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ENTRE. A CASA É SUA. AQUI VOCÊ BUSCA O CONHECIMENTO, DEBATE NOVAS IDEIAS, PARTICIPA DE UM CONVÍVIO INTENSO. AV. EPITÁCIO PESSOA, 1.164 • LAGOA • RIO DE JANEIRO, RJ CEP: 22.410-090 • TEL.: (21) 2227-2237 (222SABER) [email protected] • WWW.CASADOSABER.COM.BR “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Temos a alegria e o orgulho de entregar a você mais um catálogo da CASA DO SABER Rio, desta vez contendo a programação do primeiro semestre de 2010. Resultado, como sempre, de um trabalho criterioso e dedicado, por exigir planejamento, logística, sensibilidade e informação para apostar, com razoável precisão, nos clássicos de todos os tempos que mereçam releituras e revisitas, ou na eleição dos temas que melhor expressem este início da segunda década de um novo século – no planeta, no Brasil e na nossa cidade. É quando, então, o nosso processo de trabalho (“plano de voo”, como o apelidamos na intimidade) chega à pergunta-chave: a quem será confiada a tarefa de encantar os alunos? Excelente oportunidade para lembrar a essencialidade dos professores, ou melhor, dos nossos parceiros preciosos. Por melhores, mais oportunas ou mais desafiadoras que sejam nossas criações, elas não ganhariam forma sem eles. Sua força, suas diferenças, seus particularismos, suas dúvidas dão mais pertinência à frase da poeta Cora Coralina reproduzida na epígrafe e são o que explica o contagiante – e crescente - fervilhar das tardes e noites da CASA DO SABER Rio há oito semestres. Embora pouco combine com o nosso estilo nominá-los aqui neste espaço, não dá para ficarmos quietos num momento em que dois acontecimentos particularmente festivos marcam as vidas de dois dos nossos professoresfundadores: o 80o aniversário do mestre Ferreira Gullar e a eleição – em primeiro escrutínio – de Cleonice Berardinelli para ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. (Ambos, é claro, têm lugar diferenciado na nova programação). A cada entrega semestral de um conjunto de cursos e especiais com a magnitude do nosso, a tensão e o cansaço dão lugar ao sentimento prazeroso de oferecer um presente feito à mão. Que reflita uma entusiasmada retribuição à confiança, tempo e recursos dedicados por mais de 14 mil alunos. E – quem sabe? – possa atrair os que ainda não descobriram as estradas cada vez mais largas e surpreendentes que os professores são capazes de construir, semestre a semestre, com os sócios, diretores e equipe da CASA DO SABER Rio. Descubra-os com a delicadeza daquelas situações em que não há quase supérfluos para limar. ARMANDO STROZENBERG ANA CECILIA IMPELLiZIERI MARTINS Pelo Conselho Diretor DIREÇÃO de Conteúdo Esta programação e este catálogo são dedicados à memória de Ricardo Fainziliber. O mais jovem e, talvez, o mais doce dos sócios da CASA DO SABER RIO faleceu no final de 2009, após uma corajosa luta de anos contra uma doença que se revelou invencível. Ricardo, porém, pouco desperdiçou do seu curto tempo entre nós. Nem em quantidade, nem em intensidade. Conheceu o mundo. Amou de paixão o Rio: praia, periferia, Jobi, Marquês de Sapucaí, Uma vez Flamengo, sempre Flamengo. O seu estilo muito particular se manifestava desde a roupa que usava até a estética que elegia, o novo que o intrigava, o cutting-edge que o movia. Admirou Steven Jobs e Bill Gates, mais particularmente, Warren Buffett. Ligou-se à literatura do alemão Hermann Hess. Na ciência, era fascinado por Stephen Hawking. Identificou-se com a mensagem espiritual de Dalai Lama. O projeto político de Barack Obama fez a sua cabeça. Na música, o que o tocava eram o samba, o rock, as marchinhas, o hip-hop. Aprendeu com os pais a apreciar (e a entender) a arte contemporânea, curtiu o trabalho dos artistas brasileiros Beatriz Milhazes e Vik Muniz; descobriu (antes dos pais) a arte urbana, através do graffiti do paulistano Titi Freak; lá fora, gostava da proposta pop de Andy Warhol e Roy Lichtenstein, da videoarte de Bill Viola e da street art de Shepard Fairley. No esporte, Ayrton Senna e Lance Armstrong sempre o encantaram, mas foi Felipe Massa quem ocupou a pole de ídolo mais recente. Foi, acima de tudo, um raro amigo de seus amigos: entre uma batalha e outra que travou, o que mais lamentava era o fato de não poder estar mais tempo perto deles, de não poder ouvi-los tanto quanto queria, nem poder dar-lhes toda a atenção, nem aconselhá-los “com alguma sabedoria”, como dizia. Na memória dos sócios, diretores e equipe da CASA DO SABER RIO ocupam lugar especial as perguntas inesperadas, as observações engraçadas, as sugestões diferenciadas, os olhares de espanto diante de algumas histórias que ouvia de seus pares mais velhos. E, em especial, as muitas manifestações ruidosas de seu orgulho irrestrito por este nosso projeto desde que foram apresentados um ao outro. Parafraseando aquela letra de Dia branco, parceria de Geraldo Azevedo e Renato Rocha que tanto o emocionava, nós também podemos afirmar: como fez para tantos outros, Ricardo Fainziliber nos prometeu – e trouxe – o sol. Saudades, menino. QUEM SOMOS A CASA DO SABER é um centro de debates e disseminação do conhecimento, no Rio de Janeiro e em São Paulo, que permite o acesso à cultura de forma clara e envolvente, porém rigorosa e fiel às obras dos criadores. Em um ambiente extra-acadêmico, a CASA DO SABER oferece cursos livres, palestras e oficinas de estudo nas áreas de Artes Plásticas, Ciências, Cinema, Filosofia, Literatura, História, Música, Pensamento Contemporâneo e Psicanálise, reunindo renomados professores e conferencistas. As palestras e os cursos, estes com duração de um a três meses, em encontros de duas horas, apresentam o diferencial de serem ministrados em pequenos grupos para promover a troca de ideias e uma maior interação entre os participantes e os mestres. CARTA DE PRINCÍPIOS POR UM SABER SEM DOGMAS O saber é um meio de aprimorar o ser humano: pressupõe o debate, o embate democrático e a diversidade de ideias. PELA PRESERVAÇÃO E USUFRUTO DA CULTURA É uma necessidade do ser humano, em busca do crescimento, absorver, traduzir e entender a riqueza cultural existente. PELA CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE TROCA A CASA DO SABER é um lugar privilegiado de troca de conhecimento. Aqui se resgata e se estimula o debate entre as diferentes áreas do saber. Aqui se acredita que o saber se transmite de forma mais eficiente por meio do intercâmbio e do diálogo. POR UMA LINGUAGEM CLARA, ACESSíVEL E RIGOROSA A linguagem e a metodologia devem ser claras, eficazes e facilitadoras de acesso e apreensão do conhecimento. A linguagem deve estimular a conversa, a curiosidade e o prazer da reflexão. POR UM CONTATO ENRIQUECEDOR A CASA DO SABER é também um centro do prazer de pensar, de se expressar e de aprender. CONSELHO RIO DE JANEIRO CONSELHO DIRETOR ALEXANDRE RIBENBOIM ARMANDO STROZENBERG ELISABETE CARNEIRO FLORIS ILANA STROZENBERG JORGE CARNEIRO LUIZ EDUARDO VASCONCELOS MARCOS P. Q. FALCÃO PATRICIA FAINZILlBER direção DE CONTEÚDO ANA CECILIA IMPELLlZIERI MARTINS Direção de operações LILIAN GHITNICK ARCALJI CONSELHO SÃO PAULO DIRETOR CONSELHEIRO MARIO VITOR SANTOS CONSELHO DIRETOR ANA MARIA DINIZ CELSO LODUCCA GABRIEL CHALlTA JAIR RIBEIRO DA SILVA NETO LUIZ FELIPE D’ÁVILA MARIA FERNANDA CÂNDIDO PIERRE MOREAU CASA DO SABER NA EMPRESA A CASA DO SABER desenvolve atividades exclusivas para empresas interessadas em investir na ampliação dos horizontes de seus profissionais. Os programas podem abranger diversas áreas de conhecimento, em diferentes formatos e durações. Ministradas com a qualidade característica dos cursos da CASA DO SABER, essas aulas especiais podem acontecer na empresa, em nossa sede na Lagoa, na filial Barra ou em outro espaço definido de comum acordo. A CASA DO SABER oferece seu espaço para reuniões de trabalho internas ou com seus parceiros comerciais e para eventos em geral. Com excelente localização, possui ambientes confortáveis, salas equipadas com aparelhos de projeção e som e estrutura para coffee-break. Mais informações pelo e-mail: [email protected]. EVENTOS E REUNIÕES Para mais informações, visite: www.casadosaber.com.br/empresas ou mande e-mail para [email protected]. CARTÃO PAIDEIA UNIVERSALIS A CASA DO SABER desenvolveu um cartão exclusivo que garante ingresso em todos os cursos, palestras e eventos da programação do primeiro semestre de 2010. Com ele, é possível compor um conjunto de cursos mais amplo e adequado aos diversos interesses do aluno. Para isso, basta adquirir o Paideia Universalis (R$ 5 mil) e comunicar sua presença na aula com até duas horas de antecedência. A edição é limitada a dez cartões. Presenteie Pensamento, Arte, Filosofia, História, Ciências, Psicanálise. Invista na formação, na informação e na transformação. A CASA DO SABER preparou vales que dão acesso aos cursos. Apresentados em embalagens especiais, indicam o título do curso escolhido ou representam um valor que poderá ser convertido em aulas. Para conhecer os cursos que serão oferecidos durante o 1º semestre, acesse o site www.casadosaber.com.br. CASA DO SABER NA TRAVESSA BARRASHOPPING VALE-PRESENTE Para conhecer os cursos que serão oferecidos durante o 1º semestre, acesse o site www.casadosaber.com.br. FORMAs DE PAGAMENTO A seguir, relacionamos as diversas opções de pagamento: À VISTA Pode ser feito através de cartão de crédito (Visa, Amex ou Mastercard), cartão de débito (Visa ou Mastercad), cheque ou dinheiro. PARCELADO A divisão de parcelas é realizada de acordo com as premissas de cada curso e por meio de cheques pré-datados, feitos na inscrição (as parcelas seguintes à da inscrição podem ser datadas para períodos consecutivos de 30 dias após o início do curso). O pagamento também pode ser feito com cartão de crédito (Visa, Amex ou Mastercard), mas, nesse caso, as parcelas mensais contam a partir da data da inscrição. TELEFONE Os pagamentos efetuados através de cartão de crédito (Visa ou Amex) podem ser feitos por telefone. Nesse caso, o canhoto do cartão e o recibo serão entregues ao aluno no primeiro dia do curso. DESCONTO Correntistas do Grupo Santander Brasil (Banco Santander e Banco Real) têm 10% de desconto no valor de um (1) curso, de livre escolha, ao longo do semestre. Para obter o desconto, o aluno deve ser correntista e efetuar o pagamento com cheque próprio do Banco Santander ou do Banco Real. INTERNET Você já pode solicitar a sua pré-inscrição em qualquer um de nossos cursos através da internet. Acesse www.casadosaber.com.br, escolha o curso e preencha o formulário de reserva. • Não serão permitidas inscrições para aulas avulsas. Em caso de dúvida, por favor, entre em contato conosco: [email protected] / (21) 2227-2237/ 222SABER. Se você cancelar a inscrição no curso com mais de 15 dias de antecedência em relação à primeira aula, receberá um reembolso integral do pagamento efetuado à CASA DO SABER. Caso o cancelamento ocorra entre 15 dias e 48 horas antes do início do curso, o reembolso será de 50% do valor pago. Após as últimas 48 horas que antecedem o início do curso, não haverá restituição, porém você poderá indicar outra pessoa para ocupar o seu lugar na classe (nossos cursos têm vagas limitadas e a eventual desistência de última hora dificultará a oferta da vaga a novos alunos). 1. Para melhor controle mútuo, o cancelamento de cursos deve ser feito por escrito, via e-mail, para: [email protected], ou via fax, pelo tel.: (21)2227-2237, a/c da Gerência Administrativa e Financeira. 2. O curso poderá ser cancelado pela CASA DO SABER na hipótese POLÍTICAS DE CANCELAMENTO de não atingir o número mínimo de inscrições. Nesse caso, os valores já pagos pelo aluno serão integralmente restituídos. PROFESSORES ADRIANA CALCANHOTTO AGNALDO FARIAS ALBERTO CARLOS ALMEIDA ALEXANDRE garcia ALEXANDRE JORDÃO ALTAIR MARTINS ANA BEATRIZ AZEVEDO ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA ANA MONTES ANDRÉ MARTINS ANDRÉ MIDANI ANTONIO CARLOS SECCHIN ANTONIO DIAS ANTONIO LAVAREDA ARNALDO BLOCH AUTERIVES MACIEL JR. Bernardinho bernardo paz Beto Largman CARLA RODRIGUES CARLOS ARTHUR NUZMAN CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO CARLOS CONTENTE CARLOS ROBERTO OSÓRIO Carolina Dubeux Celio Alzer Chico Caruso ClAudio Manoel CLEONICE BERARDINELLI DANIEL GARCIA danielA labra Daniela Ocampo DANILO MARCONDES DANTE LETTI Dalcácio da Gama Reis Demétrio Magnoli DOM ORANI TEMPESTA DUDA MENDONÇA EDMAR BACHA EDUARDO BERLINER EDUARDO ROZENTHAL EVANDO NASCIMENTO FABIO BARBIRATO fábio carvalho FELIPE PRAZERES MÁRCIO SCALERCIO felipe scovino MARCIO UTSCH Fernando Caruso MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE Fernando Henrique Cardoso MARIA CRISTINA FRANCO FERRAZ FERREIRA GULLAR MARIA SILVIA BASTOS MARQUES GENETON MORAES NETO MIRIAM HALFIM GILBERTO CHATEAUBRIAND MÁRIO EDUARDO COSTA PEREIRA HANS DONNER MARY DEL PRIORE HECILDa FADEL MAURÍCIO PARADA HÉLIO DIAS FERREIRA Merval Pereira ISABELA FERNANDES Israel Blajberg IVAN ZURITA IZABEL ALEIXO JOÃO ARAÚJO JOÃO BRAGA João de Souza Leite João Henrique Barone João Pedro Paes Leme JOAQUIM PAIVA JORGE BASTOS MORENO JOSÉ AUGUSTO PÁDUA JOSÉ MÁRCIO CAMARGO JOSÉ OLYMPIO PEREIRA JR JOSÉ THOMAZ BRUM JÚLIO CÉSAR POMPEU KEILA GRINBERG KLEBERSON CAETANO LAURA RÓNAI LEONARDO GRYNER LEILA LONGO Leo Jaime Miguel Paiva Mônica Martelli NELSON MOTTA NINA SAROLDI OCTAVIO BONET OSWALDO GIACOIA JR. Othon Bastos paulo herkenhoff paulo venancio filho pedro karp vasquez PEDRO VARELA rachel aisengart menezes RAFAEL HADDOCK-LOBO RICARDO SONETO ROBERTA SUDBRACK rodrigo moura Ronaldo Serôa da Motta ROSANA SUAREZ RUI RODRIGUES SANDRA EDLER SANDRA NISKIER FLANZER Sérgio Besserman vianna SERGIO FADEL LIPE PORTINHO SERGIO GUIMARÃES FERREIRA LUCIA LAGUNA Suzana Apelbaum LUIZ ALBERTO OLIVEIRA TATIANA BLASS luiz camillo osório THIAGO ROCHA PITTA Luiz Paulo Horta VILLAS-BôAS CORRÊA MALVINE ZALCBERG VINICIUS ANDRADE PEREIRA MARCEL GOTTLIEB Virgilio Gibbon MARCELO BACKES ZECA MARETZKI Marcio Mac Culloch Jr. Ziraldo Márcio Botner ZUENIR VENTURA ÍNDICE DOS CURSOS 1° SEMESTRE DE 2010 especial 1celebrando gullar PALAVRA, MÚSICA E IMAGEM NOS 80 ANOS DE UM MESTRE ferreira gullar, adriana calcanhoto, ANTONIO CARLOS secchin 2os valores do esporte como elemento transformador bernardinho entrevistado por joão pedro paes leme 3crise política x sociedade em movimento fernando henrique cardoso 4o designer DE maior audiência do planeta hans donner 5o que é que essa gaúcha tem para deleitar as papilas cariocas? roberta sudbrack 6e a belíndia, como vai? edmar bacha 7antonio dias, um artista contemporâneo no mundo antonio dias 8o que é raça? demétrio magnoli 9 Música & disco. PASSADO, PRESENTE, FUTURO DE um casamento em crise joão araújo, andré midani, nelson motta 10como o rio 2009 ganhou a rio 2016. e agora? carlos arthur nuzman, carlos roberto osório, leonardo gryner 11desta vez, quem entrevista o ibope somos nós carlos augusto montenegro 12 A nova voz da igreja no rio Dom orani tempesta 13 VINHO COM SABER celio ALZER pensamento 14os sentiDOS da beleza - na história e hoje O OLHAR DE KANT, HEGEL, umberto eco e jean-françois lyotard evando nascimento 15 AMOR FATI: o segredo da afirmação que cria AUTERIVES MACIEL JR. 16filosofia e literatura UM DIálogo para expandir o pensamento e a criação maria cristina franco ferraz 17o desamparo na vida moderna É possível o equilíbrio entre o que buscamos e o que encontramos? sandra niskier flanzer 18nietzsche e o cômico a crítica irreverente à filosofia rosana suarez 19 PARA ACABAR COM O JUÍZO VIDA E LIBERDADE NO PENSAMENTO DE SPINOZA, NIETZSCHE, ARTAUD E KAFKA AUTERIVES MACIEL JR. 20a paixão em um mundo globalizado freud, os furos da rede e a aranha da web mário eduardo costa pereira 21uma filosofia do futuro oswaldo giacoia jr. 22 à sombra do espetáculO Um debate sobre depressões contemporâneas nina soroldi, sandra edler 23alegria em psicanálise alexandre JORDÃo 24entre a psicanálise e a filosofia interseções e limites para o tratamento do sujeito contemporâneo auterives maciel jr., eduardo roZenthal 25os novos laços amorosos malvine zalcberg 26mulheres na filosofia carla rodrigues, rafael haddock-lobo 27as grandes obras da filosofia pensadores e ideais que marcaram a história danilo marcondes 28os sentidos do trabalho - DEVER OU VÍCIo? nina saroldi 29o lugar da fantasia na psicanálise marco antonio coutinho jorge 30 ENTRE A INDIVIDUALIDADE E o individualismo reflexões sobre liberdade, solidão, egoísmo e altruísmo júlio césar pompeu 31a arte de viver da fé crença, magia e religião andré martins 32plotino, o teórico do êxtase josé thomaz brum história, ciências e atualidade 33corpo: sensações e sentimentos perspectivas na contemporaneidade octavio bonet, rachel aisengart menezes 34faces do amor na história mary del priore 35a tecnologia da segunda guerra mundial as invenções que mudaram o rumo do maior conflito armado da história Israel blajberg, marcio MAc culloch jr., joão henrique barone coordenação: beto largman 36o problema da matéria pensante: sistemas complexos, inteligência e cultura luiz alberto oliveira 37segredos da mente o funcionamento mental nos transtornos do comportamento ana beatriz barbosa silva 38uma revisita ao mundo dos economistas a análise econômica diante das questões da modernidade josé márcio camargo 39a comunicação na ERA TRANS eu transo, tu transas, ele transa? suzana apelbaum 40uma leitura ecológica da história do brasil josé augusto pádua 41os senhores do século xx CHURCHILL, ROOSEVELT, DE GAULLE, STÁLIN maurício parada 42roma: de césar a augusto a crise da república romana e seus grandes personagens Márcio scalercio 43 judeus no brasil keila grinberg 44egito antigo: cosmovisão e política ana montes 45criação, produção e consumo em tempos de sustentabilidade dalcácio da gama reis 46 entretenimento, comunicação e cultura a hora e a vez dos m.e.d.i.a vinicius andrade pereira 47os profissionais de marketing político estrategistas, criadores ou “bruxos”? duda mendonça, antonio lavareda e rui rodrigues 48grandes jornalistas políticos histórias da política brasileira villas-bôas corrêa, jorge bastos moreno, geneton moraes neto, zuenir ventura, alexandre garcia, merval pereira 49 A mitologia grega e a mulher isabela fernandes 50tempo para viajantes uma (não tão breve) história do tempo luiz alberto oliveira 51violência e informalidade no rio. dá para encarar? sergio guimarães ferreira 52 O que passa na cabeça do brasileiro alberto carlos almeida 53os executivos brasileiros ivan zurita, maria sIlvia bastos marques, marcio utsch, fábio carvalho, dante letti 54 (eco)nomia. O valor do clima na agenda brasileira e global Sérgio besserman vianna, ronaldo serôa da Motta, virgilio gibbon, carolina dubeux 55mitos e verdades na educação: da primeira infância à adolescência UM MODELO DE EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI fabio barbirato 56os sentidos do design no contemporâneo joão de souza leite Artes 57a arte do design: ART NOUVEAU e bauhaus hélio dias ferreira 58violino: um panorama afetivo A história e O repertório do instrumento que atravessa os tempos entre o clássico e o popular felipe prazeres 59fernando pessoa seu drama em gente, ou em almas cleonice berardinelli 60 O universo artístico europeu na primeira metade do século xix hélio dias ferreira 61 Stand-ups em casa Direção: fernando caruso, daniela ocampo 62 A cultura da moda joão braga 63quem tem medo de música clássica? uma abordagem crítica para quem tem vergonha de criticar laura rónai 64a literatura que virou cinema marcelo backes 65nova arte nova quem são ALGUNS Dos artistas que se destacam no cenário da arte contemporânea brasileira lucia laguna, eduardo berliner, carlos contente, thiago rocha pitTa, tatiana blass, pedro varela 66clássicos do jazz ao vivo grandes obras da música recriadas em aulas-show ana beatriz azevedo, lipe portinho, daniel garcia, kleberson caetano, altar martins, zeca maretzki 67as primeiras estórias do sertão trilhando as veredas de guimarães rosa iZabel aleixo 68a arte de colecionar arte as grandes coleções e colecionadores brasileiros gilberto chateaubriand, josé olympio pereira jr., hecilda e sergio fadel, bernardo paz, joaquim paiva 69uma viagem pelo universo da ópera grandes obras e interpretações ontem e hoje marcelo gottlieb 70a produção cultural e artística do século xix ao xx uma passagem crítica pela modernidade, pelo modernismo e pelo pós-modernismo leila longo 71 OS GRANDES EXPOENTES DA ARTE MODERNA BRASILEIRA hélio dias ferreira 72a grande canção americana ricardo soneto 73 humor a sério miguel paiva com claúdio manoel, leo jaime, ziraldo, mônica martelli, chico caruso 74de sófocles a kafka a literatura dá aula de psicologia marcelo backes 75a obra e o tempo de william shakespearE miriam halfim 76crônica: a liberdade da escrita arnaldo bloch 77 UM OLHAR SOBRE A ARTE CONTEMPORÂNEA NO MUNDO BIENAL DE VENEZA, DOCUMENTA DE KASSEL E BIENAL DE SÃO PAULO AGNALDO FARIAS especial 1 CELEBRANDO GULLAR PALAVRA, MÚSICA E IMAGEM NOS 80 ANOS DE UM MESTRE especial FERREIRA GULLAR, ADRIANA CALCANHOTTO, ANTONIO CARLOS SECCHIN Esse encontro único celebra um dos maiores nomes da cultura brasileira, junto a dois de seus maiores interlocutores e admiradores. Parte da belíssima, engajada, consistente e multifacetada trajetória de Ferreira Gullar será aqui revisitada. Por meio da música, de imagens e pelo mais vigoroso instrumento do seu ofício como poeta: a palavra. Mais que um festejo imperdível, um programa obrigatório e prazeroso. FERREIRA GULLAR. Poeta, ensaísta e crítico de arte. Recebeu em 2005 o Prêmio Machado de Assis da Academia de Letras (ABL) pelo conjunto de sua obra. É autor de diversos livros de poesia, como A luta corporal, e de crítica de arte, com destaque para Argumentação contra a morte da arte e Relâmpagos, que reúne textos sobre artistas como Michelangelo, Picasso, Calder e Iberê Camargo. Escreveu o Manifesto Neoconcreto e presidiu a Fundação Nacional de Arte (Funarte). É colunista regular do jornal Folha de S.Paulo. Professor e parceiro da CASA DO SABER Rio, desde a sua inauguração. ADRIANA CALCANHOTTO. Compositora, cantora e escritora. Nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde iniciou, nos anos de 1980, a carreira musical. Em 1989 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive. Amante da poesia, tem nove discos lançados, canções gravadas por grandes intérpretes da Música Popular Brasileira, um livro, cinco cachorros e duas gatas. ANTONIO CARLOS SECCHIN. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Doutor em Letras pela UFRJ. Professor de Literatura Brasileira das Universidades de Bordeaux (1975-1979), Roma (1985), Rennes (1991), Mérida (1999), Nápoles (2007), Paris-Sorbonne (2009) e Faculdade de Letras da UFRJ. Recebeu diversos prêmios nacionais e escreveu livros, artigos e ensaios sobre poesia, sua especialidade. Foi o organizador de Obras completas de Ferreira Gullar, lançado em 2009. 03 MAR > quarta-FEIRA, ÀS 20H R$ 100,00 2 Bernardinho entrevistado por João Pedro Paes Leme É cada vez maior a percepção do poder do esporte como ferramenta preciosa no processo educacional e de inclusão social. Através de sua prática se pode aprender a ganhar, mas também a perder. A superar limites, mas respeitando regras. A fazer o ponto individualmente, mas comemorando coletivamente. Alta performance com fortes valores éticos. É nisto que ele acredita. E é sobre como opera, na prática, esta sua crença que Bernardinho – técnico campeoníssimo do vôlei brasileiro e também idealizador do Instituto Compartilhar – vai conversar e debater, nesse encontro raro com a platéia da CASA DO SABER RIO e com um dos jornalistas esportivos mais respeitados do país. BERNARDO ROCHA DE REZENDE. Técnico da Seleção brasileira masculina de vôlei e da equipe feminina Unilever, hexacampeã brasileira em 2008/2009. Integrou como atleta a “geração de prata” do voleibol, que consagrou e difundiu a modalidade no Brasil ao conquistar medalha de prata no Campeonato Mundial de 1982 e nos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1984. Hoje é uma referência de sucesso no Brasil e um dos palestrantes mais requisitados no meio empresarial. Seu livro Transformando suor em ouro vendeu mais de 30 mil exemplares desde o lançamento. Engajado em causas sociais, em 2003 fundou o Instituto Compartilhar, entidade sem fins lucrativos que atualmente atende a mais de 5 mil crianças e adolescentes com projetos socioesportivos e educacionais por todo o Brasil. JOÃO PEDRO PAES LEME. Jornalista e escritor. Participou da cobertura de vários eventos esportivos internacionais (quatro Jogos Olímpicos de Verão e dois de Inverno; quatro Jogos Pan-Americanos; duas Copas do Mundo de futebol e sete temporadas de Fórmula 1). Foi correspondente da TV Globo em Londres (1999-2000) e Paris (2005-2008). É diretor executivo da Central Globo de Esportes. 04 MAR > quinta-FEIRA, ÀS 20H R$ 180,00* *O valor deste encontro será integralmente revertido para o Instituto Compartilhar. Para outras doações e informações acesse www.compartilhar.org.br especial OS VALORES DO ESPORTE COMO ELEMENTO TRANSFORMADOR 3 CRISE DA POLÍTICA x SOCIEDADE EM MOVIMENTO especial Fernando Henrique Cardoso Professor, desde sempre, apaixonado pela sala de aula traz uma – oportuna – reflexão sobre o paradoxo entre uma sociedade cada vez mais aberta e inteligente e a política com todas as imperfeições que ela comete diante de nós. