email protected] Carlos Eduardo Quaglia Giampá, géologo, conselheiro fundador e vitalício da ABAS, diretor da DH Perfuração NACIONAIS FIRJAN entra com mandado contra decreto que proíbe o uso de água de poços O Sistema FIRJAN impetrou mandado de segurança em nome de seus 8.100 associados com pedido de liminar para suspender os efeitos do decreto do Governo do estado nº 40.156 de 17 de outubro de 2006, que regulamenta o uso da água de poços e proíbe a utilização para consumo humano ou higiene quando houver abastecimento da Cedae. Além da medida judicial, a FIRJAN vai tomar medidas administrativas, mostrando ao governador eleito, Sérgio Cabral Filho, que o decreto aumenta o custo de investimento no Rio de Janeiro, cria um monopólio da Cedae e prejudica a competitividade. O gerente empresarial da Diretoria Jurídica da FIRJAN, Gustavo Kelly Alencar, explica que há uma afronta à legalidade, já que a matéria teria que ser regida por uma lei. “Os decretos não podem criar obrigações nem direitos”, afirma. Outro argumento é o de que a vedação de mistura de água captada com a das concessionárias é prevista desde 1975, mas foi feita também por decreto, caindo portanto no mesmo problema. As limitações de destinação que o Governo impõe no decreto estão liberadas por uma regulamentação federal, na portaria 518/04 do Ministério da Saúde, que prevê o uso no consumo, higiene e comercialização desde que comprovada a qualidade, e atribui a fiscalização ao município. Essa portaria foi corroborada em março por uma nota técnica da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), a mesma entidade encarregada agora de fiscalizar o cumprimento do novo decreto. A chefe da Assessoria de Infra-estrutura e Novos Investimentos, Marta Franco, ressaltou que o decreto 40.156 pode impactar negativamente as decisões da indústria no estado. A previsão de entrada de investimentos de setores que utilizam água na produção no período 2006-2008, segundo pesquisa da FIRJAN, é de R$ 19,2 bilhões. Deste total, as indústrias que fazem uso intenso da água, como as de alimentos, papel, minerais metálicos e siderúrgicas, são responsáveis por R$ 16 bilhões. “O decreto cria um custo maior no uso da água pela indústria, já que o metro cúbico da água captada de poços e tratada custa R$ 0,95, enquanto a oferecida pela Cedae custa R$ 3,05. Isso pode afastar investimentos”, diz Marta. Ela ressalta que a exceção prevista no decreto, que determina que a Serla pode conceder a licença de uso das águas subterrâneas se julgar adequado o tratamento, é imprecisa e cria uma insegurança jurídica. Informações do Ministério da Fazenda e do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) dão conta de que a Cedae tem um dos índices de desperdício mais altos do país, com perda de 54% da água que sai das estações de tratamento, e também de inadimplência, recebendo apenas R$ 30 de cada R$ 100 em água fornecida. A minuta do mandado de segurança da FIRJAN ficará disponível no site para outros interessados em contestar o decreto. Será encaminhada também a associações de condomínios e clubes que forem atingidos pela nova regulamentação. Fonte: (Envolverde/Firjan) SUBTERRÂNEAS Copasa entra pesado no negócio de água mineral BELO HORIZONTE – Novembro 2.006 - A Copasa, empresa estatal de saneamento do Esta- do de Minas Gerais, entra em novo negócio: a exploração das águas naturalmente gasosas das estâncias hidrominerais de Cambuquira, Lambari, Caxambu e Araxá. A intenção da Copasa é produzir, dentro de quatro anos, 150 milhões de litros por ano, o que fará da empresa a terceira maior envasadora do País. Famosas por sua qualidade e propriedades terapêuticas, as águas das estâncias hidrominerais de Cambuquira, Lambari, Caxambu e Araxá, todas situadas em Minas Gerais, terão uma nova administradora, a Copasa. A empresa estatal de saneamento mineiro ganhou licitação promovida pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e irá assumir as estâncias, ficando responsável pela exploração, envasamento e comercialização. Mas a estatal ainda depende da aprovação de uma lei na Assembléia Legislativa para autorizar a criação da subsidiária Copasa Águas Minerais de Minas, empresa pública que poderá explorar as águas. Segundo Eugênio Álvares de Lima e Silva, coordenador de projetos estratégicos da Copasa, a lei deverá ser aprovada ainda este mês. Ele acredita que até janeiro a estatal estará apta para trabalhar neste segmento de mercado: ‘Já acertamos um pré-contrato com a Codemig e precisamos fazer pequenos ajustes na planta.‘ O interesse da Copasa em obter a concessão das águas começou desde o lançamento do primeiro edital de licitação, no ano passado - antes, as quatro plantas eram exploradas pelo grupo Supergasbrás. A estatal chegou a comprar o edital, embora não pudesse entrar na concorrência. Cer- K ca nov-dez/2006 de 80 empresas manifestaram interesse inicial, mas nenhuma proposta foi feita com a alegação de que os royalties eram muito altos. ‘As empresas alegaram que não era rentável‘, explica Eugênio Silva. Ele observa que a estatal mineira terá em mãos algumas das melhores águas do mundo, com a vantagem de serem naturalmente gasosas. Por isso, após uma pesquisa de mercado ficou decidido que as marcas serão mantidas, depois de passarem por um up grade. ‘Devido à sua alta qualidade, iremos tratá-las como Premium: águas com um teor mineral mais alto e valor agregado maior.