FestiVal do biFe de esPadarte
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FestiVal do biFe de esPadarte
1971 - 2014 QUINZEnário | 8 DE AGOSTO de 2014 | Nº 1571 | Ano XLIII | Directora: Elsa Guerreiro Cepa | www.jornalc.pt | Preço Anual: 30€ 1€ Vila Praia de Âncora recebe 4ª edição do Sonic Blast aposta em carTaz forte Festival do Bife de Espadarte Pág. 4/5 de 14 a 24 de agosto Pág. 9 Praia da Gelfa “um diamante” por lapidar 15 . 08 .14 16 . 08 .14 CHURCH OF MISERY THE ATOMIC BITCHWAX BLACK BOMBAIM MY SLEEPING KARMA Sonic Blast THE BELLRAYS BLUES PILLS Festival de Vilar de Mouros regressa morno e com cartaz repetido Pág. 16/18 PUB. PUB. Está a chegar um novo aroma a Vila Praia de Âncora! Inauguração Sábado 9 de Agosto JORNAL Depois de um interregno de oito anos, a música regressou a Vilar de Mouros para mais um Festival de Música que ressurgiu organizado mas com pouco público. O cartaz, com muitos repetentes, não foi suficientemente atrativo para trazer uma enchente até Vilar de Mouros mas, ainda assim, ouviu-se boa música. Quem por lá apareceu gostou, não se arrependeu de ter ido e promete voltar no próximo ano. Organizado pela Fundação AMA Autismo, o ressurgimento do festival passou por algumas vicissitudes e a apresentação tardia do cartaz, sem um grande nome a integrá-lo, não ajudou. Para o ano espera-se mais e melhor do “pai dos festivais” que já foi considerado o melhor do país. A organização promete voltar “em grande” em 2015 e garante já estar a trabalhar na próxima edição com datas marcadas para 30, 31 de julho e 1 de agosto. Paulo Baixinho no arranque do evento A abrir os concertos no palco secundário denominado este ano de “Palco História”, esteve o caminhense Paulo Baixinho acompanhado dos The Soul Brothers. O caminhense aqueceu o ambiente com as suas sonoridades mais jazzísticas em fusão com o soul. Uma performance de pouco mais de meia hora mas merecedora de grande atenção por parte do parco público presente àquela hora. A continuação esteve a cargo dos Youthculture uma formação de reggae, que transformou o recinto numa grande dose de vibração. A boa disposição imperou e os ritmos dançáveis penetraram em todos os cantinhos da assistência. Às19 horas em ponto arrancaram os concertos no palco principal com a banda de Lisboa – Capitão Fausto. Estes jovens músicos têm dado que falar nos últimos tempos, pela simplicidade com que abarcam os temas e a sua energia contagiante. Era o pontapé de saída para a festa que se iria estender pela noite dentro. Mas Vilar de Mouros é revivalismo, é intervenção! E nada melhor do que os Trabalhadores do Comércio para atestarem isso mesmo. Com temas |2 DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 CAMINHA Festival de Vilar de Mouros regressa morno e com cartaz repetido FOTOS: MIGUEL ESTIMA lendários e transversais a várias gerações, foram eles que fizeram vibrar a ainda parca assistência para uma boa dose de bom humor com sabor a Norte. A Noite ia a meio quando os Blind Zero entraram em palco. O concerto da tour de comemoração dos 20 anos de carreira começou da melhor forma com um dos grandes temas da banda “Shine On”. Daí em diante foi um desbravar de hits que fazem parte de um percurso em crescendo de uma das bandas rock mais carismáticas do Porto. Precursores do movimento New Wave espanhol, a banda espanhola La Union apresentou-se em Vilar de Mouros reinventada. “Lobo Hombre em Paris” foi “uivado” da melhor forma em Vilar de Mouros mas a banda espanhola não conseguiu imprimir grande entusiasmo na assistência. Ainda assim houve quem tivesse gostado de recordar… A fechar este primeiro dia de concertos estiveram os UB40. Este grupo que já tinha estado em Vilar de Mouros, regressou ao lendário festival, para o concerto mais aclamado da noite. Foi durante a sua performance que o recinto esteve mais composto. Foi uma hora e meia do melhor do reggae-pop que não deixou ninguém parado no recinto. Estes rapazes de Birmingham que visitaram Portugal duas vezes este ano, vieram a terceira vez a Vilar de Mouros, mostrar como se faz um longo percurso no panorama da musica atual. O ritmo manteve-se animado para um público sedento de festa. A magia do Abrunhosa no segundo dia do Festival O segundo dia de festival começou com um concerto, no Palco História, dos Trio Págu, que brindaram o público que se ia acomodando no relvado com um set bem escangalhado, seduzindo a plateia com temas clássicos da bossa nova e da MPB. A segunda parte da tarde ficou a cargo dos Budda Power Blues. Considerados por muitos como a melhor formação de Blues em Portugal, os Budda Power Blues são um power trio à moda antiga, vestidos pelo manto da improvisação e reconhecidos pela forma explosiva e contagiante com que se apresentam ao vivo. O palco História foi assim um bom reavivar das longas tardes na relva a ouvir projetos menos famosos que merecem ser reconhecidos. José Cid, encantado com o convite feito pela organização, não escondeu a satisfação por estar de regresso ao mítico festival. Depois de ter estado em Vilar de Mouros em 1971, o concerto foi dividido em duas partes sendo a primeira dedicada ao álbum de 1978 – 10.000 nos depois entre Vénus e Marte, um dos mais aclamados registos fonográficos do artista. Nesta edição subiram ao palco para além de José Cid, Mike Sergeant, Tozé Brito e Michel Silveira, membros que integram atualmente o quarteto 1111. Terminada a apresentação a segunda parte foi um revisitar de clássicos do artista, uma hora e meia do melhor de José Cid proporcionando um grande inicio de noite em Vilar de Mouros. Blasted Mechanism deram o segundo grande concerto da noite. A banda mostrou o que vale durante mais de uma hora de concerto. Depois de já terem estado em Vilar de Mouros, os Blasted regressaram em grande para os seus mais derradeiros seguidores. Não fosse a chuva marcar presença já de uma forma bastante significativa o concerto teria criado uma verdadeira nuvem de pó, pela onda de movimento dos festivaleiros. Um dos momentos mais aguardados do segundo dia de Festival era sem dúvida o da atuação dos The Stranglers. O grupo inglês regressou passados 32 anos ao mítico espaço do Vilar de Mouros, o único repetente de 71 foi o José Cid. O concerto cheio de êxitos da banda, foi um dos mais aclamados da noite, revelando que a música é geracional. Os êxitos Golden Brown e Always the Sun foram fortemente entoados, tocados a meio do set o que fortificou ainda mais o concerto de uma parca hora. Mas foi sem dúvida o concerto de Pedro Abrunhosa, acompanhado pela excelente banda “Comité Caviar” o momento mais marcante do segundo dia do Festival de Vilar de Mouros. Com uma apresentação e performance irrepreensíveis, a atuação levou o público presente ao rubro e nem a chuva, que na altura se fez sentir com grande intensidade, foi suficiente para afastar o público presente. A interação com o público foi uma constante e foram muitos os que se JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 atreveram a subir ao palco para dançar e cantar com Abrunhosa. Um momento único que levou ao rubro a assistência. Um concerto de quase duas horas que terminou ao som de “Tudo o que eu te Dou”! E de facto deu muito Ped r o Abrunhosa… A chuva imperou no último dia do Vilar de Mouros Com a relva bem regadinha, a tarde do último dia do evento contou no palco história com duas bandas de Caminha e uma do Porto. Começou pelos Brantner que tiveram a honra de abrir o palco, deram um concerto minimalista, com temas originais do último registo. Seguiram-se os The Lazy Faithful, banda do Porto que primou pela aparência do vocalista que se apresentou de roupão em palco. Mas o final de tarde estava incumbido aos Búfalo. Com uma verdadeira legião de fãs, o verdejante campo de futebol converteu-se num verdadeiro campo do rock. A abertura do palco principal ficou a cargo de Paulo Furtado com os The Legendary Tigerman a abrirem a noite em grande dando assim continuidade à vibração já iniciada no palco secundário. Um concerto que primou pela excelência de sinergias entre festivaleiros e artista. Seguiram-se em palco os Deolinda. Com a voz arrebatadora de Ana Bacalhau, o fado desconstruído, virou canção de festa no festival. Aclamados por um público transversal, agradaram a jovens e menos jovens. Apesar de andarem por todo o lado, Xutos e Pontapés foi a banda que levou mais gente ao recinto do festival. Foi visivelmente o grupo que criou a maior massa festivaleira dos quatro dias do festival. E apesar de terem lançando o álbum “Puro” em Fevereiro deste ano, a jeito da celebração dos 35 anos de carreira, o set foi composto por clássicos da banda. Claro está, que o público reagiu em massa a entoar temas como “Contentores”, “Vida Malvada”, “Remar Remar” ou “Homem do Leme”. Fecharam com o mais emblemático “A minha casinha”. A edição deste ano esteve cheia de reincidentes no festival. Foi o caso do concerto seguinte com Tricky. O músico e produtor inglês regressou a Vilar de Mouros para encher o recinto com o trip-hop que tanto o caracteriza. Foi um concerto denso e obscuro. A fechar a edição deste ano estiveram os alemães Guano Apes. Outros repetentes em Vilar de Mouros e da mesma época de Tricky. Um relembrar de juventude para alguns com os temas que fizeram furor nos anos noventa, mas que por lá ficaram envolvidos numa mística de saudosismo. Era visível no recinto festivaleiros com t-shirts de edições passadas. Dada a importância do Festival e a importância de algumas das bandas que preencheram os quatro dias do evento. Com datas agendadas para a próxima edição, o Festival de Vilar de Mouros regressará em 2015 nos dias 30, 31 de Julho e 1 de Agosto. Textos: Cidália Aldeia com Miguel Estima DISTRITOCAMINHA Um Festival “boa onda” que atravessa gerações Vieram de Santa Maria da Feira e têm entre 16 e 17 anos. Todos bons alunos, a vinda a Vilar de Mouros, por sugestão dos pais, foi uma das recompensas pelo bons resultados escolares. A correr bem, como se espera, para o ano devem entrar todos na universidade e muito provavelmente cada um seguirá a sua vida. Zé Miguel, Pedro, Gonçalo e Zé Américo estão sentados numa mesa a comer uma pizza, comentam o concerto dos Xutos: “…foi poderoso”. No palco actua Tricky. “Não é muito a nossa onda, estamos à espera do concerto dos Guano Apes”, confessam. Enquanto esperam ficamos por ali à conversa com o grupo de jovens. Então e o que pensam deste festival? “É a primeira vez que estamos aqui e estamos a gostar bastante. Não conhecíamos este festival mas os nossos pais sim e foram eles que nos sugeriram que viéssemos até cá”. Arrependidos? “Nem pensar, é um festival com boa onda, só é pena que não tivesse vindo mais gente mas estamos a gostar bastante”. Chegaram a Vilar de Mouros na quinta-feira de mochila às costas. Montaram acampamento num sitio “espetacular”, perto do rio, e garantem que Vilar de Mouros é muito mais do que música. “Desde que chegamos na quinta-feira que ainda não saímos daqui. Temos tido sempre atividades até à hora dos concertos. Já andamos de canoa, já fizemos escalada, temo-nos divertido bastante e só nos podemos queixar dos mosquitos. Esses sim são uma verdadeira dor de cabeça”, contam divertidos. Está quase na hora de partir para Santa Maria da Feira. À espera deste grupo de jovens estão os pais que vieram jantar a Caminha para os levar até casa. Então e não conseguiram convencer os pais a virem até ao festival? “Difícil foi convencê-los a não virem…”, atiram. Com média de 20 valores, o Gonçalo ainda não decidiu qual o curso que vai seguir. “Talvez medicina ou então qualquer coisa ligado à investigação na área da biologia”. Um dos colegas vai seguir aeronáutica e outro, da área das letras, ainda não se decidiu. Do Festival de Vilar de Mouros, este grupo de amigos de Santa Maria da Feira levam a vontade de regressar. “Gostámos muito. Quando chegámos na quinta-feira sentimo-nos um bocado deslocados porque percebemos que o pessoal que estava a acampar era bastante mais velho do que nós, muitos tinham a idade nos nossos pais. Mas depois até foi giro porque percebemos que era tudo malta fixe”. E o cartaz? “Sinceramente não viemos ver nada em concreto, viemos ver tudo e fundamentalmente viemo-nos divertir. Gostámos muito do concerto dos Xutos, foi muito bom e ontem o Pedro Abrunhosa também deu um grande concerto. Eu acho que o Vilar de Mouros é um Festival que vai muito para além da música. Nós viemos até aqui para passar 3 dias diferentes, entre amigos, e isso foi espetacular”, confessa o Gonçalo. Se para o ano houver Vilar de Mouros este grupo de amigos garante presença. “Não vai ser difícil porque os nosso pais conhecem o ambiente e sabem que aqui nós não corremos perigo. Não há registo de assaltos nem de outras coisas piores”. Outras coisas piores? “Ai não sabe? Há por aí festivais onde os meus pais nunca me deixariam ir”. E porquê?. “Então porque as histórias que se contam não são as melhores. Assaltos e coisas piores. Sabe como é, nestas coisas há sempre excessos e depois é uma chatice.