Kol Hashomer No 3 portu
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Kol Hashomer No 3 portu
Número 3 Ano 1 Março Chinuch@Hashomer Aizik Berner Beyajad, México Com a publicação de Kol Hashomer, temos demostrado que é possível a cooperação dos membros da tnuá, sem importar o lugar onde se encontrem, para a realização de projetos de grandes proporções e que provavelmente seriam considerados irrealizáveis. Com o uso da tecnología e particularmente da internet podemos realizar missões de grande tamanho e que se cada um tentasse realizar por si próprio sería impossivel acontecer. Um dos projetos que me parecem mais interessantes é um em que venho trabalhando durante um tempo com ajuda de outros chaverim: criar uma única parada para o madrich no momento de preparar-se para realizar uma peulá. São vários os sites na internet aonde se pode encontrar informação relacionada com temas de interesse tnuati, mas, sem dúvida que o tempo que se leva para encontrar-los é muito. A intenção deste projeto é juntar toda a informação em um lugar, siguindo uma ordem clara e que se encontre em nosso idioma. São muitas as coisas que se podem incluir: uma “enciclopédia” com informação geral, uma base de datas de peulot onde madrichim de todo o mundo podem registrar-se e apoiar-se, informação sobre os diferentes kenim do Hashomer Hatzair, auto-crítica sobre atividades já realizadas, informação sobre atualidades, estratégias de hadrachá... só para nomear algumas possibilidades. Proponho que realizemos um trabalho muito mais forte como movimento unido pois creio que podemos fazer, desta forma, coisas trascendentes e benéficas para nossa tnuá. Tudo é uma questão de organizar-se e fazer pois não existem limites no que se pode alcançar. Convido a todos que proponham suas idéias e projetos, e vejamos no que vai resultar. -Para manter um contato com todo o movimento a nível latino-americano acesse a página do shomer http:// clubs.yahoo.com/clubs/hashomerhatzair Judaísmo e televisão Rodrigo Remenik Boguer Aliya Kibbutz Gazit Ken Chile Para estudar a história das culturas é muito útil dividir-las segundo o método de comunicação mais recentemente usado para transmitir-la e difundir-la. Desde este ponto de vista e em termos gerais a cultura começou sua história comunicando-se em forma oral, com histórias que se contavam de velhos para jovens, com relatos sobre antigos feitos ou explicações dadas sobre fatos naturais. A simples linguagem oral se somou a linguagem das imagens, que, ao invés de substituir a forma anterior, agregou complexidade à cultura. É talvez aqui que nasceram os deuses e as religiões politeístas, que igual aos relatos orais, tinham uma forma cíclica - sempre se repete o mesmo conto-, e também porque as imagens estam constituidas por vários elementos da natureza. Essa é a tesis central desta visão históricacultural, ou seja, que os modos de comunicação usados comunmente na trans- - Abril 2000 mição de certa mensagem cultural que podería ser uma religião - sempre estarão em relação direta com o conteúdo desta mensagem cultural. Deste modo, a mesma relação entre oralidade e religiões cíclicas, se dá no próximo passo radical dado no mundo das comunicações com o nascimento da escritura, que por sua vez coincidiu com a incorporação da agricultura e o eventual estabelecimiento de tribos sedentárias. Esta mudança de código comunicacional originou também uma mudança nas religiões e nas culturas da época, que se complexizaram enormemente. O ponto chave - pelo menos para nós - deste desenvolvimento da cultura literal, é o nacimento do “Povo do Livro”, da religião nasceram de 10 leis escritas, que da cultura que apaga toda a imagem. Este grande salto também se expressa na própria forma da religião, que já não se basea na reiteração do ciclo, senão que, com em um livro, toma um aspecto linear, em que o começo está marcado pelo gênesis (“No começo D’us criou...) e no final pela era messiânica a que se espera chegar, e que se espere que chegue toda a humanidade. Esta concepção da cultura literal foi difundida muito tempo depois, por outras religiões não nacionais (o cristianismo Contenido Chinuch@Hashomer ............................. 1 Judaísmo e televisão .............................. 