‘ A intenção da Copasa é produzir, dentro de quatro anos, 150 milhões de litros por ano, o que fará da empresa a terceira maior envasadora do País. A companhia pretende chegar a este número crescendo gradativamente, começando, já em 2007, com 40 a 50 milhões de litros. Sobre a logística, a empresa pretende terceirizar a distribuição somente num primeiro momento. ‘Em Minas Gerais, não existe ninguém com uma infra-estrutura para esse tipo de trabalho como a Copasa‘, diz Eugênio Silva. Ele destaca a experiência da Copasa em assuntos relacionados à água e não vê esta aquisição como uma espécie de estatização das águas. ‘Vejo como uma outra empresa séria, que aproveitou uma oportunidade de negócio‘, comenta, admitindo também a possibilidade de exportação. Segundo o prefeito de Caxambu, Isaac Rozental, nenhuma empresa privada se interessou em vencer a licitação, pelas fortes restrições ambientais para o envasamento impostas no edital. Será permitido apenas o uso da vasão natural das águas. ‘Por isso, acredito que algumas multinacionais tenham desistido. Elas queriam explorar ao máximo para obter um alto lucro em curto espaço de tempo‘. conta. O prefeito alerta que uma exploração mais agressiva poderia, em um futuro próximo, secar as fontes. ‘Não podemos ir contra a natureza‘. Rozental lembra que a Copasa tem responsabilidades ambientais e que já trabalha com água, devendo contribuir para o desenvolvimento do turismo, com geração de empregos e de renda na região. A aquisição dos direitos de exploração das estâncias faz parte de uma 07 estratégia do governo mineiro, que vai além do envasamento das águas. Fonte: Agência Gazeta Mercantil (SP) UTILIDADE PÚBLICA A água nossa de cada dia Quando tomamos um simples copo d’água, devemos nos lembrar que o precioso líquido que estamos ingerindo existe desde o início dos tempos, foi reciclado pela Natureza por alguns milhões de vezes. Essa mesma água pode ter sido usada para apagar o incêndio ateado em Roma por Nero, ou banhado a rainha Cleópatra no Egito, pode mesmo, quem sabe, ter banhado Jesus em seu batismo no Rio Jordão. Lembramos fatos como esses para recordar que a Natureza não cria, nem fabrica a água, ela recicla, reutiliza o precioso líquido. Por que, por exemplo, nós humanos não imitamos a Natureza, não criamos uma rotina de reaproveitamento das águas servidas para usos menos nobres, tais como, irrigar jardins, dar descargas em vasos sanitários, lavar carros, etc? Se assim procedêssemos, estaríamos aliviando a “sangria” das nossas já tão escassas reservas hídricas. A Natureza está doente, suas veias, por onde passa o tão precioso líquido, os rios e lagos, estão secando e se não reagirmos rapidamente, a médio e longo prazo estaremos vivendo num deserto, pois sem água não há vegetação. Primeiramente, teremos a escassez de energia elétrica, sentida imediatamente. Depois a falta d’água em nossos lares e a seguir a escassez de alimentos. A fome, já tão conhecida de boa parcela da humanidade, virá a seguir. Precisamos perenizar nossos rios, as artérias de nosso país, abastecendo-os com água limpa, livre de metais pesados e de resíduos pestilentos. Como executar essa gigantesca tarefa? Combatendo severamente o desperdício. Eliminando a poluição ambiental, os lixões, as usinas de compostagem e os aterros sanitários. Não atirando na atmosfera gases tóxicos que são arrastados pelas chuvas para os mares, rios e lagos. Recuperando nossas florestas, começando pelas matas ciliares, ao longo dos rios e lagos. Estas Recordar é Viver Figueira da Glete - V Encontro Anual - Ilha Bela/SP - 23 a 26/11/06 Realizado Encontro do Grupo Figueira da Glete Geólogos formados na USP das Turmas 0 (1.959) e 13 (1.972) com presença de mais de 60 profissionais, inclusive dos professores Fernando de Almeida; Umberto Cordani e Evaristo Ribeiro F. inibem o assoreamento, além de funcionarem como armazenadoras de água, fixando-a ao solo, evitam as enchentes, minimizam a evaporação e mantém as raízes vegetais úmidas. Uma árvore de porte médio, mantém em retenção até dez litros d’água, funcionando como “reservatório emergencial”, equilibrando e mantendo um ambiente agradável no entorno da mesma. Se assim não procedermos, teremos nossos recursos hídricos cada vez mais escassos e a desertificação será irreversível. A ausência da vegetação permite que o solo seja “lavado” pelas águas pluviais, retirando os seus nutrientes naturais e sem eles não haverá vida vegetal e sem o vegetal não há fixação da água e sem água não há vida. Esse é o momento. Se não salvarmos nossos recursos hídricos, além da falta da energia elétrica, além dos apagões, teremos a falta d‘água, a falta de alimentos e como consequência a miséria, as doenças e a morte. Fonte: Ambiente Brasil – Antonil Germano Gomes Pinto – [email protected] VOCÊ SABIA ? Água doce invade o Oceano Ártico Peixes acostumados com a água salgada do Ártico, talvez tenham que procurar um novo lar. Como resultado do aquecimento global, o Oceano Ártico tem recebido menos água salgada ao longo dos últimos 50 anos, e parece que esta é a tendência daqui para frente. Isto acontece devido ao aumento na precipitação sobre o Ártico, e derretimento mais rápido do gelo na região. Bruce Peterson, do Laboratório de Biologia Marinha de Woods Hole, Massachusetts, e alguns colegas reuniram décadas de dados meteorológicos, fluviais e glaciais da região Ártica, e os utilizaram para calcular o aumento do input de água doce no oceano. Eles calcularam que o aumento da precipitação e do fluxo fluvial entre 1965 e 1995, liberarou 20.000 Km cúbicos extra de água doce no oceano (o equivalente ao escoamento do Rio Mississippi por 40 anos). O derretimento de gelo contribuiu com mais 15.000 km3, e as geleiras com 2.000 km3. Este número coincide com a redução da salinidade do Oceano Ártico ao longo do mesmo período. “Nossos resultados demonstram que houve uma redistribuição da água doce, a qual provavelmente é relacionada com o aquecimento global,” diz Peterson. Mudanças nos padrões da pressão atmosférica sobre o Atlântico Norte, conhecidas como ‘Oscilação do Atlântico Norte’, parecem ter acelerado a transferência de umidade de baixas para altas latitudes. Os modelos climáticos indicam que o efeito irá intensificar, aumentando a preocupação sobre o fluxo de águas profundas através do Atlântico Norte (que acontece por causa da submersão de águas salgadas e densas em altas latitudes). Interromper esta corrente poderia causar uma redução das temperaturas no norte da Europa. Retirado da edição 2567 da revista New Scientist , 05 Setembro de 2006, página 14 Com informações de New Scientist. Fonte: Fernando B. Muller – Carbono Brasil 08 nov-dez/2006 Encontro A água subterrânea é um bem público Centenas de pessoas que participaram da abertura do XIV CABAS vibraram com o compromisso de José