… Aqui em Vilar de mouros não se viu nada disso, É um festival boa onda…”. |3 JORNAL FESTIVAL DE Vilar de Mouros tem que conquistar o seu lugar Conquistar definitivamente o seu lugar e afirmarse como o primeiro festival português que deu o mote a todos os outros deverá ser o grande desafio do Vilar de Mouros. A opinião é de Nuno Magalhães, natural de Braga que já vem a Vilar de Mouros há muitos anos. Depois de um interregno de oito anos é com satisfação que este bracarense regressa a Vilar de Mouros e vê ressurgir o “pai dos festivais”. “Este local e este Festival representam muito para mim porque noutros tempos vinha sempre. Faz-me recuar no tempo e recordar vivencias que vão ficar para sempre na minha memória”. Para Nuno Magalhães a aposta no cartaz “foi boa” e só foi pena o público não ter aderido. “Acho que faltou gente para preencher este espaço maravilhoso, que é histórico e onde se regressa sempre com todo o interesse e com todo o gosto”. “O concerto dos La Union também foi muito bom. Vieram refrescados a Vilar de Mouros e gostei muito”. “Quem não veio não sabe o que perdeu”, garante este bracarense. “Esta primeira noite foi magnifica, os UB 40 deram um concerto espetacular”. O regresso do mais antigo festival do país é visto por Nuno Magalhães como “muito positivo” mas considera que o mesmo deve ser estudado em termos de agenda. “Acho que o ressurgimento do Festival é uma boa aposta no contexto musical, no entanto considero que deve ser bem pensado e bem estudado em termos de agenda. O Festival de Vilar de Mouros tem que ser recolocado para não colidir com os restantes festivais”. No mesmo grupo de Nuno Magalhães veio Luísa Vaz que não esconde as saudades que tinha de vir a Vilar de Mouros ouvir boa música. “Foi espetacular, foi em crescendo a noite toda. Adorei ver os UB 40, uma banda que me faz recordar a minha juventude, eu cresci com eles”, confessa. Vieram no primeiro dia e não sabem se vão poder regressar. “Temos um casamento no sábado e provavelmente vai ser complicado voltar mas para o ano regressamos de certeza absoluta. Esperemos que seja para continuar”. Uma noite espetacular A passar férias no Minho, o António e a Isabel são de Lisboa e aproveitaram para vir com os filhos ao Festival de Vilar de Mouros. É uma estreia para toda a família que, apesar de já ter ouvido falar muito deste festival, nunca tinha tido oportunidade de o experimentar. Isabel conta que há muito anos que tinha vontade de vir mas como os filhos eram pequenos, nunca tinha arriscado. “Felizmente eles hoje já estão crescidinhos e já aguentam. Como estávamos aqui de férias decidimos vir”, conta. E que impressão levam? “A melhor possível, foi uma noite espetacular e gostámos muito”. A família é grande (seis elementos) e por isso só deu para vir um dia. “Escolhemos o primeiro porque queríamos muito ver os UB 40”. Os mais novos também gostaram e só se queixam mesmo é dos mosquitos. Para o ano querem voltar mas gostavam de vir noutro registo. “Sem pais, com os amigos para podermos acampar”. “Não sei, vamos ter que negociar isso muito bem”, sentencia o casal de Lisboa. Os mais novos têm agora um ano para convencer os pais, uma “batalha” que não vai ser fácil mas que acreditam conseguir vencer. |4 DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 4ª edição do Sonic Blast aposta em carTaz forte Moledo prepara-se para a 4ª edição do SonicBlast (15 e 16 de agosto), um festival onde a música é o ponto forte. Contudo a proposta deste ano é ainda mais alargada, dois dias de desportos radicais, praia, surf e uma zona de campismo melhorada, tudo para um fimde-semana cheio de emoções em Moledo do Minho. Estivemos à conversa com os organizadores deste festival, Ricardo Rios e Telma Cunha que nos desvendaram um pouco da edição deste ano que promete grandes emoções. Jornal Caminhense (JC) - Este ano a proposta forte são os THE ATOMIC BITCHWAX, mas não são a única banda de topo já que vêm acompanhados de mais bandas divididas por dois dias. Podem falar um pouco de como foi criado o cartaz e esta alteração para dois dias de evento? Sonic Blast (SB) - Sentimos necessidade de alargar o festival a dois dias, sendo que há público a vir de muito longe e, assim, já podem disfrutar de um fim-de-semana em Moledo, com muita música, praia e piscina! No cartaz deste ano, as apostas fortes são os norte americanos TheAtomicBitchwax, os japoneses ChurchofMisery, Blues Pills, TheBellrays e MySleepingKarma, que se estreiam em Portugal. Também contamos com os Black Bombaim, exlibris do stonerpsych português, com os espanhóis Prisma Circus, que estão a conquistar a Europa, assim como com bandas relativamente recentes, como é o caso de Jibóia, Dreamweapon, AcidMess, LosSaguaros e os caminhenses Búfalo, entre muitas outras. São dois dias repletos de vibrações graves e psicadelismo. JC - Como tem sido o contacto com os Galegos? No ano passado já existiu uma boa receptividade. Como está a correr a venda de bilhetes do outro lado do rio Minho? SB - Sim, o contacto com a Galiza já vem desde o primeiro ano. Ao longo dos anos temos recebido cada vez mais espanhóis, oriundos da Galiza, Asturias, Cantábria… um pouco de todo o lado. Este ano, vamos até ter público proveniente da Inglaterra, Áustria, Alemanha, França e Itália. E, claro, os portugueses continuam a ser o nosso público maioritário. JC - No ano passado o SonicBlast foi nomeado para os Portugal Festival Awards. Qual a sensação de estar nomeado? Son SB - Espectacular! É sempre bom ver o nosso trabalho reconhecido. E isso também nos motiva a fazer melhor, ano após ano. Ver o nome de Moledo no meio de grandes festivais e a fazer parte do roteiro de muitos festivaleiros… é um enorme orgulho. JC - Apesar do festival ser ainda muito recente, poderá afirma-se que é uma referencia no panorama dos melhores concertos stoner/rock do país? SB - Temos tido aqui concertos especiais, isso é verdade! As estreias de Samsara Blues Experiment (2012) ou Kadavar (2013), a passagem dos Sungrazer, TheMachine, Black Bom- baim, Guerrera, Killimanjaro… foram momentos inesquecíveis! Quem vem a Moledo, submerge-se num espírito único! Quase não dá para explicar, tem de ser vivido e sentido... há praia, há piscina, há montanha, há surf, há skate, mas o cartaz é o mais importante. Tentamos ter um cartaz sólido, forte, equilibrado. Temos artistas de culto assim como novos projectos, que estão a JC - Um cartaz de peso, faz despertar interesse. um bom festival? JC - Como está dividido o SB - Sim, o que realmente in- recinto este ano, foram interessa é a música. Em Moledo troduzidas alterações? Ainda JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 CAMINHA nic Blast existe um espaço com piscina? trabalha com empresas locais? trabalhos temporários para jovens do concelho. SB - O festival vai decorrer no SB - Sim, o SonicBlast Mole- JC - Onde se pode adquirir mesmo espaço do ano passado: do é formado por uma equipa o bilhete? O festivaleiro tem na piscina do Centro Cultural de jovens de Moledo. Trabal- acesso ao campismo? de Moledo e no parque infantil. hamos com algumas empreAproveitamos para agradecer sas locais, sempre que pos- SB - Os bilhetes estão à venda à Junta de Freguesia de Mole- sível. Por exemplo, este ano em toda a rede Blueticket (lojas do, Câmara Municipal de Ca- contamos com a AudioStage, Worten, Fnac, Media Markt…) minha e à AMIR! a Hertzcontrol, a ZB tshirts… e na Breakpoint (para o público e também já conseguimos cri- espanhol). Também se podem JC - O SonicBlast Moledo ar cerca de quatro dezenas de adquirir na Till the Grave Tattoo (Travessa do Teatro, Caminha), no restaurante O Palma (Moledo), na Parkdivision Surf n’ Skate Shop (Vila Praia de Âncora). E também em Barcelos e no Porto. O bilhete geral (2 dias) custa 35€ e o diário 20€, até ao dia 13 de Agosto. A partir daí, os preços sobem para 42€ e 25€, respectivamente. Podem sempre visitar a nossa página: www.sonicblastmo- ledo.com. Ou acompanhar as da maior? novidades através da página de facebook. Quanto ao campis- SB - Ainda agora estamos a mo, os portadores de pulseira estrear este novo formato de têm acesso gratuito. dois dias… Claro que gostaríamos de alargar horizonJC - Passado um ano, e com tes, mas vamos dar um pasesta nova estrutura do fes- so de cada vez. Para já, fica tival, poderemos afirmar o convite a quem ainda não que teremos em breve um conhece o festival, a embarSonicBlast com três dias de car nesta experiência única. festival e um recinto ain- Não se vão arrepender. |5 JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 CAMI Caminha prepara-se para receber este fim-de-semana, 9 e 10 de agosto, mais uma edição das festas concelhias em honra de Santa Rita de Cássia. Venerada na igreja da Santa Casa da Misericórdia de Caminha, esta santa italiana tem no concelho no país e até na vizinha Galiza, muitos devotos. Ao contrário de anos anteriores o número de dias de festa foi substancialmente reduzido, decorrendo apenas no fim-desemana 9 e 10 de Agosto. A Comissão de Festas nomeada no ano passado não aceitou o desafio de organizar as festividades, e só há poucas semanas um grupo de três pessoas decidiu avançar com a tarefa. Vitor Couchinho, um dos 3 elementos que nos últimos dias tem calcorreado as ruas da vila em peditório para angariar verbas para a festa, explica ao Jornal C que aceitou este desafio para que as festas não acabassem. “Quando terminaram as festividades em 2013, a nossa preo- cupação foi nomear uma comissão que ficasse responsável pela realização das festas em 2014. Na altura foram nomeadas 14 pessoas que nunca disseram se aceitavam ou não. A verdade é que o tempo foi passando e ninguém disse nada. Como já estávamos muito perto da realização da festa e não aparecia ninguém disponível, eu e mais duas pessoas decidimos avançar”, explica. Organizar em tão pouco tempo e com tão pouca gente umas festas concelhias tem sido uma tarefa “muito complicada” mesmo sendo só dois dias, como revela Vitor Couchinho. “Temos consciência que não vão ser as festas a que os caminhenses estão habituados mas era impossível, em tão pouco tempo, fazer mais. Tentámos dentro da disponibilidade que tínhamos ir buscar um bocadinho do que a festa tem de melhor e concentrar o programa em dois dias. Enfim, vamos dar o nosso melhor e tentar que se- Romarias DE SANTA RITA ANimam agost Começa com a Festa das Cruzes em Barcelos e Durante meses a fio o Alto Minho permanece em festa e No concelho de Caminha a cultura genuína e popular ainda se manifesta muitos nas f a primeira grande romaria concelhia, a de Nossa Senhora de Ao Pé da Cruz em M Romaria de São João d’Arga, Nossa Sra. da Bonança em Vila Pr Caminha está e vai continuar em festa até finais de setembro com a realização de ao concelho que por estes dias acolhe e dá as boas vindas aos filh fazem questão de regressar, nem que seja por pouco jam umas festas dignas”. Apesar da crise e do pouco dinheiro que as famílias têm o peditório até correu bem. “As pessoas e o comércio ajudam como podem e temos sido bem recebidos, não temos razão de queixa e tal como nos anos anteriores, as pessoas continuam a ajudar”. Relativamente ao programa que, como referimos, foi reduzido para dois dias, Vitor Couchinho destaca a atuação da Banda de Lanhelas e ainda a procissão que terá lugar no domingo e que este ano inclui um cortejo bíblico que ira retratar a vida de Santa Rita. Outra das novidades é que este ano as festividades irão decorrer na Praça Conselheiro Silva Torres e Praça Calouste Gulbenkian, não se estendendo ao Parque 25 de Abril como era habitual. Não haverá serenata no rio, apenas fogo do ar a partir do Terreiro. “Gostava de destacar a atuação da Banda de Lanhelas no sábado à noite, na Praça Conselheiro Silva Torres. Será um espetáculo diferente do habitual mas com algumas surpresas que temos a certeza as pessoas irão apreciar. Outro dos momentos altos será no domingo com a realização da procissão em honra de Santa Rita que este ano irá integrar um cortejo bíblico que contará a história daquela que ficou conhecida para Três caminhenses garantem festas de santa rita |6 a história como a santa dos impossíveis”. Mas o programa não se fica por aqui, no sábado à noite, a partir da uma da manhã, haverá arraial com o conjunto “Mingos Ribeiro”. A aposta na “prata da casa” vai trazer até à Praça Conselheiro Silva Torres, no domingo à noite um concerto com a Banda Brantner. As festas em honra de Santa Rita terminam com uma ses- JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 INHA RITA E SENHORA DA AGONIA to em caminha e acaba com as Feiras Novas de Ponte de Lima. e não há freguesia ou pequeno lugar que não tenha a sua. festas e romarias populares, das quais se destacam as festas em honra de São Bento, Moledo, as festas em Honra a Santa Rita de Cássia e Srª da Agonia em Caminha, raia de Âncora, Festa das Solhas em Lanhelas e muitas outras. e inúmeras romarias que trazem um colorido diferente e uma alegria contagiante hos da terra espalhados por esse mundo fora e que todos os anos os dias. É assim o Minho, terra de devoção e alegria são de fogo de artifício. Nomear uma comissão para 2015 é um dos desafios que este grupo de 3 pessoas terá pela frente logo que as festas terminem. “Esperamos que as pessoas aceitem porque se isso não acontecer corremos o risco das festas acabarem o que seria uma pena”. Com um orçamento a rondar os 19.500 euros, as Festas em honra de Santa Rita de Cássia contam com o apoio da Câma- ra de Caminha e da União de Freguesia de Caminha e Vilarelho, como lembra Vitor Couchinho. “Estamos a falar de um apoio importante que nos vai permitir enriquecer as nossas festas. A câmara responsabiliza-se por alguns dos espetáculos, nomeadamente a Banda e o concerto de sábado à noite, o que é uma grande ajuda”. A Santa Casa da Misericórdia também apoia as festividades. Programa Sábado 9 de Agosto 09H00 – Entrada do Grupo de Bombos “VIRA A BOMBAR” 21H00 – Inauguração da Ornamentação e Iluminação da Festa 22H00 – Concerto pela “BANDA MUSICAL LANHELENSE” na Praça Conselheiro Silva Torres 00H30 – Sessão de Fogo de Artificio 01H00 – Arraial popular com o conjunto “MINGOS RIBEIRO” na Praça Conselheiro Silva Torres Domingo 10 de Agosto 09H00 – Entrada do Grupo de Bombos “VIRA A BOMBAR” 10H00 – Entrada da Banda Musical Lanhelense 10H30 – Missa Solene em honra de Santa Rita de Cássia 11H45 – Procissão de Santa Rita para a Igreja Matriz 15H30 – Entrada da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões 16H00 – Entrada da Banda Musical Lanhelense 16H30 – Sermão 17H00 – Majestosa Procissão em honra de Santa Rita de Cássia 19H00 – Despedida da Banda de Lanhelas e da Fanfarra 22H30 – Concerto fim das festividades com a Banda Brantner 00H30 – Sessão de Fogo de Artifício Procissão naval está de regresso às Festas da Agonia Uma procissão naval a realizar no domingo de manhã, dia 17 de agosto, seguida de missa solene na capela, será o ponto alto das festas em honra de Nossa Senhora da Agonia que se realizam em Caminha a partir do dia 15 de agosto. A santa predileta dos pescadores caminhenses recebe este ano a vista de Nossa Senhora da Bonança, também ela advogada da classe piscatória de Vila Praia de Âncora que, acompanhada da Senhora da Ínsua e do Senhor dos Mareantes, integrarão a procissão ao rio. Os responsáveis pela realização das festas decidiram este ano retomar esta procis- são naval, que em tempos já para terminar mais esta romafoi uma tradição mas que en- ria, atua o Grupo “Minius” de tretanto deixou de se realizar Caminha. como contou ao Jornal C Venâncio Silva, membro da coPrograma missão de festas. “Nós decidimos apostar este ano em algo diferente e deciDia 15 de Agosto dimos então retomar a procissão naval que já não se realiza 08h00 – Alvorada há alguns anos. Antigamente 09h00 – Arruada de até se realizavam as duas, ou Bombos “Vira a Bombar” seja, a naval ao sábado e uma segunda, que ia até à vila, no 09h30 – Música gravada domingo”. 