Produção de Eventos Esportivos ao Vivo — Uma Visão de Campo

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Produção de Eventos Esportivos ao Vivo — Uma Visão de Campo
Produção de Eventos Esportivos ao Vivo — Uma
Visão de Campo
Produção de Eventos Esportivos ao Vivo – Uma Visão de Campo
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Para Iniciar
Para as pessoas da área de produção de esportes, mudanças
relativas à produção, distibuição e visualização para a televisão –
e os avanços em tecnologia que permitem tais mudanças –
criaram novas oportunidades importantes, assim como desafios
significativos.
Do lado positivo, agora é possível evitar os distribuidores
tradicionais de conteúdo de esporte e alcançar diretamente os fãs
interessados em eventos como atletismo e baseball do circuito
universitário e até eventos de nicho. Do outro lado do balancete
encontram-se fatores conhecidos como aumento da
concorrência, audiências menores e receitas menores se
comparados com eventos esportivos de apelo das massas.
Tudo isso confere aos produtores de esporte mais oportunidades
que nunca, em um negócio que jamais foi tão complicado ou
demandador como agora. Para nos ajudar a navegar, aqui estão
quatro profissionais de vídeo esportivo que obtiveram sucesso
dentro de suas respectivas organizações. Apesar de cada um
deles vir de um nicho específico dentro da comunidade, todos
têm estórias importantes para contar sobre seu sucesso
na produção esportiva.
Nestas entrevistas, quatro veteranos em
produção de vídeo esportivo compartilham
sua visão singular dos desafios e
oportunidades de hoje, assim como
conselhos valiosos para que outros possam
alcançarr sucesso semelhante.
• Ted Ballard, Diretor Executivo
Director de Broadcasting, Miami
HEAT
• Mark Fratto, D i r e t o r
Adjunto Seniorde
A t l e t i s m o , St. John’s
University
• John Servizzi, CEO da
WebStream Sports
• John Mitchell, Diretor de Áudio e
Vídeo, TD Garden
Especiais agradecimentos a Phil Kutz pela realização destas entrevistas.
O Sr. Kutz é editor colabotativo da Broadcast Engineering. Ele também escreve
diversas cartas eletrônicas para a revista e contribui frequentemente para a
broadcastingengineering.com.
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Miami HEAT Torna-se uma Marca Global
Entrevista com:
Ted Ballard, Diretor Executivo de Broadcasting
Miami HEAT
Ted Ballard, um veterano com 15 anos na organização Miami
HEAT, observou que sua operação de vídeo foi submetida a
um redirecionamento importante durante as temporadas de
2004-05e de 2005-06, resultando em grandes mudanças
para ele pessoalmente e para o braço de produção de vídeos
da equipe da NBA (National Basketball Association =
Associação Nacional de Basquete).
Ted Ballard, Diretor Executivo de Broadcastin
Ballard, promovido a diretor executivo de broadcasting, supervisiona todas as transmissões de televisão e rádio.
Ele produz e dirige muitas das transmissões da equipe e formou uma equipe de produção que, nas últimas nove
temporadas, foi responsável pelas transmissões da HEAT aos fãs através do parceiro regional de tv a cabo, Sun
Sports. Na temporada de 2010-2011, Ballard supervisionou os esforços da equipe para expandir a base de
transmissão, liderando várias iniciativas diferenciadas de programação no site da equipe.
Phil Kurz: Ao observer sua operação de vídeo no Miami HEAT, quais seriam os
maiores desafios que enfrentou numa perspectiva empresarial?
Ted Ballard: É engraçado – o m ai o r desafi o em presari al qu e
enfrentam o s resu l to u nu m a trem enda o ppo rtu ni dade q u e crei o
su rpreendeu a to do s aq u i . Este desafi o envo l veu o pro bl em a de
co m o pro du zi r pro gram ação antes e apó s o s jo go s, co m a
q u al i dade de em i sso ras grande s de T V, para a Interne t e a cu st o s
razo ávei s.
Entramos nas finais do NBA de 2011 com a ideia de produzir programação pré e pós os jogos
para a Web, com o objetivo de prestar um serviço aos fãs, porém não tínhamos nenhuma
expectative. Não promovemos esta programação; nós meio que fizemos um lançamento
sem alarde. Basicamente encaramos da seguinte forma: se as pessoas encontrarem a
programação, ótimo, mas é algo que achamos ser a coisa certa a fazer.
Acho que tivemos cerca de 20.000 acessos à página da Web no nosso primeiro jogo de definição do campeonato, mas
já nas finais estávamos com mais de 100.000 acessos à página. Nossa reação foi “Como? Wow!” Não havia
promoção e assim mesmo as pessoas vieram em grandes numerous e encontraram a
programação.
Phil Kurz: Como o Miami HEAT enveredou por este caminho?
Ted Ballard: Po r tanto s ano s, no ssa ú ni ca experi ênci a havi a si do co m cam i nhõ es de
pro du ção . Foi i sso q ue fi z po r 20 ano s de m i nha vi da e o qu e haví am o s fei to du rante
to da no ssa ex peri ênci a aq u i na HEAT atéentão, quando fazíamos a programação “ombros” (pré e pós
jogos). Nos jogos determinantes do
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campeonato nos anos de 2005 e 2006,
produzimos as transmissões pré e pós jogos a
partir de um caminhão de produção e estas
foram a oar através de nosso parceiro regional de
TV a cabo, Sun Sports. Fica muito caro levar
uma unidade móvel inteira, contratar toda
uma equipe, posicionar câmeras e tudo o
que está envolvido na prepraração de uma
produção como esta. Mas esta era a única
maneira que sabíamos fazer.
O desafio para nós mais recentemente foi
encontrar uma forma de obter a mesma
qualidade na transmissão sem um custo de
mais de USD 30.000 a USD 40.000 para uma
destas programações. Foi aí que a solução da
NewTek entrou.
escobrimos que ao utilizar o TriCaster no seu
potencial máximo, efetivamente conseguíamos fazer
uma programação realmente muito similar em
qualidade à que consguíamos produzir de uma
caminhão de TV.
Ted Ballard pilota a superfície de controle TriCaster
Ted Ballard: Co m a co ntra tação do Shaquille
O’Neal no verão de 2004 e o subsequente
Phil Kurz: Então a concepção da programação foi
na metade da última década?
desenvolvimento com Dwyane Wade,
percebemos que seria um período especial na história
da franquia.