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. Professor da USP, senador da República (1983 a 1992), ministro das Relações Exteriores (1992), ministro da Fazenda (1993 e 1994), presidente da República por duas vezes (1994 a 2002). Membro dos Conselhos da Clinton Global Initiative (New York), do World Resources Institute (Washington), da Brown University (Providence), do Thomas J. Watson Jr. Institute for International Studies e da United Nations Foundation. Listado entre os 100 Pensadores Globais da revista Foreign Policy (2009/2010). Presidente de honra e cofundador do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Presidente do iFHC. 08 MAR > SEGUNDA-FEIRA, ÀS 20H R$ 100,00 4 O DESIGNER DE MAIOR AUDIÊNCIA DO PLANETA Desde que criou a marca da Rede Globo, há 36 anos, poucos meses depois de ter desembarcado no Rio, com apenas 25 anos de idade e um diploma da vienense Hohere Graphische Bundeslehr-und-Versuchsanstalt debaixo do braço, sem conhecer ninguém e sem falar uma palavra em português, Hans Donner entrou na maioria dos domicílios brasileiros para nunca mais sair. Afinal, ele é também o designer responsável pela concepção, produção e animação de centenas de chamadas, vinhetas e peças de abertura de programas da emissora. É praticamente o introdutor na mídia eletrônica de massa da então revolucionária técnica tridimensional que acabou influenciando a identidade visual das maiores redes de TV do mundo. E também o designer de vários produtos, entre os quais o relógio Timension, seu xodó. No nível pessoal, Hans se casou com uma de suas mais célebres criaturas (a Globeleza), Valéria Valenssa, hoje mãe de seus dois filhos brasileiros. Essa trajetória, que mais parece um conto de fadas, é o tema de um encontro muito especial e, com certeza, alucinante, pela qualidade do material audiovisual que seu piloto trará na bagagem. HANS DONNER. Nasceu em Wuppertal, Alemanha. Entre outras, são criações suas as aberturas das novelas Caminho das Índias, Senhora do destino, Belíssima, América, Beleza pura; dos jornalísticos Fantástico, Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom-Dia Brasil, Jornal Hoje, Globo Repórter. Criou a marca e a identidade visual da rede de TV portuguesa SIC. 31 MAR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H R$ 90,00 especial HANS DONNER 5 especial O QUE É QUE ESSA GAÚCHA TEM PARA DELEITAR AS PAPILAS CARIOCAS? ROBERTA SUDBRACK Foram extraordinariamente intensos os 18 anos de trajetória dedicados à culinária por Roberta Sudbrack, uma inquieta autodidata gaúcha de Porto Alegre. Trajetória que inclui o comando pioneiro, por uma chef, da cozinha mais importante do país, a do Palácio da Alvorada, em Brasília, onde teve a oportunidade de ver suas criações elogiadas por centenas de chefes de Estado, entre presidentes, príncipes, reis e rainhas. E que resultou, em seguida, numa das maiores coleções de prêmios de gastronomia, a partir da sua saborosa decisão de se entregar aos encantos do Rio. A inventividade, a consistência, a delicadeza com que trata os ingredientes nacionais, ao mesmo tempo que mantém sábia distância dos excessos dos clichês regionais sem perda do senso de brasilidade, são alguns dos traços que explicam e justificam o seu sucesso. Ouvir de Roberta Sudbrack como a sua comida contrasta com o exagero das misturas que retiram os gostos naturais do alimento, de que forma ela garante a leveza repleta de texturas, aromas e beleza que deliciam os sentidos, como se formou o seu rigor técnico e sobre que critérios se fundamenta a escolha da matéria-prima e dos produtos que utiliza – eis alguns dos segredos que esse encontro especial promete revelar. ROBERTA SUDBRACK. Integra a seleta lista francesa de Top Chefs of the World 2009/2010. Seu restaurante, situado no Jardim Botânico, figura entre os melhores do mundo, segundo a revista Food & Wine. Entre os prêmios mais recentes constam: Melhor Chef do Brasil 2009/2010, Guia 4 Rodas; Melhor Restaurante de Alta Gastronomia 2009/2010, revista Veja; Melhor Chef do Brasil 2009/2010, revista Época; Chef do Ano 2006 e 2007, revista Gula; Chef do Ano 2006, revista Veja; Chef do Ano 2004, 2006 e 2007, Guia Danusia Barbara de Restaurantes; Chef do Ano Brasil – Prêmio Brasil de Gastronomia, 2007; Melhor Chef 2006 e 2007, jornal O Globo; Melhor Chef 2005 e 2007 – Prêmio Água na Boca, jornal O Globo; Melhor Restaurante Contemporâneo 2006, 2007 e 2008, revista Veja; Melhor Restaurante Contemporâneo 2005, 2006, 2007 e 2008, revista Gula; Campeão dos Campeões, Melhor Restaurante Contemporâneo 2007, revista Gula. 07 ABR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H R$ 90,00 6 E A BELíNDIA, COMO VAI? Em 1974, no auge do regime militar, quando era chefe do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, Edmar Bacha cunhou um neologismo de rara e precisa oportunidade. Veio a público pela primeira vez no semanário Opinião, em julho de 1974, num artigo intitulado “O economista, o Produto Interno Bruto e o rei da Belíndia”. Depois foi republicado no livro de ensaios Os mitos de uma década, sob um novo título: “O economista e o rei da Belíndia: uma fábula para tecnocratas”. De fato, Belíndia – uma junção do prefixo Bel (de uma Bélgica rica e equilibrada) + Índia (com a sua forte imagem de pobreza e desigualdade) – era uma fábula sobre o crescimento econômico brasileiro com concentração de renda no período dos governos militares. Desde então, o Brasil mudou muito: a democracia voltou, a inflação estabilizou, o crescimento foi retomado. A distribuição de renda também melhorou. Mas muitos problemas permanecem e se intensificam, como impostos altos, serviços públicos deficientes, falta de segurança pública. Afinal, como vai a Belíndia hoje? Para responder a essa pergunta e a muitas outras, esse encontro especial conta com a reflexão de um dos mais inquietos, experientes e mais bem preparados pensadores econômicos do país. EDMAR BACHA. Diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças desde outubro de 2003. Consultor sênior do Banco Itaú BBA. Foi membro da equipe econômica do Plano Real, presidente do BNDES, do IBGE e da ANBID, professor titular da PUC-Rio, UFRJ, UnB e FGV-Rio, professor visitante das Universidades de Columbia, Yale, Berkeley e Stanford, pesquisador associado do IPEA, MIT e Harvard. Bacharel em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais e Ph.D. em Economia pela Universidade de Yale. 14 ABR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H R$ 90,00 especial EDMAR BACHA 7 especial ANTONIO DIAS, UM ARTISTA CONTEMPORÂNEO NO MUNDO ANTONIO DIAS Ele é um dos maiores nomes da Arte Contemporânea brasileira, autor de uma intensa, marcante e consagrada produção em diversos suportes, desenvolvida a partir dos anos de 1960, que o transformaram em referência. Vivendo na Europa desde 1966, Dias, como é conhecido lá fora, ou Antonio Dias, como o conhecemos aqui, jamais abriu mão de manter uma relação atenta e ativa, não apenas com os artistas e a produção das Artes Plásticas brasileiras, mas também com os mais relevantes temas do debate político-cultural do seu país. É com grande orgulho que a Casa do Saber RIO oferece a oportunidade de conhecer melhor o pensamento, a visão sobre a arte atual (incluindo a sua própria) e a trajetória de um artista que é hoje um dos principais nomes brasileiros da Arte Contemporânea mundial. ANTONIO DIAS. Nasceu em Campina Grande, Paraíba. No fim da década de 50, muda-se para o Rio de Janeiro, onde estuda Gravura com Oswaldo Goeldi, no Atelier Livre de Gravura da Escola Nacional de Belas-Artes. Nos anos de 1960 participa da coletiva Opinião 65, no MAM-RJ, e expõe na legendária IV Bienal de Paris, ganhando o Grande Prêmio de Pintura. Muda-se para a Europa, fixa residência e trabalho em Milão. Participa de dezenas de exposições coletivas e individuais na Europa, nos Estados Unidos, no Japão e no Brasil, recebendo diversos prêmios. Suas obras integram importantes coleções brasileiras e internacionais – de museus e particulares. 28 ABR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H R$ 95,00 8 O QUE É RAÇA? No começo, raça era apenas nação: um grupo humano que percorre a sua própria trajetória no firmamento do tempo. O mito contemporâneo da raça configurou-se somente há dois séculos, com o racismo científico. O seu paradigma é a busca da pureza, expresso em leis antimiscigenação: ele opera pela separação dos corpos e das descendências. Incorporado ao mundo da política, serviu ontem para a perpetuação de privilégios e, hoje, fantasiado de multiculturalismo, é uma ferramenta para fabricação de clientelas eleitorais. Esse encontro especial vai refletir sobre essa interrogação que atravessa a História e se apresenta como ponto crucial para os debates político e social contemporâneos. DEMÉTRIO MAGNOLI. Sociólogo, mestre e doutor em Geografia Humana pelo Departamento de Geografia da FFLCH-USP e pesquisador do Grupo de Análises de Conjuntura Internacional (GACINT) da USP. É autor, entre outros, do livro Uma gota de sangue – história do pensamento racial . Foi colunista semanal da Folha de S.Paulo entre 2004 e 2006. Atualmente, é colunista de O Estado de S. Paulo e O Globo. É integrante do Conselho Editorial da revista Interesse Nacional. 29 ABR > QUINTA-FEIRA, ÀS 20H R$ 95,00 especial Demétrio Magnoli 9 especial Música & disco. PASSADO, PRESENTE, FUTURO DE um casamento em crise JOÃO ARAÚJO, ANDRÉ MIDANI com NELSON MOTTA ••2 AULAS Ao oferecer esse curso de dois encontros muito especiais, a intenção é explicitamente dupla: homenagear dois executivos de uma indústria ainda pujante mas cujo fim, por mais paradoxal que pareça, já teria ano, dia e hora anunciados, e ampliar o conhecimento sobre seus extraordinários percursos e suas vastas experiências. São eles: João Araújo, criador da gravadora Som Livre, sinônimo de grandes vendagens da produção nacional, incluindo as famosas trilhas de novelas, e cujos 40 anos de fundação estão sendo comemorados este ano. André Midani, que aqui aportou por acaso fugindo da ameaça de ter que participar de uma guerra da França na Argélia com a qual não concordava, fez história ao dar espaço gravado à bossa nova, a uma geração de baianos geniais, a sambistas brilhantes e ao lançamento do rock brasileiro. E ninguém melhor que Nelson Motta para moderar e tornar ainda mais memoráveis esses raros encontros que a CASA DO SABER RIO tem o prazer de promover. JOÃO ARAÚJO. Trabalhou nas gravadoras Copacabana, Odeon, Philips/Polygram e RGE. Fundou e presidiu, no Brasil, em Portugal e na Itália, o Sistema Globo de Gravações (SIGLA) e o Sistema Globo de Edições Musicais (SIGEM), empresas controladas do selo Som Livre. Foi presidente da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD) em cinco mandatos. Foi diretor-geral da Globo Group, em Los Angeles. Recebeu os Grammy Latino e Life Achievement pela sua contribuição à música. ANDRÉ MIDANI. Trabalhou nas gravadoras Decca francesa, Odeon, Imperial e Capitol (México e EUA). Presidiu a Philips/Polygram (Brasil) e Warner (Brasil, América Latina). Nomeado pelo ministro Gilberto Gil, atuou como ComissárioGeral do Ano do Brasil na França (2005). É membro do Conselho da IFPI – Federação Internacional dos Produtores de Discos. Foi considerado pela revista Billboard um dos 90 profissionais mais importantes da história da indústria mundial de discos. É autor do livro Música, ídolos e poder – Do vinil ao download. NELSON MOTTA. Jornalista, compositor, produtor musical e autor de livros 05 mai E 06 MAI > QUARTA-FEIRA E QUINTA-FEIRA, ÀS 20H R$ 90,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 100,00 especial como Noites tropicais, Vale tudo – O som e a fúria de Tim Maia e Força estranha. É articulista do jornal O Globo e colunista do Jornal da Globo, na Rede Globo. 10 especial COMO O RIO 2009 GANHOU A RIO 2016. E AGORA? CARLOS ARTHUR NUZMAN, CARLOS ROBERTO OSÓRIO, LEONARDO GRYNER A eleição da cidade do Rio de Janeiro, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 atraiu a atenção do mundo, o júbilo dos brasileiros e o orgulho dos cariocas. Além dos indispensáveis e inequívocos apoios do Governo Federal, do Governo do Estado, da Prefeitura da Cidade, dos patrocinadores e de parte da iniciativa privada, nada mais injusto do que não destacar o papel fundamental exercido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Três nomes podem, e devem, ser apontados como artífices dessa conquista dentro do COB. Seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, cuja liderança tenaz e desejo obsessivo de colocar o Brasil no mapa da realização de grandes eventos esportivos marcam a sua gestão desde que deixou de ser um grande atleta para se dedicar, como dirigente, ao desporto olímpico; Carlos Roberto Osório, que conquistou a confiança de seus pares e interlocutores como um executivo dinâmico e competente, desde que despontou entre os que formataram a candidatura da cidade e realizaram o Pan 2007 até chegar ao posto máximo do Comitê Organizador da Rio 2016, mais conhecido como CO RIO. E Leonardo Gryner, responsável há muitos anos por um dos espaços mais complexos e estratégicos do COB – a Comunicação e o Marketing. Esse encontro especial permitirá – a eles – revelar os detalhes que transformaram em grande vencedora uma candidatura contra cidades com a importância de Madri, Chicago e Tóquio; e – a nós – conhecer e melhor compreender as consequências dessa conquista, entre elas, que papel está reservado aos moradores do Rio nesses seis anos que nos separam da Rio 2016. CARLOS ARTHUR NUZMAN. Advogado. Presidiu o Comitê da Candidatura da Rio 2016. Preside o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde 1995. Presidiu o CO-Rio do Pan 2007. Presidiu a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Como atleta, jogou no CIB e no Botafogo, foi medalhista olímpico em Tóquio 1964, primeira Olimpíada que incluiu o vôlei entre as modalidades disputadas. CARLOS ROBERTO OSÓRIO. Empresário. Foi secretário-geral do CO-Rio do Pan 2007 e do Comitê da Candidatura da Rio 2016. É secretário-geral do Comitê Organizador da Rio 2016. LEONARDO GRYNER. Matemático. Foi executivo de produção jornalística da Rede Globo de Televisão. Dirige a Olimpo, house-agency que cuida da comunicação e do marketing do COB. 07 MAI > SEXTA-FEIRA, ÀS 19H30 R$ 90,00 11 DESTA VEZ, QUEM ENTREVISTA O IBOPE SOMOS NÓS O nome da empresa já virou verbete de dicionário e, no dia a dia dos brasileiros, é sinônimo de pesquisa, audiência e prestígio. Multinacional de capital privado nacional, com operações em 12 países da América Latina e em Miami, o IBOPE fornece há quase 70 anos um enorme conjunto de informações e estudos sobre mídia, opinião pública, intenção de voto, consumo, marca, comportamento e mercado. Mais recentemente estabeleceu duas importantes parcerias estratégicas: IBOPE Nielsen Online, que detalha o comportamento dos usuários do meio digital, e Millward Brown do Brasil, da qual também participa o grupo britânico WPP, que realiza estudos sob encomenda voltados para a construção e a manutenção de marcas. Não será a falta de assunto que irá caracterizar esse encontro especial com o presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro. Muito pelo contrário. Às perguntas! CARLOS AUGUSTO SAADE MONTENEGRO. Economista. No IBOPE desde 1971, atuou em todas as áreas da empresa, onde ocupa o cargo de presidente há 33 anos. Além do seu querido Botafogo de Futebol e Regatas, dedica parte do seu tempo ao Instituto Paulo Montenegro – nome de seu pai, um dos fundadores do IBOPE –, que desenvolve e executa projetos educacionais como o Nossa Escola Pesquisa sua Opinião (NEPSO) e Indicador de Analfabetismo Funcional (INAF), ambos realizados em parceria com a ONG Ação Educativa. 12 mai > quarta-feira, ÀS 20h R$ 95,00 especial CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO 12 A NOVA VOZ DA IGREJA NO RIO especial DOM ORANI TEMPESTA Mediação: Luiz Paulo Horta Neste mês de junho faz um ano que ele recebeu o pálio das mãos do papa Bento XVI como novo arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro. Bispo muito ativo e querido em Belém do Pará, de onde veio, Dom Orani certamente não deixará de abordar nesse encontro suas primeiras reflexões e o teor dos planos diante de um cenário complexo como o de nossa cidade, que, em paralelo, nunca deixou de ser uma caixa de ressonância para todo o país. O catolicismo como experiência religiosa para o homem de hoje. A visível perda numérica que atinge o catolicismo no Brasil, que tem como correlato o avanço das correntes chamadas evangélicas. A força do ateísmo militante diante do crescente diálogo entre as correntes religiosas e os pensadores que não fazem tábula rasa da religião. A entrada do Oriente no panorama cultural do Ocidente. O ecumenismo. O papel da comunicação, sua especialidade. Para debater esses e outros temas com Dom Orani Tempesta, a CASA DO SABER Rio escalou o jornalista e teólogo Luiz Paulo Horta. Garantia de duas horas especialmente densas e intensas. ORANI JOÃO TEMPESTA. Monge de tradição monástica (cisterciense), é paulista de São José do Rio Pardo, onde nasceu há quase 60 anos. Bacharel em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco, de São João Del Rei (MG). Fez os estudos eclesiásticos na Faculdade de Filosofia do Mosteiro de São Paulo e no Instituto Teológico Pio XI (SP). Foi o terceiro bispo de São José do Rio Preto (1997-1999) e o nono de Belém do Pará (2004-2009). Desde 1998 é o presidente do Conselho Superior de Comunicação Cristã (Inbrac), mantenedor da Rede Vida de Televisão. Preside a Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social. Membro do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), Conselho Permanente, e do Conselho Econômico da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Seu lema episcopal: “Ut Omnes Unum Sint” (Para que todos sejam um). LUIZ PAULO HORTA. Teólogo. Editorialista, articulista e crítico de Música do jornal O Globo. É membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). 11 JUN > SEXTA-FEIRA, ÀS 19H30 R$ 95,00 13 VINHO COM SABER É verdade que nunca se bebeu tão bem e por um preço tão justo quanto hoje, no Brasil e no mundo? A competição gerada por novos produtores está tirando a clientela da Europa? Com as novas fronteiras do vinho brasileiro, a Serra Gaúcha está perdendo a corrida? E os enochatos, quem são e como lidar com eles? Cada vez mais, o vinho tem o poder mágico de reunir as pessoas para exercitar a arte da palavra e a sensibilidade de ouvir muitas e boas. Mas há encontros e encontros. Segundo os que já viveram essa experiência, os encontros – e as degustações – com o enólogo Celio Alzer são simplesmente inesquecíveis. Ele realmente conhece o assunto, nenhuma pergunta fica sem resposta e o seu material didático é sempre muito bem produzido. Suas abordagens são tão lúdicas que até geraram um Jogo do Vinho – kit composto por um tabuleiro, quatro meiasgarrafas e um livro com mil perguntas. Ao estrear neste mundo fascinante, a CASA DO SABER RIO tem a certeza de que selecionou um mestre dos mestres – rótulo que se harmoniza bem com a figura de Celio Alzer. CELIO ALZER. Foi produtor de rádio durante 28 anos. É consultor de vinhos e, desde 1985, professor da Associação Brasileira de Sommeliers do Rio de Janeiro, que presidiu por dois anos. Tradutor do livro Teoria e prática da degustação de vinhos, do italiano Giancarlo Bossi. Durante dois anos e meio, manteve, com Danio Braga, o programa Falando de Vinhos, na Rádio JB-FM. Também em parceria com Danio escreveu os livros Tradição, conhecimento e prática dos vinhos e Falando de vinhos. 28 JUN > SEGUNDA-FEIRA, ÀS 20H R$ 90,00 especial Celio Alzer Pensamento 14 OS SENTIDOS DA BELEZA – NA HISTÓRIA E HOJE O OLHAR DE KANT, HEGEL, UMBERTO ECO E jean-françois lyotard EVANDO NASCIMENTO ••4 AULAS pensamento A partir de quatro importantes pensadores – Kant, Hegel, Umberto Eco e JeanFrançois Lyotard – e com o apoio de obras de artistas de grande expressão, esse curso vai apresentar uma abordagem introdutória sobre os sentidos da beleza no Ocidente, analisando como cada época e cada pensador elaboram um conceito específico sobre o tema. Por fim, será avaliada a concepção atual de beleza, levando em conta tanto os questionamentos do século XX quanto as novas perspectivas do século XXI. 1 03 MAR >A QUESTÃO DO BELO E DO SUBLIME EM KANT Referências a quadros do Renascimento, em especial a obras de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael. 2 10 MAR >A ESTÉTICA DE HEGEL E O IDEAL DO BELO Referências às artes neoclássica, romântica e realista: Canova, Jacques-Louis David, Ingres, Courbet. 3 17 MAr >UMBERTO ECO E A HISTÓRIA DA BELEZA Referências à Antiguidade Clássica e ao Simbolismo. 4 24 MAR >jean-françois lyotard e o pós-moderno: O QUE RESTA DA BELEZA NO NOVO MILÊNIO? Referências a obras de Picasso, Duchamp, Hélio Oiticica e Damien Hirst. EVANDO NASCIMENTO. Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora. Completou sua formação em Filosofia na Sorbonne e na École des Hautes Études en Sciences Sociales, ambas na França, com pós-doutorado em Filosofia pela Universidade Livre de Berlim. É autor e organizador de diversos livros sobre Filosofia, Literatura e Arte, como Literatura e filosofia, Derrida, Ângulos e Jacques Derrida: pensar a desconstrução. Publica artigos e resenhas em suplementos culturais da Folha de S.Paulo, O Globo e Jornal do Brasil. Em 2008, publicou o livro de ficção Retrato desnatural. QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 15 AMOR FATI: O SEGREDO DA AFIRMAÇÃO QUE CRIA AUTERIVES MACIEL JR. No mundo atual, onde o desânimo, a fadiga e a depressão se apresentam como tendências incontestes, falar de afirmação pode parecer ingênuo e até mesmo irreal. No entanto, é com Nietzsche que o tema aparece com maior contundência: será possível querer o que fazemos, querendo igualmente que isso se repita pela eternidade afora? Agir de acordo consigo mesmo, fazendo valer pela vontade um modo de existência inédito é, portanto, criar condições de vida que assegurem a nossa crença no futuro. Nesse sentido, a ética do “amor fati” pode perfeitamente representar uma proposta válida no mundo atual, já que acreditar na vida pela via da afirmação, dando a ela uma determinação estética, é apostar em modos inéditos de viver. 08 MAR >NIETZSCHE E OS ESTOICOS: O PROBLEMA DO “AMOR FATI” 1 2 15 MAR >VONTADE DE POTÊNCIA E ETERNO RETORNO 3 22 MAR >A TRANSVALORAÇÃO DE TODOS OS VALORES 4 29 MAR >DIONISO E ARIADNE: O CASAL NUPCIAL DO ETERNO RETORNO AUTERIVES MACIEL JR. Professor de Filosofia na PUC-Rio. Mestre em Filosofia pela Uerj e doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. É autor de Os pré-socráticos – A invenção da razão. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 pensamento ••4 AULAS 16 FILOSOFIA E LITERATURA UM DIÁLOGO PARA EXPANDIR O PENSAMENTO E A CRIAÇÃO MARIA CRISTINA FRANCO FERRAZ pensamento ••4 AULAS Filosofia e Literatura são campos autônomos que, colocados em relação, são capazes de enriquecer ainda mais a percepção de mundo e o pensamento. A proposta desse curso é promover diálogos criadores entre temas filosóficos e textos literários brasileiros e alemães escritos por importantes autores, como Franz Kafka, João Guimarães Rosa, Heinrich von Kleist e Machado de Assis. Nem a Filosofia “explica” a Literatura, nem a Literatura “ilustra” a Filosofia: ambas se aproximam em sua idêntica luta contra os clichês, utilizando, cada uma, suas próprias armas. Experimentar esse diálogo amplia o horizonte do sentir e do pensar. 1 09 MAR >VERDADE NA GRÉCIA ANTIGA: “O SILÊNCIO DAS SEREIAS” (FRANZ KAFKA) Serão retomados o antigo sentido grego de “verdade” (alétheia), como não-esquecimento, e a lógica da ambiguidade, que regia a palavra na Grécia Arcaica. A partir dessa temática, será discutido de que modo a releitura feita por Kafka de uma passagem da Odisseia enfatiza a ambiguidade e abala a racionalidade e o regime da contradição que prevalecem no pensamento ocidental. 2 16 MAR >SER E DEVIR: “A TERCEIRA MARGEM DO RIO” (JOÃO GUIMARÃES ROSA) Na história da Filosofia ocidental, a visão predominante do ser foi ancorada na fixidez e na identidade, recalcando o devir. A partir do contraponto entre essa tradição hegemônica e a ênfase filosófica no devir (presente em filósofos como Heráclito, Nietzsche, Bergson, Deleuze), esse encontro irá retomar o conto “A terceira margem do Rio”, de Guimarães Rosa, em que a âncora é levantada e o rio transforma-se em uma terceira margem de puro movimento e passagem. 3 23 MAR >CORPO, GRAÇA E MOVIMENTO: “SOBRE O TEATRO DE MARIONETES” (HEINRICH VON KLEIST) Como Bergson sublinhou, pensamos o movimento geralmente a partir do imóvel. O corpo em movimento na Dança e o tema da graça favorecem novas abordagens, tanto do corpo quanto do próprio movimento. A partir dessa discussão, será apresentado o texto em que Kleist fala sobre a graça de um corpo e sua perda a partir da perspectiva de um bailarino. 4 30 MAR >IMAGEM E CLICHÊ: “O ANEL DE POLÍCRATES” (MACHADO DE ASSIS) Vivemos imersos em clichês. O conceito de imagem pode funcionar como contraponto crítico aos clichês, tal como em Bergson e Deleuze. No instigante conto de Machado de Assis “O anel de Polícrates”, a potência criadora de imagens é posta em xeque, por conta da tendência ao desgaste e ao esvaziamento das imagens em seu uso corrente, o que tem por efeito o empobrecimento do horizonte do que se pode dizer, sentir e viver. MARIA CRISTINA FRANCO FERRAZ. Professora titular de Teoria da Comunicação da UFF. Mestre em Letras pela PUC-Rio e doutora em Filosofia pela Universidade de Paris I, Sorbonne, com estágio de pós-doutoramento no Centro de Pesquisa em Literatura e Cultura e no Instituto Max-Planck de História da Ciência, ambos em Berlim, Alemanha. Foi professora visitante em universidades como Paris VIII, Saint-Denis e Saint Andrews. É organizadora da coleção Conexões, da editora Relume Dumará, e autora das obras Nietzsche, o bufão dos deuses, Platão: as artimanhas do fingimento e Nove variações sobre temas nietzschianos. TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 pensamento 17 O DESAMPARO NA VIDA MODERNA É POSSÍVEL O EQUILÍBRIO ENTRE O QUE BUSCAMOS E O QUE encontramos? SANDRA NISKIER FLANZER pensamento ••4 AULAS Vivemos em uma cultura guiada pela expectativa de felicidade e realizações. Diante daquilo que nos falta, cada escolha porta a idealização de um encontro pleno, irretocável, baseado na crença de uma conjunção absoluta. Entretanto, Freud adverte que, em nossa gênese, há um desamparo fundamental: um estado que revela a impotência do humano diante da vida, sua incapacidade frente à tensão interna inerente à sua estrutura psíquica. Mas a cultura contemporânea insiste em recusar o desamparo como fato de estrutura em prol de um ideal imperativo de bem-estar, regido pelo princípio do prazer. No entanto, ao desejar eliminar o desamparo, mais desamparado o sujeito se encontra. Esse curso enfocará alguns aspectos dessa importante noção psicanalítica, ressaltando suas implicações cotidianas para o sujeito moderno. Uma realidade onde todos estão cada vez mais inseridos. 1 10 MAR >A NOÇÃO FREUDIANA DE DESAMPARO Por que somos insatisfeitos? É possível o perfeito encaixe entre o que buscamos e o que conseguimos? A castração como conceito deflagrador da impossibilidade de um encontro absoluto para o sujeito. 2 17 MAR >OS TRÊS REGISTROS: SIMBÓLICO, IMAGINÁRIO E REAL O fracasso, na cultura, do campo simbólico. As dificuldades do sujeito moderno: sujeição à autoridade (hierarquia necessária à construção da cultura) e sujeição à alteridade (diferença que atesta um lugar para o sujeito). 3 24 MAR >O DESAMPARO E O SIMBÓLICO ABORDADOS CONJUNTAMENTE O sujeito é constitutivamente resultado de uma interdição, mas passa a vida negando esse fato de estrutura. Consequências da derrisão do simbólico, trazendo como efeito a sensação de desamparo. Exemplos cotidianos de como buscamos escamotear nossas faltas numa cultura cada vez menos tolerante à dor. 4 31 MAR >AMOR E DESEJO, HERDEIROS DE UMA PERDA O que a Psicanálise tem a nos dizer sobre os (des)encontros amorosos? Libido como energia de ligação e limites dos investimentos. Entre o sujeito e o objeto há um vazio. SANDRA NISKIER FLANZER. Psicanalista, mestre e doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ e membro do Tempo Freudiano Associação Psicanalítica. pensamento QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 18 NIETZSCHE E O CÔMICO A CRÍTICA IRREVERENTE À FILOSOFIA ROSANA SUAREZ ••4 AULAS pensamento Esse curso mostrará como a filosofia de Nietzsche e, em especial, a sua crítica à Filosofia, pode ser lida nos parâmetros do cômico. Nietzsche, o grande pensador trágico, requer o viés da comicidade para ser compreendido com mais consistência e originalidade. Nesse caminho, será possível conhecer não apenas o seu pensamento e olhar sobre a Filosofia, mas também algumas das relações que travou com filósofos e escritores a partir da irreverência e do riso. 1 29 MAR >NIETZSCHE E A CRÍTICA IRREVERENTE À FILOSOFIA O amor de Nietzsche pela Filosofia, desde a sua época de jovem professor de Filologia nas universidades alemãs. Uma investigação sobre a maneira como esse início marca indelevelmente seu pensamento. Como Nietzsche se torna um filósofo itinerante? De que maneira a sua percepção da vida acadêmica se espraia em direção à Filosofia? Ao fazer essas perguntas, será visto como os temas mais graves na obra de Nietzsche – niilismo, crítica da metafísica e transvaloração de todos os valores – se articulam ao seu elogio do riso. 2 05 ABR >O ESPELHO CÔMICO A significação do cômico no ensaio O riso, de Henri Bergson. O que nos faz rir e por quê? O que diferencia uma situação terrível de uma situação cômica? O valor crítico e salutar do riso e a exemplificação desses valores no texto de Molière. De que maneira a crítica nietzschiana à Filosofia – que se deixa influenciar declaradamente pela comédia molieresca – pode ser lida também, extemporaneamente, na ótica do ensaio de Bergson? 3 12 ABR >A FILOSOFIA NO ESPELHO CÔMICO DE NIETZSCHE As propriedades do “espelho cômico”: ampliação, duplicação, inversão. Através dessas “propriedades”, será analisado o modo pelo qual Nietzsche flagra célebres filósofos – de Sócrates a Spinoza, passando por pós-kantianos, românticos e hegelianos – em situações cômicas reelaboradas por ele. Entre os seus temas, serão abordados: “amor à sabedoria” e as “outras mãos” dos filósofos; “atrás da moita” – descobrir ou inventar? 4 19 ABR >“FILÓSOFOS NAS MALHAS DA LINGUAGEM” – A ESCRITA JOCOSA A crítica nietzschiana à Filosofia enquanto crítica da linguagem. A “virtude dormitiva” da gramática e o “sono” dos filósofos. Será abordada a maneira com que Nietzsche incorpora o humor excepcional de Molière em O doente imaginário e interpreta os casos muito especiais de René Descartes e Immanuel Kant. Ao fim do curso serão apreciadas as caricaturas de filósofos e os aspectos da escrita jocosa de Nietzsche. do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO). Licenciada em Filosofia pela PUC-Rio, onde também lecionou. Mestre e doutora em Filosofia pela UFRJ. Autora de Nietzsche comediante: a filosofia na ótica irreverente de Nietzsche. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 pensamento ROSANA SUAREZ. Professora do Departamento de Filosofia da Universidade Federal 19 PARA ACABAR COM O JUÍZO VIDA E LIBERDADE NO PENSAMENTO DE SPINOZA, NIETZSCHE, ARTAUD E KAFKA AUTERIVES MACIEL JR. pensamento ••6 AULAS Na tragédia grega, no pensamento platônico, na tradição judaico-cristã e também no cenário contemporâneo, a doutrina do julgamento se desenvolveu e se consolidou. Segundo ela, a existência é sempre vista como culpada, eternamente endividada; sofre para pagar os juros de uma dívida tornada infinita e, em certos casos, deverá ser submetida a um julgamento final. Contra essa doutrina, pensadores rebeldes endereçaram à humanidade seus gritos de liberdade: Spinoza, o precursor, com a sua filosofia materialista e imoral; Nietzsche, com um pensamento libertário que declara guerra contra Deus e as formas de vida que Ele legitima – ressentimento e má-consciência; Artaud, combatendo o juízo de Deus e a sua organização, e Kafka, denunciando o sistema penal e a lei. Dessa forma, todos eles declaram guerra contra a doutrina do julgamento. Esse curso analisará como esses homens procederam e o que pensaram a respeito da inocência da vida e da liberdade. 1 07 ABR >O QUE É A DOUTRINA DO JULGAMENTO? 2 14 ABR >SPINOZA, O PRECURSOR: O MATERIALISMO E O IMORALISMO DA ÉTICA 3 28 ABR >NIETZSCHE CONTRA A VISÃO DIALÉTICA E A VISÃO CRISTÃ DA EXISTÊNCIA 4 05 MAI > ARTAUD CONTRA O JUÍZO DE DEUS 5 12 MAI > KAFKA E A DÍVIDA INFINITA 6 19 MAI > CONCLUSÃO: PARA DAR UM FIM AO JUÍZO AUTERIVES MACIEL JR. Professor de Filosofia na PUC-Rio. Mestre em Filosofia pela Uerj e doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. É autor de Os pré-socráticos – A invenção da razão. QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 190,00 20 A paixão em um mundo globalizado FREUD, OS FUROS DA REDE E A ARANHA DA WEB MÁRIO EDUARDO COSTA PEREIRA Tema romântico por excelência, a paixão persiste como interrogação central sobre a existência humana, mesmo em nossos tempos, descrentes de utopias e acomodados às propostas de organização do laço social implícitas ao processo de globalização. A ambiguidade dos sentidos da paixão, que remetem ao mesmo tempo ao amor sem limites e ao sofrimento, ao arrebatamento que impulsiona à ação e à passividade do sujeito face aos excessos do desejo, desencoraja qualquer reflexão simplista ou o recurso fácil a fórmulas prêtes-à-porter. Como a Psicanálise pode contribuir em uma reflexão sobre o erotismo, a paixão e suas vicissitudes nos dias de hoje? Esse é o tema do curso. 1 09 ABR >A PAIXÃO FREUDIANA O patológico à luz da Psicanálise. 2 16 ABR >O ERÓTICO E O PASSIONAL NOS TEMPOS DO CAPITALISMO GLOBALIZADO Que peixes na rede (net)? Que aranhas na teia (web)? MÁRIO EDUARDO COSTA PEREIRA. Psicanalista, psiquiatra e professor titular de Psicopatologia Clínica da Université de Provence/Aix-Marseille I, França. É mestre em Saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas e doutor em Psicopatologia e Psicanálise pela Universidade Paris VII Denis Diderot. Livre-docente em Psicopatologia pela Unicamp e membro do Laboratoire de Psychopathologie Clinique et Psychanalyse da Universidade de Provence e do Laboratório de Psicopatologia Fundamental da Unicamp. SEXTAS-FEIRAS, ÀS 19H30 R$ 100,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 120,00 pensamento ••2 AULAS 21 UMA FILOSOFIA DO FUTURO OSWALDO GIACOIA JR. ••4 AULAS pensamento A Filosofia caminha por um território inseguro, confrontada com as incertezas causadas por um possível esgotamento dos tempos modernos: não existem mais as referências fundamentais herdadas da tradição; o que há são perguntas, apenas. Pergunta-se pelo sentido da existência, pelo futuro da vida humana na Terra e se o fim da História seria a realização de um sonho de emancipação ou de um pesadelo apocalíptico. Partindo das muitas vezes em que a História foi proclamada finita, o curso aborda as possibilidades de otimismo, esperança e utopia nos tempos atuais. 1 26 ABr >A CIÊNCIA MODERNA COMO SOLUÇÃO DE TODOS OS GRANDES PROBLEMAS DA HUMANIDADE O Iluminismo como programa de dominação da natureza. 2 03 MAI > KANT E O MILENARISMO FILOSÓFICO O sentido da História – direito e política como signos do progresso moral da humanidade. 3 10 MAI > O (TRÁGICO) BALANÇO CONTEMPORÂNEO DA ILUSTRAÇÃO Progresso como regressão e barbárie. A revelação dos limites da concepção antropológica e instrumental da tecnociência. 4 17 MAI > ESPERANÇA VERSUS RESPONSABILIDADE Otimismo em tempos de crise ecológica. Fim da História: o que fazer? OSWALDO GIACOIA JR. Professor livre-docente do Departamento de Filosofia da Unicamp. Doutor em Filosofia pela Universidade Livre de Berlim, com pósdoutorado pela mesma instituição, pela Universidade de Viena e Universidade de Lecce, Itália. É autor de Pequeno dicionário de filosofia contemporânea, Sonhos e pesadelos da razão esclarecida: Nietzsche e a modernidade, Nietzsche & Para além de bem e mal, Os labirintos da alma – Nietzsche e a autossupressão da moral, Nietzsche como psicólogo, entre outros. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 120,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELA DE R$ 160,00 22 À SOMBRA DO ESPETÁCULO UM DEBATE SOBRE DEPRESSÕES CONTEMPORÂNEAS NINA SAROLDI, SANDRA EDLER ••4 AULAS 1 26 ABR > LUTO E MELANCOLIA Uma apresentação do pensamento de Freud a respeito da melancolia, utilizando como referência principal o artigo “Luto e melancolia”. Serão examinadas as questões da perda e do trabalho de luto como modelo para compreender o psiquismo melancólico. Como viver e elaborar as sucessivas e inevitáveis perdas que nos impõe o cotidiano? 2 03 MAI > O LUTO NA ERA DA LIQUIDEZ Seguindo os pontos levantados em “Luto e melancolia”, o encontro investiga, com um olhar influenciado pelas ideias de autores como Zygmunt Bauman e Charles Melman, como a cultura pós-moderna (ou “modernidade líquida”, como prefere Bauman) elide ao máximo a dimensão do luto na vida psíquica. 3 10 MAI > DESEJO, DEPRESSÃO E SUICÍDIO Será abordado o conceito de desejo (der Wunsch): Freud partiu de uma palavra simples da língua alemã para construir o conceito e situá-lo como motor da vida psíquica. Qual a relação entre o desejo e a depressão? A diferença entre a tristeza comum e a depressão. Breve introdução à questão do suicídio. 4 17 MAI > O CRESCIMENTO DAS DEPRESSÕES NA CONTEMPORANEIDADE Uma investigação sobre os elementos que fazem crescer a epidemia depressiva entre a população: o narcisismo, a falta de tempo (real ou imaginária), o sentimento de decepção e a expectativa generalizada de “reparação” de todo e qualquer tipo de perda, inclusive – e principalmente – a perda da própria juventude. pensamento Partindo de elementos da teoria psicanalítica e de reflexões sobre o nosso tempo, esse curso vai analisar o fenômeno dos estados depressivos e sua especificidade: de que maneira o sofrimento atual difere do sofrimento das gerações anteriores? Assim, busca-se lançar alguma luz sobre o que, no modo de vida dominante do mundo globalizado, pode estar contribuindo para o crescimento desse quadro clínico, apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como epidêmico a partir de 2010. > NINA SAROLDI. Mestre em Filosofia pela PUC-Rio e doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. Professora da graduação e pesquisadora do Núcleo de Ética nas Organizações da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV). É coordenadora editorial e autora da coleção Para ler Freud, da editora Civilização Brasileira. SANDRA EDLER. Psicanalista. Mestre e doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. Membro psicanalista da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle (SPID) e autora do livro Luto e melancolia – À sombra do espetáculo. pensamento SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 23 ALEGRIA EM PSICANÁLISE ALEXANDRE JORDÃO ••4 AULAS Em Nietzsche, a alegria é sinal de vida afirmativa. O riso da criança, sua dança, o “amor fati” e a gaia ciência são alegres e espontâneos, opostos ao espírito da gravidade e à satisfação imaginária do ressentimento. Nesse curso pretendemos partir dessas considerações nietzschianas para buscar em Freud, Ferenczi e Winnicott alguns elementos que nos permitam traçar um breve esboço de uma visão psicanalítica da alegria. A gaia ciência e o rir-se de si mesmo. O “amor fati” e o egoísmo sagrado e sadio. 2 06 MAI > FREUD: LIBIDO, SEXUALIDADE E NARCISISMO Alegria é prazer? É sublimação? 13 MAI > FERENCZI: A LINGUAGEM DA TERNURA – A CERTEZA DE SI 3 4 20 MAI > WINNICOTT: AGRESSIVIDADE E MOTILIDADE. O JOGO E A CRIATIVIDADE. ALEGRIA E VERDADEIRO SELF ALEXANDRE JORDÃO. Psicólogo e psicanalista da Sociedade de Psicanálise da Cidade do Rio de Janeiro (SPCRJ). Mestre em Psicologia pela UFRJ e doutor em Teoria Psicanalítica pela mesma instituição. É autor de artigos publicados em livros como A psicanálise e o pensamento moderno e Winnicott e seus interlocutores. Publicou recentemente Narcisismo: do ressentimento à certeza de si. QUINTAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 pensamento 1 29 ABR >NIETZSCHE: ALEGRIA DA AÇÃO x SATISFAÇÃO IMAGINÁRIA 24 ENTRE A PSICANÁLISE E A FILOSOFIA INTERSEÇÕES E LIMITES PARA O TRATAMENTO DO SUJEITO CONTEMPORÂNEO AUTERIVES MACIEL JR., EDUARDO ROZENTHAL pensamento ••5 AULAS O objetivo da análise é o de tratar a dor de existir. Entretanto, a Psicanálise, para se constituir como saber, necessita da construção teórica. Já a Filosofia, para exercer o seu ofício, que é o de criar conceitos, não precisou instalar consultórios. Ainda assim, o filósofo é, nomeadamente na Antiguidade, terapeuta de sua própria existência (amante, amigo, rival etc.). Esse curso pretende problematizar as interseções e também aquilo que é irredutível entre os saberes da Filosofia e da Psicanálise para que se possa pensar em um tratamento clínico plenamente voltado para o sofrimento do sujeito contemporâneo. 1 30 ABR >A BUSCA DA VERDADE E A INVENÇÃO DA REALIDADE COMO CONSTRUÇÃO DO SUJEITO: FILOSOFIA, VERDADE E CURA DE DESEJO DO SUJEITO? O CONCEITO DE REALIDADE PSÍQUICA DA INTERPRETAÇÃO E DA LINGUAGEM AO ATO ANALÍTICO PARA UMA TEORIA E UM TRATAMENTO DO SOFRIMENTO SUBJETIVO NA ATUALIDADE 2 07 MAI > DA SEDUÇÃO INCESTUOSA: REALIDADE CONCRETA OU FANTASIA 14 MAI > A FILOSOFIA TERAPÊUTICA COMO ARTE DE VIVER 3 4 21 MAI > AFETAR E SER AFETADO NA TRANSFERÊNCIA: 5 28 MAI > A FILOSOFIA DO “POR-VIR” E A PSICANÁLISE DO SILÊNCIO. AUTERIVES MACIEL JR. Professor de Filosofia na PUC-Rio. Mestre em Filosofia pela Uerj e doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. É autor de Os pré-socráticos – A invenção da razão. EDUARDO ROZENTHAL. Psicanalista. Professor doutor do Centro de Ensino, Pesquisa e Clínica em Psicanálise (CEPCOP) do Instituto de Psicologia e Psicanálise da Universidade Santa Úrsula (USU). Membro psicanalista da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle (SPID). Autor de artigos em revistas especializadas e de capítulos de livros nacionais e estrangeiros. SEXTAS-FEIRAS, ÀS 19H30 R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00 25 OS NOVOS LAÇOS AMOROSOS MALVINE ZALCBERG ••4 AULAS A decadência da figura paterna e a ascensão do feminino estão entre as mais importantes causas das novas apresentações sintomáticas de homens e mulheres face às questões de sexo, desejo e amor. A problemática dos laços – suas condições de possibilidade, assim como suas rupturas, seus fracassos – será discutida à luz de trechos de filmes que ilustram relacionamentos humanos sob a ótica da subjetividade de nossa época. A paixão moderna pela fascinação da imagem corresponde ao modo vertiginoso de construir e desconstruir casais em nossos tempos. A dialética entre o olho da fotógrafa (ver) e a dança da stripper (dar a ver) no filme Perto demais, de Mike Nichols, revela a dificuldade de um verdadeiro encontro com o Outro. 2 12 MAI > UM HOMEM, UMA MULHER As mulheres modernas, embora livres, produtivas e sedutoras, ainda podem sofrer profundamente por uma ruptura amorosa. Pedro Almodóvar, em Mulheres à beira de um ataque de nervos, mostra como uma mulher espera da voz de um homem um resgate de seu desamparo. pensamento 1 05 MAI > A IMAGEM E O AMOR 3 19 MAI > O OUTRO COMO REINVENÇÃO DE VIDA Abraçar ideais sem deixar espaço para nenhum Outro pode levar um homem a paralisar sua vida. É o relato que faz Florian Henckel em A vida dos outros, sobre a vida solitária de um espião da Alemanha Oriental. Até que o encontro com um escritor que, além de livros, sabia escrever o amor num corpo de mulher, o reinventa como ser humano. 4 26 MAI > ENCONTROS E DESENCONTROS Há uma lógica de interseção onde amor, desejo e sexo se encontram, e há uma lógica de disjunção, onde essas dimensões se desencontram. Em Infidelidades, Liv Ullmann ressalta a diferença entre as motivações de homens e mulheres para serem infiéis aos respectivos parceiros. > MALVINE ZALCBERG. Psicanalista e doutora em Psicanálise pela PUC-Rio. Na qualidade de professora adjunta da Uerj, exerceu, por 25 anos, atividades de coordenação, ensino e pesquisa no Serviço de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto e no Instituto de Psicologia. É autora de livros como A relação mãe e filha e Amor paixão feminina. pensamento quartas-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 26 MULHERES NA FILOSOFIA CARLA RODRIGUES, RAFAEL HADDOCK-LOBO ••4 AULAS Na história do pensamento, o feminino aparece muitas vezes apenas para sustentar a hierarquia em relação ao masculino, ou para confirmar como binária a oposição homem/mulher. Esse curso analisa como a figura da mulher aparece na obra de diferentes pensadores, do século XVIII até a contemporaneidade, provocando uma reflexão original e de grande relevância para o debate contemporâneo. CARLA RODRIGUES Para definir o sujeito da razão como masculino, Rousseau e Kant propõem uma distinção entre homens e mulheres baseada em oposições: natureza/cultura, razão/sensibilidade, belo/sublime. 2 20 MAI > HEGEL E HEIDEGGER RAFAEL HADDOCK-LOBO Hegel, na dialética do senhor e do escravo, apresenta a alienação como uma certa sabedoria que, mais tarde, vai ser aproximada da figura da mulher como autoanulação. Já Heidegger, em Ser e tempo, teria pensado a diferença em termos meramente ontológicos, deixando de lado a diferença sexual. pensamento 1 13 MAI > ROUSSEAU E KANT 3 27 MAI > BUBER E LÉVINAS RAFAEL HADDOCK-LOBO Buber, em Eu e tu, surge como o primeiro filósofo a dar um lugar digno ao outro, a pensar a relação como respeito e amor. Lévinas, a partir de Buber, vai ver a ética como acolhimento através da figura do feminino, possibilitando uma crítica à neutralidade da Filosofia. 4 10 JUN >NIETZSCHE E DERRIDA CARLA RODRIGUES A “verdade” aparece em Nietzsche como uma mulher encoberta por véus. A partir de uma leitura de Nietzsche, Derrida vai pensar o feminino como o questionamento dos conceitos filosóficos da tradição. > CARLA RODRIGUES. Professora do Departamento de Comunicação Social, mestre e doutoranda em Filosofia da PUC-Rio. É jornalista e autora, entre outros, de Coreografias do feminino e coautora de Espectros de Derrida. RAFAEL HADDOCK-LOBO. Professor do Departamento de Filosofia da UFRJ, doutor em Filosofia pela PUC-Rio. É autor de Da existência ao infinito: ensaios sobre Emmanuel Lévinas. pensamento QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 27 AS GRANDES OBRAS DA FILOSOFIA PENSADORES E IDEIAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DANILO MARCONDES ••7 AULAS 19 MAI > PLATÃO – A REPÚBLICA: UM IDEAL DE JUSTIÇA 1 2 26 MAI > ARISTÓTELES – A METAFÍSICA: UMA TEORIA DA REALIDADE 3 02 JUN >SANTO AGOSTINHO – CONFISSÕES: O AUTOEXAME COMO EXERCÍCIO FILOSÓFICO O CONHECIMENTO DE LINGUAGEM 09 JUN >MONTAIGNE – ENSAIOS: UM NOVO ESTILO PARA A FILOSOFIA 4 5 16 JUN >DESCARTES – DISCURSO DO MÉTODO: UM CAMINHO PARA 23 JUN >KANT – CRÍTICA DA RAZÃO PURA: O RACIONALISMO CRÍTICO 6 7 30 JUN >WITTGENSTEIN – INVESTIGAÇÕES FILOSÓFICAS: OS JOGOS DANILO MARCONDES. Professor de Filosofia na PUC-Rio e na UFF. Mestre em Filosofia pela PUC-Rio e doutor pela Universidade de St. Andrews, Grã-Bretanha. É autor de Filosofia, linguagem e comunicação, Iniciação à história da filosofia, A pragmática na filosofia contemporânea e Textos básicos de ética – De Platão a Foucault. QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 170,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 230,00 pensamento O pensamento filosófico se constituiu através das ideias inovadoras de grandes pensadores, da Antiguidade aos nossos dias, que revolucionaram a visão de mundo de sua época e influenciaram o desenvolvimento de novos modos de pensar. A proposta desse curso é analisar algumas das obras de maior impacto na formação do pensamento filosófico, destacando as grandes ideias nelas apresentadas que levaram a novas formas de pensar. 28 Os sentidos do trabalho – Dever ou vício? NINA SAROLDI pensamento ••4 AULAS Se, para muitos, o sentido do trabalho se esgota no fato de ser o caminho mais seguro para o sustento “biológico” e para a manutenção do status social, para outros pode estar ligado à religião, atender à necessidade de pertencimento social e até mesmo ocupar o lugar de vício. Nesse curso, o trabalho será examinado a partir de várias perspectivas, desde os gregos até a Sociologia contemporânea, tentando descobrir o que, de fato, nos leva – ou não – a trabalhar. Além disso, serão analisados os valores morais subjacentes ao trabalho, buscando compreender de que modo o declínio da ética denominada por Richard Sennett como tradicional – “dar duro e esperar” – tem afetado as corporações contemporâneas. 1 24 MAI > A ética do trabalho A aula tomará como referência principal a obra de Richard Sennett A corrosão do caráter, aprofundando a menção feita pelo autor ao poema de Hesíodo “Os trabalhos e os dias”. Nele, o heroísmo se estende à luta silenciosa e persistente dos trabalhadores com a terra e os elementos da natureza, com as vicissitudes do clima e as disputas com outros homens por riqueza. Essa luta exige, antes de tudo, disciplina, qualidade exaltada como fundamental para a formação humana. É a partir dessa referência (e de outras) que Sennett delineia a ética do trabalho tradicional. 2 31 MAI > A ética do trabalho hoje Uma vez definida a ética do trabalho tradicional, que se origina com os gregos e se mantém até parte do século XX, será examinada uma nova ética, ou melhor, os problemas éticos surgidos no mundo do trabalho a partir do advento da sociedade consumista e hedonista. 3 07 JUN >“Trabalhar para si” De acordo com Gilles Lipovetsky, a nova cultura empresarial não apela para a moral da submissão e do dever, e sim para a autonomia, a comunicação e a inserção psíquica no universo da empresa. Serão analisadas as contradições dessa nova ideologia apontada pelo autor e sua afirmativa de que o trabalho não é mais um dever perante Deus ou os outros. 4 14 JUN >Trabalho e civilização em Sigmund Freud A partir dos textos “culturais” de Freud, serão examinados os diversos sentidos dados por ele ao trabalho, que vão desde a atividade que se executa visando à sobrevivência material até, num sentido mais amplo, o trabalho coletivo de construção da civilização, incluindo o “trabalho do sonho”. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 pensamento NINA SAROLDI. Mestre em Filosofia pela PUC-Rio e doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. Professora da graduação e pesquisadora do Núcleo de Ética nas Organizações da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV). É coordenadora editorial e autora da coleção Para ler Freud, da editora Civilização Brasileira. 29 O LUGAR DA FANTASIA NA PSICANÁLISE MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE pensamento ••4 AULAS “A realidade do inconsciente é sexual”, disse Lacan, para frisar a importância central da sexualidade na descoberta freudiana, responsável, em grande parte, pela revolução produzida no século XX em torno da moral sexual. Mas a concepção psicanalítica da sexualidade nem sempre é bem compreendida, pois se baseia em noções específicas construídas por Freud desde o início de sua obra, quando destacou o lugar central ocupado pela fantasia no aparelho psíquico. Esse curso tem como objetivo pontuar esses momentos fundamentais da obra de Freud, desde os primórdios de sua experiência clínica, com a histeria, abordando as construções elaboradas por Lacan sobre a diferença sexual em algumas de suas derradeiras aulas. No último encontro será discutida a relação entre Arte e Psicanálise a partir do estudo de algumas obras. 1 07 JUN >FREUD E O INCONSCIENTE Linguagem e sexualidade: uma teoria sobre o advento da espécie humana. 2 14 JUN >O LUGAR DA FANTASIA Matriz do aparelho psíquico: palavras e imagens se articulam para constituir um pouco de realidade para o sujeito humano. 3 21 JUN >AMOR, DESEJO E GOZO Satisfação, sublimação, falta: as três faces da fantasia inconsciente. 4 28 JUN >ARTE E PSICANÁLISE Criação artística como testemunho do inconsciente. MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE. Professor adjunto da Uerj, psiquiatra, psicanalista, diretor do Corpo Freudiano Seção Rio de Janeiro e membro da Association Insistance (Paris/Bruxelas). Autor de Fundamentos da psicanálise de Freud a Lacan, coautor de Freud – Criador da psicanálise e de Lacan – O grande freudiano e organizador da coletânea Lacan e a formação do psicanalista. Possui artigos publicados em revistas e coletâneas no Brasil, Canadá, França, Itália e México. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 30 ENTRE A INDIVIDUALIDADE E O INDIVIDUALISMO REFLEXÕES SOBRE LIBERDADE, SOLIDÃO, EGOÍSMO E ALTRUÍSMO JÚLIO CÉSAR POMPEU Se, por um lado, cultivamos e protegemos nossa individualidade, por outro, reclamamos da solidão e da vida competitiva que consagra o “cada um por si”. Desejamos dos outros o altruísmo, mas esperamos o egoísmo. Queremos liberdade e que nossas escolhas individuais sejam respeitadas, mas também queremos vida em comum com outros indivíduos livres e desejantes. Almejamos, enfim, ser indivíduos, mas sem as consequências desagradáveis do individualismo. Esse curso analisará a difícil equação entre o indivíduo e o individualismo no pensamento moderno e contemporâneo. 1 10 jun >DO INDIVÍDUO AO INDIVIDUALISMO A invenção dos conceitos de indivíduo e individualismo e as suas consequências para a vida moderna: Leibniz, Louis Dumont e Heidegger. 2 17 JUN >INDIVÍDUO E SUBJETIVIDADE Já nascemos indivíduos ou somos transformados em indivíduos pela sociedade? O indivíduo é mesmo o sujeito de suas próprias ações, ou apenas um reprodutor do que lhe foi ensinado e estimulado? As relações entre indivíduo e sujeito em Descartes, Berkley e Hume. 3 24 JUN > ALTRUÍSMO E EGOÍSMO Ser individualista é ser, necessariamente, egoísta? É possível ser individualista e, ao mesmo tempo, demonstrar preocupação e capacidade de sacrifício pelo outro? O individualismo moderno é o oposto da ética? Nesse encontro veremos os fundamentos de uma ética formulada a partir do indivíduo em Kant e Lévinas. 4 01 JUl > O INDIVÍDUO E OS OUTROS Para o indivíduo contemporâneo, quem são os outros, o inferno ou a solução para a angústia de existir? É possível ser feliz sozinho? Como a ética contemporânea tenta resolver a problemática convivência do indivíduo com os outros e consigo mesmo? O individualismo e os problemas da vida contemporânea segundo Alain Renault, Luc Ferry e Gilles Lipovetsky. JÚLIO CÉSAR POMPEU. Professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da CASA DO SABER São Paulo. quintas-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 pensamento ••4 AULAS 31 A arte de viver da fé Crença, MAGIA E RELIGIÃO ANDRÉ MARTINS pensamento ••4 AULAS A oposição entre Religião e Ciência não parece incomodar nem a uma nem à outra. Afinal, essa dicotomia permite que sejamos céticos na vida racional, objetiva e profissional e crentes diante de nosso desamparo emocional, do qual nem a Ciência nem o ceticismo dão conta. Nada mais natural que explicar o que é passível de explicação e acreditar no que não é. Esse curso toma uma outra direção (o que poderá incomodar e desagradar tanto céticos quanto crentes): investigar – com a ajuda das filosofias de Spinoza e Nietzsche, e da Psicanálise, sobretudo da teoria de Winnicott – o que diferencia fé e crença, o que significa o re-ligare como experiência oculta das religiões e que independe de suas doutrinas e de sua função social, o que significa o sagrado em termos filosóficos, psíquicos e experienciais, como entender filosófica e psiquicamente a magia e todo tipo de proteção, qual a importância psíquica da fé, e como, enfim, conhecimento e fé podem se encontrar sem crença nem ceticismo. 1 11 JUN >Religião x ciência. A filosofia diante do inexplicável O gênio de Sócrates, a religião instituída, doutrina, conteúdos, moral. Sistema de signos. A experiência religiosa. Função social e função psíquica. O sagrado segundo Bataille. Finitude, redenção, potência. 2 18 JUN >Magia, transferência, símbolos, proteção Solidão existencial e autonomia emocional. O desenvolvimento emocional do bebê. O imaginário e o simbólico. Teorias da imaginação. 3 25 JUN >“A arte de viver da fé, só não se sabe fé em quê” A fé com objeto e a fé sem objeto. Diferença entre fé e crença. Confiança. 4 02 JUL > Re-ligare “Meu deus é o Deus de Spinoza” (Einstein). Univocidade x sentimento oceânico, relação com a mãe-ambiente e com a mãe-natureza. O dionisíaco. André Martins. Filósofo e psicanalista. Doutor em Filosofia pela Université de Nice, doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, com pós-doutorado sênior em Filosofia pela Université de Provence. Professor Associado de Filosofia da UFRJ. Autor de Pulsão de morte? Por uma clínica psicanalítica da potência e organizador de O mais potente dos afetos. Spinoza & Nietzsche. SEXTAS-FEIRAS, ÀS 19H30 R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 32 PLOTINO, O TEÓRICO DO ÊXTASE JOSÉ THOMAZ BRUM ••3 AULAS 16 JUN >O DEUS NO INTERIOR DE CADA HOMEM 1 2 23 JUN >A METAFÍSICA DO UNO 3 30 JUN > PLOTINO E O CRISTIANISMO JOSÉ THOMAZ BRUM. Professor de Estética no Curso de Especialização em História da Arte da PUC-Rio. Licenciado e mestre em Filosofia pela mesma instituição, é doutor em Filosofia pela Universidade de Nice, França. Publicou Nietzsche – As artes do intelecto, O pessimismo e suas vontades e Schopenhauer et Nietzsche – Vouloir-vivre et volonté de puissance. É tradutor de diversos livros de Clément Rosset e Emil Cioran. QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 120,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 150,00 pensamento O curso apresentará o pensamento de Plotino (205-270 d.C.), o grande filósofo neoplatônico. Nascido no Egito, ensinou em Roma uma filosofia que é elogio da contemplação enquanto busca do divino em nós e no mundo. Exposta nas Enéadas, essa metafísica intuitiva marcou Santo Agostinho, os pensadores da Renascença, Bergson e Borges. História, Ciências e atualidade 33 CORPO: SENSAÇÕES E SENTIMENTOS PERSPECTIVAS NA CONTEMPORANEIDADE OCTAVIO BONET, RACHEL AISENGART MENEZES ••4 AULAS Ao longo de diferentes momentos históricos, o corpo, as sensações e os sentimentos têm se configurado como três instâncias fundamentais para a compreensão da dimensão subjetiva dos indivíduos. Na contemporaneidade, o corpo cada vez mais ocupa um lugar relevante no cotidiano das relações sociais, seja em camadas médias, seja em segmentos populares. A preocupação com o corpo se associa a uma renovada importância da dimensão das sensações físicas e psíquicas, que, frequentemente, é expressa como atenção à saúde, tanto pelas pessoas quanto pelas populações. Essa intrincada relação é evidenciada pelo tempo dedicado aos cuidados corporais em academias, consultórios médicos, spas ou outros espaços sociais, que se tornaram objeto de reflexão de distintas categorias profissionais. Levando em conta a relevância do tema, é a proposta desse curso abordar os diferentes sentidos atribuídos ao corpo e à percepção das sensações e dos sentimentos, a partir de uma perspectiva histórica e antropológica. OCTAVIO BONET Corpo na interface entre natureza e cultura. Concepção do corpo como máquina. A ciência na explicação do mundo. Separação entre corpo e mente. Corpo como sustentação da identidade no individualismo moderno: corpo como propriedade pessoal. O corpo na contemporaneidade: um resíduo na era das relações virtuais? Adeus ao corpo? 