15h00 – Tarde Desportiva Fazer as duas procissões como (Torneio de Futebol) era tradição está fora de questão 21h30 – Festival porque como explica VenânInternacional de Folclore cio Silva, “isso ficaria muito - Etnográfico de Vila caro e nós não temos capacidade financeira para isso”. Praia de Âncora Assim sendo, por uma questão - Asociacó Folklorica económica mas também para “El Millers” Castellon de ser diferente dos outros anos, la Palma – Valência este ano só haverá a procisAsociacó Folklorica são naval no domingo de ma“Aterura” Las Palmas nhã. A decisão não foi pacífica mas a comissão quer fazer – Gran Canária a experiência. - Rancho Folclórico Marcada para as 10 horas, a de Baião – Porto procissão sai da capela situaDesfile de Folclore, do da no Largo da Senhora da Terreiro em direçãoo ao Agonia, desce ao cais da rua largo da Srª da Agonia onde os barcos, devidamente engalanados, aguardam a 22h00 –Atuação dos chegada dos andores. Grupos Folclóricos do “Depois os andores serão Largo da Srªa da Agonia. transportados nas embarcações que serão benzidas, faDia 16 de Agosto rão um percurso pré-definido e voltam ao cais “, explica. A comissão convida à partici08h00 – Alvorada pação da população nas festi- 09h00 – Arruada de Bombos vidades e pede a todas as pes“Vira a Bombar” soas que possuam embarcações 09h30 – Música gravada para que as enfeitem e inte12h00 – Meio dia de fogo grem a procissão naval. Quanto ao resto do cartaz o 15h00 – Tarde Desportiva destaque vai para a realização (Atletismo e Malha) de um Festival Internacional 22h00 – Atuação do Grupo de Folclore que terá lugar na Musical “Doces Minhotas” sexta-feira dia 15 de agosto. Antes disso haverá desporto Dia 17 de Agosto com a realização de um Torneio de Futebol. No sábado haverá, a partir 08h00 – Alvorada das 15 horas, nova tarde de- 09h30 – Entrada de Bombos dicada ao desporto. Desta vez “Vira a Bombar” será o atletismo e o tradicio10h00 – Procissão ao Rio, nal jogo da malha que estaseguida de Missa Solene em rão em destaque. À noite atua o Grupo MusiHonra de Nossa cial “Doces Minhotas”. Senhora da Agonia A manhã de domingo será 13h00 – Festa convício dedicada às manifestações de – Porco no espeto oferecido cariz religioso com a já menpela Comissão de Festas cionada missa e procissão, ao 15h00 –Encontro de que se seguirá, a partir da uma da tarde, uma festa convívio tocadores de concertinas com porco no espeto ofereci16h00 – Sorteio de rufas do pela Comissão de Festas. e leilão das ofertas A partir das 15 horas a mú21h00 – Atuação do Grupo sica volta ao recinto da fes“Minius” ta com um escontro de tocadores de concertina e à noite, |7 JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 Bombeiros de Caminha assinalam 119 anos com batismo de novas viaturas ção atribuída aos bombeiros portugueses, a 3 bombeiros caminhenses. Abel Gomes Vasconcelos, José Barbosa Rodrigues e Manuel Soares Porto foram os bombeiros distinguidos. José Casimiro Lages, presidente da Direção dos Bombeiros de Caminha, começou por sublinhar os “bons resultados” alcançados nos últimos anos em prol da melhoria das condições dos bombeiros caminhenses, referindo o orgulho que é para a corporação comemorar 119 anos. “Julgo que alcançamos grande parte dos objetivos a que nos propusemos tendo conseguido, pensamos nós, neste últimos anos, melhorar as condições de operacionalidade do corpo ativo nas intervenções de socorro e, consequentemente, a prestação de um serviço de melhor qualidade à nossa comunidade”. A inauguração das quatro novas viaturas é para Casimiro O aniversário ficou também Lages o culminar desse trabamarcado pela atribuição do crachá lho que tem vindo a ser desende ouro, a mais alta condecora- volvido nos últimos anos. “Acho Os Bombeiros Voluntários de Caminha festejaram no passado fimde-semana o 119º aniversário da corporação com a bênção de 4 novas viaturas que, a partir de agora, estarão ao serviço da população do concelho. Tratase de 3 novas ambulâncias e um veículo de combate a fogos florestais, um dos melhores a nível distrital. Para além destas 4 viaturas, os bombeiros contam a partir de agora com uma mota de água para operações de socorro e salvamento marítimo e fluvial, num investimento total que ultrapassa os 200 mil euros. |8 que com estas novas viaturas vamos não só reduzir custos, mas também operar com maior segurança”, sublinhou. Apesar dos resultados alcançados o presidente da direção considera que há ainda muito para fazer, desde logo no campo da formação, uma área que Casimiro Lages considera prioritária. “Temos que fazer um esforço para, em conjunto com o Comando, promover mais formação nos quadros existentes, e sobretudo recrutar novos estagiários, sendo para isso necessário que os incentivos de que outrora os bombeiros beneficiaram, sejam novamente repostos e até aumentados por forma a captar o interesse dos mais jovens”, alertou. O presidente da direção não deixou de agradecer publicamente ao Grupo dos Amigos dos Bombeiros de Venade, “nomeadamente ao senhor José Carlos Matos, Manuel Fernandes Matos, João Batista Matos e Armindo Lopes Afonso, pelo apoio financeiro dado num passado recente na aquisição do veículo de combate a incêndios e, mais recentemente, na aquisição de equipamentos de proteção individual, fatos tipo “Nomex”, já encomendados e cujo custo está orçamentado em cerca de 12.500 euros”. De referir que este novo equipamento vai permitir que todos os bombeiros fiquem equipados com um fato de proteção individual “que até agora não tinham nem nunca tiveram”. Casimiro Lages agradeceu ainda a Manuel dos Santos Pinto Lima a oferta da mota de água aos bombeiros. “Um equipamento que irá certamente constituir uma mais valia para a nossa secção de mergulho”, e ainda a Sandro Dinis “pela forma sempre desinteressada e ajuda prestada na legalização de algumas viaturas importadas”. Relativamente às condecorações atribuídas aos 3 bombeiros caminhenses, Casimiro Lages considerou-as de toda a justiça, acrescentando que as mesmas “representam mais de 35 anos de bons serviços, espírito de ab- negação e bem servir dos nossos bombeiros”. O presidente da direção agradeceu também ao comando, corpo de bombeiros e restantes membros da direção “todo o empenhamento e contributo dado ao longo destes anos em prol da associação e da comunidade”. Luís Saraiva, comandante da corporação caminhense, fez questão de dirigir as primeiras palavras aos bombeiros “para lhes reconhecer publicamente a dedicação e o sacrifício que o cumprimento das missões que lhes estão atribuídas exigiu, e continua a exigir”. Para o comandante a valorização pessoal sempre foi e continuará a ser “uma prioridade, com formação contínua a vários níveis”, lembrando que “nunca como nos últimos anos foi feita tanta formação, tendo abrangido quase a totalidade do pessoal, nas áreas de combate a incêndios urbanos e Florestais, técnicas de ambulância e emergência, condução fora de estrada, comando operacional, etc.”. E porque as promessas são para cumprir “a tempo e na hora certa”, o comandante Luís Saraiva anunciou que a abertura de concursos para promoção da Bombeiro de 1ª e 2ª classe, “indo ao encontro das aspirações de bombeiros que, legitimamente pretendem fazer a sua progressão na carreira”, será uma realidade para avançar já em novembro. José Luís Morais, representante da Liga Portuguesa dos Bombeiros, referiu-se à homenagem feita aos 3 bombeiros caminhenses, lembrando que a atribuição do crachá de ouro “não é uma mera medalha de assiduidade para com elementos que cumpram 35 anos de bom e efetivo serviço como é o caso. O crachá de ouro visa também homenagear aqueles que por atos valorosos têm, de si, dado muito à causa dos bombeiros portugueses e em particular aos bombeiros de Caminha. Obrigado pelo vosso contributo à causa dos bombeiros”, sublinhou. Na cerimónia esteve também presente o deputado Jorge Fão que considerou a comemoração dos 119 anos dos Bombeiros de Caminha “um momento alto da corporação e não apenas mais um aniversário”. O deputado socialista fez ainda questão de deixar uma palavra de reconhecimento, homenagem e incentivo aos Bombeiros de Caminha, associação da qual é sócio e amigo há muitos anos. Miguel Alves, presidente da Câmara de Caminha, começou por agradecer aos bombeiros a forma sempre pronta e rápida com que respondem aos pedidos de socorro da comunidade. “Homens e mulheres que geração após geração dão tudo o que têm em prol da sua comunidade e da sua gente”. À direção da corporação o presidente da câmara agradeceu todo o “esforço e empenhamento” em criar cada vez melhores condições para que os bombeiros possam desempenhar a sua função, “trabalho esse que se traduz nos resultados que têm vindo a apresentar nos últimos anos”, frisou. Com responsabilidades na área da proteção civil, Miguel Alves garantiu que desde a primeira hora que a câmara municipal tem querido preparar uma resposta ao lado dos bombeiros, “uma resposta que vá muito além da mera conjuntura e da capacidade para resolver algum problema ou alguma questão que possa surgir”. Para o autarca é necessário que a câmara possa dar “alguma capacidade e alguma resposta. É preciso dizer aos bombeiros com o que podem contar, seja muito ou seja pouco”. Os protocolos celebrados recentemente com as duas corporações dos bombeiros são, segundo Miguel Alves, um exemplo dessa cooperação. “Através deste protocolo começamos a resolver um problema de sustentabilidade”. Mas há que fazer mais, reconhece o presidente da câmara, nomeadamente no campo do voluntariado. Assim, o autarca anunciou a criação de um pacote de incentivos que se aplique ao concelho de Caminha, “de forma a podermos dar um empurrão e algum apoio por forma a que os nossos jovens possam sentir-se mais aptos a serem voluntários nos bombeiros”. As comemorações do 119º aniversário dos Bombeiros de Caminha terminaram na passada segunda-feira com uma missa e romagem ao cemitério. JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 CAMINHA O Campo do Castelo em Vila Praia de Âncora vai receber, de 14 a 24 de agosto, mais uma festa gastronómica desta vez dedicada ao bife de espadarte. O certame pretende ser uma aposta na inovação e na diversidade de oferta como caminho para captar um maior número de turistas a Vila Praia de Âncora. Numa organização conjunta da Baleeira Pescas e da AncorEventos, o Festival do Bife do Espadarte conta com o apoio da Câmara de Caminha e da Turismo do Porto e Norte de Portugal. Dar a conhecer e divulgar esta iguaria cujo consumo é pouco usual nesta zona do país, é um dos principais objetivos do certame. Segundo a organização, esta será sobretudo “uma oportunidade para dar a conhecer seis diferentes formas de confecionar o espadarte”. A chorinha ou sopa de espadarte, o vinagrete, na brasa, em filetes, de cebolada e o hambúrguer de espadarte, são as propostas da cozinheira, Alexandra Cunha que nos últimos tempos tem vindo a fazer experiências para que de 14 a 24 de agosto se levem os melhores sabores de Vila Praia de Âncora, fruto da imaginação de quem lida de perto com uma arte especial que é a pesca em alto mar. António Cunha, o maior armador de pesca ao espadarte em Portugal, é o grande mentor deste projeto. Natural de Vila Praia de Âncora, há muito que este pescador pretende dar a conhecer o espadarte às gentes locais e também a todos quantos visitam o concelho. Depois de uma primeira tentativa, o festival do bife do espadarte está de regresso à vila piscatória e promete dar que falar. Paralelamente e Vila Praia de Âncora recebe Festival do Bife de Espadarte de 14 a 24 de agosto como forma de animação do certame, a organização irá promover algumas mesas redondas, tertúlias e palestras sobre variados temas ligados ao mar e à gastronomia e nas quais irão participar diversos convidados portugueses e espanhóis. Este piscar de olho ao outro lado da fronteira tem como objetivo estreitar as relações transfronteiriças e desenvolver a Euro-Região Norte de Portugal-Galiza. Para além disso, no sentido de potenciar o interesse pelo evento, os organizadores irão promover um concurso no faceboock e no twitter com o envolvimento de unidades de alojamento turístico do concelho de Caminha e outros concelhos limítrofes, premiando os seguidores mais criativos com a oferta de noites de alojamento. Os clientes das unidades de alojamento aderentes serão brindados com “vouchers-oferta” permitindo-lhes visitar o espaço e apreciar a especialidade em destaque neste Festival Gastronómico. De referir que o espadarte é um peixe muito apreciado e valorizado em alguns países da Europa como por exemplo, França, Espanha e Itália mas em Portugal ainda não entrou nos hábitos alimentares da população, principalmente a norte. A realização deste festival pretende contrariar esta tendência e dar a conhecer esta espécie cujo valor nutritivo e benefícios para a saúde ainda não são conhecidos pela maioria dos portugueses. O espadarte, também designado como “peixe espada” que na verdade é o nome popular de outra espécie, é um peixe que pode atingir um tamanho máximo até 4,3metros e mais de meia tonelada de peso. Encontra-se em águas oceânicas tropicais temperadas de todo o mundo, sendo uma espécie importante na pesca desportiva. O que mais carateriza o espadarte é o prolongamento do maxilar superior, como se fosse uma longa espada. O espadarte é um alimento versátil, e você pode ser consumido como prato principal ou em saladas. Apesar de não curar ou prevenir doenças específicas, uma quantidade moderada de espadarte como parte de uma dieta equilibrada pode oferecer benefícios de saúde. O espadarte tem apenas 146 calorias em 200 gr, e pode ser parte de uma dieta de calorias controladas para evitar peso. O consumo de espadarte pode ajudar a construir ou manter os ossos fortes porque cada porção fornece 14 mcg de vitamina D, ou 93 por cento do valor diário. A vitamina D é necessária para o corpo absorver adequadamente o cálcio dos alimentos, e uma deficiência pode causar osteoporose, ou ossos fracos, e um alto risco de fraturas. Os Peixes gordos, como o espadarte, estão entre os poucos alimentos fontes naturais de vitamina D. Cada porção de espadarte cozido fornece 7,9 mg de niacina, ou cerca de 40 por cento do valor diário de niacina. Niacina, ou vitamina B-3, é essencial para o metabolismo de gordura, carboidratos e proteínas, e uma deficiência pode levar à demência, dermatite e diarreia. O selénio é um mineral essencial que suporta a atividade antioxidante em seu corpo, e o espadarte fornece 58 mcg de selénio, ou 83 por cento do valor diário. Razões para consumir o espadarte não faltam e Vila Praia de Âncora vai ser, de 14 a 24 de agosto, a capital desta espécie. Numa tenda gigante que irá ser montada no Campo do Castelo, haverá espadarte para todos os gostos. |9 JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 CAMINHA atraso na revisão do pdm e abastecimento de água preocupam autarca de gondar e orbacém O executivo caminhense deslocouse na passada semana à União de Freguesias de Gondar e Orbacém, para a realização de mais uma reunião de Câmara descentralizada que teve como principal objetivo ouvir a população local e perceber as suas carências e prioridades. Isso mesmo foi explicado pelo presidente da Câmara ao público presente que encheu por completo a sede da Junta de Gondar. “Esta reunião tem como ponto único da ordem de trabalhos podermos ouvir as pessoas e podermos ao mesmo tempo dar algumas respostas. É uma forma de nos podermos entender e encontrarmos soluções”, explicou. A reunião contou com a intervenção de alguns munícipes que colocaram diversas questões ao executivo, nomeada- |10 mente sobre o mau estado de alguns caminhos na freguesia, a necessidade de se apostar mais na cultura no interior do concelho e a necessidade de se construir um parque infantil em Gondar. Os munícipes pediram ainda um olhar mais atento sobre a floresta que ocupa uma área considerável daquelas duas aldeias. Coube ao presidente da Junta da União de Freguesias de Gondar e Orbacém abrir o período de intervenções. António Cunha começou por realçar a importância destas reuniões na medida em que elas constituem “uma boa forma de comunicar de perto com as populações e de esclarecer anseios e dificuldades de ambas as partes, tornando assim mais claras e transparentes as decisões tomadas pelo município”. O bom relacionamento entre a Câmara e a Junta também foi sublinhado por António Cunha, “um relacionamento que nos tem permitido resolver de forma positiva algumas questões, nomeadamente o fornecimento de materiais para avançar com algumas intervenções com relevante importância”, frisou. O autarca aproveitou a oportunidade para referir algumas situações pontuais que, como referiu “podem ser