Machado, diretor da ANA: A partir de agora estaremos presentes de corpo e alma na vida ABAS!. Novembro foi um mês especial para a ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas que divulgou novas tecnologias e discutiu uso e preservação de águas subterrâneas e suas oportunidades de negócios no XIV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas. A solenidade de abertura contou com uma imensa platéia. Centenas de pessoas estavam presentes. Diversas autoridades das esferas federais, estaduais e municipais marcaram presença. A mesa foi composta por Uriel Duarte, presidente da ABAS, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Allan Jones dos Santos, que na ocasião representou o Governador Roberto Requião; João Bosco Senra, secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente; José Machado, diretor da Agência Nacional de Água (ANA); Ernani Francisco da Rosa Filho, presidente do XIV Cabas; Darcy Deitos, da Sudersha; Heitor Wallace de Melo e Silva, da Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná; José Almir Cirilo (CT Hidro); Mário Sérgio Razera, secretário municipal de Meio Ambiente; Eduardo Salamuni; e Everton Luiz da Costa Souza, presidente do Núcleo Paraná. A cerimônia teve início com o hino nacional executado de forma brilhante. Em seguida ocorreu as boasvindas do anfitrião Everton Luiz da Costa Souza, que deixou a platéia bastante emocionada. Ao falar dos saudosos amigos Riad Salamuni e Álvaro Amoretti Lisboa não conseguiu conter as lágrimas. A importância das gestões municipais foi o fio condutor do discurso de Mário Sérgio Razera, secretário municipal de Meio Ambiente de Curitiba. “O Ministério da Ciência e Tecnologia tem buscado promover o desenvolvimento de formação de gestores municipais, doutores e mestres. Portanto vamos levar os três melhores trabalhos desse congresso numa participação mundial”, explicou José Almir Cirilo, da CT Hidro. A busca do equilíbrio ecológico e o bemestar da população fizeram parte daa palavras de Heitor Wallace de Melo e Silva, da Sanepar. Para Darcy Deitos, da Sudersha, é muito importante discutir a água subterrânea, a grande riqueza do solo brasileiro. “É uma grande satisfação o Paraná sediar esse evento!”. João Bosco Senra: Os congressos da ABAS prestam um grande serviço de mostrar às claras a água oculta. Agora nosso grande desafio é a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos Gerenciamento – Em seis anos de existência, a ANA – Agência Nacional de Águas não pode pensar no gerenciamento das águas superficiais sem as águas subterrâneas, pelo menos essa é a proposta de José Machado, diretor da ANA, que trabalha no sistema de informações dos recursos hídricos, inclusive os subterrâneos. “Queremos, a partir do congresso firmar e estreitar relações técnicas, políticas e profissionais. Não queremos marcar presença simbólica e, para mim, é um constrangimento a ANA não ter apoiado esse importante evento. A partir de agora estaremos presentes de corpo e alma na vida ABAS”, garantiu, entre muitos aplausos, José Machado, diretor da ANA. A água subterrânea marcou a infância de João Bosco Senra, secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. A família de 12 irmãos tirava a água de um poço para matar a sede. “Os congressos da ABAS prestam um grande serviço de mostrar às claras a água oculta. Agora nosso grande desafio é a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos”, disse. Ainda fizeram uso das palavras Ernani Franscisco da Rocha Filho, presidente do XIV Cabas, Uriel Duarte, presidente da ABAS e Allan Jones dos Santos, secretário estadual de Recursos Hídricos. “O Governo reconhece a água como um bem público”, afirmou Santos. Após a palavra dos membros da mesa ocorreu o lançamento do livro “Águas Subterrâneas e Poços Tubulares Profundos”, de autoria de Valter Galdiano Gonçales e Carlos Eduardo Quaglia Giampá. Em seguida, inauguração da Fenágua – Feira Nacional da água e coquetel regado a muito espumante. A noite foi animada por um mix musical e confraternização dos participantes. O evento realizado de 7 a 10 de novembro no CIETEP (Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores do Paraná), discutiu questões ligadas ao uso e preservação de águas no subsolo e apresentou novidades em termos de equipamentos e materiais utilizados na extração de água subterrânea. K nov-dez/2006 09 Palavras do núcleo paranaense “Nas pessoas de João Bosco Senra, secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente e Allan Jones dos Santos, Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos saúdo a todas as autoridades integrantes desta mesa de abertura do XIV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas. Gostaria de externar a alegria por este momento, resultado do esforço combinado da equipe de organização, dos associados e amigos da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, dos patrocinadores, dos apoiadores institucionais e dos expositores da Feira Nacional da Água, a Fenágua. A todos eles, agradeço em nome do Núcleo Paraná da ABAS. Gostaria também de expressar as boas vindas aos congressistas que vieram de todas as partes do Brasil e do exterior, desejando um período de profícuo aproveitamento da densa programação prevista no Congresso. Densidade essa proporcionada, certamente, pela qualidade dos nossos conferencistas, palestrantes e autores dos trabalhos técnicos. Três conferências, 22 mesas redondas, 7 palestras debate, 121 trabalhos técnicos divididos em 15 sessões técnicas, 30 trabalhos técnicos sob a forma de painéis. A Fenágua conta com 70 estandes divididos entre consultores, perfuradores de poços, instituições acadêmicas, estatais, fornecedores de equipamentos e produtos. Um congresso deve cumprir a missão de informar, unir, congregar pessoas e conhecimentos, para renovarmos nossas ações técnicas, para planejarmos um futuro melhor para os recursos hídricos, em especial para as águas subterrâneas. Nesse aspecto, vivemos um momento especial com a elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos, o PNRH, que representa um marco de sua gestão no Brasil. Trata-se do resultado