Esta seria a primeira vez em que legitimamente tínhamos uma chance de ganhar um campeonato. Sabíamos que
queríamos documentar a evolução deste time e sua jornada em direeção ao campeonato de uma forma muito
especial.
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À época, me reuní com o produtor executivo da Sun Sports e dissemos “Puxa, temos que fazer isso
acontecer; temos que fazer esta programação pré e pós jogos e apostar nela.”
Atéhoje,aquelasforamalgumasdasproduçõesetelevisãodasmelhores quejáfizemos.Culminoucom2006,nãosócomaprogramação
duranteocampionatoquandootimeestavaemDallase venceu o campionato, mas também incluindo a celebração pelo campionato e
a parada. Aquele se tornou o modelo no qual baseamos todas as demais produções.
“Este desafi o envo l veu o pro bl em a de co mo pro du zi r
pro gram ação ante s e apó s o s jo go s, co m a q u al i dade de em i sso ras grande s de
T V, para a Interne t e a cu sto s razo áv ei s. ”
—Ted Ballard, Diretor Executiveo da HEAT Broadcasting
Aí chega o ano de 2010 e nos encontramos numa posição novmaente em que temos um time singular e
especial e, em alguns aspectos, sem precedents. Dissemos a nós mesmos: “ Não é hora de deixarmos de fazer
aquele tipo de programação. Não é hora de saltar do trem. É hora de nos certificarmos de que estamos dando
aos fãs tudo que possam digerir e consumer em termos de programação relacionada a esta jornada incrível e
a esta evolução incrível.
A diferença era de que nesta evolução de 2010-11 The difference was that in the 2010-11 estávamos
utilizando um veículo diferente. Para ser honesto, quando fomos a nosso parceiro de rede que havia
transmitido esta programação no passado, soubemos que seus compromissos de programação
haviam mudado. Eles haviam incorporado mais baseball e não achavam que poderiam se
comprometer em termos financeiros com a transmissão de nossa programação.
Foi quando dissemos: “Não aceitamos um “Não” como resposta. Temos um dos sites mais populares –
senão o mais popular– do NBA. Vamos aproveitar esta vantagem. Fizemos algo sem precedente.
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Decidimos criar estas programações e distribuí-las
online – sem saber exatamente como iríamos
fazê-lo. Mas sabíamos que tínhamos que
fazer isso. Tínhamos que descobrir uma
forma de transmitir a programação online.
Então todos colocamos nossos chapéus
pensantes para decifrar como conseguir colocar
esta programação online. Conseguimos e
estávamos fazendo programações fantásticas. O
sucesso daquelas programações era element
secundário. Simplesmente estávamos felizes por
conseguir a transmissão online.
Quando vimos o apetite dos espectadores e
percebemos existir um interesse tão forte por
este tipo de programação, confirmou-se o que
esperávamos ser o caso, mas também validou
nossos esforços.
Lições e Dicas Chaves
A distribuição de programação pré e pós alimenta um
apetite aparentemente insaciável dos fãs que desejam
informações sobre seu time o tempo todo, em
todos os dispositivos.
O alcance mundial da web aumenta a audiência
além das fronteiras locais e ajuda a construer a
marca internacionalmente.
Não se torne complacente. Pesquise cada jogo,
rolo dos lances principais ou estória como uma
oportunidade de se conectar com espectadores.
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Então conseguimos patrocinadores e nossa emissora de TV voltou no ano seguinte e disse “Vocês
obviamente têm tido sucesso. Como podemos voltar a trabalhar juntos?”
Phil Kurz: Além de atrair novamente a Sun Sports para levar a programação a oar, o que mudou em seu
negócio desde que começou a maximizar a tecnologia de produção de forma a criar conteúdo de
televisão para transmissão via emissora e pela Web?
Ted Ballard: Eu sal i entari a o s ní vei s m u l ti facetado s em qu e no ss o pro du to é co nsu m i do .
Há dois anos, quase não colocávamos nada na Web. Atualmente, a maior parte do que fazemos
podemos criar de forma a poder também colocar no site da HEAT.
As pessoas têm um apetite impressionante por nosso produto e o que é fantástico é que no passado
passaríamos horas criando um recurso ou um teaser. Puff, em 30 segundos ou um minuto de transmissão
ele desaparecia – para nunca mais ser visto.
Agora podemos criar coisas que você encontrará no YouTube. Teve aquele lance em que um fã entrou na
quadra e arremessou do meio da quadra e foi agarrado e abraçado pelo LeBron (James). Dez milhões
de pessoas assistiram aquele lance e felizmente estávamos filmando e capturando aquele momento.
Fizemos playback do lance e nosso repórter da lateral da quadra, Jason Jackson, entrevistou o cara. No passado,
talvez você visse esta cena no SportsCenter; talvez você visse num programa semanal ou de fim
de ano com os melhores momentos. Agora, você pode ver quando quiser e 10 milhões de pessoas
fizeram exatamente isso.
Eu creio que a forma de criar vínculo com a sua audiência é reconhecer o fato de que muito do que você faz é
consumido não apenas no instante mas, de uma certa forma, perpetuamente.
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Esta foi uma mudança enorme. Alterou a forma como fazemos as coisas. Requer de nós que façamos muito
mais, porém também permite que façamos muito mais porque podemos fazer campanhas integrais
baseadas na Internet ou mídia social e ainda assim encontrar outro canal para nosso produto. Isso
representa um desaafio mas, ao mesmo tempo, uma recompensa.
Phil Kurz: Como que o maior alcance da Internet, quando comparado ao alcance do seu parceiro
regional de TV a cabo, impactou a marca Miami HEAT?
“Tivemos fas em mais de 25 países acessando nossas coberturas online.”
—Ted Ballard, Diretor Executivo do HEAT Broadcasting
Ted Ballard: Sei qu e o Miami HEAT está bem ciente de sua popularidade no mundo inteiro, mas não creio
que percebemos a distribuição de nossa programação no nosso site como forma de alcaçar estes fãs até que
efetivamente colocamos no site e vimos a resposta.
Quando iniciamos online, não creio que ninguém pensou que o que podíamos fazer viesse
efetivamente a ulttrapassar o modelo de prover nossa programação aos fãs no sul da Florida que
assistem à programação no Sun Sports.