melhoradas nesta União de Freguesias”. A estrada das Argas, que no sítio do Torgal tem o piso em “muito mau estado”, foi o primeiro assunto abordado pelo autarca que explicou que devido às raízes dos pinheiros os automobilistas são obrigados a desviarem-se da faixa para não danificarem as viaturas. “Ainda nessa mesma estrada, no sentido Gondar/Orbacém, existe um buraco de dimensões acentuadas que se agrava de dia para dia e que pode provocar acidentes. Só ainda não provocou por sorte”, admitiu. Proceder à reparação de alguns troços dessa estrada onde a junta teve que fazer cortes por causa do abastecimento de água foi outra das reivindicações do autarca, um assunto que já teve oportunidade de expor à câmara anteriormente. “Estamos a falar de uma via muito importante para o inte- rior do concelho que certamente merecerá a atenção do executivo”. Outro problema que nos últimos tempos tem preocupado “bastante” a junta é o sistema de abastecimento de água a Gondar, a cargo da Junta de Freguesia. Segundo o autarca, “por imposição da lei, a partir de 1 de Janeiro do próximo ano terá que ser a câmara municipal a garantir esse abastecimento, o que não se afigura um processo muito fácil”. Apesar de já se terem efetuado algumas reuniões sobre esta matéria, o autarca adiantou que ainda não existe uma solução à vista. A reposição de um muro de suporte de grandes dimensões no Lugar de Porto Covo em Gondar, o alargamento do caminho do Pinto em Orbacém e a abertura e pavimentação do caminho do Campo em Gondar, foram outras das necessidades apontadas pelo autarca de freguesia. A revisão do PDM também não ficou esquecida, com António Cunha a solicitar à Câ- mara todas as informações sobre esta matéria antes de uma tomada de decisão. “Em que ponto se encontra a revisão deste documento ? Gostava de solicitar ao senhor vereador do pelouro que esta Junta fosse informada previamente de todas as alterações que vão ser levadas a cabo em Gondar e Orbacém, para que as possamos analisar com a população, de forma a podermos criar zonas de construção que certamente irão potenciar a instalação e desenvolvimento da freguesia”. O presidente da União das Freguesias de Gondar e Orbacém terminou a sua intervenção agradecendo à câmara o apoio prestado para a aquisição de uma carrinha de 17 lugares “que brevemente estará em circulação para que de setembro em diante seja a Junta de Freguesia a fazer o transporte escolar e de população para Vila Praia de Âncora e Caminha”. Relativamente às questões levantadas pelo presidente da Junta, nomeadamente a que diz respeito ao abastecimento de água, o vereador Guilherme Lagido começou por referir a particularidade daquela União de Freguesias na medida em que a origem do abastecimento de água é maioritariamente comunitária. “Já houve uma reunião no local com técnicos da câmara e com o presidente da junta. Existem questões técnicas que temos que resolver e soluções da posse de água que também temos que ver. É um assunto que está a ser estudado e estou convencido que vamos chegar a uma solução. Não é assunto que dependa apenas do município, embora tenhamos que arranjar um solução equilibrada”, adiantou Guilherme Lagido. Relativamente à revisão do PDM, o vereador começou por referir que se trata de um processo com alguma complexidade na medida em que envolve diversas entidades, lembrando que Caminha é um concelho com “condicionantes por todos os lados”. “Qualquer passo que se dê, ou se cai em reserva agrícola, ou se cai em perímetro florestal ou em reserva ecológica. Há sempre um conjunto de limitações”, explicou. Referindo-se ao estado em que se encontra o processo de revisão do PDM, Guilherme Lagido referiu que neste momento está concluído o processo de delimitação da Reserva Eco- lógica, está praticamente concluído o processo da Reserva Agrícola, e neste momento estamos a tratar da questão dos perímetros florestais. Quanto à rede natura, não antevejo grandes problemas e depois temos que ver a questão das áreas urbanas e das que queremos urbanizar”, informou o vereador que deixou a garantia de reunir com todos os presidentes de Junta para os informar sobre quais as áreas a urbanizar em cada uma das freguesias. “Antes de elaborarmos as propostas iremos reunir com os executivos das juntas de freguesia”, assegurou. Nesta reunião foram ainda discutidos assuntos relacionados com a floresta e a sua preservação, com alguns populares a perguntarem ao executivo quais as medidas previstas para proteger a mancha florestal daquelas freguesias. A propósito da floresta, Guilherme Lagido referiu que está na hora desta ser vista como “um recurso e não como discurso”. As medidas a tomar para proteger a mancha florestal terão que ser medidas abrangentes e não medidas avulsas. “Proteger a floresta não é tarefa de A ou B, mas sim de todos os intervenientes”, avançou. Um maior investimento cultural no interior do concelho foi outra das reivindicações, aproveitando uma munícipe para chamar a atenção para o mau estado em que se encontra o Centro Cultural de Gondar, nomeadamente no que diz respeito à cobertura. “Para além de chover dentro, a cobertura é de amianto o que é prejudicial para a saúde”, alertou. A criação de um parque infantil em Orbacém e o diagnóstico da população idosa naquela União de freguesias, foram outros pedidos deixados pela população local. O vereador social democrata, Flamiano Martins, enalteceu as potencialidades daquelas freguesias destacando o setor primário e a floresta como duas mais valias a proteger. As potencialidades turísticas do interior do concelho também foram lembradas com o presidente da câmara a informar que existem vários projetos para turismo de habitação a implementar na freguesia de Orbacém. Segundo o autarca existem investidores interessados nesta área e alguns pedidos de informação já chegaram à Câmara. JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 O Engº António Calçada de Sá recebe a medalha de Comendador das mãos do Embaixador em Espanha Dr. Tadeu da Costa Soares. Caminhense António Calçada de Sá condecorado Com a Ordem Nacional do Infante D. Henrique António Calçada de Sá (Director Executivo no Grupo Repsol e Presidente da Repsol Portuguesa), foi condecorado pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva com a Ordem Nacional do Infante D.Henrique e com a categoria de Comendador. António Calçada de Sá é natural do concelho de Caminha, mais concretamente da freguesia de Venade. No passado dia 10 de Junho (dia de Portugal) o Presidente da República condecorou o Engenheiro António Calçada de Sá com o título de Comendador da Ordem Nacional do Infante D.Henrique. A comenda foi entregue tendo em conta a excecional trajetória profissional de António Calçada de Sá como executivo do grupo Repsol e pela sua contribuição nas relações bilaterias de Portugal e Espanha como Presidente da Câmara Hispano Portuguesa de Comércio e Indústria em Madrid e como membro fundador do Conselho da Diáspora O Comendador António Calçada de Sá com a sua familia: a sua mulher Ana Sanchidrian Sainz, o seu filho mais velho Gonçalo, a Anita e o Afonso Portuguesa no mundo. O ato oficial de entrega foi celebrado no passado dia 24 de Julho na Embaixada de Portugal em Madrid pelo Embaixador de Portugal em Espanha, Tadeu da Costa Soares e contou com importantes personalidades do mundo social e empresarial ibérico. No discurso final de agradecimento pela condecoração recebida António Calçada de Sá reafirmou o seu firme compromisso com Portugal e com os portugueses no mundo e agradeceu à Repsol e ao seu Presidente a confiança recebida ao longo de tantos anos. “A vossa confiança e o vosso apoio constituem um grande orgulho e uma grande motivação”- disse. Antes de terminar António Calçada de Sá dirigiu algumas palavras emotivas de agradecimento à sua familia (à sua mulher Ana Sanchidrian Sainz que o tem acompanhado na sua carreira pelo mundo: em Portugal, Espanha, no Brasil e na Argentina, às suas “3 jóias”, os seus três amados filhos: Gonçalo, Ana e Afonso e muito especialmente para a grande referência da sua vida que é a sua mãe Ana Calçada. “Essa Senhora que desde pequeno me ensinou a ver a Espanha e o mundo desde as terras de Venade e de Caminha, essa Senhora que mesmo longe está sempre a meu lado e que me ajuda cada dia da minha vida com o seu amor e com as suas rezas”, concluiu. MERCADO MEDIEVAL regressa à FREGUESIA DE SEIXAS Vai realizar-se do 15 a 17 de agosto, na freguesia de Seixas, a III edição do Mercado Medieval, certame que traz até àquela aldeia do concelho, diversos artesãos, gastronomia e espetáculos. A primeira edição surgiu com o intuito de comemorar os 750 anos de atribuição do Foral àquela freguesia por D. Afonso III, em 1262. “Foi uma experiência que correu bem, as pessoas gostaram e por isso a junta decidiu continuar com a realização do mercado medieval”, explica Rui Ramalhosa, presidente da Junta de Freguesia de Seixas. Tal como nas edições anteriores a gastronomia e o artesanato vão estar em destaque neste Mercado medieval. “Estamos a convidar os artesãos que se queiram inscrever para participar neste mercado medieval. Vamos dar preferência a todos aqueles que nos possam trazer um pouco da sua arte ao vivo para que as pessoas se possam aperceber como se trabalham determinados materiais como é o caso, por exemplo, do ferro, da madeira, dos tecidos, etc”, revela Rui Ramalhosa. A gastronomia local, com especial incidência no peixe branco que é pescado e preparado pelos pescadores locais, também vai estar em destaque neste Feira. “Sabemos que os pescadores já estão a preparar o peixe e também as olhas para as poderem confeccionar e vender durante a feira. No ano passado apenas comercializaram o produto mas este ano os pescadores quiseram ir mais longe e vão servir esta especialidade durante os 3 dias em que decorre o mercado”. Paralelamente haverá muita animação com especial destaque para a atuação do Grupo Minius no sábado á noite. “Trata-se de um grupo popular do nosso concelho que está a preparar um repertório próprio para apresentar no evento. Não quer dizer que vão estar a interpretar musicas medievais mas o mais aproximado”. Malabaristas, bombos e outras atrações próprias dos mercados medievais também não vão faltar nesta Feira Medieval que este ano foi antecipada a pedido dos seixenses como explica Rui ramalhosa. “A verdade é que muitas pessoas de Seixas que vêm cá passar férias nos pediram para que antecipássemos a feira para que elas tivessem oportunidade de assistir a mais esta festa da freguesia. Conseguimos encaixar nestes dias e assim muitas mais pessoas vão poder assistir”. O autarca de Seixas aproveitou a oportunidade para convidar todas as pessoas a passarem pela freguesia de 17 a 17 de agosto. “De certeza que vão gostar porque estamos a preparar um certame muito engraçado”, garantiu. |11 JORNAL DESPORTOVILAPRAIADEÂNCORA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 CAMINHA Âncora Praia Futebol clube organiza i torneio quadrangular de Futebol de Praia o Âncora praia Futebol club vai organizar, no próximo dia 9 de Agosto (sábado), um torneio Quadrangular de Futebol de praia que vai reunir, na praia de Vila praia de Âncora, diversas equipas do distrito, entre outras. com a colaboração da Associação de Futebol de Viana do castelo e da câmara de caminha, o torneio conta com a participação do Âncora praia Futebol clube; Associação Desportiva Darquense; sporting clube de Braga e do Vitória de Guimarães. A abertura do torneio está marcada para as nove da manhã com a realização de um jogo com as escolas do Âncora praia. |12 Uma hora depois, às 10 horas, terá lugar o primeiro jogo entre o Darquense e o Âncora praia, ao que se seguirá o segundo jogo que irá colocar frente a frente as equipas do Vitória de Guimarães e do Braga. À tarde terão lugar os jogos entre os vencidos e os vencedores dos jogos da manhã. o primeiro jogo terá lugar às 16 horas e o 2º às 17.15. A cerimónia de entrega dos prémios está marcada para as 18.15, ao que se seguirá o encerramento do torneio. André Domingues, presidente da direção do Âncora praia Futebol clube, considerou a realização deste torneio “muito importante” para o concelho, e lembrou que este é o segundo ano consecutivo que o Âncora praia marca presença no campeonato Nacional de Futebol de praia. “No ano passado ficámos classificados em 8º lugar. A primeira fase foi disputada na praia do coral em Viana do castelo e participaram equipas como o Vianense, o Darque, Amigos de sá e o Âncora praia Futebol clube. Nessa fase ficamos em primeiro lugar e depois fomos disputar a segunda fase na praia da Apúlia com o Braga, o Guimarães e o rio Ave”. Este ano o Âncora praia voltou a participar no campeonato Nacional mas, como foi a única equipa do distrito a inscre- ver-se, “tivemos que disputar o campeonato na Apúlia com equipas muito mais fortes do que nós. Equipas profissionais onde jogam alguns jogadores que integram a seleção nacio- nal, como é o caso do Braga”. A participação do Âncora praia no campeonato Nacional foi possível graças ao apoio quer da Junta de Freguesia, quer da câmara Municipal, “bem como de toda a direção do clube”, refere o dirigente. A ideia de realizar este torneio em Vila praia de Âncora surgiu n Apúlia, depois de um conversa com dirigentes de outros clubes, como conta André Domingues. “Quando estivemos na Apúlia a disputar o campeonato Nacional estivemos a falar com representantes de outros clubes como o Braga, Guimarães e o Liexões. Fiquei com os contatos deles e depois lembrei-me de propor à Associação de Futebol de Viana do castelo, à câmara e Junta de Freguesia de Vila praia de Âncora, a realização deste evento. reunimos, eles gostaram da ideia e decidimos avançar com a realização deste primeiro torneio Quadrangular de Futebol de praia”. trazer muita gente a Vila praia de Âncora dinamizando desta forma o comércio local, é outro dos grandes objetivos da realização deste 1º torneio. “o Futebol de praia é sol, alegria, praia, enfim um espetáculo que reúne muitos adeptos e pessoas que gostam de ver futebol. Acreditamos que vai ser uma grande festa”. A praia de Vila praia de Âncora vai assim transformar-se num mini estádio de futebol. “o campo vai ficar situado junto ao posto de turismo. parte das bancadas já estão naturalmente construídas uma vez que vamos utilizar a ponte sobre o rio Âncora e o próprio paredão. Depois vamos construir uma outra bancada numa das laterais desse mini estádio”. segundo o dirigente do Âncora praia o local oferece boas condições para a realização do evento. “temos ali balneários, luz elétrica muito perto e por isso estão reunidas boas condições para ali se fazer um grande torneio”. com um cartaz “muito bom”, André Domingues acredita que no sábado vai estar muita gente na praia de Vila praia de Âncora a assistir aos jogos, “e a apoiar a equipa da casa. Acho que vai ser um espetáculo muito interessante”. A entrada é gratuita. clube aPosta na Formação o Âncora praia Futebol clube está bem e recomenda-se é o que garante André Domingues que não esconde o orgulho em ser presidente daquele clube. “No passado já fui atleta do JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 PUB. clube e atualmente sou dirigente o que