1 Dor Jadash: mais que um nome ............. 3 A chultzá ou tilboshet ............................. 3 Uma experiência muito “chévere” ........ 4 O capitalismo social .............................. 5 Bayer sofre sua pior dor de cabeça ....... 6 Kol Hashomer - 1 Kol Hashomer Coordenador Geral: Desenho Editorial: Tradutores: Aizik Berner Moises Kirsch Renato Huarte Charles E. Diesendruck Colaboradores: Rodrigo Remenik Jacobo Kirsch Paola Mizrahi Jony Chamma Miriam Alboukrek Você pode enviar seus textos e reportagens, assim como comentários ao endereço eletrônico seguinte: [email protected] http://latino.hashomer.org Kol Hashomer é uma publicação bimestral da Histadrut Hashomer Hatzair latino-americana. Todos os direitos reservados. O conteúdo dos artículos é de total responsabilide dos autores dos mesmos. O conteúdo dos artículos pode ser reproduzido total ou parcialmente citando a fonte, mas deve ser avisado aos editores quando assim se faça. Kol Hashomer, Monterrey N.L. México. 29 de Março do 2000. e o islamismo), por todo o mediterrâneo; só que para fazer-lo tiveram que (principalmente o cristianismo) tirar a concepção literal fechada judía e introduzir imágens para chegar aos povos que ainda não tinham uma formação de letras (recordemos que durante quase toda sua história os povos cristões eram analfabetos, e que os serviços religiosos eram dados em latím, idioma reservado para os sacerdotes). É talvez por esta síntese do sistema judaíco com as outras culturas não totalmente literais que a conformação do cristianismo e do islamismo propõem uma segunda vinda do redentor, unindo assím as formas cíclicas e lineares de concepção religiosa. Duas revoluções principais podem ser observadas no período literal. A primeira é o nascimento do papel que diminui o preço e expande em certa medida a escritura; e a segunda, e talvez mais importante para a história judaíca, é a invensão da imprensa com moldes intercambiáveis por Gutemberg, que permite a difusão em massa tanto das letras como de novas idéias, o que traría como consequência o iluminismo e a emancipação da europa, e a posterior autoemancipação política dos judeus. É assím que nosso povo sempre esteve unido ao Livro e aos livros. O problema surge agora quando aos três tradicionais meios de comunicação (voz, imágem e escrita), surge um quarto que se soma aos anteriores, mas que também os revoluciona. Desta forma vemos como os meios audiovisuais de comunicação, desde o telégrafo, passando pela televisião, o radio e o teléfone, atá as atuais tele-conferências, vem mudado nossa forma de enfrentar e ver ao judaísmo, e de certa forma também vem mudado seu conteúdo. Os meios audiovisuis de comunicação não responden a lógica linear-histórica das letras, nem à lógica cíclica-reiterativa dos relatos orais, senão que se move por um princípio totalmente distinto que é a imediato-saturadora. Com isso quero dizer que a efetividade de sua mensagem não se alcança pela história 2 - Kol Hashomer que conta, nem se legitíma porque vem de tempos imemoráveis, senão que se alcança pelo efeito imediato que tem sobre a audição e a visião, e a saturação que se produz no receptor (principalmente na visão, que no caso da televisião e do cinema dispara ao rosto do expectador milhares de imágens distintas por minuto); e também, pela rápidez imediata que existe entre a geração de uma imágem e sua difusão por todo o planeta. Estes fatores de “imediatês” e de saturação dos sentidos, é o que faz mudar toda a cultura (principalmente no nível mais superficial, já que as outras formas de comunicação seguem em funcionamento com força), entregando-lhe novos desafios ao judaísmo, a todas as organizações judaícas e aos movimentos juvenis. Uma das formas de enfrentar isto é a reacionaria, que vê que o judaísmo tem que voltar ao que era, ao pasado; esta é a opção que vem tomado muitos judeus em Israel e na diáspora ao optar pelo caminho religioso ortodoxo. Mas também existe o outro caminho, o caminho dos que pensamos que uma volta atrás desta envergadura é anacroica, insustentavel a longo prazo e negativa para os processos políticos e culturais que está vivendo o povo de Israel; é a opção progressista e progressadora, a opção dos que pensamos que devemos aproveitar destes avanços, tomando sempre nossa