megève, frança - turistacidental.com
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megève, frança fermes de marie Em 1989 Jocelyne e Jean-Louis Sibuet construíram, no meio de um parque com dois hectares e a poucos minutos a pé do centro de Megève, um lugar de paz. A sua ideia era criar um hotel que tivesse o espírito de uma típica quinta da região: daí o nome Fermes, e Marie, o nome da filha de ambos Megève é uma cidade que soube manter a sua arquitectura tradicional através D izem os entendidos que existem os resorts dos Alpes franceses e… Megève! Com glamour, dinheiro antigo, chic e fashionable, Megève é uma cidade de pequenos e estreitos caminhos, aos pés do Mont Blanc, na região montanhosa da Sabóia, perto das fronteiras suiça e italiana. A sua moda foi lançada pela Baronesa Noémia de Rothschild, em 1921. Dizem que, entediada com os frequentadores de Gstaad, a baronesa decidiu lançar um resort de ski em França. E o seu intento foi um sucesso. St. Tropez das neves, a capital do après-ski, ou o 21.º arrondissement de Paris, como Jean Cocteau lhe chamava, Megève tornou-se, desde essa época, destino predilecto da realeza europeia, de estrelas de cinema, de artistas, e do jet set internacional. “As duas famílias que fizeram história em Megève foram os Rothschild, que criaram esta cidade, e os Sibuet, que a relançaram” – diz-nos a Directora Adjunta do Turismo de Megève, Marithé Crozet, Oliveira de apelido de solteira –, numa das nossas muitas conversas ao longo de divertidos e inesquecíveis repastos gourmandes que por ali tivemos. De facto, durante os anos 60, a cidade saiu um pouco de moda, mas por pouco tempo. Por volta de 1970 volta definitivamente à ribalta. Jocelyne e Jean-Louis Sibuet – nascidos e criados na região da Sabóia –, proprietários de quatro dos mais requintados hotéis de Megève (Au Coin du Feu, Mont-Blanc, Le Lodge Park e Les Fermes de Marie), desempenharam um importantíssimo papel nesse ressurgimento. Megève é uma curiosa mistura entre o chic e o rústico, entre o cosmopolitismo e o bucolismo, o que a torna ainda mais atraente. É concorridíssima na época de Inverno, meca da beautiful people que aqui chega a cada estação para desfrutar, com requinte, a arte de viver na montanha. A quantidade e qualidade de opções que oferece em desportos de Inverno é imensa, e a vida social do après-ski é intensa e glamourosa. Mas nem só do Inverno vive esta pacata vila alpina. São muitas as pessoas – como eu, aliás – que a preferem numa época em que a neve é apenas visível nos picos do Mont Blanc; numa época em que o sol brilha durante todo o dia a uma temperatura agradável; onde se pode passear tranquilamente de t-shirt, fazer picnics no campo, assistir ao Festival de Jazz, e em que a música rola solta pelas suas ruelas. E, para os amantes do desporto, as opções no Verão também são inúmeras: mountain biking, rafting, caminhadas, bobsledding, pesca, equitação, paragliding, golfe, e até escaladas em que experientes guias levam os aventureiros até ao cume do Mont Blanc. dos tempos: grandes quantidades de madeira, pedra, telhados típicos de ripas. As suas ruas e ruelas são acolhedoras e, tal como o espírito de Megève, lojas de grandes marcas misturam-se com deliciosas e pequenas boulangeries, onde o pão é feito num forno artesanal à vista dos clientes; com boucheries cheias de produtos regionais; de doces Chocolatiers, ou pequenos restaurantes com cozinha gourmet divina F oi em 1989 que Jocelyne e Jean-Louis Sibuet construíram, no meio de um parque com dois hectares, a poucos minutos a pé do centro de Megève, um verdadeiro lugar de paz: o Les Fermes de Marie. A sua ideia era criar um hotel que tivesse o espírito de uma típica quinta da região, daí o nome Fermes e, Marie o nome da filha de ambos. Para criar o hotel, Jean-Louis passou mais de uma década percorrendo as quintas, negociando com os lavradores para comprar madeira centenária de chalets, celeiros e estábulos, muitos deles abandonados ou em estado precário. Jean-Louis desmontou-os, numerou cada peça de madeira, e reconstruiu depois oito chalets na sua propriedade. Jocelyne ficou encarregue de cada pedaço da decoração, misturando os movéis de madeira da Sabóia, tecidos e lãs utilizadas para os abrigos dos caçadores da região, troféus de caça, quadros (alguns pintados por ela), e um sem fim de objectos adquiridos em feiras de antiguidades