de um processo de construção que durou cerca de dois anos, com intensa participação dos diversos segmentos representados pelos poderes públicos, pelos usuários e pela sociedade civil organizada. Neste particular, a Associação de Águas Subterrâneas tem cumprido importante papel, seja no atual desenvolvimento do Plano Estadual de Recursos Hídricos aqui no Estado do Paraná, bem como nos ambientes colegiados previstos – Conselhos Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, e em suas respectivas Câmaras Técnicas além dos Comitês de Bacias Hidro- A mesa foi composta por Uriel Duarte, presidente da ABAS, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Allan Jones dos Santos, que na ocasião representou o Governador Roberto Requião; João Bosco Senra, secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente; José Machado, diretor da Agência Nacional de Água (ANA); Ernani Francisco da Rosa Filho, presidente do XIV Cabas; Darcy Deitos, da Sudersha; Heitor Wallace de Melo e Silva, da Sanepar Companhia de Saneamento do Paraná; José Almir Cirilo (CT Hidro); Mário Sérgio Razera, secretário municipal de Meio Ambiente; Eduardo Salamuni; e Everton Luiz da Costa Souza, presidente do Núcleo Paraná. gráficas. Considerando que os referidos planos deverão orientar as Políticas e Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil e no Estado do Paraná, a inserção das águas subterrâneas como parte significativa dos usos atuais e futuros no Paraná e no Brasil, reveste-se de grande importância dada à potencialidade e qualidade deste recurso natural. A contribuição do Congresso da ABAS será para o entendimento dos diferentes aqüíferos, das diferentes formas de ocorrência e das variações de qualidade das águas subterrâneas, sejam elas naturais ou aquelas provocadas por ações antrópicas para que, dentro da fundamentação do processo participativo da gestão dos recursos hídricos, possam ser tomadas decisões adequadas nos aspectos ambiental, social e econômico: o tripé da sustentabilidade. Nós brasileiros, diante de nossas potencialidades, não podemos abrir mão do uso sustentavelmente crescente das águas subterrâneas, sob pena de estarmos desprezando esse importante manancial, que pode traduzir-se em qualidade de vida e diferencial na produção, seja ela industrial ou agrícola. Atualmente podemos considerar tímida a participação das águas subterrâneas nos processos produtivos e no abastecimento das populações, bem como tímidas, mas crescentes, têm sido as medidas de proteção ambiental. A discussão e o desenvolvimento das Políticas Estadual e Nacional de Recursos Hídricos é o instrumento adequado para a modificação gradual e segura deste quadro. E finalmente, gostaria de aqui render mais uma homenagem a dois grandes hidrogeólogos brasileiros: Riad Salamuni e Álvaro Amoretti Lisboa, que certamente estariam exultantes com a realização deste XIV Congresso da ABAS aqui, no Paraná. Para os que os conheceram profissionalmente, exemplos de sabedoria, para quem os conheceram pessoalmente, exemplos de humildade, dignidade e amizade. Neste evento maior da comunidade hidrogeológica brasileira, Salamuni e Lisboa não poderiam ser esquecidos pelo que representam na história das águas subterrâneas do Paraná e do Brasil e, certamente estão, de alguma forma, aqui presentes. Muito Obrigado!”. K 10 nov-dez/2006 Encontro Fenágua deverá ser bianual Novos produtos, inovações tecnológicas e muitas mudanças na estruturação da Feira de Produtos e Serviços nos próximos eventos nacionais... Água subterrânea para a sociedade - saúde, irrigação e desenvolvimento econômico. O tema do Cabas 2006 não trouxe apenas grandes discussões, participações profissionais e visitação do público em geral. O evento trouxe a renovação da feira paralela de produtos e serviços que ocorre concomitantemente às palestras e mesas redondas. A Fenágua, Feira Nacional da Água, trouxe novidades nos estandes. De materiais para construção de poços, equipamentos para bombeamento, máquinas de perfuração, softwares para simulação de contaminação de água no subsolo, equipamentos de prospecção geofísica e tudo que se refere a tecnologia de perfuração e ambiental. Diversas instituições governamentais que atuam na área de recursos hídricos também puderam mostrar suas ações e projetos relacionados à área. Mesmo com os ótimos resultados do evento, empresários do setor pediram mudanças na estrutura dos eventos da ABAS. A proposta da comissão formada por empresas ligadas às águas subterrâneas é que a Fenágua passe a ser bianual. “Com evento anual o desgaste é grande sem falar no alto custo de investimento nos espaços. A participação a cada dois anos vai tornar a feira mais proveitosa tanto cientificamente quanto pela participação do público”, justificou Ubiraci Pires Correa, diretor da Prominas e porta-voz da comissão de empresas das águas subterrâneas. O ABAS informa conversou com os expositores e traz dados de novas tecnologias do mercado e um balanço dos participantes. Confira: “Nossa participação foi muito boa. Como sempre tivemos muitas visitas e a oportunidade de transmitir para nossos clientes o conhecimento adquirido desde o ultimo evento. Apresentamos um trabalho relacionado com os problemas associados à cloração de água para atendimento da Portaria 518, e expomos nossos resultados do NO RUST “D” que pode ser usado isoladamente ou em conjunto com o NO RUST, com grande capacidade de solução de problemas de baixa vazão inicial, relacionada ao fluído de perfuração e desenvolvimento dos poços”. José Paulo G. M Neto - Maxiágua “Apresentamos novos produtos de uso para remoção de contaminantes das águas subterrâneas. O produto foi praticamente lançado neste segmento na feira. Trata-se da linha ADSORV utilizado para a remoção de metais pesados, ferro e manganês, flúor, orgânicos e controle de bactérias”. Rogério Joroski – Mojave Tecnologia “Achei muito boa e proveitosa a participação da nossa empresa. Apresentamos duas novas empresas fornecedoras, uma para martelos e bits DTH que é a Drillmaster International, do Grupo Sandvik. A outra é a BRI, empresa americana no fornecimento