Tivemos fãs em mais de 25 países acessarem a nossa cobertura online. Por exemplo, a Web abriu nossos olhos para
todas as pessoas nas Filipinas que se interessam pelo Eric Spoelstra, que tem ascendência Filipina. E há as
pessoas da China. Você sabe, alguns daqueles mercados incríveis, não percebíamos que esta seria uma
mmaneira fantástica de alcançá-los. Eles assistem à nossa cobertura, as às coletivas de imprensa após os jogos,
dos sons do vestiário. Sabe, estamos proporcionando a eles a cobertura mais completa, mais detalhada
de seu time e estamos alcançando pessoas além das froneiras da Flórida e além das fronteiras dos
Estados Unidos.
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Phil Kurz: Se você pudesse dar a seus colegas de profissão uma lista com as três dicas principais para se
alcançar sucesso compatível com a sua operação no HEAT, o que estaria nesta lista?
Ted Ballard: Prim ei ro , acho q u etudo começa com preparação e planejamento. Ao longo dos anos,
descobrimos que não importa qual o assunto, qual a agenda, quanto mais se pensar e planejar, maior o
sucesso.
De vez em quando as coisas saem bem de forma accidental. Mas se você quer garantir o sucesso, tem que
planejá-lo.
Segundo, sempre acredite que tudo é possível. Eu acho que muitas vezes as pessoas fracassam porque acreditam
que algo está muito além do reino das possibilidades ou nunca viram outros fazerem aquilo. Podem acreditar
que sera difícil demais para realizar, então nem tentam.
Locutores esportivos no cenário da HEATV
Eu defendo que se acredite que tudo é possível e então que se tente realizá-lo.
Uma vez que você acredita que consegue fazer algo, encontrará uma forma de chegar lá.
Vocêsesurpreendecommaisfrequênciadoquenãosesurpreende.
Terceiro, acho que acreditar nas pessoas à sua volta. Por mais que às vezes fazemos
investimentos em nosso produto pessoalmente e colocamos muito esforço nisso, ninguém consegue
fazer nenhuma parte disso sozinho,
o que dizer então de todo o produto. Portanto, você tem que acreditar nas pessoas à sua volta. Quando
você acredita, você os ajuda a investir no seu produto. Você transfere a eles um sentido do investimento
e aumenta a probabilidade deles atingirem o sucesso que você espera que cosigam. Mas até você lhes
dar estas oportunidades, só alcançarão o que você lhes permite alcançar.
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A St. John’s Sedimenta Exposição para os Programas Universitários
Entrevista com:
Mark Fratto, Associado Sênior e Diretor de Atletismo da Universidade
St. John’s
Agora em seu oitavo ano na Universidade St. John’s, Mark Fratto vem supervisionado uma iniciativa
agressiva para fazer a transição da operação de vídeo do departamento de atletismo para produção em HD, liderando
a implementação de uma estratégia para a Web que consiga manter engajados os ex-alunos e fãs com os
times da instituição, através de transmissões na web de programas com os melhores lances, acontecimentos
especiais e que contam com a participação dos treinadores e fazendo streams, em tempo real, de jogos no
RedStormSports.com.
Mark Fratto, AssociadoSênior e Diretor de Atletismo
Sob a direção de Fratto, a universidade também produz o Relatório Red Storm, um programa de melhores lances
dedicado aos times de basquete masculino e feminino da Universidade St. John’s, para a rede regional de
programação esportiva SportsNet New York e, no último ano, 60 jogos para a ESPN3.
Fratto indica como uma das realizações recentes mais importante de sua operação, um
acordo com a ESPN quealavancatransmissõesdecoberturasdejogosemHDemmúltiplasplataformas, eo
desenvolvimentodeumcurrículodeproduçãodevideosquepermitequeestudantesdegraduçãoepós-graduação
tenham acesso a experiências de produção no mundo real, enquanto fornece pessoal para
produzir as coberturas de jogos e o sucesso de ter elevado os times da universidade na
visibilidade nacional – graças ao trabalho de alta qualidade da euqipe de produção de vídeo
da St. John’s.
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Phil Kurz: Do ponto de vista do negócio, quais são os principais desafios que você
enfrenta?
Mark Fratto: O m ai o r de s a f i o do no s s o n e g ó c i o é maximizar a
cobertura de nossos times no mercado de mídia altamente competitivo da
cidade de Nova York. Ao mesmo tempo que sabemos que é o maior
mercado de mídia, ele é também o de maior número de concorrentes
em nossa perspective. A cidade de Nova York tem 10 times
esportivos profisisonais e 100 universidades. Nós da Universiade St.
John’s competimos por manchetes e notícias com cada um deles.
A capacidade de promover a nossa marca contando as nossas estórias é
essencial ao sucesso do nosso negócio. Mais cobertura não significa
apenas mais exposição do nosso programa de atletismo com relação
aos potenciais compradores de bilhetes da temporada,
patrocinadores, doadores, ex-alunos, fãs e atletas-estudantes, mas
também ajuda a aumentar a percepção da St. John’s junto aos
estudantes do segundo grau que estão analisando opções de
universidades.
A capacidade de gerar nosso próprio conteúdo de vídeo e distribuí-lo tem sido uma ferramenta valiosa para nós
como profissionais de comunicação e administradores de universidade. Nossa capacidade de melhorar a qualidade
de nossas produçõestem nos dado a oportunidade de alcançar uma audiência nacional através da ESPN, líder
mundial em esportes. Isso é algo que poucas faculdades e universidadestêm conseguido, de forma
consistente.
Phil Kurz: Então, melhorar a qualidade de sua produção esportiva está diretamente ligada ao atingimento de seu objetivo.
Mark Fratto: E x a t o . Sempre nos colocamos o desafio de continuamente elevar a sofisticação de nossa produção
de vídeo, mas esta postura tomou outro significado quando tentamos engajar a ESPN em um contrato onde há um
valor monetário atribuído a cada jogo. Eles têm um padrão de qualidade para a produção que deve ser alcançado
sempre, toda vez. Assim, sempre estabelecemos objetivos cada vez mais elevados na evolução de nossa operação.
Agora ela se tornou um verdadeiro negócio, sendo um ativo que gera receita para nosso programa de
atletismo como jamais anteirormente.
Isso representa um desafio quando se trata de hardware e seleção de hardware, assim como quando temos
que montar o quador de recursos humanos. É um desafio quando quando pegamos o que era uma operação
pequena de apenas uma câmera de streaming que queríamos experimentar para o benefício de nossos fãs e
transformá-la emu ma companhia de produção altamente evoluída com base no campus universitário.
