FestiVal do biFe de esPadarte

Transcrição

FestiVal do biFe de esPadarte
1971 - 2014
QUINZEnário | 8 DE AGOSTO de 2014 | Nº 1571 | Ano XLIII | Directora: Elsa Guerreiro Cepa | www.jornalc.pt | Preço Anual: 30€
1€
Vila Praia de
Âncora recebe
4ª edição do Sonic
Blast aposta em
carTaz forte
Festival
do Bife de
Espadarte
Pág. 4/5
de 14 a 24 de agosto
Pág. 9
Praia da
Gelfa
“um diamante”
por lapidar
15 . 08 .14
16 . 08 .14
CHURCH
OF MISERY
THE ATOMIC
BITCHWAX
BLACK
BOMBAIM
MY SLEEPING
KARMA
Sonic
Blast
THE BELLRAYS
BLUES PILLS
Festival de Vilar
de Mouros regressa
morno e com
cartaz repetido Pág. 16/18
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PUB.
Está a chegar
um novo aroma a
Vila Praia de Âncora!
Inauguração Sábado 9 de Agosto
JORNAL
Depois de um interregno de
oito anos, a música regressou a
Vilar de Mouros para mais um
Festival de Música que ressurgiu organizado mas com pouco público.
O cartaz, com muitos repetentes, não foi suficientemente atrativo para trazer uma enchente
até Vilar de Mouros mas, ainda assim, ouviu-se boa música. Quem por lá apareceu gostou, não se arrependeu de ter
ido e promete voltar no próximo ano.
Organizado pela Fundação
AMA Autismo, o ressurgimento do festival passou por
algumas vicissitudes e a apresentação tardia do cartaz, sem
um grande nome a integrá-lo,
não ajudou.
Para o ano espera-se mais e
melhor do “pai dos festivais”
que já foi considerado o melhor do país.
A organização promete voltar
“em grande” em 2015 e garante já estar a trabalhar na próxima edição com datas marcadas para 30, 31 de julho e
1 de agosto.
Paulo Baixinho
no arranque
do evento
A abrir os concertos no palco secundário denominado este
ano de “Palco História”, esteve o caminhense Paulo Baixinho acompanhado dos The Soul
Brothers. O caminhense aqueceu o ambiente com as suas sonoridades mais jazzísticas em
fusão com o soul. Uma performance de pouco mais de meia
hora mas merecedora de grande atenção por parte do parco
público presente àquela hora.
A continuação esteve a cargo dos Youthculture uma formação de reggae, que transformou o recinto numa grande
dose de vibração. A boa disposição imperou e os ritmos dançáveis penetraram em todos os
cantinhos da assistência.
Às19 horas em ponto arrancaram os concertos no palco
principal com a banda de Lisboa – Capitão Fausto. Estes
jovens músicos têm dado que
falar nos últimos tempos, pela
simplicidade com que abarcam
os temas e a sua energia contagiante.
Era o pontapé de saída para a
festa que se iria estender pela
noite dentro.
Mas Vilar de Mouros é revivalismo, é intervenção! E nada
melhor do que os Trabalhadores do Comércio para atestarem isso mesmo. Com temas
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
CAMINHA
Festival de
Vilar de Mouros
regressa morno
e com cartaz
repetido
FOTOS: MIGUEL ESTIMA
lendários e transversais a várias gerações, foram eles que
fizeram vibrar a ainda parca assistência para uma boa dose de
bom humor com sabor a Norte.
A Noite ia a meio quando os
Blind Zero entraram em palco.
O concerto da tour de comemoração dos 20 anos de carreira começou da melhor forma com um dos grandes temas
da banda “Shine On”. Daí em
diante foi um desbravar de hits
que fazem parte de um percurso em crescendo de uma das
bandas rock mais carismáticas
do Porto.
Precursores do movimento
New Wave espanhol, a banda espanhola La Union apresentou-se em Vilar de Mouros
reinventada.
“Lobo Hombre em Paris” foi
“uivado” da melhor forma em
Vilar de Mouros mas a banda
espanhola não conseguiu imprimir grande entusiasmo na
assistência. Ainda assim houve quem tivesse gostado de recordar…
A fechar este primeiro dia de
concertos estiveram os UB40.
Este grupo que já tinha estado em Vilar de Mouros, regressou ao lendário festival,
para o concerto mais aclamado da noite.
Foi durante a sua performance que o recinto esteve mais
composto. Foi uma hora e meia
do melhor do reggae-pop que
não deixou ninguém parado no
recinto. Estes rapazes de Birmingham que visitaram Portugal duas vezes este ano, vieram a terceira vez a Vilar de
Mouros, mostrar como se faz
um longo percurso no panorama da musica atual. O ritmo manteve-se animado para
um público sedento de festa.
A magia do
Abrunhosa no
segundo dia
do Festival
O segundo dia de festival começou com um concerto, no
Palco História, dos Trio Págu,
que brindaram o público que
se ia acomodando no relvado
com um set bem escangalhado, seduzindo a plateia com
temas clássicos da bossa nova
e da MPB.
A segunda parte da tarde ficou a cargo dos Budda Power
Blues. Considerados por muitos como a melhor formação
de Blues em Portugal, os Budda Power Blues são um power trio à moda antiga, vestidos pelo manto da improvisação
e reconhecidos pela forma explosiva e contagiante com que
se apresentam ao vivo. O palco História foi assim um bom
reavivar das longas tardes na
relva a ouvir projetos menos
famosos que merecem ser reconhecidos.
José Cid, encantado com o
convite feito pela organização,
não escondeu a satisfação por
estar de regresso ao mítico festival. Depois de ter estado em
Vilar de Mouros em 1971, o
concerto foi dividido em duas
partes sendo a primeira dedicada ao álbum de 1978 – 10.000
nos depois entre Vénus e Marte, um dos mais aclamados registos fonográficos do artista.
Nesta edição subiram ao palco para além de José Cid, Mike
Sergeant, Tozé Brito e Michel
Silveira, membros que integram
atualmente o quarteto 1111.
Terminada a apresentação
a segunda parte foi um
revisitar de clássicos do artista,
uma hora e meia do melhor de
José Cid proporcionando um
grande inicio de noite em Vilar de Mouros.
Blasted Mechanism deram o
segundo grande concerto da noite. A banda mostrou o que vale
durante mais de uma hora de
concerto. Depois de já terem
estado em Vilar de Mouros, os
Blasted regressaram em grande
para os seus mais derradeiros
seguidores. Não fosse a chuva
marcar presença já de uma forma bastante significativa o concerto teria criado uma verdadeira nuvem de pó, pela
onda de movimento dos
festivaleiros.
Um dos momentos mais aguardados do segundo
dia de Festival
era sem dúvida o da atuação
dos The Stranglers. O grupo
inglês regressou
passados 32 anos
ao mítico espaço do
Vilar de Mouros, o único
repetente de 71 foi o José Cid.
O concerto cheio de êxitos da
banda, foi um dos mais aclamados da noite, revelando que a
música é geracional. Os êxitos
Golden Brown e Always the Sun
foram fortemente entoados, tocados a meio do set o que fortificou ainda mais o concerto de
uma parca hora.
Mas foi sem dúvida o concerto
de Pedro Abrunhosa, acompanhado pela excelente banda
“Comité Caviar” o momento
mais marcante do segundo dia do Festival de
Vilar de Mouros.
Com uma apresentação
e performance irrepreensíveis, a atuação levou o público presente ao rubro e nem a
chuva, que na altura se fez sentir com grande intensidade, foi
suficiente para afastar o público presente.
A interação com o público foi uma constante
e foram muitos
os que se
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
atreveram a subir ao palco para
dançar e cantar com Abrunhosa.
Um momento único que levou
ao rubro a assistência.
Um concerto de quase duas
horas que terminou ao som de
“Tudo o que eu te Dou”!
E de facto deu muito Ped r o Abrunhosa…
A chuva
imperou
no
último
dia do
Vilar de
Mouros
Com a relva bem
regadinha, a tarde do
último dia do evento
contou no palco história com duas bandas de
Caminha e uma do Porto.
Começou pelos Brantner que
tiveram a honra de abrir o
palco, deram um concerto
minimalista, com temas originais do último registo. Seguiram-se os The Lazy
Faithful, banda do
Porto que primou
pela aparência do
vocalista que se apresentou
de roupão em palco. Mas o final de tarde estava incumbido
aos Búfalo. Com uma verdadeira legião de fãs, o verdejante campo de futebol converteu-se num verdadeiro campo
do rock.
A abertura do palco
principal ficou
a cargo de
Paulo
Furtado com os The Legendary Tigerman a abrirem a noite
em grande dando assim continuidade à vibração já iniciada
no palco secundário.
Um concerto que primou pela
excelência de sinergias entre festivaleiros e artista.
Seguiram-se em palco os Deolinda. Com a voz arrebatadora
de Ana Bacalhau, o fado desconstruído, virou canção de festa no festival. Aclamados por
um público transversal, agradaram a jovens e menos jovens.
Apesar de andarem por todo
o lado, Xutos e Pontapés foi a
banda que levou mais gente ao
recinto do festival. Foi visivelmente o grupo que criou a maior
massa festivaleira dos quatro
dias do festival. E apesar de terem lançando o álbum “Puro”
em Fevereiro deste ano, a jeito
da celebração dos 35 anos de
carreira, o set foi composto por
clássicos da banda. Claro está,
que o público reagiu em massa
a entoar temas como “Contentores”, “Vida Malvada”, “Remar Remar” ou “Homem do
Leme”. Fecharam com o mais
emblemático “A minha casinha”.
A edição deste ano esteve cheia
de reincidentes no festival. Foi o
caso do concerto seguinte com
Tricky. O músico e produtor inglês regressou a Vilar de Mouros para encher o recinto com
o trip-hop que tanto o caracteriza. Foi um concerto denso e
obscuro.
A fechar a edição deste ano
estiveram os alemães Guano
Apes. Outros repetentes em
Vilar de Mouros e da mesma
época de Tricky. Um relembrar
de juventude para alguns com
os temas que fizeram furor nos
anos noventa, mas que por lá
ficaram envolvidos numa mística de saudosismo. Era visível no recinto festivaleiros
com t-shirts de edições passadas. Dada a importância
do Festival e a importância de algumas das bandas
que preencheram os quatro dias do evento.
Com datas agendadas
para a próxima edição, o Festival de Vilar de Mouros regressará em 2015 nos dias
30, 31 de Julho e 1
de Agosto.
Textos:
Cidália
Aldeia
com
Miguel
Estima
DISTRITOCAMINHA
Um Festival “boa onda”
que atravessa gerações
Vieram de Santa Maria da Feira e têm entre 16 e 17 anos.
Todos bons alunos, a vinda a Vilar de Mouros, por sugestão
dos pais, foi uma das recompensas pelo bons resultados escolares. A correr bem, como se espera, para o ano devem entrar todos na universidade e muito provavelmente cada um
seguirá a sua vida.
Zé Miguel, Pedro, Gonçalo e Zé Américo estão sentados
numa mesa a comer uma pizza, comentam o concerto dos
Xutos: “…foi poderoso”.
No palco actua Tricky. “Não é muito a nossa onda, estamos
à espera do concerto dos Guano Apes”, confessam.
Enquanto esperam ficamos por ali à conversa com o grupo
de jovens. Então e o que pensam deste festival?
“É a primeira vez que estamos aqui e estamos a gostar bastante. Não conhecíamos este festival mas os nossos pais sim
e foram eles que nos sugeriram que viéssemos até cá”. Arrependidos? “Nem pensar, é um festival com boa onda, só
é pena que não tivesse vindo mais gente mas estamos a gostar bastante”.
Chegaram a Vilar de Mouros na quinta-feira de mochila às costas. Montaram acampamento num sitio “espetacular”, perto do
rio, e garantem que Vilar de Mouros é muito mais do que música.
“Desde que chegamos na quinta-feira que ainda não saímos
daqui. Temos tido sempre atividades até à hora dos concertos.
Já andamos de canoa, já fizemos escalada, temo-nos divertido bastante e só nos podemos queixar dos mosquitos. Esses
sim são uma verdadeira dor de cabeça”, contam divertidos.
Está quase na hora de partir para Santa Maria da Feira. À
espera deste grupo de jovens estão os pais que vieram jantar
a Caminha para os levar até casa.
Então e não conseguiram convencer os pais a virem até ao
festival? “Difícil foi convencê-los a não virem…”, atiram.
Com média de 20 valores, o Gonçalo ainda não decidiu qual
o curso que vai seguir. “Talvez medicina ou então qualquer
coisa ligado à investigação na área da biologia”.
Um dos colegas vai seguir aeronáutica e outro, da área das
letras, ainda não se decidiu.
Do Festival de Vilar de Mouros, este grupo de amigos de Santa Maria da Feira levam a vontade de regressar. “Gostámos
muito. Quando chegámos na quinta-feira sentimo-nos um bocado deslocados porque percebemos que o pessoal que estava
a acampar era bastante mais velho do que nós, muitos tinham
a idade nos nossos pais. Mas depois até foi giro porque percebemos que era tudo malta fixe”.
E o cartaz? “Sinceramente não viemos ver nada em concreto,
viemos ver tudo e fundamentalmente viemo-nos divertir. Gostámos muito do concerto dos Xutos, foi muito bom e ontem o
Pedro Abrunhosa também deu um grande concerto. Eu acho
que o Vilar de Mouros é um Festival que vai muito para além
da música. Nós viemos até aqui para passar 3 dias diferentes, entre amigos, e isso foi espetacular”, confessa o Gonçalo.
Se para o ano houver Vilar de Mouros este grupo de amigos
garante presença. “Não vai ser difícil porque os nosso pais conhecem o ambiente e sabem que aqui nós não corremos perigo. Não há registo de assaltos nem de outras coisas piores”.
Outras coisas piores? “Ai não sabe? Há por aí festivais onde
os meus pais nunca me deixariam ir”. E porquê?. “Então porque
as histórias que se contam não são as melhores. Assaltos e coisas piores. Sabe como é, nestas coisas há sempre excessos e
depois é uma chatice.… Aqui em Vilar de mouros não se viu
nada disso, É um festival boa onda…”.
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JORNAL
FESTIVAL DE Vilar
de Mouros tem
que conquistar
o seu lugar
Conquistar definitivamente o seu lugar e afirmarse como o primeiro festival português que deu o
mote a todos os outros deverá ser o grande desafio
do Vilar de Mouros. A opinião é de Nuno Magalhães, natural de Braga que já vem a Vilar de Mouros há muitos anos.
Depois de um interregno de oito anos é com satisfação que este bracarense regressa a Vilar de Mouros e vê ressurgir o “pai dos festivais”.
“Este local e este Festival representam muito para
mim porque noutros tempos vinha sempre. Faz-me
recuar no tempo e recordar vivencias que vão ficar
para sempre na minha memória”.
Para Nuno Magalhães a aposta no cartaz “foi boa”
e só foi pena o público não ter aderido. “Acho que
faltou gente para preencher este espaço maravilhoso, que é histórico e onde se regressa sempre com
todo o interesse e com todo o gosto”.
“O concerto dos La Union também foi muito bom.
Vieram refrescados a Vilar de Mouros e gostei muito”.
“Quem não veio não sabe o que perdeu”, garante este bracarense. “Esta primeira noite foi magnifica, os UB 40 deram um concerto espetacular”.
O regresso do mais antigo festival do país é visto
por Nuno Magalhães como “muito positivo” mas
considera que o mesmo deve ser estudado em termos de agenda.
“Acho que o ressurgimento do Festival é uma boa
aposta no contexto musical, no entanto considero
que deve ser bem pensado e bem estudado em termos de agenda. O Festival de Vilar de Mouros tem
que ser recolocado para não colidir com os restantes festivais”.