2 08 MAR >O CORPO E AS SENSAÇÕES NA CONTEMPORANEIDADE RACHEL aisengart MENEZES Processo civilizador: separação dos corpos, produção da diferença entre esferas pública e privada. Controle do corpo e das emoções: formas de expressão emocional. Construção histórica do estímulo da sensorialidade. Os cinco sentidos e a preeminência da visão. Lugar das emoções na sociedade ocidental moderna e sua conexão com a produção das subjetividades. História, Ciências e atualidade 1 01 MAR >CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO CORPO > 3 15 MAR >CORPO, SENSUALIDADE E SEXUALIDADE RACHEL AISENGART MENEZES O império dos sentidos: imperativo do prazer e da intensidade. Dispositivo da sexualidade. Diversidade sexual – sopa de letrinhas GLBTTT – transgênero, travesti, transexual etc. Dissociação entre exercício da sexualidade e atividade reprodutiva. Surgimento de novas formas de reprodução e suas consequências. 4 22 MAR >CORPO, SUBJETIVIDADES E SAÚDE OCTAVIO BONET Processo de medicalização da vida social: a Medicina e sua relação com o cotidiano das pessoas, das famílias e das comunidades. Orientalização do Ocidente: medicinas alternativas e/ou complementares como modelos totalizantes. O espírito de época na contemporaneidade: a visão holística do mundo e a busca da harmonia com o meio ambiente. O sujeito como “ser no mundo”. Corpo, sensações e saúde. OCTAVIO BONET. Antropólogo. Doutor em Antropologia Social pelo Programa de História, Ciências e atualidade Pós-Graduação do Museu Nacional (UFRJ). É professor adjunto no Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Autor do livro Saber e sentir. Uma etnografia da aprendizagem da biomedicina. RACHEL AISENGART MENEZES. Médica, psicanalista e antropóloga. Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (IMS) da Uerj, com pós-doutorado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação do Museu Nacional (UFRJ). Professora adjunta do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ. É autora dos livros Difíceis decisões. Etnografia de um Centro de Tratamento Intensivo, Em busca da boa morte. Antropologia dos cuidados paliativos e co-organizadora de Valores religiosos e legislação no Brasil. A tramitação de projetos de lei sobre temas morais controversos e de Vida, morte e dignidade humana. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 34 FACES DO AMOR NA HISTÓRIA MARY DEL PRIORE ••4 AULAS O que é amor? Sentimento imutável ao longo da História ou manifestação vinculada ao seu tempo? As pessoas namoram e se beijam hoje da mesma forma que faziam no período colonial? O curso percorre a história das ideias, das práticas e dos modos de dizer o amor no Brasil. Da rígida família patriarcal até a “desordem amorosa”, propiciada pela pílula e pela revolução feminista, do amorpaixão ao amor que leva ao casamento, do flerte à paquera. Tudo para quem quer entender – e viver – o afeto mais cantado da História. 1 03 MAr >O AMOR NO RETROVISOR: ORIGENS DO AMOR ROMÂNTICO Noções do amor nas canções medievais e sua repercussão na Literatura portuguesa. Um sentimento divino e dirigido a deusas intocáveis, sem sexo! Na Literatura popular, contudo, encontramos marcas de relações amorosas libertas de preconceitos. Considerado perigoso, o sentimento amoroso era perseguido pela Igreja, que exigia, dentro do casamento, relações baseadas na “amizade amorosa”. O resultado? Uma dupla moral feita de comportamentos específicos para dentro do casamento e fora dele. Fora, as paixões que resultavam em concubinatos ardentes; dentro, esposas dedicadas exclusivamente à procriação. 3 17 MAR >METEOROLOGIA DAS PRÁTICAS AMOROSAS NO SÉCULO XIX Os casamentos arranjados se tornavam uma rede de acumulação e solidariedade, sem espaço para os sentimentos. Entre as elites era considerado um meio favorável para um bom regime sexual, e os médicos o sacralizavam como regulador de energias contra o apelo dos bordéis, que se multiplicavam. Sua força normativa resultaria na dupla rejeição: do homossexual e da celibatária. Mas a chegada do “amor romântico” começa a mudar tudo... História, Ciências e atualidade 10 MAR >O SÉCULO XVIII: O AMOR INIMIGO E O AMOR DOMESTICADO 2 > 4 24 MAR >AMOR, AMORES: CONQUISTAS E ARMADILHAS NO SÉCULO XX Em toda a história do amor, o casamento e a sexualidade estiveram sob controle; controle da Igreja, da família, da comunidade. Só o sentimento, apesar de todos os constrangimentos, continuava livre. Podia-se obrigar um indivíduo a viver com alguém, a deitar com alguém, mas não a amar alguém. As coisas mudaram. Hoje, a grande ausência de desejo é que é a culpada. O casamento não é mais obrigatório e escapa às estratégias religiosas ou familiares; o divórcio não é mais vergonhoso e os cônjuges têm o mesmo tratamento perante a lei. A realização pessoal se coloca acima de tudo: recusamos a frustração e a culpabilização. Mas tudo isto são conquistas ou armadilhas? Os historiadores de amanhã dirão. MARY DEL PRIORE. Historiadora. Autora de mais de 20 livros sobre História do Brasil entre eles História do Amor no Brasil, História das crianças no Brasil, História das mulheres no Brasil e O príncipe maldito. Detentora de vários prêmios como o Jabuti, o Casa Grande & Senzala e o da Associação Paulista de Críticos de Arte. Articulista do jornal O Estado de S. Paulo e colaboradora em coletâneas e revistas nacionais. História, Ciências e atualidade QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 35 A TECNOLOGIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL AS INVENÇÕES QUE MUDARAM O RUMO DO MAIOR CONFLITO ARMADO DA HISTÓRIA Israel Blajberg, Marcio Mac Culloch Jr., João Henrique Barone Coordenação: Beto Largman ••3 AULAS O mundo de hoje poderia ser bem diferente se algumas das tecnologias e invenções da Segunda Guerra Mundial não tivessem surgido – e se outras tivessem chegado mais cedo ao front de batalha. Viagens de avião transcontinentais, radares, energia nuclear, computadores e conquistas espaciais – instrumentos para o progresso da humanidade em tempos de paz – são consequências diretas de um legado tecnológico que forjou as armas mais mortíferas projetadas até então. Esse ciclo de encontros, com mediação do blogueiro e jornalista Beto Largman, reúne três estudiosos que vão mostrar a evolução da tecnologia de guerra do Exército, da Marinha e da Força Aérea das nações que definiram o conflito cujo término completa 65 anos em maio de 2010. 1 09 MAR >NA TERRA, A NOVA ARTE DA GUERRA – EXÉRCITO O impacto da tecnologia sobre as operações terrestres: o “conflito de mobilidade”, transformando radicalmente a arte da guerra. O complexo industrial bélico, a evolução dos blindados, da artilharia e das armas automáticas da Infantaria: o diferencial tecnológico no combate. Quais foram as transferências para uso civil dos avanços na engenharia militar, na logística e na produção em massa. A energia nuclear para fins pacíficos a partir da poderosa bomba atômica. A contribuição da eletrônica militar para o desenvolvimento do radar como auxílio à navegação, da tecnologia de comunicação e da evolução da válvula para o estado sólido. Da criptografia ao computador. Os benefícios para a Medicina e para a indústria de alimentos. História, Ciências e atualidade Israel Blajberg, Beto Largman > 2 16 MAR >NO MAR, AS INCRÍVEIS INVENÇÕES DE COMBATE – MARINHA Marcio Mac Culloch Jr., Beto Largman Quando o conflito começou, os encouraçados eram os “reis dos mares”. Mas o desenvolvimento da guerra decretou o fim de uma era, mostrando as vantagens de uma classe de navios que viria a se tornar sinônimo de poder nos oceanos: os porta-aviões. Também debaixo d’ água a tecnologia desenvolvida no período entreguerras rendeu frutos: sem contar com porta-aviões e incapaz de rivalizar com os ingleses em número de unidades pesadas, a Marinha alemã apostou todas as suas fichas nos submarinos, chamados U-Boats. O desembarque na Normandia pelas tropas aliadas exigiu invenções incríveis, como tanques que flutuavam, veículos anfíbios e barcaças especialmente projetadas para o famoso “Dia D”. 3 23 MAR >NO AR, EVOLUÇÃO DE AERONAVES E FOGUETES – FORÇA AÉREA História, Ciências e atualidade João Henrique Barone, Beto Largman A evolução da aviação e seus sistemas de armas entre 1939 e 1945, com destaque para o emprego de caças, bombardeiros, foguetes e outras tecnologias de propulsão. A importância das modificações na indústria aeronáutica aceleradas pela guerra e que repercutem até nossos dias. Análise dos vários tipos de aeronaves e sua influência no aprimoramento do design aeroespacial, inclusive na tecnologia stealth. O emprego de foguetes como arma aérea e o desenvolvimento de motores a reação na Aeronáutica pelos aliados e os alemães. Israel Blajberg. Engenheiro de Planejamento do BNDES e professor da Escola da Engenharia da UFF. Diplomado pela Escola Superior de Guerra e Yad Vashem (Jerusalém). Autor de Soldados que vieram de longe, comentado pelo marechal Levy Cardoso. Colabora com artigos em revistas como A Defesa Nacional, do Exército Brasileiro. Ex-aluno do CPOR, participou do projeto do Museu do Oficial da Reserva e, como diretor da Casa da FEB, do Centro Cultural e de Memória. Diretor financeiro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e 3º vice-presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB). Membro da Comissão do XIII Congresso Internacional de História Militar, Rio 2011. Foi condecorado com as medalhas da Vitória (Ministério da Defesa), Pacificador, Amigo da Marinha e Mérito Aeronáutico. MARCIO MAC CULLOCH JR. Jornalista, editor e coordenador de diversos projetos de comunicação on-line, Marcio é apaixonado por assuntos militares, especificamente História Naval e Segunda Guerra Mundial. Filho de um oficial da Marinha, desde criança é ávido leitor de textos especializados e, aos poucos, esse interesse se extende para filmes, documentários, séries de televisão, sites na internet e games para computador. É coordenador de projetos do Infoflobo. João Henrique Barone. Jornalista ilustrador, cenógrafo e diretor. É pesquisador da História da Aviação na Segunda Guerra Mundial. Tem trabalhos de museografia realizados em duas salas no Museu Aeroespacial da FAB e outras no Centro Cultural da Marinha, em São Paulo, e na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro. É autor do livro Overlord, sobre as operações aéreas durante a batalha da Normandia, com prefácio escrito pelo ás franco-brasileiro Pierre Clostermann. Está produzindo o documentário Jambock’s, que conta a história do 1º Grupo de Aviação de Caça, de sua chegada da campanha da Itália até os dias de hoje. Beto Largman. Jornalista especializado em Tecnologia, Internet e Design, comanda o blog Feira Moderna, no Globo Online. Gerenciou projetos inovadores ligados à Tecnologia, Comunicação, Mídias Eletrônicas e Digitais, Arte e Cultura. Foi blogueiro do portal Mundo Oi e colunista no programa Qual é a boa?, exibido no canal Multishow. É colaborador das revistas Época, Época Negócios e Digital (do jornal O Globo) e curador do Descolagem, projeto que inclui uma série de eventos que discutem os impactos da tecnologia na sociedade realizados no Núcleo Avançado em Educação (Nave), no Rio de Janeiro. História, Ciências e atualidade terças-FEIRAs, ÀS 20H R$ 125,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 160,00 36 O PROBLEMA DA MATÉRIA PENSANTE: SISTEMAS COMPLEXOS, INTELIGÊNCIA E CULTURA LUIZ ALBERTO OLIVEIRA ••6 AULAS Em nossa época, profundamente marcada por avanços revolucionários do conhecimento científico e por todo tipo de inovação técnica, instaura-se um novo entendimento sobre o mundo natural. Muitas noções tradicionais, que fundavam a compreensão habitual que temos da realidade e dos acontecimentos, foram substituídas ou transmutadas, e os modos de viver e produzir da maior parte das sociedades enfrentam o desafio da continuidade. Esses movimentos e tensões estariam talvez indicando a proximidade de um novo estágio da civilização. Os eixos principais desse processo podem ser abordados a partir de um antigo, porém sempre renovado, problema radical: o que é, o que pode, esta matéria que vive e pensa? As estações do percurso: 1 11 MAR >INTRODUÇÃO: DO COMPLEXO AO VITAL História, Ciências e atualidade Evolução e Jogo. Sistemas adaptativos complexos. Crescimento e Forma. Forma e Função. A individuação interminável. O horizonte do vivo. Biofilia e Antropia. Do genoma à Gaia. 2 18 MAR >COMPLEXIDADE E COGNIÇÃO Unidades perceptivas e significação. Organismo e Protocognição. Etologia e Sociobiologia. O Indivíduo, o Mundo e o Eu. Psiquismo e afetividade. O transindividual. O Inconsciente. 3 25 MAR >O PSÍQUICO, O COLETIVO, O ESPÍRITO Pulsão, Afeto, Instinto. Coletividade e Subjetividade. Canetti e a Massa. Cognição e objetos técnicos. Técnica e Linguagem. Inteligência e Invenção. A Arte. 4 01 ABr >OS ARTIFÍCIOS Cibernética e teoria da informação. Türing e os autômatas. Von Neumann e a inteligência artificial. A máquina pensante: Hofstadter versus Penrose. Gibson e Lanier: ciberespaço, virtualidade. Kurzweil e os robôs espirituais. A alteridade extrema: a Singularidade. 5 08 ABR >O ENCONTRO DO CARBONO E DO SILÍCIO Virilio e a velocidade. Informatização e globalização. Telemática e inteligências coletivas. A multiplicação cognitiva: Cibernoma, Simulacro. Próteses e híbridos. Nanotecnologia e Bioética. O Homo Sapiens 2.0. 6 15 ABR >O PROBLEMA MENTE-CÉREBRO As Neurociências. Modelagens e simulações. Modularismo, Societarismo, Cartografia, Seleção, Correlação: Eccles, Minsky, Edelman, Dennett, Pinker. Damasio: Corpo, Afeto e Razão. Mente e Matéria: a magna questão. LUIZ ALBERTO OLIVEIRA. Físico, doutor em Cosmologia e pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), onde também atua como professor de História e Filosofia da Ciência. História, Ciências e atualidade QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 190,00 37 SEGREDOS DA MENTE O FUNCIONAMENTO MENTAL NOS TRANSTORNOS DO COMPORTAMENTO ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA ••4 AULAS O curso apresenta um panorama dos mais recorrentes transtornos psiquiátricos, como transtornos de déficit de atenção, de ansiedade, personalidade e alimentares, abordando o funcionamento cerebral de cada um deles, suas características clínicas, causas e possibilidades terapêuticas. Bem conhecidos pela Medicina e Psicologia, esses transtornos, em sua maioria, implicam sintomas que trazem não apenas um intenso desconforto e sofrimento como, muitas vezes, a incompreensão e o preconceito do meio social. As aulas serão divididas em abordagens teóricas e estudos de casos que permitirão um entendimento claro e consistente desses transtornos mentais. 1 11 MAR >MENTES INQUIETAS: TDAH História, Ciências e atualidade DESATENÇÃO, HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE O transtorno do déficit de atenção (TDAH) é caracterizado por desatenção, impulsividade e hiperatividade. Atinge de 3% a 7% da população infantil e é uma das causas de repetências e evasão escolar. Quando não diagnosticado precocemente, mais de 70% dos acometidos levarão os principais sintomas para a vida adulta, acarretando inúmeros prejuízos em diferentes setores da vida (social, familiar, afetivo, acadêmico ou profissional). O TDAH é uma condição que acompanha a pessoa desde sempre; mas as crianças que apresentam os sintomas desse transtorno não possuem pouca inteligência ou algum problema de ordem cognitiva. Pelo contrário: apresentam grande potencial criativo, muitas vezes com QI acima da média. O grande “x” da questão é canalizar suas habilidades inatas para algo realmente producente. 2 18 MAR >MENTES PERIGOSAS: O PSICOPATA MORA AO LADO A psicopatia é um transtorno de personalidade que se distingue dos demais transtornos mentais. Os psicopatas são frios, manipuladores, cruéis e destituídos de compaixão, culpa ou remorso. Utilizam-se de seu charme e inteligência para impressionar, seduzir e enganar, visando apenas seus próprios interesses, sem apresentar qualquer sofrimento emocional ou consciência de seus atos. Entre homens e mulheres, 4% da população é de psicopatas, e eles podem ser encontrados em qualquer segmento da sociedade. O sujeito nasce com esse funcionamento mental diferenciado e assim permanece até o fim da vida. Não existe tratamento eficaz, tampouco cura para a psicopatia. Mas torna-se importante reconhecê-la. 3 25 MAR >MENTES COM MEDO: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE O medo e a ansiedade são emoções necessárias para a proteção e a perpetuação da espécie humana. O problema é quando se tornam excessivos e passam a trazer prejuízos para a vida do indivíduo. Nesse caso, adoecemos e passamos a apresentar o que a Medicina denomina transtornos de ansiedade. Cerca de 25% da população sofrem ou sofrerão de transtornos de ansiedade (medo), em algum momento de suas vidas. Dentre eles, destacam-se: transtorno do pânico (crise de medo intenso, sem aviso prévio); fobia social ou timidez excessiva (medo de se expor ou de falar em público); fobias específicas (medos exagerados de um determinado objeto ou situação); transtorno do estresse pós-traumático (medo em função de um evento traumático); ansiedade generalizada (preocupação persistente e constante); e transtorno obsessivocompulsivo (TOC), conhecido popularmente como “manias”. E COMPULSÃO ALIMENTAR Os transtornos alimentares afetam milhares de pessoas em todo o mundo. A luta insaciável de homens e mulheres na busca da perfeição física e de um padrão de beleza inatingível, comportamento tão recorrente na sociedade contemporânea, acaba por distanciá-los cada vez mais da felicidade e da satisfação pessoal. Os transtornos alimentares se caracterizam por alterações associadas à alimentação e à forma como as pessoas percebem a imagem de seus corpos. ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA. Médica graduada pela Uerj com residência em Psiquiatria pela UFRJ. Participou do Curso de Avaliação e Tratamento em Psiquiatria no Departamento de Psiquiatria da University of Chicago Hospitals, sob a supervisão do dr. Elliot Gershon e da dra. Deborah Spitz. É professora honoris causa pela UniFMU (SP) e presidente da Associação dos Estudos do Distúrbio de Déficit de Atenção (AEDDA – SP). Diretora das clínicas Medicina do Comportamento do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde faz atendimento a pacientes e supervisão dos profissionais de sua equipe (médicos e psicólogos). QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 História, Ciências e atualidade 4 01 ABR >MENTES INSACIÁVEIS: ANOREXIA, BULIMIA 38 UMA REVISITA AO MUNDO DOS ECONOMISTAS A ANÁLISE ECONÔMICA DIANTE DAS QUESTÕES DA MODERNIDADE JOSÉ MÁRCIO CAMARGO ••4 AULAS A análise econômica moderna tem por objetivo prever o comportamento dos indivíduos, não apenas no que se refere ao seu desempenho econômico, mas também em relação a outros aspectos da vida cotidiana. Questões como se a obrigatoriedade de usar cintos de segurança nos veículos reduziu o número de acidentes e de mortes no trânsito, a relação entre a liberalização do aborto e a redução da violência urbana entre jovens nos Estados Unidos, as causas dos persistentes engarrafamentos nas grandes cidades, apesar dos enormes investimentos em infraestrutura urbana, as razões que levam alguns povos a pouparem uma parte maior de sua renda do que outros, por que alguns países crescem mais rapidamente que outros, qual a relação entre desigualdade e crescimento econômico, são alguns temas que têm sido analisados pelos economistas. História, Ciências e atualidade O objetivo desse curso é discutir qual o método utilizado pelos economistas para atingir esse objetivo e como esse método tem sido usado para analisar questões tão díspares quanto pobreza, desigualdade e preservação ambiental. 1 11 MAR >O MUNDO DOS ECONOMISTAS Com base em um pequeno número de hipóteses sobre o comportamento dos indivíduos, os economistas constroem um “mundo imaginário” no qual não existe espaço para altruísmo, vícios, irracionalidade e imortalidade. Esse é um “mundo” teórico que só existe na cabeça dos economistas. No mundo real existem nuances e desvios, mas a pressuposição da análise econômica é a de que as quatro características enunciadas acima são predominantes. Nesta primeira seção, será discutida a forma pela qual esse mundo é construído. 2 18 MAR >CUSTOS, BENEFÍCIOS E INCENTIVOS Em um mundo como este, tudo tem um custo e um benefício. A tarefa dos economistas é avaliar os custos e os benefícios (pecuniários ou não pecuniários) de diferentes decisões e, com base nessa análise, definir os incentivos que vão determinar o comportamento dos indivíduos. A palavra chave é incentivos. A economia é uma disciplina que tenta prever o comportamento humano a partir dos incentivos gerados pelas instituições criadas pelos próprios seres humanos. 3 25 MAR >ALTRUÍSMO E EXTERNALIDADES A alocação de custos e benefícios exige que seja possível que estes sejam apropriados privadamente pelos indivíduos. Entretanto, alguns bens não são passíveis de serem apropriados privadamente. Os melhores exemplos são a qualidade do ar que respiramos e a qualidade do meio ambiente em que vivemos. Todos respiram o mesmo ar e dividem o mesmo meio ambiente. Em um mundo sem altruísmo, como isso afeta os incentivos e as decisões dos indivíduos? 4 01 ABR >POBREZA, DESIGUALDADE E CRESCIMENTO ECONÔMICO Pobreza e desigualdade estão, permanentemente, na agenda das sociedades. O grau de desigualdade e de pobreza varia de país para país. Desigualdade de renda e de oportunidade são problemas similares? Por que algumas sociedades são mais desiguais do que outras? A busca da igualdade deveria ser um objetivo das sociedades? Existe alguma relação entre desigualdade e crescimento? De que forma as políticas direcionadas a reduzir as desigualdades afetam os incentivos e, portanto, o comportamento dos indivíduos? QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 História, Ciências e atualidade JOSÉ MÁRCIO CAMARGO. Professor titular do Departamento de Economia da PUCRio e economista da Opus Gestão de Recursos. 39 A COMUNICAÇÃO NA ERA TRANS EU TRANSO, TU TRANSAS, ELE TRANSA? Suzana Apelbaum ••4 AULAS O ser humano está sempre em busca de expandir seus limites – físicos, mentais ou espirituais. Esse seu desejo, aliado a novas possibilidades trazidas pela tecnologia e a uma maior abertura e aceitação sociocultural, fez nascer um movimento, um novo formato de mundo. O mundo Trans, onde tudo pode transpor limites, transcender áreas de atuação e transbordar, efetivamente, para melhor interagir com um ser humano em constante mutação. História, Ciências e atualidade A propaganda, como reflexo da sociedade, acompanha essa transformação. Diante desse novo consumidor, ela passa a se sentir inadequada e limitada em seu formato. Transveste-se, assumindo ora formatos interessantes, ora assustadores. Através de teorias e de muitos exemplos práticos, o curso se propõe a descobrir alguns dos fascinantes resultados dessa evolução do mercado, os quais, por sua profundidade, transcendem a atividade publicitária, passando a interferir em dinâmicas econômicas e até ambientais. 1 29 MAR >O mundo Trans e o seu impacto no mercado da comunicação Partindo de uma análise do novo consumidor, especialmente da geração Y, vão ser reveladas as enormes mudanças geradas nos formatos de agência, de mídia, nos processos de criação e produção. E, também, como essas novas dinâmicas afetam as campanhas publicitárias. 2 05 ABR >As grandes mudanças dos últimos CINCO anos Na propaganda – parte 1 O storytelling, a valorização de serviços, o consumer power, o video power, a força dos factoides. Através da análise de cases de sucesso e fracasso, a transformação do mercado de comunicação será melhor compreendida. 3 12 ABR >As grandes mudanças dos últimos CINCO anos na propaganda – parte 2 A explosão das redes sociais, o surgimento do marketing de causa, a criação de produto para vender produto, a brand experience e o brand content. Também através de cases, se buscará mais e maiores explicações para o processo de mutação em curso. 19 ABR >Riscos e oportunidades do mundo Trans para 4 anunciantes e agências Como o mercado vem lidando com a mudança? Sofre com as consequências negativas? Ou aproveita as oportunidades que lhe garantem vantagens competitivas antes impensáveis? Através de um bate-papo com convidados sobre seus cases, serão apresentadas e debatidas as diferentes tendências do mercado da comunicação e, em especial, os novos formatos tecnológicos de abordagem do consumidor trans. SUZANA APELBAUM. Publicitária e atriz, é uma das profissionais de criação mais premiadas do mercado de propaganda interativa em festivais internacionais, como Cannes Lions, One Show e NY Festivals. Depois de passagens marcantes pela AgênciaClick, JWT e Africa, na qual implantou o pensamento digital, dirigiu a Hello Interactive durante dois anos. Hoje é sócia e VP de Criação da agência Rede, parte do grupo ABC de Comunicação de Marketing, um dos 20 maiores do mundo em receita. História, Ciências e atualidade SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 40 UMA LEITURA ECOLÓGICA DA HISTÓRIA DO BRASIL JOSÉ AUGUSTO PÁDUA ••4 AULAS A partir da perspectiva da história ambiental, o curso busca compreender a formação e as principais características do espaço geográfico e social brasileiro. A proposta é analisar os padrões e as dinâmicas socioecológicas dominantes na construção do território do país, com sua diversidade regional, focalizando a interação constante entre ecossistemas, estruturas sociais e manifestações culturais. Essa investigação buscará entender os problemas ambientais surgidos ao longo da História do país, apontando para a existência de tendências predatórias e desequilíbrios sociais que a sociedade precisa superar para encontrar o caminho da sustentabilidade e do desenvolvimento humano. 1 29 MAR >A DIVERSIDADE ECOLÓGICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO E A GEOGRAFIA CULTURAL DAS SOCIEDADES INDÍGENAS 2 05 ABR >O IMPERIALISMO ECOLÓGICO E AS CONSEQUÊNCIAS SOCIOAMBIENTAIS DA INCORPORAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO NA ECONOMIA MUNDial MODERNA REGIONAIS: TRANSFORMAÇÕES DA PAISAGEM, IMPACTOS AMBIENTAIS E RECRIAÇÕES CULTURAIS DE URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA NO SÉCULO XX História, Ciências e atualidade 3 12 ABR >A FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS SOCIOECOLÓGICOS 4 19 ABR >AS CONSEQUÊNCIAS SOCIOAMBIENTAIS DO PROCESSO JOSÉ AUGUSTO PÁDUA. Professor do Departamento de História da UFRJ. Doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), com pós-doutorado na Universidade de Oxford, Inglaterra. Como especialista em História e Política Ambiental, proferiu cursos e palestras e participou de trabalhos de campo em mais de 35 países. Autor de O que é ecologia?, Ecologia e política no Brasil e Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 41 OS SENHORES DO SÉCULO XX Churchill, roosevelt, de gaulle, stálin MAURÍCIO PARADA ••4 AULAS O último século ainda reverbera em nosso imaginário. Com a queda do muro de Berlim e o fim da URSS, um entusiasmo perplexo tomou conta de nosso pensamento e olhamos para o século XX com espanto e reflexão. Como foi possível a humanidade viver em tais limites e sobreviver a eles? Uma resposta, mesmo que esboçada, pode ser encontrada na biografia política das principais lideranças do século passado. Pensar suas trajetórias é buscar compreender as incoerências que hoje nos conduzem. 1 31 MAR >JAMAIS SE RENDER: SIR WINSTON CHURCHILL E A CRISE DO IMPÉRIO BRITÂNICO O perfil biográfico de Churchill acompanha o grande império colonial da Guerra dos Boêres até seu segundo mandato como primeiro-ministro e o recebimento do prêmio Nobel, em 1953. 2 07 ABR > PARA ALÉM DE TODA INFÂMIA: ROOSEVELT E A ASCENSÃO DO PODER AMERICANO A crise em 1929 e a entrada na Segunda Guerra Mundial fazem de Roosevelt um dos maiores personagens do século. Sem ele é impossível pensar a política e a economia americanas de hoje. 14 ABR >RESISTÊNCIA E PERSISTÊNCIA: DE GAULLE E OS FRANCESES 3 Charles de Gaulle é uma sombra do século XX. Sua trajetória se iniciou na Grande Guerra e, com diversas incoerências, chegou até a grande crise intelectual de 1968. 