Enfrentamos desafios em cada etapa e conseguimos responder bem a eles.
Phil Kurz: Não deve ser barato fazer isso. Como temgerenciado o lado de custos da equação?
Mark Fratto: U m a d a s co i s a s b e m i n t e r e s s a n t e s p a r a u m a u ni v e r s i d a d e d e no s s o po r t e é
o f a to de n ão po s s u i rm o s o o r ç am e n t o p a ra p r o du ç ã o qu e s e p o d e a s s o c i a r à s
m a i o r e s f a c u l d a d e s o u u n i v e r s i d a d e s em fu t e b o l a m e ri c a n o no B C S ( B o w l
C h a m p i o n s hi p S e ri e s = C am p i o n a t o U ni v er s i t á r i o ) . Portanto, incorporamos de forma
significativa os estudantes em nossas transmissões e efetivamente ampliamos o currículo acadêmico para
incluir cursos de produção, onde estudantes de graduação e de pós-graduação contribuem de forma
expressiva na produção de cada jogo.
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“Dever de Casa” a d q u i r e n o v o
significado quando estudantes
estão operando nosso
equipamento de grafismos e,
acidentalmente,selecionam o
gráfico errado ou acionam o
b o t ã o e r r a d o e milhões de pessoa
acabam vendo. Tem sido um desafio, mas
extremamente gratififcante o fato de nossa operação
estar contribuindo tanto para um caminho professional
legítimmo aqui no campus.
Phil Kurz: Então o contrato com a ESPN quevocê
mencionoudevedar umaexposiçãonacionalà St. John’s de
uma maneira bem diferente conseguida pelos
times da universidade anteriormente.
Mark Fratto: N ó s t e m o s p r o du z i do jo g o s
a o vi v o e m HD em 720p ou 1080i que foram ao ar
através de diferentes emisoras parceiras, por
exemplo fizemos três jogos no ano passado que
foram transmitidos pela CBS Sports Network.
Fizemos também um jogo ao vivo para a
SportsNet New York. Ambas são redes transmissoras.
Mas nosso acordo com a ESPN3 tem funcionado bem
paranósdevido ao número de jogos (60)onde temososdireitos
vincu ladosem 2012-13na Big East Conference ( ), e a
distribuição ampla que obtemos através do aplicativo
Watch ESPN emPCs, tablets e smartphones.
Como estamos produzindo e transmitindo um sinal de televisão em HD, em tempo real, já tivemos a ESPNU
acessando as nossas transmissões durante jogos importantes. Quando realçamos lances durante ou após os
jogos, eles se encaixam bem com ESPN SportsCenter e outras programações da ESPN. Nós
conseguimos emplacar um número de lances entre Os Dez Melhores Lances este ano
equivalente a times que estão classificados dentre Os Dez Melhores do país, como Indiana,
Duke ou Kentucky quando classificados no início do ano.
Phil Kurz: Então o fato de estar alavancando sobre tecnologia de produção em HD de custo mais razoável está gerando
benefícios efetivos para os negócios.
Mark Fratto: O qu e co ns e g u i m o s ao c a p i t a l i z a r sobre esta tecnologia foi colocar o modelo de
negócios de cabeça para o baixo, agora podendo fazer com que transmissões cobrindo os esportes Olímpicos
e os esportes femininos sejam mais lucrativos do que jamais foram.
Adicionalmentye, a exposição que conseguimos certamente tem um valor que pode ser convertido em dólares.
Se você olhar de forma semelhantes à propaganda paga para nossa universidade e para nosso programa de atletismo –
em termos de tempo de cobertura para a Saint John’s University – se você fosse comprar este tempo numa emissora
naiconal importante ou mesmo numa emissora local ou regional, verificaria que os custos seriam astronômicos.
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Também podemos vender patrocínio na transmissão, o que varia de acordo com a emissora parceira. Nossa capacidade
de aproveitar a oportunidade de integrar os elementos de patrocínio na própria produção é algo que nunca tivemos
anteriormente.
Phil Kurz: Que conselho você daria a alguém que estivesse no seu lugar para atingir o tipo de sucesso conseguido pela
Saint John’s University com sua produção de vídeo esportivo?
Mark Fratto: P r i m e i ro , v o c ê t e m qu e s e l e c i o n a r hardware do qual você pode extrair muito valor pois mesmo
para as universidades do Estado do Trexas ou Florida, todos têm que considerer e gerenciar um orçamento.
“A capacidade de gerar se próprio conteúdo de vídeo e distribuí-lo tem sido ferramenta valiosa.”
—Mark Fratto, Associado Sênior e Diretor de Atletismo, St. John’s University
Ainda no tópico hardware, creio que o equipamento tem que ser de operação fácil de ensinar a indivíduos
que não têm muita experiência porque ficamos atentos aos aspectos financeiros e fiscais. Você terá que
incorporar estudantes ou recém-formados, pessoas que não são veteranas de muitos anos
de televisão pois essa é uma forma de manter baixos os custos. Portanto você precisa de
hardware eficiente em custo, onde se consegue muito valor pelo preço e que seja fácil de
usar e fácil de ensinar sua operação a outros.
Segundo, opróximodesafiodepoisdohardware é o de montagem da infraestrutura e você tem que
entender sobre as localidades de transmissão. O que tentamos montar em seguida foi uma
unidade móvel da forma mais eficiente possível. Por ora, tudo está “um pouco móvel demais”e
levamos nosso hardware de localidade em localidade e fazemos a montagem a cada vez, e isso
é o que desejamos reduzir. Outro aspecto da infraestrutura agora que a transmissão digital se
torna uma forma de redução de custos comparativamente ao satellite ou fibra ótica, consiste em
assegurar consistência em suas transmissões via IP (Internet Protocol = Protocolo da Internet).
Terceiro, você deve ter um plano de recursos humanos e, novamente, este tem que ser sob a ótica de responsabilidade
financeira. O cerne de nossa operação consiste de um compromisso de
oferecer uma porta legítima
educacional e de dar aos alunos da St.
John’s University uma vantage relative
perante outros estudantes que querem
se dedicar à produção, mídia,
comunicações ou broadcast. Portnto,
tem sido muito interessante e uma
forma muito gratificante de enfrentar o
desafio de quem fará parte da equipe
para seus jogos e também maximizar o
benefício para toda a universidade
versus apenas o benefício para o
programa de atletismo.