de brocas tricônicas. O principal produto que estamos focando é o novo projeto do martelo DTH turbinado Drillmaster RW6, projetado pelo mesmo engenheiro que elaborou o Sandvik Mission 6, contudo mais apropriado para o mercado de poços artesianos. Já temos esse martelo trabalhando no Brasil com performance impressionante. Viabilização de seu custo x benefício. Outro produto novo é um novo sistema de perfuração com revestimento simultâneo, onde não se utiliza o bit excêntrico que acarreta vários problemas de bloqueamento e travamento. David Mendonça Pereira – TechnoMine Brasil “A participação da Dancor marca não só nossa crescente participação no mercado da região Sul do Brasil, como nossa responsabilidade ambiental e interesse nos assuntos que envolvem uma das maiores riquezas brasileiras: a água. Três novidades foram apresentadas na feira, a bomba submersa utilizada na horizontal que permite sua aplicação em cisternas de prédios foi a grande atração do nosso estande. O Smart Jet que é um sistema de pressurização inteligente com componentes predominantemente eletrônicos que além de pressurizador identifica a existência de vazamentos na rede que ele é aplicado e protege a bomba contra excessivas partidas; e em primeira mão foi apresentada nossa bomba centrífuga com motor movido à gasolina”. Fábio Simões – Dancor Bombas e Filtros K nov-dez/2006 11 “Nosso estande apresentou novas tecnologias para reabilitação de poços. Mas achei baixo o número de visitantes da feira, para próximos eventos espero um número maior. Também espero que a feira não fique fisicamente separada do congresso da ABAS”. Rainer Schröer – Berlinwasser International “A Drill Center participou com o apoio e a presença do fabricante da Bentonita MAXGEL, dos equipamentos de perfilagem geofísica Robertson Geologging e das tecnologias da Subsurface Technologies. Nosso estande foi bastante visitado e os resultados foram positivos. A novidade ficou por conta da nova câmera de vídeo R-1000 da LAVAL para filmagem de poços com até 300 metros de profundidade. Um sucesso! A maior empresa de perfuração do Paraná, e única com estande na feira, adquiriu uma”. Apolo Oliva Neto – Drill Center “Achamos que o local designado para a Fenágua foi inadequado. A Schneider apresentou várias novidades durante o evento. Produtos com patente requerida (bomba com duplo sentido de rotação, bombas com sistema inteligente de acoplamento a motores estacionários), motobombas voltadas a área de saneamento, dentre outras. Para os próximos eventos? Uma maior conscientização por parte da organização de que os investimentos são altos, são vários profissionais envolvidos por praticamente uma semana, e precisamos de retorno para que a participação torne-se viável”. Fernando Schneider – Schneider MotoBombas - Mkt “Participamos ativamente do Congresso. Tivemos trabalhos no painel e palestra na sessão técnica, onde falamos sobre nossas novas pesquisas em bentonitas aditivadas. Entre as novidades está a inclusão do produto Compactolit (para selamento total de poços) na norma ABNT NBR 12244, em vigor desde 30/04/2006. Além disso, apresentamos, especialmente, nossa linha para manutenção de poços e cuidados com a qualidade da água, que conta com produtos 100% biodegradáveis e produtos ecologicamente corretos, isentos de cloro”. Eugenio Pereira – System Mud “Falando em organização, palestras e tema foram muito bons. Apenas a localização dos stands dificultou a visitação do público. Aproveitamos a feira para apresentar uma motobomba de alta vazão totalmente em aço inox aisi 316 fundido. Esperamos que no próximo evento haja maior visitação de clientes e divulgação para usuários de produtos: Saae, Daae, revendas...”. Valdir do Santo – Bombas Leão K 12 nov-dez/2006 Encontro “O balanço sempre é positivo porque temos a oportunidade de divulgar a nossa linha de produtos já consolidada e os nossos conceitos para um público especializado. A Ebara fez o lançamento dos conjuntos motobomba totalmente em aço inox desenvolvidos para poços de 6” a 12”, ideais para captação de água mineral. Também foram apresentados os novos quadros de comando padrão STS e BMS feitos em material termoplástico de alta resistência mecânica, alto impacto e estabilidade dimensional. Aguardemos Gramado onde estaremos presentes com mais lançamentos e novas alternativas para o mercado de bombas submersas”. Nelson Reginato do Canto Jr – Ebara “Tivemos bons resultados. A C.R.I lançou o motor monofásico de 2 fios com voltagem de 220V/230 V, encapsulados com resina e lubrificados a água, de 0.33 CV até 1.5 CV. Suas vantagens são: motor não requer painel de controle pois o capacitor permanente está dentro do motor e pode ser instalado direto a um disjuntor; há um protetor térmico de sobrecarga e pára-raio já incorporados ao motor; os motores suportam grande oscilações de voltagem; maior fator de serviço resultando em melhor eficiência; motores são de fácil manutenção; entre outros benefícios”. Kalyanram P. – C.R.I Bombas Hidráulicas Ltda “Nosso estande atraiu muitos visitantes com produtos como: filtros e revestimentos para poços artesianos, produtos químicos da System Mud para perfuração, desenvolvimento, limpeza e operação de poços, a Compactolit, pellets para o isolamento de camadas indesejáveis e selos sanitários, além de seu carro chefe, o kit para poços de monitoramento. Na linha de meio-ambiente, a novidade foi o lançamento da GEOPUMP no Brasil, uma bomba pneumática automática para bombeamento de hidrocarbonetos, água subterrânea contaminada, líquidos de aterros sanitários e condensados. Já estamos ansiosos pelas perspectivas que nos trará o próximo evento”. Alberto Kaminski - Geoartesiano “Conforme puderam notar, neste evento, o nosso stand estava maior do que de costume. Fomos com bastante ansiedade e nossa expectativa foi atendida. Apresentamos a Tubulação RYLBRUN de Poliuretano para grandes diâmetros. Ah, com material aprovado pelo FDA”. Moisés Macen – Sampla Belting “Nossa participação foi muito importante para rever um grande número de clientes e amigos, recebendo informações importantes para elaboração do planejamento