cultura e nossas fontes, abrindo vías criativas e novas. Esta é a opção que deve tomar, a meu entender, o judaísmo livre-pensador, mediante novos projetos educativos, já não baseados em grandes histórias lineares que devem seguir, senão no caminho de ação que abre a “imediatês” das sensações. (Como declaração devo dizer que ao falar de novos sistemas educativos não penso em criar nada novo, senão que imagino uma reatualização no céculo XXI da tarefa que fizeram os chassídicos a muito tempo, é encher de alegrias e sensações ao judaísmo, sem mudar nossos valores, nossas fontes e nossas tradições básicas.) Este processo de atualização do judeu ao audio-visual, e de audio-visulidade ao judaísmo, também não me parece algo novo, senão que é um processo que já começou com a famosa crise do sionismo ideológico, mas de forma desordenada, e baseada na recuperação do sionismo conhecido até então. Agora as coisas estão mais tranquilas para encontrar uma solução. Os kibutzim vão encontrando seu futuro, e as tnuot noar têm um puoco mais de experiência em como se comportar neste novo momento cultural; talvez seja o momento em que as bases e os dirigentes livrepensadores e progressistas se organizem e tracem um caminho a seguir para as próximas décadas, um caminho avançado e que deixe a década dos ‘60 e seus grandes e históricos feitos emigratórios, um caminho baseado na idéia de mudança e de uma vida nova e/ou de uma realização pessoal-professional, por exemplo. Definitivamente os ‘60 morreram e nasceu a MTV; devemos de uma vez sair do cemitério e começar a renovar radicalmente nossa educação. Dor Jadash: mais que um nome Miriam Alboukrek Dor Jadash, México da sociedade em que vivemos nos baseando em nossa ideología, por isso somos um movimento. Promovemos a preservação e desenvolvimento de um sentimento nacional, cultura e valores judaicos, assim como a preservação das tradições. Definimos como judeu todos os que sao definidos pela lei do Retorno. A meta máxima da tnuá é de reunir a todo o povo judeu na sua pátria: ISRAEL; consideramos sionista a aquele que trabalha pela preservação do povo judeu tomando como base a Aliá, o que nos faz um movimento sionista realizador. No movimento vale a opinião dos chaverim de acordo com suas capacidades por meio da maioria. Se entende que a democracia não é somente isso, senão que também é aprender a aceitar e promover qualquer decisião aceita. Cremos e promovemos a liberdade e o criticismo de cada indivíduo; ou seja, o direito de expressar e fazer valer sua opinião como igual a dos outros. O Dor Jadash não está afiliado a nenhum partido político para poder conservar sua independência em suas decisões e uma conciência crítica como outro pilar fundamental de seus princípios. Buscamos uma sociedade melhor e mais justa, tomando como bases a igualdade e o cooperativismo entre os homens, condenamos ao racismo. O objetivo principal de nossa tnuá é formar líderes críticos de sua sociedade, homens sanos física e mentalmente, preocupados com presente e comprometidos com o futuro, homens ricos em valores humanos e com desejos de aplicar esses na vida real, buscando sempre a superação pessoal e que promovam a ideología da tnuá. Esta é nossa ideología, é o Dor Jadash, mais que um nome... Laambrot ha kol am Israel Jai Chazak Veematz A chultzá ou tilboshet Rodrigo Remenik Boguer Aliya Kibbutz Gazit Ken Chile O TILBOSHET ou o uniforme da tnuá, talvez seja o elemento mais difundido no mundo shômrico. A cor azul une em um espirito a nós com os chaverim de Russia, Itália, Austrália, Israel entre outro muitos. Por mais que vemos detalhes que vão mudando -principalmente pelo clima - os elementos centrais permanêncem: a intensa cor azul, o cordão branco que reflete o povo judeu unindo-se num nó estreito de realização, os dois trios de buracos que simbolizam as três revoluções shômricas (da assimilação para o judaísmo, do exílio na diaspora para a própria terra e da vida capitalista para a realização kibutziana) que Quando estava pensando no que poderia escrever para o Kol Hashomer, pensei que seria uma boa oportunidade para que os shomrim conheçam a ideología de sua tnuá irmã: o Dor Jadash. Nosso nome completo é Tnuat Noar Jinujit Tzionit Dor Jadash. Somos um movimento