Phil Kurz: Houve algum momento “puxa,
é isso aí” que permitiu alcançar sucesso?
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Mark Fratto: N a v e rd a de fo i u m a co m bi n a ç ã o d e de s c o b r i r q u e ha v i a t e c n o l o g i a d e
p r o d u ç ão em H D d e al t a q u a l i d a d e e c u s t o b a i x o j u n t a m e n t e co m a t r a n s m i s s ã o vi a IP e
q u ã o co n f i á v el e s t a se t o r n a r a .
Estávamos na Conferência de Vídeos Esportivos Universitários do Sports Video Group (Grupo de Vídeo Esportivo) e participamos
de painéis consecutivos há dois anos. Um cobria a próxima geração de eqipamentos de transmissão digital e de
switchers d eprodução em HD e o subsequente era sobre transmissão via IP e como ela pode ser utilizada para
envoi de eventos esportivos para redes lcoais de televisão. Fiquei impressionado.
Phil Kurz: O que, em sua percepção, falta a seus pares que ainda não conseguiram o sucesso alcançado pela
St. John’s?
Mark Fratto: O qu e nó s c o n t i n u a m e n t e b u s ca m o s é co n s i d e r a r i s so co m o u m p ro c e s s o
d e v á r i a s e t a p a s e p ro c u r a m o s ef e t i v a m e nt e f o c a r n e s t e p r o c e ss o . N ã o s e po d e e s p e r a r
q u e t u do a co n t e ç a do d i a p a r a a no i t e .
Para nós, o acordo com a ESPN resultoudemaisdeoitoanosdeconstruçãodenossoprocessodeproduçãoeumanodereuniões,
telefonemas e e-mails com este líder global. Nesta direção então fluidram todas as coisas que tínhamos que fazer no
campus para garantir uma infraestrutura confiável e para certificar que utilizávamos todos os aspectos legais de acordos de
direitos de transmissão. Realmente tivemos que revisar tudo inúmeras vezes.
Tivemos que trabalhar mjuito próximos à nossa Divisão de Assuntos de Negócios para projetar os orçamentos para os
investimentos de capital e os custos operacionais. Todos estes components devem ser olhados passo a passo e, gradativamente,
você começa a marcar os ítens de sua lista como realizados. À medida que vai realizando os objetivos menores, cria-se um
momentum para toda a operação.
Principais Lições e
Dicas
Produção de alta qualidade e profissional é
imprescindível quando enfrentamos
concorrência local de diversos times
profissionais e do circuito universitário na
região.
Produções profisisonais e de alta qualidade também
criam novas oportunidades de receita.
Tecnologia de produção de ponta e fácil de usar é necessária
para criar um ambiente para os estudantes de produção terem
sucesso.
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WebStream Sports Fideliza Audiência e Provoca Crescimentos em seus Negócios
Entrevista com:
John Servizzi, P r e s i d e n t e E x e c u t i v o , WebStream
John Servizzi e n c a r a c o m h u m o r a s m a i s d i v e r s a s s i t u a ç õ e s , m a s f i c a
extremamente sério quando se trata de sua empresa,
WebStream Sports, e dos programas que esta
produz.Focada tanto na produção para transmissão quanto
na produção sem o propósito de transmissão envolvendo
conferências atléticas, departamentos de atletismos de
universidades e outras instituições relacionadas a esportes, a
WebStream Sports tem comprovada atuação na produção
de tudo desde jogos ao vivo da Segunda Divisão da
NCAA (National Collegiate Athletics Association = Associação
Esportiva Universitária) até nos campeonatos nacionais da Primeira
Divisão.
A empresa sediada em Indianapolis e que faz oroduções
epsportivas movies é guiada pela proposição de que é
possivel produz esportes para distribuição na Web ou ara
transmissão por uma fração do preço geralmente associado
à produção de grandes eventos esportivos, sem sacrificar a
qualidade associada a estes grandes eventos. Este princiípio
garantiu `a WebStream Sports uma lista de clients de
respeito e, ainda mais importante, uma
Executivo John Servizzi, Presidente
audiência para estes clients que, de acordo com o Servizzi ,cresceentre25e50porcentoaoano.
Ao alavancar uma tecnologia de produção que oferece uma relação extraordinária entre valor e custo,
montar uma equipe de produtores que almejam tornar-se ótimos contadores de estórias e surfar o tsunami da
distribuição pela Internet a telas múltiplas, Servizzi transformouaWebStream Sports em uma máquina de
produção que é responsável por quase 1.000 programas por ano.
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Produção de Eventos Esportivos ao Vivo – Uma Visão de Campo
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Phil Kurz: Do ponto de vista do negócio, quais são os
principais desafios que você enfrenta?
John Servizzi: Acho que provavelmente são os
mesmos para todos. Sabe, mesmo com todo o avanço
da distribuição pela Internet, ela ainda não compete
com distribuição em transmissão pelas emissoras, e se
você tem a oportunidade de trabalhar com uma
emissora nacional ou entidade nacional, os números e
o faturamento se tornam substancialmente mais fáceis
de atingir. Produzir exclusivamente para a Internet
ainda não constitui um gerador de receita para a
maioria das organizações. Ainda constitui uma
despesa sem o equivalente em receita. Em termos de
crescimento, isso representa uma dificuldade.
O outro desafio para nós é que aqueles no topo do setor e nas emissoras têm recursos virtualmente ilimitados
e, ao mesmo tempo, nossa audiência espera que apresentemos produto com qualidade equivalente ao deles.
Para nós, creio, ser ainda mais difícil que as programações do nível das emissoras de rede pois temos que
encontrar uma forma de distribuição.
Vocêquer produzir do que o espectador espera ver. Não queremos justificar o que fazemos; queremos que o que
produzimos esteja totalmente em linha com o que qualquer outra pessoa esteja fazendo e dane-se o
orçamento. Esta é nossa postura e continuará sendo.
Phil Kurz: Quais são os principais conselhos que você daria a alguém que enfrenta desafios semelhantes?
John Servizzi: Você tem que conhecer a sua zona de atuação. Este é um princípio que debatemos
frequentemente. É ótimo sair para tentar matar um dragão enorme ou tentar emplacar aquele
projeto de receita significativa, mas a realidade é que todos têm que começar em algum ponto.