4 28 ABR >O HOMEM DE AÇO: STÁLIN E A CONSTRUÇÃO DA URSS O século XX deve ser comparado a Josef Stálin: breve, brutal, racional e definitivo. MAURÍCIO PARADA. Professor titular da Universidade Salgado de Oliveira e professor agregado da PUC-Rio. Mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio e doutor em História Social pela UFRJ. Organizador do livro Fascismos: conceitos e experiências e autor de Educando corpos e criando a nação. QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 História, Ciências e atualidade 42 roma: DE CÉSAR A AUGUSTO A CRISE DA REPÚBLICA ROMANA E SEUS GRANDES PERSONAGENS MÁRCIO SCALERCIO ••4 AULAS O marco temporal do curso corresponde aos 75 anos de duração da crise institucional da República romana. Trata-se, na visão de alguns intérpretes, do período em que se manifestam as dores da transição das velhas estruturas políticas republicanas para um sistema efetivamente imperial. Os personagens da trama são notórios. Falamos de figuras como Caio Mario, o “homem novo”, Lúcio Cornélio Silla, o ditador, de Pompeu Magno e Marco Túlio Cícero; de Caio Júlio César, cujo nome, “César”, converteu-se em título e adjetivo, de Bruto, Marco Antonio e, finalmente, de Otavio, cuja habilidade política garantiu a estabilidade ao domínio romano. O elemento simbólico culminante na trajetória de Otavio revelase quando o Senado de Roma lhe confere o título de “Augusto”. Nesse curso serão estudados, por meio da Literatura Histórica recente, os cenários mais relevantes desse período momentoso. História, Ciências e atualidade 1 05 ABR >OS ROMANOS E SUAS INSTITUIÇÕES O povo e a oligarquia governante de Roma – o tradicional e o novo. As instituições republicanas e seu funcionamento. A máquina de guerra romana – as legiões atingindo a maturidade. 2 12 ABR >ROMANOS CONTRA NÃO ROMANOS – ROMANOS CONTRA ALIADOS ITALIANOS – ROMANOS CONTRA ESCRAVOS E, FINALMENTE, ROMANOS CONTRA ROMANOS Caio Mario e Silla – reformas, guerras sociais, guerras dos escravos. Velhos paradigmas da política derrubados e ultrapassados – a guerra civil e o problema da ditadura. Uma carreira política rumo ao topo – os primeiros passos de César. 3 19 ABR >ABRINDO CAMINHO “ALHURES” O consulado de César – ou como um patrício de família ilustre torna-se o “herói da plebe”. A conquista das Gálias – a nova guerra civil. César tentando construir uma nova institucionalidade. 4 26 ABR >COMO UM OTAVIO CONVERTE-SE NUM AUGUSTO Otavio – herdeiro de César. Nova guerra civil – neutralizando os adversários. As reformas de Otavio e o governo de Augusto. MÁRCIO SCALERCIO. Professor da Universidade Candido Mendes e do Departamento de Relações Internacionais da PUC-Rio. Autor de Oriente Médio e de Um inventário da prosperidade: a economia norte-americana. SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 43 JUDEUS NO BRASIL KEILA GRINBERG ••4 AULAS O Brasil é um país de imigrantes. Às vezes visto como Eldorado, às vezes como inferno tropical, o país foi destino de milhares de pessoas que, por diferentes razões, o escolheram como novo local de morada. Com os judeus não seria diferente. Desde o início da colonização brasileira, judeus e cristãos-novos originários de regiões como Portugal, Espanha, Marrocos, Polônia, Alemanha e Rússia chegaram no Brasil em busca de um porto seguro e oportunidades. O curso discutirá as várias maneiras como os judeus transformaram e foram transformados pela sociedade brasileira. 2 13 ABR >JUDEUS E CRISTÃOS-NOVOS NO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL Os judeus no Brasil holandês. A Inquisição no império português no período colonial. O período pombalino e o fim das distinções entre cristãos velhos e novos. A independência do Brasil e a tolerância religiosa do império. 3 20 ABR >AS IMIGRAÇÕES JUDAICAS E A FORMAÇÃO DAS COMUNIDADES JUDAICAS BRASILEIRAS A imigração de judeus no século XIX: os judeus da corte imperial. Judeus marroquinos na Amazônia. Judeus russos no Centro-Sul do país. As comunidades judaicas no Brasil independente e na Primeira República. 4 27 ABR >AS IDENTIDADES JUDAICAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO Imigração de judeus na época do nazismo. O Holocausto, o sionismo e os judeus brasileiros. Identidades judaicas na contemporaneidade. KEILA GRINBERG. Professora adjunta do Departamento de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e doutora em História do Brasil pela UFF. Coordena o Programa de Pós-Graduação em História da UNI-RIO. Foi pesquisadora visitante na University of Michigan (2007) e professora visitante na Northwestern University (2009). Entre seus principais livros estão Liberata: a lei da ambiguidade, O fiador dos brasileiros: escravidão, cidadania e direito civil no tempo de Antonio Pereira Rebouças, Os judeus no Brasil: Inquisição, imigração e identidade e Slavery, freedom and the Law in the Americas, com Sue Peabody. É titular da coluna mensal “Em Tempo”, na revista on-line Ciência Hoje. TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 História, Ciências e atualidade 1 06 ABR >OS JUDEUS NA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS A expulsão dos judeus da Península Ibérica. Os judeus e a expansão do império português. Os judeus no Descobrimento do Brasil. A Inquisição no século XVI e o início da colonização brasileira. 44 EGITO ANTIGO: COSMOVISÃO E POLÍTICA ANA MONTES ••4 AULAS História, Ciências e atualidade Da perspectiva dos antigos egípcios, a vida não podia ser concebida sem a presença do rei, ou, mais precisamente, sem a instituição da realeza. É fácil entender que a realeza egípcia não devia ser percebida meramente como uma instituição política. Numa sociedade na qual todos os elementos do universo estavam em contínua interação, o discurso egípcio não diferençava instituições políticas, sociais, econômicas ou religiosas. Pela mesma razão, os egípcios não elaboravam um discurso especificamente religioso, porque aquilo que remetia ao âmbito do transcendente se apresentava como uma postura, uma forma de perceber o mundo. Nessa cosmovisão, a presença do rei é o elemento chave, integrador. A ausência de ordem política é sinônimo de caos, não unicamente de caos social, mas, também fundamentalmente, de caos cósmico. Isso é o que se infere dos períodos de interregno, das graves crises políticas que constituem, por extensão, crises cósmicas. Essa situação não é prerrogativa do povo egípcio: em inúmeras sociedades africanas constata-se a mesma equivalência, a mesma relação entre o rei e a ordem possibilitadora do devenir da vida e a continuidade da comunidade. Por esse viés, o curso irá revelar um pouco do fascinante universo do Egito Antigo. 1 08 ABR >MARCO GEOGRÁFICO E TEMPORAL Cosmogonias e cosmologia: a formação da terra e a formação do Estado. 2 15 ABR >ESTRUTURA SOCIOPOLÍTICA DO ESTADO EGÍPCIO: O REI PROVEDOR A tarefa do soberano – intermediário entre os homens e as divindades – é garantir o equilíbrio cósmico, possibilitando a sobrevivência do povo e da vida em sociedade. Longe do paradigma do escravismo, a organização social se adéqua a uma ordem de funcionamento em concordância com o preceito de recíproca solidariedade. 3 29 ABR >RITUAIS DE REALEZA I: A INSTALAÇÃO O objetivo do ritual de instalação não é simplesmente mostrar a transmissão do governo entre o rei defunto e o sucessor. Por trás disso há a necessidade de conjurar a possibilidade de vazio de poder (de consequências nefastas) e afirmar a existência de um ser de natureza divina que, mediante pactos estabelecidos com as divindades, assegura o correto funcionamento das ordens natural e sociopolítica. 4 06 MAi > RITUAIS DE REALEZA II: A REINSTALAÇÃO (O HEB SED, OU RITUAL DE REJUVENESCIMENTO, E OS RITUAIS ANUAIS) Esporádica ou periodicamente, dependendo de circunstâncias individuais ou determinadas pelo calendário agrícola, o rei deve ser submetido a cerimônias que atualizam o ritual de instalação. Trata-se não só de reforçar a potência real como de propiciar o correto devir dos ciclos da natureza e de otimizar a exploração de seus recursos. Ana Montes. Antropóloga. Doutora em Antropologia pela Universidade de Barcelona. Colaboradora de docência e pesquisa no Instituto Inter-universitário de Estudos do Próximo Oriente Antigo – Universidade Autônoma de Barcelona. Foi responsável pelo programa África negra, professora de Antropologia Social e Cultural na Fundação Arqueológica Clos (Barcelona) e diretora do Banco de Imagens, Arquivo Documental da Fundação Arqueológica Clos (Barcelona). Participou de diversas pesquisas de campo no Egito e outras regiões africanas e é autora de vários trabalhos sobre história e cultura egípcias. História, Ciências e atualidade QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 45 CRIAÇÃO, PRODUÇÃO E CONSUMO EM TEMPOS DE SUSTENTABILIDADE Dalcácio da Gama Reis ••4 AULAS História, Ciências e atualidade O atual momento é de transição e, em todo o mundo, um número crescente de pessoas está cada vez mais consciente e preocupado com a repercussão de suas atitudes – desde a abertura de uma torneira até a ida ao supermercado. Nesse contexto, parece que ficou mais claro que as escolhas afetam, direta ou indiretamente, uma cadeia enorme de eventos que podem impactar negativa ou positivamente o planeta e a vida de quem mora nele. Esse curso apresentará um panorama desse cenário, onde novos conceitos e paradigmas relacionados à ideia de produtos de consumo e formas de vida “sustentáveis” ganham força e lugar no mercado. A partir da apresentação e análise de uma série de produtos serão discutidos os novos conceitos de criação, produção e consumo de uma sociedade em plena transformação – de consciência e comportamento. 1 08 ABR >O que é Sustentabilidade Triple Bottom Line, aquecimento global / efeito estufa. Pegada de carbono / pegada ecológica (definições) – da água ao celular. Matriz energética (Brasil), energia não renovável x energia renovável. Produtos à base de energia humana, solares / eólicos – de carregadores de celular a turbinas. Case Veículos – neste case será discutida a questão energética ligada aos atuais e novos combustíveis e apresentados produtos que apontam para novas tendências no desenvolvimento de veículos individuais e coletivos. 2 15 ABR >Ciclo de vida do produto (cradle to gate, cradle to grave, cradle to cradle) Apresentação de produtos relacionados ao tema e exemplificação do complexo ciclo de vida de um produto. Obsolescência programada e obsolescência percebida. Case iPod – neste case será possível avaliar um produto de sucesso e sua estratégia de lançamento. Definição e exemplo dos conceitos de 3Rs, 3Rs + C, 4Rs e 5Rs. Materiais renováveis e multiplicação de produtos feitos com bambu e papel papelão. Novos materiais. Compostáveis e biodegradáveis. 3 29 ABR >Ecoeficiência Redução de materiais e processos de produção. Case Celulares – as tendências no desenvolvimento de aparelhos celulares, materiais reciclados, compostáveis e a utilização de fontes energéticas renováveis. 4 06 MAI > NOVOS Paradigmas Computadores: as tendências para esse equipamento cada vez mais presente no nosso dia a dia. Papel: a utilização cada vez maior de papel reciclado – papel branco x papel reciclado. Também serão analisados produtos feitos com papel, como louças. Descartáveis x Reutilizáveis: os produtos descartáveis são repensados e relançados para serem reutilizados. Produtos conceituais: projetos conceituais, alguns viáveis comercialmente e outros inusitados. Lucro: a mudança do conceito de lucro pelas mãos de empreendedores que desenvolvem e lançam produtos voltados para as áreas sociais e de saúde. QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 História, Ciências e atualidade DALCÁCIO DA GAMA REIS. Designer de produto, com pós-graduação em Marketing e MBA em Gestão de Negócios Sustentáveis. É autor do livro Product design in the sustainable era, que será lançado pela Taschen este ano, resultado de pesquisas na área de Sustentabilidade. Trabalhou no Instituto Nacional de Tecnologia, NCS Design Rio e Ana Couto Branding & Design, onde foi sócio-gerente executivo de Design por sete anos, atendendo a empresas como Unibanco, Nivea, Coca-Cola Brasil e México e Procter & Gamble. É diretor de Criação do escritório Carpa Design. 46 ENTRETENIMENTO, COMUNICAÇÃO E CULTURA a hora e a vez dos m.e.d.i.a VINICIUS ANDRADE PEREIRA ••4 AULAS O entretenimento como linguagem implica a transformação da comunicação em uma experiência – muito mais do que uma troca de mensagens –, demandando novos suportes, especialmente os que permitem a multissensorialidade. Esse curso investigará as mudanças na cultura contemporânea que instauram novas dinâmicas e processos para a comunicação, bem como novos arranjos e ambientes midiáticos que explodem as tradicionais noções de mídias. Assim, o novo cenário da comunicação como experiência e o entretenimento como linguagem promovem a transposição das mídias para os M.E.D.I.A. – Mídias, Entretenimento, Design e Intervenções Artísticas – como estratégia de comunicação, não apenas na arena da publicidade, mas em praticamente todas as esferas da sociedade: educação, política, religião, trabalho e relações pessoais. História, Ciências e atualidade 1 09 ABR >Breve história do entretenimento O entretenimento como prática privada e como indústria (fonográfica, cinematográfica, televisiva, de games). O entretenimento como linguagem – na religião, na política, na educação, como estratégia de marketing etc. 2 16 ABR >Cultura Pan-Midiática, Economia da Atenção e Entretenimento A cultura Pan-Midiática. Cognição e economia da atenção. O entretenimento como estratégia para promover mensagens em um cenário midiático hiperssaturado. Comunicação como experiência. 3 30 ABR >O entretenimento como linguagem e seus suportes A explosão das mídias. A emergência dos M.E.D.I.A. – Mídias, Entretenimento, Design e Intervenções Artísticas. A Comunicação Multissensorial. Novos Arranjos e Ambientes Midiáticos. 4 07 MAI > Entretenimento, Consumo e Publicidade O consumo do entretenimento na contemporaneidade. Entretenimento e Identidade. Tendências em entretenimento. Marcas, Publicidade e Entretenimento. VINICIUS ANDRADE PEREIRA. Professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) nos cursos de Comunicação, Design e Administração. Coordenador do Departamento de Estudos do Entretenimento e diretor do Laboratório de Mídias PAN MEDIA LAB – ESPM. Professor da Faculdade e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Uerj, onde coordena a linha de pesquisa Tecnologias e Cultura. Foi coordenador do GT Comunicação e Cibercultura, da COMPÓS (2005–2007), e é sócio fundador e diretor científico da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber). É doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, pesquisador do Centro de Altos Estudos em Propaganda e Marketing (CAEPM) e pesquisador associado do Programa McLuhan em Cultura e Tecnologia, da Universidade de Toronto, Canadá. Organizador e coautor do livro A cultura digital trash: linguagens, comportamentos, consumo e entretenimento e de vários artigos sobre novas tecnologias e cultura, publicidade em meios digitais, dentre outros temas. História, Ciências e atualidade SEXTAS-FEIRAS, 19H30 R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 47 OS PROFISSIONAIS DE MARKETING POLÍTICO ESTRATEGISTAS, CRIADORES OU “BRUXOS”? DUDA MENDONÇA, ANTONIO LAVAREDA, RUI RODRIGUES ••3 AULAS Elevado a uma das mais importantes atividades do mundo moderno, fascinante para muitos, mitificador para outros, inaceitável para os mais radicais, o Marketing Político parece que veio para ficar. Introduzido nos países anglo-saxões nos anos de 1940, chega ao Brasil com o processo de restabelecimento da democracia representativa. Estreia profissionalmente nas eleições municipais e estaduais de 1986, e se lança nacionalmente na campanha que elegeu Presidente da República, pelo voto direto, Fernando Collor de Mello, até então obscuro player da política brasileira. Desde então, sua influência e importância não param de crescer, aqui e no exterior, culminando com as inéditas técnicas aplicadas pela campanha de Barack Obama. Para debater o tema, este ciclo prevê encontros com três dos mais importantes profissionais de Marketing Político brasileiro. Estilos e papéis às vezes diversos, quase sempre ao lado de candidatos rivais, eles tornarão mais clara essa complexa relação entre projetos/ideais políticos e técnicas de persuasão/sedução. História, Ciências e atualidade Informação preciosa para todos aqueles que, como a Casa do Saber Rio, buscam contribuir para o aperfeiçoamento das instituições políticas do país. 1 27 ABR >DUDA MENDONÇA 2 04 MAI > ANTONIO LAVAREDA 3 11 MAI > RUI RODRIGUES DUDA MENDONÇA. Antes de dedicar-se ao Marketing Político, José Eduardo Cavalcanti de Mendonça foi aluno de Administração de Empresas, corretor de imóveis, fundador da primeira versão da premiadíssima agência de publicidade DM9, em Salvador. No marketing político, após ter liderado dezenas de campanhas eleitorais na Bahia e em outros estados nordestinos, tornou-se conhecido nacionalmente com o trabalho de reconstrução da imagem e eleição de Paulo Maluf em São Paulo. Em 2001 obteve mais um êxito, ao criar e dirigir a vitoriosa campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. No total foram 45 campanhas eleitorais diferentes em 25 anos – para presidente, governador, prefeito, senador, deputado e vereador. No Brasil e na Argentina. Baiano, Duda Mendonça preside a agência Duda Propaganda, com matriz em São Paulo. Antonio Lavareda. Bacharel em Direito (UFPE) e em Jornalismo (Unicamp), mestre em Sociologia (UFPE) e doutor em Ciência Política (Iuperj). Foi professor e coordenador do Mestrado em Ciência Política da UFPE e pesquisador visitante na Universidade da Califórnia (Berkeley). Pernambucano radicado no Recife, é diretor-presidente da MCI Estratégia, sócio da APPPM – Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). É membro do Núcleo de Planejamento Estratégico e Avaliação de Políticas Públicas da FGV – Projetos, além de palestrante e comentarista de opinião pública da rádio BandNews FM. Publicou seis livros na área de política, sendo os últimos: Democracia nas urnas e Emoções ocultas e Estratégias eleitorais. Lavareda planejou as mais importantes campanhas regionais e nacionais dos candidatos do DEM (ex-PFL). trajetória como profissional de Marketing institucional e político inclui diversas campanhas eleitorais no Brasil e no exterior, entre as quais: a de Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998; a de José Serra, em 2002; e, em Angola, em 1992. Em 2007, coordenou, a convite da CBF, a apresentação da vitoriosa candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol da Fifa em 2014. Participou das campanhas institucionais de comunicação que deram suporte à privatização das telecomunicações no Brasil, nos anos 90. No setor público, liderou grandes projetos no Ministério da Saúde, Sebrae e Correios. Atualmente, participa dos processos de expansão de empresas como Vale, Copasa, Light, CCR, Ambev e Quattor. Paulista, é sócio e vice-presidente da recém-criada joint venture Loducca.MPM. TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 140,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 190,00 História, Ciências e atualidade RUI RODRIGUES. Engenheiro, com pós-graduação em Economia pela FGV, sua 48 GRANDES JORNALISTAS POLÍTICOS HISTÓRIAS DA POLÍTICA BRASILEIRA VILLAS-BôAS CORRÊA, JORGE BASTOS MORENO, GENETON MORAES NETO, ZUENIR VENTURA, ALEXANDRE garcia Mediação: Merval Pereira História, Ciências e atualidade ••5 aulas São cinco grandes jornalistas políticos, que testemunharam e escreveram grandes histórias da política brasileira. A começar pelo decano da crônica política brasileira, Villas-Bôas Corrêa, que está no ramo há mais de 60 anos, repórter consagrado que acompanha a política desde os anos 40 do século passado até os dias de hoje, com marcantes reportagens e análises acuradas. Jorge Bastos Moreno e Geneton Moraes Neto são repórteres da geração que se seguiu à de Villas-Bôas e que dela apreendeu a sutileza da linguagem e a sabedoria para decifrar o que há por trás dos gestos e das frases dos políticos. Moreno, por exemplo, foi o primeiro a conseguir tirar do general João Baptista Figueiredo a declaração oficial de que seria o sucessor de Ernesto Geisel. Mas Villas-Bôas fora o primeiro analista a confirmar a escolha do último dos generais a presidir o país. Jogando também na economia, Moreno ganhou um Prêmio Esso pelo furo da troca do presidente do Banco Central, Gustavo Franco, abrindo caminho para a desvalorização do real no início do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Geneton recolheu depoimentos preciosos de vários ex-presidentes, com revelações exclusivas que aclararam momentos fundamentais da História recente. Zuenir Ventura ampliou o sentido da política para os campos da violência urbana e do meio ambiente com reportagens que marcaram época, sobre a violência no Rio, apresentando o diagnóstico da Cidade Partida, e sobre a morte de Chico Mendes, trazendo para o grande público a história desse mártir da Ecologia, então pouco conhecido. E o ciclo fecha com Alexandre Garcia, cuja trajetória como repórter, comentarista e âncora já faz parte da história do jornalismo político da televisão brasileira. 1 05 MAI > Villas-Bôas Corrêa 2 12 MAI >Jorge Bastos Moreno 3 19 mai > Geneton Moraes Neto 4 26 mai >Zuenir Ventura 5 02 JUN >Alexandre Garcia VILLAS-BÔAS CORRÊA. Colunista do Jornal do Brasil. É o mais antigo analista político em atividade no país. JORGE BASTOS MORENO. Diretor da Infoglobo, em Brasília. Assina, aos sábados, a coluna “Nhemnhemnhém”, no jornal O Globo. É responsável pelo Blog do Moreno. GENETON MORAES NETO. Repórter especial da GloboNews. Ex-editor executivo do programa Fantástico, na Rede Globo. ZUENIR VENTURA. Assina, às quartas-feiras e aos sábados, uma coluna na página de Articulistas do jornal O Globo. ALEXANDRE GARCIA. Comentarista político da Rede Globo em Brasília. Editor e âncora do telejornal DF TV. Apresenta o programa semanal Espaço Aberto no canal por assinatura GloboNews. MERVAL PEREIRA. Colunista diário do jornal O Globo. Comentarista do Jornal das Dez, do canal por assinatura GloboNews, e da rádio CBN. História, Ciências e atualidade QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELAS DE R$ 250,00 49 A MITOLOGIA GREGA E A MULHER ISABELA FERNANDES ••5 aulas A Grécia Antiga apresenta uma estrutura social rigidamente patriarcal. Do mundo homérico à Pólis democrática, o homem se faz porta-voz das leis e da cidade e se associa ao espaço simbólico de claridade e de identidade cultural. Em contrapartida, a mulher vai ocupar um espaço simbólico de alteridade, estando associada aos signos de perigo, obscuridade, selvageria e morte. Nesse contexto nasceram algumas das mais instigantes personagens da mitologia grega. 1 10 mai > A mulher selvagem no mito de Ártemis e Atalanta 2 17 mai > Dejanira e Héracles: venenos e sombras no mito da esposa assassina 3 24 mai > Antígona: a mulher, as trevas e a morte 4 31 mai > Psiquê e Cupido: a ascensão e a redenção da alma feminina 5 07 jun >Psiquê e Cupido: a ascensão e a redenção da alma feminina (continuação) História, Ciências e atualidade Isabela Fernandes. Professora de Letras Clássicas e de História Antiga na PUC-Rio e nos cursos de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicoterapia Junguiana no Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (Uni-IBMR) e na Universidade Veiga de Almeida (UVA). Doutora em Literatura pela PUC-Rio e autora de Linho de Urtigas. segundas-feiras, às 17h R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00 50 TEMPO PARA VIAJANTES UMA (NÃO TÃO BREVE) HISTÓRIA DO TEMPO LUIZ ALBERTO OLIVEIRA Acreditamos, fundados em nosso senso comum, conhecer os atributos essenciais do Tempo: fluxo irresistível que transporta os seres do mundo do passado para o futuro, base deslizante em que o Real habita, linha infinita de instantes. Há, sem dúvida, uma Imagem do Tempo bem definida no Ocidente. Contudo, essa Imagem, tal como cotidianamente – e, em geral, inconscientemente – a empregamos, está em vias de sofrer um abalo dos mais profundos em função das inovações científicas mais recentes: não só as Ciências contemporâneas exibem diversas noções ou operadores denotados pelo mesmo termo “tempo” – indicando assim uma incompletude em nossa apreensão costumeira desse(s) conceito(s) tão básico(s) – como também, e ainda mais importante, para as Ciências atuais essa Imagem, ainda que funcional, não é “objetiva”, não corresponde a nenhum atributo fundamental da realidade natural. A célebre (e irônica) afirmação de Albert Einstein resume a posição de muitos cientistas: “Para os físicos, a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, ainda que persistente…”. Surge, assim, um curioso campo de problemas: como se constituiu a Imagem do Tempo predominante hoje em dia? Que outras Imagens de Temporalidade são concebidas e empregadas pelas Ciências contemporâneas? Como o conhecimento sobre a natureza – e, paralelamente, o estatuto do sujeito humano – se transforma ante essas novas figuras do pensamento? Qual o significado potencial dessa refundação dos Tempos para outros campos da cultura? Essa revolução de perspectivas aponta para uma série de questões de grande alcance que se encontram tentadoramente em aberto… As estações do percurso: 1 13 MAI > Uma (não tão breve) História do Tempo Os episódios capitais da invenção do Tempo. História, Ciências e atualidade ••7 AULAS 2 20 MAI > TIC-TAC, TIC-TAC Descrição do surgimento do relógio mecânico, a Mãe das Máquinas. 3 27 MAI > O TRONO DE CRONO Exame da constituição, operação e disseminação da imagem cotidiana do Tempo. 4 10 JUN >A COSMOVISÃO CONTEMPORÂNEA As inovações revolucionárias que destronaram a Cronalidade. > 5 17 JUN >LABIRINTOS, BIBLIOTECAS E PARADOXOS Investigação da Hierarquia de Temporalidades evocada pelas Ciências contemporâneas. 6 24 JUN >OS TEMPOS COMPLEXOS As principais características dos novos tipos de Tempos que doravante vigoram. 7 01 JUL > CONCLUSÕES (temporárias) Avaliação das consequências das novas figuras do Tempo para a atualidade. LUIZ ALBERTO OLIVEIRA. Físico, doutor em Cosmologia e pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), onde também atua como professor de História e Filosofia da Ciência. História, Ciências e atualidade QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 180,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 225,00 51 VIOLÊNCIA E INFORMALIDADE NO RIO. DÁ PARA ENCARAR? SERGIO GUIMARÃES FERREIRA ••2 AULAS 1 18 MAI > SUCESSOS EM POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA Estatísticas criminais. Economia do crime: a lógica de mercado das quadrilhas. O tamanho do negócio no Rio de Janeiro: dados conflitantes. Políticas de segurança pública: choque e gestão, a combinação equilibrada. Políticas de defesa social: prevenção e articulação. 2 25 MAI > INFORMALIDADE URBANA, DADOS, MODELOS TEÓRICOS E POLÍTICAS PÚBLICAS Caracterizando favelas: resultados de censos e pesquisas domiciliares. Informalidade e escolha. Impactos de formalização e regularização fundiária. Mercados informais: como funcionam. SERGIO GUIMARÃES FERREIRA. Economista com graduação na UFRJ, mestrado na PUC-Rio e PhD na Universidade de Wisconsin. Professor do Ibmec/RJ. Economista do BNDES. Subsecretário de Estudos Econômicos da Secretaria de Estado da Fazenda/RJ. Prêmio BNDES de Economia 1995 de melhor tese de mestrado do Brasil. Prêmio Adriano Romariz Duarte 2006 de melhor artigo publicado na revista Brazilian Review of Econometrics. Seu trabalho de pesquisa é direcionado atualmente para a área de avaliação de políticas públicas. Co-organizador e coautor (com Fernando Veloso) do livro É possível: a gestão da segurança pública e a redução da violência. TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 80,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 100,00 História, Ciências e atualidade Esse curso oferece uma rara, e indispensável, oportunidade de aprofundar o nível de conhecimento sobre uma das facetas mais presentes no dia a dia do Rio de Janeiro – a violência que se evidencia nos nossos altíssimos índices de homicídios. O seu ponto de partida é um diagnóstico sobre as relações entre a criminalidade e a informalidade da ocupação urbana. O que são as favelas, os loteamentos informais e como se articulam os transbordamentos para os espaços formais da cidade? Existem particularidades que separam as políticas de segurança adotadas aqui com as de outras cidades assoladas pela violência urbana? O que esperar a curto, médio e longo prazo da ação das recém-implantadas UPP’s? Que outras políticas públicas são estratégicas para sustentar melhores indicadores de violência? Há luz possível no final desse túnel? 