me orgulha bastante, é um privilégio”, garante. o bom trabalho levado a cabo pela anterior direção também não foi esquecido pelo atual presidente. “o sr. José presa foi um grande dirigente e um grande presidente deste clube. Aguentou-o em momentos difíceis e teve sabedoria para tomar decisões importantes na altura certa, nomeadamente não avançar com uma equipa sénior por falta de capacidade financeira para o efeito”. Neste momento o Âncora praia aposta nas camadas de formação e encontra-se a captar atletas que estejam interessados em praticar futebol no clube. relativamente à época anterior o balanço é muito positivo. “os nossos iniciados foram campeões distritais e os infantis foram campões da segunda fase. os restantes escalões também se portaram muito bem e por isso consideramos que a época foi boa”. só com a ajuda dos pais, dos sócios e do comércio de Vila praia de Âncora é possível desenvolver este trabalho junto dos jovens e por isso o presidente do Âncora praia fez questão de deixar palavras de agradecimento. “com a ajuda de todos podemos afirmar que neste momento clube goza de boa saúde financeira, temos as nossas contas liquidadas. Não temos infelizmente capacidade para avançar com uma equipa sénior, mas com os atletas que estamos a formar tenho a certeza que um dia lá chegaremos”. Uma equipe sênior formada no seio do Âncora praia Futebol clube é portanto o grande sonho deste dirigente que está à frente do clube há um ano. “os nosso treinadores trabalham muito para isso. têm feito um excelente trabalho de formação não só de atletas mas também de pessoas e isso garante-nos que de futuro iremos ter grandes jogadores”. como não poderia deixar de ser o atleta tiago, formado no Âncora praia também foi recordado como um bom exemplo de que por vezes clubes pequenos formam grande atletas. “Estamos a falar de um atleta de top com quem tivemos o prazer de estar a jantar há bem pouco tempo. É uma pessoa muito humilde que tem a escola do Âncora praia”, rematou. acc Procura atletas Para os Juniores e seniores o Atlético clube de caminha (Acc) anda à procura de atletas para os escalões de juniores e séniores e por isso está a proceder a treinos de captação para formar equipa neste escalões para a próxima temporada. Assim, nós últimos dias, o clube de caminha abriu as portas a todos os interessados em praticar futebol com idades compreendidas entre os 17 e os 32 anos. o treinos de captação terminam hoje e por isso os interessados ainda podem dar provas das suas capacidades aos técnicos que irão estar no estádio a auxiliar nessas captações. sérgio porto, vice-presidente do Acc, explicou que a ideia é apostar nos juniores, “um escalão que vamos agora iniciar” e captar novos valores para o seniores. Mas jogar no Acc só mes- mo em regime de voluntariado porque o clube não tem capacidade financeira para pagar a jogadores. “como a maioria das pessoas sabe o clube não tem orçamento para pagar aos jogadores. A única coisa que podemos dar é a possibilidade aos atletas de praticarem desporto num espaço com excelentes condições e darmos todo o nosso apoio”, explica o dirigente. Apesar de estarem à procura de atletas para os escalões de Juniores e séniores, o clube vai continuar a apostar forte na formação, como garantiu sérgio porto. “A formação tem sido e vai continuar a ser a nossa grande prioridade porque pensamos que só assim o clube terá futuro. os miúdos para nós são o mais importante”. Depois de um época bastante satisfatória o Acc começa já a preparar a nova temporada que deverá iniciar-se lá para setembro. CMTS Clínica de Fisioterapia COM NOVAS ISTALAÇÕES EM CAMINHA Acordos com: Serviço Nacional de Saúde - Sams - CGD - IASFA - ADM - Multicare CENTRO COMERCIAL DA ESTAÇÃO - AV. MANUEL XAVIER, Nº 16 Telf. 918571617 - 968432863 HORÁRIO: 08H-19H (segunda a sexta ) r UI rAMAlHOSA Economia - Gestão Contabilidade Fiscalidade Técnico Oficial de Contas Avª Manuel Xavier, 88 - C.C.Estação Lj BC 4910-105 Caminha Tlm 968 022 369 Email.: [email protected] estádio do cerVeira Vai ter noVo relVado sintÉtico Já arrancaram, na passada semana, no Estádio Municipal de Vila Nova de cerveira, as obras de colocação de um novo relvado sintético, substituindo assim o antigo que se encontrava em mau estado. A empreitada, orçada em cerca de 200 mil euros, tem um prazo de execução de 30 dias, por forma a não perturbar o início da nova época desportiva. Ao concurso público lançado recentemente foram apresentadas oito candidaturas, sendo que apenas duas cumpriam todos os requisitos solicitados pela autarquia. Numa primeira fase, a intervenção visa a retirada do relvado existente, para depois avançarem os trabalhos relacionados com a reforma da base em betuminoso e, por fim, o relvado sintético. recorde-se que esta obra, que é um compromisso do executivo, adquiriu um caráter prioritário com a subida de divisão do clube Desportivo de cerveira que, na próxima temporada, disputará a segunda divisão nacional. o atual relvado contabiliza uma década e encontra-se bastante danificado, não apresentando as condições adequadas para a prática desportiva |13 JORNAL CAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 milhares de visitantes em Caminha contrariam redução de feira medieval de 10 para 5 dias FOTOS : LUIS VALADARES |14 A Feira Medieval de Caminha, certame que é já considerado um dos melhores do género no país e que já conta com 11 edições, voltou a trazer ao centro histórico da vila milhares de visitantes. A afluência de público veio uma vez mais confirmar o interesse da iniciativa, apesar de reduzida para metade a sua duração, pelo atual executivo camarário, que este ano decidiu apostar no fim-de-semana anterior no certame “Entre Margens”. Dezenas de tendeiros e taberneiros trouxeram a Caminha os usos e costumes de outros tempos, com diversos momentos a serem recriados neste mercado medieval. Um acampamentos de arqueiros, as aves de rapina muito utilizadas na idade média para caçar, os espetáculos equestres, os torneios medievais e diversos espetáculos musicais e de dança foram alguns dos momentos altos do certame. Mas foi sem dúvida na praça da alimentação onde se viveram os momentos mais animados desta XI edição da feira medieval de Caminha. Nas tasquinhas, representadas por algumas associações do concelho, não faltaram os petiscos de fazer crescer água na boca e a boa disposição. O Jornal C esteve à conversa com alguns dos representantes dessas instituições que nos falaram da importância deste certame para fa- zer face a algumas despesas. O Ancorense Futebol Clube, presença habitual no mercado medieval, garante que a verba conseguida é indispensável para o bom funcionamento do clube. “Ajuda-nos a fazer face às despesas que vamos ter já no inicio da época com as inscrições dos atletas”, explica Paulino Gomes, dirigente do clube. Na tasquinha do ancorense trabalhou-se muito e Paulino agradece a todos quantos durante cinco dias deram o seu melhor. “São todos voluntários, pessoas que de ano para ano se oferecem para nos ajudar permitindo-nos dessa forma formar uma grande equipa”. Mais à frente, no largo do Poço, a tasquinha da Casa do Povo de Lanhelas está de regresso à Feira depois de no ano passado não ter marcado presença no certame. Matilde Vilas, presidente da direção da instituição, explica que a presença da Casa do Povo foi possível porque o número de dias de feira diminuiu. “Felizmente conseguimos voltar porque o número de dias da feira diminuiu. Se fossem os dez dias não seria possível uma vez que temos a escola aberta mas de facto assim foi fantástico, já tínhamos saudades”, revela. A solha seca e a solha fresca foi uma vez a grande aposta da tasquinha da Casa do Povo de Lanhelas que esteve sempre com casa cheia especialmente para JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 XI Feira Medieval DE CAMINHA degustar esta iguaria bem característica daquela freguesia. “Nós apostamos neste produto que faz parte da nossa identidade porque sabemos que há muitas pessoas que apreciam e que não têm oportunidade de comer na Festa das Solhas que se realiza em Setembro. Soubemos que no ano passado a nossa ausência foi muito notada precisamente por causa da solha e por isso não podíamos deixar de a trazer de novo este ano”. A Casa do Povo de Lanhelas é uma IPSS que vive essencialmente da Segurança Social e do contributo dos utentes e por isso a participação neste tipo de certame é uma forma de angariar algum dinheiro extra, como explica Matilde Vilas. “O dinheiro que conseguirmos angariar é para pequenas obras e compra de alguns materiais”. A presidente da direção apro- veitou para agradecer ao “excelente” grupo de funcionarias que, fora de horas, deu o seu contributo. “Para além das funcionarias contamos também com toda a direção e ainda familiares e amigos que aqui vieram dar uma ajuda”. A afluência de visitantes, nomeadamente durante o dia e noite de sábado, confirmam a importância e a fama da Feira Medieval de Caminha. No que respeita às vendas os resultados também foram positivos. ?Relativamete à animação o ponto alto aconteceu na noite de sábado, com o espetáculo Justas – Torneio Medieval com Cavalos e Cavaleiros, que juntou milhares de pessoas junto ao Convento de Santo António. É de salientar que o Largo da Matriz foi um dos espaços mais visitados. Por ali passaram milhares de pessoas atraídas pelo acampamento medieval, pelas aves de rapina que continuam a captar a atenção dos visitantes através das demonstrações de voo e pelas oficinas de forja, fundição, cota de malha, fabrico de velas, tecelagem de lã, fabrico de flechas e mostra de armas e equipamentos do arqueiro medieval. Os estabelecimentos comerciais da vila foram também importantes para estes resultados pela forma como aderiram ao “espirito medieval” que se viveu neste últimos dias em Caminha.Também as associações do concelho tiveram um papel importante neste balanço positivo do certame, já que o seu contributo na animação foi positivo. Para além das várias associações, a Feira Medieval de Caminha contou ainda com a participação das Juntas de Freguesia de Concelho. |15 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 Praia da Gelfa “um diamante” por lapidar 09 Esta rubrica fará a descrição da identidade regional do Alto Minho recorrendo a estes 3 elementos. Daremos grande visibilidade ao sector primário como vector fundamental para um desenvolvimento sustentável, que gera oportunidades de negócios e permite, acima de tudo, preservar a nossa identidade. Situada na freguesia de Âncora, Concelho de Caminha, a praia da Gelfa, ou do Forte do Cão, como também é conhecida, oferece condições excelentes para gozar a época balnear em pleno. Dentro dos parâmetros de qualidade exigidos, o seu areal e a água, aliados à beleza da paisagem, proporcionam a todos os veraneantes uma temporada inesquecível. É uma das praias do concelho de Caminha contemplada desde 2012 com o Galardão |16 Bandeira Azul da Europa, o que lhe confere excelência. Descoberta por uns mas desconhecida pela maioria, a praia da Gelfa é um recanto do paraíso, “um diamante” por descobrir. Muito procurada, esta praia contempla diversos equipamentos necessários ao seu usufruto e as suas qualidades terapêuticas, pela quantidade de iodo, são reconhecidas. Aliás, não foi por acaso que no século passado ali se construiu um sanatório marítimo precisamente para curar pessoas com tuberculose óssea. Por ali passaram ricos e pobres, pessoas influentes à procura de tratamento para os seus problemas de saúde. Esta considerada pela União Europeia como praia excelente quanto à qualidade da água. A sua beleza justifica uma visita em qualquer mês do ano, conjugando aquela com condições ideais para a prática do surf, bodyboard e windsurf. Esquecida durante muitos anos, a praia da Gelfa sofreu em 2011 uma profunda remodelação, transformando a sua área envolvente num local aprazível não só para os amantes da praia, mas igualmente para todos quantos gostam de um bom momento à beira mar. O extenso passadiço em ma- deira sobre a duna proporciona um agradável passeio com uma vista soberba sobre o mar e sobre a serra. Dali se pode contemplar um magnifico e tranquilo pôr do sol. A zona rochosa, que aparece entre marés, também lhe confere uma beleza singular. Natural de Barcelos, José Neves descobriu a praia da Gelfa há cinco anos. Quando ali chegou para tomar conta do único restaurante que ali existe, “O Camarão”, não havia por ali nada, apenas um local em terra batida, uma praia com uma beleza natural “enorme” mas sem nenhum tipo de infraestrutura que a fizesse ser procurada pelos veraneantes. “Se hoje a praia da Gelfa é um diamante por lapidar, na- quela altura era um diamante enterrado, por descobrir. O caminho era em terra batida, sinuoso e ladeado por austrálias. A praia estava num estado virgem e não era vigiada”, recorda. Cinco anos depois de ali ter chegado e depois de muito caminho que foi preciso desbravar, a praia da Gelfa continua “felizmente especial”, explica José Neves. “Não é uma praia de massas. É uma praia para quem gosta e aprecia a natureza. Uma praia com uma qualidade de água excelente, enfim uma série de fatores que lhe conferem a possibilidade de possuir duas bandeiras que têm sido erguidas ininterruptamente”. Mas o que leva uma pessoa a investir num local onde tudo estava por fazer? Um misto de aventura e sonho… sim porque esse comanda a vida. “Eu acho que este gosto pela descoberta que está nos genes dos portugueses. Tem sido assim ao longo dos séculos”. Quando chegou à Gelfa, o empresário de Barcelos tinha um objetivo claro: “dinamizar este cantinho e transformá-lo numa mais valia para todos. Quem passa pela nacional 13 não imagina o que aqui está, a beleza que aqui se encontra e eu acho que no fundo é isso que me fascina, dia a após dia. Imagine o que é estar aqui depois de um dia de stress, ou fazer uma pausa para um almoço mais relaxado…?”