Você tem que conhecer suas capacidades e seus limites neste dado ponto. Você pode tentar
aquela
tacada,
mas
é
como
com
Cecil Felder ou com Babe Ruth. A realidade é que eles erraram três tacadas consecutivas no
baseball de forma tão impressionante quanto conseguiram homeruns. Mas nos negócios não se
deve ter tacadas perdidas impressionantes. Esta é uma postura nossa que posso compartilhar.
Do ponto de vista da tecnologia, sempre existe algo melhor do que aquilo que você está
utilizando – é da natureza deste setor. Sempre há algo novo e melhor que você poderia estar
utilizando e a realidade é que ninguém em casa sabe o que você está utilizando. Outra realidade
é que ninguém em casa se importa. Só se importam é com você estar fazendo um programa
espetacular.
Não me importo se você está filmando com filmadora VHS ou Hi8 ou o que quer que esteja
disponível. Existem regras nas produções excepcionais que prevalecerão sobre qualquer aspect
técnico. Não importa. Conteúdo bom é conteúdo bom é conteúdo bom.
Phil Kurz: Qual foi o momento de “eureka, é isso aí que você teve ou a sua descoberta que permitiu que
você começasse a desfrutar do sucesso que tem tido em produção esportiva?
John Servizzi: Não creio ter havido nenhum momento “eureka”. Acho que percebemos rapidamente que
neste setor você é tão bom quanto a sua última produção. A realidade para nós é que quando começamos a
fazer inserções de opiniões dos treinadores com camera única não demorou muito para que uma pessoa
dissesse “Isso foi ótimo, mas conseguimos colocar um relógio nisso? Conseguimos replays? Conseguimos
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Produção de Eventos Esportivos ao Vivo – Uma Visão de Campo
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anunciantes? Conseguimos gráficos melhores? O abismo ali na nossa frente se tornou bem acentuado,
muito rapidamente.
“A realidade é que ninguém em casa sabe o que você está utilizando (para sua produção esportiva).
Out r a r e a l i d ad e é que ni ng u é m e m cas a s e i m po r t a. E l e s s e i m po r t am é co m
v o c ê f a ze r u m p r o g r a ma e s pe t a cu l ar . ”
—John Servizzi, Presidente, WebStream Sports
Então, acho que é neste momento que você precebe que atingiu o nível e que streaming é legítimo, o
momento em que a audiência olha a sua produção e diz “Não nos importa quanto está gastando. Não nos
importa o que está utilizando para produzir. Só o que nos importa é que você está produzindo algo que tem
a aparência que deveria ter.” Acho que é isso que nos motiva.Quero que nossos jogos de futebol Americano
americano se pareçam o máximo possível com uma transmissão da NFL.
Certamente, existem limitações tecnológicas. Existem
limitações orçamentárias. Mas não quero que os
produtores pensem nelas. Quero que pensem em
conseguir algo grandioso em tudo o que fizerem e
pensem em que esperam ver enquanto espectador. E
corram atrás de produzir isso.
Phil Kurz: O que, na sua percepção, seus pares estão
fazendo ou não fazendo que impede-os de avançarem e
terem sucesso?
John Servizzi: Acho que a área de grafismos é uma
que necessita consistentemente de melhorias. Não
se captura inteiramente o que um programa de
emissora oferece versus uma produção local.
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Produção de Eventos Esportivos ao Vivo – Uma Visão de Campo
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Vocêpode aplicar este conceito desde uma TV local e rede de esportes regional até as emissoras
nacionais – e você pode verificar os incrementos. Realmente, quando você tem quatro câmeras
acompanhando um jogo de basket, você tem quarto câmeras focando um jogo de basket. As
configurações das câmeras são essencialmente as mesmas. A diferença nos níveis de grafismos
conseguidos. Está na maneira como o programa é distribuído; está na maneira como o programa
é empacotado, que faz toda a diferença do mundo.
Eu diria às pessoas como conselho considerando o que vejo as pessoas fazerem de errado é que
simplesmente não conseguem a aparência correta. Simplesmente não conseguem os grafismos corretos.
E não quer dizer que necessariamente tudo tem
que ter animação e que tudo tem que ser assim
ou assado. Mas sim, onde cabem os grafismos?
Como contribuem para a estória? Diria que a
maioria das pessoas que não fazem isso bem
não entende que há mais na produção de um
jogo do que cobrir o jogo simplesmente.
Negligenciam seu papel de contadores de
estórias.
Acho que minha equipe e meus produtores
realmente abraçam sua responsabilidade como
contadores de estórias.
Principais Aprendizados
e Dicas
Apesar de receita mais baixa, as expectativas do
espectador permanencem elevadas, portanto não
há espaço para reduzir qualidade.
Almeje resultado grandioso em cada produção,
independentemente de limitações tecnológicas ou
financeiras.
Para obter conteúdo de fidelização de audiência, seja um grande
contador de estórias.
Phil Kurz: O que mudou em seu negócio
desde que você começou a atuar no ramo?
John Servizzi: Não estou mais trabalhando do meu quarto. Temos um escritório de 10.000 pés quadrados e
cerca de 15 fncionários de tempo integral. Então isso já foi uma mudança. Não posso mais vir trabalhar de
pajama, o que realmente é uma pena.
Creio que sempre que se alcança sucesso, você tem batalhas e dores associados ao memso. Não quero que
infiram nem por um Segundo que tem sido fácil ou divertido em todo o percurso. Mas creio que a postura de
minha equipe ao cobrir um evento é que realemnte constitui o fator diferenciador.
Sabe,setomarmosumaequipedepessoastodascomprometidasentresiecomnossosclientes e com os jogos e atletas que
cobrimos e as coisas mudam. Este não é um emprego para quem trabalha aqui. Não é apenas um emprego.
Existe um element vocacional; existe uma paixão. Todos amam e respeitam uns aos outros,
genuinamente.
Existe um clima aqui diferente de qualquer coisa que eu já tenha visto.
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O TD Garden Incrementa a Experiência dos Jogos deTimes Locais para os Fãs em
Boston
Entrevista com:
John Mitchell, Diretor de Áudio e Vídeo
TD Garden
Os fãs que visitam o TD Garden, estádio dos Boston Bruins do NHL e dos Boston Celtics da NBA, conhecem bem o
trabalho de John Mitchell, mesmo que não o conheçam pessoalmente. Isso porque cerca de 1,5 milhões
de fãs dos Bruins e dos Celtic que passam pelos portões do TD Garden podem dar uma olhada pela segunda ou terceira
vez em lances importantes de jogos num quadro de placar que custou milhões de dólares, equipado com telas de LED de
alta definição.