juvenil, educativo, judaico, sionista realizador, democrático, pluralista e apartidario que pretende ajudar a educar melhores pessoas e judeus. Buscamos a renovação e a mudança Kol Hashomer - 3 se entrelaçam com o cordão, um ou dois bolsos na altura do tórax. Outro keinim somam outros elementos como a Anivá que acompanha nosso Semel ou botões nas mangas, etc., porém não estão muito difundido. Movimentos que nasceram de Hashomer com Dror, Habonim ou Hechalutz mantiveram a camisa azul, porém eles mudaram a cor do cordão para vermelho ou para azul com branco, por isso há uma importância especial em usar e manter o branco desta fita. Sem duvida que a cor azul do tilboshet está ligada através de nós com momentos espantosos e famosos de nossa história. Se revisamos quadros velhos de nossa tnuá, nos encontramos com os primeiros shomrim, que usaram camisas cinzas, bastante semelhantes as usadas pelos escoteiros até hoje em dia. Talvez assim sería até hoje, mas com a proliferação do nazismo na Europa, há aproximadamente 60 anos, surgiram dois grupos de jovens Nazistas: os camisas negras e os camisas pardas (cinzas)”. Frente a a essa dolorosa coincidência, nosso movimento decidiu mudar o uniforme para não se confundirem com os inimigos. Para isso, utilizou a cor azul, cor do Sionismo, cor da igualdade e cor do trabalho. E é sabendo esta história que, toda vez que eu olho nosso uniforme, com clareza que eu vejo os combatentes valorosos do guetto, e os mortos nas câmaras de gas. Orgulho. A camisa azul é usada como roupa de trabalho até hoje em dia na maioria dos kibutzim do Hashomer Hatzair, sem duvida é uma camisa mais dura, funcional, e quque talvez represente a vida dos pionêiros em contraposição a nossa. Por isso o tilboshet DEVE estar sujo, porco, manchado, para refletir trabalho a esquerda de baixo jks Dizer espera é um crime, Dizer amanhã é o mesmo que matar, O ontem?… de nada nos serve. As cicatrizes não ajudam a andar.” Luis Eduardo Aute 4 - Kol Hashomer e esforço. A CHULTZA É MULHER. É estranho o que acontece quando vestimos esta camisa que para alguns seria um simples pano sujo. Em primeiro lugar é necessario destacar o fato cientificamente provado no caracter pseudo-mágico do tilboshet. Esta provado que esta camisa possui efeito na temperatura ambiental e do corpo humano, ajustando os graus para as necessidades do possuidor; se faz para frio a chultzá abriga, e se está quente ela refresca. Magia? Não, simples ciência. As últimas investigações vem comprovado convincentemente como o rendimento físico aumenta notavelmente com esta camisa vestida. Atualmente estão sendo levados estudos para determinar a veracidade do rumor sobre os efeitos sexuais dessa estranha vestimenta. Com essas provas que eu me atrevo a garantir em forma poética que a Chultza Chulá é Mulher. Com isto quero dizer que ela nos protege, nos dá cor e nos cobre como uma mãe quando nos sentimos fracos dando Força e coragem para enfrentarmos ao mundo. Ela também é resistente, combatente e constante como a mulher guerilheira ou como tantas mães que protestam em tantas partes do mundo. Por outro lado é a alegria de mulher que nos dá a camisa no verão, principalmente na Machané. Talvez por este isso que no ken há mais homens que mulheres, embora que antes deveria ter escutado a opinião delas. Uma experiência muito “chévere” Renato Huarte Cuéllar Ken Mordejai Anilevich, México Fazem alguns dias que regressei de Caracas, depois de um mês de atividades multiplas. Além de voltar as caras venezuelanas, que fazía seis meses que não as vía, tive muitas atividades, mas poucas como o seminário que organizei junto com René do Chile para todos os bogrim do Ken Najshón. Quando Paola, a rosh ken, me convidou ao seminário, pensei que o organizaría e sería outro seminário mais. Afortunadamente não foi assim. René e eu concordamos que somente ele e eu o organizaríamos, para que fosse algo novo para todos. Depois do planejamento, começou em um sábado depois das peulot. Começamos a atividade com uma reunião muito importante dos bogrim do Ken Najshón com os presidentes da comunidade da Venezuela. Seguimos com atividades e compartindo. Analizamos qual era o papel do Shomer hoje em dia e, em particular, para cada um deles. Entre jogos, análises e um pouco