No mesmo grupo de Nuno Magalhães veio Luísa
Vaz que não esconde as saudades que tinha de vir
a Vilar de Mouros ouvir boa música. “Foi espetacular, foi em crescendo a noite toda. Adorei ver os
UB 40, uma banda que me faz recordar a minha juventude, eu cresci com eles”, confessa.
Vieram no primeiro dia e não sabem se vão poder regressar. “Temos um casamento no sábado e
provavelmente vai ser complicado voltar mas para
o ano regressamos de certeza absoluta. Esperemos
que seja para continuar”.
Uma noite espetacular
A passar férias no Minho, o António e a Isabel
são de Lisboa e aproveitaram para vir com os filhos ao Festival de Vilar de Mouros. É uma estreia
para toda a família que, apesar de já ter ouvido falar muito deste festival, nunca tinha tido oportunidade de o experimentar.
Isabel conta que há muito anos que tinha vontade de vir mas como os filhos eram pequenos, nunca tinha arriscado. “Felizmente eles hoje já estão
crescidinhos e já aguentam. Como estávamos aqui
de férias decidimos vir”, conta.
E que impressão levam? “A melhor possível, foi
uma noite espetacular e gostámos muito”.
A família é grande (seis elementos) e por isso só
deu para vir um dia. “Escolhemos o primeiro porque queríamos muito ver os UB 40”.
Os mais novos também gostaram e só se queixam
mesmo é dos mosquitos. Para o ano querem voltar mas gostavam de vir noutro registo. “Sem pais,
com os amigos para podermos acampar”.
“Não sei, vamos ter que negociar isso muito bem”,
sentencia o casal de Lisboa.
Os mais novos têm agora um ano para convencer
os pais, uma “batalha” que não vai ser fácil mas
que acreditam conseguir vencer.
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
4ª edição do
Sonic Blast
aposta em
carTaz
forte
Moledo prepara-se
para a 4ª edição do
SonicBlast (15 e 16 de
agosto), um festival
onde a música é o
ponto forte. Contudo
a proposta deste ano
é ainda mais alargada,
dois dias de desportos
radicais, praia,
surf e uma zona de
campismo melhorada,
tudo para um fimde-semana cheio de
emoções em Moledo
do Minho.
Estivemos à conversa
com os organizadores
deste festival, Ricardo
Rios e Telma Cunha
que nos desvendaram
um pouco da edição
deste ano que
promete grandes
emoções.
Jornal Caminhense (JC)
- Este ano a proposta forte
são os THE ATOMIC BITCHWAX, mas não são a
única banda de topo já que
vêm acompanhados de mais
bandas divididas por dois
dias. Podem falar um pouco de como foi criado o cartaz e esta alteração para dois
dias de evento?
Sonic Blast (SB) - Sentimos
necessidade de alargar o festival a dois dias, sendo que há
público a vir de muito longe
e, assim, já podem disfrutar de
um fim-de-semana em Moledo, com muita música, praia e
piscina! No cartaz deste ano, as
apostas fortes são os norte americanos TheAtomicBitchwax,
os japoneses ChurchofMisery,
Blues Pills, TheBellrays e MySleepingKarma, que se estreiam
em Portugal. Também contamos com os Black Bombaim,
exlibris do stonerpsych português, com os espanhóis Prisma
Circus, que estão a conquistar a Europa, assim como com
bandas relativamente recentes,
como é o caso de Jibóia, Dreamweapon, AcidMess, LosSaguaros e os caminhenses Búfalo, entre muitas outras. São
dois dias repletos de vibrações
graves e psicadelismo.
JC - Como tem sido o contacto com os Galegos? No ano
passado já existiu uma boa
receptividade. Como está a
correr a venda de bilhetes
do outro lado do rio Minho?
SB - Sim, o contacto com a
Galiza já vem desde o primeiro
ano. Ao longo dos anos temos
recebido cada vez mais espanhóis, oriundos da Galiza, Asturias, Cantábria… um pouco
de todo o lado. Este ano, vamos até ter público proveniente
da Inglaterra, Áustria, Alemanha, França e Itália. E, claro,
os portugueses continuam a ser
o nosso público maioritário.
JC - No ano passado o SonicBlast foi nomeado para
os Portugal Festival Awards. Qual a sensação de estar nomeado?
Son
SB - Espectacular! É sempre
bom ver o nosso trabalho reconhecido. E isso também nos
motiva a fazer melhor, ano após
ano. Ver o nome de Moledo no
meio de grandes festivais e a
fazer parte do roteiro de muitos festivaleiros… é um enorme orgulho.
JC - Apesar do festival ser
ainda muito recente, poderá
afirma-se que é uma referencia no panorama dos melhores
concertos stoner/rock do país?
SB - Temos tido aqui concertos especiais, isso é verdade!
As estreias de Samsara Blues
Experiment (2012) ou Kadavar
(2013), a passagem dos Sungrazer, TheMachine, Black Bom-
baim, Guerrera, Killimanjaro…
foram momentos inesquecíveis!
Quem vem a Moledo, submerge-se num espírito único! Quase não dá para explicar, tem de
ser vivido e sentido...
há praia, há piscina, há montanha, há surf, há skate, mas
o cartaz é o mais importante.
Tentamos ter um cartaz sólido, forte, equilibrado. Temos
artistas de culto assim como
novos projectos, que estão a
JC - Um cartaz de peso, faz despertar interesse.
um bom festival?
JC - Como está dividido o
SB - Sim, o que realmente in- recinto este ano, foram interessa é a música. Em Moledo troduzidas alterações? Ainda
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O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
CAMINHA
nic Blast
existe um espaço com piscina? trabalha com empresas locais? trabalhos temporários para jovens do concelho.
SB - O festival vai decorrer no SB - Sim, o SonicBlast Mole- JC - Onde se pode adquirir
mesmo espaço do ano passado: do é formado por uma equipa o bilhete? O festivaleiro tem
na piscina do Centro Cultural de jovens de Moledo. Trabal- acesso ao campismo?
de Moledo e no parque infantil. hamos com algumas empreAproveitamos para agradecer sas locais, sempre que pos- SB - Os bilhetes estão à venda
à Junta de Freguesia de Mole- sível. Por exemplo, este ano em toda a rede Blueticket (lojas
do, Câmara Municipal de Ca- contamos com a AudioStage, Worten, Fnac, Media Markt…)
minha e à AMIR!
a Hertzcontrol, a ZB tshirts… e na Breakpoint (para o público
e também já conseguimos cri- espanhol). Também se podem
JC - O SonicBlast Moledo ar cerca de quatro dezenas de adquirir na Till the Grave Tattoo
(Travessa do Teatro, Caminha),
no restaurante O Palma (Moledo), na Parkdivision Surf n’
Skate Shop (Vila Praia de Âncora). E também em Barcelos
e no Porto. O bilhete geral (2
dias) custa 35€ e o diário 20€,
até ao dia 13 de Agosto. A partir daí, os preços sobem para
42€ e 25€, respectivamente.
Podem sempre visitar a nossa página: www.sonicblastmo-
ledo.com. Ou acompanhar as da maior?
novidades através da página de
facebook. Quanto ao campis- SB - Ainda agora estamos a
mo, os portadores de pulseira estrear este novo formato de
têm acesso gratuito.
dois dias… Claro que gostaríamos de alargar horizonJC - Passado um ano, e com tes, mas vamos dar um pasesta nova estrutura do fes- so de cada vez. Para já, fica
tival, poderemos afirmar o convite a quem ainda não
que teremos em breve um conhece o festival, a embarSonicBlast com três dias de car nesta experiência única.
festival e um recinto ain- Não se vão arrepender.
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O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
CAMI
Caminha prepara-se para receber este fim-de-semana, 9 e
10 de agosto, mais uma edição
das festas concelhias em honra
de Santa Rita de Cássia.
Venerada na igreja da Santa
Casa da Misericórdia de Caminha, esta santa italiana tem
no concelho no país e até na vizinha Galiza, muitos devotos.
Ao contrário de anos anteriores o número de dias de festa
foi substancialmente reduzido,
decorrendo apenas no fim-desemana 9 e 10 de Agosto.
A Comissão de Festas nomeada no ano passado não aceitou
o desafio de organizar as festividades, e só há poucas semanas um grupo de três pessoas
decidiu avançar com a tarefa.
Vitor Couchinho, um dos 3 elementos que nos últimos dias tem
calcorreado as ruas da vila em
peditório para angariar verbas
para a festa, explica ao Jornal
C que aceitou este desafio para
que as festas não acabassem.
“Quando terminaram as festividades em 2013, a nossa preo-
cupação foi nomear uma comissão que ficasse responsável pela
realização das festas em 2014.
Na altura foram nomeadas 14
pessoas que nunca disseram se
aceitavam ou não. A verdade
é que o tempo foi passando e
ninguém disse nada. Como já
estávamos muito perto da realização da festa e não aparecia
ninguém disponível, eu e mais
duas pessoas decidimos avançar”, explica.
Organizar em tão pouco tempo e com tão pouca gente umas
festas concelhias tem sido uma
tarefa “muito complicada” mesmo sendo só dois dias, como revela Vitor Couchinho.
“Temos consciência que não
vão ser as festas a que os caminhenses estão habituados mas
era impossível, em tão pouco
tempo, fazer mais. Tentámos
dentro da disponibilidade que
tínhamos ir buscar um bocadinho do que a festa tem de melhor e concentrar o programa
em dois dias. Enfim, vamos dar
o nosso melhor e tentar que se-
Romarias DE SANTA RITA
ANimam agost
Começa com a Festa das Cruzes em Barcelos e
Durante meses a fio o Alto Minho permanece em festa e
No concelho de Caminha a cultura genuína e popular ainda se manifesta muitos nas f
a primeira grande romaria concelhia, a de Nossa Senhora de Ao Pé da Cruz em M
Romaria de São João d’Arga, Nossa Sra. da Bonança em Vila Pr
Caminha está e vai continuar em festa até finais de setembro com a realização de
ao concelho que por estes dias acolhe e dá as boas vindas aos filh
fazem questão de regressar, nem que seja por pouco
jam umas festas dignas”.
Apesar da crise e do pouco
dinheiro que as famílias têm o
peditório até correu bem. “As
pessoas e o comércio ajudam
como podem e temos sido bem
recebidos, não temos razão de
queixa e tal como nos anos anteriores, as pessoas continuam
a ajudar”.
Relativamente ao programa
que, como referimos, foi reduzido para dois dias, Vitor
Couchinho destaca a atuação
da Banda de Lanhelas e ainda a procissão que terá lugar
no domingo e que este ano inclui um cortejo bíblico que ira
retratar a vida de Santa Rita.
Outra das novidades é que este
ano as festividades irão decorrer na Praça Conselheiro Silva
Torres e Praça Calouste Gulbenkian, não se estendendo ao
Parque 25 de Abril como era habitual. Não haverá serenata no
rio, apenas fogo do ar a partir
do Terreiro.
“Gostava de destacar a atuação da Banda de Lanhelas no
sábado à noite, na Praça Conselheiro Silva Torres. Será um
espetáculo diferente do habitual mas com algumas surpresas
que temos a certeza as pessoas irão apreciar. Outro dos momentos altos será no domingo
com a realização da procissão
em honra de Santa Rita que este
ano irá integrar um cortejo bíblico que contará a história daquela que ficou conhecida para
Três caminhenses
garantem festas
de santa rita
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a história como a santa dos impossíveis”.
Mas o programa não se fica
por aqui, no sábado à noite, a
partir da uma da manhã, haverá
arraial com o conjunto “Mingos Ribeiro”.
A aposta na “prata da casa”
vai trazer até à Praça Conselheiro Silva Torres, no domingo à noite um concerto com a
Banda Brantner.
As festas em honra de Santa
Rita terminam com uma ses-
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
INHA
RITA E SENHORA DA AGONIA
to em caminha
e acaba com as Feiras Novas de Ponte de Lima.
e não há freguesia ou pequeno lugar que não tenha a sua.
festas e romarias populares, das quais se destacam as festas em honra de São Bento,
Moledo, as festas em Honra a Santa Rita de Cássia e Srª da Agonia em Caminha,
raia de Âncora, Festa das Solhas em Lanhelas e muitas outras.
e inúmeras romarias que trazem um colorido diferente e uma alegria contagiante
hos da terra espalhados por esse mundo fora e que todos os anos
os dias. É assim o Minho, terra de devoção e alegria
são de fogo de artifício.
Nomear uma comissão para
2015 é um dos desafios que
este grupo de 3 pessoas terá
pela frente logo que as festas
terminem. “Esperamos que as
pessoas aceitem porque se isso
não acontecer corremos o risco das festas acabarem o que
seria uma pena”.
Com um orçamento a rondar
os 19.500 euros, as Festas em
honra de Santa Rita de Cássia
contam com o apoio da Câma-
ra de Caminha e da União de
Freguesia de Caminha e Vilarelho, como lembra Vitor Couchinho.
“Estamos a falar de um apoio
importante que nos vai permitir enriquecer as nossas festas.
A câmara responsabiliza-se por
alguns dos espetáculos, nomeadamente a Banda e o concerto de sábado à noite, o que é
uma grande ajuda”.
A Santa Casa da Misericórdia
também apoia as festividades.
Programa
Sábado 9 de Agosto
09H00 – Entrada do Grupo de Bombos
“VIRA A BOMBAR”
21H00 – Inauguração da Ornamentação e
Iluminação da Festa
22H00 – Concerto pela “BANDA
MUSICAL LANHELENSE” na Praça
Conselheiro Silva Torres
00H30 – Sessão de Fogo de Artificio
01H00 – Arraial popular com o conjunto “MINGOS
RIBEIRO” na Praça Conselheiro Silva Torres
Domingo 10 de Agosto
09H00 – Entrada do Grupo de Bombos
“VIRA A BOMBAR”
10H00 – Entrada da Banda Musical Lanhelense
10H30 – Missa Solene em honra de
Santa Rita de Cássia
11H45 – Procissão de Santa Rita para
a Igreja Matriz
15H30 – Entrada da Fanfarra dos
Bombeiros Voluntários de Coimbrões
16H00 – Entrada da Banda Musical Lanhelense
16H30 – Sermão
17H00 – Majestosa Procissão em honra
de Santa Rita de Cássia
19H00 – Despedida da Banda de Lanhelas
e da Fanfarra
22H30 – Concerto fim das festividades
com a Banda Brantner
00H30 – Sessão de Fogo de Artifício
Procissão
naval está
de regresso
às Festas da
Agonia
Uma procissão naval a realizar no domingo de manhã,
dia 17 de agosto, seguida de
missa solene na capela, será o
ponto alto das festas em honra
de Nossa Senhora da Agonia
que se realizam em Caminha
a partir do dia 15 de agosto.
A santa predileta dos pescadores caminhenses recebe este
ano a vista de Nossa Senhora
da Bonança, também ela advogada da classe piscatória de
Vila Praia de Âncora que, acompanhada da Senhora da Ínsua
e do Senhor dos Mareantes,
integrarão a procissão ao rio.
Os responsáveis pela realização das festas decidiram
este ano retomar esta procis-
são naval, que em tempos já para terminar mais esta romafoi uma tradição mas que en- ria, atua o Grupo “Minius” de
tretanto deixou de se realizar Caminha.
como contou ao Jornal C Venâncio Silva, membro da coPrograma
missão de festas.
“Nós decidimos apostar este
ano em algo diferente e deciDia 15 de Agosto
dimos então retomar a procissão naval que já não se realiza
08h00 – Alvorada
há alguns anos. Antigamente
09h00
– Arruada de
até se realizavam as duas, ou
Bombos
“Vira
a Bombar”
seja, a naval ao sábado e uma
segunda, que ia até à vila, no
09h30 – Música gravada
domingo”.
15h00 – Tarde Desportiva
Fazer as duas procissões como
(Torneio de Futebol)
era tradição está fora de questão
21h30 – Festival
porque como explica VenânInternacional de Folclore
cio Silva, “isso ficaria muito
- Etnográfico de Vila
caro e nós não temos capacidade financeira para isso”.