e vasculhados em velharias, dando ao hotel um toque especial. Hoje, o Fermes de Marie é um hotel eleito tanto no Inverno como no Verão pelos mais exigentes clientes vindos de todos os cantos do mundo. E foi num dia de Verão alpino que cheguei a Megève para me hospedar aqui. Ao atravessarem-se os portões abertos de madeira, sentimos que estamos a entrar numa pequena e charmosa aldeia da Alta Sabóia... ou num cenário de contos de encantar. O edifício central é uma imenso chalet. O aspecto cosy e despretensioso difere das luxuosas marcas de automóveis estacionados cá fora no parque. Ao atravessar a porta parece que entramos numa casa de bonecas com relógios de cuco gigantes. A recepção prolonga-se, em desníveis, escadas, corredores, tudo em madeira. Para lá ficam duas salas, com ar de “nossa casa”, com livros espalhados em cima de uma mesa de jantar, nas estantes baixas ou delicadamente arrumados num armário de louça. Lá em baixo, os restaurantes e um bar de estilo rústico para tomar um vinho quente no regresso de um dia de ski, ou um cocktail fresco nas noites de Verão. Madeira, madeira e mais madeira. O hotel fica a poucos minutos a pé do centro da cidade, por um caminho ladeado por riachos e ribeiros, entre árvores e sebes onde passam, apressados, esquilos e coelhos, e de noite se podem vislumbrar raposinhas Acompanham-me até ao meu quarto que f ica num outro chalet. Vamos pelo jardim, as mesas estão postas cá fora para o almoço que se avizinha. Parecem preparadas, à espera de uma produção fotográf ica para uma revista de decoração. A Côte Ouest é a sua cara! Um pequeno e redondo jacuzzi exterior, também ele em madeira – mais parecendo um ofurô –, descansa num dos cantos, perto de um edifício que me dizem ser o Spa e o Fitness Center. Espreito a piscina através das paredes de vidro. Também ali o espaço é feito de madeira e pedras, como as águas das nascentes que descem montanha abaixo. Explicam-me, ainda, que todos os edifícios – 8 no total – têm ligação subterrânea, que funciona principalmente nos rigorosos tempos de Inverno, quando cá fora está tudo coberto de neve. Por agora, o sol está quente e o jardim está povoado de flores de todas as cores. Relva verde, flores coloridas e plantas aromáticas – narcisos, margaridas, alfazemas, rosmaninho, edelweiss – misturam-se com árvores, como macieiras, abetos e pinheiros. Os chalets vão surgindo, aqui e ali, por entre o caminho. Alguns estão rodeados por baixas cercas em ripas de madeira, formando pequenos jardins dentro do jardim, conferindo-lhe um ainda maior ar de privacidade, tranquilidade e encantamento. Ali, lenha aparada e empilhada cuidadosamente a uma porta; acolá, vasos com pequenas flores campestres enfeitando as janelas e varandas em madeira trabalhada. De algumas mais altas, caem tufos imensos que descem até ao chão, como se as longas tranças da Rapunzel se tivessem transformado em hera, deitadas cá para baixo para ajudar o príncipe a subir. Cadeiras feitas em finos troncos de árvores, e mesas que são grossos troncos, surgem em recantos. A natureza mistura-se no cenário e na decoração. O quarto é espaçoso, cheio de luz, forrado de madeira no chão e nas paredes. A decoração é a continuação da casa de bonecas do edifício central. Todos os cuidados foram tomados para criar um ambiente confortável, mas numa atmosfera própria da montanha, num estilo muito Ralph Lauren alpino. A casa de banho é de granito cinzento e inclui uma banheira imensa encostada a uma enorme janela com vista para as neves do Mont Blanc. O quarto dá para um pequeno jardim que se prolonga até ao jardim do hotel. Cadeiras e mesas em madeira com recortes com corações, parecem os movéis da casa dos sete anões da Branca de Neve: ou deverei dizer que são em estilo alpino? Sinto-me num cenário de um filme de Sessão da Tarde, ou a desfolhar um livro ilustrado de contos de encantar. Tudo à minha volta é verde, flores campestres, vacas a pastarem nas encostas, casinhas de madeira e, ao fundo, as montanhas, coroadas com as neves perpétuas do Mont Blanc. O barulho que se ouve, quebrando o silêncio, vem com a brisa que traz o som do badalo das vacas que pastam algures no campo, ou dos sinos do campanário de igrejas longínquas. De resto, apenas o chilrear dos pássaros ou o zumbir das abelhas em volta das coloridas flores. O ar é puro e fresco. Na pequena mesa do jardim está pousada uma