de discussões o tempo foi passando. Despertar-se a 7:00 AM é um crime num domingo, mas a maioría o fizemos porque estávamos interessados. Seguimos com as atividades e as camisas azuis, que a maioría haviam adquirido poucas horas antes, se foi enchendo de conteúdo e de adquirimento. Terminamos o seminário cansados mas muito contentes. Houveram conclusões muito positivas e de agradecimiento a todos os que fizeram possivel este encontro, como aos kenim de Chile e México, por emprestar a seu mazkir e rosh ken, respectivamente, e ao Dpto. de Hagshamá pelo apoio, etc. Todos os venezuelanos se enriqueceram e se “retro-alimentaram”. Mas não quero falar das grandes ganâncias que teve o Ken nesse momento, senão transmitir o sentimento pessoal. Nunca antes em minha vida tnuatí havía sentido isso que dizemos toda hora no shomer para nos incentivar e seguir adiante: “Eu faço as coisas por gosto própio porque sei que me vai retribuir muito mais no futuro” e eu senti nesse seminário imediatamente. Quando René e eu dizíamos que não era necessário baixar a cabeça e ser “rebeldes” (térmo que foi analizado e definido como ser consequente com suas própias idéias), estava dizendo a mim mesmo que não baixasse a cabeza e fosse rebelde. Cada atividade que dirigia, me fazía reflexionar. Também par- ticipei em várias atividades nos sábados e nos kabalot shabat dos bogrim e agora volto pro México mais motivado para seguir adiante. O capitalismo social Muitas vezes, quando estamos em nossos kenim, nos concentramos em problemas locais e muitas vezes nos desmotivamos porque se as coisas não andam como queremos, perdemos a esperança. A vantagem de ter uma tnuá mundial e especialmente forte na América Latina é esse apoio que receberam os bogrim da Venezuela, mas também o enriquecimento que recebemos René e eu ao ver a forma de trabalho da tnuá em outros países. Los convido a se motivarem e a manter uma maior comunicação entre os kenim na América Latina para apoiar-nos. Se queremos podemos realizar atividades muito legais em conjunto. Contem com a tnuá do México e espero suas chamadas. Quando alguém escreve um artículo para um itón, seja nacional, latino-americano, mundial, da tnuá ou do que for, deve pensar e saber a quem vai dirigir-se e como vai chegar nessas pessoas. Jonny Chamma Hashomer Hatzair Argentina É por isso que quero que saibam que levei em conta que isto vai ser lido por chanichim e é para eles, mais do que nada, que escrevo, porque temos que mostra-lhes a realidade para que eles possam dizer do que gostam e do que não, o que querem mudar e o que não, o que estão dispostos a brindar e o que não e o que necessitam e o que não. Sim ticos, para vocês. Quero contar-lhes algo: Quando eu era chanich me falaram muito do kibutz, me disseram que eram todos iguais e que comiam todos juntos e que viviam todos juntos e que festejavam todos juntos e que eram felizes todos juntos e que trabalhavam todos juntos e que estavam juntos, todos juntos... Me disseram algo fundamental: me contaram como os jovens dos movimentos juvenis haviam construido os kibutzim sobre o deserto e que foram eles os pioneiros na criação do Estado de Israel e vi videos e muito mais, mas isso sería meter-se na história e não é ao que quero direcionar, se bem que para entender do que estou falando, devemos leva-la em conta. Os kibutzim se criaram, em seus inicios, em um contexto que não tem nada a ver com o que vivemos hoje, onde o capitalismo era muito recente e os operários muito explorados, mais do que hoje, como se fossem escravos. Havia surgido, recentemente também, pensamentos de esquerda que tiveram importantes repercussões sociais no âmbito internacional, mais ainda sobre a Europa, onde se encontrava a maioria dos grupos judeus. Assim se criaram os movimentos e a ilusão sionista socialista dentro de Eretz Israel; tendo chegado a “terra pro- Anuncio Local de tu Ken Kol Hashomer - 5 metida”, grupos de chalutzim, muitos deles, senão a maioria, de forma clandestina. Os kibutzim eram o marco que tinham nossos irmãos para compartir uma vida plenamente judia, socialista e sionista. Mas como sionista, se já estavam lá? Sim, faltava criar o Estado Judeu e isso era o que alimentava o trabalho, a preocupação, a criação de novos kibutzim e as