52 O que passA na CABEÇA DO BRASILEIRO ALBERTO CARLOS ALMEIDA ••4 AULAS O que o brasileiro pensa sobre temas como jeitinho, violência, família, sexualidade, preconceito de cor e presença do governo na economia? Esse curso mergulha na “cabeça do brasileiro”, buscando responder a algumas perguntas fundamentais sobre nosso comportamento e cultura. Quais as principais diferenças entre os brasileiros, considerando classes sociais e regiões do país? Qual o impacto que a mentalidade dominante dos brasileiros tem na nossa vida social, econômica e política? 1 24 MAI > Os temas do pensamento social brasileiro Os principais temas do pensamento social brasileiro em Gilberto Freyre, Oliveira Vianna, Victor Nunes Leal, Sérgio Buarque de Holanda, entre outros. Como os trabalhos de Roberto DaMatta se encaixam no pensamento social brasileiro e o que esse autor traz de novidade para essa reflexão. História, Ciências e atualidade 2 31 MAI > Metodologia de pesquisa Como se faz para mensurar conceitos complexos. Como medir conceitos sociais e culturais por meio de pesquisas de opinião. 3 07 JUN >O papel da escolaridade na modernização da sociedade Como se forma a mentalidade e a cultura das pessoas. O papel do sistema escolar, do mercado de trabalho, da religião e da família. Qual o impacto da escolarização na vida social e econômica das sociedades. 4 14 JUN >tentando entender a cabeça do brasileiro O que o brasileiro pensa sobre quase tudo. Por que isso importa para o funcionamento da nossa sociedade. O que fazer para mudar para melhor. ALBERTO CARLOS ALMEIDA. Sociólogo, mestre e doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). É autor de A cabeça do brasileiro, A cabeça do eleitor, Por que Lula?, Como são feitas as pesquisas eleitorais e de opinião e Presidencialismo, parlamentarismo e crise política no Brasil. É colunista do jornal Valor Econômico e diretor do Instituto Análise. segundas-feiras, às 20h R$ 180,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 53 OS EXECUTIVOS BRASILEIROS IVAN ZURITA, MARIA SILVIA BASTOS MARQUES, MARCIO UTSCH, fábio carvalho, DANTE LETTI ••5 AULAS Esse ciclo reúne alguns dos mais importantes executivos do país atuando para empresas de controles acionários diversos. Quais as principais características desses profissionais que, embora não sejam donos de seus negócios, são cobrados por acionistas, stakeholders, autoridades e consumidores como se fossem? O que têm em comum? O que os diferencia? Como lidam com o poder temporário que recebem? O Brasil seria um mercado que os credencia ou que os desvaloriza? Qual a sua trajetória e formação? – eis alguns temas que serão abordadas, em formato de talk-show, com a seguinte programação: 1 24 mai > IVAN ZURITA 2 31 mai > MARIA SILVIA BASTOS MARQUES 3 07 jun >MARCIO UTSCH 4 14 jun >fábio carvalho 5 21 jun >DANTE LETTI MARIA SILVIA BASTOS MARQUES. Presidente da Icatu Seguros. MARCIO UTSCH. Presidente da São Paulo Alpargatas. FÁBIO CARVALHO. CEO da Casa & Vídeo. DANTE LETTI. Presidente da Souza Cruz. segundas-FEIRAs, ÀS 20H R$ 150,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 200,00 História, Ciências e atualidade IVAN ZURITA. Presidente da Nestlé do Brasil. 54 (ECO)NOMIA. O VALOR DO CLIMA NA AGENDA BRASILEIRA E GLOBAL Sérgio Besserman vianna, Ronaldo Serôa da Motta, Virgilio Gibbon, Carolina Dubeux ••4 aulas Apesar dos tímidos resultados da cúpula de Copenhague, a nova década pode ser o início do que alguns especialistas chamam de “era de amadurecimento” para as estratégias públicas e corporativas dos negócios com base na sustentabilidade. Não é mais possível pensar em economia - e em seu futuro - sem levar em conta o processo das mudanças climáticas do planeta. Esse curso apresenta um panorama lúcido e concreto sobre algumas das questões que ocupam o centro da agenda global de hoje: o que os avanços mais recentes da ciência revelam sobre o clima do planeta. O processo político e a negociação após os resultados da COP15 em Copenhague. A economia política da mudança climática. O mercado de carbono. Os impactos na economia brasileira. 1 08 JUN >O clima pós Copenhague ? Sergio Besserman 2 15 JUN >A economia política do clima História, Ciências e atualidade Ronaldo Serôa da Motta 3 22 JUN >O mercado de carbono Virgilio Gibbon 4 29 JUN >A economia brasileira e a mudança climática Carolina Dubeux Sérgio Besserman vianna. Professor de Economia Brasileira no Departamento de Economia da PUC-Rio. Membro do Conselho Diretor da WW-F Brasil. Foi presidente do IBGE, onde lançou, entre outras publicações, Indicadores de desenvolvimento sustentável, Glossário do meio ambiente e Cartilha da mudança climática para crianças. Foi diretor de Planejamento e da Área Social do BNDES e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos. Atualmente é presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável do Gabinete do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro. É comentarista de Sustentabilidade da GloboNews e de temas da cidade na rádio CBN. Ronaldo Serôa da Motta. Mestre e graduado em Engenharia de Produção, COPPE/UFRJ, doutor em Economia pela University College London. É pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor de Economia da Regulação Econômica e Ambiental do IBMEC, Rio de Janeiro. Foi Diretor de Plano e Programas Ambientais do Ministério do Meio Ambiente. Publicou diversos artigos científicos sobre economia ambiental e os livros Economia ambiental, Manual para valoração econômica de recursos ambientais, Contabilidade ambiental, Environmental economics and policy making in developing countries, Pricing the Earth e Valorando a natureza. É membro da European Association for Research in Industrial Economics (EARIE) e da European Environmental and Resource Economists (EAERE). Foi membro do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) e da Delegação Brasileira nas Conferências das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (UNFCC). Carolina Dubeux. Mestre e doutora em Planejamento Energético pela COPPE/ UFRJ, com pós-doutorado no Centro Internacional de Pesquisa sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (Cired/França). É pesquisadora do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudança Climática (Centro Clima) da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE) da UFRJ. Coordenadora técnica do estudo Economia da Mudança do Clima no Brasil (Mini Stern Report), promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Desenvolvimento junto a outras instituições brasileiras, com apoio financeiro do Reino Unido. Membro da Delegação Brasileira nas Conferências das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (UNFCC). Desenvolveu diversas pesquisas e consultorias para instituições e governos nacionais e estrangeiros. TERÇAS-FEIRAS, 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE r$ 200,00 História, Ciências e atualidade VIRGILIO GIBBON. Formado em Economia pela UFRJ, mestre e doutor em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ). Foi Coordenador de Projetos da FGV Projetos (FGV-RJ), Superintendente Geral da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Superintendente Geral da Bolsa Brasileira de Futuros, Assessor Econômico da Escola Superior de Guerra Naval e Professor de Economia do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores. É Sócio da Gibbon Consultoria Financeira e Futuros e autor de Distribuição de Renda e Mobilidade Social. 55 MITOS E VERDADES NA EDUCAÇÃO: DA PRIMEIRA INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA UM MODELO DE EDUCAÇÃO para o SÉCULO XXI FABIO BARBIRATO ••4 AULAS Diante da avalanche de informação do mundo contemporâneo, muitas vezes pais e professores se deparam com diversas questões – e dúvidas – relacionadas ao tema da educação de crianças e adolescentes. Esse curso se propõe a esclarecer mitos e verdades na educação, discutindo os caminhos para a compreensão de aspectos fundamentais da primeira infância até a adolescência. Nesses tempos de mídias sociais, qual o papel da secular escola? Quais os mais frequentes distúrbios de comportamento? Como ter certeza de uma aprendizagem saudável? O que cabe aos pais e à escola na prevenção quanto ao uso da internet, de drogas e álcool. História, Ciências e atualidade 1 09 JUN >DA GESTAÇÃO AO NASCIMENTO E OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA: MITOS E VERDADES O que muda na vida dos pais com a chegada de um filho? O que é certo e errado no trato com o bebê? Os principais mitos e verdades na educação infantil. 2 16 JUN >NEUROCIÊNCIA E DESENVOLVIMENTO: COMO A NEUROCIÊNCIA DO SÉCULO XXI PODE AJUDAR NOS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL A educação além das cartilhas de alfabetização: como as últimas descobertas da Neurociência podem ajudar os pais no dia a dia com seus filhos? 3 23 JUN >ADOLESCENTE OU ABORRECENTE? ENTENDENDO UM POUCO MAIS ESSA FASE DA VIDA As peculiaridades e características da fase mais determinante da vida. O enfrentamento das regras estabelecidas. Bullying: a sensação de exclusão e a necessidade de pertencimento. Pais: amigos ou orientadores? Depressão e ansiedade na adolescência. 4 30 JUN >JOVENS E DROGAS: O QUE É PRECISO SABER E COMO EVITÁ-LAS O que os jovens buscam nas drogas? O consumo das drogas na adolescência e seus riscos para a saúde física e mental. O papel dos pais e educadores na prevenção e no trato com usuários de álcool e drogas. FABIO BARBIRATO. Médico psiquiatra pela UFRJ. Professor de Psiquiatria Infantil na PUC-Rio, professor da Faculdade de Medicina da Faculdade Souza Marques, chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, coordenador do Departamento de Psiquiatria Infantil da Associação de Psiquiatria do Rio de Janeiro e membro da Academia Americana de Psiquiatria Infantil. É autor do livro A mente do seu filho. História, Ciências e atualidade QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 56 Os sentidos do design no contemporâneo João de Souza Leite ••4 AULAS História, Ciências e atualidade Ao longo das últimas décadas, o termo Design conquistou a amplitude ambicionada pelo Modernismo. No entanto, diferentemente dos atributos revolucionários então enunciados, o Design hoje abriga um leque de significados e se insere progressivamente nas práticas corriqueiras da cultura. Nesse sentido, se espalha vulgarmente pela sociedade. Ainda não dimensionado na vastidão de suas possibilidades, o termo se estabeleceu no senso comum como algo sobretudo associado ao criativo e ao pouco usual. Por outro lado, prementes questões do mundo contemporâneo têm exigido uma capacidade de antecipação e elaboração de projeto cada vez mais complexa. Ao investigar alguns conceitos básicos e sua evolução, dispondo-os diante de novas práticas e novos enunciados de Design, o curso pretende inspirar uma ampla e vigorosa reflexão sobre o tema. 1 09 JUN >A expansão do território do design e a vulgarização do termo Motivos para a expansão: a evolução conceitual. Motivos da vulgarização: o léxico e o acesso irrestrito à modelagem. Uma certa encapsulação do conceito de Design moderno: os compromissos históricos, a criação de um novo homem para um novo tempo. Ideologia e utopia no Design. Relações contingenciais na formação do Design brasileiro: o moderno como compromisso social. 2 16 JUN >A possibilidade de um campo de saber e um campo de profissionais O sistema das origens do Design na matriz de Richard Buchanan: complementaridade e inclusão conceitual. A relação com a produção seriada; a identificação com a Ciência, em detrimento da Arte; o lúdico no mundo anglo-americano. Uma abordagem abstrata ao processo do projeto por William Miller: o esvaziamento do valor revolucionário. Um enunciado a serviço de quê? 3 23 JUN >Uma matéria comum a todos os campos do design Não mais modelos, nem metodologias; teorização a partir do modus faciendi do designer: irregular por natureza, improvável em função do exercício individual, variante pela abordagem da imaginação, consciencioso pela atenção ao detalhe e multidisciplinar em sua fenomenologia. Uma ciência para o Design, segundo Nigel Cross. Uma filosofia para o Design, segundo Bruno Latour. Um novo discurso para o Design, segundo Klaus Krippendorff. Uma perspectiva para as Artes? 4 30 JUN >A fronteira eternamente borrada: a superação dos limites O valor político do Design, na perspectiva democrática; os interesses na sociedade. Revisão de parâmetros. Novas aberturas: o Design e o mundo dos negócios, Design e inovação, Design e serviço, Design e artesanato, Design e interação, Design e Arte. Novos conceitos, novas fronteiras. O saber e os saberes específicos do Design na contemporaneidade. João de Souza Leite. Professor adjunto da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), da Uerj, e professor do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio. Doutor em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Uerj. Pesquisador, conferencista, autor e curador na área do Design, organizou o livro A herança do olhar: o design de Aloisio Magalhães e edita a revista D2B – Design to Branding. História, Ciências e atualidade quartas-FEIRAs, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 Artes 57 a arte do design: ART NOUVEAU e bauhaus HÉLIO DIAS FERREIRA ••4 AULAS Esse curso apresenta uma visão ampliada das questões relacionadas à história e à importância do Design, através da análise de movimentos e escolas do fim do século XIX e início do século XX. Nesse percurso ganham destaque William Morris e o movimento inglês do Arts & Crafts, o nascimento do movimento Art Nouveau, pelas mãos de Victor Horta, e os desdobramentos do novo estilo pela Europa e Estados Unidos, além da Escola da Bauhaus, com a revolução definitiva no campo do Design. 1 01 MAR >OS MovimentoS Arts & Crafts E ART NOUVEAU A utopia de um pequeno grupo na Inglaterra, liderado por William Morris. Na Bélgica, o nascimento do Art Nouveau com a linha serpentina de Victor Horta. Os diferentes comportamentos do novo estilo pela Europa, com o surgimento do Jugendstil na Alemanha, do estilo Modernista na Espanha e do Modern Style nos Estados Unidos. 2 08 MAR >Surgimento da École de Nancy, no antigo ducado de Lorraine, na virada do século XIX para o século XX Um grupo singular de mestres vidreiros, ferreiros e ebanistas manifestou sua atuação artística através dos vidros e cristais da família Daum, dos vidros e móveis de Émille Gallé e da criatividade de nomes como Louis Majorelle, Jacques Gruber e Éugene Vallin. 3 15 MAR >O Movimento de Secessão austríaco A nova arte particular, surgida em Viena, com linhas geometrizadas aliadas ao senso decorativo, ainda ao gosto Art Nouveau, teve seus principais exemplos nos trabalhos do grupo composto por Gustav Klimt, Otto Wagner, Joseph Maria Olbrich e Josef Hoffmann, entre outros. Em Weimar, Dessau e Berlim, existiu, entre 1919 e 1933, a Escola da Bauhaus, responsável por uma verdadeira revolução do pensamento do Design, deixando marcas até os dias de hoje. Entre seus professores estavam grandes artistas, como Vassily Kandinsky, Oskar Schlemer, Marcel Breuer e Moholy-Nagy. Dessa experiência nasceram propostas arrojadas de Arquitetura e desenho de móveis e objetos – móveis tubulares de metal, luminárias simplificadas e muitas outras criações que marcaram a História da Arte. artes 4 22 MAR >A ESCOLA BAUHAUS > HÉLIO DIAS FERREIRA. Professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO), doutor em Educação pela UFF, com parte dos estudos realizada na Université Sorbonne – Paris III, mestre em História da Arte pela UFRJ. É autor de livros de Arte como Uma história da arte ao alcance de todos e Ivan Serpa: o expressionista concreto. Artes SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 58 VIOLINO: UM PANORAMA AFETIVO A HISTÓRIA E o REPERTÓRIO DO INSTRUMENTO QUE ATRAVESSA OS TEMPOS ENTRE O CLÁSSICO E O POPULAR FELIPE PRAZERES ••2 AULAS Guiado por um exímio e experiente violinista, o curso percorrerá a história do violino, apresentando as transformações e toda a versatilidade do instrumento que inspirou grandes compositores e músicos. Uma trajetória ilustrada com execuções ao vivo de alguma das mais importantes e belas obras musicais, do período Barroco até os dias de hoje. 1 02 MAR >O violino na música barroca e suas transformações A origem do instrumento no século XVI, sua importância e evolução nos períodos Barroco e Romântico. Ilustração com obras de Bach, que, com suas sonatas e partitas para violino solo, além de seus concertos, representou um divisor de águas para o instrumento; e de Vivaldi, que compôs mais de 200 concertos para violino. Ainda ilustram a aula peças de Massenet, Max Bruch e Tchaikovsky. 2 04 MAR >A versatilidade do instrumento A utilização do violino na Música Popular, na Música Folclórica, suas características técnicas e seus novos conceitos. Apresentação de obras de Monti, como “Czardas”; Astor Piazolla, com “Años de Soledad”; e “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo. O violino em grande estilo no cinema: A lista de Schindler (John Willians), Cinema Paradiso (Enio Morricone) e Perfume de mulher, com a música “Por una Cabeza”, de Carlos Gardel. TERÇA E QUINTA-FEIRA, ÀS 20H R$ 80,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 100,00 artes FELIPE PRAZERES. Violinista Spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica desde 2000, formado em violino pela UNI-RIO, com pós-graduação pela Academia De Santa Cecilia, em Roma. Atua como professor em diversos festivais pelo Brasil, além de lecionar em projetos sociais. Como músico de câmara, apresenta-se regularmente em palcos nacionais e europeus. 59 FERNANDO PESSOA SEU DRAMA EM GENTE, OU EM ALMAS CLEONICE BERARDINELLI Participação Especial: Othon Bastos ••6 AULAS Fernando Pessoa não foi apenas um poeta; foi muitos. Assinando seus textos sob diversos pseudônimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares e até mesmo Fernando Pessoa – cada qual com um estilo próprio e inconfundível, o poeta parecia seguir aquela máxima de ser todos e não ser ninguém. Esse curso – ministrado por uma lusitanista com profundo conhecimento da obra de Pessoa – propõe uma oportunidade única de mergulhar nas diversas almas desse gênio da língua portuguesa, mundialmente reconhecido como um dos maiores poetas do século XX. E para tornar esses encontros ainda mais sublimes, a eles comparece como convidado especial Othon Bastos – ator consagrado e dono de uma das mais requisitadas vozes – que fará a leitura de poemas selecionados em conjunto com a mestra. 1 09 MAR >OS TRÊS PRINCIPAIS HETERÔNIMOS: ALBERTO CAEIRO, ÁLVARO DE CAMPOS E RICARDO REIS 2 16 MAR >A OBRA ORTÔNIMA: OS PRIMEIROS POEMAS E OS POEMAS DA MATURIDADE 3 23 MAR >O PRIMEIRO E O SEGUNDO ÁLVARO DE CAMPOS As odes sensacionalistas, o sono, a abulia, o adiamento, a enternecida saudade da infância. 4 30 MAR >O MESTRE ALBERTO CAEIRO E A PERSONALIDADE MARCADA DE RICARDO REIS A UM OUTRO HETERÔNIMO? 5 06 ABR >“MENSAGEM”, O POEMA DE POEMAS, PODERÁ SER ATRIBUÍDO Artes 6 13 ABR >AMARRANDO AS PONTAS SOLTAS: CONCLUSÃO DO PERCURSO PESSOANO CLEONICE BERARDINELLI. Dedica-se aos estudos de Literatura Portuguesa há mais de cinco décadas. Professora emérita da PUC-Rio e da UFRJ. Organizou diversas edições com poemas de Fernando Pessoa. Recentemente, publicou um livro de ensaios sobre sua obra intitulado Fernando Pessoa: outra vez te revejo. Acaba de ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 170,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 200,00 60 o universo artístico europeu NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX HÉLIO DIAS FERREIRA ••5 AULAS As principais manifestações artísticas que tiveram lugar na Europa, na primeira metade do século XIX, são o foco desse curso. A proposta é uma ampla discussão sobre os universos da Pintura, Escultura e Arquitetura durante o período que vai das escavações de Herculano e Pompeia, passando pelos estudos de Winckelmann, até o Impressionismo, a partir da apresentação e análise de um farto repertório de imagens. 1 25 MAR >Neoclassicismo Questões da Arte do final do século XVIII e início do século XIX. A Arte no período de Napoleão I, a pintura didática de David e seus seguidores, a escultura de Canova e Thorvaldsen. A Arquitetura da Era Moderna que releu os padrões greco-romanos. 2 01 ABR > Romantismo Mais do que uma estética, o Romantismo se configura como uma proposta ética. A arte de Géricault, Delacroix, Friedrich, Turner e outros. A estética romântica como reflexo do homem angustiado, ao vivenciar a nova Era Moderna. 3 08 ABR >Arquitetura do Ferro e do Vidro e Ecletismo. A NOVA PARIS As novas propostas arquitetônicas do século XIX; novas possibilidades materiais, com a Revolução Industrial. Paris, o modelo da nova cidade, com a reforma de Haussmann. 4 15 ABR >École de Barbizon e Realismo 5 29 ABR >IMPRESSIONISMO Édouard Manet e o prenúncio de uma nova era na Pintura, o Impressionismo. Manet e sua influência nos novos artistas que fizeram parte das exposições do Impressionismo. A nova linguagem pictórica e o grupo dos jovens artistas que deflagrou um caminho irreversível para a Arte Moderna. artes Novas propostas pictóricas com o grupo de Barbizon e a Pintura ao ar livre; Courbet, o início da estética do Realismo e a arte de Honoré Daumier, uma caricatura. > HÉLIO DIAS FERREIRA. Professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO), doutor em Educação pela UFF, com parte dos estudos realizada na Université Sorbonne – Paris III, mestre em História da Arte pela UFRJ. É autor de livros de arte como Uma história da arte ao alcance de todos e Ivan Serpa: o expressionista concreto. Artes QUINTAS-FEIRAS, ÀS 15H R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00 61 STAND-UPS EM CASA Direção: Fernando Caruso e Daniela Ocampo ••2 aulas-show A expressão anglo-saxônica stand-up define um espetáculo de humor apresentado por um só comediante, sem cenário, sem aparato, atuando de cara limpa, geralmente em pé (daí o termo stand-up). Esse tipo de comediante surgiu, no século XIX, nos teatros dos Estados Unidos. De meros esquentadores de espetáculos, transformaram-se em mestres de cerimônia na época de ouro do rádio, abrindo espaço, mais tarde, nas TVs e em night clubs, para as carreiras de artistas como George Burns, Bob Hope, Jack Benny, Grace e Fred Allen. A partir da década de 1960, o gênero tomou uma forma mais próxima da atual, com a entrada em cena, no mainstream, de Woody Allen, Shelley Berman, Bill Cosby, Redd Foxx e, alguns anos depois, Steve Martin, Robin Williams, Eddie Murphy e Billy Cristal. Na contracultura, lançados em programas alternativos como Saturday Night Live, apareceram Lenny Bruce, Richard Pryor e George Carlin. Já nos anos de 1990, o gênero ressurge na TV aberta, revigorado pelo sucesso de nomes do calibre de Jerry Seinfeld, Ellen DeGeneres, Chris Rock e Ray Romano. Adaptado no Brasil pelo legendário humorista José Vasconcelos, nos anos de 1960, popularizado por comediantes como Chico Anysio e Jô Soares, na TV e no teatro, o gênero se aproxima ao formato que tem hoje a partir do festival criado por Wilson Cunha, em 1996, intitulado Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro. Consciente de sua vocação intimista e de sua crença no potencial expressivo da palavra, a exemplo da relação professor-aluno tão bem praticada aqui, a CASA DO SABER Rio decidiu incluir, a partir deste semestre, alguns dos nomes que estão se inscrevendo na história da versão brasileira da stand-up comedy. E, para selecioná-los e apresentá-los, convidou os expoentes Fernando Caruso e Daniela Ocampo – garantia de aplausos em pé. FERNANDO CARUSO. Ator, humorista, autor e diretor. Um dos criadores, diretores e participantes da peça Z.É. Zenas Emprovisadas e integrante do Clube da Comédia em Pé. Como ator, atuou no cinema, em Irma Vap, e em diversos programas de TV, como Os normais e Zorra total. com Leandro Hassum, e diretora assistente de Z.É. Zenas Emprovisadas. DIAS 24 MAR (QUARTA) E 20 ABR (TERÇA), às 20H R$ 40,00 POR ENCONTRO artes DANIELA OCAMPO. Atriz, professora do Tablado, diretora da peça Lente de aumento, 62 A CULTURA DA MODA JOÃO BRAGA ••5 AULAS Conhecer Moda é muito mais do que entender de roupa. Significa aprender sobre a história, a arte e os processos sociais dos quais a Moda faz parte. Esse curso apresenta uma introdução aos principais conceitos e definições desse universo, mostrando como foram se constituindo ao longo do tempo. 1 01 MAR >LINHA HISTÓRICA DO TEMPO 2 08 MAR >CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE MODA 3 15 MAR >A ALTA-COSTURA 4 22 MAR >O PRÊT-À-PORTER E SUAS REALIDADES CONTEMPORÂNEAS 5 29 MAR >APRECIAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE VÍDEOS DE MODA João Braga. É professor de História da Moda e autor dos livros História da moda: uma narrativa e Reflexões sobre moda, vols. I, II, III e IV. Artes SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00 63 QUEM TEM MEDO DE MÚSICA CLÁSSICA? UMA ABORDAGEM CRÍTICA PARA QUEM TEM VERGONHA DE CRITICAR LAURA RÓNAI ••4 AULAS 1 31 MAR >ERLKÖNIG: UM LIED DE SCHUBERT Tentar entender de que forma cada compositor lida com as palavras escolhidas, perceber até que ponto um texto é falado e até que ponto é cantado, é um excelente exercício de análise para qualquer amante da Música. Uma oportunidade privilegiada para tal exercício aparece quando nos deparamos com a versão musical de um grande poema. Essa aula põe em relevo um lied de Schubert: Erlkönig, obra de juventude do compositor alemão que se tornou uma pièce de resistance do repertório vocal, atraindo a atenção de intérpretes do mundo todo. Canção estrófica para canto e piano, baseada num famosíssimo poema de Goethe, exibe uma figura de acompanhamento em “obstinato” rítmico que hipnotiza e assusta. Além do uso impactante desse acompanhamento obsessivo, uma de suas invenções mais notáveis é a presença de quatro personagens representados por um único cantor, que deve projetar a voz e a verdade interna de cada protagonista sem perder a unidade e a força de sua interpretação. A presença da morte, os diferentes níveis de sedução (da mais inocente à mais escancarada), a função do piano, e, finalmente, o uso de teatralidade na execução musical são os elementos que mapeareamos. artes Como uma obra musical cria impacto? É possível separar a qualidade da obra da qualidade de sua execução? É útil compararmos várias versões de uma mesma peça? Esse curso vai avaliar diferentes gravações musicais buscando oferecer respostas para algumas dessas importantes perguntas. As aulas estimularão a busca da crítica pessoal (objetiva e subjetiva) através de uma audição tanto analítica quanto emocional de algumas das mais belas criações da música ocidental. As várias escutas de uma mesma peça pretendem levantar questões instigantes: a interpretação ideal acaba não sendo qualquer das ouvidas, mas, sim, uma mescla de trechos de várias interpretações. Constata-se que podem existir concepções musicais diametralmente opostas e, no entanto, perfeitamente coerentes e efetivas. A abordagem parte de uma recriação do contexto no qual as obras foram criadas para explorar seus textos e subtextos inspiradores. > 2 07 ABR >UM COMPOSITOR PARA MÚSICOS: SCARLATTI Scarlatti é uma fonte de fascínio para todos os intérpretes de instrumentos de teclado, tendo composto uma das obras musicais mais coesas da História da Música (mais de 500 sonatas para cravo). Esse impressionante grupo de sonatas constitui também um dos mais variados em estilo e ideias jamais escrito por um único compositor. Por isso mesmo, continua a atrair pianistas, que vêm se afastando cada vez mais de outros compositores do Barroco. E se Couperin, por exemplo, tocado num moderno piano, nos parece hoje inteiramente anacrônico, uma autêntica traição musical, a escrita de Scarlatti nos fornece tal riqueza estilística que permite abordagens quase atemporais. Gravações de sonatas de Scarlatti executadas por intérpretes como Horowitz, Pletnev, Lee, Hantaï, Weiss e muitos outros, em instrumentos variados (cravo, fortepiano, piano, harpa, violão), serão usadas para mostrar a influência de Scarlatti sobre Haydn, Mozart, Beethoven, Liszt, Mendelssohn, Debussy, Prokofiev, Albeniz e Granados. Artes 3 14 ABR >CARMEN DE BIZET: UM DESAFIO QUE SE RENOVA Poucas óperas criaram, no imaginário ocidental, uma marca tão forte quanto Carmen, de Bizet. A união perfeita entre música e texto, a sensualidade envolvente da personagem principal, o drama anunciado e inevitável, armadilha que se vai montando diante dos olhos e ouvidos do público, que assiste, impotente, enquanto Don José se enreda cada vez mais nos fios de um destino sombrio, tudo isso atrai e fisga a fantasia de plateias do mundo todo há 135 anos. Para os diretores de Música e de Arte, os desafios de produzir essa obra tão popular são dos mais instigantes: qual a dose de ingenuidade e paixão, luxúria e desespero que devem imprimir à sua montagem? Existe lugar para o humor nesse universo? E para a vulgaridade? Uma comparação entre diferentes versões dessa ópera tentará estabelecer quais limites podem e devem ser respeitados e quais podem e devem ser ultrapassados. 