. JORNAL TERRARIOEMAR O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 É isto que o local proporciona e que José Neves quer proporcionar ao seus clientes, “muitos deles homens de negócios que aqui vêm precisamente à procura desses momentos de relaxe para descomprimir”. Aliado a beleza da paisagem o restaurante Camarão oferece aos seus clientes uma cozinha de excelência assente nos mariscos da costa e no peixe fresco que diariamente é trazido do mar pelos pescadores locais. “Sem querer menosprezar nenhum prato da nossa gastronomia de facto, num local como este, que tem um pé na agua e outro na areia, eu tenho que fazer do peixe e do marisco a minha bandeira, e faço. Aqui só se serve produto pes- cado nas nossas águas. Estou a falar do lavagante, do robalo ou do rodovalho, enfim aquilo que os pescadores vão trazendo no dia a dia é o que as pessoas podem degustar aqui no restaurante. Por exemplo neste momento a sardinha é um embaixador de excelência, mas no inverno temos o camarão da costa que mantemos vivo no aquário e servimos ao cliente. O sabor é diferente e isso é muito apreciado”. Situado num local isolado, o grande desafio do Restaurante “Camarão” tem sido, ao longo dos últimos cinco anos, atrair clientes. “Trazê-los até cá em baixo foi desde logo o primeiro grande desafio. Repare, eu não sou de cá, a minha terra não é esta, a mim ninguém me conhecia. Eu costumo dizer que comecei debaixo de água uns bons metros e que neste momento já estou a conseguir respirar. Foi um trabalho árduo e difícil, mas a minha forma de o trilhar foi sempre um jogo de paciência, de esperar dia a dia e oferecer aos clientes o melhor serviço para que eles saiam daqui satisfeitos e voltem, se possível, com mais um amigo”. Depois das obras efetuadas pela Câmara de Caminha em 2011, e que conferiram ao local condições que até ali não tinha, nomeadamente zonas de estacionamento, um passadiço com cerca de dois quilómetros entre outras infraestruturas, José Neves diz que existem ainda alguns pormenores a ter em atenção. “Não estou a falar em grandes queixas mas sim casos pontuais de pequenas situações que na minha opinião poderiam ser melhoradas. Por exemplo na estrada nacional deveria haver um outro tipo de sinalética que convidasse as pessoas a virem até aqui. O ideal seria por exemplo a criação de uma rotunda que fizesse com que as pessoas se sentissem quase obrigadas a sair da estrada e a virem até cá abaixo ver o que aqui há. O grande desafio é tirar as pessoas da nacional para que se possam deslumbrar com este local. Nós não temos aqui uma praia, temos um postal maravilhoso constituído por vários fatores, desde |17 JORNAL TERRARIOEMAR O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 Uma boa praia para a prática de surf PUB. a praia à paisagem que é magnifica e que queremos que todos possam desfrutar”. Tornar a praia numa “praia acessível” é outro dos grandes desafios futuros da praia da Gelfa, como revela o empresário. “Neste momento a praia já tem duas bandeiras e gostava de ali ver uma terceira que é a da praia acessível. Não é fácil devido à própria morfologia do terreno mas tenho esperança que isso possa acontecer”. O arranjo do passadiço com cerca de dois quilómetros, que liga a praia da Gelfa à de Vila Praia de Âncora e que foi destruído pelo mau tempo que se fez sentir no último inverno, é outras das situações que José Neves gostava de ver resolvida com a maior brevidade possível. José Neves defende também a existência no local de um apoio de praia simples e não apenas um apoio mínimo que é o que existe neste momento no local e que é assegurado pelo próprio empresário. Para José Neves o importante não é transformar o local numa zona de massas é sim proporcionar a quem visita este local as melhores condições”para que possam desfrutar de umas férias ou até de um simples dia inesquecível. “Foi para isso que para aqui vim há cinco anos e é para isso que trabalho todos os dias”, revela o empresário que se considera “um mecenas” da praia da Gelfa. |18 Com condições ideias para a prática de desportos náuticos, é com alguma frequência que se avistam na praia da Gelfa praticantes de suf, bodyboard e windsurf. Natural de Vila Praia de Âncora, Manuel José é proprietário de uma escola de surf, a Koala, fundada há cinco anos. Situada na marginal de Vila Praia de Âncora, a escola de surf Koala tem clientess de várias nacionalidades. “Temos alunos de Vila Praia de Âncora que andam o ano todo, à volta de 10”. Um número que aumenta no verão com a vinda dos turistas e pessoas de outras localidades que querem experimentar “e acabam por ficar clientes”, revela. Ex-pescador, Manuel José que agora se dedica exclusivamente às aulas de surf, surfa desde os 20 anos e garante que não há melhor local para aprender a modalidade do que esta zona. “Vila Praia de Âncora é excelente para aprender, principalmente entre a zona da pedra do Tesal e do norte junto ao molhe. É uma boa zona tanto para aprender como para a pratica”. Com o mar a entrar com mais intensidade, Manuel José considera a zona da praia da Gelfa, com melhor e maior ondulação, excelente para a prática do surf. “Ali conseguimos apanhar boas ondas e isso é muito importante para um surfista que já tenha alguma prática”. Para norte ou para sul ondas é coisa que não falta por aquelas bandas e ultimamente a praia da Gelfa tem sido procurada por praticantes da modalidade, principalmente estrangeiros em busca de uma boa onda. JORNAL DISTRITOCERVEIRA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 programa cerVeira acústica está de regresso Após o adiamento devido às condições meteorológicas adversas, o cerveira Acústica está de regresso com espetáculos marcados para hoje e amanhã. Miguel Angelo e Deolinda atuam nos dias 8 e 9 de agosto, repestivamente. A entrada tem um valor de 5 euros. Os ingressos adquiridos para as datas de julho continuam a ser válidos para esta nova programação. contudo, e quem pretender a devolução do bilhete pode dirigir-se ao posto de Turismo de Vila nova de cerveira. Os interessados em assistir a estes dois espetáculos de música portuguesa devem entrar em contacto com o posto de Turismo, associações responsáveis pelas bilheteiras ou no próprio no local, no dia do concerto. O preço é de apenas 5 euros. O Auditório Municipal continua a ser o palco eleito para estes dois espectáculos, proporcionando uma estreita relação entre artista e público. Os concertos têm início para as 22h00. Miguel Angelo e Deolinda: carreira nacional e internacional Miguel Angelo, que iniciou a sua carreira a solo em 2012 com o álbum “primeiro”, vai apresentar 30 anos de carreira, desde a edição do primeiro single dos Delfins, em 1984. O cantor combina novas canções com muitas outras bem conhecidas do público em geral, numa volta a portugal que mais uma vez é como se fosse a primeira: o mesmo espírito da descoberta, juntamente com a energia da celebração. Os Deolinda sobem ao palco para apresentar “Mundo pequenino”. nos últimos quatro anos, este grupo dominou os tops de vendas com os multi-platinados “canção ao lado” e “2 Selos e um carimbo” acumulando diversas distinções tais como dois Globos de Ouro, um prémio Amália rodrigues, um prémio josé Afonso e um Songlines Music Award. BIA – Artes e Ofícios Tradicionais Fórum cultural de cerveira 9 a 17 Agosto 2014 09 - Sábado 15h30 - sessão de Inauguração -Abertura 16h00 - Grupo de cavaquinhos de Lovelhe 22h00 - concerto com Deolinda 00h00 - Encerramento 10 - Domingo 11h00 - Abertura 18h00 - Arruada de Bombos / terreiro – Fcc 22h00 - tocadores de concertinas 00h00 - Encerramento 11 - Segunda 16h00 - Abertura 18h00 - tuna da Unisénior 22h00 - concerto com MIcALIp’s 00h00 - Encerramento 12 - Terça 16h00 - Abertura 18h00 - cantadores ao desafio 22h00 - concerto com Grupo de cordas - 6tÀs9 00h00 - Encerramento 13 - Quarta 16h00 - Abertura 18h00 - tocadores de concertinas raízes do Minho 22h00 - concerto com raízes do Minho 00h00 - Encerramento Vila noVa de cerVeira dedica noVe dias ao artesanato Valorizar o artesanato num contexto alargado com a ‘Vila das Artes’ como denominador onde se comungam todas as artes, é o principal objetivo da BIA – Artes e Ofícios Tradicionais, projeto desenvolvido pela câmara Municipal de Vila nova de cerveira que vai decorrer de 9 a 17 de agosto. Aurora Viães, vereadora da cultura da câmara de cerveira, explicou ao jornal c que esta é uma atividade voltada para o artesanato e sua promoção. O evento vai ter, segundo a vereadora, “três elemen- tos básicos: um deles será um espaço de mostra e venda dos produtos artesanais, um outro para formação dos próprios artesãos, e finalmente um para exposição com trabalhos ao vivo, um espaço onde também marcará presença a gastronomia tradicional”, explica. O evento, que vai decorrer no Fórum cultural, conta com a parceria do Turismo do porto e norte de portugal, Adriminho, entre outras entidades, e procura recuperar uma tradição cerveirense que remonta aos anos 80, quando se realizava de forma intercalada com as primeiras Bi- enais de Arte. na BIA - Artes e Ofícios Tradicionais está confirmada a presença de cerca de 40 artesãos de diversos concelhos da região norte, para além de grupos de artesãos oriundos da vizinha Galiza, representando as mais diversas áreas. O atual executivo adoptou um conceito mais abrangente, não se restringindo apenas à mostra e venda de produtos artesanais, mas propondo a criação de condições para a troca de experiências com trabalhos ao vivo e abrindo portas à formação e debate sobre o estado da arte. 14 - Quinta 16h00 - Abertura Demonstração de renda de Bilros 18h00 - real Banda de Gaitas 22h00 - Desfile de Moda – cerveira Fashion em crochet, hair by Helena cabeleireiros 00h00 - Encerramento paralelamente, vai estar patente uma exposição do Traje com pelo menos 12 manequins, cujas peças estarão devidamente identificadas, numa parceria com o Museu do Traje de Viana do castelo e o Museu de paredes de coura. A BIA – Artes e Ofícios Tradicionais aposta ainda na animação ao som de música tradicional de bombos e grupos folclóricos do concelho. A gastronomia também não é esquecida, com as associações e juntas de freguesia a apresentarem o seu melhor na recriação e divulgação dos pratos mais tradicionais do Alto Minho. 15 - Sexta 16h00 - Abertura 18h00 - Arruada de Bombos / terreiro Fórum cultural: Grupo de Bombos de Nogueira 21h30 - Atuação dos ranchos do concelho e convidados 00h00 - Encerramento 16 - Sábado 18h00 - Abertura tocadores de concertinas 22h00 - concerto com Zé perdigão 00h00 - Encerramento 17 - Domingo 11h00 - Abertura 18h00 - Arruada de Bombos / terreiro – Fcc 19h00 - Grupo de pandereteiras Xamaraina 22h00 - Desfile do traje / tocata do rancho Folclórico de campos *programa sujeito a alterações |19 JORNAL DISTRITOP.BARCA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 FOTOS: MIGUEL ESTIMA Folkcelta para dançar até de madrugada No fim-de-semana de 25 e 26 de Julho, Ponte da Barca acolheu a sétima edição do festival FolkCelta. Um festival que tem vindo a ser cada vez mais consolidado na prática de festivais de música de origem celta. Dado a sua proximidade tanto da Galiza como do norte de Portugal, a afluência de públicos de ambas as regiões tem vindo a ser alargada. O Galego é um língua comum a ambos os povos. De Portugal encontramos festivaleiros da zona de Aveiro e até um casal que veio da região de Lisboa, aproveitando as delicias do Minho para desfrutar de um fim-de-semana no Norte do país. |20 Na abertura do festival esteve a banda de Ponte de Lima “Musica Profana”, uma banda que venceu a categoria de melhor banda do palco secundário da edição anterior. Muitos adeptos e seguidores que se deslocaram da vila vizinha para acompanhar mais um actuação deste grupo local. De Águeda e para abrir o palco secundário desta edição vieram as Espiral. Trata-se de um projecto com sonoridade mais calma, mas que deram o ar da sua graça. Cabeças de cartaz no primeiro dia estavam os já consagrados Miladoiro. Banda Galega que já conta com trinta e seis anos de estrada, deram um belíssimo concerto, onde a festa se instalou pelo recinto. Era de esperar que a essa hora o recinto estivesse bem composto, o que de facto veio a acontecer. Finda a actuação do palco principal foi tempo de assistir a mais uma actuação no palco secundário com os Myrica Faia, grupo Terceirense (Açores), que recria temas tradicionais das várias ilhas açorianas e lhes dá novas roupagens, em jeito mais folk. Uma boa iniciativa para promover o que de melhor existe naquele recanto de Portugal, que é muitas vezes esquecido pelo continentais. A fechar a noite quente que se fez sentir nas margens do Lima, no palco principal es- teve Sebastião Antunes com a Quadrilha. O segundo dia do festival abriu com Isga Collective, acompanhada na voz de Lorena Freixeiro. O grupo vindo da Galiza veio criar a atmosfera típica deste festival: a festa! Sendo um dos grupos galegos mais originais e arrojados do panorama actual, vieram a Ponte da Barca mostrar um pouco das suas raízes, deixando espaço para as influências de uma contemporaneidade que vai sendo necessária. Como a festa não pára, mal terminou o concerto no palco principal, o palco secundário abriu com o duo Portuense ACordaPele. Com um ritmo mais calmo, fizeram um brilharete na sua actuação, criando uma dinâmica simpática para o grande nome de que todosestavam à espera – Kepa Junkera. Com músicos Galegos a acompanhar, Kepa Junkera deu o verdadeiro festão em Ponte da Barca. Mestre trikitixa, que é um acordeão diatónico, um instrumento muito semelhante à concertina. Explorando o seu mais recente álbum Galiza, editado no ano passado, o maior embaixador da música basca veio mostrar a fusão entre a música e cultura de duas regiões espanholas, distantes mas próximas musicalmente. Como ele próprio evidencia são “povos irmãos, todos partilhamos o Atlântico”. Findo o grande nome da noite ainda tempo para um projecto no palco secundário com os Swing Station. Um projecto arrojado, já que pouco tinha de folk! Eram ritmos no espectro do jazz, convidativos à dança, a fazer recordar musicas e danças vintage Norte Americanas. Mas foi uma agradável surpresa. A fechar esta sétima edição, o palco principal recebeu os Uxu Kalhus. Pioneiros na fusão de ritmos tradicionais portugueses com géneros mais modernos, os Uxu Kalhus garantiram o fecho em festa e baile desta edição do festival Folkcelta. Miguel Estima JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 Jamie Cullum Noite de Jazz em Vigo em Nigran PUB. Casa de petiscos | Gelataria | Creparia Praça Conselheiro Silva Torres . 