esperanças do nosso povo. Não vou recorrer cada etapa dos kibuzim. Primeiramente porque, sinceramente, por mais que tenha uma idéia geral bastante clara, devería aprofundizar-me mais sobre o tema, a nivel de capacitação pessoal, e depois porque levaria muito mais tempo e “folhas”, o que não permitiria a outros chaverim contar com um lugar disponivel. O importante é saber que o mundo e as relações sociais mudaram. Antes não se falava de “leis de mercado” nem de “globalização”, nem existía uma hegemonia tão forte como a dos EUA hoje em dia, se bem que a Inglaterra era o eixo do mundo. Atualmente tudo se rege pelos aspectos economicos, básicamente, educativos e culturais. Por que digo “economicos básicamente” se também incluo “educativos e culturais”? Porque o dinheiro outorga poder. Poder de influir sobre os outros dois aspectos, que hoje em dia nos criam na mente uma idéia individualista, de consumo, de “o fácil”, que se chama pós-modernismo, o que é tudo um movimento muito complexo, não só uma “etapa” em que vivemos. (Para entender melhor porque tomo como primordial o aspecto economico, deveríamos ter claro o conceito de Marx sobre as relações entre produção e lucro.) E se o mundo mudou, os kibutzim também tiveram que mudar, para adaptar-se às novas condições que foram sendo impostas pelo mundo capitalista. Hoje, os kibutzim com condições econômicas favoráveis têm, em sua grande maioria, uma fábrica que está inserida no sistema como principal fonte de ingresso, onde trabalha gente do kibutz e gente que não é do kibutz, cob- 6 - Kol Hashomer rando um salário (por necesitar-se para alguns postos gente altamente capacitada). Está mal? (Deveríamos primeiro delimitar “o que é o bom e o que é o mal”, mas não vem ao caso nestas circunstancias) Creio que não, o kibutz não é uma bolha ilhada na sociedade - o sistema versus o mundo - senão que é parte do todo. No meu critério, e se querem podem dizer que estou vendo o copo meio vazio, o kibutz é o sistema capitalista menos mal. Por isso o chamo “Capitalismo Social”, porque a economía é capitalista, e a partir disso as relações sociais dentro do kibutz também, mas segue existindo esse espírito de comunidade que é o que faz tão linda a vida aí, sempre e quando se encontre um marco social adequado. Esta é a impressão que me ficou do kibutz das três vezes que fui a Israel, mas pode não ser a correta. É por isso que peço que vão conhecer, vivam a experiencia e tirem suas própias conclusões. Façam Tapuz, Soar, Shnat Hachshará ou passear, porque a vivência pessoal é o que realmente fica e te pode brindar os aspectos mais claros. Eu, no ano que vem, vou ao Machon; quando volte lhes conto o que viví; mas não se sintam da mesma forma que eu, viajem, e a partir disso vão conheçer, cresçer, recordar, viver e sentir. Bayer sofre sua pior dor de cabeça Recopilado do periódico “EL NACIONAL” 13-11-99 Por Paola Mizrahi Ken Najshon, Venezuela Eva Moses Kor; sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz e vítima que sofreu na própia carne as experiencias realizadas pelo doutor Joseph Menguele; na última quarta-feira, 10 de março de 1999, abriu um processo formal contra os laboratorios Bayer AG, no Tribunal Federal de Terre Haute, alegando que este conglomerado farmacêutico pagou uma quantidade de dinheiro a um grupo de oficiais nazistas para utilizar pessoas recolhidas nos campos de concentração como ratos de laboratório. Joseph Menguele foi chamado com toda razão de anjo da morte. Tanto ele como outros médicos nazistas usaram como “coelhinhos das índias” a milhares de prisioneros recolhidos nos campos de concentração para realizar uma ampla gama de experimentos tortuosos, com frequência, letais. Não se pode esquecer que Menguele; chefe médico de Auschwitz, vigiava a saúde dos milhões de judeus e ciganos que entraram nas duchas de gás Ziklon B e nos fornos crematórios. Estes experimentos ficaram registrados nas suas própias notas, onde se informava detalhadamente a capacidade de resistência natural dos seres humanos a dor, depois de queimar vivo a uma criança; outras vezes introduzíam nas vaginas das prisioneras vibradores de ferro a sangue frio para estudar os itinerários nervosos das sensações sexuais. Chegaram a injetar petróleo nas artérias de homens