Praia de Âncora
Assim sendo, por uma questão
- Asociacó Folklorica
económica mas também para
“El Millers” Castellon de
ser diferente dos outros anos,
la Palma – Valência
este ano só haverá a procisAsociacó Folklorica
são naval no domingo de ma“Aterura” Las Palmas
nhã. A decisão não foi pacífica mas a comissão quer fazer
– Gran Canária
a experiência.
- Rancho Folclórico
Marcada para as 10 horas, a
de Baião – Porto
procissão sai da capela situaDesfile
de Folclore, do
da no Largo da Senhora da
Terreiro
em direçãoo ao
Agonia, desce ao cais da rua
largo
da
Srª da Agonia
onde os barcos, devidamente engalanados, aguardam a
22h00 –Atuação dos
chegada dos andores.
Grupos Folclóricos do
“Depois os andores serão
Largo da Srªa da Agonia.
transportados nas embarcações que serão benzidas, faDia 16 de Agosto
rão um percurso pré-definido
e voltam ao cais “, explica.
A comissão convida à partici08h00 – Alvorada
pação da população nas festi- 09h00 – Arruada de Bombos
vidades e pede a todas as pes“Vira a Bombar”
soas que possuam embarcações
09h30 – Música gravada
para que as enfeitem e inte12h00 – Meio dia de fogo
grem a procissão naval.
Quanto ao resto do cartaz o
15h00 – Tarde Desportiva
destaque vai para a realização
(Atletismo e Malha)
de um Festival Internacional
22h00 – Atuação do Grupo
de Folclore que terá lugar na
Musical “Doces Minhotas”
sexta-feira dia 15 de agosto.
Antes disso haverá desporto
Dia 17 de Agosto
com a realização de um Torneio de Futebol.
No sábado haverá, a partir
08h00 – Alvorada
das 15 horas, nova tarde de- 09h30 – Entrada de Bombos
dicada ao desporto. Desta vez
“Vira a Bombar”
será o atletismo e o tradicio10h00
– Procissão ao Rio,
nal jogo da malha que estaseguida de Missa Solene em
rão em destaque.
À noite atua o Grupo MusiHonra de Nossa
cial “Doces Minhotas”.
Senhora da Agonia
A manhã de domingo será
13h00 – Festa convício
dedicada às manifestações de
–
Porco
no espeto oferecido
cariz religioso com a já menpela Comissão de Festas
cionada missa e procissão, ao
15h00 –Encontro de
que se seguirá, a partir da uma
da tarde, uma festa convívio
tocadores de concertinas
com porco no espeto ofereci16h00 – Sorteio de rufas
do pela Comissão de Festas.
e leilão das ofertas
A partir das 15 horas a mú21h00
– Atuação do Grupo
sica volta ao recinto da fes“Minius”
ta com um escontro de tocadores de concertina e à noite,
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Bombeiros de Caminha
assinalam 119 anos com
batismo de novas viaturas
ção atribuída aos bombeiros portugueses, a 3 bombeiros caminhenses. Abel Gomes Vasconcelos,
José Barbosa Rodrigues e Manuel Soares Porto foram os bombeiros distinguidos.
José Casimiro Lages, presidente da Direção dos Bombeiros de Caminha, começou
por sublinhar os “bons resultados” alcançados nos últimos anos em prol da melhoria das condições dos bombeiros
caminhenses, referindo o orgulho que é para a corporação
comemorar 119 anos.
“Julgo que alcançamos grande
parte dos objetivos a que nos
propusemos tendo conseguido,
pensamos nós, neste últimos
anos, melhorar as condições
de operacionalidade do corpo ativo nas intervenções de
socorro e, consequentemente,
a prestação de um serviço de
melhor qualidade à nossa comunidade”.
A inauguração das quatro novas viaturas é para Casimiro
O aniversário ficou também Lages o culminar desse trabamarcado pela atribuição do crachá lho que tem vindo a ser desende ouro, a mais alta condecora- volvido nos últimos anos. “Acho
Os Bombeiros
Voluntários de
Caminha festejaram
no passado fimde-semana o 119º
aniversário da
corporação com a
bênção de 4 novas
viaturas que, a partir
de agora, estarão ao
serviço da população
do concelho. Tratase de 3 novas
ambulâncias e um
veículo de combate
a fogos florestais, um
dos melhores a nível
distrital. Para além
destas 4 viaturas, os
bombeiros contam
a partir de agora com
uma mota de água
para operações de
socorro e salvamento
marítimo e fluvial,
num investimento
total que ultrapassa
os 200 mil euros.
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que com estas novas viaturas
vamos não só reduzir custos,
mas também operar com maior
segurança”, sublinhou.
Apesar dos resultados alcançados o presidente da direção considera que há ainda muito para
fazer, desde logo no campo da
formação, uma área que Casimiro Lages considera prioritária.
“Temos que fazer um esforço
para, em conjunto com o Comando, promover mais formação nos quadros existentes, e
sobretudo recrutar novos estagiários, sendo para isso necessário
que os incentivos de que outrora os bombeiros beneficiaram,
sejam novamente repostos e
até aumentados por forma a
captar o interesse dos mais jovens”, alertou.
O presidente da direção não
deixou de agradecer publicamente ao Grupo dos Amigos dos
Bombeiros de Venade, “nomeadamente ao senhor José Carlos Matos, Manuel Fernandes
Matos, João Batista Matos e
Armindo Lopes Afonso, pelo
apoio financeiro dado num passado recente na aquisição do
veículo de combate a incêndios e, mais recentemente, na
aquisição de equipamentos de
proteção individual, fatos tipo
“Nomex”, já encomendados e
cujo custo está orçamentado em
cerca de 12.500 euros”.
De referir que este novo equipamento vai permitir que todos
os bombeiros fiquem equipados com um fato de proteção
individual “que até agora não
tinham nem nunca tiveram”.
Casimiro Lages agradeceu ainda a Manuel dos Santos Pinto
Lima a oferta da mota de água
aos bombeiros. “Um equipamento que irá certamente constituir uma mais valia para a
nossa secção de mergulho”,
e ainda a Sandro Dinis “pela
forma sempre desinteressada
e ajuda prestada na legalização de algumas viaturas importadas”.
Relativamente às condecorações atribuídas aos 3 bombeiros
caminhenses, Casimiro Lages
considerou-as de toda a justiça,
acrescentando que as mesmas
“representam mais de 35 anos
de bons serviços, espírito de ab-
negação e bem servir dos nossos bombeiros”.
O presidente da direção agradeceu também ao comando,
corpo de bombeiros e restantes membros da direção “todo
o empenhamento e contributo dado ao longo destes anos
em prol da associação e da comunidade”.
Luís Saraiva, comandante da
corporação caminhense, fez
questão de dirigir as primeiras
palavras aos bombeiros “para
lhes reconhecer publicamente
a dedicação e o sacrifício que o
cumprimento das missões que
lhes estão atribuídas exigiu, e
continua a exigir”.
Para o comandante a valorização pessoal sempre foi e
continuará a ser “uma prioridade, com formação contínua a
vários níveis”, lembrando que
“nunca como nos últimos anos
foi feita tanta formação, tendo
abrangido quase a totalidade
do pessoal, nas áreas de combate a incêndios urbanos e Florestais, técnicas de ambulância
e emergência, condução fora
de estrada, comando operacional, etc.”.
E porque as promessas são
para cumprir “a tempo e na hora
certa”, o comandante Luís Saraiva anunciou que a abertura
de concursos para promoção
da Bombeiro de 1ª e 2ª classe,
“indo ao encontro das aspirações de bombeiros que, legitimamente pretendem fazer a sua
progressão na carreira”, será
uma realidade para avançar já
em novembro.
José Luís Morais, representante
da Liga Portuguesa dos Bombeiros, referiu-se à homenagem
feita aos 3 bombeiros caminhenses, lembrando que a atribuição do crachá de ouro “não
é uma mera medalha de assiduidade para com elementos
que cumpram 35 anos de bom e
efetivo serviço como é o caso.
O crachá de ouro visa também
homenagear aqueles que por
atos valorosos têm, de si, dado
muito à causa dos bombeiros
portugueses e em particular aos
bombeiros de Caminha. Obrigado pelo vosso contributo à causa dos bombeiros”, sublinhou.
Na cerimónia esteve também
presente o deputado Jorge Fão
que considerou a comemoração dos 119 anos dos Bombeiros de Caminha “um momento alto da corporação e não
apenas mais um aniversário”.
O deputado socialista fez ainda
questão de deixar uma palavra
de reconhecimento, homenagem
e incentivo aos Bombeiros de
Caminha, associação da qual é
sócio e amigo há muitos anos.
Miguel Alves, presidente da
Câmara de Caminha, começou
por agradecer aos bombeiros a
forma sempre pronta e rápida
com que respondem aos pedidos de socorro da comunidade.
“Homens e mulheres que geração após geração dão tudo o
que têm em prol da sua comunidade e da sua gente”.
À direção da corporação o
presidente da câmara agradeceu todo o “esforço e empenhamento” em criar cada vez
melhores condições para que
os bombeiros possam desempenhar a sua função, “trabalho
esse que se traduz nos resultados que têm vindo a apresentar nos últimos anos”, frisou.
Com responsabilidades na área
da proteção civil, Miguel Alves
garantiu que desde a primeira
hora que a câmara municipal tem
querido preparar uma resposta
ao lado dos bombeiros, “uma
resposta que vá muito além da
mera conjuntura e da capacidade para resolver algum problema ou alguma questão que
possa surgir”.
Para o autarca é necessário que
a câmara possa dar “alguma capacidade e alguma resposta. É
preciso dizer aos bombeiros com
o que podem contar, seja muito ou seja pouco”.
Os protocolos celebrados recentemente com as duas corporações dos bombeiros são, segundo Miguel Alves, um exemplo
dessa cooperação. “Através deste
protocolo começamos a resolver um problema de sustentabilidade”.
Mas há que fazer mais, reconhece o presidente da câmara,
nomeadamente no campo do
voluntariado. Assim, o autarca
anunciou a criação de um pacote de incentivos que se aplique ao concelho de Caminha,
“de forma a podermos dar um
empurrão e algum apoio por forma a que os nossos jovens possam sentir-se mais aptos a serem voluntários nos bombeiros”.
As comemorações do 119º
aniversário dos Bombeiros de
Caminha terminaram na passada segunda-feira com uma
missa e romagem ao cemitério.
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
CAMINHA
O Campo do Castelo
em Vila Praia de
Âncora vai receber,
de 14 a 24 de agosto,
mais uma festa
gastronómica desta
vez dedicada ao
bife de espadarte.
O certame pretende
ser uma aposta
na inovação e na
diversidade de oferta
como caminho para
captar um maior
número de turistas a
Vila Praia de Âncora.
Numa organização conjunta
da Baleeira Pescas e da AncorEventos, o Festival do Bife do
Espadarte conta com o apoio
da Câmara de Caminha e da
Turismo do Porto e Norte de
Portugal.
Dar a conhecer e divulgar esta
iguaria cujo consumo é pouco usual nesta zona do país,
é um dos principais objetivos
do certame.
Segundo a organização, esta será sobretudo “uma oportunidade
para dar a conhecer
seis diferentes formas de confecionar o espadarte”.
A chorinha ou
sopa de espadarte, o vinagrete,
na brasa, em filetes, de cebolada
e o hambúrguer de
espadarte, são as
propostas da cozinheira, Alexandra
Cunha que nos últimos tempos tem
vindo a fazer experiências para
que de 14 a 24
de agosto se levem
os melhores sabores de Vila Praia
de Âncora, fruto
da imaginação de
quem lida de perto com uma
arte especial que é a pesca em
alto mar.
António Cunha, o maior armador de pesca ao espadarte
em Portugal, é o grande mentor deste projeto. Natural de
Vila Praia de Âncora, há muito que este pescador pretende
dar a conhecer o espadarte às
gentes locais e também a todos
quantos visitam o concelho.
Depois de uma primeira tentativa, o festival do bife do
espadarte está de regresso à vila piscatória e
promete dar que falar.
Paralelamente e
Vila Praia de
Âncora recebe
Festival
do Bife de
Espadarte
de 14 a 24 de agosto
como forma de animação do
certame, a organização irá promover algumas mesas redondas, tertúlias e palestras sobre
variados temas ligados ao mar
e à gastronomia e nas quais irão
participar diversos convidados
portugueses e espanhóis.
Este piscar de olho ao outro
lado da fronteira tem como
objetivo estreitar as relações
transfronteiriças e desenvolver
a Euro-Região Norte de Portugal-Galiza.
Para além disso, no sentido
de potenciar o interesse pelo
evento, os organizadores irão
promover um concurso no faceboock e no twitter com o envolvimento de unidades de alojamento turístico do concelho
de Caminha e outros concelhos limítrofes, premiando os
seguidores mais criativos com
a oferta de noites de alojamento. Os clientes das unidades
de alojamento aderentes serão
brindados com “vouchers-oferta” permitindo-lhes visitar o
espaço e apreciar a especialidade em destaque neste Festival Gastronómico.
De referir que o espadarte é
um peixe muito apreciado e
valorizado em alguns países
da Europa como por exemplo, França, Espanha e Itália
mas em Portugal ainda não entrou nos hábitos alimentares
da população, principalmente
a norte.
A realização deste festival pretende contrariar esta tendência
e dar a conhecer esta espécie
cujo valor nutritivo e benefícios para a saúde ainda não
são conhecidos pela maioria
dos portugueses.
O espadarte, também designado como “peixe espada” que
na verdade é o nome popular
de outra espécie, é um peixe
que pode atingir um tamanho
máximo até 4,3metros e mais
de meia tonelada de peso.
Encontra-se em águas oceânicas tropicais temperadas de
todo o mundo, sendo uma espécie importante na pesca desportiva.
O que mais carateriza o espadarte
é o prolongamento do maxilar
superior, como se fosse uma
longa espada.
O espadarte é um alimento
versátil, e você pode ser consumido como prato principal
ou em saladas.
Apesar de não curar ou prevenir doenças específicas, uma
quantidade moderada de espadarte como parte de uma dieta equilibrada pode oferecer
benefícios de saúde.
O espadarte tem apenas 146
calorias em 200 gr, e pode ser
parte de uma dieta de calorias
controladas para evitar peso.
O consumo de espadarte pode
ajudar a construir ou manter
os ossos fortes porque cada
porção fornece 14 mcg de vitamina D, ou 93 por cento do
valor diário. A vitamina D é necessária para o corpo absorver
adequadamente o cálcio dos
alimentos, e uma deficiência
pode causar osteoporose, ou
ossos fracos, e um alto risco
de fraturas.
Os Peixes gordos, como o
espadarte, estão entre os poucos alimentos fontes naturais
de vitamina D.
Cada porção de espadarte
cozido fornece 7,9 mg de niacina, ou cerca de 40 por cento do valor diário de niacina.
Niacina, ou vitamina B-3, é
essencial para o metabolismo
de gordura, carboidratos e proteínas, e uma deficiência pode
levar à demência, dermatite e
diarreia. O selénio é um mineral essencial que suporta a
atividade antioxidante em seu
corpo, e o espadarte fornece
58 mcg de selénio, ou 83 por
cento do valor diário.
Razões para consumir o espadarte não faltam e Vila Praia de
Âncora vai ser, de 14 a 24 de
agosto, a capital desta espécie.
Numa tenda gigante que irá
ser montada no Campo do Castelo, haverá espadarte para todos os gostos.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
CAMINHA
atraso na revisão do pdm
e abastecimento de água
preocupam autarca de
gondar e orbacém
O executivo
caminhense deslocouse na passada semana
à União de Freguesias
de Gondar e Orbacém,
para a realização
de mais uma
reunião de Câmara
descentralizada
que teve como
principal objetivo
ouvir a população
local e perceber as
suas carências e
prioridades.
Isso mesmo foi explicado pelo
presidente da Câmara ao público presente que encheu por
completo a sede da Junta de
Gondar.