4 28 ABR >IL RITORNO DULISSE IN PATRIA: UMA ÓPERA DE MONTEVERDI Considerada uma das mais bem-sucedidas óperas barrocas, O retorno de Ulisses à pátria apresenta uma característica rara: num mundo em que, até hoje, a paixão amorosa é sempre associada à juventude, trata, de modo doce e poético, de uma história de amor entre dois personagens de meia-idade, sem, contudo, cair nas armadilhas fáceis do sentimentalismo exagerado ou na idealização dos sentimentos. Ao receber de volta o marido, depois de décadas de ausência, Penélope demonstra emoções conflitantes, mas que obedecem a uma verdade psicológica inegável: insegurança, desconfiança, raiva, ternura e desejo, que desabrocham num dos mais belos duetos de amor de todos os tempos. Uma montagem pode destruir uma ópera ou ajudá-la a mostrar suas qualidades. Na presente aula, uma das melhores obras de Monteverdi será vista/ouvida numa gravação exemplar, que põe em relevo suas inúmeras qualidades. Uma visão crítica acompanha passo a passo duas cenas de fundamental importância para o enredo: o prólogo e a cena da revelação da identidade de Ulisses. LAURA RÓNAI. Professora de Flauta Transversal e chefe do Departamento de Canto e Instrumentos de Sopro da UNI-RIO e do curso Apreciação e Crítica Musical no Programa de Pós-Graduação em Música, na mesma instituição. Licenciada em Música pela UNI-RIO e em Flauta Transversal pela State University of New York. Mestre em Flauta na City University of New York e doutora em Práticas Interpretativas (flauta) na UNI-RIO. Ministrou cursos no Real Conservatório Superior de Madrid e nas universidades de Rutgers e Princeton, nos Estados Unidos. Dirige a Camerata Quantz, grupo de música antiga da UNI-RIO, e escreve críticas de CDs para as revistas norte-americanas Fanfare e Early Music America. É autora de Em busca de um mundo perdido. artes quartas-FEIRAs, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 64 A LITERATURA QUE VIROU CINEMA MARCELO BACKES ••4 AULAS Algumas das maiores obras da Literatura universal alcançaram a tela do Cinema em representações de sucesso, dirigidas por cineastas consagrados. Nesse curso serão apresentados quatro clássicos que deram origem a quatro filmes de fôlego, revelando como os limites entre as duas possibilidades de representação são vastos e fugazes ao mesmo tempo. Essas oito obras artísticas revelam como a filosofia profunda e perene da letra às vezes alcança, com admirável êxito, a superfície transitória da imagem, para o bem da criação e da Arte. Às 15h, antes de cada aula, será exibido o filme da obra que será debatida em seguida. 1 06 ABR >HAMLET, DE SHAKESPEARE, DIRIGIDO POR LAURENCE OLIVIER Hamlet é o personagem central do cânone da Literatura ocidental. A tragédia como plantação de aforismos universalmente conhecidos. Em que medida a feição que Laurence Olivier deu a Hamlet é mais autêntica e difere das outras versões cinematográficas conhecidas. 2 13 ABR >O IDIOTA, DE DOSTOIÉVSKI, DIRIGIDO POR AKIRA KUROSAWA O príncipe Míchkin é um dos personagens mais interessantes da Literatura universal, e O idiota, um dos romances mais bemacabados de Dostoiévski, sobretudo devido a seu final grandioso. A universalidade de um russo com cara de japonês na tela de Kurosawa. 3 20 ABR >MOBY DICK, DE HERMAN MELVILLE, Artes DIRIGIDO POR JOHN HUSTON A Filosofia da busca e a fúria vingativa da caça num mar de insuficiências. Uma grande metáfora literária que ganhou força na pena realista de Melville e foi transferida para a virtualidade da tela por John Huston. 4 27 abr >MORTE EM VENEZA, DE THOMAS MANN, DIRIGIDO POR LUCHINO VISCONTI O amor num de seus mais belos retratos. Solidão e sucesso entre a vida e a Arte. A mão de um texto alemão encontra a luva do diretor italiano. Aproximações entre Thomas Mann e Luchino Visconti, num filme que vai além. MARCELO BACKES. Escritor, tradutor e crítico literário, doutor em Germanística e Romanística pela Universidade de Freiburg, Alemanha. É autor de A arte do combate, de Estilhaços e do romance Maisquememória. artes terças-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 65 NOVA ARTE NOVA Quem são ALGUNS Dos artistas que se destacam no cenário da arte contemporânea brasileira LUCIA LAGUNA, EDUARDO BERLINER, CARLOS CONTENTE, THIAGO ROCHA PITTA, TATIANA BLASS, PEDRO VARELA ••4 AULAS Novo, aqui, não quer dizer, necessariamente, jovem, mas sim frescor, originalidade, talento, inquietação, competência. A intenção desse ciclo é apresentar alguns dos artistas que chamaram a atenção para o seu trabalho e ganharam espaço nos últimos anos. O que pensam sobre a Arte que fazem e sobre a Arte feita hoje no Brasil e no mundo? Críticos e curadores se juntam a eles para oferecer um conhecimento ampliado e profundo da produção contemporânea brasileira. 1 06 abr >Lucia Laguna, com Paulo Herkenhoff 2 13 abr >Eduardo Berliner, com daniela labra 3 20 abr >Carlos Contente e Thiago Rocha PitTa, com márcio botner 4 27 abr >Tatiana Blass e Pedro Varela, com felipe scovino Artes LUCIA LAGUNA. Nascida em Campos dos Goytacazes (RJ), mora e trabalha no Rio. É formada em Letras e frequenta, desde 1994, cursos de Pintura, Teoria e História da Arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Sua primeira individual aconteceu em 1998, na Pequena Galeria do Centro Cultural Candido Mendes, no Rio de Janeiro. Em 2004, foi selecionada para Projéteis de Arte Contemporânea – Funarte e integrou o Posição 2004, na EAV. Em 2006, foi selecionada para o programa Paradoxos: Rumos Itaú Cultural, com exposições itinerantes pelo Brasil. No mesmo ano, fez a primeira individual, na Galeria Laura Marsiaj, no Rio de Janeiro, e recebeu, em seguida, o Prêmio Marcantônio Vilaça. Em novembro de 2007 realizou uma individual no Paço Imperial do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, fez parte da Arco/Madrid – Scope Basel/Miami e SPArte. Em 2009, participou de coletiva na Galeria Milan (SP) e apresentou uma individual na Galeria Virgílio (SP). PAULO HERKENHOFF. Curador e crítico de arte. Foi diretor do Museu Nacional de Belas-Artes (2003-2006), curador adjunto do Museu de Arte Moderna de Nova York-MoMA (1999 a 2002) e curador geral da 24ª Bienal de São Paulo (1998). É autor de diversos livros sobre arte. Escreveu e organizou exposições de artistas como Lygia Clark, Cildo Meireles e Louise Bourgeois. EDUARDO BERLINER. Nasceu no Rio de Janeiro em 1978, onde mora e trabalha. É formado em Desenho Industrial/Comunicação Visual na PUC-Rio e fez mestrado em Tipografia na University of Reading, Reading, Reino Unido. O trabalho de Berliner tem tido projeção nacional e internacional desde que ganhou o Prêmio CNI-Sesi Marcantonio Vilaça. Sua primeira exposição coletiva aconteceu em 2001 e sua primeira exposição individual, em 2005. Entre as coleções públicas que adquiriram o trabalho de Eduardo Berliner estão: Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM-RJ; Blake Collection, Nova York; T. Decker Collection, Phoenix, Arizona (EUA); e agora a Coleção Saatchi, Londres. É um dos professores do Programa de Arte Dynamic Encounters International Art Workshops, organizado pelo professor Charles Watson. DANIELA LABRA. Curadora independente e crítica de arte, doutoranda em História e Crítica de Arte pela EBA-UFRJ e mestre em Artes na Unicamp. É formada em Teoria do Teatro na UNI-RIO, com especialização em Comunicação e Arte pela Universidade Complutense de Madrid. Criou, com a Galeria Vermelho (SP), a mostra de performance Verbo (2005). Entre suas curadorias recentes estão Investigações pictóricas, no MAC Niterói, Rio de Janeiro (2009); Performance presente futuro vols. I e II, Oi Futuro, Rio de Janeiro (2008, 2009); Espaços reversíveis, Museu Histórico de Santa Catarina (2008); Fabulosas desordens, Caixa Cultural do Rio de Janeiro (2007); Juha Nenonen e Miklos Gaál, Centro Mariantonia, São Paulo (2006); e Perambulação, 2ª Bienal Internacional de Arquitetura de Rotterdam (2005). Foi curadora-residente na FRAME (Helsinki, Finlândia) em 2005 e 2010, e no International Artists Studio Program in Sweden – IASPIS (Estocolmo), em 2007. CARLOS CONTENTE. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1977, onde vive e trabalha. THIAGO ROCHA PITTA. Nasceu em Tiradentes (MG). Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formou-se em Pintura pela Escola de Belas-Artes da UFRJ, em 2003, e frequentou diversos cursos livres, como os de Pintura, com Luis Ernesto (1996), e Desenho, com Maria do Carmo Secco (1997), ambos na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, e o de Estética, com José Thomaz Brum, na PUC-Rio. Vencedor do prêmio CNI-Sesi Marcoantonio Vilaça, Recife (PE), 2004. Destacam-se também a exposição individual A cópula e os espelhos (instalações), no Castelinho do Flamengo (2001) e na galeria A Gentil Carioca (2004), ambos no Rio de Janeiro, e as coletivas Exposição de verão, na Galeria Silvia Cintra (RJ); Posição 2004, no artes Formado em Belas Artes pela UFRJ. Realizou as mostras individuais Compradores de mundo, na galeria A Gentil Carioca (2009); Náusea, na Arco Art Fair, em Madrid (2009); e Contente: auto-retratos, no Paço Imperial do Rio de Janeiro (2008). Seus trabalhos integram as coleções de Gilberto Chateaubriand/MAM-RJ, Museu Artur Bispo do Rosário (RJ), Isabela Parata (RJ), Luis Augusto Teixeira de Melo (Brasil), Coleção Madeira (Portugal), Leif Djurhuus (Dinamarca) e Wendy Stark (Estados Unidos). > Parque Lage (RJ); Arte contemporânea brasileira nas coleções do Rio, MAM-RJ; Obra colecionada, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (MG), todas em 2004. Mais recentemente, realizou as exposições A rocky mist, Meyer Riegger Gallery, Karlsruhe, Alemanha (2009); e Calmaria, Galleria Millan, São Paulo (2008). MÁRCIO BOTNER. Nasceu em 1970, no Rio de Janeiro. Artista plástico, professor da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, diretor e um dos sócios fundadores da galeria de arte A Gentil Carioca. Trabalha em conjunto com o artista Pedro Agilson, com quem forma a dupla Botner e Pedro, que produz, principalmente, vídeos que, muitas vezes, se desdobram em performances e fotografias. Botner e Pedro participaram de várias exposições coletivas, entre elas, o Salão de Arte de Goiás, em 2003, no qual ganharam o Prêmio de Aquisição. Em 2004, participaram da exposição Heterodoxia e do 11º Salão da Bahia. Em 2005, integraram o projeto Troca Brasil, em Portland (EUA), e a exposição Além da imagem, no Centro Cultural Telemar (RJ). Em 2008, Botner participou da 2ª Bienal do Fim do Mundo e, em 2009, da X Bienal de Havana, Cuba, entre outras. É coordenador do Projeto Artistas Educadores da Casa Daros Latinamérica, no Rio de Janeiro. TATIANA BLASS. Nasceu em São Paulo, em 1979, onde vive e trabalha. Formada em Belas-Artes pelo Centro Universitário Belas-Artes e em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da Unesp. Entre suas mostras individuais estão Cão cego, no MAM-BA (2009); Globo da morte, na Galeria Box 4 e Silvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro (2008); O engano é a sorte dos contentes, na Galeria Millan, São Paulo (2007); e Zona morta, no Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo (2007). Recebeu os prêmios 14º Salão da Bahia (2007), MAM-BA (Prêmio Aquisição, 2004), Prêmio CNI-Sesi Marcantonio Vilaça (pré-seleção, 2004) e Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (Prêmio Aquisição, 2003). Artes PEDRO VARELA. Nasceu em Niterói (RJ), em 1981. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formado em Gravura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, estudou também na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage. Participou de diversas exposições coletivas a partir de 2000, destacando-se Educação olha!, na galeria A Gentil Carioca (2005); A Gentil Carioca, na galeria Daniel Reich Gallery, Nova York (2006); Cardinal points, no Art Museum of South Texas, e Novas aquisições, no MAM-RJ (ambas em 2007); Paper trail, na galeria Allsopp Contemporary, em Londres (2008). Em 2009 participou do Projeto Tripé Paisagem, no Sesc Pompéia, em São Paulo, da Coletiva, na Galeria Enrique Guerrero, na cidade do México, entre outras. Já apresentou seus trabalhos em três exposições individuais: Mirante, na galeria A Gentil Carioca (2006), Ciudad flotante, na Galeria H10, Chile (2008), e Pedro Varela, na galeria A Gentil Carioca, (2009). Em 2010 participará do programa de exposições do Paço das Artes e da mostra Gigante por la própia naturaleza, no IVAM, em Valencia, Espanha, e abrirá individual na Galeria Enrique Guerrero. FELIPE SCOVINO. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (EBA/UFRJ), onde também realiza seu pós-doutorado. Crítico de arte e doutor em Artes Visuais (EBA/UFRJ), atualmente organiza com Renato Rezende o livro Coletivos. É autor de Arquivo Contemporâneo e Cildo Meireles. Colaborador das revistas Third Text, Flash Art, Arte & Ensaios, Desartes, Santa Art Magazine e Concinnitas. Recebeu a bolsa estímulo à produção crítica em artes (Funarte/MINC) em 2008. Foi curador das exposições Lygia Clark, na Dan Galeria, São Paulo (2004), Lygia Clark: diários de uma artista, no Oi Futuro, Rio de Janeiro (2007), e Arquivo Contemporâneo, no MAC, Niterói (2009). Em 2008 foi curador-adjunto de Diálogo Concreto: design e construtivismo no Brasil, Caixa Cultural, Rio de Janeiro (2008) e São Paulo (2009). Foi um dos curadores da exposição Abre-Alas, na galeria A Gentil Carioca (2010). artes terças-FEIRAs, ÀS 20H R$ 180,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 66 CLÁSSICOS DO JAZZ AO VIVO GRANDES OBRAS DA MÚSICA RECRIADAS EM AULAS-SHOW ANA BEATRIZ AZEVEDO, LIPE PORTINHO, DANIEL GARCIA, KLEBERSON CAETANO, ALTAIR MARTINS, ZECA MARETZKI ••4 AULAS-show Essa série de aulas-show marca a estreia de um formato que recriará, ao vivo, os mais importantes álbuns de jazz da História – títulos inovadores que abriram novos caminhos não apenas para o cenário jazzístico, mas para a Música em geral. Nesses encontros, organizados em parceria com a Sala Baden Powell, obras que se tornaram míticas serão apresentadas na íntegra, na forma como foram gravadas, com a mesma formação e arranjos. Em meio ao repertório, os músicos desenharão um panorama da vida e da carreira do artista, traçando um perfil da cena musical da época e enfocando mais detalhadamente aspectos das músicas apresentadas. Nesse percurso, o público, mesmo o leigo, encontrará um caminho para entender e apreciar um jazz ao mesmo tempo sofisticado, acessível e divertido, a partir de uma experiência única e emocionante. 1 07 ABR >“Giant steps” O disco, gravado em 1960, é um dos mais importantes trabalhos do maior saxofonista de todos os tempos, John Coltrane. Nesse álbum ele experimenta tanto temas mais simples, de um só acorde, como na música “Naima”, quanto harmonias mais sofisticadas, que passam muito rápido por diversos tons, gerando uma sensação de vertigem, como em “Giant steps” e “Countdown”. O álbum, influenciado pela Música Clássica, é composto por temas inovadores e improvisos inspirados que marcaram a História da Música. Artes 2 05 mai > “Speak no evil” Apresentando composições mais sofisticadas e com harmonias inovadoras, “Speak no evil” exibiu um novo e instigante caminho para o jazz. Este que é um dos mais importantes trabalhos do saxofonista Wayne Shorter, gravado em 1964, consagrou como clássicas quase todas as suas músicas, entre as quais a própria “Speak no evil”, além de “Witch hunt” e “Infant eyes”. 3 09 jun >“Time Out” “Time out”, gravado em 1959, é provavelmente o álbum de jazz mais vendido de todos os tempos, pois teve a versatilidade de agradar tanto a músicos quanto a leigos. Trata-se do primeiro trabalho em que compassos não convencionais são utilizados em temas e em improvisos jazzísticos. O álbum consagra o pianista Dave Brubeck, que faz aqui sua entrada no mundo do jazz, vindo da Música Clássica, e o saxofonista Paul Desmond, seu grande parceiro musical. Destaque para as interpretações de “Take five” e “Blue rondo a la Turk”. 4 14 JUL > “Song for my father” Inspirado por uma viagem feita ao Brasil, Horace Silver gravou em 1964 esse álbum clássico, com composições inéditas, onde misturava ritmos africanos, bossa nova e jazz. Os temas são simples e melódicos, emoldurados por um groove empolgante que cria uma nova base para a improvisação em músicas como a própria “Song for my father”. ANA BEATRIZ AZEVEDO (piano). Estudou no Montgomery College, em Washington D.C., onde estreou profissionalmente no musical Evita. Tocou com a Rio Jazz Orchestra e o grupo Azymuth e com músicos como Robertinho Silva e Barrosinho. Em 2002 assinou, com Lipe Portinho, a direção musical do espetáculo Ana in concert, com a bailarina Ana Botafogo. Em 2004, gravou no DVD Bibi canta Piaf, com a cantora Bibi Ferreira e a Orquestra Petrobras Sinfônica. Acaba de lançar o CD de seu grupo, Tutti, e, este ano, lança o primeiro CD solo. LIPE PORTINHO (contrabaixo). Bacharel em Música (contrabaixo) pela UFRJ. Na área erudita participou de várias orquestras, como Camerata Santa Teresa, Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Orquestra Nacional (UFF), Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e Orquestra Petrobras Sinfônica. Em 2002, assinou os arranjos e a direção musical, com Ana Beatriz Azevedo, do espetáculo Ana in concert, da bailarina Ana Botafogo. KLEBERSON CAETANO (bateria). Tem mais de 30 anos de atividade em Música, com passagens pelos mais variados grupos de artistas brasileiros e internacionais, como Emilio Santiago, Leny Andrade, Doris Monteiro, Durval Ferreira, Marcio Montarroyos, J.T. Meirelles, Mauro Senise, Freddy Cole e John Pizzarelli. Também artes DANIEL GARCIA (sax). Integrou, na década de 80, o grupo do pianista Osmar Milito e também a Orquestra da Rede Globo de Televisão. Participa como músico convidado em vários concertos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Já trabalhou em gravações e shows ao lado de nomes como César Camargo Mariano, Luís Eça, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Marcos Valle, Pascoal Meirelles, Ed Motta, Toninho Horta; e com artistas internacionais, destacando Stevie Wonder, Michel Legrand e Arturo Sandoval. Tem participado de vários tributos a jazzistas. Em 2004 lançou o CD Caminho, eleito pelo Clube do Jazz e Bossa (CJUB) o Melhor Disco do Ano, na categoria Jazz Nacional. > atuou em espetáculos musicais para teatro e acompanhou nomes como Bibi Ferreira e Jô Soares. Trabalhou ainda em grandes formações jazzísticas, como a Rio Jazz Orchestra, de Marcos Szpilman, e a Air Men Of Note, seleta orquestra de jazz da Força Aérea Americana. ALTAIR MARTINS (trompete). Entre os anos 2006 e 2008, morou nos Estados Unidos, onde tocou com a Bob Grauso Big Band, Tito Nieves, Andy Montañez, Wilie Rosario, Frank Negron, entre outros grupos e artistas, sempre como lead trumpet. No meio instrumental, trabalhou com Pascoal Meirelles, Paulinho Trumpete, Idriss Boudrioua, UFRJazz Ensemble e Daniel Garcia. Atualmente toca no septeto de Idriss Boudrioua. Também atuou ao lado de artistas como Emilio Santiago, Francis Hime e Alcione e participou de CDs de Chico Buarque, Angela Maria, Ed Motta, entre outros nomes da música brasileira. ZECA MARETZKI (saxofone). Saxofonista e flautista formado pela Berklee School of Music e pelo Conservatório Brasileiro de Música. Trabalhou com vários artistas brasileiros, como Paulo Moura, Ney Matogrosso, Grupo Aquarela Carioca e Tim Rescala. Também já atuou como convidado na Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica da UFF e Orquestra Petrobras Sinfônica. QUARTAS-FEIRAS, ÀS 19H30 NA SALA BADEN POWELL R$ 30,00 CADA EVENTO* Artes Observação: Os eventos serão apresentados na Sala Baden Powell, que terá serviço de manobrista nessas datas. Cada evento poderá ser vendido separadamente. 67 AS PRIMEIRAS ESTÓRIAS DO SERTÃO TRILHANDO AS VEREDAS DE GUIMARÃES ROSA IZABEL ALEIXO ••4 AULAS Grande sertão: veredas e Primeiras estórias. À primeira vista, esses dois livros de João Guimarães Rosa, publicados, respectivamente, em 1956 e 1962, podem ser considerados a antítese um do outro, desde as características estruturais, passando pelo universo abordado e os personagens construídos. No entanto, seguindo uma das epígrafes que o próprio Rosa escolheu para sua obra, é preciso ter paciência porque, num segundo momento, “muita coisa, ou tudo, se entenderá sob luz inteiramente outra”. E é exatamente o que acontece quando vamos aproximando Grande sertão: veredas e Primeiras estórias. Entre jagunços temidos e destemidos, de um lado, e crianças, velhos, loucos e apaixonados, de outro, vai se construindo um amálgama indissolúvel. Muito diferentes entre si, esses dois livros guardam, no entanto, semelhança essencial que mostra não apenas que Guimarães Rosa recupera em sua Literatura uma mesma maneira de narrar a vida e o que existe, como também que há uma intenção do autor de esconder semelhanças, quase como um enigma, diante de tão óbvia diferença. A proposta desse curso é olhar para essa semelhança essencial, esquecendo a aparente diferença, para poder recuperá-la. 1 04 MAI > Rosa, Um panorama 2 11 MAI > Onde estão as estórias primeiras em Grande Sertão: Veredas? A narrativa de Riobaldo, uma estória dentro da estória. Como essas estórias compõem a “grande” estória? As narrativas e seu sentido: Cumpadre Quelemén, os filhos de Aleixo, Jazevedão, Nhorinhá e outros. A narrativa do passado: estórias em flashback. A unidade indivisível que se desdobra nas narrativas. 3 18 MAI > Onde está o sertão grande em Primeiras estórias? A diversidade que esconde o mesmo sentido: as crianças e o mundo inventado; os marginais e o mundo que os teme; os amantes e o mundo que não enxergam; os velhos e o mundo que vão deixar; os loucos e o mundo reinventado. O enigma da terceira margem do rio. O espelho no meio: o que se reflete de um lado e de outro? artes A obra de Guimarães Rosa em apenas cinco livros publicados. Dentro da obra, destaque para os livros que serão abordados: Grande sertão: veredas, sua gênese, suas especificidades e a repercussão crítica do livro; e Primeiras estórias, sua gênese, suas especificidades e a repercussão crítica do livro. O significado de “sertão” e o significado de “primeiras”. > O menino e o lugar da cidade: o fio condutor da unidade. A unidade que se afirma como um bastão passado de mão em mão numa corrida de revezamento. 4 25 MAI > A unidade que vira diversidade e a diversidade que torna a ser unidade: a filosofia do todo Depois da semelhança, a volta à diferença: as características específicas de cada livro que são potencializadas na sua aproximação, um trabalho alquímico da literatura-vida de João Guimarães Rosa. A aproximação de Grande sertão: veredas e Primeiras estórias no conjunto da obra do autor: leituras possíveis. Izabel Aleixo. Mestre em literatura brasileira pela PUC-Rio, foi professora de teoria da literatura na Faculdade de Letras da UFRJ. Durante 12 anos trabalhou na Editora Nova Fronteira, onde foi responsável pela reedição dos livros de João Guimarães Rosa, a partir da recuperação das antigas edições acompanhadas pelo próprio autor. Atualmente é editora da Cosac Naify no Rio de Janeiro. Artes TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 68 A ARTE DE COLECIONAR ARTE AS GRANDES COLEÇÕES E COLECIONADORES BRASILEIROS GILBERTO CHATEAUBRIAND, JOSÉ OLYMPIO PEREIRA JR, HECILDA E SERGIO FADEL, bernardo paz, JOAQUIM PAIVA ••5 AULAS Através de depoimentos de colecionadores brasileiros, da apresentação de importantes obras e de histórias que contam a forma pela qual elas foram incorporadas às suas coleções, esse ciclo busca algumas respostas sobre como se articulam esses movimentos de aquisição que marcam tão profundamente a História da Arte. A presença de curadores em todos os cinco encontros dá a certeza de que, além de sentimentos, dinheiro, olhares treinados, acasos e prazeres, há muito ainda a desvendar entre a lógica e a paixão que marcam essa intensa relação com a Arte. 1 04 mai > GILBERTO CHATEAUBRIAND com LUIz CAMILLO OSÓRIO 2 11 mai > JOSÉ OLYMPIO PEREIRA JR. com Paulo Venancio Filho 3 18 mai > HECILDA E SERGIO FADEL com Paulo Herkenhoff 4 25 mai > bernardo paz com rodrigo moura 5 01 jun >JOAQUIM PAIVA com Pedro Karp Vasquez PAULO VENANCIO FILHO. Curador e crítico de arte. Formado em Filosofia, mestre e doutor em Comunicação pela UFRJ. Professor titular da Escola de Belas-Artes da UFRJ. É autor dos livros Waltércio Caldas: manual da ciência popular, Marcel Duchamp: a beleza da indiferença, Milton Dacosta: a construção da pintura, Primos entre si: temas em Proust e Machado de Assis e Iberê Camargo. Autor de artigos em revistas, jornais e textos de catálogos sobre vários artistas modernos e contemporâneos brasileiros. artes LUIz CAMILLO OSÓRIO. Curador do MAM-RJ. Doutor em Filosofia pela PUC-Rio, crítico de arte do jornal O Globo, professor de Estética e História da Arte na UNI-RIO e na PUC-Rio. É autor dos livros Flavio de Carvalho, Abraham Palatnik e Razões da crítica. > Rodrigo Moura. Curador, editor e crítico de arte. Curador de Inhotim Centro de Arte Contemporânea (Brumadinho, Minas Gerais) desde 2004. Foi curador assistente (2001-2003) e curador (2003-2006) do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte, onde organizou mostras individuais de Ernesto Neto, Damián Ortega, Rodrigo Andrade, entre outros, e coordenou o programa Bolsa Pampulha, de estímulo a artistas em início de carreira. Organizou os livros Bolsa Pampulha 2003-2004, Políticas institucionais, Práticas curatoriais (ambos pelo Museu de Arte da Pampulha, 2004) e Através (pelo Inhotim Centro de Arte Contemporânea, 2008). É colaborador do jornal Folha de S.Paulo e das revistas Trópico, Bravo!, FlashArt (Milão), Exit (Madri) e ArtNexus (Bogotá). PAULO HERKENHOFF. Curador e crítico de arte. Foi diretor do Museu Nacional de Belas-Artes (2003-2006), curador-adjunto do Museu de Arte Moderna de Nova York-MoMA (1999 e 2002) e curador geral da 24ª Bienal de São Paulo (1998). É autor de diversos livros sobre arte. Escreveu e organizou exposições de artistas como Lygia Clark, Cildo Meireles e Louise Bourgeois. Pedro karp Vasquez. Escritor, fotógrafo e curador, autor de 22 livros. Diretor do Solar do Jambeiro (Niterói, RJ), é formado em Cinema pela Sorbonne (Paris) e mestre em Ciência da Arte pela UFF. Foi responsável pela criação do Instituto Nacional da Fotografia da Funarte e do Departamento de Fotografia, Vídeo & Novas Tecnologias do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Artes terças-feiras, às 20h R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00 69 UMA VIAGEM PELO UNIVERSO DA ÓPERA GRANDES OBRAS E INTERPRETAÇÕES ONTEM E HOJE MARCEL GOTTLIEB ••4 AULAS Há 400 anos, na Itália, a Música, o Teatro e a Dança juntaram-se para criar uma nova forma de Arte: a ópera. O êxito foi imediato e não muito tempo depois a ópera se tornou o gênero artístico preferido em toda a Europa. Mas o mundo mudou muito. Junto com ele, também a ópera. Após o Concerto nas Termas de Caracalla, em 1990, a ópera renasceu e se popularizou. Hoje o gênero continua se renovando na voz de grandes cantores. O curso vai apresentar esse percurso da produção operística através de uma reflexão sobre contextos históricos e, sobretudo, a partir da exibição de importantes montagens, atuais e antigas, contando com interpretações antológicas de nomes como Maria Callas, Renata Tebaldi, Angela Gheorghiu e Anna Netrebko, considerada o grande fenômeno da ópera atual. 