4910 Caminha [email protected] Nigran acolhe no próximo sábado, 9 de Agosto, a oitava edição do Nigran Jazz, certame que promete ser uma noite intensa de actividade para os amantes deste género musical junto à foz do Rio Miñor em Ramalhosa. Com dois concertos e uma jam session, a noite começa com Telmo Fernández Organ Trio com Phil Wilkinson, seguido do Holandês Maarten Hongenhuis em formato trio. Telmo Fernández Organ Trío grupo formado por Telmo Fernández na guitarra, Phil Wilkinson, um dos músicos imprescindíveis da cena do jazz e soul na Europa no órgão e José Luis Gómez na bateria. Telmo Fernández é um guitarrista vocacionalmente autodidacta que tocou na Imaxina Jazz Orquestra. Durante a sua experiência como sideman inspira-se em sonoridades mais orgânicas da guitarra com fusão entre o jazz, funk o neosoul, desenvolvendo um estilo ecléctico que lhe permitiu gravar com músicos como Brian Charette, Jared Gold, Sean Wayland, Tawanna Shaunte, Olamide Faison o Sunni Paterson. Maarten Hogenhuis é um saxofonista Holandês, membro do grupo BRUUT! Tocando também em formato quarteto e trio. Foi em formato quarteto, como Maarten Hogenhuis Quartet, que ganhou o prémio de melhor solista na final da competição de Jazz da Holanda em 2012. Após esse reconhecimento seguiram-se convites para tocar em festivais como o Tokyo Jazz Festival no Japão, Standard Bank National Jazz Festival Grahamstown na África do Sul. Em Nigrán o músico irá apresentar-se em formato trio, fechando as actividades do palco do evento. Após o concerto está ainda programada uma jam session para um dos bares locais. O auditório de Castrelos em Vigo, vai receber hoje, sextafeira 8 de Agosto, a visita do talentoso músico Jamie Cullum, cantor e pianista de jazz contemporâneo inglês, que é considerado uma referência na recriação desse género musical. O concerto é integrado nas Festas de Vigo e faz parte da mais recente tournée Europeia onde é possível ouvir as músicas do novo disco “Momentum”, editado no ano passado. Partindo do jazz como lingua- gem base, Jamie Cullum foi capaz de extravasar o género sem perder as ligações à origem. A roupagem mais pop que apresenta para standards do jazz ou o toque jazzístico que empresta a grandes êxitos pop, fazem do britânico um artista único. Recriando músicas consagradas do jazz, de artistas como Frank Sinatra, Jamie dá-lhe uma roupagem absolutamente nova. Foi esta recriação que o levou a ter sucesso um pouco por toda a Europa, sendo muito bem acolhido noutros continentes. Da carreira, que começou em 1999, fazem já parte seis discos de originais - Heard It All Before, Pointless Nostalgic, Twentysomething, Catching Tales, The Pursuit e o mais recente momentum e um disco ao vivo. Para além de inúmeros prémios e até uma nomeação para os Grammys. Dia 8 de Agosto sobe ao palco do auditório de Castrelos em Vigo para um concerto imperdível. PUB. |21 JORNAL SAÚDE O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 OMS apela ao reforço das medidas de combate à hepatite viral Mais de metade dos inquiridos em estudo da Deco sobre excesso de peso estavam em dieta A prevalência das doenças crónicas mostrou-se maior entre os pré-obesos (43%) ou obesos (55%) Mais de metade dos inquiridos num estudo da Deco, relacionado com excesso de peso, estavam a fazer dieta, 92% já tinham tentado controlar ou perder peso e 86% dos que fizeram um regime alimentar tinham recuperado os quilos perdidos. O estudo decorreu entre setembro e dezembro de 2013, em Portugal, na Bélgica, em Espanha, em Itália e no Brasil, e envolveu 11.616 pessoas (1.799 em Portugal), com idades entre os 18 e os 64 anos, 54% das quais se encontravam a fazer dieta, no período em que decorreu o inquérito. O coordenador do estudo, Osvaldo Santos, explicou à agência Lusa que se trata de “uma repetição” de um inquérito realizado em 2001 pela associação de defesa do consumidor e pretendeu aferir a qualidade de vida associada ao excesso de peso, as perceções inPUB. dividuais sobre o problema e as medidas escolhidas para o combater. “A obesidade é um problema sério de saúde, é uma doença muito prevalente e nós quisemos perceber um pouco melhor o impacto do excesso de peso na perspetiva das pessoas que são afetadas por esse problema”, disse Osvaldo Santos. O estudo verificou que, apesar de haver uma “maior perceção” do problema, houve um aumento da prevalência de excesso de peso, incluindo a obesidade, comparativamente a 2001. Osvaldo Santos apontou que 52% dos inquiridos têm um índice de massa corporal que corresponde a excesso de peso e 12% a obesidade, mas observou que esses valores estão abaixo dos obtidos num estudo recente do Observatório Nacional de Atividade Física e do Desporto, segundo o qual 67% dos homens e 58% das mulheres têm excesso de peso. A perceção da necessidade de perder peso aumentou nos úl- timos 13 anos, sobretudo nos homens. Se, em 2001, 55% dos homens sentiam a necessidade de perder os quilos a mais, atualmente são 62%, uma subida que foi mais ligeira nas mulheres. Apenas 28% estão estão insatisfeitos Sobre as razões que os motivaram a perder peso, 88% disseram que foi para se sentirem melhores consigo próprios, 40% por conselho médico, 17% para melhorar a vida social, 16% para ficar em forma numa época do ano, 12% por conselho do parceiro, 10% por sugestão de familiares ou amigos e 9% para melhorar a carreira. Apesar de 63% dos inquiridos reconhecerem ter peso a mais, apenas 28% assumem estar insatisfeitos com o corpo, sendo nas mulheres o maior desagrado com as formas, enquanto os homens se queixam sobretudo do peso. A falta de exercício é apontada por 55% dos participantes como a principal culpada, seguida do comportamento alimentar (48%). Cerca de um quarto dos inquiridos apontam causas genéticas para o problema. Cerca de 92% dos participantes estão a tentar ou já tentaram controlar ou perder peso, mas apenas um em cada cinco recorreu a um nutricionista. Independentemente do método escolhido, só 14% não recuperaram os quilos perdidos. Cerca de 30% recuperaram, 42% retomaram parte do peso perdido e 16% ganharam mais quilos do que tinham antes. A prevalência das doenças crónicas mostrou-se maior entre os pré-obesos (43%) ou obesos (55%) do que entre os que apresentavam um peso normal (34%). Os inquiridos com excesso de peso e obesidade também revelaram maior prevalência de problemas como ansiedade ou depressão. O estudo sublinha que “o aumento de informação, que gerou uma maior consciencialização, não foi acompanhado da adoção de soluções práticas para resolver o problema”, defendendo que “é preciso investir junto da população na divulgação e no acesso a soluções práticas e duradouras que permitam alterar a situação a longo prazo”. [email protected] T/F: 258 722 523 Tlm: 936 002 538 Estrada das Faias, Nº 41/43 Coura de Seixas 4910-339 CAMINHA |22 PUBLICIDADE: 258 921 754 OU 258 922 754 Anualmente 1,4 milhões de pessoas morrem de problemas causados por hepatites virais A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou hoje em Genebra ao reforço das medidas de combate à hepatite viral, doença que mata anualmente 1,4 milhões de pessoas. O alerta foi lançado por Stefan Wiktor, especialista da OMS, durante uma conferência de imprensa a propósito do Dia Mundial da Hepatite, que se assinala a 28 deste mês, em que se manifestou esperançado em ver “um compromisso político e financeiro” na luta contra a hepatite viral, semelhante aos esforços encetados contra a epidemia da sida, que disse estarem a dar resultados positivos. Aquele especialista acrescentou que os recentes progressos na prevenção e no tratamento da hepatite oferecem oportunidades reais de salvar vidas, considerando que se pode falar de uma possível erradicação no futuro da hepatite C e da hepatite B, ambas relacionadas com o cancro do fígado. No caso da hepatite crónica C, os novos medicamentos desenvolvidos reduzem o período de tratamento da hepatite C para 12 semanas e curam a quase totalidade (95%) dos doentes. “É uma revolução terapêutica (...) Isso modifica a dinâmica. Agora é possível tratar a hepatite C também em países de rendimento baixo e médio, o que não era possível antes”, sublinhou. Stefan Wiktor também saudou os esforços realizados pela comunidade internacional, que classificou como “uma verdadeira nova dinâmica” e que foi capitalizada em maio passado, aquando da votação de uma resolução durante a 67.ª assembleia geral da OMS. Na ocasião, representantes de 194 países votaram uma resolução que cobre a prevenção, diagnósticos e tratamentos, em que se sublinha a importância de ter um plano nacional para derrotar a hepatite. A resolução reconhece o potencial dos novos medicamentos e tratamentos para a hepatite C e hepatite B e apela à elaboração de estratégias que facilitem o acesso a medicamentos de qualidade a preços acessíveis. Durante a conferência de imprensa, Samuel So, cirurgião especialista em doenças do fígado e docente na Universidade Stanford, Estados Unidos, disse que “as estruturas de tratamento do VIH/Sida são boas para tratar a hepatite viral” já que contam com a presença de laboratórios e serviços de saúde. Aquele médico também apelou para uma abordagem mais ampla e maior apoio da parte dos doadores na luta contra a hepatite, doença que não figura nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio-2015 definidos pelas Nações Unidas. Segundo ele, a luta contra a hepatite também permitirá reduzir os custos de saúde relacionados com problemas agudos de fígados e cancros, dado que a hepatite é a principal causa daquelas doenças. Todos os anos cerca de 1,4 milhões de pessoas morrem de problemas agudos e crónicos no fígado causados por hepatites virais, um grupo de doenças infecciosas conhecidas como hepatite A, B, C, e D. Comparativamente, o VIH/Sida mata anualmente 1,6 milhões de pessoas, a tuberculose 1,3 milhões e a malária 600 mil, segundo a OMS. JORNAL HISTÓRIA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 Uma das grandes preocupações dos presores da reconquista do noroeste do País foi a restauração da vida monástica. Ninguém, hoje em dia, põe em dúvida certos factos decorrentes da ocupação do território nacional pelos muçulmanos a partir do início do séc. VIII, tais como: rarefação das populações que fugiram diante dos invasores; desorganização, seguida de levantamento, dos quadros administrativos civis, militares e religiosos, em certas zonas, por necessidade de defesa; destruição de monumentos e instituições ligadas ao culto cristão. A tese do ermamento mitigado, numa faixa de território paralela ao rio Douro, de largura pouco definida ainda, é hoje aceite pela maioria dos autores. No caso particular do Mosteiro de Vila Mou, o que se terá passado? Sabemos, por exemplo, que o Mosteiro de Dume, fundado em meados do séc. XVI por S. Martinho, desapareceu com as novas serracenas, tendo os seus bispos-abades emigrado para Mondanhedo (Galiza). Quanto ao Mosteiro de Montélios, igualmente célebre pela sua filiação e ligação ao espírito monástico de S. Frutuoso (665-667), nunca mais se ouviu falar nos seus frades após 716, data da conquista de Braga, embora as suas instalações persistissem. Estes dois factos, bem conhecidos, levam-nos a afirmar que os grandes mosteiros sentiram enormes dificuldades em sobreviverem aos invasores agarenos. Certamente o mesmo não aconteceu em relação à vida monástica que terá persistido nas suas manifestações e formas mais simples dos pequenos e escondidos cenóbios rurais de profundas raízes na Península, segundo o testemunho do autor da Passio Leocadiae e de S. Valério. Não admira, pois, que numa das primeiras preocupações dos presores da Reconquista fosse a restauração dos mosteiros e das formas superiores da vida monástica, associando-os à tarefa de defesa e organização administrativa do território recém-conquistado. A maior parte dos mosteiros da época da Reconquista nasceram como fruto desta política. O Mosteiro de Santa Maria de Vila Mou (Viana do Castelo) serve de exemplo. Na verdade, trata-se de uma instituição fundada por Paio Vermude em meados do séc. IX e ligado restaura- A Fundação do Mosteiro Visigótico de Santa Maria de Vila Mou e a Reorganização da Terra da Vinha (Séc. IX) Por: Manuel António Fernandes Moreira ção civil e eclesiástica da antiga unidade territorial correspondente à paróquia suévica da Vinha”. Neste trabalho apresentaremos os documentos escritos e os vestígios arqueológicos relativos ao dito Mosteiro. Responderemos em seguida a um conjunto de interrogações suscitadas pelos mesmo relativas à data, invocação, dotação, ruínas, estruturas. Finamente, falaremos do significado histórico da sua fundação, inserindo-o no âmbito da arte pré-românica e na origem do padroado das igrejas, e, sobretudo, na história da reorganização do território mais a Sul da diocese tudense. 1 – O Mosteiro Visigótico de Santa Marta de Vila Mou (sec. IX) A história faz-se com documentos. Tanto o subjetivismo puro como o experimentalismo dos acontecimentos repugna à própria natureza da história. O único elo de ligação existente entre o presente e o passado, capaz de gerar o conhecimento histórico, reside no documento. Os factos humanos deixaram gravados no espaço e no tempo verdadeiras marcas de natureza diversa cuja inteligibilidade levou ao aparecimento da história. Ao historiador cabe a espinhosa missão de descobrir esses testemunhos e dar-lhes um significado integrado no tempo e no espaço. Em relação ao Mosteiro de Santa Maria de Vila Mou são conhecidos os seguintes documentos: a) Documentos escritos São raros e pouco divulgados os testemunhos escritos respeitantes à época e região que OCULISTA IDEAL DE CAMINHA José Augusto Fernandes Oliveira ( òptico desde 1967) estamos a estudar. Este facto ficou a dever-se, certamente, à ausência de grades abadias senhoriais, para quem o cartolário representava a base documental do seu poderio económico. Também as sucessivas mudanças de obediência episcopal, que o território de Entre Lima e Minho esteve sujeito nos sécs. XIV- XVI, não deve ter ficado para trás em relação àquele facto. Deste modo torna-se difícil conhecer em profundidade as raízes das várias instituições eclesiásticas desta região. Em relação ao Mosteiro em questão foi possível conhecerse as suas origens e alguns parâmetros da sua evolução graças a uma via indireta, constituída pelo documento que narra a fundação do Mosteiro de S. Salvador da Torre. Na verdade este cenóbio veio substituir o de Vila Mou, após a sua destruição, pelos Normandos, no início do séc. XI, como veremos. O referido documento foi escrito por Frei Ordonho e data de 1068. São conhecidas duas versões, Uma deveria estar guardada entre os pergaminhos do Arquivo municipal de Viana do Castelo. Coube ao distinto historiador local L. De Figueiredo da Guerra a tarefa da sua transcrição. Este trabalho encontra-se publicado na íntegra no “Arquivo Vianense”, de 1891. A outra cópia existe no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Sobre ela se debruçaram tanto Frei Leão de S. Tomás, que a transcreveu em parte na Beneditina Lusitana, como também o conceituado medievalista Ruy de Azevedo, que copiou e estudou num dos seus mais valiosos trabalhos sobre a tese do Ermamento. Comparando os dois textos, foi possível concluir que, entre ambos, não existem discrepâncias de monta. O con- teúdo é essencialmente igual. A primeira versão incluiu, a mais, a doação de Cardielos, feita por Paio Soares, em 1115 ao Mosteiro da Torre. Vejamos quais são as referências contidas neste documento a respeito do Mosteiro de Santa Maria de Vila Mou. Resumindo, diz o seguinte: a) Paio Vermudes, conde galego, na companhia de familiares, desceu até às terras de Entre Minho e Douro fim de proceder a presúrias… b) O dito Mosteiro, durante várias gerações, foi habitado por religiosos e exerceu profundas influência sobre a região onde estava inserido, vindo mais tarde a cair em mãos estranhas. Quando em meados do séc. XI foi visitado por Frei Ordonho, o seu estado era de completa ruina. c) Este ilustre clérigo, descendente dos primeiros fundadores, em nome da família, empreendeu a sua imediata reconstrução. Refere o citado documento que ergueu, no lugar da Torre, “um cenóbio semelhante ao primeiro”, fazendo regressar à sua posse as doações que andavam sonegadas.\ b) Vestígios arqueológicos 1) Material lítico posto a descoberto em 1892 a quando da demolição da antiga igreja paroquial de S. Martinho de Vila Mou e que L. de Figueiredo da Guerra e J.Rosa de Araújo estudaram. - Dois capitéis de granito, iguais no tamanho, decorados com duas ordens de folhas vegetais numa das faces e que no catálogo impresso do Museu Municipal de Viana do Castelo, onde hoje se encontram aparecem registados sob os números 16 e 17. Medem: 0,75x0,45x0,70m (comprimento x largura x altura). Continua metalocaminha Sócio Gerente Sergio Meira - Telf. 919 983 235 Distriâncora-Supermercados, lda tel 258959140-fax 258912955 TÉCNICA . PERFEIÇÃO . 