“Esta reunião tem como ponto único da ordem de trabalhos
podermos ouvir as pessoas e
podermos ao mesmo tempo dar
algumas respostas. É uma forma de nos podermos entender
e encontrarmos soluções”, explicou.
A reunião contou com a intervenção de alguns munícipes
que colocaram diversas questões ao executivo, nomeada-
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mente sobre o mau estado de
alguns caminhos na freguesia, a necessidade de se apostar mais na cultura no interior
do concelho e a necessidade de
se construir um parque infantil
em Gondar.
Os munícipes pediram ainda
um olhar mais atento sobre a floresta que ocupa uma área considerável daquelas duas aldeias.
Coube ao presidente da Junta da União de Freguesias de
Gondar e Orbacém abrir o período de intervenções. António
Cunha começou por realçar a
importância destas reuniões na
medida em que elas constituem
“uma boa forma de comunicar de perto com as populações e de esclarecer anseios e
dificuldades de ambas as partes, tornando assim mais claras
e transparentes as decisões tomadas pelo município”.
O bom relacionamento entre
a Câmara e a Junta também foi
sublinhado por António Cunha,
“um relacionamento que nos
tem permitido resolver de forma positiva algumas questões,
nomeadamente o fornecimento
de materiais para avançar com
algumas intervenções com relevante importância”, frisou.
O autarca aproveitou a oportunidade para referir algumas
situações pontuais que, como
referiu “podem ser melhoradas
nesta União de Freguesias”.
A estrada das Argas, que no
sítio do Torgal tem o piso em
“muito mau estado”, foi o primeiro assunto abordado pelo
autarca que explicou que devido às raízes dos pinheiros os
automobilistas são obrigados
a desviarem-se da faixa para
não danificarem as viaturas.
“Ainda nessa mesma estrada,
no sentido Gondar/Orbacém,
existe um buraco de dimensões acentuadas que se agrava
de dia para dia e que pode provocar acidentes. Só ainda não
provocou por sorte”, admitiu.
Proceder à reparação de alguns troços dessa estrada onde
a junta teve que fazer cortes
por causa do abastecimento de
água foi outra das reivindicações do autarca, um assunto
que já teve oportunidade de
expor à câmara anteriormente.
“Estamos a falar de uma via
muito importante para o inte-
rior do concelho que certamente merecerá a atenção do executivo”.
Outro problema que nos últimos tempos tem preocupado “bastante” a junta é o sistema de abastecimento de água
a Gondar, a cargo da Junta de
Freguesia. Segundo o autarca,
“por imposição da lei, a partir de 1 de Janeiro do próximo
ano terá que ser a câmara municipal a garantir esse abastecimento, o que não se afigura um processo muito fácil”.
Apesar de já se terem efetuado algumas reuniões sobre
esta matéria, o autarca adiantou que ainda não existe uma
solução à vista.
A reposição de um muro de
suporte de grandes dimensões
no Lugar de Porto Covo em
Gondar, o alargamento do caminho do Pinto em Orbacém e
a abertura e pavimentação do
caminho do Campo em Gondar, foram outras das necessidades apontadas pelo autarca
de freguesia.
A revisão do PDM também
não ficou esquecida, com António Cunha a solicitar à Câ-
mara todas as informações sobre esta matéria antes de uma
tomada de decisão.
“Em que ponto se encontra a
revisão deste documento ? Gostava de solicitar ao senhor vereador do pelouro que esta Junta fosse informada previamente
de todas as alterações que vão
ser levadas a cabo em Gondar
e Orbacém, para que as possamos analisar com a população, de forma a podermos criar
zonas de construção que certamente irão potenciar a instalação e desenvolvimento da freguesia”.
O presidente da União das
Freguesias de Gondar e Orbacém terminou a sua intervenção agradecendo à câmara
o apoio prestado para a aquisição de uma carrinha de 17 lugares “que brevemente estará
em circulação para que de setembro em diante seja a Junta
de Freguesia a fazer o transporte escolar e de população
para Vila Praia de Âncora e
Caminha”.
Relativamente às questões levantadas pelo presidente da Junta, nomeadamente a que diz respeito ao abastecimento de água,
o vereador Guilherme Lagido
começou por referir a particularidade daquela União de Freguesias na medida em que a origem do abastecimento de água
é maioritariamente comunitária.
“Já houve uma reunião no local com técnicos da câmara e
com o presidente da junta. Existem questões técnicas que temos
que resolver e soluções da posse de água que também temos
que ver. É um assunto que está
a ser estudado e estou convencido que vamos chegar a uma
solução. Não é assunto que dependa apenas do município, embora tenhamos que arranjar um
solução equilibrada”, adiantou
Guilherme Lagido.
Relativamente à revisão do
PDM, o vereador começou por
referir que se trata de um processo com alguma complexidade na medida em que envolve
diversas entidades, lembrando
que Caminha é um concelho
com “condicionantes por todos os lados”.
“Qualquer passo que se dê, ou
se cai em reserva agrícola, ou
se cai em perímetro florestal
ou em reserva ecológica. Há
sempre um conjunto de limitações”, explicou.
Referindo-se ao estado em que
se encontra o processo de revisão do PDM, Guilherme Lagido referiu que neste momento
está concluído o processo de
delimitação da Reserva Eco-
lógica, está praticamente concluído o processo da Reserva
Agrícola, e neste momento estamos a tratar da questão dos
perímetros florestais. Quanto à
rede natura, não antevejo grandes problemas e depois temos
que ver a questão das áreas urbanas e das que queremos urbanizar”, informou o vereador
que deixou a garantia de reunir com todos os presidentes
de Junta para os informar sobre quais as áreas a urbanizar
em cada uma das freguesias.
“Antes de elaborarmos as propostas iremos reunir com os
executivos das juntas de freguesia”, assegurou.
Nesta reunião foram ainda
discutidos assuntos relacionados com a floresta e a sua
preservação, com alguns populares a perguntarem ao executivo quais as medidas previstas para proteger a mancha
florestal daquelas freguesias.
A propósito da floresta, Guilherme Lagido referiu que está
na hora desta ser vista como
“um recurso e não como discurso”.
As medidas a tomar para proteger a mancha florestal terão
que ser medidas abrangentes
e não medidas avulsas. “Proteger a floresta não é tarefa de
A ou B, mas sim de todos os
intervenientes”, avançou.
Um maior investimento cultural no interior do concelho
foi outra das reivindicações,
aproveitando uma munícipe
para chamar a atenção para o
mau estado em que se encontra
o Centro Cultural de Gondar,
nomeadamente no que diz respeito à cobertura. “Para além
de chover dentro, a cobertura é de amianto o que é prejudicial para a saúde”, alertou.
A criação de um parque infantil em Orbacém e o diagnóstico da população idosa naquela União de freguesias, foram
outros pedidos deixados pela
população local.
O vereador social democrata,
Flamiano Martins, enalteceu as
potencialidades daquelas freguesias destacando o setor primário e a floresta como duas
mais valias a proteger.
As potencialidades turísticas
do interior do concelho também foram lembradas com o
presidente da câmara a informar que existem vários projetos para turismo de habitação
a implementar na freguesia de
Orbacém. Segundo o autarca
existem investidores interessados nesta área e alguns pedidos de informação já chegaram à Câmara.
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
O Engº António Calçada
de Sá recebe a medalha de
Comendador das mãos do
Embaixador em Espanha Dr.
Tadeu da Costa Soares.
Caminhense
António
Calçada de Sá
condecorado
Com a Ordem
Nacional
do Infante D.
Henrique
António Calçada de Sá (Director Executivo no Grupo Repsol e
Presidente da Repsol Portuguesa), foi condecorado pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva com a Ordem Nacional
do Infante D.Henrique e com a
categoria de Comendador.
António Calçada de Sá é natural do concelho de Caminha,
mais concretamente da freguesia de Venade.
No passado dia 10 de Junho
(dia de Portugal) o Presidente
da República condecorou o Engenheiro António Calçada de
Sá com o título de Comendador da Ordem Nacional do Infante D.Henrique.
A comenda foi entregue tendo
em conta a excecional trajetória
profissional de António Calçada
de Sá como executivo do grupo
Repsol e pela sua contribuição
nas relações bilaterias de Portugal e Espanha como Presidente
da Câmara Hispano Portuguesa de Comércio e Indústria em
Madrid e como membro fundador do Conselho da Diáspora
O Comendador António
Calçada de Sá com a sua
familia: a sua mulher Ana
Sanchidrian Sainz, o seu filho
mais velho Gonçalo, a Anita e
o Afonso
Portuguesa no mundo. O ato oficial de entrega foi celebrado no passado dia 24 de
Julho na Embaixada de Portugal em Madrid pelo Embaixador de Portugal em Espanha,
Tadeu da Costa Soares e contou com importantes personalidades do mundo social e empresarial ibérico.
No discurso final de agradecimento pela condecoração recebida António Calçada de Sá
reafirmou o seu firme compromisso com Portugal e com os
portugueses no mundo e agradeceu à Repsol e ao seu Presidente a confiança recebida ao
longo de tantos anos.
“A vossa confiança e o vosso apoio constituem um grande orgulho e uma grande motivação”- disse.
Antes de terminar António Calçada de Sá dirigiu algumas palavras emotivas de agradecimento à sua familia (à sua mulher
Ana Sanchidrian Sainz que o
tem acompanhado na sua carreira pelo mundo: em Portugal, Espanha, no Brasil e na Argentina, às suas “3 jóias”, os
seus três amados filhos: Gonçalo, Ana e Afonso e muito especialmente para a grande referência da sua vida que é a sua
mãe Ana Calçada.
“Essa Senhora que desde pequeno me ensinou a ver a Espanha e o mundo desde as terras de Venade e de Caminha,
essa Senhora que mesmo longe está sempre a meu lado e
que me ajuda cada dia da minha vida com o seu amor e com
as suas rezas”, concluiu.
MERCADO
MEDIEVAL regressa
à FREGUESIA DE
SEIXAS
Vai realizar-se do 15 a 17 de
agosto, na freguesia de Seixas,
a III edição do Mercado Medieval, certame que traz até àquela aldeia do concelho, diversos
artesãos, gastronomia e espetáculos.
A primeira edição surgiu
com o intuito de comemorar
os 750 anos de atribuição do
Foral àquela freguesia por D.
Afonso III, em 1262.
“Foi uma experiência que correu bem, as pessoas gostaram e
por isso a junta decidiu continuar com a realização do mercado medieval”, explica Rui Ramalhosa, presidente da Junta
de Freguesia de Seixas.
Tal como nas edições anteriores a gastronomia e o artesanato vão estar em destaque neste Mercado medieval.
“Estamos a convidar os artesãos que se queiram inscrever
para participar neste mercado
medieval. Vamos dar preferência a todos aqueles que nos possam trazer um pouco da sua arte
ao vivo para que as pessoas
se possam aperceber como se
trabalham determinados materiais como é o caso, por exemplo, do ferro, da madeira, dos
tecidos, etc”, revela Rui Ramalhosa.
A gastronomia local, com especial incidência no peixe branco que é pescado e preparado
pelos pescadores locais, também vai estar em destaque neste Feira.
“Sabemos que os pescadores
já estão a preparar o peixe e
também as olhas para as poderem confeccionar e vender
durante a feira. No ano passado apenas comercializaram o
produto mas este ano os pescadores quiseram ir mais longe e vão servir esta especialidade durante os 3 dias em que
decorre o mercado”.
Paralelamente haverá muita
animação com especial destaque para a atuação do Grupo
Minius no sábado á noite.
“Trata-se de um grupo popular do nosso concelho que está
a preparar um repertório próprio para apresentar no evento.
Não quer dizer que vão estar
a interpretar musicas medievais mas o mais aproximado”.
Malabaristas, bombos e outras atrações próprias dos mercados medievais também não
vão faltar nesta Feira Medieval que este ano foi antecipada
a pedido dos seixenses como
explica Rui ramalhosa.
“A verdade é que muitas pessoas de Seixas que vêm cá passar férias nos pediram para que
antecipássemos a feira para que
elas tivessem oportunidade de
assistir a mais esta festa da freguesia. Conseguimos encaixar
nestes dias e assim muitas mais
pessoas vão poder assistir”.
O autarca de Seixas aproveitou a oportunidade para convidar todas as pessoas a passarem pela freguesia de 17 a
17 de agosto. “De certeza que
vão gostar porque estamos a
preparar um certame muito engraçado”, garantiu.
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JORNAL
DESPORTOVILAPRAIADEÂNCORA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
CAMINHA
Âncora Praia Futebol
clube organiza
i torneio
quadrangular
de Futebol
de Praia
o Âncora praia Futebol club
vai organizar, no próximo dia
9 de Agosto (sábado), um torneio Quadrangular de Futebol
de praia que vai reunir, na praia
de Vila praia de Âncora, diversas equipas do distrito, entre outras.
com a colaboração da Associação de Futebol de Viana do castelo e da câmara
de caminha, o torneio conta
com a participação do Âncora praia Futebol clube; Associação Desportiva Darquense;
sporting clube de Braga e do
Vitória de Guimarães.
A abertura do torneio está marcada para as nove da manhã com
a realização de um jogo com as
escolas do Âncora praia.
|12
Uma hora depois, às 10 horas, terá lugar o primeiro jogo
entre o Darquense e o Âncora
praia, ao que se seguirá o segundo jogo que irá colocar frente a frente as equipas do Vitória de Guimarães e do Braga.
À tarde terão lugar os jogos
entre os vencidos e os vencedores dos jogos da manhã. o
primeiro jogo terá lugar às 16
horas e o 2º às 17.15.
A cerimónia de entrega dos
prémios está marcada para as
18.15, ao que se seguirá o encerramento do torneio.
André Domingues, presidente
da direção do Âncora praia Futebol clube, considerou a realização deste torneio “muito
importante” para o concelho,
e lembrou que este é o segundo ano consecutivo que o Âncora praia marca presença no
campeonato Nacional de Futebol de praia.
“No ano passado ficámos classificados em 8º lugar. A primeira fase foi disputada na praia
do coral em Viana do castelo
e participaram equipas como o
Vianense, o Darque, Amigos
de sá e o Âncora praia Futebol clube. Nessa fase ficamos
em primeiro lugar e depois fomos disputar a segunda fase
na praia da Apúlia com o Braga, o Guimarães e o rio Ave”.
Este ano o Âncora praia voltou a participar no campeonato
Nacional mas, como foi a única equipa do distrito a inscre-
ver-se, “tivemos que disputar
o campeonato na Apúlia com
equipas muito mais fortes do
que nós. Equipas profissionais
onde jogam alguns jogadores
que integram a seleção nacio-
nal, como é o caso do Braga”.
A participação do Âncora praia
no campeonato Nacional foi
possível graças ao apoio quer
da Junta de Freguesia, quer da
câmara Municipal, “bem como
de toda a direção do clube”, refere o dirigente.
A ideia de realizar este torneio em Vila praia de Âncora surgiu n Apúlia, depois de
um conversa com dirigentes
de outros clubes, como conta André Domingues.
“Quando estivemos na Apúlia
a disputar o campeonato Nacional estivemos a falar com
representantes de outros clubes
como o Braga, Guimarães e o
Liexões. Fiquei com os contatos
deles e depois lembrei-me de
propor à Associação de Futebol
de Viana do castelo, à câmara e Junta de Freguesia de Vila
praia de Âncora, a realização
deste evento. reunimos, eles
gostaram da ideia e decidimos
avançar com a realização deste
primeiro torneio Quadrangular de Futebol de praia”.
trazer muita gente a Vila praia
de Âncora dinamizando desta
forma o comércio local, é outro
dos grandes objetivos da realização deste 1º torneio.
“o Futebol de praia é sol, alegria, praia, enfim um espetáculo que reúne muitos adeptos
e pessoas que gostam de ver
futebol. Acreditamos que vai
ser uma grande festa”.