Mitchell trabalha como diretor da sala de controles para os
Celtics, Bruins e todos os outros eventos no TD Garden, nos últimos
18 anos. Ele gerencia uma equipe de 35, incluindo pessoal de produção
equipe de eventos ao vivo e engenheiros de transmissão. Ele também
dá suporte de vídeo para pessoal de replay da NHL e o pessoal de
estatística da NHL, assim como ajuda na coordenação de inserções
de câmera e áudio para transmissoras de radio e TV que cobrem
jogos no estádio.
Mitchell e sua equipe de produção de vídeo também
fornecem serviços de streaming para a Internet dos
eventos no TD Garden, inclusive shows de estações de radio locais,
lutas de box, jogos que antecedem a temorada e eventos especiais.
John Mitchell, Diretor de Áudio e Vídeo
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Phil Kurz: Do ponto de vista do negócio, quais são os
maiores desafios que enfrenta?
John Mitchell: O s m a i o r e s d e s a f i o s q u e
e n f r e n t a m o s n o Garden envolvem como maximizar os dólares de capital investido para incrementar a
experiência dos fãs de tal forma que fiquem ansiosos para voltar para outro jogo. As transmissões em HD de eventos
esportivos são tão boas agora que temos que realemnte dar aos fãs uma razão para se levantarem do sofa e
virem ao jogo. Apresentar o jogo de forma eficaz ajuda a manter os fãs ligados no jogo e oferece formas
criativas de diverter a multidão antes do início do jogo, nos intervalos e nas interrupções do jogo e, ao mesmo
tempo, ter receita de patrocínio.
Agora, os fãs não apenas assistem aojogo em tempo real, mas também a replays de lances chave, de ângulos
múltiplos. Também incluíamos abertura dos jogos com efeitos especiais incríveis, vídeos com realces do
jogador e do time com fundo musical em nível de qualidade das emissoras de TV, juntamente com grafismos
impressionantes e animação em 3D. Mais ainda, mostramos imagens ao vivo de fãs na tela do placar
dançando para música excelente, mostrando emoção, torcendo pelo seu time e se tornando parte do jogo.
Todos estes elementos são utilizados para criar uma experiência complete e envolvente que imprime muito
valor ao preço de seu bihete e faz com que queiram retornar.
Uma das formas de encararmos este desafio este ano foi adquirindo dois sistemas de replay NewTek
3Play que realemnte incrementaram nossa forma de apresentar os jogos na tela do placar do Garden HDX
LED. Graças aos nossos sistemas de replay 3 Play, imagens das novas câmeras NHL dentro da rede, das
câmeras em cima do gol, das câmeras remotas por trás da cesta e em outros ângulos fantásticos que nós
nunca conseguimos fazer replay antes, agora estão disponíveis ao produtor e ao diretor. Isso oferece aos
fãs replays múltiplos, em vários ângulos, dando a eles uma visão incrível de cada jogada espetacular.
Phil Kurz: Consegue me dar um exemplo desta combinação do uso da tecnologia que
incrementou a experiência dos fãs?
John Mitchell: E m j o g o r e c e n t e d o s Bruins houve uma jogada apertada na prorrogação que não foi
considerada gol. Quando o juiz chegou na area do penalty para rever a jogada, já tínhamos mostrado o
replay da nova câmera dentro da rede com o disco claramente tendo entrado na linha do gol. Os fãs
conseguiram ver imediatamente que foi um gol. Eles explodiram ao saber que os Bruins tinham acabado de
vencer o jogo. Se fosse no ano passado e não tivéssemos ainda os 3Plays, eles não teriam conseguido ver o gol que
definiu a vitória daquele novo ângulo. No ano passado, podíamos escolher a partir de três ângulos de câmera, este ano temos
opção de 11 ângulos.
Phil Kurz: Então sua produção de vídeo para a tela do Garden em HDX LED está ajudando a criar uma experiência
única para os fãs no estádio Garden.
John Mitchell: S e m d ú v i d a , e s t a m o s a m p l i a n d o a e x p e r i ê n c i a d o s f ã s .
Estamos trazendo todos os ângulos de câmera dos caminhões de TV disponíveis para cobertura de um jogo. Não temos
que pagar pelo equipamento ou mão de obra. Conseguimos entrada de todo este material de vídeo, como da câmera no
alto que a NHL coloca e das câmeras dentro da rede. Juntos, representam mais quarto tomadas incríveis que
podemos mostrar.
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“Agora é possível equipar u m a s a l a d e c o n t r o l e c o m t e c n o l o g i a d e p r o d u ç ã o e m H D
d e a l t a q u a l i d a d e , a um custo bem razoável.”
—John Mitchell, Diretor de Áudio eVídeo, TD Garden
As emissoras têm duas câmeras baixas e as câmeras robóticas colocadas no vidro atrás do goleiro nos jogos de
hockey ou em cima da placa atrás da cesta nos jogos de basquete. Tentamos gravar o maior número que
conseguimos destas câmeras durante o jogo e então armazenar estes arquivos HD MOV logo após o jogo. O
pessoal da edição agora tem um grande número de ângulos diferentes para escolher quando prepara vídeos
com música ou aberturas de jogos. Durante os jogos, um determinado ângulo de jogada é melhor no início do
jogo e outro, com mais tempo de jogo. Portanto, ter a opção de todos estes ângulos de câmeras de todas as
jogadas realmente incrementa os vídeos que criamos e toda a apresentação do evento. Depois do jogo, os
arquivos .mov d e c a d a j o g a d a v a i p o r r e d e a t é n o s s o SAN (da SAN Solutions) onde oito máquinas
Final Cut Pro podem simultaneamente acessar o vídeo para suas produções. N o s s o p e s s o a l d e e d i ç ã o
perdem muito pouco tempo procurando filmagens/ imagens. Todas as jogadas
s ã o c o p i a d a s e m u m d i r e t ó r i o d e c a d a j o g a d o r . O i n v e s t i m e n t o em nossos novos
3Plays definitivamente aprimorou nosso fluxo de trabalho e nos ajudou a maximizar o benefício
que obtemos de nosso investimento total realizado em mão de obra e na sala de controle.