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Camicentro, Lj. 23 (ao lado dos Bombeiros) Rua Visconde Rego 4910-156 Caminha | Telf./ Fax: 258 721 028 Telf. 258 727 399 | Fax. 258 727 382 | E-mail: [email protected] web:www.metalocaminha.pt | Lugar do Couto | 4910-201 Lanhelas |Caminha |23 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 CLASSIFICADOS POEMA Publicado no Jornal Caminhense de 27 de Julhos de 2014 Câmara Municipal de Caminha DIVISÃO DE URBANISMO, OBRAS PÚBLICAS E EDIFÍCIOS AVISO Processo nº 1/10 Nos termos da alínea b), do número 2, do artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na sua redação atual, torna-se público que a Câmara Municipal de Caminha emitiu o alvará de loteamento nº 1/14, em nome de JOSÉ MANUEL DIOGO DE AZEVEDO PRESA, contribuinte nº 125014120, residente na Rua da Baralha nº 5, da freguesia de Vile, Concelho de Caminha, LUÍS FILIPE LAMEIRA DE AZEVEDO PRESA, contribuinte nº 207620652, residente na Rua das Amoreiras, nº 200, 1º andar, da freguesia de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, Concelho de Matosinhos, MIGUEL LAMEIRA DE AZEVEDO PRESA, contribuinte nº 216416841, residente na Rua da Linda nº 36, da freguesia de Âncora, Concelho de Caminha, ANA CRISTINA LAMEIRA DE AZEVEDO PRESA, contribuinte nº 241517150, Rua da Linda nº 36, da freguesia de Âncora, Concelho de Caminha, e LUÍS ALEXANDRE VAZ ALVES DE AZEVEDO PRESA, Rua Miguel Bombarda nº 72 B, da freguesia de Vila Praia de Âncora, Concelho de Caminha, que titula a aprovação da operação de loteamento que incide sobre o prédio sito no Lugar de Currais, da freguesia de Âncora, Concelho de Caminha, descrito na Conservatória do registo Predial de Caminha, sob o número 1728, e inscrito na matriz predial rústica, sob o artigo nº 1182, da respetiva freguesia. A operação de loteamento e os projetos de urbanização foram aprovados respetivamente por despachos, de 2013/07/22 e 2013/09/23, do Vereador do Pelouro, proferido no uso de competência subdelegada pela Presidente da Câmara, respeitam o disposto no Plano Diretor Municipal e apresenta, de acordo com a planta que constitui o Anexo I, as seguintes características: Área total dos prédios a lotear: 5.472,00m2; Área total de construção: 1.637,50 m2; Área total de implantação: 1.539,70 m2 Volume total de construção: 9.825,00 m3; Área total de lotes: 3.935,00 m2; Número total de lotes: 7; Número de fogos 7; Número máximo de pisos: 2 acima da cota de soleira e 1 abaixo da cota de soleira; Descrição dos lotes: Lote nº 1: Área do lote: 401,00 m2; Área de construção: 200,00 m2; Área de implantação, 156,10 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria: 1200,00 m3; Confrontações: Norte: Jardim público; Sul; Lote nº 7, Nascente: caminho público; Poente: caminho público; Lote nº 2: Área do lote: 416,00 m2; Área de construção: 212,50 m2; Área de implantação: 212,50 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria: 1275,00 m3; Confrontações: Norte: Luís Filipe Lameira de Azevedo Presa e Outros; Sul: Lote nº 3; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente: caminho público; Lote nº 3: Área do lote: 506,00 m2; Área de construção: 212,50 m2; Área de implantação: 212,50 m2; Finalidade: habitação; Volumetria: 1275,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 2; Sul: Lote nº 4; nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente: caminho púbico; Lote nº 4: Área do lote: 586,00 m2; Área de Construção: 212,50 m2; Área de implantação: 212,50 m2: Finalidade: Habitação; Volumetria: 1275,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 3; Sul: Lote nº 5; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente: caminho público; Lote nº 5: Área de lote: 619,00 m2; Área de construção: 200,00m2; Área de implantação: 191,30 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria: 1200,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 4; Sul: Lote nº 6; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente: caminho público; Lote nº 6: Área do lote: 963,00 m2; Área de construção: 400,00 m2; Área de implantação: 377,00 m2; Finalidade Habitação; Volumetria: 2400,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 5; Sul: Rua do Cadinho; Nascente: Herdeiros de Mário Afonso de Castro; Poente: caminho público; Lote nº 7: Área do lote: 444,00 m2; Área de Construção: 200,00 m2; Área de implantação: 177,80 m2; Finalidade: Habitação; Volumetria:1200,00 m3; Confrontações: Norte: Lote nº 1; Sul: Henrique Franco Areias; Nascente: caminho público; Poente: Rua da Trindade; Áreas de cedência ao domínio público: 1537,00 m2; a) Passeios e zonas de circulação: 269,80 m2; b) Arruamentos e estacionamento: 866,20 m2; c) Espaços verdes e equipamentos coletivos: 401,00 m2; Prazo de execução de obras: 12 meses; Condicionantes de licenciamento: A instalação de equipamentos e/ou acessórios tais como candeeiros de iluminação pública, caixas de visita, postos de transformação etc., deve merecer aceitação do autor do projeto quanto à sua localização e características formais, expressa no livro de obra. O livro de obra deverá ser conservado no local da obra, bem como a cópia dos projetos. Devem ser respeitadas as condições impostas pelas entidades consultadas. Os materiais a empregar deverão ser iguais aos utilizados pela DAS desta Câmara Municipal. Será prestada uma caução a que se refere o artigo 54º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei nº26/2010, de 30 de Março, no valor de 102.830,00€ (cento e dois mil e oitocentos e trinta euros), mediante hipoteca sobre os lotes nº 5 e 6. No prazo de 30 dias (trinta), a contar da data de emissão do presente alvará, deverá ser realizada, a escritura de hipoteca, sobre os lotes supra identificados, sob pena de se determinar a cessação do alvará de loteamento. A hipoteca vigorará, até à data da recepção definitiva das obras de urbanização. Nos termos do disposto nº 1 do art. 80º-A, até 5 (cinco) dias antes do início dos trabalhos, promotor deverá informar a Câmara Municipal desta intenção; Dado e passado para que sirva de título ao requerente e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei nº 26/2010, de 30 de Março. Câmara Municipal de Caminha, 2014/07/10 O Vereador do Pelouro Guilherme Lagido Domingos |24 A VERDADE A verdade, em mim estavas quando chegaste Mas teus olhos mais me ensinaram a crer Na felicidade que levaste Quando os meus te deixaram de ver Incrível, uma sorte assim Tão belo sonho, tão bela hitória Como crer, que tanto gostavas de mim Se me dando amor, darias também glória A verdade, nem tão pouco amantes E teus olhos cristalinos, J´s eram duas estrelas cintilantes No céu do meu destino Incrível, tua partida, nosso fim Sem uma palavra, sem um adeus Teria sido mais fácil para mim Encontrar o ponto final, nos olhos teus A verdade, pergunta-se ao silêncio; ele sabe tudo eu não sei, nada posso contar Sem ti fiquei, vulto surdo e mudo Sombra que passa e não te vê passar INSPIRAÇÃO Enconsto as costas ao tempo Espraio longe o meu olhar Desdobro as asas do pensamento Sou gaivota livre a voar Meu corpo mastro desafia o firmamento De brisas me sinto embriagar Desfraldo as velas do sentimento Sou caravela no alto mar Crente, num horizonte mais bonito No meu silêncio rezo e grito Arrebento enleios, quebro algemas Rasgo meu peito, abro o coração E meus dedos por encanto ou condão Trazem, a flor da vida os meus poemas Maria da Conceição Vasconcelos In: No meu poente incendiado VENDE-SE POR MOTIVO DE AUSÊNCIA TODO O RECHEIO DE CASA SENHORA COM EXPERIÊNCIA OFERECE-SE PARA CUIDAR DE IDOSOS OU CRIANÇAS PARA MAIS INFORMAÇÕES CONTATAR PARA MAIS INFORMAÇÕES CONTATAR 917 540 450 961 840 604 INFO HOSPITAIS | CENTROS DE SAÚDE ENFERMAGEM Centro Hospitalar do Alto Minho Viana do Castelo | T. 258802100 Centro de Saúde de caminha Rua Eng.º Agostinho Perreira de Castro | T. 258719300 Centro de Saúde de Vila Praia de Âncora Av. Pontault Combault | T. 258 911318 BOMBEIROS Caminha Rua das Flores | T. 258719500(1) Vila Praia De Âncora Rua 5 de Outubro | T. 258 911125 GNR Caminha R. da Trincheira | T. 258719030 Vila Praia de Âncora Rua Miguel Bombarda | T. 258959260 CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA T. geral: 258719070 T. piquete da PM: 258719079 FARMÁCIAS Farmácia Torres Praça Conselheiro Silva Torres, Caminha | T. 258922104 Farmácia Beirão Rendeiro Rua da Corredoura, Caminha | T. 258722181 CÂMARA MUNICIPAL DE CAMINHA T. 258710300 BIBLIOTECA CAMINHA Rua Direita segunda a sexta: 10h00 às 18h30 sábado: 10h00 às 13h00 MUSEU CAMINHA terça a sexta: 10h00 às 19h30 / 14h30 às 18h00 sábado e domingo: 11h00 às 13h00 / 14h00 às 17h30 POSTOS DE TURISMO Caminha Rua Direita | T. 258921952 Moledo Av. da Praia (em época balnear) Vila Praia de Âncora Av. Ramos Pereira | T. 258911384 CENTRO CULTURAL VILA PRAIA DE ÂNCORA segunda a sexta: 10h00 às 12h30 / 13h30 às 18h30 sábado: 11h00 às 13h00 RESIDÊNCIA PAROQUIAL Largo. Dr. B. Coelho Rocha T. 258921413 FEIRAS E MERCADOS Caminha Largo Pontault Combault semanal 4ª feira Vila Praia de Âncora Largo do Mercado semanal 5ª feira TAXIS Caminha Largo do Terreiro | T. 258921401 Vila Praia de Âncora Praça da República | T. 258911295 Venade TM. 965643481 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 Nome Morada Andar Nº / Lote Letra C. Postal Localidade Cupão Assinatura Rua da Corredoura nº117 4910-133 Caminha, Portugal Tel. 258 921 754 - Fax. 258 721 054 [email protected] País Telf. / Telm. Indica. Tel. Portugal - 30€ Pagamento: Resto do Mundo 65€ Email Europa 55€ Cheque N.º Cheque à ordem de Jornal “O Caminhense” 0018 0003 13172853020 13 Transf. Bancária - NIB: ................................................................... PT50 0018 0003 13172853020 13 Numerário IBAN: ................................................................ 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Apesar do nevoeiro que se fez sentir durante o dia, a praia encheu-se de veraneantes e a animação foi constante, sobretudo na “meia laranja” da Avenida Dr. ramos pereira, onde estava instalado o estúdio móvel da rádio caminha. os alunos do IpVc aproveitaram para distribuir brindes e sensibilizar os utilizadores das praias, chamando a atenção para a importância da adopção de comportamentos cívicos e de respeito para com o meio ambiente. Em declarações à rádio caminha, a presidente do politécnico de Viana, Florbela correia, aproveitou para fazer um “balanço muito positivo” da campanha que decorreu em Junho e Julho. A última emissão deste ano da incitava “caminha N´Areia”, que decorreu em Vila praia de Âncora, contou ainda com muitos convidados especiais, música e muitas actividades. PUB. C. Barros, Lda. artigos sanitários aquecimento central - paineis solares - bombas calor ar condicionado - esquentadores cilindros elétricos - rega e micro rega - artigos sanitários - aspiração central - tubos e acessórios cabines duche p/ medida - azulejos e pavimentos - produtos piscina Largo Sidónio Pais - telf. 258 92 19 72 |26 JORNAL DISTRITOCERVEIRA O CAMINHENSE, sexta-feira, 8 de agosto de 2014 Festas de são sebastião animaram Vila noVa de cerVeira um cortejo etnográfico, fogos de artifício, arruadas de bombos e atuação de bandas de música foram alguns dos momentos altos das festas concelhias de Vila nova de cerveira que tiveram lugar no passado fim-de-semana. as festas de são sebastião atraíram à vila milhares de devotos de são sebastião que assistiram às diversas manifestações religisosas. De 1 a 3 de agosto, Vila Nova de cerveira celebrou s. sebastião com três dias de iniciativas religiosas e recreativas. A comissão das Festas concelhias, com o apoio da câmara Municipal, apostou num programa onde a tradição cerveirense e alto-minhota estiveram em destaque. Durante 3 dias a vila cerveirense foi visitada por milhares de pessoas que assistiram a um programa diversificado. Um cortejo etnográfico que contou com a participação das diversas freguesias, deu a conhecer aos visitantes as artes e tradições da população do concelho, com especial destaque para as práticas rurais que ainda estão bem enraízadas nas gentes daquele concelho. No domingo teve lugar a procissão em honra de são sebastião que levou à vila milhares de devotos portugueses e galegos. Foram três dias de festa rija onde o fogo de artifício, a atuação de diversos grupos e bandas musicais garantiram momentos de diversão, boa disposição e muita tradição. “Vila das artes” Vai ser Passerelle Para aPresentação de coleção única em crocHet tops, saias, vestidos, inúmeros assessórios, entre outras peças. Várias artesãs de Vila Nova de cerveira não têm mãos a medir para apresentar, no próximo dia 14 de agosto, uma coleção de verão em crochet. o ‘cerveira Fashion crochet’, que conta com a participação de duas ex-Miss república portuguesa, vai criar um cenário artístico-sensorial. A comunidade cerveirense não pára de tricotar. Depois da ornamentação com crochet de ruas, edifícios públicos, espaços comerciais, esculturas, árvores, etc., as atenções estão agora centradas num show que congrega várias artes, desde a moda em crochet, a pintura, o teatro, a música, a dança e um espetáculo de produção de penteados, ou não estivéssemos a falar da ‘Vila das Artes’. o projeto ‘o crochet sai à rua’ serviu de mote para este evento que procura fazer a ligação entre a arte secular do crochet e a contemporaneidade artística, fruto da criatividade e empenho de um grupo de artesãs de Vila Nova de cerveira e de uma oriunda da vizinha Galiza. A essência deste show será o dinamismo, potenciado por uma palete de cores que suscitará uma constante mudança de sensações ao público presente, transformandose numa verdadeira obra de arte. cerca de 30 modelos femininos - quatro profissionais, duas das quais ex-Miss república portuguesa, e um grupo de jovens do concelho - vão desfilar numa passerelle montada em frente ao edifício da câmara Municipal, também revestido com elementos decorativos em crochet. As propostas a apresentar no desfile versam uma linha feminina caraterizada pelas dictomias estilo jovial/vanguardista e cores apaziguantes/intensas. todas as peças foram criadas exclusivamente para este evento, umas desde a ideia até à concretização e outras saindo do baú e sofrendo um processo de recuperação. tricotados a ponto fino e grosso, os materiais utilizados são o algodão, a lã e o linho. o ‘cerveira Fashion em crochet’, agendado para a noite de 14 de agosto, com início pelas 22h00, integra ainda a produção de penteados artísticos, e uma intervenção artística com pintura ao vivo de um corpo de uma modelo, para além de muita música, teatro e dança. A febre do crochet em Vila Nova de cerveira tem tido um feedback muito positivo quer da comunidade residente, quer de visitantes, curiosidade manifestada pelas perguntas e pelo disparar das máquinas fotográficas. Inserido no evento da BIA – Artes e ofícios tradicionais, ‘o crochet sai à rua’ visa promover Vila Nova de cerveira como ‘Vila das Artes’ através da arte secular do crochet, para além de sensibilizar os participantes e visitantes para a preservação desta tradição. o edifício da câmara Municipal é o ponto de partida para um roteiro revestido com peças de crochet a engalanar as ruas do comércio tradicional, o centro comercial Ilha dos Amores, as diversas esculturas espalhadas pelo centro histórico, os edifícios públicos, as árvores, entre outros espaços, num envolvimento efusivo de toda a comunidade. |27