A praia de Vila praia de Âncora vai assim transformar-se
num mini estádio de futebol.
“o campo vai ficar situado junto ao posto de turismo. parte
das bancadas já estão naturalmente construídas uma vez que
vamos utilizar a ponte sobre o
rio Âncora e o próprio paredão. Depois vamos construir
uma outra bancada numa das
laterais desse mini estádio”.
segundo o dirigente do Âncora praia o local oferece boas
condições para a realização do
evento. “temos ali balneários,
luz elétrica muito perto e por
isso estão reunidas boas condições para ali se fazer um grande torneio”.
com um cartaz “muito bom”,
André Domingues acredita que
no sábado vai estar muita gente
na praia de Vila praia de Âncora a assistir aos jogos, “e a
apoiar a equipa da casa. Acho
que vai ser um espetáculo muito interessante”.
A entrada é gratuita.
clube aPosta
na Formação
o Âncora praia Futebol clube está bem e recomenda-se é
o que garante André Domingues que não esconde o orgulho em ser presidente daquele clube.
“No passado já fui atleta do
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
PUB.
clube e atualmente sou dirigente o que me orgulha bastante, é um privilégio”, garante.
o bom trabalho levado a cabo
pela anterior direção também
não foi esquecido pelo atual
presidente. “o sr. José presa
foi um grande dirigente e um
grande presidente deste clube. Aguentou-o em momentos
difíceis e teve sabedoria para
tomar decisões importantes na
altura certa, nomeadamente não
avançar com uma equipa sénior por falta de capacidade
financeira para o efeito”.
Neste momento o Âncora praia
aposta nas camadas de formação e encontra-se a captar atletas que estejam interessados
em praticar futebol no clube.
relativamente à época anterior o balanço é muito positivo.
“os nossos iniciados foram
campeões distritais e os infantis foram campões da segunda fase. os restantes escalões também se portaram
muito bem e por isso consideramos que a época foi boa”.
só com a ajuda dos pais, dos
sócios e do comércio de Vila
praia de Âncora é possível desenvolver este trabalho junto
dos jovens e por isso o presidente do Âncora praia fez
questão de deixar palavras de
agradecimento.
“com a ajuda de todos podemos afirmar que neste momento clube goza de boa saúde financeira, temos as nossas
contas liquidadas. Não temos
infelizmente capacidade para
avançar com uma equipa sénior, mas com os atletas que
estamos a formar tenho a certeza que um dia lá chegaremos”.
Uma equipe sênior formada no seio do Âncora praia
Futebol clube é portanto o
grande sonho deste dirigente que está à frente do clube
há um ano.
“os nosso treinadores trabalham muito para isso. têm feito
um excelente trabalho de formação não só de atletas mas
também de pessoas e isso garante-nos que de futuro iremos ter grandes jogadores”.
como não poderia deixar de
ser o atleta tiago, formado no
Âncora praia também foi recordado como um bom exemplo de que por vezes clubes pequenos formam grande atletas.
“Estamos a falar de um atleta de top com quem tivemos o
prazer de estar a jantar há bem
pouco tempo. É uma pessoa
muito humilde que tem a escola do Âncora praia”, rematou.
acc Procura atletas Para
os Juniores e seniores
o Atlético clube de caminha
(Acc) anda à procura de atletas para os escalões de juniores e séniores e por isso está a
proceder a treinos de captação
para formar equipa neste escalões para a próxima temporada.
Assim, nós últimos dias, o clube de caminha abriu as portas
a todos os interessados em praticar futebol com idades compreendidas entre os 17 e os 32
anos.
o treinos de captação terminam hoje e por isso os interessados ainda podem dar provas
das suas capacidades aos técnicos que irão estar no estádio a
auxiliar nessas captações.
sérgio porto, vice-presidente
do Acc, explicou que a ideia
é apostar nos juniores, “um escalão que vamos agora iniciar”
e captar novos valores para o
seniores.
Mas jogar no Acc só mes-
mo em regime de voluntariado porque o clube não tem capacidade financeira para pagar
a jogadores.
“como a maioria das pessoas
sabe o clube não tem orçamento para pagar aos jogadores. A
única coisa que podemos dar é
a possibilidade aos atletas de
praticarem desporto num espaço com excelentes condições
e darmos todo o nosso apoio”,
explica o dirigente.
Apesar de estarem à procura de atletas para os escalões
de Juniores e séniores, o clube vai continuar a apostar forte na formação, como garantiu sérgio porto.
“A formação tem sido e vai
continuar a ser a nossa grande prioridade porque pensamos
que só assim o clube terá futuro. os miúdos para nós são
o mais importante”.
Depois de um época bastante satisfatória o Acc começa
já a preparar a nova temporada que deverá iniciar-se lá
para setembro.
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estádio do cerVeira Vai ter
noVo relVado sintÉtico
Já arrancaram, na passada semana, no Estádio Municipal
de Vila Nova de cerveira, as
obras de colocação de um novo
relvado sintético, substituindo
assim o antigo que se encontrava em mau estado. A empreitada, orçada em cerca de
200 mil euros, tem um prazo
de execução de 30 dias, por
forma a não perturbar o início da nova época desportiva.
Ao concurso público lançado recentemente foram apresentadas oito candidaturas, sendo que apenas duas cumpriam
todos os requisitos solicitados
pela autarquia.
Numa primeira fase, a intervenção visa a retirada do relvado existente, para depois avançarem os
trabalhos relacionados com a reforma da base em betuminoso e,
por fim, o relvado sintético.
recorde-se que esta obra, que
é um compromisso do executivo, adquiriu um caráter prioritário com a subida de divisão
do clube Desportivo de cerveira que, na próxima temporada,
disputará a segunda divisão nacional. o atual relvado contabiliza uma década e encontra-se
bastante danificado, não apresentando as condições adequadas para a prática desportiva
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JORNAL
CAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
milhares de
visitantes
em Caminha
contrariam
redução de feira
medieval de 10
para 5 dias
FOTOS : LUIS VALADARES
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A Feira Medieval de Caminha, certame que é já considerado um dos melhores do género no país e que já conta com
11 edições, voltou a trazer ao
centro histórico da vila milhares de visitantes. A afluência de
público veio uma vez mais confirmar o interesse da iniciativa,
apesar de reduzida para metade
a sua duração, pelo atual executivo camarário, que este ano
decidiu apostar no fim-de-semana anterior no certame “Entre Margens”.
Dezenas de tendeiros e taberneiros trouxeram a Caminha os
usos e costumes de outros tempos, com diversos momentos a
serem recriados neste mercado
medieval.
Um acampamentos de arqueiros, as aves de rapina muito utilizadas na idade média para caçar, os espetáculos equestres, os
torneios medievais e diversos
espetáculos musicais e de dança foram alguns dos momentos altos do certame.
Mas foi sem dúvida na praça da alimentação onde se viveram os momentos mais animados desta XI edição da feira
medieval de Caminha. Nas tasquinhas, representadas por algumas associações do concelho, não faltaram os petiscos
de fazer crescer água na boca
e a boa disposição. O Jornal C
esteve à conversa com alguns
dos representantes dessas instituições que nos falaram da importância deste certame para fa-
zer face a algumas despesas.
O Ancorense Futebol Clube,
presença habitual no mercado
medieval, garante que a verba
conseguida é indispensável para
o bom funcionamento do clube. “Ajuda-nos a fazer face às
despesas que vamos ter já no
inicio da época com as inscrições dos atletas”, explica Paulino Gomes, dirigente do clube.
Na tasquinha do ancorense trabalhou-se muito e Paulino agradece a todos quantos durante
cinco dias deram o seu melhor.
“São todos voluntários, pessoas que de ano para ano se oferecem para nos ajudar permitindo-nos dessa forma formar
uma grande equipa”.
Mais à frente, no largo do Poço,
a tasquinha da Casa do Povo
de Lanhelas está de regresso
à Feira depois de no ano passado não ter marcado presença no certame.
Matilde Vilas, presidente da
direção da instituição, explica
que a presença da Casa do Povo
foi possível porque o número
de dias de feira diminuiu.
“Felizmente conseguimos voltar porque o número de dias da
feira diminuiu. Se fossem os dez
dias não seria possível uma vez
que temos a escola aberta mas
de facto assim foi fantástico,
já tínhamos saudades”, revela.
A solha seca e a solha fresca
foi uma vez a grande aposta da
tasquinha da Casa do Povo de
Lanhelas que esteve sempre com
casa cheia especialmente para
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
XI Feira Medieval DE CAMINHA
degustar esta iguaria bem característica daquela freguesia.
“Nós apostamos neste produto que faz parte da nossa identidade porque sabemos que há
muitas pessoas que apreciam e
que não têm oportunidade de
comer na Festa das Solhas que
se realiza em Setembro. Soubemos que no ano passado a nossa
ausência foi muito notada precisamente por causa da solha e
por isso não podíamos deixar
de a trazer de novo este ano”.
A Casa do Povo de Lanhelas
é uma IPSS que vive essencialmente da Segurança Social e
do contributo dos utentes e por
isso a participação neste tipo de
certame é uma forma de angariar algum dinheiro extra, como
explica Matilde Vilas.
“O dinheiro que conseguirmos
angariar é para pequenas obras
e compra de alguns materiais”.
A presidente da direção apro-
veitou para agradecer ao “excelente” grupo de funcionarias
que, fora de horas, deu o seu contributo. “Para além das funcionarias contamos também com
toda a direção e ainda familiares e amigos que aqui vieram
dar uma ajuda”.
A afluência de visitantes, nomeadamente durante o dia e
noite de sábado, confirmam a
importância e a fama da Feira
Medieval de Caminha. No que
respeita às vendas os resultados também foram positivos.
?Relativamete à animação o
ponto alto aconteceu na noite
de sábado, com o espetáculo
Justas – Torneio Medieval com
Cavalos e Cavaleiros, que juntou milhares de pessoas junto
ao Convento de Santo António.
É de salientar que o Largo da
Matriz foi um dos espaços mais
visitados. Por ali passaram milhares de pessoas atraídas pelo
acampamento medieval, pelas
aves de rapina que continuam
a captar a atenção dos visitantes através das demonstrações
de voo e pelas oficinas de forja, fundição, cota de malha, fabrico de velas, tecelagem de lã,
fabrico de flechas e mostra de
armas e equipamentos do arqueiro medieval.
Os estabelecimentos comerciais da vila foram também importantes para estes resultados
pela forma como aderiram ao
“espirito medieval” que se viveu neste últimos dias em Caminha.Também as associações
do concelho tiveram um papel
importante neste balanço positivo do certame, já que o seu
contributo na animação foi positivo. Para além das várias associações, a Feira Medieval de
Caminha contou ainda com a
participação das Juntas de Freguesia de Concelho.
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Praia da
Gelfa
“um diamante”
por lapidar
09
Esta rubrica fará a descrição da identidade regional
do Alto Minho recorrendo a estes 3 elementos.
Daremos grande visibilidade ao sector primário
como vector fundamental para um desenvolvimento
sustentável, que gera oportunidades de negócios e
permite, acima de tudo, preservar a nossa identidade.
Situada na freguesia
de Âncora, Concelho
de Caminha, a praia
da Gelfa, ou do Forte
do Cão, como também
é conhecida, oferece
condições excelentes
para gozar a época
balnear em pleno.
Dentro dos
parâmetros de
qualidade exigidos,
o seu areal e a
água, aliados à
beleza da paisagem,
proporcionam a
todos os veraneantes
uma temporada
inesquecível.
É uma das praias do
concelho de Caminha
contemplada desde
2012 com o Galardão
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Bandeira Azul da
Europa, o que lhe
confere excelência.
Descoberta por uns
mas desconhecida
pela maioria, a
praia da Gelfa é um
recanto do paraíso,
“um diamante”
por descobrir.
Muito procurada, esta praia
contempla diversos equipamentos necessários ao seu usufruto e as suas qualidades terapêuticas, pela quantidade de
iodo, são reconhecidas.
Aliás, não foi por acaso que
no século passado ali se construiu um sanatório marítimo
precisamente para curar pessoas com tuberculose óssea.
Por ali passaram ricos e pobres, pessoas influentes à procura de tratamento para os seus
problemas de saúde.
Esta considerada pela União
Europeia como praia excelente quanto à qualidade da água.
A sua beleza justifica uma visita em qualquer mês do ano,
conjugando aquela com condições ideais para a prática do
surf, bodyboard e windsurf.
Esquecida durante muitos
anos, a praia da Gelfa sofreu
em 2011 uma profunda remodelação, transformando a
sua área envolvente num local aprazível não só para os
amantes da praia, mas igualmente para todos quantos gostam de um bom momento à
beira mar.
O extenso passadiço em ma-
deira sobre a duna proporciona um agradável passeio com
uma vista soberba sobre o mar
e sobre a serra. Dali se pode
contemplar um magnifico e
tranquilo pôr do sol.
A zona rochosa, que aparece entre marés, também lhe
confere uma beleza singular.
Natural de Barcelos, José Neves descobriu a praia da Gelfa
há cinco anos. Quando ali chegou para tomar conta do único restaurante que ali existe,
“O Camarão”, não havia por
ali nada, apenas um local em
terra batida, uma praia com
uma beleza natural “enorme”
mas sem nenhum tipo de infraestrutura que a fizesse ser
procurada pelos veraneantes.
“Se hoje a praia da Gelfa é
um diamante por lapidar, na-
quela altura era um diamante enterrado, por descobrir. O
caminho era em terra batida,
sinuoso e ladeado por austrálias. A praia estava num estado virgem e não era vigiada”, recorda.
Cinco anos depois de ali ter
chegado e depois de muito caminho que foi preciso desbravar, a praia da Gelfa continua
“felizmente especial”, explica
José Neves. “Não é uma praia
de massas. É uma praia para
quem gosta e aprecia a natureza. Uma praia com uma qualidade de água excelente, enfim uma série de fatores que
lhe conferem a possibilidade
de possuir duas bandeiras que
têm sido erguidas ininterruptamente”.
Mas o que leva uma pessoa a
investir num local onde tudo
estava por fazer? Um misto de
aventura e sonho… sim porque esse comanda a vida. “Eu
acho que este gosto pela descoberta que está nos genes dos
portugueses. Tem sido assim
ao longo dos séculos”.
Quando chegou à Gelfa, o
empresário de Barcelos tinha
um objetivo claro: “dinamizar este cantinho e transformá-lo numa mais valia para
todos. Quem passa pela nacional 13 não imagina o que
aqui está, a beleza que aqui
se encontra e eu acho que no
fundo é isso que me fascina,
dia a após dia. Imagine o que
é estar aqui depois de um dia
de stress, ou fazer uma pausa para um almoço mais relaxado…?”.
JORNAL
TERRARIOEMAR
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
É isto que o local proporciona
e que José Neves quer proporcionar ao seus clientes, “muitos deles homens de negócios
que aqui vêm precisamente à
procura desses momentos de
relaxe para descomprimir”.
Aliado a beleza da paisagem
o restaurante Camarão oferece aos seus clientes uma cozinha de excelência assente nos
mariscos da costa e no peixe
fresco que diariamente é trazido do mar pelos pescadores locais.
“Sem querer menosprezar
nenhum prato da nossa gastronomia de facto, num local
como este, que tem um pé na
agua e outro na areia, eu tenho
que fazer do peixe e do marisco a minha bandeira, e faço.
Aqui só se serve produto pes-
cado nas nossas águas. Estou
a falar do lavagante, do robalo
ou do rodovalho, enfim aquilo que os pescadores vão trazendo no dia a dia é o que as
pessoas podem degustar aqui
no restaurante. Por exemplo
neste momento a sardinha é
um embaixador de excelência,
mas no inverno temos o camarão da costa que mantemos
vivo no aquário e servimos ao
cliente. O sabor é diferente e
isso é muito apreciado”.
Situado num local isolado,
o grande desafio do Restaurante “Camarão” tem sido, ao
longo dos últimos cinco anos,
atrair clientes.