estratégico dos próximos anos, para esse segmento de mercado. Nesse evento mostramos o nosso sistema de qualidade, voltado para a melhoria contínua dos equipamentos, que através do “feed back” dos clientes estamos sempre apresentando novas tecnologias incorporada nos produtos visando maior performance”. José Lázaro Gomes - Prominas “A participação da Chicago foi muito interessante e dentro do esperado. Apresentamos nossos compressores e nossa gama de serviços, alguns deles com novos detalhes técnicos. Esperamos que o próximo evento tenha uma participação mais efetiva e em maior número dos perfuradores de todo o Brasil”. Tadeu do Couto – Chicago Pneumatic Brasil Ltda. “Lançamos alguns novos modelos de bombeadores com rotores em aço inoxidável e o motor série MSP, (um motor monofásico que dispensa o uso de capacitores para a partida). Agora, esperamos um evento com maior alcance de público, ou seja, que consiga trazer o maior número de perfuradores possível para o evento”. Luiz Alexandre Alves Bombas JVP Ltda. “A Sidrasul classifica como positiva sua participação. Levamos uma excelente promoção em martelos e pudemos atender as expectativas dos clientes. Tivemos um público grande durante nossa palestra, apresentamos com sucesso alguns pontos importantes sobre ferramental, com destaque para as vantagens da afiação do Bit. Nossa apresentação trouxe muitas novidades sobre como obter o melhor rendimento de seu ferramental DTH”. Juvani Schroeder – Sidrasul * As demais empresas e seus respectivos produtos serão publicados na próxima edição, mediante envio de material. nov-dez/2006 Matéria 13 O Mauro por Mário Wrege Aproveitando o mote do Everton (Oliveira), continuo na linha dos chistes. Evidentemente, ficarei apenas naqueles mais elegantes e conto com tua imaginação, deixando de lado a ingenuidade ao acender a malícia – pero no mucho. Baseiome na minha vivência gaudéria (que, a esta altura, não é pouca) e tomo como referência livro do Santiago, Conhece o Mário?, L&PM. Começo com uma variação, com a pergunta: - Conheces o Mauro? - Que Mauro? Aquele detrás do armário! - Mas, este não é o Mário? - Ah! O Mário também! Ou seja, o cara não tem como escapar, mesmo quando dá uma de espertinho (lembrando do Mário) ou, no caso, mesmo encostado à parede. Hoje isto é conhecido como pegadinha ou, menos elegante, sacanagem ou tiração de sarro; mas tecnicamente é um cacófato. Aqui nestes pagos, especialmente no meio campeiro, este tipo de frase com duplo sentido, no sentido de pegar desprevenido o interlocutor, é uma praxe. Especialmente ao recém-chegado ainda fresco nestas questões, ainda mais nos dias de chuva no inverno quando há pouca coisa a fazer a não ser chimarrear na beira do fogo no galpão. Ou seja, – Te enquadra, guasca! Ou, traduzindo: – Te liga, meu! Neste ambiente, é coisa de macho e não se faz com as moças, que são delicadas. Não que elas não tenham o veneno na língua, mas é uma deferência ou o assumir que é uma menção grosseira. De qualquer maneira, lembro-me da famosa Mae West, com a frase clássica que se dizia boa, mas ótima quando má – originalmente: When I’m good, I’m very good, but when I’m bad, I’m better. (I’m No Angel, 1933) Ou uma variante mais recente conhecida como Leis de Murphy – esta é Termodinâmica: – Coisas ficam piores sob pressão. Por estas plagas, creio que a mais famosa, por constar em O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo (e da minissérie), é a do Rodrigo Cambará, chegando no bolicho:– Buenas, e me espalho! Nos pequenos dou de prancha; nos grandes dou de talho! (com o facão, é claro). Mas aí já é demais, pois é provocação imediata para a briga. Poderia lembrar a do Lochas (por demais evidente), a do Edu (Êpa!), a do Ramalho (Caraça!), a do Degas ou a do Lima: – O que que o Lima é teu? Ou, mais modernamente, a do Max. Na linha futebolística: – Fui na casa do Tinga, o Tinga não tava, mas o irmão do Tinga tava. Ou as meteorológicas: – Que tempo rei, hein?! E o malandro responde: – Depois da chuva vem o sol e limpa isso tudo. Mas fica a dúvida: o cão que late na água, late em terra? E a do cara que está perdido: – Se pegares esta rua, onde vais dar? Ou a dúvida do churrasqueiro gentil e sutil: – Se eu comprar 10 kg de carne, dará pra vinte comer? Completada pelas preferências culinárias: – Gosta de verdura? E continua a combinação: – Se eu cozinho, eu não lavo. Esta está mais para o IBGE: – És rico, pobre ou dá prá viver? Para terminar, e me refazer com as mentes mais sensíveis, – Desculpa-me por tudo, especialmente esta coisa dura, mas não deixa por menos. E, para terminar mesmo, com uma cortesia gaudéria: – Vou fazer uma roda de mate, queres que te bote na roda? A démain que eu vou em frente. 14 nov-dez/2006 CABAS Trabalhos premiados debatem a contaminação e remediação das águas subterrâneas Foram três os melhores trabalhos apresentados no XIV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, realizado de 7 a 10 de novembro, em Curitiba, no Paraná. O primeiro, segundo e terceiro lugares foram destinados a presença feminina com espaço cada vez mais amplo no segmento. A grande vencedora, Tatiana Langbeck de Arruda, que faturou o primeiro lugar, tem 30 anos recém completados. Ela que é de Paulínia, interior de São Paulo, se destacou com trabalho sobre contaminação e remediação de águas subterrâneas. O tema foi “Desalogenação Redutiva de Organoclorados Utilizando Ferro Elementar”. “Fiquei muito feliz e o prêmio foi recebido com muita correria (risos). Erraram meu e-mail e, acabei sabendo de última hora, no último dia. Quase perdi a premiação! Mas valeu a pena”, contou a primeiríssima colocada, Tatiana. O segundo lugar foi de Deise Paludo, da região Sul. O seu trabalho discutiu sobre a “Intemperização de Fontes de Diesel em Sistemas Subsuperficiais”. “Recebi a notícia do prêmio durante o jantar de encerramento, com satisfação pelo reconhecimento do trabalho de toda a equipe do Laboratório Remas/UFSC. Este trabalho foi elaborado com dados experimentais de seis anos de monitoramentos de campo. Isto só foi possível graças ao empenho de uma equipe de cerca de 20 