Phil Kurz: Imagine estar conversando com um de seus
pares em outro estádio ou arena, quais seriam suas dicas
mais importantes para obterem sucesso semelhante ao
seu?
John Mitchell: P r i m e i r o , a c h o q u e d i r i a
que hoje é possível equipar uma sala
de controle com tecnologia de
produção em HD de alta qualidade a
c u s t o r a z o á v e l . O custo da tecnologia de
ponta em HD para sala de controle hoje é cerca de
um quinto a um oitavo do que era há 3-5 anos
atrás. Estes custos razoáveis até permite que
universidades e escolas utilize o mesmo fluxo
de trabalho que utilizamos no nível de
primeira divisão dos esportes, a uma fração do
custo. Há sete anos, uma máquina de replay
que grava quarto ângulos de replay custava
mais de USD 220.000 (o que representa mais de
USD 50.000/ângulo de replay). Hoje, custa USD
40.000 por oito ângulos de replay ($5,000/ ângulo
de replay).
Esta é uma redução enorme de preços. Este
equipamento terá utilidade durante a próxima
década. Se você amortizar o equipamento por um
período de 10 anos, o custo é minuscule comparado
ao valor dos ativos que estaremos capturando e
produzindo.
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Anteriormente, salas de controle representavam investimentos de milhões de dólares. Isso é pesado para muitas
organizações; agora, o preço se reduziu para entre USD 25.000 e USD 150.000 e muito mais fácil de conseguir
aprovação para o investimento. O financiamento deste valor em 3 a 5 anos, com as taxas de juros em níveis
historicamente baixos, pode reduzir o custo de entrada enste mercado. Vender patrocínio a empresas locais pode
reduzir ainda mais o custo e, espera-se, ajudar a conseguir um lucro sobre o investimento.
Segundo, lembre-se que o grande custo é mão de obra, não equipamento. Com os crescents custos de plano de
saúde, impostos, fundos de pensão e outros custos com funcionários, realmente mão de obra representa a maior
parte dos custos, não equipamento. O que puder fazer para acelerar seu fluxo de trabalho ajudará a economizar
no longo prazo. F a z m a i s s e n t i d o g a s t a r m a i s e u m a s ó v e z c o m e q u i p a m e n t o s e i s s o
significar melhoria drastic no seu fluxo de trabalho e redução de suas despesas
correntes com mão de obra. Menos funcionários utilizando equipamento melhor pode
levar à realização de mais trabalho no mesmo período de tempo.
Terceiro, alavanque a força do IP. A NewTek é líder nesta tecnologia com seu iVGA Pro e com a forma em que
estão enviando vídeo em HD através da rede ao TriCaster com produtos de terceiros como Chyron, Graphics
Outfitters e outras empresas. Graphics Outfitters lançou recentemente o ScoreHD, que coloca em overlay
dados de escore/tempo/relógio da Daktronics e outros sistemas de escore, semelhante ao bug de escore da
ESPN. Agora você consegue enviar dados de escore e relógio ao TriCaster sem a necessidade de chave separada
“Not needing an engineer on staff further reduces the cost of entry for high schools, colleges, universities,
local access and broadcast television stations.”
—John Mitchell, Director of Audio Video, TD Garden
em HD-SDI. Tudo é feito através de IP, utilizando as entradas de rede no TriCaster. Se já estão fazendo
isso agora, não posso imaginar o que estarão fazendo em três a cinco anos.
Quarto, encontre novs oportunidades de receitas – patrocínios para replays, recursos especiais, vídeos de
jogadores, etc. Transmissão na Web de shows e eventos especiais também podem gerar receita
de patrocínio. Por exemplo, as rádios KISS 108 e JAMN 94.5 fazem produção ao vivo no backstage para
transmissão na Web durante os shows produzidos no Garden. Envolve combinação de entrevistas com os
artistas pelo DJ da estação de radio, performances feitas para os VIPs e vencedores de concursos no backstage e algumas
músicas do show ao vivo. A rádio gera receita vendendo patrocínio para o show ao vivo e para o show em
streaming que transmitem na Web.
O TriCaster substitui vários equipamentos de uma sala de controle tradicional. Além de ter ser eficiente em
custo, você não precisa de um engenheiro para ligar todos os equipamentos e fazer tudo
funcionar. Não precisa se preocupar com sync e genlock para as câmeras. O fato de não precisar de
um engenheiro na equipe reduz mais ainda o custo de entrada no Mercado para escolas, faculdades,
universidades, emissoras de TV de acesso local e de transmissão.
Phil Kurz: O que você julga faltar em seus
pares que os prejudica alcançar seu
potencial máximo de sucesso?
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John Mitchell: V o u a b o r d a r e s c o l a s , u n i v e r s i d a d e s e e m i s s o r a s l o c a i s d e T V . A
maioria dos gerentes não ocupa a posição por tempo suficiente, infelizmente.
Existe alta rotatividade nestas posições. Ao invest de se trabalhar por um
objetivo de longo prazo, trabalha-se por objetivo de um a dois anos.
Se eu pudesse dar um conselho às pessoas que orientam os gerentes, estas deveriam vir com um plano e
financiá-lo num período de três a cinco anos. Ao distribuir o custo neste período, você consegue reduzir a
despesa mensal ou annual e, espera-se, gerar um fluxo de caixa positive da venda de patrocínio a empresas
locais.
Quando você mostra um replay, você pode introduzir com uma animação com o logo do patrocinador
exatamente como fazem nas grandes emissoras. Você também pode vender anúncios e recursos de
patrocínio para antes do jogo, interrupções do jogo, intervalos e durante o jogo.
Principais Aprendizados e Dicas
Alavanque o uso de vídeo para incrementar a experiência dos fãs indo ao jogo para que percebam que
receberam algo mais pelo custo do bilhete e queiram retornam logo.
Capture o máximo possível do maior número de ângulos de camera de lances críticos dos jogos e dos
jogadores. Serão igualmente valiosos durante a noite do jogo e também depois quando o registro destes
lances e novos videos forem criados.
Utilizar um fluxo de trabalho desenvolvido para capturer, categorizer e armazenar as imagens na noite do
jogo torna o trabalho muito mais rápido e fácil no dia seguinte para o pessoal de edição de vídeo, de
impressão de imagens e outros que dependem de conteúdo.
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TriCaster e 3Play são marcas comerciais da NewTek Inc.
Direitos Autorais © 2013 NewTek Inc. Todos os
direitos reservados.
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