“Trazê-los até cá em baixo foi
desde logo o primeiro grande
desafio. Repare, eu não sou de
cá, a minha terra não é esta,
a mim ninguém me conhecia.
Eu costumo dizer que comecei debaixo de água uns bons
metros e que neste momento
já estou a conseguir respirar.
Foi um trabalho árduo e difícil, mas a minha forma de
o trilhar foi sempre um jogo
de paciência, de esperar dia a
dia e oferecer aos clientes o
melhor serviço para que eles
saiam daqui satisfeitos e voltem, se possível, com mais um
amigo”.
Depois das obras efetuadas
pela Câmara de Caminha em
2011, e que conferiram ao local condições que até ali não
tinha, nomeadamente zonas de
estacionamento, um passadiço com cerca de dois quilómetros entre outras infraestruturas, José Neves diz que
existem ainda alguns pormenores a ter em atenção.
“Não estou a falar em grandes
queixas mas sim casos pontuais de pequenas situações que
na minha opinião poderiam ser
melhoradas. Por exemplo na
estrada nacional deveria haver um outro tipo de sinalética que convidasse as pessoas
a virem até aqui. O ideal seria
por exemplo a criação de uma
rotunda que fizesse com que
as pessoas se sentissem quase obrigadas a sair da estrada
e a virem até cá abaixo ver o
que aqui há. O grande desafio
é tirar as pessoas da nacional
para que se possam deslumbrar com este local. Nós não
temos aqui uma praia, temos
um postal maravilhoso constituído por vários fatores, desde
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JORNAL
TERRARIOEMAR
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Uma boa praia para
a prática de surf
PUB.
a praia à paisagem que é magnifica e que queremos que todos possam desfrutar”.
Tornar a praia numa “praia
acessível” é outro dos grandes desafios futuros da praia
da Gelfa, como revela o empresário.
“Neste momento a praia já tem
duas bandeiras e gostava de ali
ver uma terceira que é a da praia
acessível. Não é fácil devido à
própria morfologia do terreno
mas tenho esperança que isso
possa acontecer”.
O arranjo do passadiço com
cerca de dois quilómetros, que
liga a praia da Gelfa à de Vila
Praia de Âncora e que foi destruído pelo mau tempo que se
fez sentir no último inverno, é
outras das situações que José
Neves gostava de ver resolvida
com a maior brevidade possível.
José Neves defende também
a existência no local de um
apoio de praia simples e não
apenas um apoio mínimo que
é o que existe neste momento no local e que é assegurado pelo próprio empresário.
Para José Neves o importante
não é transformar o local numa
zona de massas é sim proporcionar a quem visita este local
as melhores condições”para
que possam desfrutar de umas
férias ou até de um simples
dia inesquecível.
“Foi para isso que para aqui vim
há cinco anos e é para isso que
trabalho todos os dias”, revela
o empresário que se considera
“um mecenas” da praia da Gelfa.
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Com condições ideias para a prática de desportos náuticos, é com alguma frequência que se avistam na praia da
Gelfa praticantes de suf, bodyboard e windsurf.
Natural de Vila Praia de Âncora, Manuel José é proprietário de uma escola de surf, a Koala, fundada há cinco anos.
Situada na marginal de Vila Praia de Âncora, a escola de surf Koala tem clientess de várias nacionalidades.
“Temos alunos de Vila Praia de Âncora que andam o ano
todo, à volta de 10”.
Um número que aumenta no verão com a vinda dos turistas e pessoas de outras localidades que querem experimentar “e acabam por ficar clientes”, revela.
Ex-pescador, Manuel José que agora se dedica exclusivamente às aulas de surf, surfa desde os 20 anos e garante que não há melhor local para aprender a modalidade do que esta zona.
“Vila Praia de Âncora é excelente para aprender, principalmente entre a zona da pedra do Tesal e do norte junto ao molhe. É uma boa zona tanto para aprender como
para a pratica”.
Com o mar a entrar com mais intensidade, Manuel José
considera a zona da praia da Gelfa, com melhor e maior
ondulação, excelente para a prática do surf.
“Ali conseguimos apanhar boas ondas e isso é muito importante para um surfista que já tenha alguma prática”.
Para norte ou para sul ondas é coisa que não falta por
aquelas bandas e ultimamente a praia da Gelfa tem sido
procurada por praticantes da modalidade, principalmente estrangeiros em busca de uma boa onda.
JORNAL
DISTRITOCERVEIRA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
programa
cerVeira
acústica
está de
regresso
Após o adiamento devido
às condições meteorológicas adversas, o cerveira
Acústica está de regresso
com espetáculos marcados para hoje e amanhã.
Miguel Angelo e Deolinda atuam nos dias 8 e 9
de agosto, repestivamente. A entrada tem um valor de 5 euros.
Os ingressos adquiridos
para as datas de julho continuam a ser válidos para
esta nova programação.
contudo, e quem pretender a devolução do bilhete pode dirigir-se ao posto
de Turismo de Vila nova
de cerveira. Os interessados em assistir a estes
dois espetáculos de música portuguesa devem entrar em contacto com o
posto de Turismo, associações responsáveis pelas
bilheteiras ou no próprio
no local, no dia do concerto. O preço é de apenas 5 euros.
O Auditório Municipal
continua a ser o palco eleito para estes dois espectáculos, proporcionando
uma estreita relação entre artista e público. Os
concertos têm início para
as 22h00.
Miguel Angelo e Deolinda: carreira nacional e
internacional
Miguel Angelo, que
iniciou a sua carreira a
solo em 2012 com o álbum “primeiro”, vai apresentar 30 anos de carreira,
desde a edição do primeiro single dos Delfins, em
1984. O cantor combina
novas canções com muitas outras bem conhecidas do público em geral,
numa volta a portugal que
mais uma vez é como se
fosse a primeira: o mesmo espírito da descoberta,
juntamente com a energia da celebração.
Os Deolinda sobem ao
palco para apresentar
“Mundo pequenino”. nos
últimos quatro anos, este
grupo dominou os tops de
vendas com os multi-platinados “canção ao lado”
e “2 Selos e um carimbo” acumulando diversas
distinções tais como dois
Globos de Ouro, um prémio Amália rodrigues, um
prémio josé Afonso e um
Songlines Music Award.
BIA – Artes e
Ofícios Tradicionais
Fórum cultural
de cerveira
9 a 17 Agosto 2014
09 - Sábado
15h30 - sessão de
Inauguração -Abertura
16h00 - Grupo de
cavaquinhos de Lovelhe
22h00 - concerto com Deolinda
00h00 - Encerramento
10 - Domingo
11h00 - Abertura
18h00 - Arruada de Bombos
/ terreiro – Fcc
22h00 - tocadores
de concertinas
00h00 - Encerramento
11 - Segunda
16h00 - Abertura
18h00 - tuna da Unisénior
22h00 - concerto
com MIcALIp’s
00h00 - Encerramento
12 - Terça
16h00 - Abertura
18h00 - cantadores ao desafio
22h00 - concerto com Grupo
de cordas - 6tÀs9
00h00 - Encerramento
13 - Quarta
16h00 - Abertura
18h00 - tocadores
de concertinas
raízes do Minho
22h00 - concerto
com raízes do Minho
00h00 - Encerramento
Vila noVa de
cerVeira dedica
noVe dias ao
artesanato
Valorizar o artesanato num
contexto alargado com a
‘Vila das Artes’ como denominador onde se comungam todas as artes, é o principal objetivo da BIA – Artes
e Ofícios Tradicionais, projeto desenvolvido pela câmara Municipal de Vila nova
de cerveira que vai decorrer de 9 a 17 de agosto.
Aurora Viães, vereadora
da cultura da câmara de
cerveira, explicou ao jornal c que esta é uma atividade voltada para o artesanato e sua promoção.
O evento vai ter, segundo
a vereadora, “três elemen-
tos básicos: um deles será um
espaço de mostra e venda dos
produtos artesanais, um outro
para formação dos próprios
artesãos, e finalmente um para
exposição com trabalhos ao
vivo, um espaço onde também
marcará presença a gastronomia tradicional”, explica.
O evento, que vai decorrer
no Fórum cultural, conta
com a parceria do Turismo
do porto e norte de portugal,
Adriminho, entre outras entidades, e procura recuperar
uma tradição cerveirense que
remonta aos anos 80, quando
se realizava de forma intercalada com as primeiras Bi-
enais de Arte.
na BIA - Artes e Ofícios
Tradicionais está confirmada a presença de cerca de 40
artesãos de diversos concelhos
da região norte, para além de
grupos de artesãos oriundos da
vizinha Galiza, representando
as mais diversas áreas.
O atual executivo adoptou
um conceito mais abrangente,
não se restringindo apenas à
mostra e venda de produtos
artesanais, mas propondo a
criação de condições para a
troca de experiências com trabalhos ao vivo e abrindo portas à formação e debate sobre
o estado da arte.
14 - Quinta
16h00 - Abertura
Demonstração de
renda de Bilros
18h00 - real Banda de Gaitas
22h00 - Desfile de Moda
– cerveira Fashion em crochet,
hair by Helena cabeleireiros
00h00 - Encerramento
paralelamente, vai estar patente uma exposição do Traje
com pelo menos 12 manequins,
cujas peças estarão devidamente identificadas, numa parceria com o Museu do Traje de
Viana do castelo e o Museu
de paredes de coura.
A BIA – Artes e Ofícios Tradicionais aposta ainda na animação ao som de música tradicional
de bombos e grupos folclóricos do concelho. A gastronomia também não é esquecida,
com as associações e juntas de
freguesia a apresentarem o seu
melhor na recriação e divulgação dos pratos mais tradicionais do Alto Minho.
15 - Sexta
16h00 - Abertura
18h00 - Arruada de
Bombos / terreiro
Fórum cultural:
Grupo de Bombos de Nogueira
21h30 - Atuação dos ranchos
do concelho e convidados
00h00 - Encerramento
16 - Sábado
18h00 - Abertura
tocadores de concertinas
22h00 - concerto
com Zé perdigão
00h00 - Encerramento
17 - Domingo
11h00 - Abertura
18h00 - Arruada de
Bombos / terreiro – Fcc
19h00 - Grupo de pandereteiras
Xamaraina
22h00 - Desfile do
traje / tocata do rancho
Folclórico de campos
*programa sujeito
a alterações
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JORNAL
DISTRITOP.BARCA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
FOTOS: MIGUEL ESTIMA
Folkcelta para dançar
até de madrugada
No fim-de-semana de 25 e 26
de Julho, Ponte da Barca acolheu a sétima edição do festival FolkCelta. Um festival
que tem vindo a ser cada vez
mais consolidado na prática
de festivais de música de origem celta. Dado a sua proximidade tanto da Galiza como
do norte de Portugal, a afluência de públicos de ambas as
regiões tem vindo a ser alargada. O Galego é um língua
comum a ambos os povos. De
Portugal encontramos festivaleiros da zona de Aveiro e até
um casal que veio da região
de Lisboa, aproveitando as delicias do Minho para desfrutar de um fim-de-semana no
Norte do país.
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Na abertura do festival esteve a banda de Ponte de Lima
“Musica Profana”, uma banda que venceu a categoria de
melhor banda do palco secundário da edição anterior. Muitos adeptos e seguidores que
se deslocaram da vila vizinha
para acompanhar mais um actuação deste grupo local. De
Águeda e para abrir o palco
secundário desta edição vieram as Espiral. Trata-se de um
projecto com sonoridade mais
calma, mas que deram o ar da
sua graça. Cabeças de cartaz
no primeiro dia estavam os já
consagrados Miladoiro. Banda Galega que já conta com
trinta e seis anos de estrada,
deram um belíssimo concerto,
onde a festa se instalou pelo
recinto. Era de esperar que a
essa hora o recinto estivesse
bem composto, o que de facto
veio a acontecer. Finda a actuação do palco principal foi
tempo de assistir a mais uma
actuação no palco secundário com os Myrica Faia, grupo Terceirense (Açores), que
recria temas tradicionais das
várias ilhas açorianas e lhes
dá novas roupagens, em jeito
mais folk. Uma boa iniciativa
para promover o que de melhor existe naquele recanto de
Portugal, que é muitas vezes
esquecido pelo continentais.
A fechar a noite quente que
se fez sentir nas margens do
Lima, no palco principal es-
teve Sebastião Antunes com
a Quadrilha.
O segundo dia do festival abriu
com Isga Collective, acompanhada na voz de Lorena Freixeiro. O grupo vindo da Galiza veio criar a atmosfera típica
deste festival: a festa! Sendo
um dos grupos galegos mais
originais e arrojados do panorama actual, vieram a Ponte da
Barca mostrar um pouco das
suas raízes, deixando espaço
para as influências de uma contemporaneidade que vai sendo
necessária. Como a festa não
pára, mal terminou o concerto no palco principal, o palco
secundário abriu com o duo
Portuense ACordaPele. Com
um ritmo mais calmo, fizeram
um brilharete na sua actuação,
criando uma dinâmica simpática para o grande nome de que
todosestavam à espera – Kepa
Junkera. Com músicos Galegos a acompanhar, Kepa Junkera deu o verdadeiro festão em
Ponte da Barca. Mestre trikitixa, que é um acordeão diatónico, um instrumento muito
semelhante à concertina. Explorando o seu mais recente
álbum Galiza, editado no ano
passado, o maior embaixador
da música basca veio mostrar
a fusão entre a música e cultura de duas regiões espanholas,
distantes mas próximas musicalmente. Como ele próprio evidencia são “povos irmãos, todos partilhamos o Atlântico”.
Findo o grande nome da noite ainda tempo para um projecto no palco secundário com
os Swing Station. Um projecto arrojado, já que pouco tinha
de folk! Eram ritmos no espectro do jazz, convidativos à dança, a fazer recordar musicas
e danças vintage Norte Americanas. Mas foi uma agradável surpresa. A fechar esta sétima edição, o palco principal
recebeu os Uxu Kalhus. Pioneiros na fusão de ritmos tradicionais portugueses com géneros mais modernos, os Uxu
Kalhus garantiram o fecho em
festa e baile desta edição do
festival Folkcelta.
Miguel Estima
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Jamie
Cullum
Noite
de Jazz
em Vigo
em Nigran
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Casa de petiscos | Gelataria | Creparia
Praça Conselheiro Silva Torres . 4910 Caminha
[email protected]
Nigran acolhe no próximo sábado, 9 de Agosto,
a oitava edição do Nigran
Jazz, certame que promete ser uma noite intensa de
actividade para os amantes deste género musical
junto à foz do Rio Miñor
em Ramalhosa. Com dois
concertos e uma jam session, a noite começa com
Telmo Fernández Organ
Trio com Phil Wilkinson,
seguido do Holandês Maarten Hongenhuis em formato trio.
Telmo Fernández Organ Trío grupo formado
por Telmo Fernández na
guitarra, Phil Wilkinson,
um dos músicos imprescindíveis da cena do jazz
e soul na Europa no órgão e José Luis Gómez
na bateria. Telmo Fernández é um guitarrista vocacionalmente autodidacta que tocou na Imaxina
Jazz Orquestra. Durante a
sua experiência como sideman inspira-se em sonoridades mais orgânicas
da guitarra com fusão entre o jazz, funk o neosoul,
desenvolvendo um estilo
ecléctico que lhe permitiu
gravar com músicos como
Brian Charette, Jared Gold,
Sean Wayland, Tawanna
Shaunte, Olamide Faison
o Sunni Paterson.
Maarten Hogenhuis é um
saxofonista Holandês, membro do grupo BRUUT! Tocando também em formato
quarteto e trio. Foi em formato quarteto, como Maarten Hogenhuis Quartet, que
ganhou o prémio de melhor
solista na final da competição de Jazz da Holanda em
2012. Após esse reconhecimento seguiram-se convites para tocar em festivais como o Tokyo Jazz
Festival no Japão, Standard Bank National Jazz
Festival Grahamstown na
África do Sul. Em Nigrán
o músico irá apresentar-se
em formato trio, fechando as actividades do palco
do evento. Após o concerto está ainda programada
uma jam session para um
dos bares locais.