pessoas, coordenada pelo Prof. Dr. Henry Corseuil”, bem lembrou Deise Paludo, a segunda colocada. A terceira colocação coube a carioca Paula R. L. Couto que apresentou um trabalho sobre “Um A primeira colocada Tatiana Langbeck de Arruda: Fiquei muito feliz com a premiação... Estudo Sobre a Influência do Acoplamento Físico-Biológico nos Processos de Remediação em Zonas Saturadas”. Todos as ganhadoras foram agraciadas com o prêmio “Aldo da Cunha Rebouças”. Confira os detalhes: 1º lugar - Tatiana Langbeck de Arruda Sessão: Contaminação e remediação de águas subterrâneas Tema: Desalogenação Redutiva de Organoclorados Utilizando Ferro Elementar Dissertação de mestrado discutindo o uso de processos oxidativos avançados e ferro elementar na remediação de ásua Subterrânea contendo compostos organoclorados. A remediação de água subterrânea contendo compostos organoclorados foi avaliada neste trabalho usando os processos UV (fotólise), Fenton (H2O2/Fe2+) e foto-Fenton (UV/H2O2/ Fe2+). Testou-se também um sistema redutivo com ferro elementar visando a desalogenação redutiva dos compostos. Todos os experimentos foram realizados sob fluxo ascendente, tanto nos sistemas com recirculação quanto nos sistemas com passagem única, com uma amostra de água subterrânea de um poço de monitoramento instalado na Usina Química de Cubatão da Rhodia. A concentração de alguns compostos atingia valores de até 400 mg L-1, sendo monitorada a degradação de dez compostos majoritários. Os ensaios oxidativos de destruição mostraram reduções superiores a 99% para alguns compostos, especialmente no sistema foto-Fenton na proporção mássica de 1:10 (COD:H2O2), que produziu um efeito sinérgico quando comparado ao uso isolado da radiação ultra-violeta (UV). Por outro lado, os sistemas oxidativos também mostraram perdas significativas por volatilização, o que levou ao estudo do sistema redutivo com ferro elementar. Neste sistema foram utilizadas colunas de vidro preenchidas com ferro granulado (100 Mesh), onde observou-se reduções superiores a 99% para a maioria dos compostos. A cinética de degradação observada foi de pseudo primeira ordem em relação ao contaminante e dependente do tempo de residência da amostra na coluna. Um ensaio oxidativo com reagente de Fenton combinado com o tratamento redutivo mostrou que a concentração era reduzida em até 1/3 do valor original para dois compostos (clorofórmio e tetracloroetileno) que não atingiram o objetivo proposto durante o ensaio redutivo. Uma comparação econômica entre a tecnologia atualmente utilizada (adsorção em leitos de carvão ativado) e a desalogenação redutiva estimou ganhos significativos desta última quando considerados os custos de disposição final do carvão. Na foto, os autores do trabalho premiado com a segunda colocação: Prof. Henry Corseuil, Deise Paludo e Mariana. 2º lugar - Deise Paludo Sessão: Contaminação e remediação de águas subterrâneas Tema: Intemperização de Fontes de Diesel em Sistemas Subsuperficiais No ambiente subterrâneo, as fontes de contaminação estão sujeitas a processos físicos, químicos e biológicos que influenciam na persistência, mobilidade e/ou redução da massa dos seus constituintes. Este conjunto de processos, denominado intemperismo, inclui a dissolução, biodegradação e volatilização. O objetivo deste trabalho foi avaliar a intemperização dos hidrocarbonetos de petróleo em duas fontes de óleo diesel, sendo uma sob influência de etanol, e relacionar o esgotamento das fontes com o risco à saúde humana. A ntemperização foi analisada a partir do cálculo do fluxo de massa dos hidrocarbonetos. Os resultados mostraram que os hidrocarbonetos monoaromáticos foram afetados pelo efeito co-solvente do etanol e que as concentrações remanescentes estão abaixo dos valores de intervenção para áreas contaminadas. Ofluxo de massa dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos oscila ao longo do tempo indicando que estes ainda estão em processo de dissolução na região da fonte. Palavraschave: intemperismo, óleo diesel, fluxo de massa. Estudam-se os efeitos dos processos físicos e biológicos na previsão da extensão da pluma de contaminantes em cenários de contaminação de ambientes sub-superficiais (aqüíferos) por contaminantes orgânicos (múltiplas espécies). 3º lugar - Paula R. L. Couto Sessão: Contaminação e remediação de águas subterrâneas Tema: Um Estudo Sobre a Influência do Acoplamento Físico-Biológico nos Processos de Remediação em Zonas Saturadas. Estudam-se os efeitos dos processos físicos e biológicos na previsão da extensão da pluma de contaminantes em cenários de contaminação de ambientes sub-superficiais (aqüíferos) por contaminantes orgânicos (múltiplas espécies). O modelo matemático apresenta a sorção e biodegradação elementos finitos bioremediação. nov-dez/2006 Núcleos Bahia Bahia edita cartilha sobre águas subterrâneas O Núcleo Bahia está em festa. O presidente do núcleo baiano, Godofredo Correia de Lima Junior encerra a sua gestão agora em janeiro com a publicação da cartilha “Orientações para Utilização das Águas Subterrâneas no Estado da Bahia”. O núcleo reeditou a cartilha da ABAS Nacional enfatizando as prioridades e conhecimentos da região. Diferente da parceria em São Paulo, a publicação não contou com apoio da FIEB - Federação das Indústrias do Estado da Bahia. O patrocínio integral para a viabilização do material partiu da CERB, Companhia de Engenharia Rural da Bahia, órgão da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e grande parceira da ABAS. São mil exemplares impressos em material de ótima qualidade. A publicação será distribuída entre patrocinadores, prefeituras, empresas e núcleos da ABAS. Godofredo Correia Lima Júnior Presidente Núcleo Bahia E-mail: [email protected] [email protected] Março Seminário e Rodada de Negócios Brasil-Reino Unido DATA: de 27 a 29 de março Local: Belo Horizonte/MG Informações: (11) 3104-6412 Julho XXXVI Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola DATA: de 30/07 a 02/08 Local: Bonito / MS Informações: (11) 3104-6412 Agosto Responsabilidade e Comprometimento Data: de 8 a 10 de agosto Local: Expo Center