1 04 MAI > DE MONTEVERDI A BEETHOVEN (1600-1800) Quando Monteverdi concebeu um novo entretenimento para a corte de Mântua, no início do século XVII, não imaginava que ele se popularizaria e expandiria com tanta rapidez. De 1600 a 1800 foram escritas mais de mil óperas, aliando a Música ao drama e ao espetáculo, e satisfazendo o apetite do público por uma nova forma de Arte. Apresentação de obras essenciais de Monteverdi, Bach, Vivaldi, Rameau, Haendel, Gluck, Mozart, Beethoven, entre outros. 2 11 MAI > DE ROSSINI A WAGNER (1800-1870) A grande concorrência entre as óperas italiana, germânica, francesa, russa e tcheca contribuiu diretamente para a evolução da ópera romântica, a partir do século XIX. Obras de arte luxuosas e completas eram o entretenimento preferido do público da época. Nesse contexto, ganham destaque as obras de compositores como Rossini, Schubert, Bellini, Halevy, Donizetti, Glinka, Verdi, Gounod, Foster, Bizet, Meyerbeer e Wagner. Óperas de diversas regiões do mundo emergiam, importando referências diretamente da cultura europeia (sobretudo da Itália, da França e da Alemanha). O resultado foi a criação de um repertório operístico com som e estilo bem nacionalistas, patrióticos e românticos. Ilustrações do período são as obras de Carlos Gomes, Smetana, Saint-Säens, Tchaikovsky, Offenbach, Borodin, Mascagni, Leoncavallo, Charpentier, Massenet, entre outros. artes 3 18 MAI > DE CARLOS GOMES A MASSENET (1870-1900) > 4 25 MAI > DE PUCCINI ATÉ HOJE (1900-2000) No século XX, a ópera evoluiu de maneira diferente dos períodos anteriores. As inovações tecnológicas divulgaram ainda mais as melodias, o que acontecia até então para um público restrito. Esse novo cenário acabou por transformar os cantores em estrelas da música em diversas partes do mundo. Destaque para obras de Puccini, Dvorak, Lehar, R. Strauss, Wolf-Ferrari, Gershwin, Bernstein, Schöenberg, Webber e Horner. MARCEL GOTTLIEB. Fundador da Musicativa, espaço cultural destinado há mais de dez anos à divulgação da música através de palestras e cursos. Artes TERÇAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 70 A PRODUÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA DO SÉCULO XIX AO XX UMA PASSAGEM CRÍTICA PELA MODERNIDADE, PELO MODERNISMO E PELO PÓS-MODERNISMO LEILA LONGO ••4 AULAS O curso apresenta um breve histórico social da Arte e da cultura a partir da chegada modernidade do século XIX ao século XX. Trata, portanto, das vanguardas do Modernismo, do desenvolvimento do pós-Modernismo no pós-guerra à Arte Contemporânea, bem como da articulação crítica dos movimentos artísticos às questões culturais, sociais e políticas pertinentes. 1 05 MAI > A MODERNIDADE E SEUS COMENTADORES A modernidade como modelo de civilização estabelecido pelo Iluminismo. A visão de Kant (analítica do belo e teoria do sublime na arte) e de Hegel (a questão do “fim da arte”). Século XIX: o desenvolvimento do capitalismo industrial, a chegada da modernidade em Paris – a visão de Charles Baudelaire. O Modernismo na Arte Decorativa: Art Nouveau. 2 12 MAI > O SURGIMENTO DO MODERNISMO ESTÉTICO A primeira metade do século XX: questões políticas e sociais concomitantes ao Modernismo – duas guerras mundiais, ascensão do comunismo e do nazifascismo. A melancolia em Walter Benjamin. O Modernismo nas Artes Plásticas (vanguardas), no Design (Bauhaus), na Arquitetura (estilo internacional), nas Artes Decorativas (Art Déco). 3 19 MAI > O PÓS-GUERRA: PÓS-MODERNISMO NA CULTURA E NA ARTE A segunda metade do século XX: desenvolvimento do capitalismo multinacional. A crise na Arte europeia. Nova York como centro produtor cultural e artístico. A Arte associada ao consumo (Arte Pop, instalações, performances, body-art, intervenções urbanas, grafite etc.) e não à fruição estética. O desgaste do modelo iluminista de civilização. A emergência do multiculturalismo, do local, do particular e do regional em detrimento do universal. A globalização como estágio mais recente do capitalismo, a arte de lucrar com a cultura. A Arte Contemporânea e a questão da comunicação entre obra e observador. artes 4 26 MAI > A “VIRADA CULTURAL” > LEILA LONGO. Mestre em Letras e doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ e pela Universidade de Paris V, Sorbonne. É professora de Estética da Comunicação na Pós-Graduação de Jornalismo Cultural da Uerj. Autora de Linguagem e psicanálise. Escreve regularmente artigos sobre Comunicação e Arte para diversas publicações. Foi assessora cultural da Academia Brasileira de Letras (ABL) de 2000 a 2006. Artes QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 71 Os grandes expoentes DA ARTE MODERNA BRASILEIRA HÉLIO DIAS FERREIRA ••3 AULAS Esse curso lança um olhar sobre a trajetória da Arte brasileira no século XX, sublinhando três momentos fundamentais desse percurso: da influência da escola europeia, vinda através de Lasar Segall e Anita Malfatti, a uma tentativa de modernidade na Semana de 22; a busca de uma identidade nacional através do Expressionismo; e o início de um novo caminho, a partir do trabalho de Ivan Serpa e de sua geração. 1 06 MAI >LASAR SEGALL E OS ARTISTAS DA SEMANA DE 22 Segall abre caminhos para uma nova linguagem pictórica, mas Anita Malfatti é tolhida por Monteiro Lobato: como encontrar uma modernidade genuinamente nacional? A contribuição singular de Tarsila do Amaral e a importância do “Abaporu” como semente do Movimento Antropofágico. 2 13 MAI > O EXPRESSIONISMO NO BRASIL O legado de Portinari e de Di Cavalcanti, o primeiro fazendo leituras do povo nordestino em obras como “Família de retirantes”. O segundo, herdeiro da convivência com a modernidade francesa, apresentou sua linguagem expressionista nas inconfundíveis telas de mulatas. A obra de Iberê Camargo e de outros artistas que se voltaram para esse tipo de expressão artística em território nacional. 3 20 MAI > IVAN FERREIRA SERPA E A BUSCA DO ABSTRACIONISMO HÉLIO DIAS FERREIRA. Professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO), doutor em Educação pela UFF, com parte dos estudos realizada na Université Sorbonne – Paris III, mestre em História da Arte pela UFRJ. É autor de livros de arte como Uma história da arte ao alcance de todos e Ivan Serpa: o expressionista concreto. QUINTAS-FEIRAS, ÀS 15H R$ 120,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 150,00 artes Vida e obra do pintor carioca, líder do Grupo Frente e que se tornou um dos mais importantes artistas da Arte brasileira na busca do abstracionismo. Ivan Serpa, o “expressionista concreto”, uma nova leitura sobre sua contribuição de linguagem plural na década de 60, e sua morte prematura, no início dos anos 70. 72 A GRANDE CANÇÃO AMERICANA RICARDO SONETO “Love is now the stardust of yesterday. The music of the years gone by.” (Hoagy Carmichael) ••5 aulas Dentre os eventos mais marcantes na história da Música na primeira metade do século XX, é obrigatório abrir um espaço importante para a canção popular nos Estados Unidos. Iniciado com as partituras do Tin Pan Alley, passando pelo mercado fonográfico, a Broadway e os musicais de Hollywood, esse processo foi forjado pelo trabalho de uma geração de compositores brilhantes que resultou em um repertório que até hoje surpreende, desconcerta e encanta. O curso oferece saborosa oportunidade de um estudo sobre esses autores, suas características individuais e o escopo do seu legado. As aulas contam com exemplos fonográficos e visuais de grandes mestres e suas obras, como “Night & Day”; “Blue moon”; “Love is here to stay”; “All the things you are”; “One from my baby”. 1 28 MAI >JEROME KERN E IRVING BERLIN 2 11 jun >GEORGE GERSHWIN (& IRA GERSHWIN) 3 18 jun >RICHARD RODGERS (& LORENZ HART) 4 25 JUN >COLE PORTER 5 02 jul > COMPOSITORES DIVERSOS: HOAGY CARMICHAEL, JOHNNY MERCER, HAROLD ARLEN, FATS WALLER e outros RICARDO SONETO. Jornalista e roteirista especializado em jazz, com passagens pelas gravadoras Universal e Emi-Odeon, curador e produtor de mostras sobre o gênero, entre elas, Jazz Cine Festival (CCBB), Cine Tim (Tim Festival) e Festival Tudo é Jazz, em Ouro Preto. Artes SEXTAS-feiras, às 19h30 R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00 73 HUMOR A SÉRIO Miguel Paiva Com ClAudio Manoel, Leo Jaime, Ziraldo, Mônica Martelli e Chico Caruso ••5 aulas Cartunista? Artista plástico? Ilustrador? Cenógrafo? Escritor? Diretor de Arte? Teatrólogo? Desenhista? Publicitário? Roteirista? Jornalista? Comentarista? Diante da pergunta que lhe pedia uma definição de como gostaria de ser chamado, não hesitou em responder: “Sou um humorista”. Com 44 anos de labuta radical, Miguel Paiva, o recém-sexagenário mais gatão da cidade, afirma que não existe forma tão agradável de dizer algo e se fazer entender do que o humor. Tema que se propõe a debater com cinco grandes colegas de profissão nesse ciclo inédito de encontros – que, por mais comportado que se pretenda, tem tudo para ser transgressor, subversivo, inconsequente, sarcástico e, portanto, potencialmente bem-humorado. 1 01 JUN >humor na TV ClAudio Manoel 2 08 JUN >humor na MÚSICA Leo Jaime 3 15 JUN >humor gráfico Ziraldo 4 22 JUN >humor e MULHER Mônica Martelli 5 29 JUN >humor no jornalismo Chico Caruso artes MIGUEL PAIVA. Carioca, vários livros publicados, entre os quais cinco com as aventuras do detetive Ed Morte, em parceria com Luis Fernando Verissimo; quatro com a personagem Radical Chic; e dois com o Gatão de Meia Idade. Seu trabalho ocupa espaços na mídia eletrônica (cinema, TV, internet), na mídia impressa (jornais e revistas) e no teatro. Morou na Itália (1974-1980) e na cidade de São Paulo (1983-1992). Reside e trabalha entre o Rio e Araras, no interior do estado. > CLAUDIO MANOEL. Humorista, integrante do grupo Casseta e planeta, roteirista e diretor de cinema. LEO JAIME. Músico e compositor. ZIRALDO. Escritor, chargista e ilustrador. Mônica MARTELLI. Atriz e autora de Os homens são de Marte...e é pra lá que eu vou! CHICO CARUSO. Humorista, chargista, ilustrador e performer. Artes TERÇAS-FEIRAS, 2OH R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00 74 DE SÓFOCLES A KAFKA A LITERATURA DÁ AULAS DE PSICOLOGIA MARCELO BACKES ••4 AULAS Pode-se afirmar que um dos pilares sobre os quais se ergueu o edifício da Psicanálise foi a Literatura. Da mesma maneira que Marx afirmou que aprendeu muito mais sobre a economia da Inglaterra lendo Charles Dickens do que com qualquer um dos economistas ingleses, e que conheceu profundamente a sociedade francesa pelas obras de Honoré de Balzac, Sigmund Freud alicerçou várias de suas teorias psicanalíticas em obras e personagens literários. Além disso, sempre voltou a Sófocles e aos clássicos gregos para desenvolver seus conceitos e chegou a chamar um autor como Arthur Schnitzler de “irmão gêmeo”. Esse curso apresentará seis obras que transitam nos meandros do comportamento humano, trilhando a instigante fronteira dos terrenos contíguos da Literatura e da Psicanálise. 1 01 JUN >ÉDIPO REI, DE SÓFOCLES Obra sob todos os aspectos fundadora, tanto no âmbito da Literatura e do Teatro quanto da Psicanálise. Modelo de tragédia, apresenta o primeiro grande personagem da Literatura universal que virou conceito e, mais que isso, transformou-se em emblema de questões fundamentais do processo civilizatório. 2 08 JUN >JUSTINE, DO MARQUÊS DE SADE O mundo entre a virtude de Justine e a “canalhice” de Juliette. O crime compensa? Em que medida a bondade realmente nada tem de natural? Civilização e barbárie em conflito numa obra que tem tudo a ver com Nietzsche e que mostra por que Sade foi considerado um dos grandes precursores de Freud. Em suas obras, Schnitzler criou casanovas e libertinas e mergulhou como poucos nas profundezas da alma humana. Inspirador do cineasta Stanley Kubrick e “irmão gêmeo” de Freud, fez na Literatura o que o pai da Psicanálise fazia no ensaio. Nesse romance, aborda a vida de Therese, uma personagem que encarna os problemas da mulher na época de sua emancipação e decadência de Viena. artes 3 15 JUN >CRÔNICA DE UMA VIDA DE MULHER, DE ARTHUR SCHNITZLER > 4 22 JUN > ”CARTA AO PAI”, DE FRANZ KAFKA A figura paterna entre a realidade e a ficção na obra de Kafka, revisitando as dores edipianas. Uma carta gigantesca que jamais foi entregue ao pai e acabou sendo lida apenas pela mãe; uma acusação num tribunal de páginas infindas. Quem é capaz de se ufanar de seus músculos afetivos depois de conhecer Kafka? MARCELO BACKES. Escritor, tradutor e crítico literário, doutor em Germanística e Romanística pela Universidade de Freiburg, Alemanha. É autor de A arte do combate, de Estilhaços e do romance Maisquememória. Artes TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 75 A OBRA E o TEMPO de WILLIAM SHAKESPEARE MIRIAM HALFIM ••4 AULAS O curso vai percorrer a História da Inglaterra, desde Henrique VIII até Elizabeth I, e a entrada no Renascimento, tomando esse panorama como um caminho privilegiado para uma abordagem rica e contextualizada da obra de William Shakespeare. A partir da análise de seus sonetos e de algumas de suas principais peças, esses encontros buscam oferecer suaves favos do bardo – como era conhecido Shakespeare – um autor que, sem sombra de dúvida, enriquece o acervo intelectual de cada amante da boa Literatura, do Humanismo e do Saber. 1 08 JUN >SONETOS – A VIDA – IDADE MÉDIA VERSUS RENASCIMENTO Uma visão sobre a vida de Shakespeare, sua origem em Strattford–upon-Avon, sua infância, o casamento aos 18 anos, a mulher, os filhos, a paixão pelo Teatro. Serão analisados seus sonetos de amor, com leitura em inglês – e depois em português. Uma comparação com alguns poemas medievais em que a mulher é associada à Virgem Maria, inatingível, produto da força religiosa, e de outros, também medievais, em forma de sátiras, que falam contra a mulher. 2 15 JUN > CHRISTOPHER MARLOWE E WILLIAM SHAKESPEARE – ESTILOS DE DRAMATURGIA Aspectos biográficos de Marlowe e de sua maior obra, Tamburlaine, the Great. Shakespeare e seu humanismo. Breve comparação entre O judeu de Malta, de Marlowe, e O mercador de Veneza, de Shakespeare. 22 JUN >OS CLÁSSICOS DE SHAKESPEARE 3 4 29 JUN >A ERA DE ELIZABETH – DE HENRIQUE VIII À RAINHA VIRGEM. A CORTE. SHAKESPEARE ATRAVÉS DOS SÉCULOS A filha de Ana Bolena. De bastarda a rainha. O desenvolvimento da corte elisabetana. A obra de William Shakespeare encenada através dos séculos e em diferentes contextos políticos até o século XXI. artes Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth, Otelo, Henrique VIII. Leitura de trechos de cada peça e análise de imagens relevantes e recorrentes na obra do bardo. > MIRIAM HALFIM. Mestre em Literatura Inglesa pela UFRJ. Foi professora da Uerj e da Faculdade da Cidade. Escreve contos e diversas obras para o Teatro, acumulando vários prêmios. Entre suas peças, estão Ecos da Inquisição, Receita infalível, O língua-solta, Fazer o quê? e Antes do pôr do sol. É autora dos livros Senhora de engenho, entre a cruz e a torá, Contos do Rio e O judeu em Chaucer, Marlowe e Shakespeare. Artes TERÇAS-FEIRAS, ÀS 17H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 76 CRÔNICA: A LIBERDADE DA ESCRITA ARNALDO BLOCH ••4 aulas O objetivo dessa oficina é desenvolver uma dinâmica de troca de informações entre o cronista e os participantes que permita exercitar a criação livre de textos a partir da experiência pessoal ou da subjetividade e das pulsões inconscientes, sem a obrigatoriedade de observância/obediência aos cânones do gênero e em busca da singularidade de cada um. A exemplo de experiência realizada na Brown University, num workshop de creative writing, em português, com estudantes norte-americanos, o cronista pretende publicar, em pelo menos uma de suas colunas no Segundo Caderno, do jornal O Globo, medleys de textos dos alunos. 1 10 jun >A CRÔNICA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA PESSOAL O percurso pessoal: a relação com a palavra escrita e com a criação desde a infância; universo de leitura e de influências interpessoais; os anos universitários; os anos de profissão: do texto jornalístico à formação do texto autoral: migração ou interdependência? Apresentação da proposta da oficina e do primeiro exercício: refletir sobre uma experiência pessoal (objetiva, factual, subjetiva, imagética, memorialística), escolher um tema a ser explorado, escrever uma crônica a partir do tema. 3 24 jun >A CRÔNICA DE “COMENTÁRIO” Leitura e discussão de trechos das crônicas desenvolvidas. Propostas de desenvolvimento. Visão do cronista sobre a função da crônica e a substituição gradual do lirismo e da subjetividade por uma função utilitária. A crônica por natureza comenta a política, a economia, os fatos dos jornais ou obras de arte numa dimensão paralela, de acordo com a identidade e a subjetividade do cronista. Hoje, ao contrário, a maior parte dos cronistas busca justamente o oposto: igualar-se aos articulistas especializados e aos críticos ou, pelo menos, buscar ser “útil” ao leitor. Apresentação do terceiro exercício: escrever sobre o factual buscando o oculto, o insólito, o subtexto, e fugindo ao vício do comentário. artes 2 17 jun >A CRÔNICA A PARTIR DO VAZIO Leitura e discussão de trechos das crônicas escritas. Propostas de desenvolvimento. Apresentação do segundo exercício: desenvolver um texto a partir do vazio ou da falta de tema, explorando associações livres de ideias ou o método “digital” (d’après Carlos Heitor Cony: catar milho para descobrir o que escrever). > 4 01 jul > SARAU Leituras finais de trechos e de crônicas selecionados pelo cronista como exemplares, segundo a proposta da oficina, respeitando os melhores momentos de todos os participantes. Debate sobre as hipóteses de divulgação das mesmas (Livro? Internet? Expô? Ou?). ARNALDO BLOCH. Jornalista (Eco-UFRJ) e escritor carioca. Trabalhou na revista Manchete como repórter, redator, editor e correspondente em Paris. Desde 1993 integra a equipe do jornal O Globo, onde ocupou os cargos de editor do Segundo Caderno e chefe de redação da sucursal de São Paulo. Desde 2001 dedica-se ao texto, como repórter especial e cronista. A partir de 2003 passou a assinar coluna fixa, aos sábados, no Segundo Caderno. Mais recentemente, criou o inovador conceito da seção “Logo/A página móvel”, que edita semanalmente. Na Literatura, publicou a biografia Fernando Sabino/Reencontro, os romances Amanhã a loucura e Talk Show e a saga familiar Os Irmãos Karamabloch. Participou da polêmica antologia Geração 90/Transgressores, de Nelson Oliveira. No fim do ano passado, lançou sua primeira coletânea de crônicas revistas, O ciclista da madrugada. Artes quintas-FEIRAS, ÀS 20h R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00 77 UM OLHAR SOBRE A ARTE CONTEMPORÂNEA NO MUNDO BIENAL DE VENEZA, DOCUMENTA DE KASSEL E BIENAL DE SÃO PAULO AGNALDO FARIAS ••2 AULAS Nesses encontros, o curador e crítico de arte Agnaldo Farias faz um balanço do cenário artístico da última década, no Brasil e exterior, a partir de uma análise apurada sobre três das mais importantes exposições de arte contemporânea. AGNALDO FARIAS. Crítico de arte, curador independente e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Foi curador do MAM-RJ entre 1998 e 2000, curador adjunto da Bienal de São Paulo de 1996 e curador da representação brasileira da Bienal de São Paulo de 2002. É curador da 29ª Bienal de São Paulo, programada para este ano. artes 18 e 25 jun > sextas-feiras, às 19h30 R$ 80,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 120,00 Viagens de conhecimento Descubra o mundo com os professores da Casa do Saber. Conheça os roteiros e acompanhe as novidades no site www.latitudes.com.br RESUMO DE CURSOS 1° SEMESTRE DE 2010 especial cursos abr mar 1 celebrando GULLAR ferreira gullar, ADRIANA CALCANHOTTO, antonio carlos SECCHIN 2 OS VALORES DO ESPORTE COMO ELEMENTO TRANSFORMADOR BERNARDINHO , JOÃO PEDRO PAES LEME 3 CRISE DA POLÍTICA X SOCIEDADE EM MOVIMENTO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 4 O DESIGNER DONO DA MAIOR AUDIÊNCIA DO PLANETA HANS DONNER O QUE É QUE ESSA GAÚCHA 5 TEM PARA DELEITAR AS PAPILAS CARIOCAS? ROBERTA SUDBRACK 6 E A BELÍNDIA, COMO VAI? EDMAR BACHA 7 mai professor ANTONIO DIAS, UM ARTISTA CONTEMPORÂNEO NO MUNDO ANTONIO DIAS 8 O QUE É RAÇA? DEMÉTRIO MAGNOLI música & disco. Passado, 9 presente, futuro de um casamento em crise JOÃO ARAÚJO, ANDRÉ MIDANI, NELSON MOTTA 10 como o rio 2009 ganhou a rio 2016. e agora? carlos arthur nuzman, carlos roberto osório, leonardo gryner horário início/término Nº de aulas quarta-FEIRA, ÀS 20H 03 mar 1 quinta-feira, às 20h 04 mar 1 segunda-FEIRA, ÀS 20H 08 mar 1 quarta-feira, às 20h 31 mar 1 quarta-feira, às 20h 07 abr 1 quarta-feira, às 20h 14 abr 1 quarta-feira, às 20h 28 abr 1 quinta-feira, às 20h 29 abr 1 quarta e quinta-feira, às 20h 05 mai e 06 mai 2 sexta-feira, às 19H30 07 mai 1 11 cursos professor desta vez, quem entrevista o ibope somos nós CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO 12 a nova voz da igreja no rio DOm orani tempesta 13 VINHO COM SABER Célio ALZER jun mai especial cursos professor 14 Os sentidos da beleza – na história e hoje evando nascimento 15 AMOR FATI: o segredo da afirmação que cria auterives maciel jr. 16 filosofia e literatura maria cristina franco ferraz 17 o desamparo na vida moderna sandra niskier flanzer 18 Nietzsche e o cômico Rosana Suarez 19 para acabar com o juízo AUTERIVES MACIEL JR. abr mar Pensamento 20 a paixão em um mundo globalizado mário eduardo costa pereira horário início/término Nº de aulas quarta-feira, às 20h 12 mai 1 sexta-feira, às 19h30 11 jun 1 segunda-feira, às 20h 28 jun 1 horário início/término Nº de aulas quartas-FEIRAs, ÀS 20H de 03 mar a 24 mar 4 segundas-feiras, às 17h DE 08 mar a 29 mar 4 terças-feiras, às 20h de 09 mar a 30 mar 4 quartas-feiras, às 17h de 10 mar a 31 mar 4 segundas-feiras, às 20h de 29 MAR A 19 ABR 4 quartas-feiras, às 17h de 07 abr a 19 mai 6 sextas-feiras, às 19h30 de 09 abr e 16 ABR 2 Pensamento cursos professor oswaldo giacoia junior 22 à sombra do espetáculo nina saroldi e sandra edler 23 alegria em psicanálise alexandre jordão abr 21 uma filosofia do futuro 24 auterives maciel jr., eduardo rosenthal 25 os novos laços amorosos malvine zalcberg 26 mulheres na filosofia carla rodrigues, rafael haddock-lobo mai jun entre a psicanálise e a filosofia 27 as grandes obras da filosofia danilo marcondes 28 os sentidos do trabalho – dever ou vício? nina saroldi 29 o lugar da fantasia na psicanálise marco antonio coutinho jorge 30 entre a individualidade e o individualismo júlio César pompeu 31 a arte de viver da fé andré martins 32 plotino, o teórico do êxtase josé thomaz brum horário início/término Nº de aulas segundas-feiras, às 20h de 26 abr A17 mai 4 segundas-FEIRAs, ÀS 20H de 26 abr a 17 mai 4 quintas-feiras, às 17h de 29 abr A 20 MAI 4 sextas-FEIRAs, ÀS 19H30 de 30 abr A 28 MAI 5 quartas-FEIRAs, ÀS 20H de 05 mai a 26 mai 4 quintas-feiras, às 20h de 13 MAI A 10 jun 4 quartas-feiras, às 20h de 19 mai a 30 jun 7 segundas-feiras, às 20h de 24 mai a 14 jun 4 segundas-feiras, às 17h de 07 jun a 28 jun 4 quintas-feiras, às 17h de 10 jun a 01 jul 4 sextas-feiras, às 19h30 de 11 jun a 02 jul 4 quartas-feiras, às 20h de 16 jun a 30 jun 3 História, Ciências e atualidade 33 cursos professor corpo: sensações e sentimentos octavio bonet, rachel aisengart menezes mar 34 faces do amor na história 35 a tecnologia da segunda guerra mundial vários 36 o problema da matéria pensante luiz alberto oliveira 37 segredos da mente 38 uma revisita ao mundo dos economistas 39 a comunicação na era trans 40 abr mary del priore uma leitura ecológica da história do brasil ana beatriz barbosa silva josé márcio camargo suzana apelbaum josé augusto pádua 41 os senhores do sécULO xx maurício parada 42 roma: de césar a augusto márcio scalercio 43 judeus no brasil keila grinberg 44 egito antigo: cosmovisão e política ana montes horário início/término Nº de aulas SEGundas-feiras, às 20h DE 01 mar a 22 mar 4 QUartAS-FEIRAS, às 20h de 03 mar a 24 mar 4 terças-feiras, às 20h de 09 mar a 23 mar 3 quintAS-FEIRAS, às 20h de 11 mar a 15 abr 6 quintas-feiras, às 20h de 11 mar a 01 abr 4 quintas-feiras, às 20h de 11 mar a 01 abr 4 segundas-feiras, às 20h de 29 mar a 19 abr 4 segundas-FEIRAS, às 20h de 29 mar a 19 abr 4 QUARTAS-FEIRAS, às 20h de 31 mar a 28 abr 4 segundas-feiras, às 17h de 05 abr a 26 abr 4 terçaS-FEIRAS, às 20h de 06 abr a 27 abr 4 QUINTAS-FEIRAS, às 20h de 08 abr a 06 mai 4 História, Ciências e atualidade criação, produção e consumo dalcácio da gama reis em tempos de sustentabilidade 46 entretenimento, comunicação e cultura vinicius andrade pereira 47 os profissionais de marketing político vários 48 grandes jornalistas políticos vários 49 a mitologia grega e a mulher isabela fernandes 50 tempo para viajantes luiz alberto oliveira 51 violência e informalidade no rio. dá para encarar? sergio guimarães ferreira 52 o que passa nA cabeça do brasileiro alberto carlos almeida 53 os executivos brasileiros 54 jun professor 45 mai abr cursos (eco)nomia. o valor do clima vários na agenda brasileira e global mitos e verdades na 55 educação: da primeira infância à adolescência 56 vários os sentidos do design no contemporâneo fábio barbirato joão de souza leite horário início/término Nº de aulas quintAS-FEIRAS, às 20h de 08 abr a 06 mai 4 sextas-feiras, às 19h30 de 09 abr a 07 mai 4 terças-feiras, às 20h de 27 ABR a 11 mai 3 quartas-feiras, às 20h de 05 mai a 02 jun 5 segundas-feiras, às 17h de 10 mai a 07 jun 5 QUinTAS-FEIRAS, às 20h de 13 mai a 01 jul 7 terças-feiras, às 20h 18 mai e 25 mai 2 segundas-feiras, às 20h de 24 mai a 14 jun 4 segundas-feiras, às 20h de 24 mai a 21 jun 5 terças-feiras, às 20h de 08 jun a 29 jun 4 quartas-feiras, às17h de 09 jun a 30 jun 4 quartas-feiras, às 20h de 09 jun a 30 jun 4 artes mar 57 cursos professor a arte do design: ART NOUVEAU e bauhaus HÉLIO DIAS FERREIRA 58 violino: um panorama afetivo felipe prazeres 59 fernando pessoa cleonice berardinelli o universo artíSTIco 60 europeu na primeira metade do século xIx hélio dias ferreira 61 stand-ups em casa fernando caruso, daniela ocampo 62 A cultura da moda João Braga 63 quem tem medo de música clássica? Laura rónai marcelo backes 65 nova arte nova vários 66 clássicos do jazz ao vivo vários abr 64 a literatura que virou cinema 67 as primeiras estórias do sertão izabel aleixo horário início/término Nº de aulas segundas-FEIRAS, às 20h DE 01 mar a 22 mar 4 TERÇA e quinta-FEIRA, às 20h 02 mar e 04 mar 2 terças-FEIRAS, às 20h de 09 mar a 13 abr 6 quintas-feiras, às 15h de 25 mar a 29 abr 5 quarta e terça-feira, às 20h 24 mar e 20 abr 2 segundas-feiras, às 17h de 01 mar a 29 MAR 5 quartas-FEIRAS, às 20h de 31 mar a 28 abr 4 terçAS-FEIRAS, às 17h de 06 abr a 27 abr 4 terças-feiras, às 20h de 06 abr a 27 abr 4 QUARTAS-FEIRAS, às 19h30 sala baden powell de 07 abr a 14 jul 4 terças-feiras, às 20h de 04 mai a 25 mai 4 artes cursos jun mai 68 a arte de colecionar arte professor vários 69 uma viagem pelo universo da ópera marcel gottlieb 70 a produção cultural e artística do sécULO xix ao xx leila longo 71 os grandes expoentes da arte moderna brasileira hélio dias ferreira 72 a grande canção americana ricardo soneto 73 humor a sério vários 74 de sófocles a kafka marcelo backes 75 a obra e o tempo de william shakespearE miriam halfim 76 crônica: a liberdade da escrita arnaldo bloch 77 UM OLHAR SOBRE A ARTE CONTEMPORÂNEA NO MUNDO agnaldo farias horário início/término Nº de aulas terças-feiras, às 20h de 04 mai a 01 jun 5 TERÇAS-FEIRAS, às 17h de 04 mai a 25 mai 4 quarTAS-FEIRAS, às 17h de 05 mai a 26 mai 4 quintas-FEIRAS, às 15h de 06 mai A 20 mai 3 sextas-feiras, às 19h30 de 28 mai a 02 jul 5 terças-feiras, às 20h de 01 jun a 29 jun 5 terças-feiras, às 20h de 01 jun a 22 jun 4 terçaS-FEIRAS, às 17h de 08 jun a 29 jun 4 quintas-feiras, às 20h de 10 jun a 01 jul 4 sextas-feiras, às 19h30 18 jun e 25 jun 2 ASSISTENTE DE DIREÇÃO Isadora Contins departamento financeiro CASSIA VENTURA INFORMÁTICA Vitor Braga ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Nathália Krauss assesoria de imprensa angela falcão [email protected] CATÁLOGO Colaboração de Conteúdo Beatriz Farah Rodriguez PROJETO GRÁFICO EG.DESIGN | CAROLINA FERMAN DIAGRAMAÇÃO eg.design | carolina ferman e tatiana buratta revisão kathia ferreira impressão ediourO gráfica e editora o bistrô da casa do saber é operado pela arte temperada, que também atua no centro cultural light. 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