O auditório de Castrelos em
Vigo, vai receber hoje, sextafeira 8 de Agosto, a visita do
talentoso músico Jamie Cullum,
cantor e pianista de jazz contemporâneo inglês, que é considerado uma referência na recriação desse género musical.
O concerto é integrado nas Festas de Vigo e faz parte da mais
recente tournée Europeia onde
é possível ouvir as músicas do
novo disco “Momentum”, editado no ano passado.
Partindo do jazz como lingua-
gem base, Jamie Cullum foi capaz de extravasar o género sem
perder as ligações à origem. A
roupagem mais pop que apresenta para standards do jazz ou
o toque jazzístico que empresta a grandes êxitos pop, fazem
do britânico um artista único.
Recriando músicas consagradas do jazz, de artistas como
Frank Sinatra, Jamie dá-lhe
uma roupagem absolutamente nova. Foi esta recriação que
o levou a ter sucesso um pouco por toda a Europa, sendo
muito bem acolhido noutros
continentes.
Da carreira, que começou em
1999, fazem já parte seis discos
de originais - Heard It All Before, Pointless Nostalgic, Twentysomething, Catching Tales,
The Pursuit e o mais recente momentum e um disco ao
vivo. Para além de inúmeros
prémios e até uma nomeação
para os Grammys. Dia 8 de
Agosto sobe ao palco do auditório de Castrelos em Vigo
para um concerto imperdível.
PUB.
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JORNAL
SAÚDE
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
OMS apela ao
reforço das
medidas de combate
à hepatite viral
Mais de metade dos inquiridos
em estudo da Deco sobre excesso
de peso estavam em dieta
A prevalência das doenças crónicas mostrou-se maior
entre os pré-obesos (43%) ou obesos (55%)
Mais de metade dos
inquiridos num estudo
da Deco, relacionado
com excesso de peso,
estavam a fazer dieta,
92% já tinham tentado
controlar ou perder
peso e 86% dos que
fizeram um regime
alimentar tinham
recuperado os quilos
perdidos.
O estudo decorreu entre setembro e dezembro de 2013,
em Portugal, na Bélgica, em
Espanha, em Itália e no Brasil, e envolveu 11.616 pessoas
(1.799 em Portugal), com idades entre os 18 e os 64 anos,
54% das quais se encontravam
a fazer dieta, no período em que
decorreu o inquérito.
O coordenador do estudo, Osvaldo Santos, explicou à agência Lusa que se trata de “uma
repetição” de um inquérito realizado em 2001 pela associação de defesa do consumidor
e pretendeu aferir a qualidade de vida associada ao excesso de peso, as perceções inPUB.
dividuais sobre o problema e
as medidas escolhidas para o
combater.
“A obesidade é um problema
sério de saúde, é uma doença
muito prevalente e nós quisemos perceber um pouco melhor o impacto do excesso de
peso na perspetiva das pessoas
que são afetadas por esse problema”, disse Osvaldo Santos.
O estudo verificou que, apesar de haver uma “maior perceção” do problema, houve
um aumento da prevalência
de excesso de peso, incluindo a obesidade, comparativamente a 2001.
Osvaldo Santos apontou que
52% dos inquiridos têm um
índice de massa corporal que
corresponde a excesso de peso
e 12% a obesidade, mas observou que esses valores estão abaixo dos obtidos num estudo recente do Observatório
Nacional de Atividade Física
e do Desporto, segundo o qual
67% dos homens e 58% das
mulheres têm excesso de peso.
A perceção da necessidade de
perder peso aumentou nos úl-
timos 13 anos, sobretudo nos
homens. Se, em 2001, 55% dos
homens sentiam a necessidade de perder os quilos a mais,
atualmente são 62%, uma subida que foi mais ligeira nas
mulheres.
Apenas 28% estão
estão insatisfeitos
Sobre as razões que os motivaram a perder peso, 88% disseram que foi para se sentirem
melhores consigo próprios, 40%
por conselho médico, 17% para
melhorar a vida social, 16% para
ficar em forma numa época do
ano, 12% por conselho do parceiro, 10% por sugestão de familiares ou amigos e 9% para
melhorar a carreira.
Apesar de 63% dos inquiridos reconhecerem ter peso a
mais, apenas 28% assumem estar insatisfeitos com o corpo,
sendo nas mulheres o maior
desagrado com as formas, enquanto os homens se queixam
sobretudo do peso.
A falta de exercício é apontada por 55% dos participantes
como a principal culpada, seguida do comportamento alimentar (48%). Cerca de um
quarto dos inquiridos apontam causas genéticas para o
problema.
Cerca de 92% dos participantes estão a tentar ou já tentaram controlar ou perder peso,
mas apenas um em cada cinco recorreu a um nutricionista.
Independentemente do método escolhido, só 14% não recuperaram os quilos perdidos.
Cerca de 30% recuperaram,
42% retomaram parte do peso
perdido e 16% ganharam mais
quilos do que tinham antes.
A prevalência das doenças crónicas mostrou-se maior entre
os pré-obesos (43%) ou obesos (55%) do que entre os que
apresentavam um peso normal
(34%).
Os inquiridos com excesso de
peso e obesidade também revelaram maior prevalência de
problemas como ansiedade ou
depressão.
O estudo sublinha que “o aumento de informação, que gerou uma maior consciencialização, não foi acompanhado
da adoção de soluções práticas para resolver o problema”,
defendendo que “é preciso investir junto da população na
divulgação e no acesso a soluções práticas e duradouras
que permitam alterar a situação a longo prazo”.
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T/F: 258 722 523
Tlm: 936 002 538
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Nº 41/43
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|22
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OU 258 922 754
Anualmente 1,4 milhões de pessoas morrem de problemas
causados por hepatites virais
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou hoje em Genebra ao reforço das medidas de combate à hepatite viral, doença que mata anualmente 1,4 milhões de pessoas.
O alerta foi lançado por Stefan Wiktor, especialista da OMS,
durante uma conferência de imprensa a propósito do Dia Mundial da Hepatite, que se assinala a 28 deste mês, em que se
manifestou esperançado em ver “um compromisso político e
financeiro” na luta contra a hepatite viral, semelhante aos esforços encetados contra a epidemia da sida, que disse estarem
a dar resultados positivos.
Aquele especialista acrescentou que os recentes progressos
na prevenção e no tratamento da hepatite oferecem oportunidades reais de salvar vidas, considerando que se pode falar de
uma possível erradicação no futuro da hepatite C e da hepatite
B, ambas relacionadas com o cancro do fígado.
No caso da hepatite crónica C, os novos medicamentos desenvolvidos reduzem o período de tratamento da hepatite C
para 12 semanas e curam a quase totalidade (95%) dos doentes.
“É uma revolução terapêutica (...) Isso modifica a dinâmica.
Agora é possível tratar a hepatite C também em países de rendimento baixo e médio, o que não era possível antes”, sublinhou.
Stefan Wiktor também saudou os esforços realizados pela
comunidade internacional, que classificou como “uma verdadeira nova dinâmica” e que foi capitalizada em maio passado, aquando da votação de uma resolução durante a 67.ª assembleia geral da OMS.
Na ocasião, representantes de 194 países votaram uma resolução que cobre a prevenção, diagnósticos e tratamentos, em
que se sublinha a importância de ter um plano nacional para
derrotar a hepatite.
A resolução reconhece o potencial dos novos medicamentos e tratamentos para a hepatite C e hepatite B e apela à elaboração de estratégias que facilitem o acesso a medicamentos de qualidade a preços acessíveis.
Durante a conferência de imprensa, Samuel So, cirurgião especialista em doenças do fígado e docente na Universidade
Stanford, Estados Unidos, disse que “as estruturas de tratamento do VIH/Sida são boas para tratar a hepatite viral” já que
contam com a presença de laboratórios e serviços de saúde.
Aquele médico também apelou para uma abordagem mais
ampla e maior apoio da parte dos doadores na luta contra a
hepatite, doença que não figura nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio-2015 definidos pelas Nações Unidas.
Segundo ele, a luta contra a hepatite também permitirá reduzir os custos de saúde relacionados com problemas agudos
de fígados e cancros, dado que a hepatite é a principal causa daquelas doenças.
Todos os anos cerca de 1,4 milhões de pessoas morrem de
problemas agudos e crónicos no fígado causados por hepatites virais, um grupo de doenças infecciosas conhecidas como
hepatite A, B, C, e D.
Comparativamente, o VIH/Sida mata anualmente 1,6 milhões de pessoas, a tuberculose 1,3 milhões e a malária 600
mil, segundo a OMS.
JORNAL
HISTÓRIA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Uma das grandes preocupações
dos presores da reconquista do
noroeste do País foi a restauração da vida monástica.
Ninguém, hoje em dia, põe
em dúvida certos factos decorrentes da ocupação do território nacional pelos muçulmanos a partir do início do séc.
VIII, tais como: rarefação das
populações que fugiram diante dos invasores; desorganização, seguida de levantamento,
dos quadros administrativos civis, militares e religiosos, em
certas zonas, por necessidade
de defesa; destruição de monumentos e instituições ligadas
ao culto cristão. A tese do ermamento mitigado, numa faixa de território paralela ao rio
Douro, de largura pouco definida ainda, é hoje aceite pela
maioria dos autores.
No caso particular do Mosteiro
de Vila Mou, o que se terá passado? Sabemos, por exemplo,
que o Mosteiro de Dume, fundado em meados do séc. XVI
por S. Martinho, desapareceu
com as novas serracenas, tendo
os seus bispos-abades emigrado para Mondanhedo (Galiza).
Quanto ao Mosteiro de Montélios, igualmente célebre pela
sua filiação e ligação ao espírito monástico de S. Frutuoso
(665-667), nunca mais se ouviu falar nos seus frades após
716, data da conquista de Braga, embora as suas instalações
persistissem. Estes dois factos,
bem conhecidos, levam-nos a
afirmar que os grandes mosteiros sentiram enormes dificuldades em sobreviverem aos
invasores agarenos. Certamente o mesmo não aconteceu em
relação à vida monástica que
terá persistido nas suas manifestações e formas mais simples dos pequenos e escondidos
cenóbios rurais de profundas
raízes na Península, segundo
o testemunho do autor da Passio Leocadiae e de S. Valério.
Não admira, pois, que numa
das primeiras preocupações dos
presores da Reconquista fosse a restauração dos mosteiros e das formas superiores
da vida monástica, associando-os à tarefa de
defesa e organização administrativa do território
recém-conquistado. A
maior parte
dos mosteiros da
época da
Reconquista
nasceram
como fruto desta
política.
O Mosteiro de Santa
Maria de Vila
Mou (Viana do
Castelo) serve de
exemplo. Na verdade, trata-se de uma
instituição fundada por
Paio Vermude em meados
do séc. IX e ligado restaura-
A Fundação do
Mosteiro Visigótico
de Santa Maria de Vila
Mou e a Reorganização
da Terra da Vinha
(Séc. IX)
Por: Manuel António
Fernandes Moreira
ção civil e eclesiástica da antiga unidade territorial correspondente à paróquia suévica
da Vinha”.
Neste trabalho apresentaremos os documentos escritos e
os vestígios arqueológicos relativos ao dito Mosteiro. Responderemos em seguida a um
conjunto de interrogações suscitadas pelos mesmo relativas
à data, invocação, dotação, ruínas, estruturas. Finamente, falaremos do significado histórico da sua fundação, inserindo-o
no âmbito da arte pré-românica e na origem do padroado
das igrejas, e, sobretudo, na
história da reorganização do
território mais a Sul da diocese tudense.
1 – O Mosteiro
Visigótico de
Santa Marta
de Vila Mou
(sec. IX)
A história faz-se com documentos. Tanto o subjetivismo
puro como o experimentalismo
dos acontecimentos repugna à
própria natureza da história.
O único elo de ligação existente entre o presente e o passado,
capaz de gerar o conhecimento
histórico, reside no documento. Os factos humanos deixaram gravados no espaço e no
tempo verdadeiras marcas de
natureza diversa cuja inteligibilidade levou ao aparecimento da história.
Ao historiador cabe a espinhosa missão de descobrir esses testemunhos e dar-lhes um
significado integrado no tempo e no espaço.
Em relação ao Mosteiro de
Santa Maria de Vila Mou são
conhecidos os seguintes documentos:
a) Documentos
escritos
São raros e pouco divulgados
os testemunhos escritos respeitantes à época e região que
OCULISTA IDEAL
DE CAMINHA
José Augusto Fernandes Oliveira
( òptico desde 1967)
estamos a estudar. Este facto
ficou a dever-se, certamente,
à ausência de grades abadias
senhoriais, para quem o cartolário representava a base documental do seu poderio económico.
Também as sucessivas mudanças de obediência episcopal, que o território de Entre
Lima e Minho esteve sujeito
nos sécs. XIV- XVI, não deve
ter ficado para trás em relação àquele facto. Deste modo
torna-se difícil conhecer em
profundidade as raízes das várias instituições eclesiásticas
desta região.
Em relação ao Mosteiro em
questão foi possível conhecerse as suas origens e alguns parâmetros da sua evolução graças
a uma via indireta, constituída pelo documento que narra a fundação do Mosteiro de
S. Salvador da Torre. Na verdade este cenóbio veio substituir o de Vila Mou, após a
sua destruição, pelos Normandos, no início do séc. XI, como
veremos.
O referido documento foi escrito por Frei Ordonho e data de
1068. São conhecidas duas versões, Uma deveria estar guardada entre os pergaminhos do
Arquivo municipal de Viana
do Castelo. Coube ao distinto historiador local L. De Figueiredo da Guerra a tarefa
da sua transcrição. Este trabalho encontra-se publicado
na íntegra no “Arquivo Vianense”, de 1891. A outra cópia existe no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Sobre
ela se debruçaram tanto Frei
Leão de S. Tomás, que a transcreveu em parte na Beneditina Lusitana, como também o
conceituado medievalista Ruy
de Azevedo, que copiou e estudou num dos seus mais valiosos trabalhos sobre a tese
do Ermamento.
Comparando os dois textos,
foi possível concluir que, entre ambos, não existem discrepâncias de monta. O con-
teúdo é essencialmente igual.
A primeira versão incluiu, a
mais, a doação de Cardielos,
feita por Paio Soares, em 1115
ao Mosteiro da Torre.
Vejamos quais são as referências contidas neste documento a respeito do Mosteiro
de Santa Maria de Vila Mou.
Resumindo, diz o seguinte:
a) Paio Vermudes, conde galego, na companhia de familiares, desceu até às terras de
Entre Minho e Douro fim de
proceder a presúrias…
b) O dito Mosteiro, durante
várias gerações, foi habitado
por religiosos e exerceu profundas influência sobre a região onde estava inserido, vindo mais tarde a cair em mãos
estranhas. Quando em meados
do séc. XI foi visitado por Frei
Ordonho, o seu estado era de
completa ruina.
c) Este ilustre clérigo, descendente dos primeiros fundadores, em nome da família,
empreendeu a sua imediata reconstrução. Refere o citado documento que ergueu, no lugar
da Torre, “um cenóbio semelhante ao primeiro”, fazendo
regressar à sua posse as doações que andavam sonegadas.\
b) Vestígios arqueológicos
1) Material lítico posto a descoberto em 1892 a quando da
demolição da antiga igreja paroquial de S. Martinho de Vila
Mou e que L. de Figueiredo
da Guerra e J.Rosa de Araújo estudaram.
- Dois capitéis de granito,
iguais no tamanho, decorados com duas ordens de folhas vegetais numa das faces
e que no catálogo impresso
do Museu Municipal de Viana
do Castelo, onde hoje se encontram aparecem registados
sob os números 16 e 17. Medem: 0,75x0,45x0,70m (comprimento x largura x altura).