de maneira a estabelecer o mecanismo dinâmico das tromboses. Muitos experimentos foram ordenados pelas grandes companías farmacêuticas alemãs, com o objetivo de por a prova novos remédios. Os laboratórios farmacêuticos alemãs aproveitaram as grotescas posições raciais de Hitler para cometer abusos contra Eva Kor, sua irmã gêmea e milhares de pessoas mais, ao por em prova as drogas sem o consentimento de suas vítimas e com fíns lucrativos. Ao terminar a guerra, os sobreviventes de Auschwitz testemunharam que a companía Bayer havía enviado medicamentos para as “Clínicas de Saúde”; os remédios eram levados em frascos com o logo da Bayer (forma de cruz). Logo os medicamentos eram injetados nas vítimas que havíam sido infectadas de forma deliberada com tuberculose, tifus e outras doenças. A correspondência entre Bayer e Auschwitz revela que o laboratório alemão pagou o preço de compra de 150 prisioneiras, as que sobmeteu a um medicamento para dormir. Os diretores da Bayer pensavam que o preço de $80 por mulher era muito elevado, no final pagaram menos por cada uma. Todas as mulheres morreram depois de poucas semanas. Sem dúvida nem a Bayer nem as outras industrias envolvidas na exploração de mão de obra escrava nos regímes de trabalhos forçados ou que realizaram experimentos médicos com humanos, vem compensado em algum momento aos poucos que conseguiram sobreviver. Bayer como parte da Farben Um dos argumentos em que se basea a defesa da Bayer para liberar-se de qualquer relação com os nazistas nos campos de concentração, é que a corporação não existia como empresa na II Guerra Mundial. Cabe recordar que a Bayer foi fundada em 1836, com o feito de, em 1899, fundar a centenária marca Aspirina. O problema é que nos 20’ se juntou com a IgFarben (IGF), companía que funcionou como conglomerado das 8 principais empresas químicas alemãs, entre as que se destacavam a Bayer, Hoechst e Besf. Inovações custosas, como a produção de combustivel sintético a partir de carvão, convenceram a direção da IGF de que a companía devía estabelecer vínculos estreitos com Hitler; dessa maneira IGF contribuiu com 40000 marcos para o partido nazista. Farben base do período nazista A Junta Diretiva de IGF estableceu uma fábrica de productos químicos em Auschwitz. Próximas atividades Brasil Sem as enormes instalações da IGFarben, incluindo as de Auschwitz, seu potencial de investigação, experiencia, técnica e sua concentração de poder economico, a Alemanha Nazista não teria a capacidade de desenvolver sua guerra agressiva na Europa e contra os EUA. 8 al 9 de Abril Enquanto isso, esta demanda segue seu curso legal. Durante 1999, se desenvolveram numerosas negociações entre a Confederação Empresarial Alemã e o Conselho Central Judaíco da Alemanha, para estabelecer o valor da indenização que se devía pagar a 230.000 sobreviventes dos campos de concentração. 26 de Abril A Fundação alemã “Lembrança, Responsabilidade e Futuro” na qual se aglutinam 16 corporações alemãs (entre as quais se encontram Damiler, Chrysler, Deutche Bank, Allianz, Bayer e Volkswagen), ofereceu até a data pagar 3,3 milhões de dólares (US$ 1500 por sobrevivente), sem reconhecer, por sua vez, que sejam culpados dos crímes dos quais são acusados. O Conselho Central Judaíco da Alemanha ficou surpreendido quando viu o valor: “Esse é o valor que dão ao sofrimiento alheio” solicitando que o chanceler alemão Gerhard Shroder intervenha nas negociações. Schroder tem sido duro com um assunto sensível, mas declarou que a oferta era digna. O artículo termina informando que para o fim deste ano haveriam algumas respostas concretas a respeito e mais informação sobre aa declarações de Eva Kor e de outros sobreviventes. Mazkirut Nacional no R.J. Ken Sao Paulo 18 de Março Sichat Ken Messiba de Pessach 29 de Abril Sichat Ken México 15-18 de Abril del 2000 Encuentro Bogrim da familia Shomrica Ken Mordechai Anilevich 25 de Março Messiba de Purim Dor Jadash 25 de Março Fiesta de Purim 6 de Abril Seder de Pessach con papás Beyajad, Monterrey 17 al 20 de Março Machane Mered 2000 Reporta tus atividades a [email protected] Kol Hashomer - 7 “Fazer as coisas mais rápidas, não significa fazê-las corretamente” Stephen R. Covey
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