Hipocondria

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Hipocondria
Aula 10
Hipocondria
Veja do que trata a reportagem publicada pelo site G1 em
19/05/2010 sobre hipocondria:
Saiba os sintomas e como prevenir a
hipocondria. Para especialistas,
transtorno pode surgir a partir de
carga genética. Principal
característica é a preocupação
exagerada de ter contraído doença.
Uma palpitação no peito e a pessoa já acha que
está infartando. Uma dor de cabeça e lá vem a
ideia de que pode ter um aneurisma a qualquer
momento. Essas são algumas das sensações
que passam pela cabeça das pessoas que
sofrem de transtorno de ansiedade, também
conhecidas como hipocondríacas.
Para especialistas, o transtorno pode surgir a
partir de uma carga genética e ser até mesmo
desenvolvido a partir da convivência,
especialmente se a pessoa estiver cercada
daquelas que sempre aumentam os problemas
e só falam de doenças.
Segundo a psiquiatra Fátima Vasconcellos,
chefe da Psiquiatria da Santa Casa de
Misericórdia, entre as características principais
de um hipocondríaco está a preocupação
exagerada de ter contraído uma doença, mesmo
racionalmente sabendo que não está com o
problema, manter preocupações intensas sobre
aquilo e virar refém de um mal que não existe.
De acordo com Fátima, com a internet, surgiu
um novo tipo de hipocondríacos, os chamados
ciber-hipocondríacos. São aqueles indivíduos
que saem investigando por conta própria, na
internet, sintomas de determinadas doenças que
acreditam ter ou que podem desenvolver. A
psiquiatra alerta para o problema, já que eles
acabam recebendo informações, na maioria das
vezes, sem nenhum respaldo científico e que só
pioram o quadro mental do paciente.
Para a médica, há duas formas de tratamento
para o problema. A primeira é deixar claro ao
paciente que ele não tem nenhuma doença
física, mesmo que ele alegue ao contrário. Isso
tem que ser feito com orientação e informação
sobre o caso de forma bem didática.
Uso de medicamentos antidepressivos
Outra forma de tratamento é o uso de
medicamentos antidepressivos, que deve ser
controlado e orientado por um médico. Nesse
caso, muitas vezes o hipocondríaco quer tomar
todos os remédios possíveis para resolver o
problema que não existe. E corre o risco de ter
realmente um problema de saúde por causa de
uma mistura de medicamentos. Alguns
especialistas também orientam atividades
físicas e pequenos trabalhos voluntários, no
caso de o problema já estar afetando a vida
pessoal do paciente, a ponto de ele não
conseguir mais trabalhar ou se relacionar
socialmente.
Começamos a aprender um pouco sobre hipocondria com esse texto acima; porém
como podemos defini-la?
A hipocondria é a preocupação com o medo ou a ideia de sofrer de uma enfermidade
com base numa interpretação errônea de sintomas ou funções corporais, em que o
indivíduo teme uma doença grave apesar de avaliações e garantias médicas
apropriadas. Nesse caso, existe uma preocupação excessiva com o próprio estado de
saúde. Esse excesso de preocupação pode levar à procura por tratamentos que não
são necessários e que muitas vezes são perigosos. Na maioria dos casos é difícil
diferenciar a relação da hipocondria com outras doenças como depressão e transtorno
obsessivo compulsivo (TOC). A diferença do hipocondríaco para um indivíduo sem
esse transtorno não está naquilo que a pessoa sente, mas em como sente, interpreta
e se expressa, verbalmente ou não.
Geralmente as pessoas acometidas por esse transtorno tendem a se automedicar. As
pessoas geralmente recorrem à automedicação para buscar alívio de um sintoma ou
obter a cura de uma doença. A automedicação frequentemente é desprovida de
orientação adequada; muitas vezes é influenciada por propagandas e aconselhamento
de pessoas não habilitadas (parentes, vizinhos, amigos). Se, de um lado, esses
medicamentos podem ser adquiridos livremente nas farmácias, de outro isso não
significa que seu consumo pode ser feito de qualquer maneira. A automedicação tem
seus riscos e pode causar efeitos indesejados e danosos à saúde.
Quando praticamos a automedicação por um período prolongado, corremos o risco de
estarmos mascarando uma doença mais grave. Determinados sintomas, como a febre,
são úteis para que possamos perceber que há algo errado com nossa saúde. Se
disfarçarmos esse sintoma com a automedicação durante muito tempo, corremos o
risco de retardar o diagnóstico e termos o quadro agravado, tornando o tratamento
adequado mais difícil. Os principais riscos da automedicação consistem em
desenvolvimento de tolerância e resistência, atrasos no diagnóstico e piora do quadro,
reações alérgicas, efeitos adversos, interações medicamentosas indesejáveis, com
diminuição ou aumento do efeito, e até mesmo intoxicações graves, que podem ser
letais.
A prática da automedicação deve ser desestimulada: medicamentos podem ser
benéficos quando bem indicados e sob orientação adequada, mas podem ser muito
prejudiciais se usados indiscriminadamente.
Leitura complementar 2: Vigilância Sanitária - Guia didático, p. 35-42.

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