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
CLASSIFICADOS
POEMA
Publicado no Jornal Caminhense de 27 de Julhos de 2014
Câmara Municipal de Caminha
DIVISÃO DE URBANISMO, OBRAS PÚBLICAS E EDIFÍCIOS
AVISO
Processo nº 1/10
Nos termos da alínea b), do número 2, do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na sua redação atual, torna-se público que a Câmara Municipal de Caminha emitiu o
alvará de loteamento nº 1/14, em nome de JOSÉ MANUEL DIOGO DE AZEVEDO PRESA,
contribuinte nº 125014120, residente na Rua da Baralha nº 5, da freguesia de Vile, Concelho de
Caminha, LUÍS FILIPE LAMEIRA DE AZEVEDO PRESA, contribuinte nº 207620652, residente na Rua das Amoreiras, nº 200, 1º andar, da freguesia de São Mamede de Infesta e Senhora
da Hora, Concelho de Matosinhos, MIGUEL LAMEIRA DE AZEVEDO PRESA, contribuinte nº 216416841, residente na Rua da Linda nº 36, da freguesia de Âncora, Concelho de Caminha, ANA CRISTINA LAMEIRA DE AZEVEDO PRESA, contribuinte nº 241517150, Rua da
Linda nº 36, da freguesia de Âncora, Concelho de Caminha, e LUÍS ALEXANDRE VAZ ALVES DE AZEVEDO PRESA, Rua Miguel Bombarda nº 72 B, da freguesia de Vila Praia de Âncora, Concelho de Caminha, que titula a aprovação da operação de loteamento que incide sobre o prédio sito no Lugar de Currais, da freguesia de Âncora, Concelho de Caminha, descrito
na Conservatória do registo Predial de Caminha, sob o número 1728, e inscrito na matriz predial rústica, sob o artigo nº 1182, da respetiva freguesia.
A operação de loteamento e os projetos de urbanização foram aprovados respetivamente por
despachos, de 2013/07/22 e 2013/09/23, do Vereador do Pelouro, proferido no uso de competência subdelegada pela Presidente da Câmara, respeitam o disposto no Plano Diretor Municipal e apresenta, de acordo com a planta que constitui o Anexo I, as seguintes características:
Área total dos prédios a lotear: 5.472,00m2;
Área total de construção: 1.637,50 m2;
Área total de implantação: 1.539,70 m2
Volume total de construção: 9.825,00 m3;
Área total de lotes: 3.935,00 m2;
Número total de lotes: 7;
Número de fogos 7;
Número máximo de pisos: 2 acima da cota de soleira e 1 abaixo da cota de soleira;
Descrição dos lotes: Lote nº 1: Área do lote: 401,00 m2; Área de construção: 200,00 m2; Área
de implantação, 156,10 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria: 1200,00 m3; Confrontações:
Norte: Jardim público; Sul; Lote nº 7, Nascente: caminho público; Poente: caminho público; Lote nº 2: Área do lote: 416,00 m2; Área de construção: 212,50 m2; Área de implantação:
212,50 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria: 1275,00 m3; Confrontações: Norte: Luís Filipe Lameira de Azevedo Presa e Outros; Sul: Lote nº 3; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso
de Castro; Poente: caminho público; Lote nº 3: Área do lote: 506,00 m2; Área de construção:
212,50 m2; Área de implantação: 212,50 m2; Finalidade: habitação; Volumetria: 1275,00 m3;
Confrontações: Norte: Lote nº 2; Sul: Lote nº 4; nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente: caminho púbico; Lote nº 4: Área do lote: 586,00 m2; Área de Construção: 212,50
m2; Área de implantação: 212,50 m2: Finalidade: Habitação; Volumetria: 1275,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 3; Sul: Lote nº 5; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro;
Poente: caminho público; Lote nº 5: Área de lote: 619,00 m2; Área de construção: 200,00m2;
Área de implantação: 191,30 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria: 1200,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 4; Sul: Lote nº 6; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente:
caminho público; Lote nº 6: Área do lote: 963,00 m2; Área de construção: 400,00 m2; Área de
implantação: 377,00 m2; Finalidade Habitação; Volumetria: 2400,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 5; Sul: Rua do Cadinho; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente:
caminho público; Lote nº 7: Área do lote: 444,00 m2; Área de Construção: 200,00 m2; Área de
implantação: 177,80 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria:1200,00 m3; Confrontações: Norte:
Lote nº 1; Sul: Henrique Franco Areias; Nascente: caminho público; Poente: Rua da Trindade;
Áreas de cedência ao domínio público: 1537,00 m2; a) Passeios e zonas de circulação: 269,80 m2; b)
Arruamentos e estacionamento: 866,20 m2; c) Espaços verdes e equipamentos coletivos: 401,00 m2;
Prazo de execução de obras: 12 meses;
Condicionantes de licenciamento: A instalação de equipamentos e/ou acessórios tais como candeeiros de iluminação pública, caixas de visita, postos de transformação etc., deve merecer aceitação do autor do projeto quanto à sua localização e características formais, expressa no livro de
obra. O livro de obra deverá ser conservado no local da obra, bem como a cópia dos projetos.
Devem ser respeitadas as condições impostas pelas entidades consultadas. Os materiais a empregar deverão ser iguais aos utilizados pela DAS desta Câmara Municipal. Será prestada uma
caução a que se refere o artigo 54º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que
lhe foi conferida pelo Decreto-Lei nº26/2010, de 30 de Março, no valor de 102.830,00€ (cento e dois mil e oitocentos e trinta euros), mediante hipoteca sobre os lotes nº 5 e 6. No prazo de
30 dias (trinta), a contar da data de emissão do presente alvará, deverá ser realizada, a escritura
de hipoteca, sobre os lotes supra identificados, sob pena de se determinar a cessação do alvará
de loteamento. A hipoteca vigorará, até à data da recepção definitiva das obras de urbanização.
Nos termos do disposto nº 1 do art. 80º-A, até 5 (cinco) dias antes do início dos trabalhos, promotor deverá informar a Câmara Municipal desta intenção;
Dado e passado para que sirva de título ao requerente e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei nº
26/2010, de 30 de Março.
Câmara Municipal de Caminha, 2014/07/10
O Vereador do Pelouro
Guilherme Lagido Domingos
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A VERDADE
A verdade, em mim estavas quando chegaste
Mas teus olhos mais me ensinaram a crer
Na felicidade que levaste
Quando os meus te deixaram de ver
Incrível, uma sorte assim
Tão belo sonho, tão bela hitória
Como crer, que tanto gostavas de mim
Se me dando amor, darias também glória
A verdade, nem tão pouco amantes
E teus olhos cristalinos,
J´s eram duas estrelas cintilantes
No céu do meu destino
Incrível, tua partida, nosso fim
Sem uma palavra, sem um adeus
Teria sido mais fácil para mim
Encontrar o ponto final, nos olhos teus
A verdade, pergunta-se ao silêncio;
ele sabe tudo eu não sei, nada posso contar
Sem ti fiquei, vulto surdo e mudo
Sombra que passa e não te vê passar
INSPIRAÇÃO
Enconsto as costas ao tempo
Espraio longe o meu olhar
Desdobro as asas do pensamento
Sou gaivota livre a voar
Meu corpo mastro desafia o firmamento
De brisas me sinto embriagar
Desfraldo as velas do sentimento
Sou caravela no alto mar
Crente, num horizonte mais bonito
No meu silêncio rezo e grito
Arrebento enleios, quebro algemas
Rasgo meu peito, abro o coração
E meus dedos por encanto ou condão
Trazem, a flor da vida os meus poemas
Maria da Conceição Vasconcelos
In: No meu poente incendiado
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CAPITANIA DO
PORTO DE CAMINHA
T. geral: 258719070
T. piquete da PM: 258719079
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Farmácia Torres
Praça Conselheiro Silva Torres,
Caminha | T. 258922104
Farmácia Beirão Rendeiro
Rua da Corredoura,
Caminha | T. 258722181
CÂMARA MUNICIPAL
DE CAMINHA
T. 258710300
BIBLIOTECA CAMINHA
Rua Direita
segunda a sexta: 10h00 às 18h30
sábado: 10h00 às 13h00
MUSEU CAMINHA
terça a sexta: 10h00 às 19h30 /
14h30 às 18h00
sábado e domingo: 11h00 às 13h00 /
14h00 às 17h30
POSTOS DE TURISMO
Caminha
Rua Direita | T. 258921952
Moledo
Av. da Praia (em época balnear)
Vila Praia de Âncora
Av. Ramos Pereira | T. 258911384
CENTRO CULTURAL
VILA PRAIA DE ÂNCORA
segunda a sexta: 10h00 às 12h30 /
13h30 às 18h30
sábado: 11h00 às 13h00
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
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Andar
Nº / Lote
Letra
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Localidade
Cupão Assinatura
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4910-133 Caminha, Portugal
Tel. 258 921 754 - Fax. 258 721 054
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País
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Pagamento:
Resto do Mundo 65€
Email
Europa 55€
Cheque N.º
Cheque à ordem de Jornal “O Caminhense”
0018 0003 13172853020 13
Transf. Bancária - NIB: ...................................................................
PT50 0018 0003 13172853020 13
Numerário
IBAN: ................................................................
Propriedade: Herdeiros de António José Guerreiro Cepa | administração: Maria Teresa Gomes Cepa | director: Elsa Guerreiro Cepa | sub-director: Cristiano Guerreiro Cepa | chefe de redacção:
Cidália Cacais Aldeia | corpo redactorial: Susana Ramos Martins | cartonista: Cristiano Guerreiro Cepa | colaboradores: Miguel Cepa | editor: Herdeiros de António José Guerreiro Cepa. Rua
da Corredoura, nº117, 4910-133 Caminha | telefones: +351 258921754 , +351 258922754 | Fax: +351 258721041 | Paginação: Cristiano Cepa | design gráfico: Mário Rego | impressão: Empresa
Diário do Minho Ldª | registo de imprensa: nº 201448 | depósito legal nº 84483/94 | tiragem desta edição: 7.000 exemplares | número de contribuinte: 900777117 | nº registo erc: 101449 |
Periodicidade: quinzenal (Sexta-Feira) | endereços electrónicos: [email protected]
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JORNAL
DISTRITOV.P.ÂNCORA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
caminHa n’areia
Visitou Praia
de Vila Praia
de Âncora
A marginal de Vila praia
de Âncora recebeu, no passado dia 27 de Julho, a última etapa da iniciativa “caminha n´areia 2014”, que mais
uma vez acompanhou a campanha de praia do Instituto
politécnico de Viana do castelo (IpVc), este ano sob o
tema “praia Limpa”.
Apesar do nevoeiro que se
fez sentir durante o dia, a praia
encheu-se de veraneantes e a
animação foi constante, sobretudo na “meia laranja” da
Avenida Dr. ramos pereira,
onde estava instalado o estúdio móvel da rádio caminha.
os alunos do IpVc aproveitaram para distribuir brindes e sensibilizar os utilizadores das praias, chamando
a atenção para a importância da adopção de comportamentos cívicos e de respeito
para com o meio ambiente.
Em declarações à rádio caminha, a presidente do politécnico de Viana, Florbela
correia, aproveitou para fazer um “balanço muito positivo” da campanha que decorreu em Junho e Julho.
A última emissão deste ano da
incitava “caminha N´Areia”,
que decorreu em Vila praia
de Âncora, contou ainda com
muitos convidados especiais,
música e muitas actividades.
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JORNAL
DISTRITOCERVEIRA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Festas de são
sebastião animaram
Vila noVa de
cerVeira
um cortejo etnográfico, fogos de artifício, arruadas de bombos e
atuação de bandas de música foram alguns dos momentos altos das
festas concelhias de Vila nova de cerveira que tiveram lugar no passado
fim-de-semana. as festas de são sebastião atraíram à vila milhares
de devotos de são sebastião que assistiram às diversas manifestações
religisosas.
De 1 a 3 de agosto, Vila Nova
de cerveira celebrou s. sebastião com três dias de iniciativas religiosas e recreativas. A
comissão das Festas concelhias, com o apoio da câmara
Municipal, apostou num programa onde a tradição cerveirense e alto-minhota estiveram
em destaque. Durante 3 dias
a vila cerveirense foi visitada
por milhares de pessoas que
assistiram a um programa diversificado.
Um cortejo etnográfico que
contou com a participação das
diversas freguesias, deu a conhecer aos visitantes as artes e
tradições da população do concelho, com especial destaque
para as práticas rurais que ainda estão bem enraízadas nas
gentes daquele concelho.
No domingo teve lugar a procissão em honra de são sebastião que levou à vila milhares de
devotos portugueses e galegos.
Foram três dias de festa rija onde
o fogo de artifício, a atuação de
diversos grupos e bandas musicais garantiram momentos de
diversão, boa disposição e muita tradição.
“Vila das artes”
Vai ser Passerelle
Para aPresentação
de coleção única
em crocHet
tops, saias, vestidos, inúmeros
assessórios, entre outras peças.
Várias artesãs de Vila Nova de
cerveira não têm mãos a medir
para apresentar, no próximo dia
14 de agosto, uma coleção de
verão em crochet. o ‘cerveira Fashion crochet’, que conta com a participação de duas
ex-Miss república portuguesa, vai criar um cenário artístico-sensorial.
A comunidade cerveirense não
pára de tricotar. Depois da ornamentação com crochet de
ruas, edifícios públicos, espaços comerciais, esculturas, árvores, etc., as atenções estão
agora centradas num show que
congrega várias artes, desde a
moda em crochet, a pintura, o
teatro, a música, a dança e um
espetáculo de produção de penteados, ou não estivéssemos a
falar da ‘Vila das Artes’.
o projeto ‘o crochet sai à rua’
serviu de mote para este evento
que procura fazer a ligação entre a arte secular do crochet e a
contemporaneidade artística, fruto
da criatividade e empenho de um
grupo de artesãs de Vila Nova de
cerveira e de uma oriunda da vizinha Galiza.
A essência deste show será o dinamismo, potenciado por uma palete
de cores que suscitará uma constante mudança de sensações ao
público presente, transformandose numa verdadeira obra de arte.
cerca de 30 modelos femininos
- quatro profissionais, duas das
quais ex-Miss república portuguesa, e um grupo de jovens do
concelho - vão desfilar numa passerelle montada em frente ao edifício da câmara Municipal, também
revestido com elementos decorativos em crochet.
As propostas a apresentar no desfile versam uma linha feminina caraterizada pelas dictomias estilo
jovial/vanguardista e cores apaziguantes/intensas. todas as peças foram criadas exclusivamente para este evento, umas desde
a ideia até à concretização e outras saindo do baú e sofrendo um
processo de recuperação. tricotados a ponto fino e grosso,
os materiais utilizados são o algodão, a lã e o linho.
o ‘cerveira Fashion em crochet’, agendado para a noite de
14 de agosto, com início pelas
22h00, integra ainda a produção de penteados artísticos, e
uma intervenção artística com
pintura ao vivo de um corpo
de uma modelo, para além de
muita música, teatro e dança.
A febre do crochet em Vila
Nova de cerveira tem tido um
feedback muito positivo quer da
comunidade residente, quer de
visitantes, curiosidade manifestada pelas perguntas e pelo disparar das máquinas fotográficas.
Inserido no evento da BIA –
Artes e ofícios tradicionais, ‘o
crochet sai à rua’ visa promover Vila Nova de cerveira como
‘Vila das Artes’ através da arte
secular do crochet, para além
de sensibilizar os participantes
e visitantes para a preservação
desta tradição.
o edifício da câmara Municipal é o ponto de partida para
um roteiro revestido com peças de crochet a engalanar as
ruas do comércio tradicional, o
centro comercial Ilha dos Amores, as diversas esculturas espalhadas pelo centro histórico,
os edifícios públicos, as árvores, entre outros espaços, num
envolvimento efusivo de toda
a comunidade.
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