ardósia, em jeito de tabuleiro: soube, depois, que é por aqui muito utilizado, com um copo com cerejas e um cesto com alperces, em sinal de boas vindas. Alguém pode desejar um cenário mais idílico? M egève é um dos hot spots da culinária francesa, recheada de restaurantes com estrelas Michelin. Para o prazer dos olhos e não só, o Fermes de Marie combinou delícias com cuidadas criações gastronómicas que glorificam os sabores da produção local. Os três restaurantes encontram-se no edifício central. O “Traditionel” fica numa ampla sala em madeira de tectos bem altos. Os quadros a óleo, retratando ilustres desconhecidos de tempos idos, parecem olhar-nos de soslaio. Toalhas de linho, louça artesanal da Sabóia e abat jours plissados transmitem-nos um doce ambiente campesino. O chef propõe uma carta imaginativa, elaborada ao sabor dos produtos da época. O menú é imenso e uma tentação. Aqui ficam algumas das iguarias com que me deliciei: Foie gras de canard à la Cardamome noire et Coriandre, Chutney aux myrtilles; Crème de courgette glaceé; salmon à le vapeur d’ail mousseline d’aubergine, feuilles de basilic en salade; Saint jacques et langoustine pochées au jus de persil simple petite salade d’herbes poivre et sel; sélection de fromages de la région et d’ailleurs de monsieur boujon et de monsieur rey… Além do menú tradicional, o restaurante tem um divino menú de cuisine Pure Altitude, mais leve, bom para a hora do almoço ou para quem quer ter um pouco de cuidado na alimentação, numa fantástica e deliciosa mistura entre o prazer de comer e a nutrição. Uma cozinha inventiva, como o inesquecível milk shake de legumes (courgettes, trois tomates e petits pois menthe); a terrine maison et champignons á l’huile; ou a tranche de fêta au pistou et salade d’herbes. É aqui que se toma o pequenoalmoço. Imenso, caseiro, campestre e delicioso. Variedade de pães, compotas, geleias, queijos, ovos, sumos, enchidos, chás, leite, iogurtes e bolos. Tudo saído da cozinha ou acabdo de chegar de alguma quinta das redondezas. Para os adeptos de uma cozinha rústica, mas muito saborosa, o outro restaurante, Rôtisserie, convida-nos a degustar especialidades grelhadas, preparadas à nossa frente. E, na tradição culinária savoyarde, outra opção é o restaurante de especialidades de queijo, que nos seduz com as suas receitas como o Fondue Savoyarde ou a Raclette, acompanhadas de charcutaria, saladas e batatas. Finalmente, o Alpage du Pré Rosset, um chalet na montanha, é um rendez-vous privilegiado e reservado aos clientes do hotel, que abre as suas portas duas vezes por semana. U ma das atracções do Fermes de Marie é o seu Spa Pure Altitude, pensado por Jocelyne, que criou uma linha de tratamentos, o Fermes de Marie Beauté, baseada em matérias primas da montanha, como o edelweiss, ou a água glaciar. O Spa foi construido à volta de cinco elementos: a pedra dos glaciares, a madeira, água viva, o fogo e a terra. O décor do Spa reflecte o espírito e a força da montanha. Paredes vão alternando madeira com pedra, fazendo-nos sentir numa floresta ou numa gruta. A recepção lembra as antigas farmácias, com armários de madeira branca e vidro, com grandes frascos em vidro redondo com plantas medicinais secas, como o anis ou a arnica. A sala de relaxamento, de luz ténue, lembra uma pequena clareira de um bosque: troncos de faias, tílias, freixos, bétulas, cruzam-se e misturam-se como na floresta, enchendo as paredes como um cenário natural. O efeito é repousante. A água fresca da montanha ouve-se numa das fontes. Aqui é uma ocasião para aproveitar e desfrutar de tratamentos relaxantes e reparadores à base de plantas e dos benefícios que a montanha nos pode oferecer. Mylène, a Spa Manager, aconselha os clientes sobre os tratamentos e produtos apropriados, como a gama Lift Alpes, Soin Himalaya ou Bol d’Air Pur… nomes que, por si só, já evocam evasão sensorial e nos deixam depois com uma pele macia, brilhante, suave e literalmente nas nuvens. 163, Chemin Riante Colline, Megève, França · tel: ++ 33 4 5093 0310 · www. fermesdemarie.com · a TAP tem voos para Geneve, que fica a cerca de 1 hora de carro · A HS agradece a colaboração da Maison de La France em Portugal, do Turismo de Megève,do Les Fermes de Marie e da TAP · Mais informações: Maison de la France Portugal, pt.franceguide.com ou www.megeve.com
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