Norte, São Paulo / SP Informações: (11) 3104-6412 11th International Conference on Diffuse Pollution and the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuse Pollution and Urban Drainage Specialist Groups Data: de 26 a 31 de agosto Local: Belo Horizonte / MG Informações: [email protected] Classificados Roto R1H/97 c/MWM 6 cil. no M. Benz 2418/97 com gerador, bomba de lama, funcionando bem Roto R1H/97 c/MWM 6 cil. com gerador, bomba de lama, revisada e sem caminhão Roto R1S/99 com MWM 4 cil. no reboque, revisada e equipada com 150m. de hastes Roto/Rotativa I.Rand T4W com MWM 6 cil. para 600m., na prancha com MWM 6 cil., perfeita Roto A10/2002 c/M.Benz 6 cil. no M.Benz 1113/77(4x4) completa e revisada Rotativa/Roto p/300m. , Mayhei 1000, com caminhão M. B. 1113/79 toda revisada Percussora Prominas NSP 325/88 com Perkins 4 cilindros, revisada e sem equipamentos Percussora GP300 ano 92 com MWM 3 cilindros revisada e equipada Percussora Juper GP300/90 com Perkins 3 cil. toda revisada e equipadaC o m pressor Chicago 950/300 com motor Cummins, ano 94, revisado Compressor Chicago 960/360 com Cummins, ano 96, reformado, com carenagem e sem rodas Compressor Chicago 960/360 com Scania, ano 98 e 3.000 horas, com carenagem Compressor Chicago 960/360 com Scania, ano 2002, silenciado e revisado Compressor I. Rand 750/175 com Cummins, contendo carenagem e revisado Compressor G. Denver 900/150 com Cummins, revisado, com carenagem e sem rodas Kit Rotopneumatico p/percussoras Juper, NSP 325, P350 e Tornep, completo ou parcial Hastes de perfuração 4 ½” x 6 metros(p/roto) com roscas API 3 ½” FH, seminovas e garantidas Hastes de perfuração 3 ½” x 9,40 metros, padrão Petrobras, em ótimo estado Bomba de lama centrifuga 4” X 3” para vazão de 90 M3/hora a pressão de 8 BAR(125 PSI) 250.000,00 140.000,00 70.000,00 180.000,00 140.000,00 65.000,00 20.000,00 38.000,00 38.000,00 130.000,00 160.000,00 150.000,00 190.000,00 50.000,00 50.000,00 consultar 800,00 300,00 3.600,00 Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-9114 Email:[email protected] Vende-se: 1 Sonda Rotativa Elétrica montada em chaxis e rodas cap. Perf. 250 m, equipada c/ guincho, mesa rotativa e bomba de lama = R$ 23.000,00. 63 Hastes de perf. p/ roto 2.7/8" x 4m em tubos Petrobras, c/ rosca API 2.3/8" R$ 370,00 (cada) = R$ 23.310,00 Informações: Cimadra Poços Artesianos, Dracena / SP. Telefax: (18) 3821-3873. E-mail [email protected] 15 16 nov-dez/2006 Autógrafos Lançado 1º livro brasileiro que discute águas subterrâneas e perfuração O XIV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas foi palco de uma importante ação para o segmento. Na abertura do evento, congressistas, autoridades, empresários e população festejaram o lançamento do primeiro livro brasileiro de águas subterrâneas. A obra “Águas Subterrâneas e Poços Tubulares Profundos” é de autoria dos autores Valter Gal- diano Gonçales, Carlos Eduardo Quaglia Giampá e outros profissionais. “Preparamos cuidadosamente uma publicação que pudesse tirar dúvidas e suprir uma lacuma do mercado”, explicou Giampá, durante o lançamento do livro, na abertura do CABAS 2006. O projeto realizado pela DH Perfuração de Poços tem patrocínio da Petrobrás Os autores Walter Galdiano Gonçales e Carlos Eduardo Giampá: autógrafos e livro para o Secretário Nacional de Recursos Hídricos, João Bosco Senra e apoio institucional da ABAS. A publicação é da Signus Editora, possui 15 capítulos e 508 páginas. A obra é editada a cores, com capa dura e realizada por 18 autores especialistas em cada assunto. O preço de venda é de R$ 100,00. Sócios da ABAS pagam R$ 90,00. Mais informações sobre livro no telefone (11) 3875-5833 e 3104-6412 ou nos e-mails: [email protected] ou [email protected]. A noite de autógrafos foi um sucesso. O ABAS informa clicou alguns momentos! Os autores em momento de comemoração com amigos e familiares em point de Curitiba. O livro foi um sucesso!
Documentos relacionados
Edição no. 171
Correia de Lima Junior (BA), Suely S. Pachedo Mestrinho (BA) e José Luiz Gomes Zoby (DF). Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo: Renato Della Togna - (78/80) (in memorian) Euclides Cavall...
Leia maisRevista
Secretária Geral: Maria Antonieta Alcântara Mourão Secretário Executivo: Everton de Oliveira Tesoureiro: Álvaro Magalhães Junior CONSELHO DELIBERATIVO Helena Magalhães Porto Lira, Zoltan Romero Cav...
Leia maisRevista
1º Vice-Presidente: Dorothy Carmen Pinatti Casarini 2º Presidente: Luiz Rogério Bastos Leal Secretária Geral: Suzana Maria Gico Lima Montenegro Secretário Executivo: Everton de Oliveira Tesoureiro:...
Leia maisRevista
(BA), João Bosco de Andrade Morais (CE) CONSELHO FISCAL Titulares: Álvaro Magalhães Junior (SC), Suely Schuartz Pacheco Mestrinho (BA), Gustavo Alves da Silva (SP) Suplentes: Helena Magalhães Porto...
Leia maisRevista
Centro-Oeste: Nédio Carlos Pinheiro - [email protected] - (65) 9222-7374 Minas Gerais: Carlos Alberto de Freitas - [email protected] (31) 3250-1657 / (31) 3309-8000 Paraná: Jurandir ...
Leia maisRevista
1º Vice-Presidente: Dorothy Carmen Pinatti Casarini 2º Presidente: Luiz Rogério Bastos Leal Secretária Geral: Suzana Maria Gico Lima Montenegro Secretário Executivo: Everton de Oliveira Tesoureiro:...
Leia maisAQUÍFERO GUARANI
1º Vice-Presidente: Mário Fracalossi Junior 2º Presidente: Amin Katbeh Secretária Geral: Maria Antonieta Alcântara Mourão Secretário Executivo: Everton de Oliveira Tesoureiro: Álvaro Magalhães Juni...
Leia maisO mercado do setor água
Amazonas: Carlos Augusto de Azevedo - [email protected] - (92) 2123-0848 Bahia: Iara Brandão de Oliveira- [email protected] - (71) 3283-9795 Ceará: Mário Fracalossi Junior - frac...
Leia maisRevista
Centro-Oeste: Antonio Brandt Vecchiato - [email protected] - 65 3615-8764 Minas Gerais: Décio Antonio Chaves Beato - [email protected] / [email protected] - 31 3309-8000 Pará: Manfredo Ximenes ...
Leia maisPanorama do Enquadramento dos Corpos d`Água no Brasil
taria no 013 do Ministério do Interior. Ao longo dos anos 1980 e 1990, alguns Estados reaApós a edição da Portaria n 013 do Ministério do In-
Leia mais